Ds dia 04 01 2016

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Pub. SUL FUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA diário do PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS ) Rossio - Évora PERIODICIDADE DIÁRIA SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2016 ANO: 46.º NÚMERO: 12.681 Pub. Desejos para 2016 Nações Unidas António Guterres passa testemunho a Filippo Grandi .... PÁG. 11 Suplemento Literário À segunda-feira ENTREVISTA grande .... PÁG. 7 Candidatos à Presidência da República Cândido Ferreira Autarcas do Alentejo revelam expectativas .... PÁG. 5 Passados 30 anos de adesão à UE estudo conclui dos portugueses iguala níveis de 1990 Qualidade de vida .... PÁG. 6 Portugal assinalou 30 anos de integração europeia a 01 de janeiro e três décadas depois de ter aderido à então Comunidade Económica Europeia (CEE) o nível de vida das famílias portuguesas avançou apenas três anos. Essa é uma das principais conclusões do estudo “Três Décadas de Portugal Europeu: Balanço e perspetivas”, coordenado pelo economista Augusto Mateus para a Fundação Francisco Manuel dos Santos. Adversidades, dificuldades, economia, empobrecimento, famílias, cortes. Foram estas as principais palavras usadas quando os autarcas, com que o “Diário do Sul” falou, se referiram ao ano que agora está a findar. Otimismo, esperança, desejos, reversão e importância do Poder Local foram os vocábulos que expressaram quando lhes foi perguntado o que esperam de 2016.

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Edição Diário do SUL — dia 04-01-2016

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Pub.

SULFUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA

diário doPUBLICAÇÕES

PERIÓDICAS

PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS )

Rossio - Évora

PERIODICIDADE DIÁRIASEGUNDA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2016

ANO: 46.ºNÚMERO: 12.681

Pub.

Desejos para 2016

Nações Unidas

António Guterrespassa testemunho aFilippo Grandi

.... PÁG. 11 .... PÁG. 4

SuplementoLiterário

À segunda-feira

ENTREVISTAgrande

.... PÁG. 7

Candidatos à Presidênciada República

CândidoFerreira

Autarcasdo Alentejorevelamexpectativas

.... PÁG. 5

Passados 30 anos de adesão à UE estudo conclui

dos portuguesesiguala níveisde 1990

Qualidadede vida

.... PÁG. 6

Portugal assinalou 30 anos de integração europeia a 01 de janeiro e três décadas depoisde ter aderido à então Comunidade Económica Europeia (CEE) o nível de vida das famílias portuguesas avançou apenas três anos. Essa é uma das principais conclusões do estudo “Três Décadas de Portugal Europeu: Balanço e perspetivas”,coordenado pelo economista Augusto Mateus para a Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Adversidades, difi culdades, economia, empobrecimento, famílias, cortes. Foram estas as principais palavras usadas quando os autarcas, com que o “Diário do Sul” falou, se referiram ao ano que agora está a fi ndar. Otimismo, esperança, desejos, reversão e importância do Poder Local foram os vocábulos que expressaram quando lhes foi perguntado o que esperam de 2016.

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Suplemento

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2 Tema de AberturaSEGUNDA-FEIRA , 4 DE JANEIRO DE 2016 diário do SUL

DIRECTORMADEIRA PIÇARRA

NOTA DO DIANOTA DO DIA

diár

io d

o SU

L DIRECTOR E FUNDADOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA

PROPRIEDADE: PIÇARRA - DISTRIBUIÇÃO DE JORNAIS, LDA.

DIRECTORES ADJUNTOS:MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA; MANUEL J. PIÇARRA

EDITORES EXECUTIVOS:PAULO JORGE M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5214)JOSÉ MIGUEL S. M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5216)e-mail: [email protected]

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REDACÇÃO: Roberto Dores (Cart. Prof. N.º 2863); Maria Antónia Zacarias (Cart. Prof. N.º 4844); Bruno Calado Silva(Cart. Prof. N.º 4479); Marina Pardal (Cart. Prof. N.º 9157) e-mail: [email protected]

COLABORADORES:A. Mira Ferreira; Dr. Carlos Zorrinho; António Gomes Almeida; Dr. Carlos Almeida; Dr. Luís Galhardas; Mário Simões; João Aranha; J. Correia; A. Moreira; M. O. Diniz Sampaio; Alexandre Oliveira; Dr. Bravo Nico; Dr.ª Lurdes Pratas Nico; Pe. Rui Rosas da Silva; Dr.ª Maria Reina Martin; Marcelino Bravo; Arq.º Fernando Pinto; Major Velez Correia; António Ramiro Pedrosa Vieira; Prof. Costa Coelho; Jorge Barata Santos; Dr.ª Paula Nobre de Deus; J. Ventura Trindade; José Eduardo Carreiro; Dr. Henrique Lopes; Dr. Luís Assis; Orlando Fernandes; Pe. Madureira da Silva; José Palma Rita; Diamantino Dias; Carlos Cupeto.

ESTATUTO EDITORIAL:ver em www.diariodosul.com.pt

Impressão Rotativa: Grafi alentejo - ÉVORATIRAGEM: 4.500/EdiçãoN.º Registo: 100262 NIPC: 506 754 413 • ISSN: 1647-6816

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CAPITAL SOCIALManuel José Madeira ..................... 8,12%Manuel José S.M. Piçarra ............ 22,97%Paulo Jorge S. M. Piçarra ............ 22,97%Maria da Conceição Piçarra ......... 22,97%José Miguel S.M. Piçarra.............. 22,97%

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

(porta a porta)(porta a porta)

Agora também na TV

Canal 502 e escolha Rádios Nacionais

ANO NOVO – VIDA NOVA diziam os antigos sempre à espera de melhores dias.

Hoje pensamos: amanhã é dia seguinte. Mas esta é que é a realidade física.

Janeiro começa o ano mas traz consigo os pro-blemas do Dezembro anterior. Saber corrigir os erros isso é que é a aposta em vida nova.

A melhor opção é ter esperança e vontade seja isso dos que nos governam em qualquer lugar, quer nas nossas famílias.

Anos de sacrifício vividos com extraordinária resistência os portugueses precisam de melhores condições de vida para tranquilidade das famílias e isso passa por garantias de emprego.

As grandes reformas da vida do País são impres-cindíveis e quanto antes. E elas terão que abarcar todas as áreas sociais.

As políticas a praticar terão que se fundamentar no desenvolvimento do País com grande preocu-pação nas regiões do interior nomeadamente no Alentejo onde vivemos.

E isso é que será VIDA NOVA. Com mais empre-sas fabris; com mais iniciativas em especial para que possam emergir jovens empresários.

É esse ANO NOVO que se deseja e que se exige aos governantes para uma forte coesão social em 2016.

(...)É esse

ANO NOVOque se deseja

e quese exige aos governantes

para uma forte coesão social

em 2016(...)

Plataforma para direitosdas mulheres corre risco de fecharpor falta de financiamento

Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres (PpDM) e as

suas organizações associadas correm o risco de fechar as portas no próximo ano devido à inexistência de fi nanciamento, disse à Lusa a presidente da organização.

Alexandra Silva adiantou que a PpDM tem sido fi nanciada, nos dois últimos anos, por programas geridos pela Fundação Calouste Gulbenkian, mas dois deles terminam em janeiro e o outro em março, não tendo a plataforma qualquer outro apoio.

Além do fi m do fi nanciamento destes três projetos, a PpDm pretende candidatar-se ao Programa Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE), mas os prazos das candidaturas para estes fundos comunitários na área da igualdade têm sido “sucessivamente prorrogados” desde 31 de julho, explicou.

A presidente da plataforma, que congrega várias organizações não-governamentais de direitos das mulheres e promotoras da igualdade entre mulheres e homens, sublinhou que os prazos das candidaturas já foram adiados duas vezes por alegada falta de formulários.

Alexandra Silva frisou que, “na área da igualdade, têm vindo a ser sucessivamente prorrogados os prazos das candidaturas, e as organizações estão a colapsar, porque não se conseguem manter no ativo”.

“É uma falta de respeito para quem está a trabalhar, como é que abram linhas de fi nanciamento e não há questionários disponíveis”, disse, sustentando que a plataforma “não tem qualquer apoio do Estado português”, sendo “a única plataforma que não recebe fi nanciamento por via do Orçamento de Estado”.

A ativista afi rmou que não é só

a plataforma que está em risco de fechar as portas, mas sim as seis associações de defesa de direitos das mulheres que trabalham na sede PpDM e que desenvolvem as suas atividades sem pagarem qualquer contrapartida fi nanceira à plataforma.

“Se fecharmos a sede, várias organizações ligadas aos direitos das mulheres também fecham”, realçou.

Alexandra Silva disse que quase todas as semanas a plataforma envia candidaturas a fundações internacionais, mas considerou que “não é um método de trabalho efi caz” e defendeu um apoio fi nanceiro por parte do Estado português.

“Sentimos que estamos em pé de desigualdade perante as outras plataformas que existem em Portugal, não percebemos porque uma área que diz respeito a mais metade da população não é apoiada pelo Estado”, referiu.

A

‘Banco mau’ BES fechou 2014com prejuízos de maisde 9 mil milhões de euros

‘banco mau’ BES fechou o ano de 2014 com prejuízos de mais

de 9 mil milhões de euros, divulgou a instituição que herdou os chamados ‘ativos tóxicos’ do antigo BES.

A entidade liderada por Luís Máximo dos Santos (que já tinha presidido à Comissão Liquidatária do Banco Privado Português) divulgou diversos documentos relativos às contas de 2014, que foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de 18 de dezembro deste ano.

De acordo com o relatório e contas, no fi nal de 2014, o BES tinha um resultado líquido negativo de 9.196 milhões de euros.

Desse valor, a ‘fatia de leão’ (8.947 milhões de euros) dizia respeito ao período entre 01 de janeiro e 01 de agosto de 2014, quando o antigo BES ainda existia, sendo que os restantes 249 milhões são referentes ao período desde 04

O de agosto até 31 de dezembro do ano passado.

Na mensagem do presidente do Conselho de Administração do BES, que está incluída no Relatório e Contas de 2014, Máximo dos Santos diz que com a medida de resolução o Banco de Portugal passou para o Novo Banco “a quase totalidade dos ativos, passivos e elementos extrapatrimoniais e ativos sob gestão do BES”.

Já na esfera do BES, acrescenta, passou “a estar apenas um conjunto residual de ativos”, que diz que consistem “essencialmente em créditos sobre entidades do Grupo Espírito Santo, em geral de muito difícil recuperação, e três fi liais, todas por razões diferentes com situações muito complexas”, o BES Angola, O espírito Santo Bank, em Miami, e 40% no capital do banco líbio Aman Bank.

O BES vendeu entretanto o banco líbio e tem acordo para vender o de Miami.

Já quanto aos passivos, refere Máximo dos Santos, fi caram no BES “responsabilidades perante os titulares de obrigações subordinadas e os passivos contingentes, bem como as responsabilidades perante a Oak Finance Luxembourg (…) e ainda os depósitos de entidades e pessoas especialmente relacionados com o BES”.

Esta mensagem é anterior à decisão de terça-feira do Banco de Portugal, pelo que não contém a informação de que também passou para o BES (vinda do Novo Banco) a responsabilidade sobre obrigações seniores, numa medida que recapitalizou o Novo Banco em quase 2.000 milhões de euros.

Na terça-feira, quando deu conta dessa decisão, o Banco de Portugal informou ainda que vai avançar com revogação da licença bancária do BES, iniciando-se assim processo judicial de liquidação da entidade.

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3OpiniãoSEGUNDA-FEIRA , 4 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

CRÓNICA DA SEMANAVisto do Alentejo N.º 1.182

RelevânciaDr. CARLOSZORRINHO

O final do ano é um tempo propício a balanços interiores e também a

exercícios de avaliação e tentativa de compreensão sobre as várias dinâmicas que fazem mover o nosso mundo. Somos hoje, com o fácil acesso à informação e com a sofisticação com que ela nos é transmitida, bombardeados diariamente com relatórios ilustrados sobre dezenas de acontecimentos globais, que ocorrem nas mais diversas latitudes e longitudes, numa teia relacional complexa e sobre a qual acabamos por não ter tempo para refletir.

Dediquei por isso a semana menos intensa do Natal, para além de reencontrar pessoal ou virtualmente os amigos e de estar com a família, a ler e pesquisar informação que me permitisse religar ainda que em esboço, as torrentes de informação que diariamente fui recebendo sobre as diver-sas plataformas em que se desenvolve a geopolítica e a geoestratégia mundial.

De forma descontraída

fui lendo sobre as múltiplas alianças e sistemas comerciais e financeiros que arquitetam o mundo em que vivemos e cuja compreensão é determinante para ler os conflitos militares mais ou menos explícitos que trespassam o nosso tempo.

A rede de análise resultante é de uma complexidade extrema. O mais marcante é perceber que estando tudo interligado, acaba por haver um interesse partilha-do na contenção dos conflitos e na manutenção de pontes de troca económica e financeira. Uma contenção tensa e com terríveis efeitos colaterais sobre os povos e as regiões que fun-cionam como válvulas de escape (e de realização do negócio da guerra).

Neste texto de ano novo, focado nas dinâmicas de um mundo interligado para a paz e para a guerra, sublinho um dado que resulta das várias leituras efetuadas. A União Eu-ropeia é cada vez mais um anão político na cena internacional, embora esteja envolvida direta ou indiretamente nos confli-tos mais perigosos. A quebra de reputação e de relevância

da UE é enorme, e mesmo quando se reduz a União ao seu País motor, a Alemanha, o seu papel prospetivo não é entusiasmante.

Temos por isso um de-safio de relevância positiva para um espaço económico e político que pugna pelos valores da paz, da tolerância e do respeito pela diversida-de. Sem pretender propor nenhuma receita milagrosa, que também não conheço, sugiro uma linha de ação que a Europa do Sul pode desen-volver, para sair ela própria da sua irrelevância estratégica e ser parte da solução para o reequilíbrio global.

Refiro-me ao urgente con-traponto à Parceria Transpací-fica, com uma dupla Parceria Transatlântica. A parceria da UE com os Estados Unidos e a parceria da UE com o Merco-sul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai como núcleo duro para este efeito). Parcerias re-levantes para o mundo, para a UE e que ajudarão Portugal a sair da periferia política em que os defensores do “prote-torado” o colocaram

Eu sou, muito naturalmente, pela paz e contra a guerra, como a maioria das pessoas, mas infeliz-mente, não pode haver paz sem haver guerra e, no Em Frente Mar-che, fala-se frequentemente em ambas. Deste modo, mais uma vez estes dois temas vão ser aborda-dos, sobretudo o relacionado com a guerra, pois a maneira de a fazer tem vindo, ao longo dos tempos, a experimentar transformações numerosas e muito profundas, sobretudo nos dois séculos que antecederam o século em que vive-mos e, muito especialmente, no in-tervalo do final da I Grande Guerra e no início e durante a segunda. E essas transformações não pararam, pelo que se vier a acontecer uma terceira, nem quero pensar no que poderá acontecer à Humanidade.

Ora quando a guerra repousava na força, na agilidade e na argúcia dos que combatiam com armas elementares não havia, como é evidente, grandes especializações dentro dos grupos em confronto. E foi para prevenir a surpresa que os nossos antepassados fizeram as fortificações que representam, seguramente, o primeiro trabalho de adaptação do terreno, realizado com paus, com terra e com pe-dras. Foram-se, porém, tornando

EVOLUÇÃO NA GUERRAobsoletas quando surgiram os progressos da artilharia. Os nossos soldados da guerra do Ultramar, de 1961 a 1974, quando faziam guaritas de bidões cheios de terra estavam a reproduzir gestos com milénios, alterando apenas o in-vólucro de material de proteção. A ideia, contudo, era o instinto de defesa; era garantir uma proteção próxima, robusta e mais ou menos eficaz, sem grande necessidade de manutenção… Por consequência, a mesma pretensão que milhões de soldados antes deles, ao longo dos séculos, tinham tido e realiza-do sob formas muito semelhantes.

Todos sabemos que a evolução da sociedade do nosso tempo tem-se processado com um ritmo crescente de mudança. As trans-formações a que temos vindo a as-sistir são radicais, particularmente no campo das telecomunicações e informática. Ora isso não pode deixar de se refletir quer no modo de fazer a guerra, quer na forma como as populações se apercebem da mesma, na medida em que a maldita guerra não é uma longín-qua. Está presente em tempo real

e às vezes tão real, tão real que desqualifica a própria guerra.

Em muitos casos, a evolução ve-rificada no espaço de tempo atrás citado foi determinada por razões naturalmente que se prendem com as aplicações militares dos no-vos conhecimentos. A preocupa-ção de se possuir melhores armas do que o inimigo, de melhor orga-nizar as forças para o combate, de colher informações de modo não detetado, fizeram orientar para a investigação recursos financeiros enormes e alguns dos melhores cientistas.

E o nosso país dispondo de recursos financeiros, diria mesmo paupérrimos, não pode deixar de acompanhar essa evolução, na medida em que pode correr um grave risco na altura em que, integrado numa Comunidade, for chamado a desempenhar deter-minada ação e esteja muito longe de para ela estar preparado. Os nossos soldados têm um grande poder de adaptação. Isso foi mais que provado em África nos anos 60 e parte de 70 do século passado, já para não recuarmos no tempo, mas tal não chega, mormente nos tempos que correm. E os políticos não podem, de forma nenhuma, descurar a preparação das nossas Forças Armadas, tal como aconte-ceu em diversas fases da nossa His-tória. Mas, terei que afirmar mais uma vez, que os soldados querem a Paz, porque, são eles os que mais sofrem com a guerra.

Os sonhos e a esperança foram-nos dados como compensação às dificuldades da vida.

JANEIRO - 1.ª quinzena

AGENDA CULTURAL ALENTEJO

Agenda Cultural da Região Alentejo elaborada pela Direção Regional de Cultura do Alentejo, em colaboração com o Jornal Diário do Sul|Rádio Telefonia do Alentejo, disponível em: www.cultura-alentejo.pt

5 DE JANEIRO

|MÚSICA| Noite de Reis – O programa do evento contempla o

tradicional Cante dos Reis, com a participação do Grupo Coral “Os Vindimadores de Vidigueira” e do Grupo Coral da Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito, bem como a prova de bolo-rei e licoroso, ao redor de uma fogueira. A noite contará ainda com a atuação do Grupo Coral da Escola de Música da Câmara Municipal de Vidigueira e do Grupo Amigos do Cante dos Reis, de Pedrógão do Alentejo.

Local: Vidigueira - Início no Largo da Cascata, terminando na Praça da República, junto ao edifício da Câmara Municipal.

Horário: 20h30Org.: Município de VidigueiraMais informação: T. (+351) 284 437 400 Página Web - www.cm-vidigueira.pt

ATÉ 8 DE JANEIRO

|EXPOSIÇÕES|“Intervenção arquitetónica em contexto arqueoló-

gico. Propostas e desafios para a cidade de Braga” - Exposição cujas propostas, apresentadas para a cidade de Braga, foram realizadas no âmbito do Curso CEAPA-FAUP (Metodologias de Projeto - Tema 1) sob a coordenação do Prof. Pedro Alarcão.

Local: Évora - Galeria da Casa de BurgosHorário: De segunda a sexta - feira, das 9h às 12h30 e

das 14h30 às 17h30.Org.: Universidade do Porto - Faculdade de Arquitetura

- CEAPA - FAUP; Universidade do Minho - Unidade de Arque-ologia e Direção Regional de Cultura do Alentejo, com o apoio do Município de Braga.

Mais informação: T. (+351) 266 769 450Página Web - www.cultura-alentejo.pt

ATÉ 9 DE JANEIRO

|EXPOSIÇÕES|“O Menino Jesus - Paróquias do Concelho de

Sousel” - Exposição que reúne imagens do Menino Jesus, de grande valor artístico e religioso, provenientes das diver-sas paróquias do Concelho de Sousel.

Local: Sousel - Centro Cultural de SouselOrg.: Núcleo Museológico do Município de Sousel Mais info.: T. (+351) 268 550 100 -Página Web: www.cm-sousel.pt/

9 DE JANEIRO

|MÚSICA|Concerto de Guitarras - Concerto de Ano Novo inter-

pretado por Jorge Tuna (guitarra portuguesa), Armando Carvalho Homem (viola de Coimbra), João Torre Valle (guitarra portuguesa de Lisboa), Manuel Mesquita (guitarra clássica), Rui Silveira (viola de Lisboa).

Local: Alvito - Centro Cultural de AlvitoHorário: 21h00Org.: Município de AlvitoObs.: Entrada livreMais informação: T. (+351) 284 480 800Página Web - www.cm-alvito.pt

Concerto de Reis - A tradição mantém-se com o concerto de Reis interpretado pelo grupo de Cantares de Portalegre e pelo grupo Modas de Ródão, que darão a conhecer algumas cantigas de Reis de diferentes zonas do país. O evento terá lugar no Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre, que celebra 10 anos, em 2016.

Local: Portalegre - Grande Auditório do Centro de Artes do Espetáculo de Portalegre

Horário: 17h00Org.: Município de PortalegreObs.: Entrada livreMais informação: T. (+351) 245 307 498 Página Web - http://caeportalegre.blogspot.pt/

ATÉ 10 DE JANEIRO

|EXPOSIÇÕES|“India - Rosto de Canela”- Exposição de fotografia de

Luís Lobo Henriques, constituída por 60 imagens captadas durante as viagens realizadas à India em 2012 e 2015. A mostra pretende revelar um pouco da alma da Índia, o exotismo das suas gentes e a cultura, num turbilhão de cores,

emoções, aromas, sabores e sons que se impregnam nos cinco sentidos do visitante. A iniciativa integra o Ciclo de Exposições Museu Aberto.

Local: Monsaraz - Igreja de Santiago - Galeria de ArteHorário: Diariamente das 9h30 às 13h e das 14h às 17h30Org.: Município de Reguengos de MonsarazMais info.: T. (+351) 266 508 048Página Web: www.cm-reguengos-monsaraz.pt

10 DE JANEIRO

|MÚSICA|Concerto de Reis - Interpretado pela Orquestra Clássica

do Sul, dirigida pelo maestro Rui Pinheiro, este concerto celebra a tradição de Reis e encerra a quadra natalícia. Sob a temática “Lendas e Personagens”, o programa apresenta um conjunto de peças que preenchem o imaginário da música erudita.

Local: Redondo - Auditório do Centro Cultural de Redondo

Horário: 17h00Org.: Câmara Municipal de RedondoPúblico - alvo: M/6 - Obs.: Entrada gratuitaMais informação: T. (+351) 266 989216Página Web - www.cm-redondo.pt

16 DE JANEIRO

|MÚSICA|Concerto de Ano Novo - Interpretado por Capella

Patriarchal, dirigido pelo organista e musicólogo João Vaz, este concerto celebra o Novo Ano de 2016. Criado em 2006, e contando já com diversos concertos em Portugal, Espanha e Alemanha, o projeto Capella Patriarchal é des-tinado fundamentalmente à divulgação dos tesouros da música sacra portuguesa, apresentando, frequentemente, obras inéditas.

Local: Évora - Sé de ÉvoraHorário: 18hOrg.: Althum.com e Cabido da Sé de Évora, com o apoio

de Fundação EDP, FEA, DRCAlentejo e Dinarte Machado - Atelier Português de Organaria.

Obs.: A entrada é livre mas de reserva obrigatória.Mais informação/Reservas: T. (+351) 919 745 338E-mail: [email protected]ágina Web: www.althum.com

ATÉ 30 DE JANEIRO

|EXPOSIÇÕES|1013 Anos de António Carrapato - No âmbito das

Comemorações do Centenário do Museu de Évora o fotógrafo António Carrapato realizou esta exposição na qual quis casar o museu centenário com outros centenários de Évora. No distrito encontrou 10 pessoas com mais de 100 anos, cuja soma das suas idades totalizou 1013 anos. Deste trabalho é realçada a maior proporção de mulheres que sobrevivem ao tempo, comparativamente com os homens, e o facto de nenhum dos fotografados ter estado antes no Museu de Évora.

Local: Évora - Museu de ÉvoraHorário: De terça-feira a domingo, das 09h30 às

17h30.Org.: Direção Regional de Cultura do Alentejo - Museu

de ÉvoraMais informação: T. (+351) 266 730 480Página Web - www.museudevora.pt

A DECORRER …

|EXPOSIÇÕES|“José Afonso - Andarilho, poeta e cantor”- Expo-

sição que proporciona aos visitantes uma viagem pelas diversas dimensões da vida e obra de José Afonso, aliando os estímulos visuais e auditivos à vertente pedagógica e cívica associada permanentemente a José Afonso. A entrada é livre.

Local: Grândola - Antigos Paços do Concelho de Grândola (Praça D. Jorge)

Horário: De 3ª a 6ª, das 9h30 às 12h e das 14h às 16h30. Aos sábados, domingos e feriados, visitas de grupo mediante marcação.

Prod.: Associação José Afonso, com o apoio, em 1994, da “Lisboa 94 - Capital Europeia da Cultura” - Org.: Municí-pio de Grândola

Mais informação/Marcações: T. (+351) 269 450 019 E-mail: [email protected]ágina Web - www.cm-grandola.pt

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4 domQuixoteSEGUNDA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2016 diário do SUL

dom QuixoteSuplemento de Artes e Letras

Este Suplemento é parte integrante do jornal «Diário do Sul» e não pode ser vendido separadamente

Ao nosso PatronoOh meu Nuno de Santa Maria!Para se abrirem, está chegando o diaAs portas da Tua bela ResidênciaCom fé, pois Te quero dizer OBRIGADO

Meu Santo, inolvidável SoldadoInsigne patriota de excelência.Como nosso Patrono decidimos Te adotarNa Tua Casa, pois Te iremos adorar

Plos nossos erros Te iremos pedir perdãoPor Ti, ela já foi abençoadaE todos os dias, podes crer, vai ser rezadaEm teu louvor, uma pequena oração.

Foste Tu que nos inspiraste confiançaEm Ti depositámos muita esperançaE em Ti sempre iremos confiar

Ampara-nos nas muitas dificuldadesE nas enormes contrariedadesQue no percurso iremos encontrar.

Velez Correia

EnganoBatem à porta... mas não vejo nadaSão ilusões que passam... são ruidos,ou talvez seja a tua mão amada,a tocar-me ao de leve nos sentidos!

Como eu seria alegre... afortunadase fossem os teus dedos condoidosa pegar na minha alma apaixonada...Pondo a meus pés, passados já perdidos.

Lá fora o tempo corre velozmente...P’ra além da vida passa o desconhecidomas tudo fica igual... eternamente.

Eu abracei o Universo em vão...Ao querer pisar um mundo proibido...Onde eu amei um ser, que foi visão!?

Leolinda Trindade

UtopiaSonhei muito,desejei demasiado cedoatravessar oceanos,subir ao pico de montanhas,alcançar a estrela mais brilhantedo firmamento!O poder da minha menteconjugada com minha ânsiade ser uma lutadora,fez dentro de mima criação de uma utopiainvencível!Em silêncio,do meu peito soltei um gritode raiva e doraté olhar o sanguenas minhas veias...bem vermelho,tão vermelho como a minha Paixão!

Plantei e colhi flores na Primavera;vivi um amor ardenteno Estio mais quente!Esmoreci no cinzento Outonoenfraquecida pela sensação de abandono,e no Inverno tremi de febre e frio...Encarei o espelho e estava pálida,nem me reconheci!!!Mas não soçobrei...A morte não mata o Amorque guardo por ti,e por tudo que amei!...

Ermelinda Negreiros

POEMA PARA CRIANÇAS

O gatitoVidinha de sofá, melhor, não há!Enroscadinho, no canto, quietinhoEsperando que me façam uma festaDormindo meus soninhos, quentinho.

Vidinha de sofá, melhor não há!Sou um gatinho muito estimado.Adoro a comidinha que me dão,E tenho o meu dono a meu lado.

Ele é pequeno, assim como eu.E, com ele, faço brincadeiras.Melhor que a minha vida não há!

Sou um animal muito educado,Sou inteligente, com boas maneiras,Pois vida de sofá, melhor não há!

Maria José Murteira Silva Correia

No Auditório da Junta de Freguesia de Amora que Manuel Lima apresentou mais um livro a juntar à sua vasta bibliografia de 19 obras de temáticas pedagógico-científicas. Desta vez é uma obra mais pessoal onde relata episódios de uma vida plena de trabalho, criatividade e inovação.

E é com ironia, optimismo e salutar alegria que relata episódios de sua meninice e adolescência que tem implícita uma crítica construtiva à sociedade desses tempos

(décadas de 50, 60 e 70) uma época de grandes desigualdades sociais, trabalho infantil e toda a espécie de precaridade muitas vezes camuflada pela caridadezinha.

Presentes Eduardo Rosa presidente da Junta de Freguesia de Cor-roios, Manuel Araújo, presidente da Junta de Freguesia de Amora.

Este livro “Coisas Giras que Vivi” sob o aspecto de um livro sim-ples é um documento onde está patente uma vida intensa e interes-sante e o historial de uma família tradicional onde os valores morais e o trabalho honrado foram um guia e que fizeram deste jovem inteligente, um cientista, culto e brilhante professor.

Livro muito pedagógico, nele se transmite a pureza de sentimen-tos do autor. Algumas notas importantes para a compreensão da construção da sua personalidade e identidade.

Neto de avô paterno alentejano que foi pastor na região de Évo-ra. Aqui denoto logo uma herança genética talvez responsável pela sua perseverança e pelo seu sentido poético.

Neto de avô materno, pescador da Caparica herança genética de religiosidade, coragem e destemor que evidencia nas suas andanças pelas arribas do litoral circundante à procura dos seres microscópi-cos e pelos campos na mira da fauna e da flora com cujas descrições nos encanta.

E o livro vai desfiando todo o percurso da sua vida. Muitas peripécias umas desastradas, outras divertidas, muitas corajosas, episódios dos quais se deprendem as suas qualidades de trabalho, generosidade etc.

E assim foi a sua dissertação sobre este livro diferente, pois se os outros são cada um deles uma súmula de investigação e sabedoria este é o testemunho de uma vida sofrida, mas alegre pela capacida-de de superar as dificuldades.

E diz ter escrito este livro para amigos. A grande felicidade que diz sentir por ter a sala cheia de amigos está estampada no seu rosto...

E se os livros anteriores valem pelo rigor científico e pelo per-feccionismo este vale por um testemunho de vida e pelo historial de uma família que está nas raízes deste homem talentoso, sensível, sério e franco e de quem nos orgulhamos de ser amigos.

Apresentação do Livrodo Professor Manuel Lima “Coisas Giras que Vivi”

2016, Sê benvindo!!!Como tudo o que há na vida,Tem princípio, meio e fim!O ano 2015, está de partida,Como será o 2016, para mim?

Para mim e todo o mundo,Eu faço sinceros desejos...Que haja amor profundo...Felicidades e muitos beijos!

Beijos de toda a qualidade:De amor, de preferência...Mas, também, de amizade...E, todos, por excelência!!!

Excelência, de excelentes,Dando a Deus, um de Obrigado;Para todos sermos diferentes,Como Irmãos, de braço dado.

E, a terra inteira, em sorrisos;De mãos dadas, como irmãos...Era, tudo, o que era preciso,Para haver mais comunhão!

José Pastorinho

Corpo já gasto(Por não ter idade!...)Isso !?... Faz dele um sonhador.Arrasta quem nele confiaMesmo em desobediênciaSempre disponível p’ró amor.

Habita num corpo antigoJá cansado e dolorido.Sem por isso deixar de cuidarDo jardim da sua vidaQue ainda é deveras florido.

E por existir: No futuro é esculpidoNa sua imaginação.Poema que desnuda a mulherNa arte de fazer versosE dela ter a compreensão.

Juventude que se alimentaDe espírito constantemente.No seu corpo já gastoQue rejeita ser máquina eternamente.

Júlio Amaral

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5RegionalSEGUNDA-FEIRA , 4 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

A

n Maria Antónia ZacariasSeis autarcas do Alentejo Central revelam expetativas para o novo ano

Esperança e reforço do Poder Local são os principais desejos para 2016dversidades, dificuldades, economia, empobrecimento, famílias, cortes. Foram estas as principais palavras usadas quando os autarcas, com que o “Diário do Sul” falou, se referiram ao ano que agora está a findar. Otimismo, esperança, desejos, reversão e importância do Poder Local foram os vocábulos que expressaram quando lhes foi perguntado o que esperam de 2016. Certo é que quando um ano começa, as expetativas são sempre elevadas e é isso que é

revelado. Este olhar positivo sobre os próximos 366 dias, uma vez que 2016 é ano bissexto, assenta, de acordo com os seis presidentes de Câmara questionados, sobre uma necessidade de governação estável e capaz de executar políticas sociais que tenham impacto na vida da população portuguesa. Aguardemos, então, pelo ano 2016 com a certeza de que o passado ficou lá atrás e que o caminho faz-se hoje para se conseguir um amanhã melhor!

José CalixtoPresidente da Câmara Municipal Reguengos de Monsaraz

“Poder Central deve seguir política de proximidade para com

as populações”

Hortênsia MeninoPresidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo

“É necessário continuar a acreditar que é possível ter um futuro

melhor”

Carlos Pinto SáPresidente da Câmara Municipal de Évora

“Melhores condições de vidapara as pessoas e maior dinâmica

empresarial”

(Conclusão)

A GNR anunciou a detenção, em Serpa, de um homem de 27 anos por suspeitas de tráfico de droga e de outras três pessoas, entre os 16 e 22 anos, pelo ale-gado furto de 25 ovelhas.

A operação da GNR decorreu na semana passada, envolvendo militares do Destacamento Ter-ritorial de Moura do Comando Territorial de Beja.

O homem de 27 anos foi detido numa localidade do con-celho de Serpa, pelos alegados crimes de tráfico de estupefacien-tes e resistência e coação sobre

funcionário.Os militares, revelou o

Comando Territorial de Beja da GNR, apreenderam-lhe 20 “bolotas” de haxixe, em quanti-dade suficiente para 420 doses individuais.

O detido foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.

No decorrer desta operação, os elementos da GNR “suspei-taram de uma viatura de trans-porte de gado que circulava no local, pelo que a intercetaram”, pode ler-se no comunicado da

Guarda.“As suspeitas confirmaram-

se, tendo sido apreendidos 25 animais de raça ovina furtados e detidos três indivíduos do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 16 e os 22 anos”.

Também estes suspeitos já foram presentes a tribunal, tendo sido constituídos arguidos e sujeitos a termo de identidade e residência.

Os animais foram restituídos ao seu legítimo proprietário, acrescentou a GNR.

GNR deteve em Serpa alegado traficante de droga e três suspeitos de furto de ovelhas

O homem de 41 anos detido por suspeitas de matar a tiro um vizinho, no concelho de Santiago do Cacém, vai aguar-dar julgamento em prisão pre-ventiva, revelou a GNR.

Fonte da GNR disse à agência Lusa que o suspeito, presente a tribunal, foi transportado para o Estabelecimento Prisional de Setúbal.

A detenção do homem, sus-peito de ter matado a tiro um vizinho de 48 anos, na zona de Vila Nova de Santo André, Santiago do Cacém, foi divul-

gada pela GNR.O presumível agressor e

a vítima, moradores na zona de Foros da Quinta, naquela freguesia alentejana, “tinham tido quezílias no passado”, segundo fonte da GNR con-tactada pela Lusa.

O alegado homicida terá efetuado, então, “do interior da residência, um disparo com uma caçadeira, através da janela, e atingiu a vítima na zona da face, junto ao pescoço”.

Após o presumível homi-

cídio, “o próprio agressor se deslocou a casa de um outro vizinho, ali perto, e disse que tinha matado uma pessoa”, tendo sido este morador que alertou os militares da GNR.

O alegado homicida “entre-gou-se de imediato, sem resistência e sempre a coo-perar”, à patrulha da Guarda mobilizada para a ocorrência e o óbito da vítima “foi confir-mado no local”.

A investigação do caso está entregue à Polícia Judi-ciária.

Suspeito de matar vizinho em Santiagodo Cacém fica em prisão preventiva

“Espero que 2016 possa ser um ano melhor do que 2015. Temos a perspetiva que, do ponto de vista político, possa haver melhorias e incrementos nas condições de vida das pessoas. Anseio que, ao longo de 2016, haja uma melhoria do rendimento disponível da população portuguesa, e particular dos trabalhadores, dos reformados, das pesso-as de rendimentos mais baixos, o que permitirá não apenas melhorar um pouco a vida dessas pessoas, como dinamizar a economia, por via do consumo interno e da dinâmica das pequenas e médias empresas. Por outro lado, aguardo que o processo de regressão que estávamos a assistir na área da saúde, da educação, da segurança social, no Poder Local, possa começar a ser revertido e que o serviço público seja defen-dido e que a generalidade da população tenha acesso a esses serviços. Espero que a tendência que havia para o empobrecimento se mude e que possamos reduzir substancialmente o número de pobres que existe em Portugal. Pensando que esses impactos sejam positivos para Évora, esperamos uma melhoria das condições de vida das populações e uma maior dinâmica em termos económicos. Temos boas perspetivas empresariais para Évora e desejamos que se consiga aqui sediar o clus-ter aeronáutico, conseguindo elevar o nome de Évora, até porque em 2016 comemoram-se os 30 anos como Património Mundial”.

“Para 2016 temos expetativas positivas como em qualquer início de ano. A estabilidade governativa de Portugal é um dos desejos que temos associado, naturalmente, ao respeito pelo Poder Local e ao reconhecimento que este poder tem junto das populações. Espera-mos que todos estes factos relacionados com instabilidades no se-tor financeiro sejam finalmente ultrapassados e possamos esquecer estes milhares de milhões de euros que se estão a esvair em vez de serem aplicados no Estado Social e em obras que possam ser úteis às pessoas. Estamos a vê-los ir por buracos financeiros na banca que nos preocupam a todos e, assim, queremos que 2016 seja um ano limpo nessa matéria. Ambicionamos que a inversão das tendências de austeridade, de contenção de despesas sociais do Estado naque-les que mais precisam, possa acontecer e que tenhamos áreas como a Segurança Social, a Educação, a Cultura, a Saúde, que possam respeitar uma sociedade que se quer inclusiva. São estes os desejos de alguém que, todos os dias, juntamente com os seus colegas, tem que resolver problemas muito concretos das populações. Penso que o Poder Central deve seguir essa linha de proximidade com as pes-soas porque é para isso que os servidores públicos existem”.

“Quero deixar uma nota de esperança, de otimismo e de con-fiança. Tendo em conta que a situação que o país atravessa se reflete na vida das pessoas em geral é complexa, defendo que é necessário continuar a acreditar que é possível ter um futuro melhor. Penso que no que depende da intervenção do Poder Local e da interven-ção junto das pessoas, isso continuará a ser feito. Por isso, garanto que é isso que em Montemor-o-Novo vamos continuar a concretizar com a colaboração e o envolvimento de todos, desde o movimento associativo, passando pelos agentes económicos e pelos culturais. É essa a perspetiva que temos para 2016”.

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UE/30 Anos

diário do SUL6 SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 4 DE JANEIRO DE 2016

Pub.

ortugal assinalou 30 anos de integração europeia a 01 de janeiro e três décadas depois de ter

aderido à então Comunidade Económica Europeia (CEE) o nível de vida das famílias portuguesas avançou apenas três anos.

Essa é uma das principais conclusões do estudo “Três Décadas de Portugal Europeu: Balanço e perspetivas”, coordenado pelo economista Augusto Mateus para a Fundação Francisco Manuel dos Santos. Divulgado este verão, o estudo atualizou o anterior estudo “25 anos de Portugal Europeu”, incorporando os anos de 2011 a 2013.

Segundo o estudo, “em 2013, o nível de vida das famílias portuguesas era 25% inferior à média europeia, a mesma distância que registava em 1990”.

Entre 1986 e 2013, o período de 28 anos analisado pelo estudo, Portugal passou de uma “rota de convergência” concentrada nos anos seguintes à adesão à CEE e na década de 1990 para um “processo visível de divergência” mais recentemente, com a austeridade aplicada durante o programa de ajustamento.

Eis algumas das principais características enumeradas pelo estudo, nos 30 anos de ‘Portugal Europeu’:

Nível de vida das famílias portuguesas

O nível de vida dos portugueses recuou em 2013 para valores de 1990, ficando 25% abaixo da média europeia.

No panorama europeu atual, Portugal é incluído num segundo patamar de convergência, composto por países com um nível de vida 20% a 30% abaixo do padrão europeu, incluindo a Eslovénia, República Checa, Eslováquia, Lituânia, Grécia e Estónia. Desde 1999, Portugal apenas se aproximou da média europeia em 2005 e 2009.

Entre 2010 e 2013, o PIB ‘per capita’ português caiu 7% face ao padrão europeu e o nível de vida das famílias regrediu mais de 20 anos, refletindo a crise económica, a

aceleração do processo de globalização, o alargamento da União Europeia a Leste e a aplicação do programa de resgate.

PIB cresceuEstimulado pelo consumo

privado, que absorveu sete em cada dez euros de riqueza criada, o PIB português cresceu 76% desde 1986.

Com um modelo de crescimento assente no consumo privado e bastante dependente do financiamento bancário e das importações de bens e serviços, Portugal, que foi entre 1986 e 1994 o país da União Europeia que mais cresceu pela procura interna, tornou-se o quarto país com um contributo mais negativo no que diz respeito a este indicador entre 2007 e 2013.

Impostos altos

Em 2013, Portugal continuava entre os Estados-membros mais endividados.

Por outro lado, Portugal foi o que registou maior aumento de impostos entre 2010 e 2013, que nesse período subiu mais de 11%. A subida das receitas do Estado ficou a dever-se sobretudo ao aumento da carga fiscal.

Portugal é também o Estado-membro em que os juros absorvem uma maior proporção da riqueza criada (em 2013 representavam 5% do PIB) e o décimo que mais gasta em prestações sociais.

O peso da despesa pública na economia alcançou perto de 50% do PIB em 2009 e assim se mantém desde então, com crescente relevância das despesas com proteção social, cujo impacto no orçamento subiu de 30% em 1995 para 40% em 2013.

Destaque para 2013, quando Portugal conseguiu pela primeira vez um saldo comercial positivo. Destaque também para o aumento das exportações, cujo peso no PIB passou de 25% para 41% nos 28 anos de “Portugal Europeu”, e das importações, cuja representatividade no PIB passou de 27% para 39% nos 28 anos.

Peso da indústria caiu

Desde a adesão à CEE, o peso das indústrias transformadoras na economia caiu 10 pontos percentuais e o contributo do setor primário para a criação de riqueza diminuiu de 8% em 1986, altura em que representavam mais do dobro da média europeia, para 2% em 2013.

O turismo, responsável em 2013 por 16% do PIB, 18% do emprego e 13% das exportações, tem vindo a afirmar-se como uma das principais atividades económicas em Portugal, que é o sexto estado membro onde o turismo mais pesa no PIB.

Consumo ‘per capita’ subiu

Os portugueses gastam atualmente o dobro do dinheiro que gastavam quando Portugal aderiu à CEE e o consumo ‘per capita’ escalou ininterruptamente do mínimo de 1986 ao máximo de 2008.

O Portugal Europeu passou de uma conjuntura “marcada por pressões inflacionistas”, com os preços a subirem 13% em 1986, para uma situação marcada pelas pressões deflacionistas, com os preços a subirem em média 0,5% entre 2008 e 2013.

Ainda assim “o nível geral de

preços em Portugal é 14% inferior ao padrão médio europeu”, destaca o estudo, apontando o elevado nível geral de preços que se verifica nos países nórdicos, com a Dinamarca (40% acima da média europeia).

Emprego aumentae precários também

Desde 1986, o número de trabalhadores dependentes aumentou, mas a ligação à entidade patronal tornou-se mais precária e em 2013 um em cada cinco assalariados eram contratados a prazo.

Em 2013 mais de 700 mil trabalhadores estavam contratados a prazo, ou seja, 21% dos assalariados, traduzindo-se num crescimento de 50% face a 1986 e tornando Portugal no terceiro estado-membro onde os contratos a termo têm maior peso, apenas atrás de Espanha e da Polónia

Na comparação com outros Estados-membros tornam-se mais evidentes as distorções da legislação laboral portuguesa: os custos financeiros e processuais para despedir um trabalhador com vínculo permanente são dos mais elevados, enquanto o custo associado ao despedimento coletivo é dos mais baixos da Europa.

O ritmo de crescimento da população empregada foi particularmente intenso até 2002, tendo sido criados 850 mil postos de trabalho. “A estagnação verificada ao longo da década de 2000 e a destruição líquida de 600 mil empregos entre 2008 e 2013 reverteram na totalidade a criação de emprego registada entre 1995 e 2002”, acrescenta o documento.

A construção, a agricultura e a indústria concentraram 80% da destruição de emprego, registando-se nestes setores uma redução superior a 27%.

Entre 2008 e 2012, as verbas destinadas a subsídios de desemprego aumentaram 70%, com o número de beneficiários a passar de 450 mil para 650 mil indivíduos, mas outras prestações sociais, como o Rendimento Social de Inserção avançaram em caminho oposto.

A sua abrangência tem vindo a diminuir desde 2010, altura em que contava com 530 mil beneficiários, até aos 360 mil indivíduos em 2013, o valor mais baixo desde 1998.

Portugal, país com cabelos brancos

Entre 1986 e 2013, Portugal passou de um extremo ao outro na generalidade dos ‘rankings’ de envelhecimento da UE, superando a média comunitária e aproximando-se de países como Alemanha, Itália, Espanha, Grécia ou Bulgária. Hoje, Portugal é o terceiro país da com mais filhos únicos e está entre os países com mais idosos.

Em 1986, o país contava com 23% de jovens e 12% de idosos, mas hoje menos de 15% são jovens e os idosos, que viram a sua esperança média de vida aumentar seis anos e meio nos últimos 28 anos, representam já um quinto da população. Em 2013, Portugal era o quinto Estado-membro com mais idosos por cada jovem.

As prestações sociais por habitante em Portugal correspondem a 65% da média europeia, abaixo dos valores registados na Grécia ou em Espanha. Portugal destina uma maior percentagem da riqueza nacional às prestações sociais por motivo de velhice, sobrevivência e desemprego, mas dedica menos 2% do PIB em prestações por motivo de doença e cuidados de saúde, enquanto o peso das prestações associadas à família e às crianças (1,2%) é cerca de metade do referencial europeu (2,2%).

Famílias cada vez mais pequenas

Nos últimos 18 anos, a taxa de mortalidade manteve-se em torno dos dez óbitos por mil habitantes, mas a taxa de natalidade caiu de 12 para menos de oito nascimentos por mil habitantes.

Portugal é o terceiro Estado-membro no ‘ranking’ dos filhos únicos: desde a adesão à CEE, a dimensão média das famílias portuguesas desceu de 3,3 para 2,6 pessoas, com os efeitos da crise a refletirem-se também nos comportamentos das estruturas familiares. Em 2013, o número de casais com filhos recuou ao nível da crise de 1993 e as famílias monoparentais caíram, pela primeira vez, desde 2003

Com a degradação do mercado de trabalho e as implicações salariais da crise, Portugal foi o país em que o peso das remunerações líquidas no

rendimento disponível das famílias mais caiu, ao passar do 14.º lugar entre os países com um peso salarial mais elevado, que ocupava em 2002, para a posição de quarto valor mais reduzido, em 2013.

Entre 1999 e 2008, os passivos das famílias cresceram três vezes mais do que os ativos (170% contra 50%), o que se traduziu numa diminuição do património financeiro de 250% para 150% do rendimento disponível, enquanto a nível europeu permaneceu acima dos 220%.

No decorrer da integração europeia, as famílias portuguesas reduziram a sua propensão a poupar e a taxa de poupança reduziu-se de 12,5% em 1995 para 10% em 2013, enquanto o nível de endividamento aumentou de 35% para 118% do rendimento disponível.

Entre 1999 e 2009, num período de crescente endividamento europeu em que só a Alemanha foi exceção, o aumento do peso da dívida no rendimento das famílias portuguesas foi superior a 50 pontos percentuais, cerca de duas vezes mais intenso que o padrão europeu.

Taxa de emigração mais elevada

Com mais de cinco milhões de pessoas de origem portuguesa espalhadas pelo mundo, Portugal apresenta atualmente a taxa de população emigrada mais elevada da União Europeia e é o sexto país em número de emigrantes.

Desde 1986, sucessivas vagas de portugueses partiram rumo às Américas (Brasil, Venezuela, EUA ou Canadá), à Europa (França, Alemanha, Luxemburgo, depois Suíça, Espanha ou Reino Unido) ou às ex-colónias (agora Angola ou Moçambique) terão acumulado mais de dois milhões de emigrantes e espalhado pelo mundo mais de cinco milhões de pessoas de origem portuguesa neste período.

O número de novos emigrantes já ultrapassa os 50 mil, ultrapassando desde 2011 a chegada de imigrantes, cujo valor caiu de um máximo de 80 mil em 2002 para menos de 20 mil em 2013.

A evolução das taxas de emigração e imigração reflete o impacto da crise financeira em países como Irlanda, Espanha, Grécia e Portugal que estão entre os Estados-membros em que a taxa de emigração mais subiu e a taxa de imigração mais caiu desde 2008.

Vivem hoje no país mais meio milhão de pessoas do que à data de adesão à CEE, mas após registar um máximo populacional de 10,6 milhões em 2008/2010, a população regrediu uma década encontrando-se agora abaixo dos 10,5 milhões.

As projeções europeias para 2013/2080, apontam para um cenário em que Portugal terá menos de dez milhões de habitantes até 2030, menos de nove milhões até 2050 e perderá um quarto da sua relevância na população europeia até 2060, evoluindo em linha com a Grécia.

O saldo natural (diferença entre nascimentos e mortes) estreitou-se, até passar a ser negativo em 2007, e desde 2011, o saldo migratório (diferença entre imigrantes e emigrantes) acentuou também a tendência negativa.

Qualidade de vida dos portugueses em níveis de 1990

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Page 7: Ds dia 04 01 2016

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7SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 4 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

Pub.

n Maria Antónia ZacariasCândido Ferreira em Entrevista“Quero romper com os três D’s de distanciamento,

dependência política e despesismo”

O que o leva a candidatar-se?Candidatei-me porque muitos

amigos, que são pessoas honradas e sensatas, entendem que reúno condições para dar voz a milhões de portugueses a quem a voz foi cortada. Refiro-me à maioria que vive no país real e que acorda de manhã cedo para trabalhar e produzir, que paga as contas e que quer educar os filhos e ter uma vida decente. A minha candida-tura quer dar força àqueles que pagam impostos e que, hoje, se sentem como que sugados pelos vampiros do Zeca Afonso. Podia ficar em casa, de pantu-fas, mas não me conformo em conti-nuar na bancada a assistir à destruição de nosso país, quando a exclusão alas-tra, os ricos estão cada vez mais ricos e o Estado, cada vez mais despesista, corta nos vencimentos, nas reformas e nas prestações, ao mesmo tempo que paga reformas milionárias e concede medalhas a quem, a partir de Lisboa, alimenta um mundo de intriga e de conspiração a que nós não pertence-mos. Os portugueses não podem acei-tar que todo o seu esforço continue a morrer às mãos de uns tantos figurões que, impunemente, ainda gozam com a falência do BPN, do BES e do BANIF, com as roubalheiras no Parque Expo e no Parque Escolar, com os submarinos e com a venda das nossas melhores empresas, da EDP aos CTT, as mais das vezes perante o silêncio ou a conivência do próprio Presidente da República.

Este foi um ato pensado? Apareci nestas eleições como uma

surpresa, mas foi apenas porque há muita gente de todos os quadrantes políticos que acredita que eu reúno condições para enfrentar os poderes instalados e interromper o ciclo de decadência em que caímos, gente que já se não revê nas máquinas partidárias, que colheu as assinaturas necessárias e que, ao propor a minha candidatura independente, acredita que o meu passado fala por mim e que os não irei desiludir.

Quais são os compromissos que assume perante os portugueses?

Pretendo romper com os três D, que caracterizaram o mandato que agora cessa: o D do distanciamento em relação ao povo, o D da depen-dência em relação à classe política e aos banqueiros e o D do despesismo. Serei um Presidente que quer ficar conhecido como alguém que ama o seu povo e que dedicou a vida ao ser-viço dos outros, sem ser pau-mandado de interesses escuros. Desempenhei funções autárquicas e recebi centenas de senhas de presença, tendo sempre entregue essas verbas a clubes des-portivos ou a associações culturais e sociais, como médico em regime pri-vado, consultei milhares de doentes de

candidato anuncia os compromissos que assume com os portugueses e que assentam em romper com os três D’s que, a seu ver, caracterizaram o mandato que agora cessa: o D do distanciamento em relação ao povo, o D da

dependência em relação à classe política e aos banqueiros e o D do despesismo. Cândido Ferreira conta que apareceu nestas eleições como uma surpresa, mas decidiu aparecer porque há muita gente de todos os quadrantes políticos que acredita que reúne todas as condições para enfrentar os poderes instalados e interromper o ciclo de decadência em que, afirma, Portugal ter caído. O médico diz acreditar que será o mais capaz para fazer avançar Portugal numa nova era de justiça e de progresso. Quanto ao Alentejo, região que escolheu para viver e onde tem um empreendimento turístico, afirma vê-la como qualquer região deprimida do espaço europeu que necessita obrigatoriamente de ter uma discriminação positiva.

todas as origens, e tive mesmo a única consulta de especialidade onde, no distrito de Leiria, nunca, em 25 anos, existiu lista de espera, sem nunca ter cobrado um cêntimo a qualquer doente. Esta é a prova que deixo aos portugueses e que marca toda a diferença.

Revê-se na Constituição da República ou entende que ela deve ser revista?

A nossa Constituição é uma das mais avançadas do mundo, porque apela à criação de uma sociedade mais justa e mais fraterna, onde os direitos sociais dos portugueses devem estar no centro das nossas preocupações: da saúde à segurança social, da educação à administração da justiça. São esses os valores que eu perfilho, os de uma esquerda moderada que quer acabar com os pobres e não com os ricos, que até são úteis à sociedade, desde que cumpram as regras e paguem impos-tos. Só mesmo os idiotas e os invejosos é que pensam o contrário. Quanto à revisão da Constituição, também neste aspeto entendo que no meio é que está a virtude. Ela não é um texto per-feito e acabado, em que não se pode mexer, mas também não é uma fonte de preocupações e de impedimentos, como alguns dizem. Pelo contrário, é um fator de coesão e de unidade entre todos os portugueses.

“Precisamos é de umPresidente da República

atuante e patriota”Como vê o cargo do Presidente

da República nos dias de hoje? Pensa que deveria ter mais fun-ções?

Concordo com o modelo atual semipresidencialista e sinto que a Constituição me dá condições para arbitrar o jogo político e garantir o normal funcionamento das institui-ções e a independência da pátria. Precisamos é de um Presidente da República atuante e patriota, que não tenha receio em lutar por causas, e que ponha os superiores interesses do seu povo acima da gestão corrente dos interesses económicos e dos interesses da política.

De que forma olha para a região Alentejo? Entende que este territó-rio deve ter algum tipo de discrimi-nação positiva?

Os outros candidatos falam, falam… mas também neste aspeto, tal como nos outros, é a minha obra que fala por mim. Sem ter nascido alentejano, vim para esta região deprimida investir grande parte do que alcancei na área empresarial, pro-duzindo riqueza e postos de trabalho, irmanado com alguns trabalhadores

que puderam finalmente ter emprego em condições que nem imaginavam, juntamente com os moradores da Urra que tão bem me acolheram e com todos os agentes políticos de boa vontade, sem olhar a partidos. O Alentejo, como qualquer região depri-mida do espaço europeu, só pode ter discriminação positiva. O problema é que os partidos não se entendem em torno de planos estáveis e duradoiros e esbanjam o pouco investimento em ações sem consequência. Temos de repensar todo o nosso futuro e a Pre-sidência da República é o lugar ideal para fomentar essa grande discussão, de onde pode nascer a luz.

Caso seja eleito qual é a primeira iniciativa que vai ter?

Ninguém consegue melhorar o mundo se, primeiro, não começar por melhorar a si próprio e varrer a sua própria casa. O meu primeiro compromisso é proceder à reforma da Presidência da República e reduzir drasticamente os seus custos. Hoje, o Presidente e os ex-presidentes gastam 180 vezes mais do que há 40 anos, e são servidos por mais de 600 funcionários e por dezenas de viaturas, gastando a cada português oito vezes mais do que a Casa Real, a cada espanhol. O exemplo tem de vir de cima e será essa a minha forma de ganhar autoridade moral, para poder lidar com as restantes Instituições da República e exigir-lhes outro com-portamento. A sensação de dinheiro fácil, sem respeito pelo suor do con-tribuinte, tem de acabar, até porque conduz à impunidade e à corrupção. E não é logo a entrar à “porrada” aos deputados, como alguns defendem, que se melhora o que quer que seja. A corrupção combate-se com leis claras e a colaboração estreita entre todas as Instituições da República.

O que espera que aconteça com a atual situação política? Considera que estamos perante um Governo sólido?

Unidade é a palavra que mais ouvimos, sempre que a esquerda se encontra. Porém, após cem anos de profunda divisão, é hoje claro que existe ainda um longo caminho a per-correr, até que se crie uma alternativa de esquerda, sólida e duradoira. E o problema é que quem ouve Marisa Matias, e sobretudo Edgar Silva, ainda mais reforça a ideia da fragilidade do atual Governo. Perante um Sampaio da Nóvoa sem passado e que só diz asnei-ras e a falta de credibilidade de Maria de Belém, uma avençada de Ricardo Salgado, as sondagens apontam para uma vitória fácil do candidato da direita, se durante esta campanha não nascer uma alternativa presidencial moderada, que colha votos em todo o espaço político. Ora, desde jovem, que Marcelo sempre funcionou como travão das aspirações mais legítimas dos portugueses. E a direita que suporta Marcelo, e de quem ele foi o maior propagandista até há um mês, nem sequer é a direita sensata e gene-rosa, que se funda na doutrina social da igreja e que hoje convive de braços abertos com a social-democracia. A direita que nos governou, e que pre-para novo assalto ao poder, é a direita das negociatas e da desgraça, que não se importa de arruinar os povos e derreter o mundo, para fazer crescer as contas bancárias de uns tantos escroques.

Caso, hipoteticamente, haja cris-pações, o que pretende fazer?

Sou uma pessoa firme nas con-

vicções, de determinação inabalável, mas equilibrada, justa e sensata na ação e nas decisões. Dirigi centenas de pessoas, a quem dei emprego, e nunca precisei de falar muito ou de levantar a voz. Funcionarei como um daqueles árbitros que quase não precisa de apitar, nem de gesticular, para se fazer entender. Ou, se preferirem, serei como um pai protetor ou uma mãe atenta que zela em silêncio pelo bom funcionamento desta casa portuguesa. Com certeza que não hesitarei em

mandar o “pessoal para o balneário”, e recomeçar o jogo, se ocorrerem situações extremas ou se o Governo perder a maioria na AR, em votações essenciais. Seria um tremendo dis-parate manter uma solução podre e instável. Ou, como alguns candidatos pretendem, nomear um Governo de iniciativa presidencial. Aos partidos o que é dos partidos e ao Presidente o que é do Presidente. O país não se desenvolve na confusão.

“Provo que sou uma vozincómoda”

Já afirmou que está a “sofrer” com limitações nos debates. O que pretende fazer para contrariar essa situação?

Por mim, gostaria de, cara a cara, olhos nos olhos, poder discutir com os restantes candidatos os grandes problemas do nosso país – da Admi-nistração à escola pública, do clien-telismo, à corrupção e à justiça, da preservação do património, às artes e à cultura, do desemprego à proteção de crianças e idosos, da terra e do mar, da segurança às Forças Armadas – mas estou a ser vítima de um apagão por parte da comunicação social, centrada em Lisboa. O que só prova que sou uma voz incómoda, que muitos inte-resses querem abater, apenas porque

têm medo que eu os possa abalar. Espero que os portugueses, apesar das tremendas, injustas, humilhantes e indignas limitações que me estão a ser impostas nos debates, consigam perceber quem verdadeiramente inte-ressa colocar à frente dos destinos do nosso país.

Por fim, qual é o apelo que faz aos portugueses para que votem em si e não noutro candidato?

Esta é uma oportunidade única para os portugueses dizerem aos polí-ticos que são precisas mudanças. Não sou candidato à Presidência para me servir, nem para servir os amigos que me pagam a campanha, mas porque amo a pátria portuguesa e o povo a que pertenço. E também porque acredito que serei o mais capaz para fazer avançar Portugal numa nova era de justiça e de progresso. Milhares de pessoas, que me acompanharam ao longo da minha vida, um pouco por todo o país, entendem que sou de longe o mais bem preparado e quem mais garantias oferece de uma mudança segura e responsável. Peço aos portugueses que me não conhe-cem, mas que querem caras novas, o favor de se informarem de forma isenta e esclarecida sobre todos os candidatos, antes de votarem. E boa sorte para Portugal, que bem preci-samos.

Page 8: Ds dia 04 01 2016

diário do SUL8 NacionalSEGUNDA-FEIRA , 4 DE JANEIRO DE 2016

O Ministério da Agricultura anunciou, em comunicado, ter decidido alargar o prazo de entrega de candidaturas para investimentos não produtivos até 31 de março de 2016 para promotores que peçam parece-res até quinta-feira.

Segundo o comunicado, a decisão foi tomada na sequên-cia de atrasos na emissão de pareceres devido ao elevado volume de pedidos.

O Ministério da Agricultura

salienta que a “medida abrange apenas os promotores que tenham pedido os respetivos pareceres até ao dia 31 de dezembro de 2015”.

A medida, refere o comuni-cado, visa “evitar que um número significativo de benefi-ciários fique impedido de sub-meter a respetiva candidatura por motivos que lhe são alheios, apesar de ter cumprido o prazo de submissão dos seus planos para parecer”.

Governo alarga prazo para entrega de candidatura para investimentos não produtivos A taxa de incidência da

gripe, na semana passada, foi de 21,6 casos por 100.000 habitantes, uma “atividade gripal baixa”, segundo um boletim de vigilância divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Na semana passada, de 21 a 27 de dezembro, foram detetados oito vírus influenza e admitidos dois doentes com gripe (nenhum tinha tomado vacina), nas 18 unidades de cuidados intensivos que

reportaram informação, os dois com o vírus influenza

de tipo A (H1N1) pdm09. Citando o Programa Nacional

de Vigilância da Gripe, o Instituto diz no comunicado que, até à semana passada, foram notificados laboratorialmente 226 casos de gripe, dos quais 44 positivos para o vírus influenza.

Segundo os números da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (16 laboratórios em todo o país), desde o início da época 2015/16 e até à semana passada,

os laboratórios notificaram 1.044 casos, 31 deles positivos

Incidência de gripe baixou na semana do Natal

A Juventude Popular ( JP) referiu, em comunicado, que respeita a decisão do presi-dente do CDS-PP, Paulo Portas, de abandonar a liderança e que esta é uma oportunidade para o partido se reinventar.

“Cabe-nos, a todos, respeitar o veredicto e dedicar ao presi-dente do CDS a confiança característica do voluntarismo

com que sempre nos entregá-mos às suas decisões”, refere a JP.

No comunicado, a JP consi-derou que o “momento consti-tui uma oportunidade flagrante para o CDS se reinventar”, renovar e “conquistar novas fronteiras de sucesso”, salien-tando que não são “tão categó-ricos a afirmar” que esta é a

melhor altura para discutir a sucessão da liderança.

“A resposta a esta interroga-ção (…) dependerá dos incon-troláveis desenvolvimentos da conjuntura política nacional, todavia, mais até do que isso, da réplica que o CDS dará sobre a transição ordenada do poder interno, da sua capacidade de se mostrar um partido maduro,

sóbrio, com racionalidade e dignidade suficientes para, no quadro do pluralismo e da diferença, assegurar a estabili-dade e a afirmação da futura direção”, sublinham.

O presidente do CDS-PP comunicou segunda-feira à comissão política nacional centrista que não se recandida-tará à liderança do partido.

Juventude Popular refere que decisãode Paulo Portas é oportunidade de renovação

Page 9: Ds dia 04 01 2016

9PublicidadeSEGUNDA-FEIRA , 4 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

[email protected]

Andando e Bailandoa favor do Rancho Folclórico

“Flor do Alentejo”10 de Janeiro de 2016

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Page 10: Ds dia 04 01 2016

diário do SUL10 SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 4 DE JANEIRO DE 2016

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ANTÓNIO POLIDO VERDUGOFaleceu dia 30/12/2015 em Évora, o senhor António Polido Ver-

dugo, de 87 anos de idade, natural de S. Vicente do Pigeiro (Évora), e que residia em Évora

Dia 01/01/2016, na Capela do Hospital onde às 10h30, foi realizada a encomendação do corpo, seguindo o funeral para o Cemitério dos Remédios, em Évora.

Tratou do Funeral a Agência Funerária Maurício

Diário do Sul apresenta a todos os familiares as suas mais sentidas condolências.

Quem ama não chora, mas recorda...... um olhar doce e meigo...um abraço forte e carinhoso...... e um sorriso encantador e inesquecível...Sendo tu, uma Rosa perpétua no jardim do Céu, sentimos semprejunto de nós o teu perfume...

Para sempre juntos. Adoramos-te. Tua mulher e fi lhaRosa e Alícia Caramelo

ARMANDO RAMALHOBORGES CARAMELO21 Anos de eterna saudade

HOMENAGEM21-08-47 a 02-01-95

NECROLOGIA

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O grupo ANF - Associação Nacional de Farmácias anunciou que vai contestar a condenação da Autoridade da Concorrência (AdC) por abuso de posição dominante no mercado de estudos para laboratórios, por considerar que “não tem suporte jurídico”.

A Autoridade da Concorrên-cia informou, em comunicado, que condenou a ANF, e três sociedades do mesmo grupo (Farminveste SGPS, Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão e a HMR – Health Market Research), a coimas de 10,34

Grupo ANF vai contestar condenação da Autoridade da Concorrênciamilhões de euros por abuso de posição dominante no mercado de estudos para laboratórios.

Num comunicado enviado à agência Lusa, o grupo ANF rejeita esta condenação da AdC e anuncia que vai contestar esta decisão “perante as autoridades judiciais competentes”.

O grupo esclarece, no comu-nicado, que em Espanha, a Comi-sión Nacional de los Mercados y la Competencia (CNMC), autori-dade responsável pela aplicação das regras da concorrência, abriu um procedimento de infração contra a multinacional americana

IMS Health, S.A, por indícios sóli-dos de que a IMS terá abusado da sua posição dominante no mercado de informação de ven-das de medicamentos à indústria farmacêutica.

“A respetiva prática, a confir-mar-se, constitui uma violação grave do direito comunitário e do direito espanhol da concor-rência”, refere o comunicado.

De acordo com a CNMC, essas

práticas podem ser contrárias ao artigo 2.º da Lei 15/2007 de 3 de Julho, de Defesa da Concorrên-cia e do artigo 102.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.

“Em Portugal, a decisão da Autoridade da Concorrência, de 22 de dezembro, tomada na sequência de uma denúncia da IMS contra a Farminveste/hmR, não tem, em nossa opinião,

suporte jurídico e vai ser con-testada perante as autoridades judiciais competentes”.

No comunicado da AdC, é especificada a atividade simultâ-nea do grupo ANF no mercado de venda de dados comerciais das farmácias, através da Farminveste – Investimentos, Participações e Gestão, e, desde 2009, no mer-cado de produção de estudos com base nesses dados com a criação da HMR – Health Market Research.

“A investigação desenvolvida pela Autoridade da Concorrência revelou que, entre 2010 e 2013, os preços praticados pelo grupo ANF na venda de dados comer-ciais das farmácias, quando com-parados com os preços praticados pelo mesmo grupo na venda de

estudos de mercado baseados naqueles dados, não permitiam a um concorrente na venda de estudos de mercado, ainda que igualmente eficiente, obter uma margem suficiente para cobrir os custos de produção”, precisa a AdC.

A prática de esmagamento de margens constitui uma infração grave às regras da concorrência previstas na legislação portu-guesa, constituindo um com-portamento pelo qual a empresa dominante procura, através de práticas comerciais ilícitas, manter ou aumentar o seu poder de mer-cado, impedindo ou dificultando a entrada de concorrentes no mercado, debilitando a respetiva posição concorrencial ou levando à sua exclusão do mercado.

Page 11: Ds dia 04 01 2016

Conservadores na Polóniatomam o controlo dos “media” públicos

11SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 4 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

Media

07:00 Zig Zag11:00 Peru, País De Extremos12:00 O Mentalista13:00 Viagem Às Profundezas14:00 Sociedade Civil15:00 A Fé Dos Homens15:30 Euronews16:00 Zig Zag20:30 Cougar Town21:00 Jornal 221:40 Página 222:00 Revolução22:45 Por Onde Andou Carmen Miranda?23:25 Charles Darwin, O Capelão Do Diabo00:20 Rockefeller 3000:45 Portugal 3.001:45 Esec-Tv02:15 Sociedade Civil03:15 Euronews

06:00 Violetta

07:00 Edição Da Manhã

08:45 A Vida Nas Cartas: O

Dilema

10:00 Queridas Manhãs

13:00 Primeiro Jornal

14:30 Dancin’ Days

15:30 Grande Tarde

18:30 Babilónia

20:00 Jornal Da Noite

21:30 Coração D’Ouro

22:30 Poderosas

23:30 A Regra Do Jogo

00:30 Ray Donovan

01:30 Downton Abbey

02:30 Podia Acabar O Mundo

03:15 Televendas

06:00 Manchetes 306:30 Bom Dia Portugal10:00 A Praça13:00 Jornal da Tarde14:30 Os Nossos Dias15:00 Agora Nós18:00 Portugal em Direto19:15 O Preço Certo20:00 Telejornal20:45 Debates Presidenciais 2016: Maria de Belém e Henrique Neto21:30 The Big Picture22:30 Bem-vindos a Beirais23:15 Terapia00:15 5 Para a Meia-Noite01:15 Automobilismo: Rali Dakar01:30 Dexter02:30 Os Nossos Dias04:00 Televendas05:45 Online 3

diário do sulTVPROGRAMAÇÃO TELEVISÃO

RTP 1 RTP 2 SIC TVI

DISTRITO DE ÉVORAALANDROAL – AlandroalenseARRAIOLOS – MisericórdiaBORBA – Carvalho CortesESTREMOZ – GrijóÉVORA - BrancoMONTEMOR-O-NOVO – CentralMORA – Falcão, CentralMOURÃO – CentralPORTEL – Fialho REDONDO – Xavier da CunhaREGUENGOS MONSARAZ – MartinsVENDAS NOVAS – RibeiroVIANA DO ALENTEJO – NovaVILA VIÇOSA – Torrinha

DISTRITO DE BEJAALJUSTREL – PereiraALMODÔVAR – RamosALVITO – Nobre SobrinhoBARRANCOS – BarranquenseBEJA – J. DelgadoCASTRO VERDE – AlentejanaCUBA – MisericórdiaFERREIRA DO ALENTEJO – Fialho MOURA – Nova de MouraSERPA – Serpa Jardim VIDIGUEIRA – Pulido Suc.

DISTRITO DE PORTALEGREALTER DO CHÃO – Alter; PortugalARRONCHES – Esperança; BatistaAVIS – Nova de Aviz

CAMPO MAIOR – Campo MaiorCASTELO DE VIDE – RoqueCRATO – Misericórdia; MatosELVAS – EuropaFRONTEIRA – Vaz GAVIÃO – Gavião MONFORTE – JardimNISA – Ferreira Pinto; Moderna PONTE DE SÔR – Matos Fernandes PORTALEGRE – Esteves AbreuSOUSEL – Mendes Dordio; Andrade

LITORAL ALENTEJANOALCÁCER DO SAL – AlcarenseGRÂNDOLA – Moderna; Silva ÂngeloSANTIAGO DO CACÉM – BarradasSINES – Atlântico

Farmácia de Serviço Tempo

ÉvoraAguac. Máx.: 16º C Min.: 13º C

Quinta-feira, 31

BejaAguac. Máx.: 17º C Min.: 5º C

PortalegreAguac. Máx.: 14º C Min.: 13º C

Évora - PSP- 266760450- GNR - 266748400- Protecção Civil- 266777150- Bombeiros Voluntários- 266702122- Hospital Espírito Santo - 266740100- Taxis- 266734734- Estação Caminhos Ferro - 707210220- SEF- 266 788 190 / 808 202 653- Universidade de Évora- 266740 800- Acção Social U.E.- 266 745 610- Piscinas Municipais- 266 777 186

Elvas- Bombeiros Voluntários- 268636320- PSP - 268639470- GNR - 268637730- Hospital Santa Luzia - 268 637600- Centro Saúde - 268622719- EDP - LTE - 800505505- Serviço de Águas - 268622267- Câmara Municipal Elvas - 268639740- Táxis - 268622287- Estação Caminhos Ferro - 707210220- Rodoviária do Alentejo - 268622875- Tribunal Judicial Elvas - 268639156

Telefones de Urgência- Repartição Finanças - 268622527

Beja- PSP - 284313150- GNR - 284311670- Protecção Civil - 284313050- Bombeiros Voluntátios - 284311660- Hospital de Beja- 284310200; 284310215 (horário nocturno)- Câmara Municipal - 284311800- Serv. Protecção Civil - 284311814- Posto de Turismo - 284311913- EMAS - 284313450 / 284313455- EDP - 284005000 / 800506506- Táxis de Beja - 284 322 474- Gare Rodoviária - 284313620- Caminhos de Ferro CP - 707210220

Portalegre- PSP- 245300620- GNR -245330888- Protecção Civil- 245201203- Bombeiros Voluntários - 245300120

meo 643891meo 7000

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06:30 Diário da Manhã

10:10 Você na TV!

13:00 Jornal da Uma

14:43 Mundo Meu

16:00 A Tarde é Sua

19:14 Programa a Designar

20:00 Jornal das 8

21:41 A Única Mulher

22:45 Santa Bárbara

23:45 Programa a Designar

00:45 Eureka

02:15 Fascínios

03:45 Sonhos Traídos

05:00 Televendas

Morreu Lei Seng Chong, fundador e presidente do jornal Ou Mun, o maior diário de Macau

Lei Seng Chong, fundador e presidente do jornal Ou Mun, o diário de maior tiragem de Macau, morreu na quarta-feira, informa uma nota de condolências do chefe do Executivo.

Além de diretor do jornal pró-Pequim, Lei Seng Chong foi presidente do Grupo de Média e Cultura de Macau, vice-presidente da 1.ª e 2.ª Comissão para a Lei Básica de Macau do Comité Permanente

da Assembleia Popular Nacional, tendo ainda integrado a Comissão de Redação da Lei Básica de Macau.

Na sua mensagem de condolências, Chui Sai On lamenta a morte de Lei Seng Chong, afirmando ser uma “pessoa que deixa enormes saudades e faz muita falta”.

O líder do Governo considera-o uma “figura

incontornável no meio jornalístico e cultural de Macau” e recorda, no seu percurso profissional, a passagem pelo exército durante a “resistência ao Japão” e a abertura, depois da guerra, de uma livraria em Macau “para vender publicações patrióticas, sempre com o objetivo de divulgar o amor à pátria”.

Em 2009 foi agraciado pelo Governo com as medalhas de honra de Lótus e de Grande Lótus.

António Guterrespassa testemunho

no ACNURa Filippo Grandiex-primeiro-ministro português António Guterres deixou o cargo de Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), substituído

pelo diplomata italiano Filippo Grandi. Grandi foi nomeado pelo secretário-geral das

Nações Unidas, Ban Ki-moon, e liderou por quatro anos a agência da ONU que dá assistência aos refugiados palestinianos.

António Guterres fora eleito para o ACNUR em junho de 2005 e foi reeleito cinco anos depois para um segundo mandato, que terminava agora.

A crise dos refugiados tem motivado várias tomadas de posição de Guterres, que tem apelado a uma maior solidariedade da comunidade internacional.

“Temos necessidade de um ‘New Deal’ [uma referência ao programa social de Roosevelt para combater a Grande Depressão dos EUA, na década de 1930] na comunidade internacional, em particular na Europa e com os vizinhos da Síria”, afirmou a 22 de dezembro Guterres no Conselho de Segurança da ONU.

“Sem educação para as crianças, sem acesso ao mercado de trabalho ou proteção contra a pobreza, cada vez mais os sírios não terão outra escolha que não seja continuar o seu caminho” em direção à Europa, afirmou o antigo primeiro-ministro.

2015 revelou-se um ano trágico para os refugiados e deslocados, estimando-se em quase 60 milhões o número de pessoas nessa situação, afirmou então António Guterres.

Quanto ao seu futuro, o antigo primeiro-ministro não tem prestado quaisquer declarações, insistindo em dar prioridade ao seu trabalho no ACNUR num momento tão sensível como o atual.

s conservadores no poder na Polónia vão ter o controlo dos “media” públicos do país, tendo confiado ao ministro do Tesouro a nomeação de novos

responsáveis editoriais e diretivos após a aprovação de uma lei polémica no Parlamento.

Aprovada por 232 deputados, com 152 contra e 34 abstenções, a nova lei foi apresentada segunda-feira no Parlamento pelo governo do presidente Jaroslav Kaczynski, para debater com caráter de urgência.

As novas disposições implicam o fim imediato dos mandatos dos atuais membros das direções de informação e dos conselhos de fiscalização da televisão e rádio públicas.

Tudo estará dependente do ministro do Tesouro polaco, que terá a competência de nomear e demitir os novos diretores dos órgãos de comunicação social públicos, até aqui escolhidos por concurso organizado pelo Conselho Nacional do Audiovisual (KRRiT).

Várias organizações internacionais, como a União Europeia de Rádio Televisão UER/EBU), Associação

de Jornalistas Europeus (AEJ) e Repórteres Sem Fronteiras (RSF), manifestaram já “indignação” face às novas disposições, “introduzidas à pressa e sem qualquer consulta e análise prévias”, indica-se no portal da UER.

Também o vice-presidente da Comissão Europeia (CE), Frans Timmermans, “já pediu informações” ao Governo polaco sobre o projeto de lei aprovado.

Por seu lado, e numa carta dirigida ao ministro da Cultura polaco, a AEJ declara-se “profundamente preocupada” com as alterações aprovadas.

“(As disposições) colocam a televisão e a rádio públicas sob o controlo direto do Governo, implicam despedimentos por razões políticas de jornalistas respeitados e conduz a uma ingerência editorial sistemática no conteúdo das emissões e, favor do próprio Governo”, lê-se no documento da AEJ.

“Num primeiro passo, modificamos os princípios de eleição dos responsáveis da televisão pública (TVP) e da Rádio Polaca (PR)”, disse aos jornalistas o vice-ministro da Cultura da Polónia, Krzysztof Czabanski, encarregado da reforma no setor.

A etapa seguinte, prosseguiu, é aprovar uma lei

sobre os “media” nacionais que vai alterar o regime de funcionamento dos órgãos de comunicação social públicos, bem como os princípios do respetivo financiamento.

O partido Direito e Justiça (PiS), de Jaroslav Kaczynski, já indicou na televisão e na rádio públicas, bem como na agência noticiosa PAP, que as sociedades de direito comercial controladas pelo Estado serão transformadas em instituições culturais, enformadas por um Conselho de Media Nacionais, a criar pelo executivo.

Segundo o PiS, as alterações conduzirão a uma “racionalização” de meios e à “diminuição” dos custos da gestão das empresas públicas de comunicação social e ainda a “elevar os níveis profissionais e éticos necessários para realizar a missão pública”.

Para toda a oposição polaca, as novas disposições constituem “uma simples tomada de poder nos meios de comunicação social públicos” por parte dos conservadores, no poder há cerca de seis meses.

Para entrar em vigor, a nova lei terá de obter a aprovação do Senado, dominado pelo PiS.

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Page 12: Ds dia 04 01 2016

ANO: 46.º NÚMERO: 12.681 PVP: 0,75€ SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2016

Procure a nossa Galeria./diariodosulPartilhe a 1.ª Página do jornal.

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Uma família portuguesa pagará 1,20 euros por um pequeno-almoço para quatro pessoas em 2016, menos quase 0,40 cêntimos do que pagava há 30 anos, data da adesão de Portu-gal à então Comissão Económica Europeia (CEE).

A 01 de janeiro de 2016 assinala-ram-se os 30 anos da adesão de Portugal à CEE, depois de a 12 de junho de 1985, o então primeiro-ministro, Mário Soares, ter assinado o tratado que iniciava Portugal na integração europeia.

Nesse ano, o Governo ainda tabelava os preços dos principais bens e as trocas eram feitas com a divisa portuguesa, o escudo. O Diá-rio da República fixava o preço máximo para “a unidade do pão de trigo fabricado com farinha tipo 75” em 4,50 escudos e um litro de leite meio gordo ultrapasteurizado em 62 escudos.

Assim, há 30 anos, um pequeno-almoço simples para quatro pessoas (um litro de leite e quatro pães) custaria 80 escudos, o que equivale-ria hoje, segundo o simulador da base de dados Pordata, a 1,55 euros, uma vez que, tendo em conta o efeito

da inflação e fazendo o ajustamento cambial, o papo-seco valeria 0,09 euros (menos de metade do que custo de hoje) e o leite valeria 1,19 euros (mais do dobro do que vale hoje).

Em 2016, o preço a pagar pelo mesmo pequeno-almoço rondará os 1,18 euros, já que a associação do setor da panificação admite um aumento entre 2% a 3% no preço do pão e a dos laticínios prevê que o preço se mantenha este ano. Ou seja, no próximo ano o litro de leite deverá permanecer nos 0,52 euros e, com o preço da carcaça entre os 0,12 e os 0,16 euros, quatro papo-secos vão passar a custar 0,66 euros.

Por outro lado, o Salário Mínimo Nacional a 530 euros entra a vigor a 01 de janeiro de 2016, já promul-gado pelo Presidente da República, depois de ter sido aprovado pelo Governo em Conselho de Ministros a 23 de dezembro, sem um acordo em sede de concertação social.

Criado por decreto em 26 de Maio de 1974, o salário mínimo foi fixado em 19.200,000 escudos em 1985, valor que a preços atuais seria

de 368,91 euros. O que significa que, tendo em conta o aumento previsto para o próximo ano, houve uma progressão de 43,7%.

Por outro lado, em meados da década de 1980, muitos portugueses ainda só conheciam os transportes públicos ou motas de pequena cilindrada, uma realidade que mudou com a entrada na comuni-dade europeia.

No final de 2012, segundo núme-ros do gabinete europeu de estatís-tica, o Eurostat, existiam em Portugal 406 automóveis por 1.000 habitan-tes, contra os 119,4 carros registados em 1985.

No que toca ao combustível, no final de 2015, os portugueses des-pendiam em média 1,36 euros por cada litro de gasolina e 1,09 por cada litro de gasóleo, segundo o ‘site’ Mais Gasolina, menos do que há 30 anos.

A base de dados Pordata refere que, em 1986, um litro de gasolina de 95 octanas custava em média 0,55 euros, o que aos preços de hoje seria 1,88 euros, e que um litro de gasóleo custava 0,33 euros, ou seja, 1,13 euros aos preços de hoje.

Pequeno-almoço custahoje menos 40 cêntimos

do que em 1985

omentar o turismo religioso, tornando-o o mais atrativo possível à passagem

de peregrinos, será uma saída para combater a desertificação dos centros históricos na região, segundo admite o diretor do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, José António Falcão. Uma opinião que vai ao encontro de que tem defendido o presi-dente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, para quem deve ser dada prioridade à diver-sificação da oferta junto dos turistas, hoje com um perfil “mais culto e exigente”.

De acordo com José António Falcão, o Alentejo tem aqui uma oportunidade sublime para ultra-passar o abandono que tem sido

transversal aos centros das cida-des, vilas e aldeias do Alentejo.

“Por onde andam, os peregri-nos dormem, comem, adquirem produtos regionais, visitam monumentos. E isso obriga a ter os centros históricos e os equi-pamentos culturais em bom estado”, defende o mesmo res-ponsável, para quem estão aqui reunidas as condições para asse-gurar “um grande impacto no

que diz respeito ao mundo rural. Os nossos centros precisam de lutar contra a sua terciarização”, defende o dirigente, alertando que há muitos anos que as pes-soas deixaram de viver nos cen-tros que vão foram ocupados apenas serviços, hotelaria ou restauração. “Passou a ser tudo muito artificial. É urgente recu-perar a autenticidade dos cen-tros”, insiste, acrescentando que

isso seria gerador de “dinamismo e revitalização dos territórios de baixa densidade”.

Um passo que se iria ainda traduzir numa mais-valia para efeitos da conservação patrimo-nial, depois deste fim de ano ter ficado marcado por mais notícias relativas à delapidação de igrejas, como foi o caso da ermida de Nossa Senhora da Assunção, próxima da vila de Messejana

(Aljustrel). Encontra-se docu-mentada desde o século XV, tendo sido, desde então, impor-tante local de peregrinação, o que explica – como salientaram investigações recentes – as suces-sivas campanhas de obras que recebeu, até à que lhe viria a dar, em etapa já posterior ao terra-moto de 1755, a sua fisionomia atual.

Porém, este Monumento de Interesse Público já registou seis furtos, encontrando-se hoje em deficiente estado de conserva-ção, face às investidas dos ladrões. Uma situação que o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja classifica como “preocu-pante”. É que além das perdas patrimoniais a lamentar, o assunto semeia a inquietação entre a população.

Esta igreja encontra-se nas imediações da falha geológica de Messejana e torna-a muito sensí-

vel aos abalos sísmicos. Em 1755, ficou completamente arruinada, mas em 1758 já estava a ser reconstruída, com a colaboração de Diogo Tavares de Brito, de Tavira, um dos mais importantes mestres pedreiros (hoje diríamos arquiteto) do vizinho Algarve, à época.

Esta ermida é uma das princi-pais referências do Barroco no Alentejo, bem reconhecível à distância, pontuando uma das mais belas paisagens do Campo Branco, segundo os especialistas. Mas o isolamento deste santuário de peregrinação tem-se revelado adverso. “Desde 1984, a igreja já foi assaltada e vandalizada seis vezes, é escandalosa a situação a que chegou”, salienta José Antó-nio Falcão, sublinhando que “houve preocupação em classi-ficá-la, o que é louvável, mas depois nada foi feito; a classifica-ção, só por si, de pouco adianta”.

PROPOSTA

Quando o turismo religioso pode ajudara recuperar os nossos centros históricos

Fn Roberto Dores