E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 ......e um dos melhores a nível internacional....

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ANO XIX • N.º 225 • PREÇO: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E 15,00 MARÇO 2018 A voz do regionalismo desde 1999 Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões Pág. 12 Pág. 3 Pág. 12 Pág.5 Pág.20 Pág. 7 LIGA DE FAJÃO COMEMOROU 85 ANOS PAMPILHOSA APRESENTA - SE COMO “CENTRO COMERCIAL DA NATUREZA” NA BTL Pág. 4 ANTÓNIO LOPES MACHADO UM GRANDE JORNALISTA E REGIONALISTA QUE PARTIU

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ANO XIX • N.º 225 • PREÇO: E1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 • MARÇO 2018

A v o z d o re g i o n a l i s m o d e s d e 1 9 9 9Sede: Rua das Escolas Gerais, 82 - 1100-220 LISBOA - Tel./Fax 218 861 082 - [email protected] – www.casapampilhosadaserra.pt | Delegação: Travessa de S. Pedro, nº 4 3320-236 Pampilhosa da Serra | Director: Carlos Simões

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LIGA DE FAJÃOCOMEMOROU 85 ANOS

PAMPILHOSA APRESENTA-SE COMO “CENTRO COMERCIAL DA NATUREZA” NA BTL

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ANTÓNIO LOPES MACHADOUM GRANDE JORNALISTA E REGIONALISTA QUE PARTIU

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CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 3

Passado um ano especialmente agreste para um considerável número de pampilhosenses, e

num período em que se pretende recons-truir e recuperar a vitalidade que carac-teriza a gente serrana, o Município de Pampilhosa da Serra apostou forte num palco privilegiado para a divulgação do concelho. Nada melhor que a presença na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL 2018, certame que é considerado o maior evento de turismo a nível nacional e um dos melhores a nível internacional.

Este evento que vai já na 30ª edição, foi realizado entre os dias 28 de feve-reiro a 4 de março de 2018, na FIL - Feira Internacional de Lisboa, contou com a presença dos mais conceituados operadores turísticos nacionais e inter-nacionais, sendo bastante visitado por profissionais da área turística e poten-ciais turistas, sendo esta edição de 2018 uma das mais visitadas dos últimos anos, contando com cerca de 77.000 visitantes.

Como novidade, a organização do certame lançou o repto aos pampilho-senses para participarem como, “Municí-pio Convidado” desta BTL 2018, ao que a autarquia respondeu afirmativamente, participando assim com destaque neste salão que foi o epicentro da indústria do Turismo Nacional e Internacional com mais de 1000 expositores, 400 Hosted Buyers, 5000 reuniões e a espectativa de superar o número de visitantes da última edição.

O stand do Município de Pampilhosa da Serra convidava à descoberta do seu território, que pretende ser uma referên-cia regional e nacional, não só através da excelência dos seus recursos, infraestru-turas, produtos e serviços turísticos, mas principalmente pela autenticidade que caracteriza o concelho.

A divulgação do concelho de Pampi-lhosa da Serra esteve assim em desta-que na capital do país, permitindo assim divulgar a sua riqueza natural e paisagísti-ca, as praias fluviais galardoadas pela sua excelente qualidade, a singularidade dos percursos pedestres e de BTT, a autenti-cidade e identidade das aldeias de xisto, a gastronomia tradicional, o artesanato, as tradições e cultura local, entre outras potencialidades turísticas e património que o concelho tem para oferecer a quem o visita.

O Município de Pampilhosa da Serra, reconhecendo a importância estratégica deste certame, apostou significativamen-te na sua participação, com a instala-ção do seu renovado stand, localizado em destaque na entrada do pavilhão 2 da FIL. Apresentou no seu novo lema

"Pampilhosa da Serra - Centro Comercial da Natureza", assinalando que no conce-lho temos “Tudo o que na cidade não se compra”.

O renovado stand estava concebido com extremo bom gosto e originalida-de, completamente diferente das edições anteriores, inspirado na modernidade e nas novas tecnologias, levaram os visitan-tes por a uma viagem virtual, e ao mesmo tempo realista, pelas belas paisagens e sensações proporcionadas pelas maravi-lhas naturais do concelho de Pampilhosa da Serra.

O espaço da Pampilhosa da Serra sobressaia e agradava a todos os que por ali passavam, detendo-se para observar as deslumbrantes paisagens do concelho nos grandes ecrãs, que emitiam o novo vídeo promocional de Pampilhosa da Serra, transportando os visitantes para o território, associados aos sabores tradi-cionais proporcionados pela degustação preparada pelo Chef Flávio Silva, do Villa Pampilhosa Hotel, que em todos os dias do evento proporcionou um “show-cooking” com sabores tradicionais, onde não faltou o tradicional Maranho.

Durante os dias do certame, o Muni-cípio de Pampilhosa da Serra procurou cativar todos os que se deslocaram à BTL 2018 para visitarem o seu território, fornecendo informações diversas sobre as possibilidades de alojamento, bem como restaurantes, desportos radicais e de aventura e outros serviços locais, com destaque para os diversos agentes turís-ticos que operam no território. A aposta deste ano recaiu sobre um stand com uma índole mais comercial, que preten-deu suscitar o interesse de turistas e potenciais turistas, para algumas infraes-truturas e agentes locais de animação turística que ajudam a descobrir o conce-lho e fazem com que essa descoberta se torne ainda mais aliciante. Este ano o stand pampilhosense contou com a participação do Villa Pampilhosa Hotel, da casa de Santo Antão e das Casas de Couratão, do setor hoteleiro e ao nível do turismo na natureza e experiências radicais com a Portugal Offroad, Epic Land e a Origem Safaris.

O programa deste ano reservou os dois primeiros dias (28 e 01) apenas para as visitas de profissionais do setor, abrindo ao público em geral na sexta-fei-ra, 2, pelas 10:00 horas. O diversificado programa desta presença da Pampilhosa da Serra na BTL, iniciou-se assim no dia 28, contando na inauguração oficial do certame com a presença do Primeiro ministro António Costa e na inaugu-ração oficial do stand com a presença

do Presidente da Comissão Executiva do Turismo do Centro de Portugal, Dr. Pedro Machado, acompanhados por outras individualidades e autarcas da região, entidades que, em visita porme-norizada ao stand e visionamento do vídeo promocional, se inteiraram das reais potencialidades e belezas deste concelho de montanha do interior centro, tecendo considerações elogiosas à vitalidade e meritória intervenção da autarquia, face às adversidades vividas pela população afetada pelos graves incêndios de 2017, conseguindo colocar o concelho em clara escalda de recupe-ração na sua imagem de grande destino turístico da região centro.

A receber estas ilustres visitas estive-ram os autarcas pampilhosenses, lidera-dos pelo vice-presidente do Município, Eng.º Jorge Custódio e vereadores, pelo presidente da Assembleia Municipal, Hermano Almeida, deputados munici-pais e ainda os presidentes das juntas de freguesia do concelho, para além de vários empresários e representantes de coletividades e associações pampilho-senses.

Na ocasião o vice-presidente Jorge Custódio deu as boas vindas a todos e salientou que a riqueza natural e as gran-des potencialidades de desenvolvimento do concelho através do turismo de natu-reza, são uma realidade que justifica cada vez mais uma aposta forte do seu municí-pio numa ruralidade de excelência. Disse que ali estavam alguns dos operadores turísticos do concelho e todos concluí-ram que é uma aposta ganha e que vale a pena, apesar das contrariedades recentes, lançando o desafio para todos apostem na Pampilhosa da Serra como seu destino de férias ou de investimen-to. Salientou o facto de este ano serem Município Convidado da BTL 2018, o que vem reconhecer e premiar todo o esforço e estratégia utilizada nos últi-mos anos, provando que Pampilhosa da Serra, apesar das contrariedades recentes, consegue estar no centro do país e no “Centro da Natureza”.

Por sua vez, o Presidente do Turis-mo do Centro começou por considerar notável o trabalho e esforço realizado em Pampilhosa da Serra no capítulo do desenvolvimento regional e afirmação turística, quer pelo Município quer pelos seus empresários, “num ano tão adverso como foi 2017”. Disse ser a singularidade e autenticidade do território pampilho-sense que permite o seu crescimento económico, elogiando o município pampilhosense pelo contributo para a transformação que permitiu potenciar o

“Se não tivéssemos inverno, a primavera não seria tão agradável: se não experimentássemos algumas vezes o sabor da adversidade, a pros-peridade não seria tão bem-vinda.”. Esta frase, da autoria da poetisa Anne Bradstreet, traz-nos à memória o sofri-mento das populações em sequência dos catastróficos incêndios florestais do ano passado que se transformaram num verdadeiro “inverno”, mas também nos remete para a esperança em dias melho-res com a reconstrução e o renascer das cinzas, como uma “primavera” de renovação. De facto, a primavera está aí trazendo consigo a luz, a cor e a renova-ção da natureza. Com ela a energia para nos reerguermos e explodir de vigor para começar um novo ciclo. É isso que os pampilhosenses necessitam: uma “primavera” que os ajude a ultrapassar tão rude “inverno”.

Apesar do negrume da paisagem das nossas serras, já se vê aqui e ali o colorido das cantarinhas e cantarões e uma ou outra erva e flor, cujas semen-tes teimosamente resistiram ao infer-no. Quem parece resistir e “gozar” com o fogo, são as Mimosas que vemos já colorindo alguns locais, principalmente junto às estradas, dispondo agora de terreno livre para consolidar a sua inva-são, destruindo todas as espécies que ousem competir com elas. Constituin-do um problema galopante se nada for feito para as controlar, pelo que vamos alertando para este grave problema de degradação dos nossos ecossistemas.

Mas infelizmente a aproximação da chegada da Primavera não trás apenas vida. No dia 15 de março, fomos surpreendidos com a trágica notícia da morte de um dos maiores jornalistas da imprensa regional e um grande regiona-lista – António Lopes Machado. Figura bastante conhecida e admirada em toda a região da Beira-Serra, foi sempre um entusiasta e divulgador das atividades das coletividades regionalistas, sendo natural do concelho de Arganil, teve sempre um carinho muito especial pelos pampilhosenses, dando voz às necessidades das populações através da “sua” Comarca de Arganil.

Pessoalmente tenho-o como um professor e conselheiro nesta lides da imprensa regional, a quem muito devo, pelos seus ensinamentos e sábios conse-lhos, sendo para mim determinante para ter aceitado o desafio de dirigir este jornal. Como amigo, agradeço-lhe igualmente toda a simpatia e incentivo para ter desenvolvido o meu percurso académico, ficando marcado de forma indelével a sua influência na minha formação. Obrigado Amigo.

Por esta altura do ano era frequente estarmos com Lopes Machado, quando uma boa parte das coletividades, regio-nalistas do concelho realiza as comemo-rações dos seus aniversários de funda-ção. Esta tradição, vem-se mantendo

e faz parte da atividade destas associa-ções, sabendo que há coletividades com maior atividade que outras, não deixa-mos de saudar todas as que se mantêm e desejar os parabéns pelos seus aniver-sários, com um cumprimento especial para o Rancho Folclórico da Casa do Concelho que comemorou os seus 34 anos, e para as coletividades de Fajão e Covanca, que damos nota nesta edição.

As saudades da terra natal e o desejo de estar perto sua aldeia é um sentimen-to que assola os muitos pampilhosenses e descendentes que constituem uma vasta comunidade na região da grande Lisboa, pelo que, estar no almoço da coletividade da sua aldeia é algo que está sempre na agenda de muitos deles. Ao contrário do que se possa pensar, as coletividades regionalistas não têm como objetivo estatutário apenas a realização dos seus almoços de aniver-sário. São associações que visam essen-cialmente o desenvolvimento das suas aldeias, pelo que podem ter um papel importante no desenvolvimento do concelho como um todo.

Um outro evento que já vem também sendo tradição nos últimos anos é a presença do concelho de Pampilho-sa da Serra na Bolsa de Turismo de Lisboa – BTL. Nesta edição de 2018 o Município pampilhosense marcou mais uma vez destacada presença, na qualida-de de Município Convidado, levando até à capital um pouco do território, dando a conhecer a sua riqueza natural e paisagística, divulgando assim as suas potencialidades turísticas e empresas, num ano em que o concelho ainda está a reconstruir e a renascer do flagelo que o afetou. Os pampilhosenses em Lisboa já se habituaram a ir até à FIL para estar um pouco na sua Pampilhosa da Serra visitando o seu espaço naquele certame, que nesta edição se apresentou como o “Centro Comercial da Nature-za”, onde “se compra o que na cidade não se vende”.

Na região, felizmente a chuva já encheu as barragens do concelho e os nascentes estão fortalecidos, não fosse o problema das enxurradas e estaríamos já com uma paisagem mais verde. Mas, apesar do frio, já cheira a primavera quando o sol surge envergonhado atrás das nuvens. É a Páscoa que está ai.

É tempo de celebrar a vida, o amor e a esperança, pois chegamos a esta época maravilhosa que é a Páscoa! É uma época de alegria para viver em famí-lia. Mas acima de tudo, é importante lembrar que a Páscoa é a celebração do amor de Jesus por todos nós.

Ressureição de Jesus Cristo significa viver novamente! Para todos os leitores desejamos uma vida feliz, com muita saúde e paz com suas famílias. Feliz Páscoa!

O Director, Carlos Simões

Jornal “Serras da Pampilhosa”

Fundado em Junho de 1999

Ficha Técnica

Presidente: José Ferreira

Director: Carlos Simões (TE-1232)

Sub-Director: ... .... ....

Redactores:António Amaro RosaAníbal PachecoJorge Ramos

Colaborador no Território: Zé Manel (CO1623)

Colaboradores nesta edição:Abel AlmeidaHermínio AlexandreJ. Marques de AlmeidaJosé JoãoJosé Augusto SimõesManuel NunesMarisa CarvalhoMiguel SerraXana PiresRogério Martins SimõesSão Pereira

Paginação e Grafismo:Beta VicenteSérgio Vicente

Montagem e Impressão:Vigaprintes-Artes Gráficas, Lda.Núcleo Empresarial Quinta da Portela, n.º 38Guerreiros – 2670-379 LouresTelefone: 219 831 849 Fax: 219 830 784E-mail: [email protected]

Propriedade: Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Sede: Rua das Escolas Gerais, n.º 82, 1100-220 Lisboa

Telefone: 218 861 082

E-mail:[email protected]

Distribuição:Casa do Concelho da Pampilhosa da Serra

Periodicidade: Mensal

Tiragem: 1.500 exemplares

Depósito Legal n.º 228892/05Inscrito no Instituto da Comunicação Social sob o n.º 123.552

O Estatuto Editorial está disponível para consulta em www.casapampilhosadaserra.pt

Todos os artigos são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não traduzem a opinião da Direcção do Jornal e/ou dos órgãos sociais da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

2 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

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território, destacando ainda a coopera-ção entre os municípios da região com o Turismo do Centro, permitindo excelen-tes resultados.

Durante o certame decorreram no stand apresentações aos visitantes profe-ridas pelo Villa Pampilhosa Hotel, Epic Land, Ivity brand corp, DarkSky Festi-vais de Caminhadas e Walking Weekend, Downhill Pampilhosa da Serra, aloja-mento Casa de Stº Antão, Portugal Offroad, Seaside Sunset Sessions´18, 20º Portugal de Lés-a-Lés, Via Ferrata da Barragem de Stª Luzia, alojamento Casas do Couratão, Workshop da Filhó Espichada, Real Confraria do Maranho e todos os dias com Showcooking de Flávio Silva do Villa Pampilhosa Hotel.

O espaço da Pampilhosa da Serra na 30ª BTL teve grande afluência de visi-tantes e honras da visita do Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa. A afluência atingiu o auge, principalmente no sábado, dia 3, com a apresentação pública do “Seaside Sunset Sessions 18 – Pampilhosa da Serra”. Quem passou pelo pavilhão 2 da FIL durante os dias da BTL, não ficou certamente indiferente à presença da Pampilhosa da Serra e ao seu espaço, transmitindo imagem singular e cativante que despertará a vontade de visitar aquele território que é o “Centro Comercial da Natureza”.

Carlos SimõesFotos CMPS

Segundo nota de imprensa do Muni-cípio de Pampilhosa da Serra a que tivemos acesso, o Filme Promocional

de Pampilhosa da Serra de 2017 “The Guardian of Naturia", arrecadou dia 08 de março, um honroso 2º lugar na categoria de “Ecoturismo” na ITM Berlim, a maior Feira de Turismo da Europa e uma das mais importantes do Mundo.

Uma distinção à qual já se somam mais três. De recordar que “The Guardian of Naturia" foi triplamente premiado na 10º edição do Art&Tur -Festival Internacional de Cinema de Turismo, onde a juntar ao honroso Grande Prémio desta Compe-tição Nacional, 1º lugar na categoria de Melhor filme do Festival em 2017, a exce-cional qualidade deste filme permitiu-lhe conquistar ainda o 1º lugar na categoria de “Turismo Rural e de Natureza” e o 2º lugar na Competição Internacional, na categoria “Ecoturismo.”

A cerimónia de entrega dos prémios decorreu na passada quinta-feira, naquela que é uma das principais feiras interna-cionais de turismo e ponto de encontro dos mais importantes operadores turísticos

mundiais. O festival de cinema de turismo “The Golden City Gate”, que decorre inse-rido nesta feira (ITM Berlim), consagrou ainda o novo filme promocional do Centro

de Portugal, intitulado “Next Stop / Próxi-ma Paragem”, com o segundo lugar, na categoria “Região”.

Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal e da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal, recebeu ambos os prémios no espaço do Centro de Portugal na ITB Berlim, integra-do no stand do Turismo de Portugal. As distinções foram entregues por Alexander Kammel e Hugo Marcos, respetivamen-te diretor e secretário-geral do CIFFT - Comité Internacional dos Festivais de Filmes Turísticos.

“Os filmes produzidos pela região Centro de Portugal continuam a surpreender os jura-dos dos festivais em que participam, pela quali-dade das produções e pela magnificência dos cenários, naturais e patrimoniais, que tornam esta região verdadeiramente única. Não foi por acaso que o filme anterior da região foi consa-grado como um dos três melhores do mundo em 2017, assim como não é por acaso que este está já também a ganhar prémios”, destaca Pedro Machado. “O filme da Pampilhosa da Serra, que mostra um destino fantástico no coração do Centro de Portugal, está também, e muito justamente, a conquistar quem o vê. Esta região tem, de facto, qualidades invejáveis do ponto de vista visual e cinematográfico”, acrescentou.

“The Guardian of Naturia”, promovido pelo Município de Pampilhosa da Serra e produzido pela produtora “Ideias Com Pernas”, foi lançado em 2017 na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), com o objetivo de promover o Concelho de Pampilhosa da Serra e o seu Turismo de Natureza e desde ai tem vindo a arrebatar corações e a somar distinções.

Envolto num cenário místico, este filme surge assim como um apelo à descoberta de um lugar único, místico, autêntico e genuíno “PAMPILHOSA DA SERRA”.

Esta é uma distinção que muito orgulha este Município, fruto de um árduo trabalho levado a cabo no sentido de divulgar o seu território, privilegiando a beleza e a autenticidade que caracteriza este conce-lho, dando a conhecer os seus recantos naturais e convidando todos a visitar e a descobrir os encantos deste “Centro Comer-cial da Natureza”.

E pode ver o “The Guardian of Naturia”, com cerca de 3 minutos, no link https://vimeo.com/228953910.

Carlos SimõesFotos: Turismo do Centro de Portugal

FILME PROMOCIONAL DO CONCELHO PREMIADO EM BERLIM

Os incêndios do último ano provo-caram muitos efeitos negativos, mas não representam nem definem a Pampilhosa da Serra a longo prazo, em breve a natureza vai regenerar-se e nesse sentido, importa redimensionar as expectativas relativa-mente à região, importa adotar um novo enquadramento de comunicação. Há neste momento ainda muito a acontecer para fazer face a esses acontecimentos, a reconstrução das habitações, a requalifi-cação de equipamentos públicos, a requa-lificação de estradas municipais, o apoio à agricultura e aos empresários locais.

No entanto, a cor só mudou tempo-rariamente, e isso não pode ser motivo para desistir, continuamos a acreditar na Pampilhosa da Serra e no seu potencial turístico, que é como uma vitamina para o desenvolvimento, para as unidades de alojamento local, para a unidade hoteleira, para as empresas de animação turística e para o comércio local.

Podemos não ser ricos em muitas coisas, mas as “poucas” coisas que aparen-temente a Pampilhosa da Serra tem, afinal são muitas para quem se predispõe a conhecê-la e a vivê-la. A Pampilhosa da Serra tem uma riqueza paisagística que lhe é intrínseca e que não está apenas assente na vegetação, mas também em fatores como a magnitude das suas Serras, a dinâmica dos seus Rios ou o brilho do seu Céu. Há uma imensidão que continua tão inspiradora e apelativa como antes.

A Pampilhosa da Serra tem um património afetivo que só se consegue ver com o coração, é um sentimento, uma memória que se traduz numa ligação que não se explica, mas que se sente e que se vive para toda a vida, num lugar ao qual se quer sempre regressar.

É no centro de toda a atenção, no centro do País, no centro do nosso cora-ção e no centro das nossas emoções, que surge Pampilhosa da Serra, no Centro da Natureza. Ser centro de uma natureza cosmopolita, proporcionar o conforto da cidade e dinamizar a natureza com tudo o

que na cidade não se pode comprar.Porque na Pampilhosa da Serra, a natu-

reza e o Homem olham-se ao espelho, e encontram as suas semelhanças: a Espe-rança; a Resistência; a Resiliência, o Amor--próprio, a Singularidade, o Orgulho, o Espirito Serrano, a Autenticidade; a Singu-laridade e a Hospitalidade. Este é o novo desafio a quem nos queira visitar e conhe-cer melhor. Conhecer melhor o Centro Comercial da Natureza, onde encontra tudo o que na cidade não se compra.

A Pampilhosa da Serra é um lugar de emoções autênticas intrinsecamente ligada a vivências, experiências e sensações cada vez mais escassas nas cidades, como os sabores e os cheiros da terra, do silêncio e do brilho noturno da Serra, a paz de espíri-to, a sensação de mais tempo, mais espaço, mais liberdade.

Bem-Vindo à Pampilhosa da Serra, O Centro Comercial da Natureza. Com uma área de 400km2, este espaço de montras amplas e corredores infinitos está situado no centro do País, entre as Serras da Lousã, do Açor e da Estrela. Aqui, a natureza está aberta 24 horas, todos os dias do ano. Dividido em vários pisos, encontra neste Centro Comercial da Natureza uma gran-de variedade de ruas, serras, montanhas e o maior céu IMAX do mundo.

Com uma arquitetura milenar, os pene-dos de xisto dão forma ao espaço, mas são a urze e o medronheiro que o pintam e dão a cor e o cheiro a todos os sonhos. Equipado com serras rolantes para subir a mais de 1000 metros de altitude até aos Penedos de Fajão e Miradouros.

Aberto todo o ano, os parques infan-tis para todas as idades estão equipados com piscinas flutuantes, escorregas, pare-des de escalada e bicicletas. Nos meses mais quentes pode refrescar-se com o ar condicionado das eólicas, dos rios e das praias fluviais.

Esperamos por si na Pampilhosa da Serra, neste que é o maior Centro Comer-cial da Natureza onde encontra tudo o que na cidade não se compra.

Pampilhosa da Serra é dos pampilho-senses que a amam; Pampilhosa da Serra é dos rios, das serras e de tudo o que não se compra; Pampilhosa da Serra é de cada um de nós.

CMPS

PAMPILHOSA DA SERRA – O CENTRO DA NATUREZA

PAMPILHOSA APRESENTA-SE COMO CENTRO COMERCIAL DA NATUREZA” NA BTL

Alexander Kammel (CIFFT), Sérgio Guerreiro (Turis-mo de Portugal), Pedro Machado (Turismo Centro de

Portugal) e Hugo Marcos (CIFFT)

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4 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 5

Actualidade Opinião Actualidade

Segundo noticia publicada no jornal O Publico, num artigo assinado por Ana Fernandes, só

lá para Abril é que a floresta queimada revelará a vida que esconde. Que se regenerará, podendo voltar a ser um barril de pólvora. Mas não são só as políticas florestais que podem defender vidas e bens. É descer das cadeiras de Lisboa para o território e trabalhar com as suas gentes.

Este artigo sugere que o melhor por agora é estar quieto. “Cortem-se as árvores que estão em perigo de cair, usem-se troncos para fazer de mini barreiras nas encostas para conter as enxurradas e espere-se pela Primavera. Nessa altura, a vida rebentará. Com muitíssima força. O que é um risco, por causa das invasoras, e uma oportunidade para dirigir a floresta para onde a queremos. Mas tão ou mais importante do que planear a floresta que se deseja é saber para quem e com quem se faz essa reforma. Ou se olha o interior de outra forma ou tudo voltará a arder daqui a 15 anos.”, pode ler-se no Publico.

“O simples processo de retirar os troncos queimados pode destruir mais que os incêndios”, alerta Francisco Moreira, e especialista em recuperação de áreas ardidas. O que

é fundamental, por agora, é retirar as árvores que podem provocar acidentes, vender as que ainda têm valor económico e deixar estar as restantes. Com alguns troncos vão-se fazendo sucessivas barreiras pelas encostas abaixo para evitar a perda de solo e criar mini-habitats. Depois é esperar, explica o investigador do Instituto Superior de Agronomia e do CIBIO do Porto.

O eucalipto irá recuperar e os pinheiros, se estiverem em idade adulta, terão armazenado sementes que depois germinarão. As nativas estão também habituadas ao fogo – que sempre fez parte dos ecossistemas mediterrânicos. “Do ponto de vista ecológico, isto não é uma catástrofe, as plantas estão adaptadas ao fogo e a maioria vai regenerar. E o problema pode ser esse: após 2003 e 2005 houve um excesso de regeneração, criou-se um matagal contínuo".

"O que importa é saber o que queremos e fazer uma regeneração natural assistida, controlando umas espécies e potenciando outras”, acrescenta Moreira. Mas a informação para isto ser feito só chega na Primavera. “No sub-bosque dos pinhais e dos eucaliptais estão árvores nativas que só descobriremos

quando voltarem a rebentar. Por isso é má ideia ir tudo raso. Fizemos essa experiência em Mafra no pós-fogo: comparámos o sucesso de uma reflorestação com carvalhos de viveiro com aqueles que já lá estavam. Estes últimos sobreviveram mais e cresceram três vezes mais depressa que os de viveiro”, acrescentou o investigador.

Aguarde-se então mas há um perigo imenso à espreita: as espécies exóticas, isto é, as acácias (mimosas) e as haqueas. Adoram fogo, competem com as espécies nativas, ganham sempre e são difíceis de erradicar. “É usar o fogo controlado quando começam a germinar”, sugere Francisco Moreira. Servi-las como repasto a cabras pode ser outra resposta.

Joaquim Sande Silva, da Escola Superior Agrária de Coimbra, também sublinha a importância de a primeira prioridade ser o controlo da erosão, evitando os escoamentos superficiais que contaminam as águas e geram enxurradas. Mas como é que se faz isto, “com que dinheiro e como é que se atua na propriedade privada”, questiona, assegurando que aqui o problema é mais político.

Carlos Simões

MEXER AGORA NAS CINZAS PODE SER PIOR QUE OS INCÊNDIOS

No fim de semana de 24 e 25 de Fevereiro de 2018, os Lions do Distrito 115 Centro Sul

de Portugal, realizaram a sua atividade do Meio Ambiente nos concelhos da Pampilhosa da Serra e Oleiros, com a participação de vinte Lions Clubes de Barcelos a Santiago do Cacém.

A equipa do Meio Ambiente nomeada pela Governadora Gabriela Fernandes e coordenada pelo Assessor Henrique Oliveira, contou com o Lions Clube Lisboa Belém para a organização da viagem, dirigida pelos seus companheiros pampilhosenses Anselmo Lopes e Fernando Antunes, com o apoio do Lions Clube de Castelo Branco, que organizou a reunião do Gabinete da Governadora (dia 24) e o final das atividades realizadas em Orvalho (dia 25).

Esta atividade que envolveu cerca de cento e sessenta e cinco pessoas, sendo entre os dois concelhos distribuídas e plantadas cerca de três mil árvores, disponibilizadas pelos Clubes, pela Delta Cafés, representada por três adultos e cinco crianças da associação Coração Delta, e pela Nova Floresta, de Oleiros, que ofereceu cerca de mil árvores para os dois concelhos, representada por Pedro Capela, também ele membro do Lions Clube de Castelo Branco.

No concelho da Pampilhosa da Serra a atividade teve início no dia 24 de Fevereiro com um jantar no Villa Pampilhosa Hotel. Durante o mesmo foi oferecido um desfibrilhador à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra (AHBVPS), que foi entregue pela Presidente do Lions Clube Lisboa Belém, Sónia Mascarenhas Faustino ao Comandante dos Bombeiros Marco Alegre.

Sónia Mascarenhas Faustino apresentou cumprimentos lionísticos. “É um orgulho estar aqui, é a terceira vez que o Lions Clube Lisboa Belém visita o concelho. Fazia todo o sentido esta ser uma actividade de todo o distrito 115”, referiu a presidente.

João Ramos, presidente da direção da AHBVPS, referiu na ocasião que “…os Bombeiros precisam de muita coisa, mas essencialmente precisam de sorrisos e afetos. Quando sentimos que vêm cá para nos verem é o suficiente, não é preciso trazerem nada, basta trazerem sorrisos”.

José Manuel Carvalho Lopes, presidente do Conselho Nacional de Governadores (CNG), proferiu um breve briefing, iniciando por cumprimentar o vereador da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Carlos Alegre, o Presidente da AHBVPS João Ramos e Sandra Custódio, do Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal.

A Engª Sandra Custódio deu uma

panorâmica aos presentes acerca dos efeitos dos incêndios, referindo que o ano de 2017 foi devastador para o concelho. “Em junho arderam seis mil hectares no fogo que veio de Alvares, a 8 de Outubro arderam quatro mil hectares no fogo que teve início na freguesia de Fajão e a 15 de Outubro no fogo que

veio da Sertã arderam dezasseis mil hectares, ou seja, arderam vinte seis mil hectares dos trinta e nove que compõe o concelho. Ficaram três freguesias por arder, Dornelas do Zêzere, Janeiro de Baixo e Unhais-o-Velho. No de 15 de Outubro houve muitas perdas, arderam 607 habitações sendo 283 de primeira habitação, algumas com perdas totais. Foi assustador, tudo à volta do incêndio foi anormal. Quem entrou na vila de manhã teve a sensação de um cenário de guerra.” explicou, referindo ainda que têm recebido muitas dádivas, mais a nível agrícola e de animais. “Estamos a tentar dar um “chuto” a ver se andam para a frente. Não podemos que isto destrua a estratégia do Município”.

Anselmo Lopes, Lion pampilhosense natural de Trinhão, referiu naquele momento que aquela era uma oportunidade única para colocarem questões e satisfazerem curiosidades junto da Engª Sandra Custódio.

Perante a questão relacionada com a dimensão da ajuda que o Estado tem mandado para a Pampilhosa da Serra, foi referido que “ainda está um caos”. Foram feitos levantamentos dos prejuízos que foram enviados à Administração Local, o que não foi fácil. Foram criadas duas equipas, uma para a área agrícola outra para a área das habitações. As candidaturas da parte agrícola terminaram no final do ano passado, “foi demorada mas fez-se”. A Direção Regional da Agricultura e Pescas do Centro ficou com as candidaturas simplificadas, ou seja, até cinco mil euros e houve mil e duzentas candidaturas. As superiores a cinco mil euros ficaram a cargo do PDR2020.

Relativamente às habitações, foi explicado que “as de primeira habitação estão com a CCDRC, as de segunda habitação ainda não se sabe se haverá apoio ou não, as candidaturas terminaram a 20 de Fevereiro. Mesmo as que foram consideradas de primeira habitação pelo Município ainda vão ser avaliadas se são ou não. A definição de primeira e segunda habitação está

complicada. Há quem cá viva a maior parte do ano, mas que continue a ter domicílio fiscal noutra localidade por causa da assistência médica. O que foi feito foi o cálculo da média de consumos de água e luz de cada aldeia e vai-se ver se cada casa tem essa média de consumo”.

Foi também informado que a

autarquia tem também recebido dádivas a nível de material de construção, material esse que “será destinado a ajudar a reconstrução das casas consideradas de segunda habitação”.

O Vereador Carlos Alegre agradeceu a visita do grupo Lions, dando um “bem-haja a todos”. Referiu que devido à catástrofe dos incêndios a o orçamento atual do Município vai sofrer alterações e talvez os seguintes também, obrigando a uma mudança de estratégia por parte da Câmara Municipal.

A governadora Gabriela Fernandes salientou a importância da atividade do Meio Ambiente dos Lions e agradeceu a presença de todos.

José Carvalho Lopes, que fez trezentos quilómetros, desde Barcelos, para estar presente, disse que era com

muito prazer que ali estava, “para além de estar com amigos é também o poder participar numa actividade em que todos gostam de colaborar, que é o Meio Ambiente”. Deu os parabéns a quem esteve e a quem estava, considerando ainda que a Governadora Gabriela Fernandes era um exemplo do lema dos Lions “A força do Nós”.

O domingo começou bem cedo com a plantação de três árvores autóctone (castanheiro, carvalho e oliveira) junto ao Villa Pampilhosa Hotel, bem como uma romãzeira para surpresa de todos e especialmente da Governadora Gabriela Fernandes que tem a romã como símbolo do seu ano lionístico.

Junto à aldeia de Signo Samo, nos terrenos da Lenda da Beira, foram plantados cerca de uma centena de Medronheiros, tendo o proprietário da empresa, José Martins, agradecido a presença e contributo de todos.

Aqui os participantes aproveitaram a presença da Presidente da Junta de Freguesia do Cabril, Engª Anabela Nunes Martins para questionarem

como estava a ser o reerguer dos incêndios e como tinha sido vivida a noite do incêndio.

Nesta explicação, ficámos a saber que até o sistema radicular das plantas ficou todo destruído devido à violência do incêndio, daí o aparecimento de verde nas encostas estar a tardar.

Segundo Anabela Martins, foram momentos muito angustiantes, “não se conseguia chegar a nenhuma aldeia antes do fogo, foi sempre correr atrás do fogo, nalguns esperar mesmo que o fogo passasse, houve aldeias que estiveram sozinhas à mercê da vontade do fogo. Noutros as populações foram colocadas nas Igrejas e Casas de Convívio para se protegerem. Não foi um cenário mais trágico, porque a população de

Outubro é a população do ano inteiro e está mais atenta e com as notícias de

Pedrogão de Grande ficaram todos muito mais alerta, ninguém fugiu para as estradas, há uma aldeia que se meteram todos dentro de um carro e andaram a jogar às escondidas atrás das casas com o fogo”, disse a técnica, confessando que ainda hoje se arrepia ao falar da situação.

Relativamente à limpeza de faixas de gestão de combustível, Anabela Martins informou que as aldeias de Malhada do Rei e Aradas já têm as suas faixas limpas, e referiu que haverá

grande dificuldade para as Câmaras em fazer o trabalho dos proprietários dos terrenos, por não haver mão-de-obra disponível para a quantidade de trabalho a ser feita.

No Alto da Maria Gomes continuou a atividade, onde foram plantadas mais umas dezenas de Medronheiros, Cerejeiras e Castanheiros.

Naquele local o presidente da Junta de Freguesia de Portela do Fojo – Machio, Henrique Fernandes Marques

agradeceu a presença, o contributo e a iniciativa dos Lions.

De volta à vila, em frente ao Parque Industrial de Pampilhosa da Serra foram também plantados alguns Medronheiros num gesto simbólico, tendo o presidente da Junta de Freguesia da Pampilhosa da Serra, Nuno Almeida, agradecido o contributo, pois “estes gestos são muito importantes”.

No estaleiro Municipal da Pampilhosa foram deixadas ao cuidado do Município várias Oliveiras, Videiras, Medronheiros, Cerejeiras, Castanheiros e outras espécies.

Seguiu-se o almoço servido na antiga Resineira da Pampilhosa da Serra, onde todos os participantes receberam um diploma de participação.

Na ocasião a governadora Gabriela

Fernandes cumprimentou e agradeceu a todos os presentes o sucesso que a iniciativa estava a ter e que a Pampilhosa da Serra podia contar sempre com a presença e a participação deles em atividades daquele género. Agraciou ainda alguns companheiros pelos seus atos e participações nas atividades, nomeadamente, Sónia Mascarenhas Faustino, Fernando Alves Antunes, Henrique Oliveira e Anselmo Lopes.

Após o repasto os participantes seguiram para a Freguesia do Orvalho, no concelho de Oleiros onde, tal como tinha acontecido na Pampilhosa da Serra, foram entregues cerejeiras, sobreiros, castanheiros, ervideiros/medronheiros, videiras, oliveiras e pinheiros.

No Miradouro do Cabeço Mosqueiro foram surpreendidos com uma receção por um Grupo de Bombos, filhós e vinho do Porto para petiscar, preparada pelo Vereador da Câmara e pelo Presidente da Freguesia de Orvalho. Tal como planeado, neste local foram também plantados mais Medronheiros e outras árvores.

Depois das intervenções dos autarcas presentes, que saudaram os

presentes em seu nome e do Presidente do Município de Oleiros Fernando Marques Jorge, também ele Lion, e da Governadora Gabriela Fernandes, ficou a certeza do dever cumprido e a promessa de um evento semelhante no próximo ano, até porque o Governador do AL 2018/2019 será o companheiro Pedro Crisóstomo do Lions Clube de Castelo Branco.

Xana Pires

LIONS REALIZAM ATIVIDADE DO MEIO AMBIENTE NO CONCELHO

Faleceu no dia 15 de março de 2018, no Hospital Egas Moniz, em Lisboa, António

Lopes Machado, que se encontrava, desde algum tempo, numa Casa de Repouso, em Lisboa. Há alguns dias antes tinha tido um agravamento do seu estado de saúde, o que o levou ao internamento naquele Hospital, onde acabou por falecer, aos 90 anos de idade, quando se aproximava de fazer os 91 anos em 24 de abril próximo.

Os restos mortais deste saudoso Amigo foram transladados para a igreja de S. João de Deus, em Lisboa, onde foram velados, seguindo no sábado, dia 17, para a Casa de Convívio dos Couços, Eira-Velha e Alcaria, freguesia de Pombeiro da Beira - Arganil, seguindo pelas 15 horas para a capela do cemitério de Casal do Frade onde se realizaram os exéquias fúnebres seguido de funeral.

Foi acompanhado por centenas de pessoas, quer no velório em Lisboa, quer na sua terra, contando-se para além dos familiares, muitos amigos, associações e coletividades regionalistas, autarcas e instituições oficiais de toda a Beira Serra, que manifestaram o seu pesar e homenagem a um grande Homem que se destacou e deixou marca, sendo um exemplo a seguir.

Nasceu na aldeia de Eira-Velha, freguesia de Pombeiro da Beira, e foi para Lisboa quando não tinha ainda completado 18 anos de idade. Estudou à noite e concluiu o Curso Complementar do Comércio, e especializou-se em Contabilidade, sendo qualificado como TOC.

Em 1948 inscreve-se como sócio da Casa da Comarca de Arganil, que na época congregava muitas coletividades regionalistas de toda a região da beira serra e da qual foi dirigente destacado.

Lopes Machado era essencialmente jornalista, mas também escritor com mais de uma dezena de livros publicados. Durante meio século foi redator em Lisboa do jornal A Comarca de Arganil sendo o seu diretor desde 2011 até à atualidade. Foi também vice-diretor e editor da revista cultural Arganília, além de colaborar eventualmente em outros órgãos da imprensa.

O Movimento Regionalista da Beira-Serra teve em Lopes Machado o seu principal divulgador através de constantes notícias, reportagens, entrevistas e crónicas sobre as atividades do Regionalismo, do qual foi também dirigente associativo. Viajou pelos cinco Continentes

e reuniu nos seus livros boa parte dos seus textos jornalísticos que lhe deram um lugar de relevo na Imprensa Regional. Esteve várias vezes no Brasil e participou de numerosos encontros culturais do Centro de Estudos Fernando Pessoa de São Paulo. Entre os seus principais livros, assinalam-se os estudos Brás Garcia Mascarenhas (1956), A História do Petróleo (1960), Rotas do Universo (1981-2000), Pombeiro da Beira e sua Freguesia (2004), Casa da Comarca de Arganil (1929-2004), Primeiro Ano do Século XXI (2002), Crónicas Regionalistas (1994-2004), também em 2 volumes, Crónicas e Memórias (2008), e as Ultimas Crónicas - Memórias Regionalistas (2012), entre outros textos.

Tinha um carinho especial pelos pampilhosenses a quem apelidava “gente de fibra que nunca vira a cara à luta pela sua terra”. Sempre presente nas atividades das coletividades regionalistas e a quem deu voz pela sua caneta durante muitas décadas, através da sua Comarca de Arganil, os pampilhosenses tinham nele um Amigo muito dedicado e sempre pronto a ajudar, ampliando as reivindicações das carenciadas populações, sendo também um incentivador para os mais jovens a seguir as “pegadas do regionalismo”.

Para o grande Amigo António Lopes Machado, o mais sincero agradecimento e a mais sentida homenagem. Que descanse em Paz.

Carlos Simões

ANTÓNIO LOPES MACHADOUM GRANDE JORNALISTA E REGIONALISTA QUE PARTIU

Proposta inesperada do autarca de Cascais feita durante a entrega de mais ajuda solidária do município e dos cascalenses à Pampilhosa da Serra.

Conforme divulgado pela página da Câmara Municipal de Cascais, o seu presidente Carlos Carreiras propôs no dia 8 de março, a José Brito, seu homó-logo da Pampilhosa da Serra, a gemina-ção dos dois municípios para reforçar o apoio a este concelho do interior afeta-do por três vagas de incêndios florestais entre junho, agosto e outubro do ano passado.

A proposta inédita do autarca foi feita durante a entrega de mais uma ajuda solidária do município e dos cascalenses às populações da Pampilhosa da Serra.

“Acordei com o senhor presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra algo

inédito em Portugal que é fazermos, pela primeira vez, em Portugal, uma geminação entre dois municípios portugueses”, revelou Carlos Carreiras.

Segundo Carlos Carreiras, Cascais “tem uma tradição de geminação, há dezenas de anos, com outros municípios no estrangeiro, nos cinco continentes. Aqui impõe-se fazer esta geminação que possa servir de inspiração para que outros muni-cípios de média e grande dimensão possam também geminar-se com municípios mais pequenos, porque a vida destas popula-ções e a responsabilidade de um presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra são muito mais difíceis do que a de um presiden-te de câmara como o de Cascais”.

“Reconhecendo isso, damos aqui mais um sinal de que vamos continuar a estar presentes e a motivar e convocar todos os outros municípios para que haja aqui um grande movimento de solidariedade do poder local, porque temos essa capacida-de de estar mais próximos das pessoas e dos problemas e mais habilitados para os ajudar a resolver e ultrapassar”, apelou.

“Cascais veio uma vez mais à Pampi-lhosa dar-nos mais um abraço de solidarie-dade e estamos muito gratos. Foram várias vezes desde os três incêndios grandes do Verão passado, em junho, agosto e outubro”, afirmou na ocasião José Brito, presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra.

José Brito reiterou que Cascais “tem

tido uma atenção enorme connosco. Desta vez trazem-nos materiais de construção, importantíssimos para que possamos apoiar a reconstrução de habitações não consideradas permanentes e que é impor-tante reconstruir porque são importantíssi-mas para a economia deste concelho”.

No ato de entrega de trinta ovelhas e carneiros, materiais de construção diver-sos e brinquedos, Carreiras disse que se tratou de “mais uma ação de solidariedade de apoio a populações e a concidadãos que foram aqui muito afetados, muito violen-tados pelos incêndios que devastaram esta região”.

O presidente agradeceu aos seus munícipes, empresas e empresários de Cascais que acederam ao convite para se fazer esta campanha de solidariedade.

“Nesse sentido, hoje uma vez mais viemos à Pampilhosa da Serra, desta vez com mais animais, dando aqui uma cente-

lha de esperança e não deixar que essa esperança se apague em todas estas aldeias, com a particularidade de, na primeira vez, os animais que trouxemos serem só fêmeas, mas agora termos trazido também machos, com a particularidade de algumas dessas ovelhas que trouxemos da primeira vez já terem dado à luz borregos, o que também é um sinal de esperança”, disse.

Na ocasião recordou que, da primeira vez, ficou “muito sensibilizado” para o facto de haver programas de reabilitação para primeiras habitações, por parte do governo central, mas não para as segun-das habitações. “Há aldeias com muitas segundas habitações que arderam e que na verdade são primeiras habitações grande parte do ano. São primeiras habitações quando as aldeias recebem os filhos que emigraram e voltam à terra e era preciso dar uma resposta a todas estas pessoas também”, sublinhou.

Para Carlos Carreiras, as primeiras habitações são uma prioridade, mas as consideradas segundas habitações são também muito importantes, do ponto de vista social e económico, para se continuar a garantir que há futuro, razão que o levou a reunir materiais de cons-trução para ajudar a recuperar muitas dessas habitações cujos proprietários não têm outro tipo de apoios.

Carlos SimõesFotos CM Cascais

CASCAIS VOLTA A APOIAR PAMPILHOSA E PROPÕE GEMINAÇÃO INÉDITA

Dr. João Ramos no uso da palavra (esqª), e Eng.ª Sandra Custódio no briefing sobre os incêndios (dtª).

Entrega de um desfibrilhador aos Bombeiros

Plantação de Medronheiros nos terrenos da Lenda da Beira

Governadora Gabriela Fernandes a plantar uma romãzeira

No estaleiro Municipal da Pampilhosa foram deixadas ao cuidado do Município várias Oliveiras, Videiras, Medronheiros, Cerejeiras, Castanheiros e outras espécies.

(n. Eira-Velha, Pombeiro da Beira, 24 abril 1927; f. Lisboa, 15 março 2018)

Page 4: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 ......e um dos melhores a nível internacional. Este evento que vai já na 30ª edição, foi realizado entre os dias 28 de feve-reiro

6 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 7

A Associação Desportiva e Cultu-ral Dornelense, dia 24/2/2018 promoveram dois eventos com

o apoio da Junta de Freguesia de Dorne-las do Zêzere e a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra. Um a tradição da matança do porco e a outra a respectiva caminhada, com inicio às 9 horas, com saída de Dornelas, passando pelo Cruzei-ro Talegro, Portela, Cimo da Corga de Maço, Casa Branca, Valeira e de volta a Dornelas, às 12h30 num percurso à volta de 13 km.

Nesta caminhada, participaram à volta de 50 pessoas, entre os três anos e a Dona Silvina, com 85 anos, dando cartas aos mais novos, em declarações ao Jornal Serras da Pampilhosa: disse que se encontrava em plena forma para mais caminhadas.

Pelas 13 horas, foi servido um almo-ço a cerca de 130 pessoas, onde foram servidas febras assadas, arroz com feijão e a respetiva fritada, regada com o bom vinho, parte dele oferecido pelos dorne-lenses.

A Associação Desportiva e Cultu-ral Dornelense, têm vindo a manter a

tradição das caminhadas e a matança do porco, como tradição nos tempos dos pais e seus avós. As pessoas antigas, criavam o porco durante um ano, por vezes, dando-lhe milho, farinha de milho, couves, aboboras e outros produtos agrí-colas. Fim desse prazo, matavam o porco e nada se desperdiçava, desde os enchi-dos à carne salgada nas salgadeiras. Era um sustento da família ao longo do ano.

O dia da matança do porco, junta-va-se a família e amigos mais chegados. Por norma, a pessoa que tratava o porco durante um ano, não assistia ao seu abate.

Estiveram presentes neste evento, o Presidente da Junta de Freguesia de Dornelas do Zêzere, Joaquim Isidoro, Vereador Carlos Alegre, que também

participou na caminhada e em represen-tação do Presidente da Camara Munici-pal de Pampilhosa da Serra, José Brito.

Adriano Pires

De facto, como diz o povo, “Quem não chora não mama!!!”, e apesar de já previsto na lei, foi assim confirmado aplicar-se algum apoio a muitos que viram as suas casas danificadas ou, em muitos casos, totalmente destruídas pelo fogo.

“Estou disposto a endividar o município” para incentivar os donos dessas habitações a avançarem com a reconstrução, afirmou José Brito à agência Lusa, indicando que, com um empréstimo bancário, a Câmara Municipal poderia, “por exemplo, assu-mir um terço” das despesas.

A autarquia “não dá dinheiro”, mas pode eventualmente pagar a reposi-ção “da estrutura e do telhado”, para que os proprietários se sintam “moti-vados a fazer o resto”, disse o autarca à mesma fonte.

Segundo noticia publicada na página do Noticias de Coimbra de 16 de março, os serviços jurídicos da autarquia, estão a elaborar um regula-mento para aplicar na distribuição de materiais de construção, que a Câma-ra tem vindo a reunir num antigo armazém e que foram oferecidos por cidadãos e empresas.

“Temos já bastantes materiais”, em resultado de doações diversas desti-nadas a apoiar a recuperação de casas de segunda residência no concelho, segundo José Brito.

Na sua opinião, “é importantíssimo ajudar a reconstruir estas habitações”, que não beneficiam dos apoios do Estado para a sua reabilitação.

Esta situação “está a afetar bastante as pessoas”, muitas delas a viver há décadas na Gran-de Lisboa, mas que visitavam a terra natal com regularidade ao longo do ano, para fazer negócios, cuidar dos terre-nos e rever fami-liares e amigos. “Este é um proble-ma grande para a nossa economia”, lamentou José Brito.

Quanto às habitações com destrui-ção total, o processo de reconstru-ção, centralizado na Comissão de Coordenação da Região Centro (CCDRC), regista atrasos devido a algumas burocracias que têm de ser realizadas.

“Não está a ser tão rápido como eu esperava e como os atingidos esperavam. É preciso saber primeiro quais são as casas de primeira e as de segunda habi-tação, para que não haja injustiças”, disse o presidente da autarquia.

A CCDRC ainda não lançou os

concursos para a realização dessas obras, mas já está a ser reconstruída uma habitação que ardeu no incên-dio de 17 de junho, que deflagrou em território de Pedrógão Grande e assolou também municípios vizi-nhos. “Trata-se de uma casa em Vale do Porco, freguesia da Portela do Fojo – Machio”, precisou José Brito.

Com as reparações de pequena monta, até 5.000 euros, “o processo é mais simples” e estão diversas a decor-rer.

Para as intervenções até 25 mil euros, em que os candidatos aos apoios têm de apresentar três orça-mentos à CCDRC, “estão algumas a acontecer”, informou.

O montante do orçamento deste ano do município da Pampilhosa da Serra ronda os 18 milhões de euros, incluindo investimentos para colma-tar danos causados pelos últimos incêndios.

Em declarações à Lusa, em dezem-bro, José Brito disse que o orçamento aumentou de cerca de 10 milhões, em 2017, para 18 milhões de euros, pois engloba projetos diversos na área da reconstrução de habitações, infraes-truturas e equipamentos públicos afetados pelos fogos do ano passado.

Em relação às comunicações, “enquanto há vida há esperança”, os pampilhosenses mostram estar a aguardar por uma informação mais clara para bem dos afetados, para a reposição e reforço das comunica-ções, mas…segundo dizem alguns habitantes “não tem de ser serenamen-te!!!”.

As aldeias continuam praticamen-te sem comunicações por telefone fixo e internet. Se as boas novas tarda-rem, as coletividades regionalistas e a população em geral demonstram firme convicção de voltar à união e insistir no seu propósito.

Xana Pires e Carlos SimõesFotos: CM Arganil e Luís Barra

Regionalismo Actualidade

No dia 11 de Março de 2018, dia chuvoso de inverno, cerca de uma centena de

pessoas saiu de casa para se juntarem no restaurante Caravela de Ouro, em Algés, tendo como motivo a come-moração do 85º aniversário da funda-ção da Liga Pró-Melhoramentos da Freguesia de Fajão, concentração que decorreu num amplo salão, bem composto e repleto de muita alegria e convívio.

Tudo começou com a receção aos convidados e participantes, com entradas e aperitivos, seguindo-se um excelente almoço, eficaz e simpatica-mente servido. A presidir à mesa de honra estava o presidente da assem-bleia geral, Carlos Simões, ladeado por José Antão e Emília Fernandes, vice-presidente e tesoureira da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra respetivamente; Pedro Miguel Morei-ra presidente da direção da Liga e sua esposa Susana Eusébio, Isaura Fernan-des e marido António Manuel e Lisete Antunes, viúva do saudoso Armindo Antunes.

Foi significativa a representação das coletividades congéneres, associações e dirigentes regionalistas, mostrando assim o seu apoio e solidariedade à Liga em festa, fruto da simpatia dos fajaenses e dos 85 anos de luta pelo desenvolvimento da região. Assim, além das entidades já atrás referidas registámos a presença das coletivida-des e dirigentes de Ponte de Fajão, Gralhas, Camba, Covanca, Castanhei-ra da Serra, Ceiroco, Porto da Balsa, Mata, Vale Derradeiro, Soeirinho, Ádela e Cavaleiros. O grupo ADRO Fajão-Vidual esteve também represen-tado por Joana Moreira, Carlos Morei-ra e familiares.

Após a refeição, iniciou-se a tradi-

cional série de intervenções, introduzi-da pelo presidente da assembleia geral, Carlos Simões, que deu as boas vindas a todos e agradeceu a presença das entidades e coletividades congéneres. Começou por usar da palavra Pedro Moreira, o presidente da direção, que cumprimentou todos os presentes e a quem agradeceu a presença e o cari-nho. Referiu-se de seguida à come-moração dos 85 anos de atividade e à fundação em 9 de junho de 1933, enaltecendo o trabalho desenvolvido pela Liga, sendo esta uma coletividade pioneira no regionalismo tendo muito orgulho nos antepassados.

Referiu-se de seguida à atividade da direção no ano anterior, considerando que foi intensa a atividade, destacando a organização da festa de Nª.Srª. da Guia de 2017, que “apesar de singela foi importante para não deixar morrer a tradição”, anunciando que está já formada equipa organizadora da festa de 2018 e que espera ser “um grande êxito”. Lembrou a participação da Liga na organização do Almoço Solidário para apoio aos afetados pelos incên-dios, realizado em Lisboa, tendo sido angariados preciosos fundos, e que “estavam a ser aplicados de forma crite-riosa e muito escrutinada nas aldeias da freguesia”, sob coordenação de Carlos Simão e do Grupo ADRO Fajão-Vi-dual, liderado por Joana Moreira e seu irmão João, que todos os fins de semana se têm deslocado com grupos

de escoteiros e outros voluntários para trabalhar na recuperação de infraestru-turas e apoio à população.

Para explicar melhor esse trabalho, o presidente deu a palavra a Joana Moreira, que informou que o traba-lho do grupo de voluntários ADRO se centrou em executar tarefas que o estado não executa, designadamente, repor estruturas agrícolas, currais, gali-nheiros ardidos e devolver animais, sendo que agora estão a construir novas estruturas e repor anexos, bem como fornecer rações para os animais, estando previsto o início de trabalhos de reflorestação em breve. Agradeceu o apoio das coletividades na angaria-ção de verbas e de todos os que se

têm juntado ao grupo, em especial os habitantes na aldeia como Mário Batista que tem ajudado com traba-lho de forma sistemática. A terminar, Joana disse que o ADRO tentará apoiar todos os afetados da freguesia da forma mais justa possível, sendo as verbas angariadas muito importantes para atingir esse objetivo, agradecendo á Liga e a todas as coletividades o esforço e apoio.

Pedro Moreira prosseguiu com a sua intervenção, sublinhando o traba-lho da Joana Moreira e de todo o grupo ADRO realizado na freguesia. Informou os presentes que tinham para entrega os cartões de associa-do, considerando que se trata de um documento que reforça o prestígio, sentido de pertença e imagem identi-tária. Disse ainda que no seu segundo mandato pretendeu também rejuve-nescer os órgão sociais, tendo já entra-do dois novos elementos na ultima eleição.

Seguidamente foram chamados os associados que completaram 50 anos como associados, recebendo Meda-lha Comemorativa da Liga e diploma, nomeadamente os associados: Antó-nio Almeida Santos, Aurélio Campos, Carlos Alberto Moreira, Vitor Manuel Moreira Cruz e Isaura do Carmo Costa Fernandes.

Após a entrega dos galardões. António Almeida Santos agradeceu a distinção e saudou todos os presentes. Lembrou as suas origens em Ceiro-quinho e a sua partida para Lisboa após fazer a 4ª classe. O restaurante Fajaense foi o seu primeiro destino de trabalho, em plena mouraria, ponto de encontro de pessoas da freguesia onde aprendeu o início da profissão, longe dos seus pais, mas acarinhado pelos patrões D. Teresa e Sr. Pires. Disse que foi ali que conheceu muitos fajaenses que formaram a Liga e em outros restaurantes onde trabalhou igualmente de fajaenses, como a Velha Gruta, de Abel Gaspar e D. Palmi-ra e a Mimosa do Camões, do Sr. Joaquim e Sr. José, tendo sempre sido uma vida de aprendizagem. Recordou os tempos de vida militar em África onde conheceu a sua esposa, lisboeta mas oriunda de fajaenses, pelo que considerou que sempre esteve ligado a Fajão. Destacou a entreajuda entre os conterrâneos fajaenses na época, no apoio no desenvolvimento e inves-timento a nível profissional na restau-ração, e lembrou Maico dos Santos como “um regionalista extraordinário pela sua grande dedicação…e esta-va disposto a tudo e a ajudar quando fosse preciso, tendo sido um dos meus apoios de vida”, disse António Santos lamentando por este já não estar no mundo dos vivos. Teve palavras de reconhecimento da importância para

as coletividades da imprensa regio-nal, lembrando Claudino Marques de Almeida, Francisco Carvalho da Cruz e António Lopes Machado, homena-geando os que integraram e integram os jornais regionais, pela divulgação das suas atividades e papel aglutina-dor das boas vontades das gentes das aldeias da serra. A terminar enalte-ceu o papel do presidente da Câmara Municipal, José Brito pela boa gestão autárquica e agradeceu ao diretor do Serras da Pampilhosa, Carlos Simões toda a sua dedicação.

Isaura Fernandes agradeceu também a distinção que foi alvo e agradeceu a todos os presentes por terem vindo, assim como à Liga e seus dirigentes.

Após estas simples mas significati-vas homenagens, foi tempo de dar a palavra a várias coletividades congéne-

res, iniciando Lourdes Maia presiden-te da coletividade de Porto da Balsa, que parabenizou a Liga e saudou Isau-ra Fernandes pela sua força e exemplo, e agradeceu o contributo dado para a construção da escola de Porto da Balsa. A Sandra Gonçalves presidente da coletividade de Covanca, agrade-ceu o convite e deixou os parabéns, assim como, um cumprimento espe-cial para Isaura Fernandes. José João presidente da coletividade de Camba, saudou a Liga fajaense e deixou sauda-ção especial às mulheres regionalis-tas, afirmando ter muito orgulho em ser da freguesia. Por sua vez, Sérgio Trindade, presidente da coletividade de Vale Derradeiro, disse ali estarem com doze pessoas e com prazer, convi-dando todos para o seu almoço dia 27 de maio, em Alverca, e em 10 de junho no Vale Derradeiro para o 13º Encontro de Coletividades Fajaenses e Amiga. Todos os oradores deram os parabéns pelos 85 anos da Liga Fajaense e todos foram unanimes em enaltecer a grande importância desta coletividade no desenvolvimento da freguesia e da região em geral.

Pela Casa concelhia, José Antão

saudou deu os parabéns à Liga e aos seus dirigentes pelo aniversário. Disse que é com satisfação que o regionalis-mo tem contribuído para que a Pampi-lhosa da Serra seja agora conhecida por boas razões. Relativamente à Casa concelhia e como diretor do Rancho da Casa agradeceu a contribuição da Liga e especialmente o apoio de Isaura Fernandes. A terminar congratulou--se por ali ver tanta gente e deixou mensagem de apoio da instituição que representava, afirmando que é muito bom ter associativismo regionalista no concelho, colocando a Casa ao serviço desse movimento.

A terminar a série de intervenções, usou da palavra o presidente da assem-bleia geral Carlos Simões, salientan-do a importância da coletividade no movimento associativo da região devi-do à sua longa história carregada de

ações no sentido do desenvolvimento e bem estar da população da freguesia de Fajão-Vidual e da região, apelando ao apoio de todos. Encerrando com desejos que em 2019 ali se juntem para comemorar os 86 anos.

Logo de seguida, pela voz de Armé-nio Ramos, realizou-se um pequeno leilão de ofertas que decorreu de forma animada, onde não faltou o mel da Serra do Açor e a aguarden-te, permitindo assim a angariação de necessários fundos.

Entrou de seguida no salão o Grupo de Concertinas “Os Serranitos”, que realizou extraordinária atuação, e onde foi possível dar um pezinho de dança num animado bailarico, decorrendo em simultâneo um pequeno lanche.

No final foram cantados os para-béns à Liga, e foi repartido o bolo de aniversário, confecionado na pastelaria A Cabreira.

Na despedida todos fizeram votos para que para o ano se comemorem os 86 anos de fundação. Até lá.

Carlos SimõesFotos Armandino Trindade

LIGA DE FAJÃO COMEMORA 85 ANOS DE FUNDAÇÃO

A 17 de Fevereiro de 2018, na sessão de esclarecimentos sobre as Medidas de Apoio

Pós-Incêndios e Outras Informações, realizada pela Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra em Lisboa, o repto foi lançado… As colectividades do concelho unirem-se, e demons-trarem ao governo que as segundas habitações danificadas ou destruídas pelos incêndios e as comunicações são vitais para Pampilhosa da Serra.

E assim foi, duas cartas foram escri-tas, uma sobre a reconstrução das casas ardidas de segunda habitação, e outra, sobre a reposição e reforço das comunicações no concelho, tendo em ambas sido explanada a sua impor-tância.

Nessa missiva foi reforçado que, para a Pampilhosa da Serra, as segun-das habitações são tão importantes como as empresas e indústrias noutros concelhos. Por outro lado, como querem uma georreferenciação feita, quando os proprietários dos terrenos só os sabem identificar in loco e a internet nalgumas localidades é uma miragem? Já para não falar nas linhas telefónicas que a esta altura ainda são inexistentes nas áreas ardidas.

Assim, sob a chancela da Casa do Concelho, casa mãe das colectivida-des, as cartas foram enviadas ao Exmo. Senhor Ministro do Planeamento e

Infraestruturas, Dr. Pedro Marques. Na ocasião, também foram envia-das para o programa Prós e Contras emitido a 26 de Fevereiro, que versava o mesmo tema, na esperança de as mesmas serem lidas e a luta das cole-tividades regionalistas e de todos os pampilhosenses ter mais visibilidade, mas foi uma tentativa infrutífera.

Contudo, na volta do correio houve resposta através de carta datada de 28/2/2018, com o seguinte teor:

“Assunto: Pedido de Ajuda para a reconstrução das segundas habi-tações

Encarrega-me S. E. o Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão de agradecer a V/ exposição que mereceu a nossa melhor atenção.

Informa-mos que está p r e v i s t o o apoio à reconstrução das segun-das habita-ções através de linha de crédito com c o n d i ç õ e s de mercado vantajosas. Esse instru-mento de

apoio está a ser preparado pelo Gabinete de S. E o Secretário de Estado das Autar-quias Locais, pelo que o V/ ofício foi reencaminhado para o MAI – Ministério da Administração Interna.”

Na sequência desta carta, e com data de 7/3/2018, o Gabinete de S. E. o Secretário de Estado das Autarquias Locais enviou à Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra a seguinte resposta:

“Assunto: Pedido de Ajuda para a reconstrução das segundas habi-tações

Encarrega-me S.E. o Secretário de Estado das Autarquias Locais de acusar

a receção da sua correspondência, reme-tida ao Gabinete de S. E. o Ministro do Planeamento e Infraestruturas, sobre o assunto em epigrafe, bem como informar que:

1. A Lei nº 114/2017, de 29 de dezembro, diploma que aprovou o Orça-mento de Estado para 2018, no seu arti-go 154º, veio instituir um mecanismo de apoio às pessoas singulares ou agregados familiares para a reconstrução de habi-tações não permanentes afetadas pelos incêndios ou outras circunstâncias excecionais;

2. Através desse mecanismo, no ano de 2017, os municípios dos concelhos fusti-gados pelos incêndios de grandes propor-ções que ocorreram em 2017, poderão contratar empréstimos junto do Fundo de Apoio Municipal (FAM) destinados a apoiar a reconstrução de habitações não permanentes danificadas ou destruí-das nessas circunstâncias;

3. A forma, natureza e âmbito da atri-buição do apoio às pessoas singulares ou agregados familiares na reconstru-ção daquelas habitações, serão defini-dos pelos municípios em regulamento;

4. Apesar do empréstimo ser celebrado entre o município aderente e o FAM, o pedido para a sua contratação será efetuado junto da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), através de pedido fundamentado, após aprovação do regulamento e obtido parecer favo-rável da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), sobre se o montante a solicitar pelo município está conforme com o previsto no regulamento municipal e os levanta-mentos das habitações não permanentes danificadas ou destruídas pelos incêndios, efetuados pela CCDR em articulação com as autarquias.

5. Os procedimentos adicionais necessários para a operacionalização do mecanismo que aqui se trata serão regu-lamentados por portaria a publicar em tempo útil.

A Chefe de Gabinete”

RECONSTRUÇÃO DAS SEGUNDAS HABITAÇÕES VAI TER LINHA ESPECIAL DE CRÉDITO – Carta das coletividades regionalistas enviada ao Sr. Ministro Pedro Marques já obteve resposta – Reposição de comunicações por telefone fixo e internet continua sem solução

CAMINHADA E MATANÇA DO PORCO EM DORNELAS DO ZÊZERE

Page 5: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 ......e um dos melhores a nível internacional. Este evento que vai já na 30ª edição, foi realizado entre os dias 28 de feve-reiro

8 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 9

O aumento do poder de compra da população, ou seja, da capacidade de poder adquirir bens e serviços que lhe proporcio-nem maiores níveis de bem-estar, constitui um objectivo fundamental das decisões políticas orientadas para a satisfação das suas necessidades gerais. Há alguns anos, fiz no “Serras” uma breve análise a propósito do “poder de compra” per capita do nosso concelho, baseando-me nos resultados de um estudo elaborado pelo Instituto Nacio-nal de Estatística (INE) respeitante a 2009, tendo então efectuado algumas compara-ções com a média nacional e em relação a outros municípios.

Tendo sido disponibilizados recen-temente pelo INE os resultados de novo estudo com estas características, relativo a 2015, pareceu-me pertinente fazer uma actualização da anterior informação nesta matéria, permitindo assim compatibilizar os dados agora divulgados com os recolhidos em estudos anteriores de modo a permitir eventuais em ilações quanto à sua evolução.

Para uma melhor compreensão dos

resultados deste tipo de estudos do INE, convirá dizer que eles reflectem o compor-tamento de diversas variáveis, em número de 16, considerando em termos técnicos e de representatividade que esta diversidade de valores básicos é suficientemente ampla para avaliar o bem-estar material da gene-ralidade dos municípios do país. De entre as variáveis consideradas na construção do Índice de Poder de Compra “per capita” as que mais influenciam os resultados estão ligadas ao IRS, designadamente o rendi-mento colectável e o número de pagamen-tos de serviços feitos em caixas automáticas, de modo que, em minha opinião, poderão penalizar os municípios de tecido econó-mico frágil e população activa em crescente declínio.

Como referi na análise efectuada em relação aos dados de 2009, o concelho de Pampilhosa da Serra, com o índice 55,82 ocupava então a posição 266 entre os 308 municípios do país no ranking do poder de compra por habitante, o que significava que tinha 42 municípios com indicado-res menos favoráveis. Passados dez anos em que subiu o valor do IPC para 65,30, ainda longe da média nacional mas a signi-ficar uma evolução de 17,0% em relação a 2009, a tal melhoria não terá sido alheio o impacto de medidas de cariz social entre-tanto empreendidas a nível da autarquia, tais como reforço das bolsas de estudo, criação de iniciativas dirigidas ao envelhecimento activo, oferta de manuais escolares, apoio às famílias designadamente no que concerne à natalidade, mas ainda haverá um longo caminho a percorrer no sentido de aproxi-mar tal indicador, cada vez mais, dos valores próximos da média nacional.

Aliás, comparando a evolução do IPC per capita no período 2005-2015 na sub-re-gião do Pinhal Interior Norte (PIN) veri-ficaremos que todos os municípios que a integram mostram, com maior ou menor amplitude, um comportamento de sentido positivo, registando-se variações que vão de 0,6 a 29,9%. Ao longo do período considera-do, a Lousã sempre se destacou pelos valores mais elevados entre os 14 municípios abran-gidos pelo PIN, sendo o que menos cresceu em relação a 2005 (+0,6%) mas mostra

um valor estabili-zado durante todo o período. Por sua vez, o concelho que mostra a mais eleva-da taxa de crescimento do IPC entre 2005 e 2015 é o de Penela (+29,9%), enquan-to os restantes subiram os seus valores do IPC, por esta ordem, do de maior para o de menor expressão: Pedrógão Grande, Tábua, Figueiró dos Vinhos, Góis, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Ansião, Castanheira de Pêra, Arganil, Alvaiázere, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares.

Para avaliarmos a amplitude das desi-gualdades que caracterizam a realidade económica e social do país, os dados do estudo do INE dão clara resposta a tal situa-ção. De facto, se há dez anos havia 23 muni-cípios (7,5%) que, no seu conjunto, absor-viam metade do poder de compra dos 308 que constituem o país, seria de esperar, atra-vés da tomada de medidas orientadas para a correcção de tais assimetrias de desenvol-vimento, que esse número de municípios

aumentasse significativamente. Pelo contrário, os dados refe-rentes a 2015 mostram que, passada uma década, bastam apenas 17 municípios (5,5%) para concentrarem mais de metade do valor do IPC dos 308 concelhos do país. entre os quais se destacam os de Lisboa, Porto e Oeiras.

Mas, como os números do INE mostram, as assimetrias regionais não ficam por aqui, outra conclusão que mere-ce ser sublinhada. É o facto de acima da média nacional haver apenas 33 municípios cujo IPC varia entre um máximo de 214,50 (Lisboa) e um mínimo de 100,67 (Porti-mão) uma situação que deixa de fora 275 concelhos (89,3%) o que representa uma amostra bem significativa daquilo que são as disparidades de desenvolvimento econó-mico e social que caracterizam o país e que continuam a agravar-se enquanto o tempo passa, o discurso político anuncia mudan-ças, mas não surgem medidas que lhe dêem conteúdo prático.

Noutra perspectiva e olhando para o espaço europeu, se compararmos os resulta-dos nacionais de 2015 com a média de igual indicador europeu (base 100) que mede a paridade do poder de compra entre os Esta-dos-membros, constatamos que Portugal ainda se encontra longe dos parâmetros da maioria dos países, onde o Luxemburgo (258) está no topo e com valores do poder de compra mais baixos do que os nossos, mas por pouco, estão apenas a Lituânia, a Estónia, a Polónia e a Bulgária.

Os resultados deste estudo do INE, bem fundamentado na abrangência de um número alargado de variáveis, não deixam dúvidas, se acaso as houvesse, quanto a exprimirem a realidade do país em termos económicos e sociais, ao mostrarem os desequilíbrios que caracterizam os municí-pios entre eles e a concentração dos maiores índices de poder de compra num número cada vez mais restrito de concelhos. Afas-tado o cumprimento do princípio consti-tucional da criação das regiões administra-tivas, não políticas como são os casos da Madeira e dos Açores, que defendo há déca-das, poderá ser que o processo de descentra-lização, constitua uma via para dar resposta aos graves problemas de desenvolvimento equilibrado do país, eliminando as dispari-dades características dum país centralizado na sua Administração, no seu Governo e até na imagem que dele fazem os cidadãos. Pelo andar da “carruagem”, ficam-me algumas dúvidas.

Aníbal Pacheco

IPC - PODER DE COMPRA MUNICIPAL “PER CAPITA”

Actualidade Opinião Regionalismo Opinião

A Direção do Grupo «Os Amigos de Soeirinho» (Pampilhosa da Serra) vai realizar no próximo

dia 31 de março de 2018, pelas 13 horas, na Casa de Convívio de Soeirinho, em Soeirinho, o almoço do 52º Aniversário da coletividade.

Contamos com todos vocês neste ato simbólico onde também serão entre-

gues os emblemas de cinquenta e vinte e cinco anos de associado.

As marcações devem ser feitas através de um dos seguintes meios:

Por telefone para Herminio Alexan-dre – 967737167, ou outro membro da direção.

Por correio eletrónico: [email protected]

Apelamos à vossa presença! Passem palavra a todos os Soeirinhenses e amigos.

Tragam um amigo, um familiar, um conhecido.

P´la direçãoHerminio Alexandre

A Liga de Melhoramentos do Braçal (Pessegueiro), vai reali-zar no próximo dia 31 de março,

pelas 13h, um almoço de convívio com o objetivo de reunir os sócios e amigos desta coletividade para confraternizar e conviver em amizade e diversão.

Este almoço, em época de Pascoa, será realizado na nossa Casa de Convívio e contará com a seguinte ementa a confe-cionar pelo Restaurante “A Saborosa”:

Várias entradas:Pastéis de bacalhau, Croquetes de carne, Rissóis de peixe, Bolinhas de carne, Rissóis de camarão, Salada de polvo, Salada de orelha, Favas à portuguesaSopas:Sopa de peixe e Sopa de legumesQuentes/CarnePá assada no fornoSobremesa:Salada de frutas e Tigelada

Bebidas:Vinho tinto e branco, Águas, Sumos, CervejaCafé

O valor do almoço por adulto é de 15€ e as marcações podem ser realizadas através dos seguintes contactos:Júlio Ramos: 934055262Jorge Ramos: 938660443

Jorge Ramos

Vai realizar-se a Assembleia Geral da Sociedade Recreativa e Progresso da Mata, às 10,30 H.

seguida de Almoço de Aniversário, em Lisboa, na Avª Padre Cruz, Edif. ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas.

Ementa: Aperitivo de boas vindas,

salgadinhos, paté, queijo e azeitonas, sopa, bacalhau com broa, enroladinhos de frango com bacon, bebidas, sobre-mesa e café.

O preço por pessoa é de 22,50€. Faça a sua inscrição junto de qualquer elemento da Direcção, por telefone ou por e-mail: [email protected],

contamos com a presença de grande número de associados e familiares.

Inscreva-se atempadamente. Será um grande momento de confraternização associativa. Fácil estacionamento e fácil acesso.

A direção

Caros associados, cambenses, familia-res e amigos (as),

A Comissão Associativa de Melhora-mentos de Camba vai realizar um grande Convívio de Páscoa, com a realização de um excelente almoço na Casa de Conví-vio de Camba, no Sábado de Páscoa, dia 31 de março pelas 12:30 horas.

Este ano que a coletividade completa

63 anos de fundação, vamos celebrar na nossa aldeia e juntos na nossa casa, esta época de ressurreição e paz que é a Páscoa.

O almoço será servido por António Carlos ex-“Manjar de Arganil”, com uma deliciosa ementa, como já é hábito.

Durante a tarde haverá música tradicional e um lanche ajantarado para

todos. Para programarmos a alimentação

e lugares, faz já marcação para José João 935034511; Luís Santos – 917593553 ou na Casa de Convívio de Camba - José Manuel – 300400032.

Não faltes em Camba. Votos de uma Feliz Páscoa!

A Direção

Caros (as) associados, conterrâneos e amigos:

A Comissão Associativa de melho-ramentos de Camba vai completar mais um ano, pelo a direção convida todos os associados, familiares e amigos para cele-brar em conjunto o 63º aniversário, com muita alegria e salutar convívio. Assim, a direção vai realizar o tradicional almoço de aniversário no Restaurante “Caravela d`Ouro”, sito na Praça 25 Abril, em Algés (no Jardim Municipal de Algés, terminal elétrico nº15, junto à marginal. c/ Parque Grátis) no dia 15 de abril, pelas 12:30

horas. Neste convívio serão entregues

os emblemas de prata aos sócios que completaram 25 anos de associados.

Como é habitual, irá realizar-se antes do almoço o jogo de futsal entre Solteiros x Casados, e também Missa em memória dos sócios e familiares falecidos, pelas 11:00 horas, na igreja da Srª do Bonfim, em Algés.

Durante a tarde haverá animação musical e um pequeno lanche, com a comemoração e brinde aos 63 anos de atividade da nossa Comissão com Bolo

de Aniversário.Será para para a coletividade uma

honra poder contar com a vossa presença, seus familiares e amigos, pelo que solici-tam a marcação prévia junto da Direção, para:

José João - 935034511; Luís Santos - 917593553; Cristina Costa – 917504415; Hugo Alves – 914054908 ou email para [email protected]

Saudações cambenses. Não faltem.

P´la Direção, o Presidente,José António Almeida João

A Sociedade Recreativa e Progresso Ceiroquense vai realizar no próxi-mo dia 8 de abril de 2018, o seu

tradicional almoço convívio comemoran-do o 51º aniversário da sua fundação.

Este dia de festa para a coletividade e para os habitantes da bela aldeia de Ceiro-co, localizada na freguesia de Fajão-Vidual, concelho de Pampilhosa da Serra, inicia-se pelas 11h00, com a celebração de Missa na Igreja de Vale de Milhaços (Corroios), seguindo-se pelas 13h00 o almoço que terá lugar na Quinta do Cordeiro, em Vale de Milhaços, esperando grande participação

dos seus associados, familiares, conterrâ-neos e amigos.

Da ementa constará: Entradas diversas, Sopa de legumes, Bacalhau à Zé do Pipo, Vitela à casa com batata assada no forno e legumes, e Doces mistos. Funcionará um Bufete com Aperitivos, Doces, Bolo de aniversário e Champanhe. Haverá bar aber-to para aguas, sumos, cervejas, vinho e café, com as bebidas espirituosas a pagar à parte.

Nestas comemorações haverá ainda o agraciamento dos Sócios com 50 e 25 anos de filiação, a apresentação da situação “ Aldeia Verde “, e Música para dançar.

O valor do repasto é 23,00 euros, crian-ças até aos 6 anos, não pagam, e entre os 7 e os 10 anos pagam 50%.

As inscrições estão abertas até 5 de Abril de 2018 para: São Pereira - Telef. 210 803143, Telm. 916 771 154; José João - Telef. 212 538 961, Telm. 968 462 867; Guido carvalho - Telef. 210 803143,Telm. 964 171 313. Por email para: [email protected]

Não faltem.

A Presidente da DireçãoSão Pereira

“OS AMIGOS DE SOEIRINHO” VÃO COMEMORAR O 52º ANIVERSÁRIO

ALMOÇO DE CONVÍVIO DA LIGA DE MELHORAMENTOS DO BRAÇAL

57º ANIVERSÁRIO DA SOCIEDADE RECREATIVA E PROGRESSO DA MATA -FAJÃO

ALMOÇO DE PÁSCOA EM CAMBA

ALMOÇO COMEMORATIVO DO 63º ANIVERSÁRIO

SOCIEDADE RECEATIVA E PROGRESSO CEIROQUENSEALMOÇO COMEMORATIVO DO 51º ANIVERÁRIO

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10 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 11

Actualidade Regionalismo

Foi com significativa participação que no passado dia 4 de Março de 2018, muitos naturais e familiares da aldeia de Covanca rumaram à Quinta Valenciana, em Fernão Ferro, para se reunirem num grande almoço de convívio, comemorando em festa os 50 anos de fundação da sua Sociedade União e Progresso (SUPC).

Para cantar os parabéns e comemorar as Bodas de Ouro da coletividade regionalista daquela aldeia pampilhosense da freguesia de Fajão-Vidual, no coração do Alto Ceira, e participar neste dia de festa, disseram presente cerca de 180 covanquenses e

amigos, motivados também pelo convívio e reencontro com familiares e amigos.

O encontro estava marcado para as 13:00 horas, num amplo salão com decoração alusiva á festividade, onde pudemos ver a presidir à mesa de honra o presidente da Assembleia Geral da coletividade em festa, Carlos Simões, ladeado por Sandra Marques, presidente da Direção, por Isaura Fernandes representante da Liga de Fajão, por José Pereira Simões como associado fundador mais antigo presente e pelos elementos da direção da SUPC, Carla Nunes, João Francisco, Joana Fernandes e Cátia Francisco.

Para além das entidades atrás referidas, foram várias as coletividades congéneres que se fizeram representar, nomeadamente a Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra por Sérgio Trindade e Xana Pires, e dirigentes das congéneres das aldeias de Vale Derradeiro, Camba, Castanheira da Serra, Ceiroco, Ponte de Fajão, Gralhas e Porto da Balsa.

Após o almoço, foi apresentada pelo

presidente Carlos Simões uma mensagem de boas vindas, agradeceu a presença de todos, em especial às entidades e coletividades ali representadas.

De seguida, em nome da coletividade anfitriã, dirigiu-se a todos os presentes a presidente da direção, Sandra Marques, que iniciou a sua intervenção com vários agradecimentos, igualmente às entidades presentes e a todas as coletividades congéneres que se fizeram representar. Lembrou e enalteceu a obra e coragem dos fundadores a 1 de junho de 1968, pedindo um minuto de silêncio em memória dos

fundadores falecidos, tendo sido respeitado de pé.

Mostrou-se orgulhosa e feliz por ver a sala cheia, e disse ter sido graças à coletividade que hoje a aldeia já dispõe das infraestruturas básicas essenciais, estando bem visível a obra de 50 anos de atividade, em que as pessoas se juntaram e fizeram jus ao nome “Sociedade União e Progresso. Juntos somos mais fortes e tudo em prol da Covanca. Muito e muito obrigado”, disse a presidente.

Seguidamente apresentou os cumprimentos em nome das coletividades de Castanheira da Serra, Ceiroco, Gralhas, Ponte de Fajão e Porto da Balsa.

Conforme previsto passou-se de seguida à entrega de emblemas de 25 anos de associado, lembrando que os associados fundadores receberão em Agosto na aldeia o emblema dos 50 anos. A entrega dos diplomas e emblemas de 25 anos esteve a cargo do fundador José Pereira Simões e do presidente da assembleia geral Carlos Simões. Foram agraciados os seguintes

associados: • Adélio Gonçalves Francisco • Carlos Manuel Marques Dias Alves • Fernando Marques • Nuno Miguel Brás Francisco • Arlindo Pereira Brás • Vítor Manuel Antunes Pereira • Isabel Maria Jesus Luís • Adriano Augusto Jesus Camba • Susana Cristina Pereira Simão• Ana Rita Pereira Luís • Fernando Luís Marques João • Rui Miguel Paulo • Maria Fátima Assunção

• Jorge Ricardo Jorge Francisco

• Luís Filipe Jorge Francisco

• Ana Catarina Brás Francisco

• Ana Paula Costa Pereira Simões

• Paulo Alexandre Marques Francisco

• Cátia Vanessa Camba Francisco

• António Manuel Marques Gonçalves • José Almeida Ramos • Tiago Filipe Quaresma Jesus • Maria Cristina Pereira Brás • Leonel Brito Freire • Cláudia Sofia Brás Lopes • José Rafael Soeiro Brás • Maria do Carmo Antunes Pereira • Diogo André

Quaresma Jesus • José António

Martins Costa Pereira • Graça Quaresma

de JesusS e g u i d a m e n t e

foram entregues aos presidentes que exerceram funções na direção ao longo dos 50 anos de existência da coletividade, ou aos seus familiares, placas alusivas à efeméride. Pela secretária da assembleia geral foram chamados por ordem cronológica:

• José Augusto Gonçalves (1968)• José

P e r e i r a S i m õ e s ( 1 9 7 0 , 1976, 1989)

• A n t ó n i o Paulo Jesus (1972)

Vai realizar-se no próximo dia 14 de abril, em Pampilho-

sa da Serra, o 1º Encontro/Torneio de Judo de todos os polos da Secção de Judo da Associação Académica de Coimbra. Neste encontro, que terá início às 10h00, no Pavilhão Municipal, estarão presentes todos os polos daquela Secção, incluindo o de Pampilhosa da Serra, com atletas dos 5 aos 18 anos.

A iniciativa é do proje-to CLDS-3G Pampilhosa ATIVA!, promovido pela Associação de Solidariedade Social de Dornelas do Zêze-re, com o apoio do Municí-pio de Pampilhosa da Serra, e visa promover a modalida-de, a prática desportiva e os hábitos saudáveis, bem como, todas as outras vertentes que a prática de

Judo por si só proporciona.

CMPS

1º ENCONTRO/ TORNEIO DE JUDO - PAMPILHOSA DA SERRA

COVANCA FESTEJA AS BODAS DE OURO DA COLETIVIDADE – Numerosa participação no almoço comemorativo – Reconhecimento público aos ex-presidentes da direçãoO Projeto “CLDS-3G Pampi-

lhosa ATIVA!”, promovido pela Associação de Solida-

riedade Social de Dornelas do Zêze-re, com o apoio do Município de Pampilhosa da Serra e com a cola-boração do Gabinete de Inserção

Profissional, organizaram no passa-do dia 7 de março, uma sessão de Coaching Grupal. Esta atividade foi dinamizada pelo Dr. Paulo Nogueira e dirigida a desempregados que se encontram a frequentar o Curso de Operador Florestal e aos formandos que terminaram em dezembro de 2017 o Curso de Pastelaria.

A referida ação teve como tema principal “atitude e comportamento no relacionamento profissional”. Os objetivos principais foram: melhorar o relacionamento interpessoal; adap-tar a sua atitude ao ambiente; saber estar – respeitar o grupo; partilhar e

respeitar opiniões e decisões e moti-var e apoiar os colegas.

Esta iniciativa contou com a parti-cipação de 20 desempregados muito participativos, empenhados e colabo-rantes ao longo de toda a sessão.

CMPS

COACHING GRUPAL COM DESEMPREGADOS

Inserido no âmbito da Prova de Aptidão Profissional do aluno Fábio Custódio, do 3º ano do Curso Profis-

sional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural da Escola Tecnológica e Profis-sional da Sertã, decorreu nos dias 15 e 16 de Março, a 3ª edição das Jornadas Técni-cas de Turismo da ETPS, que este ano aconteceram em Pampilhosa da Serra.

Depois do sucesso alcançado nas edições anteriores, a temática destas jornadas assentou na “Recuperação das regiões afetadas após os incêndios e o impac-to no turismo local”, trazendo à discussão sub-temáticas como: “O turismo volun-tario – o que fazer depois dos incêndios”?; “O impacto dos incêndios na hotelaria” e “Pensar o turismo em novas realidades – Turismo Criativo” foram os painéis que fizeram parte do primeiro dia desta inicia-tiva, no período da manhã. Esta compo-nente do evento decorreu no Auditório Municipal Monsenhor Nunes Pereira.

O primeiro dia ficou completo com a realização dos workshops sobre o Mara-nho da Pampilhosa da Serra, a Filhó Espichada, que se realizaram nas insta-

lações do Agrupamento de Escolas da Pampilhosa da Serra; decorreu também

um workshop sobre inicia-ção ao geocaching, sendo que o dia foi concluído com uma prova de orien-tação pelas ruas da Vila da Pampilhosa da Serra.

No segundo dia, reali-zou-se o percurso pedestre PR3 – PPS - “Caminho de Xisto da Barragem de Santa Luzia”, que foi acompa-nhado por guias espe-cializados, sendo dado relevo as características do percurso em causa.

A organização e inscri-ções/informações estive-ram a cargo do Prof. Jorge Santos e Fábio Custódio, sendo uma iniciativa apoiada pelo Município da Pampilhosa da Serra e pelo Agrupamento de Escolas da Pampilhosa da Serra.

CMPS

No âmbito da 5ª Edição do Proje-to “Empreendedorismo nas Escolas da Região de Coimbra”,

decorreu no dia 14 de março, no Agrupa-mento de Escolas Escalada, Pampilhosa da Serra, o Concurso Municipal de Ideias do Ensino Secundário. A ideia vencedora foi o “EZip” que irá representar o nosso Município no Bootcamp em Oliveira do Hospital, nos dias 24 e 25 de março.

Os alunos do 2º e 3º ciclo também tiveram a oportunidade de apresentar as suas Ideias de Negócio ao júri. O 2º ciclo apresentou o projeto “X-art” e o 3º ciclo apresentou a ideia “Doces Tradições”, estes projetos irão representar o Muni-cípio de Pampilhosa da Serra na Expo Empresas Júnior, no dia 26 de maio, em Condeixa.

CMPS

O Município de Pampilhosa da Serra associou-se ao projeto «Heróis da Fruta – Lanche

Escolar Saudável, através da participação

das crianças e jovens do ATL local, da C0ritas Diocesana de Coimbra, e do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas Escala-da, Pampilhosa da Serra.

Esta foi uma iniciativa, promovida pela APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, que teve como objetivo sensibilizar para a impor-tância dos hábitos alimentares saudá-veis na prevenção do excesso de peso e

restantes doenças associadas.As receitas obtidas através de uma

votação, reverteram a favor da APCOI, uma organização criada com o objetivo de apoiar a inclusão de fruta no lanche escolar dos alunos mais carenciados do país, através da distribuição gratuita de cabazes semanais entregues diretamente nas escolas.

CMPS

JORNADAS TÉCNICAS DE TURISMO DA ETPS

CONCURSO MUNICIPAL DE IDEIAS

A COMPETIÇÃO MAIS SAUDÁVEL E DIVERTIDA DO ANO!

Realizou-se na passada, quin-ta-feira, dia 8 de março, uma sessão informativa sobre medi-

das de apoio à contratação, tendo em conta as alterações, ao nível de reforço de apoio financeiro, que resultaram da aplicação das Portarias após os incên-dios de junho e outubro de 2017 para os territórios afetados.

Participaram nesta sessão informati-va, vinte e seis empresários e responsá-veis por IPSS do Concelho, numa ação que contou com forte participação dos presentes com a colocação de dúvi-das acerca da medida, bem como de propostas de discriminação positiva no sentido de melhorar as condições de promoção para a empregabilidade.

A presidir à sessão estiveram o

Senhor Presidente da Câmara, José Brito, a Senhora Diretora do Centro Emprego e Formação Profissional do Pinhal Interior Norte, Drª. Adília Fari-nha, o técnico de emprego, do Centro de Emprego de Arganil, Dr. Paulo Teles e a Srª. Vereadora da Câmara Municipal

de Pampilhosa da Serra, Drª. Alexandra Tomé.

Esta é uma ação conjunta do Muni-cípio de Pampilhosa da Serra e o Insti-tuto de Emprego e Formação Profissio-nal do Pinhal Interior Norte.

CMPS

O melhor festival de caminhadas da região centro regressa ao Centro da Natureza, rechea-

do de muita animação e descoberta. São 3 dias de emoções fortes, onde para além dos percursos pedestres temáticos, poderá contar com música, workshop´s, sessões de esclarecimen-to interativas, degustação de iguarias serranas, experiências autênticas e muitas surpresas.

A edição de 2018 trará novidades, em especial as caminhadas aquáticas e workshop´s serranos. Pelo feedback obtido nas primeiras edições, pode-mos afirmar que o Walking Weekend oferece tudo o que na cidade não se compra e que…mais que um festival de caminhadas, é um festival de emoções.

Dias 18, 19 e 20 de maio, o teu cami-nho começa aqui…

CMPS

SESSÃO INFORMATIVA SOBRE MEDIDAS DE APOIO À CONTRATAÇÃO

WALKING WEEKEND'18

A Escola Muni-cipal de Natação de

Pampilhosa da Serra participou, no passa-do sábado, dia 10 de março, no Festival de Natação que decor-reu na Piscina Muni-cipal de Figueiró dos Vinhos.

Este evento foi promovido pela Câmara Municipal de Figueiró dos Vinhos em parceria com a Secção de Natação da Associação Desportiva de Figueiró dos Vinhos, onde para além da Escola de Natação anfitriã, participaram também as Esco-las Municipais de Pampilhosa da Serra,

Alvaiázere, Ansião e Condeixa e as Escolas de Natação de Vila de Rei e do Centro de Cultura e Desporto da Sertã.

Neste encontro participaram dezas-seis alunos da Escola Municipal de Nata-ção de Pampilhosa da Serra, num festi-val que foi direcionado especialmente para jovens nadadores e que tem como

principal objetivo fomentar o gosto pela prática da natação.

De referir ainda o excelente desempe-nho de todos os nadadores e agradecer a todos aqueles que colaboraram e acom-panharam neste evento desportivo.

CMPS

FESTIVAL DE NATAÇÃO DE FIGUEIRÓ DOS VINHOS

• António Agostinho Marques Ramos (1977)

• Herculano Paulo Francisco de Jesus (1978, 1988, 1997)

• Arménio Marques Gonçalves (1982)• João Pereira Francisco (1986)• Herminio Santos (1988)• Aníbal Pereira Brás (1994)• Rui Miguel Marques Dias Paulo

(2002)• Alfredo Luiz (2004)• Carlos Pereira Moura (2010)• Sónia Marina Pereira Luís (2014)• Sandra Maria Marques Dias

Gonçalves (2016)A presidente da direção agradeceu

o esforço e dedicação de todos os que serviram como presidentes, informando que a direção decidiu também prestar homenagem a Arménio Marques Gonçalves, atual vice-presidente da direção, que apesar da grave doença que o atormenta, é o grande responsável pelo incentivo que lhe deu para assumir a presidência e um exemplo de trabalho e dedicação para todos os membros e associados da coletividade. Para assinalar este momento, Sandra Marques entregou a seu pai uma placa de homenagem que simbolizava todo o seu agradecimento e de toda a direção. “Porque achamos que ele merece e não foi fácil hoje ele aqui estar. Por isso vou entregar esta lembrança. Obrigado.”, disse emocionada a presidente.

De seguida deu-se continuidade ao período de intervenções, tendo usado da palavra José João, pela coletividade de Camba, que agradeceu o convite e desejou os parabéns pelos 50 anos de fundação. Sublinhou a amizade que une as duas aldeias, justificando pelo facto de o primeiro presidente, em 1968, ser natural de Camba e outros fundadores terem ligações à sua aldeia. Manifestou a admiração e aplauso a todos os associados galardoados e aos ex-presidentes deixou a sua homenagem, sendo um símbolo e exemplo para os mais jovens. Anunciou o almoço da coletividade de Camba para o dia 15 de Abril em Algés.

Carlos Simões encerrou a sequência de

discursos, apresentando os cumprimentos e parabéns da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, do jornal SERRAS DA PAMPILHOSA e de A Comarca de Arganil, na pessoa do seu diretor António Lopes Machado, para quem pediu um aplauso. Na qualidade de presidente da assembleia geral, Carlos Simões colocou em evidência o “extraordinário trabalho realizado pela coletividade ao longo destes 50 anos. Basta chegar a Covanca e logo deparamos com uma grande diferença na qualidade de vida da população. Hoje é bom ir à Covanca e viver na Covanca porque a aldeia dispõe das infraestruturas que proporcionam essa qualidade. Isso não

aconteceu por acaso, aconteceu graças a um grupo de homens e mulheres que se juntaram há 50 anos atrás e fizeram um tralho excelente, continuado até aos dias de hoje. Obrigado a todos os que ajudaram nesta caminhada. Parabéns pelas Bodas de Ouro.”, disse Carlos Simões a encerrar.

Pela voz do presidente da assembleia geral, realizou-se um grande leilão de ofertas, maioritariamente vindas de Covanca, onde foram angariados 2.450,00€, preciosa verba para realizar os melhoramentos e atividades estabelecidas como objetivos da coletividade em prol da aldeia.

Durante a tarde a festa continuou com muita música e baile abrilhantado pela acordeonista Paula Marques e um momento de fado com Sónia Almeida, muito aplaudida pelos presentes.

Já perto do final da tarde chegou o momento de cantar os parabéns e apagar as velas dos 50 anos, e partir um delicioso bolo, selado com um brinde e desejos de muitos anos de atividade e sucesso, seguindo-se um lanche para todos.

Ficou marcado encontro para Covanca no fim de semana da Páscoa e nas Festas de Agosto 2018, onde as comemorações das Bodas de Ouro vão ter continuidade.

Carlos SimõesFotos: Armandino Trindade e Cátia

Francisco

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12 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 13

No ano de 2013, o poeta pampi-lhosense Rogério Martins Simões, que assina com o pseu-

dónimo ROMASI, recebeu uma mensa-gem eletrónica vinda do Brasil que o deixou muito feliz. É natural da Fregue-sia do Socorro, Lisboa, descendente da aldeia de Póvoa, Pampilhosa da Serra, onde o seu falecido pai nasceu, é neto paterno de António Antunes Simões, que nasceu na Aldeia Velha – Pampi-lhosa da Serra e neto materno de Maria de Assunção Ramos, natural da Póvoa.

O teor da mensagem recebida era um pedido de autorização da maior Editora brasileira, para incluírem o seu poema, intitulado “Darfur/Sudão”, numa obra didática da disciplina de Geografia,

intitulada “Fronteiras da Globalização” destinada ao Ensino Médio, pedido que foi de imediato acedido pelo poeta. Este pedido partiu da editora brasileira “A Abril Educação – Editora Ática” que produziu o livro didático, da autoria de Lúcia Marina Alves e Tércio Barbosa Rigolin.

Em 19/4/2016, a mesma editora solicitou uma nova autorização para uma nova obra didática, provisoriamen-te intitulada “Fronteiras da Globalização – O Mundo Natural e o Espaço Huma-nizado” – 1º ano, dos mesmos autores, também destinada ao Ensino Médio do Brasil, pedido que também foi acedido.

Por se tratar de obra didática, cuja tiragem é determinada pelo número de

escolas que viessem a adotá-la, a editora não teve como estimar a quantidade de exemplares a serem impressos, fixando--se então a autorização de publicação do poema em quatro anos, extensiva às

versões impressa e digital e podendo ainda ser fixada em formato MEC Daisy.

Esta boa noticia para Rogério Martins Simões, surgiu pouco tempo antes do lançamento do seu primeiro

livro de poesia intitulado “Golpe de Asa no Sequeiro”, editado pela “Chiado Editora”, considerando o autor que “Este é, talvez, o passo mais importante para a divulgação da minha poesia, maior que a edição do meu livro.”.

A primeira edição deste primeiro livro do autor, com 166 páginas, está incluída na coleção Prazeres Poéticos da “Chiado Editora”. Foi lançado no dia 17 de maio de 2014, no NovoHotel, em Lisboa, seguido de recital de poesia e canções alusivas na obra.

Este livro foi dedicado pelo autor aos seus pais, esposa, e a todos os seus companheiros portadores da doença de PARKINSON.

Carlos Simões

Escritos e Escritores Pampilhosenses ActualidadeROGÉRIO MARTINS SIMÕES

Fortemente influenciado pelo seu pai José Augusto Simões, o poeta que assina com pseudónimo ROMASI, tem uma vida dedicada aos “Poemas de Amor e de Dor”. Tem incluído um poema em livro didático no Brasil e

publicou um livro em Portugal.

O rio que corre no meu olhar,De tantas vezes corrente,Finge e vai desaguarAos meus olhos de nascente.

E se volta a soluçarDando conta da enchente;O rio faz transbordarEsta tristeza que sente…

Sinopse do Livro:

ROGÉRIO MARTINS SIMÕES nasceu em Lisboa, na Freguesia do Socorro, no dia 5 de Julho de 1949, de uma família oriunda do concelho de Pampilhosa da Serra, onde passava as então designadas “Férias Grandes”.

Filho de José Augusto Simões, natural de Póvoa e de Isabel Martins Assunção (natural de Malhada, Colmeal). É casado e tem 2 filhos.

Licenciado em Gestão terminou a sua carreira na função pública, na Dire-ção-Geral das Alfândegas e dos Impos-tos Especiais sobre o Consumo, com a categoria Profissional de Reverifica-dor Assessor Principal, encontrando-se

aposentado.No desporto, foi campeão nacional de

atletismo no ano de 1969, ao serviço do Sporting Clube de Portugal, formando equipa com Manuel Oliveira, Eduardo Simões, Carlos Cabral, Carlos Lopes, Domingos Capindiça, Fernando Mame-de e outros.

Influenciado por seu pai, José Augus-to Simões, poeta e seu mestre, começou a escrever e a rasgar poesia desde o ano de 1963 até 2003. Em 2004 com a cria-ção do seu blog e a publicação dos seus poemas continuou a escrever evitando assim dar-lhes o anterior destino.

Publicado o seu primeiro livro “Golpe

de Asa no Sequeiro”, editado pela “Chia-do Editora”, em maio de 2014, estando já a preparar o seu segundo livro.

O seu Blog “Poemas de Amor e Dor”, está disponível em http://poemasdea-moredor.blogs.sapo.pt

Breve Biografia do Autor:

Lembra-se, meu pai, Quando à sua mesa Nos trocava a sobremesa Por poesia no prato…

Diga-me, agora, meu pai: Se por aí há olhares desesperados,Mãos crispadas, Rezas nos dentes… Diga-me meu pai: Se o sofrimento é tão só por aqui; Se nos céus são todos iguais; Se as regras são transparentes; E se no inferno só ardem os maus…

Diga-me meu pai:

Se aí há lugar para os dementes… Para os falazes… Para ricos Para os capazes Para pobres, ou doentes. Diga-me meu pai: Se há por aí poesia Se já conhecem a magia Dos seus contos de encantar.

Nada me diz, não importa… Se o céu para si não for boato… Terá sempre aberta a minha porta: E esta saudade com a poesia no prato…

Rogério Martins Simões

Dedicado ao seu pai, José Augusto Simões, o autor escreveu em 2016 o seguinte poema:

POESIA NO PRATO

O pampilhosense e grande homem do desporto, oriun-do de Vidual, Aurélio da Silva

Pereira, que chefia o departamento de formação e prospeção de jogadores de futebol do Sporting Clube de Portu-gal, foi no dia 25 de fevereiro de 2018, distinguido com a Ordem de Mérito da UEFA (União das Federações Europeias de Futebol). Este prestigiante galardão foi atribuído pelo seu enorme contribu-to para o desenvolvimento do futebol português e europeu. A cerimónia de

atribuição do galardão decorreu na capi-tal da Eslováquia, Bratislava, no jantar do Congresso da UEFA, e foi recebido pela filha Mafalda Pereira.

O nome de Aurélio Pereira havia sido proposto à UEFA pela Federação Portu-guesa de Futebol (FPF) numa missiva onde destacou "o minucioso trabalho de recolha de informação sobre jogadores e o seu posterior desenvolvimento desportivo, lembrando que esse trabalho resultou na descoberta de talentos mundiais como os de Paulo Futre, Simão Sabrosa, Quaresma, Nani ou os vencedores da Bola de Ouro

Luís Figo e Cristiano Ronaldo."Em declarações ao site da FPF, Auré-

lio Pereira destacou o "enorme orgulho" que sentiu pelo prémio. "Não sei se mereço esta distinção mas sei que gostei muito de ser reconhecido. Ninguém faz nada sozinho e queria agradecer todos os que me ajudaram neste trabalho. É uma vitória de todos e, como diria o Professor Moniz Pereira, valeu a pena", começou por dizer. Sublinhando o "enorme orgulho de 50 anos de trabalho ao serviço do Sporting", também deixou uma mensagem de incentivo às seleções

nacionais. "Saber que também dei a minha contribuição para a forma excelente como a FPF trabalha a formação é um orgulho. As nossas atuais seleções são o espelho de como se trabalha na FPF."

Para o presidente da FPF, Fernando Gomes, teceu rasga-dos elogios ao líder do scouting leonino, ao considerar que Auré-lio Pereira "É uma figura marcante da nossa história recente do futebol.

Pelo seu trajeto como jogador, como treina-dor e depois como grande responsável da criação do departamento de scouting do Sporting onde descobriu valores", frisou, concluindo: "Não podemos deixar de refe-renciar esta figura ímpar do futebol do Sporting, mas acima de tudo do futebol português".

Segundo a agência Lusa, o Sporting considerou que a Ordem de Mérito atri-buída pela UEFA ao responsável pela formação e prospeção do clube, Aurélio Pereira, é uma distinção "justa e merecida" e que "enche de orgulho toda a família

'leonina". Em comunicado na página de Inter-

net do Sporting, o clube refere que "Trata-se do reconhecimento do percurso, do caráter, da competência e do contributo inestimável que, como jogador, treinador e descobridor de talentos, Aurélio Pereira tem dado ao futebol ao longo de toda a sua vida".

O Sporting recorda o título de campeão europeu conquistado pela seleção portuguesa em Paris, em 2016, para se "perceber a importância de Aurélio Pereira para o futebol português", desta-cando o facto de 10 dos 14 jogadores que disputaram a final da competição terem sido "formados na Academia do clube e descobertos por Aurélio Pereira".

"É com grande orgulho e satisfação que o Sporting se junta a esta distinção, agra-decendo à FPF e à UEFA a capacidade de reconhecerem o inestimável papel de Aurélio Pereira na promoção do desporto e do talento e dos valores do clube", conclui o comunicado leonino.

Aurélio Pereira fez de tudo no Sporting. Foi jogador, treina-dor e criou em 1988 o Depar-tamento de Recrutamento e Formação tendo contribuído para a criação da Academia do clube. Descobriu grandes joga-dores como Paulo Futre e os Bolas de Ouro, Figo e Ronaldo. Fala com orgulho dos "meninos" que teve na final do Euro 2016. O Sporting teve quatro atletas: Rui Patrício, William, Adrien e João Mário. Mas formados no clube presentes teve mais ainda: Cédric, José Fonte, João Moutinho, Ricardo Quaresma, Nani e Cristiano Ronaldo. Ao todo, com o cunho do clube e de Aurélio, são dez!!!. Deixamos aqui o desejo para que sejam mais no futuro.

Mais do que um simples descobri-dor de talentos, Aurélio Pereira é visto pelos seus meninos quase como um pai, sendo muita vezes lembrado por eles nos

grandes momentos das suas carreiras.

Com a construção da Academia Sporting e a profissionalização do Depar-tamento que passou a formar os seus próprios "olheiros" sob o comando do Mestre Auré-lio Pereira, a formação do Sporting atingiu a excelência, produzindo de uma forma cada vez mais regular novos jogadores para a equipa prin-cipal do Sporting.

Foi distinguido por duas vezes com o Prémio Stromp, em 1982 na categoria Técnico, e em 2002 na categoria Dedi-cação, e com o Leão de Ouro em 14 de Julho de 2006.

No dia 3 de Setembro de 2012 o Sporting homenageou Aurélio Pereira com a atribuição do seu nome ao relvado principal da Academia Sporting, numa cerimonia assinalada pela presença de muitos dos talentos descobertos por ele, ao longo de mais de 40 anos ao serviço da formação leonina.

Em Janeiro de 2017 recebeu a Meda-lha de Mérito Desportivo da Cidade de Lisboa.

De referir que Aurélio da Silva Perei-ra, é um ilustre pampilhosense, nascido em 1 de outubro de 1947, foi agraciado pelo Município de Pampilhosa da Serra em 2014, com a Medalha Municipal de Valor e Altruísmo.

Carlos SimõesFoto da Capa: record.pt

ORDEM DE MÉRITO DA UEFA PARA AURÉLIO PEREIRA

Foto: Miguel Barreira

Foto: record.pt

Foto: observador.pt

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14 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA

Actualidade

8º PASSEIO “A PÁSCOA É EM JANEIRO”“A Páscoa é

em Janeiro” vai ser o ponto de partida para a 8ª edição da caminhada no PR4-PPS, na Aldeia do Xisto de Janeiro de Baixo.

No próxi-mo dia 31 de março a anima-ção vai encher por completo aquela aldeia, no 8º ano consecutivo da atividade.

A Junta de freguesia de Janeiro de Baixo em parceria com o Município de Pampilhosa da Serra, prepa-rou para este passeio um conjunto de atividades correspondentes às exigências dos participantes, direcionados às ativida-des ao ar livre, à exploração da natu-reza, permitindo, simultaneamente, cultivar as tradições locais a propor-cionar o convívio e a alegria.

Com um vasto programa de anima-ção, a 8ª edição “A Páscoa é em Janei-ro”, não irá passar despercebida para todos aqueles que queiram propor-cionar o bem-estar físico e emocional.

Descubra o Caminho de Xisto de Janeiro de Baixo, um paraíso natu-ral onde a água do rio Zêzere cria um ambiente relaxante no meio da natureza. Para além de descobrir as várias tradições das gentes serranas, ficará ainda a conhecer a fauna e a flora característica das margens do rio Zêzere.

Programa:8h30 – Concentração no Parque

de Merendas (junto à praia fluvial de Janeiro de Baixo)

9h00 – Atuação dos Bombos de Dornelas do Zêzere

9h30 – Briefing inicial com entrega do reforço alimentar.

10h00 – Inicio da caminhada. PR4-PPS – 9,7 km – circular – Difi-culdade Média.

11h00 – Animação na zona de chegada com os artistas – Sérgio Gonçalves e António Vaz.

12h30 – Atuação das Concertinas do Machio.

13h00 – Almoço convívio.14h30 – Atuação do Rancho

Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra.

16h00 – Animação com os artistas – Sergio Gonçalves e António Vaz.

Almoço – 5 PáscoasAs inscrições para o almoço são

obrigatórias até ao dia 29 de março 2018.

Podem ser feitas através dos seguin-tes números telefónicos:

Junta de Freguesia de Janeiro de Baixo: 932669365 - 934540441 - 934089535 – 235512191

Município de Pampilhosa da Serra: 235590335.

CMPS

Actualidade Regionalismo

CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 15

invasoras (mas que deverão esperar para ver que espécies vão regenerar), de forma a conter o estabelecimento e expansão dessas espécies da melhor forma. Os incêndios foram uma tragé-dia a muitos níveis, desde humano, social, económico, ecológico, mas se aconteceram é preciso agora adaptar a gestão a essa realidade e aproveitá-los para gerir as plantas invasoras antes que cresçam de novo e seja muito mais difícil lidar com elas.

7) Jovens plântulas que germi-naram há pouco tempo, ainda não têm reservas armazenadas nas partes subterrâneas que lhes permitam rebentar vigorosamente. Está aqui uma janela de oportunidade para intervir. Antes que as plantas cresçam muito, mas já depois de terem morri-do aquelas que não vingariam, devem ser eliminadas, utilizando metodolo-gias adaptadas ao contexto e recursos disponíveis; por exemplo, corte com motorroçadora (antes que atinjam um palmo), arranque em ações de volun-tariado, pastoreio, etc. Nas Mimosas, se se aplicar corte com motorroça-dora, é particularmente importante a referência do “antes de ter um palmo” – depois disso aumenta a probabilida-de de rebentarem.

8) Em qualquer das situações, se as ações de controlo se atrasarem, o que é essencial é que as plantas invasoras nunca cresçam o suficiente para voltar a formar sementes. Caso contrário, estará recriado o ciclo da sua rege-neração.

9) No caso das Mimosas, e depen-dendo do tamanho de banco de sementes no solo, o surgimento de novas plântulas por germinação das

sementes que ainda tenham ficado no solo pode voltar a ocorrer depois das primeiras intervenções.

10) Apesar de não ser muito frequente, algumas Mimosas sobre-vivem à passagem do fogo e recu-peram depois – a eliminação destas plantas também deve ser considerada a par com outras medidas de recu-peração das áreas. Dependendo dos contextos, podem controlar-se atra-vés de descasque (se possível), corte (mas é provável que voltem a rebentar, exigindo ações de controlo posterio-res), corte+herbicida (com todos os cuidados necessários e só quando for justificável e possível), etc.

Resumindo:Tal como nas restantes áreas ardi-

das do país, no concelho de Pampi-lhosa da Serra é expectável que venha a agravar-se a invasão por espécies de plantas exóticas resistentes ao fogo (principalmente, Mimosas e háqueas) em muitas das áreas ardidas, de forma mais ou menos rápida dependendo das condições climáticas que se veri-ficarem.

Se a sua gestão não for conside-rada de uma forma proactiva, essa invasão não só ocupará áreas muito extensas (previamente invadidas ou novas áreas onde o banco de sementes existia/ passou a existir) mas poderá mesmo colocar em risco o sucesso de ações de recuperação (planta-ções, sementeiras, ações facilitadoras das plantas existentes, etc.). É essen-cial que esta gestão seja adaptada à resposta das plantas (tanto invasoras como nativas) e planeada a longo-pra-zo. Uma só intervenção de contro-lo muito raramente é suficiente para controlar uma planta invasora. Mãos à obra.

Carlos Simões Adaptado de: Hélia Marchante (2017) in http://invasoras.pt/fogo-e-invasoras/

• Do rescaldo ao renascer das cinzasUma área muito extensa de Portu-

gal ardeu nos meses de junho a outu-bro de 2017, sendo o concelho de Pampilhosa da Serra um dos mais afetados por aquele flagelo. O fogo trouxe coisas más demais. Perderam--se vidas que jamais serão repostas. Perderam-se bens e recursos. Arde-ram também importantes florestas e espaços naturais de grande valor a vários níveis. Algumas das comunida-des vegetais simplesmente vão come-çar a recuperar lentamente sozinhas – afinal, grande parte do nosso país tem vegetação adaptada a clima medi-terrânico e como tal o fogo faz parte da dinâmica natural de muitos destes ecossistemas (não de todos). Algumas áreas vão precisar de ajuda para recu-perar da melhor forma.• Como regenerar áreas invadidas que arderam ?

Muitas áreas ardidas tinham plan-tas invasoras e a essas há que ajudá-las, a seu tempo (não já), controlando as plantas invasoras que vão (re)aparecer. Questões de erosão do solo e outras podem ser primordiais, pelo que o controlo das invasoras deve ter isso em conta e ser enquadrado em planos gerais de gestão (não focados exclu-sivamente nas invasoras, mas não as ignorando), preferencialmente acom-panhados por técnicos especializados. Ou seja, é preciso ir avaliando o que recupera nas áreas e adaptar a gestão de forma a aumentar a hipótese de sobrevivência das espécies que esco-lhermos para o futuro (quer plantadas, semeadas ou que regenerem natural-mente).

Será muito difícil (quase impossí-vel) agir em todas as áreas onde vão surgir plantas invasoras, mas naque-las que forem priorizadas, gerir o problema terá que incluir o controlo das plantas invasoras (muitas vezes primeiro), impedindo que elas rein-vadam e ameacem a recuperação das outras espécies.

Por esta e outras razões, em muitas situações começar a fazer plantações agora é prematuro e não é a melhor solução.

• Há plantas invasoras que benefi-ciam com o fogo.

1) Várias das plantas invasoras que estão mais dispersas e causam mais problemas em Portugal e em parti-cular no concelho de Pampilhosa da Serra, por exemplo, as Mimosas e as Háqueas, são pirófitas (ou seja., estão adaptadas ao fogo e beneficiam da sua ocorrência).

2) Em territórios do interior como a Pampilhosa da Serra, várias espécies

de acácias, como é a Mimosa (Acacia dealbata), estavam presentes em muitas das áreas atingidas pelos incên-dios de 2017, em algumas situações com grandes densidades e extensões;

3) A Mimosa acumula sementes no solo (banco de sementes), em gran-de número (por vezes muitos milha-res por m2). Estas sementes podem permanecer viáveis no solo durante muitos anos e a sua germinação é estimulada pelo fogo. Dependendo da profundidade a que estavam as sementes, e das temperaturas que o fogo atingiu em cada local, algumas sementes podem ter sido destruídas mas é expectável que muitas venham a germinar e a facilitar a reinvasão das áreas onde ocorriam; a rapidez com que o farão vai depender de várias condições, como a disponibilidade de água e temperaturas que se venham a verificar;

4) Embora com menor dispersão do que a Mimosa na Pampilhosa da Serra, as Háqueas acumulam bancos de sementes na árvore, muito nume-rosos, sendo a abertura dos frutos, e consequentemente a dispersão das sementes, estimulada pelo fogo. Fogos que tenham atingindo temperaturas

muito elevadas podem ter destruído alguns frutos/ sementes, mas é previ-sível que em muitas situações tenham apenas aberto os frutos e estimulado a dispersão das sementes. Ou seja, as sementes foram catapultadas, frequen-temente a vários metros de distância, à volta das plantas-mãe e ao germinar vão reinvadir as áreas onde estavam e aumentar muito a área invadida.

5) As elevadas taxas de crescimen-to e/ou dispersão destas e de outras

espécies de plantas invasoras presen-tes nas áreas ardidas permitem prever que em muitas situações estas se irão estabelecer mais rapidamente do que outras espécies que regenerem natu-ralmente e/ou venham a ser plantadas ou semeadas. É por isso crucial adap-tar as medidas de recuperação das áreas ardidas, ao desenvolvimento das plantas invasoras que entretanto surgi-rem, de forma a não colocar em risco outras medidas de gestão (sementei-ras e plantações não deveriam poucos meses após o fogo, mas antes, esperar pela revelação das espécies que vão surgir naturalmente) ;

6) As respostas rápidas e adaptati-vas, tão precoces quanto possível são fundamentais na gestão de espécies

FOGO E PLANTAS INVASORAS – UM MAL NUNCA VEM SÓ

Frutos de espécies invasoras pirófitas: (Esqª). Solo coberto por vagens de mimo-sa – a maioria das sementes caiu ao solo e foi acumulada no banco de sementes.

(Esqª). Frutos de háquea-picante abertos aquando de um incêndio (Foto: Ana Eira).

Exemplos de plantas invasoras presentes em Pampilhosa da Serra que têm carac-terísticas de adaptação ao fogo: (da esq. para a dir.) Mimosa (Acacia dealbata) cuja germinação das sementes é estimulada pelo fogo; Háquea-picante (Hakea sericea), cuja abertura dos frutos (e posterior dispersão) é estimulada pelo fogo.

Agora que, após os incêndios e as primeiras chuvas, as Mimosas estão já a recuperar em força e a

aumentar a sua área de invasão, sendo incentivada pelo fogo, sobrepõe-se e ganha a competição com as restantes espécies vegetais. Chegou assim o momento de atacar de vez esta espé-cie exótica invasora que provoca graves impactos ecológicos no ecossistema e diversos impactos socioeconómicos no concelho e não só.

De entre os diversos métodos de controlo desta espécie invasora, nesta edição descrevemos o método de DECASQUE.

O método de descasque é mais adequado a árvores de casca lisa/contí-nua, como por exemplo espécies como a mimosa (Acacia dealbata), austrália (Acacia melanoxylon), outras acácias (Acacia spp.), árvore-do-incenso (Pittos-porum undulatum)

Como FazerFazer uma incisão em anel, contínuo,

à volta do tronco, à altura que for mais

confortável para o aplicador; a incisão deve cortar a casca (floema e tecidos exteriores) e chegar à madeira (xilema), mas sem cortar esta última.

Remover toda a casca (e câmbio – “película rosada”), desde o anel de incisão ATÉ à superfície do solo, se possível até à raiz.

Aplicar apenas quando o câmbio estiver ativo o que pode variar de local para local. As melhores épocas para aplicação coincidem com temperatu-ras amenas e com alguma humidade – geralmente final de Inverno/Primavera- mas em algumas áreas ripícolas (junto aos rios) pode aplicar-se todo o ano.

É fundamental avaliar todas estas condições antes de iniciar uma operação de descasque!

Nos casos de árvores que não sejam fáceis de descascar, o melhor é deixar crescer e descascar depois. Apesar de se aconselhar não descascar nestas situa-ções, em condições de stress elevado (ex., muito secas), por vezes, árvores que não se conseguem descascar total-

mente podem, ainda assim, secar e acabar por morrer.

Nestes casos, é necessário avaliar o resultado durante vários meses a poucos anos, antes de aplicar em larga escala.

É necessário descascar todas as árvores da espécie invasora da área a controlar, já que indivíduos não trata-dos podem facilitar a sobrevivência de indivíduos vizinhos descascados.

Atenção: deixar secar totalmente e só depois proceder ao corte da árvore. A secagem pode demorar vários meses.

VantagensÉ um método eficaz, se for bem apli-

cado.A sua aplicação é pouco perigosa

para aplicadores inexperientes, mas é preciso ter muito cuidado com o uso de ferramentas de corte.

Permite uma fácil operacionalização com grupos grandes e variados (ex., ações de voluntariado ambiental) e não exige ferramentas difíceis de operar.

É aplicável em árvores de quase

todos os diâmetros e, quando é bem aplicado, não estimula a emissão de rebentos – nem de touça nem das raízes – o que exige menos controlos de segui-mento. No entanto, estes controlos de seguimento são necessários para:

• cortar árvores mortas;• controlar plantas que sobrevivam ;• controlar novas plantas provenien-

tes de germinação; A médio prazo torna-se menos

oneroso e é amigo do ambiente.DesvantagensMoroso e oneroso se realizado

extensivamente por grupos profissio-

nais (elevada quantidade de mão de obra);

Exige uma aplicação minuciosa e é apenas aplicável em algumas espécies e em determinadas épocas do ano.

Obriga a duas intervenções espaça-das por meses ou mesmo anos para o controlo de uma mesma árvore.

O impacto visual do resultado deste tipo de controlo (árvores secas de pé) tem peso negativo na opinião pública.

Carlos SimõesIn http://invasoras.pt/gallery2/

descasque/

MÉTODOS DE CONTROLO DE MIMOSAS – 1DESCASQUE

Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense celebra o seu 318º aniversário ao serviço da música e da cultura tradicional portuguesa.

Para celebrar a efeméride, o Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense vai levar a efeito no próximo dia 14 de abril, pelas 15.00h, no Auditório Municipal Monsenhor Nunes Pereira em Pampi-lhosa da Serra, o 8º Encontro de Bandas.

Este evento contará com a participa-ção da banda anfitriã, o Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense e da banda convidada, a Filarmónica Pampilhosen-se;

Do programa consta:15.00h – Chegada da Banda Convi-

dada;Início do Desfile das Bandas até aos

Paços do Concelho;16.00h – Inicio dos Concertos no

Auditório Municipal Monsenhor Nunes Pereira.

Para além da referida comemoração, o Grupo Musical Fraternidade Pampilho-sense pretende ainda apresentar à popu-

lação o trabalho que tem vindo a desenvolver, nomeadamen-te, na forma-ção musical de crianças e jovens deste Concelho, através da sua escola de músi-ca.

Esta iniciati-va, organizada pelo Grupo Musical Frater-nidade Pampi-lhosense conta ainda com os apoios do Muni-cípio, da Junta de Freguesia de Pampilhosa da Serra e das Lojas Hello

CMPS

É habitualmente durante o primei-ro semestre de cada ano que as coletividades regionalistas reali-

zam as suas assembleias gerais, os seus almoços de aniversário e outros even-tos, principalmente na região da grande Lisboa. Assim, até ao momento chegou ao nosso conhecimento o agendamento dos seguintes eventos:ã 30 março – FERIADO (Sexta-feira Santa) ã 31 março - Comissão Associativa de Melhoramentos de Camba – 12:30 horas – Almoço de Páscoa e lanche, na Casa de Convívio de Camba;ã 31 março - Grupo Amigos de Soeiri-nho – 13:00 horas, Almoço de Aniversá-rio, na Casa de Convívio em Soeirinho;ã 31 março – Comissão de Melhora-mentos de Ceiroquinho – 12:30 horas, Almoço de Aniversário, no restaurante Pascoal, em Fajão;ã 31 março – Comissão de Melho-ramentos de Maria Gomes – 13h00, Almoço de Convívio, 14h00 – Assem-bleia Geral, na antiga escola primária de Maria Gomes;ã 31 março – Liga de Melhoramentos de Braçal – 13h00, Almoço de Convívio, na Casa de Convívio de Braçal;ã 31 março – Comissão de Melhora-

mentos do Povo do Carvoeiro – 14h30, Assembleia Geral, na Casa do Povo em Carvoeiro;ã 01 abril - PÁSCOAã 08 abril – Sociedade Recreativa e Progresso Ceiroquense (Ceiroco) - 12.30 horas, Almoço de Aniversário, na Quinta do Cordeiro, em Vale de Milhaços;ã 08 abril – Sociedade Recreativa e Progresso da Mata – 10h30, Assembleia Geral, seguido de Almoço de Aniver-sário, na Avª Padre Cruz, Edif. ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas, Lisboa.ã 15 abril – Comissão Associativa de Melhoramentos de Camba – 10:30 h – Jogo futsal Solteiros x Casados; 13:00 h - Almoço de aniversário, no restaurante Caravela de Ouro, Jardim Municipal de Algés; ã 22 abril - Comissão de Melhoramen-tos de Castanheira da Serra – 12:30 horas – Almoço de Aniversário, na cantina da Universidade Lusófona, Campo Grande – Lisboa;ã 28 abril – União Progressiva de Vale Serrão – 13H00, Almoço Anual – 16h30, Assembleia Geral, na casa de convívio de Vale Serrão;ã 29 abril - Comissão A. Melhoramen-tos de Porto da Balsa – 12:30 horas,

Almoço de Aniversário (local a desig-nar);ã 20 maio – Grupo Unidos e Progresso de Gralhas – 12:30 horas, Almoço de Aniversário (local a designar);ã 27 maio- União e Progresso de Vale Derradeiro – 13:00 h - Almoço de aniver-sário na quinta O Barco, em Alverca do Ribatejo;ã 03 junho – Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra – 12:30 h – Almo-ço comemorativo do 77º aniversário da Casa e do 19º Aniversário do Jornal “Serras da Pampilhosa”, na sede, Alfama, Lisboa;ã 10 junho – 13º Encontro Convívio de Coletividades Fajaenses e amigas – 12:00 h – na aldeia de Vale Derradeiro (Cabril).Outros eventos de outras coletividades se realizarão durante 2018, que serão divul-gados após receção dessa informação (enviar por email para [email protected]).Não faltem. A vossa participação é a motivação para que o associativismo regionalista seja cada vez mais forte e interventivo. Apoiem o movimento regionalista

Carlos Simões

EVENTOS DE COLETIVIDADES REGIONALISTAS PAMPILHOSENSES 2018

8º ENCONTRO DE BANDAS EM PAMPILHOSA DA SERRA

Programa:

13h00 - Almoço: Chanfana Sobremesas: As mais saborosas

e variadas (fica ao critério de cada um de nós trazer doces ou outras iguarias)

16h30 – Assembleia Geral para Apresentação de Contas e Discus-são de Assuntos de interesse para a nossa Terra

18h00 – Actuação do Rancho Folclórico da Pampilhosa da Serra

19h30 – Bifanas e sopa21h00 – Actuação dos Artistas

da nossa terraPreço do Almoço: 15€ - Adulto 7,5€ - Crianças dos 12 aos 16

anosGrátis – Crianças até aos 11 anos,

inclusive

NÃO FALTEM EM VALE SERRÃO

A direção

VALE SERRÃO EM CONVÍVIO

O Projeto CLDS--3G Pampilhosa ATIVA! dina-

miza, durante a interrup-ção letiva da Páscoa, um programa de férias desti-nado aos jovens dos 13 aos 18 anos, residentes no concelho de Pampilhosa da Serra.

Com este programa pretende-se aumentar o nível de participação da comunidade juvenil, prevenir comportamen-tos de risco, bem como, a ocupação dos tempos livres dos jovens de forma lúdica, desportiva, pedagó-gica e assertiva.

O projeto é promovido pela Associação de Solida-riedade Social de Dornelas do Zêzere, com o apoio da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra. CMPS

FÉRIAS ATIVAS! PÁSCOA

Page 9: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 ......e um dos melhores a nível internacional. Este evento que vai já na 30ª edição, foi realizado entre os dias 28 de feve-reiro

16 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 17

Actualidade Opinião Cultura

Por meados do século XX e por esta altura da Páscoa, as crianças de Aldeia Fundeira e das aldeias

vizinhas, esperavam ansiosas pela chegada do senhor Jaime Augusto dos Santos, conhecido por “Jaime do Preles”.

Jaime Augusto dos Santos nasceu no sítio denominado Preles que fica junto ao Rio Unhais, ao fundo de Aldeia Fundeira. Assim como tantos dos seus conterrâneos, emigrou para Lisboa à procura de melhores condições de vida. Em Lisboa fez fortuna na construção civil e nunca esquecendo o seu torrão natal, para além dos donativos que fazia, foi também reivindicando junto do governo central, melhorias para Aldeia Fundeira, para o Preles (na construção da Ponte do Preles) e para o seu concelho.

Durante dezenas de anos, o senhor Jaime manteve a tradição, de oferecer às crianças na Páscoa, uma muda de roupa e amêndoas. Oferecia também um lanche em sua casa, para as crianças e para os pais destas.

Nos anos cinquenta do século XX

estas ofertas eram feitas no Preles. A partir dos anos 60, estas ofertas e o lanche eram oferecidos na casa que mandou construir em Aldeia Fundeira. Era uma casa grande, com projeto de arquitetura e com pormenores nunca antes vistos por

estas serras. Um dos pormenores mais emblemáticos foi mandado construir junto à casa, era a torre com um relógio que tocava as horas, ouvindo-se na Aldeia Fundeira e nas aldeias vizinhas.

Nas fotografias não se consegue ver todas as emoções do momento, mas nas várias fotografias espalhadas pela casa do senhor Jaime, em Aldeia Fundeira, conseguimos ver a alegria das crianças, dos pais, mas principalmente do senhor Jaime!

A fotografia que este mês juntamos ao álbum mostra-nos um desses momentos de alegria, na Páscoa de 1957, no sítio do Preles. O senhor Jaime está à frente, abraçando duas crianças, à sua volta crianças e pais com sorrisos nos rostos agradecem as ofertas.

Marisa Carvalho

ÁLBUM DE MEMÓRIAS - 16 CORTEJO DAS OFERENDAS

AS NOSSAS MONTANHAS E A NOSSA GENTE – 23

Quando eu era criança, havia pessoas que, vindas de outras terras (e, eventualmente, de

outras serras), visitavam, de vez em quando, as nossas aldeias. Para mim e para as outras crianças, cada uma dessas pessoas provocava uma fenda na estru-tura da rotina do nosso quotidiano, e, através dessa fenda, nós conseguíamos vislumbrar, entrever e imaginar outros “mundos” diferentes do nosso e ampliar a nossa consciência de que o “mundo” humano era mais vasto do que o da nossa aldeia.

Uma das visitas que eu mais desejava era a do Farrapeiro. Vinha de longe (de “muito, muito, muito longe”, imagina-va eu), em cima de um burro, fazia-se anunciar através do toque de uma gaita (semelhante à que usava o “capador” dos porcos) e da sua voz poderosa:

- Ou farrapos ou cera ou peles de coelho!

Trazia consigo agulhas, alfinetes, botões e outras coisas de que já me não lembro.

- Traz agulhas? – perguntavam-lhe algumas mulheres.

- Sim, trago – respondia ele, peremp-tório e folgazão.

- E elas são boas? – insistia uma ou outra mulher.

- São – afirmava, em tom brincalhão. – Pelo menos, têm ponta e cú!

Aquilo que mais me fascinava, nas visitas do Farrapeiro, era o burro.

Enquanto ele procedia às trocas “comer-ciais” com a minha mãe e com as outras pessoas da minha vizinhança (venda de agulhas e compra de farrapos, pedaços de cera e peles de animais), eu aproxi-mava-me do burro, acariciava-o com as minhas mãos e com a minha voz, ele olhava para mim, eu olhava para ele, como se, naqueles momentos mágicos, só ele existisse para mim e só eu existisse para ele. Ele era muito paciente para comigo.

Uma vez, perguntei-lhe se ele permi-tia que eu subisse para o seu dorso.

- Então, ele não te responde?! – surpreendeu-me o Farrapeiro, que, sem eu saber, estava a observar-nos.

- Está a pensar! – respondi, sem desviar os meus olhos dos olhos do burro.

- Está a pensar?! – gargalhou, com um entusiasmo genuíno, o dono do burro.

Então, o Farrapeiro pegou em mim e colocou-me no dorso do seu burro. Este, conduzido pelo seu dono, conduziu-me para o passeio mais glorioso da minha primeira infância (pelo breve passeio de automóvel, da minha terra para o Cabril, ainda teria de esperar mais um ano ou dois, no carro do Ti António Alves).

Outras pessoas visitavam-nos para pedir esmola. Algumas vinham de muito longe. Quando penso nelas, a minha memória detém-se, em primei-ro lugar, naquele homem que carrega-va, às costas, uma vasilha de lata que ia

enchendo com o azeite que algumas pessoas lhe ofereciam. Era um homem humilde cujo rosto irradiava bondade. Não conseguia pronunciar bem algumas palavras: saíam-lhe da boca embrulha-das em incómodos farrapos quentes de errrrrrres, como “Padrrrrrre Nosso, que estais no Céu”, “Venha a nós o Vosso Rrrrreino”, “Seja feita a Vossa vontade, assim na Terrrrrrra como no Céu”, mas isso não o impedia de, em voz alta e em tom serenamente meditativo, rezar o “Pai-Nosso” à porta da casa da família de quem esperava auxílio.

Aprendi muito com ele. Ele ensi-nou-me, sobretudo, que nós não somos donos dos bens a que, erradamente, chamamos “nossos”. Tudo pertence ao Pai Celeste, ao Amor Eterno, que é, na linguagem do Novo Testamento, “Abba”, “Paizinho”, Papá/Mamã, Queri-do Pai/Querida Mãe de TODOS (“Pai NOSSO”), a Quem devemos tudo o que somos e todos os bens que, como Seus filhos e irmãos de todos, Ele nos convida a administrar e a gerir em ordem ao bem comum, com especial cuidado por aqueles que, como aquele homem, são a imagem mais viva de Jesus: “Tudo o que fizeste a um dos meus irmãos mais pequeninos, foi a Mim que o fizeste”.

Sim, aquele homem que vinha de longe foi uma das primeiras pessoas com quem aprendi a orar com amor: “PAI NOSSO”.

Manuel Nunes

Esta tampa que se coloca-va na frente do barril ou tonel, tirava-se para se

fazer a limpeza quando o vinho acabava e se preparava para rece-ber o vinho novo.

Neste modelo de batoque também se aplicava uma torneira.

Foi muito usado pelo nosso povo e ainda hoje se usa.

Abel Almeida

USOS E COSTUMES DO NOSSO POVO (12): BATOQUE

Começo pelo primeiro trabalho que se fazia naquela época.

Todos os dias, os homens que lá estavam, e algumas mulheres, iam cortar um molho de mato à serra. Carregavam-no às costas para os currais do gado ou para o colocar nas ruas que serviam de estrumeiras.

Havia, também, embora em menos quantidade, quem fizesse o transporte em carros de bois.

Este mato, depois de podre e bem curtido, fazia-se em estrume para adubar as terras de cultivo.

A primeira sementeira que se fazia era a do centeio, semeado em terras de sequeiro e nos alqueives, não levava rega nenhuma. Era semeado em finais de Dezembro ou princípios de Janeiro, e ceifado no mês de Julho. Era atado. em molhos e ficava no campo para secar bem. Depois, era todo malhado no Largo da Capela de Santa Eufémia.

Para malhar era costume ter a parti-cipação de oito (8) homens, quatro de cada lado, cada qual tinha o seu "mangualde" com que malhavam o centeio até sair todo o grão.

Depois disso, era levantada a palha com uma forquilha e atada em molhos que se guardavam nos palheiros.

O centeio, que ficava no chão, era tirado com uma vassoura própria até

ficar limpo. Além disto, era ajoeirado ao vento, mas, mesmo assim, ainda era lava-do e, depois, seco ao sol. Só então estava pronto para ir para o moinho.

A preparação do recinto de malhar, neste caso o Largo da Eira ou da Capela, também obedecia a certos rituais.

O largo era todo bem varrido (mais que uma vez) e barrado com fezes de bois (bosta) até agarrar bem. Espera-va-se que secasse; estava então pronto para a malha.

Retomando as sementeiras, o cultivo seguinte era o do milho.

O milho era semeado nos meses de Março e Abril. A terra era lavrada ou cavada e, depois, gradada ou arrasada até ficar plana para lhe ser espalhado o estrume. Ao fazer os regos, o chamado acto de marejar, o estrume ficava alaga-do na terra junto com o grão do milho.

Quando o milho já estava crescido era sachado e, depois, arralado, quer isto dizer, compassado como devia ficar para criar espigas como deve ser. Depois disso, eram feitos regos para passar a água em leiras, para regar de forma uniforme todo o milho. Antes, porém, era todo empalhado com mato para segurar a terra.

Quando o milho já estava criado, assim como as espigas, era-lhe cortada a cana, junto às espigas. As canas com

A apDC – associação portuguesa de Direito de Consumo, com vista a promover o seu projeto “Cida-

dão Esclarecido, Consumidor Precavido”, que tem como finalidade a promoção dos interesses e a proteção dos direitos dos consumidores, divulgou um conjunto de 12 artigos, que julgamos serem do inte-resse de todos os cidadãos, por forma a precaver eventuais problemas relaciona-dos com o consumo de bens e serviços. Esta divulgação no Serras afigurou-se especialmente pertinente, visto que no concelho de Pampilhosa da Serra, onde infelizmente o envelhecimento da popu-lação, a falta de informação e o isolamen-to de alguns habitantes é uma realidade, pode ser propício à violação dos interesses dos pampilhosenses.

VII - PRESCRIÇÃO DAS DÍVI-DAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS

Nos contratos de prestação de serviços públicos essenciais vigoram determinadas regras específicas a que devem obede-cer os agentes económicos, de molde a proteger os direitos e interesses dos consu-midores.

Deste modo, quando em causa esteja o pagamento de determinado serviço (água, luz, gás, comunicações eletrónicas, sanea-mento, recolha de lixos e serviços postais), é necessário ter em atenção que os presta-dores de serviços têm 6 meses para exigir o seu pagamento, sob pena do direito ao preço se extinguir pela prescrição.

Isto significa que, após a prestação do

serviço e decorridos 6 meses da sua pres-tação, o consumidor pode recusar o paga-mento de quaisquer faturas que sejam apresentadas pelo prestador do serviço, uma vez que não se encontra adstrito ao cumprimento da obrigação.

Nestes casos, sempre que seja exigido o seu pagamento, em momento posterior àquele período, a prescrição deve ser invo-cada pelo consumidor, por meio adequa-do de prova, aconselha-se por carta regis-tada com aviso de receção, ou dentro do prazo admitido para defesa quando tenha sido acionado os meios judiciais para a obtenção coerciva do seu pagamento pelo prestador do serviço.

Mas, é preciso ter atenção que, se o consumidor pagar voluntariamente a fatu-ra que se encontra prescrita não pode invocar, posteriormente, a prescrição, exigindo a devolução do pagamento efetuado.

Outra situação que o consumidor deve estar ciente é de que, caso efetue o pagamento de fatura de valor inferior, por erro imputável ao prestador de serviço, o direito do prestador exigir a eventual diferença caduca também no prazo de 6 meses após o consumidor ter efetuado aquele pagamento.

Lembre-se, consumidor esclareci-do é consumidor precavido!

apDC – associação portuguesa de Direi-to do Consumo

Projecto “Cidadão Esclarecido, Consumidor Preca-vido”, com o apoio “Fundo para a Promoção dos Direitos dos Consumidores”

“CIDADÃO ESCLARECIDO, CONSUMIDOR PRECAVIDO”

bandeira deixavam-se ficar para que o grão ficasse mais grosso.

A palha resultante deste corte era carregada em molhos e deixava-se a secar junto às hortas. Depois de bem seca eram feitos molhinhos mais peque-nos a que se chamavam fachas.

Estes pequenos molhos eram normalmente dados ao dono dos bois que lavrava a terra e carregava o estrume para as hortas. Este era chamado de "Carreiro" e a paga do seu trabalho era a palha com que ia alimentando os bois.

Mas o ciclo do milho não termina aqui. Quando a espiga estava quase pronta para ser apanhada, eram tiradas todas as folhas da cana do milho e atadas em pequenos molhos que, depois de bem secos, eram guardados nos palhei-ros para serem dados de pasto ao gado.

Depois de todo este trabalho é que se tiravam as espigas das canas, sendo depois transportadas para casa onde se faziam as desfolhadas.

Quando as maçarocas estavam em casa as pessoas da aldeia ajudavam-se umas às outras, num serviço verdadeira-mente comunitário. O milho era desfo-lhado por várias pessoas.

Qualquer criança, que tivesse nove ou dez anos, já ia ajudar à desfolhada e, de certeza, não ficava atrás dos adultos nesse trabalho específico.

Nas desfolhadas havia uma coisa engraçada: o rapaz ou rapariga a quem calhasse uma espiga encarnada era obri-gado, pelo juiz, a cumprir uma determi-nada pena. Normalmente, era dar um beijo ou um abraço a todas as pessoas presentes na roda.

Tanto as desfolhadas, como as debu-lhas do milho, eram uma paródia. Aí se encontrava muita gente, cantava-se, bebia-se e contavam-se histórias. Por vezes, muitas mesmo, no final das debu-lhas faziam-se grandes bailaricos.

O milho, depois de debulhado, era transportado para o estendedouro onde era espalhado, em cima de grandes panos ou mantas de fitas, para ficar a secar ao sol e só era guardado quando estava bem seco.

Também para secar o milho se faziam coisas por tradição. Levava-se para o local, onde o milho secava ao ar, uma arca e durante quatro ou cinco dias era estendido de manhã (em cima das mantas ou panos) e recolhido à tarde quando o sol passava.

Só, assim, depois de passar todas estas etapas é que o milho estava pronto para ser posto nos foles, que o haviam de levar até aos moinhos, donde regres-savam em farinha para se fazer a broa e os bolos.

Desta forma breve e aligeirada, espe-

ro ter mostrado como era o trabalho que estas duas espécies de cereais davam até serem transformados em alimento.

Já a batata, outro alimento indispen-sável na dieta serrana, e outros produtos hortícolas, assim como o vinho e azeite, não davam metade do trabalho e eram muito mais compensatórios.

Não é preciso dizer mais nada para saberem o trabalho e esforço que a agri-cultura obrigava naquele tempo. Foi por isso, que escrevi, a vida dura dos serra-nos nos tempos de antigamente.

José Augusto Simões*

* O autor deste texto escrito no ano 2000, faleceu com 94 anos de idade, no Hospital em Coimbra em Agosto de 2016. Era natural da aldeia de Póvoa – Pampilhosa da Serra.

Era uma vez… Era assim que começava este conto

tão real, que meu pai nos contava, recon-tava, e nos encantava quando nos servia e trocava a sobremesa pelos contos da sua aldeia e poesia no prato. E porque me encanta eu também o conto.

Era uma vez…Em vésperas da morte da minha avó,

houve uma grande azáfama na Póvoa - Pampilhosa da Serra! A minha avó, mãe do meu pai, de nome Maria, fez questão em anunciar, nessa sexta-feira, 10 de Março de 1938, que no dia seguinte partiria numa viagem para o Céu.

E disse à irmã do menino:- Laura limpa muito bem a casa e

logo, quando acabares, vai chamar o Povo.

Mas a menina chorava enquanto limpava a casa com a vassoura de carqueja.

Por fim, lá foi de casa em casa com a mensagem da "Ti Mariquitas” e o Povo da Aldeia foi em peso sentir o peso das palavras da minha avó, sua mãe e mãe do menino.

Chamou de novo a irmã do menino,

e disse:- Laura vai chamar o “Ti Manuel

Barrocas” para me tirar as medidas e fazer o meu caixão.

A minha tia Laura a chorar dizia que não queria ir - mas foi!

O dia chegava ao fim e depois dele chegou o Sábado (12 de Março de 1938), fim anunciado da mãe do meni-no.

Dizem que a minha avó, e mãe daquele menino, a Ti-Mariquitas, se despediu do povo da sua Póvoa, pedin-do perdão de todas as suas ofensas, se ofensa tivera para com alguém.

Dizem que na tarde de Sábado elevou as mãos aos Céus e clamando pelo seu Deus a sua alma se elevou para junto dos seus...

Faço aqui um parágrafo: Toda esta história não é uma “estória” ou uma fábula.

Recordo-me do menino, já pai, meu pai, contar que a sua mãe, e minha avó, ainda terá dito:

- O meu filho escreveu-me hoje uma carta! Mas eu já não a irei ouvir porque

amanhã, Sábado, vou morrer e a carta só vai chegar na segunda-feira.

Minha avó faleceu a um Sábado, no dia 12 de Março de 1938, e foi sepultada ao Domingo como sempre pediu e o seu “DEUS” lhe concedeu.

Meu pai só recebeu a notícia três dias depois da morte da sua mãe lá na sua Aldeia!

Tudo isto nos foi oralmente contado, por meu pai, e por mim sempre atento escutado, e confirmado por parentes que presenciaram estes factos e a sua vida.

PAINo céu vejo uma estrela.No etéreo, Deus nos receberá:Meu pai é a luz mais belaQue no firmamento brilhará.Vou pedir a Deus por escrito,Que nos junte aos dois no céuE me chame ao primeiro gritoCom a força que Ele nos deu. Romasi

Rogério Martins Simões

MEMÓRIAS DO PASSADOA MORTE ANUNCIADA DA MINHA AVÓ MARIA DE ASSUNÇÃO RAMOS Completou no dia 9 de Novem-

bro de 2017, setenta anos de vida ininterrupta esta presti-

mosa coletividade, única que existe nesta bela aldeia de Sobral Valado, muito querida por todos os seus filhos e descendentes que a amam e estimam como coisa intima e sua. Para come-morar esta efeméride resolvi escrever as quadras que seguem, que dedico a todos quantos por ela nutrem carinho, amor e estima.

INasceu há setenta anosLinda menina, saudável bonitaQuantas canseiras desenganosLonga vida, Deus lho permita

IIForam os heróis fundadoresHomens honestos e honradosSacrificaram tudo, sim senhoresNão restam nenhuns, todos finados

IIILonge da sua querida terra mãeMas sempre com ela no coraçãoTrabalharam sem olhar para quemVê-se agora a sua meritória ação

IVEstrada, luz, telefone e águaRuas, desporto e casa da UniãoNada tinham para sua mágoaTudo conseguiram com perfeição

VLembrar o esforço passadoNão estamos muito à vontadeÉ lembrar mais um bocadoDa nossa velha identidade

VISetenta anos já passaramCom altos e baixos à misturaMuitas obras já se realizaramOutras virão de certo na sua altura

VIIPreocupações sempre as houveVencidas com alguma dificuldade

A direção sempre e bem soubeGuiar esta prestigiosa coletividade

VIIIO futuro está nos jovensAcreditamos sem vacilarEles são os futuros homensQue nos irão continuar

IXNão deixem morrer a coletividadeJá dizia o saudoso padre VicentePalavras ricas de amor e verdadeQue sejam sentidas por toda a gente

XNem sequer quero pensarQue um dia acaba a coletividadeNão podia ser maior azarPara a nossa terra é verdade

XIÉ a única válida coletividadeDa nossa bela e querida aldeiaPortanto a sua continuidade É como o sangue que nos vai na veia

XIIAmo-a e estimo-a com amorComo coisa íntima, muito minhaDediquei-lhe todo o meu fulgorComo coisa da minha casinha

XIIIAgora estou velho e cansadoJá muito pouco lhe posso darCumpri minha missão,meu fadoQue mais lhe posso desejar

XIVMuita saúde e longa vidaQue Deus sempre a guie e guardeVotos para esta União QueridaPoderei então morrer descansado

XVViva a nossa União ProgressivaViva a nossa coletividadeViva com consciência construtivaViva com amor, paz e lealdade

J. Marques de Almeida 09-11-2017

DE SOBRAL VALADO OS SETENTA ANOS DA UNIÃO PROGRESSIVA

A VIDA DURA DOS SERRANOS - O TRABALHO AGRÍCOLA NA ALDEIA DA PÓVOA, NOS ANOS 40 DO SÉCULO XX - 3

O Município de Pampilhosa da Serra recebeu, no dia 23 de março (sexta-feira), pelas

21h30, no Auditório Municipal, a peça “O Homem que queria ser água”, de António Abernú, no âmbi-to do Dia Mundial da Água.

Esta peça insere-se no Ciclo Mise en Scène, que este mês antecipou o seu dia habitual (última sexta-feira do mês) devido às celebrações da Semana Santa, a decorrer na vila de Pampilhosa da Serra.

SINOPSE Um espetáculo que promove

uma sensibilização e formação para o universo da água e os problemas ambientais. Um ator que se desdo-bra na personagem principal: Água e o narrador que conta a sua história. Um homem que sempre sonhou em se transformar em água. O espetá-culo mostra os processos que este

h o m e m p a s s o u . O seu percurso de vida, as suas expe-riências e transfor-m a ç õ e s de uma f o r m a m á g i c a , alquímica e poética.

O h o m e m tem de p a s s a r pelos 4 elementos da nature-za (ar, água, terra e fogo) para ascen-der ao seu propósito: transformar-se em água. Acabando por morrer/

renascer através do fogo.Duração 40 minutos - M/6

CMPS

SEASIDE SUNSET SESSIONS’18 (SSS’18) volta para a 5ª edição, a decorrer entre

os dias 11 e 19 de Agosto na Pampi-lhosa da Serra.

A melhor música, a imagem descontraída de praia (fluvial), zonas lounge, desportos aquáticos, ativida-des radicais e muito mais, é o que te espera este verão! Uma iniciativa da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, com o patrocínio oficial da marca de calçado portuguesa, Seaside.

Sinónimo de música para todos os

gostos, SEASIDE Sunset Sessions’18 tem confirmada a presença de algu-mas das maiores referências de DJ’s.

Fica atento ao nosso feed. Teremos novidades em breve!

O DJ KURA está já confirmado como cabeça de cartaz na noite de 17 de agosto no teu Seaside Sunset Sessions! Vemo-nos por lá?

A Câmara Municipal de Pampi-lhosa da Serra dinamiza este festival, também com aulas de grupo, insu-fláveis aquáticos, desportos radicais e jogos tradicionais.

SSS

CICLO DE TEATRO MISE EN SCÈNE“O HOMEM QUE QUERIA SER ÁGUA”

SEASIDE SUNSET SESSIONS’18

Page 10: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 ......e um dos melhores a nível internacional. Este evento que vai já na 30ª edição, foi realizado entre os dias 28 de feve-reiro

18 CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA CASA DO CONCELHO PAMPILHOSA DA SERRA 19

Desporto

CS S. JOÃO 3 - 3 CM PÓVOA

INFANTIS

Domingo, 18 de março de 201823ª Jornada da Divisão de Honra AF CoimbraCampo das Lapas em MoinhosAssistência: cerca de 40 espectadoresÁrbitro: Diogo SilvaAssistentes: Luís Jesus e João MartinsAo intervalo: 0-0Pampilhosense: Cédric, Abel, Renato, Duda, Amândio, Rafa, Ricky, Miguel Barreto (Ronaldo 55’), Simão, Ratana (Will 79’) e Curica (Dias 65’)Suplentes não utilizados: Kiko, Cristia-no, Carapau e Gravata.Treinador: Carlos AlegreAcadémica SF: João Gomes, Léo Bran-co (Bernardo 79’), Abi, Paulo Alves, Cheng, Jairo, Pedro Lagoa, Teles (Lousa-do 71’), Jorge Correia (Sebastian 65’), Pacheco e JP.Suplentes não utilizados: Diogo, Li e SiveiraTreinador: Rui SilvaAção disciplinar:Amarelos: Abi 78’ e Paulo Alves 93’ (Académica SF)Golos: Dias 82’

Depois de três triunfos consecutivos o Pampilhosense tentava alcançar o quarto, algo que ainda não tinha conseguido fazer esta época. Do outro lado estava uma Académica SF com vontade de regressar às vitórias, e subir na tabela para uma classifica-ção mais condizente com o valor da equipa.

Foi um jogo com muito poucas situações de golo, aliás, a única acabou por resultar em golo. Mas vamos por partes… Na primeira metade o conjun-to da Académica SF esteve um pouco

Dia 10 de março (sábado), a equipa sénior da Póvoa recebeu a equipa do Norte e Soure, jogo correspon-

dente à 26ª jornada do campeonato futsal da AFC, e saiu derrotada por 4 bolas a 5.

A equipa da casa entrou incrivelmen-te bem no jogo, com grande eficácia nas oportunidades que dispôs neste inicio de partida, a Póvoa não perdoou e aos 5 minu-tos já vencia por 3 bolas a zero com golos de Mateus, Samuel e Latado. A equipa de Soure algo surpreendida nunca baixou os braços, e tem uma grande resposta a esta entrada da equipa serrana, reduzindo logo de seguida por intermédio de Tiago Azeve-do, que faz dois golos. Chegava assim o tempo de descanso com a Póvoa em vanta-

gem fruto de uma boa entrada no jogo.Para o segundo tempo a equipa de Soure

demonstrou-se superior em grande parte do jogo, e sem surpresa mas com alguma felicidade empata a partida com auto-golo de Tiago Rocha. A Póvoa respondeu bem por João Latado que colocava outra vez a Póvoa na frente do marcador, mas tal como na ultima jornada a equipa serrana não conseguiu segurar o resultado e deixou o adversário dar a cambalhota no marcador nos minutos finais aos 35 e 37 por intermé-dio de Vítor Pinho e Ricardo Saraiva.

Chegava assim o apito final, com a equi-pa da Póvoa a deixar fugir a vitória, nova-mente nos minutos finais. Vitória da equipa do Norte e Soure que se aceita, pois apesar

de estar em desvantagem nunca baixou os braços e dispôs de grande parte das oportu-nidades de golo durante o jogo com bastan-tes bolas nos “ferros” da equipa serrana.

A Póvoa ficou aquém das exibições que já demonstrou esta época, e em vantagem de 3 bolas tinha que fazer mais ao longo do jogo. Os golos da Póvoa foram apontados por Filipe Mateus, Samuel Alves e João Latado (2).

A equipa da CM Póvoa passou assim a ocupar a 11ª posição na tabela com 22 pontos, deixando-se igualar precisamente pelo Norte e Soure com esta derrota.

Obrigado a todos os que se deslocaram ao pavilhão municipal neste sábado para apoiar a equipa da Póvoa.

ATIVIDADE DO FUTSAL DA CM PÓVOACM PÓVOA 4 – 5 NORTE E SOURE

melhor, com mais bola, mas sem conse-guir criar claras situações de golo, nem de perigo. O Pampilhosense teve algu-mas dificuldades no primeiro tempo em encaixar no adversário e, jogando um pouco aos “repelões”, também não foi capaz de criar grandes ocasiões de perigo para a baliza de João Gomes. O nulo ao intervalo espelhava bem o que tinha acontecido.

Na segunda metade continuou a se assistir a um jogo muito dividido a meio campo. A equipa serrana esteve melhor que no primeiro tempo, mas continua-va a não ter situações para desbloquear o nulo no marcador. Com o relógio a correr rapidamente para o final do tempo regulamentar, pensou-se que o nulo se iria manter, ou então que houvesse algu-ma jogada de inspiração individual, ou de bola parada, que fizesse funcionar o placard. E foi isso que aconteceu! Aos 82’, na sequência de um pontapé de canto cobrado ao segundo poste, a bola sobrou para a pequena área e Dias, numa boa rotação, rematou forte e bateu João Gomes. Estava desfeito o nulo com Dias a colocar o Pampilhosense na frente do marcador e com uma mão nos três pontos! Até final a equipa dos estudantes tentou reagir ao resultado negativo, mas a equipa pampilhosense esteve muito concentrada defensivamente, e em alguns momentos até conseguiu jogar no meio campo adversário, longe do perigo, e assim garantir mais um triunfo.

Jogo muito disputado no meio campo, com domínio repartido entre as duas equipas. Com o passar do tempo previa-se que só uma bola parada ou um lance de inspiração individual poderiam desfazer o nulo que parecia inevitável. E foi isso que aconteceu. O Pampilhosense acabou por garantir a vitória na sequência de um ponta-pé de canto. Este foi o quarto triunfo conse-

cutivo dos serranos, algo que a equipa ainda não tinha conseguido fazer nesta temporada, confirmando ser a melhor fase da época.

Arbitragem regular.Resultados:

Vinha da Rainha 1-1 Ançã FCLagares da Beira 2-2 Eirense

Pampilhosense 1-0 Académica SFCondeixa 1-1 Carapinheirense

Vigor Mocidade 1-1 Oliv. HospitalMarialvas 2-0 PenelenseTourizense 1-0 FebresUnião FC 1-0 Tocha

Próxima Jornada: Eirense – Vinha da Rainha

Académica SF – Lagares da BeiraPampilhosense – União FC

Ançã FC – CondeixaCarapinheirense – Vigor Mocidade

Febres – MarialvasOliv. Hospital – Tourizense

Penelense – Tocha

Jorge Ramos

Classificação:

DIAS ENTROU PARA DAR A QUARTA VITÓRIA SEGUIDAPAMPILHOSENSE 1 - 0 ACADÉMICA SF

Na 27ª jornada do campeonato sénior de futsal, a equipa da Póvoa teve a difí-cil deslocação a São Martinho do Bispo (Coimbra) para defrontar o Centro Social de S. João, onde empatou por 3 bolas.

Foi a equipa da casa que saiu na fren-te do marcador, com canto ensaiado pela direita, João Andrade vem á entrada da área fazer o primeiro golo da partida. Ao minuto 17 Tiago Rodrigues dá final a uma jogada brilhante da equipa serrana com todos os jogadores a intervirem na jogada. A segun-dos do intervalo seria o mesmo Tiago após recuperação de bola, com a ajuda preciosa de Jesus a colocar a equipa serrana na frente do marcador. Chegava assim a Póvoa ao tempo de descanso a vencer por duas bolas a uma.

Já no segundo tempo, após 5 minutos, a Póvoa ia alargar o marcador. Golo este que vai surgir após defesa de Tibúrcio, a bola sobra para Jesus que novamente assiste Tiago Rodrigues para na cara do guardião

da equipa da casa fazer o seu terceiro golo.

Não foi preciso esperar muito para a equipa da casa respon-der, e um minuto depois Bruno Ferreira na zona central á entra-da da área a reduzir o marcador para 2-3.

O terceiro e último golo da partida aparece a 10 minutos do final do jogo, desentendimento de Tiago e Jesus pelo lado esquerdo com a bola a sobrar para o jogador do S. João que assiste André Sousa. Resultado final, empate a 3 bolas. Resultado que se aceita, embora a equipa jovem do S. João tenha tido ao longo do jogo mais bola, mais oportunidades, tenha sido em grande parte do jogo superior á equipa serrana, a Póvoa soube “sofrer” sem bola e quando a teve tratou-a muito bem fazendo dos seus golos bonitas jogadas com muito mérito.

Fica um sabor amargo para a Póvoa que a vencer por três bolas a uma deveria ter sido mais astuta e experiente, mas do outro lado esteve uma equipa que embora jovem, tem muito talento e qualidade. Quem assistiu ao jogo certamente viu uma boa partida.

Com este resultado a equipa da Póvoa conquista novamente o décimo lugar com 23 pontos passando o Norte e Soure com 22.

Para o dia 24/3 a equipa sénior da Póvoa recebe a equipa do Prodema pelas 19h, enquanto que os infantis recebem a equipa do Prodeco pelas 12 horas.

Quanto aos nossos infantis, jogo a contar para a 1ª jornada da Taça de Encerramento da AF.Coimbra, foram goleados por onze bolas a uma contra a Casa do Benfica de Montemor-o-Velho.

Veja o próximo calendário dos nossos campeões:2ª Jornada (24-3-18) Póvoa – CSC Prodeco3ª Jornada (7-4-18) Póvoa – CRI Alha-dense4ª Jornada (14-4-18) CS S.João – Póvoa5ª jornada (21-4-18) Póvoa – GDC S.Mar-tinho da Cortiça

6ª jornada (28-4-18) Académica SF B – Póvoa7ª jornada (1-5-18) Póvoa – NS Condei-xa B8ª jornada (12-5-18) CDEF Norte e Soure – Póvoa9ª jornada (19-5-18) Póvoa – Granja do Ulmeiro

Com a finalidade de promover a igual-dade de género, realizou-se no Dia Inter-nacional da Mulher, dia 8 de março, pelas 20 horas, no Pavilhão Municipal um jogo misto com os seniores de futsal da CM Póvoa.

“Vamos todos como os da Póvoa”

Miguel Serra

JOGO MISTO NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Page 11: E 1,50 PUBLICAÇÃO MENSAL ASSINATURA ANUAL: E15,00 ......e um dos melhores a nível internacional. Este evento que vai já na 30ª edição, foi realizado entre os dias 28 de feve-reiro

RegionalismoRANCHO DA CASA DO CONCELHO COMPLETOU 34 ANOS A DIVULGAR A CULTURA PAMPILHOSENSE

Com a realização de um almoço de convívio, o Rancho Folclórico da Casa do Concelho da Pampilhosa

da Serra, comemorou em festa no dia 18 de Março de 2018, o 34º aniversário da sua fundação, evento que decorreu nas instalações da sede em Alfama, Lisboa.

Para além da direção da Casa do Concelho e do Rancho aniversariante, esta festa de comemoração contou com um número bastante alargado de presen-ças e decorreu em clima de bastante alegria. Estiveram muitos elementos do rancho e seus familiares, assim como algu-mas entidades e instituições convidadas, nomeadamente o Eng.º Jorge Custódio pela Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, Dr. Miguel Coelho e Ricardo Dias pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, a Casa da Comarca da Sertã, a Casa do Concelho de Sardoal, a Casa da Comarca de Arganil, o locutor da RDPi, Jaime Carvalho, Vitor Machado e as cole-tividades de Vale Derradeiro, Covanca e Fajão.

Ainda antes das sobremesas o Dr. Miguel Coelho, Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior saudou o Rancho pelo seu 34º aniversário revelando que sempre teve uma relação muito próxima com a Pampilhosa da Serra, “a maioria dos habitantes de Alfama são da Pampilhosa da Serra e foram os descendentes da Pampilhosa da Serra que vieram ajudar a construir Alfama e Lisboa”, disse o autarca de uma das maiores freguesias da capital.

José Antão, diretor do Rancho Folclórico em festa, agradeceu a presença das 106 pessoas, "é um número impressio-nante. É bom sinal, sinal que o trabalho que estamos a fazer é bem feito. Fiquei bastante surpreso com o número de presenças. É um incentivo para os jovens do Rancho, que estão muito felizes”, disse agradado o dire-tor, reconhecendo que “Todo o trabalho se deve ao apoio da Câmara da Pampilhosa da Serra, da Casa do Concelho e da Junta de

Freguesia de Santa Maria Maior.”Continuou José Antão citando os

ensaiadores Lina e João Tomás. “A Lina diz que: Nem sempre a vida nos permite estar no Rancho, mas a verdade é que o Rancho está em nós! E o João Tomás diz que: - O dia mais importante é este que estou a viver. Não é espetacular acordar amanhã e perguntar-me o que será que vai acontecer? Pode acontecer tudo como planearam, mas a inconstância do mundo e do presente pode mudar na totalidade o nosso amanhã. Assim sendo não vamos guardar para depois o nosso empenho no rancho, as amizades que ali temos, as gargalhadas que ali podemos dar e o trabalho fantástico que podemos fazer. É agora que temos de dar vida e força a esta vontade, para viver em plenitude cada momento juntos." A encerrar, José Antão disse rever-se totalmente nas afirmações da Lina e do João, considerando que nelas está tudo o que podia ser dito naquele momento.

Pela Casa da Comarca de Arganil falou o Senhor Armindo, afirmando ser com grande satisfação e orgulho que ali estava, desejando as maiores felicidades. “Sei que esta vida é dura e exige muito esforço, pois também faço parte do Rancho de Ribeira de Celavisa.”, concluindo com os desejos de uma Santa Páscoa para todas as famílias.

Pelo pelouro do Associativismo e Cultura da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Ricardo Dias disse que todas as coletividades têm as suas vicis-situdes, salientando o facto de a Casa estar cheia, o que “começa a ser uma coisa rara”. O jovem autarca perspetivou boas relações da junta local com a casa concel-hia, afirmando que irão "fazer muitas coisas bonitas num futuro próximo”. Revelou que a sua origem é em Alfama onde residem muitos pampilhosenses, e a influência destes no seu desenvolvimento, o repre-sentante da freguesia cumprimentou o vice-presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, Eng.º Jorge Custódio, pelo seu profissionalismo, cumprimentando igual-

mente os elementos da direção da Casa, sublinhando a boa relação e enaltecendo o extraordinário apoio da Casa na corrida de São Silvestre de Santa Maria Maior na distribuição de águas aos atletas. “Não basta dizer que as pessoas da Pampilhosa da Serra são porreiras é preciso ajudá-las.", disse a encerrar Ricardo Dias.

O presidente da direção José Ferrei-ra, agradeceu a presença do Engº Jorge Custódio, e destacou o trabalho realizado pelo pela autarquia e pelo autarca, afir-mando que “representa bem o espírito da Pampilhosa da Serra. O que foi feito na BTL`18 assim o demonstra”. Agradeceu a disponibilidade do Município para apoiar a Casa, as aldeias e o seu movi-mento regionalista. "Fazer mais e receber mais é o nosso objetivo”, disse José Ferreira, agradecendo de seguida a Ricardo Dias a disponibilidade da junta, informando que o auge da colaboração será em Setembro com o festival de folclore. Relativamente à atividade recente o presidente informou que a Casa tem dois grupos a participar em Santa Maria Maior, um na corrida de São Silvestre em que alcançaram o 2º lugar com Hélio Fumo e outro grupo no concurso de Fados de Santa Maria Maior com três artistas, sendo que dois deles vão estar na final no teatro São Luís.

Continuou o presidente a sua interven-ção agradecendo os cumprimentos envia-dos pelas Juntas de Freguesia de Janeiro de Baixo, Fajão/Vidual, Pessegueiro e Portela do Fojo, e apresentou também os cumprimentos do amigo Carlos Simões que também não estava presente por estar na aldeia de Camba. José Ferreira informou os presentes que "Quinta-feira faleceu um SENHOR, e digo mesmo um SENHOR, António Lopes Machado, tendo sido o funeral ontem na sua aldeia em Pombeiro da Beira, onde o Carlos Simões esteve presente como amigo e em nome do Serras da Pampilhosa." Na sequência desta informação. pediu um minuto de silên-cio em memória daquele grande jornal-

ista de A Comarca de Arganil e grande regionalista, tendo o momento sido selado com uma salva de palmas. O presi-dente agradeceu ainda a Jaime Carvalho pelo seu trabalho de divulgação na rádio RDPi e a Vitor Machado pela ajuda na "contratação" dos fadistas. "Relativamente ao Rancho não há nada a dizer mas a fazer. Estar sempre convosco no dia-a-dia e apoiar, às vezes podia ser mais, mas quem dá o que tem a mais não é obrigado. Espero que continuem com essa audácia que têm.", disse o presidente, encerrando com um agra-decendo ao cozinheiro daquele almoço e a todos os voluntários que serviram.

O vice-presidente da Câmara Munici-pal Jorge Custódio, começou por saudar os amigos, em especial o amigo Ricardo Dias, e deixou saudações muito especiais aos elementos do Rancho “que é por isso que cá estão todos”. Continuou referindo que apesar de ser dia de festa não pode deixar de dedicar algumas palavras ao sofrimento que ainda subsiste em Pampi-lhosa da Serra na sequência dos incêndios. “Não tem sido fácil, o incêndio já passou, mas os problemas é agora que surgem. Ainda se levantou os braços do pós-fogo e já temos as enxurradas. Quando vejo reclamarem que deviam receber mais, digo que deviam lá ter estado. Arderam 607 casas, 283 de 1ª habitação. Quando têm casas em Cascais e reclamam a reconstrução da sua casa esquecem-se que houve quem ficasse só com a roupa do corpo”.

Relativamente ao futuro e á prevenção da floresta, o autarca pampilhosese disse que “As pessoas têm de se focar! Janeiro de

Baixo, Dornelas do Zêzere e Unhais são freguesias que não arderam, temos de fazer os possíveis para que não ardam, temos de proteger este filão de ouro. Apesar de já haver limpezas ainda há muitos a abandonar os terrenos.”

No que respeita ao cadastro dos prédios rústicos, Jorge Custódio reforçou a informação que até 31 de Outubro de 2018 é gratuito o seu registo, e deixou criti-cas aos proprietários que não pretendem proceder a essa atualização, desprezando e abandonando a sua propriedade, afirman-do que “…desprezar o que nos deixaram os nossos, então está bem, mas isso é cuspir no prato da sopa”.

Referindo-se ao Rancho Folclórico aniversariante, o vice-presidente da Câmara revelou que “…aprendi a dançar o Vira do Meio com uma cassete do Rancho da Casa, que foram dos primeiros a ter cassete. Todos vocês que estão no Rancho, podiam ter outras opções, mas a troca de zero ficam a defender e a promover a Pampi-lhosa da Serra. Quando vejo o Rancho da Casa atuar fico arrepiado/emocionado. A Câmara está presente porque vocês são uma peça funda-mental na Pampilhosa da Serra e isto não é mais que uma obrigação, porque são vocês que levam o nome da Pampilhosa da Serra a todo o lado. Pensamos, FIL, BTL, Inspira Natal... para quê? Não! Agora é que tem de ser com mais força. Só temos que agradecer tudo o que vocês fazem. Cá estaremos par vos ajudar. Bem-Haja! Se vocês não desistirem nós também, não desistimos de vocês!"

E fez-se silêncio que se cantou o fado. Vanessa cantou ao som do acordeão de João Tomás a Júlia Florista e Cheira a Lisboa. Ainda mais uma participação com o fado Xaile da Minha Mãe.

A tarde foi longa com um belo bailarico à moda da aldeia e terminou com o cantar dos parabéns ao Rancho, ficando encon-tro marcado para 2019 no 35º aniversário.

Xana PiresFotos: Sérgio Trindade