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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

Tempo de crescimentoe aprendizagemTempo de crescimentoe aprendizagem

Conselho Editorial

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A Revista Canavieiros chega a sua8ª edição com a sensação de de-

ver cumprido. Os leitores que acompa-nharam mensalmente as edições pude-ram observar que a proposta editorialde informar os produtores de cana vemsendo cumprida rigorosamente. Nãomedimos esforços para conseguir in-formações de produtos e equipamen-tos inovadores, que possam baratearcusto de produção e ajudar o agricul-tor na prática. Neste mês, firmamos comos leitores novamente a nossa propos-ta: informar o setor sucroalcooleiro econtribuir para o seu desenvolvimen-to.

A reportagem de capa deste mês traz oplantio da cana-de-açúcar e os cami-nhos a serem seguidos para alcançaralta produtividade. É na hora de plan-tar que o agricultor deve tomar muitocuidado, pois um erro no planejamentoou na execução dos processos podemcomprometer a produtividade e alongevidade do canavial.

O entrevistado deste mês é o empresá-rio Antonio Eduardo Tonielo, que tam-bém é presidente da Copercana, Cocrede Sindicato Rural de Sertãozinho.Tonielo falou sobre cooperativismo,agronegócio, biodiesel, cana, açúcar eálcool. Otimista com o momento peloqual atravessa o agronegócio brasilei-ro, Tonielo afirma que o Brasil está pron-to para crescer e atender algumas ne-cessidades mundiais.

O artigo publicado no “Ponto de Vis-ta” é do atual presidente da SRB (Soci-edade Rural Brasileira), CesárioRamalho que discorre sobre a agricul-tura no PAC (Programa de Aceleraçãodo Crescimento) lançado recentemen-te pelo presidente Lula. Ramalho afir-ma que o programa não traz nenhuma

medida direta para o setor agrícola, quesegundo ele é o segmento que maiscontribui para a economia do país.

Nas páginas da Copercana, a ediçãode fevereiro traz a participação da coo-perativa em feiras e eventos. Destaquetambém para a Copercana Seguros querecebeu prêmio de bonificação pelodesempenho em 2006. A Canaoeste trazinformações sobre a AGO (AssembléiaGeral Ordinária). Uma comitiva alemãtambém esteve na sede da associaçãoem fevereiro e a participação do presi-dente, Manoel Ortolan, na primeira reu-nião de 2007, realizada pelo ConselhoSuperior de Agronegócio da FIESP, quecontou inclusive com a participação doministro da Agricultura, Luiz CarlosGuedes Pinto. O gerente geral daCocred, Márcio Fernando Meloni, quetambém é diretor do Cooperativismo deCrédito da Ocesp e presidente da CredCopercana escreveu um artigo sobre ocrescimento do cooperativismo de cré-dito e apontou medidas que precisamser tomadas para desatar algumas amar-ras que dificultam a obtenção de recur-sos.

Nas reportagens técnicas, aCanavieiros traz informações sobre a“Estria Vermelha”, uma doença que ata-ca os canaviais paulistas. As informa-ções setoriais apresentam as chuvas eprognósticos climáticos do mês de ja-neiro. Na editoria Legislação é apresen-tado as últimas informações sobre asleis que afetam a queima da palha dacana-de-açúcar.

Para finalizar, uma surpresa na coluna“Antes da Porteira”: cooperado daCocred afirma que “limão é mais doceque laranja”. Será?

Boa leitura

Editorial

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

Antes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da Porteira

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

O doce sabor do Limão

Cocred cresce mais de1.200% em dez anos

Comitiva alemã é recebida naCanaoeste

Plantio: caminhospara uma altaprodutividade

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana e Massey Fergusonrealizam dia de negócios

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

LEGISLAÇÃO

PRAGAS E DOENÇAS

CULTURAS DEROTAÇÃO

CULTURA

CLASSIFICADOS

AGENDE-SE

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EQUIPE DE JORNALISMO:Carla Rossini – MTb 39.788

Cristiane Barão – MTb 31.814Marino Guerra – MTb 39.180

PROJETO GRÁFICO EDIAGRAMAÇÃO:

Rafael Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Marino Guerra

COMERCIAL E PUBLICIDADE:Daniella Felício

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Artur Sandrin, Carla Rossini, DaniellaFelicio, Daniel Pelanda, Letícia Pignata,

Marino Guerra, Rafael Mermejo, RobertaFaria da Silva, Tatiana Sicchieri.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:6.000 exemplares

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associa-

dos e fornecedores do SistemaCopercana, Canaoeste e Cocred. As

matérias assinadas são de responsabili-dade dos autores. A reprodução parcial

desta revista é autorizada, desde quecitada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

Ponto de VistaPonto de VistaPonto de VistaPonto de VistaPonto de Vista

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Presidente da SociedadeRural Brasileira (SRB)

Cesário Ramalho

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Presidente da Copercana,Cocred e doSindicato Rural deSertãozinho.

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

Antonio Eduardo Tonielo

Planejamento eexecução eficaz

Cooperado da Cocred investena produção e exportação de lima ácida

NOVASTECNOLOGIASP g .P g .P g .P g .P g . 3 23 23 23 23 2

REPERCUTIUP g .P g .P g .P g .P g . 3 73 73 73 73 7

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Antonio Eduardo TonieloPresidente da Copercana, Cocred e doSindicato Rural de Sertãozinho.

Entrevista

"O BRASIL ESTÁPRONTO PARACRESCER"

A declaração é do presidenteda Copercana, Cocred e Sin-

dicato Rural de Sertãozinho, AntonioEduardo Tonielo. À frente das insti-tuições há mais de trinta anos, Tonielo,que também é empresário do setorsucroalcooleiro, acumula conhecimen-tos e experiências que foram transmi-tidas à Revista Canavieiros.

O empresário AntonioEduardo Tonielo é sócio-proprietário das UsinasSanta Inês (Sertãozinho),Virálcool (Pitangueiras) eVirálcool II (Castilho). Éconselheiro da UNICA epresidente da Copercana(Cooperativa dosPlantadores de Cana doOeste do Estado de SãoPaulo), Cocred (Coopera-tiva dos Plantadores deCana de Sertãozinho) e doSindicato Rural deSertãozinho.

Perfil

Carla Rossini

Durante a entrevista, Tonielofalou sobre cooperativismo, agro-negócio, biodiesel, cana, açúcar eálcool. Otimista com o momentopelo qual atravessa o agronegóciobrasileiro, Tonielo afirma que oBrasil está pronto para crescer eatender algumas necessidadesmundiais.

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Entrevista

Revista Canavieiros: De formageral, qual é o cenário que está sedesenhando para o agronegócio, nosegundo mandato do presidenteLula?

Antonio Eduardo Tonielo: Eu pen-so que o agronegócio não está de-pendendo muito da política do go-verno Lula, uma vez que o mundoestá voltado para novos combustí-veis à base de soja, milho, cana etc.Nós esperávamos passar por muitasdificuldades, principalmente os pro-dutores de grãos, mas graças à ex-pansão do álcool e o mundo estarolhando as energias renováveis commais entusiasmo, como o biodiesel,por exemplo, os grãos tiveram umimpulso e hoje já temos reflexos mui-to bons. Já mudou o cenário para sojae o milho. Por isso eu penso que ogoverno Lula não terá tanta influên-cia, uma vez que o mundo está preci-sando de mais comida e de maisenergia. Isso é muito importantepara o nosso país, que está pron-to para dar uma resposta. Nós es-tivemos estagnados com a pro-dução agrícola e agora o Brasilestá pronto para crescer. O mun-do está mais interessado pelonosso negócio.

Revista Canavieiros: Como osenhor avalia a atuação docooperativismo em 2006 para ofortalecimento do setor produti-vo?

Antonio Eduardo Tonielo: Dascooperativas que existem hoje noBrasil, a maior parte é de pequenoporte. Essas cooperativas, principal-mente as de crédito, tem problemaspara se manter. Hoje, com dinheiro acusto mais baixo, as cooperativas têmuma despesa relativamente grande euma receita pequena. Agora, as gran-des cooperativas, que têm maioresvolumes de negócios, não terão pro-blemas. E, nesse caso, podemos ci-tar a Cocred, Credicitrus, CredCarol,Credcoonai e várias outras. Eu digoisso porque, com os juros em queda,fica mais difícil para as cooperativasde crédito. Já para as cooperativasde consumo, o cenário é o inverso:com as taxas em queda, elas terãomais recursos para repassar aos co-

operados, que, por suavez, vão se endividar me-nos e podem melhorarsuas receitas com os pro-dutos. Mas tudo isso nãoatinge a Cocred, que estábem estruturada, tem re-torno bom e isso é muitoimportante para o nossosetor e para a nossa re-gião.

Revista Canavieiros: Como ascooperativas precisam agir paraacompanhar o crescimento no seg-mento de bioenergia?

Antonio Eduardo Tonielo: Euacho que as cooperativas conseguemse manter fácil, o grande problemasão os cooperados. Uma cooperati-va só tem problema quando o coo-perado está com problema. O desen-volvimento do segmento de

bioenergia vai permitir aos produto-res (cooperados) melhorar suas con-dições de vida porque terão comoplantar mais para atender ao merca-do e terão mais dinheiro para pagarsuas contas. Hoje, é viável para oprodutor trabalhar com juros de8,75% ao ano e assim ele pode in-vestir mais. Para a cooperativa tam-bém é excelente porque isso signifi-ca melhoria nas receitas.

Revista Canavieiros: O que osprodutores de cana, açúcar e álco-ol precisam fazer para continuar aproduzir e ao mesmo tempo, preser-var o meio ambiente?

Antonio Eduardo do Tonielo: Eu

acho que quem menos agride o meioambiente é o produtor de cana, por-que é uma cultura que tem menosproblemas de erosão, não agride tan-to o solo e não precisa agredir o meioambiente. Pelo contrário, hoje o pro-dutor de cana é um produtor consci-ente, que conserva as matas em suaspropriedades, conversa as várzeas erespeita as leis ambientais. Ele de-senvolve sua cultura respeitando as

leis da natureza. É claro que paratoda regra existem exceções, mas,de maneira geral, os produtoresrespeitam o meio ambiente. Asentidades de classe do setorsucroalcooleiro têm um papel im-portante nessa conscientização.Fora isso, tem a produção de ál-cool que é um combustível quevem de fontes totalmenterenováveis e polui menos quequalquer outro. Nós temos tam-bém a co-geração de energia atra-vés do bagaço da cana, que éoutra vantagem para o meio am-biente. É por isso que o mundointeiro está olhando o Brasil. Re-

cebemos visitas de delegações devários países, que querem conhecernossas usinas, nossas cooperativase a nossa forma de produzir sem agre-dir o meio ambiente. No entanto, elesacordaram tarde. Nós temos energiamais barata do mundo. Nosso álcoolcusta em torno de U$ 60 a 70 o barril,enquanto o deles chega a quase U$300. Então acho que tudo isso é umasomatória muito importante para oprodutor brasileiro.

Revista Canavieiros: Númerosdivulgados pela UNICA apontamque as exportações de açúcar e ál-cool remuneraram 65,9% a mais em2006 se comparado com 2005. O se-

“ O mundo está precisandode mais comida e de mais

energia. Isso é muito impor-tante para o nosso país, que

está pronto para dar umaresposta. Nós estivemos es-tagnados com a produção

agrícola e agora o Brasil estápronto para crescer. O mundo

está mais interessado pelonosso negócio.”

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Entrevista

nhor acredita que esse crescimentopode ser constante até 2010, quan-do boa parte das novas unidades in-dustriais já estará moendo?

Antonio Eduardo do Tonielo: Não.Eu penso diferente. Os preços já ca-íram muito, de 30% a 40%. Esse ano aremuneração será muito menor, masnão vai ser uma coisa assustadora.Quando começarmos a safra desteano, o mundo vai ter interesse emcomprar o álcool brasileiro e nósestamos preparados para exportar.Então teremos um equilíbrio de ál-cool e açúcar, mas os preços nãoserão os mesmos do ano passa-do.

Revista Canavieiros: Hoje aprodução norte-americana deetanol já é maior que a brasilei-ra. O que falta ao Brasil para au-mentar a produção?

Antonio Eduardo do Tonielo:O que acontece é que os america-nos têm muito mais dinheiro quenós, brasileiros. O produtor nor-te-americano recebe para produ-zir álcool tanto do governo comodo mercado. Nós, brasileiros,produzimos álcool com nossaspróprias pernas. E volto a dizer: nos-so álcool tem um custo entre U$ 60 e70 o barril, e nos Estados Unidos,quase U$ 300. Assim, se tivéssemosdólares aqui e o potencial que o nor-te-americano tem de sustentar a agri-cultura, ninguém ganharia do Brasil.Eles só estão produzindo mais por-que estão recebendo por isso, al-guém paga para eles produzirem ál-cool. A diferença é que, apesar deconseguirmos produzir álcool decana muito mais barato, pagamosmuitos mais impostos. O nosso álco-ol custa 40% de impostos quando elechega à bomba, ou seja, quando abas-tecemos o carro com álcool, 40% dopreço vão para o governo e os ou-tros 60% para repartir entre toda ca-deia de produção. As vantagens de-les são dinheiro e subsídios. Assimqualquer um faz bonito.

Revista Canavieiros: O senhorfoi um produtor que aceitou o desa-fio da expansão e instalou uma uni-dade industrial no município de

Castilho (Oeste do Estado de SãoPaulo). Quais serão as maiores difi-culdades nesse processo de expan-são?

Antonio Eduardo do Tonielo: Euacho que nós precisamos ter con-sumo e ter preço. As usinas que se-rão instaladas até 2012 garantirão aexpansão. O que não podemos éachar que vamos fazer álcool maisbarato que petróleo. A pessoa quepensar assim terá dificuldades. Pre-cisamos ser remunerados para po-

der reinvestir no setor porque seolharmos o álcool hoje vemos queele é mais barato que o petróleo, masos impostos são maiores. Se tiver-mos uma remuneração boa para o ál-cool e a população entender que eleé um combustívelque não polui e quegera empregos, nãoteremos problemas.A expansão é gran-de e muitas áreas es-tão sendo compra-das para plantarcana, porque hoje éa cultura que maisremunera. Além dis-so, tem muito pastodegradado que pre-cisa ser reformado eque pode ser tran-qüilamente aprovei-tado na produção decana, que vai aten-der as demandas na-cionais e internacio-nais.

Revista Canavieiros: Como o se-nhor vê o desenvolvimento do Pro-grama Nacional de Biodiesel?

Antonio Eduardo do Tonielo: Eusou meio suspeito para falar isso, masa verdade é que eu acho que obiodisel ainda não pegou. Já fiz vári-os cálculos e não consegui ver van-tagens econômicas na produção. Eleé mais caro que o diesel e isso difi-culta muito, é difícil ter sucesso. Paraele decolar é preciso um incentivo dogoverno ou uma garantia de preço

melhor para poder remunerar oque o produtor está gastando.Quem vai querer pagar mais caropelo biodiesel se temos o diesel?É inviável. O governo precisa fa-zer alguma coisa para ajudar obiodisel a desencadear e come-çar a ser misturado com o diesele até ser usado puro.

Revista Canavieiros: De queforma o produtor de cana pode-rá participar da produção debiodiesel?

Antonio Eduardo do Tonielo:A verdade é que o produtor decana terá pouca participação naprodução de biodiesel uma vez

que se usa pouco álcool na mistura.É uma quantidade irrelevante. Obiodiesel vai ajudar muito o produ-tor de soja, amendoim, mamona eoutras oleaginosas. Na cana, a influ-ência é pequena.

“...hoje o produtor de canaé um produtor consciente, que

conserva as matas em suaspropriedades, conversa asvárzeas e respeita as leis

ambientais. Ele desenvolvesua cultura respeitando as

leis da natureza. As entidadesde classe do setor

sucroalcooleiro têm um papelimportante nessaconscientização.”

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Ponto de Vista

Aagricultura ficou em segundo plano noPrograma de Aceleração do Crescimento

(PAC). O programa não traz nenhuma medidadireta para o setor agrícola, justamente o seg-mento que mais contribui para a economia doPaís.

De forma indireta, o setor poderá se bene-ficiar dos resultados dos investimentos pre-vistos em infra-estrutura - que ficaram aquémdo necessário -, bem como da proposta quequer definir claramente a competência de Es-tados, municípios e União sobre a legislaçãoambiental. Porém, são medidas de médio e lon-go prazo, além de modestas se comparadasaos benefícios que a agricultura proporcionana geração de emprego e renda.

O governo tem que construir um cenárioeconômico mais favorável ao desenvolvimen-to das parcerias-público-privadas, já que con-ta com o capital privado para alavancar recur-sos para tocar os projetos de infra-estrutura.No caso específico dos transportes, é preciso

conectar os modais rodoviário,ferroviário e as hidrovias.

Os investidores têm di-nheiro, mas querem segu-rança jurídica, sólidos con-tratos, regras claras e pro-jetos viáveis. Uma legisla-ção ambiental menos com-plexa também pode colabo-rar para o início de um pro-cesso de desburocratização

de licenças para realiza-ção de obras e proje-tos agrícolas.

A bem da verda-de, uma retomadasólida da agricul-tura também exigeuma atuação maisrápida e assertivado governo, es-

pecialmente, com relação ao destino dos recur-sos orçamentários. Muito dos limitadores dacompetitividade agrícola estão fora do setor,embora tenham relação direta com seu desem-penho, como taxa de juros, câmbio e tributa-ção. Mas, pregar mudanças nesta tríade é, porhora, cair no lugar-comum.

O mesmo não se pode dizer, por exemplo,da defesa sanitária e pesquisa rural, áreascruciais para o êxito do setor, mas que se en-contram em situação extremamente aquém domínimo considerado satisfatório. São segmen-tos que com um direcionamento de verbas pú-blicas mais cuidadoso e adequado poderiamapresentar melhores resultados, fortalecendoa competitividade e diminuindo vulnera-bilidades da agricultura.

No que diz respeito à defesa sanitária, oBrasil gastou em 2005 US$ 44 milhões, enquan-to que Austrália, Nova Zelândia e França, porexemplo, desembolsaram US$ 140, US$ 47 e US$90 milhões, respectivamente, aponta o estudo“Repensando as Políticas Agrícola e Agráriado Brasil”.

Além disso, os recursos originalmente diri-gidos à defesa sanitária sofreram um corte mé-dio anual de 12% entre 2000 e 2005. Por suavez, o mesmo relatório diz que o orçamento daEmbrapa diminuiu em 30% caindo de R$ 1,4bilhão para R$ 1 bilhão de 1996 a 2005.

Ao cortar recursos de áreas que formam oalicerce do setor, ao demorar na liberação deverbas para auxiliar na comercialização e ao nãocompreender que somente tendo condiçõespara produzir é que o agricultor saldará suasdívidas, o governo minou a competitividadeda agricultura.

É imperativo que o governo reveja seu pla-nejamento de gastos priorizando investimen-tos para as áreas citadas acima, bem como oseguro rural, que venham a favorecer a capaci-dade de desenvolvimento da agricultura.

* Cesário Ramalhoé presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB)

Cesário Ramalho

Agricultura fica emsegundo plano no PAC

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Copercana e MasseyFerguson realizam diade negócios

NotíciasCopercana

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Nos dias 8 e 9 de fevereiro, a Copercanae a Massey Ferguson realizaram o

evento 100% Massey - um dia de ne-gócios para os cooperados do SistemaCopercana, Canaoeste e Cocred. Oevento aconteceu na Unidade de Grãosda Copercana em Sertãozinho(UNAME) e contou com a participa-

Evento foi realizado na Unidade de Grãos da Copercana e contou com a participação dos cooperados

ção de várias empresas do segmentoagrícola: Marchesan, DMB, ColomboMiac, Civemasa, Jumil, Jacto, Santal,Stefani, Tracbel e Oimasa. Juntas, elasapresentaram máquinas e equipamen-tos de última geração para agriculturacanavieira.O presidente da Copercana e Cocred,

Carla Rossini

Antonio Eduardo Tonielo, destacoua importância do evento. "Essa expo-sição de máquinas e implementos per-mite ao cooperado conhecer as novi-dades e também realizar negócioscom melhores prazos para pagamen-to e juros mais acessíveis", afirmouTonielo.

Antonio LuísToniolo(agrônomoCanaoeste), ocooperadoMarceloAnnibal eRodrigoCarvalho(representantecomercial daDMB)

O cooperado Paulo Paulista Leite Silva; o diretor daCopercana, Canaoeste e Cocred, Francisco César Urenha; odiretor da Canaoeste, Paulo Paulista Leite Silva Júnior eFrancisco César Urenha Júnior.

Celso Dias (gerente de vendas da MasseyFerguson); Antonio Eduardo Tonielo(presidente da Copercana e Cocred) ePedro Carlos Moreira (coordenador devendas da Massey Ferguson).

Gustavo Nogueira(agrônomo da Canaoeste);Manoel Sérgio Sicchieri(assessor diretoriasCopercana, Canaoeste eCocred); Frederico JoséDalmaso (gerente comercialda Copercana) e AugustoCésar Strini Paixão (vice-presidente da Canaoeste egerente da UNAME)

Os visitantes puderam conferir as novidades deimplementos agrícolas durante a exposição.

Representantes das empresas expositoras e diretores daCopercana

O cooperado João Carlos Martinsde Freitas, o agrônomo da

Canaoeste, Marcelo de Felício e ocooperado Miguel Zanqueta

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NotíciasCopercana

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Copercana participa daMa Shou Tao 2007

Carla Rossini

O encontro técnico foi realizado em Conquista-MG

A Copercana participou durante os dias 14 e 15 de

fevereiro da Ma Shou Tao 2007. Oevento foi realizado na cidade deConquista, interior de Minas Ge-rais e contou com a participaçãode produtores de milho, soja epecuaristas. Também foram realiza-dos simultaneamente a Ma ShouTão, o 15º Encontro Técnico deMilho e Soja e a 8ª Exposição deTecnologia Agrícola.

O evento reuniu mais de 60 em-presas e instituições líderes doagronegócio brasileiro, oferece in-

Copercana Segurosrecebe bonificação pordesempenhoCarla Rossini

Foi com muito entusiasmoque o pres idente da

Copercana , Antonio EduardoTonielo, recebeu na sede da coo-perativa, o assessor comercial doGrupo Mapfre -Vera Cruz, JúlioCésar Alves de Souza, que estavaacompanhado do gerente daCopercana Seguros, Paulo Calixtoe da encarregada da Copercana Se-guros, Maria Eulália Martelo.

Na ocasião, Júlio entregou aToninho Tonielo, um prêmio debonificação extra, pelo bom desem-penho e excelentes resultados quea Copercana Seguros obteve em2006. “Fico muito feliz por esse prê-mio da Copercana Seguros que estácada vez mais forte no mercado e

sempre conquistando novos clien-tes”, afirmou Tonielo.

O Grupo Mapfre – Vera Cruz foifundado em 1933 e é consideradoum dos mais consolidados no mer-

cado de Seguros. A parceria com aCopercana Seguros vem rendendobons frutos para as empresas e paraos clientes. Em 2007, a parceriadeve render resultados ainda me-lhores.

formações tecnológicas e realiza-ção de negócios.

A Copercana está presente na-quela região através da filial deUberaba. Em 2007 o objetivo é au-mentar a participação em eventose feiras da região para expandir aparticipação e os serviços ofere-cidos aos cooperados. Em março,a Copercana e a Cocred estarãopresentes no I ConCana – Con-gresso Internacional deTecnologia na Cadeia Produtiva daCana, que será realizados de 26 a30 de março na FAZU em Uberaba.

Flávio Guidi (agrônomo Copercana); Jonadan Hsuan Ma (di-retor executivo do grupo Ma Shou Tao); Gustavo Nogueira(agrônomo Canaoeste) e Ma Tien Min (diretor administrativoe financeiro do grupo Ma Shou Tao).

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Comitiva alemã érecebida na canaoeste

NotíciasCanaoeste

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U ma comitiva de gran-des produtores de be-

terraba açucareira e empre-sários do ramo de melhora-mento genético deHannover, na Alemanha,foi recebida no último dia13 de fevereiro pelo presi-dente da Canaoeste,Manoel Ortolan, pelo dire-tor da Copercana, PedroEsrael Bighetti e pelo as-sessor-técnico, CléberMoraes, no auditório da as-sociação.

A estada na região encer-rou o roteiro iniciado pelogrupo no Brasil no dia 5 defevereiro e que incluiutambém Paraná e MatoGrosso, onde o foco prin-cipal foi conhecer a produ-ção de grãos. Já em SãoPaulo, o interesse dos alemães era acadeia sucroalcooleira: eles visita-ram a unidade de pesquisa daEmbrapa de São Carlos, fábricas demáquinas e equipamentos emSertãozinho e Ribeirão Preto, aVirálcool, e puderam conhecer a es-trutura de organização dos produ-tores independentes de cana.

De acordo com Leandro Heinz, daUniversidade de Hohenheim e queacompanhou a comitiva, há interes-se em investir no Brasil. "Hoje se falamuito do agronegócio brasileiro. As-sim, o objetivo da visita foi conhecerde perto o potencial e as dificulda-des para se produzir. Os produtoresalemães têm grande interesse em po-der investir aqui".

Segundo ele, o grupo esperava co-nhecer um país com baixo nível de

Grandes produtores de beterraba demonstram intenção de investir no Brasil

desenvolvimento, mas encontrou umcenário bem diferente, de altatecnologia, mão-de-obra qualificadae um potencial de crescimento extra-ordinário. "As vantagens falam maisalto", afirmou.

O grupo ficou impressionado com abiodiversidade brasileira, com ascondições naturais (regime de chu-vas, clima e solo) e também com oplantio direto, que garante reduçãonos custos de produção. A infra-es-trutura, as taxas de juros e a violên-cia foram apontados pelos alemãescomo pontos fracos do Brasil.

De acordo com Ortolan, a entrada deinvestidores estrangeiros no setor éum processo natural e que pode serpositivo à medida que injetará recur-sos na cadeia produtiva. Ortolan des-tacou ao grupo que, nesse processo

de expansão do setor, o grande de-safio é fazer com que os pequenos emédios produtores de cana tenhamespaço garantido.

"O crescimento do setor vai gerar em-prego e renda, mas há tendência paraa centralização. O objetivo das asso-ciações de produtores é que ocorrao contrário: distribuição de rendacom a participação dos pequenos emédios fornecedores", disse.

Os produtores de cana associadosda Canaoeste somam 2.500 e produ-ziram na safra passada 11 milhões detoneladas, entregues em 23 unidadesde produção. A Canaoeste é uma das24 associações que formam a Orplana(Organização de Plantadores de Canada Região Centro-Sul do Brasil). AOrplana representa hoje 11 mil pro-dutores.

Cristiane Barão

O grupo Alemão foi recebido na sede daCanaoeste pelo presidente, Manoel Ortolan e

pelo diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti

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NotíciasCanaoeste

Assembléia aprova balançoda Canaoeste de 2006

Reunião foi realizada no último dia 22, no auditório da associaçãoCristiane Barão

Em Assembléia Geral Ordinária,realizada no último dia 22, foi

aprovado o balanço da Canaoeste refe-rente a 2006. A assembléia reuniu os as-sociados no auditório da associação,onde foi realizada a prestação de contasdas atividades da Canaoeste e apresen-tado o balanço fiscal do ano passado.

De acordo com o presidente daCanaoeste, Manoel Ortolan, a assem-bléia foi realizada conforme determinao estatuto da entidade, que prevê am-

pla divulgação de sua realização e totaltransparência na apresentação dos da-dos e das atividades.

“Desde que tivemos a honra de as-sumir a presidência da Canaoeste, nos-sa meta sempre foi fazer o melhor possí-vel pela associação e seus associadosporque sabemos da importância que elarepresenta para a atividade de cada ume de suas famílias”, disse Ortolan, quecumpre o terceiro ano do seu segundomandato à frente da Canaoeste.

De acordo com ele, a associação éhoje uma as mais importantes do mundo,graças à confiança e ao trabalho de cadaum de seus 2.500 associados. “Hoje aCanaoeste oferece serviços altamentequalificados para auxiliar os associados,como assessoramento nas áreas jurídi-ca, ambiental, contratual e também repre-senta os fornecedores nas discussõesenvolvendo a cadeia produtiva e nasquestões de interesse dos fornecedores.E isso só foi possível porque os associa-dos confiam na associação”, disse.

Conselho da FIESP recebeMinistro GuedesCristiane Barão

Na primeira reunião do ano foram discutidos seguro rural e rodada de Doha;Ortolan representou produtores de cana

O Cosag (Conselho Superior doAgronegócio) realizou, no úl-

timo dia 10, a primeira reunião do anocom a participação do ministro da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento, LuizCarlos Guedes Pinto. O conselho foiconstituído no ano passado, tendocomo presidente o ex-ministro RobertoRodrigues e como um dos integrantesa Orplana, representada por seu presi-dente, Manoel Ortolan.

A reunião teve como principais dis-cussões à retomada das NegociaçõesAgrícola de Doha e a implantação doSeguro Rural no Brasil. Em relação àimplantação do seguro rural, o minis-tro da Agricultura expôs as dificulda-des para que o projeto deslanche. Deacordo com Manoel Ortolan, o setorprodutivo espera há muito tempo peloseguro.

“Não dá para tocar uma agriculturada importância da nossa, com o produ-tor tendo que arcar sozinho com os pre-juízos decorrentes de fatores climáti-cos. Em todo mundo o seguro rural já

funciona”, disse. Segundo Ortolan, oCosag pode dar importantes contribui-ções à política agrícola do país. “O con-selho foi formado com a proposta decontribuir para a eliminação dos garga-los que atrapalham a produção”, disse.

Já em relação às propostas do pro-jeto de lei agrícola dos Estados Unidos(Farm Bill) para os próximos cinco anos,Roberto Rodrigues afirmou que elassão “incapazes” de propiciar um resul-tado satisfatório e equilibrado para a Rodada de Doha, da Organização Mun-dial do Comércio.

Segundo o ex-ministro, as propos-tas da Farm Bill para a diminuição dossubsídios agrícolas norte-americanosainda estão abaixo do “ideal” paraque haja um avanço significativo emDoha. O projeto da Farm Bill, tal qualfoi apresentado pelo Departamento deAgricultura, prevê, até 2012, um desem-bolso de US$ 87 bilhões ou US$ 17,5bilhões por ano. Esse teto é menordo que a Farm Bill de 2002, quando fo-ram desembolsados US$ 27 bilhões

anuais, mas bem maior do que a de 1996,com US$ 5 bilhões por ano.

“A posição americana ainda é mui-to modesta em relação às suas exigên-cias sobre o acesso ao mercado indus-trial nos países emergentes”, disseRodrigues. O Itamaraty e seus sóciosdo G-20 (grupo de economias emdesenvolvimento) exigem um limite deUS$ 12 bilhões. Atualmente, nos Esta-dos Unidos, quase 70% da produçãode soja, trigo, milho, algodão e arroz ésubsidiada, com picos que ultrapassamos 100%.

Outro ponto positivo destacadopelo presidente do Ícone (Instituto deEstudos do Comércio e NegociaçõesInternacionais), Marcos Jank, é o sub-sídio de US$ 1,6 bilhão para o setor deagroenergia. Deste valor, US$ 1 bilhãoserá destinado a pesquisas e a proje-tos de uso alternativo do etanol. Se-gundo ele, nesse ponto, a Farm Bill ébenéfica para o Brasil, que detém comos Estados Unidos 73% da produçãomundial de etanol.

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CIRCULAR Nº 16/06DATA: 31 de janeiro de 2007

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito do ajuste parcial da safra 2006/2007.O preço médio do kg de ATR para o mês de JANEIRO é de R$ 0,3507.Os preços levantados pela ESALQ/CEPEA de faturamento do açúcar e do álcool, anidro e hidratado, destinados aos

mercados interno e externo, nos meses de MAIO de 2006 a JANEIRO de 2007 e acumulados até JANEIRO, são apresentadosa seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) e os do álcool anidro e hidratado destinado à industria (AAI e AHI),incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e VHP) e do álcool anidro e hidratado,carburante e destinados ao mercado externo, são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de MAIO de 2006 a JANEIRO de2007 e acumulados até JANEIRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 03/05, são os seguintes:

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Calculando o Mixde Produção;Na edição passada, explicamos como calcular o preço

do ATR de cada produto a partir dos preços médiosde safra divulgados pelo CONSECANA e pela ESALQ-CEPEA.

Vamos agora calcular o famoso mix de produção. Mix éuma palavra inglesa que significa mistura. Então mix de pro-dução é a distribuição feita dentro da fábrica com o ATRentregue, distribuindo entre açúcar, mercado interno ou ex-terno; branco ou VHP e álcool, anidro ou hidratado; indus-trial (usado por indústrias) ou carburante (usado nos veícu-los); mercado interno ou externo.

Como dissemos na edição passada, os fatores de con-versão funcionam como as cotações do dólar em real: Se umdólar vale R$ 2,15, podemos facilmente converter uma moe-da na outra. Os fatores de conversão de ATR em açúcar eálcool têm o mesmo papel, ou seja, 1 Kg de açúcar brancovale 1,0495 Kg de ATR; 1 litro de álcool anidro vale 1,7651 Kgde ATR, etc.

Na tabela abaixo, na coluna produção temos os volumesproduzidos de um exemplo fictício de uma unidade que pro-cessa 2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

Cálculo do Mix de Produção

A cana entregue na unidade industrial teve as seguintescaracterísticas: Fibra: 13,50%, Pureza: 88,02% e Pol da Cana:15,0300%, assim o teor de ATR será de 147,82 Kg de ATR portonelada de cana. No exemplo que estamos trabalhando, su-pomos que a unidade industrial tenha as mesmas eficiênciasadmitidas pelo CONSECANA-SP eficiências estas embuti-das nos fatores de conversão. Assim, se convertermos aprodução em ATR, através dos fatores de conversão, chega-remos a um total de 295.640 toneladas de ATR, ou 295.640.000Kg de ATR. Se a unidade processa 2 milhões de toneladas oteor médio de ATR por tonelada é 147,82 Kg de ATR portonelada, ou seja, o mesmo valor obtido nas análises.

A última coluna é o famoso mix de produção ou a distri-buição do ATR, isto é, a distribuição percentual de quantodo ATR que entrou na usina foi alocado para cada produto.

Resta fazer a ponderação dopreço do ATR para obtermos opreço médio do ATR.

3-) Calculo do Preço Médio do ATR:

Para calcular o Preço Médio Ponderado do ATR basta mul-tiplicar a participação de cada produto pelo preço do ATR decada produto e somar estes valores como no quadro abaixo.

Cálculo do Preço Médio Ponderado do ATR

Outra forma de encontrar o preço médio do ATR é multi-plicar a quantidade de ATR destinada a cada produto, peloseu respectivo preço, encontrando-se assim o montante emreais a ser pago para a cana fornecida. Sabendo-se a quanti-dade de ATR total e o valor total a pagar, calcula-se o preçomédio do ATR como no quadro abaixo.

Cálculo do Preço Médio Ponderado do ATR

Uma vez que temos o preço do ATR de R$ 0,3531 por Kge o teor de ATR da análise da cana 147,82 Kg de ATR portonelada, podemos calcular o valor bruto na esteira da cana,ou seja, R$ 52,20 por tonelada.

Na próxima edição, falaremos mais sobre “Como são defi-nidos os fatores de conversão de ATR em açúcar ou álcool”.

* Cléber Moraes - Consultor da M. Moraes Consultoria Agronômica Ltda.Assessor de Planejamento e Controle da Canaoeste

*Cléber Moraes*Cléber Moraes

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O desatar dealgumas amarras

O crescimento do cooperativismo decrédito rural é evidente em todo o

Brasil. O princípio da cobrança de taxas míni-mas e de juros justos é um dos fatores princi-pais dessa evolução, fazendo com que, namaioria dos casos, o agricultor consiga pro-dutividade e rentabilidade em sua atividadesem correr risco de cair no endividamento.

Com o aumentoda procura de crédi-to rural dentro dascooperativas, é pre-ciso desatar algumasamarras que dificul-tam a obtenção derecursos. Para issoduas medidas, umaestadual e a outra fe-deral, teriam funda-mental importânciano financiamentocooperativista daslavouras em 2007.

O primeiro é oprojeto do deputadofederal MendesThame (PSDB-SP)que permite às cooperativas de crédito utiliza-rem recursos do FAT (Fundo de Amparo aoTrabalhador) para conceder empréstimos aosprodutores rurais ou à compra de bens durá-veis.

Se aprovada, essa medida vai deixar à dis-posição dos produtores cooperados 20% amais das sobras brutas de todo o sistema, ouseja, as cooperativas terão mais recursos paraprestar a assistência financeira que o agricul-tor necessita na busca de tecnologias que lhegarantam um aumento de produtividade.

Com isso, os novos deputados federaiseleitos com a ajuda do sistema cooperativistaterão, logo de cara, a responsabilidade de tra-

balhar junto com a frente parlamentar docooperativismo para a aprovação desse pro-jeto.

A outra amarra, na esfera do setorcanavieiro estadual, se refere à liberação decertificados de licença ambiental para o plan-tio de cana-de-açúcar, que é emitido pelo

DEPRN, Departa-mento Estadual deProteção de Recur-sos Naturais, ligadoà Secretaria doMeio Ambiente.Sem o certificado, oBNDES não liberarecursos para as co-operativas de crédi-to.

Para esse pro-blema a OCESP (Or-ganização das Coo-perativas do Estadode São Paulo), re-presentada por seup r e s i d e n t e ,Edivaldo Del Gran-de, ao lado de repre-

sentantes da Cocecrer, (Cooperativa Centralde Crédito Rural do Estado de São Paulo) e doBancoob (Banco Cooperativo do Brasil) sereuniram com o novo secretário do Meio Am-biente, Xico Graziano, na busca da melhor so-lução possível.

O desatar dessas duas amarras é apenas ocomeço de um longo caminho que todo o sis-tema cooperativista precisa trilhar para se igua-lar ao modelo europeu, considerado um dosmais avançados e modernos do mundo. Noentanto, a confiança no crescimento docooperativismo de crédito brasileiro se tornagrande quando se percebe que o setor estámuito bem representado, sabe quais são seusentraves e os caminhos para resolvê-los.

*Gerente Geral da Cocred, diretor do Cooperativismo de Crédito da Ocesp (Organizaçãodas Cooperativas do Estado de São Paulo e presidente da Cred Copercana.

*Márcio Meloni

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NotíciasCocred

Cocred cresce mais de1.200% em dez anosMarino Guerra

Sobras da cooperativa de crédito passaram de R$ 1,9 milhões no exercício de 96 para R$ 25,09 milhões em 2006.

A Cocred, Cooperativa de Crédito dos Plantadores de

Cana de Sertãozinho, vive um momen-to de crescimento espetacular, acom-panhando a expansão do setorcanavieiro, e oferecendo produtos eserviços financeiros com qualidadegarantida, a cooperativa viu a suasobra aumentar R$ 23,19 milhões nosúltimos dez anos.

Outra mostra da evolução daCocred está em seu quadro social quepassou de 1,68 mil em 1996 para 5,14mil cooperados em 2006, registrandoum aumento de 205%. As operaçõesde crédito também tiveram um aumen-to significativo, em 1996 a cooperati-va emprestou o montante de R$ 26,35milhões, já em 2006 foi emprestado R$322,97 milhões.

“Essa evolução da Cocred é o re-flexo da aceitação, por parte dos pro-dutores rurais, de um sistema financei-ro alternativo, onde o cliente é tratadoda maneira correta e os custos com ta-

xas administrativas e juros são justos”,disse o presidente da cooperativa An-tonio Eduardo Tonielo.

Nos últimos três exercícios aCocred registrou um crescimento de42% em seu patrimônio líquido, pas-sando de R$ 83,43 milhões em 2004 paraR$ 118,74 milhões em 2006, já o capital

social evoluiu 33% no mesmo período,tendo um crescimento de R$ 11,73 mi-lhões.

A adesão de novos associados é aprova de que a cooperativa de créditoestá acompanhando o crescimento dosetor, isso porque em 2006 entrarampara o quadro social da Cocred 1.360produtores rurais, para se ter idéia em2005 o número de adesão foi de 454novos cooperados.

Os motivos que levaram a Cocred aregistrar esse significativo aumento noexercício de 2006 está no trabalho demelhoria constante na qualidade dosprodutos e serviços oferecidos pelacooperativa, prova disso é a conquistado certificado de qualidade ISO 9001,inédito dentro do cooperativismo decrédito rural brasileiro.

Outro ponto importante está naabertura e reestruturação de novasagências. Em 2006 foram inauguradasduas filiais (Cajuru e Viradouro) e ain-da reestruturada a agência de MorroAgudo. Para 2007 a expectativa é a aber-tura de quatro novas agências.

Cocred - Cajuru

Cocred - Viradouro

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Balancete PatrimonialCooperativa De Crédito DosPlantadores De Cana De SertãozinhoBALANCETE ANUAL 2006/2005

Valores em Reais

NotíciasCocred

Demonstração doresultado do exercício

Cooperativa De Crédito DosPlantadores De Cana De Sertãozinho

Valores em Reais

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Reportagem de Capa

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Plantio: Caminhos parauma alta produtividade

Gustavo Nogueira

Sem planejamento e execução eficaz dos processos na hora do plantio, a produtividade e longevidade do canavialpoderão ser prejudicadas.

O Plantio da cana-de-açúcar é omomento onde o produtor

tem as maiores chances de comprome-ter parte da rentabilidade de sua pro-dução, pois um erro no planejamento,

ou na execução dos processos terãosérias chances de comprometimento nasua produtividade e longevidade, comoanalisam os agrônomos José T. Coletie Jaime J. Stupiello no livro "Atualiza-

ção em Produção de Cana-de-Açúcar".

"As operações de plantio são fun-damentais para o sucesso do ciclo dacultura, exigindo-se nessa etapa um

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bom planejamento e muito conhecimen-to técnico, uma vez que nesse momen-to são tomadas decisões para todo umciclo da cultura. Os cuidados exigidosna operação de plantio podem ser com-parados aos praticados na estruturaçãode um edifício, cujos fundamentos de-vem ser implantados com grande pre-cisão a fim de se garantir a solidez daconstrução como um todo".

Planejamento de Plantio: A formaideal para o produtor planejar seu plan-tio é estimar em cada propriedade a pro-dutividade média de cana por corte.Para isso é preciso ficar atento aos di-versos fatores que determinarão o su-cesso ou fracasso daquele canavial.

O primeiro fator está relacionado aopotencial produtivo do ambiente ondea cultura será inserida, para isso o pro-

dutor terá que saber as característicasclimáticas, a qualidade e tipo do solo,os recursos disponíveis na regiãocomo: irrigação, distribuição deinsumos, disponibilidade de mão-de-obra e local, distância e caminho ondeserá entregue a matéria-prima.

Com essas informações o produtorterá que decidir qual é a variedade que seencaixa melhor na realidade de sua lavou-ra. Nessa escolha é preciso ir além dasanálises técnicas e entrar na área admi-nistrativa, pois foram colocadas a dispo-sição dos produtores nos últimos anosdiversas variedades sugerindo uma ade-quada alocação para os mais diversosambientes e época de colheita fatoresdeterminante no resultado final da safra.

Da área administrativa o fornecedorprecisa ficar atento aos seguintes aspec-tos: término do contrato de parceria, épocade colheita das canas próximas, localiza-ção (evitar canas tardias em locais de ris-co de incêndio, áreas com possibilidadede irrigação, ambiente de produção (têm-se dado preferência para canas de cicloprecoce em ambientes de produção commenor fertilidade; e canas de ciclo tardioem ambientes com maior fertilidade) e tipode colheita (mecânica ou manual).

Plantio de Cana-de-Açúcar: Todobom planejamento pode ir por águaabaixo se as operações de plantio nãoforem bem executadas, assim como nãoadianta nada realizar um plantio corre-to sem planejamento algum.

Para um bom plantio o produtor pre-cisa ficar atento a todos os processosque envolvem o plantio como nasulcação, através do espaçamento eprofundidade, quantidade de gemas ecobrição dos toletes.

Com o aumento progressivo da co-lheita mecanizada a maioria dos cana-viais está adotando o espaçamento de

Nº DE GEMAS / m 1º CORTE 2º CORTEPRODUTIVIDADE

6 135 10912 142 11318 133 11021 132 112

1,5 metros entrelinhas, isso porque como trânsito pode acontecer um pisoteiodo solo no sulco e com isso compro-meter a longevidade daquela área. Umadesvantagem desse tipo deespaçamento é o ambiente favorávelpara o aparecimento de plantas inva-soras em decorrência da demora no fe-chamento do dossel foliar e com issouma maior exposição do solo àluminosidade, particularmente em so-los de menor fertilidade.

Ao saber que o solo mais bem prepa-rado e com maior grau de fertilidade si-tua-se nos primeiros 25-30 cm do perfil, érecomendado que o produtor plante suacana nessa profundidade. Em algumasregiões existem plantios mais rasos parafavorecer o nivelamento do terreno paraa colheita mecanizada, mas se a regiãoapresentar baixo índice pluviométrico ealta temperatura a produtividade dessecanavial poderá estar comprometida.

Segundo a literatura de 10 a 12 ge-mas viáveis por metro garantem um ex-celente canavial, mas na prática se uti-liza de 15 a 18 metros bem distribuídosno fundo do sulco.

A quantidade de terra sobre o toleteoscila entre 5 a 10 cm, podendo variar emfunção da variedade e da época do plan-tio. Plantios de verão devem receber umacobertura menos espessa (5 a 7 cm) pre-venindo-se assoreamento indesejável.Plantios tardios (outono em diante) esta-riam mais bem protegidos de uma possí-vel estiagem com uma cobertura maisespessa (8 a 10 cm). Outro fator impor-tante é o tipo de equipamento para fazeressa operação, sendo recomendado oequipamento com o rolo compactador,cuja função é condicionar o envolvimentodo tolete com solo em toda sua extensão,eliminando-se possíveis bolsões de ar nofundo do sulco. O tempo de exposiçãodos toletes ao sol também pode prejudi-car a brotação, considerando-se comoideal um intervalo mínimo entre a distri-buição do tolete e o fechamento do sul-co, que, aliás, é a grande vantagem daplantadora mecânica.

Confira a seguir um guia com ascaracterísticas de manejo das principaisvariedades cultivadas.

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Reportagem de Capa

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Reportagem de Capa

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 20072424242424 Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

Marino Guerra

Ao comprar o equipamento deTomografia Computadorizada,

GE HiSpeed DUAL, a diretoria do Hos-pital Netto Campello mostrou mais umavez sua preocupação em garantir aosseus pacientes a excelência na quali-dade dos seus diagnósticos.

Com uma tecnologia exclusiva con-quistada através de anos de pesquisae desenvolvimento, esse tomógrafotem a capacidade de conseguir atéduas imagens por rotação, o que dá

mais conforto aos pacientes e garantemaior eficiência nos diagnósticos, pos-sibilitando aquisições de imagens demelhor definição, com reconstituiçõesnos diversos planos com maior quali-dade e confiabilidade.

O tomógrafo será instalado no se-tor de diagnóstico por imagem do Hos-pital Netto Campello, que já presta osseguintes serviços: ultra-sonografia,ecocardiograma, raio x simples, raio-xcomplexos, mamografia e esterotaxia

computadorizada.

Desta forma, com a chegada destetomógrafo helicoidal o Netto Campellodará mais segurança a seus pacientese médicos no atendimento das urgên-cias, no diagnóstico das diferentesdoenças e para os pacientes interna-dos, principalmente no seu modernoC.T.I. (Centro de Terapia Intensiva) deadulto, pediátrico e neo-natal, que vematendendo a cidade e toda a sua macroregião.

DestaqueDestaque

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Foco

Águas de Janeiro

Aenchente do Rio Pardo em Serrana faz todos lembrarem da impotênciado homem e toda a sua tecnologia perante a força da natureza.

As imagens foram feitas por Marino Guerra no dia 22 de janeiro de 2007.

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O doce sabordo LimãoCooperado da Cocred investe na produção e ex-portação de lima ácida

Antes da Porteira

“Descobri que limão é maisdoce que laranja". A frase

é do proprietário da Supracitrus e dire-tor-secretário da Associação Brasilei-ra dos Produtores e Exportadores deLimão, João Carlos Nazareth, se refe-rindo aos preços de comercialização dalaranja e do limão. Segundo ele, hoje omercado é bem mais promissor ao li-mão quando comparado a laranja, o queo torna mais rentável e lucrativo.

A história da lima ácida, na vida deJoão Carlos começou em 1997 quandoele e o genro Juliano Brizoni resolve-ram abrir uma empresa para adminis-trar a produção e comercialização decitrus na região de Olímpia. Na época,eles queriam plantar, produzir e expor-tar laranja. Mas, como o mercado esta-va em condições desfavoráveis, os só-cios resolveram investir no limão, oumelhor, na lima ácida como deve ser

corretamente chamado.A empresa hoje administra a produ-

ção e comercialização de 78 produtoresde lima ácida que possuem a certificaçãoEUREPGAP (Aliança Global para umaAgricultura Segura e Sustentável). "Sóadquirindo a certificação é possível ex-portar para os europeus que estão cadavez mais preocupados com a forma comque os alimentos são produzidos", ex-plica João Carlos.

A região de Catanduva, onde estálocalizada a principal unidade de expor-tação da Supracitrus, é responsável por80% da produção de lima ácida do Su-deste Brasileiro, e por 90% das expor-tações brasileiras, afirma o engenheiroagrônomo e consultor, proprietário daempresa EG Consultorias, parceira doIBRAF (Instituto Brasileiro de Frutas)e da ABPEL (Associação Brasileira dosProdutores e Exportadores de Limão),

Luiz Eduardo Gil de Almeida.

Ele explica que no ano passado oBrasil exportou em torno de 46 mil tone-ladas da fruta, o que representa um au-mento de 576% em relação às exporta-ções da safra 98/99. "Naquele ano, ex-portamos 5,6 mil toneladas de lima áci-da. Minha observação é que num curtoespaço de tempo, conseguimos atingiruma produção muito significante e hojesó a Supracitrus já consegue exportarum número maior que o Brasil exportouna safra 98/99 ", observa Luiz Eduardo.

No ano passado, a Supracitrus sozi-nha, mandou para o exterior nada me-nos que 282 containeres de limão. E paraesse ano, João Carlos acredita exportarmais de 300 containeres de lima ácida."O limão é uma fruta muito benéfica paraa saúde porque é rica em vitamina C.Quando as pessoas se derem conta dis-so, o aumento no consumo de limão seráintenso", afirma João Carlos.

Para conseguir expandir ascomercializações, algumas medidas deconscientização já estão sendo toma-das. Um exemplo é o livro "Limão é saú-de" que está sendo distribuído pelaEuropa. A obra de Conceição Trucomtraz o limão como o mais benéfico ali-mento da humanidade. Um outro exem-plo é a participação brasileira em feiras

O proprietário da Supracitrus, João Carlos Nazareth, o gerente de departamento da Cocred, Frank Sidneyda Matta Toniello e o engenheiro agrônomo e consultor da IBRAF e ABPEL, Luiz Eduardo Gil de Almeida

Carla Rossini

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Antes da Porteira

e eventos no exterior. A Supracitrusparticipa pelo quinto ano consecutivoda Fruit Logistic - Feira Mundial de Fru-ticultura. O objetivo é distribuir limãopara os visitantes e tornar a fruta cadavez mais conhecida e apreciada.

João Carlos ainda aponta outros be-nefícios da fruta. "O limão tahiti é plan-tado hoje em qua-se todo territóriobrasileiro, comuma característicamuito importante:sua produçãoestá concentradaem pequenos pro-dutores, fixando ohomem no campo,distribuindo ren-da de forma justa,sendo uma dasculturas que maisgera empregos porhectare planta-do", afirma o pro-dutor.

Unidade de seleção de limão daSupracitrus em Marapoama

João Carlos ainda faz uma alerta: "OBrasil produz muitos alimentos de óti-ma qualidade que não estão sendo ex-plorados de forma correta. Se o produ-tor tiver um pouquinho de cuidado comos critérios que são exigidos pelos pa-íses desenvolvidos, seguramente afir-mo que o Brasil estaria exportando mui-to mais", finaliza João Carlos.

Vamberto Bortolozzo, produtor de limão de Marapoama

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CHUVAS DE JANEIROe Prognósticos Climáticos

Informações setoriais

No quadro abaixo, estão anotadas as chuvas que ocorreram na região de abrangência da CANAOESTE,durante o mês de janeiro de 2007.

A média das observações das chuvas anotadas neste mês de janeiro, sem exceções, "foi"bem superior à média das históricas. Também, cabe lembrar que, a média das observaçõesdas chuvas de dezembro de 2006, nos mesmos locais anotados acima, foi quase uma vez emeia maior ao da média do mês de dezembro de 2005.

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoConsultor Agronômico Canaoeste

O mapa ao lado (1)mostra que o índice deÁgua Disponível noSolo, em meados dejaneiro, encontrava-seentre bom a alto emtoda área canavieira doEstado de São Paulo,com exceção do extremoSudoeste do Estado epróximo a Ourinhos

Mapa 1: Água Disponível no Solo no período de 15 a 17 de janeiro de 2007.

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Informações setoriais

O mapa 1 e 3, respectivamente meados e final dejaneiro de 2007, mostram semelhança em me-

nores índices de Água Disponível no Solo no extremoSudoeste do Estado. Este índice apresentava-se de boaa alta disponibilidade nas demais regiões canavieiras.

Enquanto que, ao final de janeiro de 2006, o mapa 2mostra que nas Regiões de Ribeirão Preto, Assis e Maríliaa disponibilidade de água no solo ainda se encontravapróxima do nível crítico. Cabendo aqui relembrar que,uma semana antes do final de janeiro de 2006 (mapa 2a),com exceção da Região de Ourinhos, a umidade do solomostrava-se bem aquém do desejável em toda áreacanavieira do estado de São Paulo. Deixando evidenteque, a umidade do solo se tornou favorável somente naúltima semana daquele janeiro. Esta AssessoriaCANAOESTE foi frequentemente questionada quantoaos efeitos da alta pluviosidade de janeiro deste ano so-bre a produtividade de cana para a safra vindoura. A res-posta, constante, foi a de que chuva sempre é bem vinda,mas acompanhada de boa luminosidade. Uma vez que, oprocesso de fotossíntese tem, tanto para produção decolmos, como para o acúmulo de sacarose, alta depen-dência destes dois fatores, ou seja, principalmente umi-dade do solo e luz solar. Por outro lado, é precoce deduzirque a observada falta de luminosidade venha implicar emredução da produtividade de colmos e de açúcar para asafra que se aproxima, pois se tem, pelo menos, 60 dias deverão a frente. Leia-se, período de condições normais aopleno desenvolvimento vegetativo.

Com o fim de prestar subsídios aos planejamentosde atividades futuras, o Departamento Técnico daCANAOESTE resume o prognóstico climático de con-senso entre INMET-Instituto Nacional de Meteorologiae INPE-Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para aRegião Centro Sul do Brasil, para os meses de fevereiroa abril de 2007.

- As condições para permanência do fenômeno “ElNino” estão perdendo intensidade nestes meses iniciaisde 2007;

- Ainda que de média a baixa confiabilidade para aRegião Centro Sul, os prognósticos de consenso INPE-INMET apontam que:

- As temperaturas poderão “ficar” acima das médiashistóricas;

- As chuvas previstas para os meses fevereiro aabril poderão se situar dentro da normalidade climáticaem todos estados da Região Centro Sul.

Como exemplo, para a região de abrangência daCANAOESTE, e pelas médias históricas anotadas peloCentro Apta - IAC - Ribeirão Preto, as chuvas previstaspoderão ser de 220mm em fevereiro, de 170mm em mar-ço e de 75mm em abril.

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de janeiro de 2006.

Mapa 2a: Água Disponível no Solo quase ao final de janeiro de 2006.

Mapa 3: Água Disponível no Solo ao final de janeiro de 2007.

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 20073030303030

Legislação

Competência LegislativaQueima de palha de cana-de-açúcarmais uma vitória importante.

É notório que alguns municípoos do Estado de São Paulo

promulgaram leis proibindo a práticado uso do fogo como métododespalhador da cana-de-açúcar emseu território, tal como ocorreu como Município de Ribeirão Preto-SP.que, ao promulgar seu CódigoAmbiental Municipal (Lei Comple-mentar nº 1.616/2004), inseriu o arti-go 201 que proibia a pratica das quei-madas de cana-de-açúcar em todoseu limite territorial.

Referidas leis, inclusive a de Ribei-rão Preto, contrariam a legislação fede-ral (Decreto nº 2.661/98), assim como aestadual (Lei nº 10.547/2000, alteradapela 11.241/2002 e regulamentadas peloDecreto nº 47.700/2003), que discipli-nam a prática agrícola do uso do fogocomo método despalhador da cana-de-açúcar, estabelecendo normas e dire-trizes para o seu uso, além de umcronograma de eliminação gradativa daqueima.

Insatisfeitos com a lei ribeirão-pretana, as entidades representativasdo setor produtivo, tais como o Sindi-cato Rural de Ribeirão Preto, o Sindica-to da Indústria da Fabricação do Álco-ol do Estado de São Paulo (Sifaesp) e oSindicato da Indústria do Açúcar noEstado de São Paulo (Siaesp), ajuiza-ram em julho de 2005, duas Ações Dire-tas de Inconstitucionalidade emdesfavor do artigo 201, da citada leimunicipal.

As sobreditas entidades utilizaram-se de vários argumentos, tais como oimpacto social que tal proibição causa-ria pela perda de postos de trabalho, aincapacidade tecnológica e econômicade adequação imediata, prejuízosirreparáveis, perigos aos trabalhadoresque exigem o corte de cana queimada,dentre outros, mas o principal argumen-to foi o de ordem técnica, consistente

na falta de competênciado município em legis-lar sobre matériasambientais, de acordocom o artigo 24, Cons-tituição Federal de1988, que confere com-petência concorrente àUnião, aos Estados e aoDistrito Federal, restan-do ao município ape-nas competência parasuplementar a legisla-ção existente e, jamais,torná-la ineficaz.

Pois bem, em 24 dejaneiro de 2007, o Ór-gão Especial do Tribunal de Justiça deSão Paulo, reuniu-se para o julgamen-to das ações retro citadas, tendo ocolegiado decidido, sucintamente, quelei municipal pode complementar lei es-tadual em matéria ambiental, mas nãocontrariar a legislação do estado, de-clarando, consequen-temente, ainconstitucionalidade do artigo 201, daLei Complementar Municipal 1.616/2004 (Código Ambiental de RibeirãoPreto-SP.).

Dessa forma, não mais pode seraplicada no município de Ribeirão Pre-to a proibição de utilizar-se do fogocomo prática agrícola nos canaviais,desde que observada a legislação es-tadual em vigência (Lei nº 11.241/2002,regulamentada pelo Decreto nº 47.700/2003).

É importante ressaltar, também, queainda cabe recurso ao Supremo Tribu-nal Federal, caso entender viável a doutaprocuradoria estadual, porém, este jul-gamento já confirma o resultado obtidoem outra ADIn (Ação Direta deInconstitucionalidade) ajuizada contralei semelhante do município de Ameri-cana-SP., o que cria, desta forma, prece-dente positivo no Estado de São Paulo.

Há que deixar consignado que, antea importância da discussão, o Sindica-to Rural de Ribeirão Preto, através deseu departamento jurídico, contou como apoio do departamento jurídico daCanaoeste e de demais unidades indus-triais instaladas na região, bem comodo desembargador aposentado e ago-ra advogado, Dr. Rui Geraldo CamargoViana, que igualmente presta assistên-cia jurídica aos associados daCanaoeste em segunda e terceira ins-tâncias jurídicas há mais de 8 (oito)anos.

Portanto, sem sombra de dúvida,esta decisão emanada de tão eminen-te Corte de Justiça, criou um impor-tante precedente em defesa dainconstitucionalidade de leis munici-pais que pura e simplesmente proíbemo uso do fogo como métododespalhador da cana-de-açúcar, con-tradizendo totalmente a Lei Estadualnº 10.547/2000, alterada pela Leinº_11.241/2002, que já possuem me-canismos de controle e formas de eli-minação gradativa, a serem observa-dos em todo o Estado de São Paulo.Evitou-se, com tal decisão, mais umatentado à segurança jurídica.

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

Culturas de Rotação

Altas nos preços doMilho e SojaCristiane Barão

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Biocombustíveis elevam cotação e real valorizado reduz custo de produção; tendência é animadora

Avalorização dos biocombus-tíveis é a principal alavan-

ca dos preços do milho e da soja nomercado internacional, com influên-cia também no mercado interno. OsEstados Unidos, que já de-finiram como meta à redu-ção do uso de 20% dagasolina até 2017 de-vem ampliar a utiliza-ção do milho para afabricação de etanole, provavelmente, re-duzir o cultivo da soja.

É o que mostram as esti-mativas do governo norte-ame-ricano, divulgadas em meados defevereiro: a área plantada com milhodeverá crescer 10% até 2010, comrecuo de 9% em relação à de sojaaté 2009. Reflexos desse cenário deestoques mundiais menores, os pre-ços da soja e do milho no mercadointernacional dispararam: já no iní-cio de fevereiro a soja atingiu o mai-or preço desde 2004 na Bolsa de Chi-

cago e o milho segue em alta, de-pois de ter sido o produto que maisse valorizou nas bolsas internacio-nais em 2006.

No mercado interno, o cenáriotambém é positivo. A saca da sojachegou a R$ 32,56 em 15 de feverei-ro. Nesse mesmo dia do ano passa-do estava cotada a R$ 27,06,de acordo com os índices do

CEPEA/Esalq. Opreço mais baixofoi R$ 24,3/sacaem abril. Em rela-ção ao milho, asaca estava cota-da a R$ 21,39 em15 de fevereiroúltimo, contra R$16,32 do mesmodia no ano pas-sado, quando opreço mais bai-xo foi R$ 13,33em abril, aindade acordo como CEPEA/Esalq.

De acordocom o geren-

Augusto César Strini Paixão,gerente da unidade de grãos

da Copercana

te da Unidade de Grãos daCopercana, Augusto César StriniPaixão, ainda pode haver melhorasno segundo semestre, já que o ce-nário é favorável. “Além dos preçosestarem em bons patamares, o realvalorizado reduziu os custos de

produção. Isso já viabiliza oplantio”, disse Paixão.

Segundo ele, no entan-to, ainda não é possí-vel ter noção do ritmo

e da intensidade da su-bida dos preços, já que é

preciso esperar a colhei-ta brasi le ira de sojaavançar e a definição da

área a ser cultivada nos Esta-dos Unidos, onde o plantio começaa partir de abril. Já em relação ao mi-lho, é preciso aguardar a colheita eo plantio da safrinha nos Estadosmaiores produtores, como Paraná eGoiás.

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Novas Tecnologias

Características de novasversões de plantadorasde cana-de-açúcar

Durante recente reunião técnicapromovida pelo GMEC, grupo

constituído principalmente por repre-sentantes de usinas produtoras de açú-car e álcool dos estados de São Paulo,Paraná, Mato Grosso do Sul, MinasGerais, Goiás, Mato Grosso e até doParaguai, que operam na área demotomecanização e manutenção mecâ-nica, incluindo universidades e entida-des de pesquisa, como a UFSCar(campus Araras), o CTC (Centro deTecnologia Canavieira) e o IAC (Insti-tuto Agronômico de Campinas), reali-zada em Ribeirão Preto, foram apresen-tadas e discutidas as principais carac-terísticas de plantadoras de cana-de-açúcar lançadas no mercado nos últi-mos anos.

Constata-se que ocorreu incremen-to no plantio mecanizado da cultura dacana-de-açúcar a partir de 2005, repre-sentando então 0,5% do plantio realiza-do, com crescimento do setor canavieiroem áreas de pastagens e de produção degrãos, passando esse percentual para3,0% em 2006 e com perspectivas de atin-gir 6,4% em 2007, vislumbrando-se essecrescimento até 2010.

Trata-se de modelos de plantadoraslançados no período 1999-2006, de duaslinhas, para espaçamentos entre 1,40-1,50m, com massa em ordem de marchaentre 6,0-7,8 t e capacidade de carga aoredor de 6t, com bitolas entre 2,90-3,00mou mesmo 3,20m. O raio de giro observa-do oscilou desde 5,5m a 6,7 m entre mo-delos de uma mesma máquina, a 7,3m,em outro modelo. Operam em declivesmáximos, conforme o modelo, de 12%ou 16%, sendo este mais comum ou emdeclives pouco maiores por onde trafe-ga a colhedora de cana. A velocidade dedeslocamento varia entre 5 e 7 km/h, emque modelos podem atingir 10,5 km/h,em condições excepcionais de operação.Para o plantio semi-mecanizado a velo-cidade gira ao redor de 3 km/h, adequa-da para que não ocorra falhas de plantio.

A operação de plantio de cana-de-

açúcar envolve as seguintes ações: 1)sulcação, subsolagem e adubação den-tro do sulco; 2) aplicação de inseticidano sulco; 3) distribuição de mudas; 4)cobertura e fechamento do sulco.

As máquinas são, regra geral, cons-tituídas por uma estrutura composta dechassis que suporta uma cabina de co-mando e controles, sistema de trans-missão de energia, rodado e depósitosde fertizantes, corretivos eagroquímicos. As cabinas modernassão panorâmicas, deslocadas da lateralpara a parte central da máquina, com aampla visão da área de trabalho devidoao posicionamento suspenso e uma ouduas portas de acesso, com ar condici-onado ou climatizador e possibilitandorenovação do ar interno. Os painéis decontrole, no interior das cabinas, po-dem apresentar comandos que acionamo fluxo de rebolos a serem lançados nossulcos, as dosagens predeterminadasde aplicação de agroquímicos e fertili-zantes. Possuem rodados de pneus de-vido à maior mobilidade que proporcio-nam na operação de plantio, geralmen-te com quatro pneus do tipo altaflutuação, na conformação em tandemque, embora adequada no ponto de vis-ta mecânico, é contra-indicada no pon-to de vista agronômico, por contribuirpara a compactação do solo ao induziro efeito de "carga repetida". Os roda-dos em esteiras ou mistos não são em-pregados nesse tipo de máquina devi-do ao custo e menor mobilidade na ope-ração. Alguns modelos podem ser do-tados de suspensão do tipo balança,por feixes de molas ou do tipo indepen-dente, possibilitando que um pneu seeleve ao transpor um obstáculo, ao pas-so que o outro do mesmo eixo perma-neça sobre a superfície do solo.

A maioria modelos em uso não sãoautopropelidos e assim são tracionadospor tratores com motores de potência nafaixa de 121 kW (165 cv) ou 132 kW (180cv), sendo este mais comum também napropulsão de plantadoras autopropelidas,ou ainda, 162 kW (220 cv). Todos com

rotação do motor entre 1.800-2.200 rpm.

O preparo do solo é efetuado geral-mente por dois subsoladores de perfisdiversos, incluído o riper, alados, poden-do ter flutuação, destinados a efetuar umasulcação variável entre 25-45 cm, con-forme o porte, potência e modelo de má-quina e necessidades agronômicas rela-tivas à classe e teor de água do solo evariedade ou cultivar da muda. Em geral,o controle de profundidade é efetuadopor meio de regulagem de altura de en-gate da plantadora ao trator, por pneusacoplados a barras reguláveis ou por ci-lindros hidráulicos, no caso de máqui-nas autopropelidas. A regulagem míni-ma de profundidade de sulcação é de 20cm, sendo que o máximo que tem sidoefetuada é no nível de 40 cm, sendo pre-conizada a faixa ao redor de 30 cm. Le-vantamento realizado em usina mostrouque 80% da profundidade de sulcaçãoficou compreendida na faixa entre 26-30cm de profundidade. As asas do sulcadorsão reguláveis entre si e possibilitamobter a largura desejada para o sulco deplantio. Entretanto, não há necessidadede grandes larguras e/ou profundidadesde sulco, uma vez que tais dimensõessão diretamente proporcionais à potên-cia do motor da plantadora ou do tratorque a traciona. Por outro lado, o sistemade "canteirização" proposto pela UsinaSão Martinho, de Pradópolis, em que aslinhas de plantio de cana são considera-das "canteiros" e, dessa forma, sãoindicadas técnicas destinadas a evitar o"pisoteio" das linhas de cultura e acompactação do solo, em conformidadedo tráfego com as bitolas dos tratores,ensejando assim que o balizamento detodo o trânsito na lavoura seja determi-nado pelo rastro dos pneus. Quanto àprofundidade do sulco, o plantio efetu-ado mais próximo à superfície do solo,com calor e teor de água adequados, fa-cilita a germinação das gemas. As asasde subsoladores ultimamente têm sidorevestidas com poliuretanas ou cortinasde borracha, com o objetivo de reduzir aaderência de solos argilosos úmidos nasuperfície das asas. Ao encontrar obstá-

Jair Rosas*

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

Novas Tecnologias

culos de maior resistência à passagemdo subsolador, as hastes são destrava-das por desarme automático por meio desistema de molas ou ainda por pinos fu-síveis, conforme o modelo de máquina.

Para a fertilização possuem um oudois reservatórios de adubo sólido outorta de filtro, com capacidade na or-dem de 300 kgf, geralmente com dispo-sitivo dosador-distribuidor utilizandoesteiras transportadoras ou rosca heli-coidal de acionamento hidráulico, po-dendo possuir visor para o nível de fer-tilizante e/ou boca para inspeção e lim-peza. Há um modelo com capacidadepara 1.000 kgf, em duas caixas de 500kgf, com a opção de aplicar adubo gra-nulado ou líquido, com instalação es-pecial para isso. Podem possuirsensores de monitoramento de saída defertilizante sólido ou também um reser-vatório específico para calcário. Há ummodelo de maior capacidade, com mo-tor hidráulico para efetuar o abasteci-mento e sensor elétrico destinado a ori-entar o operador quanto ao momentode reabastecimento. A dosagem de adu-bo varia na faixa de 300-600 kgf/ha.

Possuem depósito para agroquímicoslíquidos, com capacidade variável de 200l, 300-310 l (podendo ter dois tanques nosmodelos maiores), ou ainda 600 l. Oacionamento geralmente é efetuado pormotor elétrico ou hidráulico. Pode ter bo-tão liga-desliga com lâmpada indicadorado funcionamento. Modelos recentespossuem sensores de monitoramento dasaída da solução.

São empregados motores hidráuli-cos e elétricos para o acionamento dosdiversos órgãos da plantadora, haven-do uma tendência para reduzir a potên-cia dos motores hoje utilizados, visan-do melhorar a operacionalidade de plan-tio. É variável a vazão de sistemas hi-dráulicos que acionam os diversos ór-gãos da máquina, conforme o modelo,desde 60, 75, 90, 100, 106 a 110 litros/minuto, estes últimos com pressão detrabalho ao redor de 150 bar e vazãoconstante. Menores pressões no siste-ma são indicadas para evitar superaque-cimentos e reduzir vazamentos de flui-do. Modelos de maior porte podem tercircuitos hidráulicos independentes eserem do tipo centro fechado. Emplantadoras tracionadas deve haveruma integração perfeita entre pressão,vazão e capacidade do depósito de óleoentre o trator eleito para esse trabalho e

a plantadora. Para isso estão sendo rea-lizadas modificações/adaptações emsistemas hidráulicos de alguns tratorespara possibilitar, além da tração, oacionamento de órgãos de plantadorasde cana-de-açúcar.

De um modo geral o plantio é reali-zado na forma de cana picada, com re-bolos apresentando o mínimo três ge-mas viáveis e comprimento variandoentre 37, 38, 45 cm, ou até mesmo 50 cm,conforme o fabricante e modelo. Asplantadoras de cana inteira encontram-se em desuso, com exceção para algunspoucos modelos que empregam o plan-tio manual. Há um modelo capaz de efe-tuar o plantio de cana inteira ou picada.A capacidade de carga de mudas é de 6t, com volume da caixa de cana (ou re-servatório-pulmão) variável entre 20;20,5 ou 24 m3, havendo no mercado umúnico modelo para 12 t. O abastecimen-to de mudas é efetuado pela traseira damáquina ou pelas laterais, conforme omodelo. Os reservatórios de mudas demaior capacidade são subdivididos lon-gitudinalmente para evitar acomodaçãoerrada dos rebolos.

A dosagem de rebolos para plantiopode ser realizada de diversas formas:o assoalho do reservatório pode serbasculante para possibilitar uma distri-buição controlada de mudas de canapicada na operação de plantio ou serefetuado por meio de esteiras distribui-doras de mudas, com taliscas intercala-das, revestidas por borracha, para re-duzir danos às gemas durante essetransporte. Em outros casos, um cilin-dro hidráulico é empregado para em-purrar as mudas em direção à tampa dofundo do depósito, ejetando-as em di-reção ao sulco de plantio, através deesteiras ou bicas direcionadoras. Há uminforme de que o uso de esteiraalimentadora possibilita ocorrer apenas3% de dano na muda do transbordo atéo sulco, no solo. Em um outro sistema,há uma corrente no elevador de mudas,possibilitando que o excesso de mudasseja lançado para trás, uniformizando adosagem de plantio. Podem também tero assoalho com acionamento hidráuli-co no nível de alimentação das mudas,que movimenta também a tampa trasei-ra. Há também o introdução de uma cai-xa alimentadora, de onde a muda cai nosulco por gravidade.

Modelos de plantadoras tracionadase de menor capacidade operacional efe-

tuam o carregamento manual de mudaspor meio de quatro trabalhadores, alémde um operador da plantadora, com ca-pacidade para 4 t de mudas e com alturade carga ergonômica. O abastecimentode mudas é efetuado pela traseira da má-quina ou pelas laterais, conforme o mo-delo.

Após a deposição dos rebolos nofundo do sulco, discos rotativos e con-vergentes, ajustados entre si, em geralde 45 cm de diâmetro, efetuam o fecha-mento do sulco pela ação de mancais abanho de óleo. São também chamadoscobridores, que podem atuar sobre su-porte com sistema oscilante oupantográfico. O painel de controle nointerior da cabina pode ter mostrador lu-minoso para indicar se o cobridor estáabaixado e funcionando. Essa operaçãonão carece de repasse, de um modo ge-ral. O acabamento de plantio é realizadopor passagem de rodas de ferro, rolos decantoneira, rolos compactadores reves-tidos de borracha, pneus ou discos comarticulação por molas, que efetuam oacamamento, proporcionando um con-tato íntimo do rebolo com o solo. Podeter quebra-lombo central às linhas.

Modelos maiores e mais recentes sãoautomotrizes, acionados por motoresacima de 132 kW (180 cv), com três ei-xos, suspensão pneumática, tração 6x4ou 6x6 e transmissão hidrostática. Pneusde maiores dimensões (60 cm de largura)e alta flutuação associados a copiadorde solo mantém a relação de profundi-dade com o sulcador-subsolador pormeio de monitoramento da pressão hi-dráulica, possibilitando que omicrorelevo do terreno não interfira noplantio. Podem ter o para-brisa da cabi-na curvo para evitar acúmulo de resídu-os e o banco ergonômico, com suspen-são pneumática e usar DGPS para agri-cultura de precisão. A colocação desensores possibilita que a aplicação deprodutos seja controlada por sistema decomandos eletromagnéticos realizadainternamente, na cabina, podendo utili-zar cartão de memória que vai gravandoos dados no decorrer do plantio, comuma autonomia satisfatória. Um modelodispõe de monitor e câmeras filmadoraspara controle e acompanhamento dodepósito de mudas e da distribuição demudas no sulco de plantio.

*Engenheiro Agrícola do Centrode Engenharia do InstitutoAgronômico de Campinas

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Pragas e Doenças

ESTRIAS: Uma preocupaçãotambém para os produtoresCarla Rossini

Doença afeta canaviais paulistas e causa prejuízos aos produtores

Tem se observado nos últimosmeses um aumento na inci-

dência de uma doença causada pelabactéria Acidovorax avenae subsavenae, conhecida como “Estria Ver-melha”.

Esta doença, em condições favo-ráveis pode causar grandes danos aoscanaviais, principalmente, quando va-riedades consideradas suscetíveis fo-rem alocadas em ambientes propícios.Segundo o engenheiro agrônomo daCanaoeste, Gustavo de Almeida No-gueira, “pode ocorrer uma intensida-de maior de ataque em condições cli-máticas favoráveis, associadas a so-los de alta fertilidade”.

SINTOMAS

A doença se mani-festa como estrias finase longas e podridão dotopo da planta. Nas fo-lhas os primeiros sinto-mas são estrias enchar-cadas que gradualmen-te tomam a coloraçãovermelha (como mostraa imagem ao lado). Pos-teriormente, os sinto-mas se estendem para aregião do meristemaapical, que se tornaumedecida em conse-qüência da morte dos te-cidos e a podridão dotopo. Se as condiçõesforem favoráveis, a po-dridão do topo se esten-de pelo colmo, causan-do rachaduras por ondeescorre um líquido comodor forte e característi-co que pode ser notadohá alguns metros dedistância. A maior ocor-rência da doença se dá

em plantas com três a oito meses deidade.

DISSEMINAÇÃO

A bactéria da Estria Vermelha podesobreviver no solo e em restos da cul-tura (palha e folhas secas), por um pe-ríodo não muito longo. Algumas plan-tas, como o milho por exemplo, podemservir de hospedeiro alternativo. Emcondições de calor, isto é, tem-peraturas acima de 28ºC e altaprecipitação, umidade rela-tiva em torno de 90% favo-recem o aparecimento e adisseminação desta doen-ça. “Cabe lembrar que nosúltimos meses as condi-ções climáticas foram ex-

Gustavo de Almeida NogueiraEngenheiro Agronomo da Canaoeste

tremamente favoráveis ao apa-recimento e disseminação des-ta doença, principalmente emvariedades suscetíveis culti-vadas em ambientes propíci-os”, explica Gustavo.

CONTROLE

Em ambientes de produçãoque favorecem a ocorrência dadoença, não é aconselhável oplantio de variedades suscetí-veis. No Estado de São Pauloe Paraná onde a bactéria éendêmica, variedades suscetí-veis devem ser cultivadas emsolos de baixa fertilidade, limi-tando-se o uso de fertilizantes.Deve-se ainda, evitar a implan-tação de viveiros em áreas afe-tadas e se possível não utilizarmudas oriundas de áreas afe-tadas, pois, a doença sobrevi-ve em restos culturais.

Os primeirossintomas queaparecem nas folhas

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

MarçoMarçoMarçoMarçoMarço

Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-seMarço Março Março Março Março de de de de de 20072007200720072007

FEICANA e FeioBio/2007 - Feira de Negócios do Setor de EnergiaData: 06 a 08 de março de 2007Local: Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado, Araçatuba-SPTemática: A feira contemplará além de equipamentos, assuntos relacionados ao mercado interno e exter-

no de açúcar e álcool, com informações e novidades do setor. Durante os três dias de feira, também serãorealizados seminários voltados às áreas: Recursos Humanos (segurança do trabalho agrícola e industrial);Agrícolas, Industrial e mercado de açúcar, álcool e energia. Os seminários serão organizados pela UDOP,UNICA e SAFRA EVENTOS.

Maiores Informações: (18) 3624 9655 ou [email protected]

II Congresso Internacional FeincoData: 14 a 16 de março de 2007 -Local: Centro de Exposições Imigrantes, São Paulo-SPTemática: O Congresso Internacional é um evento simultâneo a IV FEINCO - Feira Internacional de

Caprinos e Ovinos que irá apresentar ao mercado soluções que visam o desenvolvimento e a profissionalizaçãoda cadeia produtiva.

Maiores Informações: (11) 5067 6767 ou [email protected]

I ConcanaCongresso Internacional de Tecnologia na Cadeia Produtiva da CanaData: 26 a 30 de março de 2007Local: FAZU – UberabaTemática: Diante da explosão dos canaviais, surgimento de várias usinas de açúcar e álcool mudando o

cenário da economia, a FAZU toma a linha de frente e em parceria com a Uniube (Universidade de Uberaba)e a Cana campo (Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Campo Florido/MG) formata ummega evento para discutir a cultura sob todas as vertentes: tecnológica, produtiva, estrutural, ambiental,mercadológica e política.

Maiores Informações: 0800 34-3033

Agrishow Comigo 2007Data: 27 a 30 de março de 2007Local: Centro Tecnológico Comigo - Est. Velha Rio Verde/ Jataí 10Km após FesurvTemática: Com o slogan “otimismo é a palavra de ordem” a feira terá as seguintes atrações: exposição de

insumos agrícolas e pecuários, demonstração de máquinas e equipamentos, dinâmica de pecuárias e de má-quinas, financiamentos e instituições de pesquisa, universidades e fundações.

Maiores Informações: (64) 3611 1525 ou [email protected]

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 20073636363636

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção deEsta coluna tem a intenção deEsta coluna tem a intenção deEsta coluna tem a intenção deEsta coluna tem a intenção demaneira didática, esclarecermaneira didática, esclarecermaneira didática, esclarecermaneira didática, esclarecermaneira didática, esclareceralgumas dúvidas a respeito doalgumas dúvidas a respeito doalgumas dúvidas a respeito doalgumas dúvidas a respeito doalgumas dúvidas a respeito doportuguêsportuguêsportuguêsportuguêsportuguês

O desenvolvimento do sistema radicular da cana-de-açúcar influencia di-

retamente alguns fatores como tolerân-cia à seca, capacidade de germinação e/ou brotação, porte da planta (ereto oudecumbente) tolerância à movimentaçãode máquinas, eficiência na absorção dosnutrientes do solo, tolerância ao ataquede pragas e parasitos do solo, etc. Detais fatores depende a produtividade fi-nal. A quantidade de raízes não é o fatordeterminante dessas vantagens e sim asua distribuição no perfil do solo ao lon-go das estações do ano, em íntimainteração com o ambiente de produção.

O conhecimento do sistema radicular dacana-de-açúcar e da dinâmica do seu de-senvolvimento pode proporcionar oembasamento para algumas técnicas demanejo da cultura, como o controle denematóides. É sobre esse assunto que aobra "Dinâmica do desenvolvimentoradicular da cana-de-açúcar e implica-ções no controle de nematóides", dosautores Antonio Carlos Machado deVasconcelos e Leila Luci DinardoMiranda.

Os interessados em conhecer as suges-tões de leitura da Revista Canavieiros po-dem procurar a Biblioteca da Canaoeste, naRua Augusto Zanini, nº 1461 em Sertãozinho,ou pelo telefone (16) 3946-3300 - Ramal2016.

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

1) Pedro, antes de sair do escritório, disse:Alguém viu”” o meu óculos”” de sol sobre a mesa?

Com certeza, ninguém viu... e o sol desapareceu, ficando o erro de Português!!!Pedro veja a diferença entre o substantivo no singular e o substantivo no plural.

Óculos é o substantivo que no singular tem significado diferente do plural:O ÓCULO, no singular, quer dizer luneta, binóculo.OS ÓCULOS, no plural, é a armação com lentes que se usa no rosto, na face.

Devemos dizer então: os meus óculos.Ex.: -Alguém viu os meus óculos de sol sobre a mesa?

Agora, todos viram!!! O Português está correto!!! O sol apareceu!!!

2) O chefe da empresa comentou:As cópias “”elas”” têm um tempo perecível. Entreguem com urgência

para mim.

Com certeza, o chefe ficará sem as cópias... e o Português com o famosoPleonasmo vicioso do sujeito( no caso, a palavra acima “”cópias”” é o sujeito dafrase).

Prezado amigo leitor, basta dizer: As cópias têm um tempo perecível.

3) “”Venceu”” quatro duplicatas hoje... Maria está sem dinheiro... a situa-ção é constrangedora...

Maria está sem dinheiro, constrangida e sem um bom estudo sobre o tópicogramatical “”Concordância Verbal””....

Puro erro de Concordância Verbal, na frase acima, quando o sujeito vemdepois do verbo.

Explicação fácil: o sujeito da frase é: quatroduplicatas(está no plural), portanto o verbo( nocaso, vencer) precisa concordar com o sujeito.

O correto: Venceram quatro duplicatas hoje.

Advogadae Prof.ª de Português e Inglês

Mestra—USP/RP,Especialista em Língua

Portuguesa, Consultora dePortuguês, MBA em Direito e

Gestão Educacional,Escreveu a Gramática

Português Sem Segredos(Ed. Madras)

com Miriam M. Grisolia

RENATA CARONE SBORGIA

DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTORADICULAR DA CANA-DE-AÇÚCAR E

IMPLICAÇÕES NO CONTROLE DENEMATÓIDES

"" Nenhum monte que se abre para uma nova idéia voltará a ter o tamanho original""

Albert Einstein

"" Um amigo é uma pessoa com a qual se pode pensarem voz alta""

Ralph Waldo Emerson

"" Os dias prósperos não vêm ao acaso; nascem de muita fadiga e persistência""

Henry Ford

PARA VOCÊ PENSAR:

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

Repercutiu

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“O Brasil vive um momento muitointeressante, eu diria um momentoauspicioso porque o Brasil detém atecnologia da produção de álcoolcomo nenhum outro país do mundodetém. Nós estamos hoje não apenasproduzindo 16,5 bilhões de litros deálcool no Brasil e utilizando 23% deálcool na gasolina, como nós estamosnuma frente de trabalho muito forte dogoverno e dos empresários na tentati-va de convencer o mundo desenvolvi-do a colocar álcool na gasolina paradiminuir a emissão de gases que tantopoluem o planeta Terra e tantopreocupam os países do mundo epreocupam os ambientalistas”.

Do presidente Luiz Inácio Lula daSilva durante o programa café com opresidente no dia 12 de fevereiro.

“O investimento empesquisa não é fundamental

apenas para aumentar orendimento da matéria-prima

no campo, mas também aolongo do processo industrial.

Por isso, temos que tornaressas explorações cada vez

mais rentáveis para expandir aprodução de álcool combustí-

vel e biodiesel por área.Porém, esse crescimento deveser sustentável, preservando

o meio ambiente.”Do ministro da agricul-

tura Luís Carlos GuedesPinto em matéria divulgadano site do MAPA no dia 08

de fevereiro.

De um usineiro ao Estado de S. Paulo sobre a tentativade compra da Vale do Rosário por parte do Grupo Cosan.

“Tanto a ofertacomo a recusaforam passionais”

“É preciso saber,no entanto, de quemaneira será adminis-trada a questão daspatentes, para que os brasileiros não acabem por perder essavantagem. Também é preciso saber até que ponto esse entusi-asmo dos Estados Unidos pelo etanol a partir da cana nãopoder significar, também, uma maneira de se aproximar do Bra-sil como aliado importante no continente, em um momento deascensão de Hugo Chavez na região.

Editorial do Diário Comércio e Indústria em 13 de fevereiro.

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 20073838383838

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Revista Canavieiros - Fevereiro de 2007

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