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Academia Militar

Mestrado em Guerra de Informação

Ano Lectivo 2010/11

TIPI

O E-learning Como plataforma de ensino

Docente (s): TCOR João Barbas

Discente (s):

MGI1006 Rui Ramalho

MGI1018 Artur Pereira

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Índice Índice .............................................................................................................. 2

Introdução ...................................................................................................... 3

O que é o E-learning? ................................................................................... 3

Como surgiu? ................................................................................................ 3

De 1980 até aproximadamente 1995 – A Era da Multimédia ...................... 5

De 1999 até a actualidade – A Geração Web ............................................... 5

Como Funciona? ........................................................................................... 6

Utilizações do E-learning .............................................................................. 7

Aspectos positivos e negativos ................................................................... 9

Vantagens do E-learning .............................................................................. 9

Desvantagens do E-learning ...................................................................... 11

E-learning que futuro .................................................................................. 13

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Introdução O e-learning presente e futuro?

Será que ainda existe espaço para os meios de ensino baseados e suportados no uso das

tecnologias de informação?

Como tentativa de resposta a esta e outras questões com que nos deparamos, segue-se

uma abordagem do tema. Iniciando pela história e do seu aparecimento, fundamentos e

motivos para a sua implementação, história, conceitos e definições, vantagens versus

desvantagens, perigos e ameaças, potencialidades, evolução e futuro. O assunto é

abordado de uma forma lata e aberta a plataforma de ensino baseada em tecnologias de

informação de E-learning. Estabelecendo um possível percurso de evolução e de

continuidade.

O que é o E-learning? O e-learning pode ser definido como uma forma de ensino a distância, em que os

conhecimentos são adquiridos pelos formandos através de uma plataforma criada para o

efeito. Esta plataforma permite aos formandos terem acesso aos conteúdos devidamente

organizados, a acções (síncronas e assíncronas), a actividades e exercícios, e a um

formador que dará a orientação necessária.

Os cursos de e-learning permitem uma aproximação entre pessoas com experiências e

culturas diferentes, tendo como objectivo comum a troca e aquisição de novos

conhecimentos ou competências. Esta experiência contribui para o enriquecimento dos

formandos.

Como surgiu? Antes do advento da informática, o e-learning era possível somente de duas formas:

"um para muitos" (tv, rádio) e "um para um" (ensino por correspondência). Após a

chegada da internet mais uma possibilidade foi acrescentada, "muitos para um", por esse

motivo é difícil falarmos em ensino à distância, sem a internet. Muitas criticas têm sido

feitas ao e-learning quanto à ausência do contacto humano directo e as deficiências

geradas por tal fato. Defensores do e-learning argumentam, entretanto, que a

aprendizagem baseada em tecnologia compensa a falta do contacto humano directo com

a criação de comunidades virtuais que interagem através de chats, fóruns, e-mails, etc.,

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enriquecendo o processo relacional de pessoas com o mesmo interesse, mas com

diferentes visões e localizadas em distintas regiões ou países. Cada vez mais as

tecnologias são utilizadas em benefício da aprendizagem e a Internet talvez seja o mais

importante canal deste processo de obtenção de informações e conhecimentos. Não há

dúvida que a Internet minimizou distâncias e derrubou muitas fronteiras até então

existentes, passando a ser um meio fascinante para a promoção da educação e do ensino

a distância.

Foi assim que surgiu o e-Learning, um método de entrega de conhecimentos,

habilidades e informações através de tecnologias web. Se o e-Learning é algo bastante

recente, o mesmo não se pode dizer da educação a distância em moldes tradicionais.

Os primeiros indícios da utilização de ensino a distância que se tem conhecimento são

do início do século passado. Algumas informações da época dão conta que por volta de

1900, indústrias mineiras do Alaska (EUA) passaram a utilizar esta forma de

transmissão de conhecimento para treinar os seus funcionários em processos específicos

como, por exemplo, a escavação no gelo. Na época esta alternativa de ensino surgiu

como uma solução muito eficaz para as indústrias da região. Além dos mineiros estarem

dispersos geograficamente, a região em que trabalhavam era extremamente acidentada,

o que dificultava muito a locomoção. Assim, a solução encontrada para esta necessidade

específica foi disponibilizar este ensino através de correspondência. Além da

correspondência, outros meios logo passaram a ser utilizados com o mesmo propósito

nos EUA. Na década de 20 a Universidade de Iowa começou a utilizar o rádio para

oferecer alguns dos seus cursos. Depois do rádio foi a vez da televisão. Em 1951 a

mesma Universidade de Iowa passou a oferecer cursos através da TV. Sem dúvida a

utilização da TV foi um avanço enorme em função dos recursos visuais proporcionados,

porém o advento do computador certamente é o que permitiu a maior evolução dos

processos de educação e ensino através de tecnologias. A partir da década de 80, com a

popularização dos PC´s, começaram a ser desenvolvidos diversos cursos suportados por

esta tecnologia. Entretanto, o primeiro registo da utilização de computadores para

ensino data de 1969, com um curso sobre Sistemas de Mainframe nos EUA.

Até o início da década de 1980 – Ensino (Presencial) Antes dos computadores estarem

disponíveis para as pessoas nas empresas o ensino presencial com um instrutor sempre

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se mostrou o primeiro e mais utilizado método. Este permite que o aluno se desloque

para um local de ensino e que possa estudar e interagir com professores e colegas,

deixando o trabalho temporariamente de lado. Ao longo dos anos este método sempre

apresentou elevados custos para as empresas e sempre motivou a procura de métodos

alternativos para o ensino.

De 1980 até aproximadamente 1995 – A Era da Multimédia A invenção do Windows 3.1, de CD-ROMs e do PowerPoint permitiu que a média

electrónica passasse a fazer parte dos processos de ensino na chama era da multimédia.

De entre os benefícios que passaram a ser alcançados estão a flexibilidade do ensino,

tendo maior liberdade para escolher o local e a hora para aprender e a redução de custos.

A principal desvantagem é a falta de interacção com o professor durante o ensino.

De 1995 a 1999 – O Despertar da Web

À medida que a Web evoluiu, os profissionais envolvidos com o ensino passaram a

explorar de que forma esta tecnologia poderia ser utilizada para melhorar os processos

já existentes. Recursos como o e-mail, à Web Browser, HTML, áudio e vídeo streaming

começaram a mudar a forma da multimédia voltada para o ensino.

De 1999 até a actualidade – A Geração Web

O tráfego de dados como áudio e vídeo sobre IP, o acesso à Internet de alta velocidade e

a sofisticação do desenho de sites e portais estão a revolucionar a indústria do ensino e o

mercado pedagógico. Actualmente os cursos via Web podem ser combinados com a

supervisão em tempo real de professores, e com conteúdos oriundos da Web, garantindo

maior agilidade e qualidade nos resultados. Estes novos métodos têm garantido redução

de custos, maior qualidade da experiência de aprendizagem e padrões a serem seguidos

nos próximos anos.

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Como Funciona?

O termo e-learning corresponde a um modelo de ensino não presencial suportado por

tecnologia. Actualmente, o modelo de ensino/aprendizagem assenta no ambiente online,

aproveitando as capacidades da Internet para comunicação e distribuição de conteúdos.

Desta forma, o e-learning aumentou as possibilidades de difusão do conhecimento e da

informação para os alunos e tornou-se uma forma de democratizar o saber para as

camadas da população com acesso às novas tecnologias, permitindo que o

conhecimento esteja disponível a qualquer hora e em qualquer lugar. Outra definição

simples para e-learning será o processo pelo qual o aluno aprende através de conteúdos

colocados no computador e/ou Internet e em que o professor, se existir, está à distância,

utilizando a Internet como meio de comunicação podendo existir sessões presenciais

intermédias.

O sistema que inclui aulas presenciais no sistema de e-learning recebe o nome de

blended learning. O blended learning, ou B-learning, é um derivado do E-learning, e

refere-se a um sistema de formação onde a maior parte dos conteúdos é transmitido em

curso à distância, normalmente pela internet, entretanto inclui necessariamente situações

presenciais, daí a origem da designação blended, algo misto, combinado.

Pode ser estruturado com actividades síncronas, ou assíncronas, da mesma forma que o

e-learning, ou seja, em situações onde professor e alunos trabalham juntos num horário

pré-definido, ou não, com cada um a cumprir suas tarefas em horários flexíveis.

Entretanto o blended learning em geral não é totalmente assíncrono, porque exige uma

disponibilidade individualizada para encontros presenciais, o que dificulta o

atendimento.

A fim de apoiar o processo, foram desenvolvidos Sistemas de Gestão de

Aprendizagem(Learning Management System ou LMS, no original).

São aplicações projectadas para funcionarem como salas de aula virtuais, gerando várias

possibilidades de interacção entre os seus participantes. Em particular, os processos de

interacção em tempo real passaram a ser uma realidade, permitindo que o aluno tenha

contacto imediato com o professor e com outros alunos.

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A interactividade disponibilizada pelas redes da Internet, intranet, segundo a frequente

sócio-interacionista, passa a ser encarada como um meio de comunicação entre alunos,

professores, e o meio. Partindo dessa premissa, é capaz de proporcionar interacção nos

seguintes níveis: Aluno/Professor; Aluno/Conteúdo; Aluno/Aluno; Aluno/Ambiente.

Existem dois meios distintos de ensinar através do e-Learning:

-Síncrono e Assíncrono.

Síncrono é quando professor e aluno estão na aula ao mesmo tempo.

Exemplos de recursos síncronos: Telefone, Chat, Vídeo-conferência, Web conferência.

Através da Web conferência o professor leccionará a aula e os alunos, via WEB, irão

ouvir a sua palestra e ver os seus apontamentos, podendo realizar perguntas e

discussões. Este modelo é o que mais se assemelha ao ensino presencial, principalmente

na estrutura de custos, desenvolvimento e actualização de conteúdo. Com a grande

ampliação dos recursos de comunicação por voz (VOIP) na WEB, exemplo o sistema

Skype, e os mensageiros como um todo. Estes meios têm ganho muita importância.

Já no e-learning Assíncrono, professor e alunos não estão na aula ao mesmo tempo.

Exemplos de recursos assíncronos: e-mail e fórum.

No e-learning corporativo, muitos projectos não tem professor.

O aluno inscreve-se quando quiser, participa quando quiser e termina quando quiser. O

que representa um curso com pouco custo variável, ou seja, custo baixo para grande

número de alunos. No e-learning assíncrono com professor, este irá responder a

dúvidas, participar de discussões em momentos diferentes no tempo. Exemplo: o aluno

publica uma pergunta as 9h00 e o professor responde as 17h00. A grande diferença no

assíncrono é que o tempo é elástico, o oposto de rígido, no síncrono, cada aluno pode

fazer o curso a seu tempo, hora, velocidade. Pode pensar, estudar e pesquisar antes de

escrever a sua actividade. Cada aluno poderá ter o seu tempo de aprendizagem.

Utilizações do E-learning Hoje em dia o e-learning é usado para promover a difusão da informação e partilha do

conhecimento. Essa difusão executa-se das mais diversas formas meios e modelos.

Desde a formação de cariz académica, fornecida pelas escolas, academias empresas de

formação e faculdades, até aos sites empresariais e governamentais. As plataformas

encontram-se distribuídas entre ambientes externos (extranet e internet) baseadas nos

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modelos corporativos, académicos e governamentais. Nos ambientes internos (intranet)

são baseados em sistemas de gestão de conteúdos e portais colaborativos.

As plataformas externas apoiam-se em portais (podem ou não estar divididos por

temáticas) e websites. No caso interno em intranets com portais colaborativos e

plataformas de difusão da informação dos mais diversos géneros e tecnologias.

No entanto a função do e-learning na sua essência é a partilha do conhecimento “seja

em que formato for”. Do uso do e-learning com objectivo da partilha do conhecimento,

as empresas em geral tiram vantagens competitivas que se tornam importantes

especialmente nos meios concorrenciais. As vantagens adquiridas permitem rentabilizar

recursos e optimizar formas de funcionamento interno. Daí que grande parte das

grandes empresas coloque á disposição dos seus colaboradores este meio que

poderemos apelidar de “ambiente colaborativo de partilha do conhecimento”. Esta

“oferta” possibilita que cada um possa ser o construtor do conhecimento empresarial

existente e contribuir para o aumento desse capital.

Segundo Freitas (2003), "As iniciativas de utilizar estratégias, para a gestão do conhecimento, tomam força com o uso em larga escala, de intranets, softwares de mapeamento de processos, aplicações de gestão e estatística de dados, programas de colaboração e de integração de equipas de trabalho, sistemas para captação e disseminação de conhecimento, sistemas de e-Learning entre outras".

De acordo com Oliveira (2003:353) destacam-se as vantagens do e-Learning para as empresas: - O ritmo pode ser definido pelos próprios funcionários. - A formação está à disposição deles em qualquer lugar. - O tempo necessário para a aprendizagem pode ser reduzido em 50%.

E Hall (2002) “...os sistemas de formação via Internet espalham-se rapidamente em todo o mundo com retorno de 50% do tempo investido e reduzindo em 35% a 50% o custo da formação. De acordo com o autor, as mudanças constantes da tecnologia e as necessidades de formação, bem como a cultura organizacional tem sido um dos problemas dificultam a sua implementação...”.

No meio académico e universitário assim como nas empresas de formação é usado

como meio de ensino.

- No meio académico o formato e-learning ganha alguma expressão tanto como

complemento e apoio aos alunos tanto como substituição do modelo tradicional. Deste

modo, os alunos já não estão dependentes da aula presencial mas, podem utilizar o

e-learning como complemento ou substituição das aulas. Este formato de aulas misto

permite que os alunos possam ter acesso ao ensino que doutra maneira seria impossível.

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Ao mesmo tempo os alunos podem ter a total liberdade e flexibilidade que um sistema

não presencial permite.

Para que a implantação do e-learning seja um objectivo completo existem alguns

problemas de regulação e de controlo que a “juventude” provocada pela proliferação e

implementação ainda reduzida que o sistema tem.

No meio governamental serve para informar e apoiar os cidadãos na sua interacção com

os órgãos de soberania, serve também como suporte para o apoio dos seus funcionários

em ambiente externo. A sua implementação é executada nos portais exclusivos de cada

órgão do governo.

Internamente funciona no mesmo formato encontrado no meio empresarial, segue no

entanto as directrizes do órgão a que está sujeito.

Aspectos positivos e negativos

A utilização do e-learning tal como de qualquer sistema seja ele mais inovador ou mais

tradicional, inclui directamente vantagens e desvantagens. Nas vantagens destacamos

todas as que podem potenciar o objectivo final considerando os aspectos financeiros, os

aspectos de transmissão do conhecimento e respectivo aumento da “massa crítica” que

doutro modo seria impossível criar e da adaptabilidade aos conceitos a aplicar.

A dificuldade de adaptação ás novas tecnologias assim como a baixa difusão dos

conhecimentos necessários podem fazer perigar o sucesso do sistema a implementar. No

entanto podermos analisar todos os pontos positivos e negativos dai resultantes.

Vantagens do E-learning

O e-learning fornece uma série de potencialidade e vantagens em relação aos métodos

tradicionais da aprendizagem e transmissão do conhecimento. Podemos apontar alguns

pontos importantes na sua utilização tais como:

Flexibilidade: Os conteúdos estão permanentemente disponíveis e acessíveis quer em

websites com plataformas académicas preparadas para o efeito (tal como a plataforma

académica mais conhecida o Moodle), empresas de formação á distância em portais

colaborativos isto no caso do e-learning corporativo com informações empresariais quer

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em endereços simples de puro armazenamento da informação baseado em FTP (o que

apesar de não se poder considerar e-learning “puro” baseia-se mais na partilha de

informação (em ficheiros normalmente pdfs) disponibilizados para o efeito, já apresenta

um modo de difusão do conhecimento á distância.

Acessibilidade: O acesso permanente ás fontes é outra das vantagens do e-learning, já

não é necessário estar presente para poder aceder aos conteúdos, eles podem ser

acedidos em qualquer lugar e a qualquer hora. Para isso basta apenas um meio de

comunicação para o acesso. Com o aparecimento da chamada internet móvel através

dos smart-phones e tablets é possível aceder mesmo que em movimento aos conteúdo

fornecidos. Este novo meio implica no entanto que a plataforma seja adequada quer ao

meio de transmissão quer á plataforma do dispositivo (fala-se já do mobile-learning ou

m-learning) como acesso á informação.

Centralidade no aluno/destinatário: Ao contrário do ambiente presencial em que o

foco do professor é a classe o ambiente de aprendizagem centra-se no aluno tal como se

trata-se de uma relação directa professor/fonte do conhecimento ou informação para o

aluno ou objecto do conhecimento. As vantagens do modelo centrado no aluno baseiam-

se nas variadas fontes á disposição do aluno/destinatário e, no acesso aos vários meios

em simultâneo, com o intuito de “discutir” ou aprofundar os conhecimentos entretanto

adquiridos. Neste conceito está subjacente um modelo de relação colaborativa mesmo

que seja “á vez” onde cada um dos elementos executa a sua interacção baseada num

modelo de “request/response”.

Convergente com as necessidades dos alunos/destinatários: O foco do e-learning é

sempre responder de uma forma mais directa ás potencialidades e dificuldades do aluno.

Este tipo de ensino orienta-se para as solicitações e necessidades dos alunos, a

necessidade de alteração e resposta a qualquer alteração por parte do aluno dos horários

de estudo, da localização ou das rotinas de actividades é inexistente.

As alterações de métodos de ensino obsoletos ou ineficazes são executadas com mais

facilidade e rapidez.

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Racionalização de recursos: Há redução e racionalização dos recursos envolvidos

(pode tornar-se um meio obtenção de vantagens competitivas no meio empresarial caso

seja esse o meio onde o sistema se encontre implementado) desde os meios humanos,

financeiros e todos os necessários á transmissão da informação/conhecimento num

formato tradicional.

Torna-se num meio eficaz de alavancar o negócio, o conhecimento, a educação ou

simplesmente a transmissão da informação, que não seria possível devido á inexistência

ou dificuldade na obtenção dos meios implicados.

Melhor integração de alunos/destinatários com dificuldades: Ao ser um sistema

mais aberto e de cariz universal, consegue integrar mais facilmente os alunos com

dificuldades de aprendizagem. O facto do aluno poder rever “infinitamente” as aulas

administradas, possibilita que, possa reaprender o que numa primeira abordagem não foi

possível. Assim a reutilização do material exposto possibilita um reaproveitamento dum

recurso de aprendizagem que doutro modo seria inexistente.

Interactividade: A interactividade entre a fonte e o destinatário está assegurada. Apesar

da interactividade ser assegurada esta não é sempre simultânea. Baseando-se essa

apenas no período em que as e-learning classes ocorrem. Fora desse contexto de

interactividade directa, essa apenas pode ser executada via e-mail, messenger, ou outra

ferramenta de comunicação electrónica. (1)

Desvantagens do E-learning Mesmo com os pontos positivos apontados ainda sobressaem alguns problemas

decorrentes do uso do e-learning como meio de transmissão do conhecimento e da sua

utilização. Podemos focar-nos em algumas que julgo mais importantes nesta análise.

Falta de contacto humano: A falta de contacto humano é um dos pontos apontados na

resistência á adopção deste meio. Os alunos/destinatários apresentam esta como um dos

motivos da sua implementação não ser mais elevada. A falta do habitual professor torna

este meio um pouco artificial e atractivo.

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Problemas técnicos: A estabilidade e os problemas técnicos encontrados quer na

elaboração das plataformas assim como na criação dos conteúdos criados para o

ambiente e adaptados aos meios que acedem ás plataformas. Dificultam e provocam

atrasos significativos na elaboração, manutenção e actualização dos sistemas baseados

em e-learning.

Falta de “informação” de professores/fonte e alunos/destinatários: A falta de

informação da parte os professores/fontes e dos alunos/destinatários, implica que a

utilização e exploração de uma forma optimizada das potencialidades (existentes) do

sistema seja ainda considerada baixa. A pouca formação e o desconhecimento por

ambas as partes (fontes e destinatários) da utilização sensibilização do uso das

ferramentas de TIC colocadas ao seu dispor “disfunção funcional”, não possibilita tirar

melhor partido e rentabilidade do meio.

Custos e tempo exigido ao professor: A actividade de criação dos conteúdos

pedagógicos específicos para o meio implica por parte do professor/fonte um tempo de

laboração alargado para elaboração dos conteúdos, tempo que é acrescentado ao facto

de estar disponível durante o período em que ocorre a “aula”. Os custos para o

planeamento/criação de estruturas, ferramentas de criação dos conteúdos específicos e

elaboração das plataformas, ainda são avultados e constituem um handicap na adopção

da tecnologia.

Optimização das plataformas: A optimização e evolução para abranger uma

quantidade cada vez maior de alunos/destinatários com a qualidade necessária e

rentabilizar a plataforma. Acrescido do facto dos alunos/destinatários usarem os mais

variados meios de acesso e de plataformas de comunicação. Obriga que o sistema

responda ás solicitações, mas que os recursos utilizados financeiros, humanos e técnicos

sejam cada vez maiores.

Certificação e standards: A inexistência de certificação e falta de criação dos

standards “de qualidade”, leva a que o conceito e método usado sejam elaborados “á la

carte” sem que as regras de boas práticas e de regulação da actividade sejam requeridos.

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No formato actual, qualquer um pode fornecer “conhecimento”, sem regras ou qualquer

controlo da qualidade dos conteúdos fornecidos. Factor que contribui apenas para a

descredibilização do sistema de e-learning.

Avaliação e confidencialidade: Um dos maiores paradigmas que se levantam no

quadro da certificação da formação á distância é a da avaliação, se esta não for

presencial. A falta de regras que regulem este modelo de formação podem levar a uma

descredibilização do e-learning como meio de substituição do modelo de ensino

tradicional. A dificuldade de implementar e controlar a confidencialidade do processo

usado na avaliação “á distância” é outro dos pontos menos positivos do processo.

E-learning que futuro

O e-learning nos formatos conhecidos e usados hoje em dia do website e do portal, com

interactividade reduzida e modelo de um para muitos “têm os dias contados”.

A plataforma estática e sequencial fornece apenas uma parte das necessidades actuais

mas não preenche as futuras. Com o avanço TIC e das novas ferramentas tecnológicas

as características do e-learning têm de evoluir e tornarem-se mais interactivas,

colaborativas e baseadas nos novos formatos de interacção emergentes. O advento da

realidade virtual nas suas diversas vertentes desde a realidade aumentada, passando pela

realidade interactiva á realidade imersiva tornam-se nas novas formas de interagir e

colaborar, elas podem e devem ser usadas em conjunto para responder ás novas

perspectivas e funcionalidades do e-learning. O novo e-learning colaborativo e

“presencial” toma o seu lugar.

A utilização destas novas tecnologias em conjunto com os videojogos como forma de

ensino, transformam o e-learning de uma plataforma estática e localizada “fisicamente”

para um palco global sem limites de espaço e tempo onde a aprendizagem é executada

entre diversos actores e objectos. Baseada em sistemas interactivos de realidade virtual,

a imersão é utilizada como contexto e a tele-presença holográfica uma realidade.

Pode-se considerar, que com o incremento e utilização cada vez mais conseguida dos

(1) A interactividade dita “total” está prevista na introdução da realidade virtual como meio de transmissão do conhecimento.

Nomeadamente no V-learning (virtual-learning), que é um ambiente virtual do tipo imersivo.

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meios das TIC multimédia ao e-learning (apesar de ser um virtual-learning), pode-se

afirmar que a aprendizagem volta a ser baseada na experimentação, ampliada com as

funcionalidades adquiridas das TIC. Isto leva ao aumento exponencial de todas as suas

capacidades, atingindo então o objectivo para o qual foi criado.

“O futuro do E-learning é Dourado e Virtual”.

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