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Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006 JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA ANO XI - N. 129* CAMPO GRANDE/MS * OUTUBRO DE 2016. Não criem seus filhos em estufa, porque eles não saberão viver diante do Sol das dificuldades. Áulus/ Otacir Amaral Nunes recebeu o nome de Francisco de Assis, que no passado fora o discípulo amado de Jesus, como João Evangelista. Como também veio restabelecer a base do Cristianismo que havia sido esquecida, isto é, restabelecer a base primitiva que era muito simples e ao mesmo tempo grandiosa. Onde o exemplo do Mestre deixou uma aura de amor e simplicidade ao roteiro da Humanidade e por toda a parte há marcas de seu coração magnânimo, deixando indelevelmente marcada o cunho de sua grandeza: “é mais importante amar que ser amado, compreender que ser compreendido, pois é morrendo que se nasce para a vida eterna”. Nunca alguém sintetizou de maneira tão sublime a base do Cristianismo, justamente quando as tradições cristãs se agarravam ferozmente aos valores materiais e rivalizam com os grandes impérios do mundo. Todavia o espírito do Cristianismo havia se perdido, a simplicidade dos primeiros tempos foram abandonadas e substituídas pelos momentos e rituais, a brutalidade da guerra, a luta pelo poder temporal, a insensibilidade das autoridades religiosas, com essa soberba perdera o elo com a comunidade cristã do Cristo. Ele veio revitalizar com novas energias a Igreja já decadente, mostrando que o espírito do Cristianismo estava muito longe daquela fraternidade dos primeiros momentos, onde tudo era simplicidade, mas agora era um jogo de nteresses do campo material, naturalmente não se pode generalizar, mas essa era a grande maioria. Ele se apresentou ao mundo como um homem simples, mas iluminado pelo E MAIS... O Grande Sonho Pág. 02 Lenda Simbólica Pág. 04 Deus lhe Pague Pág. 08 sentimento de Jesus, era tão dócil que chegava a se comunicar com as aves e peixes, tal era a sua estatura moral. Assim que em seus mais caros pensamentos e conclama a todos levar a frente à mensagem do evangelho, “Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras”, logo a ação devia preceder a pregação. Porque o cristianismo só tem sentido quando prega pelo trabalho e pelo bom exemplo, em favor dos mais necessitados, em tudo o trabalho da caridade, o fundamento que seria mais tarde a base da Doutrina Espírita, “sem a caridade não há salvação”, pois como tinha finalidade iluminar o caminho do homem. De fato mais tarde se materializou no mundo a Doutrina Espírita, tendo como base inamovível: “fora da caridade não há salvação”, porque a caridade é ação, isto é, amor em ação, além disso, o próprio Jesus afirmou que não veio para ser servido, mas para servir. Como se afirmar seguidor de Jesus, se não tem coragem de servir? Passaram oitocentos anos em suas palavras ainda ressoam em toda a parte, pois em verdade depois dos apóstolos, foi à voz mais divinamente inspirada com vista a uma compreensão mais clara e exata do Cristianismo. Passado tantos séculos suas palavras continuam atualíssimas e vem iluminar o caminho do homem: “É mais importante amar que ser amado, compreender que ser compreendido”, além disso, amar a Deus e ao próximo. Áulus Otacir Amaral Nunes Campo Grande/MS O POBREZINHO DE ASSIS Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras. Francisco de Assis. Deus através dos milênios sempre tem enviado espíritos missionários para acelerar o progresso da Humanidade, como se fosse um farol a iluminar o caminho do homem com vista a um futuro mais venturoso. No século XII, Jesus envia um dos mais destacados discípulos que participou ativamente como um dos maiores defensores da grande causa com objetivo de dar um novo alento ao Cristianismo que claudicava e com isso retornar a base primeira de sua mensagem. Naturalmente que todos obedecem a uma ordem ascendente de valores morais, este espírito que se materializou no mundo e mais tarde

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Fundado em 16/07/1996 publicado 02/02/2006 JORNAL DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA ANO XI - N. 129* CAMPO GRANDE/MS * OUTUBRO DE 2016.

Não criem seus filhos em estufa, porque eles não saberão viver diante do Sol das dificuldades. Áulus/Otacir Amaral Nunes

recebeu o nome de Francisco de Assis,que no passado fora o discípulo amadode Jesus, como João Evangelista.

Como também veio restabelecer abase do Cristianismo que havia sidoesquecida, isto é, restabelecer a baseprimitiva que era muito simples e aomesmo tempo grandiosa.

Onde o exemplo do Mestre deixouuma aura de amor e simplicidade ao roteiroda Humanidade e por toda a parte hámarcas de seu coração magnânimo,deixando indelevelmente marcada o cunhode sua grandeza: “é mais importante amarque ser amado, compreender que sercompreendido, pois é morrendo que senasce para a vida eterna”.

Nunca alguém sintetizou demaneira tão sublime a base doCristianismo, justamente quando astradições cristãs se agarravam ferozmenteaos valores materiais e rivalizam com osgrandes impérios do mundo. Todavia oespírito do Cristianismo havia se perdido,a simplicidade dos primeiros tempos foramabandonadas e substituídas pelosmomentos e rituais, a brutalidade daguerra, a luta pelo poder temporal, ainsensibilidade das autoridades religiosas,com essa soberba perdera o elo com acomunidade cristã do Cristo.

Ele veio revitalizar com novasenergias a Igreja já decadente, mostrandoque o espírito do Cristianismo estavamuito longe daquela fraternidade dosprimeiros momentos, onde tudo erasimplicidade, mas agora era um jogo denteresses do campo material, naturalmentenão se pode generalizar, mas essa era agrande maioria.

Ele se apresentou ao mundo comoum homem simples, mas iluminado pelo

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sentimento de Jesus, era tão dócil quechegava a se comunicar com as aves epeixes, tal era a sua estatura moral.

Assim que em seus mais carospensamentos e conclama a todos levara frente à mensagem do evangelho,“Pregue o Evangelho em todo tempo.Se necessário, use palavras”, logo aação devia preceder a pregação.

Porque o cristianismo só temsentido quando prega pelo trabalho e pelobom exemplo, em favor dos maisnecessitados, em tudo o trabalho dacaridade, o fundamento que seria maistarde a base da Doutrina Espírita, “sema caridade não há salvação”, pois comotinha finalidade iluminar o caminho dohomem.

De fato mais tarde se materializouno mundo a Doutrina Espírita, tendocomo base inamovível: “fora da caridadenão há salvação”, porque a caridade éação, isto é, amor em ação, além disso,o próprio Jesus afirmou que não veiopara ser servido, mas para servir. Comose afirmar seguidor de Jesus, se não temcoragem de servir?

Passaram oitocentos anos emsuas palavras ainda ressoam em toda aparte, pois em verdade depois dosapóstolos, foi à voz mais divinamenteinspirada com vista a uma compreensãomais clara e exata do Cristianismo.

Passado tantos séculos suaspalavras continuam atualíssimas e vemiluminar o caminho do homem: “É maisimportante amar que ser amado,compreender que ser compreendido”,além disso, amar a Deus e ao próximo.

ÁulusOtacir Amaral Nunes

Campo Grande/MS

O POBREZINHO DE ASSIS

Pregue o Evangelho em todo tempo. Se

necessário, use palavras. Francisco de Assis.

Deus através dos milênios sempretem enviado espíritos missionários paraacelerar o progresso da Humanidade,como se fosse um farol a iluminar ocaminho do homem com vista a umfuturo mais venturoso.

No século XII, Jesus envia umdos mais destacados discípulos queparticipou ativamente como um dosmaiores defensores da grande causa comobjetivo de dar um novo alento aoCristianismo que claudicava e com issoretornar a base primeira de suamensagem.

Naturalmente que todosobedecem a uma ordem ascendente devalores morais, este espírito que sematerializou no mundo e mais tarde

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Luzes do Amanhecer02E

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TE JORNAL LUZES DO AMANHECER

Redação:Otacir Amaral Nunes

RevisorLuiz Antonio Costa

Conselho Editorial:Carlos Sanches

Elisabeth Sanches

Jornalista Responsável:Márcio Rahal Costa

DRT 256 MTB/MS

Centro EspíritaVale da Esperança

Rua Colorado, 488B. Jardim CanadáCEP 79112-400

Campo Grande-MSFone: (67) 3042-4217

Endereço de CorrespondênciaRua Ouvidor, 180

B. Caiçara - CEP: 79090-281Campo Grande /MS

E-mail:[email protected]

Site:www.luzesdoamanhecer.com

Tiragem: 1200 exemplaresImpressão: Gráfica Diogo

Diagramação:Juliano Barboza Nunes

(67)3042-4217

O GRANDE SONHO

Aquele homem persistentesonhou em trabalhar na grande causado bem. Na realidade era a maioraspiração de sua vida, e nas suaspreces ao recolher-se ao leito à noite epela manhã ao levantar-se pedia umaoportunidade porque queria ser uminstrumento útil na seara do bem e quetudo faria para praticar a caridade namais ampla expressão. Assim, que se passaram longosanos nessa expectativa, porém com asmãos no trabalho obscuro, quandonuma noite entre imagens fugidias ouviuas palavras persuasivas: “está na horade recomeçar a tarefa”, sentiu umaalegria indizível no coração quandorealmente resolveu com conhecimentode causa praticar a caridade. Além do mais, sabia devido aosseus estudos que a caridade era avirtude mais excelente, e que oCristianismo sempre indicava essecaminho, até porque julgava a mais belae democrática virtude, porque estavaao alcance de todos: do rico e do pobre,do jovem e do idoso, do bom e do mau,do santo e do pecador, do sábio e doignorante, do religioso e do ateu, enfimera uma porta aberta a todo o homemde boa vontade.

Estava aberto esse campo detrabalho e quem quisesse viver a maisconsistente virtude ensinada pelo Cristoque a viveu na sua plenitude. Agora, eleque sonhara por tanto tempo com essagrandiosa expectativa raciocinava queconseguiria levar alguma migalha aopróximo. Ainda que se sentisse tãodistante da verdadeira realidade deauxiliar, de sentir a alegria de servir, semcogitar de quaisquer recompensas, mascom o desejo sincero de auxiliar, aindaque de maneira discreta, mas comonaquele sonho acalentado em seucoração há muito tempo. Um dia sentia uma vibração dealegria em seu coração por levar umapequena ajuda a alguém, onde instanteantes tudo era tristeza e desolação, pôdecom pouco esforço lá chegar e rever aalegria naqueles coraçõesamargurados. Talvez com tão poucacoisa, pois só faltava o pão; sentia aalegria de servir, demorou-se naquelelugar por algum tempo, até que sentiu apaz no seu coração e julgou que era horade voltar para os seus aposentos. Na volta pensava e depois dealgum instante consciente que poderiafazer muitas outras coisas, emborativesse tão pouco. Bastava a força devontade e o interesse, que suas forçaspodiam ser multiplicadas, como sealguém tivesse lhe dado uma alavancae com ela poderia mover um pesoenorme que estava representado na mávontade dos indiferentes. Estava maravilhado, agorapodia sim fazer alguma coisa em favordos que mais sofriam naquele lugar.Sentiu que podia trabalhar, mas de outrolado percebia que era tão pequenodiante da tarefa tão desproporcional;por instante não sabia o que fazerrealmente.Porém, de outro lado reconhecia que atarefa era muito importante, mas aquelaera a opção tão difícil que pedira, játantas vezes na sua vida atribulada.Depois de avaliar a situação, comooutras vezes fizera, devia agir logo,como aquele soldado que se via nos seussonhos, mas tão despreparado diante de

gigantes, ainda com recursos primitivosentre aquelas pessoas treinadas epreparadas para o duro combate do dia-a-dia. Todavia era aquela a tarefa quepedira por tantos anos e não podiarecuar, mas supunha que estava tão só.Depois de muito pensar percebeu quedevia fazer alguma coisa. Escolheu umlugar em que a vegetação era menosdensa e começou aquela luta desigual,porque era preciso abrir uma pequenaclareira naquela selva, pois estavaconvencido que devia fazer a sua parte. No entanto, com essespensamentos de otimismo entregou-seà tarefa, na expectativa de servir comalegria, que fosse o mínimo, mas queriafazer alguma coisa para dar inícioàquela tarefa. Embora reconhecesse asdificuldades, todavia diante de sua visãoaquela vasta floresta se transformouao seu olhar numa selva de concreto,aliás, uma grande metrópole e tão vivoseram os personagens, naquele grandeformigueiro humano. Mas podia ali trabalhar com oseu instrumento de trabalho, chamadosimplesmente de boa vontade. Commuita fé procurou levar o seu pequenoquinhão, reconheceu que ali deviarecomeçar com muito esforço e plantaruma pequena semente, nem que fossesimbólica. Na realidade os problemaseram imensos. Cobriam o própriointeressado, disso não se esquecia, masele abriu aquela clareira para quetivesse a oportunidade para alimentaro seu sonho, sabendo que naquelafloresta devia plantar a sagradasemente. Mas sentiu uma coisa muitoestranha e ao mesmo tempoconsoladora. É que agora percebia quena sua voz havia tanta certeza e no seucoração tanta esperança; parece quesurgia de um ponto de apoio invisívelencravado, não sabia onde, mas havia. Até se acostumou com aquele apoioseguro e não podia fugir docompromisso de servir a uma grandecausa. Mas relembrou como nopassado do seu sonho que se via comoo antigo malfeitor e sempre se sentiatão sem condições de lutar, como umsoldado tão sem recursos, inclusive osinimigos sabiam até o que ele pensavae suas armas pareciam muitoprimitivas. Todavia era imperiosoenfrentar a situação, nem que fosseobjeto de escárnio de seus adversários,tal era a sua insignificância.

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Luzes do Amanhecer 03

Agora, naquela tarefa quedevia amar até aos inimigos, seria muitomais difícil ainda, ele que sequer tinhapaz no seu coração, mas devia enfrentara magna tarefa de amar aqueles quedele zombavam. Deixou de pensar emsua pouca valia, porque sabia que nãodevia desistir de lutar, conquantopercebesse a sua condição de extremafragilidade, talvez fosse parte do seuaprendizado e libertá-lo da ignorância. Finalmente naquela manhãgloriosa, cheia de sol, percebeu que nãonecessitava mais de respostas, porqueas tinha inteiramente a sua frente comtodas as letras e todas as condições:devia realmente servir, mesmo sendotão pequeno como sempre fora. Eramas respostas definitivas as suascogitações de tantos anos. Estava felizde um lado, mas apreensivo de outro,pois que a tarefa era enorme. Mas erao sonho que acalentara por tantos anos.No fundo de sua alma gritou: VivaJesus!

ÁulusOtacir Amaral Nunes

Campo Grande/MS

A LIÇÃO DAS CRIANÇAS

“E lhe trouxeram crianças paraque as tocasse; os discípulos, porém,as repreendiam. Vendo isto, Jesuszangou-se e disse-lhes:” Deixai virema mim as crianças, não o proibais,porque destas é o reino de Deus. “Emverdade vos digo, quem não receber oreino de Deus como uma criança, demodo algum entrará nele “. Eabraçando-as, as abençoava, pondo asmãos sobre elas. (Marcos 10: 13-16)”.

Esta passagem de Jesus nos fazrefletir sobre as lições que podemosapreender da infância. Mesmoreconhecendo na criança um Espíritojá vivido, com experiências e umahistória de vida, a infância propicia umaoportunidade valiosa para o Espírito.Kardec nos esclarece: “Pode-se assimdizer que, nos primeiros anos, o Espíritoé realmente criança, pois as idéias queformam o fundo do seu caráter estãoainda adormecidas. Durante o tempoem que os instintos permanecemlatentes ela é mais dócil, e por issomesmo mais acessível às impressõesque podem modificar a sua natureza efazê-la progredir, o que facilita a tarefados pais. O Espírito reveste, pois, poralgum tempo, a roupagem da inocência.

E Jesus está com a verdade,quando, apesar da anterioridade daalma, toma a criança como símbolo dapureza e da simplicidade”. (1).

E é daí que podemos tirar a nossalição. Carlos Torres Pastorino, em suaobra Sabedoria do Evangelho (2),destrinchando o ensino de Jesus, nosmostra o quanto temos a aprender comas crianças. Ele nos diz:“De uma forma ou de outra, éindispensável possuir certas qualidades,para que se alcance o reino dos céus.Sem pretender enumerar todas,poderemos citar, como próprio dascrianças em tenra idade, as seguintesqualidades”:

1 - a HUMILDADE, que estásempre disposta a reconhecer suaincapacidade e a esforçar-se poraprender, sem pretender ser nem sabermais que o instrutor; e essa qualidade ébásica na infância, que aceita o que selhe ensina com humildade e fé;

2 - o AMOR, que se prontificasempre a perdoar e esquecer as ofensas.A criança pode brigar a sopapos epontapés, e sair apanhando, mas naprimeira ocasião vai novamente brincarcom quem a maltratou, esquecendo-setotalmente do que houve;

3 - a ÂNSIA DE SABER, coisaque as crianças possuem até chegar; porvezes, a ponto de exasperar os maisvelhos com suas perguntasconstantes,embaraçosas e indiscretas,jamais se dando por integralmentesatisfeitas;

4 - a PERSEVERANÇA que,quando quer uma coisa, não desiste, masusa de todas as artimanhas até consegui-la, com incrível persistência e teimosia,obtendo o que quer, às vezes, pelocansaço que causa aos adultos;

5 - a INOCÊNCIA, sem qualquermalícia, diante de quaisquer cenas esituações; para as crianças tudo é“natural” e limpo, mormente se sãoeducadas sem mistérios nem segredos,pois a maldade ainda não viciou suasalmas;

6 - a SIMPLICIDADE, tudofazendo sem calcular “o que dirão osoutros”, sem ter preconceitos nemprocurar esconder qualquer gesto ou ato,mesmo aqueles que os adultoshipocritamente classificam como“vergonhosos”;

7 - a DOCILIDADE de deixar-seguiar, confiantemente, pelos mais idosos,sem indagar sequer “aonde vão”. Nãopodem imaginar traições nem, enganos,porque eles mesmos são incapazes defazê-lo, e julgam os outros por si.

Se tivermos essa conduta,simples e natural, como a criança (istoé, sem forçar), estará com as qualidadesnecessárias para poder “receber” estadode consciência superior que traz à almaa paz que Cristo dá e a felicidade plenado Espírito.Se deixássemos nosso coração falar maisalto! Quantas vezes nos emocionamosao olhar para uma criança aprendendosuas primeiras letras… Quantas vezessorrimos ao escutar perguntas tãoabsurdas, do ponto de vista adulto, mastão comuns vindas das crianças. Quantasvezes sentimos nossa imensaresponsabilidade ao segurarmos a mãode uma criança que prontamente nossegue, confiando plenamente em nós…

Com a nossa vaidade e orgulhode adultos, sempre pensamos estar donosso lado a sabedoria e a possibilidadede ensinar, nunca pensamos em trocarde posição, buscando aprender e crescera partir dessa relação com a criança. Quepossamos pensar e refletir, e que cadaitem levantado por Pastorino seja umapossibilidade de treino e um exercícioem direção ao nosso crescimento.

Marlene Fagundes Carvalho Gonçalves

Referências bibliográficas:1. KARDEC, A; O Evangelho Segundo

Espiritismo.2. PASTORINO, C.T;Sabedoria do Evangelho,Vol. 6, RJ,.

Reencarnação desfaz o mito daspenas eternas

Como já abordado acima, considerar aexistência de penas eternas é contrárioao bom senso e ao nosso entendimentode Deus todo bondade, justiça emisericórdia. Os Espíritos nos orientam,à questão 617 de “O Livro dosEspíritos” [2] (leia, neste blog, apostagem “Considerações sobre apluralidade das existências”), que umaprendizado pleno não pode serconcluído em apenas uma existência.

Em relação a esse tema, Kardecapresenta, na Revista Espírita [7],mensagem mediúnica relatando:“Estando admitido que a justiça de Deusnão pode se misturar com as penaseternas, a razão deve concluir pelanecessidade: 1ª de um período de tempodurante o qual o Espírito examina o seupassado, e forma as suas resoluções

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Luzes do Amanhecer04

ESPAÇO CHICO XAVIER

para o futuro; 2ª de uma existêncianova em harmonia com o adiantamentodesse Espírito.” Esta observação écoerente com a citação bíblica dePaulo, em sua carta aos Hebreus,capítulo 9, versículo 27: “É ordenadoao homem morrer uma vez, e após issoum julgamento”. No texto em grego,do qual surgiram as traduções para olatim e, após, para o português, o termotraduzido por julgamento era osubstantivo krisis, derivado do verbokrino, sendo que este último significa“eu decido”. Da palavra krisis provêmos termos crise e crítica. Crise dizrespeito a um ponto de virada, umaoportunidade de análise paramelhoramento. Muitas traduções dessetrecho bíblico referem krisis comojulgamento. Assim podemos entender,desde que compreendamos que se tratade um ponto de decisão, de análise desuas escolhas, feita entre o Espírito, suaconsciência e Deus, e não umjulgamento por qualquer “juiz” externoa essa tríade. Esta passagem bíblicaindica, portanto, que a personalidadeque o Espírito temporariamente animadeixará de existir na Terra com a mortedo corpo físico, quando então o Espíritoanalisará o que há de avanços ouoportunidades de melhoria para asexistências corpóreas seguintes.Quando atingir-se o nível devido deevolução moral e intelectual, não maisserão necessários estágios na matériadensa, advindo aí novas e superioresetapas de nosso caminho rumo àperfeição.

O Codificador, corroborando essa ideia,na obra “O Céu e o Inferno” [1], noitem 19 do Capítulo VI da sua primeiraparte, afirma: “Para estar de acordocom a rigorosa justiça, chegaremos,pois, à conclusão de que as almas maisadiantadas são as atrasadas de outrotempo, com progressos posteriormenterealizados. Mas, aqui atingimos aquestão magna da pluralidade dasexistências como meio único e racionalde resolver a dificuldade.”

LENDA SIMBÓLICA

Existe no folclore de várias na-ções do mundo antiga lenda que expri-me comumente a verdade de nossavida.

Certo homem que pervagava, in-feliz, padecendo intempérie e solidão,encontrou valiosa pedra em que se re-fugiou, encantado.

À maneira de concha em posiçãovertical, o minúsculo penhasco protegia-o contras as bagas da chuva, ofertando-lhe, ao mesmo tempo, o colo rijo sobreo qual vasta porção de folhas secas lhepropiciava adequado ninho.

O atormentado viajor agarrou-se,contente, a semelhante habitação e,longe de consagrar-se ao trabalhohonesto para renová-la e engrandecê-la, confiou-se a pedintaria.

Além, jornadeavamcompanheiros da Humanidade emprovações mais aflitivas que as dele;contudo, acreditava-se o miasinfortunado de todos os seres e preferiaexaminá-los através de inveja e dairritação.

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Adiante, sorria a gleba luxuriosa,convidando-o à sementeira produtiva;no entanto, ocultava as mãos nosandrajos que lhe cobriam a pele,alongando-as simplesmente paraesmolar.

Na imensidão do céu, cadamanhã, surgia o Sol como gloriosoministro da Luz Divina, exortando-o aolabor digno, mas o desditoso admitia-se incapacitado e enfermo de tal sorte,que não se atrevia a deixar a pedraprotetora.

Ouvia de lábios benevolentesincessantes apelos à própria renovação,a fim de exercitar-se na prática do bem,a favor de si mesmo, mas,extremamente cristalizado naociosidade e no desalento, replicavacom evasivas, definindo-se comosofredor irremediável, vomitandoqueixas ou disparando condenações.

Não podia trabalhar por faltarem-lhe recursos, não estudava por fugir-lhe o dinheiro, não ajudava de modoalgum a ninguém por ser pobre e até àmiserabilidade completa, dizia entresucessivas lamentações.

Rogava pão, suplicava remédio,mendigava socorro de todo gênero,acusando o destino e insultando opróximo...

Por mais de meio séculodemorou-se na pedra muda ehospitaleira, até que a morte lhe visitouos farrapos, arrebatando-o da carne àssurpresas do seu reino.

Foi então que mãos operosasremoveram o enorme calhau par a quea higiene retornasse à paisagem,encontrando sob a pequena rochagranítica um imenso tesouro de moedase jóias, suscetível de assegurar aevolução e o conforto de grandecomunidade.

O devoto da inérciaexperimentava desolação enecessidade, por toda a existência,sobre um leito de inimaginável riqueza.

Assim somos quase todos nós,durante a reencarnação.

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Luzes do Amanhecer 05

E, novamente, da semente dobambu, nada apareceu.

Mas, eu não desisti do bambu.No terceiro ano, no quanto, a

mesma coisa...Mas, eu não desisti.Porém... No quinto ano, um

pequeno broto saiu da terra.Aparentemente, em comparação

com a samambaia, era muito pequeno,até insignificante.

Seis meses depois, o bambucresceu mais de 5 metros de altura.

Ele ficara cinco anos afundandoas raízes.

Aquelas raízes o tornaram fortee lhe deram o necessário parasobreviver.

“A nenhuma de minhas criaturaseu faria um desafio que elas nãopudessem superar”.

E olhando bem no meu íntimo,disse:

Sabes que durante todo essetempo em que vens lutando, na verdadeestavas criando raízes?

Eu jamais desistiria do bambu.Não desistiria de ti.

Não te compares com outros.“O bambu foi criado com uma

finalidade diferente da samambaia, masambos eram necessários fazer dobosque um lugar bonito”.

“Teu tempo vai chegar”, disseDeus.

“Crescerás muito!”Quanto tenho de crescer?

Perguntei.“Tão alto como o bambu?” Foi a

resposta.E eu deduzi: Tão alto quanto

puder!Espero que estas palavras

possam ajudar-te a entender que Deusnunca desistirá de ti.Nunca te arrependas de um dia de tuavida.

Os bons dias te dão felicidade.Os maus te dão experiência.Ambos são essenciais a vida.A felicidade te faz doce.Os problemas te mantêm forte.As penas te mantêm humano.As quedas te mantêm humilde.O bom êxito te mantém brilhante.Mas, só Deus te mantém

caminhando...

Autor desconhecido.

Almas famintas de progresso eacrisolamento, colamo-nos ao grabatofísico para aquisição de conhecimentoe virtude, experiência e sublimação,mas, muito longe de entender a nossadivina oportunidade, desertamos da lutae viajamos no mundo à feição demendigos caprichos e descontentes,albergando amarguras e lágrimas, noculto disfarçado da rebeldia.

E, olvidando nossos braços quepodem agir para o bem, estendemo-losnão para dar e sim para recolher,pedindo, suplicando, retendo,reclamando e exigindo, até que chegao momento em que a morte nos fazconhecer o tesouro que desprezamos.

Se a lenda que repetimos podemerecer-te atenção, aproveita oaconchego do corpo a que te acolhes,entregando-te à construção do bem poramor ao bem, na certeza de que a tuapassagem pela Terra vale por generosabolsa de estudo, e de que amanhãregressarás para o ajuste de contas emtua esfera de origem.

Irmão XDo livro “Idéias Ilustradas”, de

Francisco Cândido Xavier.

A SAMAMBAIA E O BAMBU

Certo dia decidi dar-me porvencido.

Renunciei ao meu trabalho, àsminhas relações e à minhaespiritualidade.

Resolvi desistir até da minhavida.

Dirigi-me ao bosque para teruma última conversa com Deus.

“Deus, eu disse:Poderias dar-me uma boa razão

para que não entregar os pontos?”Sua resposta me surpreendeu:“Olha em redor, estás vendo a

samambaia e o bambu?”“Sim, estou vendo”, respondi.

Pois bem. Quando eu semeei assamambaias e o bambu, cuidei delesmuito bem.

Não lhes deixei faltar luz e água.A Samambaia cresceu

rapidamente.Seu verde brilhante cobria o solo.

Porém, da semente do bambu, nadasaía.

Apesar disso, eu não desisti dobambu.

O ORGULHO

Numa cena banal do quotidianoe inflamaram-se os ânimos o encantose quebrou e o casal resolveu separar-se. Colocaram as suas mágoas nocoração e cada um seguiu o seudestino, de vez enquanto reviam aspérolas preciosas que guardavam nocoração, - chamadas intolerância eressentimento – mesmo assim a dúvidamuitas vezes os visitava e ficavamabalados, mas não deviam dar o braçoa torcer.

Às vezes até faziam em “meaculpa” em silêncio para que ninguémpudesse penetrar os seusarrependimentos íntimos. Mas por tãopouco? ... Pensavam... E aborrecidose tristes voltavam a trilhar o caminhoescolhido.

Os dias passavam a conta gota.Porém acima de tudo, o orgulhoprevaleceu. Todavia sempre ficouuma imensa sensação de culpa entreambos, no fundo sabiam que nãodeviam abandonar o barco antes dehaver chegado ao porto, poréminsensatamente abandonaram.Estiveram muitas vezes prestes anaufragar, mas sobreviveram, talvezpara que a lição fosse mais terrível

Por fim o orgulho foi mais forte.Um dia alguém deu a noticia queambos morreram sozinhos. Nessecaso a vida não valeu. Sofreram pororgulho e não por amor. Fala umgrande sábio quando se erra por amoro pecado é menor, agora por orgulhoé muito grave. No entanto, secedessem um pouquinho só, poderiamter vencido a batalha, mas não tiveramgrandeza suficiente para se perdoaremmutuamente e tudo foi perdido, essa éa historia de muitos que vivemseparados, porém com os coraçõesdespedaçados.

ÁulusOtacir Amaral NunesCampo Grande/MS

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DOENÇA E SAÚDE

Para falarmos de doença,necessário é que primeiramentesaibamos o que seja saúde. A esserespeito, a globalmente respeitadaOrganização Mundial de Saúde – OMSdefine saúde como “um estado decompleto bem-estar físico, mental esocial e não somente ausência deafecções e enfermidades”.

Esse bem-estar social preditopela OMS eleva a saúde de um bemindividual para um bem coletivo, hajavista que ninguém se sentirá bem aolado de alguém em grande sofrimentofísico ou psíquico. A saúde, apesar deser um bem coletivo, deve ser gozadaindividualmente.

Segundo a benfeitora Joanna deÂngelis a saúde é o estado ideal da vidae a doença é uma perturbaçãovibratória, ou uma alteração nocomportamento molecular do indivíduo,ou ainda, uma mudança no seupsiquismo em processo deamadurecimento.

A doença, ainda segundo abenfeitora, nem sempre representaestado de calamidade na maquinariaorgânica ou nos equipamentosresponsáveis pelas expressões dopensamento, da inteligência e daemoção.

A doença pode ser bementendida com finalidades superiores dereflexão, de amadurecimento de ideiase também pode ser vista como umaterapia preventiva a piores males,advertindo que o corpo humano é uma

organização de breve duração e que oser em si mesmo, que controla essaorganização, merece todo o esforço deiluminação e de preservação.

O psiquismo é de granderesponsabilidade porque é a suavibração que mantém o perfeitoentrosamento entre o físico, a emoçãoe a mente, e qualquer alteração naquelesequipamentos abre campo propício àmanifestação da doença.

O cultivo de ideias edificantesleva à educação mental e é de grandeutilidade para uma existência saudável,gerando bem-estar e felicidade. Já oshábitos mentais perturbadoresproduzem o desconforto emocional ecriam oportunidade de instalação, nocorpo físico, de micróbios degenerativose perturbações lamentáveis, que porforça da Lei de Causa e Efeitotransferem-se de uma existênciacorporal para outra.

Lembrando Jesus na narrativa deMateus (15:11) que diz: “Não é o queentra pela boca o que contamina ohomem, mas o que sai da boca, isso é oque contamina o homem” Joanna ensinaque somos todos doentes, porqueperseveramos no egoísmo e mantemosos germes destruidores da ira, davaidade, da paixão e porque noscomprazemos em revidar quando somosferidos; quando angustiados, desferimosdardos de mau humor e em nossasaflições espalhamos inquietações.

Somos doentes porque cultivamosmaledicência, conservamos o azedume;somos doentes porque não sabemosaproveitar o tempo e valorizar asoportunidades a nós oferecidas. Somosdoentes e portamos doenças de váriostipos porque amando, impomoscondições ao amor; amados, afligimosquem nos ama; servindo, desejamosservir como nos agrada; alegres,queremos que todos se alegremconosco; tristes, gostamos que todos seentristeçam conosco.

Somos doentes em tratamentodifícil, mas Jesus é o Médico Divino, esua Doutrina é o medicamento que todospodemos usar e se orarmos com fé,

Ele nos dirá novamente: “Seja o quefor que peçais na prece, crede que oobtereis, e concedido vos será o quepedirdes”.

Crispim.Referências bibliográficas:• Vida: Desafios e Soluções.Joanna de Ângelis. Divaldo PereiraFranco.• Lampadário Espírita. Joanna deÂngelis. Divaldo Pereira Franco

A DECISÃO DO SÁBIO

Uma história muita antiga quecorre mundo.

Uma vez um sábio ao passarperto de um lago viu um escorpiãopreste a morrer afogado naquelaságuas límpidas. Revolveu salvá-lo dese afogar.

Mas toda a vez que o sábiotentava retirar o escorpião da águapara que não morresse este o picava.Logo o sábio o soltava, e novamentese repetia a tentativa de salvamento. Enovamente o escorpião o picava. Assima cena se repetiu por várias vezes.

Um dos seus discípulos que oacompanhava, exclama:

- É inútil mestre! Não é melhordeixar que ele morra?

- Respondeu o Mestre:- Não. Cada um deve cumprir o

seu papel no mundo. Ele pica porque éde sua natureza, quanto a mim é deminha natureza salvá-lo. Mesmoporque se o Senhor da vida o criou éporque ele é importante naconfiguração que se apresenta logocada um deve cumprir o seu dever nomundo.

Também se aplica ao homem.Por natureza deve ser bom e generoso.Se ainda pratica o mal deve se corrigir,porque não é da natureza do homemser mau, logo ele está mau porignorância. Como sábio que é deve daro bom exemplo. E se possível salve omau da ignorância. Mas se não forpossível, deixa que viva também as suasexperiências, elas também ensinam.Quanto alguém foge do controle dobom senso, a dor toma o seu lugar erecoloca tudo no lugar.

AmbrósioOtacir Amaral Nunes

Campo Grande/MS

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Luzes do Amanhecer 07

O TÃO DIFICIL OBOLO

Conta uma amigo da searaespírita que quando se dirigia a umbairro da cidade para entregar umserviço, durante o percurso ao parar ocarro num semáforo, uma senhora dehumilde condição pede-lhe por caridadeR$ 1,00 (um real), naquele momentosó tinha R$ 10,00 (dez reais), como elesó tinha dez, negou, afirmando que nãotinha

Em seguida e colocou o carroem movimento e dirigiu-se ao seudestino, mas no trajeto a consciênciacomeçou a cobrá-lo duramente, até queem determinado momento não resistiuà pressão e voltou envergonhado.Felizmente ainda encontrou a senhorae entregou-lhe os dez reais.

Naturalmente que o apego aosvalores transitórios do mundo aindamuito sério, é tão difícil superar essaquestão.

O Evangelho narra o caso daviúva pobre que lançou no cofre deoferta tudo que tinha inclusive o seusustento. O cristão do século XXI nãoabre mão das migalhas que caem desua mesa farta, todavia a si nada senega, até mesmo as mais caras eabsurdas fantasias.

Contudo o Bom Pai dele não seesqueceu e coloca o próximo em seucaminho que mesmo com a sua cargade aflição vem apresentar os primeirospassos da Carta de Libertação,chamado de Evangelho de Jesus,infelizmente de maneira inconsequenteo despreza.

Judiciosamente afirmam osespíritos que a riqueza é uma provamuito mais difícil do que a pobreza, everdadeiramente o é.

Assim, talvez esse irmão dacaminhada ainda não entenda que podeaté estar naquela figura mal trapilhaum enviado de Jesus.

E vem num último apelo paraamolecer o seu duro coração quenecessita fazer alguma coisa na facedo mundo para se qualificar para ummundo mais venturoso depois destavida, mesmo porque o Mestre ensinoucomo base de sua Doutrina: “amar aopróximo como a si mesmo”.

ÁulusOtacir Amaral Nunes

Campo Grande/MS

MARIA JÚLIA

Maria Julia, estudante do ensinomédio, 17 anos de idade, um dia brigoucom o namorado, julgou que não haviamais motivo para viver.

Pensou em evadir-se da vidaatravés do suicídio, naquelesmomentos que não conseguia dormircomeçou a relacionar as diversashipóteses;

1ª – Enforcar-se, logo selembrou de um filme que assistira quevira uma cena horrível, pois que opersonagem se retorcia e tentava semconseguir se desvencilhar da corda,ficar sem respiração, depois ficounaquela situação com os olhosesbulhados, logo descartou essahipótese: - é algo terrível. Isso nunca.

2ª – pensou em jogar-se embaixo de um ônibus em movimento,mas logo avaliou como ficaria o seucorpo todo quebrado, vertendo sanguepor todos os lados. Além disso, o seucabelo que muitos julgavam tão bonitoe bem cuidados, depois os familiares eamigos a virem naquela condição,descartou logo. - Deus me livre.

3ª – Depois que sabe ingerirveneno ou uma grande quantidade decomprimidos, mas lembrou de donaLourdes que quando jovem tentousuicídio, mas não morreu, ficou comsequelas terríveis.

Contava dona Lourdes que aqueleveneno foi queimando e perdendo arespiração, e querendo pedir socorroe não conseguir falar e concluía: foicoisa mais horrível de toda a sua vida.E dona Lourdes hoje fala que não quermorrer de jeito nenhum, mesmo viven-do naquela situação tão difícil. Pensase não morrer e vou ficar igual a ela. -Isso nunca.4ª – Cortar os pulsos com uma facalembrou-se de uma vizinha que tentoufoi uma sangueira danada, ficou pálida,mas não morreu, mas ficou aquelasmarcas nos pulsos. Isso não. - Nãogosto de ver sangue.

Depois se lembrou do que todomundo fala de quem se suicida vaidiretamente para o inferno, semperdão. Nesse momento deu um saltona cama. Ficou apavorada mesmo.Depois pensou nos pais que sempre atrataram com tanto carinho,especialmente sua mãe, seus irmãos,parentes e amigos. Suicídio. Não, issonunca.

Pensou melhor, isso é umabobagem quem vai sofrer sou eu, foimais longe e pediu perdão a Deus porhaver pensado coisas tão sinistras. Voudormir e seja o que Deus quiser.

Já de madrugada teve umpesadelo terrível, sonhou que estavamorrendo e sendo levada por umimenso túnel onde havia uma imensafogueira, ainda via o seu namoradocom outra muito contente. De repentedeu grito. Que acordou todos osfamiliares e alguns vizinhos.

Não quero morrer! Não queromorrer! Os seus pais e familiaresacordaram e a viram de joelhospedindo a Deus que não queriamorrer.

Não outro dia. Logo queamanheceu Maria Julia estavacontente, fazendo uma limpeza geralem toda a casa. E nunca mais pensouno tal do suicídio. Depois de dois anosarranjou outro namorado e casou-se.E dizem que foram felizes parasempre.

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PERDOAR E AGRADECER

Uma das mães de que ChicoXavier recebeu a mensagem de umfilho é muito interessante.

Trata-se do caso de um menino,de aproximadamente quatro anos deidade, que fora deixado com aempregada e os pais foram trabalhar.

Tão própria de criança, o meninoquis correr de bicicleta na frente dacasa, quando vindo um motoristadesavisado e o atropelou, com isso veioa desencarnar dias depois.

Fora um drama muito grandepara a família, os pais desesperadodiante daquela ausência tão querida,além de tudo, era filho único. Elesinconsoláveis ficaram por muitos anosnessa tristeza sem fim e revoltados coma empregada. Naturalmente que àsvezes com palavras ou veladamenteculpava a moça. Mas depois de muitosofrimento conseguiram perdoá-la quea julgavam a principio a única culpada.

Um dia fora a Uberaba econtaram a Chico Xavier a grandevitória de haver perdoado a infelizcriatura que os infelicitaram. ChicoXavier ficou muito contente com adecisão. Mas replicou:

Mas não julgue que seja tudo.Afinal, vocês têm uma divida degratidão com essa moça, porque omenino devia desencarnar com essaidade mesmo. Se estivessem naresponsabilidade de um de vocês, porcerto que nunca se perdoariam.

DEUS LHE PAGUE!

Na minha infância longínquahavia uma senhora que benzia na suasingela residência de apenas doiscômodos, coberta de capim. Dedescendência indígena, guaranikaiowa, analfabeta, muito pobre,lavava roupa a diversas pessoas parasobreviver.

Mas parece que tinha um deversagrado de benzer as crianças tanto davizinhança e algumas vezes vinhampessoas de muito longe, pessoasabastadas, outras muito pobres,trazendo os seus pequenos para a NháPatô benzer, além disso, nos domingose feriados, frequentava a igreja católicalocal.

Apesar de ser muito pobrejamais aceitava qualquer presente porconta dos benzimentos que fazia,deixava as suas atividades do dia-a-dia para dar atenção a quem chegasse.

Sempre prestava muita atençãoquando alguém agradecia nestestermos. Deus lhe pague! Ou Deuslhe abençoe! Ou em espanhol. Dioste bendiga! Era a sua maior alegria.Falava que era a única coisa queaceitava. A qual era sempre arecompensa maior esse gesto queparte de um coração agradecido.

Aliás, tinha uma frase peculiarquando as pessoas agradeciam.Sempre repetia. Isto está bem... Foradisso não aceitava qualquer presentepor conta de orações.

Já muito idosa um dia de depoisde uma grande chuva à noite, na manhãseguinte encontraram-na sem viva como terço de sua devoção ainda em suasmãos.

Por certo que a vida foi passandoe nunca me esqueci daquelas cenastocante de minha infância e daquelequintal onde muitas pessoas aesperavam. Ela pacientemente atendiaa todos e depois se retiravam para ointerior de sua casa. É nítida alembrança daquelas criançaschorando, ou impacientes, mas elaatendia a todos com real interesse, ospais e as crianças saiam dali aliviados.

Mais tarde aprendia que apalavra é uma energia em expansão queatinge os lugares mais remotos quandopotencializada pela fé e pelo desejosincero de ajudar.

Como resposta aquelescorações afortunados de entendimentoque pedem pelos outros e como fosseum raio luz recebido do mais alto vemaliviar a dor e consolar os aflitos esobrecarregados.

O que impressiona comopessoas puderam entender narealidade o que Jesus. Afinal decondições tão simples para entendercertas coisas que parecem tão difíceisa tantas pessoas.

LEMBRETE IMPORTANTE:

Para aqueles que viajam paracidades do interior do Estado, ouaqueles que se dirigem a Capital, quesão espíritas ou simpatizantes, nãoesqueçam de consultar antes de viajaro site: www.luzesdoamanhecer.com,onde terá endereço dos principaiscentros espíritas do Estado.

Na Capital, pode escolher odia e horário de palestras,evangelização infantil e tratamento decura. Em qualquer caso visite as casasespíritas, mesmo porque asexperiências dos outros sempreenriquece.

Caso saiba de alguma CasaEspírita que abriu recentemente e queiraque conste o endereço na internet e/ou receber nosso Jornal o E-mail é:[email protected].