(E00238_2015)Gabarito Pós-recurso Música (Objetiva) - UERJ 2015

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1 GABARITO PÓS-RECURSO PROVA OBJETIVA ORIENTADOR DE OFICINAS ARTÍSTICAS / MÚSICA (208) UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2015 TÉCNICO UNIVERSITÁRIO SUPERIOR ASPECTOS GERAIS 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 A B C B D B C D A B 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 D A D A B D C B C C CONHECIMENTO ESPECÍFICO 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 B B A C A C D D B C 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 A D D B C B D C B C 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 A C B B D A D A C B Foram INDEFERIDOS os recursos contra as seguintes questões: QUESTÃO 08) O argumento defendido no recurso não se sustenta como definidor do papel dos comentaristas dos carnavais da primeira década do século XX, uma vez que ainda não havia a defesa de seu caráter nacional em seus discursos, sendo uma abordagem local e referindo-se às suas primeiras manifestações: os ranchos. Neste sentido, não está correto dizer que "promoverem a festa como emblema e ícone de brasilidade" nem tampouco dizer que “estabeleciam entre diferentes setores da sociedade”. QUESTÃO 09) Segundo a autora em questão, Mylene Mizrahi (2014), a estética corporal do funk carioca define-se pela “estética da abundância”, que busca desfazer através da aparência o contorno totalizante da pobreza na qual muitas vezes se localiza. Não se trata de gerar uma crítica ao pensamento da autora, mas sim indicar qual é a sua própria definição. Não é correto então colocar sua própria opinião como certa ou errada, julgando que “A estética corporal observada em destaque pode sim ser interpretada como ética da subversão, assim como aconteceu com a dança do maxixe no inicio do século XX e essa subversão inclina para uma ruptura com padrões estabelecidos, hegemônicos”. QUESTÃO 11) A alternativa B não encontra argumentos contrários na obra "Tempo e narrativa nos Folguedos do Boi", de Viveiros de Castro e Gonçalves. É errado afirmar que as ocorrências do folguedo de boi ocorrem em diferentes ciclos comemorativos. Todas as suas manifestações ocorrem em um mesmo ciclo comemorativo, apesar de se caracterizarem em muitas formas diferentes.

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GABARITO PÓS-RECURSO

PROVA OBJETIVA

ORIENTADOR DE OFICINAS ARTÍSTICAS / MÚSICA (208)

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – 2015 TÉCNICO UNIVERSITÁRIO SUPERIOR

ASPECTOS GERAIS

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

A B C B D B C D A B

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

D A D A B D C B C C

CONHECIMENTO ESPECÍFICO

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

B B A C A C D D B C

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

A D D B C B D C B C

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

A C B B D A D A C B

Foram INDEFERIDOS os recursos contra as seguintes questões:

QUESTÃO 08) O argumento defendido no recurso não se sustenta como definidor do papel dos

comentaristas dos carnavais da primeira década do século XX, uma vez que ainda não havia a defesa de

seu caráter nacional em seus discursos, sendo uma abordagem local e referindo-se às suas primeiras

manifestações: os ranchos. Neste sentido, não está correto dizer que "promoverem a festa como

emblema e ícone de brasilidade" nem tampouco dizer que “estabeleciam entre diferentes setores da

sociedade”.

QUESTÃO 09) Segundo a autora em questão, Mylene Mizrahi (2014), a estética corporal do funk carioca

define-se pela “estética da abundância”, que busca desfazer através da aparência o contorno totalizante

da pobreza na qual muitas vezes se localiza. Não se trata de gerar uma crítica ao pensamento da autora,

mas sim indicar qual é a sua própria definição. Não é correto então colocar sua própria opinião como

certa ou errada, julgando que “A estética corporal observada em destaque pode sim ser interpretada

como ética da subversão, assim como aconteceu com a dança do maxixe no inicio do século XX e essa

subversão inclina para uma ruptura com padrões estabelecidos, hegemônicos”.

QUESTÃO 11) A alternativa B não encontra argumentos contrários na obra "Tempo e narrativa nos

Folguedos do Boi", de Viveiros de Castro e Gonçalves. É errado afirmar que as ocorrências do folguedo

de boi ocorrem em diferentes ciclos comemorativos. Todas as suas manifestações ocorrem em um

mesmo ciclo comemorativo, apesar de se caracterizarem em muitas formas diferentes.

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QUESTÃO 15) Ao contrário do que afirma o recurso, a ecologia surge posteriormente como elemento

desestruturante dos princípios da hipermodernidade, colocando em cheque seus quatro pilares:

tecnociência, mercado, democracia e indivíduo.

QUESTÃO 22) Encontra-se em GRIFFTHS, Paul. A música moderna – Uma história concisa e ilustrada

de Debussy a Boulez. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda., reimpressão de 1993, nas páginas 38 -

39, o seguinte texto: “ Na imensa produção musical acumulada desde o Renascimento, o ritmo esteve

sempre subordinado à melodia e à harmonia, quando não era determinado por um texto. (...) Na

Sagração da Primavera, em contraste, e particularmente na “Dança do Sacrifício” final, é o ritmo que

conduz a música, ficando a harmonia relegada a segundo Plano”. Estas afirmativas não colocam o ritmo

como o principal parâmetro em todo o período, para todas as obras ou linhas composicionais de todo o

Modernismo, mas coloca-o, na figura de Stravinsky, num importante papel na mudança do paradigma da

elaboração rítmica, como dito no enunciado da questão.

QUESTÃO 28) O Recurso não indica a referência bibliográfica, o que é exigido no edital, item 11.3.

Coloca-se como música contemporânea estilos que partem da música microtonal, concreta e

eletroacústica, desconsiderando o ponto de partida da música contemporânea como o Prelude a l'apres-

midi d'un faune, de Debussy, indicado na bibliografia no livro: GRIFFTHS, Paul. A música moderna –

Uma história concisa e ilustrada de Debussy a Boulez. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda.,

reimpressão de 1993. A questão formulada foi retirada do livro: ANTUNES, Jorge. Notação na música

contemporânea. 1ª ed. Brasília: Sistrum, c 1989. p. 87, indicado na bibliografia, e que diz que: o signo

delta (∆), que aparece no exemplo, “é de utilidade para o caso de deixar-se ad libitum a duração do

compasso, ou para o caso de ser indefinida esta duração”, portanto, com liberdade de duração, como

aparece corretamente na alternativa D.

QUESTÃO 29) A fundamentação teórica referida no recurso, não consta na bibliografia indicada,

conforme é exigido no edital, item 11.3. “SALTARELLI, T. C. V. L. O estudo historicamente informado do

barroco. in: Modus. V. 4, n. 4, 2007.

Disponível em: <http://www.uemg.br/openjournal/index.php/modus/article/view/776/492>. Acesso em 13

Out. 2015”. Na bibliografia que consta no edital, o Maneirismo aparece como fase intermediária entre a

Renascença e o Barroco. CARPEAUX, Otto Maria. O livro de ouro da música. 4ª ed. Rio de Janeiro:

Ediouro, 2001.

QUESTÃO 38) Não existe a obrigatoriedade de indicação da resolução na própria cifra analítica. São

aceitáveis tanto: V7/III com seta, quanto apenas o V7 com seta. Assim, a utilização de um critério não

invalida outro, é mero juízo de valor achar que um é melhor do que o outro. Espera-se que o músico

entenda e posa utilizar-se de ambos, da mesma maneira que tem que entender que C7M e CMaj7, são o

mesmo acorde. Na bibliografia são indicados livros que se utilizam das duas maneiras. Almir Chediak,

citado pelo recurso, utiliza indistintamente as duas maneiras de cifragem analítica:

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PROVA OBJETIVA

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a) indicando a resolução na própria cifra analítica em Harmonia e Improvisação - vol I - ALMIR

CHEDIAK;

b) sem a necessidade desta indicação, como aparece em outros dois livros da bibliografia que tratam

do assunto: CHEDIAK, Almir. Dicionário de Acordes Cifrados: Harmonia Aplicada à Música

Popular. 1ª ed. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale, 1984 pág 157 - 324; e GUEST, Ian. Arranjo: Método

Prático 2. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1996, pág. 15 - 49, 145 – 159, editado pelo

próprio Chediak.

Assim sendo, no que tange a esta questão, é opção da análise, indicar ou não a resolução na própria

cifra analítica, é que, poderia constar IIIm7 V7/III com colchete e seta e não, “deveria constar IIIm7 V7/III

com colchete e seta”, como afirmado no recurso.

Quanto a necessidade de um acorde ligado por colchete ser segundo grau, o candidato não especificou

bibliografia, o que é exigido no edital, item 11.3 que diz que o recurso: “deverá constar da indicação

precisa daquilo, em que o candidato se julgar prejudicado, tomando por base apenas as referências

bibliográficas sugeridas constantes do Anexo I, com indicação obrigatória do(s) título(s) da(s)

referência(s), do(s) capítulo(s) e da(s) página(s) onde o fundamento do recurso é encontrado.” Ainda

assim, cabe esclarecer que: “Quando o acorde II cadencial de um dominante secundário coincide com

um acorde diatônico (que no caso é III), o número romano será do grau do acorde diatônico (III), e haverá

o colchete indicando a relação II V”, CHEDIAK, Almir. Dicionário de Acordes Cifrados: Harmonia Aplicada

à Música Popular. 1ª ed. Rio de Janeiro: Irmãos Vitale, 1984 pág. 270. Explicação semelhante é

encontrada em: CHEDIAK, Almir. Harmonia e Improvisação – Volume I. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lumiar

Editora, 1997. Pág. 102: “Acorde de função dupla – É quando numa progressão harmônica um

determinado acorde ocupa duas funções. (...). Sendo assim usa-se a cifra que corresponde ao grau e o

colchete contínuo indicando a relação II V”.

QUESTÃO 48) A análise musical pode privilegiar certos aspectos da música, como o melódico,

harmônico, formal, etc.. Melodicamente “o acréscimo de notas, não pertencentes aos acordes, contribui

para a fluência e para o interesse da frase” (SHOENBERG, Arnold. Fundamentos da Composição

Musical. 1ª ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1993, pág.30). Uma bordadura não é

“uma mesma nota”, como o recurso coloca, e desconsiderar as ornamentações, no caso de uma melodia,

é desconsiderar flexibilidade e riqueza a detalhes. Uma bordadura, por si só, já pode ser analisada

graficamente como tendo contorno em arco. Howard indica a subida e descida no desenho como subida

e descida de notas (HOWARD, John. Aprendendo a compor. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,

1991. p.43), ademais, o recurso não especificou bibliografia para justificar que: “em análise musical

considera-se uma bordadura como uma mesma nota”, o que é exigido no edital, item 11.3. Outra questão

é desconsiderar a nota ré como ponto culminante, já que o ponto culminante é a nota mais aguda da

melodia.