Ed.381 - NOV/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

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FECOMÉRCIO INFORMATIVO PUBLICAÇÃO MENSAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DE MINAS GERAIS - SISTEMA FECOMÉRCIO MINAS, SESC, SENAC E SINDICATOS TIRAGEM 150.000 EXEMPLARES COMPROVADA PELA SOLTZ, MATTOSO & MENDES AUDITORES INDEPENDENTES BELO HORIZONTE - NOVEMBRO 2012 - EDIÇÃO 381 www.fecomerciomg.org.br SESC NOVO FORMATO PARA O ENSINO DA LíNGUA PORTUGUESA EM BH JURÍDICO CONTRIBUINTES Fecomércio apresenta sugestões ao Código de Defesa do Contribuinte Página 25 1 2 3 SEBRAE PROJETO FLORES DAS GERAIS TEVE DESTAQUE NA CASA COR 2012 SISTEMA SUPERMINAS: PARCERIAS E NOVOS PROJETOS PARA O SISTEMA Gláucia Rodrigues MERCADO ALEMANHA Negociações comerciais com alemães exigem objetividade e clareza Página 23 COMÉRCIO EXPANSÃO Pesquisa mostra fortalecimento das empresas nos últimos 12 anos Página 20 Um local em que o ensino re- cebe um tratamento especial. Uma proposta inovadora que surgiu da parceria entre entidades com expe- riência em educação profissional. Tudo isso em um mesmo espaço, com propósito único: oferecer opor- tunidades de capacitação e aperfei- çoamento, aprendizagem comer- cial, consultorias e atendimento a empreendedores. Essa é a proposta do Centro Integrado Sebrae/Senac/ Senai Peráclito Americano na cida- de de Dionísio, na região mineira do Vale do Aço. PÁGINA 3 Mais de cinco mil pessoas participa- ram das palestras e workshops nas 10 cidades por onde passou o Fórum Em- presarial, projeto do Sistema Fecomér- cio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos. O objetivo foi levar conhecimento e ino- vação para empresários do comércio de bens, serviços e turismo; oferecer, a toda a população, serviços na área da saúde e apresentações culturais; além de arrecadar alimentos e fraldas para projetos sociais. PÁGINA 7 PIONEIRISMO NA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL FÓRUM: ENCERRAMENTO DO CICLO REFORÇA A IMPORTÂNCIA DO PROJETO Paolo Xavier Sebastião Jacinto Jr

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Edição de novembro do Jornal Fecomércio Informativo.

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Page 1: Ed.381 - NOV/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

fecomércioinformativo

Publicação mensal do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais - sistema fecomércio minas, sesc, senac e sindicatos

tiragem

150.000exemPlares

comProvada Pela soltz, mattoso & mendes auditores indePendentesbelo Horizonte - novembro 2012 - edição 381

www.fecomerciomg.org.br

SEScNovo formatopara o eNsiNo da líNgua portuguesa em BH

JurídicoContribuintesFecomércio apresenta sugestões ao Código de Defesa do Contribuinte Página 25

1 2 3

SEBRAEprojeto flores das gerais teve destaque NaCasa Cor 2012

SISTEMAsupermiNas: parCerias eNovos projetos para o sistema

Glá

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MercadoAlemAnhANegociações comerciais com alemães exigem objetividade e clareza Página 23

coMércioexpAnsãoPesquisa mostra fortalecimento das empresas nos últimos 12 anos Página 20

Um local em que o ensino re-cebe um tratamento especial. Uma proposta inovadora que surgiu da parceria entre entidades com expe-riência em educação profissional. Tudo isso em um mesmo espaço, com propósito único: oferecer opor-tunidades de capacitação e aperfei-çoamento, aprendizagem comer-cial, consultorias e atendimento a empreendedores. Essa é a proposta do Centro Integrado Sebrae/Senac/Senai Peráclito Americano na cida-de de Dionísio, na região mineira do Vale do Aço.

PágINA 3

Mais de cinco mil pessoas participa-ram das palestras e workshops nas 10 cidades por onde passou o Fórum Em-presarial, projeto do Sistema Fecomér-cio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos. O objetivo foi levar conhecimento e ino-vação para empresários do comércio

de bens, serviços e turismo; oferecer, a toda a população, serviços na área da saúde e apresentações culturais; além de arrecadar alimentos e fraldas para projetos sociais.

PágINA 7

PIonEIRISMo nA cAPAcITAção PRofISSIonAl

fóRuM: EncERRAMEnTo do cIcloREfoRçA A IMPoRTâncIA do PRojETo

Paolo Xavier

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oPinião doPresidente

PresidenteLázaro Luiz gonzagaVice-presidentesEmerson Beloti de Souza, Sebastião da Silva Andrade, Amâncio Borges de Medeiros, Osvaldo Fernandes Pereira Júnior, Lúcio Emílio de Faria Júnior, José Maria Facundes, Hercílio Araújo Diniz Filho, Iesser Anis LauarSecretáriosAfonso Mauro Pinho Ribeiro, Bento José Oliveira, Vera Lúcia Freitas Luzia, Idolindo José de Oliveira, Caio Márcio goulart, Marcus do Nascimento Cury TesoureirosMarcelo Carneiro árabe, Wainer Pastorini Haddad, Maria Luiza Maia Oliveira, José Donaldo Bittencourt Júnior, José Porfiro do Carmo, Alfeu Freitas AbreuConselho FiscalCarlos Alberto Salvato, Carlos Wagner do Couto, glenn AndradeFecomércio InformativoPublicação mensal do Sistema Fecomércio, Sesc, Senac, Sindicatos e do Sebrae-MgProdução – Fecomércio MinasGerência de Comunicação e MarketingAna Laura guimarãesCoordenação de ComunicaçãoMárcia MissonEdição: Ana Luísa MarçalProdução Editorial: Marketing Fecomércio MinasProjeto Gráfico: Prefácio ComunicaçãoImpressão: Sempre EditoraTiragem: 150.000 exemplaresComprovada por: Soltz, Mattoso & Mendes Auditores IndependentesCaderno Sesc:Robínson Costa do Nascimento – Assessor de Marketing e ComunicaçãoCaderno Senac:Luciana Correa – Assessora de Marketing e Comunicação Caderno Sebrae:Teresa goulart – gerente de ComunicaçãoFecomércio Minas:Rua Curitiba, 561,Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 170 – 120Contato: (31) 3270.3300Sesc Minas:Rua Tupinambás, 956,Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070Senac Minas:Rua Tupinambás, 1086,Centro, Belo Horizonte, CEP: 30 120 – 070Sebrae Minas:Av. Barão Homem de Melo, 329, Nova Suíça, Belo Horizonte, CEP: 30 431 – 285

exPediente

Meu Deus, não consintas que eu seja um carrasco que de-gole ovelhas, nem uma ovelha nas mãos de carrascos. Ajuda-me a dizer a verdade na presença dos fortes e me abster de inventar mentiras para ser popular entre os fracos. Se me deres a for-ça, não me tires a compaixão. Não me deixes ser atingido pela embriaguez, quando bem-sucedido, nem pelo desespero, quan-

do derrotado. Meu Deus, faze-me sentir que o perdão é uma manifestação de força, e a vingança, uma prova de fraqueza. E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus seme-lhantes, cria em minha alma bastante fortitude para desculpar e perdoar. Se eu te esquecer, Senhor, não te esqueças de mim.

Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para acei-tar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras, vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar

a paz, considerando o mundo como ele é e não como eu gostaria que ele fosse, confiando em ti, meu Deus, para endireitar todas as coisas para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e sumamente feliz contigo na eternidade.

Autor desconhecido

Reinhold Niebuhr, Teólogo americano, 1892-1971

oRAção dA SEREnIdAdE

PREcE ÁRABE

BoAS oPoRTunIdAdESdE nEgócIoS à vISTA

Prezadas e prezados empresários atuantes no comércio de bens, serviços, turismo e seus complementos no estado de Mi-nas gerais:

Esta diretoria tem tido o cuidado em desenvolver um pro-cesso contínuo de adquirir e internalizar sabedoria para melho-rar a capacidade de discernimento diante dos vários desafios que deparamos cotidianamente na gestão das entidades que compõem o Sistema.

A preparação se estende às lideranças e equipes de colabora-dores e, felizmente, com êxito crescente, pela motivação, ganho de maturidade e coesão à medida que as metas se materializam.

Fazer diagnóstico é parte da cultura do brasileiro, mas nem sempre é dada sequência com o vigor necessário à solução dos problemas identificados.

Cientes de que o imediatismo não funciona na maioria dos casos, estamos atentos e dispostos a estar presentes onde e quan-do se fizer necessária a defesa dos interesses de nossos repre-sentados, atuando como catalisadores das partes interessadas e liderando a busca de soluções.

Temos intensificado a presença do Sistema, principalmente por meio dos Sindicatos e dos braços sociais, Sesc e Senac, junto às empresas, seus trabalhadores e familiares, em um fortaleci-mento recíproco dos benefícios.

O setor terciário que o Sistema Sindical do Comércio de Bens, Serviços e Turismo representa tem sido importante sus-tentáculo da economia, emprego e geração de tributos nos últi-mos tempos, atenuando, por meio do fortalecimento do mercado interno, as consequências negativas da crise europeia, embora estejamos atentos e precavidos quanto às possibilidades de am-pliação de seus efeitos.

Estão se aproximando os grandes eventos que o Brasil se-diará e que representam oportunidades para o comércio, servi-

ços e turismo: a Copa das Confederações em 2013, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.

As entidades Confederação Nacional do Comércio, Fe-derações, Sindicatos, Sesc, Senac e Sebrae estão mobilizadas. Cada uma por meio de suas especialidades para dar o suporte necessário às empresas e aos trabalhadores na criação e proveito das milhares de oportunidades que virão e perdurarão por muito tempo. Atitudes positivas atraem oportunidades, e visões aguça-das as aproveitam.

Buscando cada vez mais a interatividade com os represen-tados, deixamos à disposição daqueles que queiram cooperar as seguintes perguntas, que constantemente fazemos a nós mes-mos:

– O que estamos fazendo de bom que devemos continuar?– O que não estamos fazendo bem e que devemos mudar

para melhor?– O que não estamos fazendo e que devemos fazer?Desde já antecipamos nossos agradecimentos pela partici-

pação.

Positividade Divina Sempre.Até breve...

lázaro luiz goNzagapresideNte do sistema feComérCio miNas,

sesC, seNaC, siNdiCatos e do seBrae-mg

Comunique-se conoscoE-mail: [email protected]

Telefone: (31) 3270-3308 – Fax: (31) 3201-4961Rua Curitiba, 561, 12º andar, Centro

Belo Horizonte, Mg – CEP: 30170-120

“o propósito do trabalho de traçar o futuro não é decidir o que deverá ser feito aManhã, Mas o que deve ser feito hoJe para que haJa uM aManhã.” peter drucker

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vAlE do Aço TEMunIdAdE PIonEIRA dE EnSIno lígia CHagas

Oferecer mais oportunidades de capacitação e aperfeiçoamento, aprendizagem comercial, consultorias e atendimento a empreendedores. Esse é o principal objetivo do Centro Integra-do Sebrae/Senac/Senai Peráclito Americano, inaugurado no final do mês de setembro, em Dionísio, no Vale do Aço. A cidade, que fica a 180 quilômetros da capital mineira, é a primeira do país a receber uma unidade integrada de for-mação profissional, resultado da parceria entre entidades voltadas para a qualificação de cola-boradores do comércio e da indústria.

O espaço reflete o trabalho de integração de-senvolvido com as entidades do Sistema Feco-mércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, e que agora se estende também ao Senai. “O Sistema já vem obtendo bons resultados ao intensificar ações conjuntas. Esperamos o mesmo ao tra-balhar em parceria com instituições de setores distintos na preparação de profissionais para a indústria e o comércio”, comentou o presidente do Sistema Fecomércio Minas e do Sebrae-Mg, Lázaro Luiz gonzaga. Ele destaca que o foco é qualificar pessoas para a atuação na própria re-gião do Vale do Aço. “Não vamos preparar mão de obra para aprender um ofício e ir embora. Queremos estimular jovens para desenvolver

seu trabalho aqui”, afirmou.

deseNvolvimeNto soCialO diretor do Senac em Minas gerais, José

Carlos Cirilo, acredita que essa atuação conjunta contribui para reforçar o compromisso das ins-tituições com a promoção social. “Nos municí-pios onde as ações de capacitação industrial es-tão em harmonia com a aprendizagem comercial e a promoção do empreendedorismo, as chances de desenvolvimento econômico são bem maio-res”, disse.

Segundo o presidente do Sistema Fiemg, Ola-

vo Machado Júnior, essa é só a primeira unidade integrada. “Estamos empenhados para que as três entidades de classe estejam cada vez mais unidas para trabalhar em sinergia, somando esforços e recursos, para oferecer qualificação profissional de qualidade e incentivar o empreendedorismo”, explicou.

Para a realização das atividades, o Centro In-tegrado de Dionísio conta com biblioteca, salas de aula para até 40 alunos cada, laboratórios de solda-gem, elétrica predial e construção civil. Em breve, o Senac abrirá inscrições para os cursos de auxiliar administrativo, recepcionista e vendedor.

Presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior; diretor do Senac, José Carlos Cirilo;superintendente da Fiemg, Lúcio Sampaio; presidente do Sindcomércio Vale do Aço, José Maria Facundes;

e o presidente do Sistema Fecomércio Minas, Lázaro Luiz Gonzaga

Na visita ao governador Anastasia estiveram presentes os produtores rurais Alceu Amaral,Mirian Marques e Pedro Simão, e o presidente do Sistema, Lázaro Luiz Gonzaga,

que entregaram o pedido de asfaltamento para a estrada de Santa Rosa dos Dourados

Sebastião Jacinto

Ana Luísa Marçal

dESEnvolvIMEnTo do AgRonEgócIoO presidente do Sebrae-Mg e do Sistema Fecomércio

Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, Lázaro Luiz gonzaga, acompanhou lideranças de Coromandel, no Alto Paranaíba, em visita ao governador do estado, Antonio Anastasia, no dia 26 de setembro. Temas sobre o desenvolvimento da região com ênfase na produção rural, como melhorias na infraes-trutura, foram debatidos na visita. Além disso, foi reiterado o pedido para asfaltamento da estrada que liga Coromandel ao distrito de Santa Rosa dos Dourados. “É muito importan-te que a Federação do Comércio apoie os produtores rurais, uma vez que os representados do Sistema comercializam o que é produzido no meio rural, e o Sebrae-Mg tem mais de 300 projetos no setor. Promovemos a integração e a sinergia entre os setores produtivos e reforçamos sempre nosso com-promisso de parceria com a Faemg, entidade de defesa dos produtores rurais, e, também, com a Fiemg, que representa a indústria”, enfatizou o presidente Lázaro Luiz gonzaga.

Parceria

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institucional

O embaixador Manuel de La Cámara Hermoso (à esquerda) enfatizou parcerias na área de capacitação profissionala

O embaixador Ivan Jancarek (4º da esq. p/ dir.) mostrou interesse em parcerias na área do turismo e da gastronomia

Fotos: Wanessa Viegas

reuniões resultaraM eM intenções deparcerias iMportantes para a econoMia Mineira

aNa luísa marçal

O mês de outubro ficará marcado na agenda de 2012 como o período de parcerias significativas para o cumprimento da visão da Fecomércio Minas de “Liderar a comunidade empresarial do comércio de bens, serviços e turismo, com reconhecida influência no desenvolvimento do estado”. Nos dias 22 e 24 de outubro lideranças do Sistema receberam os embaixadores da Espanha e da República Tcheca em reuniões de cortesia em que foram apresentadas propostas de parcerias estratégicas para os empresários mineiros com empreendedores dos dois países, sobretudo no ramo de qualificação profissional e da gastronomia.

As visitas reforçam o processo de internacionalização proposto pela atual gestão do Sistema Fecomércio Minas. As reuniões refletem, também, a abertura para diálogo dos países com Minas gerais e parcerias importantes com os órgãos que participam ativamente da economia mineira, como acontece com o trabalho da Fecomércio, que representa 714 mil empresas no estado. A participação do setor de serviço/comércio em Minas gerais é de 61% do Produto Interno Bruto (PIB) e no Brasil é de 67%, conforme últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme dados do Instituto, a taxa de desemprego no país fica em torno de 6%. A ação das entidades que compõem o Sistema contribui para o fortalecimento desse índice. Um bom exemplo são os cursos de qualificação oferecidos. Enquanto o Brasil passa por um momento positivo com baixa taxa de desemprego, na Espanha a realidade é oposta e parcerias são importantes para reversão do quadro, como salientou o embaixador Manuel de La Cámara Hermoso. “Acho que a área da capacitação é fundamental para o desenvolvimento da economia. Na Espanha, faremos acordos de cooperação para trocas de experiências, de professores e intercâmbio de alunos. Além disso, algumas empresas espanholas estão interessadas em acolher jovens profissionais brasileiros como trainees, pois precisam de profissionais

EMBAIxAdoRES EuRoPEuS vISITAM fEcoMéRcIo

qualificados”, afirmou. As relações do Estado de Minas gerais com

a Espanha serão ainda mais fortalecidas com a participação de chefs mineiros no Madrid Fusión, o maior encontro de gastronomia do mundo. No último semestre deste ano está sendo desenvolvido o Projeto “Potencialização e Internacionalização da gastronomia Mineira” do governo do Estado em parceria com as federações do comércio (Fecomércio Minas), das indústrias (Fiemg) e da agricultura e pecuária (Faemg), além do Sebrae-Mg.

A gastronomia mineira tem espaço especial no país, conforme salientou o embaixador Ivan Jancarek em visita à Fecomércio Minas. A República Tcheca tem perfil semelhante ao

Estado de Minas gerais, rodeado por outros países e distante do mar. Além das semelhanças geográficas, a gastronomia da República Tcheca e a de Minas gerais têm traços similares, o que abre espaço para parcerias com projetos do Sistema na área. “Vocês têm uma grande vantagem, pois a cozinha mineira é um polo gastronômico e conhecida em todo o mundo”, enfatizou.

O embaixador avaliou como sendo oportuna a parceria com o Sistema para promoção do turismo gastronômico na República Tcheca. “É interessante levar chefs para ensinar a culinária mineira aos tchecos. Na minha opinião, a cozinha mineira é muito parecida com a tcheca. Há essa possibilidade de parceria”, concluiu.

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EMBAIxAdoRES EuRoPEuS vISITAM fEcoMéRcIo

em foco

26ª SuPERMInASMoSTRA A MAgnITudE do SEToR

WaNessa viegas

Integração, conhecimento, atualização, oportunidades de negócios. Muitas palavras descreveriam a 26ª edição da Convenção e Fei-ra Supermercadista e da Panificação (Super-minas Food Show), que ocorreu entre os dias 16 e 18 de outubro, no Expominas. De forma rápida e abrangente, a feira foi palco de pa-lestras, fóruns, workshops e visitas técnicas, além de contar com novidades. Uma delas foi o fortalecimento da Superminas pela panifica-ção mineira, resultado da parceria entre a As-sociação Mineira de Supermercados (Amis) e o Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amipão), com a correalização da Federação das Indústrias do Estado de Minas gerais (Fiemg).

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas gerais, Elmiro Nas-cimento, ressaltou que a Superminas demonstra a força dos segmentos, consolidando-se como referência para o mercado nacional. “Seremos, cada vez mais, palco de grandes negócios e em-preendimentos”, disse. O presidente da Amis, José Nogueira, frisou acreditar muito na nova formatação. “Esta edição será lembrada por fu-turas gerações. Há muito em comum entre su-permercados e padarias, portanto um evento de grande porte como a Superminas agrega muito aos dois setores”, afirmou.

sistema feComérCioMais uma vez, o Sistema Fecomércio Minas,

Sesc, Senac e Sindicatos teve destaque no even-

to, com participação em um estande de 105m², localizado no Pavilhão Azul. A Fecomércio apresentou alguns produtos da entidade, como a Certificação Digital, Banco de Empregos e a estrutura disponível aos empresários mineiros. No estande, houve atendimento do Sindicato do Comércio Atacadista de gêneros Alimentícios de BH e Contagem (Sincagen) e do Sindicato do Comércio Varejista de gêneros Alimentícios de Belo Horizonte (Sincovaga BH), que lançou o 2º Seminário de Micro e Pequenas Empresas do Varejo Alimentício da Região Sudeste.

As equipes do Sesc desenvolveram ativida-des na área da saúde, com a presença de uma nutricionista e uma fonoaudióloga, além de contar com um espaço destinado ao Programa Mesa Brasil, em que os participantes mostra-ram ao público o funcionamento e a atuação do programa. Já o Senac esteve presente com seus consultores de negócios, apresentando os servi-ços oferecidos pela Instituição às empresas des-

se segmento, como o Programa Jovem Apren-diz, Soluções Corporativas, Especialização em gestão do Varejo, Programa Alimentos Seguros e Programa Senac de gratuidade. Houve, tam-bém, demonstrações de decoração de cupcake para o público presente. As entidades, juntas, disponibilizaram um jogo chamado QR Code, cujo objetivo foi fazer com que os serviços e produtos fossem lembrados e apresentados aos visitantes.

o eveNtoCerca de 450 expositores participaram do

evento com a presença de 65 mil visitantes, o que movimentou negócios em torno de R$ 1,3 bilhão. Juntos, os setores supermercadis-ta e panificador de Minas Gerais faturam R$ 21 bilhões ao ano e empregam por volta de 120 mil pessoas. São mais de 20 mil pontos de vendas e presença em todos os 853 muni-cípios mineiros.

O QR Code funcionava como uma batalha naval para mostrar serviços do SistemaSenac ofereceu a oficina de decoração de cupcakes

Na solenidade de abertura, lideranças reforçaram a força da parceria da Amis com a Amipão

Priscilla ÁzaraPaolo Xavier

Paolo Xavier

sisteMa Marcou presença no evento direcionadoaos superMercadistas e panificadores

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prisCilla ázara

Para conquistar, encantar e fidelizar clientes é preciso promover um encontro entre celebri-dades: o cliente e os membros da equipe. Nesse encontro, o cliente deve ser amado; por isso, eli-mine tudo que o aborreça e acrescente tudo que o encanta. Dessa forma, sua empresa será notada como especial e as pessoas terão prazer em ir ao seu estabelecimento. “Confiança e credibilidade são fatores imprescindíveis para encantar clien-tes”, ensinou o consultor de empresas Carlos Hilsdorf durante o Fórum Empresarial de Uberaba, que aconteceu de 29 de setembro a 4 de outubro.

Pensar nos detalhes faz a diferença. E isso não custa dinheiro, mas atitude. Significa pensar no empreendimento, trabalhar com o coração no negócio, querer encantar os clientes. “As pessoas estão comprando experiência e você vai continu-ar vendendo produto? Esse é o segredo. Comece a vender experiência e verá que venderá muito mais”, enfatizou Carlos Hilsdorf, um dos pales-trantes mais carismáticos do país, conhecido por

paolo Xavier

O Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e o Sindicato do Comércio do Vale do Aço (Sindco-mércio) proporcionaram aos empresários do co-mércio de bens, serviços e turismo, contabilistas e demais públicos da região uma nova abordagem para o desenvolvimento com o Fórum Empresarial Fecomércio Minas. Promovido no Centro Cultural Usiminas no dia 23 de outubro, o evento teve como principal palestrante o professor Luiz Marins, que usou a Antropologia para mostrar caminhos.

O presidente do Sindcomércio Vale do Aço, José Maria Facundes, lembrou o momento propí-cio em que o Fórum foi realizado, próximo do fim do ano. “O Fórum é um marco para as entidades envolvidas e estamos com um cuidado especial, principalmente para as micro e pequenas empre-sas”, declarou.

A economista da Fecomércio Silvânia Araújo apresentou a força do Vale do Aço. A siderurgia faz a região ser um polo que atrai entidades fomenta-doras de desenvolvimento. “Vocês são privilegia-dos. É importante conhecer a região em que vivem

revolucionar o mercado da educação corporativa com sua metodologia pioneira, que consiste na utilização do lúdico ao compartilhamento de con-ceitos no ambiente empresarial.

De acordo com o presidente do Sindicomér-cio de Uberaba, Marcelo Carneiro árabe, o novo formato do Fórum Empresarial possibilita maior

para aproveitar ao máximo as potencialidades”, reforçou.

esseNCial Luiz Marins, palestrante de renome nacional,

direciona o foco da sua formação em Antropologia para o mundo empresarial. Ele mostrou que os em-presários podem fazer a diferença no ramo em que

fÓruns emPresariais

EncAnTAR E fIdElIzAR coMocAMInho PARA o SucESSo

AnTRoPologIA PARA fAzERA dIfEREnçA noS nEgócIoS

Priscilla ÁzaraPaolo Xavier

Carlos Hilsdorf levou conhecimento e incentivo aos empresários de Uberaba

Professor Luiz Marins mostrou ao público como a vontade humana auxilia as pessoas a ter foco nos objetivos

aprendizado com a programação de palestras e cursos. “Iniciativas como essa estimulam o setor terciário a melhorar seus negócios, buscando a excelência no atendimento. É importante investir, também, no potencial de nossos colaboradores como forma de valorizar nossos empreendimen-tos”, ressaltou.

atuam. O poder da vontade, inerente a qualquer ser humano, deve ser trabalhado tanto nos colabora-dores quanto nos próprios empresários. Assim, se obtém o foco no objetivo e comprometimento. É preciso querer! Como mensagem final, o professor resume sua apresentação em um lema: “Use toda a inteligência e toda a vontade dirigidas para o que é essencial no momento presente”.

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paolo Xavier

Chega ao fim o ciclo de um grande sucesso. Com o Fórum Empresarial, o Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos levou conhecimento e ino-vação para mais de cinco mil pessoas que participa-ram das palestras magnas e workshops. Empresários do comércio de bens, serviços e turismo e demais públicos ficaram próximos a palestrantes renomados internacionalmente. A população se encantou com os espetáculos Minas ao Luar e Causos e Violas das Gerais, que reuniram mais de 21 mil pessoas, e foi beneficiada com os nove mil atendimentos ofereci-dos pelas unidades móveis de saúde.

Em 2012, receberam o Fórum as cidades de Ita-birito, Ituiutaba, Patos de Minas, Barbacena, Teófilo Otoni, São João del-Rei, Montes Claros, Conselheiro Lafaiete, Uberaba e Ipatinga. As palestras magnas foram feitas por palestrantes pontuados como os melhores do Brasil e reconhecidos internacional-mente. William Caldas, Daniel godri Junior, Profes-sor gretz, Cristiano Lopes, Carlos Hilsdorf, Heinz Schurt e Luiz Marins deram shows de conhecimento e motivação que influenciarão positivamente o de-senvolvimento das empresas. O balanço dos Fóruns demonstra o sucesso do projeto e, com isso, o Sis-tema Fecomércio reforça o objetivo de fortalecer o interior do estado.

fÓruns emPresariais

fóRuM EncERRA cIclo 2012

Paolo XavierPriscilla Ázara

Fórum reuniu palestras com conteúdos consistentes, serviços à população e atrações culturais

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notícias sindicais

SIncofARMA E SEToR fARMAcêuTIco dIScuTEM dEScARTE dE MEdIcAMEnToS

Na avaliação de Simone Ribas os empresários devem pensar no recolhimento dosmedicamentos como oportunidade de negócio e amadurecimento do setor

prisCilla ázara

O descarte de medicamentos vencidos se tornou um impasse no Brasil. grande parte dos produtos descarta-dos atualmente é destinada ao lixo comum ou lançada na rede pública de esgoto, propiciando potenciais riscos à saúde e ao meio ambiente, como intoxicações por uso indevido ou acidental e contaminação de recursos natu-rais. No dia 18 de outubro, o Sincofarma Minas reuniu farmácias e drogarias para discutir o tema e incentivar o setor farmacêutico a apresentar ideias que possam ser levadas para a implementação de acordo setorial no iní-cio de 2013.

A assistente do Núcleo de Regulação e Boas Prá-ticas Regulatórias (Nureg) da Anvisa, Simone Ribas, apresentou as ações que estão sendo desenvolvidas em âmbito nacional e enfatizou que a discussão não trata apenas de gastos financeiros, mas de desenvolvimento econômico e social.

Com o objetivo de consolidar as informações sobre volume/peso e custos envolvidos no processo para sub-sidiar o estudo de viabilidade econômica, financeira e técnica e estabelecer o compartilhamento de responsa-

bilidades para proposta de Acordo Setorial, foi definida, pelo grupo Temático de Trabalho (gT-Medicamentos), a coleta de amostras em várias regiões do país. O objeti-vo é estimar o volume/peso de resíduos de medicamen-tos em poder da população e os custos envolvidos no processo de coleta, tratamento e disposição ambiental-mente adequada, além da adesão do cidadão e da cadeia econômica.

O evento também contou com a participação do assessor da Associação Brasileira de Redes de Far-mácias e Drogarias (Abrafarma), Serafim Branco Neto, que apresentou as principais linhas do projeto desenvolvido pela Abrafarma e demonstrou custos despendidos com a instalação dos pontos de coleta, condicionamento, transporte, destinação final ade-quada, entre outros.

Priscilla Ázara

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Garante autenticidadenas transações eletrônicasde pessoas físicas.

É direcionado a empresas que possuem frotas.

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CT-e

Entre em contatoconosco pelo telefone (31) 3270-3452 ou pelo site www.fecomerciomg.org.br/certificadosdigitais

Page 9: Ed.381 - NOV/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381 • 9

Mulheres comandam quase 50% dos empreendimentos brasileiros

destaque

SEnSIBIlIdAdE PARA gERIR E ARRIScAR

paolo Xavier

Elas estão conquistando, cada vez mais, o es-paço no mundo dos negócios. E os números pro-vam isso. De acordo com dados do Sebrae-Mg, dos mais de 21,1 milhões de empreendedores no Brasil, quase metade, 49,3%, são mulheres. Em Minas gerais, das mais de 668 mil micro e pe-quenas empresas, 35,6% são comandadas por elas. E o futuro é promissor. O Sebrae de São Paulo elaborou um estudo que indica o percen-tual de empresas da modalidade “conta própria”, que são os empreendimentos sem empregados, passando de 32%, em 2000, para 47%, em 2020. O percentual dessas empresas empregadoras co-mandadas por mulheres subirá de 24%, registra-do em 2000, para 42% nos próximos oito anos. A receita “sensibilidade mais capacitação” pode ser a chave para o sucesso das mulheres no comando dos negócios.

A analista técnica do Sebrae-Mg Michelle Cossenzo exemplifica esse crescimento com o número de inscrições no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2012. Em Minas gerais, 195 histó-rias de sucesso foram inscritas para concorrer ao prêmio, um recorde. Em nível nacional, o número de inscrições também alcançou os melhores re-

sultados desde a 1ª edição do prêmio, em 2004. “Uma das causas desse crescimento foi a criação do Microempreendedor Individual (MEI). Muitas autônomas, como costureiras, doceiras e presta-doras de serviço, se formalizaram e, agora, fazem parte desse contingente de sucesso”, explica. A maior parte dessas mulheres vê no comércio de bens e serviços a oportunidade de desenvolver empreendimentos.

Michelle destaca que uma das características marcantes da mulher empreendedora é a capaci-dade de mediar conflitos e se desdobrar em várias jornadas de trabalho. “E a mulher pode ser bem-sucedida em qualquer ramo de negócio, basta buscar o conhecimento específico daquela área. Capacitação é o segredo”, enfatiza.

Foi o que aconteceu com a empresária Andrea Bernardes, que carrega a força de um sobrenome. Filha do fundador de uma das maiores joalherias do Brasil, ela e mais cinco irmãos tiveram que continuar a empresa após a morte prematura do pai, Manoel Bernardes. Sem nenhuma expertise no negócio, os herdeiros precisaram buscar capa-citação para mudar o foco da empresa, que come-çou como comércio de gemas, para se lançar no mercado internacional de joias. “Poderia não ser empreendedora, mas o ambiente foi propício para isso e busquei capa-citação para ajudar a perpetuar o negócio da minha família”,

eMpreendedoras conquistaM espaçocoM capacitação e detalhes beM feMininos

revela a empresária que, além de sócia, atua como diretora comercial.

Andrea relata que a sensibilidade feminina é fundamental na empresa. Nas reuniões do conse-lho, sua opinião é mais ponderada e generosa, o que equilibra a racionalidade masculina. Natural-mente, ela também tem a oportunidade de colocar seu olhar feminino nas joias criadas pelo irmão Manoel Bernardes Filho, o presidente da empre-

sa. “Faço parte de uma engrenagem e estou de igual para igual com os meus irmãos.

Acho que hoje não há mais barreiras para a mulher no mundo empresa-

rial.”A empresária concilia a vida

familiar com a profissional de um modo que só uma mulher pode fazer. E, na empresa, ela

tem auxiliado muito em um pro-cesso delicado para grande parte dos empreendimentos: a suces-

são familiar. “A capacitação dos meus sobrinhos tem sido prioridade da nossa empresa e

acredito que o olhar feminino tem papel fundamental para isso”, argumenta.

Banc

o de

imag

ens:

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hoto

sAlberto W

u

Andrea Bernardes: capacitação para mudar foco do negócio

e preparar a próxima geração

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10 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381

A Unimed-BH tem um espaçoexclusivo para a sua empresa

na Fecomércio-MG.

w w w . u n i m e d b h . c o m . b r

• Obter informações sobre como aderir ao plano de saúde da Unimed-BH.• Retirar segunda via de cartão de cliente.• Informar-se sobre coberturas e autorizações.• Solicitar liberação de acesso à área

exclusiva empresarial no site da Unimed-BH.• Pegar cópia de contrato.• Atualizar dados cadastrais.

Saiba mais: (31) 3271-3328 | [email protected]

Conheça o espaço da Unimed-BH na Fecomércio-MG, criado especialmente para atender asua empresa. Lá você pode solicitar a segunda via de boleto, esclarecer dúvidas e mais:

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381 • 11

serviços

lídERES dEvEMdESEnvolvER PESSoAS

desenvolvem subordinados.” Ao desenvolver os colaboradores, o líder motiva a equipe e, com isso, melhora a prestação do serviço, o que garante a satisfação dos clientes e o su-cesso da empresa. É o efeito cascata de forma positiva.

apostaNdo Nos taleNtos “Os gestores e empresários começam a en-

tender que, para uma organização se desen-volver e conquistar espaço no mundo corpo-rativo, a participação de seus funcionários no processo de crescimento é fundamental. Pois é a partir dos colaboradores que surgem ideias, sugestões, soluções e críticas para a melhoria na qualidade do trabalho.” A afirmação é da psicóloga Júlia Ramalho Pinto, especialista em trabalhos com líderes coach.

Júlia defende ações simples como fórmu-la de sucesso na gestão de pessoas. “O que torna uma pessoa ótima líder é a capacidade de ouvir a equipe”, destaca. De acordo com a psicóloga, no processo de gestão 20% são destinados às ações básicas, como reuniões em equipe, planejamento com metas e cro-nogramas bem definidos. Já os outros 80% se relacionam à capacidade de liderar o capital humano. “No momento em que fazemos as análises individuais, por meio do coaching, por exemplo, poderemos ouvir mais e agir. O líder pode perceber que a insatisfação de um colaborador se deve ao fato de ele estar na função errada e que a mudança de cargo po-derá melhorar a produtividade, a satisfação e a motivação do profissional com o trabalho”, conta Júlia.

A mesma opinião é compartilhada pelo assessor Marcelo Simão ao explicar que uma estratégia bastante eficaz é a criação de um canal de comunicação oficial entre empresa e colaborador. “Várias empresas mundiais cria-ram oportunidades por meio de dificuldades ou ideias dos colaboradores; assim, mais uma vez, o colaborador não só se sentirá participa-tivo como realmente fará parte da empresa”, explica.

A diretora de Capital Humano (CH) da Se-culus, Lílian Pessoa, apostou em treinamentos

com líderes. “No momento em que os líderes se preocupam com o impacto de suas ações, com a comunicação mais efetiva, com o de-senvolvimento das pessoas que estão em sua equipe e com a importância de não negligen-ciar conflitos ou problemas em suas áreas, os colaboradores se apoderam da responsabilida-de a eles confiadas”, completa a diretora.

aNa luísa marçal

No livro “As 21 irrefutáveis Leis da Lide-rança” John Maxwell apresenta exemplos de líderes de diferentes países, personalidades e ramos profissionais. Porém, há alguns traços em comum a todos eles: a capacidade de de-senvolver as pessoas da equipe, tomar deci-sões com base no diálogo e ser reconhecido pelo carisma e o potencial empreendedor. Es-ses são traços que as diretorias das corpora-ções querem em seus times, conforme salien-ta o assessor técnico da diretoria do Sistema, Marcelo Simão Ferreira.

O assessor, que tem 15 anos de experiên-cia na área de Recursos Humanos, conta que os programas de desenvolvimento fazem par-te das estratégias desta gestão do Sistema e contempla desde cursos com a Milta Rocha Consultoria, em Belo Horizonte, a treinamen-tos no exterior. Esses treinamentos têm como foco a excelência na prestação de serviços das equipes e desenvolvimento dos líderes. “O objetivo será sempre focar nas posições que alavancam o negócio, ações que demandam esforço e comprometimento de todo o time de colaboradores e não somente dos gestores de uma empresa”, explica Marcelo.

John Maxwell afirma que os líderes que desenvolvem outros líderes multiplicam o seu crescimento. “Tornar-se um líder que de-senvolve líderes é algo que exige enfoque e atitude totalmente diferentes daqueles que

o que fazemas lideraNçasque deseNvolvem líderes – fazeM cronograMas coM equipes, coMpartilhaM

inforMações e acoMpanhaM os trabalhos.

– concentraM-se nos pontos fortes.

– trataM os seus colaboradores coMo pessoas

diferenciadas.

– delegaM poder.

– investeM teMpo nos outros.

– influenciaM até MesMo as pessoas distantes delas.

Estação do SaberEstúdio 53

Na avaliação de Júlia Ramalho o bom líder tem a capacidade de ouvir a equipe

Marcelo Simão defende a atuaçãodos líderes que desenvolvem pessoas

colaboradores Motivados tornaM-sealavancas para a gestão de qualidade

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12 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381

crcmg

Presidente da Federação dos Contabilistas do Estado de Minas Gerais,contador Rogério Marques Noé; presidente do Sindicato dos Contabilistas de Juiz de Fora, contador Hugo

Vitoriano da Silva; presidente da Sinercon, Carlos Machado; e o delegado do CRCMG Marcos Goulart

cRcMg ofEREcE PAlESTRAS SoBRE novAS TEcnologIAS noS nEgócIoS

II joRnAdA TécnIcA EfEconTÁBIl EM juIz dE foRA

Em um mundo cada vez mais informatizado e exigente, a utilização das novas tecnologias torna-se fundamental no mercado profissional. Pensando nisso, o Conselho Regional de Contabilidade de Minas gerais (CRCMg) promove o Encontro dos Profissionais da Contabilidade em várias cidades do estado. Em parceria com a Mastermaq Softwa-res, o evento, direcionado aos contadores e empre-sários, oferece palestras e debates sobre a inserção das novas tecnologias nos negócios. A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected]. Outras informações nos telefones (31) 3269-8409 e 3269-8422 ou no site www.crcmg.org.br.

De acordo com o presidente do CRCMg, Wal-ter Roosevelt Coutinho, o objetivo do encontro é abordar a inserção das novas tecnologias nos ne-gócios e mostrar a importância da interação entre empresário e profissional contábil. “Em um mun-do informatizado e com a contabilidade unificada

Oferecer aos profissionais da contabilidade, es-tudantes e empresários oportunidades de aprendi-zado, por meio da educação continuada, com foco na valorização da classe contábil, além de divulgar a cultura do associativismo. Esses foram os objeti-vos da II Jornada Técnica e Fecontábil, organizada pelo Sindicato dos Contabilistas de Juiz de Fora e a Federação dos Contabilistas do Estado de Minas gerais (FECON/Mg), nos dias 25 e 26 de outubro de 2012, em Juiz de Fora.

Nos dois dias de evento os participantes puderam conferir 25 palestras, ministradas por instrutores de renome das classes contábil e em-presarial, que contaram com a participação de 800 pessoas. As palestras propiciaram aos par-ticipantes oportunidades de aprofundar seus co-nhecimentos sobre assuntos voltados à profissão, conhecer novas tendências profissionais e casos de sucessos.

Participaram do evento grandes nomes da so-ciedade contábil: o presidente da Federação dos Contabilistas do Estado de Minas gerais, conta-

entre os países, os profissionais da contabilidade e empresários precisam estar atentos às necessidades do mercado. O encontro tem como propósito levar esse tipo de debate para cidades do interior, além de ressaltar a importância das novas tecnologias para as empresas e a troca de informações entre o profissional e o empresário”, diz Coutinho.

*Programação sujeita a alteração. Informações no CRCMG.

fecon

O Encontro dos Profissionais da Contabilida-de, que teve início em outubro, se estenderá até o mês de dezembro. Na programação, destaque para a palestra “Como transformar a informação em in-dicadores de gestão utilizando a nota eletrônica”, ministrada pelo consultor em mercadologia de Softwares de gestão geraldo Zatti.

dor Rogério Marques Noé; o presidente do Sin-dicato dos Contabilistas de Juiz de Fora, contador Hugo Vitoriano da Silva; o presidente da Sinercon, Carlos Machado; a coordenadora de Curso de Ci-ências Contábeis FACSUM, Dilcileria da Rosa de Oliveira; a coordenadora da Faculdade de Ciên-cias Contábeis de Juiz de Fora, gisele Souza de

Wuólm

er Monteiro

Castro Vieira; o coordenador do Curso de Ciên-cias Contábeis da Faculdade Machado Sobrinho, Rodrigo Ferraz; o delegado do CRCMg Marcos goulart; os conselheiros do CRCMg Cleber do Carmo Antunes e Geraldo Bonfim; o represen-tante da OAB Subseção Juiz de Fora, Rubens de Andrade Neto.

AgENDA – novembro e dezembro*

ENCONTRO DOS PROFISSIONAIS DA CONTABILIDADE

14/11/2012 19h Capinópolis e Ituiutaba

21/11/2012 19h Caratinga

28/11/2012 19h Patrocínio

29/11/2012 19h Paracatu

05/12/2012 19h João Pinheiro

06/12/2012 19h Unaí

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381 • 13

Palestrante em Fórum Empresarial da Fecomércio Minas em 2011

artigo

conTRATE quEM o conTRARIAE SEjA PRóSPERo noS nEgócIoS leila NavarropalestraNte motivaCioNal No Brasil e No eXterior

Recentemente, eu es-tive em Lisboa para uma palestra e, antes da minha apresentação, o presidente da Cisco Portugal fez uma provocação interessante: “Se você estiver em uma reunião com quatro pes-soas e elas concordarem com você todo o tempo, isso é sinal de que dois in-tegrantes estão sobrando”. Você já pensou sob essa perspectiva? Já refletiu so-bre o poder das diferenças de personalidades em uma equipe de trabalho? Como se a primeira afirmação já não bastasse, outra ques-tão foi ainda mais impactante: “Você tem que contratar profissionais que pensam diferente de você, e até pessoas que, sem nenhum motivo, o incomodam e o irritam”.

Essas “provocações” são extremamente importantes para que possamos rever paradig-mas, ampliar horizontes e analisar de forma muito mais apurada o nosso próprio univer-so. Eu mesma tenho um profissional na mi-nha equipe que discorda de tudo. Quando penso que discutimos todas as possibilidades, ele surge com um contra e, às vezes, cria um clima hostil para ele mesmo. A pessoa “do contra” tem que ser muito corajosa para con-trariar a opinião da maioria, e um líder, nes-

sas circunstâncias, precisa encontrar o ponto positivo, mesmo que isso gere irritação e sua vontade seja a de mandar que o do contra cale a boca. Mas o que existe de importante em circunstâncias assim é a quebra de estado, a qual faz com que todos os membros de uma equipe revejam rapidamente suas relevâncias e desafiem sua consistência. Apesar de apa-rentemente difícil, esse exercício nos leva a resultados interessantes e inovadores.

O “contra” da minha equipe é diferente, pensa diferente e precisa de um tempo diferen-te para analisar e se posicionar. Mas ele nunca fala por falar e, por isso, damos crédito, para-mos para ouvi-lo e aproveitamos para respirar.

Hoje, em uma equipe de trabalho, é importante le-var em consideração que as pessoas são diferentes por questões de geração, educação, cultura, per-sonalidade, experiências etc. Independentemente dos motivos, quanto mais exercitamos o autoconhe-cimento, mais aprende-mos a respeitar, a aceitar as diferenças e a fazermos o mesmo com os outros.

Para concluir minha reflexão é importante ressaltar que uma equipe com ideias heterogêneas é muito mais difícil de

coordenar, porém muito mais produtiva se soubermos legitimar cada membro como um autêntico outro. Se por um lado uma equipe homogênea pode ser rápida, harmoniosa e tranquila, também corre o sério risco de ser pouco inovadora, pouco ousada e pouco pro-dutiva. Nesse contexto é muito importante não confundir diferenças pessoais com sim-patia ou antipatia. Temos a forte tendência de gostar dos semelhantes e rejeitar os diferentes e, por isso, devemos ficar atentos porque es-colher um comportamento em detrimento do outro pode gerar perdas, entre elas, a perda da oportunidade de se conhecer e se desenvolver como ser humano.

Contratar quem você não gosta pode pare-cer uma afirmação sem propósito, mas certa-mente é uma grande oportunidade para alar-gar a visão e os negócios. No livro “Obriga-do, equipe” eu pontuo muito bem a importân-cia das diferenças em uma equipe e, se você analisar com cuidado essa questão, chegará à conclusão de que pensamentos e atitudes iguais conduzem para os mesmos caminhos, porém pensamentos e atitudes divergentes abrem os leques das oportunidades. Reflita sobre isso!

Div

ulga

ção

ASCOM Fecomércio

“iNdepeNdeNtemeNte dos motivos, quaNto mais eXerCitamos o autoCoNHeCimeNto, mais apreNdemos a respeitar,a aCeitar as difereNças e a fazermos o mesmo Com os outros.”

Page 14: Ed.381 - NOV/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

14 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381

Produtos e Serviços

Locação de espaços – salas.

Assessoria Sindical e Jurídica. Seu segmento mais forte.

Banco de Empregos. Você vai mais longe e seus resultados também.

Assessoria econômica e pesquisa. Para decidir com mais segurança.

Qualificação profissional. A sua empresa cresce e seus colaboradores também.

Informação atualizada. O mercado nas suas mãos.

Promoção do Turismo. O segmento mais forte.

A Fecomércio possui amplos espaços para realização de even-

tos dos mais diversos segmentos e portes como treinamentos,

reuniões, palestras e seminários. Consulte-nos para obter mais

informações.

A Fecomércio orienta as empresas associadas e zela pela legi-

timidade da representação patronal das categorias econômicas

do comércio de bens, serviços e turismo. Além disso, oferece

assistência nas áreas: Trabalhista (convenções e acordos coleti-

vos, defesas junto a tribunais em dissídios coletivos, entre outras);

Tributária, Fiscal e Previdenciária (IRPJ, ICMS, IPI, ISS, FGTS e

INSS; orientação contábil e em defesas administrativas, acompa-

nhamento legislativo e assessoria em registros comerciais e civis);

Civil e Comercial (contratos de locação e demais textos legais).

Para encontrar os melhores profissionais do mercado para sua

empresa ou as melhores oportunidades de trabalho, o Banco de

Empregos do Sistema Fecomércio Minas e Sindicatos é gratuito

e foi feito para você.

Saiba mais: www.bancodeempregos.org.br.

A Assessoria disponibiliza variadas pesquisas e fornece diver-

sos relatórios, boletins e estudos sobre a conjuntura econômica

regional e nacional, que subsidiam o empresário para a melhor

gestão de seus negócios.

Cursos, inclusive in company, deba-

tes, palestras, workshops, seminários

e encontros promovidos pela própria

Fecomércio ou através de parcerias,

para a atualização e qualificação do empresariado e seus cola-

boradores nas mais diversas áreas. Confira a programação no

nosso site.

As principais mudanças econômicas, fiscais

e legais que afetam o terceiro setor estão

nos canais de comunicação da Fecomércio.

Seja através do site, facebook, twitter ou

pelo jornal mensal Fecomércio Informativo,

que é entregue gratuitamente no endereço

dos representados, você tem acesso às informações para tomar

as melhores decisões para o seu negócio crescer.

Ações voltadas ao favorecimento de

negócios, defesa e representação

das empresas do setor turístico,

promoção do diálogo por meio da

participação nos conselhos estadu-

al e municipal de Turismo, no Con-

selho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio (CNC),

e em projetos de cunho estratégico para Minas Gerais.

Completo, para você e sua empresaSistema Fecomércio

Page 15: Ed.381 - NOV/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381 • 15

Vantagens e benefícios Cursos e Workshops (programação)

A Fecomércio mantém convênios para levar mais qualidade de

vida aos empresários e colaboradores e dar todo o apoio que sua

empresa precisa para crescer.

O PASI é um seguro de vida gratuito, ofe-

recido a um dos sócios da empresa, con-

forme definido na guia de recolhimento da

Contribuição Confederativa ou Assistencial.

Para ter direito ao seguro, basta quitar a guia de Contribuição

Confederativa ou Assistencial devida à Federação do Comér-

cio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais ou

a um de seus Sindicatos filiados, participantes deste convênio,

preencher nos campos indicados o nome do sócio que terá di-

reito ao seguro, bem como seu telefone de contato, CPF, data

de nascimento e enviar cópia para a Federação do Comércio.

Assistência médica com condições e preços especiais para o em-

presário e sua família na UNIMED, PROMED e QUALICORP.

Consulta a cheques e informações cadastrais de pessoas

físicas e jurídicas em todo o Brasil por meio da Boa Vista

Serviços S/A e pelo Serasa, oferecendo mais segurança nas

transações comerciais.

Somos correspondentes bancários do BDMG (Banco do De-

senvolvimento de Minas Gerais) e disponibilizamos linhas de

crédito com as melhores taxas do mercado para as micro e

pequenas empresas e cooperativas.

Seguro de vida

Fecomércio

Curso: Departamento de Pessoal avançado – 24h

De 19 a 28/11 – das 19h às 22h

Workshop: Liderança de impacto – 12h

De 19 a 22/11 – das 19h às 22h

Curso: Sped Fiscal EFD ICMS/IPI – 9h

De 26 a 28/11 – das 19h às 22h

Workshop: Fantástico atendimento – 12h

De 26 a 29/11 – das 19h às 22h

Workshop: O vendedor como consultor de negócios – 12h

De 10 a 13/12 – das 19h às 22h

Segmentados Sincopeças

Curso: Aperfeiçoamento para vendedor de automóveis – 15h

De 19 a 23/11 – 19h às 22h

Curso: Aperfeiçoamento para vendedor de autopeças – 15h

De 3 a 7/12 – das 19h às 22h

Segmentados Sindicon

Curso: Síndico – rotinas e legislação – C.H.: 30h

De 19 a 30/11 – das 19h às 22h

Curso: Porteiros de condomínios – práticas e técnicas – 16h

Dias 3, 5, 7 e 11/12 – das 9h às 13h

Parceria Senac

Curso: Gestão financeira – 30h

De 19 a 30/11 – das 18h50 às 21h50

Curso: Habilidades gerenciais – 30h

De 3 a 14/12 – das 9h às 12h

Curso: Administração financeira para pequenas e médias empresas – 30h

De 3 a 14/12 – das 18h50 às 21h50

Novembro

Cursos e Workshops• Empresas que recolhem somente a Contribuição Confede-rativa: 20% de desconto

• Empresas que recolhem somente a Contribuição Sindical: 20% de desconto

• Empresas que recolhem as Contribuições Sindical e Confe-derativa: 30% de desconto

• Contabilistas que entregarem a Relação de Clientes no setor de Arrecadação da Fecomércio Minas: 30% de desconto

Descontos especiais

Saúde

Proteção ao crédito

Linha de crédito

Para ter acesso a tudo isso, é muito fácil, basta estar em diacom as contribuições.

Entre em contato com a gente:0800 031 22 [email protected]

Page 16: Ed.381 - NOV/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

16 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381

turismo

PlAnEjE SuA vIAgEM E TEnhA BEnEfícIoS

Quando o assunto é viagem de férias, a dica é: o quanto antes começar a planejar, melhor! Com o aumento da renda nacional, as viagens a lazer entraram de vez na cesta de consumo do brasileiro, o que faz com que, anualmente, mais turistas lotem rodoviárias, aeroportos e destinos em busca de uma experiência inesquecível.

O primeiro passo para garantir o sucesso da sua viagem é o planejamento financeiro – im-portantíssimo para que o orçamento não estoure antes ou durante o passeio. Feito o planejamen-to, é hora de escolher o destino. A escolha deve ser feita baseando-se nas características dos roteiros, nas expectativas em relação à viagem, bem como na pesquisa e identificação dos me-lhores fornecedores e prestadores de serviços para checar a disponibilidade e o custo de cada item.

Além de garantir vaga em destinos badala-dos nas férias de final de ano, quem planeja com antecedência consegue economizar, já que com a proximidade das datas especiais – Natal e Ré-veillon – os pacotes costumam ficar mais caros,

as tarifas promocionais acabam e se esgotam as vagas em hotéis com melhores preços.

Vale ressaltar que esse planejamento favo-rece não apenas o viajante como toda a cadeia produtiva do turismo, que pode se preparar ade-quadamente para atender a demanda de manei-

ra satisfatória, por meio do provisionamento e mobilização de serviços ligados às áreas de segurança, saúde, entretenimento, saneamen-to, entre outros itens importantes à experiência turística. Fonte: Departamento de Turismo da Fecomércio Minas.

– progrAmAs de milhAgem: se você possui cartões de crédito ou

participa de prograMa de MilhageM,

consulte sua pontuação e pesquise a

Melhor Maneira de eMpregar seus pontos

coM passagens aéreas, hospedageM, entre

outras opções.

– moedA: coMprar Moeda coM antecedência e usar

os cartões pré-pagos de viageM são forMas

de evitar que as Mudanças no câMbio

preJudiqueM o orçaMento do passeio.

– horários AlternAtivos:

viaJar de avião

eM horários

alternativos, na

Madrugada, por

exeMplo, é Mais

barato, pois as

coMpanhias aéreas

costuMaM fazer

Uma estrada sinuosa leva os visitantes até o alto da serra, onde é possível avistar as torres da igreja e a pequena cidade rodea-da pelas montanhas. Para chegar até os atrativos naturais, a melhor opção é percorrer as trilhas a pé, de bicicleta ou a cavalo. Vegeta-ção rasteira, cachoeiras, poços, grutas e escorregadores naturais formam o cenário perfeito para o ecoturismo na pequena Car-rancas, que fica na região Sul de Minas gerais, a 286 km de Belo Horizonte.

Por se tratar de cidade pequena, conta com poucas opções de hos-pedagem e infraestrutura res-trita para atender a demanda turística como ban-cos, alimentação, entre outras.

carrancas.com.br

para chegar às cachoeiras,a Melhor opção é percorrer as

trilhas a pé, de bicicleta ou a cavalo

diCAs de eConomiA progrAmesuAs fériAsproMoções eM horários de pouca procura.

– ContAs: planeJe o pagaMento das suas contas,

colocando-as eM débito autoMático,

ou MesMo prograMando o pagaMento.

assiM, você evita encargos e surpresas

desagradáveis na volta do passeio.

– nA pontA do lápis: faça, antes de eMbarcar, uM diário

financeiro, anotando o quanto pode

gastar e planeJe suas contas para não

extrapolar o orçaMento.

– Aproveite: apesar da necessidade de econoMizar, não

deixe de prograMar uM passeio diferente

ou uM Jantar eM deterMinado restaurante

só porque ele é Mais caro do que você está

acostuMado. leMbre-se: são suas Merecidas

férias! planeJando cada gasto, é possível

curtir o passeio, seM abrir Mão do seu

conforto.

Page 17: Ed.381 - NOV/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381 • 17

economia

consuMidor está Mais disposto a gastar eM dezeMbro deste ano

WaNessa viegas

A melhor data para as vendas no varejo se aproxima. E, para a felicidade dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo, a expectativa é que o Natal não seja de lembrancinhas, mas bem gordo como o bom e velho Papai Noel. A receita para o fim de ano se baseia em confiança no futuro e otimismo. Entre os ingredientes estão a baixa taxa de desemprego, o acesso fácil ao crédito, o aumento da renda e as reduções sucessivas da taxa Selic. É o que aponta a Pesquisa de Opinião do Comércio Varejista “Expectativas para o Natal de 2012”, realizada pelo Departamento de Economia da Fecomércio Minas. Segundo a análise, 90,3% dos entrevistados estão dispostos a gastar entre R$ 50 e R$ 500, número superior aos 82% do último Natal.

Para 96% dos empresários, as vendas para o Natal serão iguais ou superiores às de 2011, sendo que 45,5% deles acreditam que o período será ótimo para o comércio. De acordo com o economista da Fecomércio

Minas gabriel de Andrade Ivo as expectativas positivas dos empresários provavelmente se concretizarão. “A ideia é que o Natal não seja de lembrancinhas, mas de oportunidades para todos que oferecem produtos de qualidade para diferentes preços. A tendência é que este fim de ano seja um dos melhores dos últimos tempos”, relata. E os números comprovam essa expectativa, já que, para 72,1% dos empresários, as vendas no último trimestre de 2012 serão melhores quando comparadas às do ano passado. Para 88% serão melhores ou iguais, portanto, apenas 12% dos entrevistados estão pessimistas.

Para os empresários que acreditam em vendas superiores neste ano, 13,5% acham que isso ocorrerá pela situação financeira melhor do consumidor e a variedade de opções para as compras. O crédito facilitado e as condições de prazo atrairão o consumidor segundo 12,2% dos entrevistados. Além disso, a ascensão social e o maior poder de compra serão motivos para 11,4%. “Os empresários conhecem diversas maneiras para atrair e cativar o consumidor, por isso adotam medidas como vitrines temáticas atrativas e interativas, contratam temporários e colocam novas mercadorias para diversificar o mix de produtos. Outro ponto bastante valorizado pelo consumidor é o bom atendimento (28,2%)”, ressalta o

economista.O gerente de uma das lojas da rede

Amigão Calçados e Esportes, Paulo Ramos, comemora o momento. “A cada ano, percebemos que as vendas aumentam, pois o consumidor tem gastado mais. Partindo disso, aproveitamos para investir em vitrine, estoque, marcas e lançamentos. O que mais chama a atenção do cliente são os novos produtos, a variedade e a decoração. Certamente, o Natal deste ano será mais lucrativo”, evidencia. A subgerente da loja Madame MS do Shopping Cidade, Luziene de Jesus, também aposta no mostruário diversificado. “Mulheres são vaidosas, não gostam de ver roupas repetidas. Então, procuramos o diferencial: nada de repetições no estoque e na vitrine”, destaca a profissional, que considera a vitrine o cartão de visitas da loja.

Além disso, de acordo com a pesquisa, conhecer a concorrência e as formas de tratamento é fundamental para o sucesso do negócio. Para 50,5% dos entrevistados, o consumidor comprará seus produtos após pesquisa de preços e qualidade. Já 21,8% acham que os clientes planejarão parte dos gastos, mas o restante das compras será por impulso. Somando-se a isso, a forma de pagamento mais utilizada será o cartão de crédito (parcelado), com 87,7% das respostas. Para estimular compras à vista, os empresários oferecem descontos na faixa de 5% a 10%.

nATAl não SERÁ dE lEMBRAncInhAS

quAnto?ticket Médio esperado por consuMidor no natal

0,7%

6,6%

7,7%

31,4%

1,4%

9,8%

27,5%

15,0%

aciMa de r$ 1.500,00

até r$ 50,00

r$ 500,01 de r$ 1.000,00

r$ 100,01 de r$ 300,00

r$ 1.000,01 de r$ 1.500,00

r$ 300,01 de r$ 500

r$ 70,01 de r$ 100

r$ 50,01 de r$ 70,00

magia e encantosonhos e alegriasmagia e encantosonhos e alegrias

no natal tudose torna possível

no natal tudose torna possível

presenteiequem te faz feliz

presenteiequem te faz feliz

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18 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381

vem imóveis: Empresa mineira focada na comercialização de moradias econô-micas, voltadas para a classe C, abriu sua segunda loja na Cidade de São João del-Rei, no Campo das Vertentes. Os aportes foram de R$ 1 milhão. Ainda este ano a Vem Imóveis vai abrir mais duas lojas, uma em Barbacena e outra em Juiz de Fora.

apoio miNeiro: Empreendimento do grupo mineiro Aliança, detentor também da marca Super Nosso, inaugurou a nona loja na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A unidade está em Ribeirão das Neves e demandou aporte de R$ 10 milhões. A nova unidade tem 5,2 mil m2 de área construída e estacio-namento com mais de 200 vagas. São 20 caixas e um mix de aproximadamente 10 mil itens. Serão gerados cerca de 300 empregos diretos. O grupo pretende abrir mais três lojas do Apoio Mineiro em 2013. A primeira será em Sabará, tam-bém na RMBH. As outras duas não tive-ram locais revelados. O grupo também investirá em mais duas lojas Super Nos-so. Uma no bairro Cidade Nova, em Belo Horizonte, e a outra ainda em estudo.

lojas ameriCaNas: Rede abre primei-ra unidade em Cataguases, na Zona da Mata. Agora são 48 filiais em Minas Ge-rais. Atualmente, a marca conta com 659 estabelecimentos em todo o país, em 25 estados brasileiros, além do Distrito Fe-deral. De 2010 até o momento, 199 lojas foram inauguradas, sendo 88 em muni-cípios em que não tinha atuação. Apenas em 2012, foram 39 novas unidades.

Hermes pardiNi: Região do Barreiro, em Belo Horizonte, ganha nova unida-de do laboratório, que demandou aporte de R$ 5 milhões e faz parte do plano da empresa de crescer na área de diagnósti-co por imagem. Serão inauguradas mais duas unidades com a mesma intenção. A primeira será em Sete Lagoas, na região Central de Minas gerais. A segunda, que será inaugurada em janeiro de 2013, fi-cará na região de Venda Nova, na capital mineira.

notas emPresariais

índices econÔmicos

COMO ATUALIZAR SUA DÍVIDA PELO INPC: SETEMBRO / 2012

MêS/ANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

JANEIRO 1,49095778 1,41931966 1,38048101 1,31279699 1,23288800 1,18417364 1,11226356 1,04851496

FEVEREIRO 1,48250749 1,41394667 1,37374963 1,30380077 1,22504769 1,17384381 1,10190564 1,04319466

MARÇO 1,47601303 1,41070205 1,36800402 1,29757242 1,22126178 1,16568403 1,09598731 1,03914201

ABRIL 1,46531622 1,40690341 1,36201117 1,29098838 1,21882413 1,15746602 1,08880122 1,03727492

MAIO 1,45210209 1,40521715 1,35847912 1,28277859 1,21215727 1,14907775 1,08101790 1,03067857

JUNHO 1,44200803 1,40339274 1,35495624 1,27058102 1,20492770 1,14415787 1,07489102 1,02504085

JULHO 1,44359599 1,40437580 1,35076885 1,25912300 1,19988817 1,14541783 1,07253145 1,02238265

AgOSTO 1,44316304 1,40283269 1,34646018 1,25186220 1,19713476 1,14622018 1,07253145 1,01800523

SETEMBRO 1,44316304 1,40311331 1,33856266 1,24923880 1,19617782 1,14702310 1,06804566 1,01344473

OUTUBRO 1,44100154 1,40087192 1,33522460 1,24736774 1,19426699 1,14086244 1,06326098 1,00710000

NOVEMBRO 1,43269193 1,39487396 1,33123091 1,24116193 1,19140761 1,13046219 1,05986940 1,00000000

DEZEMBRO 1,42499694 1,38903999 1,32553112 1,23646337 1,18701566 1,11893714 1,05386238 -

POUPANÇA / TR / SALáRIO / SELIC

2011 2012

NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AgO SET OUT

POUPANÇA (*) 0,5623 0,5648 0,5942 0,5868 0,5000 0,6073 0,5228 0,5470 0,5000 0,5145 0,5124 0,5000

TR 0,0645 0,0937 0,0864 0,0000 0,1068 0,0227 0,0468 0,0000 0,0144 0,0123 0,0000 0,0000

SALáRIO MÍNIMO (R$) 545,00 545,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00 622,00

SELIC (%) 0,8605 0,9073 0,8910 0,7488 0,8211 0,7119 0,7447 0,6415 0,6800 0,6918 0,0590 0,1416

ÍNDICES DE INFLAÇÃO %

ÍNDICES%

2011 2012Acumulado12 meses (1)

NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AgO SET OUT

IgP-DI (FgV) 0,43 -0,16 0,30 0,07 0,56 1,02 0,91 0,69 1,52 1,29 0,88 -0,31 7,41

INCC-DI (FgV) 0,72 0,11 0,89 0,30 0,51 0,75 1,88 0,73 0,67 0,26 0,22 0,21 7,47

IgP-M (FgV) 0,50 -0,12 0,25 -0,06 0,43 0,85 1,02 0,66 1,34 1,43 0,97 0,02 7,52

INPC (IBgE) 0,57 0,51 0,51 0,39 0,18 0,64 0,55 0,26 0,43 0,45 0,63 0,71 5,99

IPCA (IBgE) 0,52 0,50 0,56 0,45 0,21 0,64 0,36 0,08 0,43 0,41 0,57 0,59 5,45

IPCA-BH (IPEAD) 0,43 0,59 2,60 -0,08 0,30 0,34 0,33 0,11 0,17 0,01 0,32 0,59 5,84

Fonte: IBgE - Elaboração: Fecomércio Minas/Departamento de EconomiaComo atualizar:1) Por exemplo: uma dívida de R$ 200,00 foi contratada em janeiro de 2005.2) Na tabela o fator de atualização referente a janeiro/05 é 1,49095778.3) R$ 200,00 vezes 1,49095778 = R$ 298,19 que é o valor em 01/10/2012.

* Primeiro dia do mês.Fonte: Fecomércio Minas | Departamento de Economia

Fonte: FgV, IBgE, IPEADElaboração: Fecomércio Minas | Departamento de Economia

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381 • 19

economia

REcEITA PARA vEndERMAIS E MElhoR eduardo aNgelo goNçalves diassupervisor de pesquisa da feComérCio miNas

Conhecer o consumidor nos dias de hoje vai além de apenas fornecer o mix de pro-dutos lançados no mercado a cada ano. É necessário desen-volver estratégias específicas observando o comportamen-to de compra associado às es-pecificidades socioculturais de determinadas regiões.

As crenças e valores que formam a identidade do ser humano são construídos em função do meio no qual ele está inserido. Portanto, há um processo em que a afir-mação das identidades e as diferenças regionais nos dias de hoje impactam diretamente a relação do consumidor com o mercado, uma vez que essas são variáveis que influenciam cada vez mais os hábitos de consumo no que diz respeito ao com-portamento de compra.

Estudar o consumo e o comportamento de compra à luz da antropologia e da sociologia é a melhor maneira de compreender a cultura de uma população. O mercado, então, dá sinais de que co-nhecer o comportamento de compra e os hábitos de consumo está relacionado diretamente com a afirmação de identidades, tendências globais e, sobretudo, de valores e crenças.

Vivemos em uma sociedade global, respon-sável por um processo de massificação cultural, todavia, observam-se movimentos de afirma-ção de identidades regionais que estão no cerne de fenômenos que vão desde conflitos de cunho separatista até a necessidade de pertencimento social (nacional, regional e de tribos). Portanto, cabe analisar esse fenômeno no mercado em que cada vez mais existe a necessidade de atender ao consumidor, que, apesar de viver conectado com o mundo, não despreza a sua identidade regional, e ela é determinante no seu comportamento de compra.

A cada dia há maior demanda dos consumido-res por produtos customizados e objetos exclusivos

com design diferenciado. Além de buscar a diferen-ciação nos produtos, os consumidores procuram, cada vez mais, fatores que são intangíveis como atendimento, ambiente, entre outros. Cabe, então, a seguinte reflexão: de que modo esse fenômeno pode ser compreendido e o resultado dessa com-preensão aplicado em estratégias de mercado?

Há algumas pistas. Hoje em dia vemos pro-dutos serem adaptados para públicos específicos ou para atender determinadas regiões, o que so-ciologicamente é chamado de comunidades sim-bólicas ou, na linguagem do mercado, segmentos ou nichos. Empresas treinam seus colaboradores e adequam os layouts de suas lojas de acordo com a região em que pretendem se instalar. É preciso o entendimento dos consumidores locais no que

diz respeito aos valores e mo-dos de consumo para elaborar uma estratégia direcionada. Assim, a compreensão desses comportamentos juntamen-te com a visão de mercado apurada é que transformarão essas conclusões em oportu-nidades.

Cada vez mais, o mercado busca desvendar tendências de modo a desenvolver pro-dutos e descobrir os pormeno-res de como o consumidor os utiliza em diferentes regiões, em suma, decifrar códigos para atender satisfatoriamen-te determinados nichos de

mercado. Ao compreender a relação dos valores culturais com o consumo e o comportamento de compra entendem-se as necessidades específicas dos diferentes nichos e, assim, é possível desen-volver estratégias que se comuniquem da melhor maneira.

Uma sociedade não pode ser tratada como um monólito. Apesar de a camada que a envol-ve ser única, uma série de sutilezas faz com que exista diversidade e abranja mercados especí-ficos. A partir daí nota-se como os padrões se diferem, se complementam e se justificam nas interações sociais, na moda, lazer, entre outros. Há de se estar atento a isso e provocar no consu-midor a sensação de pertencimento, de que ele está sendo ouvido.

Pris

cilla

Áza

ra

Banco de imagens: Shutterstock

“além de BusCar a difereNCiação Nos produtos, os CoNsumidores proCuram, Cada vez mais, fatores que são iNtaNgíveis Como ateNdimeNto, amBieNte, eNtre outros.”

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giro econÔmicoEconoMIA BRASIlEIRAESTÁ MElhoRdo quE noS AnoS 2000

economia

pesquisa mostra reCuperação do setorde serviços em 2010

O setor de serviços apresentou crescimento real de 11,0%, contra 6,4% na receita operacio-nal líquida em 2009, o que indica recuperação do segmento frente à crise econômica mundial que teve início no segundo semestre de 2008. Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBgE). A pesquisa mostra informações sobre a estrutura produtiva do setor de serviços não financeiros no Brasil.

Entre 2007 e 2010, a receita líquida das em-presas de serviços acumulou crescimento real de 31,6%. Em quatro segmentos, a variação acu-mulada foi superior a esse resultado: manuten-ção e reparação (63,0%); atividades imobiliárias (59,8%); serviços prestados, principalmente às famílias (44,9%); serviços profissionais, adminis-trativos e complementares (44,9%).

Em 2010, as 992.808 empresas avaliadas pela pesquisa somaram R$ 869,3 bilhões de receita operacional líquida, empregaram 10.622 mil pes-soas e gastaram R$ 172,5 bilhões em salários.

Quanto à receita gerada, os destaques são para os serviços de informação e comunicação (R$ 233,5 bilhões ou 26,9% do total) e os servi-ços profissionais, administrativos e complemen-tares (R$ 220,8 bilhões ou 25,4% do total). Esses segmentos responderam por 81,2% da receita operacional líquida dos serviços.

CresCe a utilização de Cartão de déBito No Brasil

Entre as formas de pagamento o cartão de débito obteve o maior crescimento no país no período de 2006 a 2011 (25,0%), segundo pes-quisa da MasterCard Advisors.

O consumidor utilizou o cartão de débito, em média, cinco vezes por mês, principalmen-te para gastos com supermercado e postos de gasolina. Em seguida aparece o cartão de crédi-to, com 22,0% de expansão. Os cartões de loja avançaram 16,0% e as outras formas de paga-mento, 9,0%. O meio preferido de pagamento continua sendo em dinheiro (60,0%), seguido pelo cartão de débito, com 34,0%.

Para gastos acima de R$ 50, o cartão de dé-bito é o meio de pagamento preferido dos con-sumidores e, abaixo desse valor, em dinheiro. Outro destaque é que o cartão de crédito é o mais usado para transações acima de R$ 100.

A expansão do uso do cartão de débito, de acordo com o estudo, está ligada à maior faci-lidade do controle dos gastos, à praticidade e à segurança da operação. (Elaboração: Departa-mento de Economia da Fecomércio Minas)

pesquisa realizada pela priMeira vez eM todo o estadoaponta otiMisMo dos eMpresários

WaNessa viegas

O atual momento da economia, acompanhado da evolução do emprego formal, do aumento da massa salarial real e do avanço das mídias digitais, estimulou novos canais de compras, o que, de certa forma, alavancou a propensão ao consumo. A Pesquisa de Opinião do Comércio Varejista de Minas gerais, realizada pelo Departamento de Economia da Fecomércio Minas, pela primeira vez em todo o estado, aponta o otimismo dos empresários do comércio. De acordo com a pesquisa, para 59,9% dos empresários a situação das empresas é melhor do que no início dos anos 2000, e 80,4% afirmam que a economia brasileira também está melhor do que nos anos anteriores.

No segundo semestre, as vendas de fim de ano contribuem bastante para o otimismo dos empresários: são 71,2% de entrevistados com boas expectativas. Além do Natal, com a Copa das Confederações, em 2013, 55,8% dos empresários acreditam em vendas melhores no próximo ano. A maioria dos empresários (67,8%), partindo desse pressuposto, crê que daqui a seis meses o faturamento da empresa estará melhor, sendo que para 27,6% permanecerá igual. “Outro fator que contribui para o otimismo tanto do empresário

quanto do consumidor são as sucessivas reduções da taxa básica de juros (Selic) e, consequentemente, as quedas nos juros praticados pelos bancos, em especial do cartão de crédito e do cheque especial”, ressalta o economista da Fecomércio Minas gabriel de Andrade Ivo.

“Entretanto, é possível observar que, mesmo com as expectativas a todo vapor, o empresário se preocupa com a crise internacional, que impacta o negócio de 67% dos entrevistados”, evidencia o economista. Muitos acham (60,6%) que as medidas de estímulo do governo não impulsionaram as vendas. Para os 30,4% que observaram aumento das vendas, 45,5% entendem que as reduções dos juros bancários foram as ações que mais contribuíram nesse quesito.

Para 71,7% dos empresários do comércio de Minas gerais, o endividamento e a inadimplência são mais preocupantes, seguidos pela inflação (17,2%) e o desemprego (6,3%). Entre os fatores que mais impactam negativamente os negócios no estado estão a falta de mão de obra (39,2%), a dificuldade de acesso ao crédito (22,6%) e o preço alto com os fornecedores (21,4%). “A dificuldade de acesso ao crédito é uma realidade, principalmente para empresas de menor porte. Entre as linhas de crédito, o capital de giro é a mais difícil de ser obtida para 48% dos empresários”, conclui Ivo.

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Para 59,9% dos empresários a situação das empresas é melhor do que no início dos anos 2000

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micro e Pequenas emPresas

cRédITo PARA o SucESSo dAS MIcRo E PEquEnAS EMPRESAS gaBriel de aNdrade ivoeCoNomista da feComérCio miNas

As micro e pequenas em-presas (MPE) representam 99% dos estabelecimentos formais no Brasil e, como as demais empre-sas, necessitam de crédito para o seu desenvolvimento como o destinado ao investimento, antecipação de recebíveis, des-conto de duplicatas, capital de giro ou para o funcionamento do empreendimento.

Um aspecto microeconômi-co causa problemas na conces-são de empréstimos ou finan-ciamentos para o segmento, que é a assimetria de informações. Ainda falta informação aos em-presários, que acabam não ten-do conhecimento sobre a dis-ponibilidade das linhas de cré-dito, tanto dos bancos públicos quanto privados. Isso prejudica o segmento e dificulta muito a sobrevivência de algumas em-presas.

A evolução tecnológica e a busca pela inova-ção ampliam a governança empresarial, mas ain-da não foram capazes de proporcionar o conhe-cimento específico no processo de concessão de crédito, que é menor nos empreendimentos de pe-queno porte, apesar das linhas de financiamento crescentes e específicas às micro e pequenas em-

presas. Diversas linhas de crédito e concessão de financiamento possuem tratamento preferencial com taxas de juros e condições mais adequadas para as micro e pequenas empresas, mas não são aproveitadas com grande eficiência e eficácia.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES), maior banco públi-co do Brasil para financiamento de longo prazo,

possui condições diferenciadas para as MPEs, assim como as demais instituições financeiras. Porém, falta divulgação dessas informações, consequentemen-te, menor acesso ao crédito, o que prejudica o bom funciona-mento do mercado de trabalho e da atividade econômica como um todo.

O segmento gera a maior parte dos empregos formais no Brasil e é fundamental na manutenção da paridade entre crescimento da demanda e au-mento da capacidade produtiva da economia de forma suficiente a garantir o emprego e a renda. Ou seja, as MPEs são essenciais para a atividade econômica e o governo deve sempre estimular o setor.

Hoje, há uma evolução na simplificação do processo de

concessão de crédito, o que facilita o acesso aos recursos. Os bancos oferecem um portfólio amplo de soluções em crédito para que as MPEs possam atingir maior grau de competitividade. As reduções sucessivas da taxa Selic, acompanhadas por que-das nos juros bancários, são estímulos que devem ser aproveitados pelos empresários. O planejamen-to jamais pode ser deixado de lado e a necessidade de recursos deve ser acompanhada da certeza e do momento correto para novos investimentos e de-senvolvimento do negócio.

Buscar informações nas instituições finan-ceiras é fundamental para concretizar negócios, proporcionando oportunidades de investimento e desenvolvimento empresarial. Ou seja, o empre-sário bem informado é mais competitivo. Com isso, melhora a produtividade e a utilização de recursos financeiros é mais efetiva e assertiva, uma vez que, conhecendo os juros praticados, os prazos adotados e as formas de concessão desses recursos, aumentam as chances de sucesso e de prosperidade.

Pris

cilla

Áza

ra

Banco de imagens: Shutterstock

“o segmeNto gera a maiorparte dos empregos formaisNo Brasil e é fuNdameNtalNa maNuteNção da paridadeeNtre CresCimeNto da demaNdae aumeNto da CapaCidade produtiva da eCoNomia (...)”

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22 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381

o que são incoterms?Os Incoterms são regras, termos de comércio

de âmbito internacional e de caráter facultativo que podem criar condições favoráveis ou não para aque-les que optarem por utilizá-los. Determinam o mo-mento preciso da transferência de risco (responsa-bilidade) do vendedor para o comprador. Também indicam o momento no qual a mercadoria passará a ser de responsabilidade ou do exportador ou do importador. Definem quando deve ser feita a trans-ferência de responsabilidade dos custos e despesas adicionais. E, por fim, definem a responsabilidade de pagamento de transporte internacional e seguro.

por que exportar?A internacionalização leva ao desenvolvimento

da empresa, obrigando-a a se modernizar, seja para conquistar novos mercados internacionais, seja para preservar a sua posição no mercado interno. Assim, o comércio exterior adquire cada vez mais impor-tância para o empreendedor que queira realmente crescer, bem como para a economia brasileira, me-diante o ingresso de divisas e geração de emprego

e renda. Quando uma empresa começa a exportar, sua produção aumenta numérica e qualitativamen-te. Isso ocorre devido à redução da capacidade ociosa, que é obtida por meio do aperfeiçoamento dos processos produtivos.

o que devo saber e definirantes de decidir importar?

O importador deve estar ciente de que importar constitui atividade sujeita a exigências administra-tivas, aduaneiras e cambiais. Na operação serão cobrados impostos que podem onerar a aquisição do bem ou serviço e sua introdução no território brasileiro é controlada por legislação específica. Portanto, é fundamental o planejamento da ope-ração, escolhendo bons e confiáveis fornecedo-res e os procedimentos operacionais, registrar-se nos órgãos competentes, definir o mais adequado processo logístico, entre outras ações. Para, então, aprovar a compra e o embarque do bem no exte-rior a fim de evitar ônus à compra internacional.

quais as vantagens deuma empresa internacionalizada?

A interação com novos mercados propicia o acesso a tecnologias e processos de produção mais eficientes. As empresas que operam no mercado internacional passam a adotar programas de qua-lidade e a desenvolver testes em seus produtos, passando a implantar mecanismos que garantem melhor qualidade, a fim de evitar problemas de devolução da mercadoria e de sua não aceitação no mercado estrangeiro.

vocÊ sabia ?

– Normas admiNistrativas, Como: HaBilitações, registros e aNuêNCias. – ClassifiCação das merCadorias. – Normas de triButação Na eXportação e importação. – Normas aduaNeiras do ComérCio eXterior Brasileiro.– preferêNCias outorgadas pelos aCordos ComerCiais de que o Brasil partiCipa.

AssessoriA espeCiAlizAdA em ComérCio exterior pArA AprimorAr seus negóCios forA do pAís

notas

BalaNça ComerCial miNeira registra queda em relação a 2011

As vendas internacionais de Minas gerais somaram, no período de janeiro a outubro de 2012, o montante de US$ 27,98 bilhões, apresentando redução de 18,1% em relação ao mesmo perío-do de 2011. O estado, apesar da queda nas exportações, foi responsável por 13,8% do total exportado pelo Brasil.

As importações no período ana-lisado registram redução de 4,9% na comparação com o mesmo período de 2011, atingindo o patamar de US$ 9,92 bilhões, sendo responsável por 5,4% do total comprado pelo Brasil no exterior.

O saldo comercial mineiro (resulta-do da diferença entre as exportações e as importações) foi de US$ 18,06 bi-lhões no acumulado de 2012. Esse re-sultado é maior que o saldo nacional, que registrou superávit de US$ 17,39 bilhões. Porém, o saldo comercial de Minas, no acumulado de janeiro a ou-tubro, é 23,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2011.

A corrente comercial do estado com o exterior (soma das exportações mais importações) apresentou queda de 15,0% em relação ao mesmo período de 2011, alcançando o patamar de US$ 37,90 bilhões no período analisado. Este resultado correspondeu a 9,8% do total comercializado entre o Brasil e o mundo. (Fonte: MDIC e EXPORTA-MINAS. Elaboração: Núcleo de Comércio Exterior)

Page 23: Ed.381 - NOV/2012 - Jornal Fecomércio Informativo

FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381 • 23

negÓcios internacionais

conhEcEndo o Mundo coM o SISTEMA fEcoMéRcIo9ª EdIção: AlEMAnhA

Curiosidades• É sempre bom ter senso de humor, mas sem exageros, pois, nos negócios, os alemães são extremamente formais e reservados, quando não conhecem bem as pessoas. A formalidade nos negócios e na vida social é uma das suas principais características. O aperto de mãos ao cumprimentar alguém faz parte do rela-cionamento social, inclusive no âmbito em-presarial. O trato na segunda pessoa (você) só deve acontecer quando houver maturidade na negociação.• O estilo de negociação é formal e duro. A pontualidade é levada muito a sério e indica profissionalismo. Postura amadorística, res-postas vagas, insuficientes ou aleatórias im-plicam, em geral, a perda do cliente.

• Apresentar propostas sem bases ou com falhas de argumentação em uma reunião de negócios poderá ser mais prejudicial do que não ter participado do encontro ou permane-cido calado. • Os empresários alemães agem de forma ló-gica e racional, prezam muito os títulos e es-tão sempre bem preparados para as reuniões. Consideram inadmissível a participação de substitutos sem poder decisório para fecha-mento de negócios. Marque encontros com o gerente de nível mais alto, se possível, e com bastante antecedência.• Os alemães tratam as pessoas sempre pelo sobrenome precedido de “Herr” (senhor) ou “Frau” (senhora) e utilizam o tratamento formal “Sie” (o senhor, a senhora) na conversação.

Como NegoCiar • Como em toda prospecção de mercado, o primeiro passo para negociar com empresas alemãs é ter um planejamento estratégico bem definido, que deverá levar em con-sideração as particularidades do setor ao qual pertence seu produto. O mer-cado alemão é bem exigente e madu-ro e a concorrência por espaço está entre as mais elevadas do mundo. • A seleção do melhor canal de distribuição na Alemanha para o exportador brasileiro é um processo fundamental e, às vezes, lento, pois se deve levar em conta uma série de fatores, como: os requisitos do exportador/importador, tipo do produto, a capacidade de produção, o consumidor--alvo, nível de conhecimento do mercado e cultura comercial local.• Para alcançar sucesso nos ne-gócios e também estabelecer um re-lacionamento comercial duradouro, a empresa brasileira deve atender às expectativas do mercado alemão, par-ticularmente em termos de qualidade do produto, apresentação (embalagem), preço, serviços e confiabilidade no forne-cimento e no pagamento. • É fundamental para o exportador brasileiro estar bem preparado para reuniões com fu-turos parceiros alemães, uma vez que eles esperam negociar com objetividade e clareza e, antes de tomar uma decisão, têm a necessi-dade de obter o máximo possível de informa-ções da empresa, do produto, entre outras.• A importação de produtos na Alemanha é regulamentada de acordo com as leis adua-neiras da União Europeia. Produtos brasi-leiros poderão encontrar restrições diretas ou indiretas. Os maiores entraves às expor-tações brasileiras são de ordem sanitária e fitossanitária.• Para viagem de negócios à Alemanha, não há exigência de visto quando o período de permanência for inferior a três meses.

noMe oficial:

repúbliCA federAl dA AlemAnhA

Maiores cidades:

berlim, hAmburgo, munique, ColôniA, frAnkfurt, essen

Moeda oficial:

euro € - CotAção (€ 1.00 = r$ 2,659)*

sisteMa político:

demoCrACiA ConstituCionAl federAl

idioMa oficial:

Alemão

localização:

europA CentrAl

chefe de estado:

JoAChim gAuCk

coMércio internacional coM Minas gerais:

exportAções mineirAs (2011) us$ 1,9 bilhão

importAções mineirAs (2011) us$ 1,3 bilhão

coMposição do pib por setor da econoMia:

ComérCio/serviços (71%), indústriA (28%) e AgriCulturA (1%)

pib per capita:

us$ 43.794 mil (2011)

pib:

us$ 3,6 trilhões (2011)

população:

81,7 milhões de hAbitAntes (2011)

*cotação do dia 15/10/2012

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24 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381

comércio exterior

PRoTEcIonISMo: nEcESSIdAdEou dEfESA dE InTERESSE aNdré NotiNiaNalista de ComérCio eXterior

No início da década de 1990, o Brasil co-rajosamente decidiu abrir sua economia e se expor ao mercado internacional, subme-tendo-se aos efeitos da crescente glo-balização. O fim de sua política “pro-tecionista” fechada às importações, que caracterizou por muito tempo a política internacional brasileira, foi alvo de críticas dos principais parceiros comerciais e dos paí-ses que compõem a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Com medidas de redução tari-fária e desburocratização das ope-rações que envolvem o comércio exterior, o Brasil abriu-se para o comércio globalizado. Consequente-mente, gerou os primeiros impactos na economia nacional, que passou a receber investimentos de empresas estrangeiras, produtos com novas tecnologias, maior gera-ção de renda e emprego, causando uma revo-lução produtiva na economia brasileira.

Como diz o ditado “todo bônus tem seu ônus”, a abertura econômica brasileira trouxe grandes benefícios para o Brasil, que, devido à concorrência internacional, obrigou as em-presas a modernizar os processos produtivos e investir mais em inovação e qualidade, se adequando aos padrões internacionais. Por outro lado, o país ficou vulnerável às práticas desleais de comércio, realizadas por empresas de todo o mundo. Essas práticas não muito justas ao comércio, como o dumping (quando uma empresa exporta o produto a preço infe-rior àquele praticado no seu mercado interno) e o subsídio (concessão de benefícios tribu-tários ou financeiros às empresas), desfavo-receram os produtos nacionais e passaram a ocorrer com maior frequência no Brasil.

O clima de incertezas no mundo, a indefi-nição e estagnação das principais economias, somados à escassez do crédito e aos proble-mas internos decorrentes desse cenário, pro-porcionaram um movimento mundial de pro-teção ao mercado interno.

Diante desse quadro, na busca do fortale-cimento do mercado brasileiro e proteção das empresas à vulnerabilidade mundial, o Brasil passou a utilizar medidas previstas nos trata-dos de comércio da OMC, como a antidum-ping, elevando as taxas de importação de uma série de produtos e, em menor escala, subsí-dios, isentando alguns tributos para cadeias produtivas.

Para ter uma ideia, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil lidera o ranking de países que mais im-plantaram medidas de defesa comercial, com

17 ações, seguido da Argentina e dos Estados Unidos com 14, Europa

com 12, Índia com 10 e China com 8. O relatório destaca,

ainda, que, de outubro de 2011 a junho de 2012, fo-ram criadas 124 medidas de defesa comercial, afetando aproximada-mente 3% do comércio mundial.

As medidas de defesa comercial são necessárias, em doses moderadas, pois

controlam irregularidades que ocorrem no comércio

mundial. O protecionismo, portanto, é importante para o

desenvolvimento econômico de um país, mas em grau moderado,

porque pode gerar resultados negativos para a economia mundial.

A conclusão a que chegamos é que a con-corrência justa entre mercados no campo dos preços e a qualidade dos produtos são funda-mentais para o crescimento de uma nação, pois impulsionam o desenvolvimento do país, das empresas e das pessoas. Precisamos parar de nos preocupar em defender o mercado interno com medidas de elevação das tarifas de importação e subsídios temporários a algumas cadeias pro-dutivas, passando a nos preocupar com a quali-ficação da mão de obra, incentivos à inovação tecnológica, melhoria na infraestrutura logística. Assim, melhorando a competitividade dos pro-dutos brasileiros, alcançaremos uma fatia maior do comércio mundial.

Pris

cilla

Áza

ra

“as medidas de defesa ComerCial são NeCessárias, em doses moderadas, pois CoNtrolam irregularidades que oCorrem No ComérCio muNdial.”

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381 • 25

jurídico

Dando continuidade ao processo de regula-mentação do Código de Defesa do Contribuinte, previsto pela Lei nº. 13.515/2000, a Fecomércio Minas apresentou sugestões à minuta de redação do decreto regulamentador na forma apresentada pela Secretaria de Estado de Fazenda. Na sugestão fo-ram abordados tópicos importantes da minuta que afetam diretamente os interesses das empresas do comércio do Estado de Minas gerais.

1º) Dispõe a minuta que a opção pelo não pa-gamento imediato de qualquer autuação implica a perda das reduções previstas na Consolidação da Legislação Tributária Mineira.

A sugestão da Fecomércio Minas foi pela ex-clusão desse dispositivo por não constar na Lei 13.515/2000, que instituiu o Código de Defesa do Contribuinte, e pelo fato de a redação retirar do con-tribuinte o direito já adquirido e constante da Con-solidação da Legislação Tributária Mineira.

A prevalecer a redação, como apresentada, o contribuinte que eventualmente parcelasse seus débitos não poderia usufruir de eventual remissão fiscal, como atualmente ocorre, após a consolidação de seus débitos, dificultando a regularização da si-tuação fiscal.

2º) A minuta prevê, também, que, no caso de re-cusa de exibição de mercadorias, livros, documen-tos, programas ou meios eletrônicos, poderá o fisco lacrar móveis, equipamentos ou os depósitos onde se encontrem, lavrando Auto de Recusa e Lacração e solicitando à autoridade administrativa as providências para a exibição judicial desses documentos e/ou livros.

A sugestão da Feco-mércio Minas foi pela li-mitação dessa exigência, que não se aplicará nos casos de solicitação verbal

pelo fisco.É muito comum a fiscalização exigir verbal-

mente, ou mesmo por telefone, a apresentação de documentos, livros fiscais ou arquivos eletrônicos de obrigação do contribuinte.

A exclusão da penalidade prevista, em casos como os acima mencionados, em muito contribuirá para a prática da justiça fiscal e para o aprimora-mento da relação entre o fisco e o contribuinte.

3º) Outro dispositivo importante, constante da referida redação, diz respeito ao início da contagem do prazo de prescrição dos créditos tributários.

A proposta de regulamentação prevê que a con-tagem se inicia quando a repartição fazendária tem ciência do reconhecimento judicial da prescrição, nos casos de crédito tributário com cobrança ajui-zada, e quando a repartição tem ciência do fato, nos demais casos.

A Fecomércio Minas sugeriu a retirada desse dispositivo, considerando que o Código Tributário Nacional já trata da matéria, dispondo que o prazo de prescrição se conta da constituição ou da cobran-ça do débito e não da ciência à repartição fazendá-ria, que pode ser bem maior.

A prevalecer tal proposta, a prescrição dos cré-ditos tributários, atualmente prevista em cinco anos, seria maior, prejudicando os contribuintes, pois se faria contar a partir da ciência dada à repartição fa-zendária, o que certamente ocorreria em prazo bem superior ao atualmente previsto.

4º) Outro tema também de grande relevância refere-se ao dispositivo que justifica a presença de força policial no estabelecimento do contribuinte durante o processo de fiscalização.

Dispõe a proposta que somente haverá o efeito coativo ou vexatório contra o contribuinte, quando a presença da força policial exceder o simples acom-panhamento do Auditor Fiscal da Receita Estadual.

Além de medida de difícil aferição, quanto à definição do que seja o simples

acompanhamento do Auditor Fiscal, a redação do Decre-to ressalva as hipóteses em que se permite a presença policial, durante o proces-so de fiscalização, como nos casos de embaraço à

fiscalização ou de desacato à autoridade fiscal.

Além do mais, o agente fiscal não necessita ser meramente acompanhado pela força policial, uma vez que possui poder de polícia.

Sendo assim, a Fecomércio Minas sugeriu a ex-clusão da mencionada redação, por ferir direito ad-quirido e por exceder ao que dispõe a lei que criou o Código de Defesa do Contribuinte, uma vez que decreto que regulamenta uma lei não pode inovar em relação à mesma.

5º) Finalmente, tendo em vista a participação da Fecomércio Minas na Câmara de Defesa do Contri-buinte, denominada CADECON, prevista pela Lei 13.515/2000, que instituiu o Código de Defesa do Contribuinte, e, considerando a alteração estatutária que mudou a sua denominação, foi solicitada a alte-ração de seu nome, como constante da lei, para Fe-deração do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas gerais (Fecomércio Minas).

Com as alterações, acredita a Fecomércio Mi-nas que será possível viabilizar a regulamentação do Código de Defesa do Contribuinte no Estado de Minas gerais, criado no ano 2000, como importan-te instrumento de fomento ao desenvolvimento do estado.

“Com as alterações, aCredita a feComérCio miNas que será possível viaBilizar a regulameNtação do Código de defesa do CoNtriBuiNte No estado de miNas gerais(...)”

códIgo dE dEfESAdo conTRIBuInTE eustáquio NorBerto de almeidaCoNsultor jurídiCo da feComérCio miNas

Pris

cilla

Áza

ra

fecoMércio Minas apresenta sugestões aodecreto de regulaMentação

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26 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381

jurídico

oBRIgAçÕES SocIAIS E fIScAIS | dEz 2012

PIS - DCT

IR FONTE - SALáRIOS,AUTôNOMOS, ALUgUÉIS

CARNê LEÃO

PIS/FATURAMENTO

COFINS

FgTS / gEFIP

INSS - SALáRIO - NOV/2012 E 13º/2012 SALáRIOS

CAgED

IRPJ ESTIMATIVA CONTRIBUIÇÃO SOCIALESTIMATIVA

SIMPLES NACIONAL - Recolhimento DCTF - MENSAL

DACON - MENSAL

RETENÇÃO PIS / COFINSCSLL ARTIgO 30 - LEI 10.833/03

IRPF - QUOTA - RECOLHIMENTO

2º PARCELA DO 13º SALáRIO/2012

SPED/CONTRIBUIÇõESLUCRO REAL

DAPI • Comércio varejista, supermerca dista,lojas de departamentos, demais atacadistas e transportes

• Indústrias e atacadistas de bebidas,comb. e lubrif; cigarros e fumos

• Demais indústrias

• Guia Nac. Informação Apuração ICMS Sub. Trib. - Gia - ST

• Demais contribuintes

• SPED Fiscal

ISS Imposto S/ Serviços Belo Horizonte Outros Municípios

IPTU Belo Horizonte Outros Municípios

Taxas Municipais Belo Horizonte Outros Municípios

DES Declaração Eletrônica de Serviços - Mensal Belo Horizonte

Até o dia 05 (cinco)Ver legislação local

Até o dia 15 (quinze)Ver legislação local

Fixado pelo municípioVer legislação local

Até o dia 20 (vinte)

No mês de admissão

Até o último dia do 2º decêndio

Até o último dia útil do mês

Até o 25º dia do mês

Até o 25º dia do mês

Até o dia 7 (sete)

Até o dia 20 (vinte)

Até o 5º dia útil

Até o dia 7 (sete)

Até o último dia útil do mês

Até o último dia útil do mês

Até o dia 20 (vinte)

Até o 15º dia útil do mês Até o 5º dia útil do mês

Até o último dia útil da quinzena seguinte ao da retenção

Até o último dia do mês

Até o dia 20 (vinte)

Até o 10º dia útil do mês

Até o dia 09

Até o dia 04

Até o dia 15

Até o dia 10

Ver Calendário Fiscal

Até o dia 25

Âmbito federal

Âmbito estadual

Âmbito municiPal

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 3687/12, que busca reduzir a burocra-cia na abertura e no encerramento (“baixa”) de empresas no Brasil. O texto autoriza a Receita Federal a firmar convênios com os conselhos regionais de contabilidade para criar um banco de dados de contabilistas. A ideia é que esses profissionais fiquem habilitados a inscrever em-presas por meio eletrônico, sem uso de papel, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e no cadastro único de contribuintes.

A inscrição deverá ser feita com uso de se-nha ou assinatura digital. Também caberá aos contabilistas o exame e a guarda de documen-tos, nos prazos legais, para eventual comprova-ção de dados. A remessa prévia de documentos em papel será dispensada.

Atualmente, ao receber o pedido de ins-crição de uma empresa via internet, a Receita Federal valida o pedido do contabilista em até duas horas. Em seguida, o pedido é devolvido, e o documento precisa ser assinado pelo sócio-gerente da empresa e encaminhado à Receita, pelos Correios, com a documentação da empre-sa. A Receita precisa, então, analisar e validar os documentos. O trâmite chega a 30 dias.

feCHameNto de empresasA proposta amplia as possibilidades de do-

cumentos que poderão ser apresentados para instruir os pedidos de arquivamento de empre-sas. Atualmente, a Lei 8.934/94 exige o instru-mento original de constituição, modificação ou extinção de empresas mercantis, assinado pelo titular, pelos administradores, sócios ou seus procuradores.

O projeto também permite a apresentação dos documentos relativos à transformação so-cietária, alteração de capital, incorporação, ci-são e fusão.

É comum condicionar o andamento do pro-cesso de arquivamento da documentação socie-tária nas Juntas Comerciais à apresentação de certidões negativas ou positivas com efeito ne-gativo de débitos com tributos, seja da empresa ou de seus titulares e sócios.

tramitaçãoO projeto tramita em caráter conclusivo e

será analisado pelas comissões de Desenvol-vimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara)

PRoPoSTA SIMPlIfIcA REgRAS PARA ABRIR E fEchAR EMPRESAS

notas

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FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381 • 27

jurídico

AS lEIS MunIcIPAIS E A dEfInIçãodo hoRÁRIo do coMéRcIo luCas eduardo de oliveiraCoNsultor jurídiCo da feComérCio miNas

O artigo 30, I da Consti-tuição Federal atribui com-petência aos municípios para legislar sobre assuntos de interesse local, incluindo a definição do horário de funcionamento do comér-cio, conforme Súmula 645 do STF: “É competente o município para fixar o horá-rio de funcionamento de es-tabelecimento comercial”. Em razão da proximidade com a população, o Poder Legislativo municipal é o órgão indicado para definir o horário de funcionamen-to dos estabelecimentos comerciais, pois conhece melhor as peculiari-dades locais e os interesses daqueles que serão atingidos diretamente pela medida, como os consumidores, empresários e trabalhadores.

Algumas leis municipais, no entanto, ex-trapolam essa limitação constitucional, pois, ao mesmo tempo em que definem o horário de abertura do comércio, tratam de outro assunto que é de competência privativa da União, como Direito do Trabalho, nos termos do art. 22, I da CF. É o caso de leis municipais que fixam o ho-rário durante os dias úteis e permitem a abertura do comércio aos domingos, mas condicionam o funcionamento nesse dia ao requerimento dos sindicatos na Prefeitura ou à prévia autorização em convenção coletiva de trabalho.

Se a Lei Federal nº. 10.101/00 já permite expressamente o trabalho aos domingos, o mu-nicípio não pode legislar de forma contrária a essa norma, consoante os termos da Súmula nº. 419 do STF: “Os municípios têm competência para regular o horário do comércio local, des-de que não infrinjam leis estaduais ou federais válidas”.

O Tribunal de Justiça do Estado de Minas gerais adota o posicionamento sobre a impos-sibilidade de o município transferir para os sin-dicatos a definição do horário do comércio: A

exigência de anuência de sindicato de classe, como condição para expedição de licença para funcionamento do comércio aos domingos é ilegal, pois o Poder Público delega a um ente privado ato de competência exclusiva do Mu-nicípio. Apelação Cível nº. 1.0000.00.185134-4/000. Relator Desembargador Antônio Hélio Silva. Publicação: 27/10/2000.

A competência dos municípios, nesses ca-sos, se restringe à definição do horário de fun-cionamento e abertura dos estabelecimentos, enquanto a competência exclusiva para auto-rizar ou proibir o trabalho aos domingos é da União. É evidente que, se a legislação munici-pal autorizar o comércio a abrir aos domingos

ou funcionar durante 24 horas ininterruptas du-rante a semana, o empre-gador deverá conceder a folga compensatória ao empregado que trabalhou no domingo, além de ob-servar o limite de oito ho-ras diárias de trabalho e 44 por semana.

A Secretaria de Ins-peção do Trabalho, por meio do Ato Declaratório nº. 12, de 10 de agosto de 2011, alterou o Preceden-te Administrativo nº. 45, esclarecendo a diferença entre a possibilidade de

trabalho aos domingos e o horário de funcio-namento do comércio, conforme item I: I – O comércio em geral pode manter empregados trabalhando aos domingos, independentemente de convenção ou acordo coletivo e de autoriza-ção municipal.

E em seu item III, o Precedente Adminis-trativo nº. 45 esclarece que a competência para fiscalizar o horário de funcionamento e abertu-ra do comércio é do município e não do Mi-nistério do Trabalho e Emprego: III – Por sua vez, a abertura do comércio aos domingos é de competência municipal e a verificação do cum-primento das normas do município incumbe à fiscalização de posturas local.

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“o triBuNal de justiça do estado de miNas gerais adota o posiCioNameNto soBre a impossiBilidade de o muNiCípio traNsferir para os siNdiCatos um assuNto de iNteresse da Coletividade(...)”

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28 • FECOMérCiO inFOrMativO • EdiçãO 381

jurídico

Falsos fiscais abordam empresas em busca de dinheiro fácil. Algumas vezes, eles usam o nome de servidores da Receita Federal. Outras vezes, dizem que são da Associação de Auditores Fis-cais. Ainda há aqueles que querem vender, fal-samente, assinaturas ou anúncios em revistas do Fisco.

Normalmente, após alguns telefonemas ou en-vio de e-mails, eles se apresentam pessoalmente na empresa. Bem vestidos e com carteira funcio-nal falsa, eles solicitam livros contábeis e lavram termos fiscais. Em síntese, criam toda uma en-cenação levando o contribuinte a sentir que real-mente está sob ação fiscal. Para “aliviar a fisca-lização”, esses falsos fiscais pedem quantias em dinheiro. O contribuinte, percebendo que se trata de um falso fiscal, deve chamar a Polícia Civil ou a Polícia Federal para registrar o flagrante.

A Receita Federal do Brasil esclarece que não tem nenhuma revista ou associação autorizada a falar em seu nome. Quando abordada pela fis-calização da Receita Federal, a empresa recebe o Termo de Início da Ação Fiscal. Nesse termo, constam o número do Mandado de Procedimen-

to Fiscal (MPF) e uma senha de acesso. Com essas informações, o contribuinte deve, antes de qualquer providência, entrar no site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br) e seguir o caminho: todos os serviços/fiscalização/consulta Mandado de Procedimento Fiscal. No site, o MPF confirmará a natureza e a origem da fiscalização.

É importante informar que nenhum fiscal da Receita Federal visita ou faz qualquer exigência ao sujeito passivo sem um documento escrito. Além disso, todo e qualquer valor devido à União deve ser recolhido por meio de DARF, pelo sis-tema financeiro, jamais por um servidor. (Fonte: Receita Federal)

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REcEITA fEdERAl AlERTA: PRoTEjA-SE dE fAlSoS fIScAIS

22 de novembro

Inscreva-se gratuitamente pelo site: www.fecomerciomg.org.br

informações: (31) 3270.3384 e (31) 3270.3399

Realização:Fortalecendo o comércio de bens, serviços e turismo.

Temas• O Direito Negociado e o Direito Legislado• Questões controvertidas a respeito do aviso prévio proporcional• Como evitar o passivo trabalhista com ênfase nos novos enunciados do TST• Aspectos polêmicos da rescisão indireta do contrato de trabalho

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sescFecomércio inFormativo

Publicação mensal do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais - sistema Fecomércio minas, sesc, senac e sindicatos

Projeto inovao ensino da língua Portuguesa PÁgina 4

sesc Palladium recebemostracinebH 2012 PÁgina 7

Banco de Imagens: Stock.xchng

educaçãode qualidade Para todoo estadoPÁgina 5

Div

ulga

ção

www.sescmg.com.br

consciência e atitude Para salvar o Planeta

PÁgina 3

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2 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 381

artigo

Uma nova carapara a edUcação Érica FreitasGerente educacional do sesc Minas

Tarcísio de Paula/Sesc Minas

O ano de 2012 será um marco importante para a educação no Sesc Minas, porque inicia-mos um processo de reestruturação de nossas ações educativas em todas as Unidades do esta-do. Iniciamos os cursos de idiomas e informáti-ca, com metodologia diferenciada e valores es-peciais para os matriculados. Começamos com 106 estudantes, sendo que 81% são trabalha-dores do comércio de bens, serviços, turismo e seus dependentes, e 3% são alunos de baixa renda, que foram contemplados com 100% de bolsa de estudos.

Outro resultado expressivo foi a matrícula de colaboradores do Sistema. Temos hoje alu-nos da Fecomércio, do Sesc e do Senac nos cursos de idiomas, o que demonstra a busca por alcançar as metas definidas pelo nosso pre-sidente: a integração entre as instituições e a internacionalização. Já o curso de Informática, gratuito para idosos, tem como objetivo a in-clusão digital. As aulas começaram em outu-bro, e o curso já possui lista de espera.

O curso de Corte e Costura é mais uma no-vidade para estimular o desenvolvimento das habilidades capazes de contribuir para a gera-ção de renda das famílias. Voltado para a sus-tentabilidade, iniciou-se com lotação esgotada, com um módulo de aproveitamento de retalhos para a fabricação de peças de patchwork, além do emprego de banners e embalagens tetra pak para a fabricação de bolsas e sacolas.

Outra realização foi a adoção de 83 escolas públicas, que integram o Programa de Compro-metimento e Gratuidade (PCG), para o desen-volvimento de projetos contemplando diferen-tes áreas do conhecimento, além de atividades de esporte, assistência, cultura, lazer e saúde. Serão atendidos, até o final do ano, aproxima-damente 48 mil alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Projetos de Educação do Departamento Na-cional também foram implementados, como o Planetário, que objetiva mostrar, de forma lúdi-ca e interativa, que a Ciência está presente no nosso dia a dia. Além de despertar o interesse de estudantes, o Planetário propõe estimular, tam-

“o projeto Habilidades de estudos É taMbÉM uMa novidade. teM a proposta de atender os FilHos de trabalHadores do coMÉrcio de bens, serviços e turisMo, por Meio de acoMpanHaMento escolar.”

bém, os educadores a desenvolverem novos me-canismos para dinamizar e inovar os conteúdos em sala de aula. O Projeto tornou-se um produto de sucesso e já atendeu 27.673 pessoas.

Além disso, implantaremos, em 2013, os projetos Sala de Ciências e Habilidades de Estudos, ambos do Departamento Nacional. Serão duas Salas de Ciências implantadas nas Unidades de Contagem-Betim e Desportivo, destinadas à divulgação científica, trabalhadas de forma interativa, por meio da experimenta-ção de maneira divertida. O projeto Habilida-des de Estudos é também uma novidade. Tem a proposta de atender os filhos de trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, por meio de acompanhamento escolar.

Temos participado ativamente em proje-tos e parcerias para distribuir conhecimento e

promover a transformação social dos cidadãos mineiros. A parceria do Sesc com a Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) e a Secretaria de Estado de Educação (SEE) é um exemplo de trabalho com vistas ao futuro dos nossos jovens. O Sesc qualificará estudantes do Ensino Médio da rede pública na língua inglesa, com foco em atendimento e turismo, para recepcionar os turistas durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Além da formação, serão contratados os me-lhores alunos para trabalharem nos espaços culturais e nas Unidades de Hospedagem do Sesc, ao final do curso, em 2014.

E não paramos por aí. A Educação está pre-sente em todas as atividades do Sesc, e é nossa missão ampliar as ações e nos tornar referência na educação de Minas Gerais.

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 381 • 3

cHarles Galantini

Nunca é tarde para aprender. A expressão é bastante clichê, mas é um erro pensar que a apren-dizagem termina na vida adulta ou na velhice. A educação é um processo contínuo. Porém, mudar o comportamento das pessoas em relação ao uso e consumo de recursos naturais é um dos desafios da atualidade. O Sesc encarou esse desafio e, por meio do programa Gestão com Ênfase em Meio Ambiente e Sustentabilidade (Gemas), estimula e ensina os colaboradores sobre a separação correta do lixo, mostrando a eles que muito do que sobra pode ser aproveitado.

As questões ambientais e a sustentabilidade fa-zem parte da missão do Sesc. Segundo o assessor de meio ambiente da instituição, Carlos Frederico Loiola, o Gemas promove trabalhos socioambien-tais com os recicláveis, economizando energia, papel e água, além de estimular o consumo cons-ciente. A preocupação com a educação ambiental passa por todas as áreas da instituição.

educação aMbientalNos últimos três séculos, a humanidade pas-

sou por grandes mudanças como o surgimento do processo de produção industrial, que aumentou a utilização dos recursos naturais e a geração de re-

meio ambiente

Pequenas mudanças de hábitos Podem contribuir com o meio ambiente

o primeiro passo para mudar o mundoé o seu

síduos, a migração das pessoas do meio rural para as cidades e as mudanças nos valores e modos de vida da sociedade.

Como todas as grandes mudanças, essas tam-bém trouxeram impactos significativos ao plane-ta. Conforme informações do programa de gestão ambiental do Ministério Público Federal, o homem passou a não se enxergar como parte do meio am-biente. E essa cultura de separação não estabelece limites, nem critérios, que seriam apropriados para a utilização dos recursos naturais, o que acaba em crise ambiental, devido ao aumento da utilização inadequada dos recursos e da produção de resídu-os.

A crise ambiental fez com que surgisse, mesmo que tímida, uma mobilização da sociedade, exigin-do soluções e mudanças favoráveis ao meio am-biente. E é nesse contexto que o trabalho do educa-dor ambiental se mostra cada vez mais necessário. Esse profissional promove a educação ambiental como ferramenta de mudança na relação do homem com o am-biente. Por isso, tam-bém, o Dia do Edu-cador Ambiental, 15 de outubro, é comemorado na mesma data em que os profes-sores são homenageados.

Quando falamos em preservação e sustentabilidade, pensamos logo nos acidentes ambientais que têm causado grandes danos à nossa natureza. Porém, a preservação começa dentro de casa e, até mesmo, no trabalho.

Ser sustentável nada mais é que reco-nhecer a importância do meio ambiente e da sociedade, medindo as consequên-cias dos atos. Atitudes simples podem dar às gerações futuras um mundo eco-logicamente saudável. Por isso, respei-te a coleta seletiva, separe os resíduos pelo menos entre secos e molhados, aproveite o papel usado como rascunho e só imprima quando realmente for ne-cessário, troque eletroeletrônicos que

não tenham certificado de baixo consumo de energia, desligue a tela do computa-dor se for demorar a voltar, feche a torneira ao escovar

os dentes, não demore no ba-nho. Enfim, pratique ações de cidadania.

Faça a sua Parte

aline teodoro

Mais de 700 ciclistas estiveram presentes no 6º Passeio Ciclístico do Sesc, em Teófi-lo Otoni. A ação foi realizada pelo Sistema Fecomércio Minas, na manhã do dia 23 de

setembro. Os ciclistas percorreram cerca de 15 km das principais ruas da cidade, encer-rando o trajeto nas dependências do Espaço Cultural do Casarão do Sesc. Além da práti-ca esportiva, o evento ainda possibilitou a ar-recadação de centenas de litros de leite para o Programa Mesa Brasil Sesc Minas Gerais.

6º passeio CiClístiCo do sesC foi suCesso em teófilo otoni

Divulgação

Willian Rezende / Sesc Minas

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novos conhecimentos de leitura e escrita, enri-quecendo o currículo formal das instituições de ensino. Tudo isso para trabalhar o português do currículo escolar de forma interativa e dinâmica, com ações complementares no contraturno das escolas.

Para o Sesc, o domínio da língua tem estreita relação com a plena participação social. É por meio dela que o homem se comunica, tem aces-so à informação, expressa e defende pontos de vistas; partilha, constrói visões de mundo e pro-duz conhecimento. “O projeto visa o incentivo à leitura e à produção de textos abordando várias temáticas, como redação, novo acordo ortográ-fico, obras literárias e gêneros textuais. O obje-tivo é complementar o currículo com atividades que despertem o interesse dos alunos”, comenta a coordenadora educacional do Sesc Minas, Si-

mone Santos.É o caso do Sesc Almenara, no Vale do Jequitinhonha, que já

introduziu a proposta na E. M. Monteiro Lobato. Du-

educação

O Planetário está de casa nova. Desde outubro, o projeto visita a Unidade Sesc Sete Lagoas, região central de Minas. Vol-tado para alunos de escolas públicas e a comunidade, ficará disponível para visi-tação gratuita, por meio de agendamento prévio, até o dia 17 de dezembro.

Com o objetivo de mostrar de forma lúdica e interativa que a ciência está pre-

portUgUês para aprender e brincar

Uma aULa no espaçosente no nosso dia a dia, o Planetário é uma cúpula inflável que projeta as estrelas, os pla-netas, a lua, o sol, as galáxias e os cometas. Os visitantes têm a oportunidade de conhecê-lo e participar de oficinas pedagógicas, acompa-nhados por monitores treinados.

A iniciativa é do Departamento Nacional do Sesc, contudo, em fevereiro de 2012, o Sesc Minas adquiriu seu próprio equipamento. De

lá para cá, a cúpula já vi-sitou as Uni-dades Santa Luzia, Venda Nova, Despor-tivo e Santa Quitéria. Ao todo, o projeto já recebeu mais de 27.600 visitantes.

As escolas interessadas devem agendar a visita no Sesc Sete Lagoas, pelo telefone (31) 3773-2764.

rante o mês de outubro, os estudantes participa-ram de atividades, como concurso de redação, conto e reconto, produção de textos, soletrando, leitura de livros e trabalho com os gêneros textu-ais. Cerca de 600 atendimentos foram realizados apenas nessa instituição.

As Unidades Sesc Desportivo, na capital mi-neira, e Sesc Contagem-Betim, na Região Me-tropolitana de Belo Horizonte, também já inicia-ram suas atividades. A primeira, na E. E. Pedro Dutra, e a segunda, na E. M. Júlia Kubitschek de Oliveira. Juntas, somam mais de 1.300 aten-dimentos.

Novembro é a vez do Sesc Januária, no norte de Minas, e do Sesc Tupinambás, na ca-pital. Em Januária, a E. E. Simão Viana Perei-ra da Cunha tem previsão de 435 atendimen-tos. A Unidade de Belo Horizonte atenderá

a E. E. Maria da Glória Assunção, em Ribeirão das Neves, com expectativa de quase mil beneficiados.

Mas os trabalhos não param. A ideia é que outras Unidades também desenvolvam

o projeto nas escolas adota-das pelo Sesc.

aldine Mara

Ele chegou há mais de 500 anos nas terras brasileiras e, por aqui, ganhou espaço. Em um território extenso é impossível não haver varia-ções, mas, no fim, a base é a mesma. O portu-guês é a língua oficial do Brasil e de mais sete países: Angola, Cabo Verde, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal. O idioma é considerado um dos mais complexos e, por isso, a língua merece respeito.

Por ser um assunto sério, não significa que é cansativo. Assim, o Sesc Minas lança mais um projeto – Sesc Produzindo Conhecimento: lín-gua portuguesa. A iniciativa é desenvolvida nas escolas públicas adotadas pela Instituição, tanto na capital quanto no interior. A ideia é ampliar

Banco de Imagens: Shutterstock

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institucional

briza Martins

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”, já dizia o re-nomado educador Paulo Freire. É com esse pensamento que o Sesc oferece, em todo o estado de Minas Gerais, cursos voltados para diferentes áreas do conhecimento, como edu-cação, saúde e lazer.

Entre os cursos mais procurados está o de inglês, com mais de 100 alunos matricula-dos. As aulas acontecem nas Unidades Tupi-nambás, Floresta, Desportivo, Santa Luzia e Contagem-Betim, além de quatro escolas es-taduais da capital mineira. Com metodologia moderna e materiais didáticos diferenciados, a iniciativa tem sido um grande sucesso.

Naiara Walker, de 16 anos, é estudante da Escola Estadual Maurício Murgel, onde faz o curso de inglês. Para ela o curso é muito im-portante. “Aprender outro idioma é indispen-sável para termos uma carreira bem-sucedida, e o curso de inglês do Sesc tem me ajudado a pensar neste futuro”, reflete a estudante. Geraldo Cézar, de 17 anos, também aluno da escola, destaca: “a Copa do Mundo está che-gando e temos nela uma oportunidade de tra-balho. Aprender inglês será fundamental para trabalhar no período”.

Como aprender é válido para todas as ida-des, existem opções para crianças, adultos e idosos. Desde setembro, o Sesc Contagem-Betim oferece o curso de inglês infantil. Com uma metodologia preparada especialmente para crianças, as aulas são voltadas para alunos de 4 a 6 anos. Atualmente, cinco crianças es-tão aprendendo uma nova língua. Já os idosos têm a oportunidade de aprender informática e não ficar de fora das novas tecnologias. Nas Unidades Tupinambás e Contagem-Betim, em apenas dois meses, os idosos, por meio de au-

oPortunidades Para todas as idadese interesses são disPonibilizadas nas unidades

sesc oferece Cursos de qualidade em todo o estado

las diferenciadas, aprendem digitação, windo-ws, word, internet e redes sociais.

As artes não ficam de fora dos cursos ofer-tados pelo Sesc em Minas Gerais. No Sesc Tu-pinambás, por exemplo, é possível aprender dança de salão, violão, teatro e até ioga. Além disso, a Instituição oferece ginástica, corte e costura, informática e inglês. “Nossos cursos foram idealizados pensando na valorização social por meio da arte, cultura, educação e saúde. Contamos com infraestrutura adequa-da, experientes instrutores com formações específicas, preços acessíveis e diferenciados para os trabalhadores do comércio de bens, serviços, turismo e seus dependentes, além de nossa privilegiada localização central”, expli-ca o gerente da Unidade, Grijalva Duarte.

“A vida inteira gostei de música, mas nun-ca tive oportunidade de começar a aprender. O curso do Sesc me estimulou e me lembrou do ditado ‘nunca é tarde para começar’. Fiz a escolha certa, estou adorando o curso”, conta, animado, o aposentado Américo Guimarães, de 76 anos, aluno do curso de violão.

Leonardo Abreu/Sesc Minas

Sr. Américo atento às orientações da professora Deborah Mussulini durante as aulas de violão

novidadesVocê sabia que o Sesc oferece o Curso de

Corte e Costura? Ele acontece no Sesc Tupi-nambás, com valor diferenciado para traba-lhadores do comércio de bens, serviços, turis-mo e seus dependentes. Além de modelagem básica e produção de peças em patchwork, é possível aprender técnicas de confecção de peças íntimas. Atualmente, são 31 alunos matriculados.

Devido ao grande sucesso das atividades, para o ano de 2013 serão oferecidos os cursos de inglês e informática nas Unidades Uber-lândia, Juiz de Fora, Floresta e Sete Lagoas.

para participarAlguns cursos já estão com as inscrições

encerradas ou com as turmas esgotadas. Mas, para muitos, é possível se inscrever durante todo o ano. Quem quiser se informar sobre os cursos pode entrar em contato com a Central de Informações do Sesc por meio do telefo-ne (31) 3279-1500, ou direto na Unidade de interesse.

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serviços

joyce atHiê

Já pela manhã, às 9 horas do dia 14 de outubro, um domingo pós-feriado, 300 cola-boradores do Sesc estavam preparados para atender ao público que chegava ao Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no cen-tro de BH. Mais de 25 atividades das áreas de saúde, cultura, meio ambiente, esportes, turismo, educação e lazer estavam disponí-veis a quem compareceu ao Sesc no Parque, evento que a Instituição realizou pela primei-ra vez. Foram nove horas de atendimentos com direito a shows, prestação de serviços, brincadeiras e muito mais. Tudo gratuito e para toda a família.

Os serviços de Saúde foram os mais pro-curados. Aproximadamente 4.350 pessoas buscaram orientações e atendimentos refe-rentes ao câncer de mama e autoexame, afe-rição de pressão arterial e glicose, além de serviços odontológicos. “As ações de Saúde são importantes pelo preventivo que têm. A transformação social que o Sesc oferece acontece quando a pessoa consegue diag-nosticar, gratuitamente, determinada doença, para começar logo o tratamento, aumentando suas chances de recuperação”, ressalta o en-fermeiro e analista de Saúde do Sesc Santa Quitéria, Thiago Santana Aguilar.

Os serviços nas tendas da Maratona da Solidariedade também não pararam nem por um minuto. Foram ao todo 1.362 atendimen-tos, entre emissão de documentos, fotos, ser-viços de estética e corte de cabelo. A Rua de Lazer, com seus brinquedos e videogames, recebeu três mil crianças que passaram a tar-de se divertindo. O Planetário Sesc Minas proporcionou às 400 pessoas que o visitaram apreciar as estrelas, os planetas, a lua, o sol, as galáxias e os cometas, em uma viagem lú-dica e educativa.

sucesso de Público, evento tevetodos os serviços do sesc em um só lugar

40 miL pessoas prestigiaram sesC no parque

Os grupos de terceira idade estiveram presentes com a Exposição de Trabalhos Manuais do Grupo de Idosos do Sesc Flo-resta e puderam participar da Oficina de Artesanato e Bordado. Ao todo foram mais de 400 pessoas se beneficiando das ativida-des da Gerência de Trabalho Social. O Mesa Brasil Sesc Minas Gerais marcou presença com oficinas de aproveitamento integral e palestras sobre boas práticas de produção e comercialização de alimentos.

Para quem estava à procura de arte e cul-tura, o CineSesc, o Sesc Cenarte e a Biblio-Sesc estiveram sempre abertos para promo-ver o encontro do público com as diversas manifestações artísticas.

A abertura oficial do evento aconteceu no palco principal, com a apresentação da Or-questra de Câmara Sesc, que abriu caminho para o Encontro de Bandas, iniciativa que acontece há 14 anos valorizando a cultura e as tradições mineiras.

Dando sequência às atrações musicais, o projeto Sesc Chorinho e Samba na Pra-

ça apresentou o grupo Flor de Abacate, e o Causos e Violas das Gerais teve a presença do violeiro e compositor Chico Lobo.

O encerramento romântico do Sesc no Parque ficou por conta do Minas ao Luar e o show de Rodrigo Miranda e Banda, que colocou Dona Maria de Lourdes Guima-rães, de 90 anos, para dançar no gramado do parque. Ela frequenta o Sesc Santa Quité-ria todas as sextas-feiras para participar do baile dos idosos. “Hoje, estou relembrando meus tempos de moça. Dançar com música boa me faz lembrar momentos especiais que vivi.”

Mesmo com toda a movimentação do dia no Parque Municipal, o meio ambiente ainda saiu beneficiado. O trabalho de coleta sele-tiva realizado durante todo o evento evitou que 105 kg de resíduos sólidos, entre pape-lão, plástico e latinhas, fossem destinados a aterros sanitários. Além disso, intervenções de teatro e uma exposição ambiental cons-cientizavam o público sobre os cuidados com o planeta Terra.

Tarcísio de Paula/Sesc Minas

Evento superou expectativa de público recebendo 40 mil pessoas

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artes

sesc Palladium recebeu 65 obras nos seis dias de Programação

sHow de nando reis

Um dos grandes nomes do rock brasileiro, Nando Reis fará apresentação do seu novo álbum, Sei, nas cida-des de Araxá e Uberlândia. As apresentações acontece-rão nas unidades do Sesc, nos dias 24 e 25 de novembro. Confira mais informações nas unidades do Sesc Minas ou pelo telefone (31) 3279-1500.

sonora brasil

O Sonora Brasil, projeto do Departamento Nacional do Sesc, promove a última tem-porada do programa Sagrados Mistérios: vozes do Brasil, e apresenta a Comitiva de São Benedito da Marujada de Bragança (Pará), nas cidades de Araxá, Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte. Mais informações no site http://www.sesc.com.br/sonorabrasil.

sistema fecomércio abraça amostra cinebH 2012

Veja as próximas atrações Culturais do sesC minas

sóstenes reis

O cinema tem a incrível capacidade de en-cantar, entreter e envolver o espectador em ou-tros universos de sentido, reflexão e contextos. Durante intensos seis dias de programação, de 18 a 23 de outubro, a 6ª Mostra CineBH apresentou, no Sesc Palladium, 65 obras au-diovisuais no Cinema Professor José Tavares de Barros. O público pôde prestigiar trabalhos nas sessões temáticas: Sessão Cine-Escola, Sessão de Curtas, Cinema Mundi, Mostrinha Sessão de Curtas, Filme Retrô Preta-Bélier e Sessão Homenagem à Teia. O evento teve a parceria do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos.

Nesta sexta edição, a mostra apresentou um programa internacional com foco no mercado audiviosual. Na atualidade, o evento é respon-sável pela conexão entre a produção indepen-dente e o mercado audiovisual, discutindo as implicações do formato de coprodução, o cir-cuito alternativo de arte e as opções de inter-câmbio. Esse contexto favorece a construção de pontes e parcerias promissoras entre novos realizadores e o mercado cinematográfico.

“A Mostra CineBH constitui importante elemento formador de público de cinema de qualidade, em vista de fomentar o acesso gra-tuito a obras, sem compromisso com retorno comercial. Além do mais, os festivais de ci-nema são relevantes instrumentos de valori-zação de novos talentos e da confirmação de artistas já prestigiados que perderam espaço ante o confinamento dos cinemas comerciais. Assim, o apoio do Sesc Minas se justifica ple-namente, uma vez que os objetivos da Mostra se encaixam em sintonia com os objetivos e missão da Instituição”, salientou o superinten-dente de Cultura e Educação do Sesc Minas, Gustavo Guimarães Henrique.

A abertura da programação, em 18 de ou-tubro, no Grande Teatro do Sesc Palladium, apresentou uma homenagem à Teia – Centro de Produção Audiovisual, uma das mais im-

portantes e relevantes produtoras brasileiras da atualidade e que, em 2012, completa 10 anos de existência. O grupo belo-horizontino é responsável por filmes premiados do cine-ma contemporâneo nacional e internacional, como O céu sobre os ombros (2010), Girimu-nho (2011) e Balança mas não cai (2012).

Ao longo da programação apresentada em diversos espaços da cidade, foram exibidos 126 filmes – 43 longas, 5 médias e 78 curtas – dos EUA às Filipinas, passando por Chile,

Canadá, Portugal e Uruguai, além de outros países. Trata-se de riquíssimo panorama do ci-nema recente, feito em diversos idiomas, com propostas e abordagens para todos os públi-cos.

Entre as diversas atividades da programa-ção, destacou-se a Sessão Cine-Escola, um programa dedicado a crianças e adolescentes com uma série de atividades gratuitas, como oficinas, seminários, sessões e debates. Ações como essa, de cunho educativo e cultural, in-centivam a formação de público e o consumo de cinema de qualidade, marcas da responsa-bilidade do Sistema F e c o m é r c i o Minas.

Banco de imagens: Shutterstock

Divulgação

Divulgação

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música

aline teodoro

A meteorologia prometeu, a chuva caiu, mas o temporal da noite de 20 de outubro não foi suficiente para dispersar cerca de quatro mil espectadores do Projeto Minas ao Luar, em Lavras, no sul de Minas. A Praça Dr. Augusto Silva recebeu o evento conduzi-do por Rodrigo Miranda e Banda, com participação especial do músico Serginho Olly. Canções, como Cabeleira do Zezé, Pra você gostar de mim, Whisky a go-go e Não deixe o samba morrer, animaram os espectadores.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejis-ta do Município de Lavras (Sincoval), Caio Márcio Goulart, comemorou o sucesso do evento que, pela terceira vez, visitou a cidade em outubro, mês de ani-versário do município. “Nossa cidade se sente hon-rada em receber esse projeto. Ainda falta uma hora para o show começar e a praça já está movimenta-da. Isso é prova de que o público se interessa por

eventos musicais do sesc minas reúnem mais de 13 mil esPectadores

eventos desse porte. É importante salientar também que, com a posse do presidente Lázaro, assumindo a Fecomércio Minas, nós passamos a ter visibilidade diferenciada na cidade”, afirmou. Simultaneamente, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Ho-rizonte, o Grupo Flor de Abacate encantou mais de nove mil pessoas que estiveram presentes na Praça da Glória e foram embaladas por sucessos da seresta e MPB.

causos e violas das GeraisNo dia 19 de outubro, os moradores de Ipatinga,

no Vale do Aço, receberam o projeto Causos e Violas das Gerais. Uma iniciativa do Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos, por meio do Sesc, que busca resgatar duas tradições mineiras: a viola e o contador de causos. O evento abriu o Fórum Em-presarial Fecomércio, que conta com a parceria do Sindcomércio Vale do Aço.

Os presentes puderam apreciar o som da viola dos músicos Chico Lobo e Bilora. Além disso, se

divertiram com os causos do contador de história Tadeu Martins. “Recebemos esse projeto com muita expectativa, até porque é a primeira vez que o Cau-sos e Violas das Gerais vem ao Vale do Aço. Isso é muito bom. Também tivemos o privilégio de se-diar o grande Fórum Empresarial, que foi preparado por nós, pela Federação do Comércio, Senac e Sesc. Estou muito satisfeito”, comentou o presidente do Sindcomércio Vale do Aço, José Maria Facundes.

Na ocasião, o vice-diretor do Sesc Minas, Lucia-no de Assis Fagundes, presenteou o sindicato local com uma placa comemorativa. A homenagem foi recebida pelo presidente da Instituição.

O coordenador geral do Sindicato dos Empre-gados no Comércio e Serviços de Ipatinga (SECI), Cláudio Marconi, também compareceu ao evento e elogiou o projeto: “essa iniciativa busca resgatar nossa música de raiz e a cultura da nossa terra. Sen-timo-nos honrados em receber esse show. E que o Sesc faça de Ipatinga um espaço para grandes even-tos”, finaliza.

músicas de vioLa e serestasencantampúbLico interiorano

Lavrenses relembram hits do passado ao som de Rodrigo Miranda e banda

André Medeiros/Sesc M

inas

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senacfecomércio informativo

atletas do senac rumo à olimpíada do conhecimento

página 7

publicação mensal do sistema federação do comércio de bens, serviços e turismo do estado de minas gerais - fecomércio minas - sesc - senac / www.mg.senac.br

consultor de imagem: profissão em alta

página 8

faculdade realiza consultoria contábil gratuita

página 3

soluções educacionais customizadasprofissionais especializados oferecem serviços sob medida para cada empresapáginas 4 e 5

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2 • fecomércio informativo • edição 381

Não é novidade para ninguém que o ensino técnico tem sido uma pauta constante no país, haja vista os investimentos do Governo Fede-ral com o intuito de incentivar a qualificação em nível técnico. Um desses incentivos mais expressivos, e do qual o Senac é parceiro, tem sido o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que também conta com uma vertente específica para a preparação de profissionais para a Copa do Mundo. Todo esse empenho do governo não poderia ter outra razão senão o fato de um país em franco desenvolvimento como o Brasil demonstrar uma carência pontual de mão de obra qualificada.

Apesar de o país ter despertado para a importância do ensino técnico apenas nos últimos anos, no Senac esse trabalho tem sido contínuo há décadas. Sempre entendemos que a qualificação é a principal porta de entrada, e também instrumento de permanência, no mercado de trabalho. Essa atuação forte no segmento encontra reflexo na redução da taxa de desemprego. Só para ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela Secretaria de Trabalho e Emprego (Sete), Fundação João Pinheiro, Fundação Seade e Dieese em toda a região metropolitana de Belo Horizonte dá conta de que a taxa de desemprego total passou de 6,7% em agosto de 2011 para 5,2% no mesmo

mês deste ano. Na capital mineira, o percentu-al foi de 6,1% em agosto de 2011 para 5,1% em agosto de 2012.

Esses dados são positivos e refletem dois fenômenos: o aumento do número de vagas disponíveis e o crescimento da quantidade de profissionais qualificados para ocuparem esses espaços. Não podemos perder de vista que o cenário que nos desponta tem sido bas-tante favorável para o crescimento da empre-gabilidade em todo o Brasil, especialmente com a aproximação da Copa do Mundo. A mesma pesquisa também mostrou que houve um acréscimo de 84 mil postos de trabalho no setor privado (correspondente a um percentual de 6,6%), comparando-se os anos de 2011 e 2012.

Por isso, o momento de investir em formação é agora. O Senac é uma das ins-tituições mineiras que vem atuando direta-mente na preparação dessa mão de obra e

incentivando a formação técnica. Tanto que temos vários de nossos alunos participando da etapa nacional da Olimpíada do Conhe-cimento, competição promovida pelo Senai com o objetivo de destacar as habilidades técnicas dos melhores estudantes do país em diversas áreas. Os vencedores poderão repre-sentar o Brasil na WorldSkills, etapa interna-cional da Olimpíada, que será realizada no ano que vem, na Alemanha.

Isso só mostra o quanto temos sido sensí-veis para a movimentação do mercado, atuan-do de maneira assertiva quanto à preparação de profissionais adequados às exigências do mundo do trabalho. Assim como o Governo Federal vem reconhecendo a importância da formação técnica, nós também precisamos nos atentar a ela, de modo a pleitear as melhores oportunidades nesse momento único de nossa economia. Estaremos, com isso, contribuindo para a redução ainda mais significativa dos índices de desemprego em nosso estado.

opinião

josé carlos cirilo da silvadiretor do senac em minas gerais

Evan

dro

Mai

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“não podemos perder de vista que o cenário que nos desponta tem sido bastante favorável para o crescimento da empregabilidade em todo o brasil, especialmente com a aproximação da copa do mundo.”

ensino técnico: o caminho para o desenvolvimento do país

Banco de imagens

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fecomércio informativo • edição 381 • 3

Em funcionamento há dois meses, o Núcleo de Consultoria Contábil da Faculdade Senac já conta com duas empresas-clien-tes e está em fase de negociação com a terceira. Com um trabalho totalmente gratuito, executado por alunos e professores do curso de Ciências Contábeis, o Núcleo tem como objetivo promover o acesso à informação contábil a empre-sas filiadas ao Sistema Fecomér-cio Minas, Sesc, Senac e Sindica-tos, assessorando-as em decisões empresariais estratégicas.

Atualmente, segundo a coorde-nadora do curso, professora Caro-

lina da Cruz Cardoso de Oliveira, são três professores supervisionan-do a atuação de cinco alunos, que

têm a oportunidade de experimen-tar os conhecimentos adquiridos em sala de aula. “Os alunos têm

uma dedicação mínima de duas horas semanais, mas o atendimen-to é sempre orientado pela deman-da das empresas”, explica.

O trabalho de consultoria rea-lizado pelo Núcleo representa um benefício tanto para as empresas quanto para os alunos. Para elas, é uma oportunidade de auxílio gratuito nas áreas financeira e contábil. Para os estudantes, uma chance de vivenciar as particu-laridades do mercado de traba-lho. “A experiência que os alunos adquirem com esse trabalho é fundamental para gerar emprega-bilidade”, destaca Carolina.

consultoria contábil gratuita para micro e pequenas empresas

carinho e dedicação à terceira idade

presidente do sistema se reúne com prefeito e vereadores na pousada escola

Evandro Maia

cliente em destaque

“Utilizamos as instalações do Hotel Senac Grogotó mensalmente há quatro anos e meio para nossas reuniões de treinamento. O atendimento e o carinho que todos têm conosco são fundamentais para o bom andamento dos nossos eventos. No Grogotó, sentimo-nos em casa.”

Leonardo Maurício Braga – Gerente Distrital de Vendas e Propaganda da Eurofarma – São Paulo-SP

em foco

Na Faculdade Senac, alunos, professores e comunidade local são convidados a participar de ações voluntárias, que levam bem-estar e mais qualidade de vida para a população. Foi assim que surgiu o Programa GerontoVida, uma ini-ciativa do Núcleo de Extensão da

Faculdade voltada para a tercei-ra idade. Por meio dele, diversos projetos são desenvolvidos, como o Gestor Solidário, que foi cria-do pelos estudantes do 3° período do curso de Tecnologia em Gestão da Qualidade. Neste semestre, eles realizaram uma campanha, junto

aos jovens do Programa de Apren-dizagem Comercial, e conseguiram arrecadar cerca de 300 pacotes de fraldas geriátricas. Os donativos foram entregues ao Lar São Mateus e ao Lar Maria Balbina, localizados nos municípios de Mateus Leme e Contagem, respectivamente. Os

idosos dessas entidades também tiveram acesso às atividades cul-turais e relacionadas à saúde. Para este ano, o Programa GerontoVida ainda promoverá o Dia da Bele-za na Faculdade. Os participan-tes serão indicados pelo Conselho Municipal do Idoso de Contagem.

Núcleo de Consultoria Contábil está em funcionamento há dois meses

O Sistema Fecomércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos se faz pre-sente em todo o estado, levando serviços e consolidando o potencial de cada região. Essas características empreendedoras foram reconheci-das na cidade histórica de Tiraden-tes no dia 29 de outubro, quando o presidente do Sistema Fecomércio, Lázaro Luiz Gonzaga, se reuniu com o atual prefeito da cidade, Nil-zio Barbosa, o prefeito eleito, Ralph de Araújo Justino, e vereadores para

um almoço na recém-inaugurada Pousada Escola do Senac. Eles agra-deceram ao Sistema pela implanta-ção da unidade do Senac na cidade e puderam apreciar de perto o trabalho realizado lá com um almoço prepa-rado pelos próprios alunos. Lázaro Gonzaga ressaltou os investimentos em educação que o Sistema vem rea-lizando e anunciou que várias outras cidades serão contempladas no futu-ro com unidades do Sesc e do Senac, a exemplo de Tiradentes.

O prefeito eleito de Tiradentes, Ralph Justino; o presidente da Câmara de Vereadores, Leo-nardo Matos; o empresário João Bartolomeo; o presidente do Sistema Fecomércio, Lázaro Luiz Gonzaga; a gerente regional de operações Zona da Mata do Senac, Cíntia Gomes; e o atual prefeito de Tiradentes, Nilzio Barbosa

Paolo Xavier

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passo a passo de uma metodologia

inovadoraPor meio de uma metodologia inovadora, o tra-

balho customizado desenvolvido para as empresas divide-se em quatro etapas. Primeiramente, é feito um diagnóstico de necessidades do cliente. Em seguida, a equipe do Senac elabora a solução personalizada. A etapa seguinte é a implantação dessa solução e o seu acompanhamento. Por fim, são avaliados os resultados obtidos. Esse atendimento customizado, que leva em consideração as necessidades de cada empresa, é o que torna o trabalho do Senac um diferencial para a gestão organizacional.

Associando equipes especializadas, ampla rede de atendimento em todo o estado e atuação em diversos segmentos do conhecimento, os projetos educacionais do Senac são realizados de acordo com a especificidade da empresa e do negócio.

É importante destacar que o trabalho tem como foco o desenvolvimento de competências dos profis-sionais para os eixos estratégico, tático e operacional de cada organização por meio de treinamentos ofereci-dos nas modalidades presencial ou a distância.

empresas buscam atendimento personalizado

capa

Alguns integrantes da equipe do Senac. Com formação diversificada; eles estão preparados para atender às necessidades dos clientes

No cenário atual, qualificar profis-sionais segundo o perfil e a linha de-senhada pela empresa é um objetivo estratégico, fundamental para o suces-so institucional. Mas, em um mercado dinâmico e flexível, eis que surge um desafio para as organizações: diagnos-ticar suas reais necessidades a fim de obter êxito nas ações empreendidas. E é nesse momento decisivo que elas podem contar com os serviços perso-nalizados do Senac.

Somente em 2012, mais de 130 clientes, entre micro, pequenas e grandes empresas, buscaram no Senac uma solução educacional customiza-da. Na Unimed-BH, por exemplo, foi desenvolvido um trabalho de capaci-tação de profissionais com deficiência física, visual ou auditiva. A segunda turma do curso já está em andamento, com o objetivo de desenvolver habi-lidades administrativas e promover a inserção desse público no mercado de trabalho. “A parceria com o Senac tem sido muito positiva e traz ganhos

sociais na medida em que promove a qualificação de pessoas com deficiên-cia para o mercado. Isso permite que os profissionais possam concorrer às vagas disponibilizadas não apenas na Unimed-BH, mas em empresas diver-sas, conquistando sua inclusão”, conta a coordenadora de Recursos Humanos da Unimed-BH, Graciela Cerqueira de Souza Lima.

comunidadeEm determinadas situações, as em-

presas vão até a comunidade, visando qualificar mão de obra local para inte-grá-la ao seu quadro de funcionários. Foi assim que a MMX, juntamente com as prefeituras de São Joaquim de Bicas e Igarapé, contratou o Senac para oferecer neste ano 40 vagas gratuitas para o curso profissionalizante de au-xiliar de cozinha. “O Senac tem flexi-bilidade para entender a demanda do cliente e criar cursos específicos e mais assertivos para a comunidade. Por isso, essa parceria é muito importante para

em 2012, mais de 130 organizações buscaram soluções educacionais sob medida no senac

Formatura dos alunos do curso de Auxiliar de Cozinha da MMX

Carolina Sá

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fecomércio informativo • edição 381 • 5

passo a passo de uma metodologia

inovadoraPor meio de uma metodologia inovadora, o tra-

balho customizado desenvolvido para as empresas divide-se em quatro etapas. Primeiramente, é feito um diagnóstico de necessidades do cliente. Em seguida, a equipe do Senac elabora a solução personalizada. A etapa seguinte é a implantação dessa solução e o seu acompanhamento. Por fim, são avaliados os resultados obtidos. Esse atendimento customizado, que leva em consideração as necessidades de cada empresa, é o que torna o trabalho do Senac um diferencial para a gestão organizacional.

Associando equipes especializadas, ampla rede de atendimento em todo o estado e atuação em diversos segmentos do conhecimento, os projetos educacionais do Senac são realizados de acordo com a especificidade da empresa e do negócio.

É importante destacar que o trabalho tem como foco o desenvolvimento de competências dos profis-sionais para os eixos estratégico, tático e operacional de cada organização por meio de treinamentos ofereci-dos nas modalidades presencial ou a distância.

empresas buscam atendimento personalizado

capa

Alguns integrantes da equipe do Senac. Com formação diversificada; eles estão preparados para atender às necessidades dos clientes

Wander Veroni

Arquivo SenacArqu

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Treinamento para pessoas com deficiência na Unimed BH

Empresários do Sindirepa participaram do Programa Gourmet Gerencial, desenvolvido no Hotel Senac Grogotó, em Barbacena

nós e para a região”, ressalta a co-ordenadora de Recursos Humanos da MMX, Fabrise Passos.

No Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessó-rios do Estado de Minas Gerais (Sindirepa MG), empresários de diversas áreas do setor de repa-ração automotiva participaram do programa Gourmet Gerencial durante o 13º Seminário de Di-rigentes. Na ação, realizada no Hotel Senac Grogotó, em Barba-cena, foram desenvolvidas ativi-dades gastronômicas, em que os participantes puderam aprimorar competências, como organiza-ção, planejamento, habilidades de liderança, relações interpesso-ais, trabalho em equipe, foco em resultados e, principalmente, no cliente. “Isso só renova as nos-sas forças para fazer ainda mais pelo setor. Esse é o nosso desa-fio. E juntos, como chegamos até aqui, podemos seguir em frente”,

resumiu o presidente do Sindire-pa MG, Carlos Ramon Melo.

Já com o Sindicato do Comér-cio Varejista de Gêneros Alimen-tícios (Sincovaga BH), o Senac promoveu o Programa Alimen-tos Seguros (PAS). “O programa foi uma ótima oportunidade para os supermercados se prepara-rem para trabalhar de forma mais profissional com relação às boas práticas de fabricação dos alimen-tos”, afirma Érica Fonseca, supe-rintendente do Sincovaga BH.

governoOutro caso de sucesso foi a

parceria realizada com a Secreta-ria de Estado de Saúde, por meio do Canal Minas Saúde, para a qualificação de profissionais, na modalidade a distância, ofertada em todo o estado. “O Senac foi o parceiro fundamental. Criou e levou a termo dois dos maiores cursos de pós-graduação do país

na área da saúde, Gestão da Clí-nica para profissionais do Pro-grama de Saúde da Família, e o Gestão Microrregional de Saúde. Ambos com mais de 2.000 alu-nos simultaneamente. O impacto social já se faz sentir. Reduzimos nossa taxa de mortalidade infan-til e materna em mais de 60%, tornando-a umas das melhores do país, e o Senac Minas faz par-te desta grande vitória”, destacou Rubensmidt Ramos Riani, dire-tor do Canal Minas Saúde.

Além disso, o Senac também mantém parceria com o governo de Minas para a elaboração de projetos e execução de programas sociais que visam à capacitação profissional gratuita com foco na geração de emprego e renda.

Para mais informações sobre os serviços educacionais custo-mizados oferecidos pela institui-ção ligue 0800 724 4440 ou aces-se o site www.mg.senac.br.

Equipe que promoveu o curso de Gestão Microrregional exibido pelo Canal Minas Saúde

Estúdio 53

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6 • fecomércio informativo • edição 381

giro

uma gincana repleta de vencedores

fim de ano em barbacena e tiradentes

sistema fecomércioapoia 6º cinebh

senac embarcano trembier

No Dia das Crianças, pelo menos 500 delas ficaram mais feli-zes. É que os alunos da unidade de Patos de Minas do Senac arreca-daram brinquedos que foram doa-dos a instituições de caridade. Esse trabalho fez parte da 5ª Gincana de Voluntariado. Jovens aprendizes da instituição também deram uma lição de cidadania quando promo-

veram o Dia de Lazer na Vila Padre Alaor, uma casa de idosos de Patos de Minas. Cerca de cem participan-tes que vivem na entidade contaram com atividades de dança, cuidados com a imagem pessoal e ainda tive-ram acompanhamento direto dos alunos do curso técnico em Enfer-magem nos leitos. Outra ação da gincana foi o desenvolvimento de

projetos pelos estudantes que des-pertem nas pessoas e nas empresas a preocupação com a sustentabili-dade do planeta.

O objetivo da iniciativa é colo-car a serviço da comunidade todo o conhecimento que os alunos adqui-rem em sala de aula, além de pro-mover a integração entre estudantes e instrutores em atividades de res-

ponsabilidade social. E as ações não param por aí. Até o fim do ano, as equipes desenvolverão outros pro-jetos, como o incentivo à doação de sangue e medula e a campanha do agasalho. “Aqui, não temos prê-mios. O prêmio é a oportunidade de ajudar o próximo”, conclui o diretor de escola da unidade, Antônio Vas-concellos Nascimento Júnior.

A cidade históri-ca de Tiradentes foi palco de mais um evento cultural e gas-tronômico, o Festi-val de Cerveja Arte-sanal (TremBier). O gerente de Gastrono-mia do Senac, chef Edson Puiati, e o chef Luciano Avellar pro-duziram a já famo-sa Paella Mineira. Na programação do Senac, destaque para a palestra sobre gastronomia sustentável, em que foi distribuída uma cartilha com dicas e orientações sobre o assunto. Durante o evento, também foi divulgado o

curso Introdução ao Estudo de Cer-vejas Especiais, que será ofertado em Tiradentes. O festival TremBier foi realizado entre os dias 11 e 14 de outubro.

Uma extensa programa-ção cultural marcou a 6ª edi-ção da Mostra Internacional de Cinema de Belo Hori-zonte (CineBH), promovida entre os dias 18 e 23 de outubro, e que contou com o apoio do Sistema Feco-mércio Minas, Sesc, Senac e Sindicatos. Na abertura, realizada no Sesc Palla-dium, o diretor do Senac, José Carlos Cirilo, recebeu em nome do presidente da Fecomércio Minas, Lázaro Luiz Gonzaga, uma placa em homenagem aos traba-lhos realizados no sentido

de divulgar e fomentar a cultura brasileira.

Durante a Mostra, foram exibidos 126 filmes nacio-nais e internacionais, em todos os gêneros e formatos, muitos deles premiados em importantes festivais inter-nacionais. Toda a programa-ção do evento foi gratuita, com o objetivo de ser um instrumento de formação, reflexão e difusão do cine-ma brasileiro. Paralelamen-te, também foi realizado o BrasilCineMundi, com debates com a presença de convidados internacionais.

Shirley Araújo

Paella Mineira foi prato especial durante o evento

Agência Primeiro Plano

Para aqueles que ainda não programaram seu Natal e que-rem desfrutar de muito confor-to e tranquilidade com a família, o Senac oferece duas opções: o Hotel Senac Grogotó, em Barba-cena, e a Pousada Escola, em Ti-radentes. Considerado o primeiro hotel-escola da América Latina, o Grogotó disponibiliza excelentes acomodações, áreas de lazer com duas piscinas (uma externa e outra aquecida), sauna, salões de festas e jogos, biblioteca, internet, sala de ginástica, scoth bar e restaurante. O pacote de Natal tem início no dia 22 de dezembro (sábado), às 12h, e término no dia 25 (terça-feira),

Pousada Escola Senac Tiradentes oferece conforto e aconchego

às 13h. A programação inclui café da manhã, almoço e jantar com o melhor da comida típica mineira e contemporânea, preparada por chefs experientes. Haverá também

um jantar especial de Natal no dia 24 de dezembro.Vale lembrar que o Hotel oferece uma cortesia para as famílias: crianças com idade até oito anos não pagam.

Já a Pousada Escola preserva em sua arquitetura o caráter histórico da charmosa cidade de Tiradentes e possui seis quartos, sendo dois deles padrão luxo, com banheira de hidromassagem. Nas diárias já está incluído o café da manhã. O res-taurante é aberto ao público para o jantar às sextas-feiras. No sábado, é servida uma feijoada no almoço (das 12h às 15h) e, aos domingos, um buffet mineiro (das 12h às 15h).

Os interessados em fazer reser-vas para o Hotel Senac Grogotó e a Pousada Escola Senac Tiradentes podem entrar em contato pelo tele-fone (32) 3339-3100 ou pelo e-mail [email protected].

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fecomércio informativo • edição 381 • 7

Entre os dias 12 e 18 de novembro, cinco alunos do Senac em Minas Gerais repre-sentarão o estado na etapa nacional da Olimpíada do Conhecimento, maior compe-tição da educação profissional

das Américas. Realizado pelo Senai, o evento tem como obje-tivo destacar os melhores alunos em diversas ocupações. Os ven-cedores da etapa nacional, que será realizada em São Paulo, no Anhembi, poderão representar

o país na versão internacional, o WorldSkills, no ano que vem, na Alemanha. Para trazer bons resultados, os alunos do Senac dedicam muitas horas de seu dia ao treinamento para a prova e, entre os dias 15 e 19 de outu-

bro, eles participaram de um grande simulado, com o intuito de aprimorar suas técnicas de acordo com as exigências da competição. Em cada um desses estudantes, o mesmo objetivo: trazer o ouro.

em foco

Fotos: Estúdio 53

worldskills américaAlém desses cinco competidores, o

Senac Minas também terá duas alunas concorrendo na WorldSkills Améri-ca, evento que reúne competidores de diversos países latino-americanos, realizado paralelamente à etapa nacio-nal da Olimpíada do Conhecimento. Camila do Lago e Mayara da Silva Gomes moram em Poços de Caldas, onde estão treinando por pelo menos 40 horas por semana.

talento e dedicação paraa olimpíada do conhecimento

“Treinamos oito horas por dia no Senac, de segunda a sexta-feira, e ainda estudamos em casa nos fins de semana. Isso está nos ajudando muito, pois o treinamento é bastan-te aprofundado. Estamos nos esforçando para trazer o ouro, mas, independentemente do resultado, já ganhamos com a experiência.”

Camila do Lago, 18 anos, e Mayara da Silva Gomes, 20 anos, competidoras em dupla na ocupação Técnico em Enfermagem

“Participar desta Olimpíada é uma oportunidade de crescimen-to pessoal e profissional. Perce-bemos que estamos adquirindo um conhecimento maior e mais detalhado da área de Enferma-gem. Estamos nos preparando para isso há oito meses.”Aline Pereira Nunes, 21 anos,

e Rayane Stefane Rocha, 18 anos, competidoras em

dupla na ocupação Técnico em Enfermagem

“Estamos trabalhando para lapidar as técnicas. Minha expectativa é nada mais do que o ouro. Só vou ficar satisfeito quando chegar ao WorldSkills, porque sei que essa oportunidade é só para os melhores.”

Mateus Naranjo Araújo Justino, 21 anos,

competidor na ocupação Serviço de Restaurante

“O simulado tem nos prepara-do para o que vai acontecer lá na etapa nacional, pois estou sendo avaliado de acordo com os critérios da competição. Sei que não vai ser fácil ganhar.”

Breno Carley Freitas, 19 anos,

competidor na ocupação Cabeleireiro

“A preparação tem sido fun-damental para que possamos não errar na prova. Teremos um projeto-teste para desen-volver, com ingredientes pré--definidos. Na etapa nacio-nal, vou fazer o meu melhor.”

Gabriela Rabelo Freitas Melo, 20 anos,

competidora na ocupação Cozinha

Arquivo Senac

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8 • fecomércio informativo • edição 381

dica do descubraminas.comaprendendo com o senac

profissão

trabalho após a aposentadoria

ilustração © estúdio piloto/luiz otávio

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consultewww.mg.senac.br

história e belezas naturais em macacos

Mais conhecido como Macacos, o dis-trito de São Sebastião das Águas Claras começou a ser povoado na primeira metade do século 18 e, já em 1740, constava como arraial no censo populacional realizado na vila de Sabará. O arraial de Macacos teve seu crescimento ligado à exploração de ouro no chamado Descoberto dos Macacos, por volta de 1765. Poucas construções restaram do período colonial, entre elas a capela de São Sebastião.

O distrito é cada vez mais procurado, tanto por causa das festas quanto da natureza e da tranquilidade do lugar, além da localiza-ção a meia hora de Belo Horizonte. Macacos

tem um bom comércio, com ótimos restau-rantes, onde o turista pode saborear desde um bom frango com quiabo feito no fogão a lenha até comidas exóticas. O jeito simples do povoado é convidativo para passear, des-frutar um bom almoço e se hospedar em uma confortável pousada.

Além da capela de São Sebastião, o local ainda tem a Cachoeira dos Macacos, con-tornada por formações rochosas por onde a água passa e forma um salto único de 2m de altura. O Morro do Elefante também é um atrativo. Ótimo para quem gosta de escala-das ou caminhadas. Do seu cume se tem uma bela vista de toda a região.

Para quem muito batalhou na vida, a aposentadoria é o descanso merecido. Mas aposentar-se não é, necessariamen-te, sair do mercado, não. Dá pra dimi-nuir o ritmo, manter-se em atividade e aumentar a qualidade de vida, sem dei-xar de exercer uma profissão. Planejar com antecedência o que e como fazer quando se aposentar é fundamental.

A reciclagem profissional é muito importante. Atualize-se com frequên-cia para poder aproveitar a carreira que já tem ou em outra em que queira ingressar. Faça planos para comple-mentação de salário. Assim, você fica tranquilo e preparado para eventuais problemas que possam surgir.

E lembre-se: ao se aposentar, invista na sua qualidade de vida, atuando com o que gosta. Faça da nova carreira algo prazeroso e leve, pra você poder curtir a vida. Bom trabalho!

Seguir as tendências, saber se vestir adequadamente para cada ocasião, o que usar quando se quer passar uma determinada imagem e como usar a moda a seu favor. Essas são questões que nos ocor-rem todos os dias quando nos preparamos para sair de casa. Mas, você sabia que existe um profis-sional preparado para todas essas conduções?

Trata-se do consultor de ima-gem, que promove mudanças no visual de seus clientes, conside-

rando necessidades e expectativas individuais e do ambiente. Ele ajuda um profissional a valorizar sua imagem e contribui para elevar sua autoestima.

Saber estar adequadamen-te vestido para cada situação é muito importante, até porque, mui-tas vezes, a primeira impressão é fundamental para a avaliação que se fará sobre a personalidade da pessoa. Por isso, a atuação do con-sultor de imagem é tão importante nos dias de hoje.

Se você tem interesse em seguir essa carreira, o Senac oferece o curso Consultoria de Imagem, que ensina mais sobre geometria cor-poral, classificação e combinação das cores, moda, etiqueta social e etiqueta à mesa, atendimento ao cliente, assessoria, empreendedo-rismo, entre outros. Mais informa-ções estão disponíveis pelo 0800 724 4440.

usando a moda a seu favor

Arquivo Descubram

inas.com

A capela de São Sebastião é um dos roteiros tradicionais no lugarejo que fica a meia hora de Belo Horizonte

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sebraeFecomércio inFormativo

Parceria com Petrobras insere mPes em negócios do Petróleo PÁgina 3

mulheres emPreendedoras crescem com talento e criatividade PÁgina 7

Pesquisa aPonta climade otimismoPara as Pequenas emPresas PÁgina 6

Plantas do Jequitinhonha na casa cor 2012

Flores das gerais Foram aPresentadas ao Público na mostra em belo horizonte

Div

ulga

ção

Publicação mensal do comércio de bens, serviços e turismo de minas gerais - sistema Fecomércio minas, sesc, senac e sindicatos

www.sebraemg.com.br

PÁginas 4 e 5

Gláucia Rodrigues

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2 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 381

Mig

uel A

un

artigo

Há várias ferramentas para dar suporte a uma correta tomada de decisão e que podem ser utiliza-das, profissionalizando a gestão de uma empresa, independentemente do seu porte. Devem ser aplica-das, de preferência, em um contexto maior, como na elaboração de um plano de marketing ou mesmo no desenvolvimento de um planejamento estratégico.

Entre essas ferramentas, temos a chamada “FOFA” (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). Essa ferramenta apresenta facilidade de aplicação e traz excelentes benefícios. Com ela po-demos avaliar situações importantes que dependem de um estudo um pouco mais elaborado.

Oportunidades e ameaças estão no ambiente ex-terno. São situações que dependem do mercado e que vêm de “fora para dentro” impactando de forma positiva ou negativa a sua empresa. As forças e fra-quezas estão no ambiente interno, portanto, dentro da empresa.

O principal objetivo é evitar tomadas de deci-são por impulso. Algumas vezes as oportunidades de mercado parecem muito evidentes, mas, quando analisadas com critério, podemos chegar à conclu-são de que não são viáveis, ou, pelos menos, que determinadas ações devem ser empreendidas sim, mas em outro momento.

Trabalhar com esse simples instrumento para checar determinada situação deve se tornar um há-bito para gestores de empresas. Um erro por decisão precipitada pode comprometer seriamente um em-preendimento construído com muito suor e esforços de gerações.

você conhece sua

clientela como deveria?

Muitos são os problemas relativos ao desenvol-vimento das ações de marketing em uma empresa. Mas a base dos problemas pode estar na incorreta

Ferramenta útilnos negócios antônio augusto gonçalves de abreu analista técnico do sebrae-mg

definição do seu público-alvo. Perguntamos a di-versos empresários estabelecidos há muitos anos no mercado: “Qual é o seu principal público compra-dor, ou seja, qual a ‘nata’ de clientes que sustenta o seu negócio”? Quase sempre a resposta é semelhan-te: “Todos que entram na loja, independentemente da idade, que varia de 8 a 80 anos. Entram também clientes com muito dinheiro e outros com pouco po-der de compra”. E finalmente procuramos saber: “A que classe social pertence a maioria dos seus clien-tes”? – “Ora, da classe A à D”.

Diante desse quadro, percebemos a falta de foco e de posicionamento estratégico de muitos empre-sários, que, no intuito de agradar a todos, não sa-tisfazem ninguém, nem conseguem manter uma imagem diferenciada para o seu negócio. O empre-endedor que não direciona o foco do seu negócio para um determinado público confunde a clientela. Empenha seu tempo, dinheiro e energia com ações de mercado pouco direcionadas, favorecendo erros básicos. O resultado é a crescente perda de clientes, confirmada de período a período, comprometendo a

cartilha Dia a Dia DoempreenDeDor inDiviDual

Banco de imagens: Shutterstock

“o empreendedor que não direciona o foco do seu negócio para um determinado públicoconfunde a clientela.”

Rotinas administrativas e contábeis na ponta do lápis.Um guia que vai ajudá-lo no dia a dia dos seus negócios com informações importantes sobre rotinas administrativas. Vá ao Ponto de Atendimento do Sebrae-MG, informe seu CNPJ e retire o seu.Solicite também pelo 0800 570 0800 ou pelo www.sebraemg.com.br.

permanência da empresa no mercado.Para manter a competitividade é preciso traba-

lhar com informações, sempre. Aplique pesquisas para conhecer o perfil do seu público. Ter, em seu cadastro, nome, endereço, telefone, CPF, e-mail e data de aniversário do cliente é um bom começo. Mas você poderá também enriquecer a qualidade de informações relativas ao cliente para tomar decisões fundamentadas em dados reais.

A profissionalização de uma empresa começa pelo monitoramento do seu público-alvo, entre ou-tras variáveis. Ao tomar decisões com base em su-posições, o empresário estará “correndo riscos”. Por outro lado, conduzindo suas ações com base em da-dos coletados por pesquisas, e corretamente analisa-dos, estará “assumindo riscos calculados”. E isso faz toda a diferença para o seu sucesso. Pense nisso.

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 381 • 3

Petróleo e gÁs

pequenos conquistam mercaDo Do petróleo

Petrobras e sebrae formalizam acordo

Para inserir mPes no negócio

Até 2015, a previsão de investimento na ca-deia de petróleo e gás no Brasil é superior a US$ 266 bilhões. A Petrobras responde sozinha por US$ 224,7 bilhões e o restante está dividido entre 42 operadoras. Esse volume é bem maior do que os U$ 100 bilhões aplicados entre 2001 e 2010. O crescimento vertiginoso se deve à descoberta de novos campos de petróleo e às reservas do pré-sal.

Como fazer para que essa riqueza seja com-partilhada pelas pequenas empresas? A resposta

No pré-sal, possibilidade de crescimento para MPEs mineiras

surgiu no começo da década passada, no âmbito do Programa de Mobilização da Indústria Nacio-nal de Petróleo e Gás Natural (Prominp), do Mi-nistério de Minas e Energia.

parceria sebrae-petrobras

A construção de um modelo eficiente, que aproximasse a demanda da oferta, foi formaliza-da em outubro de 2004, com a assinatura de um convênio entre a Petrobras e o Sebrae. A iniciativa resultou em um dos mais bem-sucedidos progra-

mas de inserção competitiva de micro e pequenos negócios em um setor. Até agora, mais de 11 mil empresas foram beneficiadas pelas ações do Se-brae em todo o país.

Para atender às inúmeras exigências, o Sebrae e a Petrobras promovem ações de desenvolvi-mento de fornecedores, por meio de cursos de capacitação e consultoria; orientação para o ca-dastramento na Petrobras e nos cadastros geren-ciados pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP); Rodadas de Negócios com grandes empresas e participação em feiras nacio-nais e internacionais, como a Rio Oil & Gas.

petrobras em uberaba

A Petrobras vai instalar, em Uberaba, a Unida-de de Fertilizantes Nitrogenados 5. Ali, a empresa vai fabricar amônia, a matéria-prima dos fertili-zantes. Hoje, no Brasil, há carência dessa subs-tância, importada em grande parte.

A fábrica está na fase da terraplanagem e de-verá ser inaugurada em 2014. O Programa de Capacitação de Fornecedores do Sebrae-MG já recebeu a demanda da Petrobras e vai selecionar empresas para trabalharem como fornecedoras da estatal, tanto na construção da fábrica, quanto de-pois quando ela entrar em operação.

Divulgação

tenaz, uma mão Do sebrae e sinDimiva à siDerurgiaUma parceria entre o Sebrae-MG e o Sin-

dicato Intermunicipal das Indústrias Metalúr-gicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Ipatinga (Sindimiva) resultou na fabricação da “Tenaz”, uma manopla de aço utilizada pe-las siderúrgicas para manusear placas e cha-pas de aço. A peça, destinada à Usiminas, foi fabricada pioneiramente em Minas Gerais por cinco empresas do Vale do Aço (de Ipatinga e Timóteo) vinculadas ao Sindimiva: Açovale, Líder, Meic, Ramac e Viga.

A fabricação da primeira Tenaz em Minas é parte do projeto Metalmecânico do Vale do Aço e do programa “Garimpando Oportuni-dades”, do trio Sebrae-MG/Usiminas/Sindi-miva. “Sem dúvida, uma grande contribuição para o desenvolvimento da nossa indústria”, comemora o gerente da Regional Rio Doce do Sebrae-MG, Fabrício César Fernandes. “A indústria agradece, pois se trata de um

item geralmente importado pela Usiminas. Uma vitória da parceria Sebrae-Sindimiva”, reforça o presidente do Sindicato, Jeferson Coelho.

A peça foi confeccionada com aço ASTM-A 515 em três meses. Equipamento indispensável na rotina de uma siderúrgica,

a Tenaz reproduz os movimentos da mão, ao levantar, girar e transportar as placas de aço. O trabalho ocorre nos setores de aciaria (onde o ferro-gusa é transformado em diversos tipos de aço), na laminação a quente e na escarfa-gem (onde são detectados e corrigidos os de-feitos na superfície do aço).

Arquivo Sindimiva

A Tenaz em ação, com aprovação da Usiminas

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4 • FEcomércio iNFormATiVo • Edição 381

Projeto tem a meta de revitalizar o comércio e a vida de comunidades locais

plantas Do vale Do Jequitinhonha na casa cor 2012

Flores das gerais

O Sebrae-MG promoveu, no dia 10 de outu-bro, na Casa Cor 2012, a apresentação do Proje-to Flores das Gerais, uma iniciativa revitalizan-te que busca a preservação da paisagem natural do Vale do Jequitinhonha. O projeto estimula as comunidades locais a reproduzirem flores nativas, que nascem nas encostas da Serra do Espinhaço; a administrarem, viveiros para a produção de novas mudas; e a sepultarem, de vez, as atividades extrativistas, uma das formas de depredação da flora local.

Montada em um espaço do Shopping Bou-levard, em Belo Horizonte, a Casa Cor foi brin-dada, nesta edição, com a aplicação de espé-cies do “Flores das Gerais” em um jardim. Ali, plantas dos campos rupestres mineiros foram incorporadas, com graça e beleza, ao cenário urbano. “Estamos diante de uma autêntica pre-ciosidade. Essas flores vêm de um lugar único no mundo, onde se dá a perfeita junção de vá-rios biomas – campos rupestres e de altitude, cerrado e a mata atlântica”, ressaltou o diretor-técnico do Sebrae-MG, Luiz Márcio Haddad.

A participação do Sebrae-MG, com o “Flo-res das Gerais”, tem sido de fundamental im-portância para a sobrevivência daqueles biomas em uma vasta porção do Vale do Jequitinho-nha. “Na década de 1980, foram exportadas, de forma ilegal, mais de 20 toneladas de plantas do Vale. Hoje, sete espécies estão praticamente extintas e outras 30 correm esse risco”, alerta Haddad. O projeto do Sebrae-MG, portanto, vem dar novo alento ao Vale.

“Para nós, é mais que ‘flores das gerais’, é

‘ouro do cerrado’”, destaca Rosimere Lopes Alves Custódio, membro da comunidade de Andrequicé, distrito de Juscelino Kubitschek, próximo à Diamantina. Ela e mais 12 mulheres se associaram e, sob orientação do Sebrae, têm comercializado as plantas nativas. Antes das vendas, há um extenso e bem cuidado processo de produção, como explica Rosimere: “A gente colhe as plantas no seu habitat, depois apura-mos as sementes (para isso, usam um liquidi-ficador), levamos para a sementeira (feita de areia e ‘tufa’, uma terra escura, própria para o cultivo). Em seis meses elas germinam e, em um ano, já podemos comercializá-las”.

Vender as plantas é interessante e importan-te para o sustento dos agricultores do lugarejo de Andrequicé e do vizinho Raiz, também dis-trito de Presidente Kubitschek. Mas, antes dis-so, é preciso usar a consciência para entender a necessidade da preservação das espécies or-namentais, destinadas ao paisagismo. São sem-pre-vivas, chuveirinhos, marcetias, lavoisieras, cravos-do-mato, begônias-da-serra, cunamãs, tilâncias e verdes-amarelos; flores que colorem uma região que encantou e recebeu de Burle Marx, o maior paisagista do país, falecido em 1994, o apelido de “Jardim do Brasil”.

Antes de enfeitarem a Casa Cor, as espécies do “Flores das Gerais” já tinham sido estam-padas em um belo catálogo do Sebrae-MG, distribuído para floricultores, paisagistas e co-merciantes de plantas e mudas. Foi uma estra-tégia para apresentar as riquezas do projeto e aumentar a visibilidade e as vendas. “É nossa esperança de melhorar de vida. Não podemos esmorecer, nos entregar de jeito algum. Esse projeto pode levar a gente longe”, ressalta o também agricultor de Andrequicé Elias Clezo-ne Alves.

E tem dado certo: uma das mais recentes vendas foi feita à loja botânica do Instituto Inhotim, em Brumadinho, referência nacional e internacional de arte contemporânea. Somen-te na última remessa foram negociadas três mil mudas de sempre-viva. “Além da beleza apa-rente, elas embutem a beleza do resgate social”,

Fotos: Divulgação

Rosimere e Elias, agricultores do Vale do Jequitinhonha

Flores naturais do Vale do Jequitinhonha...

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FEcomércio iNFormATiVo • Edição 381 • 5

Projeto tem a meta de revitalizar o comércio e a vida de comunidades locais

plantas Do vale Do Jequitinhonha na casa cor 2012

Flores das gerais

Divulgação

elogia o responsável pelo plantio e escolha de plantas do Instituto, Edmar Silva. Além do ca-tálogo, o Sebrae-MG também fornece suporte aos artesãos para o desenvolvimento de novas espécies, destinadas a suprir um mercado insa-ciável por novidades.

empreendedorismo,

não assistencialismo

O Flores das Gerais é um projeto ideali-zado para favorecer um aspecto, a sustenta-bilidade, e ajudar a sepultar outro, o extra-tivismo. De acordo com a analista técnica do Sebrae Diamantina, Luciana Teixeira, o projeto “fornece, de forma pioneira, o apoio necessário para a implantação de viveiros de mudas, deixando de lado a atividade extra-tivista por meio da exploração consciente e sustentável”.

As sempre-vivas e suas subespécies, carros-chefes das encomendas, estavam ameaçadas de

extinção, cada vez mais raras na região. Agora, elas têm sua sobrevivência garantida porque, nas estufas do projeto, tudo conspira a favor, e elas podem crescer e se multiplicar. Apesar de todo o sucesso do “Flores”, Luciana, no en-tanto, revela um dado surpreendente. É que, no princípio, o projeto sofreu certa resistência, já que grande parte das comunidades estava habi-tuada ao assistencialismo, “ao peixe e não ao manejo do anzol”.

Hoje, entretanto, as coisas mudaram. Os in-tegrantes do projeto abraçaram a ideia, acredi-tando que depende apenas deles a melhoria de suas condições de vida. “Das 13 pessoas que compõem o nosso grupo, uma delas não pode nos ajudar, já que precisa cuidar de um filho muito doente. Mas, mesmo assim, dividimos tudo por 13 e elas prosseguem recebendo sua parte, integralmente”, conta a agricultora-flo-rista Rosimere. Esse tipo de assistencialismo, sim, é engrandecedor. ... para encantar e enfeitar o mundo

Festival pães e quitanDas De minasA Pedro Padeiro, com o salgado batizado de

“quiche mineiro”, foi a vencedora do 1º Festi-val Pães e Quitandas de Minas, projeto fruto da parceria entre o Sebrae-MG, o Sindicato e a Associação Mineira da Indústria de Panifica-ção (Amipão) e o Instituto Tecnológico de Pa-nificação e Confeitaria (ITPC), que abrangeu cerca de 70 padarias da Região Metropolitana de Belo Horizonte. “O projeto preencheu nos-sas expectativas. Acredito que, nos próximos, teremos uma adesão bem maior”, ressaltou o analista técnico da Regional Centro do Sebrae-MG Anderson Gonçalves de Freitas.

O Festival foi incluído na programação da 26ª Superminas Food Show, feira dos supermerca-dos, realizada em Belo Horizonte no período de 16 a 18 de outubro, que, neste ano, recebeu a adesão do setor da panificação. Para se tornar a campeã, a Pedro Padeiro, instalada no bairro de Santa Tere-za, elaborou o seu quiche minei-ro (inspirado na tradicional torta francesa), com a massa do onipre-

sente pão de queijo. Na finalíssima, a vencedora superou as outras quatro concorrentes, as panifica-doras Bandeirantes, Express, JT e Santa Efigênia. “O que nos motivou a participar desse projeto foi exatamente a parceria do Sebrae e as consultorias em todos os setores, como desenvolvimento de produto, gerenciamento de produção e atendimen-to. Foi uma grande experiência, já que estávamos sendo avaliados não somente pela receita, como pelo atendimento e a higiene”, comemorou a só-cia-proprietária Jane Magalhães Zarife.

Os finalistas foram definidos por dois júris, que avaliaram as delícias em disputa sob quatro

aspectos: apresentação do produto, sabor, aro-ma e textura. O primeiro júri, popular, foi for-mado pelos consumidores, que desde o dia 20 de setembro vinham dando notas aos confeitos concorrentes (como ocorre no consagrado Co-mida di Buteco). O segundo, o júri técnico, foi composto por especialistas da área (entre eles o analista Anderson Gonçalves do Sebrae-MG). O diploma de vencedora, que a Pedro Padeiro com certeza irá estampar na sua parede frontal, na verdade é resultante de um processo minu-cioso do Sebrae-MG, da Amipão e do ITPC.

Nos últimos três meses, as inscritas da Grande BH participaram do pro-cesso de capacitação, com foco na ampliação da competitivida-de das empresas. Funcionários e proprietários receberam orienta-ções sobre temas como desper-dício de alimentos, processo de produção, questões financeiras, formas de atendimento, estraté-gias de vendas e dicas de exposi-ção de produtos.

Jane Zarife (ao centro), a primeira campeã do Festival

Maíra C

arvalho

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Pesquisa

Seis meses depois de o Governo Federal anun-ciar a redução das taxas de juros nos empréstimos em bancos públicos, grande parte das micro e pe-quenas empresas mineiras assumem não ter sido impactadas pela medida. É o que mostra a pesqui-sa Expectativa das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) Mineiras para o 4º Trimestre, feita pelo Sebrae-MG, com 525 empresários mineiros.

Segundo o estudo, mesmo com a redução dos juros, 65% dos estabelecimentos pesquisados dis-seram que não sentiram as mudanças na política de juros do sistema financeiro. Outros 28% afir-maram ter sido impactados. E não foi só a taxa de juros que se manteve estável na opinião dos em-presários. Tarifas bancárias também não tiveram alteração para 40% deles. Ao contrário, 30% das micro e pequenas empresas perceberam aumento nas tarifas e, 21%, redução.

Nos últimos seis meses, 29% dos empresários buscaram recursos em instituições financeiras, a maior parte deles da região dos vales do Jequi-tinhonha e Mucuri e dos setores de construção civil e da indústria. Do total dos entrevistados que solicitaram empréstimos, 88,5% consegui-ram o recurso. As formas de financiamento mais utilizadas são o parcelamento de compras com o fornecedor (63%), recursos próprios (60%) e as ofertadas pelos bancos (40%).

O cheque especial de pessoa jurídica foi a

reDução Da taxa De Jurosnão reFletiu nas mpes Pesquisa mostra reação dos emPresários mineiros a oPções de crédito

SÍNTESE POR SETOR ECONÔMICO

MACRORREGIãO ÍNDICE DE ExPECTATIVA 3º TRIMESTRE DE 2012

ÍNDICE DE ExPECTATIVA 4º TRIMESTRE DE 2012

INDúSTRIA 53,26 55,60

COMéRCIO 56,55 56,89

SERVIçOS 55,68 56,18

CONSTRUçãO CIVIL 57,13 55,98

Minas Gerais 55,66 56,13

SÍNTESE POR REGIONAL DO SEBRAE-MG

REGIONAL ÍNDICE DE ExPECTATIVA 3º TRIMESTRE DE 2012

ÍNDICE DE ExPECTATIVA 4º TRIMESTRE DE 2012

CENTRO 54,57 55,57

JEQUITINHONHA E MUCURI 56,64 55,71

NOROESTE 56,07 55,23

NORTE 55,53 57,92

RIO DOCE 55,68 56,57

SUL 54,99 54,28

TRIâNGULO 55,73 55,96

ZONA DA MATA 56,03 55,72

Minas Gerais 55,66 55,86

forma de financiamento utilizada por 36% dos entrevistados. Desses, 11% utilizam cheque es-pecial de pessoa física para financiar os negócios. A pesquisa aponta ainda que boa parcela dos em-presários não diferencia as finanças pessoais dos recursos financeiros das empresas, demonstrando a necessidade de aprimorar o mecanismo de ges-tão do seu negócio.

Em relação à pontualidade, o percentual de estabelecimentos que quitam suas prestações com no máximo sete dias de atraso variou entre 95% e 96%, no período de janeiro de 2011 a agosto de 2012.

expectativa otimista

A pesquisa do Sebrae-MG também revelou que a maioria dos entrevistados está otimista em relação ao último trimestre deste ano. A motivação deve-se ao aumento do faturamento e crescimento dos seto-res pesquisados entre julho e setembro de 2012.

Para os três últimos meses deste ano, o Índice de Expectativa chegou a 56,13%, o que confirma o oti-mismo das micro e pequenas empresas. O comércio (56,89%) é o setor que apresentou o melhor índice, refletindo a expectativa de vendas para o final do ano. Os empresários da região Norte do estado são os que apresentaram expectativa mais favorável.

a evolução Das mpes mineirasNa semana do Dia das Micro e Peque-

nas Empresas (5 de outubro), empresários e empreendedores individuais mineiros comemoraram o bom desempenho dos negócios nos últimos anos. Entre as con-quistas, o aumento da taxa de sobrevivên-cia, modernização dos processos produti-vos e gerenciais e implantação de políti-cas públicas que beneficiam a criação e o

crescimento dos pequenos negócios.Em relação ao perfil do empreendedor,

em 2010 e 2011 foi registrado aumento no percentual de mulheres à frente das MPEs mineiras, de 33,3% para 35,6%. Os pe-quenos negócios também estão mais só-lidos. Em 2010, 42% das MPEs tinham mais de 10 anos de mercado. No ano se-guinte, esse percentual chegou a 46%.

De agosto de 2011 a julho de 2012, os pequenos negócios geraram 118.225 postos de trabalho for-mais, número superior ao registrado nas médias e grandes empresas do estado, e à média nacio-nal, que foi de 110.173 empregos no país.

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mulheres emPreendedoras

emPresa é comandada Pela quarta geração de mulheres

alta costuraAos 82 anos Dora Melo Silva Teixeira

não está preocupada em preparar docinhos para netinhos e para as três bisnetinhas. E nem pensa em participar de grupos de dan-ça para idosos nos finais de tarde. Instalada em um sítio próximo a Mateus Leme, ci-dade distante 50 quilômetros de Belo Ho-rizonte, ela aproveita o final de cada dia de verão para nadar. Em comum com outras pessoas da mesma idade, apenas o hábito de ver novelas da noite e seguir as notícias do dia. Mas o que ela quer mesmo, apesar de dizer o contrário, é trabalhar.

Ainda com costumes e manias de quem foi, por 60 anos, dona e executiva do Cor-te Centesimal, uma das empresas mais tradicionais no ensino e fornecimento de técnicas de modelagem, Dora Tei-xeira está mais preocupada com tarefas que precisa finalizar. Sem qualquer resistência diante das novas tecnologias, cada hora do dia é consumida na revisão de produtos e preparação de novida-des para atender o mercado de modelistas, que cresce sob a demanda inten-sa da indústria da moda. “A m o d e l a g e m é a alma de uma roupa”, ensina.

Dora Teixei-ra integra o gru-po restrito das mulheres que

toque FemininoDesde criança, Izabela Cardoso, 26 anos,

tinha um sonho: queria ser empresária de moda. “Venho de uma família de empreen-dedores e comigo não poderia ser diferente”, conta. Em 2010, Izabela se cadastrou como empreendedora individual e formalizou a Beró Moda Praia. “Isso conferiu mais credibilidade ao meu trabalho.” A empresária já se prepara para lançar a segunda coleção, baseada na fau-na e flora brasileiras.

O design diferenciado das peças e o aten-dimento individual e personalizado são os di-ferenciais da Beró Moda Praia. “Respeitamos a diversidade da mulher brasileira. Atendemos somente com hora marcada e a cliente pode montar o seu biquíni com a modelagem, ta-manho e estampa de sua preferência”, conclui. Além de moda praia, Izabela Cardoso também cria peças esportivas para homens e crianças. “Atuo no mercado de Minas Gerais, mas es-tou me preparando para expandir o negócio”, completa.

Depois de cursar Design e Negócios da Moda, no Centro Integrado de Moda (Cimo), Izabela se especializou no Senac e no Senai Modatec. Em 2010, participou da Feira do Em-preendedor, do Sebrae-MG, fato que, admite, contribuiu para o aumento da receita e a manu-tenção da empresa.

cresceram colocando em prática os conceitos do que o mundo corporativo chama, hoje, de empreendedorismo. Herdeira dos conhecimen-tos e do método desenvolvido pela mãe, Car-mem de Andrade Melo Silva, a “quase aposen-tada” microempresária gerencia, com o jeito próprio de quem aprendeu administração com a prática, o processo de transição para as novas gerações. Duas filhas e uma neta receberam e dividem funções administrativas, comerciais e de comunicação. E preservam a tradição da família. Na realidade, milhares de outras mu-lheres tiveram, como professoras do Método Centesimal, condições de garantir o próprio sustento e de suas famílias.

A quarta geração assumiu com Carolina de Melo Franco, responsável

por enfrentar desafios de reposicionamento

da empresa tradi-cional, mas ainda com marca forte. “A hora é do marketing e da comunicação

baseada em inova-ções tecnológi-

cas”, assi-nala. Com formação

em marketing, Carolina preserva o ciclo das mulheres executivas, com abordagem diferenciada sobre estratégias de atuação no mercado.

Dora Teixeira, 82 anos, em vez deaposentada padrão, empreendedora de sucesso

Carolina M

elo Franco

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Ponto de Partida

FARMÁCIA E DROGARIADe acordo com a Classificação Nacio-

nal de Atividades Econômicas – CNAE, a atividade de farmácia se caracteriza como comércio varejista de produtos far-macêuticos, com manipulação de fórmu-las, e compreende: comércio varejista de produtos farmacêuticos para uso humano, manipulados no próprio estabelecimento, por meio de fórmulas magistrais (receitas médicas) e da farmacopeia brasileira. Já a atividade de drogaria se caracteriza como comércio varejista de produtos farmacêu-ticos, sem manipulação de fórmulas, com-preendendo comércio varejista de produ-tos farmacêuticos para uso humano sem manipulação de fórmulas.

Para montar esse tipo de negócio, é pre-ciso estar atento a todas as inovações que o ramo vem sofrendo. A primeira delas é ter como opção, além dos medicamentos convencionais, os chamados “genéricos”, pois apresentam a mesma fórmula de um medicamento de laboratório renomado e são mais baratos. Os genéricos estão sen-do largamente divulgados pelo Ministério da Saúde e pelos médicos, por isso, é ne-cessária essa adequação.

Hoje, a drogaria pode contar com uma preciosa ferramenta, a internet. Nas dro-garias on-line, o internauta pode comprar diversos produtos de saúde e artigos de beleza. O site da drogaria pode ter, por exemplo, um mecanismo de busca de me-dicamentos e uma biblioteca on-line sobre temas de saúde.

Um fator importante a considerar é o controle do tempo de validade dos remé-dios e de outros produtos que venham a ser comercializados.

A entrega em domicílio é um serviço que pode ser oferecido pelo empreendedor ou por empresas terceirizadas.

local e estrutura

Para a implantação de uma farmácia ou drogaria, é necessário que o local esteja próximo ao seu mercado consumidor, caso contrário, a empresa deverá investir uma grande parte de seu capital em estratégias de marketing para atrair o seu público- -alvo.

Além disso, o ponto comercial deve-rá ter grande visibilidade na região, a fim

de tornar o negócio atrativo aos olhos do cliente. Muitas empresas optam por utili-zar tons fortes e vibrantes em seus esta-belecimentos, com o objetivo de atrair a atenção do consumidor. Mas vale ressaltar que no ramo de farmácias é arriscado apli-car essa estratégia, pois, em sua maioria, são utilizados tons claros a fim de desper-tar a confiança do cliente.

A farmácia/drogaria deve contar com áreas de estoque de produtos; espaço onde serão expostos aos clientes os medicamen-tos não controlados; uma área para o bal-cão; laboratório; e caixas, onde são efetu-ados os pagamentos.

recursos humanos

No ramo de farmácia e drogaria é in-teressante que a empresa procure profissional com experiência no segmento. Essa medida pode fazer com que o empreendi-mento gaste menos recur-sos em um treinamento mais aprofundado sobre o papel desse profissio-nal na empresa.

Sugestão de compo-sição da equipe de tra-balho, que pode variar de acordo com a estrutura do negócio: auxiliar para serviços gerais, balconis-

ta, caixa, farmacêutico, encarregados da manipulação, gerente, auxiliar administra-tivo, telefonista (caso receba pedidos por telefone).

equipamentos, produtos e serviços

Artigos de higiene pessoal, caixa regis-tradora, cosméticos (xampu, condiciona-dor, desodorante, tintura para cabelo, cera depilatória), encapsuladeiras, envasadora, etiquetadoras, frascos de vidro e de plásti-co, gôndolas e expositores para farmácia, instrumentos para laboratórios, medica-mentos, tampadora automática, softwares específicos.

Banco de imagens: Shutterstock

Arquivo Sebrae