Ecossistema e Fluxo de Energia

4
ECOSSISTEMA, CADEIA ALIMENTAR E FLUXO DE ENERGIA As espécies que vivem em um mesmo ambiente estão ligadas entre si, como elos de uma grande corrente. O motivo que as une é o alimento: uns servem de alimento aos outros, transferindo-lhes a matéria que forma seus corpos e a energia que acumulam para realizar as suas funções vitais. Ecossistema é uma comunidade de organismos que interagem entre si e com o meio ambiente ao qual pertencem. Podemos citar como exemplo de meio ambiente: lago, floresta, savana, tundra, etc. Também fazem parte de um sistema todos os componentes abióticos (sem vida), como, por exemplo, minerais, íons, compostos orgânicos e clima (temperatura, precipitações e outros fatores físicos). Os componentes bióticos (seres vivos) são representados em vários níveis e, boa parte das relações que se estabelecem entre eles, é de natureza alimentar. A Cadeia Alimentar constitui uma contínua transferência de energia entre os seres de um ecossistema em função de uns consumirem a matéria de outros com a finalidade alimentar, num constante reprocessamento molecular. Cada etapa de uma cadeia alimentar é chamada de nível trófico. Podemos identificar três níveis tróficos distintos: Produtores – ex.: autótrofos – são seres vivos capazes de produzir seu próprio alimento através de substâncias inorgânicas, como, por exemplo, as plantas que realizam a fotossíntese através da luz solar. Consumidores – ex.: heterótrofos – são seres que se alimentam de outros seres, pois, ao contrário dos autótrofos, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Dentro desta classificação, incluem-se todos os animais, a maioria dos fungos e algumas plantas. Decompositores – ex.: saprófitos – organismos que se alimentam de outros organismos em estágio de decomposição. Dentre eles estão os fungos e as bactérias. Exemplos de cadeia alimentar Terrestre

Transcript of Ecossistema e Fluxo de Energia

Page 1: Ecossistema e Fluxo de Energia

ECOSSISTEMA, CADEIA ALIMENTAR E FLUXO DE ENERGIA

As espécies que vivem em um mesmo ambiente estão ligadas entre si, como elos de uma grande corrente. O motivo que as une é o alimento: uns servem de alimento aos outros, transferindo-lhes a matéria que forma seus corpos e a energia que acumulam para realizar as suas funções vitais.

Ecossistema é uma comunidade de organismos que interagem entre si e com o meio ambiente ao qual pertencem. Podemos citar como exemplo de meio ambiente: lago, floresta, savana, tundra, etc. Também fazem parte de um sistema todos os componentes abióticos (sem vida), como, por exemplo, minerais, íons, compostos orgânicos e clima (temperatura, precipitações e outros fatores físicos). Os componentes bióticos (seres vivos) são representados em vários níveis e, boa parte das relações que se estabelecem entre eles, é de natureza alimentar.

A Cadeia Alimentar constitui uma contínua transferência de energia entre os seres de um ecossistema em função de uns consumirem a matéria de outros com a finalidade alimentar, num constante reprocessamento molecular. Cada etapa de uma cadeia alimentar é chamada de nível trófico. Podemos identificar três níveis tróficos distintos:

Produtores – ex.: autótrofos – são seres vivos capazes de produzir seu próprio alimento através de substâncias inorgânicas, como, por exemplo, as plantas que realizam a fotossíntese através da luz solar.

Consumidores – ex.: heterótrofos – são seres que se alimentam de outros seres, pois, ao contrário dos autótrofos, não são capazes de produzir seu próprio alimento. Dentro desta classificação, incluem-se todos os animais, a maioria dos fungos e algumas plantas.

Decompositores – ex.: saprófitos – organismos que se alimentam de outros organismos em estágio de decomposição. Dentre eles estão os fungos e as bactérias.

Exemplos de cadeia alimentar

Terrestre

Folhas de uma árvore -> Gafanhoto -> Ave -> Jaguatirica -> Decompositores

Aquática

Algas -> Caramujos -> Peixes -> Carnívoros -> Aves aquáticas -> Decompositores.

Teias alimentares - Alguns animais em face de sues hábitos alimentares variados, não se enquadram em apenas um nível tráfico. O interrelacionamento dos seres vivos de um ecossistema é muito mais complexo do que uma simples cadeia alimentar pode mostrar. Na verdade, o fluxo de energia pelos seres pode seguir diversos caminhos alternativos através de diferentes cadeias alimentares opcionais que se cruzam. A teia alimentar não se configura como um fluxo retilíneo e unidirecional, como uma cadeia alimentar. Ela se estabelece de forma multidirecional, permitindo-se estudar a passagem da matéria e da energia pelos ecossistemas.

Page 2: Ecossistema e Fluxo de Energia

Consideremos uma lagoa. Podemos observar nela uma cadeia alimentar, que seria:

Essa é uma cadeia simples, que não mostra a realidade dessa lagoa. Poderemos observar que as mesmas plantas que servem de alimento aos caramujos podem nutrir larvas de insetos e peixes herbívoros. Os peixes carnívoros comem não apenas os caramujos, mas também os peixes herbívoros e pequenos crustáceos. Peixes carnívoros, peixes herbívoros e rãs são comidos pelas aves da margem.

Alguns seres vivos, dependendo do que ingerem, podem ser considerados consumidores de vários níveis ao mesmo tempo. As aves da margem, por exemplo, ao se alimentarem de peixes herbívoros, são consumidores de segunda ordem; quando se alimentam de rãs, são consideradas consumidores de terceira ordem. Assim, ocupam simultaneamente dois níveis tróficos. Os decompositores (bactérias e fungos) podem ser considerados consumidores de várias ordens, de acordo com a origem do resto que eles degradam.

Fluxo de Energia nos Ecossistemas

O sol é responsável pela existência da vida na terra porque as suas radiações aquecem o solo, a água e o ar criando condições favoráveis a vida. A luz solar também é captada pelas algas e plantas que a utilizam na fotossíntese, assim abastecendo de energia todos os ecossistemas terrestres. As plantas e algas convertem a energia luminosa em energia química que fica armazenada nas moléculas orgânicas.

Os consumidores primários ao comerem seres fotossintetizantes aproveitam a energia contida nas moléculas orgânicas. Os consumidores secundários que comem os primários recebem das moléculas ingeridas toda a energia, tornando a transferência de energia na cadeia alimentar unidirecional e acíclica. Parte da energia recebida por cada nível trófico é usada no metabolismo; mas uma grande parte é inaproveitada porque é eliminada na matéria orgânica que forma as fezes ou naquela que não é facilmente digerida, como a celulose. Estudando fluxos de energia é importante perceber que necessariamente toda a energia de todos os seres vivos é primordialmente vinda do sol, sendo este então o grande responsável pela existência de vida na terra.

A transferência de energia ao longo das cadeias alimentares é unidirecional. A cada nível trófico, parte da energia que ingressou na cadeia alimentar é dissipada nas atividades vitais.

A produtividade e os ecossistemas

A quantidade de matéria orgânica produzida ou transferida em certa área e em determinado intervalo de tempo para um nível trófico é denominada de produtividade. Podemos dividi-Ia em:

Produtividade primária: Quantidade de matéria orgânica produzida pelos autotróficos; Produtividade secundária: quantidade de matéria orgânica incorporada pelos consumidores;

Podemos subdividir essas categorias em outras duas:

Page 3: Ecossistema e Fluxo de Energia

Produtividade bruta: total de matéria orgânica acumulada; Produtividade líquida: Total de matéria orgânica acumulada depois de descontados os gastos com a respiração celular.

Pirâmides ecológicas

Ao utilizarmos cadeias e teias para realizar o estudo das relações alimentares entre os seres vivos estamos buscando um caráter qualitativo.

Entretanto quando desejamos saber como os diversos níveis tróficos são ocupados, devemos nos valer de uma análise quantitativa. Para isso é muito comum o uso de pirâmides ecológicas, que representam os níveis tróficos de um ecossistema através de retângulos sobrepostos, onde os produtores são sempre colocados na base. Como a quantidade tanto de energia quanto de massa tende a diminuir de um nível trófico para o outro, podemos criar um concepção gráfica, onde a base é sempre mais larga que o ápice.

Existem três tipos de pirâmide, cada qual com suas peculiaridades: Pirâmide de Número; Pirâmide de Biomassa; Pirâmide de Energia.

Bibliografia Fonte: cienciahoje.uol.com.brFonte: marquiasidrim.vilabol.uol.com.brFonte: www.preservacaoambiental.org.br