Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

130
Gastronomia Tastare: a Itália de maneira descontraída Culinária Faça pratos maravilhos em sua casa Carros Passat CC: tire os pés do chão com ele Ela viu uma oportuniade e tratou de agarrá-la Andréia Miura SEM MEDIDA Revista wr ters i Editora Comunicação Para quem não tem medo da fita métrica Ano 2 - Nº 3 - Abril de 2010 Jennifer Barreto-Leyva conta como é ser plus size na Venezuela

description

Revista dedicada ao público plus size de lingua portuguesa

Transcript of Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

Page 1: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

GastronomiaTastare: a Itália

de maneiradescontraída

Culinária

Faça pratosmaravilhos

em sua casa

CarrosPassat CC:

tire os pés dochão com ele

Ela viu uma oportuniadee tratou de agarrá-la

Andréia Miura

SEMMEDIDARevista

wr tersiEditora ComunicaçãoPara quem não tem medo da fita métrica

Ano 2 - Nº 3 - Abril de 2010

Jennifer Barreto-Leyva conta comoé ser plus size na Venezuela

Page 2: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

WORKSHOP GRATUITO

AUTO-ESTIMAUM MERGULHO EM SI MESMA

Se você é plus size, venha assistir a estaapresentação de Tânia Sanches e

receba dicas essenciais paratornar melhor o seu dia-a-dia.

Dia 13 de maio, às 19h30, no auditório doEdifício Fortune. Rua Vergueiro, 2087 – 1º andar,

São Paulo - SP. (prox. ao metrô Ana Rosa)

Para quem vier de carro, há estacionamento pago no local.

Organização Apoio

wr tersiEditora Comunicação

Imag

em: W

ikip

edia

Com

mon

s/Tr

uzgu

iladh

Vagas limitadas a 30 participantes. Inscreva-se já.Reserve sua vaga pelo telefone: (11) 5539-3560.

Page 3: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 3

O

SEMMEDIDARevista

Para quem não tem medo da fita métrica

“Sem”Preposição

Ausência de condição necessária.

“Medida”Substantivo feminino

O que não pode ou não deve ser ultrapassado; limite, termo.

A revista Sem Medida é uma publicação eletrônica periódica editada pela Writers Editora e Comunicação Ltda., de acesso gratuito através do web site: www.semmedida.com.br. Os artigos publicados aqui não refletem, necessariamente, as posições ideológicas do projeto e da editora e são de inteira responsabilidade de seus autores.

EditoresRoberto Paes e Francisco Reis

Jornalista responsávelFrancisco Reis (MTb: 14.887)[email protected]

Produção gráfica e webdesignRoberto [email protected]

PublicidadeDepartamento - [email protected]

Writers Editora e Comunicação Ltda.Rua Prof. Guilherme B. Sabino, 1347 Cj 112 - Jd. Marajoara - São Paulo - SPCep: 04678-002Tel.: 55 (11) 3729-3534Web site: www.writers.com.brE-mail: [email protected]

Uma edição repletaAntonio Larghi

lá novamente. Depois de tantas edições, nós da Sem Medida, já nos sentimos como convidados bem-vindos em seus computadores.

E acreditamos nisso, não apenas como uma suposição. Nossa certeza vem aumentando durante todo este tempo graças às centenas de mensagens que temos recebido. Cada uma, à sua maneira, elogiando e incentivando nosso trabalho, que realizamos com profissionalismo e responsabilidade e, por que não confessar, com um grande prazer.

Nesta edição, traçamos o perfil da modelo plus size Andréia Miura e, ultrapassando fronteiras, apresentamos Jennifer Barreto-Leyva, uma modelo venezuelana que também é advogada e trabalha ativamente na defesa de pessoas que sofrem qualquer tipo de discriminação.

Na gastronomia, apresentamos o restaurante Tastare, publicamos uma matéria onde Lumi Toyoda fala sobre etiqueta numa refeição tradicional japonesa, aprendemos como escolher um bom azeite com a sommelier Laura Reinas e, com a ajuda do chef Luis Calmon, aprendemos a preparar um prato delicioso.

Falando sobre moda, batemos um papo com a personal stylist Marina Käfer e descobrimos como quem está acima do peso pode se vestir de forma elegante e recheamos várias páginas com um ensaio produzido com as roupas criadas pela Lepoque para esta estação.

Entre os assuntos ligados a comportamento e estilo de vida, Godofredo Sampaio, nosso mais novo colaborador, dá dicas sobre charutos e mostramos o Passat CC, da Volkswagen. E, como não vale a pena viver sem saúde, nesta edição apresentamos a você a acupuntura.

Passeando pelo mundo virtual, apresentamos Carla Manso, uma colunista que apresenta, no iG, suas idéias e notícias do universo plus size. E, para agradar os ouvidos, em nosso bloco de cultura e lazer, apresentamos a voz e o violão do jovem Bruno de La Rosa.

Boa leitura a todos.

Roberto Paes

de mulheres que sabem muito bem o que querem

Page 4: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

Charuto 76 Carros 82

6 Perfil 30 InternacionalÍndice

14 Onde ir

Page 5: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

Carros 82 Moda 95 Música 122

30 Internacional 48 Etiqueta

Page 6: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

6 |SEM MEDIDA

saber aproveitar uma oportunidade é fundamental

Andréia Miura

Texto: da Redação | Imagens: Hilton Costa

Page 7: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 7

Estar no lugar certo e na hora certa pode mudar a vida de qualquer um. Isso, desde que esse alguém esteja disposto aver uma oportunidade. Foi issoque aconteceu com esta modeloplus size, que, ao assistirum programa de televisão,enxergou um novo futuroem sua vida profissional.

Page 8: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

8 |SEM MEDIDA

Page 9: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 9

ndréia Miura sempre teve uma constituição grande. Apesar de ter tendência a engordar, sem-pre conseguiu ficar no limite.

Porém, com a gravidez, além de uma linda menina, ela também ganhou alguns qui-los, apesar dos cuidados alimentares e da prática em academia. Mas ela nunca teve problema algum com isso, até por que, seu marido a ama como ela é, sua família tam-bém e ela está muito bem, obrigado. E só quem está com o astral sempre em alta, pode sacar coisas que aos demais passa-riam desapercebidas.

Foi assim que ela começou na carreira de modelo plus size. “Foi absolutamente por acaso”, lembra Andréia. “Estava assis-tindo televisão em um domingo, quando vi uma reportagem sobre este tipo de mode-lo. A identificação foi instantânea. Como havia saído do emprego, discuti com meu marido a possibilidade de trilhar aquele caminho, procurei uma agência dedicada a modelos plus size, fiz o book e tudo co-meçou”.

O marido é o seu fã e incentivador nú-mero um. “No dia a dia, com seu carinho e amor, ele me prova que sou uma mulher atraente, amada e muito desejada”, diz or-gulhosa Andréia. “Quanto à minha família, tenho apoio total e irrestrito de todos, o que é muito importante pois, a família, pri-meiro o marido e a filha, depois mãe, pai e irmãos, são a base de tudo. O porto se-guro para onde podemos voltar em dias de tormenta, ou simplesmente aquelas pes-soas que só de sabermos que estão lá, já nos deixam mais tranquila”.

Uma carreira meteórica

Depois que assistiu o programa sobre modelos plus size, Andréia investiu na pro-dução de um, comprou roupas descoladas

A

“Quanto à minha família, tenho apoio total e irrestrito de todos, o que é muito importante pois, a família, primeiro o marido e a filha, depois mãe, pai e irmãos, são a base de tudo. ...”

Page 10: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

10 |SEM MEDIDA

e manteve vários contatos com agências de modelos, lojistas e até imprensa.

Esse esforço lhe rendeu “um dia de mo-delo”. Depois ela participou do desfile Mu-lheres Reais, promovido pela editora Haz. “Esse desfile me rendeu um convite para participar de um desfile ao vivo na RedeTV, no programa Manhã Maior”, conta ela. “E os trabalhos começaram a aparecer. Fez um desfile no SBT, no programa no Neti-nho, outro desfile no programa da Eliana SBT, depois no Programa da Hebe Camar-go SBT. Fui entrevistada no Super Pop, programa da Luciana Gimenez, na RedeTV. Também participei de matérias no caderno feminino do jornal O Estado de São Paulo. No início do ano de 2010, participei do pri-meiro Fashion Wekeend Plus Size, edição Outono/Inverno 2010, e acabei de fotogra-far o catálogo da coleção Outono Inverno Massambani 2010”.

Essa vida atribulada agrada Andréia Miura, e, para ela, estar nas passarelas é uma realização que compensa qualquer esforço, pois ela consegue sentir a ener-gia do público, o que é muito gratificante, deixando-a realizada a cada desfile.

Para o futuro, ela gostaria de amadure-cer como modelo e poder alcançar traba-lhos internacionais, pois, segundo Andréia, esse é um tema comum a mulheres de muitas nações e não apenas no Brasil. Inclusive, no exterior esse mercado está mais difundido.

E esse maior interesse em modelos plus size elimina um grande problema enfrenta-do por quem se atreve a entrar nesse mer-cado: os baixos salários. “Aqui as modelos plus size ainda não são reconhecidas como as modelos ‘normais’, as magrinhas”, brin-ca ela.

“Nós desempenhamos um papel muito importante. Além de desfilarmos mostran-do a moda para quem está acima dos pa-

“Nós desempenhamos um papel muito importante. Além de

desfilarmos mostrando a moda para quem está acima dos

padrões estabelecidos sabe-se lá por quem, levantamos a auto

estima das pessoas. ...”

Page 11: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 11

Page 12: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

12 |SEM MEDIDA

Page 13: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 13

drões estabelecidos sabe-se lá por quem, levantamos a auto estima das pessoas. A mulher que está acima do peso e conhece esse universo, passa a se cuidar mais, ser vaidosa, a auto estima fica absolutamente em alta e isso reflete no humor, no cuida-do com a saúde, com o corpo. Quem não gosta de receber um elogio?”

Mas Andréia Miura tem os pés na chão e sabe que a obesidade em excesso exige cuidados. Ela defende a filosofia de que é possível ser uma modelo plus size com saúde e não aprova quem come sem limi-tes, sem se preocupar com o peso. Com a mesma ênfase ela condena as modelos anoréxicas, escravizadas pela balança. Ela própria já pensou em perder peso, mas sem obsessão, de uma maneira muito tranquila, procurando sobretudo manter uma alimentação sadia e malhação duran-te a semana.

“Já me consultei com endocrinologista para perder peso, e já tomei remédios”, lembra ela. “Cheguei a emagrecer um pou-co, mais depois que parei o tratamento, to-dos aqueles quilos perdidos me encontra-ram, não sei como”, brinca a bela modelo de 1,80 m de altura, cabelos loiros e olhos verdes.

Mesmo sem ter grande experiência na área, o pouco tempo que tem já lhe deu uma boa bagagem para aconselhar quem pretende entrar neste mercado. “Levem sua saúde a sério e aprendam a descobrir a beleza do seu corpo, mesmo fora dos padrões convencionais”, afirma Andréia. “Primeiro de tudo está a saúde. Procure orientação médica para adequar seu peso à sua constituição física. Saiba que você é a pessoa mais importante para você. Se ame, se olhe no espelho e veja a pessoa mais linda do mundo. Você se amando, emanará amor, e nós recebemos aquilo que damos. Depois, é só ser feliz”.

“... A mulher que está acima do peso e conhece esse universo, passa a se cuidar mais, ser vaidosa, a auto estima fica absolutamente em alta e isso reflete no humor, no cuidado com a saúde, com o corpo. ...”

Page 14: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

14 |SEM MEDIDA

Gastronomia italiana com sabor e sem afetação

Tastare

Texto: da Redação | Imagens: divulgação

Essa é a proposta do restaurante Tastare que oferece a típica comida italiana, em um ambiente decorado de maneira arrojada criando uma atmosfera aconchegante e acolhedora.

Page 15: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 15

Page 16: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

16 |SEM MEDIDA

runo dos Anjos sempre esteve ligado ao ramo gastronômico. Proprietário de bares e restau-rantes, em novembro de 2009

decidiu abrir o Tastare Cucina Italiana, fru-to de um desejo de ter um restaurante des-colado”, com uma comida clássica.

“O Tastare, que em português, siginifica ‘degustar’, promete atrair amantes da arte, da moda e da culinária com sua cozinha italiana moderna, sem frescuras. Nossa proposta é trazer uma cozinha de qualida-de, mas a preços competitivos e um am-biente mais informal”, explica Bruno.

Essa informalidade foi conseguida por meio da concepção do projeto do designer Lourenço Costa, que investiu num estilo rústico-chique. Entre os destaques, está uma instalação feita de PVC com uma pin-tura, que simula o ferro fundido, e um bal-cão com barris de carvalho no salão prin-cipal. Madeira e tijolos de demolição são algumas das apostas da decoração.

No menu, a casa aposta nos clássicos italianos como a polenta com mascarpo-ne, nozes e gorgonzola (R$ 26,00), risoto de ragú de osso buco e funghi fresco (R$

B

Para se criar boa gastronomia é preciso, entre de mais nada,

competência. Deixar de lado a afetação de um ambiente

sofisticado ajuda a fazer com que as pessoas se sintam bem

é à vontade.

Page 17: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 17

Page 18: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

18 |SEM MEDIDA

Page 19: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 19

Page 20: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

20 |SEM MEDIDA

Page 21: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 21

37,00), ravióli de queijo brie ao molho de manteiga, rúcula e pinolli (R$ 32,00), ta-lharim negro de tinta de lula ao molho de camarões (R$ 41,00) e nhoque tricolor de abóbora, espinafre e batata ao molho gor-gonzola (R$ 34,00). Além disso, o Tastare investe em uma culinária fresca, que explo-ra a sazonalidade dos ingredientes. Todas as massas e itens de pâtisserie são pro-duzidos artesanalmente, dentro da cozinha do restaurante. “Queremos oferecer uma culinária de sabor e qualidade, por isso op-tamos por não usar produtos industrializa-dos”, conta o Bruno que também é o chef.

Para quem prefere curtir um happy hour ou apenas degustar alguns aperitivos, o restaurante também oferece um menu es-pecial. Entre os destaques estão as focac-cias em forma de pizza, endívias cobertas com tartare de salmão ao molho de iogurte e paninis de hambúrguer com mussarela, alface e tomate ou de funghi fresco. Mas as opções mais pedidas da casa são as polentas e os risotos.

Em termos de bebidas, o cliente não fi-cará desapontado. A casa oferece whisky, vodka, gin, tequila, rum, cachaças, licores,

Os pratos do Tastare tem uma apresentação excepcional e a capacidade de encantar os olhos, o olfato e, principalmente, o paladar. Ou seja, tudo que se espera de um bom restaurante.

Page 22: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

22 |SEM MEDIDA

Page 23: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 23

Page 24: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

24 |SEM MEDIDA

vinhos, brancos e tintos, nacionais e de ou-tros países como Argentina, Chile, França, Espanha, Itália e Portugal. Além de coque-téis como Cosmopolitan, Mojito, Bellini, Bloody Mary, ente outros.

Clientela diversificada

O Tastare tem recebido um bom público que se divide no almoço, quando a cliente-la são pessoas da região procurando almo-çar bem, em pouco tempo e com preços justos. No jantar, o público muda para ca-sais e famílias para degustar bons pratos acompanhados de bons vinhos. Em média, o cliente irá gastar almoço cerca R$ 40,00 e no jantar 60,00, sem vinho.

O desempenho do restaurante poderia ser bem melhor caso não existissem as leis anti-bebida e anti-fumo. “Todas as ca-sas sofreram com essas leis, pois o consu-mo de bebida e tabaco está ligado a diver-timento e entretenimento”, analisa Bruno dos Anjos. “Na minha opinião, a lei deveria dar a opção às casas de ser fumante ou não fumante. Quem não gosta de cigarro, não frequenta um lugar que aceita fuman-

Page 25: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 25

tes. Seria mais democrático. Além disso, não se pode utilizar a mesma lei, para res-taurantes, bares, baladas e hospitais e ci-nema por exemplo”.

Mas, deixando os problemas de lado, Bruno aconselha a quem pretende conhe-cer o Tartare, que peça o couvert formado de pão italiano, azeite temperado e sarde-la. Como entrada, tartar misto de salmão e atum ao limão siciliano. Um bom prato principal pode ser a costeleta de cordeiro ao poivre e risoto de funghi. E para finali-zar, tiramissu como sobremessa.

O Tartare tem capacidade para 85 lu-gares internos e 44 externos. Funciona às segundas das 12 às 15 horas, de terça a sexta, das 12 às 15 horas e das 18 até às 24 horas. No sábado, a casa funciona das 12 até o último cliente e de domingo, das 12 às 17 horas.

Aceita todos os cartões de débito e cré-dito, para oferecer maior comodidade aos seus clientes, possui cadeiras para crian-ças, estacionamento com manobrista (R$ 10,00 almoço e R$ 15,00 jantar), acesso para deficientes físicos e Wi-Fi.

Page 26: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

26 |SEM MEDIDA

á várias edições estamos apre-sentando, um a um, os novos equipamentos para leitura de pu-blicações digitais, os chamados

e-Readers. E, para não fugirmos ao hábito, este mês mostramos o “Q”, criado pela empresa norte-americana Plastic Logic. Ele não é o pioneiro neste setor e, prova-velmente, não será o último equipamento que apresentaremos em nossas páginas. Porém, o que ele apresenta em termos de avanço tecnológico, nos faz pensar no que surgirá nos próximos meses.

Entre as inovações apresentadas pelo “Q”, merece destaque seu design ultrafino, 7,6 milímetros de espessura, 27,9 centíme-tros de altura por 21,6 centímetros de lar-gura. Sua área de tela mede 21,7 por 16,3 centímetros, com uma resolução de 960 por 1280 pixels e oito tons de cinza. Sua tela possui um teclado virtual e capacida-

ele será tãoessencial quantoseu celular

e-Reader

Texto: da Redação | Imagens: divulgação

Nos sites e blogs especializados em tecnologia começam a pipocar notícias sobre a apresentação de novos tablets, que além de iniciarem a concorrência ao iPad, da Apple, demonstram uma tendência inevitável para o abandono das publicações impressas.

H

Page 27: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 27

Page 28: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

28 |SEM MEDIDA

de touchscreen. O “Q”, será comercializado com capacidade de armazenamento de 4 ou 8 giga bytes. Na primeira configuração com conectividade WiFi e, na segunda, com WiFi e 3G. Além disso, ele dispõe de conectores USB e bluetooth. Porém, a boa notícia mesmo é que ele, além de servir para a leitura de livros, também possibilita o acesso a jornais e revistas.

Pensando nas necessidades multitare-fas de quem irá comprar este tipo de equi-pamento, a Plastic Logic incorporou ao “Q”, a capacidade de rodar diversos programas, entre eles o Word, Excel, Power Point, PDFs e muitos outros aplicativos serão incorpo-rados a esta lista em breve. Atualmente, no que diz respeito a publicações digitais, o “Q” conta, graças a um acordo entre a Plastic Logic e a Barnes & Nobles, com um acervo de mais de um milhão de e-books.

E, como conectividade é a palavra-cha-ve para os próximos anos, a Plastic Logic e seu “Q” estão formando parcerias para desenvolver aplicativos neste sentido. Entre o que se pode esperar estão o “Q Mail” e o “Q Agenda”, desenvolvidos em parceria com a Good Technology, uma pro-vedora líder na oferta de serviços para as principais plataformas de dispositivos mó-veis. Inicialmente baseada na Good Mobile Email Exchange e Good Mobile Access, os serviços agregados do “Q” serão amplia-dos e terão compatibilidade com uma va-riedade de serviços de e-mail, incluindo o Microsoft Exchange.

A Plastic Logic tem planos para ofere-cer serviços de correio e QUE Calendário. Embora os planos com a Good Technology é inicialmente abranger o desenvolvimento de e-mail pessoal e calendário, o roteiro planejado para o desenvolvimento de Cor-reio e Calendário QUE inclui empresas e serviços do governo seguinte.

O preço incial do “Q” será de US$ 649,00 para o modelo de 4GB e US$ 799,00 para o modelo de 8GB. Se você deseja saber mais sobre o “Q”, visite o web site www.plasticlogic.com.

Page 29: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 29

Page 30: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

30 |SEM MEDIDA

Page 31: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 31

a discriminação existeem qualquer lugar

Venezuela

Texto: da Redação | Imagens: May Martinez

Não se abater e lutar contra ela é a melhor maneira de provar que todo ser humano é igual e merece

respeito. Afinal, não é uma balança que determina o caráter de alguém.

Page 32: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

32 |SEM MEDIDA

Page 33: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 33

ma mulher de fibra. Assim pode ser definida Jennifer Adriana Barreto Leyva. Uma venezuela-na que sempre sofreu precon-

ceito por estar um pouco acima do que a população determinou como o padrão ide-al de peso, até que resolveu virar a mesa. Tornou-se advogada e agora ajuda outras pessoas que sofrem o mesmo que um dia ela sofreu.

Revista Sem Medida – Qual a sua for-mação acadêmica e no que você trabalha atualmente?

Jennifer Adriana Barreto Leyva – Sou advogada, escrevo para várias revistas, sou conselheira contra discriminação, modelo plus size, e tenho um espaço de moda plus size em um programa em Porto Rico. Traba-lho por conta própria. Lamentavelmente na Venezuela, não se dá trabalho para pessoas acima do “peso padrão”, por isso, pessoas como eu, precisamos nos virar para sobre-viver.

Sem Medida – Como você descobriu a discriminação do universo plus size?

Jennifer Leyva – Aconteceu há 10 anos, quando fui fazer um exame médico e não me permitiram entrar por causa do meu peso. Além de tudo, foram grosseiros comi-go. Senti-me impotente, tinha muita raiva, dor por ter sido discriminada mais uma vez, depois de tantos anos e de tantas manei-ras. Então resolvi buscar alguém em quem me apoiar. Para minha surpresa, não havia nada, ninguém que pudesse me ajudar.

Sem Medida – Conte uma dessas situa-ções de discriminação.

Jennifer Leyva – Foram tantas que não dá para contar em números. As que mais me marcaram, me doeram mais, foram as que aconteceram quando eu era criança. Um adulto pode se defender, uma criança não. Além disso, um bebê, uma criança é sagrada, não se pode mexer, não se pode ofender. Recordo uma vez que estávamos passando um fim de semana na casa de praia de uns amigos de meus pais, quando eles começaram a fazer comentários horrí-

veis sobre meu peso. Quando cansaram de falar sobre meu peso, o dono da casa dis-se: és uma lástima teu caso. Tens cara de carnaval e corpo de semana santa. E eu só tinha seis anos. É algo que eu jamais na mi-nha vida vou esquecer. Que Deus o perdoe.

Sem Medida – E o que você fez com esse sentimento de discriminação?

Jennifer Leyva – Me senti como uma ci-dadã de terceira classe. Como se fosse a menor, o pior dos seres humanos. Aí disse para mim mesma: não mais e tomei as ré-deas deste problema nas minhas mãos.

Sem Medida – Hoje você atua como ad-vogada de pessoas que se sentem discri-minadas. Como isso aconteceu?

Jennifer Leyva – Foi algo que aconteceu pouco a pouco. Nunca me propus isso como meta. Começou comigo mesmo. Cada vez que era discriminada, ia atrás dos meus direitos. Ao conhecerem meu trabalho, as pessoas foram entrando em contato comi-go. Pessoas que passaram por situações similares e assim fui ficando especialista no assunto. Depois de pouco tempo do meu pri-meiro caso, já havia mais de 1.500 denún-cias iguais. Não me deixaram entrar em um pub (bar estilo inglês), por que segundo o gerente, meu peso afetaria a imagem do lo-cal. Nem sequer veio falar comigo, mandou os seguranças me avisarem. Já havia passa-do por este constrangimento uma outra vez, mas daquela vez decidi reclamar porque todos tinham visto a humilhação a qual eu tinha sido submetida. Procurei várias por-tas, muitas pessoas riram de mim. Me senti indignada até que uma oficial do Governo onde se encarregam das queixas dos con-sumidores se preocupou comigo e mesmo meu caso estando totalmente desamparado pela lei, a encarregada puniu severamente o bar. O nome e a foto do bar saiu nos jor-nais como sendo um local que discrimina as pessoas. O bar ficou fechado por três dias e pagou uma multa bem pesada. Prometeram desculpar-se comigo, mas nunca fizeram isso e também não quero mais.

Sem Medida – Além de advogada, você também escreve para jornais e revistas.

U

Page 34: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

34 |SEM MEDIDA

Que assuntos você aborda em suas colu-nas?

Jennifer Leyva – Falo de vários temas. Em uma revista falo exclusivamente sobre moda plus size. Em outra publicação, falo sobre o lado social do sobre-peso, das dis-criminações, aspectos legais e tudo o que se refere a ele. Em uma terceira revista, es-crevo sobre como é a vida de uma menina plus size. Por exemplo, com o passar o “Dia dos Namorados”, como fazer certas coisas em sociedade. Gosto muito disso porque me sinto em uma posição de ajudar muitas pes-soas, e dar voz a elas. Sei que poucas se atrevem a falar por medo, vergonha, graças a conceitos que a sociedade impôs. Mas eu tenho fé de que algum dia isto mudará, pois todos temos que fazer a nossa parte.

Sem Medida – Além de advogada e co-lunista, você também atua como modelo. Fale como isso começou? Que tipos de tra-balho você fez como modelo?

Jennifer Leyva – Tem sido muito duro. Na Venezuela especificamente, não existem modelos plus size, nem tão pouco querem dar espaço. Lamentavelmente tive que me fazer conhecida no exterior e depois, pou-co a pouco, ir abrindo as portas deste lado. Tenho feito alguns trabalhos para a casa de modas Igigi, para a Missphit e para a Fashion Overdoze e para o estilista Jean Marc Phillipe. Tenho sido fotografada para muitas revistas. Fiz um comercial para uma marca de refresco muito famosa e para uma marca de cerveja mexicana. Também fui a imagem de uma organização muito im-portante nos Estados Unidos, que promove a autoestima das crianças plus size e que organiza eventos e muitas coisas. Sinto que não tenho feito nada, diante de tanto que

“... Não nos respeitam. Se subimos em um ônibus, nos

obrigam a pagar por dois assentos. Não há confecções

que ofereçam roupas para nós, somos objetos de

brincadeira e discriminação.

Page 35: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 35

Page 36: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

36 |SEM MEDIDA

maneira de romper a barreira do idioma e nos tornarmos um só, forte e invencível. Ad-miro a comunidade GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais) por se protegerem e se defenderem com força e terem sido capazes de conseguir grandes mudanças sociais através do trabalho. E se alguém se mete com um deles, todos se unem para protegê-los. Sinto que nós, plus size, somos demasiados passivos e seguimos permitindo abusos. Por isso estamos onde estamos.

Sem Medida – Que conselhos você da-ria para quem é gordo e sofre discrimina-ção?

Jennifer Leyva – Primeiro é necessário que entendamos que a pessoa que discri-mina é uma ignorante e sofre de “nanismo” psicológico e emocional. Pensa que é neces-sário por as outras pessoas no seu tamanho para sentir-se valente e forte. O segundo ponto é ignorar de todas as formas possí-veis a agressão. Se contestarmos e reagir-mos antes dos ataques, estaremos sendo iguais as nossos opositores e isso não é o mais inteligente. Se a agressão é relevante, não devemos perder um minuto para conta-tar as autoridades, imprensa para que todos fiquem sabendo o sucedido. Sem medo e com muita valentia para contar o aconteci-do e denunciar mil vezes se for necessário. Quem deve ter medo são os que não se agradam com o público plus size.

Sem Medida – O que você espera para o seu futuro?

Jennifer Leyva – A nível profissional es-pero poder concretizar as metas que tenho em mente. Espero que minhas orações se-jam escutadas nos céus e terminemos por unir todas as pessoas plus size e acabemos com os abusos. No aspecto pessoal, gosta-ria de encontrar um bom homem para me casar, mas isso quem decide é Deus.

Sem Medinda – Como você conheceu a revista Sem Medida?

Jennifer Leyva – Sempre estou investi-gando pela internet o mundo plus size. En-contrei a revista Sem Medida e senti a ne-cessidade de cumprimentá-los, contatá-los e de alguma maneira ser parte de vocês.

tenho para fazer e peço a Deus que me dê oportunidade para fazê-lo. Tenho talento, beleza e muita garra.

Sem Medida – Em seu país, existem em-presas voltadas para o mundo plus size?

Jennifer Leyva – Não há nada. Os empre-sários dizem que não vale a pena investir nesse público. Eu penso ao contrário. Pode-mos ser minoria na Venezuela, mas somos a maioria em termos mundiais. Além disso, somos pessoas, temos direitos. A beleza existe em todos os tamanhos. Por que ne-garmos o direito de viver com dignidade a uma pessoa só por ela ter uns quilinhos a mais?

Sem Medida – Qual a maior dificuldade de quem é plus size em seu país?

Jennifer Leyva – Tudo para nós é uma grande tragédia. Não nos respeitam. Se su-bimos em um ônibus, nos obrigam a pagar por dois assentos. Não há confecções que ofereçam roupas para nós, somos objetos de brincadeira e discriminação. Não temos leis que nos protejam e é até melhor ser um delinquente do que ser plus size. As mulhe-res sofrem terrivelmente por isso, de uma maneira cruel e imperdoável. Já disse isso várias vezes e repito: a Venezuela é o país mais intolerante e que tem a maior aversão as pessoas plus size da América Latina.

Sem Medida – O que você faz para se divertir?

Jennifer Leyva – Gosto muito de viajar. Gosto tanto de moda, que vou a outros pa-íses comprar roupas e às vezes desenho minhas próprias roupas. Quando não estou fazendo compras em outros países, gosto de ver minha família, ouvir músicas, princi-palmente as dos anos 80. Também gosto de ler sobre pessoas que admiro. Enfim, estou sempre fazendo coisas positivas.

Sem Medida – O que você acha do mo-vimento plus size em outros países?

Jennifer Leyva – Respeito e aplaudo mui-tíssimo. Admiro com coração. São pessoas valentes. Conseguiram tantas coisas que nós nunca poderíamos imaginar. Acho que todos devíamos nos unir, para buscar uma

Page 37: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 37

Page 38: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

38 |SEM MEDIDA

divirta-se preparandoseus próprios pratos

Cozinhar

Texto: da Redação | Imagens: Roberto Paes

Page 39: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 39

Não é necessário frequentar restaurantes sempre que se quiser

ter acesso à boa gastronomia. Às vezes você pode optar por preparar

em sua própria casa pratos que deixariam qualquer chef de cozinha

com água na boca.

Page 40: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

40 |SEM MEDIDA

C laro que sair de casa para visi-tar um ótimo restaurante, sem se preocupar com nada além do trânsito, é muito bom. Po-

rém, de vez em quando, é bom lembrar que você tem uma cozinha em sua casa e colocá-la para funcionar pode trazer um enorme prazer.

Foi pensando em ajudá-lo a fazer isso, que pedimos ao chef Luis Calmon que es-colhesse um de seus pratos preferidos e ensinasse nossos leitores a prepará-lo. Luis optou por nos ensinar, passo a passo, o preparo de um “entrecot ao molho sauce bearnaise com batatas rústicas”. Para pre-parar cinco porções deste prato, ele inves-tiu R$ 40,00, o que resultou em um valor de R$ 8,00 por prato. O que prova que a boa gastronomia não precisa, necessaria-mente, custar “os olhos da cara”.

“Muita gente acredita que para se comer bem é preciso gastar muito. Isso não é ver-dade. Dependendo do prato que nos pro-pomos a preparar, os ingredientes, mesmo que sejam de alta qualidade, não custam caro. Para o preparo deste entrecot, por exemplo, optei por comprar um corte de gado de origem inglesa, muito mais macio e saboroso que a carne de outros tipos de gado. Porém, no final das contas, o prato saiu mais em conta que um sanduíche de lanchonete”, diz Luis.

Segundo ele, a grande estrela deste prato é o molho. Sua origem é incerta, sen-do que alguns historiadores datam-no de 1836, em Saint-Germain, em Laye, outros de 1860, na mesma localidade da França. O que é certo é que seu nome deriva da an-tiga província de Béarn, ao sul da França, pertencente hoje, ao país basco francês e

Page 41: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 41

Page 42: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

42 |SEM MEDIDA

Page 43: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 43

não, como muitos confundem, da cidade de Bern, capital da Suíça. Seja qual for sua origem, é acompanhamento indispensável e que enriquece carnes e pescados,” ex-plica Luis.

Luis Calmon é chef de cozinha e sócio-diretor da Orbacco Espaço gastronômico, uma escola que oferece cursos ligados à gastronomia e outras atividades relaciona-das ao comer e beber bem. A Orbacco fica no bairro do Sumarezinho, em São Paulo, e todos os meses realiza diversos cursos livres voltados para profissionais e, tam-bém, para pessoas que querem apenas se divertir na cozinha e apreciar um prato bem preparado. Para saber mais sobre a Orbac-co e seus cursos, visite o web site www.orbacco.com.br.

Ingredientes

500 gramas de entrecot4 batatas médias4 ovos (de preferência caipiras)150 gramas de manteiga50 ml de vinagre de vinho branco50 ml de vinho branco seco1 cebola média2 ramos de estragão fresco (para tem-

perar e decorar)2 pitadas de estragão seco

Modo de preparo

O entrecot é a parte do contra-filé do boi que fica mais próximo da coluna do animal e é mais macia e saborosa que o contra-filé comum que a maioria das pes-soas conhece. Nos bons supermercados é possível encontrar peças embaladas à

Page 44: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

44 |SEM MEDIDA

vácuo de aproximadamente 1300 gramas. Um pacote com este peso é o suficiente para o preparo de cinco porções com uma espessura de dois dedos.

Para começar a preparar o prato, que leva aproximadamente 50 minutos para fi-car pronto, corte a carne de forma a obter bifes grossos, com mais ou menos 2 de-dos de espessura. Em seguida, corte as batatas em tiras, como se você fosse ob-ter palitos, só que para o nosso prato, elas devem ficar grossas e com as cascas. Divi-da a manteiga, ainda gelada, em cubos de tamanhos iguais. Pique a cebola de forma grosseira e, para terminar o preparo dos ingredientes, pique finamente o estragão fresco. Reserve alguns ramos para a deco-ração do prato.

Depois de ter preparado todos os ingre-dientes comece o preparo do prato cozi-nhando as batatas. Numa panela com óleo em temperatura média frite as batatas até ficarem macias. Quando elas estiveram no ponto retire-as do óleo e coloque-as para secar em papel absorvente. Passe então para o preparo do molho Sauce Bearnai-se. Em outra panela, coloque a cebola e o estragão seco picados, junto a estes in-gredientes o vinagre e o vinho. Coloque a panela para ferver até que os líquidos se reduzam a um terço da quantidade original. Em seguida, coe e reserve a redução.

Coloque um recipiente, de preferência de cerâmica, em banho Maria, despeje nele a redução e acrescente as gemas dos ovos. Com um batedor de arame comece a bater até que as gemas formem espuma e clareiem. Em seguida, comece a acres-centar os cubos de manteiga, um de cada vez, não deixando nunca de bater até que

Page 45: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 45

Page 46: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

46 |SEM MEDIDA

Luis Calmon é um chef de cozinha que sempre se preocupa com a qualidade dos ingredientes e ao mesmo tempo procura criar pratos que não custem caro.

Page 47: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 47

a mistura adquira uma consistência seme-lhante à de uma maionese firme. Quando chegar a este ponto, retire do fogo e acres-cente o estragão fresco picado. Prove e, se achar necessário, coloque sal e pimenta à gosto.

Neste ponto, retorne com as batatas na panela com óleo e inicie uma nova fritu-ra, desta vez com ele bem quente, até que elas fiquem douradas. Quando as batatas atingirem a cor ideal, retire-as, escorra o excesso de gordura em papel absorvente e reserve-as.

Numa grelha ou numa frigideira anti-aderente, coloque os bifes para serem gre-lhados sem acrescentar nenhum tipo de gordura ou sal. Grelhe cada lado do bife por aproximadamente três ou quatro minu-tos para que a carne fique ao ponto. Se desejar, aumente o tempo de cozimento para ter uma carne bem passada. Depois de grelhada, a carne deve descansar por cerca de quatro minutos antes de ir ao pra-to.

Montagem

Para montar o prato, coloque um bife, uma porção de batatas e acrescente o molho de forma a cobrir a carne e as batatas, mas sem exagero. Utilize ramos do estragão fresco para decorar. Leve os pratos para a mesa e divirta-se com seus convidados. Para quem desejar harmonizar o prato com algum tipo de bebida, sugiro um vinho tinto jovem e de ótima acidez. Ao preparar este prato para a Sem Medida, degustamos um Fortaleza do Seival Tem-pranillo, safra 2007, da Miolo. O resultado agradou e o valor gasto foi de R$ 26,00.

Page 48: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

48 |SEM MEDIDA

tradição e detalheslevados para a mesa

Japão

Texto: da Redação | Imagens: Wikipedia Commons arquivo entrevistada

Page 49: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 49

Wikimedia Commons/Think Draw

Na cultura milenar japonesa, o ato de sentar-se à mesa e comer não se

resume a matar a fome. Para ela, trata-se de um ritual

no qual cada detalhe é de fundamental importância.

Page 50: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

50 |SEM MEDIDA

Page 51: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 51

cultura japonesa é rica em tra-dições e rituais. Anos de tradi-ção estão presentes em tudo, da arquitetura à arte, da filoso-

fia de vida à mesa de jantar. E não precisa ter nascido no Japão para admirar e des-frutar o que há de bom na “terra do Sol nascente”.

Se você não se interessa, não tem pro-blema, porém, se pretende arriscar-se a frequentar algum restaurante japonês, é bom tomar alguns cuidados para não co-meter nenhuma gafe.

Por exemplo: o que poderia haver de “perigoso” na degustação de um sushi? Bem, o sushi, ou mais especificamente o niguirisushi, é aquele bolinho de arroz com uma fatia de peixe cru por cima ou outro ingrediente preparado pelo sushiman.

A primeira norma é para o sushiman, que deve confeccionar cada sushi exata-mente do tamanho da boca de seu cliente. Se for em tamanho menor, não há nenhum problema, porém, se o bolinho for maior que a boca do cliente, poderá causar uma situação constrangedora.

O sushi pode ser levado à boca com o hashi (também conhecido como os dois pauzinhos unidos em uma das extremida-des) ou com os dedos, mas antes, deve ser molhado no shoyu. Neste detalhe se esconde um perigo: a parte a ser tempe-rada com o shoyu é o peixe que está em cima do bolinho. Então, vira-se o sushi de ponta cabeça para molhar o peixe. “Nun-ca, jamais molhe o arroz no shoyu”, ad-verte Lumi Toyoda, professora de etiqueta japonesa. “Este procedimento desmonta totalmente o bolinho de arroz que deve se desfazer somente quando levado à boca”.

Essa é apenas uma das dicas que você pode aprender frequentando os cursos de etiqueta japonesa à mesa ministrados por Lumi Toyoda, nos quais é possível apren-der a degustar valorizando os pratos e o

A

Page 52: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

52 |SEM MEDIDA

preparo de chefs, bem como o aprendizado da maneira comportada à mesa e de se servir de forma elegante.

De conversa ao curso

No início dos anos 80, Lumi fundou, jun-to com Antonio de Freitas Maia, um restau-rante naturalista chamado “Restaurante Espade”, localizado no nº 925 da rua Pam-plona, no Bairro Jardins, em São Paulo.

O nome do restaurante foi tirado da Es-cola Paulista de Arte e Decoração (ESPA-DE), escola de arte vanguardista fundada em 1966, por Antonio de Freitas Maia e que atuou no ensino das artes decorativas e outras artes.

Procurando ser diferente, introduziu no Restaurante Espade um cardápio diferen-ciado, além do tradicional “naturalista” da linha vegetal, lacto-vegetal, macrobiótica, etc., aqueles denominados de diet e light, utilizando ingredientes e receitas da culiná-ria japonesa com tempero e visual agradá-vel para clientes, quase 100% brasileiros.

De troca de receitas e troca de infor-mações, os clientes se interessavam mui-to sobre assuntos japoneses: desde a gastronomia, filosofia, cultura, até sobre comportamento e relacionamento. Nessa época, ainda eram muito escassos livros e reportagens sobre o Japão, o que levou os clientes a sugerirem para Lumi, que ela transformasse aquelas conversas em cur-sos.

A ideia demorou muito pouco para se concretizar, “apenas” dez anos. Motivo: Lumi Toyoda era muito tímida. Para vencer essa barreira, ela passou por vários cursos, desde cursos de desinibição, comunicação verbal, até técnicas de apresentação.

Uma vez dominado o medo de falar, o tão esperado curso de Cultura e Etiqueta Social Japonesa foi lançado em 1989. Pri-meiramente para o público em geral e em

Page 53: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 53

Page 54: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

54 |SEM MEDIDA

Page 55: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 55

seguida o curso de Cultura e Etiqueta Em-presarial Japonesa para empresas, empre-sários e executivos.

E, na terceira fase, o curso de Etique-ta à mesa, lançado no início dos anos 90 no Restaurante Suntory (hoje Shintori). O curso informava detalhes de etiqueta japo-nesa à mesa, enquanto participantes de-gustam a maravilhosa comida, em um dos ambientes mais charmosos da cidade de São Paulo.

O curso de etiqueta à mesa japonesa pode ser destinado tanto para o público em geral, como para empresários e execu-tivos em negócios com japoneses. Aman-tes ou iniciantes da gastronomia japonesa, nikkeis ou não nikkeis, também podem desfrutar do clima, do alto astral que a arte culinária oferece aos comensais.

Sucesso absoluto

Já foram tantos cursos que Lumi Toyoda perdeu a conta. Seus alunos se encontram nos mais luxuosos restaurantes até os mais simples, passando por clubes, asso-ciações e residências em São Paulo, Rio, Londrina e várias localidades no interior do Estado de São Paulo. E até, por incrível que pareça, no Japão, para dekasseguis e nativos.

A razão do sucesso, além do vasto co-nhecimento de Lumi, pode ser atribuído ao fato de que até os anos 90, a grande maioria de frequentadores de restaurantes japoneses era japoneses e seus descen-dentes. Durante os anos 90, este hábito foi adotado por brasileiros. Hoje, com o crescimento de restaurantes japoneses, os frequentadores brasileiros superam muito os japoneses. A difusão desta culi-nária aumentou em escala geométrica os praticantes brasileiros de hashis.

“A culinária japonesa tornou-se sinôni-mo de elegância e sofisticação, aliada à

Page 56: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

56 |SEM MEDIDA

dieta sadia, correta, light e diet”, analisa Lumi Toyoda. “Esta divina, luxuosa e ao mesmo tempo simples refeição, hoje faz parte da vida de gaijins (estrangeiros, pes-soas não nipônicas), em todas as grandes metrópoles brasileiras e que está se ex-pandindo para o interior. Nada mais justo que o portar-se corretamente à mesa como essas pessoas procuram”.

O curso tem duração de 2 a 3 horas onde nos primeiros momentos é oferecida uma pincelada histórica sobre a gastrono-mia e técnicas básicas de manipulação de apetrechos à mesa como: hashi, tchawan (tigela para arroz), wan (tigela para sopa), pratinhos, cumbucas, etc.

“A refeição é posta à mesa e começa na prática o ‘se servir’ com tudo que se encontra à mesa”, explica Lumi. “Correção de postura, dicas de como se servir corre-tamente de cada prato são informadas o tempo todo. O importante é que cada co-mensal adquira desenvoltura e elegância à mesa”.

O curso para o público em geral, contra-tando restaurante ou local apropriado com refeição inclusa, requer um investimento entre R$ 80,00 a R$ 160,00 por pessoa. Para grupo de familiares ou amigos: o cur-so pode ser ministrado em restaurante ou residência. O curso de duas horas sai por R$ 50,00 por pessoa, mais o valor da re-feição, com a garantia mínima de 15 par-ticipantes.

Para clubes e associações, o investi-mento varia de acordo com o número de participantes. Para executivos e empresá-rios, o curso inclui negócios à mesa e tem um investimento de R$ 1.200,00 mais o valor da refeição, para máximo de 8 par-ticipantes. Além das aulas de etiqueta é possível ainda ter uma sobre Culinária. Eles são anunciados no site www.etique-tajaponesa.com.br ou pelos telefones (11) 3422-5122 ou 9630-5633.

Page 57: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 57

Page 58: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

58 |SEM MEDIDA

Marina Käfer pode ajudarvocê a encontrar o seu

Estilo

Texto: da Redação | Imagens: Wikipedia Commons Vanessa Capra

Page 59: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 59

Em um mundo onde as pessoas plus size são vistas como gente de

“outro universo”, partilhar de um olhar diferente sobre elas pode ser uma

chance para se fazer bons negócios e, ainda por cima, ajudar quem está

acima do peso a se vestir bem.

Wikimedia Commons/Jim.henderson

Page 60: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

60 |SEM MEDIDA

ocê já escutou aquela histó-ria da menininha gordinha que era desprezada, ridicularizada, e sempre era deixada de fora

das coisas boas? Pois é. Tem muitas meni-nas que conhecem bem essa história. São personagens principais delas. Algumas se renderam à opinião do mundo e passaram o resto das suas vidas em um canto, para que ninguém as perturbassem. Mas um grupo dessas gordinhas percebeu que em um mundo onde todos são igualmente ma-gros, os gordinhos podem se ajudar, e até tirarem proveito da situação.

Marina Manito Käfer faz parte do segun-do grupo. Transformou sua sensibilidade e conhecimento para sugerir vestimentas às outras pessoas em profissão. “Eu sou uma personal stylist. Ou seja, o melhor amigo do meu cliente”, explica Marina. “Aqui no Brasil, também podemos chamar de con-sultor de estilo, ou de moda. Todos com a mesma função de trabalhar com o visual estético da pessoa. O consultor de estilo ajuda desde as peças de roupa do próprio guarda-roupa da pessoa, até mesmo na hora da compra. Vai às lojas junto com o cliente, cabeleireiro, faz estudo de cores a partir do tom de pele e cabelo, para saber quais as cores que valorizam o tipo de pele e corpo do cliente”.

Mas as coisas não aconteceram do dia para a noite. A história começou muito an-

tes, quando Marina era uma criança. Sua mãe tinha um comércio de vestuário no in-terior e desde os quatro anos de idade, ela sempre teve contato com a moda desde a parte de compras, venda, vitrine e pesqui-sa de tendências. Sua mãe fazia isso e a cada dia foi fazendo com que ela ficasse apaixonada pelo ramo da moda.

Decidida, aos 15 anos já sabia que que-ria seguir a carreira na área da moda. Na época fez vestibular na Feevale, quando só existiam duas universidades no Sul com o curso de moda. Decidiu cursar Design de Moda na Feevale, onde entrou com 18 anos. Desde o início da faculdade até os dias atuais ela trabalha na loja da mãe e, durante algum tempo, nos finais de sema-na e durante a semana trabalhou como promoter em casas noturnas de Porto Ale-gre, algo que, apesar de gostar muito, sua rotina atual não lhe permite mais fazer.

Uma promoter gorda? Isso mesmo, Ma-rina excede não só em peso, mas também em simpatia, delicadeza, inteligência e sabe se comunicar como ninguém. Além do que, ela não tem nenhum problema com os quilinhos a mais, muito pelo contrário, se ama, e muito. “Sempre fui muito comunica-tiva, e nunca tive vergonha do meu corpo nem do meu jeito”, afirma Marina. “Por ser gordinha não poderia ser promoter de casa noturna, por não ser o padrão de beleza de uma ‘menina normal’. Mas sempre fui

V

“O consultor de estilo ajuda desde as peças de roupa do próprio guarda-roupa da pessoa, até

mesmo na hora da compra. Vai às lojas junto com o cliente, cabeleireiro, faz estudo de cores a partir do tom de pele e cabelo, para saber quais as cores que

valorizam o tipo de pele e corpo do cliente.”

Page 61: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 61

Page 62: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

62 |SEM MEDIDA

Page 63: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 63

chamada pra trabalhar pela minha comu-nicação com todos. Adoro conhecer gente nova, então, trabalhar numa casa notur-na era maravilhoso, mas gostava mesmo era de trabalhar na loja. Como sempre tive contato direto com clientes, comecei dando dicas de cores, modelagem para valorizar a silhueta, peças fundamentais no guarda roupa e assim fui decidindo em qual ramo da moda queria seguir, o de per-sonal stylist”.

Para isso, além da faculdade de moda, ela fez o curso de Consultoria e Produção de Moda e Desenho de moda no Senac-RS. Além desses cursos no Brasil, ela morou um tempo em Nova Iorque onde aproveitou para fazer um curso de verão, de fashion design. Foi um curso de duas semanasso-bre tendência da moda, criação, desenho e modelagem.

Uma razoável experiência

Marina está direcionada como personal stylist há cinco anos, além de trabalhos pa-ralelos na área da moda como estilista e produtora, porque aqui no Sul ainda não existe uma aceitação para um personal stylist. Ela atua na área desde que fez o curso de consultoria e produção de Moda em 2004.

No início, o trabalho dela era mais am-plo, e até hoje tem clientes de diversos es-

tilos e profissões, mas procurou direcionar seu trabalho o universo plus size. “É um público que eu me ‘entendo melhor’, co-nheço cada necessidade dele por ser uma delas”, explica Marina. “Tive clientes de vá-rios estilos, desde homens e é claro meu público alvo as mulheres. Com homens é mais simples de trabalhar. É mais difícil de contratar um profissional da área da moda. Mulher entende, necessita de uma ajuda, de uma amiga. Mantenho contato com to-das as minhas clientes desde as do início da minha carreira e tiro algumas dúvidas com elas até hoje”.

Segundo Marina, quem procura um per-sonal stylist é uma pessoa com poder aqui-sitivo maior que a média, pois, além de ter dinheiro, em geral tem uma carreira profis-sional que exige estar bem vestido. Essa é a maior dificuldade do público de Marina. A maioria das clientes plus size é bem su-cedida e sempre tiveram dificuldade de en-contrar roupa pra reuniões, encontros de trabalho, eventos ou até mesmo nos dias de folga.

“As mulheres sentem falta de uma ajuda no que vestir, no que elas podem usar para se sentir bem. Por serem gordinhas, ficam com medo de usar roupas que chamem mais a atenção pelo tamanho do corpo do que pelo trabalho, por exemplo”, explica a personal stylist. “Sou amiga do meu clien-te. Vou nas lojas, entro no provador. Se fi-

“Tive clientes de vários estilos, desde homens e é claro meu público alvo as mulheres. Com homens é mais simples de trabalhar. É mais difícil de contratar um profissional da área da moda. Mulher entende, necessita de uma ajuda, de uma amiga.”

Page 64: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

64 |SEM MEDIDA

car boa a roupa eu falo, se a roupa não cair bem, não favorecer na cor, eu digo a cliente, mas sem a ofender, pois não pos-so agir com agressividade, pois trabalho com pessoas com gosto e opiniões e aos poucos tento mudar o vestir, o pensar da pessoa. Se a cliente gosta de rosa desde pequena e continua usando rosa por com-pleto no vestuário, tendo diminuir esse uso a um brinco ou um lenço”.

Marina diz que como profissional da moda, acha que as marcas em geral ex-cluem o tamanho grande, mesmo sabendo que mais de 30% da população está com excesso de peso. E isso dificulta as pes-soas a se vestirem. “Se existem pessoas que usam 48/50 e as marcas não fazem roupas para esse tamanho, como essas pessoas vão se vestir?” pergunta Marina. “Isso acaba fazendo as pessoas com ex-cesso de peso a usarem o que existe no mercado. Algumas marcas especializadas no tamanho grande trabalham com cores escuras, roupas sem corte e sem tendên-cias de moda, e isso acaba rotulando as pessoas plus size”.

Ela diz ainda que este público sente uma carência, uma necessidade de se vestir bem, uma necessidade de encontrar uma roupa que encaixe perfeitamente no seu corpo, e muitas vezes isso não aconte-ce com marcas especializadas no tamanho grande. Ela deixa bem claro que não existe

a regra em que gordinhos não podem usar roupas coloridas, não podem usar roupas sensuais, não podem usar decotes, não pode usar listras, não pode, não pode e não pode. “Isso não existe. Pessoas com excesso de peso podem usar tudo que todo mundo pode, como o magro tem limi-tes no se vestir, o gordinho também vai ter, mas tudo com moderação, nada de rótulos de NÃO e NÃO”, adverte Marina.

Algumas dicas

“A idéia de que os gordinhos têm que usar roupas largas e tecidos leves, é uma mentira”, desmistifica Marina. “Gordinho pode tudo, mas com limitações como o ma-gro também vai ter. Roupas que alonguem a silhueta é a melhor pedida”, aconselha Marina. “Camisa é uma peça-chave, pois mostra o decote volumoso e lindo que uma gordinha tem. Utilize cores no visual. Mas saiba os limites. Não exagere nas cores em ambas as partes, utilize cor por exem-plo, na parte de cima e uma cor neutra na parte de baixo”.

Marina já trabalhou com homens, mas no momento, está trabalhando somente com mulheres. O público masculino é mais difícil de aceitar a ajuda deste profissio-nal.

Segundo ela, as mulheres são mais fá-ceis de trabalhar por entender de moda e

“A idéia de que os gordinhos têm que usar roupas largas e tecidos leves, é uma mentira.

Gordinho pode tudo, mas com limitações como o magro também vai ter. Roupas que alonguem a

silhueta é a melhor pedida.”

Page 65: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 65

Page 66: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

66 |SEM MEDIDA

Page 67: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 67

saber que um profissional da moda é bem vindo no guarda-roupa delas.

Ao trabalhar com perfil, Marina lembra que o cliente tem vícios, sentimentos, gos-tos e muito mais. Por isso ela trabalha com muita paciência e calma. Para ela, o traba-lho de um personal stylist é como o de um psicólogo, tem que saber o que o cliente gosta, quais seus hobbies e tudo mais.

Um consultor de estilo cuida do visual inteiro da pessoa, desde o vestuário, até a cor do cabelo, mas tem que ver se ela aceita a ajuda no geral ou só quer que o personal ajude no seu vestuário. O consul-tor de estilo ajuda o cliente a encontrar sua imagem ideal, auxiliando o cliente a desco-brir quais cores, modelos que favoreçam cada tipo de pessoa.

Para quem é plus size, Marina aconse-lha que elas amem seus corpos, procurem um profissional mais perto de você. “Vale a pena. Você vai descobrir que a arte de se vestir não é só apenas cobrir o corpo e sim, uma identidade, uma expressão”, explica Marina. “Abuse das cores e cortes que valorizem o corpo, como decotes V, ombro a mostra, salto alto”.

Análise crítica

Com sua experiência, Marina Käfer criti-ca as confecções dizendo que a maioria ex-clui o tamanho grande. Os “gordinhos” não

teriam o livre arbítrio de decisão do que comprar, pois seriam obrigados a comprar o que é oferecido e que no Brasil é muito escasso o segmento plus size. “Como mo-rei durante um ano nos Estados Unidos, na cidade de Nova Iorque, tive oportunidade de conhecer muitas marcas especializadas no tamanho plus size, e até mesmo gran-des marcas como Guess, HeM, maior fast fashion do exterior, com modelos tama-nhos grandes. Lá eu tinha opção, compra-va o que eu queria não o que me servia e isso me fez perceber como o nosso Brasil é carente desse mercado plus size. Existe algumas marcas que conheço que tem es-tilo, tendências no tamanho grande, outras são apenas roupas”, diz Marina.

Ela afirma que usa tudo. Entra nas lojas e experimenta, se der deu, se não der pa-ciência. Ela não gosta dos cortes que exis-tem na moda tamanho grande atualmente. Cortes retos, sem sensualidade, deixando as pessoas mais velhas e sem identidade nenhuma. “Nunca usei, mais vi catálogos e amei as coleções da Elegance, que é uma marca especializada em tamanhos gran-des”, afirma a consultora. “Acho que lojas de departamentos deveriam perceber que a população está acima do peso e nesse sentindo, uma necessidade de se vestir com tendências, e deveriam se especiali-zar no tamanho grande aumentando suas grades de roupa”.

“Como morei durante um ano nos Estados Unidos, na cidade de Nova Iorque, tive oportunidade de conhecer muitas marcas especializadas no tamanho plus size, e até mesmo grandes marcas como Guess, HeM, maior fast fashion do exterior, com modelos tamanhos grandes.

Page 68: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

68 |SEM MEDIDA

um grande sabor reveladopor equenos detalhes

Azeite

Texto: da Redação | Imagens: Wikipedia Commons Arquivo entrevistada

Page 69: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 69

Pouca gente conhece as vantagens que temperar ou cozinhar com o azeite de oliva oferece em relação aos óleos de

cozinha que existem por aí. Além de fazer bem à saúde, ele também acrescenta

aroma e sabor aos alimentos.

Page 70: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

70 |SEM MEDIDA

om certeza você já deve ter vis-to uma lata de azeite em uma de suas visitas ao supermerca-do. O azeite é um óleo retirado

de um fruto, chamado azeitona ou oliva. Existem mais de dois mil tipos de azeito-nas, que podem ser destinadas para con-sumo em conserva ou para transformação em óleo. Para virar óleo, elas passam por um processo de colheita e extração a frio, e logo são engarrafadas. Por ser um óleo retirado do fruto e não da castanha, como o óleo de girassol, ou mesmo o óleo de amendoim, é rico em antioxidantes natu-rais, o que o torna ideal para o organismo e alimentação.

O azeite mais fácil de encontrar para consumo é o extra virgem, composto por no mínimo dois tipos de azeitonas. Ele é o mais saudável por ser obtido da primeira prensagem e tem uma acidez mais baixa. Já o azeite virgem conseguido por uma se-gunda prensagem, tem uma acidez mais alta. Também existe o composto, uma mis-tura de óleos, mas que tem azeite somen-te para caráter aromático.

Basicamente o que diferencia um azeite de outro é sua acidez. Um extra virgem tem uma acidez que varia entre 0,2 e 0,7%, já o virgem varia entre o 0,8 e 2,5%. É bom tomar precaução também, na hora da com-prar, para saber se o azeite é puro ou com-posto. E cuidado com anúncios nos rótu-los de azeite extra virgem como “primeira prensagem”, ou “extração a frio”. Essas in-formações são redundantes, considerando que todo azeite extra virgem é extraído a frio e vem da primeira prensagem.

Para que o consumidor não se engane, quando o assunto é qualidade comparada a preço, um azeite que custe entre R$ 2,00 e R$ 4,00 pode, com certeza, ser conside-rado péssimo, só servindo para frituras. Um azeite razoável é aquele com preço va-riando de R$ 4,00 a R$ 8,00, que pode

ser utilizado, recomendado para se fazer conservas. Ao pagar entre R$ 8,00 e R$ 20,00, você terá um azeite indicado para assados e cozidos. Um ótimo azeite tem o preço em torno de R$ 20,00 e R$ 40,00. Este é aquele recomendado para diversas preparações e finalizações de prato. Um excelente azeite custa a partir de R$ 40,00 e pode chegar à casa dos R$ 200,00.

Na cozinha

Mas é na hora da mesa, quando o azei-te toma seu lugar, que ele demonstra sua grande utilidade gastronômica, tanto na alimentação, como tempero, ou como com-plemento para um prato. Muita gente o usa em pratos salgados, mas hoje em dia, a gastronomia é tão abrangente e inovadora, que podemos encontrá-lo até mesmo em sobremesas.

Para você não “pagar mico” com seus convidados, fique atento à qualidade do azeite, pois a diferença entre um ótimo e um ruim está em seu aroma e sabor. Como em uma prateleira de mercado você não pode abrir uma garrafa para provar, vale uma dica: o preço. “Para comprar um azei-te, vale a regra do custo-benefício”, explica Laura Reinas, formada em Gastronomia pelo Senac, pós graduada pela FAAP em Comércio Exterior e em Gastronomia Ita-liana, no ICIF, da cidade de Asti, na Itália. “Um azeite de boa qualidade teve a preo-cupação dos produtores quanto à sua qua-lidade final, e isso se reflete no seu preço. Outro truque para perceber se um azeite é bom ou não, é na hora da compra, repa-rar se a garrafa é escura, o que protege o produto do sol e demosntra o cuidado do produtor em conservar as qualidades do óleo”.

Segundo Laura, é preciso que as pesso-as aprendam mais sobre o azeite para que possam aproveitar tudo o que ele pode

C

Page 71: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 71

Page 72: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

72 |SEM MEDIDA

Page 73: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 73

Page 74: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

74 |SEM MEDIDA

Page 75: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 75

oferecer em termos de saúde e prazer. “Já vivemos tão estressados e temos uma vida tão corrida, que parar para apreciar o sabor de um prato, ou mesmo seu aroma, tem que ser uma experiência prazerosa”, explica Laura.

O azeite no mundo

São muitos os países produtores de azeite. Praticamente todos os da bacia do Mediterrâneo e a grande maioria localizada entre os trópicos 30° ao norte e 30° ao sul da linha do Equador. Os maiores pro-dutores e exportadores são a Espanha, Portugal e Itália, com suas plantações ao redor de praticamente toda a extensão de seus respectivos países. “Já, sobre o me-lhor azeite do mundo, posso dizer que um grego vai te falar que o melhor azeite do mundo é o grego, a mesma coisa de um espanhol, que dirá que o melhor azeite do mundo é o dele”, avisa Laura Reinas. “Mas na verdade, o melhor azeite do mundo é aquele que agrade seu paladar e que com-bine com a comida. O que diferencia um de outro, é somente o tipo de azeitona e o terroir, combinação de clima e solo que dão as características ao fruto”.

Laura já viajou pela Itália e Espanha em 2008 visitando fazendas e conhecendo os processos de produção empregados. Visi-tou alguns outros países produtores como Argentina, Peru e Chile, degustando os pro-dutos locais. Ela também compra e ganha muitas garrafas de azeites de amigos que viajam ao exterior e que, segundo ela, “tra-zem sempre uma lembrancinha”.

O Brasil também produz azeites sim. “Atualmente os produtores de azeite bra-sileiro desenvolvem uma árdua tarefa ao cultivar uma grande fazenda de oliveiras na Serra da Mantiqueira, divisa com os esta-dos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com suas mudas adaptadas às

condições climáticas, que não são muito favoráveis fora da região mediterrânea”, explica Laura. “Embora a primeira colheita tenha sido frustrada, por causa das chu-vas de granizo que ocorreram na região, a expectativa ainda é grande de que um dia produzam com qualidade e em grande es-cala como em países europeus como Por-tugal e Espanha, exemplos de sucesso e tradição na produção desse grande fruto”, comenta Lura.

Apaixonada pelo azeite

Mesmo fazendo cursos na Itália, e sen-do sommelier, Laura não exerce a profis-são, pois sua paixão é o azeite. “Acho que ele é um alimento com uma história tão rica quanto seu aroma, e isso me desperta curiosidade e respeito”, diz Laura.

“Além de estudar e dar aulas sobre azeite, eu também comercializo um azeite chamado Vega Carabaña, de origem espa-nhola, com garrafas numeradas e certifi-cado de procedência, e também escrevo para dois sites de gastronomia a cada quin-ze dias e para outros sites quando entram em contato. Minhas aulas sobre degusta-ção de azeites, sua qualidade e utilidade culinária podem ser assistidas na Orbacco (www.orbacco.com.br), em São Paulo.

Para encontrar algumas matérias escri-tas por Laura Reinas, basta entrar nos si-tes: www.temperus.com.br e no www.obas-gastronomia.com.br.

Se o interesse for em saber onde Lau-ra irá dar aulas ou sobre como obter mais informações sobre o mundo do azeite, ela mantém um blog: www.naosocomidinha.blogspot.com. Para se corresponder com ela envie um e-mail para [email protected]. No dia 27 de maio e 19 de ju-nho, Laura dará aulas na Orbacco Espaço Gastronômico. Viste o web site www.orbac-co.com.br.

Page 76: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

76 |SEM MEDIDA

aprenda o ritual queantecede as baforadas

Charutos

Texto: da Redação | Imagens: Roberto Paes

Alguns rituais são muito prazerosos e nos causam a sensação de bem-estar e aconchego. É assim que nos sentimos ao beber um bom vinho, ao entrar numa livraria para escolher um livro, ou mesmo comprar o último CD de nosso artista predileto.

Page 77: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 77

Page 78: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

78 |SEM MEDIDA

ambém é desta forma quando escolhemos a roupa certa para a ocasião, ou quando sentamos numa mesa bem montada e as

pessoas se comportam adequadamente. Com os charutos não é diferente, porém, eles exigem um pouco mais. O processo passa pela pesquisa da marca com sua história, pela escolha das características que melhor se adaptam ao nosso gosto, pelo ritual da compra e pelo armazenamen-to correto.

A complexidade da degustação aumen-ta à medida que abrimos nosso umidor e escolhemos o exemplar que vamos degus-tar. Portanto, algumas dicas de etiqueta, de conservação, de como cortar, acender e manusear os charutos são importantes para começar bem. Certamente, os mais experientes conhecem muito deste teor, mas poderão ter surpresas com alguns de-talhes. Esse roteiro vale para degustações clássicas, podendo ter variações. Se o seu objetivo é apenas fazer fumaça e ter pra-zer com as baforadas, a transgressão de algumas regras não implicará no resultado final, contudo, os mais exigentes devem seguir o conteúdo que aqui incluímos.

A escolha do charuto – O ideal é co-meçar com um charuto mais fraco, com melhor queima e maior fluxo. Os charutos nacionais (baianos) de maior bitola (diâme-tro) são os mais indicados. Você pode co-meçar bem com um robusto, que leva cer-ca de 40 minutos para ser degustado. Dê preferência para os de capa clara (Suma-tra), pois são mais suaves. Os charutos ca-ribenhos, principalmente os cubanos, são mais fortes, deixe-os para quando você ti-ver maior “tempo de vôo”. Um charuto bem conservado não deve ter a consistência amolecida e muito menos dura. Apalpe o charuto por inteiro para verificar se há nó-dulos. Evite os charutos com variações de consistência.

O momento certo de degustar – Embora o charuto possa ser degustado a qualquer momento, o hábito mais comum é após o jantar. O charuto deve ser o último a ser degustado. A sequência normal é a refei-ção, a sobremesa, um digestivo, e, por fim, o charuto. Lembre-se apenas que você não

deve incomodar outras pessoas. O prato principal – Qualquer comida

pode ser seguida da degustação de um charuto. Você deve se preocupar apenas com pequenos detalhes para uma boa har-monização. Comidas fortes com temperos encorpados devem ser seguidas por cha-rutos mais fortes (caribenhos), para que não haja predomínio de um sobre o outro. Pela mesma razão, comidas mais leves, ou com temperos suaves, exigem charutos mais fracos. Charutos não são degustados durante as refeições. Se você acender um charuto antes da refeição, tenha o cuidado de deixá-lo no cinzeiro apropriado para que ele apague no momento em que a comida for servida. Após a refeição, você poderá acender novamente e continuar a degusta-ção. Aliás, reacender um charuto faz parte da etiqueta, portanto, aja naturalmente. Neste tópico, a dica importante é que cha-rutos não combinam com estômago vazio.

A bebida – As bebidas que melhor se adaptam ao charuto são: cognac, brandy, vinho do porto, whisky, rum, vinhos, cer-vejas encorpadas, e entre nós, uma boa cachaça. Cada bebida tem a sua particu-laridade, e você deve escolher a que me-lhor se adapte ao seu gosto. É importante salientar que os aficionados mais expe-rientes preferem sentir o gosto do tabaco, portanto, não degustam bebendo, princi-palmente quando vão experimentar um charuto novo, ou mesmo um exemplar que faz muito tempo que não degusta. Como no Brasil o whisky tem sido o preferido en-tre os aficionados, a dica é escolher um single malt.

O corte – Alguns charutos já estão prontos para serem degustados, porém, o normal é que eles estejam com a cabeça fechada, o que exige seu corte. Temos três opções para cortar a cabeça do charuto: guilhotina, tesoura e furador. Se escolher uma guilhotina, dê preferência para as de duas lâminas, pois cortam melhor e uni-formemente que as de lâmina única ou de corte em “V”. As tesouras devem ser apro-priadas (evite usar as tesouras comuns). Os furadores também são próprios. Alguns isqueiros são acompanhados de furado-res, o que facilita o trabalho. Todos os cha-

T

Page 79: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 79

Page 80: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

80 |SEM MEDIDA

Page 81: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 81

rutos podem ser cortados com guilhotinas e tesouras, enquanto que apenas os de cabeça regular (corona, robusto, panetela, Churchill, etc) podem ser abertos com fura-dor próprio. Usando guilhotina ou tesoura, o corte deve ser proporcional ao calibre e tamanho do charuto, e deve ficar uniforme. Em qualquer um dos casos, envolva o cha-ruto com uma das mãos, deixando apenas a cabeça de fora, e tenha calma: corte ou perfure com cuidado para não desenrolar a capa.

Acendendo o charuto – Tenha sempre em mente que o sabor de um charuto pode ser influenciado pelo jeito de acender. Você pode utilizar fósforos próprios ou isqueiros de gás butano. Os fósforos para charutos são encontrados em tabacarias, tendo como característica principal o fato de se-rem longos. Os isqueiros podem ser os de chama ou do tipo maçarico, sempre com gás butano, uma vez que os isqueiros com fluídos podem transmitir um odor desagra-dável ao tabaco. Tanto com fósforo quanto com isqueiros, o charuto deve ser inclina-do sobre a chama, sem deixar encostar no fogo. Gire-o até ficar em brasa. Leve-o à boca e depois de puxadas suaves, ainda girando o charuto, dê uma puxada mais forte diretamente sobre o fogo, de manei-ra que promova uma chama. Caso o cha-ruto acenda de forma irregular, você pode continuar degustando que ele se acertará sozinho, ou se preferir, promova novo con-tato com a chama para que ele comece a queimar uniformemente. É importante sa-ber que a fumaça do charuto não deve ser tragada, como é o hábito dos fumantes de cigarros. Lembre sempre que ao acender é o charuto quem gira na sua mão e não o isqueiro, como é hábito de alguns.

Tempo entre cada baforada – O charuto deve ser degustado lentamente. Os forma-tos mais comuns (corona e robusto) levam entre 35 e 50 minutos, entretanto, existem formas que levam cerca de duas horas para queimar. Entre duas puxadas, o ideal é que o tempo seja o mais longo possível, mas que não deixe o charuto apagar. Quan-to maior o tempo entre uma baforada e ou-tra, você poderá degustar mais o sabor do tabaco e não esquentará muito o charuto,

o que o tornará apimentado, prejudicando o sabor original.

Apagando o charuto – O charuto deve apagar-se sozinho, num cinzeiro próprio. Após o prazeroso ritual que nos propor-ciona é justo que o deixemos “descansar em paz”. Do contrário, se o pressionarmos contra o cinzeiro ou apagá-lo com líquidos, “ele se vingará”, produzindo um odor forte e bastante desagradável.

Conservação – Para conservar os cha-rutos, há necessidade de um local apro-priado, que mantenha uma temperatura em torno de 15 a 20ºC, umidade em torno de 70%, e pouca luz. O ideal é uma caixa forrada de cedro que feche hermeticamen-te (umidor), e com equipamentos próprios para manter as condições exigidas. Não existe consenso sobre o tempo de durabili-dade de um charuto. Existem casas espe-cializadas que guardam charutos por mui-tos anos sem que eles percam suas quali-dades. O ambiente de guarda dos charutos (umidor) deve ser limpo periodicamente. Existem soluções prontas vendidas por fa-bricantes de máquinas umidoras, mas você pode usar vinagre branco diluído em água. A dica é enxaguar com muita água corrente e deixar secar ao sol, evitando mofo. Faça isso pelo menos uma vez por mês.

Saiba que a naturalidade é a marca de um aficionado. Um charuto deve ser degustado apenas pelo prazer, sem exibi-ções desnecessárias ou gestos exagera-dos. Agir de forma simples permite maior concentração em relação às qualidades do charuto. Só assim é possível absorver as melhores características de uma queima perfeita, descobrindo os sabores e sentin-do os aromas, além do que, denota a dife-rença entre um dégustateur e um fumador comum.

Godofrêdo Chaves Sampaio é médico, escritor, aficionado por charutos e alta gastronomia. Membro e ex-presidente da Academia Jundiaiense de Letras.

Page 82: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

82 |SEM MEDIDA

conforto e desempenho para agradar pessoas exigentes

Passat CC

Texto: da Redação | Imagens: divulgação

Page 83: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 83

Maciez, conforto, beleza e elegância. É isso o que o Passat CC oferece. Dentro dele, a sensação é

de se estar flutuando. Mas, cuidado para não sair do chão, afinal, motor para isso ele tem.

Page 84: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

84 |SEM MEDIDA

em fazer muito alarde, a Volks-wagen está trazendo para o Brasil, desde março do ano passado, o Passat CC, um mo-

delo que tem como essência, a harmonia de conceitos bem diferentes, aliando es-portividade e elegância em um cupê com quatro portas. Produzido na fábrica de Em-den, na Alemanha, o modelo tem design inovador e toda a tecnologia da marca alemã. Apresentado no Salão de Detroit em 2008, o modelo chegou ao mercado brasileiro como um dos mais sofisticados da linha de importados da Volkswagen no Brasil.

O Passat CC conta com toda a base técnica do modelo sedan, que já tem seu sucesso comprovado há mais de três dé-cadas. A personalidade do novo modelo foi inteiramente descrita na carroceria que ga-nhou um novo desenho e uma silhueta de linhas fluidas. O teto estende-se em raio plano desde o pára-brisa até a traseira.

Um dos traços característicos do design do modelo é a acentuada linha arqueada que corre pelas laterais, logo abaixo das janelas e acima dos arcos das rodas dian-teiras e traseiras. Outra novidade introdu-zida como opcional por esse cupê é o teto panorâmico de vidro que aumenta a sen-sação de espaço e proporciona uma vista ampla.

Design, requinte e conforto

O desenho do Passat CC não se des-taca somente pelas linhas de sua carro-ceria. Vários detalhes visuais aumentam a sensação de requinte inerente ao modelo, como os faróis bi-xenon direcionais com lavador e ajuste automático de altura, os frisos cromados no contorno das janelas, na grade dianteira, nas laterais e no pára-choque traseiro e a dupla saída de escape com ponteiras cromadas. O cupê traz tam-bém o jogo de rodas de liga-leve de aro 18”, modelo Interlagos.

A parte interna foi cuidadosamente ela-borada para oferecer o máximo em con-

S

Page 85: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 85

Page 86: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

86 |SEM MEDIDA

Page 87: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 87

Page 88: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

88 |SEM MEDIDA

Page 89: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 89

forto. O novo Volkswagen traz forração de couro, volante multifunção esportivo com três raios e detalhes cromados, bancos dianteiros esportivos com ajustes elétricos e memória de posição para o banco do mo-torista, rádio CD-Player MP3 com entrada multimídia para fontes de áudio externo, ar-condicionado Climatronic de duas zonas e apoio de braço central para os ocupan-tes dos bancos da frente.

O Passat CC oferece amplo espaço para os ocupantes, porta-copos central com cobertura escamoteável e apoio de braço central. Já o porta-malas do modelo pode acomodar até 452 litros de bagagem.

Tecnologia com total prazer ao dirigir

O nível de tecnologia empregada no Passat CC torna tudo muito simples para o condutor, que, se preferir, pode coman-dar as trocas de marchas por meio das teclas alojadas no volante, em vez de op-tar pelo modo de seleção automática. O display multifunção indica a ocorrência de eventuais inconvenientes, como a perda de pressão dos pneus e permite diversas visualizações e configurações.

Já o retrovisor interno, com antiofusca-mento automático, preserva a visibilidade adequada do condutor, enquanto a função “coming home/leaving home” dos faróis mantém as lâmpadas acesas, mantendo o caminho iluminado para que o condutor vá do carro para casa ou para que ele saia de onde está e se aproxime do modelo com maior segurança.

O Passat CC também conta com o freio de estacionamento eletrônico, com função “auto hold”, que mantém o veículo estático enquanto o pedal do acelerador não volta a ser pressionado o que evita que o con-dutor tenha que manter o pedal do freio acionado. Também possui sensor de chuva e piloto automático.

Segurança em evidência

O novo cupê da Volkswagen traz de sé-

Page 90: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

90 |SEM MEDIDA

Page 91: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 91

Page 92: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

92 |SEM MEDIDA

rie, um pacote completo de itens de se-gurança. Seus pneus especiais Conti-Seal nas medidas 235/40 R18, por exemplo, não apenas garantem a aderência ao piso, mas também contam com proteção inter-na contra perfurações de até cinco milíme-tros.

O Passat CC têm airbags frontais de du-plo estágio de abertura, laterais e do tipo cortina e dispositivos eletrônicos que man-tém a pilotagem segura, o que é garantido pelo sistema de freios ABS, pelo controle de tração (ASR), pelo controle de estabili-dade (ESP) e pelo bloqueio eletrônico do diferencial (EDS).

Para um modelo tão completo, a lista de opcionais acaba sendo reduzida: teto de vidro panorâmico com abertura angular, insertos internos em madeira e pintura me-tálica ou perolizada.

Potência de sobra

Para um “sóbrio” sedan, o Passat CC esbanja potência. Ele vem equipado com o motor V6 3.6 FSI, sistema de injeção dire-ta de última geração, o que lhe rende 300 cavalos de potência a 6.600 rpm e 35,6 kgfm de torque entre 2.400 e 5.300 rpm. Isso significa dizer que ao atingir as 2.400 rpm, ele despeja seu torque máximo, que continua disponível até as 5.300 rpm.

Junte-se a essa usina de força, uma transmissão automatizada de dupla embre-agem DSG Tiptronic de seis velocidades e a tração integral permanente 4Motion (tra-ção nas quatro rodas) e você terá um se-dan capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,6 segundos e de atingir os 250 km/h de velocidade máxima. Tudo com muito conforto, segurança e suavidade.

Um carro tão exclusivo, merece uma venda especial. Assim sendo, a Volkswa-gen delegou a tarefa à sua rede de conces-sionárias Premium, especializada na venda de produtos importados com show room diferenciado e profissionais de vendas e assistência técnica capacitados para dar todo o atendimento necessário.

Page 93: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 93

Page 94: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

94 |SEM MEDIDA

Page 95: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 95

Page 96: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

96 |SEM MEDIDA

uma coluna indispensávelpara quem é plus size

FATshion

Texto: da Redação | Imagens: Marjorie Yamaguti

Quem acompanha o universo plus size já está acostumado a ver, praticamente todos os dias, um novo web site ou blog falando sobre esse tema. Porém, quando se achava que nada de novo podia surgir na internet, o portal iG lança a coluna FATshion, assinada pela jornalista Carla Manso e imprime novo fôlego ao assunto.

Page 97: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 97SEM MEDIDA| 97

Page 98: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

uando o assunto plus size se tor-nar algo corriqueiro no Brasil e a mídia apresentar quem está aci-ma do peso com a mesma natu-ralidade com que apresentava

outros temas, quem acompanhou o desen-volvimento do que se pode chamar de “mo-vimento plus size” certamente irá lembrar que alguns acontecimentos contribuíram muito para isso. O primeiro a ser lembrado será a aparição da top model internacional Fluvia Lacerda em diversos programas de televisão e, o segundo, será o dia em que um mega portal de internet, o iG, decidiu passar por cima da idéia comumente pro-pagada de que “quem está acima do peso é doente e precisa emagrecer” e criou uma coluna de moda exclusivamente dedicada ao universo plus size.

Assinado por Carla Manso, que além de ser jornalista, é fotógrafa, webdesigner e modelo, o blog contou com o apoio de toda a equipe de conteúdo do iG durante sua criação. “Senti que o pessoal do portal ficou curioso e entusiasmado com a notí-cia de que eu atuava no mercado também como modelo plus size. Não neguei interes-se em escrever sobre o tema e cobrir even-tos relacionados. Passado algum tempo a coluna estreou com uma matéria onde descrevo como foi desfilar e clicar para gri-fes deste setor”, comenta Carla.

Desde sua estréia, a coluna publica informações sobre como se vestir, onde encontrar roupas e também descreve de forma sincera como é a vida de quem está acima do peso. Porém, segundo Carla, um assunto que para ela e sua coluna se tor-nou bastante importante é a questão do amor-próprio. “No FATshion, dou dicas de como se vestir e onde comprar, abro o jogo sobre a vida de modelo plus size e oriento as leitores que pretendem seguir a carreira. Trabalho muito o tema amor-próprio porque considero essencial para quem está acima do peso encontrar a vaidade e ser feliz ao lado de alguém que a ame e a aceite como ela é. Os pots que a coluna traz carregam um pouco da minha história para estimular as leitoras a buscar transformações inte-riores que se exteriorizem, independente do que indica o ponteiro da balança”, co-

Q

“... Os pots que a coluna traz carregam um pouco

da minha história para estimular as leitoras a buscar transformações interiores que se exteriorizem, independente

do que indica o ponteiro da balança.”

Page 99: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 99

Page 100: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

100 |SEM MEDIDA

Page 101: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 101

menta a colunista do FATshion.Carla diz que a periodicidade de publi-

cação de notícias na coluna, por enquanto, se resume a dois pots semanais, mas ela comenta que isso não se deve ao desinte-resse do público e sim à sua falta de tem-po. “Gostaria de dividir experiências com as leitoras com uma freqüência maior”, confessa Carla. “Todos os dias recebo o retorno de quem acessa a coluna através de comentários no blog e da minha conta do twitter. Ver a resposta delas é bastante gratificante e fico honrada pela oportuni-dade de poder ajudar algumas meninas e mulheres vítimas do preconceito e, ainda, ajudá-las a alimentar seus amores-pró-prios”, diz Carla.

As opiniões que Carla expressa em sua coluna são pessoais e reflexo de sua vi-vência profissional e pessoal, afinal, ela também é plus size. Carla acredita que a moda para quem está acima do peso ain-da tem muito que fazer para se impor. “A moda plus size ainda bate muito à porta de eventos e não adianta só pedir licença. Embora o número de grifes tenham cres-cido, em geral, a ‘idade das peças’ não agrada as mais novinhas. É preciso que os fabricantes imprimam uma certa vitalidade e criem looks modernos.Uma bola na rede dentro deste universo foi a realização do Fashion Weekend Plus Size, em janeiro de 2010, na cidade de São Paulo, onde o tra-balho das modelos plus size e o segmento receberam destaque do público a qual se destina”, comenta Carla.

Indo ao encontro ao que Carla afirma ser necessário imprimir ao cenário da moda para quem está acima do peso, está a loja inglesa Evans, que convidou Beth Ditto para desenhar a coleção plus size da marca. “A Evans teve uma ótima sacada ao convidar a Beth para desenhar uma co-leção. Não havia ninguém melhor do que a dona de um manequim 54, muito bem resolvida com suas curvas e considerada ícone de estilo pela irreverência ao se ves-tir, para incentivar demais marcas a tam-bém se arriscarem a estreitar laços com o público carente de peças grandes. A moda precisa de mais incentivos como o da voca-lista da banda The Gossip”, afirma Carla.

“A moda plus size ainda bate muito à porta de eventos e não adianta só pedir licença. Embora o número de grifes tenham crescido, em geral a ‘idade das peças’ não agrada as mais novinhas. ...”

Page 102: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

102 |SEM MEDIDA

E, indo de quem cria para quem desfila estas criações, Carla conta que no merca-do internacional de modelos, o nome que mais tem chamado a sua atenção é o de Tara Lynn. “A Tara roubou a cena com a capa e recheio da revista Elle francesa, di-vulgada em março. A modelo quebrou re-gras ao aparecer como destaque de uma revista de moda mundialmente respeitada em um macacão de tamanho 48 e arre-piando no carão. Carão este, que ela deu a bater, já que, infelizmente, são muitos os desinformados que acreditam na saúde como um sinônimo de IMC (Índice de Mas-sa Corporal) ideal, assim como são muitos os preconceituosos e os única e exclusiva-mente simpatizantes do movimento semia-noréxico do mundo da moda”, diz Carla. E, por falar em quem está fazendo sucesso lá fora, Carla fala sobre Fluvia Lacerda tam-bém. “Considero um gênio quem compa-rou a Fluvia Lacerda à Gisele Bündchen, duas brasileiras de belezas exóticas que alcançaram o sucesso profissional, dentro de seus manequins”, celebra Carla.

Ligada ao mundo da moda para quem está acima do peso, Carla Manso não dei-xa de notar a explosão de modelos plus size que está acontecendo no Brasil, mas ela afirma que não basta estar acima do peso para ser modelo. Atuar nesta área, segundo ela, requer, antes de mais nada, atitude. “Ser modelo é também uma ques-tão de atitude. Não basta ser ‘gordinha’ e saber posar diante de uma lente. Ter as curvas assumidas, cuidar muito bem da pele, dos cabelos, ter um olhar diferencia-do, um sorriso cativante e uma bela pos-tura são fundamentais para que se atinja o sucesso, por isso são tantas as garotas que tiveram apenas uma oportunidade ou outra dentro do mercado”, esclarece Car-la.

Para quem não a conhece e acredita que as opiniões que Carla Manso em sua coluna são meras divagações de alguém que assiste a tudo “pela janela do carro”, está na hora de mudar de idéia. Esta jorna-lista de 23 anos tem muita história, alegre e triste, onde apoiar suas opiniões. “Para mim não foi fácil assumir o peso diante do espelho. Eu passei por muitas provas

“Considero um gênio quem comparou a Fluvia Lacerda

à Gisele Bündchen, duas brasileiras de belezas exóticas

que alcançaram o sucesso profissional, dentro de seus

manequins.”

Page 103: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 103

Page 104: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

104 |SEM MEDIDA

Page 105: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 105

até atingir este nível de envolvimento que tenho com as minhas curvas”, desabafa Carla.

“Sofri, chorei, me desgastei... Tive so-nhos, ilusões, frustrações e considerava-me o auto-retrato do fracasso por não conseguir manter o peso intitulado como o ideal pela mídia. Hoje, tenho orgulho de pesar 87 quilos, ter 1,70 de altura e usar manequim 46 ou 48. A vida me ensinou a amar meu braço gordo, branco e forte, mas capaz de carregar meu filho e o trazê-lo para perto do meu coração. Ela me ensi-nou a amar minhas pernas, até então inti-tuladas como moles e vergonhosas, como capazes de me fazer andar e conhecer o mundo. Ela também me ensinou a amar a minha barriga, que ganhou estrias durante a gravidez e hoje só me traz satisfação, porque teve participação fundamental na formação daquele que hoje mais demons-tra amor por mim e alimenta minha alma da sede de vencer: o meu filho”, diz Carla.

“Diante do dado divulgado pelo IBGE em 2004, de que existem cerca de 39 mi-lhões de adultos acima do peso no Brasil, acredito que minha coluna tenha entra-do na minha vida como um presente de Deus”, diz Carla. Quando perguntamos a ela como sua coluna se destacará frente a tanto material existente para o público plus size, ela diz que “são muitos os meios pelo qual a mídia entra em contato com quem está acima do peso atualmente, e, vejo dicas de beleza, divulgação de grifes e eventos especializados para este público. Mas, qual deles têm a consciência de que através das palavras, fotos e vídeos, po-demos ajudá-las a aceitarem suas formas para construir uma vida sem sofrimentos, de paz? Enquanto a mídia divulga que a ‘gordinha’ pode ser bonita, se vestir bem e oferece produtos à ela, eu a ensino a encontrar esta beleza e se cuidar, de ma-neira natural, através de depoimentos e reflexões” conclui Carla Manso.

Visite a coluna FATshion e troque suas opiniões com Carla Manso, acesse a colu-na através do endereço eletrônico http://colunistas.ig.com.br/fatshion. Carla nos disse que adora receber e acompanhar os comentários das pessoas.

“Sofri, chorei, me desgastei... Tive sonhos, ilusões, frustrações e considerava-me o auto-retrato do fracasso por não conseguir manter o peso intitulado como o ideal pela mídia. ...”

Page 106: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

Lepoque apresenta suascriações para o inverno

Tendências

Texto e Imagens: divulgação

Nota da redação:A revista Sem Medida, além das matérias que faz,

apresentando aos leitores confecções e lojas que produzem e comercializam vestuário plus size, passa a publicar,

também, ensaios fotográficos apresentando tendências de moda. Para ter suas coleções publicadas, entre em contato

através do e-mail: [email protected]

Com estampas que retratam as peles de animais, cores alegres e botões de diversos

tamanhos e estilos e muitos acessórios, esta coleção vem para modernizar ainda mais a

moda em tamanhos grandes, dando a ela um ar mais jovial, alegre e sensual.

Ela utiliza, em sua variedade, peças funcionais que podem ser usadas

em ocasiões formais e mementos de descontração, pois são elegantes e

confortáveis.

Lepoque na internet: www.lepoque.com.br

Page 107: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

Tendências

Page 108: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

108 |SEM MEDIDA

Page 109: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 109

Page 110: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

110 |SEM MEDIDA

Page 111: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 111

Page 112: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

112 |SEM MEDIDA

Page 113: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 113

Page 114: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

114 |SEM MEDIDA

Page 115: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 115

Page 116: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

116 |SEM MEDIDA

Page 117: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 117

Page 118: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

118 |SEM MEDIDA

uma tradição chinesa quese espalha pelo mundo

Acupuntura

Texto: da Redação | Imagens: Arquivo entrevistada

Page 119: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 119

Apesar de ainda estar coberta por uma aura de desconfiança por parte da classe

médica e pela população em geral, a acupuntura vem ganhando adeptos em

todo o Brasil, comprovando o que o Oriente já sabe há milhares de anos.

Page 120: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

120 |SEM MEDIDA

acupuntura é aceita e bastan-te utilizada como prática tera-pêutica em diversos países oci-dentais. No Brasil, porém, sua

disseminação encontra resistência entre a classe médica, que se apega no fato de não existir uma formação acadêmica con-vencional para o profissional que a aplica. Já entre as pessoas comuns, um dos fa-tores que impedem seu crescimento é a falta de informação, apesar do fato de que muitos convênios médicos já incluirem a acupuntura entre suas coberturas.

Atualmente, para ser um acupunturis-ta, o profissional deve ter no mínimo uma formação para-médica, conhecimentos de anatomia e fisiologia e um curso específi-co em acupuntura. Além de o profissional ter uma preparação acadêmica, antes de clinicar, é preciso que ele esteja ciente, e que informe a todos os seus pacientes, que acupuntura não cura tudo, nem é indi-cada para qualquer pessoa.

“Existem várias contra-indicações”, alerta Aparecida Enomoto, acupunturista e fisioterapeuta, com especialização em UTI respiratória e que, além de tudo isso, cursou seis anos de medicina chinesa na Academia Tradicional de Beijing. “No caso de um paciente em tratamento de quimio-terapia, por exemplo, ele só deve fazer acu-puntura sem a utilização de agulhas. Já as grávidas podem fazer, mas com algumas restrições. Existem alguns pontos próxi-mos do pulmão e um ponto no mediastino que não são indicados”.

Como optar pelo tratamento

Mas não basta a disposição de uma pessoa para que ela passe a fazer um tra-tamento através da acupuntura. Segundo Aparecida Enomoto, qualquer acupunturista sério fará, em primeiro lugar, uma entrevis-ta com seu candidato a paciente, e através do resultado deste, que podemos chamar de diagnóstico, o terapeuta definirá o trata-mento. Com a intenção de obter o melhor quadro possível, o profissional também leva em consideração, além das queixas do paciente, algumas outras informações, como, por exemplo, suas preferências de

A

Page 121: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 121

sabor e cor. Faz uma leitura visual da pele, da língua e pressiona determinados pon-tos de concentração de energia, além de um exame minucioso do pulso.

Uma vez determinado o problema, se inicia o tratamento. Nunca é possível de-finir quando tempo ele irá durar. Tudo de-pende da idade, da patologia e de como os resultados irão se manifestar. O máxi-mo que um profissional sério pode fazer é dar ao paciente uma previsão, mas nunca determinar início, meio e fim do tratamen-to categoricamente, pois cada caso é um caso. Já o valor cobrado irá depender do profissional, que pode variar de R$ 80,00 a R$ 230,00 cada sessão.

Se você se interessou pela acupuntu-ra e deseja saber um pouco mais dessa medicina milenar e sobre a acupunturista Aparecida Enomoto, entre no web site www.acupunturaenomoto.com.br.

Acupuntura e o câncer de mama Milhares de mulheres lutam contra o

câncer de mama todos os anos. Este é o tipo de carcinoma que mais atinge as mu-lheres em todo o mundo. No Brasil, a data oficial de combate ao câncer de mama é 29 de abril e é marcada por muitos even-tos e campanhas de prevenções.

Uma das formas de amenizar os sinto-mas do tratamento que tantas mulheres so-frem é com a acupuntura. A técnica é muito eficiente na redução de efeitos colaterais no tratamento de câncer de mama. Sinto-mas como náusea, vômitos, transpiração excessiva, queda da imunidade, depres-são, tristeza, calores são bem controlados com a acupuntura, além da diminuição da dor e efeitos colaterais da quimioterapia que sempre incomodam as mulheres nes-se período de recuperação. A acupuntura melhora o sono, aumenta os hormônios da alegria (serotonina e endorfina) e reduz os sintomas da medicação obrigatória por 5 anos, explica Aparecida Enomoto.

Segundo ela, a acupuntura traz outros benefícios para as mulheres que fazem o tratamento, como, por exemplo, o aumento da sensação de bem-estar, mais energia e disposição.

Page 122: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

122 |SEM MEDIDA

os encantadores violão evoz de Bruno de La Rosa

Música

Texto: da Redação | Imagens: divulgação

Na foto, sentado com o violão, Bruno de La Rosa e ao seu lado, em pé, Gerson Conrad, um dos integrantes do grupo Secos e Molhados.

Page 123: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 123

Um jovem, de apenas 22 anos, vem deixando os

críticos encantados com sua cultura musical, estilo,

desempenho e talento ao violão, interpretando o que

há de melhor em nossa MPB

Page 124: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

124 |SEM MEDIDA

runo de La Rosa é um profundo conhecedor da música brasileira e inclui em seu repertório, mú-sicas de Toquinho, Vinícius de

Moraes, Chico Buarque, Francis Hime, Edu Lobo, entre alguns dos grandes ícones além de outras canções de sua autoria.

Mas ele não é um novato. Em 2006, realizou o show “Reencontro”, no Teatro Municipal de Santos, gravando DVD, e em seguida, ganhou o Troféu Brás Cubas de melhor cantor da Baixada Santista.

Em 2007, defendeu o samba “Chá de Sumiço”, de seu parceiro Valdir da Fonse-ca, no “I Festival de Samba Paulista” e ga-nhou o 3º lugar no TUCA, em São Paulo. Realizou o show em homenagem a Antônio Carlos Jobim. Visando o aprimoramento acadêmico, entrou na Escola de Jornalis-mo da Universidade Anhembi Morumbi e na Universidade Livre de Música.

Em 2008, fez aberturas de shows de Francis Hime, Gerson Conrad (ex-Secos &

Molhados) e passou a escrever arranjos, compor novas canções e realizar grava-ções com nomes importantes, tais como Bocato.

Em 2009, iniciou a preparação do Song-book do Toquinho. Além de shows no SESC e eventos empresariais, ele se apresenta toda segunda quarta-feira de cada mês na casa de show AO VIVO MUSIC (www.aovivo-music.com.br) em Moema, São Paulo.

Em 20 de novembro, Bruno De La Rosa venceu o II Festival de Música de São Vi-cente defendendo a canção de sua autoria “A Grande Senhora”, no Centro de Conven-ções de São Vicente, em São Vicente – SP. O festival, com mais de 300 canções inscri-tas, sem dúvida, engrandeceu a conquista desse jovem talento. O cantor e composi-tor Guilherme Arantes fez o show de en-cerramento do Festival. E para terminar o ano bem, Bruno ainda ganhou os prêmios Plínio Marcos de melhor cantor e de melhor instrumentista do ano (Santos-SP).

B

Page 125: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

Uma mulherlinda e comcurvas deverdade.

Já está na hora de deixarmos as nossas diferenças de lado... Afinal,

todos precisamos de um lar.

Lute contra o aquecimento global.Ajude deixando de ler em papel.

Page 126: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

126 |SEM MEDIDA

às vezes aquilo quepensamos pode atrapalhar

Crenças

Texto: Tânia Sanches | Imagens: Wikimedia Commons Arquivo da entrevistada

omos aquilo que pensamos e vi-vemos aquilo que acreditamos. E isto pode favorecer a busca da concretização de sonhos, metas

ou não. Ao longo do caminho que percorre-mos na vida, vamos acumulando uma sé-rie de informações em relação aos aconte-cimentos que nos ocorrem, ao mundo, às pessoas e sobre nós mesmos. A cada mo-mento que passamos da fase infantil para a fase adulta, nossa mente vai gravando o que nos é enviado em forma de palavra, pensamento, ação e isto ocorre indepen-dente do resultado que irá promover. Para vivermos, necessitamos de receber infor-mações e nossa mente não filtra os da-dos que lhes são passados pelo ambiente,

cultura ou educação. Ela simplesmente ar-quiva em nós para que possamos utilizar quando necessário. Vamos criando assim um arquivo interno de regras, dados ou informações que criam estados mentais, que por sua vez vão moldando nossa vida e determinando nossa realidade. A estes estados mentais damos o nome de cren-ças.

As crenças são uma tomada de posição que temos na vida e na qual acreditamos como sendo verdadeira, sem ter a certe-za ou prova disto. Elas são herdadas ou assimiladas de muitas fontes que temos acesso como os ensinamentos de nossos pais, a escola, a representação de pesso-as importantes a nós, bem como de trau-

S

Page 127: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

SEM MEDIDA| 127

Wikimedia Commons/Irish Typepad

Page 128: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

128 |SEM MEDIDA

Tânia Regina Sanches é psicóloga com pós-graduação em Administração de Recursos Humanos, especialização em Terapias Alternativas pelo Instituto Avathar e formada em Coaching pela Sociedade Latino Americana de Coaching.

mas vivenciados. É através desta bagagem que olhamos para todas as situações de nossa vida e nos posicionamos frente a elas. Elas são a nossa verdade e estão tão enraizadas dentro de nós que raramente conseguimos perceber as mesmas regen-do nossa vida.

Imersos em uma rotina, dificilmente conseguimos perceber o quanto ela está determinando o que vivemos e como vive-mos, o nosso comportamento em relação a um determinado assunto, as nossas rea-ções padronizadas, as quais, muitas vezes e orgulhosamente chamamos de “traço de personalidade”.

Podemos dizer então que as crenças são uma “constituição da vida de uma pessoa”, pois elas formam leis que deter-minam o que podemos ou não ser, fazer ou ter. É um sistema de regras internas que vai permitir ou não, a satisfação de um ob-jetivo, a conquista de um sonho, a realiza-ção de algo que realmente queremos. Elas é que vão autorizar ou não que tenhamos uma vida plena, pois, elas ditam o que é certo, errado, o que pode ou não ser fei-to de acordo com tudo que vivenciamos. Interpretamos a nossa vivência diária de acordo com este conjunto que infelizmente não é tão racional e consciente assim. Na maior parte do tempo, não temos noção do quanto elas estão nos limitando de ser-mos felizes, limitando nossa atuação na vida. Cabe a nós decidir sobre as mesmas e assimilar crenças novas que nos favore-çam na busca de nossos objetivos. Feliz-mente, podemos trabalhar para reforçar as nossas crenças positivas, pois todas elas são assimiladas em nosso cérebro através de palavras que acreditamos serem verda-deiras. Mudando o padrão de palavras as-sociadas em nossa mente, podemos nos fortalecer como pessoas.

Existem dois tipos de crenças: as limi-tantes e as fortalecedoras. As crenças limi-tantes bloqueiam a realização de nossos objetivos e o encontro da felicidade e as crenças fortalecedoras nos impulsionam a agir, pois elas nos mostram que o passado não é igual ao futuro e sempre existe um jeito de as coisas acontecerem a nosso fa-vor, desde que estejamos comprometidos

para que isso venha a acontecer. Se você possui em sua mente, crenças

que dizem que você não nasceu para ser feliz, para ter sucesso, para deixar seu nome na história ou para realizar coisas im-portantes na sua vida, provavelmente não conseguirá se dedicar de forma eficaz para fazer as coisas acontecerem e nas primei-ras dificuldades irá desanimar e desistir de ir atrás do que quer, pois você acredita nisto e qualquer coisa negativa que acon-teça, vai somente reforçar o que você crê. Para que se esforçar se tem a certeza de que não chegará lá? Sem esforço, foco e determinação realmente são inevitáveis a concretização de algo. E isto só vai reforçar sua crença de fracasso.

Por outro lado, se você possuir crenças que reforçam o seu direito de ser feliz, ter sucesso, amar e ser plenamente amada, bem como concretizar tudo que você se propor a fazer, com certeza vai se esfor-çar para chegar lá, dando o melhor de si, superando obstáculos, encontrando opor-tunidades e promovendo realizações. Isso vai promover e fortalecer sua crença de su-cesso e o seu bem estar na vida.

Blaise Pascal, filósofo francês, já des-crevia o poder das crenças, em 1653, quando dizia “se você aposta acreditar em algo positivo o seu ganho é infinito, porém, se você aposta em não acreditar, o seu ga-nho é finito. Portanto, vale a pena apostar e acreditar em palavras, pensamentos e ações positivas, pois estes vão gerar cren-ças fortalecedoras. O poder das crenças gera uma onda de realizações e se você apenas acreditar que algo muito bom pode acontecer, você realmente pode se surpre-ender muito com os resultados.

Page 129: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

Propagandaalmaé a de

negócioqualquer

O que você está esperando paracolocar sua marca em evidência?

No ar há mais de um ano, a revista Sem Medida, todos os dias recebe uma média de 100 visitantes e, destes, 80% são visitas de pessoas que acabam de descobrir a revista.

Com um conteúdo leve e de fácil leitura, temas atraentes e que incentivam quem está acima do peso a viver bem, ela é a mídia que você procurava.

Contate um de nossosrepresentantes e descubra as promoções que reservamospara você e sua empresa. (11) 3729-3534

SEMMEDIDARevista

Para quem não tem medo da fita métrica

Mais de50 mil pageviews/mêsAuditado pelogoogle e ISSUU

Page 130: Ed. 3 - Ano 2 - 04/2010

130 |SEM MEDIDA