Economia Política - Cap 3
Click here to load reader
-
Upload
bucar-real -
Category
Documents
-
view
162 -
download
2
Transcript of Economia Política - Cap 3
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
1
ECONOMIA POLÍTICA
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas
Universidade do Minho
2
3. Economia e resultados eleitorais
3.1. Porque votam os indivíduos?Mueller, D. (2003). Public Choice III. Cap 14 - The Paradox of Voting: 303-332
3.2. O impacto da economia na popularidade dos governantes e nos resultados eleitorais
Mueller, D. (2003). Public Choice III. Cap. 19.1 - Macroeconomic Performance and Political Success: 429-437 e cap. 19.5 - Voter Behaviour: 459-461.Paldam, Martin (2004). Are Vote and Popularity Functions Economically Correct? In Rowley, C.K. e F. Schneider, eds., The Encyclopedia of Public Choice, Kluwer Academic Publishers,Dordrecht, The Netherlands: 49-59.
3.3. Aplicações empíricas
3
3. Economia e resultados eleitorais
3.3. Aplicações empíricas
(1) Brender, A. (2003). The Effect of Fiscal Performance on Local
Government Election Results in Israel: 1989-1998. Journal of
Public Economics 87: 2187-2205.
(2) Veiga, L. e Veiga, F. (2007). Does Opportunism Pay-Off?
Economics Letters 96:177-182.
(3) Veiga, L. e Veiga, F. (2004). The determinants of vote
intentions in Portugal. Public Choice 118: 341-364. Hélia Silva4
Interacções entre a Economia e a Política
INFLUÊNCIA DO RESTO DO MUNDO FACTORES NÃO ECONÓMICOS
EVOLUÇÃO DA ECONOMIA
POLÍTICA ECONÓMICA ELEIÇÕES
MODELOS DE CICLOS FUNÇÕES POLÍTICO ECONÓMICOS POPULARIDADE/VOTO
AUTORIDADE DE GOVERNOPOLÍTICA MONETÁRIA
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
5
A hipótese do eleitor racionalDowns (1957) desenvolveu a hipótese do eleitor racional.
A decisão de votar baseia-se no benefício líquido esperado da participação no processo político.
Ao escolher entre dois candidatos (X e Y) o eleitor calcula a utilidade esperada associada à vitória de cada um deles [U(X) e U(Y)] e vota no candidato que lhe trouxer maior utilidade.
Vamos admitir que o indivíduo prefere X a Y.
Nada garante ao eleitor que o seu voto determine o resultado da eleição.
O eleitor estima a probabilidade do seu voto influenciar o resultado eleitoral.
Votar é um acto racional cuja utilidade esperada é: P[(U(X)-U(Y)]. 6
A hipótese do eleitor racional
Votar também envolve custos (C):
Recolha de informação, tempo dispendido, gasolina, etc.
A utilidade esperada líquida de votar é:
E(U) = P[U(X)-U(Y)] – C
Sendo ínfima a probabilidade do voto de um indivíduo
determinar o resultado da eleição
Os custos superam os benefícios
O eleitor racional decide abster-se.
7
A hipótese do eleitor racional
“Several people have noted that the probability of being
run over by a car going to or returning from the polls is
similar to the probability of casting the decisive vote. If
being run over is worse than having the one’s preferred
candidate lose, then the potential cost of voting alone
would exceed the potential gain, and no rational self
interested individual would ever vote.”
Mueller (2003, pág. 305)
5
10
15
20
25
30
35
40
1975
1976
1979
1980
1983
1985
1987
1991
1995
1999
2002
2005
20
30
40
50
60
70
1987 1989 1994 1999 2004
0
10
20
30
40
50
60
1976 1980 1986- 1ª
1986- 2ª
1991 1996 2001 2006
Eleições legislativas
Taxas de abstenção em PortugalFonte: Comissão Nacional de Eleições
Eleições para o Parlamento Europeu
Eleições Presidenciais
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
9
Explicações para o paradoxo de votar Porque votam os indivíduos?
Os indivíduos retiram utilidade do acto de votar
Existem benefícios associados ao acto de votar que não
dependem do facto do voto do indivíduo ser decisivo do
resultado eleitoral.
O acto de votar pode ser encarado como um direito cívico.
Adiciona um novo benefício (D) à utilidade esperada de votar:
E(U) = P[(U(X)-U(Y)] – C + D
10
Explicações para o paradoxo de votarPorque votam os indivíduos?
O acto de votar como um jogo do gato e do ratoSe cada eleitor racional tomar a sua decisão de votar ou abster-se com base na capacidade do seu voto determinar o resultado eleitoral o mais provável é ninguém votar.
Logo, qualquer indivíduo que decida votar determina o resultado da eleição.
Consequentemente, é racional votar!
Mas se o número de eleitores for elevado e existirem expectativas de que vários participarão, o incentivo a votar continua reduzido.
11
Explicações para o paradoxo de votarPorque votam os indivíduos?
O acto de votar como uma estratégia de minimaxdas perdas
O que determina a decisão de votar ou abster-se são as perdas associados a cada um dos actos e não os resultados. O eleitor procura minimizar as perdas associadas às 4 situações possíveis:
Evitar o pior resultado => votar!Hipótese: os indivíduos são extremamente avessos ao risco.
Poucas são as situações reais em que os indivíduos decidem com base na estratégia de minimização da perda máxima.
O voto não é determinante O voto é determinanteVota C 0Abstém-se 0 [U(X) –U(Y)] – C
12
Explicações para o paradoxo de votarPorque votam os indivíduos?
A hipótese do eleitor expressivoO ganho de utilidade resultante da participação no processo eleitoral deriva
do acto de votar em si próprio e da oportunidade de exprimir opiniões através dele.
Introduz muita subjectividade na análise.
Os estudos mostram que quando o resultado eleitoral é menos incerto os eleitores votam mais de acordo com as suas verdadeiras preferências do que quando o resultado é mais incerto.
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
13
Explicações para o paradoxo de votarPorque votam os indivíduos?
O eleitor éticoNa decisão de votar cada indivíduo maximiza a seguinte função objectivo:
Sendo θ ≠ 0 o indivíduo ao votar tem em consideração não só o seu bem-estar mas também o dos outros.
Quanto maior o valor de θ (máximo =1) mais altruísta é o indivíduo.
Aumenta a utilidade retirada do acto de votarVotar passa a ser uma opção racional.
Limitação: mesmo que o indivíduo se preocupe com o bem-estar dos demais, só será racional votar se a probabilidade do seu voto alterar o resultado eleitoral for significativa.
∑≠
θ+=ji
jU Ui Oi
14
O eleitor racional: evidência empíricaOs testes são conduzidos fundamentalmente com base em dados obtidos através de inquéritos. Relacionam a resposta à questão “Votou nas últimas eleições?” com
as características do indivíduoSexo, idade, rendimento, escolarização, religião, etc.
e as respostas a questões do tipo:Ficaria aborrecido no caso de não votar e o seu candidato preferido perder por apenas um voto?Considera o acto de votar como um dever cívico?Na seguinte escala, indique o custo que associa ao acto de votar.Classifique, na seguinte escala, as suas expectativas quanto ao resultado eleitoral vir a ser próximo de um empate.Percepção das diferenças entre os candidatos.
15
O eleitor racional: evidência empíricaCom frequência as pessoas que respondem aos inquéritos sobrestimam a participação no acto eleitoral.
=> Erro de medida na variável de dependente.
Esta limitação é ultrapassada quando se utilizam os dados concretos da abstenção.
Estes estudos relacionando os números da abstenção comas características dos eleitores;p - 0.5, em que p mede a percentagem de votos no candidato vencedor;N: o número de eleitores.
Um sinal negativo para os coeficientes associados às variáveis p-0.5 e N é consistente com a hipótese do eleitor racional.
16
O eleitor racional: evidência empíricaPrincipais conclusões:
A decisão de votar não pode ser encarada como uma decisão estratégica tomada com o objectivo de influenciar o resultado eleitoral. Votar é, para a maioria dos cidadãos, uma forma de expressar preferências.Pessoas com uma posição mais definida quanto à sua intenção de voto participam mais no acto eleitoral que as restantes. Quando na véspera do escrutínio as sondagens publicitam que o resultado é incerto a abstenção tende a ser menor. Pessoas mais instruídas abstêm-se menos. A participação eleitoral é maior em sistemas políticos multipartidários do que em sistemas políticos com dois grandes partidos.
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
17
Funções Voto e Funções Popularidade (FVP)
Procuram explicar …os resultados eleitorais (V) ou a popularidade dos governantes (P)
através de …variáveis económicas (VE) e políticas (VP):
V(P)t = αVEt + βVPt + et
α e β são coeficientes a estimar e e é o termo de erro
Funções lineares e não lineares
18
Funções Voto e Funções Popularidade (FVP)
VE: variáveis económicas desemprego, rendimento, inflação, etc.Valores passados, desvios em relação à tendência, a alvos, etc.
VP: variáveis políticasTempo no poder:
durante as campanhas eleitorais os governos prometem mais do que podem alcançar;mesmo que as decisões sejam tomadas por maioria elas alienam alguns eleitores.
Estado de graça…
19
Funções Voto e Funções Popularidade (FVP)
VP: variáveis políticas
…
Personalidade do líder
Ideologia do governo (Direita/Esquerda) –hipóteses alternativas:
O governo é mais responsabilizado pela evolução das variáveis que mais importam aos seus apoiantes;Os eleitores votam no partido cuja ideologia lhes parece mais adequada para resolver o problema económico (inflação/desemprego) mais grave do país.
20
Funções Voto e Funções Popularidade (FVP)
Três ondas de artigos:1ª Vaga: Mueller (1970), Kramer (1971), Goodhart e Bhansali(1970).
Hipótese da responsabilização´: os governantes são responsabilizados pela evolução da economia.
Hipótese da responsabilização assimétrica: o mau desempenho económico penaliza mais os governos do que o bom desempenho os favorece.
2ª Vaga: Frey e Schneider (1978) e Hibbs (1979)Funções VP combinadas com funções reacção de política económica.
Desenvolvimento das técnicas de modelização.
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
21
Funções Voto e Funções Popularidade (FVP)
Três ondas de artigos:3ª Vaga
Força (maioria/minoria) e coesão (partido único/coligação) do GovernoIdeologia do governo (Direita/Esquerda) – hipóteses alternativas:
Estudos em painel
22
Principais resultados
Resultados consensuais (1):A evolução da economia influencia os resultados eleitorais...
O desemprego e a inflação são as variáveis que aparecem mais frequentemente como significativas
... mas não é seguramente o único elemento a ter em conta:Personalidade do líder;Efeitos de lua-de-mel (estado de graça);O tempo no poder penaliza os governantes;Guerras, calamidades, etc.
23
Principais resultadosResultados consensuais (2):
Os eleitores são míopes: apenas o passado recente (menos de um ano antes das eleições) é tido em consideração.
Os eleitores têm um conhecimento reduzido sobre a evolução da (macro) economia.
O seu nível de conhecimento aumenta pouco antes das eleições.
Resultados consensuais que derivam de comparações entre países:
A hipótese da responsabilização é mais ténue em países com sistemas políticos instáveis, com governos de coligação e/ou minoritários.Instabilidade das funções voto/popularidade ao longo do tempo e entre países. 24
Principais resultadosHipóteses cujos resultados são controversos:
Os eleitores são sociotrópicos (reagem à evolução da economia nacional):
Na maioria dos países eles são sociotrópicos e egotrópicos (reagem à sua situação económica).
A maioria dos estudos sugerem uma avaliação retrospectiva por parte do eleitorado (com base no passado), embora alguns também encontrem evidência de avaliações prospectivas (baseadas em expectativas quanto ao futuro).A evidência mista quanto à hipótese de que os governantes são mais penalizados por uma deterioração da condições económicas do que beneficiados por uma melhoria das mesmas.Ideologia do governo: não há consenso sobre qual das hipóteses funciona melhor.
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
25
Does Does OpportunismOpportunism PayPay OffOff??(O Oportunismo Compensa?)(O Oportunismo Compensa?)
Linda Gonçalves Veiga
Francisco José Veiga
2007
Economics Letters 96:177-182
26
SumSumááriorio
Neste artigo testamos a hipótese de que a manipulação pré-
eleitoral das finanças municipais aumenta a probabilidade de
reeleição dos presidentes das câmaras municipais.
Trabalhamos com uma extensa e detalhada base de dados de
finanças locais que cobre todos os municípios de Portugal
continental (278) para as eleições autárquicas que ocorreram
entre 1979 e 2001.
27
Motivação
Veiga e Veiga (2007), “Political Business Cycles at theMunicipal Level,” encontraram forte evidência de ciclos político económicos nos municípios portugueses:
Défices e despesas, com destaque para as de investimento, aumentam significativamente em anos eleitorais;
Os ciclos eleitoralistas são mais fortes nas categorias de investimento mais visíveis para o eleitorado (ex: construção de infra-estruturas).
Dados estes resultados, é interessante investigar:
Se os eleitores premeiam as políticas eleitoralistas, ou se os penalizam;
Se as despesas favorecidas pelos autarcas são as que geram mais votos;
Se o oportunismo teve sempre os mesmos resultados.28
Municípios Portugueses
Desde o restabelecimento da democracia (em Abril de 1974) houve eleições autárquicas em Dezembro de 1976, 1979, 1982, 1985, 1989, 1993, 1997, 2001 e Outubro de 2005.
Não há diferenças nas instituições dos municípios portugueses e estes são todos regulados pelo mesmo regime financeiro.
Não havendo regiões autónomas em Portugal continental, os municípios estão imediatamente abaixo do governo nacional.
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
29
Base de DadosBase de Dados
A base de dados é composta por observações para anos eleitorais, entre 1979 e 2001, para 275 municípios de Portugal continental;
Só são considerados os casos em que o Presidente da Câmara se recandidata;
Fontes de dados:
Comissão Nacional de Eleições e do STAPE;
Direcção Geral das Autarquias Locais;
Ministério do Trabalho e da segurança Social;
Instituto Nacional de Estatística;
OCDE.
30
EspecificaEspecificaçção do Modelo Baseão do Modelo Base
A variável dependente (Votes) é a percentagem de votos obtida pelo partido do presidente da câmara nas eleições actuais.
Variáveis explicativas:
Votes (Previous Election): percentagem de votos que o partido do presidente da câmara obteve na eleição anterior;
Years President (YP): número de anos em que o presidente da câmara está no poder;
Government’s Party * Government’s Popularity (GP): uma variável aleatória que iguala 1 quando o presidente da câmara é do partido do governo, e 0 quando é de um partido da oposição, émultiplicada por um índice de popularidade do governo. Em alternativa, a variável aleatória pode ser multiplicada pela taxa de inflação anual nacional;
Défices, impostos e despesas municipais;
Emprego, salários e índices de poder de compra municipais.
31
EquaEquaçções Estimadasões Estimadas
Dois modelos serão estimados para averiguar se o oportunismo
compensa.
No primeiro, são incluídos os níveis (Xt) e os valores desfasados (Xt-1 e
Xt-2) das variáveis que podem ser objecto de oportunismo:
O segundo modelo usa a média para o mandato (Xtm) e o desvio do
valor no ano eleitoral face à média do mandato (Xdev) dessas variáveis:
itititiitititelpreviit GPYPVotesVotes ενγφα +++++++= −− 3'
2,2'
1,1'
.., βXβXβX
ititiitititelpreviit GPYPVotesVotes ενγφα ++++++= 2',1
'.., βXdevβXtm
32
Table 4: Investment Expenditures
Full Sample (All Available Observations) 1979-1989 1993-2001 (Last Three Elections)Votes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Votes (Previous Election) .447 (10.9)***
.459 (11.2)***
.166 (2.98)***
.159 (2.85)***
.445 (6.71)***
.486 (5.27)***
.237 (3.42)***
.227 (3.26)***
.233 (3.41)***
.220 (3.18)***
Years President -.836 (-10.7)***
-.850 (-10.9)***
-.785 (-8.18)***
-.813 (-8.52)***
-1.664 (-9.22)***
-1.672 (-6.54)***
-.784 (-6.79)***
-.789 (-6.83)***
-.772 (-6.77)***
-.782 (-6.85)***
Government’s Party * Inflation Rate
-.172 (-3.75)***
-.173 (-3.81)***
-.279 (-5.23)***
-.206 (-2.70)***
.258 (1.50)
.282 (1.62)
Government’s Party * Government Popularity
.043 (2.43)**
.042 (2.39)**
.068 (3.31)***
.070 (3.37)***
Investment Expenditures Election Year .008
(2.01)** .011
(2.69)*** .014
(1.73)* .012
(2.95)*** .013
(3.21)***
Year Before Election .007 (1.54)
.012 (2.27)**
Term Mean .017 (3.88)***
.029 (5.61)***
.005 (.34)
.018 (2.80)***
.020 (3.21)***
% Deviation of Election Year from the Term Mean
.018 (1.71)*
.023 (1.83)*
.017 (.63)
.033 (2.34)**
.029 (2.12)**
# Observations 1128 1136 836 839 597 486 650 649 650 650 # Municipalities 275 275 275 275 261 259 274 274 274 274 # Elections 6 6 4 4 4 3 3 3 3 3 Adjusted R2 .37 .37 .34 .35 .36 .33 .39 .39 .40 .41
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
33
Table 5: Components of Investment Expenditures
Votes 1 2 3 4
Votes (Previous Election) .335 (6.42)*** .363 (4.62)*** .334 (6.52)*** .344 (6.72)*** Years President -.887 (-9.72)*** -.810 (-5.59)*** -.863 (-9.61)*** -.886 (-9.80)*** Government’s Party * Inflation Rate -.146 (-2.05)** -.055 (-.48) -.182 (-2.67)*** -.179 (-2.63)*** Acquisition of Land:
Election Year
.025 (.74)
Term Mean .120 (1.17) % Deviation of Election Year from the Term Mean .004 (.72)
Housing: Election Year
.017 (1.07)
Term Mean -.031 (-.83) % Deviation of Election Year from the Term Mean .002 (.49)
Other Buildings: Year Before Election
.039 (2.95)***
.041 (3.19)***
Term Mean .083 (3.00)*** .041 (2.44)** % Deviation of Election Year from the Term Mean .022 (1.78)* .010 (1.91)*
Miscellaneous Constructions: Election Year
.011 (2.46)**
.013 (3.21)***
Term Mean -.005 (-.53) .019 (3.00)*** % Deviation of Election Year from the Term Mean .004 (.23) .005 (.51)
Transportation Material: Election Year
.098 (1.39)
Term Mean .037 (.21) % Deviation of Election Year from the Term Mean .001 (.12)
Machinery and Equipment: Election Year
.036 (.75)
Term Mean .134 (1.35) % Deviation of Election Year from the Term Mean .001 (.05)
Other Investments: Election Year
.021 (.53)
Term Mean -.051 (-.46) % Deviation of Election Year from the Term Mean .008 (1.67)*
# Observations 934 520 944 954 # Municipalities 275 231 275 275 # Elections 5 5 5 5 Adjusted R2 .32 .33 .33 .33
34
Table 6: Components of Other Buildings and of Miscellaneous Constructions
Votes 1 2 3 4
Votes (Previous Election) .298 (5.67)*** .631 (7.25)*** .424 (5.31)*** .332 (6.35)*** Years President -.889 (-9.71)*** -.853 (-9.51)*** -.703 (-4.81)*** -.865 (-9.40)*** Government’s Party * Inflation Rate -.185 (-2.64)*** -.231 (-3.79)*** -.224 (-1.77)* -.197 (-2.81)***
Sports, recreational and schooling facilities: Election Year .003 (.22) .003 (.02) Term Mean .044 (1.13) % Deviation of Election Year from the Term Mean .005 (.95)
Social equipment: Election Year .105 (1.97)** .116 (2.24)** Term Mean -.020 (-.18) % Deviation of Election Year from the Term Mean .007 (1.74)*
Other: Year Before Election .056 (3.12)*** .048 (2.78)*** Term Mean .086 (2.41)** % Deviation of Election Year from the Term Mean .015 (1.66)*
Overpasses, streets and complementary works (Year Before Election)
.030 (2.12)**
.041 (2.94)***
Sewage (Election Year) -.023 (-1.05) -.016 (-.74) Water treatment and distribution (Election Year) -.030 (-1.84)* -.026 (-1.63) Rural Roads (Election Year) .019 (2.44)** .021 (2.60)*** Infrastructures for solid waste treatment (Election Year) .047 (1.11) .041 (.96) Other Miscellaneous Constructions (Election Year) .002 (.33) .007 (.87)
# Observations 930 977 544 932 # Municipalities 275 275 252 275 # Elections 5 6 5 5 Adjusted R2 .33 .31 .27 .32
35
Table 7: Investment Expenditures, Employment, Wages and Purchasing Power
Votes 1 2 3 4
Votes (Previous Election) .149 (2.69)*** .148 (2.66)*** .229 (3.34)*** -.069 (-.78) Years President -.837 (-8.80)*** -.842 (-8.84)*** -.783 (-6.80)*** -1.166 (-6.10)*** Government’s Party * Government Popularity .034 (1.95)* .036 (2.04)** .068 (3.27)*** .068 (2.95)***
Investment Expenditures: Election Year .012 (3.27)*** .013 (3.00)*** Term Mean .018 (3.14)*** .028 (3.53)*** % Deviation of Election Year from the Term Mean .026 (2.07)** .013 (.76)
Employment Election Year .124 (1.12) Term Mean .093 (.72) % Deviation of Election Year from the Term Mean .011 (.34)
Wages: Election Year .026 (3.29)*** Term Mean .027 (2.96)*** % Deviation of Election Year from the Term Mean .076 (.83)
Purchasing Power Index: Election Year .042 (.72) % Variation over the Term .057 (1.79)*
# Observations 839 839 650 438 # Municipalities 275 275 274 265 # Elections 4 4 3 2 Adjusted R2 .36 .36 .40 .57
36
ConclusõeConclusões (1)s (1)
Usando uma base de dados muito detalhada, cobrindo 275
municípios portugueses, apresentamos evidência clara de que o
oportunismo dos presidentes de câmara compensa:
Os resultados mostram que maiores despesas em anos
eleitorais estão associadas a maiores percentagens de votos
para os presidentes de câmara.
Os resultados mostram ainda que:
Há erosão de votos/popularidade ao longo do tempo;
A popularidade do governo nacional afecta os votos obtidos
por presidentes de câmara do mesmo partido.
Mestrado em Economia, Mercados e Políticas Públicas - Universidade do Minho
37
ConclusõeConclusões (2)s (2)
O efeito do oportunismo nos votos não é constante:
Teve poucos ou nenhuns efeitos nas eleições entre 1979 e 1989;
Tem efeitos mais fortes nas eleições de 1993, 1997 e 2001;
A manipulação eleitoralista também pode ser feita através de alterações na composição das despesas:
Os tipos de despesas de investimento que afectam positivamente
os votos são: Equipamento Social e Outros (componentes de
Outros Edifícios); e Viadutos, arruamentos e obras
complementares e Viação rural (componentes de Construções
Diversas);
Com a excepção de Equipamento Social são estas as rúbricas de
despesas de investimento para as quais Veiga e Veiga (2007)
encontraram maior evidência de ciclos politico económicos.