Ecologiae poluicao pb

74
CATARINA DA SILVA PEDROZO ESCOLA TÉCNICA ABERTA DO BRASIL – E-TEC BRASIL CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE Disciplina: Ecologia e Poluição ESCOLA TÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Porto Alegre – RS 2009

Transcript of Ecologiae poluicao pb

Page 1: Ecologiae poluicao pb

CATARINA DA SILVA PEDROZO

ESCOLA TÉCNICA ABERTA DO BRASIL – E-TEC BRASIL

CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

Disciplina: Ecologia e Poluição

ESCOLA TÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Porto Alegre – RS

2009

Page 2: Ecologiae poluicao pb

P372e Pedrozo, Catarina da Silva Ecologia e poluição / Catarina da Silva Pedrozo. - Porto Alegre : Escola Técnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009. 74 p. : il. Inclui bibliografia Curso Técnico em Meio Ambiente, desenvolvido pelo Programa Escola Técnica Aberta do Brasil. 1. Ecologia. 2. Ecosistema. 3. Poluição – Aspectos ambientais. 3. Meio ambiente. 4. Ensino à distância. I. Título. II.Título: Curso Técnico em Meio Ambiente. CDU: 577.4

Catalogação na fonte elaborada na DECTI da Biblioteca da UFSC

Presidência da República Federativa do BrasilMinistério da EducaçãoSecretaria de Educação a Distância

© Escola Técnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Este Caderno foi elaborado em parceria entre a Escola Técnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal de Santa Catarina para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.

Equipe de ElaboraçãoEscola Técnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Coordenação InstitucionalEduardo Luiz Fonseca Benites/Escola Técnica da UFRGS

Professor-autorCatarina da Silva Pedrozo/Escola Técnica da UFRGS

Comissão de Acompanhamento e ValidaçãoUniversidade Federal de Santa Catarina – UFSC

Coordenação Institucional Araci Hack Catapan/UFSC

Coordenação de Projeto Silvia Modesto Nassar/UFSC

Coordenação de Design InstrucionalBeatriz Helena Dal Molin/UNIOESTE

Design InstrucionalDóris Roncarelli/UFSC

Web DesignBeatriz Wilges/UFSC

Projeto GráficoBeatriz Helena Dal Molin/UNIOESTEAraci Hack Catapan/UFSCElena Maria Mallmann/UFSCJorge Luiz Silva Hermenegildo/CEFET-SCMércia Freire Rocha Cordeiro Machado/ETUFPRSilvia Modesto Nassar/UFSC

Supervisão de Projeto GráficoLuís Henrique Lindner/UFSC

DiagramaçãoAndré Rodrigues da Silva/UFSC

RevisãoLúcia Locatelli Flôres/UFSC

Page 3: Ecologiae poluicao pb

PROGRAMA E-TEC BRASIL

Amigo(a) estudante!

O Ministério da Educação vem desenvolvendo Políticas e Programas para ex-

pansão da Educação Básica e do Ensino Superior no País. Um dos caminhos encontra-

dos para que essa expansão se efetive com maior rapidez e eficiência é a modalidade a

distância. No mundo inteiro são milhões os estudantes que frequentam cursos a distân-

cia. Aqui no Brasil, são mais de 300 mil os matriculados em cursos regulares de Ensino

Médio e Superior a distância, oferecidos por instituições públicas e privadas de ensino.

Em 2005, o MEC implantou o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB),

hoje, consolidado como o maior programa nacional de formação de professores, em

nível superior.

Para expansão e melhoria da educação profissional e fortalecimento do Ensino

Médio, o MEC está implementando o Programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec

Brasil). Espera, assim, oferecer aos jovens das periferias dos grandes centros urbanos

e dos municípios do interior do País oportunidades para maior escolaridade, melhores

condições de inserção no mundo do trabalho e, dessa forma, com elevado potencial

para o desenvolvimento produtivo regional.

O e-Tec é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Educação Profissio-

nal e Tecnológica (SETEC), a Secretaria de Educação a Distância (SEED) do Ministério da

Educação, as universidades e escolas técnicas estaduais e federais.

O Programa apóia a oferta de cursos técnicos de nível médio por parte das es-

colas públicas de educação profissional federais, estaduais, municipais e, por outro lado,

a adequação da infra-estrutura de escolas públicas estaduais e municipais.

Do primeiro Edital do e-Tec Brasil participaram 430 proponentes de adequação

de escolas e 74 instituições de ensino técnico, as quais propuseram 147 cursos técnicos

de nível médio, abrangendo 14 áreas profissionais. O resultado desse Edital contemplou

193 escolas em 20 unidades federativas. A perspectiva do Programa é que sejam ofer-

tadas 10.000 vagas, em 250 polos, até 2010.

Assim, a modalidade de Educação a Distância oferece nova interface para a

mais expressiva expansão da rede federal de educação tecnológica dos últimos anos: a

construção dos novos centros federais (CEFETs), a organização dos Institutos Federais

de Educação Tecnológica (IFETs) e de seus campi.

O Programa e-Tec Brasil vai sendo desenhado na construção coletiva e partici-

pação ativa nas ações de democratização e expansão da educação profissional no País,

valendo-se dos pilares da educação a distância, sustentados pela formação continuada

de professores e pela utilização dos recursos tecnológicos disponíveis.

A equipe que coordena o Programa e-Tec Brasil lhe deseja sucesso na sua forma-

ção profissional e na sua caminhada no curso a distância em que está matriculado(a).

Brasília, Ministério da Educação – setembro de 2008.

Page 4: Ecologiae poluicao pb
Page 5: Ecologiae poluicao pb

SUMáRIO

PALAVRAS DO PROFESSOR 9

PROJETO INSTRUCIONAL 10

íCONES E LEGENDAS 12

MAPA CONCEITUAL 15

INTRODUÇÃO 16

UNIDADE 1 – CONCEITO 17

1.1 Objetivos de aprendizagem 17

1.2 Histórico e conceitos 17

1.3 Níveis de organização ecológica 17

1.4 Atividades de avaliação 19

1.5 Síntese 19

UNIDADE 2 – ENERGIA E CICLOS

BIOGEOQUíMICOS 21

2.1 Objetivos de aprendizagem 21

2.2 Introdução 21

2.3 A energia solar 21

2.4 A produção primária 23

2.5 A dinâmica do ecossistema 24

2.6 Os caminhos dos elementos no ecossistema 24

2.7 Atividades de avaliação 26

2.8 Síntese 26

UNIDADE 3 – ECOSSISTEMAS 27

3.2 Conceito de ecossistema 27

3.3 Tipos de ecossistemas 27

3.4 Atividades de avaliação 30

3.5 Síntese 30

UNIDADE 4 – FATORES ECOLÓGICOS 31

4.1 Objetivo de aprendizagem 31

Page 6: Ecologiae poluicao pb

4.2 Fatores ecológicos 31

4.3 Influência dos fatores ecológicos 31

4.4 Classificação dos fatores ecológicos 31

4.5 Fatores limitantes: lei do mínimo, lei da tolerância, fatores reguladores 32

4.6 Valência ecológica 33

4.7 Atividades de avaliação 34

4.8 Síntese 34

UNIDADE 5 – POPULAÇÕES 35

5.1 Objetivo de aprendizagem 35

5.2 Conceito de população 35

5.3 Estrutura espacial das populações 35

5.4 A abundância das espécies e sua estimativa 36

5.5 Crescimento populacional e regulação 37

5.6 Regulação das populações 38

5.7 Atividades de avaliação 38

5.8 Síntese 38

UNIDADE 6 – COMUNIDADES 39

6.1 Objetivo de aprendizagem 39

6.2 Comunidades e suas principais características 39

6.3 Sucessão ecológica 40

6.4 Organização da comunidade – cadeias tróficas 42

6.5 A diversidade 42

6.6 Atividades de avaliação 44

6.7 Síntese 44

UNIDADE 7 – BASES DO DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL 45

7.1 Objetivos de aprendizagem 45

7.2 Desenvolvimento sustentável 45

7.3 Atividades de avaliação 47

7.4 Síntese 48

Page 7: Ecologiae poluicao pb

UNIDADE 8 – INTRODUÇÃO À CRISE AMBIENTAL 49

8.1 Objetivo de aprendizagem 49

8.2 Introdução 49

8.3 Atividades de avaliação 50

8.4 Síntese 50

UNIDADE 9 – POLUIÇÃO DO AR E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS 51

9.1 Objetivos de aprendizagem 51

9.2 O que é a poluição do ar? 51

9.3 Como pode ser feito o controle da poluição do ar 54

9.4 Mudanças climáticas 55

9.5 Atividades de avaliação 55

9.6 Síntese 56

UNIDADE 10 – POLUIÇÃO DA ÁGUA 57

10.1 Objetivo de aprendizagem 57

10.2 Principais poluentes aquáticos 57

10.3 As grandes formas de poluição aquática 57

10.4 Poluição química das águas 58

10.5 Poluição por fosfatos e nitratos 58

10.6 Atividades de avaliação 59

10.7 Síntese 59

UNIDADE 11 – POLUIÇÃO DO SOLO 61

11.1 Objetivo de aprendizagem 61

11.2 O que é a poluição do solo 61

11.3 Poluição do solo rural 61

11.4 Poluição do solo urbano 62

11.5 Tipos de lixo 65

11.6 Classificação dos resíduos 66

11.7 Como resolver o problema do lixo? 66

11.8 Atividades de avaliação 66

Page 8: Ecologiae poluicao pb

11.9 Síntese 66

UNIDADE 12 – POLUIÇÃO SONORA 67

12.1 Objetivo de aprendizagem 67

12.2 O que é a poluição sonora 67

12.3 Principais efeitos danosos da poluição sonora 68

12.4 O controle de ruídos pode se dar 69

12.5 Atividades de avaliação 69

12.6 Síntese 69

SíNTESE 70

REFERÊNCIAS 71

GLOSSÁRIO 73

CURRíCULO DA PROFESSORA-AUTORA 74

Page 9: Ecologiae poluicao pb

9Ecologia E Poluição - curso Técnico Em mEio ambiEnTE

PALAVRAS DO PROFESSOR

Caro estudante!

A Ecologia é a ciência da nossa grande casa, o planeta Terra. Como

podemos aproveitar tudo de bom que ele nos oferece e, ao mesmo tempo,

preservá-lo se não o conhecemos?

A vida, neste planeta azul, é extremamente diversa e nos oferece

os meios pelos quais podemos viver e conviver com qualidade e conforto,

mas sem esquecer de todos os serviços que nos presta. Sem eles, a vida na

Terra seria impossível.

Espero que este material lhe permita compreender como a ener-

gia flui nos diferentes ecossistemas e como os materiais necessários à vida

estão disponíveis. Assim, as espécies se relacionam com o meio ambiente

que as cercam utilizando os recursos naturais que a Terra lhes oferece, para

perpetuar a vida.

Quando utilizamos os recursos naturais excessivamente e de uma

forma não sustentável, geramos algum tipo de poluição que pode ser da-

nosa a todas as espécies, incluindo a espécie humana. Esta é a principal

idéia desta disciplina: dar a você subsídios para entender os processos que

asseguram às espécies, condições adequadas para a sobrevivência na Terra.

Aproveite!

Bons estudos!

Professora Catarina

Page 10: Ecologiae poluicao pb

10 caTarina da silva PEdrozo

UN

IDA

DE

OBJ

ETIV

OS

MA

TERI

AL

IMPR

ESSO

REC

URS

OS

DIG

ITA

ISC

ARG

A

HO

RÁRI

AES

TRA

TÉG

IAS

ATI

VID

AD

ES D

E

AV

ALI

ÃO

REFE

RÊN

CIA

S

1A

pres

enta

r um

bre

ve h

istó

-ric

o da

Eco

logi

a e

os n

ívei

s de

org

aniz

ação

eco

lógi

ca.

Text

o da

uni

dade

e a

tivid

a-de

s in

tegr

adas

.H

iper

text

o ab

orda

ndo

os o

b-je

tivos

da

unid

ade

com

um

br

eve

hist

óric

o da

Eco

logi

a e

com

o é

delim

itada

pel

os s

eus

níve

is d

e or

gani

zaçã

o.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t.

Pes-

quis

a em

dife

rent

es s

ites

da

inte

rnet

ou

em b

iblio

teca

s pú

blic

as o

u es

cola

res

sobr

e a

hist

ória

da

Ecol

ogia

e a

s di

fere

ntes

for

mas

de

pens

a-m

ento

dos

prim

eiro

s pe

squi

-sa

dore

s de

sta

ciên

cia.

Pesq

uisa

r na

in

tern

et

e co

mpa

rtilh

ar

impr

essõ

es

no f

órum

.

1, 4

, 7, 8

, 9

2M

ostr

ar c

omo

a En

ergi

a e

a m

atér

ia fl

uem

nos

eco

s-si

stem

as

e os

C

iclo

s Bi

o-ge

oquí

mic

os

da

mat

éria

or

gâni

ca e

nut

rient

es.

Text

o da

uni

dade

, ilu

stra

-çõ

es

prod

uzid

as

sobr

e o

cont

eúdo

e a

tivid

ades

in-

tegr

adas

.

Hip

erte

xto

abor

dand

o os

ob-

jetiv

os d

a un

idad

e, a

ent

rada

da

ene

rgia

nos

eco

ssis

tem

as

e co

mo

é fe

ita a

tra

nsfe

rênc

ia

dest

a e

dos

nutr

ient

es e

ntre

os

dife

rent

es n

ívei

s da

cad

eia

trófi

ca.

02 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t.

Real

izar

exe

rcíc

io s

obre

os

conc

eito

s ab

orda

dos

na

unid

ade

e en

cam

inha

r ao

pr

ofes

sor

pelo

AV

EA.

1

3D

efini

r ec

ossi

stem

as;

apre

-se

ntar

os

prin

cipa

is t

ipos

de

eco

ssis

tem

as e

com

o é

o se

u fu

ncio

nam

ento

.

Text

o da

uni

dade

, ilu

stra

-çõ

es

prod

uzid

as

sobr

e o

cont

eúdo

e a

tivid

ades

in-

tegr

adas

.

Hip

erte

xto

abor

dand

o os

ob

jetiv

os d

a un

idad

e, o

con

-ce

ito d

e ec

ossi

stem

as e

seu

s pr

inci

pais

tip

os e

com

o fu

n-ci

onam

.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t.

Real

izar

exe

rcíc

io s

obre

os

conc

eito

s ab

orda

dos

na

unid

ade

e en

cam

inha

r ao

pr

ofes

sor

pelo

AV

EA.

1, 4

, 7, 8

, 9

4D

efini

r Fa

tore

s Ec

ológ

icos

e

iden

tifica

r co

mo

influ

en-

ciam

as

espé

cies

viv

as.

Text

o da

uni

dade

e a

tivid

a-de

s in

tegr

adas

.H

iper

text

o ab

orda

ndo

os o

b-je

tivos

da

unid

ade,

os

prin

-ci

pais

fat

ores

eco

lógi

cos

que

influ

enci

am a

dis

trib

uiçã

o e

abun

dânc

ias

de

espé

cies

na

natu

reza

.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

iliza

-da

em

Po

wer

Poin

t. O

bser

va-

ção

in s

itu

sobr

e a

ocor

rên-

cia

de e

spéc

ies

mig

rató

rias

na

regi

ão

do

estu

dant

e e

rela

cion

ar c

om f

ator

es e

co-

lógi

cos

influ

enci

ador

es.

Real

izar

exe

rcíc

io a

bord

an-

do a

alte

raçã

o da

tem

pe-

ratu

ra e

m u

m l

ago

fictíc

io

e a

sua

influ

ênci

a so

bre

as

espé

cies

est

eno

e eu

ritér

-m

icas

e

com

part

ilhar

im

-pr

essõ

es n

o fó

rum

.

4, 7

, 8, 9

5D

efini

r Po

pula

ções

e a

pre-

sent

ar s

eus

prin

cipa

is a

tri-

buto

s.

Text

o da

uni

dade

, ilu

stra

-çõ

es

prod

uzid

as

sobr

e o

cont

eúdo

e a

tivid

ades

in-

tegr

adas

.

Hip

erte

xto

abor

dand

o os

ob-

jetiv

os d

a un

idad

e, a

s ca

rac-

terís

ticas

de

popu

laçã

o co

mo

sua

dist

ribui

ção

e di

sper

são

e o

seu

cres

cim

ento

.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

iliza

-da

em

Pow

erPo

int.

Obs

erva

-çã

o in

situ

da

exis

tênc

ia d

e am

bien

tes

natu

rais

e c

ultiv

a-do

s e

a di

sper

são

das

espé

-ci

es a

nim

ais

e ve

geta

is n

esta

s ár

eas.

Prep

arar

um

a ap

rese

n-ta

ção

sobr

e o

cont

eúdo

pr

opos

to

e co

mpa

rtilh

ar

impr

essõ

es n

o fó

rum

.

4, 7

, 8, 9

6C

once

ituar

C

omun

idad

es

e ap

rese

ntar

su

as

prin

ci-

pais

car

acte

rístic

as.

Text

o da

uni

dade

e a

tivid

a-de

s in

tegr

adas

.H

iper

text

o ab

orda

ndo

os

obje

tivos

da

un

idad

e,

as

prin

cipa

is

cara

cter

ístic

as

de

uma

com

unid

ade,

co

mo

é co

mpo

sta

e co

mo

reag

e às

m

udan

ças

ambi

enta

is.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t. S

aída

a

cam

po p

ara

a es

colh

a de

um

a ár

ea p

ara

a co

leta

de

dado

s so

bre

a di

vers

idad

e de

esp

écie

s ve

geta

is.

Col

etar

da

dos

em

uma

área

es

colh

ida

para

in

-ve

stig

ar a

div

ersi

dade

de

espé

cies

ve

geta

is

e co

m-

part

ilhar

as

ob

serv

açõe

s no

fór

um.

4, 7

, 8, 9

PROJETO INSTRUCIONAL

Page 11: Ecologiae poluicao pb

11

UN

IDA

DE

OBJ

ETIV

OS

MA

TERI

AL

IMPR

ESSO

REC

URS

OS

DIG

ITA

ISC

ARG

A

HO

RÁRI

AES

TRA

TÉG

IAS

ATI

VID

AD

ES D

E

AV

ALI

ÃO

REFE

RÊN

CIA

S

1A

pres

enta

r um

bre

ve h

istó

-ric

o da

Eco

logi

a e

os n

ívei

s de

org

aniz

ação

eco

lógi

ca.

Text

o da

uni

dade

e a

tivid

a-de

s in

tegr

adas

.H

iper

text

o ab

orda

ndo

os o

b-je

tivos

da

unid

ade

com

um

br

eve

hist

óric

o da

Eco

logi

a e

com

o é

delim

itada

pel

os s

eus

níve

is d

e or

gani

zaçã

o.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t.

Pes-

quis

a em

dife

rent

es s

ites

da

inte

rnet

ou

em b

iblio

teca

s pú

blic

as o

u es

cola

res

sobr

e a

hist

ória

da

Ecol

ogia

e a

s di

fere

ntes

for

mas

de

pens

a-m

ento

dos

prim

eiro

s pe

squi

-sa

dore

s de

sta

ciên

cia.

Pesq

uisa

r na

in

tern

et

e co

mpa

rtilh

ar

impr

essõ

es

no f

órum

.

1, 4

, 7, 8

, 9

2M

ostr

ar c

omo

a En

ergi

a e

a m

atér

ia fl

uem

nos

eco

s-si

stem

as

e os

C

iclo

s Bi

o-ge

oquí

mic

os

da

mat

éria

or

gâni

ca e

nut

rient

es.

Text

o da

uni

dade

, ilu

stra

-çõ

es

prod

uzid

as

sobr

e o

cont

eúdo

e a

tivid

ades

in-

tegr

adas

.

Hip

erte

xto

abor

dand

o os

ob-

jetiv

os d

a un

idad

e, a

ent

rada

da

ene

rgia

nos

eco

ssis

tem

as

e co

mo

é fe

ita a

tra

nsfe

rênc

ia

dest

a e

dos

nutr

ient

es e

ntre

os

dife

rent

es n

ívei

s da

cad

eia

trófi

ca.

02 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t.

Real

izar

exe

rcíc

io s

obre

os

conc

eito

s ab

orda

dos

na

unid

ade

e en

cam

inha

r ao

pr

ofes

sor

pelo

AV

EA.

1

3D

efini

r ec

ossi

stem

as;

apre

-se

ntar

os

prin

cipa

is t

ipos

de

eco

ssis

tem

as e

com

o é

o se

u fu

ncio

nam

ento

.

Text

o da

uni

dade

, ilu

stra

-çõ

es

prod

uzid

as

sobr

e o

cont

eúdo

e a

tivid

ades

in-

tegr

adas

.

Hip

erte

xto

abor

dand

o os

ob

jetiv

os d

a un

idad

e, o

con

-ce

ito d

e ec

ossi

stem

as e

seu

s pr

inci

pais

tip

os e

com

o fu

n-ci

onam

.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t.

Real

izar

exe

rcíc

io s

obre

os

conc

eito

s ab

orda

dos

na

unid

ade

e en

cam

inha

r ao

pr

ofes

sor

pelo

AV

EA.

1, 4

, 7, 8

, 9

4D

efini

r Fa

tore

s Ec

ológ

icos

e

iden

tifica

r co

mo

influ

en-

ciam

as

espé

cies

viv

as.

Text

o da

uni

dade

e a

tivid

a-de

s in

tegr

adas

.H

iper

text

o ab

orda

ndo

os o

b-je

tivos

da

unid

ade,

os

prin

-ci

pais

fat

ores

eco

lógi

cos

que

influ

enci

am a

dis

trib

uiçã

o e

abun

dânc

ias

de

espé

cies

na

natu

reza

.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

iliza

-da

em

Po

wer

Poin

t. O

bser

va-

ção

in s

itu

sobr

e a

ocor

rên-

cia

de e

spéc

ies

mig

rató

rias

na

regi

ão

do

estu

dant

e e

rela

cion

ar c

om f

ator

es e

co-

lógi

cos

influ

enci

ador

es.

Real

izar

exe

rcíc

io a

bord

an-

do a

alte

raçã

o da

tem

pe-

ratu

ra e

m u

m l

ago

fictíc

io

e a

sua

influ

ênci

a so

bre

as

espé

cies

est

eno

e eu

ritér

-m

icas

e

com

part

ilhar

im

-pr

essõ

es n

o fó

rum

.

4, 7

, 8, 9

5D

efini

r Po

pula

ções

e a

pre-

sent

ar s

eus

prin

cipa

is a

tri-

buto

s.

Text

o da

uni

dade

, ilu

stra

-çõ

es

prod

uzid

as

sobr

e o

cont

eúdo

e a

tivid

ades

in-

tegr

adas

.

Hip

erte

xto

abor

dand

o os

ob-

jetiv

os d

a un

idad

e, a

s ca

rac-

terís

ticas

de

popu

laçã

o co

mo

sua

dist

ribui

ção

e di

sper

são

e o

seu

cres

cim

ento

.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

iliza

-da

em

Pow

erPo

int.

Obs

erva

-çã

o in

situ

da

exis

tênc

ia d

e am

bien

tes

natu

rais

e c

ultiv

a-do

s e

a di

sper

são

das

espé

-ci

es a

nim

ais

e ve

geta

is n

esta

s ár

eas.

Prep

arar

um

a ap

rese

n-ta

ção

sobr

e o

cont

eúdo

pr

opos

to

e co

mpa

rtilh

ar

impr

essõ

es n

o fó

rum

.

4, 7

, 8, 9

6C

once

ituar

C

omun

idad

es

e ap

rese

ntar

su

as

prin

ci-

pais

car

acte

rístic

as.

Text

o da

uni

dade

e a

tivid

a-de

s in

tegr

adas

.H

iper

text

o ab

orda

ndo

os

obje

tivos

da

un

idad

e,

as

prin

cipa

is

cara

cter

ístic

as

de

uma

com

unid

ade,

co

mo

é co

mpo

sta

e co

mo

reag

e às

m

udan

ças

ambi

enta

is.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t. S

aída

a

cam

po p

ara

a es

colh

a de

um

a ár

ea p

ara

a co

leta

de

dado

s so

bre

a di

vers

idad

e de

esp

écie

s ve

geta

is.

Col

etar

da

dos

em

uma

área

es

colh

ida

para

in

-ve

stig

ar a

div

ersi

dade

de

espé

cies

ve

geta

is

e co

m-

part

ilhar

as

ob

serv

açõe

s no

fór

um.

4, 7

, 8, 9

Ecologia E Poluição - curso Técnico Em mEio ambiEnTE

7A

pres

enta

r e

corr

elac

iona

r os

dife

rent

es m

odel

os d

e de

senv

olvi

men

to

hum

ano

busc

ando

o e

nten

dim

ento

so

bre

a im

port

ânci

a do

de-

senv

olvi

men

to s

uste

ntáv

el.

Text

o da

uni

dade

, ilu

stra

-çõ

es

prod

uzid

as

sobr

e o

cont

eúdo

e a

tivid

ades

in-

tegr

adas

.

Hip

erte

xto

abor

dand

o os

ob

jetiv

os

da

unid

ade,

a

apre

sent

ação

do

s m

odel

os

de

dese

nvol

vim

ento

hu

ma-

no,

com

para

ndo

o at

ual

e o

mod

elo

de d

esen

volv

imen

to

sust

entá

vel.

02 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t.

Dis

-cu

ssõe

s vi

a ch

at

sobr

e o

dese

nvol

vim

ento

hu

man

o at

ual

e o

dese

nvol

vim

ento

su

sten

táve

l.

Resu

mir

as i

mpr

essõ

es s

o-br

e a

disc

ussã

o pr

opos

ta e

en

cam

inha

r ao

pr

ofes

sor

pelo

AV

EA.

1, 3

, 5, 9

8In

trod

uzir

o te

ma:

C

rise

Am

bien

tal

e id

entifi

car

suas

pr

inci

pais

ca

usas

e

cons

equê

ncia

s.

Text

o da

uni

dade

e a

tivid

a-de

s in

tegr

adas

.H

iper

text

o ab

orda

ndo

os

obje

tivos

da

unid

ade

e um

a in

trod

ução

à c

rise

ambi

enta

l, re

laci

onan

do o

cre

scim

ento

po

pula

cion

al

hum

ano

aos

prob

lem

as

rela

cion

ados

a

este

cre

scim

ento

.

02 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

em

Pow

er-

Poin

t. U

tiliz

ação

de

text

o de

ap

oio

da in

tern

et.

Iden

tifica

r os

ser

viço

s of

e-re

cido

s pe

los

dife

rent

es

ecos

sist

emas

e r

esum

ir as

im

pres

sões

pes

soai

s no

fó-

rum

. En

cam

inha

r ao

pr

o-fe

ssor

pel

o A

VEA

.

1, 2

, 3, 9

9D

efini

r Po

luiç

ão d

o A

r e

as M

udan

ças

Clim

átic

as e

id

entifi

car

suas

pr

inci

pais

ca

usas

e c

onse

quên

cias

à

saúd

e hu

man

a e

dos

ecos

-si

stem

as.

Text

o da

uni

dade

e a

tivid

a-de

s in

tegr

adas

.H

iper

text

o ab

orda

ndo

os

obje

tivos

da

un

idad

e,

com

o

conc

eito

de

po

luiç

ão

do

ar,

prin

cipa

is

polu

ente

s e

suas

fon

tes

e co

nseq

uênc

ias

à sa

úde

hum

ana

e do

s ec

os-

sist

emas

.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

em

Pow

er-

Poin

t.

Util

izaç

ão

de

film

e no

si

te:

http

://w

ww

.gre

-en

pea

ce.o

rg.b

r/cl

ima/

film

e/ho

me/

par

a a

iden

tifica

ção

de e

vent

os e

con

sequ

ênci

as

das

mud

ança

s cl

imát

icas

no

Bras

il.

Iden

tifica

r ev

ento

s e

con-

sequ

ênci

as d

as m

udan

ças

clim

átic

as

no

Bras

il at

ra-

vés

do

film

e pr

opos

to

e en

cam

inha

r as

im

pres

sões

pe

ssoa

is a

o pr

ofes

sor

pelo

A

VEA

.

1, 8

10D

efini

r P

olui

ção

da Á

gua

e ap

rese

ntar

as

suas

prin

ci-

pais

con

sequ

ênci

as.

Text

o da

un

idad

e,

ilus-

traç

ão p

rodu

zida

sob

re o

co

nteú

do e

ativ

idad

es i

n-te

grad

as.

Hip

erte

xto

abor

dand

o os

ob-

jetiv

os d

a un

idad

e, c

once

ito

de p

olui

ção

da á

gua,

prin

ci-

pais

pol

uent

es,

suas

fon

tes

e co

nseq

uênc

ias.

04 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

em

Pow

er-

Poin

t.Re

aliz

ar e

xerc

ício

sob

re o

s co

ncei

tos

abor

dado

s na

un

idad

e e

enca

min

har

ao

prof

esso

r pe

lo A

VEA

.

1, 2

, 9

11D

efini

r P

olui

ção

do S

olo

e m

ostr

ar s

uas

caus

as e

con

-se

quên

cias

.

Text

o da

uni

dade

, ilu

stra

-çõ

es

prod

uzid

as

sobr

e o

cont

eúdo

e a

tivid

ades

in-

tegr

adas

.

Hip

erte

xto

abor

dand

o os

ob-

jetiv

os d

a un

idad

e, p

olui

ção

do s

olo,

sua

s or

igen

s e

con-

sequ

ênci

as e

açõ

es p

ropo

siti-

vas

para

a c

orre

ta d

ispo

siçã

o do

lixo

.

02 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

i-liz

ada

em

Pow

erPo

int.

Re

-al

izar

um

a pe

squi

sa n

a su

a ci

dade

ou

regi

ão p

ara

a co

-le

ta d

e da

dos

sobr

e o

tipo

de l

ixo

ali

prod

uzid

o, s

uas

quan

tidad

es

e di

spos

ição

ad

equa

da.

Ver

ifica

r a

influ

ênci

a da

s at

ivid

ades

ant

ropo

gêni

cas

da r

egiã

o co

m a

ger

ação

de

lixo

e s

ua d

ispo

siçã

o lo

-ca

l. Pr

epar

ar u

m r

elat

ório

e

enca

min

har

para

o p

ro-

fess

or p

elo

AV

EA.

1, 3

, 9

12D

efini

r P

olui

ção

Sono

ra e

ap

rese

ntar

sua

s pr

inci

pais

co

nseq

uênc

ias.

Text

o da

uni

dade

e a

tivid

a-de

s in

tegr

adas

.H

iper

text

o ab

orda

ndo

os o

b-je

tivos

da

unid

ade,

apr

esen

-ta

ção

da m

edid

a de

int

ensi

-da

de d

e so

m, r

uído

s ur

bano

s,

impl

icaç

ões

da p

olui

ção

so-

nora

à s

aúde

hum

ana

e fo

r-m

as d

e co

ntro

le d

e ru

ídos

.

02 h

oras

Aul

a ex

posi

tiva

disp

onib

ili-

zada

em

Po

wer

Poin

t.

Pro-

por

uma

visi

ta à

cid

ade

ou

uma

regi

ão e

m b

usca

de

lo-

cais

ond

e se

pod

e ob

serv

ar

polu

ição

son

ora

e su

a fo

nte

gera

dora

.

Iden

tifica

r na

sua

reg

ião

a oc

orrê

ncia

de

polu

ição

so-

nora

e s

uas

cons

equê

ncia

s.

Prep

arar

um

rel

atór

io e

en-

cam

inha

r pa

ra o

pro

fess

or

pelo

AV

EA.

1, 2

, 9

Page 12: Ecologiae poluicao pb

12 caTarina da silva PEdrozo

íCONES E LEGENDAS

Caro estudante! Oferecemos para seu conhecimento os ícones e

sua legenda que fazem parte da coluna de indexação. A intimidade com es-

tes e com o sentido de sua presença no caderno ajudará você a compreen-

der melhor as atividades e exercícios propostos (DAL MOLIN, et al.,2008).

Saiba mais

Ex: http://www.etecbrasil.mec.gov.br

Este ícone apontará para atividades complementares ou

para informações importantes sobre o assunto. Tais in-

formações ou textos complementares podem ser encon-

trados na fonte referenciada junto ao ícone.

Para refletir...

Ex: Analise o caso... dentro deste tema e compare com..., assista ao filme...

Toda vez que este ícone aparecer na coluna de indexação

indicará um questionamento a ser respondido, uma ativi-

dade de aproximação ao contexto no qual você vive ou

participa, resultando na apresentação de exemplos coti-

dianos ou links com seu campo de atuação.

Mídias integradas

Ex.: Assista ao filme... e comente-o.

Quando este ícone for indicado em uma dada unidade

significa que você está sendo convidado a fazer atividades

que empreguem diferentes mídias, ou seja, participar do

Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem (AVEA), assistir

e comentar um filme, um videoclipe, ler um jornal, comen-

tar uma reportagem, participar de um chat, de um fórum,

enfim, trabalhar com diferentes meios de comunicação.

Page 13: Ecologiae poluicao pb

13Ecologia E Poluição - curso Técnico Em mEio ambiEnTE

Avaliação

Este ícone indica uma atividade que será avaliada dentro

de critérios específicos da unidade.

Lembre-se

Ex.: O canal de satélite deve ser reservado com antecedência junto à Embratel.

A presença deste ícone ao lado de um trecho do texto indi-

cará que aquele conteúdo significa algo fundamental para

a aprendizagem.

Destaque

Retângulo com fundo colorido.

A presença do retângulo de fundo

indicará trechos importantes do

texto, destacados para maior fixa-

ção do conteúdo.

Page 14: Ecologiae poluicao pb
Page 15: Ecologiae poluicao pb

15Ecologia E Poluição - curso Técnico Em mEio ambiEnTE

MAPA CONCEITUAL

Page 16: Ecologiae poluicao pb

16 caTarina da silva PEdrozo

INTRODUÇÃO

Atualmente, a Ecologia é um assunto sobre o qual quase todo mundo tem prestado atenção e a

maioria das pessoas considera importante – mesmo quando elas não conhecem o significado exato do termo. Não pode haver dúvida de que ela é importante; mas isso a torna ainda mais crítica

quando compreendemos o que ela é e como estudá-la (TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2006).

A base para os estudos em meio ambiente traz subsídios para uma

melhor compreensão sobre ações de preservação dos recursos naturais,

com controle e avaliação dos fatores que causam impacto nos ciclos de

matéria e energia, diminuindo os efeitos causados no solo, água e ar.

Desta forma, este material poderá auxiliá-lo a identificar, caracte-

rizar e correlacionar os sistemas e ecossistemas, os elementos que os com-

põem e suas respectivas funções. Além de ajudá-lo a identificar as fontes e

o processo de degradação dos diferentes ecossistemas.

Como referenciado anteriormente, não pode haver dúvida de que

a Ecologia é uma ciência importante e que, para que possamos preservar

nossos recursos naturais, é importante conhecê-la e utilizar seus ensina-

mentos como ferramenta na compreensão dos muitos processos naturais e

impactos provocados pela ação da espécie humana.

Page 17: Ecologiae poluicao pb

17Ecologia E Poluição – curso Técnico Em mEio ambiEnTE

Conceito

UNIDADE 1 – CONCEITO

A Ecologia tornou-se uma ciência maior de grande importância, cujas aquisições deveriam ser postas

em prática em uma sociedade preocupada em assegurar um desenvolvimento durável, fundado na conservação da biodiversidade das espécies animais

e vegetais e em um funcionamento harmonioso da biosfera. (DAJOZ, 2005).

1.1 Objetivos de aprendizagem

Conhecer um breve histórico da Ecologia; -

Entender os níveis de organização ecológica. -

1.2 Histórico e conceitos

A Ecologia foi definida pela primeira vez em 1866, por Ernst Ha-

eckel, discípulo de Charles Darwin. Segundo ele a Ecologia era “a ciência

global das relações dos organismos com o mundo exterior que os envol-

ve, no qual incluímos, em sentido amplo, todas as condições de existência”

(apud TOWNSEND; BEGON; HARPER, 2006). Nos anos seguintes a Eco-

logia Vegetal e a Ecologia Animal começaram a ser tratadas separadamente.

Contudo, há muito tempo, botânicos e zoólogos concordam que têm um

caminho comum e que suas diferenças precisam ser harmonizadas. Ecologia

é a ciência da “casa” e, portanto, de tudo que a compõe. Então, o conceito

de Ecologia passou a ser discutido por diferentes estudiosos, até chegar-se

àquele proposto por Charles Krebs como o mais completo: Ecologia é “o

estudo científico da distribuição e abundância de organismos e das inte-

rações que determinam a distribuição e abundância” (apud TOWNSEND;

BEGON; HARPER, 2006).

1.3 Níveis de organização ecológica

Talvez a melhor maneira para delimitar a Ecologia moderna seja

através do conceito de níveis de organização, visualizados como uma forma

de “espectro biológico”. A Ecologia atua em uma amplitude de escalas:

temporais, espaciais e biológicas. É importante avaliar a amplitude dessas

escalas e como elas se relacionam entre si. Frequentemente, ao mundo

vivo, é referida uma hierarquia biológica, que começa com partículas sub-

celulares e continua com células, tecidos e órgãos. A Ecologia, no entanto,

ocupa-se com os três níveis de organização seguintes:

Você pode, a partir deste conceito, entender que a ciência Ecologia trata do estudo das características dos ambientes que determinam onde podemos encontrar determinadas espécies, sejam elas vegetais, animais ou microrganismos, e suas abundâncias nos diferentes ecossistemas aos quais elas se relacionam.

Page 18: Ecologiae poluicao pb

18 caTarina da silva PEdrozo

Conceito

organismos (representados dentro da população);a)

populações (consistindo em indivíduos de uma mesma espécie b)

juntos);

comunidades (populações de diferentes espécies vivendo no c)

mesmo lugar).

O organismo é a unidade mais fundamental da Ecologia. Nenhuma

unidade menor em Biologia, tais como órgão, célula ou molécula, tem uma

vida separada no meio ambiente (embora, no caso dos protistas e bactérias

unicelulares, células e organismos sejam sinônimos). A estrutura e o funcio-

namento de um organismo (seja ele uma planta, um animal ou microrganis-

mo) são determinados por um conjunto de instruções genéticas herdadas de

seus pais e por influência do meio ambiente no qual o organismo vive. Todo

o organismo é limitado por uma membrana ou outro envoltório através do

qual ele troca energia e matéria com os seus arredores. O seu sucesso como

entidade ecológica depende de um balanço positivo de energia e matéria

que sustentem sua manutenção, seu crescimento e sua reprodução. Muitos

organismos de uma mesma espécie constituem uma população. As popu-

lações diferem de organismos no sentido de que elas são potencialmente

imortais, sendo seus tamanhos mantidos através dos tempos pelo nasci-

mento de novos indivíduos que repõem aqueles que morrem. Já, muitas

populações de diferentes espécies vivendo no mesmo lugar constituem uma

comunidade. A Figura 1 apresenta os níveis de organização ecológica.

População Comunidade

EcossistemaBiosfera

Figura 1.1 – Níveis de organização ecológica

Page 19: Ecologiae poluicao pb

19Ecologia E Poluição – curso Técnico Em mEio ambiEnTE

Conceito

1.4 Atividades de avaliação

Pesquise em diferentes sites na Internet ou na biblioteca pública

da sua cidade sobre a história da Ecologia, seu nascimento e as diferentes

formas de pensamento dos pesquisadores que deram início aos estudos

que tornaram esta uma das ciências mais importantes para o entendimento

da sobrevivência da vida na Terra. Compartilhe o resultado de sua pesquisa

com seus colegas no fórum.

1.5 Síntese

Nesta unidade abordamos o conceito de Ecologia e apresentamos

um breve histórico desta nova ciência. Mostramos que a Ecologia moderna

é delimitada pelos seus níveis de organização, quais sejam: organismo, po-

pulações e comunidades.

Page 20: Ecologiae poluicao pb
Page 21: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Energia e Ciclos Biogeoquímicos

21

UNIDADE 2 – ENERGIA E CICLOS BIOGEOQUíMICOS

Nesta unidade abordaremos a principal fonte de energia e como ela é

aproveitada na Terra, assim como os principais nutrientes necessários à vida.

2.1 Objetivos de aprendizagem

Compreender como a energia e a matéria fluem nos ecossistemas; -

Compreender os Ciclos Biogeoquímicos da matéria orgânica e -

nutrientes.

2.2 Introdução

À medida que as informações foram sendo reunidas pelos diver-

sos pesquisadores, vários conceitos surgiram, levando o estudo da Ecologia

para novas direções. Dentre eles, o conceito de comunidade biológica,

entidade funcional única ligando os organismos pelas relações de alimenta-

ção. Outro conceito, considerando os animais e as plantas em grupos, jun-

tos com os fatores físicos dos seus arredores, como um sistema ecológico

fundamental, foi o de ecossistema.

Então, populações e comunidades foram tratadas como sistemas

termodinâmicos, onde ocorrem as trocas de nutrientes e energia. Com

uma estrutura conceitual clara de um ecossistema e uma “moeda” de ener-

gia para descrever sua estrutura, os ecólogos começaram a medir o fluxo

de energia e o ciclo de nutrientes no ecossistema. Diferente da energia que

vem da luz do sol e deixa o ecossistema, como calor, os nutrientes são reci-

clados e mantidos dentro do sistema.

2.3 A energia solar

Todos os seres vivos necessitam de matéria-prima para seu cresci-

mento, reprodução, desenvolvimento e reparação de perdas. Necessitam

também de energia para a realização de seus processos vitais. Essas neces-

sidades são supridas pelo alimento orgânico. Os seres autótrofos sintetizam

seus próprios alimentos através da fotossíntese ou da quimiossíntese. A

energia para esta síntese vem do sol. Os principais produtores da terra são

os organismos fotossintetizantes. O alimento produzido pelos autótrofos é

utilizado por eles mesmos e pelos organismos heterótrofos.

Na Figura 2.1 está representado o fluxo de energia na Terra. Obser-

ve que a energia solar que chega ao nosso planeta é aproveitada de diversas

formas, sendo que parte dela é usada primordialmente para a fotossíntese.

Os organismos transformam energia e processam matériais de diversas maneiras, à medida que eles metabolizam, crescem e se reproduzem.

Reflita sobre a importância das trocas de nutrientes e energia entre o meio ambiente, os organismos, suas populações e comunidades e o meio em que vivem.

Administrador
Highlight
Page 22: Ecologiae poluicao pb

22 caTarina da silva PEdrozo

Energia e Ciclos Biogeoquímicos

Figura 2.1 – Fluxo de energia na Terra Fonte: Braga, et al., 2002.

Qual o caminho seguido pela energia no ecossistema? Este caminho

é a cadeia alimentar ou cadeia trófica que se inicia nos vegetais fotossinte-

tizantes, passando por diversos organismos que deles se alimentam e servem

de alimento para outros, conforme pode ser visualizado na Figura 2.2.

Resumidamente, as cadeias alimentares ou tróficas começam pe-

los vegetais, definidos como produtores capazes de sintetizar a matéria

orgânica. Seguem pelos herbívoros, que se alimentam dos produtores, e

são considerados como consumidores primários; pelos carnívoros, que se

alimentam dos herbívoros e são considerados consumidores secundários,

e assim por diante. Os elementos nutrientes necessários a este ciclo são

devolvidos ao ambiente pela ação dos organismos detritívoros.

Figura 2.2 – Cadeia alimentar e fluxo energético Fonte: Braga et al., 2002.

Todos os organismos que pertencem a um mesmo patamar da ca-

deia trófica pertencem a um mesmo nível trófico. A energia que entra no

ecossistema e é absorvida pelos produtores sofre transformação ao longo

da cadeia trófica, tornando-se cada vez menos aproveitável (Figura 2.3).

Da energia que entra nos ecossistemas através dos

organismos produtores, uma pequena parte é transferida

de um nível a outro da cadeia trófica e é sempre unidirecional,

ou seja, passa dos produtores para os consumidores primários,

destes para os consumidores secundários, e assim por diante.

Page 23: Ecologiae poluicao pb

Energia e Ciclos Biogeoquímicos

23Ecologia E Poluição

No desenvolvimento de estudos de ecossistemas, o ciclo de ele-

mentos assumiu uma posição de igual importância ao fluxo de energia. Uma

razão para a importância do ciclo de nutrientes é o fato de que os níveis de

certos nutrientes regulam a produção primária.

Figura 2.3 – Cadeia trófica Fonte: Braga et al., 2002.

2.4 A produção primária

As plantas capturam energia luminosa e o CO2 atmosférico para

a síntese de compostos orgânicos de carbono, hidrogênio e oxigênio tais

como a glicose. A glicose e outros compostos orgânicos (amido e óleos) po-

dem ser transportados através das plantas ou armazenados para posterior

liberação por meio da respiração. Eis a representação do processo:

6CO2 + 6H

2O + energia solar → C

6H

12O

6 + 6O

2

Rearranjadas e montadas, as moléculas de glicose tornam-se gor-

dura, óleos e celulose. Combinadas com o nitrogênio, fósforo, enxofre e

magnésio, carboidratos simples, derivados da glicose, produzem um con-

junto de proteínas, ácidos nucléicos e pigmentos. As plantas não podem

crescer a menos que possuam todos esses materiais de construção básicos.

Este é o princípio da vida e o que nos permite entender porque existe vida

no planeta Terra.

Page 24: Ecologiae poluicao pb

24 caTarina da silva PEdrozo

Energia e Ciclos Biogeoquímicos

2.5 A dinâmica do ecossistema

O fluxo de energia e a sua eficiência de transferência resumem

alguns aspectos da estrutura de um ecossistema como: o número de níveis

tróficos; a importância relativa dos detritívoros e herbívoros; os valores de

regime estacionário para a biomassa e detritos acumulados; as taxas de

troca de matéria orgânica na comunidade.

Como vimos anteriormente, o ecossistema ganha energia através

da fotossíntese e o transporte da matéria orgânica para dentro e para fora

do sistema.

As fontes de matéria orgânica são denominadas entradas alócto-

nes e a produção local é denominada autóctone.

2.6 Os caminhos dos elementos no ecossistema

Os nutrientes – material básico para a construção da molécula viva

– ao contrário da energia, permanecem dentro do ecossistema onde circu-

lam continuamente entre os organismos e o meio físico.

A maioria origina-se nas rochas da crosta ou na atmosfera terrestre,

mas dentro do ecossistema eles são reutilizados várias vezes pelas plantas

verdes e pelos animais, para posteriormente se dispersarem nos sedimentos,

nas águas correntes, nos lençóis de água ou na atmosfera.

Os nutrientes minerais pertencem à Biosfera e sua quantidade é

limitada. São constantemente reciclados e nesse processo participam os

seres vivos. Os mais importantes ciclos da matéria são o do carbono, do

nitrogênio e da água, entre outros.

Observe nas Figuras 2.4 a 2.6 como esses materiais se originam,

como entram na cadeia trófica e como são devolvidos para o ambiente.

Figura 2.4 – Ciclo do carbono Fonte: Braga et al. 2002.

Os seres vivos mantêm constante troca de matéria

com o ambiente. Os elementos químicos são retirados do

ambiente, utilizados pelos seres vivos e novamente devolvidos

ao ambiente, em processos que constituem ciclos.

Page 25: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Energia e Ciclos Biogeoquímicos

25

Quando as plantas retiram o CO2 da atmosfera através da fotos-

síntese, fazem a produção da biomassa e do oxigênio. Quando exploramos

os combustíveis fósseis devolvemos à atmosfera o CO2 , porém em quanti-

dades muito maiores. Esta é a principal causa da poluição atmosférica que

trataremos mais adiante, na unidade 9.

Figura 2.5 - Ciclo do nitrogênio Fonte: Braga et al., 2002.

Assim como o carbono, o nitrogênio também é originado na at-

mosfera. Entra no ciclo sendo fixado biologicamente em nitratos através das

bactérias, é transformado pela amonificação, nitrificação e desnitrificação,

e é devolvido para a atmosfera.

Já a água é devolvida para os ecossistemas pelo ciclo hidrológico,

como representado na Figura 2.6. Evapora e é devolvida para a atmosfera

também pela transpiração das plantas, onde se condensa e retorna para a

terra através da precipitação.

Figura 2.6 Ciclo da água Fonte: Braga et al., 2002.

Reflita sobre a importância da água para os diferentes ecossistemas e como ela é devolvida para a Terra, depois de passar pelo ciclo hidrológico.

Page 26: Ecologiae poluicao pb

26 caTarina da silva PEdrozo

Energia e Ciclos Biogeoquímicos

2.7 Atividades de avaliação

Elabore suas respostas às seis questões abaixo e encaminhe-as ao

seu professor pelo Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem na pasta des-

tinada a este fim:

Defina Ecologia.1.

Qual é a melhor maneira para delimitar a Ecologia moderna?2.

Explique como os organismos se relacionam com seus ambientes 3.

e como podem influenciá-los.

Porque populações e comunidades são tratadas como 4. sistemas

termodinâmicos?

Qual é o caminho da energia e dos nutrientes pelos ecossistemas?5.

Por que é importante que os nutrientes, assim como a água, sejam 6.

reciclados e devolvidos para os ecossistemas?

2.8 Síntese

Na unidade 2 abordamos a entrada da energia nos ecossistemas,

como estes estão organizados como sistemas termodinâmicos e como é

feita a transferência desta energia e dos nutrientes entre os diferentes níveis

da cadeia trófica. Ressaltamos a importância dos ciclos biogeoquímicos dos

principais componentes da vida que são o carbono, o nitrogênio e a água

e como cada um deles é devolvido, depois de ser utilizado. Na próxima uni-

dade, veremos como os ecossistemas estão organizados.

Page 27: Ecologiae poluicao pb

Ecossistemas

27Ecologia E Poluição

UNIDADE 3 – ECOSSISTEMAS

Nesta unidade será abordado o conceito de ecossistema, sua orga-

nização, os diferentes tipos e suas principais características.

3.1 Objetivos de aprendizagem

Conhecer o conceito de ecossistema e entender como são -

organizados;

Caracterizar os principais tipos de ecossistemas e entender seu -

funcionamento.

3.2 Conceito de ecossistema

Sabemos que em um ecossistema, o conjunto de seres vivos in-

terage entre si e com o meio natural de maneira equilibrada, por meio da

reciclagem de matéria e do uso eficiente da energia solar, como vimos ante-

riormente. A natureza fornece todos os elementos necessários para as ativi-

dades dos seres vivos: o seu conjunto recebe o nome de biótopo, enquanto

que o conjunto de seres vivos recebe o nome de biocenose. A união entre

biótopo e biocenose forma o ecossistema.

Em um ecossistema, cada espécie possui seu habitat e seu nicho

ecológico. Habitat pode ser definido como o local ocupado pela espécie e

o nicho é a função que ela exerce dentro do ecossistema. Qual seria esta

função? A de produtores primários, consumidores primários, secundários

ou terciários, ou decompositores.

3.3 Tipos de ecossistemas

A superfície terrestre apresenta, em toda sua extensão, uma gran-

de diversidade de habitats em função da variação do clima, distribuição de

nutrientes, topografia, etc., que leva também a uma grande variedade de

seres vivos. Note, na Figura 3.1, as características de um ecossistema aquá-

tico e de um ecossistema terrestre. Observe os diferentes nichos ecológicos

e quais espécies lhes são correspondentes.

Lembre-se: na cadeia trófica ou alimentar, cada espécie pertence a um nível trófico. Então, pode pertencer ao nicho ecológico dos produtores primários, consumidores primários, secundários ou terciários, ou ainda ser um organismo decompositor.

Page 28: Ecologiae poluicao pb

28 caTarina da silva PEdrozo

Ecossistemas

Figura 3.1 – Ecossistemas aquático e terrestre Fonte: Braga et al., 2002.

3.3.1. Ecossistemas terrestres

Nos ecossistemas terrestes, os vegetais constituem o essencial da

biomassa, impondo à paisagem um aspecto característico, uma vez que são

mais fáceis de serem visualizados e assim quantificados. Grandes regiões da

Terra têm vegetação semelhante, mesmo em continentes diferentes, que são

denominadas biomas, determinadas pelo clima, temperatura e pluviosidade.

Figura 3.2 – Grandes ecossistemas da Terra Fonte: Braga et al., 2002.

Observe na Figura 3.2 em que faixa climática está localizado cada bioma. Pesquise no site: http://www.unicamp.br/fea/

ortega/eco/iuri10a.htm a relação entre os diferentes biomas com

a temperatura e precipitação.

Page 29: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Ecossistemas

29

a) Os diferentes biomas

1. Tundra

Está localizado em altas latitudes (especialmente no hemisfério

norte) e altitudes, apresenta o solo congelado o ano todo ou a maior parte

do ano. Não possui árvores, apenas ervas, líquens e musgos. A maioria dos

animais (aves insetívoras, lebres, caribus, lobos, raposas) hiberna ou migra.

2. Taiga (ou floresta boreal ou floresta de coníferas)

Também localizado em altas latitudes (especialmente no hemisfé-

rio norte), abaixo da tundra. Possui árvores perenes, com folhas em forma

de agulha, poucas com folhas largas (caducifólias). O inverno é muito frio,

o verão é curto, porém mais longo que na tundra. Existem muitos insetos,

aproveitados por aves migratórias para alimentar seus filhotes. Há, também,

aves insetívoras ou predadoras, cervos, ursos, lobo, raposas, gatos.

3. Floresta temperada

Zonas temperadas com invernos frios e verões mais longos. A

maioria das árvores são caducifólias (tons vermelhos e amarelos no outono).

A fauna é semelhante à da taiga, mas com porcos, esquilos e outros animais,

além de algumas aves granívoras e frugívoras.

4. Floresta tropical

Climas úmidos e quentes, com estações chuvosas longas. Vegeta-

ção perenifólia, complexa, com grande estratificação (emergentes, dossel,

sub-bosque). A fauna é muito diversificada em espécies e hábitos, porém

grandes mamíferos são raros.

5. Campos

Divide-se em dois tipos principais: estepe (caracterizada pelo domínio

das gramíneas) e savana (com vegetação incluindo arbustos e pequenas árvo-

res). O clima é temperado seco e/ou sazonal. As savanas apresentam um gran-

de número de herbívoros de grande porte e carnívoros. As aves são corredoras

e muitas têm grande porte, como as emas dos cerrados sul-americanos.

6. Desertos

São regiões áridas de vegetação rara e espaçada, nas quais predomina

o solo nu. O clima é seco e quente, com chuvas extremamente raras. Ocor-

rem grandes variações diárias de temperatura. A vegetação é composta prin-

cipalmente por arbustos caducifólios, cactos e suculentas. A fauna é repre-

sentada por muitos répteis e poucos mamíferos e aves (maioria escavadora).

3.3.2 Ecossistemas aquáticos

Os ecossistemas aquáticos podem ser divididos em dois tipos: os

de água doce e os de água salgada. A água doce apresenta uma concen-

tração de sais dissolvidos de até 0,5 g/l; enquanto que nas águas marinhas

estão em torno de 35 g/l.

Page 30: Ecologiae poluicao pb

30 caTarina da silva PEdrozo

Ecossistemas

Os ecossistemas de água doce podem ser divididos em dois tipos:

os lênticos – como os lagos e pântanos – e os lóticos – como os rios.

Apenas 2,8% de toda a água do mundo ocorre em terra. Deste

percentual, as geleiras e glaciais correspondem a 2,24%, e as águas subter-

râneas a 0,61%. Apenas 0,009% do total da água é armazenado nos lagos,

cerca de 0,001% na atmosfera, e os rios contêm a menor parte 0,0001%.

A estimativa do volume de água descarregada pelos rios para os oceanos

está entre 32 e 37 x 103 km3/ano.

3.4 Atividades de avaliação

Elabore suas respostas às questões abaixo e encaminhe-as ao seu

professor pelo Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem. Coloque estas

questões no fórum e comente as diferentes respostas.

Defina ecossistema.1.

Exemplifique 2. habitat.

Cite três exemplos de organismos produtores primários, produto-3.

res secundários e terciários e decompositores.

Quais são os principais ecossistemas terrestres? Descreva suscinta-4.

mente como são caracterizados.

Quais biomas ocorrem no Brasil? Sua região está inserida em qual 5.

bioma?

3.5 Síntese

Nesta unidade, entendemos o conceito de ecossistema, sua or-

ganização, bem como os diferentes tipos de ecossistemas e suas princi-

pais características. Também caracterizamos os ecossistemas terrestres e os

ecossistemas aquáticos.

Analise estas informações e reflita sobre a importância da

água doce que existe no nosso planeta e os atuais impactos por ela sofridos em todos os

continentes. Pesquise mais no site: http://www.uniagua.org.br

Page 31: Ecologiae poluicao pb

Fatores Ecológicos

31Ecologia E Poluição

UNIDADE 4 – FATORES ECOLÓGICOS

Nesta unidade abordaremos os principais fatores ambientais que

influenciam a distribuição e a abundância dos organismos na natureza. Você

poderá compreender como os fatores ecológicos influenciam as diferentes

espécies que compõem os ecossistemas.

4.1 Objetivo de aprendizagem

Compreender o que são fatores ecológicos e como eles influenciam -

as espécies vivas.

4.2 Fatores ecológicos

Todas as espécies vivas, relacionando-se entre si e com o ambiente,

são influenciadas pelas características deste ambiente, sejam elas biológi-

cas ou não. Portanto, fatores ecológicos são quaisquer características do

ambiente – sejam não biológicas (abióticas) ou biológicas (bióticas) – que

exercem influência na distribuição geográfica e no desenvolvimento

das diferentes espécies de seres vivos.

4.3 Influência dos fatores ecológicos

Eliminam certas espécies dos territórios, cujas características a)

climáticas ou físico-químicas não lhes convêm e, por conseguinte,

intervêm em sua distribuição geográfica;

Modificam as taxas de fecundidade e de mortalidade das diversas b)

espécies, atuando sobre os ciclos de desenvolvimento e provocando

migrações, agindo sobre a densidade das populações;

Favorecem o aparecimento de modificações adaptativas: c)

modificações quantitativas do metabolismo e também modificações

qualitativas, tais como a diapausa, a hibernação, a estivação, as

reações fotoperiódicas.

4.4 Classificação dos fatores ecológicos

4.4.1 Fatores abióticos

Representam as condições climáticas, edáficas e químicas do meio.

Exemplos de características do meio ambiente:

a atmosfera: sua composição, água, materiais sólidos, umidade, a)

temperatura e circulação atmosférica e oceânica;

a radiação solar: luz e seus efeitos;b)

o meio líquido: água e sua composição, gases dissolvidos, pH, c)

alcalinidade, matéria orgânica dissolvida ou em suspensão;

Lembre-se: na cadeia trófica ou alimentar, cada espécie pertence a um nível trófico. Então, pode pertencer ao nicho ecológico dos produtores primários, consumidores primários, secundários ou terciários, ou ainda ser um organismo decompositor.

Observe se existem espécies que fazem migrações em sua região. Tente relacionar o fenômeno com as diferentes estações climáticas do ano.

Saiba mais sobre os fatores ecológicos pesquisando no site: http://www.ib.usp.br/ecologia/populacoes_interacoes_print.htm, que mostra de uma forma resumida, o que são estas relações e exemplos ilustrativos.

Page 32: Ecologiae poluicao pb

32 caTarina da silva PEdrozo

Fatores Ecológicos

o substrato sólido: sua composição e tipo.d)

4.4.2 Fatores bióticos

Compreendem as interações que ocorrem entre os seres vivos (as-

sociações biológicas de parasitismo, predação e competição) e são classifi-

cadas em relações harmônicas e desarmônicas.

As relações harmônicas (benefício) podem ser:

intraespecíficas – ocorrem entre espécies iguais, por exemplo as a)

colônias e as sociedades;

interespecíficas – ocorrem entre espécies diferentes, por exemplo b)

as relações mutualísticas – os liquens.

As relações desarmônicas acontecem quando um se beneficia pre-

judicando o outro. São denominadas de:

intraespecíficas , por exemplo o canibalismo;a)

interespecíficas, por exemplo a predação.b)

Os organismos são especializados para funcionar mais eficiente e

produtivamente dentro de uma estreita faixa de variação de condições

ambientais, representadas pelos fatores ambientais anteriormente apre-

sentados, e cada forma tem o seu ponto ótimo. As mudanças ambientais

invadem o espaço vital de um organismo: o ciclo anual das estações, os

períodos diários de luz e escuridão, as reviravoltas frequentes e imprevisí-

veis do clima. Portanto, a sobrevivência de cada organismo depende da sua

habilidade em lidar com as variações do meio ambiente (fatores abióticos) e

suportar as pressões das outras espécies (fatores bióticos).

Todos os organismos apresentam homeostase em algum grau em

relação a algumas condições ambientais, ainda que a ocorrência e a efetivi-

dade dos mecanismos homeostáticos variem. A homeostase é a habilidade

de um indivíduo em manter condições internas constantes em face de um

ambiente externo variante. Lembre-se, por exemplo, da temperatura do

nosso corpo.

4.5 Fatores limitantes: lei do mínimo, lei da tolerância,

fatores reguladores

Fator limitante é qualquer agente que torne difícil a sobrevivência,

o crescimento ou a reprodução de uma espécie.

Liebig (1840), estudando o crescimento das plantas observou que:

“o crescimento dos vegetais é limitado pelo elemento cuja concentração

é inferior a um valor mínimo, abaixo do qual as sínteses não podem mais

fazer-se”. Essa lei, chamada originalmente de Lei do Mínimo de Liebig, foi

ampliada e hoje fala-se de “Fator Limitante”.

Page 33: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Fatores Ecológicos

33

Um Fator Ecológico desempenha papel de fator limitante

quando está ausente ou reduzido, abaixo de um mínimo crítico ou se

excede o nível máximo tolerável.

Shelford (1911), estudando o período reprodutivo de um inseto

observou que: “Cada ser vivo apresenta, em função dos diversos fatores

ecológicos, Limites de Tolerância, entre os quais situa-se seu ótimo eco-

lógico”. Esta foi chamada de Lei da Tolerância de Shelford.

Para cada fator ecológico, seja biótico ou abiótico, as espécies po-

dem apresentar diferentes limites de tolerância. Esta é a principal razão pela

qual podemos encontrar espécies em alguns ecossistemas e outras não. A

tolerância pode ser representada graficamente em uma curva chamada cur-

va de tolerância de determinada espécie, cujos valores centrais representam

seu desempenho pleno, e os das extremidades, seus limites de tolerância.

A Figura 4.1 mostra os limites mínimos e máximos como tolerância de uma

determinada espécie (Lei do Mínimo).

.

Figura 4.1 – Limites mínimos e máximos como tolerância de uma determinada espé-cie à intensidade de um fator ecológico Fonte: http://www.ib.usp.br/ecologia/fatores_limitantes_print.htm (modificado de Cox et al., 1976).

4.6 Valência ecológica

É a capacidade da espécie em suportar uma grande variação de

fatores ecológicos. Pode variar numa mesma espécie em função do estágio

do desenvolvimento. Para cada fator ecológico, as espécies respondem de

diferentes maneiras.

Observe a figura referente à Lei da Tolerância (Lei de Shelford) apresentada no site: http://www.ib.usp.br/ecologia/fatores_limitantes_print.htm, e verifique a representação gráfica de uma curva de tolerância e os limites de tolerância a um determinado fator ecológico.

Quanto maior a tolerância de uma espécie a diferentes fatores ambientais, maior será sua valência ecológica.

Page 34: Ecologiae poluicao pb

34 caTarina da silva PEdrozo

Fatores Ecológicos

Para o grau relativo de tolerância, uma série de termos tornou-se

de uso geral na Ecologia, utilizando-se o prefixo esteno, com o significado

de “estreito”, e euri, significando “largo”. Exemplos:

valência à seleção de a) habitats: estenoécia – euriécia;

valência à salinidade: estenoalina – eurialina; b)

valência à temperatura: estenotérmica – euritérmica; c)

4.7 Atividades de avaliação

Considerando os conceitos discutidos nesta unidade, observe se

ocorrem espécies migratórias na sua região e relacione isso com os fatores

ecológicos que podem influenciar estas populações. Compartilhe no fórum

suas idéias.

4.8 Síntese

Nesta unidade abordamos o conceito de fatores ecológicos e mos-

tramos como influenciam a distribuição e abundância dos organismos na

natureza. Conhecemos os tipos de fatores ecológicos e entendemos que os

fatores abióticos são as características do meio ambiente e que os fatores

bióticos são as relações entre os seres vivos. Desta forma, é possível com-

preender porque encontramos determinadas espécies em um ambiente e

não as encontramos em outro. As características de cada ambiente e os

requisitos de cada espécie explicam a riqueza e a diversidade da vida no

planeta Terra.

Page 35: Ecologiae poluicao pb

Populações

35Ecologia E Poluição

UNIDADE 5 – POPULAÇÕES

Nesta unidade você vai compreender quais são as principais carac-

terísticas de uma população, como se distribui e se dispersa, seu crescimen-

to e outros aspectos inerentes a ela.

5.1 Objetivo de aprendizagem

Compreender o conceito de População e quais são os seus princi-

pais atributos.

5.2 Conceito de população

Como ressaltamos anteriormente, uma população compreende os

indivíduos de uma espécie dentro de uma dada área.

A estrutura da população proporciona uma visão rápida num de-

terminado instante de tempo. Tem uma estrutura espacial, a qual significa

que, dentro de suas fronteiras geográficas, os indivíduos vivem principal-

mente dentro de partes de habitats adequados, e suas abundâncias podem

variar com respeito à comida, aos predadores, locais de ninho, e outros

fatores ecológicos dentro do habitat.

5.3 Estrutura espacial das populações

A estrutura espacial de uma população tem três propriedades prin-

cipais: distribuição, dispersão e densidade:

a distribuição é determinada pela presença ou ausência de a) habitat

adequado;

a dispersão das populações caracteriza o espaçamento dos b)

indivíduos entre si, formando padrões que variam, como você

pode observar na Figura 5.1.

Figura 5.1 – Os três tipos de distribuição espacial dos indivíduos de uma população Fonte: Dajoz, 2005.

Lembre-se da influência dos diferentes fatores ecológicos na distribuição das espécies.

Page 36: Ecologiae poluicao pb

36 caTarina da silva PEdrozo

Populações

c) a densidade corresponde ao número de indivíduos de uma

população em uma determinada área ou volume.

5.3.1 A dispersão uniforme

É rara. É um indicador de uma intensa competição entre os diver-

sos indivíduos que tendem a manter-se a igual distância uns dos outros.

Exemplo: plantas do deserto do Arizona – secretam uma substância tóxica

que mantém os outros indivíduos à distância.

5.3.2 A dispersão ao acaso

Ocorre em meios muito homogêneos em que as espécies não têm

nenhuma tendência a agrupar-se e para as quais a posição de cada indi-

víduo no espaço independe de outros indivíduos. Exemplo: os ovos dos

insetos em geral são distribuídos ao acaso.

5.3.3 A dispersão contagiosa

É a mais comum. Deve-se a variações de características do meio

ou ao comportamento dos seres vivos que tendem a agrupar-se. Exemplo:

os primatas.

5.4 A abundância das espécies e sua estimativa

O tamanho populacional é um balanço momentâneo entre ganhos

(nascimentos e imigrações) e perdas (mortes e emigrações) de indivíduos.

Quando os ganhos superam as perdas, a população cresce; quando as per-

das são maiores, ela diminui.

O crescimento de uma população depende de dois conjuntos de

fatores: um que contribui para o aumento da densidade, do qual fazem

parte a taxa de natalidade e a taxa de imigração, e outro que contribui

para a diminuição da densidade, do qual fazem parte a taxa de morta-

lidade e a taxa de emigração. O modo como esses fatores interagem

determina se e como o crescimento da população sofre variações.

5.4.1 Como é possível estimar a densidade?

Existem inúmeros métodos para quantificar uma população:

em populações pequenas, contam-se os indivíduos;a)

em populações grandes, contam-se os indivíduos de uma área b)

conhecida;

em populações grandes que se movem (ex: peixes) usam-se c)

métodos de marcação e recaptura: os dados compõem um índice

ou equação matemática.

Procure identificar na sua região como se dispersam as espécies vegetais naturais. Existem mais

áreas cultivadas ou naturais?

Page 37: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Populações

37

5.5 Crescimento populacional e regulação

A imensa capacidade de crescer das populações não pode ser me-

lhor ilustrada do que pela população humana, a qual tem crescido proficu-

amente, por vezes dobrando a cada quarto de século. Desde que a espécie

humana começou a compreender o seu rápido crescimento, esse tem cau-

sado preocupação. Essa preocupação levou ao desenvolvimento de técnicas

matemáticas que preveem o crescimento das populações – a disciplina da

Demografia – e ao estudo intensivo de populações naturais e de laboratório

para determinar os mecanismos de regulação das populações.

Quando o ambiente em que vive uma dada população possui

recursos ilimitados, condições climáticas favoráveis e ausência de

outras espécies que limitem o crescimento dessa população, ocorre um

crescimento exponencial a uma taxa máxima denominada potencial bi-

ótico (capacidade reprodutiva máxima).

Se isso fosse possível, uma bactéria coli recobriria a terra de des-

cendentes em 36 horas!

A diferença entre o máximo crescimento (potencial biótico) e o

crescimento real é devida às condições limitantes do meio, e denomina-se

resistência ambiental.

O modelo mais utilizado para o estudo do crescimento das popu-

lações segue duas formas principais que são denominadas de crescimento

em “j” e crescimento em “s”.

No crescimento em “j” (ou crescimento exponencial), o aumen-

to da população verifica-se até certo ponto e depois declina bruscamente,

quando a resistência ambiental torna-se efetiva.

A outra forma de crescimento, em “s” (ou sigmóide, logístico), é a

mais comum. Inicialmente o crescimento é lento, então torna-se rápido até

atingir certo ponto, quando passa a diminuir até um ponto em que o núme-

ro de indivíduos torna-se praticamente constante, com pequenas oscilações

em torno de um valor médio. Este equilíbrio é mais facilmente alcançado

em ecossistemas complexos, nos quais pequenas alterações são facilmente

absorvidas e não geram consequências mais drásticas.

Page 38: Ecologiae poluicao pb

38 caTarina da silva PEdrozo

Populações

Figura 5.2 – Crescimento exponencial e crescimento logístico de uma população Fonte: Dajoz, 2005.

5.6 Regulação das populações

Muitas coisas influenciam a taxa de crescimento populacional, mas

somente os fatores dependentes da densidade, cujos efeitos aumentam

com a acumulação, podem trazer a população sob controle. Estes podem

ser: alimento, espaço disponível, etc.

Fatores como a temperatura, precipitação e eventos catastróficos

alteram largamente as taxas de natalidade e mortalidade a respeito do nú-

mero de indivíduos numa população. Estes são fatores independentes da

densidade, que podem influenciar a taxa de crescimento de uma popula-

ção, mas não controlam o seu tamanho.

5.7 Atividades de avaliação

Pesquise em sua região se existem ambientes cultivados e ambien-

tes naturais e como as espécies animais e vegetais se dispersam nesses

ambientes. Prepare uma apresentação e compartilhe com seus colegas suas

observações.

5.8 Síntese

Nesta unidade, abordamos algumas características das populações,

como sua distribuição e dispersão, como crescem e quais características

do meio influenciam no controle do seu crescimento. Na próxima unidade,

abordaremos estas populações compondo as comunidades e suas princi-

pais características.

Reflita sobre a importância da heterogeneidade dos

ecossistemas para a preservação das várias espécies que os

compõem.

Page 39: Ecologiae poluicao pb

Comunidades

39Ecologia E Poluição

UNIDADE 6 – COMUNIDADES

Nesta unidade abordaremos as principais características de uma

comunidade, noções de sucessão ecológica e diversidade. Você poderá en-

tender que essas características são importantes para o reconhecimento da

recomposição daqueles ecossistemas que sofreram algum tipo de impacto,

seja natural ou humano. A diversidade pode ser um importante indicador

de qualidade de um determinado ecossistema e é uma ferramenta muito

utilizada na pesquisa em Ecologia.

6.1 Objetivo de aprendizagem

Compreender o que são comunidades e suas principais características. -

6.2 Comunidades e suas principais características

Todo o lugar na Terra – cada pradaria, cada lago, cada rochedo à

beira do mar – é compartilhado por muitos organismos que ali coexistem.

Estas plantas, animais e microrganismos estão interconectados entre si por

suas cadeias alimentares e outras interações, formando um todo complexo

comumente chamado de comunidade biológica. As inter-relações dentro

da comunidade governam o fluxo de energia e o ciclo dos elementos den-

tro do ecossistema, como já vimos anteriormente. Estas inter-relações tam-

bém influenciam os processos populacionais, dessa forma determinando as

abundâncias relativas dos organismos. Finalmente, as inter-relações dentro

da comunidade selecionam os genótipos e por isso influenciam a evolução

das espécies coexistentes.

Existem duas maneiras de conceituar comunidade, que têm susci-

tado discussões entre os cientistas:

aqueles que defendem a idéia de complexidade – a) o conceito

holístico – em que a comunidade é um superorganismo cujo

funcionamento e organização nós podemos apreciar somente

quando considerarmos o seu papel na natureza como uma

entidade completa;

aqueles que sustentam que a estrutura e o funcionamento da b)

comunidade simplesmente expressam as interações entre cada

espécie que forma a associação local e não refletem qualquer

organização, de propósito ou não, acima do nível das espécies – o

conceito individualista.

Independente da discussão, os cientistas têm se esforçado para

descrever as propriedades no nível da comunidade. Sua medida mais sim-

ples é o número de espécies que ela possui, o qual é usualmente denomina-

do riqueza de espécie ou diversidade.

Lembre-se: uma comunidade reune diferentes populações que podem ser animais, vegetais ou de microrganismos.

Page 40: Ecologiae poluicao pb

40 caTarina da silva PEdrozo

Comunidades

Estas medidas têm sido utilizadas na tentativa de comparação

entre diferentes comunidades como importante ferramenta no monito-

ramento ambiental.

Comunidade é o conjunto de populações de vegetais e de ani-

mais que povoam uma determinada área e cujos indivíduos mantêm, en-

tre si, relações de diversos níveis. Muitos autores preferem utilizar o termo

biocenose (vida em comum), proposto por Karl Mobius em 1877, como

sinônimo de comunidade, visando, com isso, salientar o sentido específico

deste conceito.

Uma espécie é chamada de dominante em uma comunidade

quando representa o maior tamanho ou o maior número de indivíduos e

seu nome é empregado para designar a comunidade. Assim, em um lago,

fala-se em comunidade de aguapé (Eichornia sp.), por exemplo, quando

esta espécie está em maior número quando comparada a outras espécies

de plantas aquáticas.

O conceito de comunidade é bastante simples de ser entendido:

no entanto, o seu reconhecimento na natureza é uma tarefa difícil, princi-

palmente em relação à localização de seus limites. Por exemplo: a salaman-

dra completa seu estágio larval na água e muda-se para a terra.

O limite entre uma comunidade de campo e uma de mato, por

exemplo, é uma zona em que coabitam espécies de ambas as comunidades.

Essa região de transição é denominada ecótono e caracteriza-se por ser uma

zona de tensão entre as comunidades, em consequência da competição que

se estabelece entre certas espécies representativas de cada comunidade.

6.3 Sucessão ecológica

As comunidades existem num estado de fluxo contínuo. Organis-

mos morrem e outros nascem de forma a tomar os seus lugares; a energia

e os nutrientes transitam através da comunidade. E, contudo, a aparência

e a composição da maioria das comunidades não mudam com o passar do

tempo. Mas, quando um habitat é perturbado – uma floresta derrubada,

um campo queimado, um recife de corais destruído – a comunidade lenta-

mente se reconstrói. Espécies pioneiras que são adaptadas a habitats per-

turbados são sucessivamente substituídas por outras até que a comunidade

atinja sua estrutura e composição original.

A dinâmica é uma característica fundamental dos ecossistemas.

Numa determinada região e sob as mesmas condições climáticas

gerais, uma comunidade se modifica lenta e progressivamente até tornar-se

nitidamente diferente ou, em outras palavras, uma comunidade é substitu-

Pesquisando no site http://www.ib.usp.br/ecologia/sucessao_

ecologica_print.htm, você encontra ilustrações detalhadas

sobre a sucessão ecológica.

Page 41: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Comunidades

41

ída por outra e esta por outra terceira, e assim, sucessivamente, à medida

que o tempo passa. Esse fenômeno se denomina sucessão.

Na sucessão, as comunidades vão se sucedendo até que por fim

se estabelece um tipo de comunidade, que não pode ser substituída nas

condições existentes, isto é, capaz de perdurar indefinidamente enquanto

perdurarem aquelas condições ambientais – é a comunidade clímax.

A sucessão se processa de uma forma, em geral lenta, que pode va-

riar de poucos anos até várias dezenas de anos, dependendo da comunida-

de clímax que deverá se instalar, do grau de perturbação que desencadeou

e manteve o processo e do estágio atual da sucessão.

Uma região desabitada, como as dunas de areia, por exemplo, nor-

malmente, apresenta condições pouco propícias para o estabelecimento dos

primeiros seres vivos. Poucos organismos conseguem suportar condições

de altas temperaturas e escassez de alimento e iniciar a colonização das

dunas. Entretanto, existem espécies que o fazem; são as espécies pioneiras

que mudam as condições ambientais.

Nessas condições, outras plantas e animais podem invadir essa

área; eles não conseguiriam viver nas condições iniciais, mas agora se adap-

tam a um ambiente mais ameno. As novas espécies que chegam competem

com as pioneiras, vão substituindo-se gradualmente e passam a ocupar a

área, produzindo um solo mais profundo, com mais nutrientes e umidade,

aumentando o sombreamento e retendo mais umidade no ar. Esta segunda

comunidade será, posteriormente, substituída por outras, que modificarão

mais o ambiente até que se estabeleça, nessa área, uma comunidade bem

adaptada que consegue se manter estável, através das interações entre suas

espécies e dos recursos fornecidos pelo ambiente físico. Assim, a sucessão

termina em uma comunidade de clímax.

Podemos encontrar sucessões ecológicas, também, em áreas que

foram antigas plantações feitas pelo homem e depois abandonadas. Neste

caso, a comunidade clímax que se estabelece, geralmente é similar a uma

outra natural que esteja localizada nas proximidades, pois as plantas e os

animais dessa comunidade natural serão os invasores e colonizadores.

Quanto ao povoamento, é reconhecida a existência de dois tipos

de sucessão:

sucessão primáriaa) – é o estabelecimento e o desenvolvimento

de comunidades de plantas em habitats recém formados que não

tinham plantas previamente – dunas de areia, leitos de lava, rochas

expostas por erosão ou por uma geleira recuada;

sucessão secundáriab) – é a que se estabelece numa área em que

uma comunidade foi praticamente destruída. Pode ocorrer, por

Page 42: Ecologiae poluicao pb

42 caTarina da silva PEdrozo

Comunidades

exemplo, em áreas cuja comunidade foi destruída pelo fogo ou

por inundações.

6.3.1 Características das sucessões:

os ecossistemas próximos do clímax são mais organizados e mais a)

complexos do que os próximos do estágio pioneiro;

a biomassa aumenta à medida que se aproxima do clímax. Em b)

seguida, torna-se quase constante, pois a produtividade tende a

zero;

a diversidade em espécies aumenta ao longo das sucessões; ela c)

se deve ao aumento da heterogeneidade do meio, passa por um

máximo e, em geral, decresce mais ou menos no estágio clímax;

as cadeias alimentares, inicialmente lineares e dominadas por d)

herbívoros, tornam-se redes ramificadas e complexas, onde os

detritívoros ocupam um espaço cada vez maior;

os nichos tornam-se cada vez mais especializados;e)

no estágio de clímax a mobilidade das espécies tende a diminuir;f)

as relações interespecíficas evoluem com a sucessão;g)

a conservação dos elementos nutritivos no interior do ecossistema h)

torna-se melhor;

o clima é instável e imprevisível nos estágios pioneiros e estável e i)

previsível no clímax.

6.4 Organização da comunidade – cadeias tróficas

Lembre-se: os componentes bióticos do ecossistema são identifica-

dos como produtores, consumidores e decompositores, como foi ressaltado

anteriormente.

Guildas tróficas são grupos de espécies que exploram um recurso

de modo semelhante. Exemplo: guildas de pastadores, guildas que comem

néctar, etc. Nas guildas haverá uma maior interação competitiva entre as

espécies. Deve-se considerar uma comunidade como um conjunto de guil-

das, cada uma contendo uma ou muitas espécies.

6.5 A diversidade

O aspecto fundamental para descrever e caracterizar a comunida-

de é aquele que se refere à sua diversidade, ou seja, às diferentes espécies

que a compõem.O Brasil é considerado um

dos países megadiversos, pela grande riqueza de espécies

que apresenta em todo o seu território.

Page 43: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Comunidades

43

Os fatores básicos a serem pesquisados são o número das espé-

cies dentro da comunidade e as suas respectivas abundâncias relativas.

Isso é conhecido como riqueza, densidade ou variedade de espécies que

é designada pela letra S.

Uma vez que a diversidade é estimada a partir de uma amostra, a

diversidade passa a ser função do tamanho amostral.

Se em uma amostra de 200 indivíduos forem reconhecidas 10 es-

pécies, cada uma com 20 representantes, haverá maior índice de diversida-

de do que se 160 indivíduos fossem reconhecidos numa única espécie e os

outros 40 indivíduos nas 9 espécies restantes.

No primeiro caso diz-se que existe equabilidade ou uniformida-

de, ao passo que no segundo ocorre dominância de uma espécie em re-

lação às outras.

A dominância é mais atingível para organismos com maior valência

ecológica, e, portanto, capazes de desenvolver uma gama mais ampla de

tolerâncias.

A diversidade de espécies tende a aumentar com o tamanho da

área e das latitudes altas para o Equador. A diversidade tende a ser reduzi-

da em comunidades bióticas que sofrem estresse, porém também pode ser

reduzida pela competição em comunidades antigas e ambientes físicos es-

táveis. Pode-se referir, também, a diversidade de habitats (ou de padrões)

e a diversidade genética.

São utilizadas duas abordagens para se analisar a diversidade de

espécies em situações diferentes:

a) curvas de abundância relativa do componente dominância

da diversidade – salienta a riqueza e a abundância da diversidade

de espécies e também explica como o espaço do nicho é repartido,

além de ser usada para avaliar o efeito das perturbações sobre a

estrutura de espécies;

b) índices de diversidade – os quais são proporções ou outras

expressões matemáticas das relações de importância de espécies.Ninguém conhece, ainda, o número total de espécies existentes

na Terra. As estimativas de alguns anos atrás mencionavam a existência

de 5 a 30 milhões de espécies. Entretanto, estudos recentes efetuados nas

florestas tropicais sugerem que pode haver 30 milhões de espécies apenas

de insetos. Existem, atualmente, cerca de 1,4 milhões de espécies vivas que

já foram catalogadas. Aproximadamente 750 mil são insetos, 265 mil são

plantas e 41 mil são vertebrados. O restante inclui invertebrados, fungos,

algas e microrganismos.

Lembre-se: as espécies com maior valência ecológica serão dominantes em um ecossistema.

Saiba mais sobre a defesa da biodiversidade da Terra acessando o site: http://www.greenpeace.org/brasil/institucional/noticias/perguntas-e-respostas-sobre-a

Page 44: Ecologiae poluicao pb

44 caTarina da silva PEdrozo

Comunidades

Uma quantidade significativa dessas espécies está sendo sistema-

ticamente destruída pela atividade humana, que causa a redução da biodi-

versidade em todo o mundo. A poluição é uma das grandes causadoras da

perda da biodiversidade. Em um ambiente aquático, por exemplo, há nor-

malmente um grande número de espécies, cada uma delas com um número

relativamente pequeno de indivíduos. Quando este ambiente recebe descar-

gas de efluentes orgânicos, as espécies mais sensíveis são eliminadas, restan-

do apenas espécies menos nobres, essas com grande número de indivíduos,

devido à diminuição da competição como, por exemplo, seleção natural.

É importante destacar que a biodiversidade não deve ser conside-

rada apenas sob o ponto de vista da conservação, uma vez que ela repre-

senta a fonte de recursos naturais mais importante da Terra.

6.6 Atividades de avaliação

Observe em um ambiente natural, como em um parque de sua

cidade, por exemplo, que em apenas 1m2 é possível identificar e quantificar

a riqueza específica de vegetais deste local. Escolha um local e, mesmo não

conhecendo os nomes científicos das espécies observadas, atribua uma le-

tra para cada espécie encontrada. Conte o número de indivíduos de cada

espécie e identifique a mais abundante. Compartilhe com seus colegas suas

observações no fórum.

6.7 Síntese

Nesta unidade abordamos o conceito de comunidade, como pode

ser recomposta depois de um evento catastrófico e o que representa a sua

diversidade biológica. Até então, você pôde compreender a Ecologia dos

organismos, populações e comunidades, como a energia e os nutrientes

são utilizados, e a influência do meio sobre eles. Agora, você já está apto

para entender o que significa o desenvolvimento sustentável e as principais

consequências para a Terra, da exploração excessiva dos diferentes ecossis-

temas pelo homem.

Page 45: Ecologiae poluicao pb

Bases do Desenvolvimento

Sustentável

45Ecologia E Poluição

UNIDADE 7 – BASES DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTáVEL

7.1 Objetivos de aprendizagem

Conhecer e correlacionar os diferentes modelos de desenvolvimento -

humano;

Entender a importância do modelo de desenvolvimento sustentável -

para a perpetuação da vida na Terra.

7.2 Desenvolvimento sustentável

Podemos admitir que o uso de recursos seja inesgotável, já que o

sol é uma estrela que ainda poderá fornecer energia à Terra por 5 bilhões

de anos. Quanto à capacidade de absorver e reciclar matéria ou resíduos,

a humanidade tem observado a existência de limites no meio ambiente, e

tem que conviver com níveis indesejáveis e preocupantes de poluição do ar,

da água, do solo e com a consequente deterioração da qualidade de vida,

como veremos logo a seguir.

O modelo de desenvolvimento escolhido pela sociedade humana até

atingir seu atual estágio é um sistema aberto, que depende de um suprimento

contínuo e inesgotável de matéria e energia que, depois de utilizada, é devolvi-

da ao meio ambiente (jogada fora) como está representado na Figura 7.1.

Figura 7.1 Modelo atual de desenvolvimento humano Fonte: Braga, et al., 2002.

Para que esse modelo possa ter sucesso de desenvolvimento, ou

seja, para que os seres humanos garantam sua sobrevivência, as seguintes

premissas teriam que ser verdadeiras:

suprimento inesgotável de energia;a)

suprimento inesgotável de matéria;b)

capacidade infinita do meio de reciclar matéria e absorver resíduos.c)

Page 46: Ecologiae poluicao pb

46 caTarina da silva PEdrozo

Bases do Desenvolvimento

Sustentável O crescimento populacional contínuo da espécie humana é incom-

patível com um ambiente finito, em que os recursos e a capacidade de ab-

sorção e reciclagem de resíduos são limitados. Devemos acrescentar a esse

quadro o aumento do consumo individual que se observa no desenvolvi-

mento da sociedade humana, que torna a situação mais preocupante ainda.

Portanto, se o modelo de desenvolvimento da sociedade não for alterado,

estaremos caminhando a passos largos para o colapso do planeta, com pers-

pectivas nefastas para a sobrevivência do homem (BRAGA et al, 2002).

Devemos rever o modelo anterior para que, com lucidez e conhe-

cimento científico, seja possível aumentar a probabilidade de sucesso de

perpetuação da espécie humana. Os ensinamentos das leis físicas e do fun-

cionamento dos ecossistemas fornecem os ingredientes básicos para a con-

cepção do modelo que pode ser chamado de modelo de desenvolvimento

sustentável, como é mostrado na Figura 7.2. Ele deve funcionar como um

sistema fechado, que tem como base as seguintes premissas:

dependência do suprimento externo contínuo de energia (sol);a)

uso racional da energia e da matéria com ênfase na conservação, b)

em contraposição ao desperdício;

promoção da reciclagem e do reuso dos materiais;c)

controle da poluição, gerando menos resíduos para serem absor-d)

vidos pelo ambiente;

controle do crescimento populacional em níveis aceitáveis, com e)

perspectivas de estabilização da população.

Figura 7.2 – Modelo de desenvolvimento sustentável Fonte: Braga et al., 2002.

Um fato importante que diferencia este novo modelo daquele mos-

trado anteriormente é a reciclagem e o reuso dos recursos aliados à restau-

ração do meio ambiente. Devemos lembrar que mesmo com a estabilização

No site http://www.mma.gov.br/, você pode pesquisar

mais sobre o desenvolvimento sustentável no Brasil.

Page 47: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Bases do Desenvolvimento

Sustentável

47

da população, com o controle da poluição e a reciclagem o aumento do

consumo nos países menos desenvolvidos (para os padrões existentes em

países desenvolvidos) pode gerar desequilíbrios no balanço global de energia

no planeta acarretando mudanças globais de consequências imprevisíveis.

Para que a humanidade evolua para o modelo proposto, devem

acontecer revisões comportamentais em direção ao novo paradigma. A so-

ciedade atual já despertou parcialmente para o problema, mas há muito

para ser feito em termos de educação e cooperação entre os povos e em

termos de meio ambiente. Nosso conhecimento sobre o funcionamento do

planeta Terra ainda é pequeno, mas é suficiente para saber que precisamos

aprender a habitá-lo e usufruir dele de maneira consciente e responsável,

preparando-o para sustentar as gerações futuras.

É necessário que a humanidade reconheça os serviços prestados

pelos ecossistemas. Estes são gerados por um complexo de ciclos naturais,

dirigidos pela energia solar, que constitui os trabalhadores da biosfera – a ca-

mada fina próxima da superfície da terra que contém toda a vida conhecida.

Esses serviços incluem:

purificação do ar e da água;a)

mitigação de enchentes e secas;b)

detoxificação e decomposição de resíduos;c)

geração e renovação do solo e fertilidade;d)

polinização de culturas e vegetação natural;e)

controle de pragas da agricultura;f)

dispersão de sementes e transferência de nutrientes;g)

manutenção da biodiversidade;h)

proteção do sol;i)

estabilização do clima;j)

moderação dos extremos de temperatura; k)

suporte à diversidade de culturas humanas;l)

provimento da beleza estética e estimulação do espírito humano.m)

7.3 Atividades de avaliação

Discuta com seus colegas no chat qual é o atual modelo de desenvol-

vimento escolhido pela espécie humana e quais são as consequências desta es-

colha para o planeta Terra. O que é preciso fazer para mudar esta realidade?

Resuma suas impressões e envie o texto para o seu professor via

Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem.

Reflita sobre o tema e compare os diferentes modelos de desenvolvimento. Qual modelo é mais adequado para sua região?

No site: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html você pode encontrar um material de apoio sobre o desenvolvimento sustentável.

Page 48: Ecologiae poluicao pb

48 caTarina da silva PEdrozo

Bases do Desenvolvimento

Sustentável 7.4 Síntese

Nesta unidade e nos sites recomendados, você compreendeu por-

que nós, humanos, exploramos os recursos de forma excessiva e como po-

deremos reverter este quadro, mudando nosso modelo de desenvolvimento.

A escolha por este modelo tem levado a espécie humana a reconhecer as

reais consequências disto que são todos os tipos de poluição a que os ecos-

sistemas estão e estarão sujeitos. Estas consequências serão abordadas nas

próximas unidades.

Page 49: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Introdução à Crise Ambiental

49

UNIDADE 8 – INTRODUÇÃO À CRISE AMBIENTAL

8.1 Objetivo de aprendizagem

Compreender a crise ambiental, suas principais causas e con- -

sequências.

8.2 Introdução

Tendo em vista o progressivo aumento da população humana,

pode-se vislumbrar, a médio e longo prazo, problemas sérios para a sua

manutenção:

um dos princípios gerais da Ecologia é o de que “as transformações a)

físicas e químicas governam os sistemas biológicos”. Lembre-se da

cadeia trófica e dos ciclos biogeoquímicos;

todo e qualquer fenômeno que acontece na natureza necessita de b)

energia para ocorrer;

a vida, como a conhecemos, requer basicamente matéria e energia. c)

Esses dois conceitos são fundamentais no tratamento da maioria

das questões ambientais;

em qualquer sistema natural, matéria e energia são conservadas, d)

ou seja, não se criam nem se destroem matéria e energia;

As leis da Física estão atualmente sendo utilizadas para o enten-

dimento dos sistemas ambientais.

o uso de energia implica, pela 2a) a lei da termodinâmica, na de-

gradação da sua qualidade;

como consequência da lei da conservação da massa, os resíduos b)

energéticos (principalmente na forma de calor), somados aos

resíduos de matéria, alteram a qualidade do meio ambiente no

interior do planeta;

a tendência natural de qualquer sistema, como um todo, é de c)

aumento de sua entropia (grau de desordem).

Assim, a população humana, utilizando-se da inesgotável energia

solar, processa, por meio de sua tecnologia e de seu metabolismo, os recur-

sos naturais finitos, gerando, inexoravelmente, algum tipo de poluição.

O que pode ser feito para conter o aumento do grau de desordem?

Page 50: Ecologiae poluicao pb

50

Introdução à Crise Ambiental

caTarina da silva PEdrozo

Do equilíbrio entre três elementos – população, recursos natu-

rais e poluição – dependerá o nível de qualidade de vida no planeta.

Se a população humana continuar crescendo segundo as tendên-

cias atuais, a exploração dos recursos naturais se tornará cada vez mais

intensificada, gerando mais e mais poluição.

Portanto, as leis da Física são fundamentais para o entendi-

mento dos problemas ambientais:

a lei da conservação da massa mostra que nunca estaremos livres a)

de algum tipo de poluição;

uma consequência da 2b) a lei da termodinâmica é o fato de ser

impossível obter energia de melhor qualidade do que aquela

disponível inicialmente, ou seja, não existe reciclagem completa de

energia. Logo, a energia dispersada em qualquer transformação

será perdida para sempre;

outra consequência é o aumento da entropia, o que implica maior c)

desordem nos sistemas locais, regionais e globais.

Assim, se não forem tomadas medidas de controle ambiental d)

eficientes, a previsão é de que haverá um aumento da poluição

global. O fato de as leis existirem, sendo aplicáveis e não haver como

burlá-las traz uma série de problemas e enormes preocupações à

sociedade de hoje.

8.3 Atividades de avaliação

Utilize como texto de apoio o material do site: www.cebds.org.

br/cebds/docnoticia/vivendo-alem-dos-nossos-meios.pdf e reflita sobre os

principais serviços prestados pelos ecossistemas. Como viveríamos no pla-

neta Terra, sem eles? Elabore suas impressões e encaminhe o texto para seu

professor pelo Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem.

8.4 Síntese

Nesta unidade você pôde perceber que nosso modelo de desen-

volvimento não prevê as consequências maléficas para a natureza. Também

percebeu que, se a população humana continuar crescendo rapidamente e

consumindo os recursos naturais de uma forma não sustentável certamente

vai gerar aumento da poluição. Nas próximas unidades vamos conhecer

estas reais consequências.

Lembre-se das formas de crescimento das populações.

Page 51: Ecologiae poluicao pb

Poluição do Ar e as Mudanças

Climáticas

51Ecologia E Poluição

UNIDADE 9 – POLUIÇÃO DO AR E AS MUDANÇAS CLIMáTICAS

Nesta unidade, abordaremos o conceito de poluição do ar, suas

fontes, principais características e efeitos.

9.1 Objetivos de aprendizagem

Conhecer a poluição do ar, identificar suas causas e principais -

consequências para a saúde do homem e dos ecossistemas.

9.2 O que é a poluição do ar?

É a existência de substâncias estranhas à composição do meio, ou

em quantidade muito elevada. É a mudança na composição do ar, ou em

suas propriedades, causada por emissões de poluentes, tornando-o impró-

prio, nocivo ou inconveniente à saúde, ao bem-estar público, à vida animal

e vegetal e, até mesmo, a alguns materiais.

No momento em que o homem descobriu o fogo, teve início a

poluição do ar. Na idade média: as queimadas, os fossos dos castelos, o lixo,

matadouros, curtumes, currais, cavalariças. Nos séculos que se seguiram foi

devido à revolução industrial.

A poluição do ar pode ser de origem natural ou gerada pelas dife-

rentes atividades humanas.

9.2.1 Principais poluentes atmosféricos

monóxido de carbono – combustão incompleta de combustíveis a)

fósseis e outros materiais com C;

dióxido de carbono – combustão completa de combustíveis fósseis b)

e também é gerado na respiração;

óxidos de enxofre – queima de combustíveis com S, além de serem c)

gerados em processos biogênicos naturais;

óxidos de nitrogênio – processos de combustão e descargas d)

elétricas na atmosfera;

hidrocarbonetos – queima incompleta dos combustíveis, e)

evaporação destes e de solventes orgânicos;

oxidantes fotoquímicos – gerados a partir de hidrocarbonetos e f)

óxidos de nitrogênio (ozônio e o peróxi-acetil nitrato);

material particulado – poeira, fuligem, partículas de óleo, pólen;g)

asbestos – gerados durante a etapa de mineração do amianto ou h)

em processos de beneficiamento deste material;

metais – associados aos processos de mineração, combustão do i)

carvão e processos siderúrgicos;

Page 52: Ecologiae poluicao pb

52 caTarina da silva PEdrozo

Poluição do Ar e as Mudanças

Climáticas gás fluorídrico – produção de alumínio e fertilizantes;j)

amônia – indústrias químicas e fertilizantes e processos biogênicos k)

naturais na água e no solo;

gás sulfídrico – refinarias de petróleo, indústria química, indústria l)

de celulose e papel, e processos biogênicos;

pesticidas e herbicidas – indústrias que os produzem, agricultura m)

através da pulverização;

substâncias radioativas – depósitos naturais, usinas nucleares, n)

testes de armamento nuclear e queima de carvão;

calor – emissão de gases a alta temperatura para o meio ambiente, o)

liberados, em sua maioria, nos processos de combustão;

som – emissão de ondas sonoras, com intensidade capaz de p)

prejudicar os seres humanos e outros seres vivos.

9.2.2 Poluição do ar de acordo com suas fontes

fontes móveis: veículos produzindo cargas difusas;a)

fontes estacionárias: chaminés de indústrias com cargas pontuais b)

de poluentes.

9.2.3 Poluição do ar quanto às áreas atingidas

a) Problemas globais

1. Efeito estufa – a emissão dos gases estufa (CO2, metano, óxi-

do nitroso, clorofluorcarbono, ozônio, etc.) aumenta a quanti-

dade de energia mantida na atmosfera devido à absorção do

calor refletido ou emitido pela superfície da Terra, provocan-

do a elevação da temperatura da superfície. O efeito estufa é

natural, porém os seres humanos têm, através da emissão de

gases, aumentado muito este fenômeno.

Consequências: modificações climáticas, elevação do nível

dos oceanos, impactos na agricultura, silvicultura, etc.

Reflexo da Radiação

Gases de Estufa

AtmosferaRadiação

Infravermelha

Figura 9.1 – Efeito estufa Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/efeito-estufa/efeito-estu- fa-6.php

Page 53: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Poluição do Ar e as Mudanças

Climáticas

53

2. Destruição da camada de ozônio – Situada na estratosfera,

entre 15 e 50km de altitude, ela tem a capacidade de “filtrar”

as radiações solares, impedindo que grande parte das radia-

ções ultravioleta chegue até a superfície do solo.

Consequências: aumento da incidência de câncer de pele, re-

dução das safras agrícolas, destruição e inibição do crescimen-

to de espécies vegetais e danos em materiais plásticos.

CFC

CFC

O3 O3O3

CI

CFC

O3

CI

1 6

4

5

3

2

1 - Produção de CFCs2 - CFCs chegam à estratosfera3 - UV produz Cl a partir dos CFCs

4 - O Xl destrói o ozônio5 - Destruição do ozônio → mais UV3 - Mais UV → mais câncer de pele

Radiação UVRadiação UV

Figura 9.2 – Destruição da camada de ozônio Fonte: http://bohr.quimica.ufpr.br/~dallara/camada.html

Chuva ácida3. – é provocada pelos gases sulfonados produzi-

dos pelas atividades da sociedade moderna que reagem com

o vapor de água na atmosfera, produzindo ácidos (nítrico e

sulfúrico). Consideram-se ácidas as chuvas que apresentam o

pH inferior a 5,6. Em algumas regiões industriais dos EUA e da

Europa, o pH da chuva pode chegar a 3,0.

Leia o texto em http://www.dge.inpe.br/ozonio/kirchhoff/html/artigo2.html e compartilhe suas impressões no fórum.

Page 54: Ecologiae poluicao pb

54 caTarina da silva PEdrozo

Poluição do Ar e as Mudanças

Climáticas Consequências: perdas na produtividade agrícola, lixiviação

dos nutrientes, eliminação de organismos, acidificação da

água e suas consequências e a destruição da vegetação.

CHUVA ÁCIDA

H2SO4

H2SO4

H2SO4SO2 H2O½O2+ +

SO2O2+S(carvão)

Lago

Figura 9.3 – Chuva Ácida Fonte: http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/alc.htm

b) Problemas locais

Formados por episódios críticos de poluição em cidades, depen-

dem dos poluentes que são gerados e das condições climáticas existentes

para sua dispersão.

Esses episódios podem ser classificados em:

“ - Smog” industrial – típico de regiões frias e úmidas, os picos ocorrem

no inverno, em condições climáticas adversas para a dispersão

dos poluentes. Um fenômeno que agrava o smog industrial é a

inversão térmica.

“ - Smog” fotoquímico – típico de cidades ensolaradas, quentes, de

clima seco. Os picos de poluição ocorrem em dias quentes, com

muito sol. O principal agente poluidor nesse caso são os veículos,

que geram uma série de poluentes, principalmente óxidos de

nitrogênio, monóxido de carbono e hidrocarbonetos. Esses gases

sofrem várias reações na atmosfera por efeito da radiação solar,

gerando novos poluentes. Daí o nome “fotoquímico”.

9.3 Como pode ser feito o controle da poluição do ar

redução do desperdício de energia;a)

Existem episódios críticos de poluição do ar em sua cidade?

Você atribui a quais causas?

Page 55: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Poluição do Ar e as Mudanças

Climáticas

55

substituição de combustíveis fósseis por outras fontes de energia;b)

redução da emissão de dióxido de enxofre;c)

remoção do enxofre do combustível antes da queima;d)

emissão de fumaças com chaminés altas;e)

taxação das fontes de emissão de poluentes;f)

desestímulo ao uso do automóvel particular;g)

desenvolvimento e emprego de dispositivos para a remoção de h)

gases e MP;

desenvolvimento de motores menos poluentes;i)

emprego de combustíveis de queima mais limpa;j)

controle da emissão de poluentes pelo escapamento, por meio de k)

queimadores e conversores catalíticos.

9.4 Mudanças climáticas

Os termos mudança do clima, alterações climáticas ou mu-

danças climáticas referem-se à variação do clima global ou dos climas

regionais da Terra ao longo do tempo. Estas variações dizem respeito a

mudanças de temperatura, precipitação, nebulosidade e outros fenômenos

climáticos em relação às médias históricas. Tais variações podem alterar as

características climáticas de maneira a alterar sua classificação didática. Os

tipos de classificação para as regiões climáticas são: classificação do clima

de Köppen, classificação do clima de Thornthwaite e classificação do clima

de Martonne.

Alterações podem ser causadas por processos internos ao sistema

Terra-atmosfera, por forças externas (como, por exemplo, variações na ativi-

dade solar) ou, mais recentemente, pelo resultado da atividade humana.

Portanto, entende-se que a mudança climática pode ser tanto um

efeito de processos naturais ou decorrentes da ação humana, por isso, de-

ve-se ter em mente a que tipo de mudança climática se está referindo.

9.5 Atividades de avaliação

Assista ao filme disponível no site: http://www.greenpeace.org.br/

clima/filme/home/ e compartilhe suas impressões no fórum. Relacione os

eventos observados no filme com as últimas notícias mundiais sobre as con-

sequências das mudanças climáticas no Brasil e no mundo. Elabore suas

impressões e encaminhe o texto para seu professor pelo Ambiente Virtual

de Ensino-Aprendizagem.

Assista ao filme “Mudanças do clima, mudanças de vida” no site: http://www.greenpeace.org.br/clima/filme/home/ Você pode entender quais os efeitos das mudanças climáticas que são observadas no Brasil.

No site http://www.greenpeace.org/brasil/greenpeace-brasil-clima/entenda navegue e conheça os impactos ambientais no Brasil e no mundo. Observe que em cada região, abrem-se informações sobre determinados impactos.

Page 56: Ecologiae poluicao pb

56 caTarina da silva PEdrozo

Poluição do Ar e as Mudanças

Climáticas 9.6 Síntese

Nesta unidade abordamos as causas da poluição do ar e seus prin-

cipais efeitos para as espécies vivas e para os ecossistemas da Terra. Tam-

bém observamos que as principais consequências deste tipo de interferência,

que pode ser tanto natural quanto provocada pelo homem, podem alterar

o clima na Terra, levando a importantes efeitos que podem ser devastado-

res. Você foi informado de que quando o ser humano descobriu o fogo,

teve início a poluição atmosférica que tem aumentado desde a revolução

industrial, com o aumento das emissões mundiais de CO2.

Page 57: Ecologiae poluicao pb

Poluição da Água

57Ecologia E Poluição

UNIDADE 10 – POLUIÇÃO DA áGUA

A poluição da água é compreendida como a alteração das suas ca-

racterísticas físicas e químicas por quaisquer ações ou interferências, sejam

elas naturais ou provocadas pelo homem. Pode atingir rios, lagos e oceanos

em maior ou menor escala.

10.1 Objetivo de aprendizagem

Compreender e identificar as fontes de poluição da água, reco- -

nhecendo suas principais consequências.

10.2 Principais poluentes aquáticos

poluentes orgânicos biodegradáveis – proteínas, carboidratos e a)

gorduras;

poluentes orgânicos recalcitrantes ou refratários – defensivos b)

agrícolas, detergentes sintéticos, petróleo;

metais – podem ser tóxicos ou carcinogênicos, mutagênicos ou c)

teratogênicos. Ex.: arsênico, bário, cádmio, cromo, chumbo e

mercúrio;

nutrientes – eutrofização;d)

organismos patogênicos – bactérias (que podem causar e)

leptospirose, febre tifóide, febre paratifóide, cólera), vírus (hepatite

e poliomielite), protozoários (amebíase e giardíase), helmintos

(esquistossomose e ascaridíase);

sólidos em suspensão – diminuição da fotossíntese;f)

calor – gerado por efluentes aquecidos por usinas termoelétricas g)

afeta as características físicas, químicas e biológicas da água;

radioatividade – utilizada pelo homem para fins bélicos, energéticos, h)

de pesquisa, médicos ou conservação de alimentos. Pode provocar o

aparecimento de várias doenças e mutações genéticas e a morte.

10.3 As grandes formas de poluição aquática

esgotos pluviais e escoamento urbano a) – escoamento de

superfícies impermeáveis incluindo ruas, edifícios e outras áreas

pavimentadas para esgotos ou tubos antes de descarregarem

para águas superficiais, por exemplo: esgotos domésticos sem

tratamento prévio;

industrial b) – fábricas de polpa e de papel, fábricas de químicos,

fábricas de têxteis, fábricas de produtos alimentares, etc.;

agrícola c) – excesso de fertilizantes que vão infiltrar-se no solo e

poluir os lençóis de água subterrâneos e por sua vez os rios ou ar-

roios onde estes vão desembocar.

Page 58: Ecologiae poluicao pb

58 caTarina da silva PEdrozo

Poluição da Água

10.4 Poluição química das águas

Dois tipos de poluentes caracterizam a poluição química:

poluentes biodegradáveis – são produtos químicos que ao final a)

de um tempo, são decompostos pela ação de bactérias. São

exemplos de poluentes biodegradáveis o detergente, inseticidas,

fertilizantes, petróleo, etc.;

poluentes persistentes – são produtos químicos que se mantêm b)

por longo tempo no meio ambiente e nos organismos vivos (PCBs

e outros).

Estes poluentes podem causar graves problemas como a conta-

minação de alimentos, de peixes e crustáceos. São exemplos de poluentes

persistentes o DDT, o mercúrio, etc.

10.5 Poluição por fosfatos e nitratos

Os adubos e fertilizantes usados na agricultura contêm grandes

concentrações de nitrogênio e fósforo. Esses poluentes orgânicos cons-

tituem nutrientes para as plantas aquáticas, especialmente as algas, que

transformam a água em algo semelhante a um caldo verde, fenômeno tam-

bém conhecido por floração das águas, e a conseqüente eutrofização.

A eutrofização é o maior desastre ambiental que pode ocorrer

num lago ou reservatório. O enriquecimento das águas com nutrientes (P, N,

C e outros) conduz a uma proliferação exagerada da flora aquática (florações

de algas fitoplanctônicas), a ponto de prejudicar a fauna, obstruir condutos

e impedir a navegação. A constante entrada de esgotos, tanto domésticos

quanto industriais e mesmo resultantes da agricultura, pode levar á eutrofi-

zação. Neste caso, é por força da ação do homem que isto ocorre.

Veja quais são as alterações que podem ocorrer, devido às flora-

ções algais:

o impedimento da penetração da luz e da fotossíntese;a)

do oxigênio produzido, boa parte é liberada para a atmosfera;b)

a decomposição dos vegetais mortos aumenta o consumo de c)

oxigênio, agravando ainda mais a desoxigenação das águas;

aumento da mortalidade de peixes e outros animais.d)

Mas a eutrofização também pode ser um processo natural como é

representado na Figura 10.1.

Page 59: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Poluição da Água

59

Figura 10.1 – Eutrofização Fonte: Braga et al, 2002.

10.6 Atividades de avaliação

Elabore suas respostas e encaminhe-as para o seu professor pelo

Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem.

Defina poluição da água.1.

Quais são os principais poluentes aquáticos?2.

Quais são as fontes de poluição da água? Explique.3.

O que é a eutrofização?4.

Em sua cidade, existe a canalização do esgoto doméstico? Para 5.

onde é levado?

Você observa ecossistemas aquáticos poluídos na sua região. Rela-6.

cione com as prováveis fontes.

10.7 Síntese

Nesta unidade, abordamos a poluição da água, suas principais fon-

tes e consequências. Você pôde observar que a poluição das águas pode ser

provocada por diferentes tipos de contaminantes. Eles podem ser químicos

tóxicos, persistentes ou não ou mesmo nutrientes orgânicos. Essas subs-

tâncias podem ser introduzidas nos ecossistemas aquáticos de diferentes

maneiras. Isso provoca efeitos devastadores para a vida aquática e poste-

riormente para a espécie humana.

Para a discussão deste tema deve ser utilizado o texto de apoio no site: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt5.html

Page 60: Ecologiae poluicao pb
Page 61: Ecologiae poluicao pb

Poluição do Solo

61Ecologia E Poluição

UNIDADE 11 – POLUIÇÃO DO SOLO

Nesta unidade abordaremos a geração de resíduos (o lixo), seus dife-

rentes tipos e contaminantes, seu destino, as consequências da cada vez mais

produção de lixo e o que podemos fazer para minimizar este problema.

11.1 Objetivo de aprendizagem

Conhecer as principais fontes de poluição do solo. -

11.2 O que é a poluição do solo

A natureza trabalha em ciclos: nada se perde, tudo se transforma.

Animais, excrementos, folhas e todo tipo de material orgânico morto se

decompõe com a ação de milhões de microrganismos, como bactérias, fun-

gos, vermes e outros, dando origem aos nutrientes que vão alimentar novas

espécies de vida.

Na natureza não existe LIXO!

Até o início do século passado, os seres humanos viviam em har-

monia com a natureza. Todos os resíduos por eles gerados eram reintegra-

dos à natureza.

Com a industrialização e a concentração da população nas grandes

cidades, o lixo foi se tornando um problema.

11.3 Poluição do solo rural

Antes da industrialização, para o plantio dos alimentos, eram uti-

lizados restos de vegetais, estrume, salitre do Chile e guano como adubo.

Depois da industrialização, intensificou-se a utilização de adubos artificiais

(nutrientes essenciais e substâncias altamente tóxicas em impurezas). Além

disto, a necessidade de uma maior produção de alimentos levou ao incre-

mento do uso de defensivos agrícolas.

O DDT foi o primeiro inseticida organoclorado de elevada resistên-

cia à decomposição no ambiente, cujos efeitos adversos são: bioacumula-

ção, mortandade, redução da natalidade e da fecundidade de espécies.

11.3.1 Alguns grupos de defensivos agrícolas

a) inseticidas:

organoclorados 1. – DDT, Aldrin, Dieldrin, Heptacloro - proibidos

em um número cada vez maior de países;

organofosforados 2. – Parathion, Malathion, Phosdrin, etc. –

degradam-se mais rápido;

Reflita sobre porque na natureza não existe lixo. Lembre-se dos ciclos biogeoquímicos.

Page 62: Ecologiae poluicao pb

62 caTarina da silva PEdrozo

Poluição do Solo

carbamatos 3. – baixa toxidez para animais de sangue quente.

b) fungicidas:

sais de cobre: os de uso mais antigo;1.

organomercuriais: de uso restrito às sementes.2.

c) herbicidas:

derivados do arsênico: de uso decrescente e limitado;1.

derivados do ácido fenoxiacético: usados no Vietnã (agente 2.

laranja).

11.4 Poluição do solo urbano

É proveniente dos resíduos gerados pelas atividades econômicas

que são típicas das cidades, como a indústria, o comércio e os serviços,

além dos provenientes do grande número de residências presentes em áre-

as relativamente restritas.

Quando processamos os recursos naturais, geramos algum tipo de

resíduo. Este problema tem consequências importantes, tais como:

aumento dos custos com coleta e tratamento adequado;a)

falta de áreas para disposição do lixo;b)

grande desperdício de matérias primas;c)

contaminação do solo, ar e água;d)

proliferação de vetores transmissores de doenças;e)

entupimento de redes de drenagem urbana;f)

enchentes e desmoronamentos;g)

degradação do ambiente e depreciação imobiliária;h)

doenças e morte.i)

O incremento populacional traz grande pressão sobre os recursos

naturais, destinados à produção de bens necessários à satisfação do ho-

mem moderno.

O lixo é gerado em cada estágio de utilização dos mais diversos

materiais, desde a sua extração ou processamento até seu abandono

como item usado.

Estima-se que a geração de lixo sólido em todo o mundo cresça

em torno de 20% a cada ano.

Page 63: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Poluição do Solo

63

À medida que o nível de desenvolvimento econômico aumenta,

também a produção de detritos é incrementada, como podemos observar

nos exemplos das cidades abaixo:

Calcutá, Jacarta e outras a) – cada cidadão produz entre 0,5 e 0,6

kg de lixo/dia;

Cidade do México, Buenos Aires, São Paulo, Porto Alegre b) – 0,5 a

0,8 kg/dia;

Tóquio e Nova Iorque c) – 1,3 a 1,8 kg/dia;

No Brasil, 75% das pessoas vivem nas cidades. A cada dia são d)

geradas cerca de 242 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos

(88,2 milhões de toneladas anuais), das quais 37% são detritos

gerados nos domicílios. Apesar disto, apenas 34% do total do

lixo gerado nas cidades brasileiras é adequadamente recolhido.

Apenas 1.600 municípios brasileiros contam com recolhimento de

lixo. Grande parte do lixo gerado não é recolhida devidamente. Qual o des-

tino do lixo que é recolhido?

76% do total recolhido não recebem destinação final adequada: a)

vai para lixões a céu aberto;

10% do total recolhido são depositado em aterros sanitários (a b)

melhor opção técnica disponível);

13% vão para aterros controlados;c)

0,9% vão para usinas de reciclagem;d)

0,1% é destinado para a incineração.e)

11.4.1 O que é o lixão

O lixão é um depósito de lixo a céu aberto, sem ser coberto nem

compactado. Não existe controle dos possíveis impactos sobre o meio am-

biente (lençóis freáticos, rios, etc.). Predomina nas pequenas e médias cida-

des brasileiras. Leva à presença de catadores em condições sub-humanas.

11.4.2 O que é o aterro sanitário

É o aterramento dos resíduos em terreno preparado para a coloca-

ção do lixo, com o solo protegido com manta isolante, dutos captadores de

gases, sistema de captação do chorume, lixo compactado, acesso controla-

do, causando o menor impacto ambiental possível. Observe na Figura 11.1

a seguir.

Na sua cidade, para onde vai o lixo que é recolhido?

Assista ao filme: http://www.youtube.com/watch?v=L2NztLXOmB4 para complementar as informações sobre o destino do lixo, mostrado no Programa Fantástico da Rede Globo. Reflita sobre o que podemos fazer para mudar esta realidade.

Page 64: Ecologiae poluicao pb

64 caTarina da silva PEdrozo

Poluição do Solo

Figura 11.1 – Aterro Sanitário Fonte: Braga, et. al., 2002.

11.4.3 O que é aterro controlado

É a simples cobertura dos resíduos por terra, com controle de en-

trada e saída de pessoas. Por isso não é eficiente do ponto de vista ambien-

tal, pois não utiliza recursos de engenharia para evitar a contaminação.

11.4.4 O que são usinas de reciclagem de lixo

São depósitos utilizados para a separação mecânica do resíduo re-

ciclável e resíduo orgânico. O resíduo reciclável é reaproveitado pela indús-

tria e o resíduo orgânico é utilizado como composto orgânico.

11.4.5 O que é a incineração

É um processo de redução do volume por meio de queima, em

alta temperatura (800o C ou maior), que exige análise criteriosa e cuidadosa

para sua adoção. Trata-se de um sistema complexo, envolvendo milhares

de interações físicas e de reações químicas porque a massa de lixo é muito

heterogênea e a combustão nunca se processa de forma ideal, podendo

haver a formação de outros produtos: CO2 , chumbo, cádmio, mercúrio e

outros metais pesados, ácido clorídrico e SO2 , dioxinas e furanos, PCBs, etc.

Veja um esquema de incineração de lixo na Figura 11.2.

Leia mais sobre a incineração do lixo no site: www.

cnpsa.embrapa.br/down.php?tipo=publicacoes&cod_

publicacao=756

Page 65: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Poluição do Solo

65

Figura 11.2 – Incineração do lixo Fonte: Braga et al., 2002.

11.5 Tipos de lixo

Lixo domiciliar: formado por sobras de alimentos, embalagens,

papéis, papelões, plásticos, vidros, trapos, produtos de limpeza, solventes,

tintas, praguicidas, venenos, inseticidas, medicamentos, sprays, etc. Os

maiores problemas de limpeza de uma cidade estão relacionados ao lixo

domiciliar.

Lixo comercial: proveniente de estabelecimentos comerciais,

como lojas, lanchonetes, restaurantes, açougues, escritórios, hotéis, bancos,

etc. Os componentes mais comuns do lixo comercial são: papéis, papelões,

plásticos, restos de alimentos, embalagens de madeira, resíduos de lava-

gens, sabões, etc.

Lixo industrial: inclui todo e qualquer resíduo resultante da ativi-

dade industrial, estando incluído nesse grupo o lixo proveniente das cons-

truções. O prejuízo causado por este tipo de lixo é maior que o causado

por outros. Os maiores poluentes industriais são: produtos químicos, ácidos,

mercúrio, chumbo, dióxido de enxofre, berílio, oxidantes, alcatrão, buteno,

benzeno, cloro, agrotóxicos, drogas e tetraciclinas.

Lixo hospitalar: constituído por resíduos de diferentes áreas dos

hospitais: refeitório (cozinha), tecidos desvitalizados (restos humanos pro-

venientes das cirurgias), seringas descartáveis, ampolas, curativos, medica-

mentos, papéis, flores, restos de laboratório. Esse tipo de lixo exige cuidado

e atenção especiais quanto à coleta, acondicionamento, transporte e desti-

Page 66: Ecologiae poluicao pb

66 caTarina da silva PEdrozo

Poluição do Solo

no final, porque contém substâncias prejudiciais à saúde humana.

Lixo público: proveniente da varrição, de mercados, feiras, restos

de animais mortos ou do corte de galhos de árvores em locais públicos.

Lixo especial: composto por resíduos em regime de produção

transiente, como veículos abandonados, descarga de lixo em locais não

apropriados, animais mortos em estradas, pneus.

11.6 Classificação dos resíduos

classe 1 a) – perigosos – que têm características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade,

apresentando riscos à saúde pública quando manuseados de

forma inadequada;

classe 2 b) – não-inertes – que é basicamente o lixo domiciliar;

classe 3 c) – inertes – por exemplo: resíduos de construção.

11.7 Como resolver o problema do lixo?

reduzir a) – consumir menos e preferir produtos com menor potencial

de geração de resíduos;

reutilizar - usar novamente as embalagens;b)

reciclar – fabricar produtos a partir de material usado.c)

11.8 Atividades de avaliação

Pesquise em sua cidade sobre o lixo. Descubra onde é acondicio-

nado o lixo recolhido. Existem dados de quantidades de lixo orgânico e

inorgânico recolhido por dia? Sua cidade tem usinas de reciclagem do lixo?

Prepare um relatório e encaminhe para o seu professor pelo Ambiente Vir-

tual de Ensino-Aprendizagem.

11.9 Síntese

Nesta unidade nós abordamos de uma forma geral, a poluição do

solo rural e urbano. Percebemos que para a natureza não existe lixo, pois

ela aproveita e recicla a matéria orgânica e os nutrientes. O lixo não reciclá-

vel vai acumular-se e, dependendo do material que o compõe, levará muito

tempo para se degradar. Também vimos que o solo rural e o solo urbano

podem ser contaminados com diferentes materiais e substâncias tóxicas

que podem prejudicar a vida na Terra. Concluímos que, para resolver o

problema do lixo e manter a boa qualidade de vida nas cidades é preciso

reduzir o consumo, reutilizar aquilo que for possível e reciclar os materiais.

Page 67: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição

Poluição Sonora

67

UNIDADE 12 – POLUIÇÃO SONORA

Nesta unidade abordaremos a poluição sonora e suas principais

consequências.

12.1 Objetivo de aprendizagem

Conhecer as principais implicações da poluição sonora para a -

saúde humana.

12.2 O que é a poluição sonora

O som, como poluição, está associado ao “ruído estridente” ou

“som não desejado”. Embora o conceito de som esteja perfeitamente defini-

do pela física o “som não desejado” (como poluição) é muito relativo.

Para fins práticos, o som é medido pela pressão que ele exerce no sis-

tema auditivo humano. Na medida em que essa pressão provoca danos à saú-

de humana, comportamentais ou físicos, ela deve ser tratada como poluição.

A medida da intensidade do som é feita em decibéis (dB), unidade

proposta por Graham Bell. É interessante recordar alguns dos principais ele-

mentos da Física relativos ao som:

o homem possui a capacidade de ouvir o som numa faixa a)

auditiva que vai de 20 a 20.000 hertz (vibrações por segundo).

Abaixo de 20 Hz tem-se o infra-som, acima de 20.000 Hz, o

ultra-som;

o som propaga-se a diferentes velocidades em função do meio. b)

No ar ele se propaga a 345 m/s, na água a 1430 m/s e no vácuo

não há propagação, pois o som é uma onda mecânica;

o som possui três qualidades essenciais: a intensidade, a altura e c)

o timbre. Possui ainda as seguintes propriedades:

reflete-se em paredes e anteparos;1.

é absorvido pelos materiais e pelo ar;2.

sofre difração quando passa por fendas;3.

sofre refração quando se transmite por materiais.4.

O ruído pode ser classificado em:

contínuo a) – é o som que se mantém no tempo;

intermitente b) – é o som não contínuo, em que nos intervalos há

dissipação da pressão;

impulsivo c) – é o som proveniente de explosões, de escape de gás,

etc.;

impacto d) – é o som proveniente de certas máquinas, como prensa

gráfica, por exemplo.

Page 68: Ecologiae poluicao pb

68 caTarina da silva PEdrozo

Poluição Sonora

A medida do nível de ruído é feita pelo decibelímetro/dosímetro.

Na Tabela 1 está apresentado o nível sonoro das principais atividades hu-

manas. No meio urbano, o nível sonoro varia de 30 a 120 dB.

Tabela 1 - Nível sonoro das atividades humanas

Atividade Nível(dB)

Limiar auditivo 0

Estúdio de gravação 20

Biblioteca forrada 30

Sala de descanso 40

Escritório 50

Conversação 60

Datilografia 70

Tráfego 80

Serra circular 90

Prensas excêntricas 100

Marteletes 110

Aeronaves 130

Limiar da dor 140

12.3 Principais efeitos danosos da poluição sonora

trauma acústico:a) perda auditiva repentina, causada pela

perfuração do tímpano, acompanhada ou não da desarticulação

dos ossículos do ouvido médio, ocorre geralmente após a

exposição a barulhos de grande impacto e intensidade;

surdez temporária:b) ocorre após a exposição a um barulho

intenso, por curto período de tempo;

surdez permanente:c) pode ser caudada por exposição repetida a

um barulho excessivo.

12.3.1 Outros efeitos da poluição sonora na saúde

Reações generalizadas ao stress têm início sob exposições acima

de 55dB; aumento da pressão sanguínea, ritmo cardíaco e contrações mus-

culares; interrupção na digestão, contrações do estômago, fluxo da saliva e

sucos gástricos; aumento de ácidos graxos e glicose no sangue; desordens

cardiovasculares; alterações nas funções gástricas, físicas e cerebrais.

Em caso de stress crônico, sobrevêm efeitos psicológicos, dis-

túrbios neurovegetativos, náuseas, cefaléia; irritabilidade, instabilidade

emocional, redução da libido, nervosismo, hipertensão, sonolência, insônia,

prevalência de úlceras, perturbações labirintíticas, fadiga, ansiedade.

Page 69: Ecologiae poluicao pb

Poluição Sonora

69Ecologia E Poluição

12.4 O controle de ruídos pode se dar

na fonte: com atividades de realocação de equipamentos, a)

isolamento acústico, abafadores, confinamento, etc.;

no percurso: com a introdução de barreiras entre a fonte e o b)

receptor;

no receptor: com ações de controle administrativo (limitar a c)

duração da exposição) e a utilização de equipamentos de proteção

individual.

12.5 Atividades de avaliação

Faça um passeio pela sua cidade e identifique quais são os locais

mais barulhentos. Relacione os ruídos observados com a fonte geradora

desses ruídos. Elabore um relatório e encaminhe-o para o seu professor

pelo Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem.

12.6 Síntese

Nesta unidade você pôde entender o que é a poluição sonora e

quais são as suas consequências. A poluição sonora é produzida por sons

indesejáveis que podem varia em meio urbano de 30 a 120 dB.

É medida com o decibelímetro e sua unidade de medida é o decibel

(dB). Algumas atitudes podem controlar os ruídos como o isolamento acús-

tico, realocação de equipamentos, introdução de barreiras entre a fonte e o

receptor, e, ainda, ações de controle administrativo, como limitar a duração

da exposição.

Page 70: Ecologiae poluicao pb

70 caTarina da silva PEdrozo

SíNTESE

Neste material procuramos trazer a você alguns subsídios para

uma melhor compreensão sobre a Ecologia e seus níveis de organização.

Vimos, resumidamente, a Ecologia de organismos, populações, comunida-

des e ecossistemas, como a matéria e a energia fluem nos ecossistemas, e

como os fatores ecológicos influenciam as diferentes populações e comu-

nidades que compõem os diferentes ecossistemas, mantendo sua biodiver-

sidade. Também abordamos as diferentes formas de Poluição o que lhe

permitiu reconhecer os diferentes impactos, tanto naturais quanto antró-

picos nos ecossistemas. Agora, você está apto a identificar, caracterizar e

correlacionar os sistemas e ecossistemas, os elementos que os compõem e

suas respectivas funções; além disto, a identificar as fontes e o processo de

degradação dos diferentes ecossistemas, e a dar sua contribuição para a

manutenção da vida no nosso planeta azul.

Page 71: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição 71

REFERÊNCIAS

[1] BRAGA, B.; HESPANHOL, I.; CONEJO, J. G. L.; BARROS, M. T.; SPENCER,

M.; PORTO, M.; NUCCI, N.; JULIANO, N.; EIGER, S. Introdução à

Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice Hall, 305p. 2002.

[2] BRANCO, S. M.; MURGEL, E. Poluição do Ar. São Paulo: Moderna,

87p. 1995.

[3] CORSON, W. H. Manual Global de Ecologia: o que você pode fazer a

respeito da crise do meio-ambiente. São Paulo: Augustus, 413p. 1993.

[4] DAJOZ, R. Princípios de Ecologia. São Paulo: Ed. Artmed, 519p. 2005.

[5] DUVIGNEAUD, P. A Síntese Ecológica. Lisboa: Instituto Piaget, 787p.

1980.

[6] DAL MOLIN, Beatriz Helena, et al. Mapa Referencial para

Construção de Material Didático - Programa e-Tec Brasil. 2. ed.

revisada. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC,

2008.

[7] ODUM, E. P. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 434p. 1986.

[8] RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 470p. 1993.

[9] TOWNSEND, C.; BEGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos de

Ecologia. 2 ed. – Porto Alegre: Artmed, 592p. 2006.

[10] AEM – Avaliação Ecossistêmica do Milênio. Vivendo além dos nossos

meios. O capital natural e o bem-estar humano. Disponível em: http://

www.cebds.org.br/cebds/docnoticia/vivendo-alem-dos-nossos-meios.pdf.

Acesso em 05 mar. 2009.

[11] ODUM, H. T.; ODUM, E.C.; BROWN, M.T.; LAHART, D.; BERSOK, C. ;

SENDZIMIR, J.; SCOTT, G. B.; NIKKI MEITH, D. S. Y. Ecossistemas e Políticas

Públicas. In Curso de ecossistemas e políticas públicas. Parte II. Tipos de

ecossistemas. Livro traduzido e adaptado para Internet com autorização

do autor principal. 1987. Disponível em: http://www.unicamp.br/fea/

ortega/eco/iuri10a.htm Acesso em 05 mar. 2009.

[12] SHIMIZU, R.M. Interações entre Populações. Programa de Incentivo

à Produção de Materiais Didáticos. Sistema Integrado de Apoio ao Ensino

(SIAE). Pró-Reitorias de Graduação e Pós Graduação – Universidade de

Page 72: Ecologiae poluicao pb

72 caTarina da silva PEdrozo

São Paulo. Disponível em: http://www.ib.usp.br/ecologia/populacoes_

interacoes_print.htm. Acesso em 05 mar. 2009.

[13] SHIMIZU, R.M. Fatores Limitantes: interferência do ambiente sobre

a sobrevivência dos organismos. Programa de Incentivo à Produção de

Materiais Didáticos. Sistema Integrado de Apoio ao Ensino (SIAE). Pró-

Reitorias de Graduação e Pós Graduação – Universidade de São Paulo.

Disponível em: http://www.ib.usp.br/ecologia/fatores_limitantes_print.htm.

Acesso em 05 mar. 2009.

[14] SHIMIZU, R.M. Sucessão Ecológica. Programa de Incentivo à Produção

de Materiais Didáticos. Sistema Integrado de Apoio ao Ensino (SIAE). Pró-

Reitorias de Graduação e Pós Graduação – Universidade de São Paulo.

Disponível em: http://www.ib.usp.br/ecologia/sucessao_ecologica_print.

htm. Acesso em 05 mar. 2009.

[15] Greenpeace Brasil. Perguntas e respostas sobre a convenção sobre a

Diversidade Biológica. Disponível em: http://www.greenpeace.org/brasil/

institucional/noticias/perguntas-e-respostas-sobre-a. Acesso em 05 mar.

2009.

[16] MMA – Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: http://www.

mma.gov.br/. Acesso em 05 mar. 2009.

[17] MENDES, M. C. Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: http://

educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt2.html. Acesso em 05 mar. 2009.

[18] KIRCHHOFF, V. W. J. H. Camada de Ozônio: a Guerra Continua.

Disponível em: http://www.dge.inpe.br/ozonio/kirchhoff/html/artigo2.html.

Acesso em 05 mar. 2009.

[19] Greenpeace Brasil. Mudanças climáticas: o filme. Disponível em:

http://www.greenpeace.org.br/clima/filme/home/. Acesso em 05/03/2009.

[20] Greenpeace Brasil. Entenda mudanças climáticas. Disponível em:

http://www.greenpeace.org/brasil/greenpeace-brasil-clima/entenda.

Acesso em 05 mar. 2009.

[21] ZAMPIERON, S. L. M.; VIEIRA, J. L. de A. Poluição da Água. Disponível

em: http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt5.html. Acesso em 05

mar. 2009.

Page 73: Ecologiae poluicao pb

Ecologia E Poluição 73

GLOSSáRIO

Biótopo: conjunto dos aspectos físicos e químicos de um determinado am-

biente.

Biomassa: é a massa da matéria orgânica presente em um ser vivo ou em

um conjunto de seres vivos.

Biosfera: conjunto de locais do planeta Terra capaz de abrigar formas de vida.

Cadeia alimentar: sequência linear de alimentação em que os produtores

servem de alimento para os consumidores primários, estes para os secundá-

rios e assim por diante, até atingir o nível dos decompositores.

Comunidades biológicas (Biocenose): conjunto de seres vivos de diferen-

tes espécies que coabitam uma mesma região.

Comunidade clímax: estágio de máxima estabilidade atingido por uma

comunidade durante o seu desenvolvimento.

Componentes abióticos: conjunto de todas as influências do meio (umida-

de, pressão, temperatura, luminosidade, pH), atuantes sobre os organismos.

Componentes bióticos: conjunto de seres vivos.

Ecologia: ramo da biologia que estuda as interações entre os seres vivos e

o meio onde vivem.

Ecossistema: conjunto formado pelas comunidades biológicas em intera-

ção com os fatores abióticos do meio.

Espécie: conjunto de organismos semelhantes, capazes de se cruzar em

condições naturais, produzindo descendentes férteis.

Habitat: local onde vive determinada espécie.

In situ: é uma expressão latina que significa no lugar. É usada em diferentes

contextos.

Nicho ecológico: representa o conjunto de atividades que a espécie de-

sempenha em seu habitat (modo de vida alimentar, reprodutivo).

População: conjunto de seres da mesma espécie que habitam determinada

região geográfica.

Relações ecológicas: é o tipo de interação entre os seres de uma comu-

nidade biológica. Pode ser intra-específica ou interespecífica, harmônica ou

desarmônica.

Page 74: Ecologiae poluicao pb

74 caTarina da silva PEdrozo

CURRíCULO DA PROFESSORA-AUTORA

Concluí o curso em Ciências Biológicas pela Pontifícia Universidade

Católica do RS, tendo efetuado o Mestrado na mesma Instituição. Meu

Doutorado foi realizado na Universidade Federal de São Carlos, na área de

Ecologia e Recursos Naturais. Atualmente sou professora do Departamento

de Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.