Ebook as melhores listas de história

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AS MELHORES LISTAS DE HISTÓRIA esde que eu criei o História Digital, em 2009, tenho introduzido frequentemente listas sobre os mais variados aspectos da história. Desde então, elas têm sido, junto aos resumos, os artigos mais lidos e comentados do blog. Este interesse pelas listas decorre da curiosidade que temos de conhecer os hábitos e características de nossos antepassados. Mas, afinal, o que são listas? Se buscarmos uma definição no dicionário, "uma lista é uma forma de organização através da enumeração de dados para melhor visualização da informação". Não poderia haver definição melhor! Se por um lado divertem, por outro geram discussão na sua elaboração. Estas listas foram extraídas e adaptadas de fontes variadas, de livros e revistas de história, a sites de renome internacional, como o Listverse. Já faz um tempo que pretendia desenvolver uma versão para impressão ou leitura em dispositivos móveis. Neste caso, estamos publicando e disponibilizando, gratuitamente, as 10 listas mais visitadas e/ou comentadas do blog. Algumas são polêmicas, outras são engraçadas, mas todas interessantes e informativas. Para evitar deixar o arquivo muito pesado para download ou impressão, decidimos por retirar as imagens de cada objeto. No entanto, para aqueles que desejam maior aprofundamento visual, ou mesmo fazer comentários, inserimos o link no rodapé para a versão online de cada uma das listas. Aliás, esta versão online também traz a introdução de cada lista e o motivo pelo qual foi produzida. Divirta-se! Prof. Michel Goulart D

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AS MELHORES LISTAS DE HISTÓRIA

esde que eu criei o História Digital, em 2009, tenho introduzido frequentemente

listas sobre os mais variados aspectos da história. Desde então, elas têm sido, junto

aos resumos, os artigos mais lidos e comentados do blog. Este interesse pelas listas

decorre da curiosidade que temos de conhecer os hábitos e características de nossos

antepassados.

Mas, afinal, o que são listas? Se buscarmos uma definição no dicionário, "uma lista é uma

forma de organização através da enumeração de dados para melhor visualização da

informação". Não poderia haver definição melhor! Se por um lado divertem, por outro

geram discussão na sua elaboração. Estas listas foram extraídas e adaptadas de fontes

variadas, de livros e revistas de história, a sites de renome internacional, como o Listverse.

Já faz um tempo que pretendia desenvolver uma versão para impressão ou leitura em

dispositivos móveis. Neste caso, estamos publicando e disponibilizando, gratuitamente, as

10 listas mais visitadas e/ou comentadas do blog. Algumas são polêmicas, outras são

engraçadas, mas todas interessantes e informativas.

Para evitar deixar o arquivo muito pesado para download ou impressão, decidimos por

retirar as imagens de cada objeto. No entanto, para aqueles que desejam maior

aprofundamento visual, ou mesmo fazer comentários, inserimos o link no rodapé para a

versão online de cada uma das listas. Aliás, esta versão online também traz a introdução de

cada lista e o motivo pelo qual foi produzida.

Divirta-se!

Prof. Michel Goulart

D

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SOBRE O BLOG E O AUTOR

O blog

História Digital foi criado em 15 de agosto de 2009, com a intenção de divulgar e debater o

uso mídias digitais na educação, assim como experiências criativas em sala de aula. Em

pouco tempo, seu conteúdo se tornou referência no aprendizado de História, do Ensino

Fundamental ao Pré-Vestibular.

Foi indicado pelo jornalista Ricardo Noblat, em 2009, e considerado o melhor blog de

História no país, em 2010. Em 2012, o Guia do Estudante indicou o perfil do blog no

Twitter, assim como a página do blog no Facebook entre os melhores espaços para estudar

nas redes sociais. Neste mesmo ano, foi eleito - pelo júri acadêmico do prêmio Topblogs -

um dos três melhores blogs educacionais do Brasil.

Os conteúdos disponibilizados visam o aprendizado por meio da metacognição, utilizando

múltiplas linguagens. Dentre os os mais acessados, estão: Resumos, Teleaulas, Jogos,

Questões, e muito mais!

O autor

O professor Michel Goulart nasceu em 1978, na cidade de Criciúma, Santa Catarina. Além

das atividades em sala de aula, é arqueólogo, historiador, músico, cartunista e didata e já

trabalhou em algumas das maiores escolas públicas e particulares catarinenses. Começou a

lecionar em 2001, sempre preocupado com um ensino caracterizado pela criatividade e

inserção de novas tecnologias e metodologias variadas em aula.

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SUMÁRIO

10 músicas de protesto à ditadura militar ---------------------- p. 04

10 torturas da ditadura militar ----------------------------------- p. 07

10 armas antigas exóticas ------------------------------------------ p. 10

10 ideologias do nazi-fascismo ------------------------------------ p. 13

10 filmes históricos imperdíveis ---------------------------------- p. 16

10 terríveis trabalhos romanos ----------------------------------- p. 19

10 revoltas que ocorreram na Bahia ---------------------------- p. 22

10 mulheres guerreiras imbatíveis ------------------------------- p. 25

10 abusos sofridos pela mulher ----------------------------------- p. 29

10 falsas profecias sobre o fim do mundo ----------------------- p. 32

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10 músicas de protesto à ditadura militar*

1- Alegria, alegria

Esta música foi lançada em 1967, por Caetano Veloso. Valorizava a ironia, a rebeldia e o

anarquismo a partir de fragmentos do dia-a-dia. Em cada verso, revelações da opressão ao

cidadão em todas as esferas sociais. A letra critica o abuso do poder e da violência, as más

condições do contexto educacional e cultural estabelecido pelos militares, aos quais

interessava formar brasileiros alienados.

Trecho: O sol se reparte em crimes / Espaçonaves, guerrilhas / Em cardinales bonitas / Eu

vou...

2- Caminhando

Música de Geraldo Vandré, lançada em 1968. Vandré foi um dos primeiros artistas a ser

perseguido e censurado pelo governo militar. A música foi a sensação do Festival de

Música Brasileira da TV Record, se transformando em um hino para os cidadãos que

lutavam pela abertura política.Através dela, Vandré chamava o público à revolta contra o

regime ditatorial e ainda fazia fortes provocações ao exército.

Trecho: Há soldados armados / Amados ou não / Quase todos perdidos / De armas na

mão / Nos quartéis lhes ensinam / Uma antiga lição: De morrer pela pátria / E viver sem

razão

3- Cálice

* Acesse a versão online para conferir todas as imagens e vídeos referentes a esta lista.

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Esta música, lançada por Chico Buarque em 1973, faz alusão a oração de Jesus Cristo

dirigida a Deus no Jardim do Getsêmane: “Pai, afasta de mim este cálice”. Para quem

lutava pela democracia, o silêncio também era uma forma de morte. Para os ditadores, a

morte era uma forma de silêncio. Daí nasceu a ideia de Chico Buarque: explorar a

sonoridade e o duplo sentido das palavras “cálice” e “cale-se” para criticar o regime

instaurado.

Trecho: De muito gorda a porca já não anda (Cálice!) / De muito usada a faca já não

corta / Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!) / Essa palavra presa na garganta

4- O bêbado e o equilibrista

Música composta por Aldir Blanc e João Bosco e gravado por Elis Regina, em

1979. Representava o pedido da população pela anistia ampla, geral e irrestrita, um

movimento consolidado no final da década de 70. A letra fala sobre o choro de Marias e

Clarisses, em alusão às esposas do operário Manuel Fiel Filho e do jornalista Vladimir

Herzog, assassinados sob tortura pelo exército.

Trecho: Que sonha com a volta / Do irmão do Henfil / Com tanta gente que partiu / Num

rabo de foguete / Chora! A nossa PátriaMãe gentil / Choram Marias e Clarisses / No solo

do Brasil…..

5- Mosca na sopa

Esta é uma música de Raul Seixas, lançada em 1973. Apesar das controvérsias acerca do

sentido da música, a letra faz uma referência clara à ditadura militar. Através de uma

metáfora, o povo é a “mosca” e, a ditadura militar, “a sopa”. Desta forma, o povo é

apresentado como aquele que incomoda, que não pode ser eliminado, pois sempre vão

existir aqueles que se levantam contra regimes opressores.

Trecho: E não adianta / Vir me detetizar / Pois nem o DDT / Pode assim me exterminar /

Porque você mata uma / E vem outra em meu lugar…..

6- É proibido proibir

Música de Caetano Veloso, lançada em 1968. Esta canção era uma manifestação das

grandes mudanças culturais que estavam ocorrendo no mundo na década de 1960. Na

apresentação realizada no Teatro da Universidade Católica de São Paulo, a música de

Caetano foi recebida com furiosa vaia pelo público que lotava o auditório. Indignado,

Caetano fez um longo e inflamado discurso que quase não se podia ouvir, tamanho era o

barulho dentro do teatro.

Trecho: Me dê um beijo meu amor / Eles estão nos esperando / Os automóveis ardem em

chamas / Derrubar as prateleiras / As estantes, as estátuas / As vidraças, louças / Livros,

sim…..

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7- Apesar de você

Depois de Geraldo Vandré, Chico Buarque se tornou o artista mais odiado pelo governo

militar, tendo dezenas de músicas censuradas. Esta música foi lançada em 1970, durante o

governo do general Médici. A letra faz uma clara referência a este ditador. Para driblar a

censura, ele afirmou que a música contava a história de uma briga de casal, cuja esposa era

muito autoritária. A desculpa funcionou e o disco foi gravado, mas os oficiais do exército

logo perceberam a real intenção e a canção foi proibida de tocar nas rádios.

Trecho: Quando chegar o momento / Esse meu sofrimento / Vou cobrar com juros. Juro! /

Todo esse amor reprimido / Esse grito contido / Esse samba no escuro

8- Acender as velas

Esta música, lançada em 1965, é considerada uma das maiores composições do sambista Zé

Keti. Esta música inclui-se entre as músicas de protesto da fase posterior a 1964. A letra

deste samba possui um impacto forte, criado pelo relato dramático do dia-a-dia da favela.

Faz uma crítica social as péssimas condições de vida nos morros do Rio de Janeiro, na

década de 1960.

Trecho: Acender as velas / Já é profissão / Quando não tem samba / Tem desilusão / É

mais um coração / Que deixa de bater / Um anjo vai pro céu

9- Que as crianças cantem livres

Esta é uma composição de Taiguara, lançada em 1973. No mesmo ano, o cantor se exilou

em Londres, tendo sido um dos artistas mais perseguidos durante a ditadura militar.

Taiguara teve 68 canções censuradas, durante o período de maior endurecimento do regime,

no fim da década de 1960 até meados dadécada de 1970.

Trecho: E que as crianças cantem livres sobre os muros / E ensinem sonho ao que não

pode amar sem dor / E que o passado abra os presentes pro futuro / Que não dormiu e

preparou o amanhecer…..

10- Jorge Maravilha

Esta música, lançada em 1974, é mais uma de Chico Buarque, agora sob o pseudônimo de

Julinho de Adelaide, criado para driblar a censura. Os versos “você não gosta de mim, mas

sua filha gosta” parecia uma relação conflituosa entre sogro, genro e filha. Mas, na verdade,

fazia alusão à família dogeneral Geisel. Geisel odiava Chico Buarque. No entanto, a filha

do militar manifestava interesse pelo trabalho do compositor.

Trecho: E como já dizia Jorge Maravilha / Prenhe de razão / Mais vale uma filha na mão /

Do que dois pais voando / Você não gosta de mim, mas sua filha gosta

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10 torturas da ditadura militar*

1- Pau-de-Arara

O Pau-de-Arara consistia numa barra de ferro que era atravessada entre os punhos

amarrados e a dobra do joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando o

corpo do torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do solo. Este método quase

nunca era utilizado isoladamente, seus complementos normais eram eletrochoques, a

palmatória e o afogamento.

2- Choque Elétrico

O Choque Elétrico foi um dos métodos de tortura mais cruéis e largamente utilizados

durante o regime militar. Geralmente, o choque dado através telefone de campanha do

exército que possuía dois fios longos que eram ligados ao cor­po nu, normalmente nas

partes sexuais, além dos ouvidos, dentes, língua e dedos. O acusado recebia descargas

sucessivas, a ponto de cair no chão.

3- Pimentinha

A Pimentinha era uma máquina que era constituída de uma caixa de madeira que, no seu

interior, tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um rotor combinado, de cujos

termi­nais uma escova recolhia corrente elétrica que era conduzida através de fios. Essa

máquina dava choques em torno de 100 volts no acusado.

* Acesse a versão online para conferir todas as imagens referentes a esta lista.

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4- Afogamento

No Afogamento, os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma

mangueira, toalha molhada ou tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a

engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou

tambor cheio de água (ou até fezes), forçando sua nuca para baixo até o limite do

afogamento.

5- Cadeira do Dragão

A Cadeira do Dragão era uma espécie de cadeira elétrica, onde os presos sentavam pelados

numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado

na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores

enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.

6- Geladeira

Na Geladeira, os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de

ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um

sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam

sons irritantes. Os presos ficavam na “geladeira” por vários dias, sem água ou comida.

7- Palmatória

A Palmatória era como uma raquete de madeira, bem pesada. Geralmente, esta instrumento

era utilizado em conjunto com outras formas de tortura, com o objetivo de aumentar o

sofrimento do acusado. Com a palmatória, as vítimas eram agredidas em várias partes do

corpo, principalmente em seus órgãos genitais.

8- Produtos Químicos

Haviam vários Produtos Químicos que eram comprovadamente utilizados como método de

tortura. Para fazer o acusado confessar, era aplicado soro de pentatotal, substância que fazia

a pessoa falar, em estado de sonolência. Em alguns casos, ácido era jogado no rosto da

vítima, o que podia causar inchaço ou mesmo deformação permanente.

9- Agressões Físicas

Vários tipos de Agressões Físicas eram combinadosàs outras formas de tortura. Um dos

mais cruéis era o popular “telefone”. Com as duas mãos em forma de concha, o torturador

dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que

podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente.

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10- Tortura Psicológica

De certa forma, falar de Tortura Psicológica é redundância, considerando que toda o tipo de

tortura deixa marcas emocionais que podem durar a vida inteira. Porém, haviam formas de

tortura que tinha o objetivo específico de provocar o medo, como ameaças e perseguições

que geravam duplo efeito: fazer a vítima calar ou delatar conhecidos.

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10 armas antigas exóticas*

1- Katar

Katar é uma arma de origem indiana. É uma adaga composta de lâminas e um bracelete,

para que possa formar uma extensão do braço. Era muito usado pelos mercenários da

Antiguidade para executar suas vítimas com muita velocidade, precisão e silêncio. São

perfeitas para perfurar armaduras. Eram armas utilizadas para cortar carne e matar bois.

2- Macuahuitl

Macuahuitl, também conhecida como “espada de madeira”, era uma arma usada pelos

astecas e outros povos que habitavam no que atualmenteé o México central. Era uma

espécie de clava achatada de onde sobressaíam várias lâminas de obsidiana, um tipo de

vidro vulcânico muito utilizado para o fabrico de instrumentos cortantes pelos povos pré-

colombianos, desconhecedores da tecnologia do bronze.

3- Atlatl

Um Atlatl é um dispositivo utilizado para aumentar a velocidade inicial de lançamento de

um projétil. É constituído geralmente por um bastão de comprimento variável com um

gancho em uma das extremidades. O propulsor prolonga o braço humano e multiplica sua

força. Era utilizado por diversas culturas do mundo, incluindo povos ameríndios, como os

tarairus no Brasil. Na pré-história, também era chamado de propulsor de azagaia.

* Acesse a versão online para conferir todas as imagens referentes a esta lista.

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4- Kylies

Os kylies, ou bumerangues de caça, eram usados como arma de arremesso para caçar

lagartos, pássaros e outros animais pequenos. Seu uso como uma arma da batalha teve um

papel menor. Quando jogados voavam em linha reta e não retornavam ao atirador. O kylie

mais velho foi encontrado datado em 20.000 anos e foi feito da presa de marfim de um

mamute.

5- Boleadeira

Boleadeira é uma espécie de funda lançada nos pés do animal enquanto ele corria,

causando-lhe assim a queda e possibilitando ao caçador ir ao local dessa queda e matar o

animal. A boleadeira é composta de bolas metálicas ou pedras arredondadas (bolas ou

boleadoras em castelhano) amarradas entre si por cordas tendo em cada uma das

extremidades uma das bolas, em comparação com o lariat ou riata do cowboy.

6- Zarabatana

A zarabatana é uma arma que consiste num tubo originalmente de madeira (caule oco) pelo

qual são soprados pequenos dardos, setas ou projéteis. As zarabatanas eram utilizados pelos

povos indígenasda América do Sul (Amazônia e Guianas) e Sudeste da Ásia, e por algumas

tribos da América do Norte, que as utilizavam para caçar pequenos animais, nomeadamente

pássaros, esquilos, macacos e coelhos.

7- Fundíbulo

Um fundíbulo é uma arma de arremesso constituída por uma correia ou corda dobrada, em

cujo centro é colocado o objeto que se deseja lançar. Também chamada de atiradeira,

catapulta ou estilingue, embora alguns desses nomes possam remeter a tipos de armas de

arremesso específicos. Uma das mais antigas e primitivas armas feitas pelo homem, seu uso

é registrado entre os primitivos australianos, e diversos povos da Antigüidade, tais como

gregose hebreus.

8- Cestus

O cestus é uma luva de batalha antiga, muito utilizada nas lutas greco-romanas. Era usado

como as luvas de boxe modernas, mas eram feitas com tiras de couro e algumas vezes

preenchidas com placas de ferro. Em alguns casos, eram usadas com inserção de uma

lâmina ou espículas no seu modo mais letal.

9- Tewhatewha

Um tewhatwha era uma arma de contusão utilizada pelos maoris. Ela tem o formato de um

machado e, antes utilizada em batalhas, hoje é utilizada em cerimônias religiosas. Era

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utilizado para defesa e golpes rápidos. O golpe, geralmente, não era dado com a ponta,

como em um machado comum, mas com a parte mais fina da arma. Era comuma adição de

penas de pombo ou falcão na parte traseira como forma de confundir o oponente.

10- Borduna

Parte importante da cultura bélica indígena, a borduna não era uma ferramenta de uso diário

como o arco e flecha, se destinando unicamente para a guerra. A borduna nada mais era do

que uma clava – um pau pesado em uma extremidade, que causava danos pelo impacto

direto. As formas dessa arma e até os nomes (borduna, manacã, tangapema, ivirapema,

tacape, etc), variam de grupo indígenapara grupo indígena.

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10 ideologias do nazi-fascismo*

1- Totalitarismo

Totalitarismo significa a presença de um estado forte, cujo poder central tem autoridade

absoluta. Esta ideologia defende que o indivíduo deve viver em função do estado. O

totalitarismo está baseado no seguinte princípio: “tudo dentro do estado, nada fora do

estado e ninguém contra o estado”. Para controlar um grupo decamponeses da cidade de

Guernica – imortalizada na pintura de mesmo nome criada por Picasso– Francisco Franco

teve a ajuda da aviação militar alemã (Luftwafe).

2- Militarismo

Militarismo é uma ideologia que acredita na guerra como fator de grandeza e prosperidade.

Assim, a sociedade só consegue se desenvolver quando governada ou guiada por conceitos

incorporados na cultura, na doutrina ou no sistema militares. Segundo este princípio, Hitler

teria dito: “Na guerra eterna a humanidade se torna grande – na paz eterna, a humanidade

se arruinaria”.

3- Ultranacionalismo

Ultranacionalismo exalta tudo queé próprio da nação, de uma forma exagerada. Toda a

política interna está ligada ao desenvolvimento do poder nacional. Esta ideologia vem

carregada de autoritarismo, esforços para a redução ou proibição da imigração, expulsão e

opressão de populações não-nativas dentro da nação oude seu território e emocionalismo.

* Acesse a versão online para conferir todas as imagens e cartazes de época referentes a esta lista.

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4- Unipartidarismo

Unipartidarismo significa a existência de um só partido. Para fazer valer este princípio,

Hiter e Mussolini dominaram o poder executivo e judiciário, enfraqueceram o poder

legislativo, perseguiram políticos opositores e implantaram regimes ditatoriais em seus

países.

5- Controle da propaganda

O controle da propaganda era uma característica forte em regimes totalitários, destinado a

convencer as pessoas e manter o controle do Estado sobre a população. Junte-se a isto a

forte repressão política contra a liberdade de expressão, imprensa ou qualquer manifestação

contrária ao regime. Através dele, buscava-se manipular a opinião pública e fazer o povo

trabalhar e viver pelo regime.

6- Culto ao líder

O totalitarismo passou por um forte trabalho de culto ao líder, visando construir a imagem

de um governo forte e onipotente. A construção desta imagem ia desde a representação em

obras de arte, como o retrato a ser saudado nas escolas. Mussolini recebeu o título de Duce

e, Hitler, o título de Fuhrer. Ambas palavras significam algo como “Grande Chefe”. Na

Alemanha, a leitura do livro Mein Kampf (Minha Luta), escrito por Hitler, era estimulada

entre a população.

7- Anticomunismo

As vezes é difícil compreender uma posição político-ideológica nos regimes nazi-fascistas,

em especial no nazismo. O regime alemão não depositava todas as suas fichas no

capitalismo, mas também odiava o comunismo, apesar do “nacional-socialismo”. Assim, o

anticomunismo se caracterizou pelo desprezoàs ideologias de esquerda, governos de origem

socialista, movimentos operários, greves e sindicatos.

8- Racismo

O racismo esteve presente mais visivelmente no nazismo alemão. Neste caso, o ódio era

disseminado a todos aqueles que não pertenciam à raça ariana, denominação dada às

características físicas e biológicas do chamado povo alemão. Este fato estimulou a eugenia,

ou seja, a tentativa de criar uma raça pura. No caso alemão, isto significava eliminar os

impuros, em especial os judeus.

9- Antissemitismo

O antissemitismo não surgiu na Alemanha, mas lá obteve seus contornos mais terríveis que

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levaram à morte de mais de 6 milhões de judeus em campos de concentração e extermínio,

como Auschwitz e Bikernau. Assim, o antissemitismo se manifestou através do ódio,

perseguição, tortura e extermínio dos judeus. A princípio, judeus tiveram seus bens

confiscados e muitos foram expulsos ou fugiram da Alemanha. Dentre os que

permaneciam, havia também o isolamento nos guetos e o uso como cobaias em

experiências científicas.

10- Expansionismo

A ideologia nazista pregava a existência de um espaço vital para os alemães, chamado de

lebensraum, ou seja, um grande território para que a raça ariana pudesse se desenvolver.

Vale ressaltar que Hitler tinha a intenção de conquistar praticamente o mundo todo,

assimilando as regiões que tivessem forte concentração alemã, como as colônias

germânicas no sul do Brasil. O expansionismo levou Hitler a invadir a Polônia, fato que fez

estourar a Segunda Guerra Mundial.

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10 filmes históricos imperdíveis*

1- A Guerra do Fogo

Guerra do Fogo é um filme de 1981, dirigido por Jean-Jacques Annaud. Retrata um período

na pré-história e dois grupos de hominídeos. O primeiro, que não fala e se comunica através

de gestos e grunhidos, é pouco evoluído e não domina a técnica de produzir o fogo; o outro

grupo tem comunicação e hábitos mais complexos, como a habilidade de fazer o fogo.

2- A Queda

A Queda é um filme de 2004, dirigido por Oliver Hirschbiegel. Em 1942, um grupo de

jovens mulheres é escoltado por oficiais das SS, até o QG de Hitler na Prússia. São

candidatas ao cargo de secretária pessoal do Führer. Entre elas, está Traudl Junge, uma

jovem de Munique, de 22 anos. A ideia de servir ao Führer pessoalmente a deixa radiante.

3- O Último Imperador

O Último Imperador é um filme de 1987, dirigido por Bernardo Bertolucci. Conta a história

da vida de Aisin-Gioro Puyi, o último imperador da China Imperial. Com a vitória

comunista em 1949, Puyi é entregue para a China – havia sido capturado por tropas

soviéticas em 1945, considerado criminoso de guerra, ficara preso em um gulag até essa

data.

4- A Lista de Schindler

* Acesse a versão online para conferir todas as imagens e vídeos referentes a esta lista.

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A Lista de Schindler é um filme de 1993, dirigido por Steven Spielberg. O exército polonês

fracassou perante o exército alemão no início da Segunda Guerra Mundial, na Europa.

Judeus que viviam na Polônia foram transferidos para guetos. Horrorizado com as

atrocidades cometidas contra os judeus, Schindler decide usar sua fábrica para protegê-los.

5- O Nome da Rosa

O Nome da Rosa é um filme de 1986, dirigido por Jean-Jacques Annaud. À última semana

de novembro de 1327, em um mosteiro da Itália medieval, a morte, em circunstâncias

insólitas, de sete monges em sete dias e noites, é o motor responsável pelo desenvolvimento

da ação. Um monge franciscano é chamado parasolucionar o mistério e cai nas malhas de

uma trama diabólica.

6- Gandhi

Gandhi é um filme de 1982, dirigido por Richard Attenborough. Retrata a vida de Mahatma

Gandhi, considerado o principal líder da luta pela independência da Índia, após décadas de

dominação do imperialismo inglês. O filme mostra momentos marcantes de sua luta e

organização, colocando em práticaa política de desobediência civil.

7- Ivan, o Terrível

Ivan, o Terrível é um filme dirigido por Sergei Eisenstein. A primeira parte do filme foi

produzida em 1944, e conta a história de Ivan IV (1530-1584), arquiduque de Moscou, que

se auto-proclama Czar de Rússia e se prepara para retomar territórios russos perdidos. A

segunda parte foi produzida em 1945, mas proibida por Stalin, na URSS, até 1958.

8- Spartacus

Spartacus é um filme de 1960, dirigido por Stanley Kubrick. Conta a história de Espártaco,

um homem que nasceu escravo. Condenado à morte por morder um guarda em uma mina

na Líbia, seu destino foi mudado por um lanista (negociante e treinador de gladiadores),

que o comprou para se tornar um gladiador.

9- ... E o Vento Levou

… E o Vento Levou é um filme de 1939, dirigido por Victor Fleming. Conta a saga de

Scarlett O’Hara, filha de um imigrante irlandês que se tornou um rico fazendeiro do sul dos

Estados Unidos, durante a guerra civil estadunidense. Após ficar viúva, Scarlett vai para a

cidade de Atlanta e acaba por servir aos confederados, na chamada Guerra de Secessão.

10- Ben-Hur

Ben-Hur é um filme de 1959, dirigido por William Wyler. Em Jerusalém, no início do

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século I, vive Judah Ben-Hur, um rico mercador judeu. Mas, com o retorno de Messala, um

amigo da juventude que agora é o chefe das legiões romanas na cidade, um

desentendimento devido a visões políticas divergentes faz com que Messala condene Ben-

Hur a viver como escravo.

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10 terríveis trabalhos romanos*

1- Nomenclator

O nomenclator realizou um trabalho de vital importância. Ele era uma espécie de homem-

agenda-calendário, que servia para lembrar nomes e eventos importantes. Hoje em dia,

temos Iphones e Blackberries, entre outros dispositivos digitais, para armazenar os contatos

que fazemos. No entanto, acho que todos já tiveram a experiência de conhecer alguém,

anotar em papel o telefone, prometer contato mas, no dia seguinte, esquecer onde colocou o

papel. Os romanos tinham um jeito muito melhor de lidar com isso. Eles arrastavam seus

escravos para as festas, e forçavam eles a lembrar dos nomes e números.

2- Traficante de Escravos

Traficante de escravos era alguém que vendia escravos – por negócios ou lazer.

Geralmente, viajava atrás dos exércitos, com o objetivo de capturar os perdedores e vendê-

los como escravos a gregos e romanos ricos. Ele, inclusive, comprava os filhos

“indesejados” das famílias, com o objetivo de castrá-los e vendê-los como amantes a gregos

e romanos ricos. Desta forma, fornecia uma alternativa de adoção aos pais que não queriam

seus filhos. O lado ruim deste emprego (ironia) era que, geralmente, os traficantes de

escravos eram assassinados por aqueles que não aprovavam a mercadoria.

3- Ornador

O trabalho de um cabeleireiro (ornador) é muitas vezes desprezado nos dias de hoje. E,

antigamente, não era muito diferente. Mas, honestamente, um cabelereiro hoje deve

* Acesse a versão online para conferir todas as imagens referentes a esta lista.

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apreciar seu trabalho, pois é muito melhor do que era há muitos séculos atrás. Imagine a

cena: sua rainha imperial é loira, mas a moda é cabelos escuros e brilhantes. Se fosse hoje,

a melhor solução seria colocar uma peruca decorativa. No entanto, não existia esta opção

para o antigo ornador. Para dar ao cabelo da rainha o tom negro-abrilhantado, o ornador

deveria usar uma mistura de bílis, sanguessugas podres e tintas de lula. Mas fica pior. Se a

tal rainha fosse morena e quisesse uma tonalidade dourada para os cabelos, a mistura

passava a ser cocô de pombo, cinzas e até xixi.

4- Virgem Vestal

“Procura-se fêmea, adolescente e virgem, para trinta anos de serviço. Deve ser romana, sem

mutilações e não pode ser filha de escravos”. Aí está a descrição de uma virgem vestal.

Estas atraentes e perfeitas garotas passavam trinta anos servindo Vesta, a deusa romana do

fogo sagrado, da pira doméstica e da cidade. No templo, elas tinham que manter acesa a

chama vestal e estavam em posição de grande honra – eram as únicas sacerdotisas da Roma

Antiga. Agora, se alguma delas esquecesse, por distração, de alimentar a chama, seria

flagelada (tipo de açoite) até sangrar. Se, neste intervalo de trinta anos, perdesse a

virgindade, era enterrada viva. Pior ainda, se alguma virgem vestal preguiçosa deixasse,

porventura, o fogo se apagar, não era apenas flagelada: deixar o fogo apagar tinha o

significado simbólico de perder a virgindade. Assim, a pobre virgem, além de ser açoitada,

era também enterrada viva!

5- Dentista

Hoje, a odontologia é uma profissão respeitada e muito concorrida em vestibulares.

Equipamentos modernos permitem cirurgias dentárias com alta precisão e o paciente pode

manter uma higiene bucal relativamente decente, com a quantidade de produtos disponíveis

no mercado. Agora, imagine a boca dos nossos ancestrais – que não tinham o hábito de

escovar os dentes e comiam toda a sorte de alimentos estragados. Agora, imagine um deles

com um grande abcesso, baita dor de dente, e ser o dentista que vai tratá-lo. Quem é fã de

vinhos iria gostar, pois era usado como anestésico natural. Porém, quando a coisa piorava,

eram necessárias medidas drásticas, como colocar ferro em brasa na gengiva e rechear o

buraco carbonizado com peixe podre. É difícil dizer quem sofria mais: o dentista ou o

paciente!

6- Fabricante de Vinhos

Que trabalho poderia ser melhor do que fabricar vinhos – a colheita da uva nas primeiras

horas, enquanto o orvalho ainda escorre das videiras, pisar a fruta com os pés, enquanto

entoa lindas canções épicas, e, finalmente, após a fermentação, beber o delicioso néctar?

Seria um ótimo trabalho, não fosse o fato do vinho ser, geralmente, contaminado com

chumbo. Infelizmente, os romanos não sabiam dos riscos do chumbo, e geralmente

adoçavam o vinho com esta substância química extremamente tóxica. Para piorar, ainda

serviam o vinho em copos de chumbo.

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7- Pregustador

O pregustador era, em outras palavras, um provador de alimentos e vinhos. Ora, quem não

desejaria ser pago para não fazer nada além de degustar os mais refinados quitutes das

mesas imperiais? E a lista era vasta: pães temperados, patês, saladas exóticas e toda a sorte

de carnes. Mas antes que a boca começe a salivar, há uma ressalva. Boa parte dos

imperadores eram odiados, emuita gente queria vê-los mortos. E, naquela época, a melhor

maneira de matar alguém sutilmente era através do envenenamento. Assim, é possível que

os imperadores se deparassem com delícias envenenadas ao menos duas vezes durante seus

reinados. Aí entrava em cena o pregustador, que abocanhava cada alimento antes do rei. E,

se alguém no palácio iria morrer, provavelmente seria o pregustador.

8- Remador

A maioria de nós já passou pela experiência de frequentar uma academia para perder uns

quilinhos. E, quem a frequenta regularmente, provavelmente já sentiu a dor que queima os

músculos dos ombros e braços ao final de um treino puxado. No entanto, como pagamos a

mensalidade, temos a opção de parar quando quisermos. O mesmo não ocorria com os

pobres remadores das galés romanas. Primeiramente, porque eram escravos e forçados a

remar. Segundo, porque a pausa para descanso não era uma opção inteligente, uma vez que

implicava em açoite.

9- Depilador de Axilas

A questão aqui não é discutir se a depilação dos pêlos do suvaco causavam ou não dor ao

depilado. A questão é falar de alguém que ganhava a vida fazendo este trabalho. Os antigos

romanos adoravam esportes e os atletas treinavam dia após dia sob o sol, atentos à grande

capacidade de seus pêlos reterem odores desagradáveis. Dessa forma, os homens – velhos

ou novos – se submetiam à rotina de terem seus pêlos do suvaco cortados diariamente por

um depilador de axilas. E nem precisa dizer que estes pobres depiladores lidavam com

axilas extremamente cabeludas e mau cheirosas.

10- Delator

Delator era o indivíduo que ganhava a vida dedurando outras pessoas. Por incrível que

pareça, tinha gente que enriquecia desta forma, apesar de não ser considerado um

“trabalho” oficial. Cada pequeno ou grande delito era dedurado. Se havia um pária social,

odiado acima de tudo, era o delator. Alguns delatores eram extremamente criativos, pois

eles eram pagos, independente da verdade por trás das acusações. O mais famoso deles foi,

certamente, Judas Iscariotes.

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10 revoltas que ocorreram na Bahia*

1- Guerra dos Aimorés

A Guerra dos Aimorés ocorreu entre 1555 e 1673. Segundo alguns comentaristas daépoca,

os Aimorés eram índios selvagens e nômades. No período mencionado, as suas tribos

vinham caçando, pescando e matando inimigos luso-brasileiros ao longo dos rios Jaguaripe

e Paraguaçu. Um rastro de devastação vinha desde a região de Ilhéus, Porto Seguro e outras

localidades.

2- Levante dos Tupinambás

O Levante dos Tupinambás ocorreu entre 1617 e 1621, durante o Período Colonial. A

revolta destes indígenas ocorreu, em parte, devido a escravização por parte de brasileiros e

lusitanos. E não ficou restrita apenas à Bahia. Em 7 de janeiro de 1619, os Tupinambás

chefiados por Guaimiaba, Cabelo de Velha, revoltaram-se contra os portugueses, atacando

o Forte do Presépio.

3- Conjuração Baiana

A Conjuração Baiana, também chamada de Revolta dos Alfaiates, ocorreu em 1798, em

Salvador. Da mesma forma que a Conjuração Mineira, também foi um movimento

separatista, influenciado pelas ideias iluministas e desejava a proclamação da República.

Porém, ao contrário daquela, esta teve maior participação popular edefendia o fim da

escravidão. A conjuração contou com a participação de sapateiros, alfaiates, bordadores,

* Acesse a versão online para conferir todas as imagens referentes a esta lista.

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ex-escravos e escravos.

4- Revolução Liberal de 1821

A Revolução Liberal de 1821, foi uma adesão de Salvador ao movimento que ocorrera em

Portugal, na região do Porto, que exigiu a volta de D. João VI para aquele país. No caso

baiano, o movimento exigia uma Constituição para o país e teve participação de Cipriano

Barata, José Pedro de Alcântara e o capitão João Ribeiro Neves. Arevolução acabou

levando à Independência da Bahia, em 1823, quase um ano após a Independência do Brasil.

5- Federação dos Guanais

A Federação do Guanais foi uma revolução nativista, no ano de 1832, nas vilas de São

Félix e Cachoeira, constituindo-se um dos germes que provocaram a revolta maior de

1837, conhecida por Sabinada. Teve como característica um caráter autonomista e

republicano, com forte oposição ao governo imperial, e ocorreu devido a indefinição

política no país após a abdicação de D. Pedro I.

6- Revolta dos Malês

A Revolta dos Malês foi uma mobilização de escravos de origem muçulmana, na cidade de

Salvador, em 1835. Os escravos africanos das etnias hauçá, igbomina e Picapó, de religião

islâmica, organizaram-se em torno de propostas radicais para libertação dos demais

escravos africanos que fossem muçulmanos. “Malê” é o termo que se utilizava para referir-

se aos escravos muçulmanos.

7- Sabinada

A Sabinada ocorreu de 1837 a 1838, durante o Período Regencial. Seu nome se originou do

líder do movimento, o médico Francisco Sabino. A causa principal foi a insatisfação com as

autoridades impostas pelos regentes na província. A revolta resultou na organização da

República Bahiense. A origem desta revolta é antiga e as motivações muito parecidas com

aquelas registradas na Conjuração Baiana e Federação dos Guanais. 4 revoltas do período

regencial brasileiro

8- Motim da Carne sem Osso

O Motim da Carne sem Osso ocorreu em Salvador, em 1858, durante o chamado Segundo

Reinado. Dentre os motivos, estavam os abusos praticados no comércio da farinha de

mandioca, fundamental à alimentação da maior parte da população daqueles tempos

naquela região. A frase que deu nome ao movimento foi: “Queremos carne sem osso e

farinha sem caroço!”

9- Guerra de Canudos

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A Guerra de Canudos ocorreu entre 1896 e 1897, durante a República Velha. O arraial de

Canudos foi criado sob a liderança de Antônio Conselheiro, e agregava famílias pobres do

sertão baiano. O movimento tinha caráter coletivista, messiânico e monarquista.

Conselheiro atribuía à República os males que sofria a população brasileira. Foram

necessárias quatro expedições para o exército conseguir vencer ossertanejos.

10- Levante Sertanejo

O Levante Sertanejo ocorreu entre 1919 e 1930 e foi altamente elitista, ligado aos interesses

dos grandes coronéis baianos. Neste caso, o coronéis Marcionillo Souza, Horácio de Matos,

e Anfiófilo Castelo Branco reagiram contra a Lei Estadual n.º 1.104, de 09 de maio de

1916, que pretendia minar seu imenso poder regional. O coronelismo foi um grande

fenômeno político da República Velha.

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10 mulheres guerreiras imbatíveis*

1- Judite

Judite foi uma rainha não-cristã que governou o reino etíope de D’mt por volta de 960. Ela

dominou o antigo reino de Axum, então capital sagrada da Etiópia. Ela foi responsável pela

destruição de monumentos, igrejas e tentou eliminar todos os membros da dinastia que

reinava, descendentes da rainha de Sabá. Suas ações foram registradas pela tradição oral e

em vários outros registros históricos. Acredita-se que ela matou o imperador e assumiu o

trono por 40 anos. Relatos de sua violência e crueldade ainda são contadas pelos

camponeses nas comunidades do Norte da Etiópia. Segundo as tradições, ela saqueou e

destruiu Debre Damo, local sagrado dos antigos reis da Etiópia.

2- Triêu Thi Trinh

Triêu Thi Trinh foi uma guerreira vietnamita do séc. III, que conseguiu resistir às forças de

ocupação do Reino Wu. Ela nasceu na província de Thanh Hoa, no norte do Vietnã.

Quando ela nasceu, sua província era controlada pelo Reino Wu, um dos três grandes reinos

da China. Triêu ficou órfã muito cedo e foi tratada como escrava até os 20 anos. Ela

conseguiu fugir para a floresta e montou um exército de 1000 guerreiros, entre homens e

mulheres. Com este poderio, conseguiu libertar uma área do Vietnã do domínio chinês.

Com 23 anos, já havia derrotado por volta de 30 batalhões Wu. Alguns documentos dizem

que Triêu surgia em batalha montada em um elefante, vestindo uma armadura dourada e

brandindo duas espadas.

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3- Budica

Budica foi rainha dos Icenos, povo britânico que liderou uma rebelião contra as forças de

ocupação do Império Romano, no séc. I. Ao morrer, seu marido havia deixado seu reino

para ser governado por uma aliança que envolvia suas filhas e o imperador romano. Porém,

os romanos não reconheceram a aliança e assumiram controle total sobre o reino. Na

ocasião, Budica foi açoitada e suas filhas foram estupradas.Mais tarde, ela foi escolhida

para liderar seu povo num ataque contra os romanos. Seu exército teve grande sucesso no

ataque e destruiu completamente as cidades de Colchester e Londres. Segundo Tácito, o

exército de Budica não fazia prisioneiros. Qualquer um que cruzasse seu caminho era

simplesmente exterminado. Já Dio Cassius relatou que as mulheres nobres romanas eram

decapitadas e tinham os seios cortados e costurados à boca. Ironicamente, há uma estátua

de Budica na cidade que ela mesma destruiu.

4- Irmãs Trung

As irmãs Trung foram líderes militares vietnamitas que conseguiram repelir invasões

chinesas por três anos seguidos. Elas são consideradas heroínas nacionais no Vietnã. Elas

nasceram no séc. I, durante os mil anos de ocupação chinesa. Após lutar contra uma

pequena unidade chinesa na aldeia em que viviam, elas montaram um exército formado

exclusivamente por mulheres. Dentro de poucos meses, elas tomaram de volta muitas

aldeias das mãos dos chineses e libertaram o Vietnã. Elas se tornaram rainhas e repeliram

os ataques chineses durante dois anos. No entanto, a China armou um grande exército para

esmagar as irmãs e, apesar do esforço das mulheres guerreiras, o exército chinês foi

vitorioso. Para evitar humilhação nas mãos do inimigo, as irmãs Trung cometeram suicídio,

afogando-se no rio Day.

5- Artemísia I de Cária

Artemísia I de Cária se tornou governante da Jônia, cliente dos persas. Ela é lembrada por

sua participação na Batalha da Salamina, no contextos das Guerras Médicas. Ela mesmo

aconselhou o rei Xerxes a não confrontar os gregos pelo mar. Porém, o rei ignorou o seu

conselho e ela participou da batalha comandando cinco navios, em 480 a.C. Em

determinado momento, os gregos estiveram próximos de capturar o seu trirreme, quando

ela pensou em um plano ardiloso para fugir. Rapidamente, ela afundou um navio persa,

fazendo os gregos pensarem que ela estava lutando ao lado deles. Assim, deixaram-na em

paz. Xerxes, assistindo de uma colina próxima, achou que ela tivesse afundado um navio

inimigo, e elogiou sua bravura. O rei persa ficou tão orgulhoso, que disse: “Meus homens

se transformaram em mulheres, e minhas mulheres em homens”. Artemísia tentou

convencer Xerxes a recuar para a Ásia Menor, contrariando os conselhos de outros

generais. No fim, os persas sofreram uma grande derrota.

6- Fu Hao

Fu Hao foi uma consorte do rei Wu Ding, da dinastian Shang, por volta de 1200 a.C. Ela

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também foi alta sacerdotisa e general militar, algo incomum no seu tempo. Sua tumba foi

descoberta intacta em Yinxu, com os tesouros conservados. Os estudiosos modernos

encontraram registros sobre ela em inscrições em artefatos em osso. Estas inscrições

mostram que ela liderou várias campanhas militares. Os vizinhos Tu lutaram contra os

Shang durante muitas gerações, mas Fu Hao os venceu em uma única batalha. Ela ainda

liderou outras campanhas contra os vizinhos Yi, Qiang e Ba, sendo que a batalha contra

estes últimos representou a maior emboscada registrada na História da China. Com um

exército de 13 mil soldados, ela foi a maior líder militar do seu tempo.

7- Ah-hotep I

Ah-hotep I foi uma figura tão importante no período do Novo Império, que chega a ser

considerada, pelos estudiosos, como a principal fundadora da 18ª Dinastia do Egito, no séc.

XVI a.C. Ela teve uma vida longa e influente e governou como regente após a morte de seu

pai. Neste período, permitiu que seus dois filhos – Kamose e Ahmose I – unificassem o

reino após a expulsão dos hicsos. Aliás, ela foi uma das responsáveis pela expulsãodeste

povo do Egito. Viveu até os noventa anos e foi enterrada ao lado de Kamose, em Tebas.

Armas e jóias encontradas na tumba de Ah-hotep I incluem um machado retratando

Ahmose I derrubando um soldado hicso e voando em direção à rainha, o que reforça o seu

papel na expulsão dos hicsos. Desta forma, ela ficou conhecida como a rainha guerreira.

Ela foi homenageada com uma estela, encomendado por Ahmose I no templo de Amon-Rá,

que elogia seus feitos militares.

8- Joana d’Arc

Joana d’Arc é considerada uma das mulheres mais fortes e guerreiras que o mundo já

conheceu. Nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, França. Ao completar 13 anos, a

jovem passou a ouvir vozes sagradas, que diziam que a menina deveria salvar a França dos

ingleses. Isto ocorreu no ápice da Guerra dos Cem Anos, conflito que se iniciou em 1337 e

teve fim em 1453. Tendo Joana completado 16 anos, o rei Carlos VII – ainda não coroado –

a equipou e abençoou no cerco de Orleans. Apesar de estarem em menor número, os

franceses contavam com a força, coragem e garra de Joana. A batalha durou alguns dias e

os ingleses recuaram. Depois de várias vitórias, Joana coroou Carlos VII, em 1429. Ela foi

a única pessoa registrada a comandar o exército de uma nação com apenas dezessete anos.

Ela foi julgadapor heresia em um falso tribunal e queimada na fogueira. Seu julgamento foi

declarado inválido pelo Papa, e ela foi canonizada como santa muitos anos mais tarde.

9- Zenóbia

Zenóbia governou a Síria de 250 a 275. Ela liderava seu exército montada em um cavalo,

com armadura completa. Durante o reinado do imperador romano Cláudio, ela impôs uma

derrota tão avassaladora sobre as tropas romanas, que as legiões tiveram que recuar

rapidamente para a Ásia Menor. Arábia, Armênia e Pérsia aliaram-se a ela e a declararam

rainha do Egito. Aureliano, sucessor de Cláudio, enviou seus melhores guerreiros para

derrotar Zenóbia, mas foram necessários quatro anos de cercos e batalhas para que Palmira

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– então capital da Síria – fosse conquistada. Zenóbia e mais nove rainhas de províncias

aliadas foram capturadas e levadas pelas estradas romanas, presas em correntes. Algum

tempo depois, sob ordens de Aureliano, Zenóbia foi exilada em Tibur, mas sua família

influenciou a política romana por muitas gerações.

10- Tamara da Geórgia

Tamara foi a filha do rei George III, da Geórgia. Seu pai a declarou co-governante e

herdeira, aparentemente para prevenir disputas após sua morte. Após a morte de George III,

Tamara ganhou a reputação de líder excepcional e foi apelidada de “Rei dos Reis e Rainha

das Rainhas”, por seu povo. Tamara desempenhou papel ativo na condução de seu exército.

Durante seu governo, a Geórgia atingiu o ápice político, cultural e econômico. Entre 1201 e

1203, os georgianos conquistaram e anexaram as capitais armenas de Ani e Dvin. Em 1204,

o exército de Tamara ocupou a cidade de Kars. Neste mesmo ano, Tamara ajudou a fundar

o Império de Trebizonda, na margem sul do Mar Negro. Faleceu em 1213.

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10 abusos sofridos pela mulher*

1- Vestimentas obrigatórias

Em 2001, um grupo militante chamado Lashkar-e-Jabar exigiu que as mulheres

muçulmanas da Caxemira usassem burcas – vestimenta que as cobre dos pés à cabeça -, sob

o risco de serem atacadas. Os homens jogaram ácido no rosto de duas mulheres que não se

cobriram em público. O grupo também exigiu que as mulheres hindu e sikh adotassem

vestimentas obrigatórias: defendiam que as mulheres hindu deveriam usar o bindi–

tradicional ponto colorido – na testa, e as mulheres sikh deveriam cobrir suas cabeças com

um pano cor de açafrão.

2- Infanticídio feminino

A política do filho único, na China, fez aumentar o desdém por crianças do sexo feminino:

aborto, negligência, abandono e infanticídio (assassinato de crianças) são alguns crimes que

atingem estas crianças. O resultado deste planejamento familiar foi uma média de 114

homens para cada 100 mulheres, entre crianças de 0 (recém-nascidas) a 4 anos de idade.

Normalmente, a taxa é de 105 homens para cada 100 mulheres.

3- Perseguição sexual

Muitos países criminalizam o sexo antes do casamento. No Marrocos, as penas para

violação do código penal, no que tange a esta questão, incorrem bem mais em mulheres do

que em homens. Mulheres solteiras grávidas, em particular, sofrem com a perseguição

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sexual. O código penal marroquino também considera o estupro de uma virgem como uma

circunstância agravante de agressão. A mensagem é clara: o grau de punição do agressor é

determinada pela experiência sexual da vítima.

4- Sequestro de noivas

O sequestro de noivas é uma prática comum no Quirguistão e Turcomenistão. Quando é

hora de se casar no Quirguistão, o homem ou sua família escolhem uma mulher, que será

sequestrada. O noivo, seus parentes e amigos a levam para a casa da família, onde as

mulheres mais velhas tentam convencer a mulher sequestradaa aceitar o casamento.

Algumas famílias mantém a mulher refém durante vários dias para fazê-la ceder. Na

Etiópia e Ruanda, o processo tem requintes de brutalidade, pois o homem, além de

sequestrar a mulher, também a estupra.

5- Morte por honra

Morte por honra é uma forma de punição cometida contra uma mulher que se julga ter

desonrado os membros de sua família. Geralmente, as vítimas são mulheres que: recusam

um casamento arranjado; são vítimas de um abuso sexual; buscam o divórcio; cometem

adultério; ou praticam sexo fora do casamento. A UNICEF relatou que, na Índia, mais de

5000 noivas são mortas anualmente porque seus dotes de casamento são considerados

insuficientes.

6- Queimadura

Queimadura é uma forma de violência doméstica praticada em partes da Índia, Paquistão,

Bangladesh e outros países localizados no ou ao redor do subcontinente indiano. O ato é

praticado da seguinte maneira: um homem, ou sua família, jogam querosene, gasolina ou

outros líquidos inflamáveis na esposa. Depois, ateiam fogo, levando a mulher à morte ou

lesões permanentes.

7- Ataques com ácido

Ataques ácidos são uma forma de violência que ocorrem principalmente no Afeganistão.

Perpetradores desses ataques jogam ácido em suas vítimas (normalmente em seus rostos),

queimando-as. As conseqüências incluem cicatrizes permanentes no rosto e no corpo, assim

como cegueira.

8- Mutilação genital feminina

A mutilação genital feminina se refere a todos os procedimentos de remoção parcial ou

total dos órgãos genitais femininos externos, assim como outras formas de lesão, quer por

razões culturais, religiosas, ou mesmo por razões terapêuticas. Estas formas de mutilação

aparecem no mundo todo, mas são mais comuns em regiões da África. Geralmente, ocorre

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entre os 4 e 8 anos de idade, mas pode ocorrer em qualquer idade desde a infância até a

adolescência. O procedimento, quando realizado sem anestesia, pode levar à morte por

choque, devido à imensa dor, ou por sangramento excessivo.

9- Tráfico de mulheres

Desde a queda da cortina de ferro, os países pobres do antigo bloco oriental, como a

Albânia, Moldávia, Roménia, Bulgária, Belarus e Ucrânia têm sido identificados como

principal origem do tráfico de mulheres e crianças. As meninas são freqüentemente atraídas

para os países ricos pela promessa de dinheiro e trabalho e, em seguida, reduzidas à

escravidão sexual. Estima-se que 2/3 das mulheres traficadas para prostituição, anualmente,

vêm da Europa Oriental, sendo que 3/4 delas nunca trabalhou como prostituta antes.

10- Servidão ritual

Em algumas partes de Gana, uma família pode ser punida por um delito tendo que entregar

uma mulher virgem para servir como escrava sexual dentro da família ofendida. Neste

sistema de escravidão, sob forma de servidão ritual, meninas virgens são dadas como

escravas em templos tradicionais e usadas sexualmente por sacerdotes.

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10 falsas profecias sobre o fim do mundo*

1. Grande Incêndio de Londres

Na tradição cristã, o número 666 é descrito, no livro bíblico do Apocalipse, como a “marca

da besta”. Baseado nisto, muitos europeus cristãos ficaram preocupados com a chegada do

ano 1666. Para piorar, no ano anterior, uma praga havia dizimado cerca de 100 mil pessoas,

um quinto da população deLondres, levando muitos a prever o fim dos tempos. Em 2 de

setembro de 1666, eclodiu um incêndio em uma padaria em Pudding Lane, em Londres. O

fogo se propagou durante três dias e queimou mais de 13 mil edifícios e casas. No final,

menos de 10 pessoas morreram no incêndio, que, embora catastrófico, não foi o fim do

mundo.

2. Galinha Profeta de Leeds

Existem inúmeros exemplos de pessoas que proclamam o retorno de Jesus Cristo, mas

provavelmente nunca existiu um mensageiro mais estranho do que a galinha da cidade

inglesa de Leeds, em 1806. As pessoas da cidade contavam que uma galinha começou a

botar seus ovos no formato da frase “Christ is coming” (Cristo está chegando). Notícias do

incrível milagre se espalharam rapidamente, e muitas pessoas se convenceram que o dia do

juízo final estava próximo. A história começou a tomar proporções enormes, até que um

curioso cidadão da cidade observou a galinha botando os ovos – e descobriu que todos

tinham caído em uma brincadeira de mau gosto.

3. O Grande Desapontamento

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O fazendeiro estadunidense William Miller, depois de estudar a Bíblia durante vários anos,

concluiu que a data escolhida por Deus para acabar com o mundo poderia ser encontrada

em uma interpretação literal das escrituras. Ele explicava para seus seguidores (chamados

de adventistas ou milleristas) que o mundo acabaria entre 21 de março de 1843 e 21 de

marçode 1844. Ele pregava e publicava o bastante para conseguir milhares de seguidores,

que chegaram à conclusão que a data definitiva seria 23 de abril de 1834. Muitos

seguidores de Miller venderam ou doaram todas suas posses. Quando a data do fim do

mundo chegou, e Jesus não retornou, o grupo se desintegrou, mas alguns remanescentes

formaram a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

4. Cometa Halley

Em 1881, um astrônomo descobriu que a cauda de cometas têm um gás mortal, chamado de

cianogênio, tão tóxico quanto o cianeto, que é semelhante a ele. A descoberta não recebeu

muita atenção, até que alguém notou que a Terra passaria próxima à cauda do cometa

Halley, em 1910. O respeitado jornal estadunidense “The New York Times” e vários outros

questionavam se todas as pessoas do planeta morreriam envenenadas pelo gás tóxico, o que

levou a uma onda de pânico nos Estados Unidos. Finalmente, cientistas com a cabeça no

lugar explicaram que não havia motivos para temer a passagem do cometa,que ocorreu sem

maiores problemas.

5. Seita Heaven’s Gate

Quando o cometa Hale-Bopp apareceu em 1997, surgiram também rumores que uma nave

alienígena estaria seguindo o cometa. Além disso, as pessoas afirmavam que a nave estava

sendo escondida pela Nasa e pela comunidade de astrônomos, o que podia ser facilmente

refutado por qualquer pessoa com um telescópio. Apesar da negação da existência de tal

nave,os rumores foram divulgados amplamente, e inspiraram a criação de uma seita

chamada “Heaven’s Gate” (Portais do Céu, em tradução livre), que acreditava que o mundo

acabaria logo. Infelizmente, no dia 26 de março de 1997, o mundo acabou para 39 membros

do culto, que foram levados aum rancho no meio do deserto e cometeram suicídio por

acreditar que suas almas seriam levadas pelos alienígenas.

6. Profecias de Nostradamus

A escrita metafórica e obscura de Michel Nostredame, conhecido como Nostradamus,

intrigaram estudiosos por mais de 400 anos. Seus escritos, que dependem muito da

interpretação, foram traduzidos e reescritos em inúmeras versões. Uma das suas frases mais

famosas afirma “no ano 1999, sétimo mês/do céu viráo grande rei do terror”. Muitos

devotos das previsões de Nustradamus ficaram preocupados, já que ele tinha grande fama, e

acreditavam que esta era a sua previsão do fim do mundo.

7. Bug do Milênio

A virada do milênio deu origem a mais uma previsão para o fim do mundo: o problema,

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notado na década de 1970, seria que muitos computadores não conseguiriam ver a diferença

entre o ano 2000 e o ano de 1900. Ninguém tinha certeza do que isso significaria, mas

muitos sugeriam que problemas catastróficos poderiam ocorrer, desde blecautes enormes a

um holocausto nuclear. A venda de armas cresceu muito e várias pessoas prepararam

bunkers para viver após a catástrofe. Mesmo com todos os problemas previstos, o ano novo

começou normalmente, com alguns pequenos problemas em computadores isolados.

8. Desastre do Gelo

Na chegada do novo milênio, uma outra catástrofe global foi prevista por Richard Noone,

autor do livro “5/5/2000 Ice: The Ultimate Disaster” (“Gelo: o desastre final”, em tradução

livre, sem edição brasileira). Segundo o autor. O gelo da Antártica teria quase 5

quilômetros de espessura no dia 5 de maio de 2000, quando os planetas se alinhariam no

céu, resultando em uma morte gelada para toda a humanidade. O final dessa história foram

milhares de exemplares do livro vendidos, o enriquecimento do autor, mas sem mortes em

massa devido ao gelo derretido.

9. Última Testemunha de Deus

De acordo com o pastor da Igreja de Deus, Ronald Weinland, autor do livro“2008: God’s

Final Witness” (2008: a última testemunha de Deus, em tradução livre), centenas de

milhares de pessoas morreriam a partir de 2006, quando o livro foi lançado. Ao fim daquele

ano, o pastor afirmava que haveria no máximo dois anos antes do momento em que o

mundo entrasseno pior período de toda a existência humana. Até o segundo semestre

daquele ano, os Estados Unidos teriam sofrido um colapso, e não existiriam mais como um

país independente. De acordo com o que está escrito no livro, Weinland “coloca a sua

reputação em jogo no seu papel de profeta de Deus”.

10. Calendário Maia

Dezembro de 2012 marca o fim de um ciclo definido pelo Calendário Maia. Muitos

acreditam que isso se traduzirá em desastres e cataclismas naturais – algo muito próximo da

concepção cristã do Juízo Final. Outros acreditam que essa data marcará o fim da ênfase

materialista da civilização ocidental. De qualquer modo, as especulações sobre a natureza

dessa previsão estão se aproximando cada vez mais da ciência, mais particularmente das

transformações que ocorrem ciclicamente com as irradiações solares.