SMART FARMINGSoluções de Agricultura Inteligente no Combate às

Alterações Climáticas

VITICULTURA

Carlos M. LopesLEAF, Linking Landscape, Environment, Agriculture and Food, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Tapada da Ajuda 1349-017 Lisboa, Portugal.

aumento de 1.7ºC temperatura média do período de crescimento;

ondas calor + frequentes no verão;

aumento temperatura mínima do período de dormência

redução nº dias geada em todas as estações;

antecipação última geada de Primavera e atraso da 1ª de Outono;

Períodos livres de geada mais longos;

Precipitação anual e sazonal mto variáveis;

antecipação fenologia (5-10 dias/1ºC de aumento temp.)

C. Lopes, ISA/UL

Alterações climáticas observadas na Europa(1950-2004; Jones et al. 2005)

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1. ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS & VITICULTURA

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C. Lopes, ISA/UL3

Alterações climáticas observadas em Portugal ex. Alentejo (Évora): 1970-2017

20-07-2018

Alterações climáticas: Potenciais efeitos na Viticultura

aumento erosão solos e redução teor em M.O.; redução da qualidade e quantidade dos recursos hídricos

disponíveis p/ rega; alteração níveis/períodos incidência e tipologia pragas e

doenças; alterações na fenologia: duração fases do ciclo biológico,

maturações + precoces => antecipação maturação e data de vindima para períodos ano + quentes;

alterações na fisiologia da videira (+ stress hídrico e térmico);

C. Lopes, ISA/UL20-07-2018 4

- antecipação abrolhamento (1 dia/10 anos);- antecipação floração (5 dias/10 anos);-antecipação pintor (6 dias/10 anos).

C. Lopes, ISA/UL5

Touriga Nacional

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: ex. antecipação fenologia, casta Touriga Nacional

20-07-2018

Fonte: Egipto et al. (2013)

Dão, 2002Douro, 2017

Alentejo, 2003

Stress hídrico e térmico – observações recentes nas vinhas portuguesas

Lisboa, 2005

C. Lopes, ISA/UL

Tejo, 2005Alenquer, 2011

20-07-2018 6

Stress hídrico e térmico - consequências no crescimento vegetativo, produção e composição da uva

abrolhamento heterogéneo por falta de frio;

redução crescimento raízes, folhas, sarmentos e bagos;

escaldão folhas;

redução fertilidade, vigor e perenidade;

paragens de maturação;

escaldão bagos, emurchecimento, sobre-maturação

redução acidez e potencial aromático;

redução síntese e/ou degradação antocianinas qdo temp. bago > 33-35ºC;

maturação fenólica desfasada da alcoólica.

C. Lopes, ISA/UL7

2. Medidas de adaptação

´Terroir’

castas e porta-enxertos;

geometria plantação;

manutenção do solo;

sistema de condução;

intervenções em verde;

Gestão da rega deficitária;

OutrasC. Lopes, ISA/UL

Níveis de actuação

20-07-2018 8

C. Lopes, ISA/UL 9

3. REGA DE PRECISÃO

Uso sustentável da água: “ More crop per drop” A água é um recurso cada vez mais escasso sobretudo nas

regiões Mediterrânicas; A agricultura de regadio é uma das principais actividades

consumidoras de água e também das mais ineficientes; A pegada da água é actualmente um dos tópicos ecológicos

que mais preocupam consumidores, governantes, académicos e toda a fileira de produção de alimentos

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C. Lopes, ISA/UL 10

REGA DEFICITÁRIA

20-07-2018

Aplicação de dotações inferiores às necessárias para conforto hídrico de forma a induzir um stresse moderado que permita:

aumento da eficiência uso da água (WUE);

redução do crescimento vegetativo;

melhoria microclima zona frutificação;

manipulação do rendimento e composição da uva.

Riscos das regas deficitárias: escaldão folhas e cachos em caso de

ondas de calor.

O que fazer qdo se prevê uma onda de calor: Regar em conforto hídrico antes, durante e após.

Gestão eficiente da rega deficitária exige tecnologia p/ monitorização ambiental e da planta conjugada com sistemas de suporte à decisão.

dendrómetros

termopares

fluxo seiva

câmara fotografia e video

C. Lopes, ISA/UL

Ilha de sensores proj. I-Farm, Herdade da Pimenta, 2008

1120-07-2018

Gestão da rega deficitária

Ex. monitorização ambiental + fitomonitorização

Herdade do Esporão, 2013-15, proj. INNOVINE

C. Lopes, ISA/UL 1220-07-2018

Gestão da rega deficitária

Ex. monitorização ambiental + fitomonitorização

• Composição das ilhas de fitomonitorização :• 1 dendrómetro (diâmetro do tronco), • 9 termopares (3-folha e 6-bago), • 1 sensor de humidade no solo,• 1 sensor de humidade no coberto vegetal (folha

molhada), • 1 sensor de fluxo de seiva.

C. Lopes, ISA/UL

Fito-monitorização – Proj INNOVINE (2013-2016)

1320-07-2018

C. Lopes, ISA/UL 14

Ex. evolução temperatura da folha durante dias quentes maturação 2013, casta Aragonez

Folhas expostasEfeito lado da sebe

temperature óptima p/ fotossíntese

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Ex. evolução temperatura bagos expostos vs. efeitos na

concentração de antocianinasCasta Aragonez, 2013

EastWest

N

16C. Lopes, ISA/UL

Alternativa às ilhas de sensores

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Plataformas móveis com sensores diversos p/ fenotipagem da vinha:monitorização não invasiva de diversas características da vinha: ex. estadohídrico da videira, temperatura do coberto (termografia), produção ecomposição da uva.

Ex. VINBOT – Proj. financiado pela EU, FP7 (Grant Agreement FP7- SME-2013-2,

605630; 2014-2016), coordenado pela empresa Ateknea (Barcelona), contando

com a participação de 3 parceirosportugueses: ISA, Agriciência e Coop.

Agrícola da Granja.

10 cm

30 cm

60 cm

HV

(%

) -

10

cm

8

12

16

20H

V (

%)

- 3

0 c

m

8

12

16

20

Data

1-6- 15-6- 29-6- 13-7- 27-7- 10-8- 24-8-

HV

(%

) -

60

cm

8

12

16

20

10 cm

30 cm

60 cm

Análise, integração, processamento e disponibilização

informação: grande desafio

VA, CLopes, ISA

Variação diâmetro tronco vs Humidade solo

Data (dia do mês)

13 15 17 19 21 23 25 27 29

Va

ria

ção

diâ

met

ro tr

on

co ( m

)

1000

1200

1400

1600

1800

2000

2200

Hum

ida

de s

olo

10

cm

(%

vo

l)

10

15

20

25

30

35

40

variação diâmetro troncohumidade solo a 10 cm

rega

Data (dia do mês)

11 13 15 17 19 21 23

Te

mp

era

tura

(ºC

)

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

TarTf_ETf_W

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“Não é a espécie mais forte que sobrevive, nem a mais

inteligente, mas sim a que melhor se adapta às mudanças”.

Charles Darwin (1809-1882)

Muito obrigado pela v/ atenção