E-book Digital · 2019. 10. 9. · MÉTODO: Em Março de 2019, foi feito um levantamento...
Transcript of E-book Digital · 2019. 10. 9. · MÉTODO: Em Março de 2019, foi feito um levantamento...
2
Nova abordagem no trauma: as perspectivas do XABCDE
AUTOR: Maria Carolina Sarmento de Matos¹ COAUTORES: Mariane Costa Dias Lins,Paulo Leão de
Menezes, Raquel Pereira de Oliveira, Lorenna Torres Andrade da Nóbrega.ORIENTADOR: Felipe
Gurgel de Araujo.
INTRODUÇÃO: O ABCDE trata-se de um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao
politraumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma Rodrigues MS, et al. Esse protocolo tem
como objetivo manter o paciente vivo e estável até o momento de direcioná -lo a um serviço de
emergência mais estruturado. A 9ª edição do PHTLS traz como atualização o advento do XABCDE, no
qual o acréscimo do “X” diz respeito à hemorragia externa grave, devendo a sua abordagem ser realizada
antes mesmo do manejo das vias aéreas, antes prioridade no atendimento. Por mais que os dados
epidemiológicos indiquem que a obstrução das vias aéreas seja responsável por um grande número de
óbitos - caso não haja intervenção imediata -, no trauma, hemorragia grave é a principal causa de morte.
OBJETIVO: Análise da atualização do PHTLS sobre a nova abordagem no trauma: XABCDE em
detrimento da antiga: ABCDE, elencando as principais vantagens alcançadas com a nova perspectiva.
MÉTODO: Em Março de 2019, foi feito um levantamento bibliográfico da 9° edição do PHTLS (2018)
com a 8° edição (2016), sobre um novo método de abordagem no atendimento ao paciente vítima de
trauma. Foram também incluídos artigos indexados da base de dados Scielo e Pubmed. RESULTADO:
Na atualização PHTLS da 9ª edição, espera-se que os profissionais aprimorem suas performances em
relação à abordagem das vítimas de trauma, priorizando a possível identificação e controle de uma
hemorragia externa grave, a qual deve ser tratada inicialmente através da compressão direta sobre o
ferimento e mantida até que o transporte do traumatizado para o hospital. Os torniquetes são utilizados,
mas podem provocar lesão isquêmica, sendo uma técnica de “último recurso”, ou seja, quando
compressão direta de uma extremidade não for efetiva. Continua na etapa “C” do atendimento primário a
avaliação das hemorragias leves. Por fim, em se tratando de exsanguinação, mesmo antes da atualização o
socorrista já deveria controlá-la antes mesmo de avaliar a via aérea do doente, mas havendo profissionais
suficientes na cena do trauma para avaliação simultânea das vias aéreas, esta pode ser avaliada
concomitantemente. CONCLUSÕES: A perspectiva do novo XABCDE na avaliação primária é diminuir
consideravelmente a chance de óbito do traumatizado, trazendo para o início do atendimento o controle
da hemorragia grave. É classificado com uma nova abordagem organizada e sistemática no cuidado do
paciente traumatizado que visa uma melhoria da sobrevida no contexto pré-hospitalar, diminuindo a
morbidade e a morbimortalidade das lesões traumáticas. Palavras-chave: Trauma; Hemorragia;
Emergência
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
3
RELAÇÃO DE CUSTO BENEFÍCIO DA INFUSÃO DE COLÓIDES
SINTÉTICOS EM PACIENTES POLITRAUMATIZADOS
Joseph de Amorim Rêgo Amaral¹; Caio Cesar de Andrade Carneiro²; Darcylio Wanderley da Nóbrega²;
Nelson Fernandes Aragão Neto²; Ricardo de Sá Fernandes²; Thiago de Amorim Rêgo³ ¹ Acadêmico de
Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa ² Acadêmicos de Medicina da
Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa Email: [email protected] ³ Médico
Orientador
Introdução: O trauma é uma das mais importantes razões de morbimortalidade e incapacidade em
indivíduos adultos jovens. Compõe um dos principais problemas de saúde pública em diversos países.
Nesse sentido, no que diz respeito à pesquisa e aos estudos fisiológicos e clínicos que foram realizados,
foi evidenciado que os colóides sintéticos, administrados em estado de choque hipovolêmico, têm
diferentes perfis de segurança e efeitos. Além disso, a administração em excesso ou inoportuna traz
consequências prejudiciais, inclusive aumento da mortalidade. O hidroximetilamido, por exemplo, possui
características como potencial anafilático, injúrias renais e valor superior aos cristaloides. Apesar disso, o
volume reduzido de colóides sintéticos, necessário para reestabelecer a volemia e a sua ação prolongada
no espaço intravascular, podem ser considerados aspectos vantajosos e uma alternativa para reposição
volêmica emergencial em casos de choque hemorrágico ou hipovolêmico. Objetivos: Apurar produções e
dados científicos a cercados riscos envolvidos na utilização de colóides sintéticos em pacientes
politraumatizados e sua relação de custo x benefício quando comparados com cristalóides na reposição
volêmica emergencial. Metodologia: Este estudo constitui uma revisão bibliográfica de caráter analítico
onde foram abordados artigos nacionais e internacionais, utilizando como base de dados trabalhos
disponíveis no SCIELO. Resultados: Baseado na analise destes artigos, percebeu-se que o uso de
Hidroxietilamido e Dextran, denotam um risco maior de mortalidade em comparação ao uso de soluções
cristalóides. Não há provas de ensaios clínicos randomizados que demonstrem de forma consistente que a
reanimação com colóides sintéticos reduza o risco de morte, em detrimento da reanimação com
cristalóides. Foram identificados no campo de pesquisa 74 ensaios de fluidoterapia de uso desses
fármacos, em pacientes na unidade de terapia intensiva por consequencia do choque hipovolêmico, dos
quais 66 foram a óbito. Como os colóides sintéticos são mais dispendiosos, tóxica, e com potenciais
efeitos adversos comumente associados em relação aos cristalóides, não se justificaria o uso contínuo de
colóides sintéticos em pacientes, com a exceção do contexto de ensaio clinico controlado. Conclusão: O
caráter comparativo qualitativamente, levando em consideração o agravo e a necessidade entre o uso da
solução de colóide sintético e cristalóide, deve-se levar em consideração quais são objetivos esperados na
terapêutica do choque hipovolêmico em pacientes politraumatizados, sendo necessário uma
monitorização que permita a identificação precoce em casos de crise por uso desses fármacos, visto que
evidencia-se divergências entre os resultados dos ensaios clínicos e práticas emergenciais.
Palavras-Chaves: Choque; Emergências; Traumatismo múltiplo
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
4
PERFIL DA RESISTÊNCIA DE FÁRMACOS ANTIMICROBIANOS USADOS
NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Autores: Júlia Leite Montenegro Pires, Coautores: Vitória Souza Saturnino; Diego Bitu de Melo e Silva; Daysianne Pereira de Lira Uchoa
Contextualização do problema: Infecções bacterianas são complicações muito recorrentes em Unidades
de Terapia Intensiva (UTIs) e que comumente causam agravo da situação do paciente. A terapia utilizada
para combater essas infecções consiste no uso de antimicrobianos, esses, porém, podem mostrar-se
ineficazes diante do aumento da resistência bacteriana frente alguns fármacos. Além disso, essa patologia
mostra-se como um problema de saúde pública, pois aumenta a morbidade, os custos hospitalares com o
doente e a mortalidade. Objetivo: O presente trabalho busca avaliar as bactérias mais comuns em UTIs,
bem como os antimicrobianos menos eficazes atualmente . Metodologia: Foi revisão sistemática que
buscou artigos na plataforma de dados Scielo, sendo selecionados os que abordam os principais tipos de
bactérias e suas resistências frente aos fármacos que podem ser administrados na Unidade de Terapia
Intensiva no Brasil, sendo utilizado os descritores UTI, resistência, Brasil e antimicrobianos. Dos artigos
selecionados, foram considerados fármacos resistentes aqueles que apresentaram valores de sensibilidade
abaixo de 19%. Os cálculos presentes foram realizados conforme os dados qualitativos presentes nos
artigos estudados. Resultado: Verificou-se que, dos artigos analisados, as bactérias mais prevalentes em
UTIs foram a Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter baumanni, Enterobacter spp., Escherichia coli,
Streptococcus agalatiae, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Staphylococcus coagulase
negativa. Com relação aos materiais biológicos analisados, a urina evidenciou, principalmente, a presença
de Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli. Já as amostras sanguíneas apresentaram a presença de
Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus, enquanto a análise de secreções (saliva, secreções de
pele, abscesso subfrênico, abdominal, brônquico, abscesso, bolha, celulite da mão esquerda, escara, ferida
cirúrgica, joelho, úlcera, drenagem luminal, ferida, ferida cirúrgica intra-epiléptica, intraperitoneal,
membro inferior, pleural, ocular , orofaríngea, quadril direito, subcutâneo, tecido mole, traqueal, uretral)
foi evidenciado a Escherichia coli e a Pseudomonas aeruginosa. Assim como, o lavado traqueal foi
observado infecão por Acinetobacter baumannii e Klebsiella pneumoniae. Com base nos artigos
analisados, a Acinetobacter baumannii mostrou-se resistente a um maior número de fármacos, sendo a
Ceftazidima e Amplicilina/Subactam aqueles que apresentaram uma menor eficácia. A Klebsiella
pneumoniae mostrou-se como a segunda mais resistente, sendo os fármacos Norfloxacina e Amplicina os
que apresentaram menor sensibilidade, já a Staphylococcus aureus mostrou-se resistente a
Ciprofloxacina, seguido de Amicacina. Enquanto a Escherichia coli mostrou-se resistente, na maioria dos
estudos, a Cefalotina e Cefepima.
Palavras-chaves: Antimicrobianos; Unidade de Terapia Intensiva; Resistência.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
5
\
Novas recomendações do ATLS 2019: Indicação do uso de vídeolaringoscopia na
intubação orotraqueal (IOT)
Autora: Mariane Costa Dias Lins; Co-autores: Paulo Leão de Menezes, Natalia Sampaio Freitas ; Rafael
Rodriguez Teixeira de Carvalho; Maria Carolina Sarmento de Matos ; Orientador: Matheus Filipe Jurema
Furtado Alves
INTRODUÇÃO: A intubação orotraqueal (IOT) é um processo de suporte avançado de vida, indicado
para assegurar passagem de ar em situações onde haja dificuldade na manutenção da permeabilidade das
vias aéreas, estando comumente presente nas unidades de emergência, unidades de terapia intensiva e
centros cirúrgicos. A técnica engloba a visualização da laringe, epiglote e cordas vocais com o auxílio do
laringoscópio e a introdução do tubo endotraqueal na fenda glótica. Assim, o conhecimento anatômico
das vias aéreas e a visualização adequada são primordiais para o sucesso da intubação. Dessa forma, a
utilização da vídeolaringoscopia tem como vantagem a melhor visualização da glote e menor taxa de
intubação esofágica, principalmente em vias de difícil acesso. OBJETIVO: Revisar a literatura acerca
das vantagens e desvantagens alcançadas com a introdução da vídeolaringoscopia na intubação
orotraqueal. MÉTODO: Em Março de 2019, foi feito um levantamento bibliográfico do novo ATLS, 10ª
edição (2018), uma atualização da 9ª edição (2012), sobre o uso de vídeolaringoscopia em vias aéreas
difíceis na IOT. Foram também incluídos artigos indexados nas bases de dados Scielo e BJA (British
Journal of Anaesthesia). RESULTADO: Ao contrário das cirurgias eletivas, na emergência e na terapia
intensiva os pacientes estão mais instáveis e as condições para a intubação orotraqueal são bem piores.
Estima-se que a taxa de falha na primeira tentativa chegue a 30% dos casos, com 25% experimentando
hipoxemia grave. O objetivo do uso da vídeolaringoscopia é alcançar a intubação traqueal atraumática em
tempo hábil, usando o número mínimo de tentativas. Uma recente revisão sistemática da
vídeolaringoscopia (Lewis, SR), relatou melhora da visão laríngea com vídeolaringoscopia, melhora da
facilidade de uso, redução do trauma das vias aéreas e redução de falhas, tanto em uma população não
selecionada quanto na intubação difícil prevista. CONCLUSÕES: Com o passar dos anos foram
desenvolvidos dispositivos alternativos que integram técnicas de vídeo e de imagem óptica. Segundo a
atualização do ATLS, o uso dessa tecnologia através do videolaringoscópio pode beneficiar
principalmente pacientes em situações de trauma. A sua principal vantagem é possibilitar uma melhor
visualização da glote, até mesmo para médicos menos experientes melhorando o desfecho da intubação e
a redução de traumas. Entre os pontos negativos, que não se sobrepõem aos positivos, estão os
relacionados à secreção, sangramento e dificuldade de manuseio.
Palavras-chave: Intubação; Urgência;
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
6
TRATAMENTO DE FRATURA MANDIBULAR POR PROJÉTIL DE ARMA
DE FOGO: RELATO DE CASO
AUTOR: Artur Moreno de Andrade Vasconcelos ; COAUTORES: Eduardo Guedes Kehrle Filgueira;
Yolanda de Melo Omena Lira; David Sammuel Dantas Torres ; Maria Hercília Vieira Melo Ramalho;
ORIENTADOR: Rodolfo de Abreu Carolino
INTRODUÇÃO: As armas de fogo são largamente utilizadas atualmente no ambiente urbano de forma
legal e ilegal resultando, muitas vezes, em homicídios ou lesões. As fraturas mandibulares correspondem
ao segundo tipo mais comum de fraturas do esqueleto facial. O manejo de injúrias na face por projéteis de
armas de fogo (PAF) é espaço de discussão no meio acadêmico, resultando em uma variabilidade na
conduta adotada nesses casos. O atendimento a esses pacientes deve-se seguir o protocolo do Advanced
Trauma Life Support (ATLS), ressucitação e manutenção das vias aéreas – a ocorrência de sangramentos
e edema local também deve ser observada. RELATO DE CASO: Paciente do gênero masculino deu
entrada no serviço de Cirurgia e Trauma de um hospital de referência do sertão do estado vítima de
agressão física por Projétil de arma de fogo (PAF). O paciente foi submetido a exames clínicos e
imaginológicos, que evidenciaram entrada do projétil na região correspondente a região esquerda da
mandíbula orifício de saída região geniana direita. Nos exames de imagem foi identificado fratura
cominutiva de mandíbula, especificamente de corpo mandibular. O tratamento proposto foi cirúrgico,
com o paciente estabilizado hemodinamicamente, com escala de Glasgow 15, sendo submetido
a anestesia geral para redução cruenta e fixação interna rígida da fratura. Inicialmente foi realizado o
acesso submandibular, divulsão por planos e exposição da fratura, a qual foi debridada com copiosa
irrigação com soro fisiológico 0,5%. Em seguida foi feita redução da fratura e fixação com placas de
fixação interna rígida: placa de reconstrução na basilar da mandíbula, e placa 2.0 em região mais superior
a esta última, ambas com oito parafusos. Em seguida foi submetido ao toalete da ferida cirúrgica e sutura
por planos. DISCUSSÃO: A escolha pelo retardo no tratamento definitivo dessas injúrias têm-se baseado
na crença de que a desvitalização do tecido e a infecção necessariamente sucederiam um episódio de
PAF. Atualmente, vêm-se optando pelo tratamento imediato. Dessa forma, escolha da abordagem deve
ser baseada nas particularidades da lesão, estado geral do paciente, equipe e ma teriais disponíveis.
Preconiza-se, no entanto, o tratamento das fraturas nas primeiras 72h, de acordo com Maloney & Lincoln.
Revisões apontam que a região do corpo mandibular é mais acometida, como se observa nesse relato.
Observa-se, também, um baixo índice de complicações pós-operatórias, sendo a má oclusão e infecção as
mais recorrentes, quando acometidas decorrem devido à técnica inadequada e má higiene oral,
respectivamente.
PALAVRAS – CHAVE: Armas de fogo; Mandíbula; Traumatismo penetrante.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
7
LACERAÇÃO DA CÓRNEA DECORRENTE DE TRAUMA COM OBJETO
PERFURANTE
Autor principal: Ingra Ellen Menezes Rufino; COAUTORES: Yolanda de Melo Omena Lira; Maria
Hercília Vieira Melo Ramalho; Ohanna Núria Nunes Pereira Inácio de Queiroz; David Sammuel Dantas
Torres; Igor Neves Coelho.
INTRODUÇÃO: Em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, o trauma ocular é a principal causa de
perda de acuidade visual unilateral. Cerca de 90% das lesões em decorrência de traumas oculares são
evitáveis. O trauma grave mais frequente é o perfurante, sendo a córnea a área mais acometida. RELATO
DE CASO: D.S.F, masculino, 15 anos, estudante, deu entrada no Hospital de Olhos de Cajazeiras, no dia
21 de dezembro de 2018, apresentando trauma com prego no olho direito há duas horas. Apresentou ao
exame de Biomicroscopia: laceração de córnea com perfuração no olho direito, corectopia inferior, rotura
do saco capsular com formação de catarata; e o olho esquerdo sem alterações. Apresentava, ao exame
fundoscópico: olho direito com difícil visualização e olho esquerdo inalterado. Foi aplicada uma lente de
contato terapêutica e prescrito Vigamox (cloridrato de moxifloxacino), uma gota a cada duas horas, em
associação ao Oftpred® (acetato de prednisolona), mesma posologia, ambos de uso tópico. Paciente
retorna, referindo baixa acuidade visual no olho direito, sem queixas de dor, secreção ou lacrimejamento.
Foi realizado um novo exame de Biomicroscopia que evidenciou a presença de catarata branca e
laceração de córnea tamponada (s/ seidel) no olho direito. Optou -se por retirar a lente de contato
terapêutica e manter Vigamox e Oftpred® em desmame; houve o acréscimo da Atropina, também de us o
tópico. Redução da acuidade mantida. Apresentou a um novo exame de Biomicroscopia: olho direito com
cicatriz na córnea e presença de catarata traumática. Foi realizada uma facectomia no olho direito. O
paciente recebe acompanhamento regular após cirurgia e, após uma nova avaliação, foi possível constatar
uma melhora na sua acuidade visual. DISCUSSÃO: A laceração da córnea ocorre geralmente em traumas
oculares graves e sua gestão requer avaliação cuidadosa e planejamento. O globo ocular deve ser
cuidadosamente fechado para que a função ocular possa ser restaurada de modo que a acuidade visual do
paciente possa atingir níveis próximos à normalidade.
PALAVRAS-CHAVE: córnea, acuidade visual, via perfurante.
ÁREA DO RESUMO : Tema livre – Emergências Oftalmológicas (Trauma ocular).
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
8
MANEJO INICIAL DOS CASOS DE LITÍASE RENAL NO DEPARTAMENTO
DE EMERGÊNCIA
AUTOR: Maria Beatriz Henrique Borba; COAUTORES: Clarissa Souza Hamad Gomes; João Pedro
Chaves Luna Cavalcante Castro; Brenda Ribeiro Siqueira; ORIENTADOR: Jacy Maria de Souza Lima
Introdução: Os cálculos urinários são formados a partir da agregação de cristais com proteína não
cristalina e podem migrar pelo ureter causando dor durante o trajeto. Tem elevado impacto social, posto
que o risco de desenvolver a doença durante a vida é de 12% para os homens e 6% para as mulheres,
apresentando taxa de recorrência de 50% e com incidência maior em climas quentes (MARTINS et al.,
2015). Objetivo: Trabalho objetivado na discussão sobre a litíase renal mediante sua configuração
emergencial. Método: Realizou-se levantamento bibliográfico através de artigos indexados nas bases de
dado SCIELO e Google acadêmico, nos idiomas inglês, espanhol e português. A amostra final foi
constituída por 8 artigos. Resultados: A cólica ureteral é característica da obstrução do trato urinário e
constitui um dos quadros álgicos mais intensos descritos na medicina. Manifesta-se através de dor aguda
em região lombar, irradiando para virilha ou gônadas genitais. Em razão da inervação esplâncnica comum
do intestino e da cápsula renal, sintomas como náuseas e vômitos são comuns. A partir da suspeita
clínica, a investigação complementar é essencial. O exame de eleição é a tomografia computadorizada
(TC) helicoidal sem contraste. Após confirmação do diagnóstico, recomenda-se realizar radiografia para
avaliar se o cálculo é radiotransparente. A ultrassonografia apresenta sensibilidade inferior à tomografia,
mas pode ser utilizada na sua ausência. Nas gestantes, é indicada realização de ressonância em virtude
dos elevados níveis de radiação da TC. Inicialmente, o tratamento deve ser direcionado para o controle da
dor, antes feito com opioides. Na atualidade, porém, sabe-se que os anti-inflamatórios não-esteroidais e
inibidores da cicloxigenase-2(COX-2) são capazes de realizar analgesia provocando menos náuseas e
vômitos. Deve-se avaliar a probabilidade da eliminação espontânea do cálculo, uma vez que a maioria
tem menos de 5mm e pode sair espontaneamente. O uso da tansolusina, medicamento que facilita essa
saída, vem sendo discutido por aumentar até 65% a chance de eliminação. Em pacientes infectados, com
cálculos acima de 6mm ou piora da função renal há necessidade de intervenção para desobstrução,
podendo ser necessária ureteroscopia, litotripsia extracorpórea por ondas de choque ou até nefrostomia.
Conclusões: A litíase renal é uma das principais causas de cólica nefrética e a mais frequente urgência
urológica. Pacientes com essa afecção tipicamente apresentam cólica renal consequente à obstrução do
trato urinário. Em vista disso, uma vez confirmado o diagnóstico por exame de imagem e controlada a
crise de dor, um plano terapêutico deve ser estabelecido.
Palavras-chave: Litíase, Urolitíase, Cálculo.
Área do resumo: Abrange conteúdo de urgência e emergência urológica.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
9
O ESTRESSE OCUPACIONAL EM PROFISSIONAIS DE EMERGÊNCIA:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA.
AUTORA: REBECA CAMPELO DANTAS DE LIMA; JÚLIA ROCHA SANTOS; LAYZE
CLAUDINO SOUZA; THALITA FERREIRA CAMPOS; MARIANA SOARES MADRUGA GUEDES
PERREIRA; ALINNE BESERRA DE LUCENA MARCOLINO
INTRODUÇÃO: O estresse ocupacional é uma condição presente entre os profissionais de emergência,
uma vez que se exige esforço físico, mental, emocional e psicológico pela demanda de atenção e
realização de atividades com alto grau de responsabilidade e dificuldade. Havendo desestabilização na
forma de enfrentamento diante de aspectos laborais intrínsecos, é possível uma interferência direta na
qualidade de vida e de trabalho destes profissionais. É um problema atual e tem propiciado o aumento no
número de pesquisas nesta área. OBJETIVO: Analisar a produção científica acerca do estresse
ocupacional dos profissionais de emergência no período de 2006 a 2019. METODOLOGIA: Revisão
integrativa da literatura que buscou artigos nacionais e internacionais na base de dados Biblioteca Virtual
de Saúde (BVS), utilizando como descritores as palavras profissionais de emergência (emergency
professionals) e estresse ocupacional (occupational stress). RESULTADOS: Dos 61 artigos encontrados
nesta base, após leitura dos resumos, foram excluídos estudos duplicados, artigos de revisão e as
publicações que não estivessem no formato de artigo científico, como: livros, teses, dissertações, cartas e
editoriais. Desta forma, o corpus foi constituído por 32 artigos, sendo identificados 2 eixos temáticos
principais: Estímulos estressores presentes no trabalho e Predisposição pessoal ao estresse ocupacional
no trabalho. Dentre os fatores que corroboram para o estresse ocupacional, aspectos intrínsecos como a
sobrecarga de trabalho, limitação de recursos adequados para sua execução, exposição à violência física
e verbal, baixa remuneração e superlotação do serviço de emergência foram os mais presentes, assim
como fatores pessoais como a dificuldade em relacionamentos interpessoais, estilo de vida inadequado,
sedentarismo e limitados momentos de lazer e relaxamento. CONCLUSÃO: O estresse ocupacional é um
fator presente entre os profissionais de emergência e, assim, percebe-se que estratégias devem ser criadas
para que estes possam enfrentar, com condições propícias, as dificuldades que acarretam desgastes
físicos, mentais e financeiros por meio de implementação de ações que visem a melhoria do ambiente e
investimento em um clima organizacional favorável, de modo a garantir o direito da sua saúde no
trabalho, sua maior satisfação e, consequentemente, melhor relacionamento com seus colegas e com os
usuários do serviço.
PALAVRAS - CHAVE: Estresse ocupacional. Profissionais de emergência. Revisão integrativa da
literatura.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
10
SÍNDROME DA EMBOLIA GORDUROSA EM PACIENTES
POLITRAUMATIZADOS
AUTOR: Lucas Bezerra de Aguiar; COAUTORES: Carlos Fábio Vieira Júnior, Eduardo Antonio
Montenegro Cabral, Maria Thereza de Freitas Leite, Mylena Beatriz Alves dos Santos, Tânia Regina
Ferreira Cavalcanti.
INTRODUÇÃO: A Síndrome da Embolia Gordurosa (SEG) corresponde à disfunção ou lesão de órgãos
isolados ou não, decorrente da evolução da oclusão de pequenos vasos por gotículas de gordura (embolia
gordurosa) originada, principalmente, pela fratura de ossos longos. A embolia gordurosa está presente em
grande parte dos pacientes politraumatizados, dos quais cerca de um terço pode evoluir para SEG.
Algumas observações clínicas são sugestivas para a identificação dessa condição e, portanto, são
relevantes para o conhecimento do profissional médico, como a tríade de acometimentos neurológicos,
hematológicos e respiratórios. OBJETIVOS: Apresentar aspectos de relevância clínica e profilática
relativos à SEG, sobretudo, em pacientes politraumatizados. METODOLOGIA: Revisão de literatura
feita a partir das bases de dados PubMed, Scielo e ScienceDirect, as palavras -chave “embolia gordurosa”,
“síndrome da embolia gordurosa” e “politrauma”, nas línguas portuguesa e inglesa, publicados a partir de
2005, utilizando-se como critérios de inclusão a relevância e a especificidade referente à temática.
RESULTADOS: O êmbolo gorduroso pode migrar através da circulação e obstruir capilares alveolares,
o que, de forma maciça, pode desencadear cor pulmonale. As células dos alvéolos produzem lipase que
hidrolisam a gotícula em ácidos graxos, estes que, em alguns casos, podem lesionar o tecido alveolar e os
capilares. No mecanismo de lesão, há destaque para a maior fixação de neutrófilos por integrina no
endotélio local, liberando enzimas proteolíticas, desencadeando-se, assim, a SEG. A apresentação aguda
fulminante é marcada por cor pulmonale que, em geral, culmina em óbito. A forma sub-aguda é
caracterizada pela tríade: dificuldade respiratória progressiva devido ao acúmulo de exsudato e sangue no
alvéolo, causando um quadro de hipóxia generalizada, taquipneia evoluindo para dispneia e cianose, com
morte em até 24 horas se não tratado; alterações neurológicas como irritabilidade, agitação, confusão
mental, anisocoria, ataxia e plegias descorrentes de edema em região baixa do encéfalo; petéquias como
consequência do rompimento de capilares na pele. Estudos apontaram o politraumatismo, o lactato sérico
acima de 22 mmol/L em 12 horas após a lesão e SaO2 abaixo de 90% em até 24 horas como fatores que
predispõe a SEG. Como profilaxia pós -traumática para a SEG, pesquisas mostraram que os
corticosteroides reduzem o risco de desencadeamento da SEG em quase 80%, bem como o risco de
hipóxia em cerca de 60%, sendo a administração em doses menores mais eficientes . CONCLUSÃO:
Reconhecer a possível evolução de embolia gordurosa para SEG torna fundamental o saber médico acerca
da profilaxia e dos achados clínicos.
PALAVRAS-CHAVE: Embolia gordurosa. Traumatismo múltiplo.
ÁREA DE CONHECIMENTO: Traumatologia.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
11
ULTRASSOM À BEIRA DO LEITO PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO
VOLÊMICO NO PACIENTE EM CHOQUE SÉPTICO
Autor: Miriam Campos Soares de Carvalho; Coautores: Brenda Helen Albuquerque de Araújo; Carolline
Ithamar Fernandes Franco; Eleonora de Abrantes Barreto; Luana Ferreira Leite Araújo; Antônio Mateus
Andrade de Sousa.
Introdução: O choque séptico e sepse grave são um desafio para a assistência médica. A melhoria na
taxa de mortalidade associada ao choque séptico está relacionada ao diagnóstico precoce em combinação
com a reposição volêmica oportuna e a administração adequada de antibióticos. A antiga definição de
choque séptico como hipotensão apesar de expansão volêmica adequada ajudou muito nesse sentido. O
somatório de variados dados clínicos, pode nos dar uma direção entre um pouco mais de volume ou já
iniciar drogas vasoativas/inotrópicas. Ressalta-se que vários trabalhos têm apontado os malefícios do
balanço hídrico muito positivo, além de efeitos colaterais de cristaloides. Devemos lembrar da curva de
Frank-Starling. A avaliação do estado volêmico é rotineira em unidades de terapia intensiva. Por isso a
ultrassonografia à beira do leito vem sendo uma aliada de extrema importância para avaliação do estado
volêmico de pacientes graves e tornou-se fundamental nesta avaliação. Estudo publicado pelo American
Journal of Respiratory and Critical Care Medicine comparou diferentes medidas obtidas pela
ultrassonografia: diâmetro de veia cava inferior, variação respiratória no diâmetro de veia cava superior,
velocidade máxima do sangue no trato de saída de VE; (como parâmetros preditores de resposta
volêmica) comparando-os com a variação na pressão de pulso (medida por cateter arterial) e com a
elevação passiva de membros inferiores. Sendo a variação respiratória da veia cava superior a medida
mais específica e de melhor acurácia e a velocidade máxima do sangue no trato de saída de VE a medida
mais sensível. Objetivos: a) Apontar conceitos e condutas a respeito do choque séptico; b) A avaliação
volêmica em pacientes graves acometidos por choque séptico através da ultrassonografia à beira d o leito.
Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica utilizando artigos selecionados e publicados entre os anos
de 2010 a 2016, a partir do banco de dados da SciELO, BVS e PubMEd. Resultados: A reanimação do
choque séptico inclui reposição intravascular, manutenção adequada da pressão de perfusão e
fornecimento de oxigênio. Para atingir esses objetivos, a avaliação da responsividade do volume e das
intervenções complementares (vasopressores/inotrópicos/transfusão de sangue) pode ser necessária, para
isso a ultrassom ganha a dianteira nas avaliações dos diversos parâmetros e medidas. Conclusões: A
ultrassom se apresenta como bom método na análise do estado volêmico nos pacientes em choque
séptico, dando suporte no levantamento dos parâmetros clínicos para melhor avaliação clínica, embora
tenha suas limitações e a acurácia de seu uso não supere o julgamento clínico.
Palavras-chave: Choque séptico; ultrassom; Balanço hídrico.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
12
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
AUTOR: Pedro Henrique de Medeiros Morais; COAUTORES: Larissa de Menezes
Albuquerque Coelho; Pedro Henrique Brasil de Medeiros; ORIENTADOR: Diego Bonfada.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Assim, a Parada
Cardiorrespiratória é uma das emergências médicas que comumente apresentam-se como desafios para
serviços e profissionais inseridos nos diversos níveis de atenção à saúde, em especial na atenção primária,
tida como componente pré-hospitalar fixo da rede de atenção às urgências e emergências. Um agricultor
idoso, hipertenso e dislipidêmico, de um município interiorano do Rio Grande do Norte chegou à Unidade
Básica de Saúde alegando dispneia e desconforto torácico. A intenção inicial foi aferir a Pressão Arterial
Sistêmica, contudo, percebeu-se que o paciente se encontrava irresponsivo. Posteriormente, foi
identificada a Parada Cardiorrespiratória e buscou-se seguir os passos da Corrente de Sobrevivência (1-
Acionar Sistema de Emergência; 2- RCP precoce com ênfase nas compressões torácicas; 3- Rápida
desfibrilação; 4- Suporte avançado de vida eficaz; 5- Cuidados pós-PCR integrados). Contudo, mesmo
iniciando as manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar, a assistência à vítima foi parcial devido à
ausência do Desfibrilador Externo Automático na UBS, sendo esse um dos fatores determinantes para o
óbito. Assim, tendo o Infarto Agudo do Miocárdio como principal hipótese causal da RCP, o manejo
adequado do paciente é fundamental. Logo, o conceito de corrente de sobrevivência refere -se à sequência
de ações que devem ocorrer para aperfeiçoar as taxas de sucesso da reanimação cardiopulmonar, não
podendo ser consideradas isoladamente, visto que nenhuma dessas atitudes sozinha pode reverter a
maioria das PCRs. Dessa forma, o item “C”, estando relacionado com a redução da mortalidade -já que o
menor tempo para o choque está associado à maiores chances de sobrevivência -, está diretamente
prejudicado com a ausência do DEA. Essa ausência é considerada uma negligência, visto que o mesmo
deve constar em ambientes com grande fluxo de pessoas, o que é assegurado pelo Parecer Normativo
Nº002/2017. Tal negligência é ainda mais indignante pois a UBS, a principal porta de entrada do Serviço
de Saúde, atende pacientes detentores de muitas comorbidades, incluindo as de ordem cardiovascular, que
se aproximam ou até mesmo ultrapassam a prevalência de 50%. Dessa forma, as PCRs seriam eventos
previsíveis em uma UBS, visto que é um ambiente repleto de pacientes com fatores de risco, à exemplo
da Hipertensão Arterial Sistêmica e da dislipidemia. Em suma, percebe-se a necessidade de concordância
entre os insumos oferecidos pela “teoria” no cenário prático, objetivando diminuir os índices de
mortalidade em emergências no cenário da atenção primária à saúde.
Palavras-chave: Atenção primária à saúde, desfibrilador, parada cardiorrespiratória, reanimação
cardiopulmonar e mortalidade.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
13
FRATURA PÉLVICA COM CHOQUE HIPOVOLÊMICO COM INDICAÇÃO DE
ARTERIOGRAFIA
AUTOR: Ana Raquel Casimiro Dantas de Oliveira; Coautores: Felipe Gurgel de Araujo; Lorenna Torres
Andrade da Nóbrega; Mariane Costa Dias Lins; Victor Augusto de Lima Cabral.
Introdução:A mortalidade das vítimas de trauma com fraturas pélvicas instáveis, ou seja, casos que
apresentam distúrbios hemodinâmicos, vem diminuindo com o decorrer dos anos, estando, atualmente
entre 25% a 35%. Na maioria das vezes, a hemorragia retroperitonenal resultante da fratura pélvica tem
natureza venosa e óssea, no entanto, pode ser também decorrente de lesões artérias. Nesse sentido, vale
ressaltar que as lesões arteriais são infrequentes, mas são responsáveis pela maioria das hemorragias, que
podem levar a morte em questão de minutos ou horas por choque hipovolêmico incontrolável. Por isso,
demandam tratamento especifico, como embolização angiográfica (AE), que poucos hospitais tem
disponibilidade diária. Objetivo: Descrever os casos analisados de vitimas com fraturas pélvicas, que
resultaram em distúrbios hemodinâmicos. Métodos: Realizou-se estudo descritivo dos casos prováveis de
vitimas com fraturas pélvicas, que resultaram em distúrbios hemodinamicos, utilizando revisão de artigos
da base de dado da Scielo a partir do descritor: Pelvis Fracture. Resultados: Nos casos analisados, apesar
da instabilidade hemodinâmica inicial, a maioria das vitimas eram admitidas na urgência com pronta
intervenção médica empregando várias medidas para diagnóstico precoce do foco de sangramento
(utilizando métodos como a Angio-TAC abomino-pélvica), transfusões sanguíneas, tratamento da
coagulopatia e hemostasia precoce, no intuito de minimizar os danos ao paciente. 20% dos casos
analisados com hemorragia, estabilizaram apenas com o emprego da reposição de volumes. Tal deve -se
aos processo naturais de auto-hemostase. Contudo, 80% das vítimas, após a confirmação da lesão arterial
pela Angio-TAC, utilizaram o método da AE, que consiste na obliteração intencional de um vaso para
ocluir o fluxo vascular, precedendo o procedimento cirúrgico, para minimizar o risco de hemorragias
intra-operatórias. Conclusão: As lesões arteriais pélvicas, se não constatadas e tratadas, podem ter várias
consequências, como, morte por choque hipovolêmico, anemia continuada e isquemia tecidual. Em vista
disso, a embolização, precedida pela angiografia, é o tratamento ideal para as lesões arteriais. No entanto,
trata-se de uma técnica apenas usada em alguns hospitais, e dificilmente usada como técnica de rotina.
Com isso, no intuito de reduzir a mortalidade dessas vitimas, faz-se necessário o conhecimento das lesões
arteriais e implementação de protocolos de trauma, como métodos para a rápid a identificação da origem
do sangramento e algoritmo para o controle da hemorragia retroperitoneal que envolva a fixação externa
precoce e AE, para poder evitar hemorragias inesperadas durante a cirurgia de redução e fixação interna
da fratura.
Palavras-chaves: Pelvis Fracture, Choque Hipovolêmico, Lesões arteriais.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
14
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA SEPSE EM JOÃO PESSOA/PB – 2014 A
2018 AUTOR: Francisco Geyson Fontenele Albuquerque; COAUTORES: Robson Prazeres de Lemos
Segundo, Sthefany Dantas de Brito Muniz, Maria do Carmo Andrade Duarte de Farias.
Sepse é a disfunção orgânica que ameaça à vida, em resposta desregulada do organismo humano a uma
infecção causada por vírus, bactérias ou protozoários. Objetivo: analisar o perfil da Sepse em João
Pessoa/PB no período de 2014 a 2018. Método: Estudo observacional analítico feito a partir de dados
disponíveis no site do DATASUS sobre as internações por Sepse em João Pessoa/PB, durante o período
de 2014 a 2018. As variáveis foram analisadas em relação ao ano, sexo, faixa etária, valor médio gasto,
número de dias de internação, número de óbitos e taxa de mortalidade. Os dados utilizados neste estudo
são públicos e disponibilizados na internet, sem identificação de indivíduos. Resultados: a Sepse foi
responsável por 3684 internações de 2014 a 2018 em João Pessoa, sendo que em 2015 houve 886
internações (24,05%) e que em 2017 houve a maior a taxa de mortalidade (38,46). Em relação ao sexo, o
masculino teve 1856 internações e o feminino 1828, mas o feminino teve 641 óbitos e o masculino 547
óbitos no período analisado, correspondendo a uma taxa de mortalidade de, respectivamente, 35,07 e
29,47. O sexo masculino teve uma média de dias de internação de 9,9 dias e o feminino, 9,2 dias,
correspondendo a um valor gasto médio de R$3149,03 e R$3082,91, respectivamente. Analisando a faixa
etária, percebe-se que a de menos de 1 ano (n=448) e acima de 50 anos (n=2177) tiveram os maiores
números de internações. A de 15 a 19 anos teve o maior número de dias médio de internações, com 10,3
dias, mas o valor médio gasto foi maior na faixa etária de 10 a 14 anos (R$ 4268,56). O número de óbitos
foi maior nas faixas etárias acima de 70 anos (n=494); e as taxas de mortalidade são maiores na faixa
etária acima de 80 anos e de 70 a 79 anos, com valores de 58,32 e 46,85, respectivamente. Conclusão:
Sepse é uma resposta sistêmica que em, João Pessoa, provoca mais mortes no sexo feminino e os
indivíduos com menos de 1 ano e com mais de 70 anos estão mais susceptíveis à mortalidade por Sepse.
Com isso, precisa-se que os serviços de saúde estejam aptos a identificar a Sepse precocemente, pois essa
detecção precoce, bem como o início rápido e correto do t ratamento, propicia uma redução importante da
mortalidade.
Palavras- chave: Sepse; mortalidade; infecção.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
15
A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE ESCALAS PARA O DIAGNÓSTICO
PRECOCE NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL Letícia Evelyn Oliveira de Souza¹, Tamíris Pontes Dantas², Gabriel Henrique do Nascimento Feitosa³.
¹ Discente da Faculdade Santa Maria ( autor) / ² Discente da Faculdade Santa Maria ( coautor)/ ³Médico
formado pela Faculdade de Ciências Médicas - PB ( coautor/orientador).
Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica de ocorrência súbita,
considerada a segunda causa de mortalidade global entre as doenças cardiovasculares. Na América
Latina, o Brasil permanece como um dos países com maior risco de morte prematura por AVC. Quando
há sobrevivência, estima-se que cerca de 45% dos indivíduos apresentem incapacidade funcional. A
aplicação das ferramentas de Escalas, como a Cincinnati Prehospital Stroke Scale (CPSS) e a Los
Angeles Prehospital Stroke Screen (LAPSS) estão atreladas ao diagnóstico precoce e a um prognóstico
favorável. Objetivo: Elucidar acerca da importância do uso das Escalas na acurácia no exame pré -
hospitalar em pacientes com suspeita de AVC. Método: Trata-se de uma Revisão de Literatura que
utilizou, a partir do levantamento bibliográfico da Biblioteca Virtual de Saúde, os seguintes bancos de
dados: SCIELO e PUBMED, nos últimos 5 anos, por meio dos descritores “acidente vascular cerebral”,
“serviços de emergência” e “pesquisas e questionários” e seus correlatos em inglês. Foram selecionados 4
artigos de acordo com o objetivo da pesquisa. Tais materiais foram publicados nas línguas portuguesa e
inglesa. Resultados: Diante do atendimento pré-hospitalar com suspeita de AVC, na execução das
ferramentas das Escalas mais usadas, estudos demonstram que a CPPS tem maior sensibilidade, em
porcentagem de 95% e valor preditivo negativo em torno de 79%, adicionado a isso também possui tem
alta reprodutividade, faz análise da sintomatologia além de que indivíduos não familiarizados com AVC
podem reconhecer os sintomas da escala guiadas por telefone. No que se trata de especificidade, a LAPSS
exibe 85%, contra 56% da CPPS. A LAPSS avalia os elementos da história clínica, medidas da glicemia
juntamente com sinais e sintomas e é usada quando há alterações neurológicas, não comatosas e sem
trauma. Conclusões: Diante de tais exposições, conclui-se que é de grande auxílio à equipe médica o uso
dessas escalas em ambiente pré-hospitalar, de modo que os resultados obtidos por elas podem alterar o
reconhecimento precoce e o manejo do paciente. A escala CPSS apresentou-se como a de maior
sensibilidade em reconhecer casos agudos e a escala LAPSS como a de maior especificidade ao AVC.
Dessa maneira, ambas podem ser utilizadas dentro de contextos específicos para o melhor aproveitamento
de seus resultados.
PALAVRAS CHAVE: Acidente vascular cerebral. Serviços de emergência. Pesquisas e questionários.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
16
A EFICÁCIA DO USO DE CORTICOIDES NA SEPSE
AUTOR: Maria Hercília Vieira Melo Ramalho; COAUTORES: Yolanda de Melo Omena Lira; Ingra
Ellen Menezes Rufino; Artur Moreno de Andrade Vasconcelos; ORIENTADOR: Pedro Augusto Dias
Timoteo.
Introdução: A sepse é definida como a presença de disfunção ameaçadora à vida em decorrência da
presença de resposta desregulada à infecção, sendo uma das principais causas de morte no ambiente da
terapia intensiva. Quando a sepse evolui para hipotensão não responsiva à utilização de fluidos associada
a nível sérico de lactato acima de 2mmol/L, torna-se o choque séptico, em que o paciente apresenta
alterações circulatórias, celulares e metabólicas. Para amenizar essas complicações, os corticosteroides
têm sido utilizados para o controle da resposta inflamatória sistêmica. Objetivos: Discutir (1) a eficácia do
uso de corticosteroides no tratamento adjuvante da sepse e do choque séptico e (2) sua implicação na
redução de mortalidade. Método: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica informatizada nos motores de
busca PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE). Selecionados artigos com os descritores:
“choque séptico”, “corticosteroides”, “sepse” e “tratamento farmacológico” entre os anos 2008 a 2018.
Critérios de inclusão adotados: artigos completos e disponíveis, em inglês e português com enfoque em
sepse e uso de glicocorticoide. Resultados: Foi visto que o corticoide atua de modo permissivo na
resposta vasomotora de catecolaminas circulantes em baixas doses auxiliando na restauração do choque
séptico e reduzindo o tempo de reversão do choque. Os estudos avaliados evidenciam que a terapia
precoce com altas doses não reduziu mortalidade nos pacientes com sepse. Os estudos não foram
suficientes para avaliar o tempo de tratamento, podendo fazer a suspensão do corticoide após resolução da
instabilidade hemodinâmica. Conclusões: Recomenda-se utilizar corticoides em doses baixas nos
pacientes com sepse ou choque séptico, entretanto apenas nos pacien tes refratários ao tratamento com
necessidade crescente de vasopressores. Contudo, deve-se sempre monitorar o paciente tendo em vista o
aumento do risco de infecções e elevação da glicemia, se usado por tempo prolongado. Os
corticosteroides não afetaram a mortalidade por todas as causas em sepse e choque séptico.
Palavras-chave: Sepse. Choque séptico. Corticosteroides. Tratamento farmacológico.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
17
NOVAS RECOMENDAÇÕES DO ATLS 2019: ATENÇÃO AO TRAUMA PÉLVICO
EM IDOSOS DEVIDO AO ALTO ÍNDICE DE MORTALIDADE
AUTOR: Mariane Costa Dias Lins; Coautores: Paulo Leão de Menezes ; Lorenna Torres da Nóbrega;
Maria Carolina Sarmento de Matos ; Ana Leticia Ferreira Ventura; Orientador: Felipe Gurgel de Araújo.
INTRODUÇÃO: Analisando a anatomia do anel pélvico, sabe-se que o mesmo é constituído pelos ossos
ilíaco, púbis, ísquio e sacro, contendo órgãos urogenitais, reto, vasos e nervos. As fraturas pélvicas estão
entre as lesões com maior índice de mortalidade relacionado ao trauma, sendo mais graves em idosos,
com índices até quatro vezes maiores que em jovens. Comumente podem causar lesão dos tecidos moles
pélvicos, vasos sanguíneos, nervos e órgãos, sendo as da área pubo -obturadora relativamente comuns e
não raro são complicadas em razão de sua relação com a bexiga urinária e a uretra, que podem se romper
ou sofrer lacerações. OBJETIVO: Revisar a literatura acerca da atenção ao trauma pélvico no idoso em
relação ao novo ATLS (2018), que vigora a partir de 2019. MÉTODO: Em fevereiro de 2019, foi feito
um levantamento bibliográfico do novo ATLS, 10ª edição (2018), uma atualização da 9ª edição (2012),
sobre a ocorrência de fraturas pélvicas, em especial em idosos, cujo o risco de óbito é q uatro vezes maior
que em jovens. Foram também incluídos artigos indexados nas bases de dados WJES e Scielo.
RESULTADO: As lesões a nível de anel pélvico causam instabilidade do mesmo, levando a um aumento
do volume interno, que associado ao rompimento de outros tecidos, como o vascular, facilita a
hemorragia no espaço retroperitoneal, causando alterações no estado hemodinâmico do paciente. A
classificação do trauma pélvico em menor, moderado e severo, leva em consideração não somente a
classificação das lesões do anel pélvico, mas avalia principalmente o estado hemodinâmico dos pacientes.
Já em pacientes idosos, o mesmo trauma, por menor que seja, pode causar grandes fraturas pélvicas e
sangramentos, devido a uma diminuição da função dos sistemas de regulação, como o vasoespasmo.
CONCLUSÕES: A grande maioria das fraturas pélvicas em idosos têm como causa quedas geralmente
no nível do solo. Devido à grande incidência de osteoporose em indivíduos com mais de 60 anos, a
mortalidade nessa faixa etária é quatro vezes maior que em jovens, assim como a necessidade de
transfusão sanguínea mesmo em fraturas aparentemente estáveis. Diante da necessidade de reduzir a taxa
de mortalidade por trauma pélvico, a atualização do ATLS visa dar maior atenção às possíveis
complicações que podem surgir no tratamento de fraturas nessa faixa etária.
Palavras-chave: Trauma; Pélvico; Fraturas do anel pélvico.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
18
APLASIA CUTÂNEA DE MEMBRANA EM RECÉM-NASCIDO DO RECIFE:
RELATO DE CASO
AUTOR: Beatriz Rodrigues Leal; Coautores: Talina Tassi Saraiva de Arruda; Ivonete Formiga Garcia.
Contextualização do problema: A aplasia cutânea membranosa (ACC) é uma doença rara, de incidência
desconhecida. Ocorre, em 70% dos casos, no couro cabeludo, e é caracterizada pela ausência de alguma
camada da pele. A ACC se apresenta como uma ferida ulcerada, normalmente coberta por uma membrana
de pele fina que pode atingir diferentes profundidades. Ela pode ocorrer por distúrbio primário ou em
associação com outros distúrbios subjacentes. Objetivo: Relatar um caso de aplasia cutânea de membrana
em recém-nascido e evidenciar as formas de diagnóstico precoce. Metodologia empregada: Foi
empregada uma análise de caso clínico do hospital Instituto de Medicina Integral Professor Fernando
Figueira (IMIP), em Recife, PE, sobre aplasia cutânea de membrana. D.V.T.A., sexo feminino, 14 dias de
vida, admitida na emergência do IMIP em março de 2019, se apresenta com história de nódulo em região
da fontanela anterior desde o nascimento. Foi realizada uma ultrassonografia (USG) transfontanela, na
qual foi evidenciada imagem cística no interior do ventrículo lateral direito, adjacente ao plexo coróide,
bem delimitada, medindo 0,4 cm, sugestivo de cisto germinolítico. Além disso, em topografia de lesão
cutânea, foi observada imagem hipoecóica medindo 0,6 x 0,2 cm, sem aparente comunicação com sistema
nervoso central. Foi programada abordagem cirúrgica, durante a qual irá realizar uma biópsia, a fim de
concretizar o diagnóstico feito pela experiência clínica do dermatologista e dos outros profissionais de
saúde envolvidos. Resultados de estudos: A pele é um órgão de extrema importância devido às suas
diversas funções, entre elas defesa imunológica, proteção mecânica, regulação da temperatura corporal. A
aplasia cutânea de membrana é um distúrbio caracterizado pela ausência de parte da pele de uma forma
localizada ou dispersa ao nascer, logo, o local dessa aplasia fica sem proteção adequada. Seu diagnóstico,
que é principalmente feito por dados clínicos, pode ser aprimorado por meio de USG transfontanela
conforme o caso visto, que elucidou melhor o problema. Outra alternativa, porém de maior custo e
portanto inviável para muitos serviços no Brasil, é o exame histopatológico. A ACC apresenta riscos de
hemorragia inclusive para o plexo coróide, trombose do seio sagital ou infecção, por isso a relevância do
diagnóstico e tratamento precoce.
Palavras chaves: aplasia, membrana, emergência.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
19
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA: UMA EMERGÊNCIA MÉDICA
AUTOR: Mariany Neri Fernandes; Coautores: Miriam Campos Soares de Carvalho; Stephanny Louise de
Araújo Teixeira; Juliana Machado Amorim; Maria Leonília de Albuquerque Machado Amorim
Introdução: Hemorragia Digestiva Alta (HDA) é uma emergência comum, definida como sendo todo
sangramento ocorrido por lesão proximal ao ligamento suspensório do duodeno, ou ligamento de Treitz
(esôfago, estômago e duodeno). Objetivos: Discorrer sobre Hemorragia Digestiva Alta, catalisando o
entendimento acerca de sua etiologia, sinais, sintomas e condutas na emergência. Metodologia: Realizou -
se uma revisão bibliográfica acerca do tema em artigos científicos em português disponíveis em bases de
dados como Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Bireme (Biblioteca Regional de Medicina),
bem como consulta a uma literatura em livros didáticos. Resultados: Hemorragia Digestiva Alta
corresponde a cerca de 80% do total dos quadros de hemorragia digestiva, s endo uma patologia com alta
incidência e mortalidade, em torno de 10%. Pode ter sua etiologia classificada como não varicosa,
causada geralmente por úlcera péptica, correspondente a 50% dos casos, ou varicosa, causada por ruptura
de varizes esofágicas ou gástricas. Os principais sinais e sintomas na emergência incluem melena
(evacuação fétida e escurecida, contendo sangue) e hematêmese (vômito com sangue vivo ou com aspecto
de “borra de café”), podendo ainda, ocorrer peristaltismo exacerbado, disfagia, disp epsia e cólica
abdominal. A conduta da HDA na emergência tem como prioridade a estabilização clínica do paciente,
quesito em que se inclui a proteção e o suporte da via aérea, estabelecimento de acesso venoso e
reposição volêmica, se necessário, podendo a partir deste ponto realizar outras intervenções. A busca pela
etiologia da Hemorragia em curso irá determinar o procedimento mais adequado a ser realizado. Para as
HDAs, a endoscopia geralmente é diagnóstica e terapêutica, devendo ser realizada nas primeiras 24h de
internação, não devendo, entretanto, ser realizada em pacientes instáveis hemodinamicamente. Assim, o
tratamento é composto por condutas que vão desde procedimentos minimamente invasivos como
Endoscopia Digestiva Alta, até transplantes hepáticos, nos casos de sangramento por varizes mais graves.
Deve-se sempre atentar para condições como uso de AINEs e anticoagulantes, aspiração nasogástrica
com sangue vivo, melena persistente, hematêmese volumosa. Pacientes maiores de 60 anos e que
possuem comorbidades associadas, também são fatores que indicam mau prognóstico e exigem uma
avaliação mais cuidadosa. Conclusão: A Hemorragia Digestiva Alta é uma emergência comum, que exige
conhecimento da fisiopatologia por parte do profissional de saúde, a fim de se obter uma conduta rápida e
acertada de acordo com os indicativos apresentados pelo paciente, visando a correta elucidação das causas
e prevenção de novos sangramentos.
Palavras- chave: Emergência. Endoscopia. Hematêmese.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
20
INTOXICAÇÕES POR MEDICAMENTOS E SÍNDROMES TÓXICAS NA
EMERGÊNCIA
AUTOR: Sayonara Maria Lia Fook; COAUTORES: Letícia Lima de Lira; Manoella Cardoso
Cafeseiro Dias; Marina Lia Fook Meira Braga;
Ricardo Olinda Alves.
INTRODUÇÃO: Dados de Centros de notificação das intoxicações brasileiros e norte-americanos
apontam que os medicamentos são o principal agente responsável por intoxicações nesses países.
OBJETIVO: Avaliar as intoxicações por medicamentos através da identificação das síndromes tóxicas
nas emergências. MÉTODO: Trata-se de estudo clínico-epidemiológico, transversal, com abordagem
quantitativa e qualitativa. Os dados clínicos epidemiológicos foram coletados das fichas de notificaç ão
dos pacientes admitidos com história de exposição ou intoxicação por medicamentos no Centro de
Informação Toxicológica de Campina Grande (CEATOX-CG), no ano de 2018. Os medicamentos foram
classificados de acordo com a classificação Anatomical Therapeutic Chemical Code (ATCC), que separa
os agentes de acordo com sua atuação nos sistemas e órgãos alvo. RESULTADOS: No período avaliado,
foram notificados 340 casos de intoxicações por medicamentos. Observamos que as intoxicações por
medicamentos acometem principalmente mulheres jovens, por tentativa de suicídio. De acordo com a
análise do qui-quadrado, as variáveis circunstância e gênero possuem associação estatisticamente
significativa (p<0.05). É importante destacar que a grande maioria dos desfechos é de cu ra sem sequela.
Analisamos, ainda, que fora as associações medicamentosas (n=140), os dois grupos farmacológicos mais
comuns nas intoxicações foram o N05 (antipsicóticos e ansiolíticos), com 98 casos, e o N06
(antidepressivos), com 16 casos. Os pacientes intoxicados com fármacos do grupo N05, como o haldol e
os benzodiazepínicos, manifestam-se clinicamente através da síndrome extrapiramidal e da síndrome da
depressão neurológica, respectivamente. Por outro lado, os casos de intoxicação por fármacos do grupo
N06, representados pelos antidepressivos tricíclicos revelam-se através da síndrome serotoninérgica.
CONCLUSÃO: O atendimento inicial do paciente intoxicado na emergência segue etapas básicas, e uma
delas é a identificação das síndromes tóxicas, descritas como um conjunto complexo de sinais e sintomas
produzidos por exposições tóxicas a produtos químicos, como os medicamentos. Assim, se faz necessário
que o profissional tenha um raciocínio clínico capaz de reconhecer com rapidez, através do exame físico,
os tipos de síndromes que podem acometer os pacientes intoxicados que dão entrada no serviço de
emergência. Dessa forma, o diagnóstico precoce das síndromes possibilita uma conduta terapêutica
adequada, com o uso de antídotos e antagonistas específicos. A agilidade no manejo tem como
consequência a melhora do prognóstico e desfecho do caso. Desse modo, buscamos efetivar a premissa da
toxicologia clínica que devemos tratar o paciente, e não o agente tóxico.
Palavras-chave: Intoxicação. Síndrome. Emergência
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
21
DIAGNÓSTICO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM ARTÉRIAS CORON
ÁRIAS NÃO OBSTRUTIVAS (MINOCA) NA EMERGÊNCIA: RELATO DE CASO
AUTOR: Arthur Guilherme Dantas de Araújo; CO-AUTORES: Laís Soares Holanda, Luana Barbosa
Parente, Davi Lima Medeiros, Gabriela de Almeida Maia Madruga, Sabrina Severo de Macêdo Duarte.
Introdução: O infarto agudo do miocárdio com artérias coronárias não obstrutivas (MINOCA) apresenta -
se com síndrome coronariana, crescimento de biomarcadores cardíacos, mas com cateterismo cardíaco
sem evidência de obstrução significativa. Entre as causas, destacam-se as de etiologia coronariana, como
vasoespasmo, distúrbios microvasculares, trombofilias e as não-coronarianas, como miocardite,
miocardiopatia, trauma cardíaco e taquiarritimias. A ressonância magnética cardíaca deve ser o primeiro
exame na investigação diagnóstica para avaliar a causas cardíacas do MINOCA, pois consegue distinguir
de forma precisa miocardias isquêmicas de não isquêmicas. O teste espasmo provocativo pode ser
indicado, bem como rastreio de medicamentos em alguns pacientes, já que a cocaína e as metanfetaminas
foram associadas ao MINOCA, pois induzem espasmo da artéria coronária.
Relato de Caso: M.S.A.M., feminino, hipertensa, 58 anos, admitida na UPA Cruz das Armas com clínica
de dor torácica típica tipo A intensa associada a irradiação para o dorso e sintomas autonômicos, além de
elevação dos marcadores de necrose miocárdica e eletrocardiograma apresentando alterações isquêmicas
de repolarização inferior. Foi encaminhada para acompanhamento clínico e internação no Hospital
Municipal Santa Isabel, onde indicou-se a realização de cineangiocoronariografia devido suspeita
principal de síndrome coronariana aguda, sendo então direcionada para o Hospital Universitário Nova
Esperança para realização do procedimento. Evidenciou-se a presença de circulação coronária sem lesões
obstrutivas e ventrículo esquerdo com volume e contratilidades preservadas. Dessa forma, a paciente
possuía padrão clínico de isquemia, biomarcadores positivos, mas com cateterismo cardíaco sem
evidência de obstrução significativa, evidenciando diagnóstico de MINOCA. Após estabilização
hemodinâmica e melhora do quadro clínico, a paciente obteve alta hospitalar e foi encaminhada para o
ambulatório de cardiologia para acompanhamento médico.
Discussão: O caso traz à tona uma situação complexa da MINOCA, cuja identificação prévia é essencial,
pois pode atingir um prognóstico de forma precisa e distinguir as variedades de miocardias. Além disso, é
importante a identificação e investigação da etiologia e de fatores de risco, pois irão modificar o curso do
tratamento, além de ser determinante na sobrevida dos pacientes. Em casos de causa não identificada,
mais estudos são necessários para avaliar o tratamento mais eficiente. Evidencia-se que, esses casos
podem ser bastante perigosos, por isso a importância na busca de resultados satisfatórios quando trata -se
da melhoria da qualidade de vida do paciente e o alívio dos seus sintomas. Dessa forma, como relatado,
houve uma recuperação sem maiores complicações devido ao diagnóstico precoce por meio da atenção
fornecida aos sinais clínicos e laboratoriais.
Palavras- chave: Infarto do miocárdio; Emergência; Vasos coronários; Isquemia miocárdica.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
22
A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO EMERGENCIAL EMPACIENTES COM EXA
CERBAÇÃO ASMÁTICA
AUTOR: Luan Cayke Marinho de Oliveira; Coautores : Alice Slongo; Guilardo Soares da Fonseca Ataíde;
Paloma Medeiros Gomes Cavalcanti; Reyvson de Queiroz Guimarães; Vinicius Costa Calado.
Introdução: as exacerbações agudas da asma são advindas da piora dos sintomas e da fun ção pulmonar.
Podem ocorrer mesmo com um pequeno estímulo e se torna pior caso os pacientes sejam mais atópicos.
Dentre os fatores que podem desenvolver o processo de exacerbação estão: infecção respiratória do trato
superior, alérgenos espalhados no ambiente, como também, a baixa resposta a medicação de manutenção.
Dessa maneira, a melhor forma de controlar o processo de exacerbação é identificando de modo rápido e
intervindo por meio da utilização dos melhores métodos, a fim de reduzir o tempo de sofrimen to do
paciente e evitar possíveis complicações que possam levar ao óbito. Objetivos: Identificar os métodos de
diagnóstico de tratamento de um paciente que está em um processo de exacerbação asmática na
emergência. Metodologia: Estudo descritivo de caráter retrospectivo e natureza qualitativa, baseado em
informações obtidas a partir da pesquisa de artigos nas bases de dados Pubmed e Uptodate, nos idiomas
inglês e português correspondentes aos anos de 2017 a 2019. Resultados: O processo de exacerbação
asmática fatal ou quase fatal pode ocorrer independentemente se for do tipo leve, moderada ou grave. De
acordo com estudos de observação clinica, a maioria dos pacientes que chegam ao óbito devido à asma
tem como característica ser de inicio lento e com predomínio eosinofílico. Já no caso da asma fatal de
inicio rápido, esta é menos frequente e mais severa, ao ponto de causar a morte do paciente devido ao
bronco espasmo com predomínio de neutrófilos. Desse modo, para diagnosticar, inicialmente deve ser
avaliado sinais clínicos como taquipneia, taquicardia, uso de musculatura acessória e incapacidade de
falar frases completas. Como medida de intervenção, é preciso o fornecimento de oxigênio a fim de
estabilizar o drive respiratório e o uso de agonistas beta dois adrenérgico inalatórios de curta ação
associado a anticolinérgicos e corticoides sistêmicos, para agir de forma sinérgica e garantir a sobrevida
do paciente. Conclusão: A exacerbação asmática é um processo que necessita de ação imediata por parte
da equipe médica, associado à educação do paciente sobre os sinais e sintomas, com objetivo de que a
procura pelo atendimento médico e a prática das intervenções ocorram em menor tempo previsto. Logo, o
diagnóstico e a utilização de medicações que atuem de modo rápido e sistêmico são comprovadamente
eficazes nestas situações, a fim de reduzir cada vez mais os índices de morte provenientes dessa doença.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
23
AVE E DOENÇA FALCIFORME: DA CONDIÇÃO GENÉTICA À
EMERGÊNCIA CLÍNICA
Clarissa Souza Hamad Gomes¹; João Pedro Chaves Luna Cavalcante Castro²; Maria Beatriz
Henrique Borba³; Ana Flávia de Souza Lima e Silva²; Jacy Maria de Souza Lima4
1 - Autor principal, Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande - PB.
2 - Acadêmicos de Medicina da Unifacisa, Campina Grande - PB. 3 - Acadêmico de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa - PB.
4 - Orientador, Doscente de Medicina da Unifacis a, Campina Grande - PB.
Introdução: A doença falciforme (DF) é a hemoglobinopatia monogênica mais comum no mundo,
estima-se que, atualmente, cerca de 30 milhões de pessoas possuem a doença, com maior incidência entre
afrodescendentes. Trata-se de uma patologia de alta prevalência no Brasil, devido a dois fatores:
colonização escravocrata e alta taxa de consanguinidade no país. Sua fisiopatologia baseia-se na mutação
da hemoglobina (Hb), que passa a ter conformação semelhante a de uma foice e perde sua capacidade de
transporte de oxigênio e de deformabilidade, desencadeando menor aporte de oxigênio aos tecidos e
oclusão microvascular. Nesse cenário, esta condição está associada à lesão neurológica grave, uma vez
que pessoas com DF apresentam alto risco de acidente vascular encefálico (AVE) e infarto cerebral
silencioso (ICS). Objetivos: Demonstrar a importante relação entre a DF e o AVE, discorrendo sobre a
prevalência dessa complicação e sobre formas de prevenir a ocorrência desse evento nesta população.
Metodologia: Realizou-se revisão da literatura, nas bases de dados BVS e Pubmed a partir dos
descritores: "cerebrovascular accident and sickle cell anemia", "sickle cell disease" e "AVE e anemia
falciforme". Elegendo estudos nos idiomas português e inglês; publicados nos últimos 5 anos e que
atendessem ao critério de escolha: abordar a DF e a prevalência de AVE entre esses pacientes. Após
triagem, foram eleitos 33 artigos. Resultados: Após análise dos artigos, pôde-se observar que o AVE é
uma das principais implicações da DF. Estudos demonstraram que complicações neurológicas da DF
incluem ICS chegando a 39% de chance aos 18 anos; AVE isquêmico, afetando 1% das crianças com
triagem e profilaxia eficazes, mas quase 11% daquelas sem triagem; e AVE hemorrágico ocorrendo em
3% dos casos em crianças e 10% em adultos. Ademais, estudos demonstraram que a taxa de reincidência
de AVE nesses pacientes é de 17%, podendo chegar a 78% naqueles que não tomam condutas
profiláticas. Nesse cenário, medidas de prevenção devem ser tomadas, sendo elas a realização de Doppler
transcraniano para medida das velocidades de fluxo sanguíneo (BFV) nas principais artérias cerebrais; a
prescrição de transfusões sanguíneas regulares para pacientes com BFV > 200 cm/sec, visando redução
da quantidade de HbS < 30%; e a terapia medicamentosa com hidroxiureia. Conclusão: Devido ao
grande número de pacientes diagnosticados com DF no Brasil e à importante relação entre essa condição
genética e a ocorrência de AVE, é preponderante que a comunidade médica entenda as formas de prevenir
a agudização emergencial dessa condição genética.
Palavras chave: Doença Falciforme; AVE na doença falciforme; Emergência Neurológica.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
24
EMERGÊNCIAS NA GESTAÇÃO: SÍNDROME HELLP João Pedro Chaves Luna Cavalcante Castro
1 ;Clarissa Souza Hamad Gomes
2 ; Ana Flávia de Souza Lima e
Silva3 ;
Antônio Fernando de Vasconcelos Junior3 ;
Maria Beatriz Henrique Borba4;
Jacy Maria de Souza
Lima5
1- Autor Principal, Acadêmico de Medicina da Unifacisa, Campina Grande, PB.
2- Acadêmico de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande, PB.
3- Acadêmicos de Medicina da Unifacisa, Campina Grande, PB. 4- Acadêmico de Medicina da Faculdade de Medicina Nova Esperança, João Pessoa, PB
5- Orientador, Unifacisa, Campina Grande, PB.
Introdução: A Síndrome HELLP é um quadro multissistêmico, relacionado à gravidez e caracterizado
por hemólise, elevação das enzimas hepáticas e plaquetopenia, sendo responsável por altas taxas de
mortalidade materna e perinatal. Faz parte das síndromes hipertensivas gestacionais (SHG) que compõem
cerca de 30% dos atendimentos de Urgência e Emergência hipertensiva, estando intimamente ligada a
complicações de pré-eclampsia e eclampsia. Objetivos: demonstrar a importância do conhecimento
acerca da Síndrome HELLP, destacando seu curso sintomatológico e suas principais intercorrências no
âmbito emergencial. Metodologia: Foi realizada uma revisão da literatura, utilizando as bases de dados
Pubmed, Google acadêmico e Scielo a partir dos descritores: "síndrome HELLP na emergência”,
“syndrome hellp” e "emergências hipertensivas na gestação". Elegendo estudos nos idiomas português,
inglês e espanhol; publicados nos últimos 5 anos e que atendessem ao critério de escolha: discutir a
Síndrome HELLP, seus sintomas e suas complicações clínicas. Elegendo, ao final, 24 artigos.
Resultados: Após a análise dos estudos, pôde-se observar que a síndrome HELLP é uma condição ainda
pouco conhecida, fato este que resulta em alta mortalidade materna e complicações clínicas graves,
devido a dificuldade de um diagnóstico rápido. Seus sinais e sintomas estão associados à hemólise
microangiopática, trombocitopenia e alterações nos testes de função hepática, acometendo 0,6% das
gestações e cerca de 4 a 12% em pacientes com pré-eclâmpsia (PE) grave. Estudos constataram que o
período mais comum de internações devido a ocorrência da síndrome foram o terceiro trimestre de
gravidez (46,79%) e o período pós-parto (40,37%). Ademais, notou-se que em cerca de 2% das gestações
complicadas pela síndrome HELLP ocorre a formação de hematoma subcapsular, acompanhado de
necrose hemorrágica das células hepáticas e ruptura da cápsula de Glisson. Essas intercorrências têm
evolução frequentemente fulminante, elevando a mortalidade materna, nesses casos, para mais de 50%.
Conclusão: A Síndrome HELLP, devido ao seu caráter raro, ainda é pouco conhecida entre os
profissionais da área da saúde. Contudo, o seu entendimento é de extrema importância no contexto do
atendimento emergencial, uma vez que seu manejo necessita de fatores técnicos e precisos para
desencadear um rápido diagnóstico e, consequentemente, um bom prognóstico. Além disso, foi observado
que seus sintomas, embora clássicos, ainda são confundidos com os sintomas da eclâmpsia e pré -
eclâmpsia, devendo, assim, ser bem discutida e avaliada pela comunidade médica.
Palavras chave: Sindrome HELLP; Emergencia Hipertensiva gestacional; Emergencias gestacionais.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
25
ALERTA VERMELHO: PNEUMOTÓRAX DECORRENTE DE ACIDENTES
DE TRÂNSITO Autor: Rayanne Alessandra da Silva Barreto; Coautores: Camilla Maria Barbosa Ramos; Flávia Ferreira
da Silva; Vinícius Vieira Leandro da Silva; Orientador: Maria Anunciada Agra de Oliveira Salomão
INTRODUÇÃO: Os acidentes de trânsito constituem grande preocupação para saúde pública no país,
representando a principal causa externa de óbito. Na Paraíba, durante o período de 22 de dezembro de
2016 a 15 de dezembro de 2017 ocorreram cerca de 8.042 casos em 25 serviços hospitalares da região.
Dentre os vários agravos acometidos a estes pacientes, o pneumotórax é uma das principais complicações
dos traumas físicos que acometeram as vítimas, acarretando colapso pulmonar parcial ou completo. O
pneumotórax consiste na existência de ar entre as pleuras parietal e visceral, ocorrendo aumento da
pressão intratorácica, resultando na redução da capacidade vital e do re torno venoso, principalmente
quando evolui para pneumotórax hipertensivo, levando à hipóxia ou dependendo do caso, à anóxia.
OBJETIVO: Chamar atenção para os altos índices de traumas torácicos ocorridos em acidentes
automobilísticos, enfatizando prevenção, complicações e agravos, sobretudo desencadeamento de
pneumotórax, explanando sua fisiologia e tratamento. METODOLOGIA: Baseia -se numa pesquisa
elaborada baseada em dados de artigos científicos relacionados aos traumas torácicos com
desencadeamento de pneumotórax. RESULTADOS: O trauma torácico possui grande morbidade, sendo
responsável por uma alta porcentagem de mortes evitáveis, enfatizando os acidentes de trânsito. As
vítimas mais acometidas são jovens e as causas mais frequentes são devido a velocidade incompatível,
ingestão de álcool, uso de celulares concomitante a direção, desobediência à sinalização, ultrapassagens
indevidas. Assim, dentre os principais agravos, o pneumotórax é uma das lesões mais recorrentes. O
diagnóstico é eminentemente clínico através dos sinais e sintomas do paciente, avaliando-se presença de
dispnéia, proporcional à gravidade do pneumotórax, dor torácica, de início agudo e de localização
homolateral. A realização de exames complementares como radiografia de tórax são desnecessá rios na
urgência, podendo atrasar procedimentos que devem ser feitos rapidamente e favorecer a evolução para
pneumotórax hipertensivo. Assim, é importante a realização de radiografia torácica após o diagnóstico
clínico, para acompanhamento e controle de cura. O tratamento das vítimas é efetivo, inclui
procedimentos como repouso, observação, oxigenoterapia suplementar à aspiração simples, drenagem
pleural fechada e videotoracoscopia. CONCLUSÃO: Por fim, é pontuado que o pneumotórax advindo dos
traumas torácicos, nos acidentes automobilísticos, pode ser prevenido com o uso de cintos de segurança,
pactuação entre o Ministério da Saúde e instituições de ensino para promoção da educação em trânsito d e
forma sistemática, através da mídia, pontuando o alcoolismo e o uso de celulares no trânsito, como
principais fatores desencadeantes.
Palavras-chave: Pneumotórax, Trauma, Prevenção
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
26
NOVAS RECOMENDAÇÕES DO ATLS 2019: TRAUMA TORÁCICO E A
ABORDAGEM DO TÓRAX INSTÁVEL COMO LESÃO POTENCIALMENTE
AMEAÇADORA À VIDA
AUTOR: Lorenna Torres Andrade da Nóbrega; COAUTORES: Ana Raquel Casimiro Dantas de Oliveira;
Arthur Guilherme Dantas de Araújo; Mariane Costa Dias Lins; Rebeca Aguiar Vital de Almeida;
ORIENTADOR: Felipe Gurgel de Araújo.
INTRODUÇÃO: Os órgãos torácicos estão diretamente ligados à manutenção da oxigenação, ventilação
e perfusão, e fluxo de oxigênio no corpo. A respiração e a circulação trabalham juntas para que o
oxigênio chegue aos órgãos, tecidos e células do corpo, e, consequentemente, o gás carbônico seja
eliminado. Ocorre que, mecanismos contusos e penetrantes podem inesperadamente interrompe r tais
processos fisiológicos. Tratam-se, em especial, das lesões torácicas, que se tratadas de forma inadequada,
podem gerar hipóxia, hipercapnia, acidose e choque, ocasionando complicações para o traumatizado e,
assim, uma alta taxa de morbidade. Visando um atendimento eficiente e adequado, o ATLS (Advanced
Trauma Life Support) traz, periodicamente, atualizações sobre as etapas a serem rigorosamente seguidas
pela equipe. Com relação ao trauma torácico, em 2019 trouxe mudanças. OBJETIVO: Revisar a
literatura acerca do trauma torácico e destacar a nova abordagem do tórax instável como lesão
potencialmente ameaçadora à vida. MÉTODO: Em fevereiro de 2019, foi feito um levantamento
bibliográfico do novo ATLS sobre a abordagem do trauma torácico, e, em especial, do tórax instável,
ressaltando as mudanças da 10º edição (2018) com relação à 9º edição (2012). Tais alterações entram em
vigor em 2019. RESULTADO: O tórax instável é decorrente de múltiplas fraturas de costelas,
ocasionando a perda de continuidade com o restante da caixa torácica. Duas ou mais fraturas em dois ou
mais arcos costais ou uma disjunção costocondral são suficientes para determinar a instabilidade. No
ATLS anterior, o tórax instável era enquadrado como lesão ameaçadora à vida, juntamente com o
pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço e tamponamento cardíaco. Já a lesão
da árvore traqueobrônquica era tratada como lesão potencialmente ameaçadora à vida. Com a publicação
do novo ATLS, houve uma troca, o tórax instável passou a ser tratado como lesão potencialmente
ameaçadora à vida e a lesão da árvore traqueobrônquica uma lesão ameaçadora à vida. CONCLUSÕES:
Lesões torácicas ameaçadoras à vida são aquelas que podem causar hipóxia grave e/ou choque. Embora a
instabilidade da parede torácica provoque movimento paradoxal, isso, por si só, não é causa de hipóxia
grave. A intensidade da contusão é que vai determinar essa condição. No entanto, o traumatizado respira
com dificuldades e o movimento torácico é descoordenado e assimétrico, por vezes com crepitações
decorrentes das fraturas. Inicialmente, deve-se corrigir a hipoventilação, administrar oxigênio umidificado
e reposição volêmica. Posteriormente, como terapia definitiva, deve-se administrar uma melhor
oxigenação, infundir líquidos cautelosamente e introduzir a analgesia para melhorar a ventilação.
Palavras-chave: Traumatismos torácicos; Tórax; Emergências.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
27
IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PRECOCE NO
ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO
AUTOR: Bruno Araújo Novais Lima; Coautores: João Manoel Lima de Barros Carvalho,
Camila Araújo Novais Lima, Manoel Almeida Gonçalves Junior, Antônio Ferreira de Almeida Neto.
INTRODUÇÃO: O ataque isquêmico transitório (AIT) é um episódio agudo e transitório de disfunção
neurológica causado por isquemia focal no encéfalo, diferindo do acidente vascular cerebral em que há
infarto agudo. A maioria dos AIT’s são revertidos dentro das primeiras duas horas. O diagnóstico é feito
de forma retrospectiva, após exame de imagem e resolução do quadro. A duração dos sintomas não deve
evitar uma terapia agressiva. OBJETIVO: O objetivo da pesquisa é destacar a importância da rápida
identificação de um déficit neurológico agudo seguida do manejo adequado, devido alto índice de
recorrência e evolução para acidente vascular cerebral. MÉTODO: Realizou-se revisão integrativa,
descritiva, e exploratória entre 2009 e 2019 que versa sobre a importância do diagnóstico e tratamento
precoce do ataque isquêmico transitório. A seleção dos artigos através dos seguintes critérios de inclusão
e exclusão: 1. Foram incluídos estudos de revisão sistemática, estudos clínicos, estudos coorte. Foram
excluídos relatos de caso e outros artigos com propostas divergentes; 2. Foram incluídos estudos
publicados em todos os idiomas; 4. Só incluímos como elegíveis estudos publicados e completos. Os
estudos foram identificados e selecionados com estratégia de busca e fonte de informação no banco de
dados da Internet: Medline. As Mesh-termos usados no PubMed foram: Ischemic Attack, Transient;
Time-to-Treatment. RESULTADOS: O AIT pode preceder o AVC isquêmico em 9,4% a 26% dos
pacientes. Sendo que o risco de AVC após a AIT pode chegar a 12% aos 7 dias e 20% aos 90 dias, com
metade desses AVCs ocorrendo nas primeiras 48 horas. Há diversos fatores que atrasam a avaliação
diagnóstica, dentre eles: atraso na avaliação após contato com o primeiro serviço e no encaminhamento
após um diagnóstico suspeito; estes incluíram o uso variável do escore de estratificação de risco ABCD2.
Ocorrência do AVC dentro 90 dias foi associada ao atraso na busca de atendimento médico após o evento
índice, atraso no tratamento com anti-plaquetário e estatina. A avaliação e intervenção urgentes em
clínicas de AIT demonstraram reduzir o risco de AVC após AIT em até 80%. CONCLUSÕES:
Prestadores de cuidados primários e de emergência precisam rever como eles podem lidar melhor com
pacientes que apresentam sintomas que podem ser devido a acidente vascular cerebral ou AIT. Na prática
geral, isso pode incluir treinamento dos profissionais da unidade. O encaminhamento direto para a clínica
de AIT.
Palavras-chave: Ischemic Attack, Transient; Time-to-Treatment.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
28
PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERNAMENTOS RELACIONADOS ÀS
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS HOSPITALARES NO BRASIL
AUTOR: Emanuel Evangelista de Santana; Coautores: Vivianne Gomes Pereira; Citânia Cordeiro da Nóbrega; Kalyne de Medeiros Nobre Alves; Jourdalany Costa Benício Diniz;
Orientadora: Luzia Sandra Moura Moreira
INTRODUÇÃO: A área de urgência e emergência são ferramentas importantes do sistema único de
saúde (SUS) no processo de assistência à saúde. As internações hospitalares podem ocorrer de maneira
eletiva ou de urgência/emergência, economicamente, as internações decorrent es destas oneram
significativamente o financiamento do SUS. OBJETIVOS: Descrever as principais causas de
internamentos relacionados às urgências e emergências hospitalares no Brasil, no período de 2009 a 2016.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, com coleta de dados secundários através da base
de dados do SUS DATASUS, Brasil. A amostra foi composta por todos os indivíduos cadastrados neste
sistema de informação. Foram coletadas informações sobre frequência de internamentos segundo a CID-
10, sendo considerados dados de distribuição nacional e por região do país. Foram inclusos, neste estudo,
os internamentos de urgência e emergência referenciados nos capítulos relacionados aos diagnósticos no
internamento no SUS. Internamentos eletivos foram excluídos. Os dados são apresentados sob a forma de
frequência, sendo considerado IC95%. As informações estatísticas foram obtidas por meio do aplicativo
estatístico SPSS 19.0 (IBM Corp., Armonk, Estados Unidos). RESULTADOS: A principal causa de
internamentos em urgência e emergência, no Brasil, é por gravidez, parto e puerpério (24,5%), seguida de
doenças do aparelho respiratório (13,0%), doenças do aparelho circulatório (10,0%) e
envenenamento/causas externas (10,0%), e doenças infecciosas e parasitárias (8,9%). Dados semelhantes
foram observados quando analisadas as causas de internamento por região, sendo a mais frequente
gravidez, parto e puerpério, em todas as regiões. No que concerne a essa condição, observou -se maiores
percentuais no Norte (31,3%) e no Nordeste (28,9%) em relação às demais, sendo o Sul a de menor
frequência (18,3%). No Norte e Nordeste, as doenças infecciosas e parasitárias ocupam o segundo
(13,3%) e terceiro lugares (12,7%), respectivamente, como principais causas de internamento nessas
regiões. CONCLUSÃO: Tendo em vista os aspectos observados, as principais causas de internamentos
podem ser evitadas com o trabalho ativo e eficiente de uma equipe multiprofissional, podendo ser
resolutiva, ainda que em níveis de atenção mais inferiores, sobretudo quando esse pensamento envolve a
atenção básica.
Palavras-chave: Hospitalização. Emergências. Perfil de saúde.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
29
MANEJO DAS FARMACODERMIAS NA EMERGÊNCIA
AUTOR: Francisca Maria Tavares da Rocha; COAUTORES: Guilherme Vasconcelos Visani; Lucas
Lobo Tigreiro; Viviane Gurjão Melo; Wilma Viviane Rodrigues Figueirêdo Henriques Rodrigues .
Introdução: as medicações têm potencial para desencadear reações medicamentosas, ou seja,
manifestações diferentes do efeito clínico esperado. A identificação destas reações no setor de emergêcia
é extremamente importante, uma vez que o médico socorrista deve reconhecer tais manifestações
dermatológicas e suas potenciais gravidades a fim de que sejam tomadas medidas assertivas objetivando
evitar a evolução com desfecho letal. Tem-se como reações cutâneo-mucosas mais comuns: exatemas,
urticárias, erupção fixa medicamentosa e fotossensibilidade. Todavia, as de maior gravidade são:
síndrome de hipersensibilidade a drogas (SHD), síndrome de Stevens -Johnson (SSJ), necrólise
epidérmica tóxica (NET) e pustulose exantemática generalizada (PEAG), as quais serão abordadas neste
trabalho. Reconhecer o padrão das lesões cutâneas direciona ao tipo de erupção medicamentosa em
questão, favorecendo a escolha do tratamento específico de forma precoce. Objetivos: realizar uma
revisão de literatura sobre a importância da eficácia do médico no manejo das farmacodermias na
emergência com o intuito de destacar quais são as doenças dermatológicas que devem ser tratadas no
contexto ambulatorial e quais devem ser abordadas de forma imediata. Metodologia: trata-se de uma
revisão integrativa de caráter analítico construída a partir de artigos publicados na plataforma National
Library of Medicina (PubMed) e a Scientific Electronic Library Online (SciELO ) sobre o manejo das
farmacodermias na emergência. Definiu-se como critério de escolha artigos publicados nos anos de 2016,
2017 e 2018, sem limitação do idioma na tentativa de obter quantidade relevante de referencia teórica.
Resultados: suspeitada uma reação medicamentosa têm-se com medida inicial mais importante, além do
suporte clínico, a interrupção de todas as drogas suspeitas utilizadas recentemente. Correlacio nar os tipos
de reação, medicamentos suspeitos e a classe farmacológica é de suma importância. Todavia, verificou -se
que em alguns casos houve a suspeita de mais de um medicamento, mostrando a dificuldade em detectar
com precisão qual causou a reação adversa. As porcentagens das classes dos medicamentos suspeitos de
causarem farmacodermias evidencia que os anti-hipertensivos foram os mais responsáveis pelos casos.
Seguido pelos antimicrobianos e anticonvulsivantes. Além do diagnóstico clínico pode ser neces sário,
principalmente em reações medicamentosas de caráter sistêmico (PEAG, SSJ e NET), a solicitação de
exames laboratorias que permitam avaliar a extensão do processo cutâneo para outros sistemas.
Conclusões: em suma, esse estudo pode trazer benefícios para a prática clínica, dominar os fármacos
causadores das farmacodermias dessas condições clínicas, um diagnóstico mais rápido pode ser fechado e
tratado da melhor forma possível, incentivando mais estudos e busca por maiores conhecimentos.
Palavras Chaves: emergência; reações medicamentosas; farmacodermia.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL
30
HEMORRAGIAS DO PACIENTE TRAUMATIZADO
AUTOR:Arthur Guilherme Dantas de Araújo; COAUTORES: Brenda Ribeiro Siqueira, Juliane Freire
Madruga Viana, Lorenna Torres Andrade da Nóbrega, Maria Beatriz Henrique Borba;
ORIENTADOR:Felipe Gurgel de Araújo.
Introdução: Além de contribuir para a morte hospitalar tardia, a hemorragia está diretamente responsável
pela maioria das mortes hospitalares precoces. O sangramento contribui no desenvolvimento de um
distúrbio de coagulação complexo gerado pela deficiência da utilização do fibrinogênio, dissolução
exacerbada do coágulo (hiperfibrinólise), hipotermia, entre outros. Desse modo, prevenir, identificar e
controlar rapidamente a hemorragia são etapas cruciais na avaliação e no manejo dos pacientes, sendo
necessário a rápida e precisa avaliação do estado hemodinâmico. Objetivo: Revisar a literatura acerca do
uso do Ácido Tranexâmico (ATX) e destacar a abordagem indicada pelo novo Advanced Trauma Life
Support (ATLS). Método: Foi feito um levantamento bibliográfico envolvendo artigos publicados entre
1995 e 2018, indexado na base de dados “SCIELO, PUBMED, LILACS, SCIENCE DIRECT e THE
LANCET JOURNAL”, em português e inglês, utilizando os descritores Tranexamic acid for trauma and
Emergência”. Além da 10º edição (2018) do novo ATLS, a amostra final foi constituída por 10 artigos.
Resultados: O TAX é um análogo sintético de lisina que inibe competitivamente a ativação do
plasminogênio em plasmina e a fibrinólise . Desse modo, a Food and Drug Administration divulgou em
1986 que uma injeção do medicamento pode reduzir ou prevenir o sangramento, visto que o TAX tem o
benefício potencial de diminuir a fibrinólise. Também foi confirmado por HENRY (2017) que, em
cirurgias eletivas, o ATX diminui em cerca de 30% a necessidade de transfusão sanguínea, sem afetar a
mortalidade e nem aumentar as complicações pós -operatórias. Desse modo, o novo ATLS informou que
alguns pacientes gravemente feridos chegam com a coagulopatia já estabelecida, o que levou algumas
jurisdições a administrarem o ATX preventivamente nesses pacientes. De acordo com o Documento de
Orientação para o Uso Pré-Hospitalar de Ácido Tranexâmico em Doentes Feridos (2016), estudos
militares europeus e americanos demonstram que há uma melhora na sobrevida quando o ácido é
administrado dentro de 3 horas após a lesão. Conclusões: Embora tenhamos visto a eficácia do ácido, é
importante ressaltar que a administração desse medicamento nunca deve substituir as técnicas de controle
de sangramento de campo, o transporte rápido para um centro de trauma ou a administração de sangue ou
plasma. Portanto, temos que seguir as recomendações da TBE-CiTE (Telemedicina Baseada em
Evidências – cirurgia do trauma e emergência), a qual diz que o ATX deve ser administrado 1g
endovenoso apenas nas 3 primeiras horas após o trauma seguido de infusão de 1g ao longo de 8 horas.
Palavras- chave: Ácido tranexâmico; Emergências; Terapêutica; Ferimentos e lesões.
Área Temática: Urgência e Emergência.
I CONGRESSOS PARAIBANO DE MEDICINA DE EMERGÊNCIA JOÃO PESSOA 27 E 28 DE ABRIL