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E-LEARNING MODELOS CONTEMPORÂNEOS DE GESTÃO PROF. DR. EDUARDO MARÓSTICA André Martin

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E-LEARNING

MODELOS CONTEMPORÂNEOS DE GESTÃO

PROF. DR. EDUARDO MARÓSTICA

André Martin

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Introdução

Os micros são parte integrante de nossas vidas, ou melhor dizendo, são essenciais para o nosso aprendizado. A maioria das pessoas acredita que os treinamentos baseados no computador são inovações educacionais recentes. Entretanto, existem há cerca de 30 anos.

Hoje, a tecnologia é mais sofisticada e a Internet alterou, fundamentalmente, as paisagens econômicas de maneira tão radical que agora é possível darem saltos significativos na utilização da tecnologia para o aprendizado.

Há poucos anos apenas algumas pessoas tinham ouvido falar no termo e-learning. Mas, aconteceu uma pequena revolução. Se antes fala-se em ensino com tecnologia, a palavra hoje é treinamento on-line.

Aos poucos, a introdução do e-learning dentro de nossas casas, das empresas e das próprias escolas e universidades adicionou um novo significado para o treinamento e as possibilidades para entrega e formação de conhecimento.

Os cursos e treinamentos são disponibilizados num compasso acelerado na Rede e os estudantes têm acesso a um novo mundo para a transferência de conhecimento.

A discussão foi ampliada e hoje a questão não é mais se as empresas implementarão o aprendizado on-line, mas se elas o farão da maneira correta. Ter a tecnologia certa e fornecer bons programas de aprendizado utilizando essa tecnologia é essencial, mas não o suficiente.

Uma estratégia eficaz de ensino a distância deve ser mais que a própria tecnologia ou o conteúdo que ela carrega. Também deve concentrar-se em fatores vitais para o sucesso, que incluem a criação de uma cultura de aprendizado, a preparação de um suporte de liderança real, o desenvolvimento de um modelo de negócio sustentável e o apoio de toda a empresa às mudanças.

Uma coisa é certa: o e-learning veio para ficar.

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e-Learning: O ensino do próximo milênio

O termo e-Learning é uma combinação ocorrida entre ensino com auxílio da tecnologia e a educação à distância. Ambas modalidades convergiram para a educação on-line e para o treinamento baseado em Web, que ao final resultou no e-Learning.

Sua chegada repentina adicionou novos significados para o treinamento e fez explodir as possibilidades para difusão do conhecimento e da informação para os estudantes e, em um compasso acelerado, abriu um novo mundo para a distribuição e o compartilhamento de conhecimento, tornando-se também uma forma de democratizar o saber para as camadas da população com acesso às novas tecnologias, propiciando a estas que o conhecimento esteja disponível a qualquer tempo e hora e em qualquer lugar.

A fim de apoiar o processo, foram desenvolvidos os LMS’s (Learning Management System), sistemas de gestão de ensino e aprendizagem na web. Softwares projetados para atuarem como salas de aula virtuais, gerando várias possibilidades de interações entre os seus participantes. Com o desenvolvimento da tecnologia na web, os processos de interação em tempo real passaram a ser uma realidade, permitindo com que o aluno tenha contato com o conhecimento, com o professor e com outros alunos, por meio de uma sala de aula virtual.

A interatividade disponibilizada pelas redes de Internet, intranet, e pelos ambientes de gestão, onde se situa o e-learning, segundo a corrente sócio-interacionista, passa a ser encarada como um meio de comunicação entre aprendizes, orientadores e estes com o meio. Partindo dessa premissa, é capaz de proporcionar interação nos seguintes níveis:

• Aprendiz/Orientador;

• Aprendiz/Conteúdo;

• Aprendiz/Aprendiz;

• Aprendiz/Ambiente.

Uma definição simples para e-learning seria o processo pelo qual o aluno aprende através de conteúdos colocados no computador e/ou Internet e em que o professor, se existir, está à distância utilizando a Internet como meio de comunicação (síncrono ou assíncrono) podendo existir sessões presenciais intermédias.

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Evolução do e-learning no mundo

O mercado mundial de e-Learning deve crescer de US$ 6.6 bilhões em 2002 para US$ 23.7 bilhões em 2007, prevê o Grupo IDC. Segundo o instituto de pesquisas, a parcela do mercado referente a conteúdos continuará sendo a maior oportunidade, e o maior crescimento devem ser observados na área de serviços. O balanço foi feito no estudo Begin Act II: Worldwide and U.S. Corporate e-Learning Forecast, 2002-2007, do IDC Group.

Numa projeção classificada por alguns consultores internacionais como "otimista e irreal", o órgão prevê um crescimento geral do e-Learning de 35% até 2007. Esta é a mesma taxa fixada para os US$ 2.7 bilhões referentes ao segmento de conteúdos durante o mesmo período. No segmento de serviços o crescimento esperado é de 41% (receitas de US$ 1.3 bilhões no ano de 2002).

O instituto também acredita que conteúdos para habilidades nos negócios (que não incluam treinamentos em IT) devem crescer por volta de 49%.

Enquanto isso, o mercado de infra-estrutura (LMS, e-Learning síncrono e demais ferramentas) produziu receitas da ordem de US$ 690 milhões em 2002 e devem crescer a um ritmo projetado de 33%. O IDC estima que os Estados Unidos ficaram com uma parcela do mercado de US$ 5.2 bilhões em 2002.

Fonte: IDC Group

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Evolução do e-learning no Brasil

A educação corporativa cresce a passos largos em todo o mundo e no Brasil. Prova dessa demanda é o aumento no número de organizações que usam e-learning como ferramenta de Tecnologia e Desenvolvimento. Em 2002, foram 258 empresas, enquanto que em 2001 apenas 100 usavam a tecnologia, um aumento de mais de 100%.

E o mercado de e-learning cresce a passos largos. De um lado, temos as empresas que se empenham em criar um diferencial em meio à concorrência, procurando qualificação profissional. Do outro, especialistas em educação corporativa e universidades incluem em seu catálogo de serviços o treinamento a distância, via Intranet ou Internet. Empresas de tecnologia correm atrás desse filão. É a educação a distância que se consolida no país.

Os empresários querem garantir a competitividade no mercado e, para tanto, precisam investir na atualização, treinamento e aperfeiçoamento constante de seus funcionários, pré-condições para o desenvolvimento e a retenção de talentos.

A atual visão do empresariado gerou nos Estados Unidos uma enorme procura pelo ensino à distância que, desde 1997, vem possibilitando a capacitação com eficácia e baixo custo. No Brasil, só recentemente, empresas dos mais diversos setores, preocupadas em promover o aprimoramento e motivação dos seus empregados, estão descobrindo o treinamento pela Internet.

De olho nessa área, as companhias especializadas em ensino e em tecnologia correm contra o tempo para adquirir conhecimentos e infra-estrutura para disponibilizar o serviço. Os números levantados pelo International Data Corporation (IDC) comprovam a tendência.

Quando foi lançado no mercado nacional, em 1999, o maior desafio do e-learning era a resistência à mudança por parte das companhias e dos próprios funcionários. Em 2000, ano que registrou significativos investimentos corporativos em novas tecnologias, o setor movimentou R$ 10 milhões, valor ainda baixo se comparado a outros segmentos de Tecnologia da Informação.

Aumenta cada vez mais o número de pessoas que buscam na Internet chances de estudar e melhorar o currículo profissional. É o que constatou uma pesquisa realizada no primeiro semestre de 2003 do portal webAula em sua base de quase 377 mil alunos matriculados em seus 28 cursos de informática. Avaliando as estatísticas, a empresa confirmou o que já percebia: a adesão aos cursos do portal cresce a cada dia.

Em São Paulo eram mais de 13 mil alunos em treinamento no portal, o que corresponde a 35,32% do total de internautas que acessam constantemente os cursos. Em segundo lugar, aparecia Minas Gerais, com 13,16% dos quase 377 mil alunos. E no Rio de Janeiro, mais de 40 mil internautas acessavam os cursos de informática diretamente do portal webAula.

O que tem levado as empresas a usarem cada vez mais a educação corporativa como parte do Treinamento dos seus funcionários? É simples:

redução de custos de T&D - sem gastos com hotel, alimentação, transporte, etc;

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agilizar lançamento de novo produto no mercado;

melhorar utilização de produto já lançado.

Ou seja, as aplicações do e-learning não estão mais restritas aos treinamentos e cursos. Logo, o EAD deve ser visto como uma ferramenta que agrega valor. E não deve ser usado somente pelo setor de Recursos Humanos, já que pode ser parte da capacitação dos negócios da empresa.

Pilares do e-learning

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Viabilizar a educação a distância não depende apenas de um bom software que gerencie os cursos e alunos. Além de um eficiente sistema de gerenciamento é necessário deter conteúdos desenvolvidos com embasamento pedagógico e teoria específica. É indispensável também expertise em gestão de cada curso, o que envolve profissionais de recursos humanos, tutores e professores.

Projetos de e-learning requerem ainda a participação de uma equipe multidisciplinar onde os clientes possam ter suporte de profissionais na área de tecnologia educacional, a exemplo, pedagogos, conteudistas, designers instrucionais, revisores, coordenadores de equipe, web designers, webmasters, equipe de gerência e administração de projetos, ilustradores, programadores e analistas.

Por isso, costumamos dizer que os pilares do e-learning são tecnologia, conteúdo e gestão e que a ausência de qualquer um desses elementos torna incompleto um projeto de ensino a distância.

Vantagens

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As empresas que apostam no e-learning contam com vantagens que só têm aumentado em função dos avanços tecnológicos alcançados no setor nos últimos anos, a começar pela economia de recursos antes alocados para infra-estrutura física e deslocamento de pessoal até na melhoria da assimilação do conhecimento em função da interatividade que só a ferramentas de ensino a distância podem proporcionar. As inúmeras vantagens que intercalam o universo acima delineado podem ser resumidas nos seguintes itens:

- Rápida atualização dos conteúdos.

- Personalização dos conteúdos transmitidos.

- Facilidade de acesso e flexibilidade de horários.

- O ritmo de aprendizagem pode ser definido pelo próprio utilizador/formando.

- Disponibilidade permanente dos conteúdos da formação.

- Custos menores quando comparados à formação convencional.

- Redução do tempo necessário para o formando.

- Possibilidade de formação de um grande número de pessoas ao mesmo tempo.

- Diversificação da oferta de cursos.

Desvantagens

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- A tecnofobia ainda está presente em significativa parcela da população.

- Necessidade de maior esforço para motivação dos alunos.

- Exigência de maior disciplina e auto-organização por parte do aluno.

- A criação e o preparação do curso on-line é, geralmente, mais demorada do que a da formação.

- Não gera a possibilidade da existência de cumplicidades e vínculos relacionais, que somente o processo de interação presencial permite.

- O custo de implementação da estrutura para o desenvolvimento programa de e-learning é alto.

- Dificuldades técnicas relativas à Internet e à velocidade de transmissão de imagens e vídeos.

- Limitações no desenvolvimento da socialização do aluno.

- Limitações em alcançar objetivos na área afetiva e de atitudes, pelo empobrecimento da troca direta de experiência entre professor e aluno.

Conclusão

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O E-learning passou a ser um aliado ao ambiente corporativo.

Além de um mastro para o alinhamento das estratégias da empresa, esse modelo permite que todos os colaboradores tenham a oportunidade de crescer e de se desenvolver no mercado em que está inserido.

Quem ganha com isso são os clientes, através de melhor atendimento às suas necessidades, produtos e serviços.

O Brasil está cada vez mais se aprimorando nesse ramo, ano a ano é crescente sua participação no e-learning.