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Quinta-feira, 23-07-2015 Edição às 08h30 EDIÇÃO PDF Directora Graça Franco Editor Raul Santos Professores denunciam subjectividade no concurso de docentes Doentes de Almada à espera de cirurgia podem ser operados em Lisboa Aumentaram os acidentes mortais de trabalho. Sindicato critica Governo Supremo tribunal suspende condenação à morte de Asia Bibi Serviço Antifraude europeu detecta ilegalidades em empresa gerida por Passos Há uma montanha gelada em Plutão da altura do Serra do Gerês Cavaco marca legislativas para 4 de Outubro e pede Governo com "apoio maioritário" João Proença admite “limpeza” nas listas do PS. “Foi-se longe demais” Rui Rio pensa que Sócrates é culpado, mas receia estar a ser manipulado Juízes acusam ministra de "inventar"

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Quinta-feira, 23-07-2015Edição às 08h30

EDIÇÃO PDF

DirectoraGraça Franco

EditorRaul Santos

Professoresdenunciamsubjectividade noconcurso dedocentes

Doentes deAlmada à esperade cirurgia podemser operados emLisboa

Aumentaram osacidentes mortaisde trabalho.Sindicato criticaGoverno

Supremo tribunalsuspendecondenação àmorte de Asia Bibi

Serviço Antifraudeeuropeu detectailegalidades emempresa gerida porPassos

Há uma montanhagelada em Plutãoda altura do Serrado Gerês

Cavaco marca legislativas para 4 de Outubroe pede Governo com "apoio maioritário"

João Proença admite“limpeza” nas listas do PS.“Foi-se longe demais”

Rui Rio pensa que Sócrates éculpado, mas receia estar a sermanipulado

Juízes acusam ministra de"inventar"

Cavaco marcalegislativas para 4 deOutubro e pedeGoverno com "apoiomaioritário"As eleições legislativas estão marcadas para 4 deOutubro, anunciou esta quarta-feira à noite oPresidente da República, Cavaco Silva."É extremamente desejável que o próximo Governodisponha de apoio maioritário na Assembleia daRepública", afirmou Cavaco Silva, numa declaração aopaís de dez minutos.Depois dos sacrifícios e da austeridade dos últimosanos, os portugueses têm o "direito e o dever de exigir"um "Governo estável e duradouro", defendeu o chefe deEstado.Cavaco Silva adverte que nas legislativas de 4 deOutubro “não são admissíveis soluções governativasconstruídas à margem do Parlamento, dos resultadoseleitorais e dos partido políticos”.O Presidente sublinha que cabe aos partidos aresponsabilidade de negociarem uma “soluçãogovernativa estável e credível”, com apoio maioritáriono Parlamento.

“Se em 26 países da União Europeia as forçaspartidárias são capazes de se entender, não éconcebível que os nossos agentes políticos sejamincapazes de alcançar compromissos em torno dosgrandes objectivos nacionais”, refere. Aos problemas económicos e sociais, "Portugal nãopode dar-se ao luxo de juntar problemas político-partidários", adverte o Presidente da República.Cavaco Silva recorre à história recente do país parareforçar a necessidade de um Governo maioritário. “Aexperiência de 40 anos da nossa democraciademonstra que os governos sem apoio parlamentarmaioritário enfrentam sem grandes dificuldades paraaprovar as medidas constantes dos seus programas,foram atingidos por graves crises políticas e, em geral,não conseguiram completar a legislatura”, declarou. Nestas palavras aos portugueses, o Presidente daRepública apela a uma campanha "esclarecedora", quesirva para "informar" os eleitores sobre as propostas dospartidos e que não se transforme num "palco deagressões".As eleições legislativas estão marcadas para 4 deOutubro. Os partidos têm até ao dia 25 de Agosto paraapresentar as candidaturas.

Juízes acusamministra de"inventar"Já o presidente do Sindicato dos Magistradosdo Ministério Público lamenta que PaulaTeixeira da Cruz não seja capaz de lidar comos representantes do sector.

Juízes e magistrados reagem a entrevista de Paula Teixeira da Cruz àRenascença. Foto: Joana Bourgard/RR

A presidente da Associação Sindical de JuízesPortugueses (ASJP) rejeita que o corte de relações como Governo seja uma forma de afirmação das novaslideranças sindicais e acusa a ministra da Justiça de“inventar” factos para desviar atenções. “A opinião pública, por força das declarações dasenhora ministra, está convencida que foram os juízesque fizeram com que não houvesse estatuto. A senhoraministra, literalmente, inventou valores perfeitamenteanormais, continua a insistir que foi proposto que osauditores de justiça recebessem quatro mil euros”,afirma Maria José Costeira, em declarações àRenascença.A presidente da ASJP desafia a ministra Paula Teixeirada Cruz a apresentar essa proposta e garante que osauditores de justiça nem constam do estatuto dosjuízes.“Tenho pena que a senhora ministra entenda que osproblemas da justiça sejam um conflito”, diz Maria JoséCosteira. O presidente do Sindicato dos Magistrados doMinistério Público (SMMP), António Ventinhas, disse àRenascença que a ministra da Justiça está a negar arealidade, porque não é capaz de lidar com osrepresentantes do sector. “A não aprovação dos estatutos deve-se, única eexclusivamente, ao Ministério da Justiça. Na únicareunião que tive com a senhora ministra da Justiçadisse claramente que a questão remuneratória, por nós,não é impedimento para a aprovação dos estatutos.Estamos dispostos a prescindir da questãoremuneratória, desde que fique consagrada toda anova organização do Ministério Público”, afirmaAntónio Ventinhas. Em entrevista à Renascença e ao "Público", a ministrada Justiça diz não ver razões para as posições dosmagistrados e dos juízes, cujas associações cortaram

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relações com a tutela. Paula Teixeira da Cruz diz que só pode explicar-se pelanecessidade de afirmação das novas lideranças dasassociações sindicais representativas do sector, queacusa de terem prometido o que não podiam.Para a governante, os estatutos destes magistrados nãoavançam por pretensões salariais excessivas e dá umexemplo: "Ninguém compreenderá que um estudantedo Centro de Estudos Judiciários ganhe 4.000 euros".

Professoresdenunciamsubjectividade noconcurso dedocentesAssociação lamenta que os docentesprecisem de ter declarações passadas pelasescolas onde trabalharam, que certifiquemas suas competências.

O presidente da Associação Nacional de ProfessoresContratados teme ultrapassagens na Bolsa deContratação de Escola (BCE), que arrancou esta quarta-feira, por causa da subjectividade dos critérios deavaliação dos docentes a concurso.Em declarações à Renascença, César Paulo denuncia asubjectividade com que é atribuída a nota a umdocente, o que pode levar a ultrapassagens injustas naslistas ordenadas.“Temos uma série de situações sobre a mesa,nomeadamente num dos parâmetros do concurso emque refere que um professor pode ter ‘colaborado’ ou‘participado’ num projecto. Quanto a nós, ‘colaborar’ e‘participar’ são palavras muito próximas e cada uma dasrespostas tem pontuações bem diversificadas”, começapor explicar.“Pode acontecer que, a nível nacional, vários directoresconsiderem que o professor participou num projecto eoutro colaborou num projecto e vamos ter aquipontuações diferentes, que podem dar uma coisaabsolutamente curiosa: por essa ‘dubialidade’, umprofessor trabalhar ou ficar no desemprego todo anolectivo”, sublinha.César Paulo lamenta, ainda, que estes docentes paraapresentarem a sua candidatura à BCE precisem de terdeclarações, passadas pelas escolas onde trabalharam,que certifiquem as suas competências.“Neste momento, temos dezenas de milhares deprofessores a dirigirem-se às escolas de todo o país apedir aos directores para lhes passarem, em tempo útilde dois ou três dias, uma série de declarações paracomprovarem os dados que vão inserir na plataforma.Achamos absolutamente lamentável, com tanto tempoque o Ministério da Educação teve para preparar esteconcurso, resolver pôr os professores, durante arealização do concurso, a pedir certificações àsescolas”, critica o presidente da Associação Nacional deProfessores Contratados.

As escolas já estão a ser inundadas com pedidos dedeclarações, confirma Filinto Lima, dirigente daAssociação Nacional de Directores de Agrupamentos eEscolas Públicas.As candidaturas começaram esta quarta-feira edecorrem até às 18h00 da próxima segunda-feira, dia27 de Julho.Os erros registados no concurso de professores doúltimo ano lectivo levou a que milhares de alunoscomeçassem as aulas mais de um mês depois da dataprevista.

Rui Rio pensa queSócrates é culpado,mas receia estar a sermanipuladoAntigo autarca do Porto diz que avaliação decandidatura à Presidência da República jáestá feita quase na totalidade.

Foto: Lusa

O antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rioacredita que José Sócrates é culpado, mas tambémreceia estar a ser manipulado pelas constantesviolações do segrego de justiça.“Se me perguntar: ‘O engenheiro Sócrates é culpado?’Eu acho que é, mas dou comigo a pensar em casa,muitas vezes, se é justo eu pensar isso ou se não estoua ser manipulado por violações permanentes dosegredo de justiça, que levam o meu pensamento paraaí e que é isso que querem que eu pense”, afirmou RuiRio, numa entrevista à RTP Informação.“Eu, realmente, penso que ele é culpado, mas, muitasvezes, fico com problemas de consciência, se nãoestou a ser manipulado, tal como todos os demais, parao julgamento popular”, sublinha o social-democrata.Rui Rio critica a demora no processo do antigoprimeiro-ministro José Sócrates, indiciado por fraudefiscal qualificada, branqueamento de capitais ecorrupção passiva para acto ilícito, sendo o único dosnove arguidos da "Operação Marquês" em prisãopreventiva.“Eu não consigo compreender como é que se faz umadetenção desta envergadura e ao fim de 30, 60, 90 dias,no máximo, não está uma acusação formulada”,

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estranha o antigo autarca. O economista considera que é a própria justiça quepode ficar “sob suspeita” se o caso se arrastar até àseleições legislativas de 4 de Outubro.“As decisões judiciais não devem olhar ao calendáriopolítico. Agora, quando me está a falar de um caso emque a pessoa está em prisão preventiva há nove meses,ainda não conseguiram produzir uma acusação, se avierem a produzir uma semana antes das eleições,obviamente que a justiça fica sob suspeita de estar afazer uma coisa para tentar influenciar as eleições”,adverte.Nesta entrevista à RTP Informação, Rui Rio manteve otabu e disse que continua a ponderar uma candidaturaà Presidência da República.O antigo presidente da Câmara do Porto afirmou que aavaliação sobre a entrada na corrida a Belém já estáfeita quase na totalidade, mas a decisão ainda não estátomada.Rui Rio já sabe os critérios que deve ter em conta, sónão sabe ainda se avança. Mas afirma que, se decidiravançar, prefere não ter adversários de centro-direita.

João Proença admite“limpeza” nas listasdo PS. “Foi-se longedemais”Lista de deputados socialistas para o novoParlamento exclui nomes sonantes queapoiaram António José Seguro. É o caso doantigo líder da UGT, que fala em sectarismo.

João Proença admite sectarismo dentro do partido. Foto: Lusa

O socialista e antigo líder da UGT quebra o silêncio naRenascença e acusa a actual liderança do PS de sersectária na escolha dos candidatos a deputados. “Não foram feitos esforços suficientes para promover aunidade do partido e os esforços competiamclaramente ao secretário-geral”, acusa João Proença. “Há claras acções de grande sectarismo e uma menorrepresentação daqueles que nas primárias apoiaramAntónio José Seguro. E essa é uma acção deliberada”,prossegue. O antigo sindicalista refere o caso de “duas grandesfederações ganhas por apoiantes de António Costa”,

mesmo que “por uma pequena margem” e que“praticamente não têm nenhum apoiante de AntónioJosé Seguro”. “O caso de Setúbal, então, é escandaloso. O caso deBraga, em que o primeiro e único apoiante aparece emoitavo lugar”, indica. No entender de João Proença, “foi-se longe demais”. A polémica das listas estala a três meses das eleiçõeslegislativas. João Proença, que teve um papeldeterminante na concertação social em final deresgate, está excluído dos nomes a deputado. E nasúltimas horas, Álvaro Beleza optou por abandonar alista e passar a suplente por não se sentir bem com aexclusão de alguns nomes.

Saiba que deputadosnão voltam aoParlamento depoisdas fériasÚltimo plenário da actual legislatura é estaquarta-feira. O Parlamento que sair daspróximas eleições legislativas vai ter algumascaras novas.

Foto: Lusa

O antigo presidente da Assembleia da República MotaAmaral (PSD), o ainda vice-presidente do ParlamentoGuilherme Silva (PSD), a ex-presidente do PS Maria deBelém, o antigo líder do CDS-PP Ribeiro e Castro e ofundador do Bloco de Esquerda (BE) Luís Fazenda sãoalguns dos deputados que não voltam ao plenário daAssembleia da República depois das férias do Verão. São figuras com presença política há décadas e quedefinem o seu período no Parlamento como de defesado interesse nacional. Guilherme Silva. Conciliar a região com o interessenacional O madeirense Guilherme Silva, deputado desde finaisda década de 1980, considera que o “exercício maisdifícil” que um deputado tem na Assembleia daRepública é a “conciliação” entre o ser eleito por umcírculo regional, e ter de cuidar dos interesses daregião, e o interesse nacional e partidário da forçapolítica que o sustenta. Mas o deputado social-democrata garante à agência

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Lusa que, “em nenhuma ocasião”, assumiu a defesa daregião autónoma da Madeira “em termos de nãoconciliação com o interesse nacional”. Ribeiro e Castro. A luta contra o fim dos feriados O antigo líder do CDS-PP José Ribeiro e Castro recordaa sua votação, já na actual legislatura, contra aeliminação dos feriados, em concreto o do 1º deDezembro. “É uma luta que continuo no plano cívico”, refere,considerando o 1º de Dezembro o “feriado dos feriados,que assinala o valor fundamental da nossa existênciacomo país, o da independência nacional”. Aos novos parlamentares, aconselha que mantenhama sua “personalidade” e “contributo para a formação davontade colectiva”, enfrentando a “claustrofobiademocrática” que possa advir de orientações de votodas bancadas, por exemplo. “Um grupo [parlamentar] não é uma carneirada”,sublinha. Maria de Belém. Trabalho “reconhecido” A socialista Maria de Belém será a primeira suplente dalista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral deLisboa nas próximas legislativas. A antiga ministra da Saúde diz que sai do Parlamentodepois de cumprir as suas funções “com grandededicação”, algo “reconhecido por muita gente”. Maria de Belém lembra que ficou com a pasta daConvenção de Oviedo sobre Direitos Humanos eBiomedicina assim que chegou ao Parlamento –marco “muito importante” no seu trajecto parlamentar. A lei da liberdade religiosa, legislação em torno daparidade e a procriação medicamente assistida foramoutras matérias que estiveram sob a sua alçada. Luíz Fazenda. Bloco perde fundador O Bloco de Esquerda vai perder o último dos seusfundadores ainda no Parlamento: Luís Fazenda. HelenaPinto também sai, dado que não se recandidatará. Esta quarta-feira decorre o último plenário da actuallegislatura. As eleições legislativas vão realizar-se entreSetembro e Outubro – a data deverá ser anunciada estanoite pelo Presidente da República, depois de terouvido as opiniões de todos os partidos com assentoparlamentar.

Alterações à lei doaborto aprovadascom protestos nasgaleriasManifestantes gritaram palavras de ordemcontra as alterações. PS promete revogar asmudanças se ganhar as eleições.

O diploma dos partidos da maioria com as alterações àlei do aborto foi aprovado, esta quarta-feira, noParlamento, com protestos de cidadãos que seencontravam a assistir ao debate.“Vergonha, vergonha” e “a luta continua” foramalgumas das palavras de ordem gritadas pelosmanifestantes, que foram retirados pela polícia, por

ordem da Presidente da Assembleia da República,Assunção Esteves.No debate sobre as alterações à lei do aborto ficou claraa divisão entre os partidos de direita e de esquerda. Isabel Moreira, do PS, acusou PSD e CDS de maldadepura e de terrorismo psicológico sobre as mulheres. “Tomamos a nossa decisão livremente, porque a opçãoé nossa, porque temos cérebro e, se fazemos ainterrupção voluntária da gravidez, é connosco e sóconnosco. Em política não vale tudo. O PScompromete-se a revogar esta 25ª hora assim queganhar as eleições”, garantiu a deputada Isabel Moreira.O CDS e o PSD tentaram recentrar a questão. Adeputada centrista Teresa Anjinho lembrou que asalterações resultaram de uma iniciativa legislativa decidadãos, levada a cabo pelo movimento "Pelo Direito aNascer”.“Este debate não é sobre a criminalização do aborto,porque esta matéria foi decidida em referendo pelosportugueses. Não vale a pena gritar, exagerar e não valea pena desinformar. Este debate nasce de um actodemocrático, um acto de 48 mil cidadãos”, afirmouTeresa Anjinho. Os partidos da maioria aprovaram a introdução detaxas moderadoras no aborto, mas também outrasalterações que prevêem consultas obrigatórias de apoiopsicológico antes de uma IVG, o fim da exclusão dosmédicos objectores de consciência das consultas deplaneamento familiar relativas ao aborto.As alterações foram aprovadas na maratona devotações do último dia da sessão plenária.

Doentes de Almada àespera de cirurgiapodem ser operadosem LisboaA solução parte do Centro Hospitalar LisboaNorte e abrange apenas a cirurgia geral,como operações à tiróide ou a uma hérnia.Estão previstas até 300 cirurgias por ano

Santa Maria e Pulido Valente vão operar doentes do Garcia de Orta.Foto: Lusa

Os doentes que se encontram em lista de espera paraserem operados no Hospital Garcia de Orta, em

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Almada, podem ser chamados mais cedo para seremsubmetidos a cirurgia no Centro Hospitalar LisboaNorte. “A primeira fase desta cooperação que vamos iniciarem Agosto pressupõe a intervenção cirúrgica dedoentes em lista de espera no Hospital de Santa Maria eno Hospital Pulido Valente, parte em cirurgiaprogramada, a outra parte em cirurgia de ambulatório”,explica à Renascença o administrador do CentroHospitalar Lisboa Norte, Carlos Martins. O acordo é assinado na sexta-feira e é válido apenaspara cirurgia geral, como uma operação à tiroide ou auma hérnia. O objectivo é rentabilizar os blocosoperatórios, pelo que as cirurgias podem ser feitastambém à noite ou aos fins-de-semana. “Temos infraestruturas que estão disponíveis 24 horaspor dia, sete dias por semana, portanto, iremos verificarquais os melhores períodos para podermos cumprir anossa parte”, afirma Carlos Martins. O acordo prevê até 300 cirurgias por ano, sendogarantido, diz o administrador, que os doentes de SantaMaria e do Pulido Valente não vão ser prejudicados. “Temos de garantir que não vamos perturbar a nossaactividade, isto é aumentar com isto tempos ou listasde espera ou aumentar custos”, refere à Renascença. E por falar em custos, Carlos Martins aponta outravantagem: “Não faz qualquer sentido termoscapacidade instalada e o Serviço Nacional de Saúdeestar a pagar ao sector privado”. Em troca, o Centro Hospitalar Lisboa Norte recebe pelaprodução adicional de cirurgias, que não vai para oGarcia de Orta nem sai do Serviço Nacional de Saúde.

Dois milhões nãorecorrem ao médicode família, dizministroPaulo Macedo responde assim ao relatórioque aponta para 1,4 milhões de utentes semmédico de família.

Há cerca de dois milhões de portugueses que nãorecorrem ao médico de família, um número superioraos utentes ainda sem clínico atribuído, argumenta oministro da Saúde."Temos muito mais portugueses com médico de

família do que aqueles que o utilizam", disse PauloMacedo aos jornalistas, num comentário ao RelatórioAnual sobre o Acesso a Cuidados de Saúde de 2014,divulgado esta quarta-feira pelo jornal “Público”, queapontava para 1,4 milhões de utentes sem médico defamília no final do ano passado.O ministro afirmou que o número de portugueses commédico de família tem vindo a aumentar, mas optoupor frisar que muitos utentes com clínico atribuído nãorecorrem às consultas."Temos ao longo dos anos sistematicamente setemilhões de pessoas que recorrem ao Serviço Nacionalde Saúde (SNS) e nove milhões com médico de família.Temos um conjunto de pessoas que não tem médicode família e mais de dois milhões de pessoas que nãousam médico de família", indicou.Para Paulo Macedo, a prioridade é, numa primeira fase,atribuir médico de família a quem mais precisa e àspessoas que o pretendem utilizar, como o caso dasgrávidas."Em relação a quem não tem, a nossa preocupação éver quais são os que necessitam. O Objectivo é cobrirtodas as pessoas, mas, numa primeira fase é cobriraquelas pessoas que querem ter médico de família",disse.Ainda sobre os cuidados primários, o governanteadmitiu que no futuro os centros de saúde têm de ter"maior abrangência", nomeadamente "consultoriamédica" de algumas especialidades, como a pediatria.O Relatório Anual sobre o Acesso a Cuidados de Saúdede 2014 mostrou ainda que os hospitais do SNSatenderam mais de seis milhões de urgências.Em 40% das urgências os doentes receberam natriagem pulseiras verdes, azuis ou brancas, quedemonstram uma menor gravidade ou urgência noatendimento.

Fraudes na saúde.Estado pode ter sidolesado em quase 400milhõesMinistro diz que não há mais fraude, massim um aumento da detecção dos ilícitos,graças a uma maior informatização esistematização da informação.

O Ministério da Saúde enviou para investigação nosúltimos três anos 416 processos no âmbito do combateà fraude, que equivalem a um montante superior a 370milhões de euros.Os dados foram revelados esta quarta-feira em Lisboapor responsáveis de organismos do Ministério daSaúde que fizeram um balanço do que foi o combate àfraude na área da saúde, com as situações detectadas aenvolverem maioritariamente prescrição demedicamentos para obtenção das comparticipações,relações promíscuas entre farmacêuticos e médicos e acontrafacção de receitas por parte do próprio utente.Segundo os números apresentados, entre Setembro

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de 2012 e Maio de 2015 foram tratados e enviados parainvestigação 416 processos, num valor total de 372milhões de euros. No final da sessão, o ministro da Saúde admitiu que omontante da fraude na saúde possa ser superior echegar aos 6% do total da despesa na área, comoindicam estimativas internacionais.Da actividade recente de combate à fraude noMinistério, Paulo Macedo destacou que têm sidodetectados um número menor de prevaricadores mascom valores mais significativos."Temos menos pessoas a criar mais danos. Há umamaior sofisticação", sintetizou o ministro.Macedo acredita que não há mais fraude, mas antesque a sua detecção aumentou, nomeadamente graçasa uma maior informatização e sistematização dainformação, aliada à disponibilidade da PolíciaJudiciária e do Ministério Público.Exemplo disso é a quantidade de despesa da saúde queo Ministério consegue controlar através de processoselectrónicos: em 2010 controlava cerca de 180 milhõesde euros e actualmente já controla mais de dois milmilhões.Os 416 processos enviados para investigação entre2012 e 2015 resultaram da análise sobre 330 prescritoresde facturas, 140 prestadores de serviços e dois utentes.Do total, Polícia Judiciária, Departamento Central deInvestigação e Acção Penal (DCIAP) e Inspecção-geraldas Actividades em Saúde levantaram 60 processos.O ministro da Saúde sublinhou que a fraude na saúde"retira uma quantidade significativa de recursos quepodiam ser aplicados na parte assistencial e em maisinvestimento".

Serviço Antifraudeeuropeu detectailegalidades emempresa gerida porPassosInvestigação aos fundos atribuídos àTecnoforma foi solicitada pela eurodeputadasocialista Ana Gomes. Ao fim de dois anos detrabalho, os investigadores europeusconcluíram que houve infracções penais efinanceiras no caso dos fundos atribuídos àempresa, durante o período em que PassosCoelho teve responsabilidades na empresa.

Nome de Passos Coelho de novo envolvido em alegadasirregularidades na Tecnoforma. Foto: Lusa

O Serviço Antifraude da União Europeia detectouilegalidades no caso Tecnoforma, a empresa que teve oactual primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, comoconsultor e administrador. A notícia vem no jornal “Público” desta quinta-feira eavança que, ao fim de dois anos de trabalho, osinvestigadores europeus concluíram que houveinfracções penais e financeiras no caso dos fundosatribuídos à empresa, durante o período em que PassosCoelho teve responsabilidades na empresa.As conclusões já foram enviadas para o MinistérioPúblico, onde decorre o inquérito, e para a DirecçãoGeral do Emprego da Comissão Europeia. Durante o processo, os investigadores europeusestiveram várias vezes em Portugal e consideram que aTecnoforma e os seus dirigentes cometeram actossusceptíveis de ser sancionados do ponto de vistafinanceiro e criminal. O Organismo Europeu de Luta Antifraude recomenda,por isso, que se avance com uma acção judicial e umaacção ao nível financeiro no sentido de se recuperar asverbas em causa. As competências deste serviço limitam-se à emissãode recomendações sobre as medidas a tomar pelasautoridades nacionais ou da União Europeia, nãotendo, assim, carácter obrigatório. Tecnoforma em defesa da honra

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As suspeitas em torno da Tecnoforma surgiramquando foi denunciada uma alegada remuneraçãomensal de cinco mil euros a Pedro Passos Coelhodurante a altura em que era deputado em regime deexclusividade (entre 1995 e 1999). O primeiro-ministro prestou esclarecimentos noParlamento e explicou, nas suas últimas declaraçõessobre o caso, que não declarou no registo de interessesde deputado a sua actividade no Centro Português paraa Cooperação (CPPC) porque à data de entrega dessedocumento aquela organização, ligada à Tecnoforma,ainda não existia. O PCP e outros partidos não ficaramconvencido. Em Setembro, em conferência de imprensa, oadvogado da Tecnoforma Cristóvão Costa Carvalhorevelou a intenção da empresa agir judicialmentecontra jornalistas e comentadores, pelo “monstro quecriaram e que gerou uma grande confusão”. Em Outubro de 2014, a empresa anunciou que iaprocessar criminalmente o ministro-adjunto e doDesenvolvimento Regional Miguel Poiares Maduro por“declarações proferidas publicamente” no âmbito do“caso Tecnoforma”, bem como a eurodeputada AnaGomes e o historiador e comentador político JoséPacheco Pereira. A Tecnoforma justificou a medida por se sentir “lesadano seu bom nome, prestígio e credibilidade” e por estarem causa a prática de crimes “contra a sua honra econsideração”. Envolvidos neste processo-crime estão ainda osjornalistas José António Cerejo e Clara Ferreira Alves, ojornal “Público” e a Impresa, dona da televisão SIC e dosemanário “Expresso”.

PSD: "Recuperámosquase todos osempregos perdidosdesde a chegada datroika"Tempo de antena dos sociais-democratasretoma tema que causou polémica últimasemana.

Foto: Lusa

Num tempo de antena que vai ser transmitido estaquarta-feira, o PSD retoma o debate em torno daevolução do emprego, alegando que já foramrecuperados quase todos os empregos perdidos desdea chegada da troika.Neste vídeo, enquanto caminha no interior de umafábrica, um jovem narrador compara números daanterior e da actual legislaturas: "Sabe o que é maiscurioso? É que, em 2005, quando o PSD deixou oGoverno, a taxa de desemprego era de 7,6%. Em 2011,quando o PS deixou o Governo, herdámos umdesemprego de 12,7%". E conclui: "Ou seja, numa faseem que não faltava dinheiro para nada, o desempregoquase duplicou".Depois, centra-se na trajectória dos últimos dois anos emeio: "Em Janeiro de 2013, como reflexo da crise e dasmedidas que tivemos de adoptar, chegou-se a ummáximo de 17,5% de desemprego, mas a partir daí asreformas que aplicámos começaram a produzirresultados. Em pouco mais de dois anos, o desempregobaixou para cerca de 13%. Ou seja, já recuperámosquase todos os empregos perdidos desde a chegada datroika" (Fundo Monetário Internacional, Banco CentralEuropeu e Comissão Europeia).Mais à frente, o narrador afirma: "Portugal já criou maisde 175 mil novos postos de trabalho. Somos hoje umdos cinco países da Europa onde o emprego maiscresce".

Neste tempo de antena do PSD, é também afirmadoque "308 mil jovens já beneficiaram de medidas deapoio ao emprego" e que se realizaram "mais de 141 milestágios profissionais, com uma taxa deempregabilidade de 70%".O primeiro-ministro e presidente do PSD disse, nasemana passada, em entrevista à SIC, que 175 mil foi onúmero de empregos criados na segunda metade daactual legislatura, em comparação com o número deempregos perdidos em toda a legislatura anterior, o queprovocou polémica."Entre Janeiro de 2013 e Abril de 2015, nós criámos naeconomia 175 mil novos empregos, e o PS, entre 2005 eJunho de 2011, destruiu 236 mil postos de trabalho",comparou Pedro Passos Coelho, nessa entrevista.Na resposta, o líder socialista, António Costa, acusouPassos Coelho de ter feito a maior destruição de postosde trabalho desde há muito tempo, considerando"muito grave" que o primeiro-ministro desconheça ouqueira enganar os portugueses sobre o desemprego.

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Aumentaram osacidentes mortais detrabalho. Sindicatocritica GovernoSindicato lembra que o aumento damortalidade é particularmente preocupante,tendo em conta que o sector da construçãocivil sofreu uma forte redução do número detrabalhadores.

Foto: Lusa

No primeiro semestre deste ano morreram 16trabalhadores em acidentes de trabalho na construçãocivil, mais três pessoas do que em igual período de2014, anunciou esta quarta-feira o Sindicato daConstrução Civil, criticando o Governo pela falta deapoios."Já estamos com mais mortes neste momento,comparativamente ao período homólogo do anoanterior. Se não forem tomadas medidas rapidamente,vamos ter muito mais mortes no final do ano", alertouesta quarta-feira, em conferência de imprensa, AlbanoRibeiro, presidente do Sindicato da Construção dePortugal.O sindicalista acusa o Governo, o ministro daSegurança Social, Mota Soares, e a Autoridade para asCondições do Trabalho, de falta de apoio na promoçãode segurança e saúde nos locais de trabalho."Este Governo, e concretamente o doutor Mota Soares éresponsável. Por exemplo em 2013 tivemos 33acidentes de trabalho, em 2014, 41, este não, se calhar,se não forem tomadas medidas, podemos chegar aos50 trabalhadores", alertou Albano Ribeiro, referindo,todavia, que o sindicato "tudo fará para que nãomorram mais trabalhadores".Albano Pereira considera que se não fosse aintervenção daquele sindicato, "morreriam maistrabalhadores", mas assume que não têm os meiosnecessários e reitera a necessidade do Estado apoiarmais na nobre questão de que "primeiro está a vidahumana e depois estão as outras coisas todas".Em 1997 morreram 196 trabalhadores com 900 miltrabalhadores na fileira da construção civil.Hoje, com a redução "muito acentuada" do sector, quediminuiu para 600 mil trabalhadores, e que vive a

"maior crise de sempre", estão a morrer trabalhadores amais, tendo em conta esta triste realidade", concluiu osindicalista.

Governo transferecompetências para34 municípiosA partir de Setembro, autarquias ganhamnovas responsabilidades nas áreas daeducação, saúde e cultura.

O Governo concluiu negociações com 34 municípiosque vão receber competências nas áreas da educação,saúde e cultura a partir de Setembro, anunciou estaquarta-feira o ministro-Adjunto e do DesenvolvimentoRegional, Miguel Poiares Maduro.No caso da educação, os projectos-piloto celebradosdevem ser publicados já esta semana no Diário daRepública (DR), para entrarem em vigor no próximoano lectivo de 2015/2016, enquanto nos casos da saúdee da cultura "os contratos encontram-se em fase deaprovação interna nos órgãos das entidadesautárquicas (que se prevê até ao final do Verão),entrando em vigor à medida que cada um forpublicado" em DR.Além destes, decorrem ainda negociações com maisquatro municípios com vista à descentralização decompetências.No final de uma reunião do Conselho deDesenvolvimento Territorial, que agrega membros doGoverno e de autarquias, Poiares Maduro esclareceuque a descentralização nestas áreas decorrerá atravésde projectos-piloto celebrados com os municípios, quevão decorrer de forma faseada e que poderãogradualmente alargar-se a todos os municípios do país.Na área da saúde há um total de 19 municípios que vãoreceber competências: oito câmaras e a ComunidadeIntermunicipal da Região de Aveiro, que agrega 11municípios.Nesta área não haverá transferência do pessoalactualmente ao serviço, mas as câmaras vão podergerir equipamentos e infra-estruturas, definirestratégias municipais ou intermunicipais de saúde,ajustar horários de centros de saúde, tratar dostransportes de utentes não urgentes e promover acçõesde prevenção de saúde.Esta é a área que o presidente da Associação Nacionalde Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado,considera mais complicada."É uma questão especialmente sensível e nãoconhecemos nenhum dado, nenhum estudo queaponte para a virtude de pulverizar asresponsabilidades na área da Saúde", disse ManuelMachado, acrescentando que "é uma das áreas em queos municípios têm de avaliar com extremo cuidadoaquilo em que se vão meter".Na área da educação, na qual grande parte dosmunicípios já assegura tarefas, serão "ainda estasemana publicados em Diário da República osContratos Interadministrativos de Delegação de

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Competências celebrados com 15 municípios", queentrarão em funcionamento já no próximo ano lectivo. São eles os municípios de Águeda, Amadora, Batalha,Cascais, Crato, Maia, Matosinhos, Mealhada, Óbidos,Oeiras, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Sousel,Vila de Rei e Vila Nova de Famalicão.Além de definir o plano estratégico educativomunicipal, estes municípios vão poder ajustarcalendários e horários escolares, gerir processos dematrícula e colocação de alunos, definir números deturmas e número de alunos por turma e ajustar oscurrículos localmente, por exemplo.Também farão a gestão e o recrutamento do pessoalnão docente do básico ao secundário (os professoresmantém-se no Ministério da Educação), a organizaçãode disciplinas de base local, e de programas decombate ao abandono e ao insucesso escolar."Na área da cultura é transferida para os municípios(Aveiro, Cascais, Caldas da Rainha, Castelo Branco,Estremoz, Guarda e Nazaré) a gestão de diversosequipamentos culturais nos quais se incluem Museus,Fortes, um Castelo e um Complexo de RuinasRomanas", esclareceu ainda o Governo.

Presidente doGoverno Regional daMadeira"clinicamente bem""A intervenção cirúrgica decorreu semincidentes", informa a direcção clínica doServiço Regional de Saúde.

Foto: Mário Cruz/Lusa

O presidente do Governo Regional da Madeira, MiguelAlbuquerque, foi operado esta quarta-feira de manhãdevido a uma cólica renal e "está clinicamente bem",disse o gabinete da presidência do executivomadeirense. Segundo a mesma informação, baseada no boletimclínico emitido pela direcção clínica do ServiçoRegional de Saúde (SESARAM), o governante foisubmetido a uma intervenção cirúrgica pelas 08h00,no hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, "devido auma cólica renal com cálculo impactado no uréterlombar direito". "A intervenção cirúrgica decorreu sem incidentes",

explica o boletim clínico, adiantando que, "nestemomento, [Miguel Albuquerque] está estável,clinicamente bem e encontra-se no recobro pósanestésico como rotina no pós-operatório imediato". O ex-chefe do executivo madeirense, Alberto JoãoJardim, divulgou o conteúdo de uma mensagemmanuscrita que enviou a Miguel Albuquerque. "Comamizade e solidariedade, desejo pronta recuperação. Oscontratempos são incentivos para a continuação deum percurso", escreveu Jardim. Esta situação acontece a cinco dias da festa anual doPSD/Madeira, que está marcada para domingo, e quedeverá contar com a presença do líder nacional dopartido e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

PSP lança campanhacontra maus-tratos eabandono deanimaisPolícia disponibiliza endereço de email enúmero telefónico para receber denúncias.Anualmente são abandonados cerca de 100mil animais.

Foto: EPA

A campanha "Maus-Tratos aos Animais são Crime" doComando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP,que surgiu na sequência da recente criminalização dosmaus-tratos e abandono de animais, foi apresentadaesta quarta-feira em Lisboa.Esta campanha da PSP foi iniciada "tendo em conta arecente criminalização dos maus-tratos e abandonos aanimais de companhia", disse o segundo comandantedo Cometlis, Luís Elias, revelando haver "cada vez maisdenúncias que pedem a intervenção da polícia".Da campanha fazem parte cartazes nos quais se lê queo "abandono de animais é crime" e onde fica a saber-seque as denúncias podem ser feitas através do [email protected] e do número de telefone21POLICIA (217654242).A lei que criminaliza os maus-tratos contra animaisentrou em vigor a 1 de Outubro do ano passado. A PSPdecidiu lançar a campanha agora porque "o abandonoaumenta exponencialmente no Verão", explicou osubcomissário Hugo Abreu.

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A provedora dos animais de Lisboa, Inês Real, recordouque "anualmente são abandonados cerca de 100 milanimais em todo o país, três mil destes em Lisboa".A responsável pela Casa dos Animais de Lisboa, MartaVideira, explicou que a maioria dos animais que aliestão "foram sinalizados pela PSP, quer por abandonosquer por maus-tratos" e espera que esta campanha"ajude na adopção".A nova lei prevê que, "quem, sem motivo legítimo,infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus-tratos físicos a um animal de companhia é punido compena de prisão até um ano ou com pena de multa até120 dias".A mesma lei indica que, quem cometer actos queresultem na morte do animal ou na "privação deimportante órgão ou membro ou afectação grave epermanente da sua capacidade de locomoção", será"punido com pena de prisão até dois anos ou com penade multa até 240 dias".No caso de abandono, a lei determina que, "quem,tendo o dever de guardar, vigiar ou assistir animal decompanhia, o abandonar, pondo desse modo emperigo a sua alimentação e a prestação de cuidados quelhe são devidos, é punido com pena de prisão até seismeses ou com pena de multa até 60 dias".A 10 de Julho, fonte da GNR disse à Lusa que, desdeque esta lei entrou em vigor, as autoridades jáinstauraram 50 processos-crime e aplicaram 2.240contra-ordenações.Segundo dados estatísticos do Serviço de Protecção daNatureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, desde 1 deOutubro de 2014, foram ainda registados um total de2.269 denúncias.A campanha hoje apresentada pela PSP tem comoparceiros a Câmara de Lisboa, através da Casa dosAnimais de Lisboa, situada em Monsanto, e três figuraspúblicas, a taróloga e apresentadora de televisão Mayae os atores Heitor Lourenço e Sandra Cóias.O vice-presidente da autarquia lisboeta, DuarteCordeiro, espera que com esta campanha de"sensibilização para o não abandono e contra os maus-tratos dos animais passe a haver menos animais naCasa dos Animais de Lisboa", inaugurada há um ano eonde hoje decorreu a apresentação.

Abram alas para oVeeco. "O primeiroautomóveldesportivo 100% feitoem Portugal"Comercialização deverá arrancar no iníciodo próximo ano, com três versões diferentese preços a oscilar entre os 23 mil e os 25 mileuros.

Foto: DR

O Veeco é o "primeiro automóvel desportivo"totalmente feito em Portugal. No início de 2016 deverácomeçar a ser comercializado a partir de Vila Nova deGaia, onde se irá instalar a linha de montagem."É indicado para todos os que têm necessidade deutilizar carro para percursos diários não muito longos",explica João Oliveira, mentor do Veeco, que esteveexposto esta quarta-feira em Vila Nova de Gaia, noâmbito de uma iniciativa de promoção dasustentabilidade energética.O projecto para o desenvolvimento daquele veículoelétrico de três rodas arrancou em 2009, com apoio defundos comunitários, tendo contado com acolaboração do Instituto Superior de Engenharia deLisboa e a fábrica Fibrauto de Vila Nova de Gaia.As três rodas, explicou o responsável, "permitem umamaior eficiência energética", o que, salientou, é"fundamental num carro eléctrico".Este "reverse trike", ou triciclo invertido (porque as duasrodas estão à frente) tem dois lugares, portas deabertura vertical, autonomia de 400 quilómetros comuma carga de bateria, consumo de 09/10 quilowatts porhora aos 100 quilómetros por hora e pode ser carregado"durante a noite numa ficha normal monofásica comoas lá de casa".Feito "100% em Portugal", e com um investimento total arondar os dois milhões de euros, o Veeco foidesenvolvido na VE no Entroncamento, o chassis vemda NCP de Aveiro e a carroçaria foi feita em Gaia, naFibrauto.É precisamente a Fibrauto, em Serzedo, que se preparapara acolher a linha de montagem do Veeco cujacomercialização deverá arrancar no início do

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próximo ano, com três versões diferentes e preços aoscilar entre os 23 mil e os 25 mil euros. "O protótipo já foi homologado e estamos a iniciar umasérie de 10 carros que ainda não são para comercializarmas que seguirão para os parceiros do projecto",adiantou o responsável da VE -- Fabricação de Veículosde Tração Eléctrica onde tudo começou.Actualmente com 50 trabalhadores, com este projecto aFibrauto, em Gaia há já 18 anos, pensa criar mais 20postos de trabalho, adiantou Arlindo Santos, gerente daempresa.

Mais do que umalivraria. Turistaspagam para entrarna LelloCerca de cinco mil pessoas passam todos osdias pela Lello. A esmagadora maioria nãocompra livros, vai pela beleza arquitectónicade um dos espaços mais emblemáticos dacidade do Porto.

Entrada desconta no preço de um livro. Foto: DR

Por Henrique Cunha

A partir desta quinta-feira, a Livraria Lello, no Porto,passa a cobrar três euros pela entrada, valor que édescontado na compra de um livro. Os visitantesencaram a medida com naturalidade.Sofia é espanhola e aproveitou a sua visita ao Portopara conhecer a mais famosa livraria do país. ÀRenascença, afirma que o interesse se sobrepõe aopreço cobrado.“Se me interessa, pago. Pago se estou interessada emver. Se te recomendam a visita, três euros é como emqualquer outro local turístico, qual loja. Se te interessa,pagas”, diz Sofia. Também o Francês Ethien considera normal pagar-separa visitar um local tão famoso: “Sim, porque não. Éum local famoso com livros antigos. É um local muitointeressante para visitar.”Opinião idêntica é manifestada pela portuguesaMarlene, radicada no Canadá: “Eu vivo no Canadá, emMontereal. Já estou aqui há três dias e adoro a livraria.Três euros é um preço razoável. É uma boa decisão”,afirma.

Com a decisão de cobrar entradas, a Lello pretendevoltar a ser reconhecida como livraria. O administrador,José Manuel Lello, reconhece que a esmagadoramaioria dos cinco mil visitantes diários não compralivros.“Nós sabemos que temos à volta de cinco mil pessoaspor dia. A esmagadora maioria das pessoas não levalivros. Ainda agora ouvimos um estrondo: foi umapilha de livros a cair por ter levado uma pancada de umturista que entrou aqui com um enorme saco”,argumenta José Manuel Lello.

O objectivo da medida é requalificar o espaço, controlaro número de pessoas que entra na livraria e dar maisconforto aos clientes, refere o administrador. Além de descontar os três euros na compra de um livro,a Lello vai também disponibilizar um “voucher” paraclientes regulares, que será válido por um ano e que éextensível a quatro membros de uma família e que temum custo de 10 euros.

FRANCISCO SARSFIELD CABRAL

Imigração esolidariedadeeuropeiaQuase duas mil pessoas já morreram desde oinício do ano no Mediterrâneo, em prol deuma vida melhor que os Estados-membrosda União Europeia não parecem ter vontadeem proporcionar.

Por Francisco Sarsfield Cabral

O drama da Grécia e a incapacidade dos europeus parao ultrapassar têm suscitado comentários pessimistas(incluindo da minha parte) sobre o futuro da integraçãoeuropeia. Mas ainda mais chocante do que o caso grego parece-me ser a falta de resposta – até agora – para o problemados migrantes que tentam chegar à Europaatravessando o Mediterrâneo. Gente desesperada que foge à guerra é explorada porproprietários de barcos que lhes cobram cara a“passagem” e os tratam sem um mínimo dehumanidade. Desde o princípio do ano já morreramnaquele mar quase duas mil pessoas. Pois a UE ainda não conseguiu chegar a acordo sobre a

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distribuição pelos Estados membros dos imigrantesque conseguem sobreviver e chegam a Itália e à Grécia.Não há entendimento sobre o número de imigrantesaos quais cada país irá dar asilo. Talvez lá para Outubrose obtenha um acordo… Entretanto, recai sobre a Itália e a Grécia o ónus detratar dos imigrantes que atingem o seu território. Umcaso preocupante de ausência de solidariedadeeuropeia, mesmo sem falar no muro que a Hungriaergue na fronteira com a Sérvia.

Passos. Há“confusão” emBruxelas sobre oalívio da dívidagregaPresidente da Comissão Europeia diz quePortugal fez parte de um conjunto de paísesque defendeu a renegocição da dívida depoisdas eleições.

Foto: EPA

O primeiro-ministro português considerou esta quarta-feira que "deve haver alguma confusão do presidenteda Comissão Europeia" ao ter afirmado que Portugal seopôs a que um alívio da dívida pública grega fossediscutido antes das eleições legislativas.Pedro Passos Coelho disse em Lisboa, em resposta aperguntas dos jornalistas, que o que estava previsto eraque as negociações ocorressem no final de Outubro:"Essas negociações aconteceriam sempre depois daseleições em Portugal".O presidente da Comissão Europeia, Jean-ClaudeJuncker, revelou, numa entrevista ao diário belga "LeSoir", publicada esta quarta-feira, que Portugal se opôsa que um alívio da dívida pública grega fosse discutidoantes das eleições legislativas.Numa entrevista focada nas longas negociações com aGrécia, que segundo o presidente do executivocomunitário só terminaram com um acordo devido ao"medo", Juncker, questionado sobre a questão da(in)sustentabilidade da dívida grega, revelou que,pessoalmente, pretendia que uma discussão sobre aquestão tivesse ficado desde já agendada para Outubro,

ideia que mereceu a oposição de Irlanda, Espanha ePortugal.A elevada dívida pública da Grécia, que representacerca de 180% do PIB, ou seja, quase o dobro da riquezaproduzida, foi uma das questões mais polémicas aolongo das longas negociações entre Atenas e oscredores internacionais, dividindo mesmo asinstituições, com o Fundo Monetário Internacional areclamar um alívio ou mesmo perdão parcial da dívida,que classifica da insustentável, algo que é rejeitado porpaíses como a Alemanha.No compromisso finalmente acordado a 13 de Junho,na cimeira da zona euro, sobre um terceiro programade assistência à Grécia, ficou consagrado que aquestão da dívida - que poderá vir a ser aliviada atravésde um prolongamento dos prazos de pagamento eredução dos juros aplicados - será analisada apenasdepois da primeira avaliação ao terceiro programa deassistência, se esta for satisfatória.Portugal e Espanha têm eleições legislativas este ano,sendo que, no caso português, a data do sufrágio teráde se realizar entre 14 de Setembro e 14 de Outubro, aqual será anunciada pelo Presidente da República estaquarta-feira.

Grécia aprovasegundo pacote deausteridadeNovo conjunto de medidas obteve maisvotos a favor e resulta de uma exigência doscredores para lançar o debate sobre oterceiro programa de resgate ao país.

Alexis Tsipras no Parlamento em noite de votação. Foto: YannisKolesidis/Epa

O Parlamento grego aprovou, esta quinta-feira demadrugada, um novo conjunto de reformas que vãoaumentar a austeridade no país. A surpresa da noite foio “sim” do ex-ministro da Finanças Yannis Varoufakis,que na semana passada votou contra as primeirasmedidas. No Syriza, houve menos “nãos” – 36, quando navotação anterior tinham sido 39. No total, 230deputados de um total de 300 votaram a favor, 63contra. No essencial, com este pacote haverá alterações ao

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sistema judicial e ao sistema bancário – reformasexigidas pelos credores para darem início ao debatesobre o programa do terceiro resgate ao país, que podechegar aos 86 mil milhões de euros. Na segunda-feira, Atenas pagou tudo o que devia aoFundo Monetário Internacional (FMI): dois mil milhõesde euros. Mais tarde, no mesmo dia, o Banco CentralEuropeu recebeu os 4,2 mil milhões de euros que lheeram devidos. Os pagamentos foram feitos no dia em que a Gréciarecebeu um financiamento intercalar de 7,16 milmilhões de euros do Mecanismo Europeu deEstabilização Financeira para fazer face aos seusproblemas de liquidez.

Obama faz novatentativa para fecharGuantanamoCasa Branca espera que plano em fase deconclusão provoque um “curto-circuito” naoposição Republicana.

Foto: EPA

A Casa Branca está a concluir um plano para encerrar aprisão de Guantanamo para suspeitos de terrorismo e,desta forma, cumprir uma das promessas do PresidenteBarack Obama. “A administração está na fase final de elaboração deum plano para fechar, em segurança e de formaresponsável, a prisão de Guantanamo e vamosapresentar esse plano ao Congresso”, disse esta quarta-feira o porta-voz da Casa Branca.Josh Earnest espera que a proposta cause um “curto-circuito” na oposição Republicana, para que a cadeiasituada numa base militar norte-americana em Cubapossa fechar portas.Os republicanos travaram a transferência dos reclusosde Guantanamo para estabelecimentos prisionais nosEstados Unidos. A administração Obama também temenfrentado a resistência do Pentágono norepatriamento de reclusos que ainda podem constituiruma potencial ameaça de segurança. A prisão de Guantanamo foi criada depois dosatentados de 11 de Setembro de 2001, contra as TorresGémeas e o Pentágono, que provocaram mais de trêsmil mortos e foram reivindicados pela rede terroristaAl-Qaeda.

A história da cadeia fica marcada por casos de tortura,nomeadamente através da técnica de “waterboarding”,ou seja, simulação de afogamento, e pela manutençãoem cativeiro sem acusação formada de suspeitos deterrorismo.Quando tomou posse, em 2009, o Presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu encerrarGuantanamo, que actualmente tem 116 prisioneiros.

Supremo tribunalsuspendecondenação à mortede Asia BibiEm todo este processo, que já dura há cincoanos, é a primeira vez que se vê alguma luzao fundo do túnel para a mulher cristãcondenada por blasfémia no Paquistão.

Finalmente uma luz ao fundo do túnel para Asia Bibi. Foto: DR

Por Filipe d’Avillez

A condenação à morte de Asia Bibi foitemporariamente suspensa, esta quarta-feira, peloSupremo Tribunal do Paquistão. Bibi foi condenada à morte por alegadamente terofendido Maomé. A mulher e mãe, que tem cerca de 44anos, nega as acusações e diz que está a ser vítima deuma vingança pessoal levada a cabo por antigascolegas, simplesmente por ser cristã. Apesar de várias campanhas internacionais e do apoioda Igreja Católica local, que assegura o seu apoiojurídico, a sua sentença tem vindo a ser confirmada. Esta quarta-feira, contudo, o Supremo Tribunal decidiususpender a sentença para permitir a apresentação demais um recurso. Não se trata por isso de umaanulação da sentença de morte, mas sim da suasuspensão até que o recurso seja decidido. Contudo, mesmo esta notícia é a primeira vez que se vêalguma luz ao fundo do túnel neste caso. Háinformações não confirmadas de que a saúde de Bibi,que se encontra encarcerada há vários anos por causadesta situação, esteja muito frágil. O caso de Asia Bibi é o mais famoso, mas de formaalguma o único, de processos de blasfémia. Há muitaspessoas na mesma situação que Asia Bibi, incluindocristãos e membros de outras minorias religiosas, mas

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também muçulmanos. A lei paquistanesa prevê a prisão perpétua para quemprofanar o Alcorão e a morte para quem ofenderMaomé. Até hoje não houve nenhum caso de execuçãoque tenha sido de facto levado a cabo, mas há várioscasos de mortes extrajudiciais de pessoas acusadas deblasfémia e mesmo de pessoas ilibadas em tribunaldeste crime, pelo que o perigo de vida para os acusadosé real. Não há qualquer data prevista para a apreciação dorecurso que a defesa de Asia Bibi irá agora apresentar.

Jornalista angolanoretido parainterrogatório apósvisita a activistaspresosNelson Sul d’Angola e mais três activistasvisitavam um grupo de 15 jovens que estápreso, há mais de um mês, em cadeias pertode Luanda. Estão incontactáveis desde omeio-dia desta quarta-feira.

DR

Por João Carlos Malta

O jornalista angolano Nelson Sul d’Angola deslocou-seesta quarta-feira de manhã à cadeia de Calombolocacom uma comitiva do Grupo de Apoio aos PresosPolíticos Angolanos (GAPPA) para visitar sete dos 15jovens activistas que estão em prisão preventiva por,segundo as autoridades angolanas, estarem a prepararum golpe de Estado contra o Governo de Luanda.A informação da detenção de Nelson Sul d’Angola foidada por Rafael Morais, da associação SOS Habitat, eque também integrava o grupo do GAPPA, que afirmouque o jornalista foi retido para interrogatório nasequência da visita ao grupo de activistas. A Renascença contactou José Patrocínio, presidente daassociação “Omunga”, sediada no Lobito, e que está aacompanhar o caso.“Os membros das nossas organizações decidiram fazerum conjunto de visitas no sentido de perceber qual asituação em que se encontram os 15 jovens e expressara nossa solidariedade. Pouco depois do meio-dia,

recebemos uma mensagem do Rafael Morais a dizerque o Nelson Sul d’Angola teria sido detido, mas semmais detalhes. A partir daí estamos a tentar contactarcom eles, mas ninguém consegue”, relata.A informação é confirmada pelos sites de informaçãoangolanos “redeangola.info” e “dw.com”.A Renascença tentou contactar Rafael Morais, mas otelefone não estava disponível.José Patrocínio diz que o actual contexto em Angola,no que diz respeito às liberdades e garantias, motiva aque a preocupação “aumente” com a falta de contactocom os quatro activitas do GAPPA.

“Alguns telefones chamam e eles não atendem, háoutros que estão desligados. Eles estão sempre emcontacto e em linha, pelo que achamos estranho estasituação. Esperamos que nada de grave tenhaacontecido”, afirma.

José Patrocínio conta um episódio pessoal. Este ano,“homens armados e fardados” assaltaram a suaresidência e levaram uma máquina fotográfica e umtelefone, material onde guarda informação.O jornalista António Cascais, jornalista da DW naAlemanha, citado pelo Rede Angola, confirmou queNelson Sul d’Angola está “retido ou detido” na prisão deCalomboloca, onde se deslocou “a título individual”,acompanhando membros do GAPPA (Grupo de Apoioaos Presos Políticos Angolanos) – Rafael Morais, daSOS Habitat, e João Malivendele e Jesse Lufendo (daOmunga).A cadeia de Calomboloca, na província de Luanda, éum dos quatro estabelecimentos prisionais onde estãodetidos, há mais de um mês, 15 activistas dos direitoshumanos.A detenção dos activistas angolanos, acusados deplanear um golpe de Estado e de rebelião e tentativa dederrube do presidente José Eduardo dos Santos, jágerou uma onda de solidariedade por váriaspersonalidades angolanas. Entre as quais estão oescritor José Eduardo Agualusa ou o músico Kalaf quelançaram um vídeo intitulado “Libertem os presospolíticos já.”

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Há uma montanhagelada em Plutão daaltura do Serra doGerêsPicos foram encontrados pela sonda "NewHorizons" numa região conhecida como o“coração” do planeta.

Foto: NASA

As imagens enviadas pela sonda “New Horizons”revelam que Plutão tem uma segunda cadeia demontanhas geladas. De acordo com a agência espacial norte-americanaNASA, os picos foram encontrados na regiãoconhecida como o “coração” do planeta.Têm cerca de 1,5 quilómetros de altura, quase tantocomo a Serra do Gerês, a segunda montanha mais altade Portugal Continental. Os picos de Plutão agora revelados ficam entre umavasta planície gelada, baptizada como Planalto Sputnik,que os cientistas pensam ter menos de 100 milhões deanos, e uma zona negra repleta de crateras, maisantiga, com milhares de milhões de anos.Ficam a cerca de uma centena de quilómetros de umaoutra cadeia de montanhas, conhecida como NorgayMontes, que foi dada a conhecer pelas primeirasimagens enviadas pela Sonda “New Horizons”.Os Norgay Montes são mais altos do que os picos agoradescobertos. Têm cerca de 3,3 quilómetros de altura.“Há interacções complexas a acontecer entre osmateriais claros e escuros que estamos a tentarcompreender”, afirma Jeff Moore, chefe da equipa deGeologia, Geofísica e Mapeamento da “New Horizons”. A sonda enviou também a imagem mais detalhada atéagora de Hydra, uma duas luas de Plutão. De acordo com a fotografia, o pequeno satélite dePlutão tem duas grandes crateras. O topo de Hydraparece ser mais escuro do que a região sul, o que podesignificar que a superfície pode ser variada. Os cientistas estão também a analisar uma imagem deNix, a outra lua de Plutão. Foi detectada uma manchaavermelhada, o que pode indiciar a existência de umacratera.

Estes fragmentos doAlcorão podem ser osmais antigos domundoTêm mais de 1.300 anos e o seu autor podeter ouvido pregar Maomé. Descoberta daUniversidade de Birmingham "foiemocionante".

Fotos: Universidade de Birmingham

A universidade inglesa de Birmingham anunciou estaquarta-feira que encontrou fragmentos do Alcorão quepoderão ser os mais antigos do mundo, com mais de1.300 anos, sugerindo que o autor pode ter ouvidopregar o profeta Maomé. As peças estavam há pelo menos cem anos arquivadasnuma colecção de livros e documentos do MédioOriente na biblioteca da Universidade de Birminghamsem que ninguém se apercebesse da sua importância,adianta a instituição, citada pela agência noticiosa Efe. Os fragmentos foram descobertos por um catedráticoque fazia uma investigação e que solicitou estudos deradiocarbono, que confirmaram a antiguidade domaterial. A directora de colecções especiais da universidade,Susan Worrall, disse à BBC que os peritos que avaliaramo texto não imaginavam, "nem em sonhos", que fossetão antigo.

"Descobrir que tínhamos os fragmentos mais antigosdo Alcorão em todo o mundo foi emocionante",afirmou Worrall. As análises foram realizadas pela Unidade deAcelerador de Radiocarbono da Universidade inglesade Oxford, que estabeleceram que os fragmentos foramescritos em pele de ovelha ou de cabra e que poderiamser dos mais antigos do Alcorão ainda existentes. Autorterá conhecido Maomé Os testes forneceram uma variedade de dados eestabeleceram, com uma probabilidade de 95%, que omaterial foi escrito entre os anos de 568 e 645,situando-se no período em que se iniciou o islamismo,com a pregação de Maomé em Meca. "As datas levaram-nos aos anos da fundação do islão.Segundo a tradição muçulmana, o profeta Maomé

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recebeu as revelações que estão no Alcorão, asescrituras do islão, entre os anos de 610 e 632, o ano dasua morte", declarou David Thomas, professor decristianismo e de islamismo da Universidade deBirmingham. Segundo o catedrático, "a pessoa que os escreveu podemuito bem ter conhecido o profeta Maomé,provavelmente viu-o e ouviu-o pregar. Conheceu-opessoalmente". Como a análise de radiocarbono não identificou umano concreto, a não ser uma ampla faixa de datas – dequase 80 anos – é difícil afirmar, com segurança, quese tratam dos fragmentos mais antigos do mundo, poishá outros textos do Alcorão, em colecções públicas eprivadas, que têm uma antiguidade similar, adiantou. O perito em manuscritos da Biblioteca Britânica, emLondres, Muhammad Isa Waley, sublinhou que se tratade uma "descoberta emocionante", que "alegrará" omundo muçulmano. Waley explicou que as páginas encontradas emBirmingham "são preciosas", escritas à mão num "hijazilegível" e, provavelmente, elaboradas nas datas dosprimeiros califados. O califado foi inicialmente liderado pelos discípulos deMaomé como uma continuação do sistema religiosoestabelecido pelo profeta, e o primeiro foi chamadoQuatro Califas Ortodoxos (632-661), o únicoreconhecido por sunitas e xiitas. Segundo a universidade, as páginas fazem parte deuma colecção Mingana, formada por mais de 3.000documentos do Médio Oriente, reunidos nos anosvinte do século passado por Alfonso Mingana, nascidoperto de Mossul, no norte do Iraque. "Lágrimas dealegria"A descoberta foi recebida com grande entusiasmo pelacomunidade muçulmana em Birmingham, pelo que auniversidade adiantou que os documentos serãoexpostos ao público, em algum momento. "Quando vi estas páginas emocionei-me muito. Tinhalágrimas de alegria. E estou seguro de que as pessoasde todo o Reino Unido virão a Birmingham vê-los",disse o presidente da Mesquita Central da cidade docentro de Inglaterra, Muhammad Afzal.

RIBEIRO CRISTÓVÃO

Primeiros sinaisOs efeitos da vinda de Casillas para o FCPorto já começaram e o futebol português nogeral poderá vir a lucrar com isso.

Por Ribeiro Cristóvão

Ninguém tinha dúvidas acerca dos proveitosresultantes da vinda de Iker Casillas para o futebolportuguês. Trata-se de um jogador possuidor de uminvejável currículo, com vitórias que passam por umcampeonato do mundo, dois campeonatos da Europa,Liga dos campeões e por aí fora. Não admira, por isso, que a sua vinda para o FC Portotenha sido recebida como uma autêntica bomba, pelasmais variadas razões. Para além da riqueza desportiva, Casillas garante outrainegável vantagem: a de ajudar a uma maior projecçãodos dragões a nível internacional, passando a suscitarum inusitado interesse tudo quanto se relacione com aactividade dos portistas. O mais recente e significativo sinal chega de Madrid,onde a TVE acaba de adquirir os direitos detransmissão dos dois desafios que o FC Porto vaidisputar a seguir na actual fase de preparação, oprimeiro dos quais com a equipa alemã do Borússia deMonchengladbach. No país vizinho, esta decisão da TV estataldesencadeou já as mais variadas reacções, a principaldas quais contrária a essas transmissões, sob aalegação de que nunca a televisão sediada em Madridter nos últimos anos adquirido os direitos de jogos dapré-temporada de equipas espanholas. Com ou sem discussão, a verdade é que a vinda deCasillas produz assim os primeiros frutos visíveis, comclaro benefício para os cofres portistas. Também umbom prenúncio para a atenção que do outro lado dafronteira, e não só, o futebol português vai passar amerecer.

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REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA

Fala Vieira

Foto: RR

"Vitória foi contratado para ganhar". É uma declaraçãode Luís Filipe Vieira, em entrevista ao Record.Em A Bola, o destaque vai para o Sporting, através dedeclarações de Bryan Ruiz. "Quero ajudar o Sporting aser campeão", diz o avançado da Costa Rica.Em O Jogo, lê-se que "Lopetegui promove Alex Sandro".O jornal próximo dos dragões avança que o treinadordo FC Porto quer que o lateral esquerdo integre o grupodos capitães.Ainda em O Jogo e sobre o FC Porto, diz-se que a "TVEcomprou direitos da pré-época portista".Na edição Sul, o Jogo dá destaque ao Sporting."Gutiérrez abre a porta a Slimani". O jornal diz que oargelino tem mercado em Inglaterra.A fechar, um título comum a Record e A Bola: "RaulJimenez entre a Luz e o Dragão".

Pedro Proençaanuncia candidaturaà presidência da LigaBola Branca sabe que a decisão do ex-árbitrointernacional está tomada. FC Porto,Sporting, Marítimo e União da Madeira sãoos subscritores da candidatura às eleiçõesmarcadas para o próximo dia 28.

Pedro Proença vai mesmo avançar para a presidência

da Liga de Clubes. O prazo para a entrega das listas candidatas às eleiçõesde 28 de julho termina às 18h de amanhã. Entretanto, o antigo árbitro internacional, anunciouuma conferência de imprensa na Quinta das Lágrimas,em Coimbra, a partir das 10h30 desta quinta-feira.Espera-se que, a essa hora, Pedro Proença, para alémde anunciar oficialmente a candidatura, enuncie aslinhas programática com que se apresenta na corrida àpresidência da Liga de Clubes. Pedro Proença, tem 44 anos de idade. É natural deLisboa. Chegou à primeira categoria da arbitragemnacional em 1998. Em 2003 foi designado árbitrointernacional. Abandonou a arbitragem em Janeirodeste ano e é, atualmente, membro do comité deárbitros da UEFA.O anúncio oficial da sua candidatura à presidência daLiga de Clubes está marcado para amanhã e já nãorestam dúvidas de que haverá pelo menos doiscandidatos à presidência da associação que congregaos clubes do futebol profissional português: são elesPedro Proença e Luís Duque, atual presidente da Liga.Duque recolhe o apoio, entre outros clubes, de Benfica,Boavista e Belenenses; não conta seguramente comSporting e FC Porto, clube que esteve ao lado doBenfica na primeira eleição de Luís Duque para apresidência da Liga. Resta saber se Porto e Sporting darão o seu voto a PedroProença, caso não avancem mais candidatos.

VITÓRIA DE GUIMARÃES

Atlético de Madridcontrata Bernard eempresta ao GetafeGanês assina por seis épocas com os"colchoneros".

Bernard Mensah é um jovem ganês, de apenas 20anos, que se destacou, na época passada, no Vitória deGuimarães.A excelente temporada que realizou chamou a atençãode clubes como o Atlético de Madrid, Valencia, Monacoe Manchester United.Acabaram por ser os "colchoneros" a contratar o atleta,que assinou um contrato de seis temporadas com oclube da capital espanhola.Ficou decidido que, na primeira época, Bernard vai

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rodar, por empréstimo, no Getafe. Os valores da transferência não foram divulgados, parajá.

BENFICA

João Teixeiraacredita que RuiVitória daráoportunidade a todosos jogadoresJovem médio foi o porta-voz das águias, estaquarta feira, nos Estados Unidos.

Na opinião do jovem João Teixeira, o treinador RuiVitória prepara-se para dar oportunidades a todos osjogadores do plantel. O médio de 21 anos, que chegouao Benfica com apenas 11 anos de idade, foi chamadouma única vez por Jorge Jesus para alinhar pela equipaprincipal. Ficaram célebres os 3 minutos concedidospelo ex-treinador do Benfica a João Teixeira, noempate a zero com o Bayer Leverkusen, na Luz, para aLiga dos Campeões, a 9 de Dezembro de 2014. Na altura, o médio ainda com 20 anos, entrou para olugar de Bébé. Vários meses e um treinador depois,João Teixeira deixa claro que o passado é um assuntoarrumado na sua cabeça."Quero falar do presente e do futuro, o passado nãointeressa. Creio que todos, inclusive os jogadores daequipa B, terão oportunidade de jogar".João Teixeira, nestas declarações aos jornalistas noestágio do Benfica, em New Jersey, deixou evidenteque Rui Vitória tem gostado do empenhamentorevelado por todos os jogadores nesta fase inicial dapré-temporada. O novo treinador tem-se mostradopróximo dos jogadores, com "palavras de incentivo,pois os atletas estão a assimilar as ideias do novotécnico".Rui Vitória levou para esta digressão pela América umtotal de 30 jogadores. Alguns deles, inevitavelmente,acabarão por não ficar na equipa principal. JoãoTeixeira é um entre 30 a trabalhar para ganhar um lugarentre os eleitos do novo treinador dos encarnados.

Quaresma quer"ganhar tantostítulos no Besiktas"como ganhou noPortoDepois da recepção apoteótica no aeroportode Istambul, Ricardo Quaresma foientrevistado na Besiktas TV já com acamisola do novo clube. Confessou que oPorto e o Besiktas foram os clubes onde sesentiu mais feliz e que está em Istambul paraajudar a recuperar o título.

Ricardo Quaresma já vestiu a sua nova camisola. Foto: Besiktas

A jornada de Ricardo Quaresma esta terça-feiraterminou bem tarde nos estúdios da Besiktas TV onde oala português, ex-FC Porto, foi entrevistado em cercade meia hora.Quaresma regressa a um clube que representou porduas épocas e meia e explicou porquê: "Dois clubesonde fui muito feliz, de todos em que passei. Foi oPorto e o Besiktas. Voltei ao Porto e fui feliz no Porto eagora volto ao Besiktas". O ala internacional português quer voltar a ser feliz e afestejar vitórias: "Foram dois clubes onde fui muitofeliz, onde ganhei títulos. E é como já disse, queroganhar tantos títulos no Besiktas como ganhei no Portoe tudo farei para isso", declarou em português naBesiktas TV.Ricardo Quaresma promete "dar tudo" na sua novapassagem pelo clube de Istambul e agradeceu aos"adeptos fantásticos" dos turcos. À chegada aoaeroporto de Attaturk levou um banho de multidão e é-lhe difícil explicar a sensação causada: "Só nomomento. Sentes algo muito forte. É como eu já disse,para vestir esta camisola tens que honrá-la, tens quedar tudo o que tens, para mostrar às pessoas que estáscá porque gostas e porque te sentes bem".O jogador agradeceu, assim, o "apoio e o carinho" dosadeptos do Besiktas e prometeu trabalhar para ocolectivo: "O mais importante é a equipa. Vou fazer detudo para ajudar. Marque ou não, o mais importante éganharmos e lutarmos todos para ser campeões".

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Jackson despede-sedo FC Porto. Setevezes "obrigado"Jackson Martínez publicou nas redes sociaisuma mensagem de despedida eagradecimento ao FC Porto. Sai com osentimento de "dever cumprido" peranteuma "grande instituição" com adeptos"especiais". Leia a mensagem na íntegra.

Nas redes sociais, Jackson agradeceu ao FC Porto todo o apoio em trêsépocas de dragão ao peito. Foto: DR

Jackson Martínez termina a mensagem de despedidaao FC Porto como começa. Com um "obrigado". Apalavra, que o jogador usa por sete vezes nesta curtamensagem, serve para sublinhar o seu agradecimentoao clube que representou ao longo de três.Da direcção aos colegas de equipa, passando pelaequipa técnica e indo até aos funcionários do Drragão,Jackson agradece. Aos adeptos tambémconsiderando-os "especiais".Jackson partiu "com o sentimento de dever cumprido,de tudo ter feito para melhor servir o clube".A mensagem na íntegra"Obrigado! Começo como irei terminar, não apenas este texto masprincipalmente o meu percurso no FC Porto: com umobrigado e um sentimento de enorme gratidão. Foram três anos a sentir diariamente o apoio de todos ea todos quero dar o meu obrigado. Obrigado a toda a Direção do FC Porto, a todos ostreinadores com quem trabalhei e a todos os meuscompanheiros de equipa. Obrigado ao departamentomédico, a todo o restante staff e funcionários do clube. E, por fim, um grande obrigado aos adeptos, a todos osque me acarinharam e deram força, que incentivarama equipa em todos os momentos. Vocês são especiais,acreditem. Sempre presentes, demonstrando o seuamor inequívoco a esta grande instituição que é o FCPorto. Parto com o sentimento de dever cumprido, de tudo terfeito para melhor servir o clube. #ObrigadoPorto"

VOLTA À FRANÇA

Geschke venceu,Garderen desistiu eContador afundou-seA primeira etapa dos Alpes fica marcada peladesistência do terceiro da geral e pela perdade mais de dois minutos de AlbertoContador. Froome segurou a amarela e nãoperdeu tempo para qualquer um dos maisdirectos adversários. Geschke conquistou avitória da carreira.

Para Geschke, esta foi a vitória mais importante da carreira. Foto:Sebastien Nogier/EPA

Simon Geschke (Team Giant) foi o grande vencedor daprimeira etapa alpina da Volta à França. O alemãodescolou de um grupo de 28 fugitivos quando aindafaltavam muitos quilómetros para percorrer até à metae conseguiu chegar isolado ao fim. Quando falou sobrea vitória não conseguiu conter as lágrimas. Foi aconquista mais importante da sua carreira. Depois deGeschke, cortaram a meta Talanski (Team Cannondale)e Rigoberto Uran (Etixx-Quick Step). É deles o pódio daetapa.O grupo do camisola amarela andou quase semprecom 10 minutos de atraso para a frente da corrida. Nasubida ao Col de Colle de Saint Michel, Contadorensaiou um ataque, Valverde (Movistar) juntou-se aocompatriota, mas foi fuga de pouca dura. Por estaaltura, bem atrás do grupo, o norte-americano VanGarderen (BMC) abandonava o Tour visivelmenteemocionado, por motivos de saúde, ele que fechava opódio da geral à entrada desta 17ª etapa.Na subida do Col d'Allos, a única subida de primeiracategoria, o camisola amarela, Chris Froome (Sky), deusempre resposta às movimentações dos seusadversários. Já na descida, Contador havia de cair, aoque tudo indica, devido a um problema mecânico nasua bicicleta. O espanhol atrasou-se e perdeu mais dedois minutos para a concorrência. Com a desistênciade Van Garderen, o pódio ficaria a segundos docorredor da Tinkoff. Agora ficou a mais de doisminutos de distância. A amarela está a 6'40'' e GeraintThomas da Sky tomou-lhe o lugar.

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Nairo Quintana (Movistar) foi o mais inconformadodos adversários de Froome e chegou a ganhar umapequena vantagem sobre o britânico nos metros finais,mas Froome alcançou o colombiano. Cortaram juntos ameta e ganharam alguns segundos sobre os restantescorredores do "top ten". Valverde é agora o terceiro dageral e Mathias Frank (IAM) entrou para a oitavaposição graças ao 5º lugar alcançado na etapa de hoje.Nelson Oliveira continua a ser o melhor portuguêsO ciclista da Lampre, Nelson Oliveira, foi novamente omelhor dos três portugueses em prova. Perdeu, aindaassim, cerca de 15 minutos e está no 52º posto da geral.Tiago Machado, da Katusha, perdeu 21 minutos e estána 61ª posição. José Mendes (Bora-Argon) já leva quasetrês horas de atraso para o líder, está no 144º lugar.Uma nota ainda para registar o número de abandonosregistados nesta etapa. Foram cinco no total e além doque afectou o terceiro da geral, Tejay Van Garderen,ocorreram mais quatro. Entre eles, o do campeão domundo Michal Kwiatkowski.Classificação Geral17 etapas completas1. Chris Froome (SKY) 69h06'49''2. Nairo Quintana (MOV) 3'10''3. Alejandro Valverde (MOV) 4'09''4. Geraint Thomas (SKY) 6'34''5. Alberto Contador (TIN) 6'40''6. Robert Gesink (LNL) 7'39''7. Vincenzo Nibali (AST) 8'04''8. Mathias Frank (IAM) 8'47''9. Bauke Mollema (TRE) 11'47''10. Warren Barguil (GIA) 13'08''-52. Nelson Oliveira (LAM) 1h32'57''61. Tiago Machado (KAT) 1h44'27''144. José Mendes (BOR) 02h53'54''

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