e-book "Pescar Saúde

65
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

Transcript of e-book "Pescar Saúde

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Ficha tcnicaTTULO: Pescar Sade

    COLEO E-BOOKS APN: N. 39, abril de 2016

    DIREO EDITORIAL: Clia Craveiro

    CONCEO: Helena Real, Mariana Barbosa, Teresa Carvalho

    CORPO REDATORIAL: Clia Craveiro, Helena Real, Mariana Barbosa, Snia Xar, Teresa Carvalho, Teresa Rodrigues

    CRIAO GRFICA: snap creative team

    PROPRIEDADE: Associao Portuguesa dos Nutricionistas

    REDAO: Associao Portuguesa dos Nutricionistas

    REVISO: Carla Fernandes, Tnia Pereira

    APOIO:

    ISBN: 978-989-8631-27-5

    Abril de 2016 APN

    Interdita a reproduo integral ou parcial de textos ou fotografias, sob quaisquer meios e para quaisquer fins, inclusive comerciais.

  • 03 ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    DEFINIES

    RECOMENDAES ALIMENTARES

    BENEFCIOS DO CONSUMO DE PESCADO

    PESCAR NO MAR PORTUGUS

    DO MAR MESA

    PESCA DE RESPOSTAS

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ndice

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    DefinicesPESCADO FRESCO: animais subaquticos que no sofreram processos de conservao, alm da refrigerao com ou sem adio de gelo, gua do mar e sal, desde o momento de captura.

    PEIXE: animal vertebrado subaqutico que possui o corpo repleto de escamas, respira atravs de brnquias e os membros tm a forma de barbatanas.

    PEIXES MAGROS: conjunto de espcies de peixe, tpico de guas profundas, que acumula a gordura no fgado. Como tm menor quantidade de gordura, a colorao do seu msculo

    branca.

    PEIXES GORDOS: conjunto de espcies de peixe, que se encontram junto da superfcie da gua e que acumula a gordura quer no fgado, quer no tecido muscular, motivo pelo qual a

    sua colorao mais escura do que a do peixe magro. Tratando-se de espcies migratrias,

    utilizam a gordura como reserva energtica.

    PEIXES DE GUA DOCE: espcies de peixe que vivem em guas interiores, tais como lagos, rios, barragens e albufeiras.

    PEIXES DE GUA SALGADA: espcies de peixe que vivem em guas profundas e salgadas, caractersticas das guas ocenicas.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    MOLUSCOS: animais invertebrados, marinhos ou terrestres, com corpo mole, viscoso e longo. Podem ter uma concha calcria protetora.

    CRUSTCEOS: classe de artrpodes com exosqueleto endurecido com carbonato de clcio que permite criar uma crosta.

    CONQUICULTURA: criao de moluscos bivalves em viveiros. So exemplos a ostreicultura (cultura de ostras) e a mitilicultura (cultura de mexilhes).

    AQUACULTURA: criao ou cultura de organismos aquticos, que aplica tcnicas para aumentar a produo dos mesmo para alm das capacidades naturais do meio.

    AQUAPONIA: uma associao entre a aquacultura (criao de peixes em viveiro) com a hidroponia (cultivo de plantas sobre a gua), funcionando num sistema fechado e dinmico

    onde os resduos dos peixes servem de alimentao para as plantas e estas, por sua vez,

    filtram a gua, devolvendo-a em boas condies para os peixes crescerem saudavelmente.

    Definices

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    O PESCADO PODE ENGLOBAR

    MARISCOPEIXE

    PEIXES SSEOS MOLUSCOS

    CEFALPODES GASTRPODESBIVALVES

    PEIXES CARTILAGNEOS CRUSTCEOS

    p.e: Pescada, Cavala

    p.e: Mexilho, Amijoa p.e: Choco, Polvo p.e: Bzios, Lapas

    p.e: Raia, Cao p.e: Sapateira, Camaro

    Definices

    Neste e-book sero abordadas, de forma mais detalhada, espcies de peixes sseos, bivalves e cefalpodes, por se inclurem no conjunto de espcies de pescado mais transacionadas em Portugal.

  • 07 ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Recomendaces

    Alimentares

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Pescado na

    alimentaco diriaA American Heart Association recomenda a ingesto de peixe gordo (p.e. cavala, sardinha), 2 a 3 vezes por semana, pelo seu efeito protetor em relao s doenas cardiovasculares.

    7 DIAS 14 REFEIESPRINCIPAIS

    CARNE

    PESCADO2 OU 3

    REFEIES DE PEIXE GORDO

    OVOS

    LEGUMINOSAS

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    ... Segundo a Rodados Alimentos

    O pescado integra o grupo das Carnes, Pescado e Ovos.

    A Roda dos Alimentos recomenda a ingesto de

    1,5 a 4,5 pores dirias de alimentos deste grupo.

    UMA PORO CORRESPONDE A: 25 g de carnes ou pescado cozinhados 1 ovo tamanho mdio (55 g)

    30 g de carnes ou pescado crus

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Sem

    anal

    men

    teD

    iari

    amen

    teA

    cad

    a re

    fei-

    o

    prin

    cipa

    l

    Doces 2p

    Carnes vermelhas < 2pCarnes processadas 1p

    Ovos 2-4pLeguminosas secas 2p

    AzeitePo / Massas / Arroz / Couscous /

    Outros cereais 1-2p (de preferncia integrais)

    gua e infuses

    Biodiversidade e sazonalidadeProdutos tradicionais,

    locais e amigos do ambienteActividades culinrias

    P= PoroEdio de 2010

    Actividade fsica regularDescanso adequadoConvivncia

    A Pirmide da Dieta Mediterrnica: um estilo de vida para os dias de hojeRecomendaes para a populao adulta

    Pores de alimentos baseadas na frugalidade e nos hbitos locais

    Vinho em moderao e de acordo com as crenas sociais

    Ervas aromticas / especiarias / alho / cebolas (menos sal de adio)

    Variedade de aromas / sabores

    Carnes brancas 2pPeixe / pescado 2p

    Batatas 3p

    Lacticnios 2s (de preferncia magros)

    Fruta 1-2 | Hortcolas 2pVariedade de cores/texturas (cozinhados / Crus)

    Azeitonas / nozes / sementes 1-2p

    2

    010

    Fund

    aci

    n D

    ieta

    Med

    iterr

    nea

    O u

    so e

    pro

    mo

    o d

    esta

    pir

    mid

    e

    reco

    men

    dado

    sem

    qua

    lque

    r res

    tri

    o

    ICAFInternational Commission on theAnthropology of Food and Nutrition

    HELLENIC

    HEAL

    TH FOUN

    DATIO

    N

    HELLENIC HEALTH

    FOUNDATION

    . .

    ... Segundo a Pirmide da dieta mediterrnICAO pescado encontra-se no patamar dos alimentos que devem ser consumidos semanalmente.Este guia alimentar sugere o consumo de 2 ou mais pores de peixe / pescado por semana.

    Sem

    anal

    men

    teD

    iari

    amen

    teA

    cad

    a re

    fei-

    o

    prin

    cipa

    l

    Doces 2p

    Carnes vermelhas < 2pCarnes processadas 1p

    Ovos 2-4pLeguminosas secas 2p

    AzeitePo / Massas / Arroz / Couscous /

    Outros cereais 1-2p (de preferncia integrais)

    gua e infuses

    Biodiversidade e sazonalidadeProdutos tradicionais,

    locais e amigos do ambienteActividades culinrias

    P= PoroEdio de 2010

    Actividade fsica regularDescanso adequadoConvivncia

    A Pirmide da Dieta Mediterrnica: um estilo de vida para os dias de hojeRecomendaes para a populao adulta

    Pores de alimentos baseadas na frugalidade e nos hbitos locais

    Vinho em moderao e de acordo com as crenas sociais

    Ervas aromticas / especiarias / alho / cebolas (menos sal de adio)

    Variedade de aromas / sabores

    Carnes brancas 2pPeixe / pescado 2p

    Batatas 3p

    Lacticnios 2s (de preferncia magros)

    Fruta 1-2 | Hortcolas 2pVariedade de cores/texturas (cozinhados / Crus)

    Azeitonas / nozes / sementes 1-2p

    2

    010

    Fund

    aci

    n D

    ieta

    Med

    iterr

    nea

    O u

    so e

    pro

    mo

    o d

    esta

    pir

    mid

    e

    reco

    men

    dado

    sem

    qua

    lque

    r res

    tri

    o

    ICAFInternational Commission on theAnthropology of Food and Nutrition

    HELLENIC

    HEAL

    TH FOUN

    DATIO

    N

    HELLENIC HEALTH

    FOUNDATION

    . .

  • 11 ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Benefcios

    do CONSUMO

    DE pescado

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Interesse nutricional \

    do pescado

    PROTENAS

    O pescado rico em protenas de alto valor biolgico, constituindo uma importante fonte de aminocidos essenciais, como a lisina e a isoleucina.

    As protenas do pescado so de melhor digestibilidade por serem maioritariamente absorvidas no trato gastrointestinal. Alm disso, a digestibilidade destas protenas facilitada pelo menor contedo em tecido conjuntivo e pela sua mais rpida dissoluo sob ao do

    calor, quando comparadas com as protenas da carne.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    LPIDOS

    As espcies marinhas so uma importante fonte de lpidos, sobretudo cidos gordos polinsaturados, mais especificamente cidos gordos essenciais mega-3.

    O organismo consegue sintetizar a maioria dos cidos gordos, exceto o cido linoleico (LA) -

    mega-6 e alfa-linolnico (ALA) - mega-3, devendo estes ser obtidos atravs da alimentao. Em pequena escala, o organismo pode converter o ALA em outros cidos gordos: cido eicosapentaenico (EPA) (20:5 -3) e cido docosahexaenico (DHA) (22:6 -3), pelo que a sua obteno deve ser complementada com fontes alimentares dos mesmos.

    O EPA e o DHA esto presentes, maioritariamente, em fontes marinhas como as algas marinhas, os peixes gordos e os seus leos.

    A relao mega-3:mega-6 a privilegiar de 3:1 j que os mega-3, contrariamente aos mega-6, possuem um efeito anti-inflamatrio.

    Deste modo, uma dieta com maior teor de mega-3 permite combater o excesso de fatores inflamatrios responsveis por diversas patologias, nomeadamente doenas crnicas no transmsseis.

    O menor teor de gordura do peixe tambm facilitador da sua melhor digestibilidade promovendo um esvaziamento gstrico mais rpido que, por sua vez, leva diminuio da

    sensao de saciedade.

    Interesse nutricional \

    do pescado

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    LPIDOS (MEGA-3)

    Recomendaes relativas ingesto de cidos gordos mega-3, de origem marinha, de acordo com diferentes organismos:

    ORGANISMO SECO GEOGRFICA ANO RECOMENDAO

    American Heart Association (AHA) EUA 20152 vezes por semana de peixe

    (preferencialmente peixe gordo)

    The Norwegian Directorate of Health / VKM

    Noruega 2014Refeies de peixe ao jantar, pelo

    menos 2 a 3 vezes por semana

    Food and Agricultural Organization of the United Nations (FAO) e World Health Organization (WHO)

    Mundial 2011Pelo menos 1 a 2 pores de 100 g

    de peixe gordo, por semana

    European Food Safety Association (EFSA) Europa 2010250 mg EPA + DHA,

    diariamente

    Scientific Advisory Comitee for Nutrition (SACN)

    Reino Unido 2004450 mg EPA + DHA,

    diariamente

    International Society for the Study of Fatty Acids and Lipids (ISSFAL)

    Mundial 2004500 mg EPA + DHA,

    diariamente

    Interesse nutricional \

    do pescado

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    LPIDOS (MEGA-3)

    Combate o stress e a depresso

    Aumenta a concentrao e a memria

    Confere proteo contra os processos inflamatrios vasculares

    Proteo contra as doenas neurodegenerativas (ex.: Doena de Alzheimer)

    Fortalece e confere mais vitalidade ao cabelo

    Melhora a viso

    Diminui o risco de AVC

    Regula os nveis de acar no sangue

    Auxilia o crescimento do feto na gravidez

    Previne reaes atpicas

    Protege contra os danos da pele induzidos pelos raios solares

    Combate o envelhecimento

    1

    2

    3

    4

    5

    7

    6

    1

    1

    1

    1

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    6

    7

    Interesse nutricional \

    do pescado

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    VITAMINAS E MINERAIS

    Fornece quantidades considerveis de vitaminas lipossolveis, das quais se destacam as vitaminas A e D, essenciais para a sade visual e dermatolgica, bem como para o metabolismo do clcio e do fsforo, respetivamente.

    Fornece tambm vitamina B12, essencial eritroipoese, regulao do sistema nervoso e ao metabolismo dos aminocidos e cidos nucleicos, contribuindo tambm para a reduo dos nveis de homocistena nas doenas cardiovasculares.

    Os peixes, na sua generalidade, apresentam nveis considerveis de potssio, fsforo, iodo e selnio. O potssio relaciona-se com a manuteno do equilbrio hidroeletroltico, contrao muscular e funo cardaca. O fsforo imprescindvel ao funcionamento da membrana celular, estrutura dos cidos nucleicos, metabolismo energtico e sseo. J o iodo um oligoelemento com importncia para o correto funcionamento da tiride. O selnio tem uma importante ao antioxidante no organismo.

    Salientam-se ainda os nveis de clcio, principalmente quando ingeridas as espinhas (no caso de peixes pequenos e em conserva). Este micronutriente indispensvel no s para a

    formao/manuteno dos ossos e dentes, mas tambm para a ocorrncia da coagulao sangunea, contrao muscular, ativao de enzimas, secreo hormonal e conduo de impulsos nervosos.

    Interesse nutricional \

    do pescado

  • 17 ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Pescar

    no mar

    portugus

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    espcies de pescado mais transacionadas

    em Portugal

    50

    45

    40

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    (Toneladas)

    CA

    VA

    LA

    CA

    RA

    PA

    U

    SA

    RD

    INH

    A

    BIQ

    UE

    IR

    O

    PE

    IXE

    -ES

    PA

    DA

    -PR

    ET

    O

    CA

    RA

    PA

    U-N

    EG

    R

    O

    PE

    SC

    AD

    A-B

    RA

    NC

    A

    SA

    RD

    A

    FA

    NE

    CA

    VE

    RD

    INH

    O

    BE

    SU

    GO

    ES

    PA

    DA

    RT

    E

    SA

    RR

    AJ

    O

    PO

    LVO

    -VU

    LG

    AR

    CH

    OC

    O-V

    ULG

    AR

    BE

    RB

    IG

    O

    P

    -DE

    -BU

    RR

    INH

    O

    AM

    IJ

    OA

    -BR

    AN

    CA

    AM

    IJ

    OA

    -JA

    PO

    NE

    SA

    PEIXES CEFALPODES BIVALVES

    Fonte: Docapesca, 2015

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    DADOS SOBRE pescado

    Dados da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO, 2008) apontam Portugal como um dos pases do Mediterrneo, onde o consumo de pescado tem uma elevada importncia na dieta da populao.

    Segundo os dados mais recentes da Balana Alimentar Portuguesa, de 2008 para 2012, as disponibilidades de peixes diminuram em 13% e as de crustceos / moluscos diminuram em 27%.

    Dados de 2006 sobre o consumo de peixes, numa amostra da populao do Porto, refere que cerca de 58% dos participantes consumia peixes gordos entre 1 a 4 vezes por ms. Aproximadamente 43% dos inquiridos referiu consumir semanalmente, entre 2 a 6 vezes, de

    peixes magros, comparativamente com valores na ordem dos 26% para os peixes gordos.

    Um estudo de 2011 refere que a populao portuguesa adulta apresenta uma frequncia de consumo de peixe inferior de carne, sendo a menor frequncia de consumo na populao entre os 18 e os 25 anos.

    O Instituto Portugus do Mar e da Atmosfera (IPMA, 2015) estima que cada portugus consome atualmente 57 kg de pescado por ano.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    CARAPAU

    PEIXE-ESPADA-PRETO

    PESCADA-BRANCA

    ATUM

    CAVALA

    SARDINHA

    Peixes

    magros

    Peixes

    GORDOS

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Peixes Magros

    e Peixes Gordos

    Em funo do seu teor em gordura, os peixes podem ser classificados nos seguintes grupos (por 100g):

    magro (8%)

    Ao longo do ano, os peixes sofrem oscilaes no seu teor lipdico, relacionadas com os

    seguintes fatores: estado de maturao, gnero, poca do ano, migrao e alimentao.

    Os peixes magros do mar portugus, apresentam um contedo mdio de lpidos totais que ronda os 2%, ou seja, so peixes com baixo teor de gordura.

    J os peixes gordos tm um teor de gordura de cerca de 10%, ou seja, contm alto teor

    de gordura. Destes, as espcies mais gordas, como a cavala e a sardinha, apresentam um

    contedo superior em cidos gordos polinsaturados, o que representa uma vantagem em termos nutricionais.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Peixes Magros

    e Peixes Gordos

    De entre os peixes gordos apresentados, o atum o que tem menor valor de gordura total

    e maior quantidade de protenas, seguida da cavala e da sardinha gorda. O seu contedo

    proteico ligeiramente superior ao dos peixes magros referidos (carapau, peixe-espada-preto,

    pescada-branca).

    O atum, a cavala e a sardinha so ricos em vitaminas lipossolveis (A e D), sendo o carapau o

    peixe magro com maior teor de vitamina D.

    O carapau , igualmente, o peixe magro com maior teor de vitamina B12 e, no caso dos peixes gordos, a cavala e a sardinha tambm apresentam contedos apreciveis desta vitamina.

    Todos os peixes referidos, magros e gordos, fornecem boas quantidades de potssio, fsforo e iodo. A sardinha, o carapau, a cavala e a pescada so os que tm maior contedo em clcio.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Carapau

    Trachurus trachurus

    Tamanho mnimo de captura: 15 cm

    Vive nas guas salgadas do Atlntico Nordeste,

    Arquiplago da Madeira e Mar Mediterrneo

    poca de reproduo: dezembro a abril

    15 cm

    TOP NUTRICIONAL

    Clcio

    Ferro

    Potssio

    Vitamina B12

    Vitamina D

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Peixe-espada-pretoAphanopus carbo

    Tamanho mnimo de captura: no definido

    Habita as zonas de grande profundidade (200 a 1600 m),

    ao nvel de Sesimbra e dos dois Arquiplagos

    Migra no vero para junto da costa

    poca de reproduo: outubro a janeiro

    muito sensvel a alteraes no meio aqutico

    TOP NUTRICIONAL

    cidos gordos

    monoinsaturados

    Fsforo

    Potssio

    Sdio

    Vitamina A

    no definido

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Pescada-BrancaMerluccius merluccius

    Tamanho mnimo de captura: 27 cm

    Vive nas guas profundas (30 a 1000 m) do Atlntico

    Nordeste e Mar Mediterrneo

    Migra no vero para junto da costa

    poca de reproduo: janeiro a abril

    27 cm

    TOP NUTRICIONAL

    Clcio

    Magnsio

    Folatos

    Potssio

    Sdio

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    atum

    Thunnus albacares

    Peso mnimo de captura: 3,2 kg

    Vive nas guas salgadas do Atlntico Nordeste

    e Mar Mediterrneo

    poca de reproduo: vero

    TOP NUTRICIONAL

    cidos gordos

    monoinsaturados

    Ferro

    Fsforo

    Potssio

    Vitamina D

    3,2 Kg

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cavala

    Scomber colias

    Tamanho mnimo de captura: 20 cm

    Vive nas guas salgadas do Atlntico Nordeste

    e Mar Mediterrneo

    poca de reproduo: fevereiro a abril

    TOP NUTRICIONAL

    DHA

    EPA

    Potssio

    Vitamina A

    Vitamina B12

    Zinco

    20 cm

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Sardinha

    Sardina pilchardus

    Tamanho mnimo de captura: 11 cm

    Vive nas guas salgadas do Atlntico Nordeste

    e Mar Mediterrneo

    poca de reproduo: outono a abril

    A indstria conserveira absorve grande parte

    das capturas da pesca nacional

    TOP NUTRICIONAL

    DHA

    Fsforo

    Vitamina A

    Vitamina B12

    Vitamina D

    11 cm

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    CARAPAUPEIXE-ESPADA-

    -PRETOPESCADA- -BRANCA

    ATUM CAVALASARDINHA

    GORDASARDINHA

    MEIO-GORDA

    Energia( kJ/kCal)* 442,0/105,0 370,0/88,0 351,0/83,0 591,0/140,0 841,0/202,0 920,0/221,0 658,0/158,0

    Lpidos (g)* 2,9 2,8 1,4 4,9 13,4 16,4 9,1

    cidos gordos saturados (g)*

    0,7 0,5 0,2 1,7 3,6 4,7 2,5

    cidos gordos monoinsaturados (g)*

    0,8 1,6 0,4 1,7 3,7 4,0 2,2

    cidos gordos polinsaturados (g)*

    0,9 0,2 0,4 0,8 4,7 5,6 3,3

    EPA (mg)** 58,6 14,8 66,0 48,6 1217,9 196,0 s/info

    DHA (mg)** 54,6 170,5 155,3 419,7 2128,1 1169,4 s/info

    Hidratos de Carbono (g)*

    0 3,9 0 0 0 0 0

    Protena (g)* 19,7 15,7 17,6 24,1 20,3 18,4 18,9

    Fibra alimentar (g)* 0 0 0 0 0 0 0

    Colesterol (mg)* 36,0 24,0 19,0 30,0 45,0 20,0 28,0

    Vit. A (g)* 15,0 23,0 10,0 11,0 28,0 47,0 12,0

    Vit. D (g)* 4,1 2,1 1,4 4,2 2,4 21,0 17,0

    Vit. B6 (mg)* 0,36 0,16 0,06 0,56 1,0 0,57 0,41

    Vit. B12 (g)* 5,7 1,7 0,72 2,4 14,0 10,0 10,0

    Folatos (g)* 15,0 8,3 18,0 8,3 14,0 15,0 24,0

    Sdio (mg)* 80,0 140,0 100,0 45,0 78,0 65,0 65,0

    Potssio (mg)* 400,0 330,0 360,0 360,0 360,0 370,0 400,0

    Clcio (mg)* 69,0 14,0 31,0 4,0 39,0 72,0 70,0

    Magnsio (mg)* 33,0 29,0 31,0 37,0 37,0 31,0 29,0

    Fsforo (mg)* 260,0 180,0 190,0 260,0 280,0 310,0 300,0

    Ferro (mg)* 1,2 0,1 0,3 2,2 1,1 1,0 1,7

    Zinco (mg)* 1,2 0,5 0,6 1,5 2,2 1,6 1,7

    s/ info: sem informao *Tabela da Composio dos Alimentos, INSA, 2016** IPMA

    Informaco nutricional

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    AMIJOA BRANCA

    MEXILHO

    OSTRA

    bivalves

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    BivalVes

    Os bivalves tm um valor calrico e lipdico baixo, mas destacam-se pela sua riqueza em protenas.

    O seu contedo em colesterol elevado, quando comparados com a generalidade dos peixes. Todavia, a presena de gorduras saturadas praticamente inexistente, pelo que no se justifica a sua excluso da alimentao diria de indivduos saudveis.

    Estas espcies apresentam contedos apreciveis de vitaminas, nomeadamente nos casos da amijoa e do mexilho, que so ricos em vitamina A e vitamina B12.

    Relativamente aos minerais, os bivalves so ricos em fsforo, potssio, sdio, clcio, magnsio, ferro e zinco e minerais.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Am ijoa BRANCASpisula solida

    Tamanho mnimo de captura: 25 mm

    Vive na costa atlntica de Portugal, Frana, Espanha, Irlanda

    e ao longo do Mar Mediterrneo. Habita fundos arenosos e

    vasosos da zona de mars de esturios e lagunas litorais

    Alimenta-se de microalgas que filtra da gua, onde se encontra

    poca de reproduo: vero

    a principal espcie de bivalde de aquacultura em Portugal

    TOP NUTRICIONAL

    Fsforo

    Magnsio

    Potssio

    Vitamina A

    Vitamina B12

    25 mm

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    MexilhoMytilus spp

    Tamanho mnimo de captura: 5 cm

    Vive nas guas salgadas do Atlntico Nordeste, ao longo de toda a costa

    portuguesa, esturios e habitats ocenicos rochosos at aos 10 m de profundidade

    Migra no Vero para junto da costa

    poca de reproduo: primavera e outono.

    Porm, se continuar a aumentar a temperatura do oceano Atlntico, decorrente

    do aquecimento global, prev-se que a poca de reproduo ocorra todo o ano,

    semelhana dos pases tropicais.

    H produo em aquacultura

    TOP NUTRICIONAL

    Folatos

    Fsforo

    Magnsio

    Potssio

    Vitamina A

    5 cm

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Ostra

    Crassostrea spp

    . Tamanho mnimo de captura: no definido

    Vive no Atlntico Nordeste e ao longo de toda a costa portuguesa. Tolera

    diferentes salinidades, habita em zonas pouco profundas e arenosas

    Migra no vero para junto da costa

    poca de reproduo: vero

    So necessrios 3 a 4 anos para que as ostras atinjam o tamanho comercial

    H produo em aquacultura

    TOP NUTRICIONAL

    Ferro

    Magnsio

    Sdio

    Vitamina B6

    Zinco

    no definido

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    AMIJOA MEXILHO OSTRA

    Energia( kJ/kCal)* 295,0/70,0 295,0/70,0 275,0/65,0

    Lpidos (g)* 1,5 1,5 1,7

    cidos gordos saturados (g)* 0,3 0,3 0,3

    cidos gordos monoinsaturados (g)* 0,3 0,3 0,3

    cidos gordos polinsaturados (g)* 0,5 0,5 0,5

    EPA (mg)** 58,6 s/ info s/ info

    DHA (mg)** 54,9 s/ info s/ info

    Hidratos de Carbono (g)* 2,0 2,0 3,9

    Protena (g)* 12,1 12,1 8,6

    Fibra alimentar (g)* 0 0 0

    Colesterol (mg)* 40,0 40,0 53,0

    Vit. A (g)* 360,0 360,0 85,0

    Vit. D (g)* 0 0 0

    Vit. B6 (mg)* 0,04 0,08 0,13

    Vit. B12 (g)* 37,0 19,0 14,0

    Folatos (g)* 9,5 37,0 11,0

    Sdio (mg)* 290,0 290,0 370,0

    Potssio (mg)* 280,0 280,0 260,0

    Clcio (mg)* 56,0 56,0 66,0

    Magnsio (mg)* 36,0 36,0 36,0

    Fsforo (mg)* 240,0 240,0 140,0

    Ferro (mg)* 3,5 3,5 8,0

    Zinco (mg)* 4,1 4,1 91,0

    s/ info: sem informao *Tabela da Composio dos Alimentos, INSA, 2016** IPMA

    Informaco nutricional

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    CHOCO

    POLVOCefalpodes

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    CefalpodesOs cefalpodes tm baixo valor calrico, sendo pobres em lpidos e ricos em protenas. Por exemplo, no caso do choco e do polvo, as protenas correspondem, respetivamente, a 96% e

    86% da distribuio do valor energtico.

    So uma excelente fonte de vitaminas e minerais, destacando-se o clcio, o magnsio, o fsforo, o ferro e o zinco, bem como as vitaminas B6 e B12.

    Tal como no caso dos bivalves, o elevado contedo em colesterol no acompanhado por um teor alto de cidos gordos saturados, no caso dos cefalpodes, motivo pelo qual no se justifica a sua excluso da alimentao de indivduos saudveis.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Choco

    Sepia officinalis

    . Tamanho mnimo de captura: 10 cm

    Vive nas guas salgadas do Atlntico Nordeste

    e Mar Mediterrneo

    Migra no vero para junto da costa

    poca de reproduo: fevereiro e outubro

    TOP NUTRICIONAL

    Fsforo

    Magnsio

    Potssio

    Vitamina A

    Vitamina B12

    10 cm

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Polvo

    Octopus vulgaris

    Peso mnimo de captura: 0,75 kg

    Encontra-se no Atlntico Nordeste, Mar Mediterrneo,

    Pennsula Ibrica e Arquiplagos

    Migra no vero para junto da costa

    poca de reproduo: todo o ano, mas com maior

    intensidade na primavera e outono

    TOP NUTRICIONAL

    Folatos

    Fsforo

    Magnsio

    Potssio

    Vitamina B12

    0,75 Kg

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    CHOCO POLVO

    Energia( kJ/kCal)* 336,0/79,0 310,0/73,0

    Lpidos (g)* 0,4 1,2

    cidos gordos saturados (g)* 0,1 0,3

    cidos gordos monoinsaturados (g)* 0,1 0,1

    cidos gordos polinsaturados (g)* 0,1 0,6

    EPA (mg)** 11,2 46,1

    DHA (mg)** 37,6 60,3

    Hidratos de Carbono (g)* 0 0

    Protena (g)* 18,9 15,6

    Fibra alimentar (g)* 0 0

    Colesterol (mg)* 76,0 64,0

    Vit. A (g)* 9,0 3,0

    Vit. D (g)* 0 0

    Vit. B6 (mg)* 0,06 0,07

    Vit. B12 (g)* 1,2 1,3

    Folatos (g)* 8,8 12,0

    Sdio (mg)* 200,0 260,0

    Potssio (mg)* 320,0 240,0

    Clcio (mg)* 8,0 13,0

    Magnsio (mg)* 49,0 43,0

    Fsforo (mg)* 270,0 160,0

    Ferro (mg)* 0,1 0,7

    Zinco (mg)* 1,7 1,3

    s/ info: sem informao *Tabela da Composio dos Alimentos, INSA, 2016** IPMA

    Informaco nutricional

  • 41 ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Do mar

    Mesa

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Sazonalidade

    imprescindvel respeitar e cumprir a sazonalidade de cada uma das espcies. Como tal, necessrio evitar o consumo durante o perodo de reproduo e optar pelo seu consumo, aquando das respetivas pocas de maturidade. A aquisio do pescado nesta fase permite a compra de um produto mais sustentvel e assegura a continuidade da espcie.

    A riqueza nutricional do pescado varia de acordo com a poca do ano, conforme ilustrado na

    tabela. Por exemplo, a sardinha mais interessante do ponto de vista nutricional, no perodo de

    maio a outubro, pois o contedo em nutrientes como cidos gordos polinsaturados, mega-3,

    vitamina D e A muito superior nessa altura do ano.

    PESCADO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGOS SET OUT NOV DEZ

    Carapau

    Peixe-espada-preto

    Pescada-branca

    Atum

    Cavala

    Sardinha

    Amijoa

    Mexilho

    Ostra

    Choco

    Polvo

    Peixes Magros Peixes Gordos Bivalves Cefalpodes

    Fonte: ACOPE

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Circuito do pescado

    PESCA

    MERCADO ABASTECEDOR

    LOTA TRIAGEM LEILO DE 1 VENDA

    ETIQUETAGEM

    HIPER E SUPERMERCADOS

    AQUACULTURA

    RETALHISTAS ESPECIALIZADOSINDSTRIATRANSFORMAO

    DISTRIBUIO

    HOTELARIA

    CONSUMIDOR

    RESTAURAO

    Congelao(p.e. pescada congelada)

    Enlatamento(p.e. atum enlatado)

    Salga(p.e. bacalhau salgado)

    Fermentao de pescado (p.e. anchovas em vinagre)

    Fumagem do pescado (p.e. salmo fumado)

    Preparados de peixe (p.e. preparados base de surimi,

    barrinhas de pescada panadas)

    Secagem(p.e. carapau seco)

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    CCL -Comprovativo

    de compra em lota

    O Comprovativo de Compra em Lota (CCL) um selo que tem como objetivo valorizar o setor das pescas em Portugal, bem como o pescado que transacionado nas lotas portuguesas.

    O CCL permite comprovar que o pescado foi controlado desde o momento de captura e que foram aplicadas as regras de rastreabilidade exigidas por lei. Por norma, o pescado identificado com o CCL capturado por embarcaes nacionais ao longo da costa do pas, pressupondo menores gastos energticos durante a captura e transporte, favorecendo assim quer o

    ambiente quer a economia.

    O comprovativo permite identificar a zona de captura e a arte de pesca utilizada para apanhar o pescado.

    O pescado que tem este comprovativo, respeita a

    sazonalidade de cada espcie e as quotas estabelecidas, permitindo conservar as reservas pisccolas.

    Este selo possibilita ao consumidor realizar as suas

    escolhas alimentares, de forma mais conscientee esclarecida.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cuidados Na escolha

    Peixe Fresco

    ASPETO GERAL GUELRAS OLHOS VSCERAS

    Carne firme, brilhante,

    suave ao tato, sem

    muco (ou se o tem

    transparente), olhos

    salientes.

    Guelras vermelhas,

    brilhantes, separadas as

    lminas e sem muco.

    Olhos salientes, crnea

    transparente e a pupila

    negra brilhante. Quando,

    os olhos esto afundados,

    a crnea opaca e a pupila

    acinzentada so sinais de

    que o pescado j no

    fresco.

    Devero estar dentro

    da cavidade abdominal,

    firmes, ntegras,

    separadas e brilhantes.

    Quando o peixe no

    fresco as vsceras saem

    para o exterior porque o

    ventre desprende-se.

    Guelras

    Olhos

    Vsceras (no interior)

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    PAREDE INTERIOR DO VENTRE

    PELE E ESCAMAS CONSISTNCIA ODOR

    Parede branca ou negra

    azulada, sem ruturas e

    a parede bem aderida

    cavidade abdominal.

    Pele com pigmentao

    brilhante, lisa, sem

    descolorao e sem

    muco. Escamas

    brilhantes, transparentes

    e presas pele.

    Carne firme e elstica,

    muito aderida s

    espinhas.

    Odor suave a maresia.

    Desprezar o pescado que

    tem um cheiro intenso a

    amonaco e putrefao.

    Pele e Escamas

    Parede interiordo ventre

    Cuidados Na escolha

    Peixe Fresco

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cuidados na escolha

    Moluscos

    BIVALVES E GASTRPODES

    (p.e. amijoa, mexilho, ostra e bzios)

    CEFALPODES(p.e. polvo, choco, lula)

    Expostos venda vivos Pele lisa e hmida

    Valvas fechadas Olhos vivos, salientes e brilhantes

    Resistncia abertura Carne consistente e elstica

    Presena de lquido incolor e lmpido no interior da concha

    Ausncia de pigmentao estranha espcie

    Presena de cheiro suave a maresia Cheiro especfico da espcie e suave

    Carne hmida, bem aderente concha Colorao caracterstica da espcie. Acinzentada e ligeiramente rosada, no caso do polvo

    Aspeto esponjoso e cor cinza claro, nas ostras

    Aspeto esponjoso e cor amarelada, nos mexilhes

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cuidados na escolha

    Peixe congelado e enlatado

    Deve ser sempre verificado o prazo de validade da embalagem do produto.

    No caso de pescado congelado, devem ser rejeitadas as embalagens que apresentem gelo

    no interior, pois um sinal de que o produto sofreu descongelao ou a rede de frio no foi

    contnua em toda a cadeia.

    No pescado enlatado, devem ser rejeitadas as latas com aspeto amolgado, furado ou com

    quaisquer outras alteraes do formato habitual.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Rtulo de venda de pescado

    Alm da presena do CCL, aconselhvel serem conferidas as seguintes informaes no rtulo

    do pescado:

    PESCADO FRESCO, REFRIGERADO, COZIDO

    PESCADO CONGELADO

    EMBALADO AVULSO EMBALADO AVULSO

    Peso lquido Forma de apresentao e/ou tratamento Identificao do primeiro expedidor ou embalador Presena da denominao produto descongelado ou no recongelar % de gua de vidragem Preo por Kg de peso lquido ou peso lquido escorrido

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cuidados no transporte

    Durante as compras, o pescado deve ser um dos ltimos produtos a ser adquiridos dada a sua suscetibilidade exposio a fatores externos (p.e. temperatura) e facilidade de adulterao.

    Estes produtos devem ser acondicionados em sacos trmicos ou arcas trmicas portteis, apropriados para o efeito.

    Aps o transporte, deve ser um dos primeiros produtos a ser armazenado, colocando

    imediatamente no frio.

    As latas de pescado devem ser bem acondicionadas no veculo de transporte, de modo a no danificar as embalagens e, aps o transporte, devem ser armazenadas com igual cuidado.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cuidados na conservacoPeixe Fresco

    aconselhvel conservar o pescado fresco no frigorfico, a uma temperatura de 1 a 4C, em sacos ou caixas trmicas adequadas conservao de alimentos.

    No colocar o pescado fresco em sacos que j tenham sido anteriormente utilizados, pois h o risco de contaminao cruzada.

    O pescado deve ser cortado no momento de utilizao pois, uma vez cortado, altera-se mais

    rapidamente do que o pescado inteiro, devido maior superfcie de exposio.

    No conservar o pescado por mais de 3 dias no frigorfico. aconselhvel consumir o pescado no dia da compra ou no dia seguinte. Caso a inteno seja consumi-lo em data posterior compra, prefervel conservar o pescado no congelador.

    O pescado fresco pode ser conservado no congelador, em sacos de congelao apropriados para o efeito, uma vez descongelado, no poder sofrer novo processo de congelao.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cuidados na conservacoPeixe congelado e enlatado

    O pescado enlatado deve ser armazenado em local fresco e seco, de forma a que as alteraes da temperatura e humidade no provoquem modificaes na embalagem, nem nas

    caractersticas organolticas do produto.

    Se, eventualmente, no for consumida a totalidade do pescado enlatado, aconselha-se transferi-lo para um recipiente hermtico e reserv-lo no frigorfico, de forma a evitar a oxidao do alimento e a alterao do sabor. Pode ser mantido, no frio, durante 2 a 3 dias.

    O pescado congelado deve ser acondicionado no congelador, caso o objetivo no seja

    consumi-lo no momento ps-compra. Antes de colocar o produto no congelador, importante

    verificar sempre a temperatura de conservao indicada no rtulo.

    No caso da embalagem de origem do produto estar muito danificada ou pouco limpa, aconselha-se a retirada do produto para sacos de congelao apropriados para o efeito, antes de colocar no congelador.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cuidados Na PreparacoPeixe fresco

    Relativamente a pratos que utilizam pescado cru, como o caso do sushi, de sublinhar o risco de intoxicao alimentar.

    O pescado escolhido para o sushi dever ser fresco e consumido o mais rapidamente possvel. Caso no seja consumido imediatamente aps a compra, este poder ser congelado

    e consumido logo aps a preparao. Note-se que, o processo de congelao no destri microrganismos patognicos, apenas permite a inativao dos mesmos.

    No caso do sushi, importante adicionar o wasabi sobre o pescado cru, visto que este desempenha um papel bactericida, antifngico e facilita o processo de digesto do mesmo.

    Peixe congelado e enlatado

    Aquando da abertura da embalagem do pescado congelado ou enlatado, recomenda-se que sejam verificadas as caratersticas organolticas, tais como o aspeto, textura, cheiro e sabor.

    No caso do pescado congelado, no necessrio descongel-lo previamente em preparaes culinrias base de cozidos. No entanto, se pretender utiliz-lo em pratos que requerem uma marinada prvia, aconselha-se uma descongelao lenta do produto. O pescado retirado do congelador, no dia anterior, e colocado no frigorfico em recipiente adequado, de preferncia

    uma caixa hermtica.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cuidados Na confecoNa confeo do pescado, podem ser utilizados diferentes mtodos culinrios, que devero,

    no entanto, ser adequados sensibilidade de cada tipo de pescado, face s temperaturas de

    coco.

    Do ponto de vista nutricional, so de privilegiar mtodos como os grelhados (p.e. carapau, polvo), assados simples (p.e. pargo mulato, sardinha), assados ao vapor (p.e. salmo, garoupa), cozidos (p.e. pescada; bacalhau), salteados (p.e. amijoas, cubos de tamboril) e estufados ao natural (p.e. lulas, peixe-espada). Podem ainda ser incorporados em pratos (p.e. arroz de marisco; massada de peixe).

    No so aconselhveis mtodos de confeo a altas temperaturas, como o caso da fritura. O ideal optar por mtodos ou tcnicas de confeo que no lesem as vantagens nutricionais dos cidos gordos mega-3.

    Algumas tcnicas a que se pode recorrer antes de se proceder confeo propriamente dita

    do pescado:

    FILETAR retirar a parte delgada do peixe e confecion-la de seguida (isenta de espinhas); ESCALAR abrir o peixe pela barriga, ao longo de toda a espinha principal com o apoio de

    faca adequada para o efeito;

    ALIMAR temperar o peixe com azeite e limo.

  • 55 ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    PESCA DE

    RESPOSTAS

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    "O peixe no puxa carroca?"?O provrbio o peixe no puxa carroa decorre da facilidade e rapidez da digesto de refeies base de pescado.

    Na verdade, quer pelo seu menor teor de gordura, quer pelas diferenas de estrutura muscular

    em relao carne (fibras musculares mais curtas e com menos tecido conjuntivo), o peixe

    mais fcil de digerir e de mastigar, originando uma sensao mais rpida de saciedade.

    Quando comparada a quantidade de protenas e o perfil de aminocidos do pescado com a carne, verifica-se que os valores so similares.

    Para atrasar a digesto de refeies com pescado, sugere-se o consumo concomitante de pescado com alimentos ricos em fibras, tais como os hortcolas, as leguminosas e os cereais integrais.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Pescado em conserva

    ou fresco??O ideal consumir os alimentos frescos e optar por mtodos ou tcnicas de culinria que no alterem as caratersticas nutricionais do pescado, como o caso dos grelhados, assados ou

    fritos que no lesem as vantagens nutricionais porque as altas temperaturas podem levar

    produo de produtos finais de glicosilao avanada (AGES).

    O pescado em conserva sofre temperaturas de esterilizao elevadas, o que pode levar perda de vitaminas termolbeis, tais como as vitaminas do complexo B, nomeadamente a B1. Pode ainda ocorrer a oxidao de cidos gordos polinsaturados, visto serem mais suscetveis s temperaturas altas.

    No entanto, o pescado em conserva constitui uma alternativa muito prtica para o dia-a-dia, desde que intercalado com o consumo de peixe fresco e/ou congelado, preferindo-se as conservas ao natural.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Metais pesados no peixe,h perigo??Uma das questes que inquieta a populao a presena de contaminantes associados ao pescado,

    tais como os produtos qumicos, os metais pesados e os microrganismos patognicos. Todavia,

    necessrio atentar quantidade presente dessas substncias nocivas para se poder definir o quo

    perigoso o produto. Outros aspetos a ter em conta so a espcie, tamanho, rea geogrfica, idade

    e tipo de dieta do pescado em causa.

    De entre os contaminantes, o metilmercrio, as dioxinas e os bifenilpoliclorados (PCBs) so os que

    oferecem maior preocupao pelo risco associado ao desenvolvimento de doena cardaca. Um parecer

    da EFSA (2015) refere a necessidade de cada pas avaliar a exposio do seu pescado aos metais

    pesados e, a partir dessa avaliao, definir uma dose tolervel para a populao e, mais especificamente,

    para os grupos mais suscetveis, nomeadamente as grvidas e as crianas.

    Tanto o comit cientfico da EFSA como revises da literatura indicam que, os efeitos positivos do pescado

    sobre as doenas cardiovasculares em adultos ou o desenvolvimento neurolgico no feto e crianas so

    mais benficos do que os potenciais riscos que este pode oferecer. Interessa ainda referir que no h

    nenhuma evidncia clara dos efeitos adversos do metilmercrio nos nveis atuais de consumo de peixe.

    Os peixes com maior teor de cidos gordos polinsaturados no so particularmente ricos em

    metilmercrio. Os peixes mais ricos em mercrio, tais como o tubaro, o bagre, o pintado, a anchova

    vermelha e o peixe-batata (ou outros da famlia Malacanthidae) no tm teores considerveis de cidos

    gordos polinsaturados e no so habitualmente consumidos pela populao portuguesa.

    Deste modo, aconselha-se o consumo de peixes de porte mdio porque os grandes predadores so

    os peixes que acumulam mais metais pesados. Deve-se tambm optar por pescado de origem nacional,

    preferencialmente, porque peixes de guas quentes tendem a acusar maiores nveis destes contaminantes.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Como assegurar o

    consumo de mega-3atravs do pescado??Antes demais, ser importante aferir o equilbrio na ingesto alimentar de cidos gordos mega-6 e mega-3, tentando assegurar a proporo 3:1.

    Atualmente, os produtores de cultura de pescado tm vindo a melhorar as condies de produo e a qualidade das raes, garantindo assim a melhor qualidade nutricional do pescado de cultura, incluindo a sua composio em mega-3.

    O pescado de gua salgada parece ser mais rico em mega-3 do que o de gua doce porque a sua alimentao em zooplncton, algas marinhas e outros peixes fonte natural destes

    cidos gordos.

    Contudo, do ponto de vista ambiental e econmico, invivel ingerir apenas pescado de mar, sendo importante consumir tanto pescado de gua doce como proveniente de cultura. No caso da cultura de pescado, os produtores, atualmente, preocupam-se em melhorar a qualidade das raes e as condies de produo para que o peixe de cultura seja mais adequado a este nvel.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Cultura de pescado,necessria?O pescado de aquacultura consegue fazer face ao incremento da populao e sua procura por determinada espcie, principalmente espcies associadas a tradies religiosas e festas sociais. Por isso, em termos de sustentabilidade ambiental, a cultura de peixe assegura um consumo mais seguro de vrias espcies, principalmente as mais consumidas e/ou ameaadas. Alguns exemplos de espcies produzidas em cultura so o salmo, as ostras, o bacalhau, a dourada ou o robalo.

    O pescado produzido nestes ambientes, tem um tecido muscular inferior ao dos peixes de mar devido menor disponibilidade de espao para circular. Pelo mesmo motivo, o pescado

    de cultura contm um maior teor lipdico, sendo o tipo de gordura modulado pela alimentao

    fornecida.

    Regra geral, as raes para este pescado so preparados base de soja e milho (mega-6),

    podendo tambm conter outros ingredientes, como as sementes de chia, as sementes de linhaa e as algas marinhas com o intuito de aumentar o teor em cidos gordos polinsaturados mega-3 e reverter a presena de cidos gordos mega-6. Assim, a quantidade e o tipo de gordura do pescado produzido em cultura varivel e, quando comprado com o pescado selvagem, pode apresentar teor igual ou superior de mega-3.

  • 61 ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Referncias

    bibliogrficas

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Referncias bibliogrficasACOPE. Circuito Comercial do Pescado. Associao dos Comerciantes de Pescado. Disponvel em: http://www.acope.pt/peixe-a-mesa/circuito-comercial-do-pescado.html [Acesso em: 07-02-2016].

    ACOPE. Informao sobre a etiqueta. Associao dos comerciantes de Pescado. Disponvel em: http://www.acope.pt/peixe-a-mesa/informacao-sobre-a-etiqueta.html [Acesso em: 07-02-2016].

    ACOPE. Pescado por poca. Associao dos Comerciantes de Pescado. Disponvel em: http://www.acope.pt/documents/guia/pescado_por_epoca.pdf Acesso em: 07-02-2016

    ACOPE. Saiba como comprar pescado. Associao dos Comerciantes de Pescado.Disponvel em: http://www.acope.pt/peixe-a-mesa/saiba-como-comprar-pescado.html Acesso em: 07-02-2016

    American Heart Association. Eating fish for heart health. American Heart Association. 2015. Disponvel em: http://www.heart.org/HEARTORG/HealthyLiving/HealthyEating/Nutrition/Eating-Fish-for-Heart-Health_UCM_440433_Article.jsp#.VwJFbBMrLeQ [Acesso em 18-02-2016].

    Bach-Faig A et al. Mediterranean Diet foundation expert group Mediterranean Diet Pyramid today. Science and cultural updates. Public Health Nutr. 2011 Dec;14(12A):2274-84.

    Bandarra N et al. Composio e valor dos produtos da pesca mais consumidos em Portugal. INSA.

    Bash E. Guia de bolso sobre os novos rtulos da EU para os produtos da pesca e da aquicultura. Comisso Europeia. Servio das Publicaes da Unio europeia. 2014.

    Belitz D, Grosch W, Schiecberk P. Food Chemistry. 3rd ed Berlin Springer; Verlag Berlin Heidelberg; 2004.

    Cederholm T, Jr NS, Palmblad J. Omega-3 fatty acids in the prevention of cognitive. Adv Nutr. 2013;4:6726.

    Cho S. The role of functional foods in cutaneous anti-aging. J Lifestyle Med. 2014;4(1):816.

    Cincia Viva Agncia Nacional para a Cultura Cientfica e Tecnolgica. As espcies mais populares do mar de Portugal: Num restaurante perto de si. Cincia Viva Agncia Nacional para a Cultura Cientfica e Tecnolgica. Lisboa; 2014.

    Comisso Europeia. Mtodos de aquicultura. Comisso Europeia. 2015. Disponvel em: http://ec.europa.eu/fisheries/cfp/aquaculture/aquaculture_methods/index_pt.htm [Acesso em 26-02-2016].

    Comisso Europeia. Mtodos de aquicultura. Comisso Europeia. 2015. Disponvel em: http://ec.europa.eu/fisheries/cfp/aquaculture/aquaculture_methods/index_pt.htm [Acesso em 26-02-2016].

    Conn S, Piccardi N, Le C. Effect of a nutritional supplement on hair loss in women. 2015;7682.

    Decreto de Lei N.o 304-87 de 4 de Agosto de 1987 que regula a venda de pescado fresco. Ministrio da Agriculturura, Pescas e Alimentao.Lisboa;30236.

    Decreto de Lei N. 37/2004 de 26 de Fevereiro que define as condies de comercializao do pescado congelado, ultracongelado e descongelado para fornecimento ao consumidor final.

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    DGRM. Espcies cuja captura proibida. Direo Geral de Recursos Naturais, Segurana e Servios Martimos. 2016.

    Direo Geral das Florestas. Calendrio de pesca. Ministrio da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

    Docapesca. CCL Comprovativo de Compra em Lota. Docapesca Portos e Lotas. Disponvel em: http://www.docapesca.pt/pt/ccl.html [Acesso em 08-02-2016].

    DOCAPESCA. Circuito do Peixe. Docapesca Portos e Lotas. Disponvel em: http://www.docapesca.pt/pt/consumidores/circuito-do-peixe.html [Acesso em 08-02-2016].

    Docapesca. Espcies mais transacionadas em Portugal no ano de 2015. Docapesca, Portos e Lotas. 2015.

    Dyall SC. Long-chain omega-3 fatty acids and the brain: a review of the independent and shared effects of EPA, DPA and DHA. Front Aging Neurosci. 2015;7(APR):115.

    Espao Aquicultura. Tcnicas de Aquicultura. Espao de Aquicultura. [Disponvel em http://ec.europa.eu/fisheries/documentation/publications/2012-aquaculture-) [Acesso em 26-02-2016].

    EUFIC. Pescado de viveiro uma escola saudvel e sustentvel? European Food Information Council. 2015. Disponvel em: http://www.eufic.org/article/pt/page/FTARCHIVE/artid/Pescado_de_viveiro-uma_escolha_saudavel_e_sustentavel/ [Acesso em: 14-03-2016].

    Evans JR, Lawrenson JG. A review of the evidence for dietary interventions in preventing or slowing the progression of age-related macular degeneration. Ophthalmic Physiol Opt. 2014;34(4):3906.

    Ewing B et al. Ecological Footprint Atlas 2010. Glob Footpr Netw. 2010;1111.

    FAO. Aquaculture. CWP Handbook of fishery statistical standards. Fisheries and Aquaculture Department. Food and Agriculture Organization of the United Nations. 2016. Disponvel em: http://www.fao.org/fishery/cwp/handbook/J/em [Acesso em 20-02-2016].

    FAO. Fishery and aquaculture statistics. Food and Agriculture organization of the United Nations. Rome; 2011.

    Fileira do Pescado. Guia Prtico. Fileira do Pescado. Disponvel em: http://www.fileiradopescado.com/guia-pratico.html [Acesso em 08-02-2016].

    Gebauer SK, Psota TL et al. n-3 Fatty acid dietary recommendations and food sources to achieve essentiality and cardiovascular benefits. Am J Clin Nutr. 2006;83(6):152635.

    Gil A, Gil F. Fish, a Mediterranean source of n-3 PUFA: benefits do not justify limiting consumption. Br J Nutr. Cambridge University Press; 2015:113(S2):S5867.

    Global Footprint. Footprint Network News. Global Footprint Network. 2015. Disponvel em: http://www.footprintnetwork.org/en/index.php/newsletter/w/issue_41_april_22_2015 [Acesso em 08-03-2016].

    Gmez Candela C et al. Importance of a balanced omega 6/omega 3 ratio for the maintenance of health. Nutritional recommendations. Nutr Hosp. 2011;26(2):323-329.

    Referncias bibliogrficas

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Hashimoto M et al. Possibility of polyunsaturated fatty acids for the prevention and treatment of neuropsychiatric illnesses. J Pharmacol Sci. 2014;124:294300.

    Instituto do Consumidor, Faculdade de Cincias da Nutrio e Alimentao. Guia: Os Alimentos na Roda. Instituto do Consumidor. 2003.

    Instituto Nacional de Estatistica (INE). Balana Alimentar Portuguesa 2008 2012. Instituto Nacional de Estatstica. Lisboa; 2014.

    IOM. Seafood choices: balancing benefits and risks. Institute of Medicine of the National Academies. National Academies Press. Washington. 2006; 8p. Disponvel em: http://iom.nationalacademies.org/~/media/Files/Report%20Files/2006/Seafood-Choices-Balancing-Benefits-and-Risks/11762_SeafoodChoicesReportBrief.pdf [Acesso em 22-02-2012]

    Jackson P et al. DHA Supplementation alone or in combination with other nutrients does not modulate cerebral hemodynamics or cognitive function in healthy older adults. Nutrients. 2016;8(2):86.

    Kakoti BB, Hernandez-Ontiveros DG, Kataki MS. Resveratrol and Omega-3 Fatty Acid : its implications in Cardiovascular Diseases. Front Cardiovasc Med. 2015;2:16.

    Kirpal S. Sidhu. Health benefits and potential risks related to consumption of fish or fish oil. Regul Toxicol Pharmacol. 2003;38(3):33644.

    Lin P-Y, Huang S-Y, Su K-P. A meta-analytic review of polyunsaturated fatty acid compositions in patients with depression. Biol Psychiatry. 2010;68(2):1407.

    Lopes C, Oliveira A, Santos AC, Ramos E, Gaio AR, Severo M, Barros H. Consumo alimentar no Porto. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; 2006. Disponvel em: http://higiene.med.up.pt/consumoalimentarporto/home

    Maehre H, Jensen I-J et al. -3 Fatty Acids and Cardiovascular Diseases: Effects, Mechanisms and Dietary Relevance. Int J Mol Sci [Internet]. 2015;16(9):2263661. Disponvel em: http://www.mdpi.com/1422-0067/16/9/22636/ [Acesso em18-02-2016].

    McCusker MM et al. An eye on nutrition: the role of vitamins, essential fatty acids and antioxidants in age-related macular degeneration, dry eye syndrome, and cataract. Clin Dermatol. Elsevier B.V.; 2015;34(2):27685.

    Murray J, Burt JR. The composition of fish. FAO. 2011. http://www.fao.org/wairdocs/tan/x5916e/x5916e01.htm [Acesso em 19-02-2016].

    Oceanrio de Lisboa, IPMA. S.O.S. Sugestes para um oceano sustentvel. 2015

    Ponhos R, Franchini B, Afonso C, Correia F Teixeira VH, Moreira P Duro C Pinho O Silva D, Lima Reis JP, Verssimo T, de Almeida MDV. Como comem os portugueses. SPCNA; 2011. Disponvel em: http://www.spcna.pt/noticias/?imc=1n&fmo=ln&day=11&month=02&year=2011&noticia=637&first=1

    Portaria N. 27/2011 de 15 de Janeiro que regula o tamanho mnimo das espcies. Ministrio da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

    Porto L, Oliveira L. Tabela da composio de alimentos, 1 edio. Centro de Segurana Alimentar e Nutrio do Instituto Nacional de Sade Dr. Ricardo Jorge, Lisboa 2007; 355

    Referncias bibliogrficas

  • ASSOCIAO PORTUGUESA DOS NUTRICIONISTAS | WWW.APN.ORG.PT | [email protected]

    Rathod R, Kale A, Joshi S. Novel insights into the effect of vitamin B12 and omega-3 fatty acids on brain function. J Biomed Sci [Internet]. Journal of Biomedical Science; 2016;23(1):17.

    Regulamento (CE) N.850/98 do Conselho de 30 de Maro de 1998 relativo conservao dos recursos da pesca atravs de determinadas medidas tcnicas de proteco dos juvenis de organismos marinhos.

    Rezende FA et al. Omega-3 supplementation combined with anti-vascular endothelial growth factor lowers vitreal levels of vascular endothelial growth factor in wet age-related macular degeneration. Am J Ophthalmol. 2014;158(5):10718.

    Rice HB et al. Conducting omega-3 clinical trials with cardiovascular outcomes: Proceedings of a workshop held at ISSFAL 2014. Prostaglandins, Leukot Essent Fat Acids. Elsevier; 2016;107:3042.

    Rodrigues SSP, Franchini B, Graa P, de Almeida MDV. A new food guide for the portuguese population: development and yechinal considerations. Journal of Nutrition Education and Behavior 2006; 38: 189-195.

    Sala H. Omega-3 fatty acids for disease prevention and treatment. 2014;20(4).

    Sen DP. Advances in Fish Processing Technology. New Delhi; Allied Publishers;2005.

    Sontrop J, Campbell MK. Omega-3 polyunsaturated fatty acids and depression: a review of the evidence and a methodological critique. Prev Med (Baltim). 2006;42(1):413.

    Stern AH. Public health guidance on cardiovascular benefits and risks related to fish consumption. Environ Health. 2007;6(31):14.

    Swanson D, Block R, Mousa S. Omega-3 fatty acids EPA and DHA: health benefits throughout life. Adv Nutr An. 2012;3(1):17.

    Swanson D, Block R, Mousa S. Omega-3 fatty acids EPA and DHA: health benefits throughout life. Adv Nutr An. 2012;3(1):17.

    Swanson D, Block R, Mousa S. Omega-3 fatty acids EPA and DHA: health benefits throughout life. Adv Nutr An. 2012;3(1):17.

    USDA. Fresh and Frozen Seafood. U.S. Food and Drug Administration. 2012. Disponvel em: http://www.fda.gov/downloads/Food/FoodborneIllnessContaminants/UCM239497.pdf [Acesso em: 11-03-2016].

    Yurko-Mauro K, Alexander DD, Van Elswyk ME. Docosahexaenoic acid and adult memory: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2015;10(3):118.

    Referncias bibliogrficas