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RSS
conheça os atuais níveis salariais e onde estão as
oportunidades
Emprego
R$ 7,90
novembro 2005 :: ano 2 :: nº 23 :: www.arteccom.com.br/webdesign
tutorial padrões webaprenda como incluir o CSS
em seu projeto na web
mercado de trabalhoconfira dicas para se
destacar e garantir uma vaga na área
6D EstúdioO design superando as
3 dimensões
Estudo aponta que usuários de RSS acessam sites três vezes mais e com maior freqüência. Saiba como implementá-lo em sua página
use
dire
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au
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is
3
Funcionários não existem mais
Funcionário. Não soa antiga, ultrapassada, essa palavra? Hoje
são chamados de colaboradores, associados, isso sem citar as palavras
estrangeiras que já estão aí para definir esse novo perfil de profissional,
como se “funcionário” fosse um termo a ser evitado. Provavelmente
porque deve ser mudada urgentemente a forma de pensar e agir, a
mentalidade de quem trabalha para uma organização.
As empresas precisam de pessoas empreendedoras, criativas, não
só nas áreas de design e de criação, mas em qualquer outra. Pessoas que
façam diferença, que contribuam realmente para o seu crescimento. Cada
vez mais é impossível ignorar a competitividade. É preciso, não apenas ter
o melhor produto ou serviço, mas o melhor atendimento, o melhor preço,
o melhor design. Precisamos das pessoas mais competentes do mercado
para gerar produtos inovadores, originais, que se destaquem realmente
da concorrência. Precisamos, hoje, criar DIFERENCIAIS.
Ou seja, não basta apenas cumprir as tarefas diárias. Isso tornou-se
insuficiente, ineficaz para as empresas. A “função” agora é DESENVOLVER
um trabalho que faça a diferença, atraindo mais clientes ou gerando
mais lucro, é PROPOR novas idéias e soluções, é COLABORAR para o
crescimento da empresa. Crie e torne-se um colaborador. Ou desenvolva
novos projetos que o façam um associado. Seja o que for, só não preste
simplesmente “funções”. Saia da linha de conforto. Funcionário, aquele
que exerce funções, não existe mais.
Então, se sua meta é conseguir um bom emprego, estabilidade e
a ainda tão almejada “carteira assinada”, desista. Agora, para os que
pretendem fazer a diferença numa companhia, boa leitura!
quem
som
os
Editorial
Equipe
Criação e edição
Produção gráfica
Distribuição
www.arteccom.com.br
www.prolgra ca.com.br
www.chinaglia.com.br
Di re ção Geral
Criação e Diagramação
Ilustração
Direção de Redação
Redação
Assinaturas
Gerência de Tecnologia
Desenvolvimento Web
Financeiro
A Arteccom é uma empresa de design, especializada na criação de sites e responsável pelos seguintes projetos:Revista Webdesign :: www.arteccom.com.br/webdesignCurso Web para Designers :: www.arteccom.com.br/cursoEncontro de Web Design :: www.arteccom.com.br/encontroPortal Banana Design :: www.bananadesign.com.brProjeto Social Magê-Malien :: www.arteccom.com.br/ong
Adriana Melo
Camila Oliveira
Leandro [email protected]
Beto Vieira [email protected]
Luis [email protected]
Tatiana [email protected]
Jane Costa [email protected]
Fabio Pinheiro [email protected]
Eric Nascimento [email protected]
Luana Rocha [email protected]
Adriana Melo::
A A
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com
não
se
resp
onsa
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açõe
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sem
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oriz
ação
da
edito
ra.
4
men
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apresentação
pág. 4 quem somos
pág. 5 menu
contato
pág. 6 emails
pág. 6 fale conosco
fique por den tro
pág. 8 direito na web
pág. 10 clipping
portfólio
pág. 12 veterano: 6D Estúdio
pág. 18 calouro: Isabela Rodrigues
matéria de capa
pág. 20 entrevista: Marcelo Abrileri
pág. 28 quanto vale um profissional
de internet?
e-mais
pág. 40 vantagens do RSS
pág. 47 debate: RSS vs. Newsletters
pág. 51 estudo de caso: Telelistas
pág. 55 tutorial : Padrões Web 5
com a palavra
pág. 60 webwriting: Bruno Rodrigues
pág. 62 bula da Catunda: Marcela Catunda
pág. 64 usabilidade: Marcos Nähr
5
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Olá, vocês são 10, sou assinante da revista e conto os dias para chegar o início do mês para ler mais uma edição. Faço estágio em uma agência de design. Minha dúvida é: as minhas criações, por exemplo, layouts em geral para clientes dessa mesma agência, entram em meu portfólio?Felipe [email protected]
Claro, Felipe. Só não esqueça de
colocar os créditos para a agência
nos projetos que você participou.
Converse com os responsáveis
também, veja se existe alguma
restrição.
emai
ls
fale conosco pelo site www.arteccom.com.br/webdesign
:: Os emails são apresentados resumidamente. :: Sugestões dadas através dos emails enviados à revista passam a ser de propriedade da Arteccom.
Assunto: Parabéns pelo site!
Assunto: Concursos
Vocês têm dicas de concursos de design para sites? Obrigado,Leandro [email protected]
Olá Everton e Leandro.
Fiquem atentos que estamos
sempre divulgando concursos de
sites. No momento, vocês podem
participar do Plugin Websites Award
(www.plugin.com.br/concurso). As
inscrições vão até 18 de novembro.
Os prêmios são um Pentium IV e
uma câmera digital. Boa sorte!
E, sobre concursos em geral,
zemos uma matéria na edição
nº13.
Fireworks Assunto: X Photoshop
Assunto: Inclusão Digital
Assunto: Portfólio
Vocês possuem alguma pesquisa sobre o uso do Fireworks vs. Photoshop (qual é o mais usado para web)? Sabemos que o Photoshop reina há anos, mas o Fireworks tomou uma grande parte dos usuários web, então queria ver alguma pesquisa sobre isso.Denis Eustá[email protected]
Difícil a rmar qual o melhor editor
de imagens, quando, na verdade,
eles se completam. Para quem
trabalha com web, criação de
Olá para todos! Tenho reunido uma série de equipamentos de informática (com e sem defeitos), no intuito de poder reciclar ou doar para alguma instituição. Existe alguma ONG, de preferência aqui em Salvador, que tenha interesse em recebê-los? Aproveito para sugerir a publicação na revista de uma lista com os contatos de ONGs de Inclusão Digital, Design e áreas a ns. Um grande abraço,Andrea [email protected]
Andrea, por enquanto, ca dado o
recado e disponibilizado seu email.
Quanto à matéria, vamos prepará-la
sim. Obrigada!
Blogs, Flogs e Vlogs, pois não me lembro de ter visto nada a respeito.Adriano Santos
Querido colecionador,
Fizemos uma matéria sobre blogs
na edição nº8, e na nº20 uma
entrevista ótima com Helen Bar.
Sobre Vlogs ainda não. Um dia
podemos retomar o assunto, ok?
E, então, entraremos com outros
focos. Abraços!
Assunto: Blogs
layouts, logos, arquivos vetoriais,
o Fireworks vai parecer a solução
perfeita, pois é muito mais simples
e leve de se usar. Já quem trabalha
com tratamento de fotos de alta
resolução, efeitos, o ideal é usar
o Photoshop, pois mesmo sendo
pesado, possui todas as ferramentas
necessárias. Conclusão: se você
utiliza o editor de imagens para
coisas rápidas, use o Fireworks;
se utiliza para tratamento de
imagens, use o Photoshop.
Abraços, Fábio Pinheiro.
Quero parabenizá-los, fazia algum tempo que não acessava o site da revista. Ficou ótimo, é fácil de navegar, clean,
simplesmente o máximo.Márcia Guimarã[email protected]
A equipe Arteccom agradece! E
não deixe de participar da revista,
avaliando as edições, participando
das enquetes, da pesquisa, enviando
sugestões etc. Isso tudo pode ser feito
pelo site da Webdesign. A qualidade
de nosso conteúdo depende dessa
contribuição!
Sou webdesigner e trabalho em uma agência de internet. Gostaria de inscrever nossos sites em concursos, mas existe pouca informação na internet sobre esse assunto. Dessa forma, queria sugerir uma matéria que aponte quais são os principais festivais nacionais que premiam sites e como fazer para participar. Obrigado pela atenção e parabéns pela revista. Tenho todas! Everton [email protected]
Estou para enviar este email há meses (risos). Comprei a revista a partir da edição nº2 e estou apaixonado! Fui “obrigado” a comprar a edição nº1 assim que a loja virtual cou pronta. Não podia car com a coleção incompleta. Gostaria de sugerir uma matéria que falasse sobre
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dire
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na
web
Marianna Furtado é advogada
com pós-graduação em Direito
da Propriedade Intelectual pela
PUC-Rio. Atualmente, pertence
à equipe do escritório
Montaury Pimenta, Machado &
Lioce Advogados.
Envie sua dúvida para:
Poderia o dono de determinada página inserir o endereço de página criada por
terceiro em seu site? Não estaria ele violando direito autoral, por “distribuí-la”,
“reproduzi-la” e “divulgá-la”? Gustavo Pugliesi – [email protected]
Gustavo Pugliesi – [email protected]
Links de terceiros
Na verdade, quanto à essa questão
existem dois entendimentos doutrinários.
O primeiro afirma que o criador de
um site necessita, sob pena de violação de
direitos autorais, de permissão para incluir
um link objetivando o endereçamento a
site de outro. Tal entendimento se baseia
em algumas disputas judiciais americanas,
onde se decidiu que a cópia de um trabalho
em memória RAM é uma cópia para fins de
direitos autorais.
A segunda corrente de entendimento
considera que a World Wide Web é um
protocolo existente apenas para ligar
um site a outro, não havendo razão para
restringir a menção ou acesso a um
website, não necessitando haver permissão
específica para tanto.
Ademais, há que se ressaltar que o link
é mera instrução, portanto, em um primeiro
momento, não se adequaria ao instituto de
direitos autorais, essa reserva de direitos.
Entretanto, tal fato não significa que
não haja problemas em copiar uma série
de links organizados por uma página, vez
que o inciso XIII, do artigo 7.º, da Lei de
Direitos Autorais, estipula que “São obras
intelectuais protegidas (...): as coletâneas
ou compilações, antologias, enciclopédias,
dicionários, bases de dados e outras obras,
que, por sua seleção, organização ou
disposição de seu conteúdo, constituam
uma criação intelectual.”
De onde se conclui que o ato de
estruturar, seqüenciar e organizar links em
uma página poderia, talvez, criar proteção
autoral sobre si, e, assim, um indivíduo
que copiasse essa seqüência em outro
site poderia, perfeitamente, responder por
violação à Lei de Direitos Autorais, pois
teria copiado um dos elementos da obra.
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Lula assina decreto e “oficializa” programa de inclusão digital
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou na terça-feira,
dia 23/09, um decreto referente ao programa de inclusão digital
Computador Para Todos. Com a medida, o presidente lançou
oficialmente o projeto.
A oficialização permite que seja colocado em prática o tão
esperado financiamento facilitado para micros de até R$ 1.400. A
outra frente do projeto --isenção de PIS/Pasep e Cofins para PCs
de até R$ 2.500-- já vigora desde junho em redes varejistas como
Extra e Magazine Luiza.
“A assinatura habilita o Ministério da Ciência e Tecnologia a
cadastrar as lojas que vão utilizar o financiamento do BNDES
[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”,
afirmou Luiz Cláudio Mesquita, assessor de diretoria do Serpro
(Serviço Federal de Processamento de Dados).
Antes de iniciar os cadastramentos, no entanto, o MCT ainda
deve publicar uma portaria --esperada para os próximos dias-
- com definições, especificações e características mínimas dos
computadores de até R$ 1.400 que terão financiamento facilitado.
Para se encaixar na categoria beneficiada, o equipamento, de
qualquer marca, deve utilizar obrigatoriamente software livre.
Além disso, precisa contar com um processador de 1,5 GHz,
disco rígido de 40 GB, memória RAM de 128 MB e monitor de 15
polegadas, entre outros itens.
Ainda de acordo com o comunicado do Planalto, o governo está
preparando uma campanha de lançamento para o programa de
inclusão digital. Além de propagandas, a iniciativa deve conter um
portal com as principais orientações e informações sobre o projeto.
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(03)
(01)
Estudante ganha US$ 160 mil com minianúncios online
Em menos de um mês, o britânico Alex Tew, de 21 anos,
conseguiu levantar US$ 160 mil, vendendo em seu site pequenas
tiras de publicidade a US$ 1 dólar cada. Mas seu objetivo é
faturar algo como US$ 1 milhão nos próximos dois anos.
São Paulo - Para pagar sua faculdade, o estudante britânico
Alex Tew teve uma idéia singular: criar um site somente com
microanúncios. A iniciativa foi bem sucedida: em menos de um
mês, Tew já levantou cerca de 160 mil dólares. Seu objetivo, ao
longo deste ano e do próximo, é faturar algo como um milhão de
dólares.
Os anúncios publicados por Tew em seu “MillionDolar” medem 1
pixel e custam um dólar cada. O negócio fez tanto sucesso que
já está sendo copiado em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Mas por que alguém deveria comprar os pixels de Tew?
“Porque você terá uma imagem com link para sua home,
fornecida por um site que, de acordo com pesquisas recentes,
deverá ser visto por milhões de internautas nos próximos anos”,
ele esclarece em seu FAQ ( Perguntas Mais Freqüentes).
Tew, de 21 anos, mora na pequena cidade de Wiltshire, na
Inglaterra, e cursa Administração de Empresas.
Britânico imagina prótese de silicone que toca MP3
Chips que armazenam música poderiam ser embutidos em próteses
de silicone femininas. Um seio guardaria o tocador de MP3 e o outro
a coleção de músicas inteira da mulher. O futurologista britânico
Ian Pearson, que desenvolveu a idéia, disse que isso poderia estar
disponível dentro de 15 anos.
Analista dos laboratórios da British Telecom, Pearson disse que
um material plástico eletrônico e flexível seria colocado dentro
da prótese. O sinal seria enviado aos fones de ouvido enquanto o
dispositivo poderia ser controlado via Bluetooth mediante o uso de
um painel no pulso.
“Agora é difícil para mim pensar em seios de silicone simplesmente
como decorativos. Se uma mulher tem algo implantado
permanentemente, é bom que seja algo útil, também”, disse
Pearson ao tablóide britânico The Sun.
(01) http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u19018.shtml
(02) http://www.estadao.com.br/tecnologia/internet/2005/out/05/31.htm
(03) http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI706931-EI4799,00.html
(04) http://www.estadao.com.br/tecnologia/internet/2005/out/10/38.htm
(05) http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI703778-EI4799,00.html
(06) http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u19102.shtml
(07) http://concurso.plugin.com.br/
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(04)
(07)
Programas facilitam envio de mensagens indesejadas no Orkut
Além de ter se transformado em abrigo para comunidades
racistas e para usuários com identidades
falsas, o Orkut também virou um foco
para a disseminação de mensagens
não-solicitadas (spam).
Pessoas cadastradas no site
recebem propagandas por
todos os meios: nos fóruns de
discussão, via e-mail e até no
scrapbook (mural de recados).
Entre os responsáveis por essa
situação estão os programas para
Flood, termo em inglês que significa inundação, mas, no jargão dos
hackers, dá nome a uma técnica de envio em massa de mensagens
para um só destinatário.
Esses programas, inicialmente criados para ataques isolados, foram
adaptados para espalhar anúncios de sites, produtos, festas e
comunidades. Sempre sem a solicitação do usuário.
De acordo com o analista de sistemas que criou o programa chamado
Flood Tudo e preferiu se identificar como Hunter, o crescimento da
popularidade do programa é surpreendente.
O Flood Tudo está na versão 2.0 e é gratuito, mas já existem softs
pagos especializados em enviar spam pelo Orkut. Eles têm preço
médio de R$ 30 e prometem muitas facilidades.
Enquanto isso, os usuários que são vítimas da propaganda têm
poucas opções para se defender. Mesmo restringindo o acesso a suas
informações pessoais apenas para amigos autorizados, basta estar
cadastrado em uma comunidade para ser incluído na lista de envio
de propagandas.
A maneira encontrada para mostrar insatisfação são comunidades
como a “Odeio programa flood tudo”, com 4.250 membros.
Yahoo estréia busca por podcasts
Com o novo serviço, o portal passa a concorrer com o Odeo.com
e o podcast.net na pesquisa, organização e classificação da nova
forma de distribuição de programas de áudio pela internet.
São Paulo - O Yahoo está estreando um novo recurso
de buscas que permite encontrar, organizar e classificar
os programas de áudio conhecidos como podcasts , por
meio de palavras-chave, categorias ou tags. Os resultados
podem ser armazenados em reprodutores de MP3.
Com a iniciativa, o portal passa a concorrer com ofertas do
gênero como as do Odeo.com e o podcast.net. Os analistas
acreditam que a curto prazo o Google e o MSN Search
explorem também o nicho que está em plena ascensão.
Os podcasts são utilizados hoje por diversas empresas no mundo
para divulgar notícias e programação. Na versão 4.9 de seu player
digital iTunes, a Apple ampliou o suporte à novidade.
O iPod também adiciona a categoria “Podcasts” ao menu “Music”.
Segundo o Yahoo, existem 5 milhões de internautas fazendo o
download de podcasts, mas o potencial de mercado é muitas
vezes maior, levando-se em conta que só a Apple já vendeu mais
de 20 milhões de ipods.
“Relógio” monitora membros da família via GPS
Pesquisadores da Microsoft estão
trabalhando um aparelho, para
ser pendurado na parede, que
mostra onde está cada membro
da família. O dispositivo usa o GPS
dos aparelhos de celular de cada
um dos integrantes da família para
identificar onde estão.
O aparelho, batizado de
Whereabouts Clock, é um monitor de
vídeo, e apresenta na tela um ponteiro para cada
pessoa da família, que aponta se ela está em
casa, no trabalho, na escola ou genericamente em
outro lugar.
O dispositivo também é capaz de receber
mensagens SMS e disponibilizá-las na tela, como, por
exemplo, “chegarei atrasada, aqueçam a comida”.
Para evitar que qualquer um seja cadastrado e monitorado no
Whereabouts Clock, o cadastramento dos celulares e locais seria
feito pela operadora do serviço.
O Whereabouts Clock ainda é um produto em desenvolvimento.
(05)
(06)
Plug In Website Award 2005
Estão abertas as inscrições para o Plug In Website Award 2005,
iniciativa da Plug In, em parceria com a Arteccom, destinada a apontar
os melhores websites relacionados ao mercado de Internet no Brasil.
O primeiro lugar, na categoria Empresa, ganhará um computador. Já o
primeiro na categoria Pessoa Física, uma câmera digital.
Cadastre o seu website! Mais informações:
http://concurso.plugin.com.br/
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6D
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6D Estúdio promessa de ir além das 3 dimensões
Eles eram seis e, hoje, são sete sócios trabalhando do design impresso
ao design em movimento, em vídeo ou internet. Eles unem diferentes
conhecimentos técnicos com base no design e atendem a clientes de
peso como Coca-Cola, Central e TV Bandeirantes, Jota Quest, Nelson
Motta, Cultura Inglesa, entre outros.
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Por Tatiana Serra
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6D
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Em maio de 2003, seis designers, atuantes de
diferentes áreas, lançaram a 6D Estúdio, com a idéia
de que poderiam ir além das 3 dimensões que todos
conhecem. O nome 6D Estúdio surgiu, então, como uma
brincadeira com o conceito de 3D. Trabalhando com mídias
variadas, a empresa tem como diferencial a diversidade, a
possibilidade do cliente resolver tudo num só lugar.
Para eles, a versatilidade é um passo natural. É claro
que há muitas diferenças entre os tipos de trabalhos.
"O impresso, por exemplo, se encerra no momento em
que você manda os arquivos para a gráfica. Na web, não
tem isso, o cliente está sempre pedindo alguma pequena
alteração de texto ou de layout. Em compensação, a web
te proporciona uma fidelidade com relação ao trabalho
final que é impossível no trabalho impresso, já que você
trabalha no monitor e o resultado final será impresso em
papel", afirma o designer e animador Bernardo Vieira, de
31 anos, um dos fundadores da 6D.
Apesar das diferentes características de cada área,
a essência é a mesma: o bom design. “Se você conhece
as limitações técnicas de cada área, nada te impede
de adaptar um layout de uma área para outra. Quando
montamos a 6D, nós juntamos esses conhecimentos
técnicos diferentes com a base parecida, que é o design”,
diz Bernardo, um coringa na empresa, atuando onde
estiver a maior necessidade. Existem, porém, duas
funções que só ele faz: trabalhos que envolvem 3D e o
cuidado com a rede e o servidor da empresa. Antes da
6D existir, Bernardo fazia 3D para vídeo, mas não tinha
a liberdade de criação que tem hoje. A única área que
permitia uma certa liberdade era animação. Ele também
chegou a trabalhar com arquitetura e cenografia, que lhe
ajudaram a perceber o design aplicado em outras áreas e
a desenvolver a representação espacial que hoje ele usa
nos trabalhos em 3D.
Design: atividade solitária?
Hoje, a 6D conta com 11 pessoas em sua equipe,
fazendo web, vídeo, ambientação e impresso. Além do time
fixo, também existem parceiros terceirizados para suprir
a demanda quando necessário. “Essencialmente, acredito
que o design é uma atividade solitária. Você cria sozinho,
tem que primeiro desenhar o que se passa na sua cabeça;
e isso é tarefa de um homem só. Depois que você tem um
layout, pode receber ajuda externa. Então, nós buscamos
sempre conceituar os projetos juntos”, explica Bernardo.
A equipe 6D também analisa os layouts e o progresso
“Quando montamos a 6D, nós juntamos
esses conhecimentos técnicos diferentes
com a base parecida, que é o design”
– Bernardo Vieira, designer, animador e
sócio da 6D Estúdio
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www.6d.com.br
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6D
Est
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o
dos trabalhos em conjunto, “buscando ter o máximo de
cabeças pensando o trabalho, para contrabalancear essa
característica solitária do design”.
Traduzindo em design
Com tratamento personalizado, oferecendo ao cliente
a liberdade para escolher por qual sócio ele prefere ser
atendido, a 6D acredita que o fundamental é traduzir
em design o que o cliente pretende. Na empresa, há
uma carteira-fixa de clientes e também uma renovação
freqüente, sendo a falta de tempo para prospectar uma das
dificuldades enfrentadas para conseguir novos clientes.
Dentre os projetos atuais, Bernardo destaca as
projeções da turnê do Jota Quest, o website do escritório
de arquitetura Bernardes e Jacobsen e os livros de ensino
da Cultura Inglesa.
Focada na criação
O principal foco da empresa é a criação com base
no conhecimento, que, de acordo com o Bernardo, pode
ser adquirido através da internet, da leitura de jornais,
revistas etc. “Temos uma biblioteca de design bem legal
ao nosso dispor aqui na empresa. Além disso, costumamos
navegar muito na web e ir às exposições que a cidade
(Rio de Janeiro) oferece. Sempre tem um dos sócios ou
funcionários chegando com alguma novidade que viu no
final de semana, em alguma viagem ou em alguma página
da internet”, diz.
Aliás, conhecimento faz bem tanto para os veteranos,
quanto para os calouros. Para quem está começando no
mercado de trabalho, o designer e animador dá algumas
dicas: “o mercado é carente de bons profissionais, então,
é só querer. Tem que correr atrás mesmo, gostar de
aprender, se dedicar muito. Se sua condição financeira
permitir, não trabalhe pelo dinheiro no começo da
carreira, trabalhe pelo aprendizado, escolha um
lugar que te instigue, que desperte sua
curiosidade”.
Website desenvolvido para o escritório de advocacia, Castro, Barros, Sobral e Gomes
Website desenvolvido para a loja de roupas Cavendish
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6D
Est
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o“Essencialmente, acredito que o design é
uma atividade solitária. Você cria sozinho,
tem que primeiro desenhar o que se passa
na sua cabeça; e isso é tarefa de um
homem só” – Bernardo Vieira, designer,
animador e sócio da 6D Estúdio
Capas de CDs desenvolvidas pelo 6D Estúdio.
Profissionalmente, Bernardo diz ter muito a
evoluir. “Daqui a 10 anos, talvez eu me considere
um bom designer. Por enquanto, vou aprendendo
um pouco aqui, batendo a cabeça ali; ainda estou
descobrindo meu potencial. Pessoalmente, acho
que estou um pouco mais evoluído, trabalho com
grandes amigos e tenho uma mulher pela qual
sou apaixonado. No momento, querer mais é até
pecado”, confessa o típico carioca, que tem o
surf, pelo visto, como sua segunda paixão.
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“Um dos principais atrativos era a
perspectiva de podermos viver daquilo
que gostamos de fazer e passar o dia
com amigos queridos. Ao longo da nossa
curta história, isso só se solidi cou” -
Bernardo Vieira, designer, animador e
sócio da 6D Estúdio
Alguns clientes 6D Estúdio:
A seguir, Bernardo cita alguns dos principais clientes da 6D Estúdio: Dubas Música, EMI, Lenny, Isabela Capeto,
Cultura Inglesa, Jota Quest, Cavendish, Coca-Cola, Nelson Motta, Monobloco, Comedy Central e TV Bandeirantes.
Devido à exposição na mídia, Bernardo considera a abertura da novela Floribella (TV Bandeirantes) um dos trabalhos
mais importantes que a empresa fez, assim como as capas de CDs. “Fizemos algumas usando ilustração e outras
usando 3D, que deram supercerto; e foi muito legal ver o projeto inteiro conceituado e executado aqui dentro,
envolvendo várias áreas da empresa”, afirma ele, além de ressaltar que os maiores desafios na internet são técnicos.
“Integrar uma autopublicação no Flash, usar 3D de uma forma viável, desenvolver uma navegação interessante;
esse tipo de desafio quebra a cabeça da gente. É uma área em que a tecnologia é muito importante. Temos que estar
sempre muito antenados com o novo”, completa.
Quando a 6D Estúdio foi inaugurada, “um dos principais atrativos era a perspectiva de podermos viver daquilo
que gostamos de fazer e passar o dia com amigos queridos. Ao longo da nossa curta história, isso só se solidificou”,
conta o designer, lembrando ainda que, de um modo geral, a meta da empresa é aprimorar sempre, com muita
dedicação, afinal, “não existe milagre sem sacrifício”.
port
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6D
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Imagem da abertura da novela Floribella
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A
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O site de Isabela Rodrigues é <www.isabelarodrigues.com> e o email para contato, <[email protected]>.
Para participar da seção portfólio, cadastre-se no site www.arteccom.com.br/webdesign.
Isabela Rodrigues debutou cedo no mundo do design (dos
14 para os 15 anos de idade), foi diretora de arte da Rage, já
recebeu prêmios por seus projetos e, hoje, aos 21 anos, está na
Globo.com. Tudo começou graças a um “empurrão” do irmão,
que também é designer.
Esta gaúcha de Pelotas, que mora no Rio de Janeiro, fez
curso técnico de Desenho Industrial no CEFET e agora cursa
o 3º período de Desenho Industrial na Univercidade. “Por ser
uma profissão que depende muito de um senso estético, os
diplomas não foram e acredito que nunca serão sinônimos
de qualidade em um designer. Não existe receita de bolo,
qualquer faculdade que fizer isso para seu aluno estará
formando designers limitados e sem criatividade”, diz Isabela,
reconhecendo, em contrapartida, que a faculdade amplia os
horizontes e os contatos profissionais.
Da experiência de estar trabalhando na Globo.com,
Isabela destaca a “bagagem profissional incalculável” que
vem acumulando numa empresa de tamanha expressão. “A
preocupação da usabilidade para os usuários em massa não
era uma coisa que eu pensava quando criava layouts. Se fico
mais presa para criar? Não, eu crio, e logo me preocupo como
isso será visto pelos outros usuários. Mas devo admitir que, em
trabalhos que exigem mais liberdade e experimentação, deixo
de lado os conceitos e ‘piro’ mesmo”, conta a designer.
Dos principais projetos de seu portfólio, ela cita o da
Telefônica-RS e o teaser da Paquetá (que ganhou o GrandPrix
no último Festival de Web do RS). Dos atuais, o novo site Globo
Online, que entrará no ar em breve, bem como o projeto da
Fundação Gol de Letra, com o qual foi premiada.
Isabela também adora trabalhar com design impresso e vê
como ponto positivo a liberdade para criar, experimentar papel,
cores etc. “O lado ruim? É uma mídia que não é para todos.
Liberdade como ferramenta de criaçãopor Tatiana SerraExperiências servem como ótima fonte de inspiração
port
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Isab
ela
Rod
rigu
es
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Já na web, não existe fronteira, é livre, todo mundo conhece
o trabalho de todo mundo, é uma mídia relativamente barata,
onde você pode experimentar mais”. O lado negativo seria o
limite, tanto de peso quanto de proporções. “Não gosto de
seguir proporções pré-determinadas. Acredito que as coisas
estejam mudando, as resoluções estão maiores, a conexão é
banda larga. As pessoas querem mais conteúdo. Precisamos
quebrar conceitos, mas, claro, bom senso é importante”,
afirma ela, que, em breve, pretende fazer um projeto paralelo
relacionado à moda, além de desenvolver suas técnicas e firmar
seu estilo profissional.
E por falar em estilo profissional, “gosto muito de
trabalhar com vetor, desenhos, serrilhados mesmos, gosto de
brincar com objetos, de ver a percepção do mal acabado ou
desalinhado por querer... Gosto de misturar cores estranhas”,
diz Isabela, que “escaneia” tudo o que vê e guarda como
referência, afinal, o que a inspira pode ser transformado em
peça gráfica.
Em seu novo site (www.isabelarodrigues.com), lançado no
final de outubro, Isabela mostra o que anda fazendo e recebe o
feedback das pessoas. “Gosto do virtual visitar o real”, diz.
Site da Fundação Gol de Letra, um dos projetos premiados de Isabela
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en
trev
ista
::
Mar
celo
Abr
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Quais são as profissões mais valorizadas na internet?
O que devo fazer para conseguir uma oportunidade nesta
área? Quais diferenciais podem garantir uma vaga? Ter ou
não uma formação acadêmica causará impacto em minha
remuneração?
Talvez essas sejam algumas das principais perguntas
na cabeça de quem deseja investir na web como um campo
de atuação profissional. Para ajudar nossos leitores a
sanar tais dúvidas, fomos procurar a ajuda do especialista
Marcelo Abrileri, presidente da Curriculum.com.br, empresa
especializada na área de recolocação profissional.
Abrileri fala com propriedade sobre o assunto, pois
há mais de dez anos atua no mercado de internet. Nos
anos 90, fundou o provedor de acesso e BBS Alphanet,
que depois seria vendido ao ZAZ - atual Terra Networks
-, além de liderar o desenvolvimento e a implementação
da Curriculum.com.br. A seguir, ele vai nos desvendar um
pouco do atual cenário na web.
Wd :: O senhor poderia citar quais áreas
cresceram e estão sendo valorizadas entre os
profissionais que trabalham com internet?
Marcelo :: Nestes dez anos, assistimos a muitas
transformações. Aliás, tivemos o surgimento de um mercado
que não existia. A internet comercial nasce em 1995 e
teve um boom entre 1999 e 2000, mas sofreu algumas
modificações depois do estouro da bolha, com a crise das
pontocom.
Apesar disso, este mercado continua em evolução e se
encontra agora num bom momento, sem dúvida. Um nicho
profissional que cresce é o desenvolvimento de páginas
web. Bons profissionais nesta área estão sendo cada vez
mais bem remunerados. Além disso, temos os segmentos
de rede e infra-estrutura. Hoje, todas as empresas precisam
de e-mail e configurações de acesso. Os profissionais que
cuidam dessas áreas têm se tornado valiosos.
Por último, poderia citar a segurança, cada vez mais
Passandopela PENEIRA
Por Luis Rocha
Como vencer no mercado de trabalho
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necessária para se proteger todas as informações que
migram para a internet. Esta talvez seja a profissão mais
desafiadora de todas e a mais bem remunerada. Há vários
outros cargos e funções, tais como redator de textos para
web, além de outras ligadas à administração e supervisão,
que sempre serão necessárias.
Em todos eles, há algo em comum: a necessidade de
aprimoramento contínuo, pois, em internet, o que ontem era
fato, hoje talvez não seja mais. E o que hoje é fato, amanhã
talvez já seja diferente.
Wd :: Podemos considerar a internet como um
mercado de trabalho consolidado no Brasil? E no
exterior?
Marcelo :: Sim, sem dúvida. Cada vez mais a internet
tem participado de nosso dia-a-dia e não vejo como a
estrutura moderna das grandes empresas seria mantida
hoje sem e-mail e os serviços web.
A tendência geral está mostrando que é um mercado
que ainda vai se expandir por muito tempo, tanto no Brasil
como no exterior, mesmo com toda a novidade que o
segmento ainda representa. Toda empresa, tradicional ou
não, vai precisar marcar presença na web.
Entre muitas outras coisas, a internet acabou virando
uma importantíssima fonte de consulta para quem está
buscando produtos ou serviços. E ela não é só um mero
veículo de publicidade, vai muito além disso. Alguns tipos
“Dinamismo e um lado empreendedor, sem dúvida, são sempre bem-vindos”
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de serviços, como os da própria Curriculum, somente
são possíveis com a web. Ou seja, eles já nascem
essencialmente indissociáveis da rede. Uma série de
produtos e serviços estão surgindo, paralelamente à
presença de empresas tradicionais que estão com
frentes de vendas na área. Portanto, o mercado tem
fôlego para contratar muito mais gente no futuro.
Wd :: Existe alguma particularidade que
destaca o profissional de internet das outras
áreas?
Marcelo :: Sim, há, muito embora qualquer
um possa se tornar um profissional de internet.
Eu classificaria estas particularidades da seguinte
forma: em primeiro lugar, o profissional deve saber
aprender e reaprender. Quero dizer, perceber que
o conhecimento em internet é algo volátil e o que
se sabe hoje, talvez não seja mais tão útil amanhã.
Por isso, é necessário ficar sempre atento às novas
tecnologias ou tendências de mercado. A dica é saber
interagir com grupos, ler e se informar sempre a
respeito.
Como em qualquer outra área, dinamismo e um
lado empreendedor, sem dúvida, são sempre bem-
vindos. Na internet, estas qualificações talvez sejam
ainda mais exigidas. Devido a estes dois fatores,
acredito que o perfil mais jovem se enquadra com
mais facilidade. No entanto, qualquer pessoa pode vir
a preencher estes quesitos. Basta força de vontade.
Wd :: Qual a importância da formação
acadêmica para quem deseja atuar no mercado
de internet? E qual o seu impacto/peso na
remuneração do profissional?
Marcelo :: De todas as áreas, a internet é
aquela em que a formação acadêmica tem menos
impacto. Mas não quero dizer com isso que ela seja
dispensável, não é isso. Falo devido ao dinamismo
da área e as alterações freqüentes que ela sofre.
Portanto, o que se aprende na universidade, muitas
vezes não é mais aplicável no dia-a-dia das empresas.
Por outro lado, não tenho dúvidas de que a formação
universitária dá base ao profissional e é muito
importante para que depois ele possa continuar
construindo sobre ela.
Em termos de impacto no salário, acredito que o
maior peso envolva o conhecimento acumulado, seja
ele obtido pela universidade ou de outra forma, pois
utilizando sabiamente este conhecimento é que a
pessoa se transformará em um bom profissional, com
reflexos no seu salário.
Wd :: Quais são as qualidades essenciais
que um profissional de internet deve apresentar
como um diferencial no mercado?
Marcelo :: Conhecimento e experiência. Acho que
estes, sem dúvida, formam o conjunto mais importante
para um profissional de web. O conhecimento pode ser
adquirido em cursos. Além disso, no caso da internet
especificamente, fique sempre atento às novidades.
Fóruns de discussão, revistas especializadas e livros
podem ser consideradas boas fontes para se buscar
tal atualização.
“Fique atento ao que
surge e ao que deixa
de existir para não
gastar sua energia
em lugares errados”
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Quanto à experiência, ela também é importantíssima, pois fixa o conhecimento adquirido e faz com que a pessoa
não só compreenda mais cabalmente sua própria atividade, como também permite ao profissional construir novas
visões sobre o assunto.
Wd :: Alguns especialistas em Recursos Humanos apontam que as transformações ocorridas no
mercado nos últimos anos podem decretar o fim do emprego tradicional, abrindo espaço para os
profissionais com perfil empreendedor. Com sua experiência na Curriculum.com.br, você acredita que
o mercado brasileiro já vivencia este tipo de realidade?
Marcelo :: Acho que há razão, mas isso é apenas um lado do que estas tecnologias estão nos trazendo.
Atualmente, há um aumento significativo na área de serviços e a possibilidade do trabalho remoto, o que faz surgir
um novo perfil profissional, que é meio funcionário, meio empreendedor.
No entanto, por outro lado, o mercado obriga as empresas a serem cada vez mais competitivas. Esta competição,
aliada ao uso intenso da tecnologia, faz com que as organizações trabalhem com margens de lucro cada vez menores,
aumentando a exigência sobre seus colaboradores, cuja dedicação vai além das tradicionais horas de jornada e o
empenho tenha que crescer muito mais (como um time). Portanto, percebo que há um aumento nestes dois pólos e
é por isso que não vejo, em curto ou médio prazo, o fim do emprego tradicional.
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Wd :: Quais dicas você daria para o
profissional que deseja investir na internet como
um campo de trabalho?
Marcelo :: Recomendaria que se especializasse em
algo e conhecesse a fundo a especialização escolhida,
seja ela qual for: Design, Redação, Programação, Base
de Dados, Tecnologia de Rede, Segurança etc.
Mas é importante também não perder a visão do
todo e compreender a internet de uma forma ampla,
lendo bastante a respeito e entendendo bem a sua
dinâmica, de forma a não só compreender as novidades
que surgem nela, bem como conseguir prever o que
está por vir.
Procure ter, paralelamente a tudo isso, uma visão
de negócio sobre a internet. Muito embora isso não seja
necessário para todas as áreas de atuação, sempre é
bom saber como é que o dinheiro surge dos negócios
para contribuir neste sentido. Além de se preparar para
o cargo que deseja, o profissional não deve parar de
se atualizar e manter tal prática como um hobby, uma
diversão, algo alegre e que traga prazer.
Esteja muito atento ao dinamismo da internet. Em
resumo, fique de olho ao que surge e ao que deixa de
existir para não gastar sua energia em lugares errados.
Outra dica é: não importa o que você venha fazer, faça
bem feito, uma vez que a internet é cruel neste ponto,
pois a exposição faz com que o acesso e a avaliação
sejam rápidos e intensos, mas se a idéia for boa e bem
feita, as chances de sucesso podem ser grandes.
E por fim, muito embora seja preciso manter os pés
no chão, sonhe, sonhe muito, pois praticamente todos
os grandes negócios de internet nasceram pequenos,
às vezes num quarto ou numa garagem com poucas
pessoas, para depois se tornarem gigantes em suas
categorias. Falo isso porque, como acredito que muita
coisa ainda está por vir, quem sabe não será o leitor
desta matéria que irá se tornar um grande nome da
internet de amanhã?
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Por Luis Rocha
Empr
ego
um profi ssionalQuanto vale
de internet
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Talvez muitos ainda não saibam, mas a atividade dos
profissionais de internet já é reconhecida pelo principal
órgão regulador do trabalho no país, o Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE).
Isso porque a Classificação Brasileira de Ocupações
(CBO - http://www.mtecbo.gov.br), documento que traz
“o reconhecimento, a nomeação e a codificação dos
títulos e conteúdos das ocupações do mercado de trabalho
brasileiro”, incluiu em sua última atualização, realizada em
meados de 2002, uma série de atividades relacionadas com
a web.
Para se ter uma idéia, no documento encontramos
listados os seguintes cargos: desenhista de páginas web
(webdesigner), programador web, analista de sistemas
web (webmaster), analista de comércio eletrônico (e-
commerce), editor e repórter de web.
Tal medida é extremamente significativa para uma
área que completou, em 2005, apenas dez anos de
existência. Mas, diante de sua jovialidade, já podemos
considerar a internet como um campo profissional estável
e seguro?
“A internet atravessou as barreiras
dos PCs, dando seus saltos por outros
territórios, como os celulares, a televisão,
os aparelhos domésticos etc”
“A internet está com suas raízes bem profundas
por aqui e, do quadro atual, não há volta. A quantidade
de áreas, serviços e profissões que surgiram em torno
desse universo são infindáveis. Ela iniciou de certa forma
discreta, cresceu, evoluiu, criou suas regras e, aos poucos,
está atravessando as barreiras dos PCs, dando seus saltos
por outros territórios, como os celulares, a televisão, os
aparelhos domésticos etc.”, diz Otávio Silveira, diretor
de arte da D.Mark Publicidade e professor da Unifran
(Universidade de Franca).
Segundo Ricardo Bevilacqua, Diretor Geral da
CASE Consulting, consultoria de recrutamento e seleção
especializada, a associação de empresas de telefonia com
as de internet reforçou o papel da web como um mercado
de trabalho. “Tanto é que vemos ótimos profissionais
atraídos por empresas como Terra, UOL e outras, que há
algum tempo não levariam executivos de outros mercados
mais seguros, como Bens de Consumo, Telefonia Fixa
entre outros”, relata.
Apesar dos reflexos positivos de toda essa
movimentação, alguns aspectos ainda geram uma
certa desconfiança: há “Piso Salarial” definido para tal
categoria? As oportunidades existentes são suficientes
para absorver a crescente demanda de profissionais?
Profissionalização do mercado
Antes de nos aprofundarmos na questão de salários e
oportunidades, vamos falar primeiro sobre a maturação do
profissionalismo na internet. Até porque refletir sobre esse
Empr
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período serve como um valioso aprendizado para quem
hoje luta por um espaço neste mercado.
Dentre as principais lições, podemos citar a criação de
novos cargos, a oscilação dos salários, o desaparecimento
de empresas, a valorização de determinadas categorias
profissionais etc. “Nos últimos anos, houve um crescimento
vertiginoso de pessoas interessadas em ingressar nesse
mercado. Mas essa aparente alimentação com mão-de-
obra muitas vezes não especializada, também proporcionou
algumas adversidades, como baixa qualidade de trabalhos,
menor remuneração e clientes insatisfeitos”, explica
Alexandre Pereira, Diretor de Criação da DK2 Fórmulas
Interativas.
“Este mercado vem sofrendo mutações desde o
estouro da bolha em 2001, quando diversas empresas
ruíram e muitas delas, que prometiam mundos e fundos
para os seus profissionais, como stock options (participação
nas ações da empresa) e outros benefícios, foram por água
abaixo. Nisso, muitos profissionais de qualidade acabaram
ficando à deriva no mercado, causando uma desvalorização
no qual os salários já não eram mais atrativos e as pessoas
iam para as empresas por medo de ficar sem emprego”,
complementa Ricardo Bevilacqua.
Passado o período de turbulência, a prática hoje já
pode ser considerada outra. “Entre muitas transformações
que ocorreram, acredito que a principal delas foi a
Empr
ego
conscientização por muitas empresas (clientes) de
que trabalhos destinados à mídia digital se fazem com
profissionais gabaritados e equipes multidisciplinares.
Passou a época que bastava colocar alguns textos e
fotos online para as pessoas e as empresas se sentirem
modernas e atualizadas. Hoje, o que interessa é a
capacidade de informar, transformar, propagar, saber o
porquê de se ter um espaço na internet, como deve ser
ele e onde se quer chegar. Com isso, fomos colocando os
pingos nos ‘is’ e houve a necessidade de agregar novos
profissionais às frentes produtivas das empresas de web,
como: designers, publicitários, programadores, jornalistas
etc.”, conclui Otávio Silveira.
Salários e oportunidades: o cenário atual
Fazendo um levantamento sobre as sugestões enviadas
diariamente pelos nossos leitores, constatamos que
“Piso Salarial” e “Oportunidades na área” são alguns dos
principais temas que mais suscitam curiosidade. Como na
Webdesign “o seu desejo é uma ordem”, vamos a elas.
Região Sudeste ainda é o mapa da mina
para os pro ssionais de internet
“As maiores oportunidades no mercado de internet
estão, sem dúvida, na região Sudeste, principalmente
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Empr
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no estado e na cidade de São Paulo. No entanto, o seu
desenvolvimento é um caminho sem volta e cada vez mais
novas oportunidades de emprego estão surgindo em todos
os estados e pólos urbanos do Brasil”, aponta Marcelo
Abrileri, presidente da Curriculum.com.br (saiba mais sobre
mercado, na seção Entrevista).
A predominância das oportunidades no Sudeste seria
explicada pelo fato de as principais empresas do país
estarem localizadas dentro dessa região. Apesar disso, a
boa notícia é que outras cidades começam a abrir novas
frentes de trabalho. “Você já consegue encontrar empresas
de desenvolvimento de novas tecnologias em cidades como
Curitiba, Porto Alegre, Brasília e até no Nordeste, mas em
menor escala”, acrescenta Ricardo, da CASE Consulting
(ver box “Fique de olho nas vagas!).
Em termos de valorização, algumas funções parecem
ser as mais privilegiadas. “Hoje, webdesigner, editor de
conteúdo e webmaster são os cargos com melhores chances
de remuneração, mesmo porque profissionais dessa área
saem, geralmente, de agências de publicidade com prêmios
e excelência como Leão em Cannes etc. Além disso,
atualmente grande parte dos profissionais de qualidade
trabalham em agências especializadas em web, como One
Digital, Agência Click, entre outras”, revela Ricardo.
Internet: média salarial varia entre
R$1.500,00 a R$ 9.000,00
Traduzindo as palavras do especialista em números,
apresentamos cinco diferentes estudos sobre “Piso
Salarial”: uma da empresa de recolocação profissional
Catho e outras quatro dos sites Curriculum.com.br,
Elancers.com.br, Manager Online e ApInfo.com (ver box
“Tabela Salarial”). Cruzando todas essas informações,
é possível afirmar que hoje os salários no mercado
de internet estão situados em uma faixa que vai de
R$ 1.500,00 a R$ 9.000,00, dependendo do nível de
classificação da carreira do profissional: júnior, pleno ou
sênior.
XJúnior
Profissional que possui conhecimento para a solução
dos problemas mais simples da área e que trabalha sob
supervisão direta. Tem como requisitos mínimos: Superior
Incompleto ou Recém Formado, com experiência até 2 anos.
Fonte: Grupo Catho
XPleno
Pro ssional que possui conhecimento para a solução da maioria dos
problemas da área, trabalha sob supervisão geral, podendo precisar
de orientação em algumas fases da atividade. Tem como requisitos
mínimos: Superior Completo, com experiência até 3 anos.
Fonte: Grupo Catho
XSênior
Profissional que possui elevado conhecimento técnico de todas
as fases da atividade, podendo orientar colaboradores de menor
conhecimento na solução de problemas mais complexos. Tem
como requisitos mínimos: Superior Completo, com alguma
especialização ou pós-graduação, e experiência acima de 4 anos.
Fonte: Grupo Catho
33
Empr
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SitesÁrea de
Conteúdo Área de
ProgramaçãoÁrea de
Webdesign
ApInfo.com - www.apinfo.com X X
Aurélio Galvão - www.aureliogalvao.jor.br/empregos.htm X
Banco Nacional de Empregos - www.bne.com.br X X X
Bumeran - www.bumeran.com.br X X X
Catho - www.catho.com.br X X X
ClickJobs - www.clickjobs.com.br X X X
Comunique-se (Banco de Empregos)
www.comuniquese.com.br/bancodeempregos/index.asp?menu=BEX X
Curriculum.com.br - www.curriculum.com.br X X X
Curriex - www.curriex.com.br X X
Elancers - www.elancers.com.br X X
Empregos.com.br - www.empregos.com.br X X
e-Panelinha - www.e-panelinha.com.br/ X
FreeCode (Jobs) - www.freecode.com.br/jobs.php X
InfoEmprego.com.br - www.infoemprego.com.br X X
InfoJob - www.infojob.com.br X X
JobCenter (TI Master)
www.timaster.com.br/jobcenter/jobcenter.aspX X X
Jornal do Emprego
www.informatica.emprego.jor.br/internete-commercee-businesswebweb-designer.htmlX X
Link Zero - www.alexandresena.jor.br/linkzero.html X
Manager - www.manager.com.br X X X
RH Info - www.rhinfo.com.br X X X
Trabalho para Jornalistas (Orkut)
www.orkut.com/Community.aspx?cmm=153330X
Vagas.com.br - www.vagas.com.br X X X
Universia (Empregos)
www.universia.com.br/empregos/index.jspX X X
Fique de olho nas vagas!
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Empr
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Curso superior faz diferença na quali-
cação do nível de carreira
“A qualificação desses níveis é muito discutível
hoje em dia, visto que novas formas de remuneração
são aplicadas e novos critérios, como competências e
performance, também influenciam. Contudo, podemos
qualificar os níveis de carreira de um cargo com exigência
de curso superior para o exercício da função. Isto não
é regra, mas são os conceitos mais comuns na nossa
pesquisa salarial”, argumenta Mário Fagundes, consultor de
remuneração do Grupo Catho.
Fatores que determinam o “preço” do pro ssional
Consultar uma tabela salarial serve como uma boa
referência quando queremos mapear a realidade de um
determinado segmento de mercado. No entanto, lembre-
se que sua interpretação deve ir além dos cifrões. “Muitos
fatores são levados em consideração para se definir a
remuneração de um profissional de internet. Mas creio
que três deles são os principais: a responsabilidade do
trabalho a ser executado, sua complexidade e, sem dúvida,
o porte da empresa para quem se presta o serviço, pois
geralmente este quesito acaba aumentando as exigências
e a responsabilidade do que deve ser desenvolvido”, relata
Marcelo Abrileri, da Curriculum.
Sobre a influência da formação acadêmica, os
especialistas apontam que ela pode ser imprescindível para
o profissional que almeja alcançar cargos de decisão. “O
mercado de internet não exige formação superior técnica.
Existem empresas que não pedem nem a formação do
profissional para contratá-lo. Porém, para crescer e
desenvolver uma carreira de gestão, empresas desse
mercado (aí eu falo de empresas de grande porte) ainda
exigem uma formação técnica. Caso contrário, a carreira
do profissional pode limitar-se a uma supervisão ou
coordenação. Gerência e diretoria ficarão mais distantes.
O MBA é desejável e a especialização, em 90% dos
casos, é um grande diferencial”, afirma Ricardo, da CASE
Consulting.
Procure ter a capacidade de envolvimento
positivo com o trabalho
No caso específico dos webdesigners, Alexandre
Pereira, da DK2, diz que a participação em grandes
projetos e o acúmulo de trabalhos de destaque no portfólio
trazem reflexos positivos na hora de se pleitear um
bom salário. “Mas o que vai fazer com que esta pessoa
permaneça no cargo, e desperte o interesse de seus
superiores, será sua capacidade de envolvimento positivo
com o trabalho. Ou seja, a habilidade e a sensibilidade
para solucionar determinados problemas. A conseqüência
disso está bem clara: obtenção de melhor remuneração,
bem como o reconhecimento”, complementa Otávio
Silveira, da D.Mark Publicidade.
Já para quem trabalha com produção e edição
de conteúdo na web, o acúmulo de conhecimento é
considerado um ótimo diferencial. “É preciso apresentar
uma formação sólida. Além da universitária - jornalismo
(não vamos falar sobre diploma aqui, pois isso é tema
de outra matéria), procure participar sempre de cursos,
35
Empr
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35
CargosValores*
CurriculumValores**
ApinfoValores***
CathoValores**** Elancers
Valores***** Manager
Analista Programador(a) WebR$1961,71
(353 fontes)R$2420,00
R$2369,00 (236 fontes)
R$3500,00
Analista Júnior Desenvolvimento de Internet / Sistemas WebR$1956,36 (22 fontes)
R$2461,00 (156 fontes)
R$1800,00
Analista Pleno Desenvolvimento de Internet / Sistemas WebR$4275,00
(189 fontes)R$4000,00
Analista Sênior Desenvolvimento de Internet / Sistemas Web R$3272,00R$5471,00
(172 fontes)R$7500,00 R$5970,00
Coordenador(a) de Projetos WebR$2035,39 (23 fontes)
R$6812,00 (65 fontes)
R$9000,00
Editor(a)/Produtor(a) de Conteúdo WebR$1973,33 (15 fontes)
R$2181,00 (26 fontes)
Webdesigner - AuxiliarR$543,08
(13 fontes)R$600,00
Webdesigner - Instrutor(a)R$815,63
(16 fontes)
Webdesigner -Estagiário(a)R$502,55
(64 fontes)R$665,00
(136 fontes)
Webdesigner - TraineeR$1582,00 (80 fontes)
WebdesignerR$1391,56 (16 fontes)
R$1571,00R$2314,00
(175 fontes)R$3000,00 R$4049,00
Webdesigner PlenoR$2211,43 (90 fontes)
Webdesigner SêniorR$3338,80 (46 fontes)
R$9000,00
WebdevelopingR$3719,00 (45 fontes)
Webmaster R$1769,00R$2320,00
(203 fontes)R$9000,00 R$6120,00
Média salarial - Profissionais de Internet
Observações:
* As estatísticas da Curriculum são obtidas com base na informação espontaneamente cadastrada pelos próprios pro ssionais que utilizam o site da empresa
para divulgar seus currículos na web.
** Pesquisa feita pela internet, de 21/04 a 30/06 de 2004, pelo site www.apinfo.com. Valores referentes a remuneração mensal em R$ (Reais). Participaram
8.214 pro ssionais de todo o Brasil, com maior concentração nos estados do Sudeste e Sul.
*** Todas as informações da Catho são referentes ao mês de Agosto de 2005 e referem-se à Média Brasil.
**** A pesquisa da Elancers é referente ao mês de Agosto de 2005 e a apuração acontece junto a empresas do segmento de TI. A empresa informa que, aos
valores lançados na tabela, devem ser somados benefícios como Plano de Saúde (quarto de internação), Visa-Vale de R$ 10,00 por dia útil e 14º Salário.
***** Estes dados referem-se somente aos valores de salário- xo praticados na Grande São Paulo. Tais números fazem parte da 10ª Pesquisa Manager de
Remuneração, que teve como base os salários praticados em maio de 2005 e abrangeu 388 empresas de grande, médio e pequeno porte de 35 segmentos da
economia nacional e 9 regiões geográ cas.
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encontros, realizar pesquisas, estar envolvido com uma
entidade (associações profissionais) e ler muito”, orienta
Cristina Dissat, sócia da Informed Jornalismo.
A jornalista ressalta que nem sempre essas ações
representam gastos altos para os profissionais. “Entrar
em um grupo de estudo, freqüentar debates e pequenos
eventos pode ter custo zero. É só procurar. Apresentar
pesquisas realizadas, monografias (já que as universidades
solicitam isso hoje em dia), artigos etc. também mostram
o seu interesse na área. Quanto a conhecimentos gerais,
não acho que você tenha que ser um expert em softwares
técnicos e sim saber o que eles possibilitam fazer. Afinal,
trabalhar com uma equipe técnica afinada é muito bom. Se
não quero que façam o meu trabalho de redator e editor,
porque tenho que entender de programação a fundo?”,
questiona.
Só o salário atrai e retém um bom profissional?
Será que o interesse por uma vaga de trabalho se
restringe apenas a um alto salário? Pois bem, segundo os
nossos leitores, que responderam a enquete de setembro
no site da revista, não. Perguntados sobre “além do
salário, o que o atrai numa empresa?”, mais de 80% dos
participantes apontaram os itens “crescimento profissional”
e “ambiente de trabalho” como os principais fatores na
busca por uma oportunidade.
“Toda e qualquer empresa precisa remunerar bem o
seu profissional para retê-lo. Claro que ninguém trabalha
por caridade, mas outros pontos contam muito para a
manutenção do profissional. Podemos citar o ambiente
de trabalho (que deve ser informal e alegre), a autonomia
nos projetos da empresa e também os benefícios indiretos,
como cursos e especializações”, enumera Ricardo
Bevilacqua.
A opinião é compartilhada pelo presidente da
Curriculum, que acrescenta o desafio como um estímulo
“Nenhum profissional de tecnologia
gosta de estagnação”
no trabalho desses profissionais. “Em minha experiência,
tenho observado que o salário ajuda, mas nem sempre é a
única coisa capaz de reter o profissional de tecnologia. Os
profissionais querem bons salários, sim. Quem não quer?
Mas antes disso, eles buscam bons desafios profissionais,
se a empresa trabalha continuamente no desenvolvimento
de novas soluções para atender ao seu público. Dessa
forma, o trabalho se torna um grande aprendizado em seu
dia-a-dia. Afinal, nenhum profissional de tecnologia gosta
de estagnação. O desafio constante mantém um estado
de aprendizado contínuo, se torna gratificante e conquista
equipes inteiras”, destaca Abrileri.
Para completar, não podemos esquecer da influência
do clima organizacional. “Na sua grande maioria,
profissionais de internet são talentosos e criativos. Por
isso, se tornam participativos e querem ver que sua
participação é reconhecida. Isso os incentiva a buscar
cada vez mais reconhecimento. Com isso, todos ganham.
Nesse ponto, é muito importante a presença de um líder
que saiba conviver com estes talentosos profissionais e dar
a eles o clima necessário para que possam crescer e serem
úteis em sua plenitude”, relata.
Qual seria a receita do sucesso? Três colheres
de especialização, duas pitadas de...
Existe uma receita para o sucesso profissional? Alguns
acham que sim, outros não. Pois bem, para quem deseja
tornar sua carreira em um prato saboroso e desejável pelo
mercado de trabalho, nada melhor do que aproveitar as
dicas de profissionais que já colocaram a “mão na massa”.
Como primeiro ingrediente, vamos incluir doses
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Empr
ego
generosas de especialização. “Além de criativo, é
imprescindível que o profissional se especialize, para se
dedicar à área de atuação que possui maior identificação.
É um erro julgar ser plenamente competente em todos os
processos que envolvem um projeto de webdesign. Isso
não existe. Ser especialista, por exemplo, no Desenho
da Interface, na Arquitetura da Informação, na Animação
ou na Programação, é muito mais respeitável do que ser
ligeiramente competente em todos deles. E o mercado
já reconhece que cada um desses profissionais é um
mecanismo importante no funcionamento do todo e saber
trabalhar em equipe é o que mais se aprecia”, explica
Alexandre Pereira.
“Você tem que ser um apaixonado,
observar, estar sempre atento: seja no
restaurante, nas ruas ou no cinema”
Um bom exemplo de como nossa receita caminha na
direção correta aparece quando conhecemos um pouco
da carreira de Cristina Dissat, editora de conteúdo do site
da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). “Você deve
conhecer poucos jornalistas especializados em diabetes,
pois é. Nem eu imaginei que essa seria uma área de
atuação. Encontrar esse diferencial pode garantir um
projeto na sua mão ou um emprego”, afirma.
E para que a massa não desande, inclua no recheio
boas pitadas de humildade. “Cuidado com o excesso
de confiança e ar de superioridade, pois pode parecer
arrogância em alguns casos. Lembre que sempre existe
alguém que sabe alguma coisa que você desconhece”,
orienta Cristina.
Como toque final, não se esqueça de acrescentar
muitas colheres de prazer, considerado o condimento
especial para se alcançar, qualquer que seja, o seu
objetivo. “O profissional deve gostar realmente do que faz,
não dá para ser meio termo. Não basta praticar apenas
durante o expediente. Você tem que ser um apaixonado,
observar, estar sempre atento: seja no restaurante, nas
ruas ou no cinema. Ao navegar horas pela internet,
troque conhecimentos, fique atento às novidades e se
inspire em trabalhos de sucesso. Enfim, ao observar tudo
com atenção, as idéias surgirão e você com certeza irá
despertar seu lado criativo, ganhará um diferencial para o
seu trabalho. Neste caso, mesmo se o mercado aparentar
estar perto da saturação, pode ter certeza: seu lugar
estará garantido e as portas estarão sempre abertas”,
finaliza Otávio Silveira.
Além do salário, o que mais te atrai numa empresa ?
56% Crescimento profissional
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Empr
ego
Participação dos assinantesQual o segredo para manter um bom relacionamento no trabalho em equipe?
Antonio Felipe Silva [email protected]
O bom humor, com certeza. Na minha equipe, nós usamos a criatividade até nos dias mais sacais, quando o
trabalho está muito chato, nós descontraímos da maneira que achamos melhor: seja com a famosa “guerra
de papel amassado”, ou fazendo reunião sentado no chão ou na parte externa da empresa. Resumindo,
sempre tentando criar uma maneira nova para afastar o fantasma da rotina que nos aflinge.
Tiago Azeredo Peçanha [email protected]
Uma boa liderança feita com carisma, respeito e valorizando os potenciais de cada indivíduo é extrema-
mente estimulante ao buscar atingir metas. Além disso, agregar valor a cada tarefa a ser efetuada gera
grande estímulo emocional!
Daniel Schmidt da Silva [email protected]
Ter em mente que a aplicação pessoal (individual), integrada com o compartilhamento (para com o grupo),
provê resultados maiores, além de mais idéias. Isso porque a diversidade hoje nos proporciona “somar”
nossos conhecimentos. Claro, todas essas coisas devem estar alinhavadas com respeito, relação mais que
profissional, dignidade, honestidade...
Kerley Silva [email protected]
Saber ouvir, respeitar as decisões da maioria, principalmente se forem opostas as suas. Sempre dizer o que
pensa, mesmo que não seja a melhor solução para um determinado assunto, mas com certeza voce será
respeitado por tentar ajudar. Uma ótima equipe de trabalho é diferente de um ótimo grupo de amigos, saiba
diferenciar com bastante cautela. E claro, como não pode faltar em nada nessa vida: uma boa dose de bom
humor.
Jorge Elias Bachur Junior [email protected]
Primeiramente, dizer “Bom dia”, “Como vai”, “Boa Noite”. Acho que nos dias de hoje, com o corre-corre,
parece que falta tempo para este tipo de tratamento. Dar e receber atenção é muito importante num rela-
cionamento em equipe. Pesquisar, projetar, discutir, debater e, inevitavelmente, saber ouvir. As melhores
sugestões, a saída para aquele problema ou determinada situação, a superação para aquele desafio pode
estar do nosso lado. E isso só é possível se puder ouvir o próximo. Ouvir é respeitar a opinião seja lá de
quem for e, tratando-se de uma equipe, se não houver respeito, teremos apenas um grupo. Um grupo que,
em seu meio, disputa uma liderença e não uma equipe vencedora.
Se você é assinante, participe desta seção pelo site www.arteccom.com.br/webdesign/clube
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deba
te
A
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RSS
Quando estudamos a Teoria da Comunicação, aprendemos que ela é com-
posta dos seguintes elementos: emissor, receptor, mensagem, código, canal de
comunicação e referente.
Aplicando tais conceitos no mundo da internet (canal de comunicação),
sabemos que o fluxo das informações produzidas trafega da seguinte maneira:
geralmente, são os internautas (receptor) que buscam o conteúdo (mensagem)
produzido pelos sites (emissor).
Pois bem, parece que esse cenário vem se transformando após o surgimento
da tecnologia RSS. Agora, é a informação que vai até o usuário. Isso porque,
munido de um programa ou aplicativo leitor de arquivos RSS feeds, você passa
a ser informado assim que um novo conteúdo é publicado em um determinado
site. Mas lembre-se: para que todo esse processo funcione, o desenvolvedor tem
que disponibilizar tal programação em sua página.
“O RSS é um padrão que simplifica e facilita uma pessoa acompanhar notí-
cias ou tópicos do seu interesse. Ao assinar feeds RSS, as pessoas passam a
RSS é um padrão que simpli ca e facilita o
acompanhamento de notícias
XFeedArquivo XML (eXtensible Markup Language) que alimentará o programa leitor de RSS.
Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Feed)
41
42
depende muito da facilidade em sua utilização. “O que é
interessante notar também sobre este estudo da Nielsen
é que ele menciona os ‘Aware RSS users’, ou seja, aqueles
que entendem o que é RSS. Mais uma vez enfatizo que o
que é necessário é que o usuário utilize os feeds de maneira
transparente, sem saber o que é, de fato, RSS ou ATOM,
assim como acessam sites sem se preocupar com a tecnolo-
gia usada para construí-lo (HTML, por exemplo). Acho que
ainda é preciso um grande avanço neste sentido”, afirma.
Como funciona
Para entendermos como um usuário vai utilizar o RSS,
vamos a um exemplo prático. “Publiquei uma matéria e di-
vulguei para meus leitores via newsletter. Você que assinou
a newsletter vai receber um e-mail informando e fornecendo
um link para a matéria. E receberá, via e-mail, as newslet-
ters de todos os sites aos quais você se inscreveu. De modo
muito semelhante, você ‘assina’ os RSS de várias páginas
e instala em seu computador uma interface de leitura
(existem várias delas gratuitas ou você poderá utilizar um
navegador que suporte RSS). Sempre que houver uma novi-
dade no site assinado, você recebe não um e-mail, mas um
aviso no seu desktop (por exemplo, um popup semelhante
ao do Messenger) de que foi publicada uma matéria nova
no site”, detalha Maurício Samy Silva, professor do centro
de treinamento iLearn.
Segundo o especialista, abrindo a interface de leitura,
o internauta acessará um conteúdo semelhante ao de um
boletim informativo. “Em geral, com o título da matéria
seguido de uma breve descrição com um link ‘Leia mais’. As-
acompanhar mais de perto tudo o que é publicado - são
avisadas instantaneamente de novidades”, explica Victor
Ribeiro, diretor de produtos e estratégia do UOL (Universo
Online).
Disseminação do RSS
Um estudo do instituto Nielsen/Ratings, divulgado
no final de setembro, revela que a conveniência e a fac-
ilidade para se obter novas informações são os principais
motivos para o uso do RSS. A pesquisa constatou ainda
que os usuários dessa tecnologia acessam sites três vezes
mais e com maior freqüência do que aqueles que não a
utilizam.
Usuários de RSS acessam sites
três vezes mais e com maior freqüência
“Isso acontece porque primeiro o usuário de feeds
agrupa todos os sites que o interessam em um lugar só e
isso faz com que ele tenha a capacidade de gerenciar um
número maior de sites. Segundo, porque o usuário cria
um vínculo maior com os sites que compõem sua lista, já
que ele sabe que um site foi atualizado quase que instan-
taneamente e, se esta atualização o interessar, ele muito
provavelmente vai acessar o site para poder ler na íntegra
o conteúdo”, aponta o web developer Bruno Torres.
No entanto, ele ressalta que a disseminação do RSS
XATOMOutro tipo de formato para divulgação de notícias.
Fonte: Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Feed)
XFeed ReadersFeed Readers (agregadores de conteúdo): programa ou
aplicativo utilizado para a leitura de arquivos RSS de um
determinado site. Exemplos: FeedReader, BlogLines, Leitor de
Notícias (RSS/XML), NewsGator etc.
Fonte: CVRD (http://www.cvrd.com.br)
Benefícios no uso do RSS
- A informação vai até o receptor da mensagem
- Leitura de notícias em “tempo real”
- Concentração de conteúdo de diversos sites
- Processo automatizado
Fonte: UOL
RSS
43
Saiba mais!
- Projeto RSS
http://www.rssficado.com.br/
- RNP - RSS
http://www.rnp.br/rss
- RSS users visit three times as many news web
sites as non-users - Pesquisa Nielsen/Ratungs
http://direct.www.netratings.com/pr/pr_050920
- Implementando caching em feeds RSS/ATOM
http://brunotorres.net/2005/01/26/caching-feeds
- My Yahoo
http://br.my.yahoo.com/
Bloglines
O Bloglines (www.bloglines.com) é um exemplo
de interface de leitura de arquivos RSS. Gratuito e
online, ele verifica periodicamente a atualização
dos canais feeds assinados pelo usuário.
Bloglines - exemplo de interface de leitura de RSS
44
RSS
44
sim, ele terá todos os RSS em uma só interface, acessíveis
a qualquer momento no seu desktop, sem necessidade de
e-mails”, completa.
Passos para se adotar o RSS em seu site
Tudo bem, você se convenceu sobre os benefícios no
uso do RSS. Mas a pergunta que fica é: como faço para
implementá-lo em meu site? “Atualmente, a grande maioria
dos gerenciadores de conteúdo (CMS) existentes já tem
suporte nativo aos feeds. O desenvolvedor precisa apenas
habilitar este recurso. Caso o seu gerenciador não tenha
suporte, ou seja, um sistema customizado, feito por você,
criar um feed não é nada difícil”, argumenta Bruno Torres.
Falando na criação de feeds, ela envolve, basicamente,
duas formas de desenvolvimento. “Uma é acessando o con-
teúdo do site via HTTP, retirando apenas a informação que
interessa e formatando de acordo com a especificação do
RSS (ou ATOM). A outra é criar os feeds internamente, com
os dados obtidos, por exemplo, do banco de dados. Aí o tra-
balho é o mesmo que se tem ao criar um HTML, só mudam
os elementos e o Media (MIME) Type”, explica.
RSS aumenta principalmente o número de
visitas de uma mesma pessoa
Para finalizar, Victor Ribeiro lembra que nada adianta
adotar RSS em um site se não houver o que comunicar. “É
preciso que o site tenha conteúdo permanentemente atuali-
zado e de relevância para seus visitantes. O RSS aumenta
principalmente o número de visitas de uma mesma pessoa,
de alguém que já visita o site. Dificilmente uma pessoa irá
adicionar ao seu agregador, site que não conheça, ou que
não tenha relevância. Sites que inundam os feeds com mui-
tas novidades logo são descartados. É fundamental manter
e informar o que é importante em tópicos bem definidos. Se
tiver muitos tópicos distintos para serem abordados, divida
em vários feeds”, diz.
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deba
te
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RSS
Por René de Paula Jr. (Diretor de conteúdo do Yahoo Brasil)
O Tarzan deve morrer de inveja do Homem-Aranha: o cara clica num botão e zás, sai um cipó
automático limpinho para se baloiçar sobre abismos. Assim é fácil. Para piorar a raiva, a selva de pedra
tem mocinhas muito mais interessantes do que a Jane e a Chita. Sem platéia feminina, de que adianta
desfilar saradão e seminu pela floresta, afinal? Uma banana para esse mascarado! - deve grunhir o
homem-macaco.
É curioso que um dos super-heróis mais queridos seja... uma aranha. Imagine você convencendo
um cliente ou chefe de que um homem-inseto que sobe pelas paredes e lança teias vai ser um estrondo
comercial. Faça isso hoje e o cara ou te demite ou pede antes um focus-group (discussões de grupo), que
vai optar fragorosamente pelo iridescente Homem-Borboleta. Só o Stan Lee mesmo para emplacar uma
idéia improvável dessas.
Mudemos da Cartoon Network para o Discovery Channel: o forte das aranhas não é o bungie-
jumping. Aranhas vivem por um fio, mas um fio que tece teias. O bichinho escolhe um canto e vai
pacientemente esticando, prendendo, enredando, até que uma teia complicada e invisível fique estendida
no ar. Como um certo senhor barbudo, ao final da criação ela descansa.
Descansar é modo de dizer: na ponta de suas patas, os fios tensos vão dando notícia se o almoço
chegou ou não. Um tremelique nervoso no setor XYZ é a sineta do lanche: ela corre para o ponto exato,
antes que o almoço escape.
Biologices à parte, vou confessar uma coisa: pela primeira vez, em anos, vejo sentido nessa história
de falar em web. Que web é teia em inglês não é novidade, mas antes o que me vinha à cabeça era uma
teia mundial de computadores interligados e zunindo, e a metáfora não me comovia muito.
Tudo mudou, ou melhor, tudo está mudando muito rápido. A teia agora é outra. Posso escolher quais
são as fontes de notícia e informação mais relevantes para mim e concentrá-las todas numa página só ou
em um único software. Bato o olho ali e vejo o que tem de novo em “N” fontes.
Como a aranhazinha, sem sair do lugar, fico ligado em mil fios que me anunciam as novidades. E tudo
o que produzo, de podcasts a blogs, passando por minhas fotos, tudo pode ser importado nas teias alheias.
Como isso é possível? RSS. Não, RSS não quer dizer “risos”. RSS é tão fácil que é até divertido,
mas é algo bem sério. A tecnologia foi um recurso criado anos atrás para facilitar a distribuição de
informações.
Atualizo meu podcast “roda e avisa” (http://www.usina.com/rodaeavisa) e automaticamente um
arquivinho é gerado com o resumo das mudanças. Esse arquivinho de nada é que permite que pessoas
pelo mundo “acompanhem” as coisas que publico sem ter que visitar minha página.
Preste atenção em grandes sites de notícias, em bons blogs e portais: você vai ver que em algum
lugar vai ter um botãozinho escrito RSS, XML ou Feed. Esse botão tem um link e esse link você pode
adicionar à tua teia pessoal de interesses e fontes de notícia. Quer ver bons exemplos?
A CNN oferece inúmeros feeds (http://www.cnn.com/services/rss/). Outro exemplo: recentemente
me indicaram um blog bárbaro de um americano superantenado (http://jeremy.zawodny.com/blog/).
Como o blog dele tinha RSS, adicionei-o imediatamente à minha página agregadora e pronto: agora ele
faz parte da minha teia, ou melhor, da minha web.
OK, agora todos nós temos “sentidos de aranha”, todos lançamos teias num duplo-clique. Isso o
Peter Parker já tinha. Mas temos uma vantagem sobre o CDF solitário: somos milhões de aranhas, cada
uma construindo sua própria web, cada uma produzindo e pendurando na teia para todas as outras
aranhas, cada uma aliando forças com outras aranhas e montando sua própria rede de comunidades e
trabalho.
Para nós que trabalhamos com essa selva de teias, qual o impacto? O que muda? Vamos ter que
repensar nossa maneira de fazer sites, de criar serviços, de pensar em ações de comunicação? Sim, e
rápido. A menos que queiramos ficar de tanga escutando gorilas.
Minha teia 2.0 RSS: mudando a maneira de fazer sites
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deba
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João da Silva é um exemplo de pro ssional que procura se manter bem informado. Aproveitando todas as facilidades
proporcionadas pela internet, ele navega por diversos sites de notícias por dia, além de receber por e-mail uma
variedade de newsletters contendo as últimas notícias em destaque pelo Brasil e no mundo.
Porém, depois que nosso bravo internauta descobriu as facilidades no uso da tecnologia RSS, sua vida nunca mais foi
a mesma! Agora, através de um programa ou aplicativo que faz a leitura de arquivos RSS, João é avisado a cada 20
minutos, por exemplo, sobre qualquer conteúdo que venha a ser publicado em seus sites preferidos. Mas isso só foi
possível porque todos esses sites já disponibilizavam tal tecnologia em suas páginas.
Dessa forma, será que o RSS vai diminuir a navegação por sites de notícias e o envio de newsletters?
Con ra algumas opiniões a seguir.
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“Sim, com certeza. O RSS permite que o internauta
receba todas as chamadas publicadas pelos sites de notí-
cias que usarem o sistema em um programa que podemos
chamar, genericamente, de leitor de RSS. Desta maneira,
ele não precisa mais ‘navegar’ por seus sites preferidos para
saber das novidades.
No entanto, isso não significa menos acessos a um
determinado site, ao contrário, cada vez que o internauta
‘clica’ no link de uma chamada, ele acessa a página da
notícia, sem, no entanto, navegar’ pelo site (entendendo
navegar por um site como mover-se por ele, o que não é o
caso, já que se vai diretamente a uma página específica e,
geralmente, não se move desta para outras).
Em outras palavras, com o uso de RSS, o internauta
não precisa mais entrar e navegar nos sites para encon-
trar coisas que o interessem. As chamadas de vários sites,
selecionadas pelo internauta e, dependendo do site e do
leitor usado, no intervalo que ele determinar, chegam até
o usuário automaticamente. A seleção do que ler e do que
não ler torna-se muito mais fácil e rápida.
No caso das newsletters eletrônicas, enviadas por e-
mail, a vantagem do RSS é mais evidente ainda. Primeiro
porque as notícias não se misturam com outras mensagens
:: Eduardo de Carvalho Viana
Analista de Comunicação Sênior da RNP
www.rnp.br
pessoais e/ou de trabalho. Segundo porque os feeds de
RSS podem ser recebidos no próprio browser, onde também
será lida a notícia ou - outra opção - os programas leitores
incluem um browser próprio para leitura.
Nos boletins enviados por correio eletrônico, ou
recebemos os textos na íntegra - muitas vezes com recur-
sos (HTML, Java) não suportados pelo programa de e-mail
do assinante -, ou recebemos os links das notícias, os quais,
acionados, serão abertos em um browser à parte.
Isso sem falar que, para quem distribui as notícias, o
RSS é muito mais prático, pois evita a necessidade de cadas-
tro do assinante e manutenção do mesmo, criação de lista
ou uso de ferramenta de distribuição de correio eletrônico.
A desvantagem é que o cadastro pode ser importante para
a empresa que distribui as notícias, principalmente para
fins comerciais. Mas este não é o caso da Rede Nacional de
Ensino e Pesquisa (RNP), que só deseja que o maior número
de pessoas tenha a possibilidade de acessar todas as suas
notícias quando bem entenda. Para nós, o RSS é um forte
aliado.”
deba
te
4848
49
:: Thiago Ávila
Diretor de Tecnologia da Informação do ITEC/AL
(Instituto de Tecnologia da Informação e
Informática do Estado de Alagoas
“Muito pelo contrário. O formato RSS, ao invés de diminuir a navegação nos sites de notícias, tenderá fatalmente a
ser um estímulo a visitação de portais que se preocupem em disponibilizar fontes de notícias de qualidade. No contexto
dos portais, públicos ou corporativos, um dos maiores problemas detectados pelos especialistas é o excesso de informa-
ção. Esse excesso é altamente desmotivante para o leitor, gerando no mesmo, uma rejeição natural a portais que não se
preocupam em estruturar a informação de forma adequada.
Assim, o RSS permite que o leitor se dirija ao portal para ler exatamente o que lhe interessa, ou seja, um portal que
disponibilizar através de RSS, conteúdo interessante e bem estruturado, será beneficiado por esta tecnologia, graças aos
recursos dos clientes RSS que permitem alertar ao usuário em seu desktop sempre que há novas notícias.
Vejo que essa tecnologia é apenas o segundo passo para uma relação pró-ativa entre a máquina e o homem, no con-
texto da informação digital. Inicialmente vieram as newsletters, hoje temos o RSS e em breve teremos a popularização do
SMS e do MMS como uma forte mídia digital. É um caminho sem volta. Cabem aos portais de conteúdo ficarem sintonizados
com as novidades tecnológicas e tirar proveito delas da melhor forma possível.”
:: Edney Souza
Sócio diretor da InterNey Informática
www.interney.net/
“Sim e não. Sim, diminuirá o envio de newsletters, porém isso ainda está longe de acontecer devido a maioria dos
webmasters ainda desconhecerem o RSS. Não, pois acredito que aumentará o tráfego dos sites de notícia. Ao receber a
notícia em RSS, o usuário clicará em um link para vê-la completa no site (com informações adicionais como gráficos, pes-
quisas, debates), pois a ferramenta de RSS permite um acesso mais eficiente às notícias (pesquisas por palavras-chave,
por exemplo). A popularização da mesma tende a prevalecer sites com maiores volumes de notícias ou com notícias espe-
cializadas por segmento de mercado, colaborando para o crescimento dos veículos de comunicação mais eficientes.”
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tede
bate
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“Em pesquisa feita no meu site para saber a quanti-
dade de leitores que assinam meus arquivos RSS, forneci
como opções de respostas: ‘SIM’, ‘NÃO’ e ‘O QUE É RSS?’. A
resposta campeã foi a de número três, com a esmagadora
percentagem de 87%. Assim, gostaria de iniciar minha res-
posta com um rápido esclarecimento. Arquivo RSS ou ‘feed’
é um documento XML destinado à publicação automática
de conteúdo. Existem excelentes artigos na internet, expli-
cando detalhadamente o assunto. Faça uma busca digitando
a palavra-chave ‘RSS’ e pedindo ‘Páginas em português’.
Os RSS, quando disponibilizados pelos sites de notí-
cias, em sua quase totalidade, escrevem seus arquivos no
formato citado acima, ou seja, com o título, um resumo e o
link tipo ‘Leia mais’. Isto, na prática, levará o leitor ao site
que publicou a notícia. Entendo que diferente não poderia
ser, pois o usuário ao abrir sua interface e se deparar com
:: Maurício Samy Silva
Criador do “CSS para Webdesign”
www.maujor.com
telas e mais telas de matéria em seu conteúdo total, sem a
facilidade de acesso imediato à manchete que interessa, em
muitos casos, desistiria daquele feed.
Esta é a fórmula, salvo raras exceções, atualmente
adotada e consagrada e não vejo qualquer tendência que
aponte para uma mudança. Sem dúvidas, RSS é uma ex-
celente opção para newsletter. Não só para o usuário que
assina como para o desenvolvedor que divulga, pois elimina
todo o processo de uso de e-mail com manutenção de ca-
dastros de usuários em banco de dados, envio de e-mails e
todo o processamento que conhecemos.
Realmente é a próxima geração da newsletter. Para um
futuro, arriscaria dizer ainda distante da nossa realidade,
pois o desconhecimento do assunto inibe usuários e desen-
volvedores, uns não assinando os RSS disponíveis e outros
não implementando RSS.”
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deba
te
51
Por Tatiana Serra
A prestadora de serviços que oferece mais que nomes,
endereços e telefones
Telelistas.net
est
udo
de
caso
::
Tele
lista
s
51
52
estu
do d
e ca
so :
: Te
lelis
tas
52
Na web desde 2000, a Telelistas disponibiliza ser-
viços, informações em geral e entretenimento num único
endereço. Quem acessa o www.telelistas.com.br, espera
se deparar apenas com um serviço de utilidades, como:
nomes, telefones e endereços. Porém, já que para o inter-
nauta informações “úteis” são mais que isso, ao carregar a
página, ele tem acesso ao portal Telelistas.net, com dados
sobre Gastronomia, Turismo, Cidadania, Saúde, entre outros
assuntos, todos com base na interatividade com o público.
Afinal, não basta dar um endereço virtual a uma empresa,
é preciso adequá-lo ao mundo web. Aliás, foi através dos
canais de interação com o público que constatou-se a ne-
cessidade de reformulação do site. E, em julho deste ano,
ele ganhou uma nova versão.
Em entrevista exclusiva, os webdesigners Vitor Gau-
lia Ferreira e Rosival de Cerqueira Costa nos dão mais
informações sobre o site e nos falam sobre o desafio e a
responsabilidade de criar para um público muito grande e,
ao mesmo tempo, ter um único cliente, a própria Telelistas.
Acompanhe!
Wd: Como é trabalhar no site de uma “presta-
dora de serviços”? É possível “usar e abusar”
da criatividade?
VeR: Projetos online que envolvem um vasto público
com necessidades diferentes, como é o da TeleListas, sem-
pre necessitam de estudos e análises detalhadas, pois temos
por objetivo o alcance das informações pesquisadas com fa-
cilidade, exatidão e rapidez, num universo muito grande de
usuários. Temos como ‘carro-chefe’ o portal TeleListas.net,
e dele ramificam-se vários outros projetos relacionados à
empresa, onde estamos sempre inovando e criando, como
é o caso dos hotsites comemorativos, não necessariamente
obedecendo a uma identidade visual estabelecida, o que
acontece no portal. Esses projetos têm sua própria identi-
dade, desassociando-se da TeleListas.net.
WD: A equipe do site é formada por profissionais
da própria Telelistas. Quem são eles?
VeR: Somos sete profissionais: um gerente de proje-
tos, quatro analistas e dois designers. O gerente de projetos
é responsável pelo estudo, estruturação e implementação
das tarefas solicitadas à equipe pelos setores de Marketing
e Novos Negócios. Os analistas trabalham com a manuten-
ção e o desenvolvimento de sistemas. Nós dois cuidamos da
parte visual dos produtos online da empresa. O conteúdo
fica sob responsabilidade do setor de Novos Negócios e uma
equipe de jornalistas realiza as atualizações diárias (guias,
matérias, receitas, enquetes etc).
Wd: Quais são os diferenciais de se trabalhar
num site como o da TeleListas?
VeR: A responsabilidade de criar para um público
muito grande e, ao mesmo tempo, ter um único cliente, que
é a própria empresa, proporciona o desafio de transmitir
informações sobre diferentes olhares. Isso torna nossos
projetos desafiadores e estimulantes.
Wd: Quando a TeleListas foi lançada na web?
Quando e por que foi desenvolvida uma nova versão
do site?
VeR: Em 1999, o Grupo TeleListas era composto por
duas empresas, a TeleListas e a RioListas, esta última já
online. Em 2000, houve a fusão dessas empresas, tornando-
se apenas TeleListas, ganhando, em 2002, sua versão online
www.TeleListas.net. De 2000 até hoje, o portal passou por
seis grandes reformulações estruturais e de tecnologia.
Nessa última versão, lançada em julho de 2005, o portal
ganhou novas seções, o novo motor de busca possibilitou
a busca nacional (pesquisa de um assinante em todo o ter-
ritório nacional) e foram criadas áreas destinadas à publici-
dade. Todas as modificações ocorreram pelas necessidades
encontradas através de canais de interação (Enquetes, Fale
Conosco, Opine, SAC) com o nosso público.
Wd: O site institucional, por diversas vezes,
funciona apenas como uma cópia fiel da filosofia da
empresa. Para Michel Lent, designer gráfico, mestre
Desa o de transmitir informações
sobre diferentes olhares
53
estu
do d
e ca
so :
: Te
lelis
tas
Campanha online
desenvolvida por Suzana
Apelbaum para Trident.
Apesar de não ser um e-card
tradicional, funcionava como
tal, por ser um vídeo divertido
que os amigos repassavam
entre si.
53
em Telecomunicações Interativas e um dos primeiros
brasileiros a trabalhar com internet, “a marca precisa
se comportar na internet de forma semelhante ao
mundo offline, mas sem ser uma simples adaptação.
Precisa ser uma releitura adequada”. Qual sua opi-
nião sobre a representatividade de uma empresa na
internet? Qual é a postura da TeleListas na web?
VeR: No caso da TeleListas, a empresa tinha como
principal produto a lista impressa, que existe até hoje. Com
o crescimento web no Brasil, nosso foco passou a ser a in-
ternet, onde é possível encontrar as mesmas informações
que existem nas listas, só que de forma mais rápida e fácil
– de acordo com a linguagem da web. Por se tratarem de
mídias diferentes, não poderíamos associar nosso portal
online à lista impressa, porém tínhamos que disponibilizar
o mesmo serviço encontrado na lista.
WD: Quando se pensa no portal TeleListas.net,
imagina-se um prestador de serviços prático e obje-
tivo, simplesmente. Porém, quando o usuário acessa
o www.telelistas.com.br, ele se depara com mais
informações do que se imaginava: são matérias e
enquetes sobre assuntos atuais; guias de serviços
variados, e, até mesmo, homenagens a personali-
dades. Como se deu a escolha das seções? Quais são
as de maior sucesso?
VeR: Os guias de automóveis, restaurantes, medicina
e saúde e cidadão (em breve, teremos o turístico), ape-
sar de serem heranças da lista impressa, têm um formato
totalmente diferente. Agregamos a eles informações que
fazem com que o usuário encontre tudo o que precisa por ali
mesmo. Ao buscar um serviço, ele acaba se deparando com
notícias relevantes, que tornam esse visitante cada vez mais
fiel ao site. As enquetes são uma forma de conhecer melhor
nosso público e interagir com ele, cerca de três mil usuários
participam delas semanalmente. As seções de maior sucesso
são as matérias dos guias, as receitas, os cartões virtuais,
as enquetes e os mapas digitais.
WD: E, por falar nas seções do site, a TeleListas
está homenageando o centenário de Erico Verissimo
com um hotsite sobre o escritor, fruto de uma par-
ceria entre o Circuito Cultural TeleListas e o Centro
Cultural CEEE Erico Verissimo. Fale sobre a atuação
da Cultura no site e sobre a criação do hotsite em
homenagem ao escritor.
VeR: A TeleListas é uma empresa 100% nacional que
investe na cultura. Através de ações locais, ela faz seu papel
de empresa cidadã valorizando e disseminando a cultura
do país. Assim como o hotsite do Erico Verissimo, foram
desenvolvidos o hotsite do Candido Portinari, Patativa do
www.telelistas.com.br
Todas as modi cações ocorreram pelas
necessidades encontradas através de
canais de interação (Enquetes, Fale
Conosco, Opine, SAC) com o nosso público
O conteúdo é sempre um diferencial,
mesmo sendo um site de serviços
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Assaré, JK (Juscelino Kubitschek) e 310 anos da cidade de
Curitiba (PR).
WD: Imagino que, por se tratar de um presta-
dor de serviços acima de tudo, o site tenha sim a
preocupação de mostrar um conteúdo diversificado,
porém sempre objetivo para atender ao usuário que
o acessa, basicamente, para buscar informações tam-
bém objetivas. Sendo assim, como é feita a escolha
dos temas? Quais são as prioridades para a página
principal?
VeR: Se a referência da escolha dos temas diz respeito
às matérias, o que a equipe de conteúdo faz com freqüência
é analisar as mais lidas, os temas que causam mais impacto,
além de escutar as sugestões diárias dos leitores/usuários.
A página principal é atualizada com as matérias de maior
destaque.
WD: Buscando justamente atender ao usuário
com praticidade e objetividade, que recursos são
utilizados para trazer leveza ao site, além de uma
dinâmica às seções? Quais são as técnicas utilizadas
no site?
VeR: As páginas do site e ferramentas internas foram
criadas utilizando ASP.NET. Para o armazenamento dos da-
dos, utilizamos o banco de dados SQL Server 2000.
Passamos a utilizar folha de estilos, o que diminuiu
consideravelmente o tamanho do código, e a quantidade
de tags HTML. Otimizamos todas as imagens que são
produzidas na empresa e precisam estar online, definimos
tamanhos-padrão para a publicidade. A navegação foi
reestruturada, evitando páginas intermediárias sem
função.
Hotsite criado para homenagear o escritor Erico Verissimo
Para cada guia foram de nidas cores que
estimulam o sentimento de estar em um
ambiente diferenciado e associado ao
serviço, de forma a fortalecer sua idéia.
WD: E quanto ao visual... Como se dá a escolha
das cores e das imagens?
VeR: A empresa possui como cores principais o laranja
e o azul, sendo cores contrastantes e fortes, causando im-
pacto visual e fortificando nosso nome e identidade. Na
home do portal, usamos as cores da empresa para definir-
mos as diferentes seções e serviços; separamos as seções
de grande importância com tonalidades fortes, chamando
a atenção do usuário. Nas seções secundárias, colocamos
cores neutras, evitando uma poluição visual e o excesso de
cores. Para cada guia foram definidas cores que estimulam
o sentimento de estar em um ambiente diferenciado e as-
sociado ao serviço, de forma a fortalecer sua idéia.
WD: Com o surgimento de um conteúdo diferen-
ciado, houve um aumento do número de visitantes?
Fale também sobre o tempo de visita, se o mesmo
usuário costuma voltar ao site etc.
VeR: O aumento vem sendo progressivo. Para se ter
uma idéia, em outubro do ano passado, a média mensal era
de 700 mil visitantes únicos; em agosto deste ano, foram
1,2 milhão. O conteúdo é sempre um diferencial, mesmo
sendo um site de serviços (objetivo específico). Percebemos
pelas estatísticas que os usuários têm o hábito de ler, bus-
car receitas, enviar cartões, responder enquetes, ou seja,
quem está na rede tece suas teias, uns entram e realizam
pesquisas, outros pesquisam e lêem, e outros só lêem.
A psicologia explica?
estu
do d
e ca
so :
: Te
lelis
tas
54
55
tuto
rial
Incluindo CSS em seu projeto web
Dando continuidade ao Tutorial do CSS, nesta segunda
e última parte aprenderemos como incluir o CSS em seu
projeto na web.
Antigamente, colocávamos as formatações no próprio
código, conforme podemos observar no exemplo abaixo:
...
<body bgcolor=”#FFFFFF”>
<table border=”0” cellpadding=”7” cellspacing=”0”
width=”78%”>
<tr>
<td align=”justify” colspan=”3” valign=”top”
bgcolor=”#000066”>
<p>
<font color=”#FFFFFF” size=”7”
face=”Helvetica, sans-serif, Arial”>Cursos</font>
</p>
</td>
</tr>
<tr>
<td rowspan=”4” valign=”top” bgcol-
or=”#000066” width=”20%”>
<p>
<b><font face=”Helvetica, sans-serif, Arial”
color=”#FFFFFF”>Cursos de WebDesigner:</font></b>
...
No código acima, podemos observar diversas ocor-
rências de inclusão de elementos de formatação. Esta é
uma forma que, infelizmente, ainda é muito encontrada em
páginas na Web.
Evoluindo no caminho certo, observamos no exemplo a
seguir, como poderemos escrever menos linhas com os mes-
mos resultados visuais encontrados no exemplo acima.
...
<head>
<title>
Minha Home Page
</title>
<style type=”text/css”>
body {background-color:#FFFFFF}
.logo {color:#FFFFFF;font-size:46pt;font-family:hel-
vetica, arial, sans-serif,;}
.cabecalho1,.link {color:#FFFFFF;font-family:helvetica,
sans-serif, arial;}
. cabecalho2 {color:#FF0000;font-family:helvetica,
sans-serif, arial;font-weight:bold;}
. cabecalho3 {font-family:helvetica, sans-serif,
arial;font-weight:bold;}
.azul {background-color:#000066;}
</style>
</head>
...
Com isso, estamos alcançando nosso objetivo, sepa-
rando a formatação do seu conteúdo, mas ainda existe
um problema. Os códigos, apesar de separados, estão no
mesmo arquivo.
CSS permite que o HTML ou o XHTML volte ao seu
objetivo original, ou seja, em seu conteúdo. Separando o
conteúdo da exibição, o CSS permite uma nova maneira e
facilita a vida dos designers e desenvolvedores.
Padrões Web 5A ampliação do HTML desembocou na famigerada “guerra dos browsers”, na qual cada fabricante desenvolvia, ao seu juízo, uma solução própria para facilidades
de renderização e interpretação da linguagem de marcação.
O W3C, percebendo o rumo caótico para onde se encaminhava a internet, não vem economizando esforços para alcançar uma maior padronização. Padronização
de softwares, de hardwares, de códigos de dispositivos, en m, de todo componente relacionado à web.
Uma padronização que garanta compatibilidade com dispositivos em uso, com dispositivos futuros, e que garanta servir um único código não só para diferentes
navegadores e resoluções de monitor, como também para diferentes mídias, dispositivos especiais e agentes de usuários os mais diversos.
Prof. Everaldo Bechara e Prof. Maurício Samy SilvaProfessores do Centro de Treinamento iLearn [email protected]
56
Logo, devemos nos acostumar a usar o CSS para con-
trolar a exibição. Quando eu digo “exibição”, são todas as
formas de exibição, inclusive layout. Uma, duas ou três
colunas são formas de layouts, portanto controladas pelo
CSS. Sei que é meio intrigante no início e para muitos que
estão acostumados a desenvolver layouts não entenderão
no início como um arquivo CSS tem tanto “poder” assim.
Na evolução natural do XHTML, muitos elementos de
formatação serão eliminados, portanto veja como o W3C está
direcionando a Web e como você está no caminho certo.
Vantagens de separar estilo de conteúdo
Com a introdução do XML (metalinguagem do XHTML),
a exibição de dados se torna única e a formatação é atribuí-
da as folhas de estilo.
Esta separação é fundamental, pois permite aos desen-
volvedores um controle muito maior que antes, conseguindo
assim, diversas vantagens, como descreveremos abaixo:
Legibilidade
É muito mais fácil e lógico manter seu site com as fo-
lhas de estilos, pois com os códigos cada vez maiores, ima-
gine com tudo isso (apresentação + conteúdo) misturado?!
Quando der algum problema, você ficará louco procurando
em uma quantidade muito grande de linhas.
Com as folhas de estilos, tudo ficará mais simples. Se
o problema for detectado como sendo de apresentação,
basta analisar o CSS. Caso o problema seja de conteúdo,
analisaremos o XHTML. Simples, não.
Pode imaginar como a manutenção de seu projeto Web
irá ganhar de tempo e em produtividade?
Otimização de código
Imagine uma empresa com vários departamentos. Ao
criarmos uma folha de estilo, ali estará toda a identidade
visual desta empresa. Assim, o arquivo CSS poderá ser en-
caminhado para diversos setores, criadores de conteúdo
desta empresa, com a garantia que todas as páginas estarão
seguindo a mesma identidade visual.
Uma matriz poderá encaminhar este CSS para todas as
suas filiais espalhadas pelo mundo. Isso não é sonho. Isso
já acontece com algumas empresas globalizadas. Isso sig-
nifica economia, qualidade e otimização dos recursos.
Dispositivos
A possibilidade de visualizarmos nossos sites em disposi-
tivos diversos é uma realidade. PDAs, celulares ou mesmo em
dispositivos lançados por empresas que fogem aos padrões
de design que estamos acostumados, acessam a Web. Desta
forma, ser acessível aos dispositivos hoje existentes é uma
obrigação de todos os designers e desenvolvedores.
Quando um dispositivo não interpreta o CSS, o conteú-
do desta página passa a ser visualizado sem a formatação.
Veja, por exemplo, um site visualizado pelo browser Firefox
com a barra de desenvolvedor instalada. A visão do site para
desktop (computador tradicional) é apresentada a seguir.
Figura 1 - Página home do site de Eric Meyer
www.meyerweb.com
Agora, vamos visualizar esta mesma página, como se
estivéssemos em um dispositivo que acesse a internet, mas
que não dá suporte ao CSS.
A imagem abaixo exibe a seguinte situação: mesmo
não acessando e interpretando o CSS, o documento conti-
nua acessível, ou seja, a página analisada poderá ser visu-
alizada e seu conteúdo estará disponível para leitura.
Figura 2 - Página home do site de Eric Meyer
visto por um dispositivo sem a implementação do CSS
tuto
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tuto
rial
Este recurso é muito interessante e importante aos
desenvolvedores Web.
Fundamentos do CSS - continuação
Valores e unidades
Unidades de cor
Propriedades de fundo, cor de texto etc podem as-
sumir diversas cores diferentes. Uma forma de atribuirmos
as cores aos elementos desejados é pelo nome. Embora
não seja aconselhável tal utilização, ainda é possível.
Nomes como RED, BLUE, AQUA etc. Esta forma é
bastante conhecida para quem já trabalha com HTML.
Uma outra forma é a utilização do código hexadeci-
mal, ou seja, representando o RGB. FFFFFF significa FF
para R (Red), outra seqüência de FF para o G (Green) e
a última seqüência de FF para o B (Blue). Ou seja, uma
cor como a preta é representada por #000000, ausência
de cor. R (00) + G (00) + B (00) = Preto.
Como existe a repetição de caracter no R, no G e no
B, podemos abreviar para #000. Neste sentido, se tenho
um componente com #EE5511, então posso representá-
la da seguinte forma: #E51. Melhor e menos código.
Unidades de tamanho
Muitas propriedades utilizam unidades de tama-
nho como valores, podendo ser positivo ou negativo
(menos para algumas propriedades que restringem o
uso do negativo).
As unidades de tamanho estão descritas abaixo:Nome AbreviaçãoEme emPolegada inEx exPaica pcPonto ptPixel pxMilímetro mmCentímetro CmPorcentagem %
Figura 3 – Tabela dos tamanhos possíveis
Propriedade de texto
A quantidade de propriedades dedicadas a for-
matação básica de um conteúdo é muitíssima grande.
Vertical-align, text-align, text-decoration, text-indent,
text-transform, word-spacing, letter-spacing, white-
space, text-shadow, font-size-adjust e font-stretch,
além de direction e unicode-bidi, duas formas de con-
trolar a direção do texto.
Veja o exemplo a seguir:
<head>
<title>Exemplos</title>
<style type=”text/css”>
p {
letter-spacing:1em;
word-spacing:1em
}
</style>
</head>
<body>
<p>Veja este exemplo de texto.</p>
</body>
Veja o resultado do código anterior no browser
V e j a e s t e e x e m p l o d e t e x t o
Caixas e bordas
Existem várias propriedades para manipular a exi-
bição de caixas e bordas. Display, height, width, float,
clear, border-top-width, border-right-width, border-left-
width, border-color, border-style, border-top, border-
bottom, border-left, border-right, border, margin-top,
margin-left, margin-bottom, margin-right, margin,
padding-top, padding-left, padding-bottom, padding-
right e padding.
Veja o exemplo:
<head>
<title>Documento XHTML</title>
<style type=”text/css”>
ul {
background: aqua;
margin: 10px 10px 10px 10px;
padding: 3px 3px 3px 3px;
}
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tuto
rial
li {
color: black;
margin: 10px 10px 10px 10px;
padding: 12px 0px 12px 12px;
list-style: none;
}
li.border {
border-style: dashed;
border-width: medium;
border-color: black;
}
</style>
</head>
<body>
<ul>
<li>Itens da Lista</li>
<li class=”border”> Itens da Lista</li>
</ul>
</body>
Veja o resultado
Incluindo CSS em documentos XHTML
Ter como arquivo externo o CSS, ou seja, a for-
matação é muito produtiva, pois como vimos, um único
arquivo poderá ser utilizado por centenas de páginas
HTML ou XHTML.
Vamos aprender agora como incluir nosso arquivo
CSS em documentos XHTML.
Existem quatro formas de incluirmos estilo em suas
páginas. Então, vamos conhecê-las.
Link
Importar
Regras de estilo no corpo do XHTML
Regras de estilo no elemento head
Vejamos o exemplo abaixo. Neste código identifi-
caremos as três formas de adição de estilos.
<?xml version=”1.0” ?>
<!DOCTYPE html PUBLIC “-//W3C//DTD XHTML
1.0 Strict//EN” “http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/
xhtml1-strict.dtd”>
<html xmlns=”http://www.w3.org/1999/xhtml”
xml:lang=”en” lang=”en”>
<head>
<title>Folha de Estilo</title>
<!-- Chamada a arquivo externo - Link -->
<link rel=”stylesheet” type=”text/css”
href=”file.css” />
<!-- Chamada através da importação -->
<style type=”text/css”>
@import “file.css”;
body {
color:green;
font-weight:bold;
}
</style>
</head>
<body>
<p>Texto em negrito e verde.</p>
<!-- trodução de estilo inline, ou seja, no corpo do
XHTML -->
<p style=”color: red”>Texto em vermelho.</
p>
</body>
</html>
Ótimo, agora que passamos a conhecer mais sobre
o CSS e seu poder, tente implementá-lo em seu próximo
projeto e boa sorte! Até o próximo tutorial.
59
60
Redação online não possui reserva de mercado. O que significa que não apenas jor-
nalistas podem escrever para a web, mas todos aqueles que precisam elaborar textos para
a Rede.
Sinto muito àqueles que acreditam que é necessário formação em Jornalismo para
tornar-se um redator (isto funciona – e bem – em outras mídias), mas na internet o canudo
ficou em segundo plano.
Por que? Há dois motivos bem simples.
Em primeiro lugar, redação na Rede vai muito além de veículos informativos como
jornais e revistas. Há sites de comércio eletrônico, de entretenimento, páginas financeiras,
portais, blogs e até mecanismos de busca que utilizam, e bastante, o trabalho de redação.
Nestes ambientes, o que vale mesmo é o talento, e muitíssimas vezes o conhecimento sobre
algum assunto específico.
O outro motivo que coloca o canudo em segundo lugar no pódio é a necessidade. São
administradores de empresas, economistas, engenheiros, técnicos em informática e até
médicos que se vêem obrigados, no dia-a-dia das empresas, a lidar com a redação online,
seja incluindo conteúdo em sites intranet ou alimentando sites internet.
Em resumo, escrever para a web é possível e acessível a todos – e basta pensar só
um pouquinho para perceber que este ímpeto de liberdade é nada mais, nada menos, que
a filosofia de toda a internet.
Abaixo estão as categorias de webwriters que estão invadindo o mercado de redação
online, e estarão no topo em pouco tempo.
• Profissionais de Humanas, em geral - Estão mudando de área para mergulhar
de cabeça no webwriting. Nesta categoria está, principalmente, um número considerável
de pessoas que migraram do mercado de Letras e estão fazendo belíssimos trabalhos.
• Jornalistas da Velha Guarda - São profissionais que têm experiência de sobra e
mente aberta o bastante para perceber que existe, sim, uma maneira especial de trabalhar
a informação para a web, e batem uma bola redondinha com quem está saindo do forno
das universidades. Só de olhar já dá gosto.
• Redatores Publicitários - Eles têm uma vantagem imensa na Rede se com-
parados aos jornalistas. Afinal, texto publicitário é 100% persuasão, e é ela quem dita as
regras na web.
• Usuários Comuns - É dono de um blog ou de site pessoal. Como ninguém gosta
Bruno RodriguesAutor do primeiro livro brasileiro e terceiro no mundo sobre conteúdo online, intitulado
“Webwriting - Pensando o texto para a mídia digital”. É coordenador de informação do website
Petrobras e titular da primeira coluna sobre Webwriting no mundo, elaborada desde 1998 e hoje
veiculada na revista online “WebInsider”. Ministra treinamento de Webwriting e Arquitetura da
Informação no Brasil e no exterior.
Todos podem escrever!
web
wri
tin
g
61
“Sinto muito àqueles que acreditam que é necessário formação em Jornalismo para tornar-se um redator, mas na internet o canudo cou em segundo plano. ”
de fazer feio, os trabalhos costumam ser caprichados, e por vezes alcançam o sucesso apenas com o boca-a-boca. Neste
processo, é essencial entender como se comporta a informação online.
Em tempo: é a pura verdade que nada supera o talento, a vocação e a experiência.
Os profissionais de Comunicação estão na dianteira quando o assunto é escrita, seja para a web ou não – afinal,
nesta área respira-se (em teoria) redação.
Ainda assim, é bom tomar cuidado...
***********************************
Meu workshop sobre Webwriting & Arquitetura da Informação chega a São Paulo e Florianópolis neste final de ano.
Na capital paulista estarei em 22/11 - para informações, basta ligar para 0xx 11 3283-4588 ou enviar um email para
[email protected]. Em Florianópolis, estarei, no dia 12/12, no Instituto Stela, 0xx 48 239-2559 ou email [email protected].
Até mês que vem!
web
wri
tin
g
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Marcela CatundaTrabalhou na TV Globo, TV Bandeirantes, TV Gazeta, Manchete e SBT. Foi redatora da DM9DDB e
Supervisora de Criação de Mídia Interativa da Publicis Salles Norton.
É sócia do site Banheiro Feminino, está no Orkut e trabalha como autônoma.
A cigana leu o meu destino...bula
da
Cat
un
da
Eu sempre fui chegada num universo astrológico, numas cartas de tarô, num I Ching
básico e mais recentemente andei emprestando minhas mãos ao talento de um vidente. E
tudo isso sempre à procura da tal resposta: O que será do meu futuro?
Esse clima todo de final de ano deixa a gente com aquela vontade de saber se o
próximo vai ser melhor. Tudo que sei de 2005, por enquanto, é que ele será mais um ano
sem décimo terceiro, sem poder se atirar nas prestações, sem poder passar na frente das
grandes lojas de departamento, quer dizer, passar na frente até que eu posso, só não posso
é entrar. Isso, de jeito nenhum. Nem morta.
Será que minha vida de freela modelo 2006 será mais animada? Mais lucrativa? Mais
interessante? Tumultuada? Divertida? Enquanto 2006 não chega, encaro esse dois mil e
cinco de frente.
Entre um marasmo e outro na tal entressafra de freelas, procuro elevar meu espírito
aos píncaros do autocontrole enquanto repito o mantra: O próximo mês vai ser melhor.
O próximo mês vai ser melhor. O próximo mês vai ser melhor. Se o próximo mês não for
melhor, eu vou dançar. O próximo mês vai ser melhor. Aoooom!!!
Aproveito os tempos de freelas tranqüilos para escrever e me dedicar àqueles projetos
pessoais como: fazer um roteiro de um longa, ir ao dentista, limpar gavetas, pensar no refe-
rendo das armas, assistir a nova velha novela de depois do almoço e aos velhos episódios
do Chaves (que eu adoro). Essas coisas deliciosas, que a vida de freela nos permite quando
não estamos tomados de trabalhos para ontem.
Buracos na vida de freela. Cuidado!
É. Quando eu escrevi lá do tal mantra eu tava falando sério, ou quase. Porque na tal
da entressafra pinta cada freela roubada que vou te contar. Tem coisa que tá mais pra
“friia” do que pra freela.
- E aí Catunda, ferradona? – diz um cliente ao telefone.
- Especifique o ferradona – peço suplicando por uma resposta.
- Ferradona, querida. Sem trabalho. Precisando de algum? – responde.
- Especifique o “algum” - suplico quase aos prantos.
Depois de escutar a proposta indecorosa e descobrir que o algum era praticamente
nenhum, entenda-se nenhum dinheiro, desligo o telefone um tanto irritada enquanto lanço
ao universo o mantra: O próximo mês vai ser melhor. O próximo mês vai ser melhor. O
próximo mês vai ser melhor. Eu não estou ferrada. O próximo mês vai ser melhor. Eu não
63
sou querida desse cara. O próximo mês vai ser melhor.
Quando as coisas não estão agitadas na vida de um
freela é preciso tomar muito cuidado para não pegar a
primeira coisa que aparecer pela frente. Essa coisa pode
custar caro, muito caro. Caríssimo e daí seu desespero vai
fazer de você um escravo de um job porcaria que vai durar
séculos, como tudo que é ruim e não acaba nunca. Por isso,
não caia na primeira roubada que surgir em seu caminho.
Ser freela é também saber esperar. Se conseguir, espere.
Tem hora que me sinto uma David Copperfield do
mundo dos freelas. Do nada eu levito, faço uma gasolina
surgir no meu tanque, o telefone toca, um cliente aparece,
um roteiro reeditado surge, um pagamento atrasado cai na
conta, um amigo me indica pra alguma coisa e pronto, faz-
se a mágica e a tal luz no fim do túnel dá lugar a um trem de
algumas coisas para aliviar o mês que até então anunciava
ser um fiasco.
Escuto a tal Madoninha Capixaba e sua versão de Like a
Virgin e vejo enquanto a escuto, que nem tudo está perdido.
É preciso buscar forças onde quer que elas estejam.
“ Quando as coisas não estão agitadas na vida de um freela é preciso tomar muito cuidado para não pegar a primeira coisa que aparecer pela frente. Essa coisa pode custar caro, muito caro. ”
bula
da
Cat
un
da
- E aí Catunda? Tudo certo? Então, uma amiga minha
tá precisando de uma roteirista pra um freela. Parece bem
legal. Posso indicar você? – diz um amigo ao telefone.
E então passo a mão numa canetinha e anoto o
endereço da tal agência que pode ser mais uma grande
parceira. Liguei, marquei a reunião, fui e cá estou eu e mais
um freela.
Por isso, aqui vai uma dica valiosa para quem, assim
como eu, encara a dura vida do freelar: tenha amigos.
Porque se na pior das hipóteses eles não te indicarem
pra algum trabalho, você terá pelo menos, ótimas com-
panhias para as tardes de calmaria. E nada melhor do que
amigos e um saco de pipocas.
O telefone tá tocando. Será que é mais um freela?
O próximo mês vai ser melhor? O próximo mês vai ser
melhor? O próximo mês vai ser melhor. O próximo mês vai
ser melhor. Aoooom!!!
64
Marcos NährWeb technologist do departamento de marketing da Dell Computadores.
Responsável pelo desenvolvimento do site e loja online da Dell Computadores no Brasil.
usa
bilid
ade
Design tem sexo? Sabemos que homens e mulheres possuem preferências estéticas diferentes, disto
não há dúvidas. Mas será que um designer, ao produzir o layout de um website, carrega
consigo estas preferências? E mais, será que o usuário desta página pode ser positiva ou
negativamente afetado pelo estilo (masculino ou feminino) do design?
Um estudo recente conduzido por especialistas da Universidade de Glamorgan, na
Inglaterra, demonstrou que homens e mulheres são realmente pólos opostos quando se
leva em conta o que prende a atenção deles na internet.
Ao estudar o que homens e mulheres acham esteticamente atrativo quando navegam
na web, descobriu-se que o que atrai o público de um sexo pode não ter apelo algum para
o do outro sexo.
Com a internet dobrando de tamanho a cada dois ou três meses, é cada vez mais
importante para os websites atrair a atenção do seu público-alvo específico, do seu
mercado-alvo.
O estudo foi feito analisando-se websites criados por 60 estudantes universitários (30
mulheres e 30 homens) para averiguar se existia alguma grande diferença no design. Foram
avaliados, entre outros, aspectos como linguagem, estética e navegação. As diferenças
ficaram aparentes de forma imediata. No total, foram levados em conta 23 diferentes
aspectos nas análises e foram encontradas diferenças em praticamente metade deles.
Nos aspectos visuais, os homens preferem, em sua maioria, linhas retas, poucas
cores além de fontes formais. Quanto à linguagem empregada pelos homens, houve
uma predileção pela mais formal e técnica, com poucas abreviações e uma tendência a
autopromoção.
Uma seleção de sites da universidade foi apresentada a um grupo de ambos os sexos
que deveriam dar notas para os sites que achassem mais interessantes e atraentes. Em
praticamente todos os casos, as mulheres preferiam os sites desenvolvidos por mulheres
e o mesmo valia para os homens, que apontavam o design dos sites desenvolvidos por
homens.
Não há dúvida em relação à força da preferência de homens e mulheres aos sites
produzidos por pessoas do mesmo sexo. Os pesquisadores aplicaram posteriormente
estes dados para medir os valores estéticos de websites de 32 instituições educacionais
da Inglaterra.
65
“...homens e mulheres são realmente pólos opostos quando se leva em conta o que prende a atenção deles na internet.”
usa
bilid
ade
Apesar de o público destas instituições ser relativamente
equilibrado (proporção entre homens e mulheres), os
resultados demonstraram que 94% destes sites ostentavam
uma orientação de design masculino e apenas 2%
apresentavam uma orientação tipicamente feminina.
Analisando quem desenvolveu estes sites descobriu-se
que 74% eram formados de equipes predominantemente
masculinos e 7% apenas de times femininos de designers.
A pesquisa detectou que as organizações educacionais
britânicas não estão levando em conta no desenvolvimento
estes aspectos, ou seja, não estão preocupadas em tornar
seus websites atrativos para todo o seu público-alvo. Isto
leva a pensarmos que o mesmo deve estar acontecendo com
os sites comerciais.
Se as visitas aos sites precisam ser aumentadas, será
necessária mais atenção à produção estética. Levando-
se em conta a forte tendência de cada sexo de preferir
os resultados do design do seu próprio sexo, não faz
sentido tentar atrair mulheres usando uma estética que é
notoriamente masculina.
Para reforçar o estudo, foi escolhida uma série de
websites de estudantes da França e Polônia, onde foram
encontrados resultados semelhantes aos da Inglaterra,
reforçando a idéia de que estes dados têm implicações
globais nos websites e por isto devem ser levados em
conta.
Estes achados se tornam importantes na medida
em que 78% dos sites orientados à beleza feminina
na Europa apresentam um design produzido por times
predominantemente masculinos.
Não acredito, no entanto, que sites para um público
feminino devam ser desenvolvidos exclusivamente por
designers do sexo feminino, nem sites para homens por
designers do sexo masculino. Mas os resultados desta
pesquisa deixam claro que este é um aspecto da produção de
websites que deve ser cada vez mais levado em conta.
XLink do estudo
http://www.glam.ac.uk/news/releases/003056.php
66