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.JORNALISMOARIC L. ERBCLATC

PHILlP LESL Y

na bolsa da imprensa dependem muito da imagem de isenção, de coe escrupulosidade que ele criar no ambiente, realizando habitualmtrabalho sério e sem atrito.

Exercícios Reportagem, Pauta e Fontes do Noticiário

1. Faça uma entrevista em estilo pingue-pongue, com pessoa2. Redija uma entrevista caracterizada com o Prefeito,

pretende melhorar os transportes coletivos.3. Reúna vários colegas e faça uma entrevista coletiva com uma pessoa

por vocês.4. Elabore, em equipe, uma enquête sobre um dos seguintes assunto :

Mantenha-se sempre a par dos acontecimentos do dia.Leia todos os jornais e revistas concorrentese ouça o maior número possível de programasnoticiosos de rádio e de televisão.

'MI NTE UM NOTICIÁRIO ATRATIVO SERÁ CAPAZ DE CAPTAR O INTERESSE DOSIIllIl'S. - Necessidade dos Departamentos ou Editorias de Produção -nu-iras para se criar ou provocar notícias - As pautas de trabalho auxi-111() jornalista não-especializado - Dentro dos fatos rotineiros pode-seI uhrir a boa matéria - Os anúncios, como fontes de notícias - OSIIIIiL' e os pequenos jornais em face das diversas coberturas - Assuntos

IIllf'ns podem ser revividos - As histórias de interesse humano - As11li' fixas e as fora de rotina - Esboço de pautas - As fontes diretas,

I Illl'l:1s e adi.cionais - Os porta-vozes, os setores, os círculos e os infor-IIh's - A observação direta, a coleta, o levantamento, o despistamento e11I:llie - A proteção legal do segredo jornalístico.

a) alta da gasolina.b) aumento dos preços dos cigarros.c) como gozar as próximas férias escolares.d) nível (bom ou mau) das novelas de televisão.e) música popular brasileira (está ou não em boa fase?)f) poluição sonora.

5. Transforme em entrevista um livro, um discurso ou um artigo.6. Que. perguntas você faria ao Ministro da Educação e Cultura, se v

entrevistá-I o hoje?7. Elabore uma entrevista de personalidade (imaginária ou não) com

de renome.8. Recorte entrevistas de jornais e revistas e classifique-as quanto

vistados, entrevistadores e conteúdo.9. Consiga de um jornalista profissional que ele o leve a uma entr vi I

também perguntas e redija a sua matéria no mesmo dia, a fim de compar Ique for publicada. Verifique as suas falhas.

10. Faça entrevistas opinativas sobre alguns dos seguintes temas:

1'1 ENCHER as páginas de um jornal diariamente não é difícil, do pontode' vista material. Os aparelhos de telex funcionam diuturnamente, as

I' I1Iições públicas e os particulares encaminham seus comunicados às Re-I I I e' os repórteres, sucursais e correspondentes estão sempre ativos.

1111,o que chega aos jornais daria folgadamente para serem feitas edições111 lnsscm até o dobro ou o triplo,. na quantidade de páginas, das queI",tllmcnte são publicadas.

() 11 íiciário, porém, deve ser atrativo, para captar a simpatia e o inte-" cios I itores. ~o jornalista cab,e c ia boa no'fÍCÍa pois as que são

I" I «Ias u ntrcgues pelos interessados nem sempre são excelentes, [orna-II 111.uuun! . Divulgar o que somente as agências fornecem e apenas o

I' 'l 10 principal do fato quente do dia, seria erneroso. Se os jornais assimI I'tll\ S '111, I 'S airiarn idênticos. Se todos se limitassem a inserir os

I f I"ltll! pm 'l'tI .nt I N va York, referentes a um avião que caiu ao11111 nlerrnr JlO neroporto K nncdy, o leitor não teria escolha e nemI 11'1 lIellI. A. li •• 'I j~' t'li dos matutino S riam cmclhantcs, variando talvezI li,' 11,( Jl:I~:IJJil,' (l (lll 1111 I'q(\ ncin do dt' pnchoa.

a) f1uoretação da água.b) esquistossomose.c) malária.d) instituição do divórcio.

11. Planeje com os colegas de equipe uma conferência d lrnpren /I 11111autoridade local (Juiz de Direito, Presidente da Câmara, Prefeito, 1)1'11'1{ Ido IIda). Faça com que cada um dos alunos apresente por scrtto pelo 111tll/lperguntas.

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1."

DEPARTAMENTO (OU EDITORIAS) DE PRODUÇÃO 111,11do Brasil', descobrir novos caminhos para a notícia já conhecida,11f'lnar situações ou fatos que possam sofrer avaliação jornalística e obser-I Iarnbérn todas as variantes de um tema.Para que a imprensa não se circunscreva a publicar apenas o ob

mesmas fontes, sem nada mais esclare respeito, é que foramos De artamentos ou Editorias de roduc-, que trabalham permente, em várias turmas,--.-:-ro ens, su,gerindo pesgulmulando inda acões e solicitando ent . t , tudo com a finalidajornal obter vários enfoques para um mesmo caso ou assunto.

Já vimos (Capítulo 3) a impossibilidade para se definir onotícia, mas enumeramos os critérios seguidos para a escolha do quser bom, ou mesmo excelente, do ponto de vista jornalístico. Osnoticiáveis variam ao extremo e ocorre, ainda, que, entre aqueles ondos importantes hoje, muitos já não mais o serão, dentro de algumnas. De uma nota banal ode sur ir uma is!..!LE~a a grande rcpi'desde que o sentidO' fO'rnaUstico funcione, para apuração do queentre tantas matérias conhecidas ou semi-ocultas.

O que deve um jornal publicar? Muito embora cada um tenhinha ou orienta ão, há assuntos gerais que, em qualquer época, po

~ordados. J\1.as é preciso que o corpo redatorial esteja a par de toacontecimentos do dia, sugira reportagens e realize pesquisas. Philipenumera várias maneiras para se s..riarem notícias: ~ntrevistar per

• des articipar de controvérsi.as, fazer análises e previsões, referir-'versários, elabor umários ou retros ectos de fatos importantes, 111onde odem se passada a p.ró.ximas~, d~SCrever viagens, Iconcursos e conceder rêrnios.,JI1~polêmicas, divulgar cartas rverificar qual a re ercussão (no país ou na cidade de fatos ocor 11ex enor L.e....c.o en ar statísticas e organizar simpósios fo<khates- Sobre essas sugestões nos iremos referir detalhadamentadiante.

A inexistência no Brasil - pelo menos na maioria dos jornalredatores especializados dificulta o acompanhamento do que ocorre emminadas áreas. Por isso, cabe' d ão elaborar pautas de trnh 1111progresso nos vários setores vai ampliando os horizonfes e, onse 111mente, as exigências do noticiário. As frentes se abrem agora, dv 11111men ara outro. Há vinte anos, não se faziam muitas rep rtagcucologia e quanto à poluição ambiental talvez ainda nem tives IJI '11111

a esboçar. Hoje, esses assuntos figuram diariamente nos JOI 11Ipreciso acompanhá-I os, mostrar o que tá rrado, criticar v 'riflr 11 Ipreventiva e as repressões.

Para que não se fique x lualvauu-ut« 1111Redação, é pr ciso, s gumlo J"VL'IIIII 11(1111'11.1.

INÇõES DO PAUTEIRO

p.ruteíro é peça importante no complexo jornaIístico. Entre as suas fun-1 C tá a de ler tudo o que lhe caia às mãos, mas sempre na tentativa de1IIIIItrar a chave para uma boa matéria. uantas re orta ~ não seI jtlraz.am em modestíssimos--<1llÚncioS-Class.iiicados, que o anônimo ei ~rI 01no balcão e manda publicar, mediante o pagamento de poucos cruzei-

I ~ Venda de objetos antigos 011 de.ianimaia.ríe a rara pode dar boaIliI"ria. Por que pretende alguém dispor de uma mobília do século passado?lI,tI a origem desses móveis? Quais os cuidados para a criação de 'Cães ou

gatos?Idéias, criação, é o que o jornal exige do pauteiro. Ele deve fornecer

I1ti lamente aos editores pelo menos uma ou duas laudas de sugestões.111110preenchê-Ias, senão usando da sua imaginação, recorrendtE·:v-.t~

1'llIoIis e revi troca ~ com os~e amigos? .Departa~11'1110(o Editoria) d Produção {ou de Cnação) sngere a matéria, m

IH'diva 'f-rrtUfa, par 1:1 jornal, recorren o às fontes de notícias,I 111r rme a inspiração em realidade.

Ao ler uma nota já.-ru licada, o pauteiro levanta as suas dúvidas. O *1Ii' poderá acontecer hoje e amanhã, onde, quando e por quê? Assim, redige

1'.lIIta. Se o overn nuncía.que pretende estimular o transporte ferroviá-111.11 que será reciso fazer? Ouvir os.dírígentes de fábri s.ríe.Iocomntíz

urões? Qual o pensamento dos fornecedores de madeiras para os dor-\11'IIIl'S? Serão prejudicadas as reservas florestais? Opinião básica será tarn-I" 111:\ dos diretores de ferrovias. Qual o ponto de vista dos industriais'111Il'a concorrência entre o transporte por estradas de ferro e o rodoviário?IIIIOS fazer comparações entre o Brasil e outros países, nos quais as

I, 1Iovias transportam maiores quantidades de carga? A intensificação dosI" III()S de produção de energia elétrica permitirá que se abandonem ou seI> rluznm as locomotivas movidas a óleo Diesel? Eis, em síntese, uma pauta-11 11111. Partindo dela, caberá movimentar toda a equipe ligada à ,Redação.

Ao enviar ao seu jornal a notícia de que o Prefeito de sua cidade havia111Iuulnhado à Câmara a proposta orçamentária para o exercício seguinte,11111cnrr spondente nela colocou o seguinte parágrafo: «No setor agrícolallil reservada a v rba de Cr$ 220.235,00 que corresponde a 3,39% dali l'l'iW. Munictpto 111'intiva um programa de diversificação, com a ad-111 10 de P 'Hl;onl t' Iwl'llli~tltlo a introdução de novas culturas, como as

I. Plolllp I. Mly./11/""',,/ tI/' /(1'/11< /11/1. /'11/11/." AI I 1,Id, I dloIIIIU. MIIIIIII" 1111'" l"vI'II/l11'11,10111".1111"IIli f"//IIII 11I,,/ NI'I'I'.INtlr/lI?111 tutorno« cll' [ornntlsmo fl Cotnuntcoção,11111111,,lIlhll ,I 11//

:1. 1'1111111 \, Iy Vrl It~11I I

do tomate rasteiro, mamão, maracujá e café». A Produ ão leue achou ue seria interessante des..envolve..!....matéria sobre o apolMunicípio dava à agricultura. A reportagem foi feita e mostrou

~i:~g;:-:ln~a~i:::s-::r:o;::--:p~r;,:o""g=ra•.cm~a---,,-;;-a-r")~re~f::::eitur a de uma cidade não- indus triallzprocurava incentivar a lavoura, porque a maior parte da populadas atividades rurais.

Dentro das notícias rotineiras, pode-se descobrir a boa matjantares do Rotary Clube não merecem muito destaque jornalístico,comunicado de sua secretaria informar que, dentro de alguns dia ,pará da reunião o ex-governador do Estado, ou um cientista dela merecerá cobertura. E o repórter deverá aproveitar a ocasião, puma entrevista com o visitante.

A vida de um pauteiro poderia ser orientada pelos conselhos dLesly':

14. Não deixe de pautar com antecedência as matérias sobre datas já11111cidas: Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados, Corpus111li, Natal, Páscoa e outras. .

t ~. Mantenha estatísticas e dados históricos sobre os .maís variadosuntos, que possam um dia vir a interessar ao jornal.

JNCIOS, ENTREVISTAS, PESQUISAS E ARQUIVO

Idllal que convoque a assembléia geral extraordinária de uma sociedade,tlru de extingui-Ia, proporciona boa reportagem. Por que a dissolução?

11 ti os motivos que a impediram de continuar existindo? O que levou a1t.I!lria a optar pelo término da agremiação? A sugestão será aceita paci-

uucnte pelos associados, ou há grupos contrários à medida e que acredi-111 p ssa a sociedade sobreviver?

Da mesma forma, os anúncios de abertura de concorrência públi.ca1.1a execução de uma estrada que venha a ligar dois municípios permitem

11I() pauteiro sugira matéria a respeito. Há quanto tempo era reclamadanulnvia? Quais as deficiências de transporte da região? Haverá muitas desa-1lll'lÍações? Quando as obras poderão ter i.nício? Qual o prazo para termi-

LI'? O que acham os proprietários das empresas de ônibus?Na execução ou concretização da pauta, devem ser considerados os

IllItI s e os e uenos iornais. Os últimos, como é natural, abordarão assun-I pr ferencialmente da cidade ou da região, pois poderão apenas recorrer

.us repórteres e aos correspondentes dos municípios mais próximos.I órgãos de maior projeção, que mantêm sucursais nas grandes cidades,I rhuram pautas de caráter nacional, fazendo pesquisas ou verificando, nosI1• 1 os estados do país, a repercussão de um acontecimento ou de uma111 .lkla governamental.

Para que uma )Jauta se'Lcumgri a, recorre-se a entrevistas, a pesquisas1 arquivos. Muitas vezes a noticia que pode proporcionar a grande pautaI I 11 pr prio jornal, escondida como simples parágrafo de uma entre-

I 1.1,ou foi mesmo divulgada por um concorrente. Ao pauteiro, com o seu!II 1\ íuio e faro jornalístico, cabe descobri-Ia e torná-Ia de importância .

Os elementos da Produção devem ter suas vistas não só voltadas para1\' ntecimentos próximos, mas também para os distantes, no tempo.

I11IrI' visão, arrisca-se o jornal a tomar furos ou a divulgar matérias sem" tll'vld tratamento. As grandes datas devem ser pautadas com antecedência,t I 111 li que haja possibilidade para prepará-Ias. O centenário da imigração11ti .uia tcv qu s r I rnbrado um ano antes, para que fossem feitos os" ,11111111 '1I1ml 111íótlcos, T ria id po slvcl a um jornal dar um caderno• I'l'cllll ohn: I' .1 ti tI.I, . 11 r redu ão liv '8 8 lcrnbrad dela apenas 151111 :'0 di I 11I1 ~

1. Mantenha-se a par de todos os acontecimentos do dia.2. Leia todos os jornais e revistas concorrentes e ouça o maior

possível de programas noticiosos de rádio e de televisão.3. Proponha entrevistas com personalidades.4. Idealize matérias sobre assuntos controvertidos, ouvindo

soas que tenham opiniões divergentes.5. Mande seus repórteres a todas as conferências, simpósios

gressos, pedindo-lhes que anotem não só o que ouvirem, mas quetambém entrevistas sobre temas correlatos ou paralelos.

6. Publique histórias sobre as cidades e empresas que aniversarl7. Divulgue notícias sobre estâncias, roteiros de viagens, excur

inaugurações de linhas aéreas.8. Coloque seus repórteres permanentemente em viagem,

pessoas de várias regiões, sobre um assunto predeterminado.9. Destaque, na coluna social, as personalidades que tenham t

Ihado nos setores da filantropia.10. Critique construtivamente os poderes públicos.11. Leia o que é enviado para a coluna dos leitores

.assuntos para matérias excepcionais.12. Verifique qual a repercussão, na sua cidade ou estado, li n ()

cimentos internacionais ou nacionais, como por exemplo o aumento do pdo petróleo, restrição do número de viagens aéreas, ou escassez de d Iminados gêneros alimentícios.

13. Promova ou patrocine d h 0'1 [('fl sobro \('lItnH, C r ffi osconvidando técnicos para qu sob r \ I·!t· t 111'111 1'111 Itldllório" OJ1ltide estudantes.

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INTERESSE HUMANO

A aproximação do fim de ano permite que sejam planejadosde férias. Escolhe-se um itinerário e parte-se para a matéria. Ade Artes elabora um mapa, no qual haja a indicação das estradas. Otamento de Estradas de Rodagem informa sobre as condições de cadvia, se há desvios ou obras em algumas delas e mencionando os qui!nos quais os motoristas devem dirigir com mais prudência. Umpode ser destacado para fazer a viagem, mostrando os panoramopções para restaurantes e os abastecimentos de gasolina e de 61correspondentes e as sucursais próximas levantarão históricos daspontos pitorescos e turísticos de cada uma e informações sobre asdos hotéis e o que podem oferecer. Em uma ou duas semanas a repestará pronta.

A leitura de coleções antigas do jornal dá margem a quevelhos sejam revividos, sob outros aspectos ou enfoques. Determinadaté há alguns .anos, era comemorada de maneira entusiástica por umcípio, em colaboração com os clubes de serviço. Por que as festas d 1de ser realizadas? Há possibilidade de reviverern? O jornal poderos antigos promotores das comemorações e os que se destacavam naração dos programas.

_ A fina' de da auta é abastecer o jornal de amanhã ou os domos dias, sem falhas ou esquecimentos. Há ocasiões em que ela é cl Ipara aguardar um acontecimento. que poderá ocorrer ou não. Qu nprofessor Zerbini realizou o primeiro transplante de coração no I rJornal da Tarde, de S. Paulo, divulgou uma edição toda a esse resgotando praticamente o assunto. Desde que surgiu a possibilidadoperação ser feita, semanas depois da experiência pioneira do proBarnard, uma equipe do Jornal da Tarde passou a trabalhar no tifreqüentando o Hospital das Clínicas, ouvindo médicos e vivendo,uma situação especial. Quando o transplante foi anunciado, boa porccntda matéria estava pronta. A previsão dos pauteiros consagrou, malvez, o' renome do vespertino.

111 ' se contenta com a síntese. Mas, em contraposição, indagamos se vale-" tender-se um assunto do dia em várias páginas do jornal. Não poderia

h-ltor se queixar de que havia encontrado excesso de informação, para eleil.tdonho e monótono?

A notícia revestida de interesse humano, que mostre as dificuldades,prazeres e a históri~.e- ead essoa e que tenha lições a oferecer ao

lII~imo, é a que mais eitores encon ra. E é nas ruas, princ!pa.lmente, qu.en-pórter encontra a sua térta=pr~Por que, na praça publica, a mern-, em andrajos, procura vender flores a quem passa por ela? Qual o drama

I Ido por essa criança? Terá ela um lar? O dinheiro que chega a arrecadarI 11 eria destinado à alimentação de uma família pobre, que tem o seuIII\\' doente e acamado? Quais as dificuldades que passam a menina e seus

1111, os? Estariam os seus familiares necessitando de assistência médica?I, 1'111 meio a esse panorama negro, não poderá essa criança, ainda quelmrosa e suja, ter para o repórter uma frase dita com erros de português,

111,' de agradecimento a Deus por conseguir diariamente obter, com a,"da de flores, o dinheiro para o almoço de seus pais e irmãos? E essaturuação de fé, contida em uma história bem redigida pelo repórter, não'I, um lenitivo para muitos que, enfrentando menores problemas, se mate-

II illzararn e não sabem encontrar uma orientação espiritual capaz de liber-I los de suas aflições?

Percorra um repórter os hospitais e as cadeias e, em cada leito ou101, encontrará elementos para as histórias de interesse humano, ~omo a

1I menina que vendia flores. E o. leitor, ao inteirar-se das narrativas, seumclonará e se entristecerá, mas... irá até o fim da reportagem. Tudo

li 1,'1 partido de quando uma criança ofereceu o botão de rosa ao repórter,1II ti isde o momento em que ele entrou em uma enfermaria, ou teve de ir àI" kgacia de Polícia e recebeu o apelo de alguém que, gemendo, ou. atrás1I grades, queria trocar algumas palavras. Em todos esses casos, o jorna-

"1.1 dará um colorido ao que viu, narrará cenas que podem comover,1I'It'sentará uma literatura amena e, ao final, conseguirá também - se esse

111' o seu objetivo - obter dos leitores o amparo material para aqueles que111I01111 os personagens centrais das histórias.

Gaudêncio Torquato ' acha que ~ leads-resumo devem ser cond nado , 1que constituem obstáculos à continuaçã da I .itura. Por isso, cldl'llIhestilo editorial que possa apres ntar () fato Rl'lIlpr' de man iira I\'vl', Idável, atraente, legível, dinâmica (' Iltl'rflrln. ('0111 l'fl·lto, () 1('011 (', t(1 Iposto à marg m, porqlle 11:\1'1':1,cmu I. ,tll/.III., I' 1'111!l011(':1, 1111111" ,I Inlda notícia. Oirig -5' ao IHIIIIl'1I1 ,lfllI' .11111,'11\1 11 /I 11'111Il'llIPll dI' I II

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-), (1111111"111111 '1'11''111I1111 In"III/ ""'/11111 /'"' \1,,/ ,.1/,/" ,11I/,"",,11 ut« I' ('"11I'"'''".,1,. N. 111 11111 1"11" 1 1111111

I lido que o jornal publica é obtido nas fo~,,\nformação, que 'podem• I .lassificadas em dois grandes grupos: a~asy as [ora de rotma;

Fixas são aqu Ia às quais se recorre para o noticiário de todos osdi t .mbora 1ll'llI ('III(H' f rn çam assuntos de muito interesse. Polícia,IIII(;() de BCIIIIIIl'IIII, l'Il'fl'itllra, ãmara Municipal, ongr ss Nacional,1III/lI c Trlhllllll, 111111 d' Snúde, l lotéis, Estaç cs (Rodoviárias F r-

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roviárias), Associações, Sindicatos, Hospitais, Aeroportos,quisa e Clubes Esportivos são visitados obrigatória erepórteres.

Juarez Bahia' assinala que de um ponto de vista formal as fpodem ser assim resumidas: 19) O repórter. 29) O correspondente. 30)

.11-{ncias noticiosas. 49) As sucursais do interior e do exterior. 50);11-{11 ias de variedades. 69) Os informantes. 79) As entidades públicasv Ida, sindicatos e associações. 89) Os setores de relações públicas gn.un .ntais e privadas. 99) Os amigos do pessoal e do jornal. 109) O PvIIIllIltário~,

(Fora de roU!Jg/São as fontes procuradas excepcionalmente,I' clnr icimenfôTíe um fato o exigir.

Fonte é qualquer pessoa que presta inforrriações ao repórter. A tenI 1,1 ~t'l1eralizou-se no sentido de se usar tanto fonte (no singular), qu[outr« (no plural). Porém há notícias, como as relacionadas com os intI' da comunidade (fornecimento de água, de luz e o funcionamento

1I'ldoll s), que não precisam ser transmitidas misteriosamente por uma ffllll qllV nada têm que deva ser ocultado. Luiz I, fi .o-Qlrnel " editoIIl1tklm; d [ornal do Brasil, lembra que as fontes não dedara as s111 n,1 b m informadas, como altos funcion~_pnl.ili.ç..osi portI/tH adlnntam alguma notícia ou fazem um julgamento ou análise11I11Iftol'il11.nt s delicados, geralmente na área política, do Executivo

I 1IIIIIIIIIIa Finanças. Ainda segundo Luiz Orlando Carneiro, «porta-vtil1111' , vtorcs, circulos, informantes; são geralmente os termos usadoI 1'1',111'11' e redatores que não desej arn revelar onde obtiveram os el 111I1'111I I 1111 matérias».

.11 P ilnvras textuais do mencionado jornalista: «Um dicionário 01ti 11I qlll'\)1orla-v i é aquele que fala freqüentemente em nome de outr m111I IIltk 1I -xaía. Mas, em jornalismo, porta-voz não deve ser qualque1/111' 1.111 fI' ''1{\ .nt mente em nome de outrem, mas sim alguém altam«111111111'Ido, '111' fala por um governante, um alto funcionário do 81atll1'111.111(1111111agrcmtação política de importância nacional. No Brasil, é COII\til j I I1I1 i o termo poria-voz, aplicando-o em lugar de fonte ou d " 1

11111111'I' III('HIIIO pluralizando-o, O porta-voz deve ser uma fonte r oul: \ II' 1111111I dvv' "1' 11 ado como sinônimo de uma fonte qualquer. por: Idi' 11111Pl'I' klcntc LI de um Ministro das R .laçõ s Exterior s é algll('1Il ql!1111111111111',Nos Estados Unidos, 'Por -xemplu, os jornais <I ílg 11'1.1 J11I1111'I ('(I. (lII11I1IlI 110m ar, 8l'III(1II' IjllI' Jlo Ivel, o poria-voz, I\.s 1111,I1/111I1 V('ZV Il() tcl 'gralllll Infl'llIlI 11/1" . () pOI'(Il~V()Z do Tkptll t 1111I Idi I t 11111, ('OIH'I'1 Ml' ('to 1(, '. 11111I11I11I1I I!III 1111111,() JlIlIllI VIII.

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iquele que expressa, autorizadamente, o pensamento de uma alta autoridade1I11de u "'-g:rup:g=:i'll'l<f>~nte.

A onte autorizada substitui o porta-voz, nos casos em que o gover-uan te (o utotídade) não pode formalizar e oficializar a informaçãoIIU o julgamento que muitas vezes tem vontade de tornar público.

Quanto a setores, círculos ou outros meios são palavras que passaram.1 ter emprego intensificado, porque, escritas no plural, diluem a responsabi-lidade de quem deu a informação ao jornalista.----

As fontes de informação podem s~iretas, indiretas e adicion~ las-ificam-se de diretas as pessoas envBl.vid.a-s-e-rn-u-m-fa-t:t7-0t:l-oc-orrência e

Inmbém os comunicados e nolas oficiais a.respeito. Fontes indiretas são pes-oas que, por ever profissional, sabem de um fato circunstancialmente. Da

mesma forma são classificados os documentos ligados ao assunto cobertop '10 jornal. Fontes adicionais -' segundo Octavio Bonfim 7 - são aquelasque fornecem in!.9J:.m-açiies~uplemen.t res ou ampliam a dimensão da história.1~l1tre elas citillD-s~sJi)Jros- de .referência, enciclopédias, almanaques, atlasI' relatórios. a mesma classificação são incluídas as pessoas que conhecemfiltos passados, de qualquer forma ligados a acontecimentos atuais.

Quanto à maneira corno aparecem na noticia, as fontes são qualificadascomo ostensivas e indeterminados. Ostensivas, quando o leitor sabe quemtorneceu os elementos para a matéria, Exemplo: «O Prefeito declarou quevai enviar à Câmara o projeto que regulamenta a altura dos prédios na zonaI' .ntral». São indeterminadas, quando não há menção sobre quem deu as11formações. É o caso da nota: «Segundo alguns setores, é possível que o

dólar seja valorizado até o final deste mês».A necessidade da a~lraç.ful. de todos os dados colhidos pelo repórter

loi destacada, de formanlhante, por Octavio Boníim ' ao acentuar que auutícia precisará oferecer ao leitor todas as informações válidas. etalhes.iparentemente irrelevante devem ser levados em conta e os nomes, emrumo datas e lugares precisam ser cuidadosamente escritos, para evitar11.srnentidos. A apuração, segundo a define, «consiste no levantamento. com-pl no dos dados e elementos de um acontec' ento p.aL<Lq.u~s.~pnssa....esCT-e)Jgr\I111a notícia so re o mesmo»,

Octavio Bonfim cita cinco formas para apuração· a noticia: obser-vttção direta, coleta, levantamento, despistamen O: e análi.se. A observaçaodlreta consiste na ida do jornalista ao local do acontecimento, para descreverli ambiente, a ação e as pessoas que dele participam e inclusive fazer entre-v Ia . A coleta compreende a apuração através de recebimento de com uni-1"dos oficiais ou de conversas com fontes diretas ou indiretas. O jornalistaII o '( 11 guiLl ir ao local de uma ocorrência ou chegou atrasado. Recorre,1'111,o, ao que assistiram ao d senrolar dos fatos e se baseia na nota oficial

7, lI! I/lvlll 1111111111I,11 1I/lllrOI'(/11 I/li Noticto, 111 Call1lmO,q de Jornalismo c Comunlcaçõo . N. 20.11111.111111911\1 1111111.li, OdllV11l1111111111',VI' 11\'1117,

lôl

( I íor caso). Levantamento é o processo para obter dados sobre aiI" 1111;111ice reservado. Há conveniência, por parte dos interessado,111,1111,'1'sigilo a respeito de determinado assunto, mas o repó omIld,lI\(' , discrição, vai auscultando quem possa lhe ofere r -elernentc1.1I1'IIl\O, paralelamente, as suas observações próprias. N despistamentI IlIpll'~ados «recursos circunstanciais para levar alguém a f--feV Idi' \'1I()s que gostaria de conservar em segredo, ou para colher diretaI "f()rmações desejadas». O re órter, usando de artifícios e fingindo11'1 1I1111asfunções, fica em situação de conseguir todos os elementodi 1'\,1. r orérn, conforme a atitude que vier a tomar, o jornalista p111111111'1'no crime de falsa identidade, punido pelo Código Penal com1111'I' a um ano de detenção.

Na história do jornalismo brasileiro teve grande repercussão a rt I '1'111,I .ita na década de 40, por um repórter paulistano, que se disfa,li 1lll'\Hligo e mostrou, depois, quanto chegou a ganhar e como era tratpl'lll povo. Ray Spngle '. do Post Oazette, de Pittsburgo, em 1948 COIlVli 11 I' 1'111n gro, para colher impressões sobre a perseguição racial no,1.11111llllidos. Submeteu-se a raios ultra-violetas, ficou com a pele escu1"1 111111 fr .qü ntar lugares onde os pretos eram mal recebidos ou expul

M;lIll1l'1a d Azevedo, do Diário de Lisboa, empregou-se, em 1945,I 11110111'1111dos r is da Itália, que estavam desterrados em Portugal, e COIl

11111\.111'1' r portagem detalhando a intimidade familiar de HumbertoIJ 111 dll repórt res da Tribune, de Chicago, Lingle, imiscuiu-se entr1 1111'\t'1 "Já havia colhido boas informações sobre eles, quando foi de111111' I'" assinad. Em Hamburgo, um repórter conseguia publicar todalI,tI\I" <1"1' a polícia negava à imprensa, porque descobrira as treqü nti IlItI.1 ,I 1'llIi~soras de rádio a ela pertencentes.

111111I 1'lkr11lan, repórter do tablóide Newday,. de Long Island, qu1111I IIIII\() ()' 'ril11inosos primários eram tratados pela polícia. Qu bnnt11111,1 ,k 11111bar, dirigiu-se à caixa registradora, dando a irnpr ss: o

1\111' 11.1 prnli·t\r 11m assalto e ficou preso sete semanas, sob nome fal1111111111'I' l' 1 '11111, conversou com os colegas de cela e obteve x clcní111111111,1,11". Foi po to em liberdade, mediante fiança de quinhentos dólarI til ulv d() dl'pois d comprovar que era jornalista em missã profist-lillll 1\I 11111111"Il'ri' (k r portagens, narrou a vida na prisão e mostrou que 11

1'1'111I'IIl (11'la flavia tráfico de cntorp c nt s.(11111110 análise, t- diz ainda Ocl:wjo B nfim - ' o proc 'sso p '1o

1111,1111 !I'pórl 'r inz 11111 XAIIII' rrflit'o (' l'olll'tollla os íat: 8 pr '8 'Jl\(o ('1111II1 tllI pol IItll), a \'1111ti' (\il\' HO 11'1101II I 1IIIIl'illlltl ' a perspc 'Uva til' 11111

li 11111111111'1110,NII li ,I 1'111QI1I' () ~I'III'I,tI AIII I11I1 ,,111111.1,I' IHi' Idl'l)l(' til' I'ntlll :.11,

1111t'"" 01 1',IItlII " 11111"'tllIlI I 111111,,11I 1,".IPIIII (110 li\(' 11111JlI!""lo "1\1

\I 1,","1 1I.II.tI1,.,/1111111111 "'11,1111101,••11111"1NII111

que até junho de 1976 funcionoll () I~~/(/do d,' •. Puula), I' ,li,lIg~ para comer, em seu apartam .nto, ('ria all'lId 11111"" li" 11 1111Il111 deles era repórter de O Estado, «t:lllllraliHlo:t pdo 11011'1,1\ "1"1'11 111d('aso decidisse ir para o bar do h tel, havia outro }o\'lInll t,. 11.1I', PI'I I

, descesse ao restaurante, também ali ncontraria 1111\I'l'PÓrll'1 IIl- () I' lati".pronto para entrevistá-Io. E, de fato, quando ,el 'c t1iri~!11 ao li' lam:"II1',1'lIcontrou ali, jantando calmamente, uma equipe de O Eslado l' oulr,' tioJornal da Tarde, com as quais consentiu conversar, desde que 11;o [o .l'obre política, sob os olhos curiosos e reprovadores dos agent 'S da policia

F 'deral, que pretendiam impedir esse contato. O «cerco». a pln I~ só, [1:1possível, do modo como foi feito, apenas no !'10tel Jar~gua e por repór~l r~sde O Estado e Jornal da Tarde, vizinhos antigos ~' aC.lma de tudo, al11Igos.

Pergunte a seus diretores _ sugere Manoel GarCla, duetor da ttona, com-panhia responsável pelo [araguá - quantas vezes eles atraves ar~m aporta secreta existente no prédio que dá pass.ag~m para ? hotel e VI rarnI'ncontrar-se com políticos, presidentes da Republlca, emb,~lxadores e outras:llltoridaçies que os chamavam para encontros secretos».

O artigo 71 da Lei de Imprensa e~tabelece q~te «nenhum j?rnalista ouIndialista, ou em geral as pessoas refendas n? artigo 25, poderao ser com-i> lidos ou coa iQ.Qs-a-indicar o no e de seu mfo:ma!:!te ou a fonte de su~s"formaçôes, não podendo o seu silêncio a respeito sofrer qualquer sança.odireta ou indireta, nem qualquer espécie de penalidade)~. Darcy A~ruda Mt-Ianda 11 comenta que essa é uma das boas medid~s legaiS, P?IS: «nao poucasvezes, quem tem uma informação de grande mteresse publico, d;lxa dedivulgá-Ia, pelo justificado receio de perd~r . o emprego ou. ~ funçao» e ,olornalista que colhe a notída precisa pubhca,-la ou t~ansmlh-Ia sem receioti' ser coagido a denunciar a sua fonte de mformaçao ou, o nome ~e s~uIlIformante, Esclarece ainda Darcy Arruda Miranda: O crime de vwla~aodo segredo rO issional. de que cuida o artigo 1.54 d0C6~I .vc açao de segredo sem justa, caus~. <?r,a, parhndo-~e do pre~suposto deqlle o interesse coletivo sobrepUja o I~dlvldual, ha,ve:a sempre Justa ca~s~,quando o segredo revelado ao jornal1sta ou radialIsta para a necessanadivulgação, seja de interesse público. Não se pode falar em dano de outre::z,

ern a idéia de ilicitude. O fato da revelação causar dan~ a um ladr,a?,('sl 'Iionatário, peculatário etc. não é crime, é ~brigação_ cívica. O _contranoo .orre, se o jornalista ou radialista recolhe a mformaçao dada, n~o com .0propósito de divulgá-Ia, mas como segredo. Neste caso, a revelaçao consti-

íulrá crime.litro e clarecimento de Darcy Arruda Miranda: «O que ~ão sofre s.anç~o-lvil, administrativa ou penal é o silêncio do divulgador, nao a pubhcaçao

()II uansml '8, in riminada».Revista dos

ru, (I H Imlll 1/1'.'I. }'IIIIIII, \:1 (10 1""110 de 1070.1.111IIIV1\111111"MIIIIIIII".('II/11I',III"II~ 11 I.,., di'

111111111111

Imprcrr a. S. POII:O, Editora

163

m. Ao Arquivo seriam solicitadas as pastas seguintes:

PAUTA DE FATO IMPREVISiVEL 3. Entrevistar no Rio e Brasília (e se possível também em Caracas eMiami) pessoas que viajaram no avião e desembarcaram nessas cidades,para que descrevam se conversaram com os que depois morreram em Paulí-nia e contem algo interessante e curioso sobre a viagem .

4. Ouvir, nos Estados Unidos, diretores da firma fabricante dos Boeing.5. Obter a opinião de diretores da Federação Paulista de Futebol, do

'Iube Canindé, de outras agremiações e de jogadores e torcedores, a res-pito dos atletas que morreram no desastre.

6. Repercussão da morte de Mister Charles, ouvindo o Ministro dasRelações Exteriores do Brasil, Presidentes e Reis dos países por ele visitados,quando em missão de paz.

() ac ntecimentos do dia precisam ser pautados para que os serviçosI ,tt ionalrnente distribuídos, movimentando-se toda a máquina que•1 crviço do jornal.

uponha-se que a Redação de um grande jornal de Campinas r11111:1inf rmação que se resumisse no seguinte:

1111lBoeing 747, da Empresa XYZ, procedente de Nova York, ao11111'111Viracopos, desviou-se da rota e caiu em Paulínia, cidade ali. (1IIIlplllas, destruindo casas e as instalações da importante firma

() pauteiro, em colaboração com todas as Editorias, distribuirlIIVi\o, da seguinte forma:

I. !?eportagem local:

,I) Envio de repórteres e' fotógrafos a PauIínia para:l . Mister Charles - Dados biográficos, trabalho que desenvolveu, de-

'lar ações recentes e notas do Ministério das Relações Exteriores do BrasilI' de chancelarias de outros países, quando anunciaram a' sua visita àAmérica do Sul.

2. Clube Canindé - Objetivos de sua visita ao exterior. Relação dospaíses visitados. Jogos dos, quais participou durante essa última viagem(vitórias, derrotas e empates). Possíveis incidentes e relação das taçasonquistadas.

,3. Jogadores - Biografia de cada um e declarações por eles feitasrecentemente.

4. Desastres aéreos - Quantos acidentes com a Companhia XYZ?H 'lembrar o último ocorrido (antes do atual). Acidentes aéreos no Brasil e110 mundo, nos últimos seis meses ou ano.

S. Paullnia - Histórico da cidade, posição geográfica, população, ren-d<t, desenvolvimento. Relato sucinto das principais indústrias. Lutas políticas.l'lanos de obras públicas. Firmas que se preparam para instalar indústrias1111 cidade.

6. Empresa Gama - Descrição de suas instalações. Síntese do últimou-tatórío divulgado, que mencione área de construção, produção, númeroc!t' mpregados, planos. Outras fábricas da mesma organização existente nopnl com as quais havia intercâmbio.

7. Pastas Diversas - Biografias de pessoas proeminentes de Campi-11,\ (c/ou cidades vizinhas), que morreram 110 acidente.

8. viracopo - Instalações que possui, histórico, movimento estatís-I t'O, ohrn '11\ ix cução, companhias que operam no aeroporto e as que não111ti '1Ililiz<t1ll c\ le. '

I.vi 111 I.,( 1/11I1/,

I 'ser ver a situação e ouvir depoimentos de pessoasqueda do avião.Entr 'vista r o Delegado de Polícia e os responsáveis pela indúobre () pr juizos e possível tempo de paralisação de suas ativld

11) V il'IIt'o)10S :

I . ,r1H'r a .nnvcrsaçâo mantida entre a torre de controle e ° 0111

1111111dll tlO( IlIg., ()1I1I'1 luíorm \ , no balcão da empresa XYZ, sobre a rclaç ()

1 I I I Irll l' 1,' calas do avião. (A reportagem é informada que, a hoI 1IIIIIIII,olV I MlslN harles, alto funcionário do Departamento de • t11,11 11\1'1k:lIH1, l' o quadro titular do Clube Cattindé, de S. Paulo).

, I'l'tI r ti XYZ nota oficial sobre o acidente (que poderia tamlI I I' 111'11111"pl'lOH " ritórios da Companhia no Rio de Janeiro, em . P 111

1111I', I 11101).

I) I 1Illl'vl.lílH 0111 as famílias de Campinas que tinham parente 1\" 1I ()IIV I lílllll>('1l1 as autoridades policiais.

11. ('olllls/W(/(!tll/les, «cnrsats e Af.fell ias Noticiosas:

I' '<\ I Inlununç 'H sohr« CO'"0 flll :1111IIH c!l'COI:Ig'l'II, 'pOli O dllu, 11111111'1110 V O, VIII Nova VIIr! , Mldllll, ( 11:1'1\ I Bu"llla (' ( "ir" o

I (1111 "}.:1I11d" (O'"I';llIliI" :,,1., 111 1It1 ,,'d,' 1'111clt' JIIIII'IIO). hlu1,1111 dll 111' 1•.11 d' 1111,do I' IIIIV'" 1.1111I 0111' dt, lodo l'lt' I .11«11\cio

1111 .1 lI"t' 1101V ,1111 rlu 1'11 '"'"11111111" 11 di 1111'11 ,llIll'rllIlIIII'ntr

I l 165

PAUTA SOBRE MATÉRIA QUENTE: SEC~

Para o levantamento de uma situação, no Estado ou país[ornal paulistano poderia executar a seguinte pauta:

«Todas as sucursais e correspondentes devem enviar, até hoje, às 20 horas, plI'h x ' telefone os Informes abaiXO com referência à seca: Há quantos dias nIIIIIVI' 110 muni~ípio? Quais as lavo~ras mais atingidas? Indiq~e possíveis prejulzlu 111COl1l0 se há possibilidade de recuperação de algum~ colheita, caso chov~ dentdi' li,,1I111 tempo, Qual a situação da pecuária? O abastec,lmento d~ ~gu.a, da cidad1111'111107Em caso positivo, que medidas tomou a Prefeltur~? !ia mdlclo~ de chuv(111II 1M próximas 24 ou 48 horas? Entreviste diretores de sindicatos rurais, fazen10 , pecuaristas e outras pessoas credenciadas para falar sobre o assunto».

I AlITA OBRE MATÉRIA FRIA: LAZ R E TRADJÇõES

.'1tt'lIrsais e correspondentes:

.g 11111I05querendo fazer um levantamento sobre o Lazer e as tradições1I1I1'tIol. '01110 O povo se diverte nas pequenas cidades? O que mudou, e o que n11111111111,dll .olsas antigas? Mas para tudo desejamos uma explicação, isto é,,/ "tI/'/II/I'\ snbor as causas, os motivos, as razões.

(01110 ponto d partida, definiremos o lazer como «um conjunto de ocup ç'1" ti 11 Indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repou.sar, sejn p

di 1 I I I I', recrear-se e entreter-se, ou ainda para desenvolver a sua inlormnç n11111I1f1~o dt' In1 'I' ssada sua participação social voluntária ou sua livre capa 'llII I lulllll 11, Ifló llvrnr-sc ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, fUII111II 111lu

11 11111\l'1I do Jazer são, basicamente, as seguintes:

I) I li' '111/\0 O homem, desgastado pelo esforço que despende no tru~)nlhll11111111111 tl Irtlll porte no dia-a-dia, procura retemperar suas forças. ".11' 11111 IIpl'IIl1 o 11 1Ie10 u o dolce [ar niente dos italianos. Recorre à pe C 1\1'I11, nuI' \ \'111 /lllll fltl .lldade, ou lê.

11) /111"'11//111'1110, recreação e entretenimento - O cidadão procura as 111111111111111 IIlvld Idl' : viII/.\' .ns, passeios, camping, jogos, esportes, hobby,. t atro 11111IIr"lt 'I li, I' 111'11\11,1t>IIIIra, rádio. Ele quer, em geral, projetar-se imngtunrhunIIIIIJlIIIII '1"1' v ,I ou assiste, sentindo ser, no seu íntimo, o herói de Uni r01l1/1I1 IIIe 111111111\11',011 o r ',:(.nte ou os músicos-executantes de uma orqu istrn.

I l u' 1'1111/1/1'/1/11'/110 da personalidade - As hora d descanso n npruvt-l] II1"" 'I 111111111111 () PII')I)I'lo Indivíduo. le pratica ginástica, int grn-se volunínrlnuu-trl,) 1111/1 11 (pnr I tll'IIIOllstrlll' scu csptrito de o pcração, ti \ t1dndlll.l1'I\~' \) 1111111111I11111111)1111l'hl'l{ I /I nprcnd 'I', com cspol'tivldndc, UI1IU nova ntlvklnd« 1111"111 IiI"1 1111'JlI'lllIlt I, di' fll1 111'0, IlIlt!OH' ~1/1l1hlH\.

NII 1111/111111,/I I1 1I11/111dIIh' 11 11I1I'ldl'PI'III1I'I1I1',11"11111 I' 1111'I dl1\1'I111' 11111I d I 111111I

"111e 1111111111,1'111 1111(11111I'(lIIIIIIlIIII, I 1111111 11111111IlIte Ihll ,I I" 11 tllI qll) /I vltll! /lIIIItIlIIlIl/l, /11 1/111/1,11)11111111111,IU/IIIIIII 11 I I1 1'11111 11 1" dlll di 11111111111 I

1'lIdo IlIfkll,

I' dI' ruvulv«IlIlIh'

1'111I 1'11Ir 11

111

vegetação, poluídos de todas as formas, não é menos real, segundo pensamos (evamos tentar comprovar ou não nesta pesquisa), que nos pequenos municípios existetambém a preocupação pelo lazer. Queremos, or isso que você es..colha-um·[email protected] de sua-r.e.g:iã.Q,oo·f1'1-I3QUC população, sem grandes indústrias, que viva princi-palmente do comércio, da agricultura e da pecuária, e pesquise como lá se desenvolveo Jazer. Recorra, se for o caso, a um distrito e não à sede do município.

Basicamente, ouvindo pessoas de várias faixas, seria investigado o seguinte: ospadrões antigos da cidade ainda são conservados, isto é, as famílias se visitam, ficamà noite nos terraços, ou sentadas em cadeiras colocadas nas calçadas, para umbate-papo amigo? Existem as comadres que, num princípio rudimentar de comuni-cação, sabem da vida de todos? Há um bar, confeitaria, padaria ou firma seme-lhante, que seja o ponto de reunião do pessoal que, entre um e outro gole decerveja, comente os acontecimentos? E que acontecimentos?

Se há a prática do lazer, qual o motivo apontado pelos moradores: o possívelxcesso de atividades durante a semana ou o fato de morarem numa cidade morta,

onde não há nenhum divertimento? Se legalmente existe Já o sábado inglês (fecha-mento às 12 horas), como a maioria aproveita as tardes desses dias? E, nas férias,nos domingos e nos feriados, o que fazem os moradores?

Ouvindo as pessoas das classes «A» e «B» (de boa e de média situação econô-mica e cultural), veja se elas têm: a) equipamentos para lazer (barracas de camping,varas de pescar, armas para a caça etc.) : b) rádios e televisores portáteis; c) carros;d) casas ou apartamentos na praia e/ou nas montanhas; e) sítios de fim de semana.Nas férias essas pessoas viajam, reservando hotéis, alugando casas no litoral, indo a.olônias de associações, ou hospedando-se em casas de parentes? Quanto chegam ag'astar, em média, nas férias? Economizam o dinheiro durante o ano, ou recorrem armpréstimos (e onde)?

Há algum radioamador na cidade? Existem os que gostam de pequenas hortas delundo de quintal, ou de criação de galinhas? Veja se você encontra um entusiasta11'106 pássaros ou algum colurnbofilo. Existem os que, solitários, se dedicam a colecio-11111'alguma coisa, como por exemplo selos, tampinhas cle cervejas, rótulos de caixascI(' fósforos, bulas (de remédios), moedas, lápis, carteiras de cigarros, canecas ouI' rerográficas? Alguém já ganhou algum prêmio ou concurso? Como são feitas aspl'l'mutas?

Quantos clubes (esportivos, culturais, dançantes) funcionam na cidade (ou distri-lo)? Freqüente algum deles e veja o ambiente. O que os sócios acham desses clubes,1111110meio para quebrar a rotina? Há clubes de campo? Alguma instituição (SESI,1I':NAI) tomou iniciativas em favor do lazer? Os bares têm jogo de bocha? São bemI eltos?

Existem Clubes de Veteranos, onde a polca, a valsa, a mazurca e outras cornpo-I~' c são revividas periodicamente? Ouça alguns de seus associaclos.

Qual tem siclo ou poderá ser a colaboração da Prefeitura? Ela mantém praçasI' portivas? Quem as freqüenta e quais as pessoas (por profissão e idade) que nadam1111 pis irias? Há muitos jardins na cidade? São realizados concertos dominicais? Ouça/I tnúsiccs, para que digam de suas ilusões e desilusões. Peça ao Prefeito para queI til' obr ' programas de lazer.

()IIIO os assuntos locais são conhecidos pela população? Tran missão oral, de1111111P 'HHOIl para outra, li serviço de alto-falante? Os namoros seguem a tradição11111'11,isto " só prosperam com a autorização dos pais da moça e em casa cleles, ou

/,,/ flllI'lf/lII/t'? O, t'1I:'HII1I.ntos silo aconieclmentos para toda a cidade, isto é, a capela111I l'I'pll'la, pOl"qll' lodos querem v r O casal? Os padrões familiares continuamI11 leio '( h /I 11111111,('01110 Hl' ('()IIIPI riu: OA 1"11)1'\7.'S e a moça se vestem de acordo111/1111 111'111111111111ti, ('0111('Idl; 1 qll(' til' botrun (' pl'rd~1l\ o vin 'O, blusas que mostram o/llIlhl 11 011, 1'111 eI""11 1'11o , 1111111111 1 011 1(I"SlIl,~?

I 7

J( li I flc

Exercícios

Os moradores acham que a cidade é desumana e cruel? Por quê? Conslela isoladamente, em si, ou no contexto de uma sociedade de consumo? Ateicomo é apreciada? Quais os melhores programas, segundo os telespectadores?

Quais os filmes exibidos? Há programas impróprios para menores de 14anos? Como são recebidas as pornochanchadas? As matronas e o vigário as crit

Há muita leitura de livros? Existem bibliotecas? Quais os assuntos prefsegundo informações dos bibliotecários? Pergunte aos que lêem: por que eles Iqual o benefício que tiram da leitura.

Mora na cidade algum escritor, pintor, desenhista ou escultor, que ainda se da essas atividades? Ouça-os para que digam o porquê de sua produção e coinspiram. Pode ser que haja alguém que faça trabalhos de serrinha, monte cacom palitos de fósforos etc.

O povo preocupa-se com assuntos politicos? Sabe, de modo geral, o que seno Brasil e no exterior? Os jornais são lidos? Qual a preferência: esportes, notl Ido interior, crimes, seções de divertimentos, nascimentos, homenagens, falecimhistórias em quadrinhos, charadas etc? Onde os livros, jornais e revistas podemcomprados: em livrarias, em bancas (existem muitas?) ou só na cidade próxim

Programas de rádio são muito ouvidos? O uso de transistores está disseminMuitas residências possuem aparelhos de televisão? Em cores ou em preto e brHá conjuntos de amadores teatrais ou pequenas orquestras? São realizadas comrações cívicas e religiosas, como as do dia do padroeiro da cidade ou do aniverdo município? Como elas se desenrolam? Quem as organiza? Todos participam?

Qual a média de rendimento per capita dos moradores da cidade? Qualatividades preponderantes? Mande-nos um resumidíssimo histórico da cidade e ínforsobre o total da população e receita municipal (orçamento da Prefeitura).

Há footing domingueiro (ou em outros dias da semana) na praça principal,na estação ferroviária (ou rodoviária) para ver os que passam, chegam e partDescreva como são esses [ootings.

Queremos que os nossos correspondentes constatem o que Ihes é solicitado npauta, mas que especialmente investiguem sempre o porquê e as causas de cada Imativa dos entrevistados. Seria conveniente ouvir pessoas de idade, para que comrem as coisas de seus tempos de moços com a vida atual.

Alguém dessa cidade teve alguma boa oferta de emprego em grande centro ea aceitou? Qual a razão: não se acostumaria com a agitação da megalápotis, ourazões sentimentais para permanecer aí?

Como são recebidos os circos? A população gosta deles? Há, às vezes, romariaoutras cidades? Que acham delas os organizadores e participantes?

Alguma tradição deixou de ser realizada, como por exemplo queima de fogohonra a um santo, ou festa da uva, da laranja, da melancia, da banana, do vinho t

Mande o material, por mala, até o dia 30 do corrente, acompanhado de falo

1. Aprecie duas matérias publicadas no mesmo dia, por um jornal daoutro, de cidade média. Veja o que uma c litro t III de P squlan.

2. Elabore pauta para 05 scgulntc /I unto :

a) probl mRS lu ni d(' trân Itn,b) '/111 1I ti I Jl()llIl~' () 11/1 Ilelllell I' IIlIlIIeI/I plll I I vII 1I 1111 IIlIlIh ti.

c) assistência social no mumcipio.d) trabalho das Sociedades d Bairro.e) falta de vagas nos grupos escolares.f) êxodo da população no final da semana, em virtude de um feriado na sexta

ou na segunda-feira.

3. Enumere dez assuntos para matérias frias.4. Procure anúncio, em jornal, que possa sugerir uma reportagem e paute-a.5. Descreva o primeiro dia de aula de uma criança matriculada em jardim da

1111 ncia.6. Cite três fontes fixas de informação e o que cada uma delas poderá fornecer

Imprensa.7. Redija notícia sobre assunto de sua livre escolha, baseado em fontes diretas,

hullretas e adicionais.8. Procure, na imprensa, notícia na qual haja fontes ostensivas.9. Se ocorresse um terremoto no Brasil a que fontes adicionais você recorreria?

10. Elabore notícia na qual figurem fontes indeterminadas.11. Suponha que haja um incêndio, na cidade, em prédio com 25 andares, todos

hnbitados. A que fontes você mandaria os repórteres, para colherem informações eIjll' orientação daria a cada um deles?

12. Apronte, para o jornal de sua cidade, matérias de interesse humano. AlgumasIIl{cstões (mesmo que você tenha que usar apenas a sua imaginação):

a) alguém que foi internado em hospital, porque bebeu 10 litros de vinho, paraganhar uma aposta.

b) a noiva que chegou à igreja com hora e meia de atraso, porque o cabeleireirodemorou em fazer-lhe o penteado.

c) a jovem que, durante a tromba d'água que caiu sobre sua cidade, perdeu todoo enxoval para o casamento que seria realizado dentro de um mês.

d) o contraste do campus da sua Universidade durante o dia e à noite, com todaa mov.imentação de estudantes e, pela madrugada, quando ali permanecemapenas os vigias.

13. Verifique nos jornais da semana quais as notícias de interesse humano.14. Escolha determinado setor (a República onde você mora, o Curso de Cornu-

!lI 'ações, uma igreja, um sindicato, um clube esportivo, o seu círculo de amigos) evl'Ja que notícias você poderia obter de pessoas relacionadas com essas fontes.