DRAFT · 2016-05-05 · DRAFT 4 Municipal Rui Simões que, também, integra a lista do Partido...
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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------
------------------------------------- Mandato 2013-2017 -----------------------------------------
----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM VITE E SEIS DE
JANEIRO DE DOIS MIL E DEZASSEIS --------------------------------------------------- --------------------------------ATA NÚMERO NOVENTA E UM --------------------------
----- Aos vinte e seis dias do mês de janeiro de dois mil e dezasseis, em cumprimento
da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e
trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de
setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo seu Regimento, reuniu a
Assembleia Municipal de Lisboa, no auditório dos Serviços Sociais da CML, na
Avenida Afonso Costa, nº 41, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência
do Presidente em Exercício, Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro
Figueiredo, coadjuvada pela Excelentíssima Senhora Patrocínia da Conceição Alves
Rodrigues Vale César e pela Excelentíssima Senhora Rosa Maria Carvalho da Silva,
respetivamente Primeira Secretária e Segunda Secretária, ambas em exercício. ----------
----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da
Assembleia, os seguintes Deputados Municipais. ----------------------------------------------
---- Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Maria Gaspar Marques, Ana
Maria Lopes Figueiredo Páscoa Baptista, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias,
André Nunes de Almeida Couto, António Modesto Fernandes Navarro, Augusto
Miguel Gama Antunes Albuquerque, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Carla
Cristina Ferreira Madeira, Carlos José Pereira da Silva Santos, Cláudia Alexandra de
Sousa e Catarino Madeira, Cristina Maria Fonseca Santos Bacelar Begonha, Daniel da
Conceição Gonçalves da Silva, Davide Miguel Santos Amado, Fábio Martins de Sousa,
Fernando Manuel Moreno D´Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro
Rosa, Floresbela Mendes Pinto, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Inês de Drummond
Ludovice Mendes Gomes, João Luís Valente Pires, João Manuel Costa de Magalhães
Pereira, Joaquim Maria Fernandes Marques, José Alberto Ferreira Franco, José António
Cardoso Alves, José António Nunes do Deserto Videira, José Luís Sobreda Antunes,
José Manuel Marques Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano
Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Pedro Alves Caetano
Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de
Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Cândida Rio de Freitas
Cavaleiro Madeira, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos
Lopes, Maria Luísa de Aguiar Aldim, Maria Margarida Matos Mota, Maria Simonetta
Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Sofia Mourão de Carvalho Cordeiro,
Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva
Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de
Moura, Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves, Pedro Miguel de Sousa Barrocas
Martinho Cegonho, Ricardo Amaral Robles, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva,
Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus, Sérgio Sousa Lopes Freire de Azevedo, Vasco
Miguel Ferreira dos Santos, Igor Boal Roçadas, Nuno Ferreira Pintão, Ana Paula da
Silva Viseu, Ana Carolina Domingues Ambrósio, Miguel Martins Agrochão, Gabriel
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Maria Baptista Fernandes, Luís Graça Gonçalves, Nelson Pinto Antunes, Ana Luísa
Flores de Moura e Regedor, Tiago Maria Sousa Alvim Ivo Cruz, Sandra Cristina
Andrade Carvalho, Rosa Lourenço, João Gomes Boavida, Luís Manuel Inês Cavaco,
Manuel Luís de Sousa Medeiros, Patrícia Caetano Barata, Maria Helena Sobral Sousa e
Ricardo Santos. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Faltou à reunião o seguinte Deputado Municipal: ----------------------------------------
----- Carlos de Alpoim Vieira Barbosa. ----------------------------------------------------------
----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de 18
de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se
mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do
artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da
Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------
----- André Moz Caldas (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, por um dia,
tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal Rosa Lourenço.---
----- Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho (PS), Presidente da Junta de
Freguesia de Santa Maria Maior, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto
legal Deputado Municipal Manuel Luís de Sousa Medeiros.----------------------- ---------
----- Diogo Feijóo Leão Campos Rodrigues (PS), por um dia, tendo sido substituído
pelo Deputado Municipal Igor Roçadas. --------------------------------------------------------
----- João Alexandre Henriques Robalo Pinheiro (PS), por um dia, tendo sido
substituído pela Deputada Municipal Ana Paula Viseu. --------------------------------------
----- Rita Susana da Silva Guimarães Neves (PS), por um dia, tendo sido substituída
pelo Deputado Municipal João Boavida. --------------------------------------------------------
----- Hugo Alberto Cordeiro Lobo (PS), por um dia, tendo sido substituído pela
Deputada Municipal Helena Sobral. -------------------------------------------------------------
----- Sandra da Graça Lourenço Paulo (PS), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal Luís Cavaco. ---------------------------------------------------------------
----- Ricardo Manuel Azevedo Saldanha (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal Nuno Pintão. ---------------------------------------------------------------
----- Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado (PSD), Presidente da Junta de
Freguesia de Santo António, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal
Deputada Municipal Ricardo Filipe Barbosa Santos.------------------------------------------
----- Margarida Maria Moura Alves da Silva Almeida Saavedra (PSD), por um dia,
tendo sido substituída pelo Deputado Municipal Luís Graça Gonçalves. ------------------
----- Tiago Miguel Albuquerque Nunes Teixeira (PSD), por um dia, tendo sido
substituído, nesta reunião, pelo Deputado Municipal Nelson Pinto Antunes. -------------
----- Miguel Tiago Crispim Rosado (PCP), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal Miguel Agrochão ----------------------------------------------------------
----- Deolinda Carvalho Machado (PCP), por um dia, tendo sido substituída pela
Deputada Municipal Ana Carolina Domingues Ambrósio -----------------------------------
----- Mariana Rodrigues Mortágua (BE), por um dia, tendo sido substituída pela
Deputada Municipal Cristina Andrade. ----------------------------------------------------------
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----- Isabel Pires (BE), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal
Tiago Ivo Cruz. --------------------------------------------------------------------------------------
----- João Diogo Santos Moura (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal Gabriel Maria Baptista Fernandes. -------------------------------------
----- Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta (IND), por um dia, tendo sido
substituída pelo Deputado Municipal Ana Regedor. ------------------------------------------
----- Solicitou a suspensão do mandato o Deputado Municipal Fernando José da Silva e
Nunes da Silva (IND), sendo o mandato assumido pela Deputada Municipal Maria
Margarida Matos Mota, durante o período compreendido entre 13 de janeiro e 31 de
dezembro de 2016, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal,
nos termos do disposto no artigo 77.º da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redação
dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se mantém em vigor por força do
disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de
12 de setembro, e do art.º 7.º do Regimento da Assembleia Municipal. --------------------
----- A Câmara esteve representada pelo Exmº. Senhor Vice-Presidente da CML Duarte
Cordeiro e pelos Senhores Vereadores: Catarina Albergaria, João Afonso, Jorge
Máximo, João Paulo Saraiva, Catarina Vaz Pinto, Paula Marques e Manuel Salgado. --
----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: Carlos Moura e
Alexandra Duarte. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Às quinze horas e dez minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor
Presidente em Exercício declarou aberta a reunião. ------------------------------------------ ----- O Senhor Presidente em Exercício Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra fez
a seguinte intervenção inicial: -----------------------------------------------------------------------
----- “Senhoras e Senhores Deputados, público e assessores, já temos quórum e,
portanto, eu pedia que se sentassem para darmos início aos nossos trabalhos. --------------
----- Nós temos uma agenda com variadíssimos pontos, e temos várias coisas para
tratar em termos de aditamentos, portanto, vamos começar pela matéria dos
aditamentos. Nós temos o 1º ponto que é a apreciação do pedido de suspensão do
mandato apresentado pelo Deputado Municipal Fernando Nunes da Silva, Deputado
Independente eleito nas listas do Partido Socialista. Não sei se alguém quer dizer
alguma coisa sobre este ponto? Não temos inscrições e, portanto, está confirmado o
pedido de suspensão do Deputado Nunes da Silva, com efeitos a partir do dia treze de
janeiro e estará, se assim o entender, até dia trinta e um de dezembro, sendo que, do
ponto de vista…. eu estou a tomar boa nota das vários gestos que estão a fazer à mesa
para ajudarem na condução dos trabalhos, e que serão muito bem-vindos, mas aqui eu
retomo a parte inicial, nós vamos começar a resolver os aditamentos e as partes
burocráticas depois, vamos ao público depois, vamos aos votos de pesar e depois
entramos na ordem de trabalhos e assim já ficam todos mais descansados. -----------------
----- E, portanto, retomando aquilo que eu estava a dizer o Deputado Municipal
Fernando Nunes da Silva tem a suspensão já decretada até dia trinta e um de dezembro,
nos termos legais, se entender, poderá, naturalmente, retomar o seu mandato. -------------
----- Um segundo aditamento que também está na ordem de trabalhos, tem a ver com a
comunicação de um elemento subsequente na lista, da sua renúncia, do Deputado
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Municipal Rui Simões que, também, integra a lista do Partido Socialista, que
apresentou a sua declaração de renúncia, ela foi, penso que, distribuída, e ele
fundamenta a sua renúncia, pelo facto de ter um vínculo com o Grupo Municipal, com
o Gabinete de Apoio dos Deputados Municipais Independentes da Assembleia
Municipal, portanto, considera que existe uma incompatibilidade. Em consequência
dos pontos A e B, foi convocada para preencher a vaga Maria Margarida Matos Mota
também na lista do Partido Socialista já a vi ali na sala, tem que assinar o termo de
posse, Margarida Mota não está a ouvir, mas tem que assinar ali nos serviços, à minha
esquerda, já estão a tratar, o termo de posse para membro efetivo aqui, da Assembleia
Municipal, na substituição do Deputado Municipal Nunes da Silva. -------------------------
----- O 3º ponto referente aos aditamentos que temos aqui que tratar, tem a ver com a
aprovação do estrato da ata da Reunião 87ª da Assembleia Municipal de Lisboa,
realizada no dia vinte e quatro de novembro de 2015, e ela foi distribuída a todas e a
todos os Senhores Deputados, é referente à discussão da Proposta nº 637/2015,
Aquisição de Ações da Valorsul, para efeitos de emissão da certidão de teor a enviar ao
Tribunal de Contas. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD,
PCP, BE, CDS-PP, PEV, PAN, MPT, PNPN e 6IND. Portanto, consideramos
aprovada por unanimidade, esta ata. ------------------------------------------------------------
----- Ainda, nos assuntos que temos que tratar, antes de iniciarmos as funções da ordem
de trabalhos, e tudo aquilo que tem a ver com os votos de pesar e com o público, temos
que fazer aqui uma retificação que tem que constar em ata, e é relativa à votação do
ponto 4 da Moção nº 2/90, da última sessão. A Presidente Helena Roseta, quando
comunicou votação do ponto, anunciou que tinha sido rejeitado quando, na verdade,
houve uma incorreção. Este ponto, ponto 4 da Moção nº 2/90, foi aprovado com
votação a favor do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda, do Partido
Ecologista “Os Verdes”, do PAN, dos 6 Deputados Municipais Independentes, com os
votos contra do Partido Social Democrata, e com a abstenção do Partido Socialista, do
CDS-PP, do MPT e do PNPN. E, portanto, tudo aquilo que tínhamos que fazer e que
era melhor antes que nos esquecêssemos, já está concluído; atas, correções da votação,
termos de posse e, portanto, vamos passar aos representantes do público. -------------------
----- Gostava, em linha com aquilo que a Deputada Municipal Helena Roseta, e
Presidente desta assembleia, já disse várias vezes, eu vou recordar e espero que não me
façam recordar, aqui, muitas vezes. Como esta sala é mais complicada do ponto de
vista da gestão, e até da visualização, que tudo o que os Representantes da Câmara
tenham a tratar com os seus assessores, a não ser que seja, absolutamente,
indispensável, em termos do momento da ordem de trabalhos em que nós estamos, que
o façam fora aqui desta zona, porque perturbam um pouco a votação, e quando
tivermos oradores no público e pessoas no público, eu também, à semelhança do que a
Helena Roseta já fez várias vezes, em várias sessões, quando estamos aqui, eu pedia-
vos que não circulassem à frente do púlpito, e portanto, circulassem por trás para não
estar a perturbar, constantemente, as pessoas que estão a usar da palavra, em especial
aqueles que nos visitam e que são os membros do público.” -----------------------------------
----------------------- PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO --------------------
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----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Nós temos cinco inscrições, até temos pessoas em lista de espera para o caso de
não termos as cinco e, portanto, a primeira inscrição do público é Luís Miguel Claro
Maçã, que nos vem falar de um assunto relacionado com infraestruturas, com um
alvará de loteamento municipal do prédio da Rua Sarmento Beires, número 48, na
Freguesia do Areeiro. ------------------------------------------------------------------------------
---- Tem a palavra, tem três minutos e se depois pretender deixar algum documento ou
alguma exposição nós naturalmente depois faremos chegar à Câmara.” -------------------
----- O Senhor Luís Miguel Claro Maça, morador na Rua Dr. Manuel de Arriaga, nº.
32/B- 1º. Andar 1495-087 Algés, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ---------
----- “Muito obrigado Senhor Presidente, gostava de dizer simplesmente para começar
o seguinte, eu tenho tês minutos para falar e a Câmara neste momento vai em 11 anos
para fazer as obras de infraestruturas do loteamento, aqui junto a nós, na Rua Sarmento
Beires. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu passo a explicar, eu intervim numa Reunião da Câmara Municipal em público
à frente do Senhor António Costa e lhe pedi responsabilidades que a Câmara de Lisboa
tem para executar um loteamento municipal, as obras de um loteamento municipal aqui
junto a nós. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em 2005 eu comprei um lote à Câmara Municipal de Lisboa e mais diversos
promotores compraram outros lotes municipais à Câmara de Lisboa, a Câmara recebeu
12 milhões de euros, 12 milhões de euros com a condição de realizar as infraestruturas
urbanas, até hoje não fez rigorosamente nada de jeito, andou a enganar as pessoas. -----
----- Em 2011, penso que foi em 2011, no dia 31 de outubro de 2012 estive na Reunião
da Câmara Municipal à frente do Senhor António Costa e expliquei-lhe que a Câmara
tinha obrigações, responsabilidades para com a realização das infraestruturas. -----------
----- Foi dito por ele, pelo Vereador Manuel Salgado, pelo Vereador Sá Fernandes que
a responsabilidade era da Câmara, está aqui uma cópia da Ata da Reunião Camarária
onde os mesmos assumem a responsabilidade. -------------------------------------------------
----- Eu comprei o lote em 2005, fiz o prédio, está ali feito com excelente arquitetura,
mas nós para sairmos à rua temos que passar pela lama, fui eu que tive que fazer os
passeios, fui eu que tive que fazer a ligação das infraestruturas elétricas, como é que eu
posso vender os apartamentos? -------------------------------------------------------------------
----- Senhores Vereadores, Senhores, eu não sei mas vejo aqui tanta gente do PS, do
PCP, do PSD, do MPT, etc., etc., de quem é a responsabilidade de afundarem a minha
empresa? Do meu irmão e do meu pai que está ali em cima. De quem é a
responsabilidade? -----------------------------------------------------------------------------------
----- Agora conto-vos outra coisa, hoje estamos aqui para fazer um debate sobre o tema
da Segunda Circular, a Câmara vai gastar milhões, porque é que não assume as suas
responsabilidades, que têm, que os 12 milhões que receberam que eu paguei, que eu fui
investir à Banca, que eu pedi à banca para pagar à Câmara, porque é que ainda não
realizaram as infraestruturas? A semana passada levantei umas licenças de utilização
do prédio, supostamente licenças de utilização que a pessoa pode utilizar, não consigo
ligar a energia! Isto não é um crime?” -----------------------------------------------------------
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----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Já lhe deixei dois minutos a mais, tem 30 segundos para terminar.” -----------------
----- O Senhor Luís Miguel Claro Maça, no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Então eu vou só dizer em trinta segundos. Eu sou proprietário de uma
urbanização aqui no Concelho de Lisboa, obrigaram-me a fazer tudo, tudo, incluindo
uma garantia bancária de 700 mil euros se eu não fizesse as obras, e a Câmara aqui
onde é que está a garantia bancária? -------------------------------------------------------------
----- Pode dizer ao Senhor António Costa que ele é responsável por crime e ao Senhor
atual Presidente que também é e que eu vou acionar criminalmente estes Senhores,
porque deram cabo da minha empresa, eu fui daqueles que tive de ir para o estrangeiro!
Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Muito obrigado pela sua exposição, se puder deixar aos serviços… Eu pedia-lhes
para não aplaudirem porque não é permitido aplausos do público durante a Reunião. ---
----- Se naturalmente se entender nós vamos diligenciar junto da Câmara para a
Câmara fornecer explicações e os serviços da Assembleia Municipal naturalmente
também entrarão em contato consigo, invocou alguma documentação ali no público,
seria útil naturalmente se entender desde já deixar ali aos serviços de modo a que nós
possamos ter referência, penso que seria útil para as diligências que a Câmara
naturalmente terá que efetuar a solicitação da Assembleia Municipal. ---------------------
----- Vamos chamar agora Manuel Maria Maçã, penso que é sobre o mesmo assunto e,
portanto, eu agora vou ser um bocadinho menos tolerante em relação ao excesso de
tempo, porque se é o mesmo assunto já dei dois minutos a mais.” --------------------------
----- O Senhor Manuel Maria Maça, morador na Rua Policarpo Anjos, nº. 73,
moradia 1, sala 1 – 1495-744 Cruz Quebrada, no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Ora em primeiro lugar boa-tarde a todas as pessoas, não é pelo mesmo assunto
mas estou metido na mesma alhada, no mesmo buraco! --------------------------------------
----- É só para dizer que este assunto que me traz aqui é a falta de consideração pelos
Senhores Políticos, Presidentes de Câmara, Vereadores, que nós mandamos emails,
mandamos faxes, mandamos correspondência e não nos respondem. ----------------------
----- O Senhor Presidente da Câmara, quer este quer os passados respondem que o
assunto foi enviado para o Senhor Vereador Manuel Salgado, do Senhor Vereador
Manuel Salgado e dos outros não há respostas. ------------------------------------------------
----- Pedimos audiências, várias audiências e não nos atendem. Porquê? Isso é que é a
democracia? É dessa maneira que tratam os cidadãos? Não. ---------------------------------
----- Quero só dizer, isto é para mostrar o meu desagrado, que tenho três filhos,
construí uma empresa, comecei a trabalhar com 11 anos a acartar com baldes de massa
às costas, fiz tudo a pulso e ainda andei na guerra, criei uma situação para os meus
filhos e agora vejo-os irem embora daqui! Desgraçaram a muinha vida, desgraçaram a
minha família, tenho uma empresa a falir por culpa dos Senhores da Câmara Municipal
de Lisboa, quer o Senhor Carmona Rodrigues, o Senhor António Costa e todos os
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outros e os Senhores Vereadores, desgraçaram a minha vida, desgraçaram a minha
família! -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Tenho aqui dois assuntos que é de um problema que o meu filho falou pela rama
ali nos Olivais, que foi aí que me desgraçaram a minha vida e aqui continuaram, eu
ainda pedi a redução de uma garantia bancária dos Olivais e a receção provisória dos
arruamentos que estão feitos fez uma ano agora no mês passado, tenho aqui o número
do processo que posso deixar, mas nem resposta, pergunto: porquê? -----------------------
----- É assim que se trata as empresas, é assim que querem que um velho com 73 anos,
ainda trabalho e crio postos de trabalho para esta juventude, assim não! Não façam
pouco de nós Senhores Políticos! Falam em democracia, mas cumpram-na! Olhem
pelas empresas e não desgracem as empresas que é isso que têm feito! À minha e a
muitas outras, que eu conheço! A mim desgraçaram-me a minha vida e a dos meus
filhos, aturaram-nos para a falência, porquê? Devo alguma coisa? Não cumpri alguma
coisa? Não, tenho cumprido tudo rigorosamente e haja quem venha dizer-me o
contrário! ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Estão dois processos em Tribunal, um daqui e outro dos Olivais, os tribunais
demoram o seu tempo e a gente sabe como é que as coisas funcionam, mas isso não
resolve, mesmo que eu venha a ser indemnizado no tempo dos meus bisnetos já cá não
estou e a minha empresa e os meus filhos estão desgraçados! Isso não se admite, não é
a democracia que vão para a televisão apregoar, que fazem e prometem tudo e mais
alguma coisa e na realidade, na prática é tudo uma mentira! ---------------------------------
----- Não façam pouco de quem trabalha Senhores Políticos, os Senhores Políticos
todos, está aí a televisão ou estão aí os jornais, se quiserem documentos ou se quiserem
que eu diga isto em público digo, o Senhor António Costa, como o meu filho disse, foi
mentiroso! E está ali uma Ata que i diz, que nos chamou inclusivamente ao Gabinete e
perguntou: “Os Senhores fazem o trabalho aqui que a Câmara paga-lhes?”. Nós
dissemos que sim, mas até hoje! ------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Mais uma vez eu peço para não aplaudirem, e compreendendo o calor que utiliza,
até pela gravidade do problema eu deixei passar mas estar a alcunhar de mentiroso
algum dos responsáveis é uma linguagem que nós não apreciamos e que não deve ser
utilizada aqui na Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------
----- De todo o modo dada a gravidade dos problemas, eles não cairão certamente em
saco rôto das diligências que os serviços da Assembleia Municipal farão e, portanto, eu
convidava-o, tal como o seu filho já fez, a documentação que se referiu no púlpito, se
puder e naturalmente se o desejar entregar aqui aos serviços, isso ajudará nas
explicações que a Assembleia Municipal naturalmente irá fazer à Vereação. -------------
----- O terceiro inscrito para o período do público é José dos Santos Lopes e, portanto,
ia dar-lhe a palavra e tem a ver com uma oficina que se situa ao lado da sua casa. -------
----- O Senhor José dos Santos Lopes, morador na Rua dos Baleares de Baixo, nº. 19
r/c esquerdo 17550-037- Lisboa, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: ---------
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----- “Boa-tarde, é a terceira ou quarta vez que venho a esta casa por causa do mesmo
assunto, graças aos funcionários desta Casa. ---------------------------------------------------
----- Não é só uma oficina clandestina que opera junto ao meu quarto, e é a terceira ou
quarta vez, volto a repetir, que venho a esta Casa, esperava que na última vez que
estive aqui nesta Casa que esta Casa tivesse pessoa idónea para me ouvir, não tem! ----
----- Já denunciei as pessoas em questão, denunciei um terreno roubado à Câmara de
Lisboa, que paga uma miséria de IMI, eu comprei no tempo do Doutor João Soares,
registei, agora deram-me razão, mas o senhor continua com uma oficina de alumínios,
trabalha de noite e a Polícia não vê, por uma miséria de uma janela ou de uma porta
que lhe fornece clandestinamente. ----------------------------------------------------------------
----- A oficina de automóveis funciona de noite, o óleo é despejado na valeta, já agora
com mais rigor, a ASAE não comanda aquela situação. --------------------------------------
----- Desculpem-me que eu não sei falar, só sei desenhar. Fui Comando na Guerra
Colonial, tirei um curso em Lamego para matar, tenho 69 anos, quero partir para o
inferno. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Tenho uma carta para entregar, fui a uma advogada, reuniram em três dias e
mandaram-me uma carta registada para eu receber após a reunião, a minha advogada
foi na conversa da Gisela Martins, ameaçou a minha advogada e disse que estava tudo
bem, fui levantar a carta e está tudo mal! Tenho resposta a essa carta. ---------------------
----- Há três anos que não durmo porque é paredes meias com a oficina, eu fiz uma
garagem com plantas e licenças, projetos, tudo aprovado. O Fiscal Fernando Dias
acompanhou a obra, o Carlos Domingos, o Arquiteto Rui Martins foi ao local, fizeram-
me deitar um bocado da parede abaixo para demonstrar que tenho 15 centímetros de
espaço entre a oficina clandestina, do terreno roubado à Câmara não veem, têm que ir
com um binóculo. Deitei a parede abaixo com um compressor para verificar, para lá
irem verificar que aquilo é meu, comprei, paguei e construí, agora que vão lá ver qual é
a idoneidade dos funcionários da Câmara, vão lá ver porque foi esta semana que deitei
aquilo abaixo, tenho aqui para demonstrar, para deixar à Mesa. -----------------------------
----- Não quero aqui voltar porque eu tenho 69 anos, fui Comando na Guerra Colonial
e estive em Moçambique com o Jaime Neves. Quero ir para o inferno! Não me
obriguem a fazer um disparate como fizeram em Paris, não vão à procura de ninguém,
vão à minha procura! -------------------------------------------------------------------------------
----- Cegaram-me no Hospital de Santa Maria e cortaram-me o pénis no Hospital do
Desterro, não fui indemnizado! Pode-me cortar os três minutos, acho que são
inteligentes, vejam o que eu estou a dizer! Vivo sozinho, tinha 11 empresas, a Câmara
deve-me 18 mil contos da Escola 181 de Chelas, no tempo do Krus Abecasis, ainda
não pedi esse dinheiro. -----------------------------------------------------------------------------
----- Paguem a quem devem, tiram metade dos funcionários incompetentes da Câmara
Municipal de Lisboa, paguem bem a quem for funcionário operacional. ------------------
----- Marcaram uma reunião com três pessoas: Carlos Domingos, Gisela Martins e a
Senhora do Património, apareceram-me seis, quero saber quem são os outros três que
não se identificaram, se são da Judiciária eu não tenho medo da Judiciária! --------------
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----- Meu querido Salazar, meu querido Salazar, não é pai nem mãe! Não é pai nem
mãe, havia respeito! --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Entretanto já esgotou o seu tempo há bastante tempo e, portanto….” ---------------
----- O Senhor José dos Santos Lopes, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -
----- “É que já é a terceira ou quarta vez que venho aqui a esta Casa porque não me
deixam dormir! --------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Muito bem, agradecia que pudesse entregar os documentos à Mesa, nós já temos
uma explicação da Câmara que os Serviços da Assembleia Municipal lhe vão fazer
chegar nos próximos dias, em que a Câmara já solicitou as diligências, e é verdade
aquilo que disse que já esteve aqui presente, que já teve reuniões com os Serviços
Municipais e, portanto, aquando da sua inscrição foi compulsado aquilo que existia
aqui em termos de processo e temos explicações da Câmara que lhe vão ser enviadas. -
----- De todo o modo agradecia que pudesse deixar ali nos serviços esse documento e
que portanto que pudessem ajudar o Senhor a dar lugar ao próximo. Muito obrigado.” -
----- O Senhor José dos Santos Lopes, no uso da palavra fez a seguinte intervenção: -
----- “Achava bem porque arranjaram-me um problema de saúde que é preciso, não sei
se tenho recuperação, mas também não me importo de viver neste mundo.” --------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------
----- Nós tínhamos duas pessoas inscritas na lista de presenças e tínhamos três em lista
de espera, as indicações que eu tenho dos serviços é que aqueles que estão a seguir não
estão presentes e, portanto, nós íamos chamar, se eu tomei boa nota Filipa Alexandra
Lopes de Almeida.” --------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora D. Filipa Alexandra Lopes de Almeida, Rua Botelho Vasconcelos
lote 558 1º. B, 1950-046- Lisboa (morada da irmã), no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Boa-tarde Senhor Presidente. --------------------------------------------------------------
----- Eu venho expor a minha situação em público, venho expor um bocadinho a minha
vida, digamos assim, porque eu tenho uma situação em questões de habitação, desde
2007 em que fui vítima de violência doméstica, eu a minha mãe e as minhas irmãs. ----
----- Nós vitimizadas ficámos na rua, a minha irmã fez um arrombamento de casa,
assim como eu, a minha irmã ficou na casa onde arrombou e está em situação de
legalização e eu fui para uma casa da Proteção Civil, um T0 sem condições, com
humidades, com três crianças. --------------------------------------------------------------------
----- Entretanto aquele processo era durante seis meses, eu estive lá cinco anos e ao fim
de cinco anos não tinha trabalho e resolvi emigrar durante dois anos. ----------------------
----- O que se passa é o seguinte, eu voltei o ano passado, em janeiro, não tinha outra
opção porque infelizmente a GEBALIS não me deu justificações, ou a Câmara, não
sei, em relação ao meu pai ter ficado num T3 e nós vitimizadas ficámos na rua. Eu não
tive outra opção senão fazer um arrombamento, fiz há um ano atrás, agora há poucos
dias fui posta na rua, eu e os meus três filhos e o meu sobrinho com 18 anos. ------------
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----- Eu fiz vários requerimentos à GEBALIS, eles disseram-me, no terceiro
requerimento que eu fiz, disseram-me que eu não tinha hipótese de requerer alguma
vez o que quer que fosse porque ia ser automaticamente arquivado. -----------------------
----- Eu falei para o Gabinete da Senhora Vereadora por várias vezes, falei com a
Doutora Rosa Santos, a semana passada falei com a Doutora Floresbela também, eu
estou inscrita no RAHM e não sabia que tinha que renovar, na GEBALIS o que me
dizem é que não me dão uma justificação do porquê. -----------------------------------------
----- Eu tentei emigrar, ter uma nova vida, se eu tivesse conseguido vingar não tinha
voltado e tinha dado o lugar a outras pessoas que precisam, eu faço a questão de dizer
em todas as exposições que faço à Senhora Vereadora e que faço à GEBALIS, eu
quero pagar uma renda, agora não posso pagar uma renda com três filhos, de
quinhentos euros, mas quero pagar uma renda e pedi para me resolverem a situação,
disseram-me “Ah, porque a Senhora emigrou”, eu quando emigrei fui tentar uma vida
melhor, não é coisa que as pessoas não fazem mas com três filhos não é fácil sair daqui
para fora sozinha e tentar uma vida melhor. ----------------------------------------------------
----- Agora a questão é que a GEBALIS não me justifica o porquê do meu pai ter
ficado num T3, uma pessoa sozinha, e nós estarmos na rua, eu neste momento estou na
rua, os filhos estão em casa da minha irmã, que não tem condições porque é uma loja, é
uma casa até que lhe querem legalizar sem condições e eu, os meus filhos estão a
dormir na minha irmã para os salvaguardar obviamente, eu estou a dormir em casa de
uma amiga ou no armazém onde puseram as minhas coisas e tem sido assim e eu tenho
pedido, tenho telefonado todos os dias, tenho tentado, tenho ido à Câmara e disseram-
ma “ Ah, a Senhora pode prescindir do T4 por um T2” ora eu não estou incomodada se
é um T4 ou se é um T3 ou se é um T1, o que eu quero é única a simplesmente que
resolvam a minha situação, porque é assim, a GEBALIS para mim não está, as camas
são para pessoas com problemas sociais, a mim só me estão a criar mais um e
disseram-me “Ah, quem propôs ordem de despejo agora foi a Senhora Vereadora”,
pois, mas quem propôs foi a GEBALIS, portanto, o porquê, porque é que não me
resolvem., porque é que não me dão justificação quando eu falo no meu processo de
2007 “Minha Senhora, a minha situação não é de agora, vem de há vários anos” e
ninguém me responde. -----------------------------------------------------------------------------
----- E neste momento eu tenho consciência que eu fiz uma coisa ilegal, eu tenho
consciência disso, mas eu não tinha outra alternativa e é isso que eu tento explicar. Eu
disse, eu faço referência à Senhora Vereadora, à GEBALIS que eu quero pagar uma
renda, agora resolvam a minha situação, porque é assim, tem sido muito complicado
com os meus filhos estar nesta situação, os miúdos choram todos os dias e pronto, eu
não sei o que é que hei-de fazer e hoje optei por vir aqui.” -----------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Muito obrigado, e fez muito bem e agradecia-lhe que se tiver algum documento,
alguma identificação, que como estava aqui na lista de suplentes eu pelo menos não
tenho essas identificações, não sei se deu aqui aos serviços para que a Assembleia
Municipal possa diligenciar. ----------------------------------------------------------------------
DRAFT
11
----- Hoje não está cá a Senhora Vereadora Paula Marques, ela normalmente até
costuma ter membros da sua equipa que tratam muitas vezes de até conversar com as
pessoas do público que cá vêm, mas eu agradecia-lhe que pudesse entregar tudo aquilo
que pudesse entregar com a melhor identificação e vamos fazer as adequadas
diligências, portanto, se puder, depois falar com os serviços.” ------------------------------
----- A Senhora D. Filipa Alexandra Lopes de Almeida, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “A única coisa que eu tenho Senhor Presidente, é a minha identificação, assim em
termos de documentação.” -------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Mas em termos de todos os dados que tenham a ver com a habitação que estava
falada, mas agora precisava de dar lugar a outro porque já lhe dei muita tolerância em
termos de tempo, embora o assunto o justifique. -----------------------------------------------
----- Última inscrição, também que estava na lista suplente, Maria Judite de Carvalho.”
----- A Senhora D. Maria Judite Cerveira Pires de Carvalho, moradora no Largo
Mário Neves nº. 12, 5º. B 1600-815 Lisboa, no uso da palavra fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu primeiro estou a olhar para a cara de Senhor e depois falo. -----------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
----- “Obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora D. Maria Judite Cerveira Pires de Carvalho, no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “É assim, eu moro na largo Mário Neves, no lote 12- 5º. B, há 17 anos. Vim da
Quinta do Zé Pinto e sou inquilina há sessenta e tal anos da Câmara. ----------------------
----- Eu não vou perguntar ao Senhor porque é que saí da Quinta do Zé Pinto porque eu
não lhe sei dizer, não sei se a Câmara terá um anexo para dizer a si. -----------------------
----- Fui para lá há dezassete anos, com infiltrações e mais infiltrações que não se podia
estar, acontece que o Senhor Presidente da GEBALIS já lá foi a minha casa, assim
como várias pessoas e garantiram-me que em poucos dias ou em poucos meses iam
arranjar. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Estamos já em 2016 e está tido na mesma situação, o meu marido doente, eu
doente, um filho doente e continuamos na mesma situação e o que me traz aqui é
realmente perguntar quando é que vão arranjar a casa para não chover lá dentro. --------
----- É só o que eu queria que o senhor me respondesse ou alguém me respondesse, não
tenho respostas da GEBALIS e é o caso. --------------------------------------------------------
----- Acho que está tudo dito, está tudo terminado, eu quero uma resposta porque eu
não vou insistir em mais nada, porque eu caminho por outros caminhos, tem que ser
assim. -------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu agradeço que me deem uma resposta em breve, o mais breve que possam
porque nós estamos saturados, eu tenho este braço partido e não posso andar a apanhar
a água que chove. Muito obrigada.” -------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra fez a seguinte intervenção:
DRAFT
12
----- “Muito obrigado e obrigado pela síntese em termos de tempo, certamente que com
as diligências dos serviços da Assembleia Municipal terá naturalmente essa resposta. --
----- Muito bem, fique descansada, agradecia só que à saída aqui com os serviços da
Assembleia Municipal se pode identificar exatamente o caso em concreto.” --------------
----- Mais uma vez recordar às Senhoras e senhores Deputados Municipais, em espacial
àqueles que chegaram mais tarde e reiterar aquilo que a Presidente Helena Roseta já
pediu várias vezes. Enquanto estivermos nesta sala eu agradecia e nós agradecíamos e
as pessoas que estão no púlpito ainda mais, que circulem ali por cima e que não
estejam constantemente a passar aqui à frente dos oradores, não só perturba as
filmagens que são feitas, mas acima de tudo perturba os oradores, não vale a pena nós
estarmos a pensar numa solução para vedar isto, se quando estão oradores no púlpito as
Senhoras e Senhores Deputados evitarem passar à frente, aos pedidos reiterados que
nós vamos fazendo, a coisa corre melhor. -------------------------------------------------------
----- Felizmente as obras estão a andar a bom porto e, portanto, em breve poderemos
voltar para o Cinema Roma com outras condições. --------------------------------------------
----- Passado o período de intervenção do público e todos os assuntos pendentes que
tivemos que tratar, antes da intervenção do público, nós temos agora, dois Votos de
Pesar.” ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Voto de Pesar Nº 1/91 – Voto de Pesar e Homenagem a Nuno Teotónio
Pereira: --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- “Nuno Teotónio Pereira é um dos pais fundadores da arquitetura moderna no
nosso país. Ao longo de décadas reclamou “habitação para o maior número”,
angustiado nos nossos dias com a falta de casas para os casais jovens, como há
cinquenta anos com a proliferação das barracas. Amou sempre Lisboa, que conhecia
como poucos. A cidade perde, com a sua morte, um dos seus mais notáveis habitantes.
----- Em 1948, no 1º Congresso Nacional dos Arquitetos, está entre o grupo de jovens
profissionais revoltados com a imposição de um “estilo nacional”. Inspirados na
Carta de Atenas, de que Nuno Teotónio foi um dos primeiros tradutores para
português, os arquitetos queriam uma arquitetura “centrada nas necessidades
elementares do homem”; a ditadura respondia-lhes impondo uma “arquitetura
portuguesa” que mais não era que uma forma de censura. E o que começou
aparentemente como simples questão formal acabou por desembocar numa questão de
regime. O que os arquitetos reclamavam, afinal, era nada menos do que liberdade. E
daí partiram, sob o impulso de Keil do Amaral, à descoberta da arquitetura popular,
procurando um saber antigo e essencial, onde as formas habitadas nascem da relação
entre o homem e o meio e deixando-nos esse notável registo do Portugal dos anos 50
que foi o “Inquérito à a Arquitetura Popular Portuguesa”. --------------------------------
----- Morreu a escassos dias de completar 94 anos. Nascido em 1922, diplomado pela
Escola de Belas Artes de Lisboa em 1949, formou o primeiro atelier com Chorão
Ramalho, Alzina de Menezes e Manuel Tainha. Em 1954 o atelier instala-se na rua da
Alegria, em Lisboa, e de certo modo transforma-se na verdadeira escola da
arquitetura de Lisboa, alternativa ao ensino tradicionalista da ESBAL. Por ali
passaram grandes nomes, de Nuno Portas, Bartolomeu Costa Cabral e Pedro Vieira
DRAFT
13
de Almeida a Gonçalo Byrne, Duarte Nuno Simões, João Paciência ou Pedro Botelho.
Deixou profunda marca em todos quantos com ele trabalharam, embora estivesse
sempre a dizer que o mérito era todo alheio e nunca de si próprio. Trabalhou também
largos anos na Federação das Caixas de Previdência em projetos de habitação
económica, campo em que acumulou uma vasta experiência. -------------------------------
----- Distinguido várias vezes com o Prémio Valmor Municipal de Lisboa, o seu
edifício na Braamcamp teve o raro destino de receber uma alcunha popular como
“Edifício Franjinhas” (1971). É sua e de Nuno Portas a Igreja do Sagrado Coração
de Jesus (1975), também premiada, como é seu o plano de acessibilidade da Covilhã
(2004), um exemplo inovador que, nas suas próprias palavras, pretendia “atenuar
malfeitorias, adaptar relevo, preservar a identidade e consolidar o tecido urbano”.
Foi premiado pela AICA em 1985, pela Academia nacional de Belas Artes em 2007,
doutorado honoris causa pelas Universidades do Porto e Técnica de Lisboa, tendo
ainda recebido em 2010 a Medalho de Ouro da Cidade de Lisboa e o Prémio Carreira
da Bienal Ibero-Americana de Arquitetura e em 2015 o Prémio da Universidade de
Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Foi presidente do Movimento de Renovação da Arte Religiosa, tendo participado
ativamente nos movimentos progressistas dos católicos contra a ditadura e a guerra
colonial. Dirigiu a Cooperativa Cultural Pragma, outro foco de resistência cultural, e
o Centro Nacional de Cultura. Defensor incansável da responsabilidade social dos
arquitetos, batalhou pela sua organização profissional, desde o velho Sindicato
Nacional dos Arquitetos à Associação dos Arquitetos Portugueses, em 1988, e mais
tarde à Ordem dos Arquitetos, tendo encabeçado em 2003 a primeira iniciativa
legislativa de cidadãos em Portugal, sob o lema “Direito à Arquitetura”. ---------------
----- Acompanhava com grande atenção e perspicácia as transformações do território,
não hesitando em fustigar as desordens geradoras de iniquidade social, desde os
realojamentos forçados no vale de Alcântara em 1966 às distorções do mercado
imobiliário no final do século XX, como o escândalo dos fogos devolutos e o
desordenamento e degradação das cidades. Reclamou medidas públicas para o fim
das barracas, prioridade à reabilitação urbana e ao transporte público, primazia do
peão no espaço público, medidas fiscais severas contra o abuso do direito de
propriedade. E se tanto lutara, até ao 25 de abril, contra a ditadura política, na
décadas seguintes denunciou a ditadura de mercado, também ela cerceadora da
liberdade e causadora de profundas desigualdades com as quais nunca se conformou.
----- Autor de numerosos estudos, artigos e comunicações sobre arquitetura,
habitação, património, território e cidadania, a sua obra foi pioneira, a sua escrita
destemida e a sua vida uma história de talento, generosidade e profunda fraternidade.
A sua figura transcende largamente o campo da arquitetura para se inscrever como
grande referência cívica e moral da democracia e da liberdade: profundamente
íntegro e desprendido até ao limite, foi perseguido pela PIDE e estava entre os presos
que saíram de Caxias em 26 de abril de 1974. Pouco tempo antes de morrer, numa das
últimas entrevistas que deu, dizia: “a arquitetura faz-se de dentro para fora, como o
ser humano. ------------------------------------------------------------------------------------------
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14
----- A Assembleia Municipal honra a memória e o legado de Nuno Teotónio Pereira,
acompanha a família no momento de pesar que atravessa e exorta os lisboetas a
inspirarem-se no seu exemplo de probidade, fraternidade, liberdade e cidadania. -----
----- A Assembleia Municipal de Lisboa recomenda ainda à Câmara Municipal: --------
----- - que registe num roteiro, publicamente assinalado in loco, as grandes obras de
arquitetura de que foi autor e coautor, para que sejam conhecidas e reconhecidas
entre as muitas silhuetas que formam a incomparável identidade da cidade de Lisboa.
----- - que crie um prémio ou outra forma de incentivo que associe o direito à
habitação com o nome de Nuno Teotónio Pereira e seja destinado ao reconhecimento
das iniciativas populares e comunitárias na defesa da “habitação para o maior
número. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Os Deputados Municipais, Helena Roseta, Miguel Graça e Grupo Municipal do
PS.” ---------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Voto de Pesar Nº 2/91 – António Almeida Santos: -----------------------------------
----- “António Almeida Santos foi um dos políticos mais presentes na história da nossa
democracia. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Combatente desde sempre pelos valores da Democracia, nos tempos da ditadura e
depois do 25 de Abril, António de Almeida Santos granjeou a admiração e o respeito,
não apenas de amigos e camaradas, mas também dos adversários políticos, devido à
enorme elevação e ao humanismo sempre demonstrados no exercício dos mais
variados cargos públicos que desempenhou ao longo de uma vida tão preenchida e tão
ativa até ao fim. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Foi Ministro da Coordenação Interterritorial dos I, II, III e IV Governos
Provisórios, Ministro da Comunicação Social do VI Governo Provisório. Exerceu
funções como Ministro da Justiça do I Governo Constitucional e como Ministro-
Adjunto do Primeiro-Ministro no II Governo Constitucional. Foi ainda Ministro de
Estado no IX Governo Constitucional. Entre 1985 e 2005 foi membro do Conselho de
Estado. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eleito Deputado entre a I e a IX Legislaturas, evidenciou-se como excelente
tribuno. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Foi um notável Presidente da Assembleia da República, sabendo sempre
prestigiar o Parlamento, tendo merecido o respeito dos seus pares, que, aliás, também
sempre respeitou, independentemente das diferenças políticas. ----------------------------
----- Entre 1991 e 1994, exerceu as funções de Líder do Grupo Parlamentar do Partido
Socialista e foi Presidente do Partido Socialista entre 1992 e 2011, cargo que exerceu
sempre de forma exemplar, merecendo o apoio e o carinho de todos os socialistas.
Posteriormente, foi eleito em Congresso como presidente honorário, numa justa e
unânime homenagem a alguém capaz de reunir um conjunto de qualidades dificilmente
igualável. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Foi, como jurista de exceção, o artífice de uma parte substancial da malha
legislativa no início da Democracia portuguesa, contribuindo decisivamente para a
construção do Estado de Direito Democrático no nosso país. Na sua ação fez da
DRAFT
15
capacidade de diálogo, da consensualização e da concertação política – sem abdicar
da firmeza das suas ideias - uma verdadeira arte e uma das suas imagens distintivas. -
----- Sempre generoso, sempre conciliador, sempre presente e solidário, e por isso
muito acarinhado por todos, conforme pudemos testemunhar nas manifestações de
tristeza e profundo pesar que a sua morte suscitou. ------------------------------------------
----- O seu contributo para a construção da Democracia em Portugal, os
relevantíssimos serviços prestados ao seu Partido e ao seu País, fazem dele uma figura
de referência inesquecível para todos os socialistas, em particular, e para os
democratas em geral. ------------------------------------------------------------------------------
----- Um verdadeiro príncipe da Democracia, que perdurará na memória de todos. ---
----- Em homenagem à memória do cidadão que foi António Almeida Santos, a
Assembleia Municipal de Lisboa vota a expressão do seu pesar pelo seu falecimento,
dando dele conhecimento à sua Família e guardando um minuto de silêncio.” ----------
----- O Voto número um é um voto de pesar e de homenagem a Nuno Teotónio Pereira,
o Voto número dois, também, um Voto de Pesar de António Almeida Santos. Eu penso
que, para o voto número um de Nuno Teotónio Pereira, que é subscrito pela Helena
Roseta, pelo Miguel Graça, Deputados Independentes, pelo Grupo Municipal do
Partido Socialista, tivemos a indicação, para a Mesa, com o Bloco de Esquerda,
também, subscreve este voto, subscreve, também, seguinte, que o Deputado Miguel
Graça, “Os Verdes” e o Partido Comunista Português, o José Moreno, também, se
estão a associar, o CDS-PP, também, bem presumo que todos se associam ao voto de
pesar do Nuno Teotónio Pereira. -----------------------------------------------------------------
----- Os serviços, penso que estão a preparar, pois o Miguel Graça tinha preparado um
slide show, que podemos passar, enquanto a Deputada Municipal Rosa Maria Carvalho
da Silva vai fazer, o favor, de ler o voto.” ------------------------------------------------------
----- (A Senhora Deputada Rosa Carvalho da Silva leu na integra, o Voto de Pesar nº
1/91). --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: ------------------
----- “Muito bem. Vou colocar à votação o Voto de Pesar nº 1/91, não há votos contra,
nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, PAN, MPT,
PNPN e 6 IND. O Voto de Pesar nº 1/91 foi aprovado por unanimidade. -------------
----- Vamos passar à leitura do segundo Voto de Pesar, e depois, naturalmente, faremos
um minuto de silêncio que englobará os dois votos. -------------------------------------------
----- O segundo Voto de Pesar é referente a António Almeida Santos, e vai ser lido pela
Deputada Municipal Patrocínia Vale César.” ---------------------------------------------------
----- (A Senhora Deputada Patrocínia Vale César leu na integra, o Voto de Pesar nº
2/91). --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: ------------------
----- “Muito bem. Vou colocar à votação o Voto de Pesar nº 2/91, não há votos contra,
nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, PAN, MPT,
PNPN e 6 IND. O Voto de Pesar nº 2/91 foi aprovado por unanimidade. -------------
----- Vamos, então, aguardar um minuto de silêncio. ------------------------------------------
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----- Vamos entrar no Período da Ordem do Dia, portanto, temos como primeiro ponto
a apreciação da Petição nº 14/2015, intitulada “Em Defesa do Jardim Nun’Álvares,
Jardim de Santos”. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Aquilo que nós temos em termos de grelha de tempos é dez minutos para os
Peticionários e depois quatro minutos e meios, ou seja, uma vez e meia a grelha base,
para cada grupo municipal. As inscrições dos Grupos Municipais podem fazer-se junto
aqui da Deputada Municipal Patrocínia Vale César. ------------------------------------------
----- O primeiro subscritor da petição, vai ser o representante, é o Senhor Miguel
Veloso.” ----------------------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------PERÍODO DA ORDEM DO DIA -----------------------------
----- PONTO 1 – APRECIAÇÃO DA PETIÇÃO Nº 14/2015, NOS TERMOS DA
PETIÇÃO E AO ABRIGO DO ARTIGO 85º DO REGIMENTO; 1,5X GRELHA-
BASE: 51M A QUE ACRESCEM 10M PARA OS PRIMEIROS
SUBSCRITORES; ---------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Petição nº 14/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo I e dela faz parte
integrante) -------------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 4ª Comissão, Comissão Permanente de Ambiente e Qualidade de
Vida, fica anexado à presente Ata como Anexo II e dela faz parte integrante) -----------
----- O Senhor Miguel Veloso na qualidade de Representante dos Peticionários, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhor Presidente, muito obrigada a todos, minhas senhoras e meus
senhores, eu estou aqui a representar a 256 subscritores da petição e foi mesmo, agora,
referida pelo Senhor Presidente e, para em linhas muito gerais comentar o relatório que
foi feito na 4ª Comissão Permanente da Assembleia Municipal de Lisboa, de Ambiente
e Qualidade de Vida. Nós peticionários fomos ouvidos em sede dessa comissão que
muito agradecemos. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, relativamente ao relatório, esqueci-me de mencionar que estou
também representar a Plataforma em Defesa das Árvores e faço parte da Associação
Aqui Mora Gente, que tem vários pólos, em Lisboa. -------------------------------------------
----- Da análise rápida deste relatório sai, imediatamente, uma ideia-chave que é, de
facto, que este espaço verde, que é o Jardim de Santos não ser visto pela autarquia,
quer a Junta da Estrela, quer a própria Câmara Municipal de Lisboa, como um espaço
estruturante. Não vou entrar em grandes delongas, nem em grande considerandos sobre
aquilo que deveria ser, ou não, um espaço estruturante porque nós consideramos que
qualquer espaço verde da cidade deve ser visto como estruturante e, por isso ser alvo
de um trabalho de ordenamento geral que passaria pela Câmara Municipal de Lisboa
em conjunto com as juntas e em conjunto com os cidadãos. O facto de não ser
considerado estruturante é, na opinião da 4ª Comissão Permanente da Assembleia
Municipal, matéria da competência exclusiva da Junta de Freguesia da Estrela e, por
isso, a própria comissão reconhece que não pode, nem tem direito, a fazer qualquer
tipo de recomendação à Junta de Freguesia da Estrela, porque não se não se trata de
competência dessa Comissão. -----------------------------------------------------------------------
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----- Ora as recomendações podem ser muitas e variadas funções, uma delas como,
aliás, está, no artigo 4º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa, no número
um, alínea J, “deliberar sobre formas de apoio às freguesias no quadro da promoção e
salvaguarda articulada dos interesses próprios das populações”, parto do princípio que
estas populações não estão alhures, mas estão na jurisdição de uma das Juntas, neste
caso, os que vivem na área da Junta da Freguesia da Estrela. No artigo 2, alínea C,
também é a atribuição da Assembleia Municipal de Lisboa “apreciar a extensão dos
contratos de delegação de competências previstos nas alíneas que a APL do número
anterior”, portanto, temos aqui de alguma forma, um quadro que permitiria senão uma
recomendação ipsis verbis, pelo menos dar hipótese à própria comissão e à Assembleia
Municipal no seu todo, de expressar a sua verdadeira preocupação pelo estado
calamitoso em que se encontra uma das áreas verdes mais emblemáticas da Cidade de
Lisboa que é o Jardim Nun’Álvares - Jardim de Santos, aliás, de Jardim não tem nada.
Para um Jardim existir é preciso cuidado permanente, é impensável, achar que aquilo
que está a acontecer no Jardim de Santos possa se ter, de facto, o seu Jardim e se
calhar, até nem de espaços verdes. -----------------------------------------------------------------
----- Por outro lado, também se estranha que tende a esta Assembleia Municipal feito
recomendações à Câmara Municipal de Lisboa quando foi estatuto EMEL, não possa
fazer recomendações para uma Junta de Freguesia tentando ajudar, evidentemente, essa
Junta a melhor ordenar os espaços verdes que tem na sua mão. Esta era uma reação,
desde já, a uma primeira conclusão deste relatório que diz que, de facto, não se pode
recomendar coisíssima nenhuma, porque este espaço verde não é estruturante e, por
isso, é competência exclusiva das Juntas. --------------------------------------------------------
----- Não querendo, também, aprofundar o debate nem sequer dar asas ao debate sobre
o assunto da transferência de competências para as juntas, também não podemos deixar
de estranhar que uma ideia que à partida tem todas as bondades e vantagens, tenha sido
transposta na prática com alguns pontos de interrogação para não dizer algumas falhas,
e isso mesmo é reconhecido por vários assessores de vários a senhores vereadores com
quem, no âmbito das nossas atividades, das duas associações de que faço parte, temos
vindo a encontrar tem sido reconhecido como, de facto, como uma lacuna que dá quase
como se fosse aso a um certo vazio jurídico. -----------------------------------------------------
----- Agora, passaria a uma análise um pouco mais detalhada dos pontos do relatório. E
começo com aquilo que diz no ponto dois, quando diz, no ponto três, “para a audição
dos peticionários foi possível apurar que a plataforma tem conhecimento de que a
requalificação deste espaço verde está contemplado no projeto Uma Praça em Cada
Bairro”, tudo isto é verdade, mas também não queria deixar aqui patente a ideia que
nós achamos que o facto dessa ideia, e desse programa que tem toda a validade é, de
facto, uma das ideias boas deste executivo não é, pelo facto, deste jardim estar
contemplado numa futura atuação, no âmbito desse programa que a situação pode
continuar, ou deve continuar como está. Este relatório também peca a nosso ver,
porque não contextualiza aquilo que acontece no Jardim de Santos, variadíssimas
noites de todos os dias, variadíssimas noites de todos os meses durante todo o ano. -------
DRAFT
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----- Sabemos que há regras em Lisboa, sabemos que há regras de estacionamento,
sabemos que há regras de licenciamento, sabemos que a Lei de Bases do Ambiente,
que há a Lei do Ruído, a Lei do álcool que é toda uma série de moldura jurídicas que
devem, de alguma forma, limitar ou não nortear as ações de quem usa e de quem gere a
cidade. Ora, no Jardim de Santos e na sua adjacente passa-se exatamente o contrário,
os carros à noite estacionam em todo o lado, inclusivamente, dentro do Jardim, foram
retirados cubos de pedra que limitavam o acesso ao Jardim e os carros estacionam
dentro dessa parte, foi, há pouco, à frente de três bares foram retirados lugares da
EMEL vedados com gradeamento, esse gradeamento esteve, praticamente, um mês à
frente desses três bares que, na prática utilizavam esse espaço para depois duplicar área
das suas esplanadas, e tem vindo a ser licenciadas a instalação daquilo que
pomposamente se chama “pontos de restauração não sedentárias” com carrinhas de
comes e bebes, a última das quais no acesso direto do Jardim, é uma carrinha de venda
de pão com chouriço e, particularizando um pouco mais, e dando mais cor à minha
intervenção, até lenha tem debaixo da carrinha para poder, eventualmente, acender o
seu forno. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, este relatório, outra das nossas conclusões, é que está desatualizado
porque a determinada altura, no ponto do 4º, já das conclusões do relatório, a Comissão
afirma que, pelo menos um dos pontos da petição foi já respondido positivamente, que
era a relocalização do ponto de restauração e bebidas não sedentário. É verdade, sim
que houve uma relocalização de um dos pontos para uma área adjacente também
debaixo de árvores, mas instalou-se, recentemente, esta carrinha de venda de pão com
chouriço, no Jardim de Santos. ---------------------------------------------------------------------
----- Por isso, este é o contexto que falta ao relatório. ------------------------------------------
----- Por outro lado, não sei se já estou quase a esgotar os dois minutos, fala-se aqui,
não quero personalizar de forma nenhuma, mas fala-se no envolvimento enfim, da
Junta de Freguesia na identificação de soluções, é verdade sim que houve, de facto, e
há, quero crer que há preocupação genuína por parte da Junta em tentar solucionar,
para agrado de todos, estes problemas, mas uma coisa é certa o licenciamento deste
tipo de estruturas não ajuda à degradação galopante do Jardim e do espaço envolvente,
não ajuda à qualidade de vida, aliás, a Comissão da Assembleia Municipal também
tem, como parte do seu titulo, ou da sua designação, qualidade de vida, não ajuda de
forma nenhuma à qualidade de vida dos moradores da zona de Santos-o-Velho. -----------
----- Eu gostaria, ainda, só de referir um ponto, é que fala-se, aqui, também, de um
regulamento para ordenar a frequência noturna, refiro-me outra vez, ao ponto número
4, não vou, mais uma vez, abrir o debate, nem posso, mas é preciso ter toda a cautela
na redação escolhida, porque esse regulamento que pretende ordenar a frequência
noturna está agora a ser alvo de uma revisão, como todos nós sabemos, ou de uma
atualização, e há pronúncias variadíssimas enviadas já pelo Aqui Mora Gente para o
Vereador Duarte Cordeiro, portanto, não será bom, com certeza, aventar uma coisa
numa conclusão do relatório sobre algo que ainda está em curso e, portanto, não
merece aqui, este ponto. -----------------------------------------------------------------------------
DRAFT
19
----- Estou prestes a terminar, e retomando o ponto das transferência das Juntas, não
queria, de forma nenhuma, também, entender que as Juntas de alguma forma se
transformaram num baluarte relativamente às quais ninguém pode dizer nada, e muito
menos comentar. --------------------------------------------------------------------------------------
----- E agora sim, termino, com as palavras da Presidente da Assembleia Municipal,
Helena Roseta, que diz o seguinte; “Queremos tornar a Assembleia Municipal, num
órgão mais político, mais transparente, mais aberto e mais participativo e,
politicamente mais ativa. A Assembleia pode ter um papel dinamizador”. Portanto, na
nossa opinião, este relatório deve ser, novamente, reanalisado, melhor escolhida a
redação para o mesmo e, porventura, uma nova audição com os subscritores da petição. -
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) na qualidade de Relatora
do Parecer da 4ª Comissão, fez a seguinte intervenção: -----------------------------------------
----- “Muito obrigada aos peticionários, ao restante público presente, aos meus colegas
deputados. Queria, desde já, agradecer aos peticionários a apresentação desta petição
como todas as posições que temos vindo, aqui, a apreciar na Assembleia Municipal,
esta é mais uma em que verificamos que, de facto, o interesse dos cidadãos pela cidade
é cada vez maior, e cada vez mais há um envolvimento, uma procura de um
envolvimento da população com a Assembleia Municipal e com o Município, seja
através a da Câmara Municipal, da Assembleia Municipal, e também das Assembleias
de Freguesia que é um dos órgãos que eu, vou agora, referir, também, e que penso que
é importante que os peticionários tenham conhecimento, também, da sua existência e
da sua importância. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Esta petição é muito oportuna, é fruto de uma preocupação que demonstra esse
exercício saudável da cidadania, mas, de facto, aquilo que verificámos nas audições
que fizemos na comissão foi por um lado que, de facto, houve uma requalificação em
2013, todos nós que lá passemos, e a Comissão reconhece isso, obviamente,
verificamos que há degradação do Jardim, e que podemos testemunha-la e que tem
origem em atos, sobretudo, de vandalismo e utilização que decorre, de facto, da
frequência dos estabelecimentos de restauração e bebidas que estão adjacentes e,
portanto, não tem a ver propriamente com a manutenção deste Jardim. ----------------------
----- Este Jardim é, efetivamente, um espaço não estruturante, o facto de ser não
estruturante não lhe confere menos importância, só significa que, do ponto de vista de
cidade faz sentido que a sua gestão seja local, que é até uma coisa positiva e que pode
até melhorar, de facto, a rapidez, até, por exemplo, das intervenções. ------------------------
----- Ouvida a Junta de Freguesia da Estrela que é a Junta de Freguesia que tem
competência nesta matéria, o que verificámos é que, por um lado, há um projeto que,
de facto, já se arrasta há muito tempo, já houve tentativas quase concretizadas e, aliás,
quase travadas até por alguma oposição dos munícipes da zona, de resolver este
problema e fazer uma intervenção de fundo no Jardim, tivemos oportunidade,
inclusivamente, esta Assembleia Municipal de se pronunciar sobre algumas das ideias
para essa solução, e está prevista, neste momento, de facto, uma intervenção no âmbito
do projeto Uma Praça em Cada Bairro. Esta intervenção foi reconhecida pelos
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20
peticionários que contribuiria para a resolução dos problemas, questionaram-nos sobre
prazos e, questionada a Câmara sobre esta matéria, portanto, foi-nos informado que o
projeto entraria em execução até Março de 2016, e que seria executado até ao último
trimestre do ano. E, portanto, de facto, há aqui uma solução. ----------------------------------
----- Apesar de como diz bem, e bem, nós, no nosso relatório indicamos que não
devemos fazer recomendações, obviamente, a uma outra autarquia, mas efetivamente,
aquilo que a Comissão verifica é que não obstante o facto de isto se tratar de
competência da Junta de Freguesia da Estrela, no diálogo que temos permanente,
obviamente, com as Juntas de Freguesia, até pela sua presença, aqui, nesta Assembleia,
levantámos essa questão da manutenção do espaço até lá e, de facto, essa é a
preocupação da Comissão e foi a preocupação expressa neste relatório. De toda a
maneira, o relatório e a razão por que não tem recomendações é porque efetivamente
verificamos que já existe um projeto que está proposto para esta área, que os
peticionários reconhecem como vindo a resolver alguns dos problemas, pelo menos, da
zona e, portanto, não interferindo, obviamente, nas competências da Junta de
Freguesia, a única coisa que fazemos é solicitar que ele seja, de facto, o mais célere
possível que acho que é o interesse das duas autarquias, tanto a Câmara Municipal de
Lisboa, com da Junta de Freguesia. ----------------------------------------------------------------
----- Disse.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa, Excelentíssimo Senhor Presidente da
Câmara e restantes Vereadores, Excelentíssimos Senhoras e Senhores Deputados
Municipais, Minhas Senhoras e Meus Senhores. ------------------------------------------------
----- Dirijo-me a Vossas Excelências relativamente à petição apresentada sobre o
Jardim Nun’Álvares, vulgarmente conhecido por Jardim de Santos. -------------------------
----- Senhora Presidente, Vossa Excelência introduziu nesta assembleia a possibilidade
de mais um modelo de participação pública: o da petição! Fê-lo com o intuito de criar
mais ferramentas que permitissem às comunidades que servimos poderem trazer ao
nosso conhecimento matérias que, de outra forma, poderiam não merecer a nossa
atenção ou, eventualmente, que poderiam estar a escapar ao escopo da boa ação
governativa da nossa cidade. ------------------------------------------------------------------------
----- Foi por isso com enorme espanto e, confesso, alguma indignação, que vi o
conteúdo desta petição. Espanto e indignação que partilho convosco e explano em dois
motivos: ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Primeiro porque, em momento algum as matérias que lá se encontram vertidas
têm sido esquecidas ou estão sem solução. De facto, a requalificação do Jardim de
Santos já está prevista no projeto Uma Praça em Cada Bairro, desenvolvido pela
Câmara Municipal de Lisboa em articulação, neste caso, com a Junta de Freguesia da
Estrela. Este projeto prevê medidas defensivas daquele jardim que viabilizam a
proteção dos seus espaços verdes, das suas árvores, dos seus canteiros, das suas
plantas, das suas obras de arte, em resumo, a real proteção daquele jardim. -----------------
DRAFT
21
----- E recordo que este jardim precisa de ser protegido porque, aquando da sua
requalificação de 2013, foram removidas as pequenas proteções que os espaços verdes
disponham, ficando à mercê das investidas e do descuido que aquele espaço conhece
no seu período noturno. Na altura alertei para o erro que se cometia, fui acusado de
eleitoralismo. Infelizmente, tinha razão.-----------------------------------------------------------
----- Mais tarde, quando se tornou evidente o que eu já havia previsto, trouxe a esta
Assembleia um apelo, em forma de moção, para que fosse implementada um conjunto
de soluções defensivas. Onde estava a preocupação desse conjunto de cidadãos? Como
se atrevem a escrever na petição que a Junta nada tem feito? ----------------------------------
----- Esta Assembleia chumbou essa moção e esse apelo. Um ano depois é aprovado o
projeto Uma Praça em Cada Bairro com o mesmíssimo enquadramento. Perdeu-se um
ano. Onde estava a preocupação desse conjunto de cidadãos? Como se atrevem a
escrever na petição que a junta nada tem feito? --------------------------------------------------
----- Em segundo lugar, indignação e espanto por verificar que quem estava como
proponente era, na realidade, a mesmíssima pessoa que bloqueou todas as iniciativas
da Junta de Freguesia para atingir os mesmíssimos objetivos a que se propõe na
petição. Isto já não se aceita! ------------------------------------------------------------------------
----- Por isso, estou obrigado a explicar a esta casa os contornos da tamanha indignação
que sinto. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em novembro de 2014, já depois de esta assembleia ter chumbado o apelo da
junta de freguesia da estrela, recebi um contacto do senhor Vereador Duarte Cordeiro
para, no âmbito da proposta que se preparava para fazer no controlo do ruído nas zonas
de diversão noturna, para apresentar soluções da Junta de Freguesia da Estrela. Essa
era, aliás, uma matéria que a própria Junta já estudava desde fevereiro de 2014,
(tomámos posse em outubro de 2013) e, por isso, foi possível, em pouco tempo,
apresentar uma proposta ao Senhor Vereador. Essa proposta incluía um conjunto de
medidas defensivas do jardim. Como se atrevem a escrever na petição que a Junta nada
tem feito? -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Mais! ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Essa proposta incluía parte significativa do projeto que hoje é Uma Praça em Cada
Bairro, para aquele local, incluía um reperfilamento dos passeios, a construção de um
parque infantil, o ordenamento da zona de calçada por forma a assegurar menos áreas
de circulação “desenfreada”…mas o mais importante é que era um projeto que
contemplava um cofinanciamento de privados. O que, hoje, vai ser pago por erário
público teve um projeto da Junta de Freguesia que assegurava investimento privado
que aliviaria, assim, os contribuintes nesta demanda. -------------------------------------------
----- Como se atrevem a escrever na petição que a junta nada tem feito? --------------------
----- Na altura o Vereador Duarte Cordeiro não levantou objeções, tendo deixado
apenas uma condição: que esse projeto tivesse a aprovação de moradores, grupos de
cidadania locais, proprietários e investidores. Durante um mês desenvolvi um conjunto
de esforços para reunir esses consensos. No final conseguimos. ------------------------------
----- Conforme prometido enviei esse documento ao Senhor Vereador, que também
tinha reuniões agendadas com grupos de cidadãos. ----------------------------------------------
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----- No final de uma dessas reuniões recebo um contacto do Senhor Vereador. Ele
estava apreensivo porque, afinal, um desses grupos que tinha intervenção na zona de
santos, já não concordava com o nosso projeto. --------------------------------------------------
----- Fiquei incrédulo! --------------------------------------------------------------------------------
----- Quem eram? Miguel Veloso. ------------------------------------------------------------------
----- Fiquei triste com a opção do Senhor Vereador mas tive que aceitar que a única
condição que ele me tinha colocado não estava cumprida, porque o Senhor Miguel
Veloso e o seu grupo, tinham recuado no entendimento a que tínhamos chegado. Como
se atrevem a escrever na petição que a junta nada tem feito? ----------------------------------
----- Por isso o Jardim de Santos continuou mais um ano a sofrer sem alternativas
porque a única alternativa que foi apresentada, na altura, foi bloqueada pelo Senhor
Miguel Veloso. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Depois, por opção da Junta, inscrevemos aquele jardim como prioridade da
freguesia para as nossas opções do projeto Uma Praça em Cada Bairro. ---------------------
----- Se hoje existe uma intervenção para lá planeada foi porque na Junta de Freguesia
da Estrela, mesmo com tanta adversidade, não desistimos do Jardim de Santos. Como
se atrevem a escrever na petição que a junta nada tem feito? ----------------------------------
----- Ainda assim, e depois disso, continuei a convidar o Senhor Miguel Veloso e o seu
grupo de cidadãos, para a Mesa da Junta e para o nosso processo decisor. Porém, lida
esta petição, só posso dizer basta. Não se pode vir aqui exigir que a Câmara Municipal
de Lisboa invista no que vai ser destruído, e que a Junta mantenha o que não existe. -----
----- Mas mais grave é vir exigir isso quando se teve na mão uma solução e, sem outra
alternativa, a boicotou. -------------------------------------------------------------------------------
----- Senhora Presidente, os políticos erram mas são humanos, e na sua génese são
cidadãos como qualquer outro que aqui se dirige, apenas com uma grande diferença:
têm de tomar decisões e implementar soluções, não se podem ficar pela validação do
óbvio. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhora Presidente, por tudo isto, venho manifestar a minha indignação com esta
utilização de uma nobre ferramenta que Vossa Excelência propôs ao serviço da nossa
comunidade. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Aqui a incompetência não mora na Junta de Freguesia. -----------------------------------
----- Como se atrevem a escrever na petição que a Junta nada tem feito? --------------------
----- Disse.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Em primeiro lugar, o Grupo Municipal do Partido Ecologista «Os Verdes»
gostaria de saudar esta iniciativa e os peticionários que com a presente petição alertam
para a necessidade de resolução de vários problemas de saúde pública e da falta de
manutenção do Jardim Nun'Álvares ou Jardim de Santos, situações que dizem afetar e
diminuir a sua qualidade de vida. -------------------------------------------------------------------
----- Acompanhamos as preocupações dos peticionários, sendo que o tema da defesa
dos jardins emblemáticos da cidade de Lisboa foi uma das propostas que «Os Verdes»
já apresentaram nesta Assembleia, em Junho de 2014, e que foi aprovada, onde se
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recomendava precisamente a defesa e preservação desses jardins, no sentido de se
pugnar aquando da intervenção nos mesmos, por uma ação cuidada, com os devidos
estudos das particulares dinâmicas e em articulação com as várias entidades, bem como
com a população local. Por diversas vezes, já tivemos a experiência de que quando
estes princípios são acautelados, tudo funciona melhor. ----------------------------------------
----- Como já foi referido, o Jardim de Santos, sendo considerado não estruturante tem
a sua gestão sob responsabilidade da Junta de Freguesia da Estrela e não da Câmara,
razão pela qual não nos é possível fazer diretamente recomendações sobre matérias
cuja competência cabe às Juntas de Freguesia. ---------------------------------------------------
----- Contudo, «Os Verdes» não podem deixar de referir que defendem que, no prazo
mais curto possível, a Junta de Freguesia da Estrela em articulação com a CML, os
moradores e demais entidades, reconhecidas pela divulgação e preservação dos valores
patrimoniais e paisagísticos dos jardins e parques públicos da cidade de lisboa,
procedam à resolução dos diversos problemas relatados nesta petição, designadamente,
a execução das obras de recuperação paisagística do Jardim de Santos. ---------------------
----- Por tudo isto, reiteramos a nossa saudação aos peticionários que trouxeram à
Assembleia Municipal justas preocupações e reivindicações
da população, através deste ato de cidadania. Dizer ainda que consideramos importante
que a 4ª Comissão continue a acompanhar este assunto. ----------------------------------------
----- Obrigada.” ----------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente em exercício, Membros da Mesa, Caros Colegas, novamente,
em nome do Grupo Municipal do PS, eu estou aqui para falar, apesar de ter sido
também, a relatora e nessa qualidade, de facto, cabia-me, apenas, apresentar o
relatório. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Aquilo que nos pareceu na comissão, e a opinião dos Deputados do Grupo
Municipal do PS, é que, obviamente, apesar de ser uma questão de Freguesia tem que
ser a tomada em conta e tem que ser acompanhada por uma comissão na Assembleia
Municipal, mas existem também as Assembleias de Freguesia e não é nenhum
desprimor apresentar as questões na Assembleia de Freguesia competente, porque eu
lembro que a maior parte das freguesias, em Lisboa, são, de facto, maiores do que a
maioria dos concelhos do país e, portanto, quando estamos a falar da delegação de
competências não estamos a falar de questões que tenham a ver com uma transferência
para uma entidade menos competente, ou mais pequena, estamos a falar da
transferência de competências para uma entidade mais próxima que pode fazer um
trabalho de pormenor, enfim, com um acompanhamento muito mais local mesmo das
próprias preocupações dos moradores, do que pode uma entidade maior, como é uma
Câmara Municipal numa cidade tão grande como a de Lisboa. --------------------------------
----- E é nessa medida que segue a nossa intervenção até porque quando esta
Assembleia Municipal foi questionada sobre esta questão do Jardim de Santos, se bem
se recordam e, nesse momento, se eu tenho que concordar aqui com a maioria da
intervenção do meu colega Luís Newton, que está aqui a como Deputado Municipal,
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mas também é Presidente da Junta de Freguesia da Estrela, no momento em que ele
apresentou, de facto, essa noção, essa moção foi recusada, e foi recusada por nós, eu
votei contra essa moção, porque defendia uma solução para o Jardim em que eu não
acredito, parece-me que a defesa do espaço não tem que ser feita com uma defesa
física e com uma barreira que impeça o acesso, a determinadas horas do dia, daquele
espaço, há outras formas de defender jardins. Mas a democracia é isso mesmo, a
solução deixou de ser da competência da Câmara Municipal de Lisboa, deixou de
requerer aqui a nossa participação na Assembleia Municipal de Lisboa, requer, agora,
localmente, essa decisão, e a decisão foi inscrita pela Junta de Freguesia no âmbito da
sua autonomia e da sua competência nas suas prioridades para a intervenção da Câmara
Municipal no projeto Uma Praça em Cada Bairro. ----------------------------------------------
----- É, nessa medida que, de facto, nós temos que, por um lado, defender aqui que,
obviamente, até lá, a manutenção, não seja descurada, defender aqui que as Juntas de
Freguesia e informar, também, aqui, porque também essa a função, neste momento,
que também as Juntas de Freguesia se regem pelo mesmo tipo de cadernos de encargo,
pelo mesmo tipo de Standard, o mesmo tipo de padrão que se regia a Câmara
Municipal de Lisboa no que diz respeito ao tratamento deste espaços, e que são os
primeiros interessados, obviamente, em que aquele espaço seja cuidado simplesmente,
de facto, divergimos, aqui, nas opiniões em relação à solução prevista até porque, o
encerramento do espaço, sendo uma das soluções possíveis para evitar o vandalismo
naquele espaço, não é única e parece-nos um mau princípio a começar por, para evitar
atos de vandalismo, encerrar os espaços de uma forma definitiva, ao público, a
determinadas horas, há outras formas, parece-nos que abre um princípio que não
deveria ser aquele porque a cidade se deveria pautar. -------------------------------------------
----- Mas de qualquer forma, aqui, mais uma vez, considerarmos que os responsáveis
que estão mais perto poderão analisar melhor a questão e, portanto, se é essa a sua
decisão, obviamente que não temos mais que a respeitar. --------------------------------------
----- De resto, e mais uma vez, acompanhamos as preocupações, e tal como disse a
Deputada Cláudia Madeira, a 4ª Comissão deverá continuar a acompanhar esta questão
e, aliás, estes peticionários já se dirigiram à 4ª Comissão com várias, com outras
questões, nomeadamente, no que diz respeito ao ruído e no que diz respeito à
manutenção do arvoredo na cidade, e a 4ª Comissão ouvi-os e esteve, de facto, sempre
com as suas preocupações mas, de facto, nesta matéria, não poderíamos que não,
deixar, a quem compete, essa decisão. E gostávamos, também, que este tipo de vozes
fossem ouvidos não nos palcos com um microfone, ou mais importante, uma câmara de
televisão, mas também nas Assembleias de Freguesia, porque, de facto, nesta questão,
em particular, é o local onde esta questão tem que se decidir. ---------------------------------
----- Disse.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Presidente, boa tarde a todos e todas, e eu acho que é
consensual que o que o Jardim de Santos tem um problema e que, portanto, precisa de
uma intervenção de manutenção, de conservação e de requalificação e, portanto, se há
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uma ideia para a cidade em que estes espaços têm que ser requalificados para poderem
ser usufruídos por quem vive e por quem visita a cidade, então este espaço também
tem que ser alvo dessa preocupação. ---------------------------------------------------------------
----- Agora, o que o BE gostaria que os peticionários que apresentam petições a esta
assembleia sejam, apesar das suas razões e dos seus argumentos, tratados de forma,
com algum respeito pela sua iniciativa e pelo facto de estarem a consultar a
Assembleia que é a Assembleia que os representa na cidade e que, portanto, deve
receber as suas petições, discuti-las, deliberar se assim o entender. E, portanto, acho
que não nos devemos indignar, o BE apresenta algum desacordo com a forma como os
peticionários apresentam este documento, mas achamos que não nos devemos indignar,
nem reprovar, uma iniciativa de cidadãos de Lisboa que se organizaram, recolheram
assinaturas e levantaram um problema. ------------------------------------------------------------
----- Sabemos que a reforma administrativa tem dificuldades, as delegações de
competências estão a ser afinadas, as responsabilidades entre freguesia e município
tem de ser melhor trabalhadas e melhor articuladas, mas não podemos tratar os
peticionários culpabilizá-los pela forma como estão a apresentar os seus problemas, até
porque, já apresentámos, aqui, já analisamos e discutimos, aqui, petições com algum
caráter duvidoso, lembro-vos a petição do cidadão que achava que na Baixa de Lisboa
não se devia vender folha de loureiro prensado e, portanto, quer dizer, ele fez uma
apresentação, nós discuti-la, dissemos o que é que entendemos, mas não
desvalorizamos esta iniciativa, como acho que não deve ser feita. ----------------------------
----- E portanto, acho que devemos discutir, deliberar, se assim for o caso, mas não
desvalorizar, não nos indignarmos, e não reprovar uma iniciativa de cidadãos.” -----------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, referiu o seguinte: ---------
----- “Obrigado Senhor Deputado, penso que não foi o caso, o direito de petição aqui
nesta assembleia foi uma boa inovação, é livre no conteúdo e, no modo como os
peticionários escrevem desde que respeitem, naturalmente, o órgão, o que foi o caso, e
também, é livre a intervenção dos Senhores Deputados Municipais naquilo que se
devem exprimir, também, com urbanidade e educação, e também foi o caso, em
relação àquilo que entendem sobre os diferentes documentos. ------------------------------
----- E portanto a conclusão que penso que é consensual daquilo que foi tirado, nós não
temos nenhuma proposta de recomendação, mas é que, naturalmente, a 4ª Comissão
desta Assembleia Municipal continuará a acompanhar o tema e, naturalmente, também
a Câmara e a Freguesia nos seus diferentes órgãos. -------------------------------------------
----- Passamos então ao ponto número dois da ordem de trabalhos que tem a ver com o
debate temático da 2ª circular. -------------------------------------------------------------------
----- Em relação a esta matéria, a proposta foi apresentada e que temos para apreciação
e deliberação, e que foi subscrita pelo Presidente da Assembleia Municipal, a Deputada
Municipal Helena Roseta, teve a sua origem na fusão de duas propostas, a proposta
apresentada pelo CDS-PP e também pelo Presidente da Câmara Municipal, Fernando
Medina e, portanto, a Deputada Municipal, Helena Roseta, e o Presidente exercício,
mandatada pela Conferência de Representantes que pretendeu, e é isso que temos aqui,
uma proposta que procura conjugar as diferentes vertentes, procura não só conjugar as
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propostas das diferentes as forças políticas e dos diferentes órgãos, os diferentes inputs
que foram sendo dados, mas também o princípio que tem sido na organização dos
debates temáticos do consenso existente entre os diferentes grupos municipais, na
definição daqueles que são os oradores que compõem cada painel. -------------------------
----- Depois, naturalmente, e aqui dado o caráter da iniciativa e até, no fundo, a
relevância que o tema tem ganho, também procurará ter uma visão muito abrangente
de tudo aquilo que são entidades que já foram sugeridas por todos os grupos, quer
individuais, quer coletivas, e que não cabem, naturalmente, nos diferentes painéis para
que possam, à semelhança do que já existia noutros debates, terem participação
inscrição, serem convidados, e naquilo que é o período do Público, que não
limitaremos nas intervenções, poderem ter essa participação, e também os grupos
municipais. Tudo isto, para vos dizer que também procurámos, a Mesa e a Conferência
de Representantes, ter em atenção aquilo que era o período de consulta pública desta
matéria, a necessária pretensão da Câmara de deliberar sobre ela, mas também, aquilo
que foi, e a câmara concordou com isso, que opinião da Assembleia Municipal e o
debate temático também seja refletido nas conclusões e, portanto, andávamos a par
com a conclusão da consulta pública, com a elaboração do relatório da consulta
pública, com o debate temático que terá uma 1ª sessão, no dia um, no Hotel Roma, que
por virtude de ter sido considerado um local adequado e mais propício a este debate
temático, enquanto Fórum Roma está em obras, e depois está consensualizada também
com a Câmara, uma Assembleia Municipal só com este ponto na ordem de trabalhos,
no dia dez que deliberará sobre aquilo que sejam as conclusões. ----------------------------
----- Terminando, dizendo que, também, foi consensualizado que os Deputados
Municipais, relatores do debate temático serão a Presidente Helena Roseta e o
Deputado Municipal Diogo Moura. E, portanto, tudo o resto, e já dei uma explicação
longa de apresentação da proposta no lugar da Helena Roseta, mas tudo o resto está
detalhado na proposta que temos para apreciação, penso que já temos inscrições para
este ponto e, portanto, ia passar a palavra.” -----------------------------------------------------
----- PONTO 2 – PROPOSTA Nº 1/PAM/2016 – DEBATE TEMÁTICO SOBRE
A 2ª CIRCULAR, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO ARTIGO
39º DO REGIMENTO; GRELHA BASE – 34 MINUTOS; ----------------------------- ----- (A Proposta nº 1/PAM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo III e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Maria Luísa Aldim (CDS-PP) no uso da
palavra, fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssimo Senhor Presidente em exercício, Caros Membros da Mesa,
Senhores Vereadores, Caros Deputados, muito boa tarde a todos. --------------------------
----- Eu confesso que tinha prevista uma breve introdução a este ponto, porque o CDS-
PP, de facto, vê com muito agrado que este debate seja aberto aos lisboetas,
essencialmente, por parte da Assembleia Municipal que é, de facto, o órgão onde este
tipo de assuntos deve ser discutido de forma aberta e sem qualquer tipo de preconceitos
ou limitações, no entanto, devo confessar que a apresentação que o Senhor Presidente
da Assembleia, em exercício, fez foi muito completa e vai, completamente, ao
DRAFT
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encontro daquilo que eu pretendia dizer, mas gostaria só de reforçar que acho, que
achamos, que é muito importante que, tendo em conta a complexidade do tema e tendo
em conta a polémica, também, que o tema está a despoletar, será importante ouvir não
só obviamente, a proposta da Câmara Municipal, como ouvir todas as entidades que se
têm exposto e que têm mostrado algum tipo de melhoria, ou de um ponto que não
estejam de acordo face àquilo que foi apresentado, mas também ouvir cidadãos que
pela sua experiência e pela sua profissão, ou qualquer que seja a sua intervenção, que
possa ser uma mais-valia e que tenha uma opinião a dar. -------------------------------------
----- Queria, mesmo, deixar esta nota, o CDS-PP está muito contente que, de facto, este
tema seja aberto a todos, portanto, vamos a avançar com esta proposta. -------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Presidente. --------------------------------------------------------
----- De facto, foi uma introdução muito completa da parte do Senhor Presidente e,
portanto, não há muito a acrescentar no enquadramento desta proposta debate. Apenas,
frisar que este tem sido um tema com muita polémica, muita discussão pública a aliás,
a última sessão da Assembleia Municipal, aqui, o demonstrou, mas fora da Assembleia
Municipal, também, tem havido, este debate tem sido acalorado, tem sido feito de
forma apaixonada e, portanto, a promete que os debates temáticos desta assembleia
sejam participados e que sejam, também de alguma forma, discutidos com muita
polémica. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Gostaríamos de sublinhar, também, que esta proposta que surgiu, inicialmente, por
iniciativa do CDS-PP, e que foi discutida na última Conferência de Representantes,
houve também a uma proposta da parte do executivo municipal e que teve e que a
Senhora Presidente fez uma tentativa, e que funcionou bem, de conciliar as duas
propostas, e dizer também, que o BE, depois da Conferência de Representantes, fez
uma proposta para que fosse incluído um nome nos painéis de debate, e esse nome
seria um dos especialistas em mobilidade e urbanismo que mais têm tomado posição
sobre este tema, publicamente, e que faria todo o sentido estar presente e,
naturalmente, sabem que falo do, agora, suspenso, o Deputado Municipal Fernando
Nunes da Silva, e professor universitário. --------------------------------------------------------
----- Ontem à tarde, houve um debate na Ordem dos Engenheiros, em que foram
convidados cinco participantes, o professor Fernando Nunes da Silva foi um dos
oradores e, portanto, esta Assembleia vai fazer um debate sobre este tema com dez
convidados e deveria ter, naturalmente, uma voz importante neste debate, com muita
informação técnica, com uma perspetiva política relevante e, portanto, achámos que
era importante ter essa proposta do professor Nunes da Silva. Ela não foi aceite,
compreendemos que não tenha havido consenso para que essa proposta vingasse,
temos pena, porque estes debates são mais interessantes, quanto mais polémica
tiverem. Queremos ouvir o ACP, tivemos aqui o senhor Deputado Municipal Carlos
Barbosa, na qualidade de Deputado Municipal, mas que, também, representa essa
organização e que tem uma posição muito vincada e contra este projeto da 2ª Circular
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e, portanto, queremos ouvir todas as vozes, mesmo aquelas com as quais podemos ter
discordâncias e que criticam muito este projeto, até porque a sensação com que
ficámos do decorrer do processo da consulta pública, é que mais esclarecimentos são
trazidos para cima da mesa, aliás, a última intervenção do Presidente Fernando
Medina, nesta assembleia, e foi boa desse ponto de vista, ou seja, desmistificou muitas
das críticas que estão a ser postas em cima da mesa, clarificou algumas das medidas
que estão a ser mais polémicas e, portanto, a sensação com que se fica é que mais
debate, mais crítica em cima da mesa, mais polémica, traz mais clareza sobre o assunto
e era essa o contributo que achávamos que o professor Nunes da Silva poderia dar.
Infelizmente, não estará presente, estará, naturalmente como elemento do público, mas
todos sabemos que três minutos do público, a não ser que façamos uma daquelas
manigâncias, como foi no último debate em que o elemento da Assembleia Municipal
ou Vereadores, já não me recordo, do CDS-PP, fez uma inscrição de quatro pessoas e
depois juntou essas várias propostas, é legítimo que o faça, mas acho que se dessemos
mais tempo ao Professor Nunes da Silva, todos ganharíamos com isso. ---------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Sobre esta proposta, e não havendo muito mais a acrescentar, dizer apenas que
estamos plenamente de acordo com a realização deste debate temático sobre a 2ª
Circular e, como já tivemos oportunidade de transmitir, através da Conferência de
Representantes, concordamos com os moldes propostos. Contudo, se se verificar que é
necessário mais tempo para discutir o projeto, defendemos que o período de debate
deverá ser alargado.-----------------------------------------------------------------------------------
----- Consideramos, ainda, que além das entidades já propostas, devem ser também
chamadas a participar, no debate, outras entidades com competência e interesse na
matéria em questão, como Transportes de Lisboa, a Federação Portuguesa de
Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta, as Associações de Moradores, pois serão os
moradores que vão sofrer mais, diretamente, os impactos da reabilitação da 2ª Circular,
e as Juntas de Freguesia localizadas na área envolvente da 2ª circular. Estas foram,
aliás, propostas que “Os Verdes” fizeram chegar à mesa e que esperamos que possam
ser tidas em conta, pois, julgamos que são uma mais-valia para o debate. -------------------
----- Obrigada.” ----------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Carlos Silva Santos (PCP) no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------
----- “É só para indicar que nós estamos de acordo com o debate e com o modelo. É
claro que, nem todos podem participar, nós também tínhamos sugestões para participar
nos interlocutores iniciais, mas demos dizer que nós chamámos a atenção de que como
participantes do público que, apesar de limitado, nós defendemos que as suas
comunicações, os seus contributos escritos possam também ser valorizados neste
conjunto. Para isso, chamar a atenção, também, qual vai ser a modalidade que organiza
as conclusões para dia dez e, também, chamar a atenção para a importância que há de
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fazer a síntese correta para além da diversidade e, levar em conta as propostas que
levem a melhoria da situação e enquadrem, corretamente. -------------------------------------
----- Lembrar que nós gostamos de participar nestes debates, mas não gostamos de
ficar presos, limitada à estreiteza da 2ª Circular. Ninguém vai debater a 2ª Circular se
só debater a 2ª Circular. Por isso, é preciso alargar a toda a cidade e, não esquecer
todas as outras componentes deste debate, é talvez a crítica mais violenta e absoluta é
que uma solução parcelar de uma leitura unilateral de um pequeno espaço, que seria
uma boa leitura uma boa solução não é, porque faltou o enquadramento, a
contextualização da cidade e arredores. -----------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Leitão (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Em nome do Grupo Municipal do Partido Socialista, quero apenas manifestar a
nossa concordância com a proposta da síntese que em nosso entender é bem-feita, das
pretensões do CDS-PP e das propostas, também, do Executivo Municipal no sentido de
promover um debate sobre a 2ª Circular. Nós temos uma posição muito clara sobre esta
matéria, naturalmente, que estamos disponíveis para ouvir e, para digamos, para
escutar todas as opiniões, tivemos oportunidade, já na declaração política anterior, de
manifestar a alguns dos nossos pontos de vista sobre esta matéria, mas entendemos que
a relevância do tema merece, de facto, este debate, e pensamos que, naturalmente,
houve um esforço muito grande da parte da Senhora Presidente de consensualizar e de
encontrar uma fórmula que permita, tendo em conta também a experiência dos debates
anteriores, que este debate tenha, realmente, o sucesso e permita enriquecer a nossa
reflexão sobre a 2ª Circular. Há, aqui, questões muito importantes, não só de ligação
entre partes da cidade, sobre mobilidade, sobre os seus espaços verdes, são tudo temas,
extremamente, importantes que têm a ver com o modelo de cidade que queremos e,
portanto, e pensamos que esta proposta vai nessa linha, portanto, merece toda a nossa
concordância.” -----------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “A Câmara Municipal também se quer associar a todos os que têm valorizado esta
iniciativa. Dizer que, desde o início, que entendemos que este projeto deve ser um
projeto amplamente discutido, abraçado por todos os lisboetas, foi por isso que
alargamos o período de consulta pública, é por isso, que temos participado em todos os
debates públicos que têm ocorrido, quer promovidos por órgãos de comunicação
social, quer por entidades independentes, e é com enorme prazer que, também,
contribuímos para a proposta deste debate temático, que queremos que seja bastante
participado por todos, quer entidades ditas especialistas, quer cidadãos, simplesmente
com a sua experiência e com a sua opinião, vir no fundo, ao debate para que este
processo seja muito, muito, participado, e que depois o projeto seja, também, bem
acolhido por todos.------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, esclareceu o seguinte: -------
DRAFT
30
----- “Só para esclarecer que, naturalmente, é esse o esforço que vai ser feito em
relação à divulgação deste debate. Pedi, também, a todos os grupos municipais que
ajudem a essa divulgação. Todas as entidades que foram sugeridas como participantes,
vai ser feito esse convite para estarem presentes e, também, aquilo que foi referido
nalgumas intervenções e, também, já foi manifestado pela Mesa da Assembleia
Municipal, o esforço é que tudo aquilo que sejam comunicações escritas, possam ser
inseridas no site “Debater Lisboa”, e vai ser feito um esforço com os serviços de que
essas comunicações escritas sejam integrados no relatório e, também, o esforço que vai
ser feito de procurar transcrever naqueles oito, nove dias, senão tudo pelo menos,
aquilo que seja mais significativa, a tentativa é que seja mesmo tudo aquilo que se
passar no debate temático. E há um compromisso da parte de Helena Roseta, e dos
restantes Membros da Mesa, que não vai ficar ninguém por falar e, portanto, se for
preciso, desde que o hotel não nos ponha fora, nós ficaremos lá a noite inteira a ouvir
todas as intervenções, assim, exista esse debate que se prevê vivo, e que possa ter as
conclusões que sirvam para enriquecer aquilo que, também, é a predisposição da
Câmara Municipal de acolher, não só, o resultado do debate público, mas também o
debate temático, por isso é que tivemos esta conciliação de datas. ----------------------------
----- Não tendo mais inscrições, vamos colocar à votação esta proposta, a Proposta nº
1/PAM/2016, não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP,
BE, CDS-PP, PEV, PAN, MPT, PNPN e 6IND. A Proposta nº 1/PAM/2016 foi
aprovada por unanimidade. -----------------------------------------------------------------------
----- Estava, aqui, a Deputada Sofia Cordeiro a tentar iniciar mais uma floresta verde
que eu aprecio muito, mas procurei aqui acelerar.” ----------------------------------------------
--- PONTO 4 – ELEIÇÃO DO REPRESENTANTE DA AML NO CONSELHO
CONSULTIVO DO CENTRO HOSPITALAR PSIQUIÁTRICO DE LISBOA,
EM SUBSTITUIÇÃO DO DEPUTADO MUNICIPAL ANDRÉ MOZ CALDAS,
QUE RENUNCIOU A ESTE CARGO, NOS TERMOS DA PROPOSTA
2/PAM/2016 E AO ABRIGO DO DECRETO-LEI 188/2003, DE 20 DE AGOSTO,
NA SUA REDAÇÃO ATUAL; ---------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 1//PAM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo IV e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Entretanto, antes de passarmos ao ponto seguinte ordem de trabalhos, dar-vos
nota de dois assuntos, que nós vamos abrir a urna para a Eleição referente ao ponto 4
da nossa ordem de trabalhos, nós tivemos a renúncia do Deputado Municipal André
Mós Caldas como Representante da Assembleia Municipal de Lisboa no Conselho
Consultivo do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e, portanto, há uma proposta
do Grupo Municipal do Partido Socialista para que a sua substituição seja feita pela
Deputada Municipal Sofia Oliveira Dias que, também, distribuída e justificada e
abordada na Conferência de Representantes, e intendendo-se a conjugação do método
que nós temos vindo a seguir para estas indicações, método de Hondt, mas, no caso
específico, de ser uma substituição de uma interrupção do mandato que estava em
vigor. ----------------------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
31
----- Nós já temos um voluntário para escrutinador quando tal se justificar, do Grupo
Municipal do Partido Socialista que é o Deputado Municipal José Alexandre, e eu já
tinha pedido ao Partido Social Democrata, na pessoa do Deputado Municipal Luís
Newton que, depois, também, quando tal for necessário, que indique um segundo
escrutinador. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A votação vai decorrer durante a Assembleia na sala lá fora, onde está a ser
transmitida esta Assembleia Municipal e, portanto, é fácil e podem-se dirigir lá para
exercer o direito de voto, enquanto nós vamos continuar nossa sessão. ----------------------
----- Também recordar-vos, e isto foi abordado, também, na Conferência de
Representantes, e foi distribuído a todos os Deputados Municipais e aos Grupos
Municipais que, no ponto 8, da ordem de trabalhos, a votação vai ser nominal que é
exigida do ponto de vista legal e, portanto, quando nós chegarmos, ao ponto 8 da
ordem de trabalhos, nós faremos a chamada nominal dos diferentes Deputados
Municipais. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, passamos agora para o ponto 3 da ordem de trabalhos, é a proposta
apresentada pelo Partido Ecologista “Os Verdes”, debate temático sobre o Parque
Florestal do Monsanto e, por isso, dava a palavra ao Partido Ecologista “Os Verdes”
para apresentar a proposta referente a este debate temático.” ----------------------------------
--- PONTO 3 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº 1/PEV/2016 – DEBATE
TEMÁTICO SOBRE A 2ª CIRCULAR, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO
ABRIGO DO ARTIGO 39º DO REGIMENTO; GRELHA BASE – 34
MINUTOS; ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 1//PEV/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo V e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Sobre esta nossa proposta do Grupo Municipal de “Os Verdes” dizer apenas que
este é mais um passo para a concretização do debate sobre o Parque Florestal de
Monsanto que “Os Verdes” andam há muito tempo a propor, dando também
seguimento à nossa recomendação aprovada em Abril do ano passado. -------------------
----- Tendo em conta a importância estratégica de Monsanto para a cidade de Lisboa, e
não esquecendo os concursos para concessão a privados que a CML insiste em fazer, é
importante vermos esclarecida a visão da autarquia para este espaço, e é também
importante que os projetos que o executivo prevê para este Parque possam refletir as
necessidades, preocupações e prioridades da população e que os munícipes e as
associações possam ser ouvidos e esclarecidos sobre os referidos projetos, sem
esquecer que falamos de um parque florestal. --------------------------------------------------
----- Nesse sentido, propomos a realização do debate em duas sessões, em data a
definir, sendo uma sessão destinada à importância da conservação da natureza e à
estratégia integrada para as diversas áreas do Parque e na 2ª sessão seriam apresentadas
as conclusões, através de um relatório final e eventuais recomendações que possam
surgir. -------------------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
32
----- Na proposta estão incluídas algumas associações e entidades que consideramos
que devem ser convidadas, sendo que na Conferência de Representantes o Senhor
Vereador Duarte Cordeiro sugeriu incluir as Juntas de Freguesias abrangidas por
Monsanto, o que nos pareceu importante e pertinente. ----------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Robles (BE) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhor Presidente. -----------------------------------------------------------------
----- Muito brevemente, para dizer que estamos, absolutamente, de acordo com este
debate proposto pelo Grupo Municipal do Partido Ecologista “Os Verdes”, é um debate
que surge, também, pela grande pela polémica que tivemos aqui na Assembleia
Municipal, há quase um ano, sobre a concessão a privados de alguns dos espaços e a
mais emblemáticos da zona de Monsanto; a Casa do Presidente, a Quinta da Pimenteira
e outros, foi um debate que se arrastou durante algum tempo, o Vereador responsável
apresentou-nos, aqui, várias vezes, alguma informação, algumas vezes, contraditória,
outras vezes, anunciou que iria prestar informação, posteriormente e, às tantas,
anunciou que iria fazer um grande debate público, depois do verão, em setembro, a
verdade é que ele nunca surgiu, e bem, o Grupo Municipal de “Os Verdes” avançou
com esta proposta. ------------------------------------------------------------------------------------
----- O espaço de Monsanto é um espaço muito sensível, é um património muito
valioso da cidade de Lisboa, uma política de valorização e de proteção daquele espaço
tem que passar, necessariamente, pela discussão do que é a rentabilização de alguns
dos equipamentos e de partes do território de Monsanto, onde se inclui, naturalmente,
estas zonas da Quinta da Pimenteira, a Casa do Presidente, mas também, o Campo de
Tiro que é um problema que se arrasta há muitos anos, que sabemos que já tem tido
bastantes desenvolvimentos, mas que continua a ter vários problemas, nomeadamente,
relativamente à concessão dos edifícios que ali, ainda, permanecem. ------------------------
----- E, portanto, a fazemos votos que este seja um debate muito participado, estamos
de acordo com as propostas de organizações feitas pelo Grupo Municipal de “Os
Verdes”, e julgo que pode sair deste debate uma decisão, uma deliberação da
Assembleia Municipal que ajude a preservar aquele património tão valioso da Cidade
de Lisboa.” ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhor Presidente. ---------------------------------------------------------------
----- Queremos, obviamente, congratular-nos por este debate sobre Monsanto que, se
há uma coisa que podemos dizer é que já vem tarde. Esperamos que tenha um efeito
relevante, que deixe de ser aos olhos de alguns membros da Câmara, uma reserva para
projetos de desenvolvimento urbanístico e que, finalmente, seja o obedecido o lema
que temos vindo a lutar “tolerância 0” para projetos, em Monsanto. -----------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
33
----- “Obrigado Senhor Presidente. -----------------------------------------------------------------
----- Apenas para dizer que a Câmara Municipal se associa à iniciativa do Partido
Ecologista, “Os Verdes”, que tem muito interesse em discutir Monsanto, não tem
qualquer reserva na discussão e é muito transparente nos projetos que tem apresentado. -
----- Espero que continue a haver muitos projetos, em Monsanto. ----------------------------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Presidente, Senhores Secretários, Senhores Vereadores e
Deputados. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu queria, apenas, congratular-me com este debate temático que vai ser realizado
relativamente a Monsanto, e creio que será uma boa oportunidade para discutir, não só
todos os aspetos que têm sido falados mas, também, outros aspetos e, portanto,
possamos tornar isto num debate mais alargado sobre a maior zona verde da cidade, a
própria biodiversidade da cidade e, portanto, a estamos todos de parabéns, está de
parabéns também “Os Verdes” pelo lançamento e, portanto, espero que seja um
excelente debate e que possamos todos a ganhar com este debate que irá ser efetuado. -
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Sofia Cordeiro (PS) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Queremos agradecer, obviamente, a iniciativa de “Os Verdes” que já tinha sido
debatida, por várias vezes, na Comissão de Ambiente e que tem um consenso
relativamente à sua necessidade e urgência, é importante abrir, como se tem aberto,
todos os debates temáticos de forma pública à discussão. A discussão sobre Monsanto
é, de facto, a nossa maior área verde, é um parque florestal, como tal deve ser uma
zona que, de facto, aberta e que possa ser fruída pela população aí, nessa medida, de
facto, é importante conhecermos aquela que é a estratégia e os projetos previstos para
esta zona e podermos, também, neles participar. E, por isso, é fundamental, de facto,
este debate que já tinha sido pedido não apenas por uma vez, em particular pelo Partido
Ecologista “Os Verdes” por várias vezes, e que já tínhamos aqui votado
favoravelmente e, portanto, queremos agradecer a iniciativa, e congratulamo-nos com a
realização, finalmente, do debate. ------------------------------------------------------------------
----- Disse.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, referiu o seguinte: -----------
----- “Não tendo mais inscrições, vamos colocar à votação esta proposta, a Proposta nº
1/PEV/2016, não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP,
BE, CDS-PP, PEV, PAN, MPT, PNPN e 6IND. A Proposta nº 1/PEV/2016 foi
aprovada por unanimidade. -----------------------------------------------------------------------
----- PONTO 5 – APRECIAÇÃO DO 5º RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO
DO PROCESSO DA REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA, NOS
TERMOS DA PROPOSTA 777/CM/2015, E AO ABRIGO DA ALÍNEA K) DO
NÚMERO 2 DO ARTIGO 25º DO REGIME JÚRIDICO DAS AUTARQUIAS
DRAFT
34
LOCAIS, APROVADO PELA LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO;
2XGRELHA BASE – 68 MINUTOS; -------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 777/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo VI e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer Conjunto da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças,
Património e Recursos Humanos, e da 5ª Comissão, Comissão Permanente de
Descentralização e Obras Municipais, fica anexado à presente Ata como Anexo VII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 1/9 sobre a Proposta nº 777/CM/2015 – 1ª CP e 5ª CP -
fica anexada à presente Ata como Anexo VIII e dela faz parte integrante) ---------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, referiu o seguinte: -----------
----- “Recordar que no âmbito do ponto 4, está a decorrer a votação durante mais
algum tempo para Eleição do Representante da Assembleia Municipal de Lisboa no
Conselho Consultivo do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa.---------------------------
----- Vamos entrar no ponto 5 da ordem de trabalhos, referente à apreciação do 5º
Relatório de Monitorização do Processo da Reforma Administrativa de Lisboa, noutros
termos da proposta 777/2015. Portanto, desse ponto de vista, íamos começar, como é
hábito, porque a Câmara só tem feito intervenção, nesta matéria, durante o debate,
íamos começar com a apresentação do parecer conjunto da 1ª e 5ª, comissões.
Também, como tem sido hábito, têm como Deputado Relator o Deputado Magalhães
Pereira, do PSD, e a Deputada Sofia Oliveira Dias, do Partido Socialista, penso que é o
Deputado Magalhães Pereira que vai apresentar o parecer das comissões, e penso que,
provavelmente ou, pelo menos assim desejo, também as conclusões e recomendações
que estão em proposta de deliberação autónoma, para votarmos.” ----------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) na qualidade de
Relator do parecer conjunto, fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------
----- “Obrigado Senhor Presidente. -----------------------------------------------------------------
----- Este é o 5º Relatório de Monitorização do Processo da Reforma Administrativa de
Lisboa e, obviamente, vem na sequência dos anteriores relatórios perante uma reforma
que tem um significado tão relevante para as autarquias e para a população de Lisboa. ---
----- Com a sua autorização, eu vou ler, de facto, e com a escusa do tempo que demora,
irei ler as conclusões todas e as recomendações dada a relevância que nos pareceu a
todos, a todos terem estes pontos. Então as conclusões são que, em cumprimento da
recomendação, peço desculpa, um pouco atrás…em cumprimento da recomendação
número 4 e cita no 3º Relatório de Monitorização da Reorganização Administrativa, foi
já subscrita a totalidade dos acordos de alargamento aos funcionários das Juntas de
Freguesia das garantias e regalias dos Serviços Sociais, isso é algo com que todos nos
congratulamos. Em cumprimento da recomendação número um, também e cita no 3º
relatório, foi já produzido o 1º e 2º volume do Guia do Munícipe publicitados já no
sítio da Câmara Municipal de Lisboa, desde 31 de Dezembro de 2015, o 1º volume.
Estão, porém, ainda por resolver as questões relativas às recomendações números 5, 6
DRAFT
35
e 7, do mesmo relatório, onde se determinar a intensificação dos esforços de resolução
das situações das instalações insuficientes das freguesias em condições adequadas, de
dignidade e de representação. O apoio às freguesias para a substituição progressiva dos
materiais e equipamentos transferidos que se revelaram defeituosos, ou obsoletos, e a
constituição da equipa interna do município, para manutenção e atualização dos
recursos disponibilizados e sustentação técnica das equipas de desenvolvimento de
aplicações nas freguesias, o estabelecimento de um conjunto de indicadores de base
quantitativa de aferição da capacitação das freguesias consensualizada entre estas e a
Câmara Municipal de Lisboa. -----------------------------------------------------------------------
----- Está, igualmente, por resolver, ainda, apesar de estarmos no 5º relatório, as
questões relativas às recomendações alinhadas nos números 1, 2, 3, 4 e 5, do 4º
relatório, onde se instava a Câmara Municipal a que; proceda à definição urgente de
metodologias relativamente a áreas de atividade cujas responsabilidades de realização
se encontram ainda difusas, como seja na limpeza de zonas pedonais, nos sistemas de
drenagem nas áreas expectantes específicas e apoio a eventos de iniciativa do
município a título individual, ou coletivo, concretize a manutenção evolutiva e
corretiva das aplicações informáticas cedidas instaladas nas Juntas de Freguesia, apoie
as Freguesias de Lisboa na substituição progressiva dos materiais e equipamentos
transferidos que se revelaram defeituosos ou obsoletos, e constituição de uma equipa
interna do município para a manutenção e atualização dos recursos disponibilizados e
sustentação técnica das equipas de desenvolvimento das aplicações nas freguesias,
estabeleçam conjunto de indicadores, isto, como repetindo a anterior, estabeleçam
conjunto de indicadores de base quantitativa de aferição da capacitação das freguesias,
consensualizada entre estas e a Câmara Municipal de Lisboa, adote o modelo base
normalizado e uniformizado para os contratos interadministrativos estabelecidos entre
a Câmara e as Juntas, para competências em obras a realizar em áreas estruturantes da
cidade, incrementando essa prática de forma equitativa, aclare definitivamente o
conceito de obra estruturante, assegure que os formulários, regulamentos e outras
formas de normalização técnica e administrativa que a câmara produza, se aplicam
exclusivamente, às áreas de governação partilhada com as Juntas de Freguesia, ou da
única competência da Câmara Municipal de Lisboa. --------------------------------------------
----- A apreciação deste 5º Relatório de Monitorização suscita além das recomendações
aqui já definidas, e que aqui se reiteram, a apresentação à Câmara de recomendações e
adicionais como segue, atenda ao risco de as Juntas de Freguesia, no quadro da sua
autonomia se encontrarem obrigadas por razões de eficiência e por falta de
cumprimento das ações referidas na recomendação número 5, ao desenvolvimento de
aplicações informáticas próprias, coibindo a concretização futura de uma gestão
abrangente, e estabeleça uma equipa interna da Câmara de apoio permanente à
atualidade integração dos sistemas de informação das autarquias da cidade, e de todas
as autarquias da cidade, produza e distribua à população para melhor e mais completa
informação sobre o critério idêntico ao adotado, aquando da apresentação das
circunstâncias da reforma administrativa, o Guia do Munícipe suporte de papel,
eventualmente, sob a forma de prospeto, ou volante, promova, de preferência durante o
DRAFT
36
1º semestre de 2015, a efetivação de um inquérito geral aos agentes políticos
administrativos da cidade e à população de Lisboa, sobre a perceção dos resultados da
Reforma Administrativa de Lisboa. Completo, ainda, com brevidade a transferência
dos processos de licenciamento para todas as freguesias, implemente a transferência
para a gestão das freguesias, mais equipamentos de índole cultural, ou de outra
qualquer tipologia, como adequado às suas competências próprias, clarifique, em
conjunto pelas freguesia de Lisboa, a fronteira entre as obras de natureza estruturante e
não estruturante, como referidas na recomendação números 9, eventualmente através
de uma proposta à Assembleia Municipal de Lisboa, originando deliberação específica
desta Assembleia em continuidade e continuação da número 6/AML/2014, produzida
por consenso alargado sobre as propostas números 915/2013 e 916/2013. -----------------
----- Atenta que a Lei do Orçamento do Estado para 2015, impede, através do número 2
do artigo 62º, que outras entidades, além de certos municípios, aumente a despesa com
o pessoal, e também que a Câmara Municipal deixou de satisfazer completamente as
necessidades de transição de pessoal especializado, como foi requerido pelas
freguesias, diligencie junto da Assembleia da República no sentido de permitir a
abertura por estas estas freguesias, dos documentos dos procedimentos concursais para
a admissão do pessoal necessário ao cumprimento das suas missões, como previsto na
lei número 56/2012, de 8 de Novembro, e lei número 85/2015, de 7 de Agosto. -----------
----- Conceda especial atenção à necessidade de consciencialização dos diversos
serviços municipais das novas competências das juntas, permitido a rápida assimilação
da legitimidade executiva e administrativa das freguesias, proceda ao reajustamento
dos recursos financeiros disponíveis nas juntas de freguesia, e que prejudicam o seu
equilíbrio orçamental, diligencie, finalmente, no sentido de se promoverem as
alterações ao Estatuto dos Eleitos Locais no sentido de permitir mais um tempo inteiro
para o membro da Junta de Freguesia, bem como a possibilidade de o Presidente poder
delegar competências, procurando assim, resolver a situação de excessiva concentração
de responsabilidades executivas nos Presidentes das Juntas. -----------------------------------
----- Senhor Presidente, peço desculpa do longo que foi mas, de facto, a relevância de
todas estas recomendações é significativa. --------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente em exercício, Senhores Membros da Mesa, Senhores
Vereadores, Senhores Deputados, Público presente, em discussão está o 5º Relatório do
Processo da Reforma Administrativa da Cidade de Lisboa, que ditou transferência de
meios e competências para as Juntas de Freguesia, e que se encontra, agora, segundo o
próprio relatório, numa fase de consolidação. Consolidação do recurso abusivo ao
trabalho precário e 48% dos trabalhadores que colaboram nas Juntas de Freguesia em
2971 trabalhadores com problemas ainda por resolver, no momento em que já terminou
a transição dos trabalhadores, ao contrário dos meios e competências. No entanto,
nalgumas áreas continuam a verificar-se carências de pessoal, nomeadamente, mais
qualificado, o que torna uma ameaça de externalização dos serviços, ou mesmo da
DRAFT
37
privatização dos mesmos. Mas também ao nível da varredura e da lavagem, onde
temos, por exemplo, a um exemplo, pela negativa, da Junta de Freguesia das Avenidas
Novas, que decidiu em fins de Outubro, do ano transato, concessionar a uma empresa
privada uma parte dos serviços públicos de varredura e lavagem. A esta Junta de
Freguesia mantém-se uma postura consentâneas, pouco consentâneas com a prestação
de um serviço público, preferindo manter a empresa privada contratada, em vez de
promover uma organização de trabalho mais eficaz. Alega-se que se trata de uma
experiência temporária e limitada a uma parte da área geográfica, mas como a história
nos ensina o que é hoje temporário rapidamente se torna definitivo, abrangendo a todo
o território, consumando, assim, a concessão dos serviços públicos limpeza nesta
Freguesia. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O serviço público prestado aos lisboetas continuam a revelar carências é, por isso
que o Bloco de Esquerda apoiou em sede de 1ª Comissão, a recomendação número
1/91, do parecer à proposta, ora em discussão, de junto à Assembleia da República se
reivindicar a alteração da lei, no sentido de se abrirem, e estou a citar: “os
procedimentos concursais da admissão de pessoal necessário ao cumprimento das suas
missões e ainda de moda se o estatuto dos eleitos locais no sentido de alargar as suas
competências e tempos inteiros. --------------------------------------------------------------------
----- O BE realça como positivo que o professor João Seixas e a sua equipa estejam
ouvir os trabalhadores em sede de relatório, mas é fundamental que continuem a
aprofundar no sentido crítico, mas transmitam o que pensam, efetivamente, todo este
processo, o seu grau de satisfação, ou não. -------------------------------------------------------
----- Os trabalhadores, 1552, que transitaram para as freguesias encontram-se sobre o
regime de mobilidade e de uma nova lei geral do trabalho pelo que temos, não de
constatar, mas de nos interrogar como é que os trabalhadores podem sentir segurança
na transição e satisfação que agora é maior. Mas o que mudou? Têm mais segurança?
Foram compensados financeiramente? ------------------------------------------------------------
----- Como se continua a sentir, os três técnicos da instalação do Grandela no antigo
espaço do Museu da República e Resistência, que há ano e meio esperam pelo retorno
à Câmara Municipal de Lisboa, isto sem se sentirem úteis, ou munícipes. Ou cerca de
setenta e três trabalhadores e com a sua passagem dos equipamentos culturais e
trabalhadores, passaram em regime de cedência de interesse público para a EGEAC.
Qual o impacto desta reforma nos serviços da Câmara ou da reorganização dos
serviços da Câmara Municipal de Lisboa em consequência das profundas alterações
nas suas estruturas? -----------------------------------------------------------------------------------
----- É sabido que o Bloco de Esquerda considerou no seu programa no quadro da
reforma administrativa da cidade deve merecer atenção particular a orgânica dos
serviços municipais. A articulação da reforma administrativa com a reorganização dos
serviços municipais deve contribuir para aproximar Lisboa e as suas Freguesias dos
munícipes e fregueses. É com preocupação que vemos uma rotação em sentido
contrário, quanto à prestação de serviços de proximidade e qualidade, pois como os
sindicatos têm vindo a realçar, e o Bloco de Esquerda, analisaram a reorganização dos
serviços recentemente aprovada, apresentam-se como uma mais ampla etapa na via da
DRAFT
38
externalização empreendida pelo executivo municipal. Esta externalização tem vindo a
assumir várias modalidades e destinatários, mas sempre com um objetivo direto, ou
indireto, claro, o final de retirar atribuições e prestações de serviço e de atividade da
estrutura da Câmara Municipal, independentemente do nome ou prestador do destino.
Na verdade na externalização, o que está em causa é opção política de fundo, tomada
por este executivo municipal. -----------------------------------------------------------------------
----- Preocupa-nos saber que os níveis do aumento da precarização das relações de
trabalho na sua relação direta com o aumento das contratações das prestações de
serviços, e até empresas, para as imensas tarefas públicas a suprir, pese embora seja de
realçar o compromisso da Câmara para a abertura de um concurso, visando preencher
150 vagas, com contrato de trabalho em funções públicas, por tempo indeterminado,
mas que, manifestamente, se tornam insuficientes. Pensamos que o próximo relatório, e
vou repetir o que disse na parte final da minha intervenção anterior do 4º relatório, que
é necessário ouvir os municípios, os primeiros interessados nesta reforma para que,
efetivamente, a perceção se transforme em dados científicos em todo este processo. ------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Graça (IND) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente em exercício, Caros Colegas Deputados, Senhores Vereadores
estamos aqui, hoje, para apreciar o 5º Relatório de Monitorização do Processo da
Reforma Administrativa de Lisboa, como sabemos os documentos espelham o estado
de arte a 30 de Setembro de 2015, passado um ano e meio sobre a implementação, o
início da implementação desta reforma, e como foi, também, já aqui apontado, este
relatório, uma forma global, apresenta-se melhor estruturado e muito mais completo
que os anteriores e, por isso, é um facto que nos apraz, e também óbvio isso é um
reflexo do próprio processo que decorre de uma forma mais estável e estruturada
também, como é natural, após um ano e meio de transferidas a quase totalidade das
competências. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Gostaríamos, também, obviamente, de expressar que a posição dos Deputados
Municipais Independentes foi já expressa na comissão e que realmente se encontram
todos os pontos que foram lidos pelo relator do parecer, se encontram completamente
transpostos de tudo o que declarámos relativamente a este processo e, portanto,
identificamo-nos, absolutamente, no parecer apresentado e, portanto, obviamente não
iria repetir, mas gostaríamos, mesmo assim, de expressar, não acrescentar, mas talvez
ressaltar alguns aspetos que nos parecem importantes. Um deles não foi apontado, mas
acho que também é importante, dizer em termos de melhorar mesmo assim, da
apreciação do relatório, sentimos, ainda, aqui, um ligeiro atraso, porque o relatório
data, de facto, de 30 Setembro 2015, e foi apresentado em Outubro, e chegou a esta
Assembleia Municipal para ser apreciado com algum tempo e, portanto, pedimos aqui,
também, à Câmara que no futuro possa agilizar melhor este processo para não termos
um tempo de latência porque estamos, neste momento, quase a completar os dois anos,
de início da implementação da reforma, mas é também importante ressaltar que por
parte da Câmara as recomendações feitas particularmente pela 5ª Comissão, que faço
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parte, e por esta Assembleia Municipal, estão a ser, também, acauteladas e, portanto,
isso é um facto de louvar, tem havido, aqui, um espírito de colaboração extremamente
intenso entre a Assembleia Municipal e a Câmara Municipal de Lisboa que se reflete
no próprio relatório de monitorização e, por isso, gostaria também de ressaltar que um
dos pontos que, desde o início defendemos e que é o lançamento de um Guia para o
Munícipe viu, finalmente, o seu início e, portanto, tenho aqui de reconhecer ao Senhor
Vereador Duarte Cordeiro, que disse nesta Assembleia, que até ao final do ano de
2015, estaria lançado, e é verdade, no dia 31 de Dezembro, eu próprio dei
pessoalmente, este sinal, e deseje-lhe um bom ano, e de facto, é verdade, cumpriu a
promessa que o primeiro o primeiro dos quatro volumes do Guia do Munícipe foi
lançado e, portanto, urge, como diz no próprio parecer, que também de este guia seja
amplamente difundido sobre as mais diversas formas. ------------------------------------------
----- E, também, nos apraz perceber através do relatório e que, também, foi um assunto
já abordado, aqui, pelo Vereador Duarte Cordeiro e, também, em sede de comissão que
o inquérito aos municípios, aliás, lançado, portanto, lançado também o guia faz todo o
sentido, fazer este inquérito aos municípios para saber qual é a opinião e qual é o
reflexo que esta reforma administrativa está a ter. E, também, dois pontos importantes
que pautaram a discussão da Comissão, que está a acontecer aqui, também, no plenário
e, obviamente a clarificação do que as obras estruturantes e não é estruturante, parece
um ponto central a deste parecer, mas também, a proposta que fizemos, também em
comissão, e que acompanha o parecer, e que deixo o repto também para este por para
desta assembleia, o poder de tornar possível, que é fazermos uma moção à Assembleia
da República para se promova a alteração do estatuto dos eleitos locais no sentido de
permitir mais um tempo inteiro para o membro da Junta de Freguesia, uma
reivindicação feita aqui já por muitos Presidentes das Juntas de Freguesia, bem como a
possibilidade de delegar competências nos Presidentes das Juntas de Freguesia. -----------
----- Muito obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Fábio de Sousa (PCP) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente da Assembleia Municipal em exercício, Executivo Camarário,
Caro Público presente, trabalhadores da Câmara Municipal, começamos por agradecer
à equipa de missão da implementação da reforma administrativa e, naturalmente,
também, aos Deputados Relatores do parecer conjunto das Comissões, centralização e
finanças, pelo trabalho desenvolvido no âmbito da proposta número 777/2015, que se
foca na apreciação do 5º Relatório da Monitorização da Reforma Administrativa. ---------
----- É, pelo menos, a quinta vez que defendemos que esta reforma não devia ser
monitorizada por quem a concebeu, por quem a propôs, avaliar de forma independente
e neutra era extremamente importante, e várias vezes o dissemos, mas vamos contar
que terá sido a quinta vez é, pelo menos, a quinta vez que são propostas
recomendações provenientes dos relatórios de monitorização administrativa, mas que
grande parte não tiveram qualquer tipo de efeito prático é, pelo menos, a quinta vez
que verificamos que a externalização dos serviços aumentou e que as freguesias não
têm trabalhadores suficientes para assumir, com responsabilidade, as competências
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transitáveis é, pelo menos, a quinta vez que alerta-nos para o facto de as freguesias
estarem impedidas de contratar mais trabalhadores é, pelo menos, a quinta vez que nos
confrontamos com imprecisão do que é estruturante e do que não é estruturante,
causando uma enorme confusão na gestão dos pequenos grandes problemas diários
com que a população se confronta é, pelo menos a quinta vez que referenciamos as
discrepâncias de preços de acesso às piscinas das diferentes freguesias e, mais grave
ainda, quando determinados moradores de uma freguesia pagam X e moradores de
outro que não possuem qualquer tipo de piscina municipal na sua freguesia, têm de
pagar mais por não pertencerem à freguesia onde a piscina se encontra adstrita é, pelo
menos, a quinta vez que referenciamos a necessidade urgente de se efetuar alterações
estruturantes do Estatuto dos eleitos locais. A Câmara já propôs essas mesmas
alterações à Assembleia da República? É pelo menos, a quinta vez que nos
confrontamos com ausência de monitorização da reforma junto dos munícipes para a
câmara e para a equipa de monitorização, em cinco oportunidades de avaliação, e da
audição e da opinião dos munícipes, ainda não foi possível ouvi-los? O que é que se
está à espera? É, pelo menos, a quinta vez que referimos a necessidade que o manual
do munícipe seja mesmo um verdadeiro manual para o munícipe, que seja distribuída
às populações, prático, e que dê respostas concretas às necessidades das pessoas é, pelo
menos, a quinta vez que a Câmara alertada para o facto de existirem fatores críticos de
sucesso, no que à fiscalização no âmbito do licenciamento, diz respeito. --------------------
----- Assim, sendo e porque poderíamos continuar, aqui, a tarde toda no é pelo menos
é, pelo menos, a quinta vez, que consideramos que não deixamos de ter razão nas
questões que, aqui, expomos e continuamente alertámos a Câmara Municipal para os
problemas subjacentes a esta reforma administrativa que apelidava os Presidentes de
Junta como Vereadores territoriais, que prometia reuniões regulares com o Presidente
da Câmara, mas que na prática, e se elas existem, não são garantidamente para todos
porque, também, aqui, porque, também, aqui, à terceira é de vez, ou não há duas sem
três, não se aplicaram, vamos lá então tentar perceber se à quinta vez foi finalmente
quando a câmara fez. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Por último, a dizer-se que votaremos favoravelmente a recomendação 1/91 se
entretanto, ou propondo aqui uma única alteração no ponto 2.5, em que diz
“implemente a transferência para a gestão das freguesias de mais equipamentos de
índole cultural ou de outra tipologia”, aquilo que sugerimos é que, de facto, passe a
constar: ”implemente com o acordo das Juntas de Freguesia a transferência para a
gestão das freguesias de mais equipamentos…”, mas parece-me pacífico. ------------------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “A AML recebia trimestralmente os anteriores 4 Relatórios apresentados pelo
Grupo de Acompanhamento e Monitorização da Reforma Administrativa de Lisboa,
tendo-os comentado em 15 de Julho e 18 de Novembro de 2014 e em 10 de Março e 9
de Junho de 2015. Desde então, a sua periodicidade passou a ser semestral, pelo que
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41
analisamos hoje o 5º Relatório para o período compreendido entre Abril e Setembro de
2015. ----------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Este Relatório sintetiza já os conteúdos que o Grupo considera expectáveis para o
semestre seguinte, incluindo futuros instrumentos regulamentares de base integradora,
uma análise ao desenvolvimento das ações levadas a cabo pelas Juntas e do tipo de
colaboração a estabelecer entre estas e a CML, e ainda a constituição de um painel de
indicadores quantitativos da futura governação urbana, e a promessa de dois tipos de
inquéritos, um aos agentes da cidade nas áreas sociais, económicas, educativas,
culturais, entre outras, talvez no decorrer de 2016, e a realização de um inquérito
específico aos munícipes, embora só a médio prazo. --------------------------------------------
----- No âmbito dos recursos financeiros, o relatório refere (citamos da p. 19) a
“reavaliação das receitas e dos custos associados às competências transferidas”, as
inevitáveis “correções financeiras das assimetrias”, mas também os necessários
“acertos de valores decorrentes das alterações legais” e que estavam programadas para
o final do ano transato. Porém, olhando para o quadro 1 da p. 20, não sabemos em que
medida terão os valores apresentados recebido confirmação e anuência por parte das
Juntas e se essa transferência já terá ou não sido processada. Também não somos
esclarecidos se ficam de vez saldadas as correções financeiras com as Juntas. Como
desconhecemos se terão sido processados, até ao final de 2015, os previstos acertos de
valores, provavelmente teremos de esperar mais 6 meses para, evitando recorrer a qual
bola de cristal, divisar, algures no futuro 6º relatório, clarificar a execução desta
disposição legal. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Quanto aos novos protocolos celebrados entre a CML e as Juntas, passámos a
saber que, decorrido ano e meio da reforma administrativa, entre de Março de 2014 e
Setembro de 2015, terão sido aprovados cerca de sete dezenas de novos protocolos,
que terão totalizado um valor aproximado de 4,93 milhões de euros. ------------------------
----- Contudo, o relatório aponta para discrepâncias no caso de Juntas com saldo
orçamental superavitário, devidamente reconhecido no Auto de Transferência de
Competências. Por outras palavras, afinal a globalidade das verbas referidas nos
respetivos protocolos não correspondem a transferências financeiras diretas por parte
da CML, visto que parte relevante das verbas previstas estará a ser assumida
financeiramente pelas próprias Juntas. E este, Senhor Presidente, é um ponto que
merece uma clarificação mais rigorosa por parte da CML. -------------------------------------
----- No que se refere aos funcionários das vinte e quatro Juntas de Freguesia, e como
já se constatara pelo levantamento desenvolvido pelo GAMRAL em final de Março de
2015, registava-se um total de 2.971 trabalhadores, aproximadamente um terço do total
autárquico da cidade. Só que, destes trabalhadores das Juntas, apenas 1.552 eram
trabalhadores do quadro, ou seja, apenas 52%, havendo 1.264 contratados por
prestação de serviços e em regime de tempo inteiro, e 155 contratados por prestação de
serviços em trabalho parcial. E, como se expressa no quadro da p. 25, para além dos
abruptos cortes salariais introduzidos pelo anterior Governo, foram ainda reportados
problemas respeitantes ao aumento de horas de trabalho semanal e a exigências de
trabalho extraordinário. ------------------------------------------------------------------------------
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----- Neste contexto, e parecendo-nos indispensável encontrar-se uma solução bem
mais satisfatória para os trabalhadores, questionamos como se irá procurar proceder a
uma urgente e justa atualização dos seus vínculos públicos. -----------------------------------
----- Apresenta-se também como indesmentível a existência de insuficiências, desde
recursos humanos nas áreas do suporte administrativo, a técnicos superiores e mesmo
de dirigentes, resultantes de, como “Os Verdes” têm vindo a alertar, uma óbvia falta de
preparação neste precipitado processo de transferência de competências. -------------------
----- Já quanto ao sistema de funcionamento, instalações e sistemas de informação das
Juntas, é reconhecido que o aumento substancial das suas competências e recursos
implicou mudanças fundamentais nas suas estruturas institucionais, organizacionais e
culturais. Contudo, estes novos desafios não vieram acompanhados dos meios e
recursos indispensáveis, pelo que se tem recorrido a contratações externas para o
controlo de gestão, o apoio jurídico, o suporte administrativo, a gestão dos recursos
humanos e mesmo no atendimento ao munícipe. ------------------------------------------------
----- Por exemplo, para o caso dos sistemas de informação, mantém-se insuficiências
nos processos de licenciamento, à gestão das contraordenações ou no cadastro de
ocorrências, ao contrário da CML que tem acesso a uma informação integrada. Tal
resulta da não interoperabilidade entre sistemas, pois algumas Juntas têm desenvolvido
aplicações próprias de suporte às suas competências, correndo-se o risco de uso de
aplicações informáticas ‘fechadas’ na comunicação com os sistemas da CML e as
outras Juntas. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Outra das incongruências reporta-se à transição dos contratos onde, ao contrário
do que vem expresso na p. 57 do relatório, houve Freguesias que, recentemente, foram
‘apanhadas de surpresa’ com a apresentação de faturas por pagar, nas quais os períodos
correspondiam a antigos consumos e alugueres da responsabilidade da CML. Como
tenciona agora a CML solucionar estas situações? ----------------------------------------------
----- Na limpeza urbana (p. 72), a própria monitorização voltou também a apontar
“importantes dificuldades associadas ao envelhecimento e a avarias nos equipamentos
mecânicos e veículos” cedidos com deficiências técnicas, bem como nos espaços
verdes (p. 92) constrangimentos vários “com dificuldades relevantes” das Juntas, em
particular da “gestão do arvoredo de alinhamento”, mas, mais grave ainda, com a
“contratação de serviços” externos, o que representa uma real privatização de serviços. --
----- A exceção que confirma a regra de todo este panorama negativo reporta-se aos
equipamentos escolares (p. 129), onde, finalmente, terá sido a CML a responsabilizar-
se pelos custos da realização das obras em algumas escolas. ----------------------------------
----- Pelo contrário, nos equipamentos desportivos (e citamos a p. 141) mantém-se
“situações de desentendimento entre as Juntas e a CML quanto às responsabilidades de
cada entidade no referente a questões de manutenção e sobretudo nas situações de
necessidade de realização de obras ou investimentos de carácter mais estruturante”.
Neste particular, destacam-se as piscinas, onde algumas Juntas aprovaram tabelas de
preços com novos critérios de isenções, tendo mesmo aumentado as tarifas de forma
relevante ou a diferenciá-las, através de descontos, entre fregueses e não fregueses.
Estas situações “têm sido objeto de diversas reclamações por parte dos munícipes junto
DRAFT
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da CML e dessas Juntas”, por não terem sido adotados, de forma igual, os preços
estabelecidos na “Tabela de Taxas, Preços e Outras Receitas Municipais”. -----------------
----- “Os Verdes” não podem deixar de discordar por não ser seguido o princípio de
‘para oferta de serviço igual, taxas iguais para qualquer munícipe’. Daí a pergunta: vai
ou não ser efetivamente reposta essa uniformização de acordo com a Tabela de Taxas? --
----- O Grupo de Acompanhamento constata (citamos p. 184 e ss) um panorama
desigual entre Juntas, onde persistem várias “importantes lacunas” e linhas de apoio
“desajustadas” que originam uma “fraca articulação” entre as Juntas e a CML, bem
como o desentendimento “em torno das tarifas e tabelas de preços em vigor”, a não
clarificação sobre o que é ou não estruturante e sobre competências próprias no
licenciamento. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Exige-se, por isso, a revisão do Estatuto dos Eleitos Locais, uma efetiva
coordenação política, urgentes instrumentos regulamentares, estratégias partilhadas e
sistemas de informação comuns, com uma articulação mais estreita. -------------------------
----- Finalmente, se é certo que ninguém poderia esperar ou exigir um desenlace sem
percalços nesse processo, não havia necessidade para toda esta impreparação e pressa
política da CML, que abandonou nos braços das Juntas inúmeras situações por resolver
e disparidades, independentemente de se viver e trabalhar na mesma cidade - Lisboa.
Estes sobressaltos implicaram dúvidas nos cidadãos, que deveriam ter sido evitadas e
que não podem ser medidas e avaliadas sem um inquérito específico aos munícipes. -----
----- As fragilidades sentidas neste processo denotam, à colação, a precipitação política
da CML na condução de uma reforma que não foi bem ponderada e que vai sendo feita
com muita navegação à vista e uma abundante pitada de percalços e ‘depois logo se
vê’. ------------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal José Moreno (PNPN) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente, Senhor Vice-presidente, Senhoras e Senhores Vereadores,
Caras e Caros Deputados, muito boa tarde a todos. ----------------------------------------------
----- Uma reforma com a dimensão desta grande reforma que se fez, em Lisboa, isenta
de problemas, de dificuldades seria, digamos, não seria razoável que se pensasse como
possível. E, de facto, no fundo, o que o relatório, o 5º, tal como os anteriores, nos têm
vindo a demonstrar é que notou-se fragilidades nesta reforma, fragilidades algumas de
uma certa dimensão, algumas foram, também, já resolvidas, nomeadamente a questão
do financiamento das freguesias, que finalmente, já foi resolvida, não era competência
da Câmara, era do Governo, e já foi resolvido, da Assembleia da República melhor
dizendo, foi resolvido, também, a questão das competências em matéria
contraordenacional, mas há, ainda, um conjunto enorme de questões que se vão
suscitando no dia-a-dia, e nos vão obrigando a intervir e a fazer recomendações à
Câmara e ao poder central no sentido de se resolverem esses problemas. É o que
acontece, hoje, mais uma vez, com a recomendação número um de 2016, a qual
mereceu já, digamos, foi já apreciada e votada em sede de Comissão, de reunião
conjunta das duas Comissões, a 1ª e a 4ª, creio, se não me engano, desculpem, a 5ª
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Comissão, sobre o qual já tive oportunidade de me pronunciar e que merece,
obviamente, o meu acordo, o meu voto favorável nesse conjunto de recomendações,
mas, provavelmente ainda não ficaremos por aqui algumas são da responsabilidade do
da Assembleia da República, há a expectativa de que muito proximamente fique
resolvida, em parte, uma delas, eu digo em parte, nomeadamente, aquela que se refere
à questão da remuneração dos vogais dos executivos das juntas, eu não me parece que
seja suficiente daquilo que se está a propor, nomeadamente, nossa recomendação,
pessoa teve doutoramento. Penso que é um caminho é o 1º posso e não é por isso que
vou deixar de votar favoravelmente, obviamente, esta esta recomendação que tem uma,
digamos, recolhe quase unanimidade dos grupos parlamentares representados nas
respetivas comissões de que falei há pouco, mas de qualquer modo, eu penso, e a
experiência, diz-nos que fazê-lo, talvez, nos termos em que se propõe, será insuficiente
o tempo dir-nos-á, do meu ponto de vista eu direi no meu tempo, eu posso já dizer que
é insuficiente. Os executivos das juntas, hoje, têm, de facto, um conjunto de poderes,
de responsabilidades que implicam uma permanência, uma dedicação que não é
compatível apenas com dois tempos inteiros, como se pretende, um para o Presidente,
outro para qualquer dos outros vogais. Não me parece, que seja um assunto que fique
arrumado, em definitivo, se houver agora proximamente, como se deseja, que haja uma
solução, desejar, se não puder ser essa, que seja outra que minorará alguns desses
problemas. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Quanto às demais, penso que também, são pertinentes e esperemos que, de facto,
sejam implementadas quer pela Câmara, quer pelo poder central, aquelas que são da
competência dos respetivos órgãos. E isto é um processo de facto, que ainda está longe,
do meu ponto de vista de estar concluído, como é natural, e nós quase que diariamente
ou com alguma regularidade, confrontamos os serviços da Câmara com questões que
nos mostram que é preciso aprofundar, cada vez mais, esta reforma mesmo em termos
de passagem de algumas competências que, neste momento, estão ainda do lado da
Câmara, e que fará todo o sentido que passem para as Juntas. ---------------------------------
----- Esta é a minha opinião. -------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado a todos.” -----------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: -
----- “Muito obrigado. --------------------------------------------------------------------------------
----- Entretanto, antes de darmos a palavra aos oradores seguintes, que a Deputada
Municipal Rosa Maria vai dar a palavra, pedem-me os serviços que recorde, mais uma
vez, que está a decorrer a votação, referente ao ponto quatro de ordem de trabalhos. Há
pouco tinham votado cerca de trinta e cinco Deputados Municipais, e portanto, sempre
que tiverem disponibilidade, sem perturbar a participação nos trabalhos, para irem
exercendo o seu direito de voto.” -------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Presidente em exercício, Senhor Vice-presidente em representação da
Câmara Municipal de Lisboa, Caras e Caros Deputados, Público, esta é, de facto, uma
matéria muito interessante, e o documento que tem vindo a ser elaborado, os relatórios
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consecutivos, trazem uma vantagem que eu diria que é o grande marco da própria
reforma administrativa na cidade de Lisboa, o registo constante e regular de todas as
transformações que estão a ocorrer, todas as dificuldades, não só representam uma
importante memória histórica de um processo muito importante na cidade de Lisboa, e
também no país, mas representam, também, aquela que é a oportunidade para que
outros municípios quando decidirem seguir percursos semelhantes, possam ter aqui
uma avaliação de tudo o que pode ter corrido melhor e pior, e avaliar e decidir com
base nesses mesmos relatórios, evitando, assim, algumas das dificuldades que nós
vamos encontrando, e encontrando porque é naturalmente, estamos a desbravar terreno
novo. ----------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu diria que em suma, este relatório apresenta aqui alguns pontos relevantes, em
primeiro lugar, e também de uma forma resumida, porque não vale a pena transformar
o relatório naquilo que, também, ele não pretende ser. Este relatório é uma necessária
clarificação daquilo que são as competências que estão na Junta de Freguesia e estão
na Câmara Municipal, e que verificam, por exemplo, que não encontram por parte da
comunidade a correta perceção de intervenção no espaço público, o relatório identifica
aqui um conjunto de matérias que persistentemente têm sido alvo de visionamento por
parte das entidades competentes não só dos alertas por parte da Junta de Freguesia, mas
também das constatações, também, que a própria Câmara Municipal vai tendo, e que
indicam claramente que, a forma como nós optámos por fazer esta reforma tem uma
dificuldade, tem criado dificuldades de perceção a comunidade e isto pode
inclusivamente, originar alguma confusão no âmbito do nível de serviço que tanto
freguesias, como a Câmara Municipal, tendem a desenvolver. --------------------------------
----- E, portanto, eu diria que, em primeiro lugar, a primeira grande necessidade não
passa tanto por a explicar um pouco aquela que é, eu diria que a esquizofrenia das
competências, porque uma Junta de Freguesia repara o buraco no passeio, mas já não
repara o buraco na estrada, mas, no entanto, já pintar passadeiras na estrada, portanto,
todas estas matérias que, inevitavelmente, geram confusão e geram na cidade parte da
população, eu diria que o relatório pretende aqui alertar para a necessidade de
normalização deste tipo de competências. --------------------------------------------------------
----- Depois, em segundo lugar, também deixar bem claro, não vamos, não é necessário
esperar por mais um relatório, é por demais evidente que as verbas que estão neste
momento, alocadas às Juntas de Freguesia não chegam, não chegam e não têm
chegado. Agora, convenhamos, a verdade é também outra, é que elas também não
chegavam para a Câmara Municipal quando ela estava antes a prestar o mesmo tipo de
serviço, e aqui o desafio tem de ser um desafio de unidade, tanto por parte da Câmara
Municipal que não estávamos a prestar o mesmo tipo de serviço de que o desafio e
aqui um desafio que eu diria que, no final de a tem que ser um desafio de unidade,
tanto por parte da Câmara Municipal com por parte das Juntas de Freguesia, e
compreender como é que é possível ultrapassar estas dificuldades, porque há sempre o
reconhecimento implícito aqui na ação das próprias Juntas de Freguesia, por parte da
Câmara Municipal, aliás, reconhecimento esse que já vem nas antigas Juntas de
Freguesia com os protocolos de competências, é que há muitas matérias em que as
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Juntas de Freguesia conseguem-no fazer de forma, eu diria melhor, mas mais
importante, mais barato, portanto, que custa menos ao horário público que de outra
forma, a Câmara Municipal, se calhar não teria as mesmas condições para ter
determinado nível de serviço e, portanto, inevitavelmente, muitas vezes são as Juntas
de Freguesia que acabam por a ir à dobra daquilo que são quadro de competências da
própria Câmara Municipal, e temos muitas áreas onde isso acontece todos os dias. -------
----- Depois, por fim, em terceiro lugar, eu diria que reforçar aquilo que é o conceito
fundamental da própria reforma, e a reforma aqui, e isto é cada vez mais patente no
relatório, a reforma é uma descentralização, e enquanto descentralização identifica
claramente, aquele que é o principal ponto que uma reforma desta natureza só pode
querer defender e a descentralização só pode querer defender um potencial para aquilo
que é a capacidade de investimento e de desenvolvimento local, ou seja, nós estamos
neste momento, a poder desenvolver um mecanismo que permita que a nível das vinte
e quatro Juntas de Freguesia se criem motores de desenvolvimento local que dantes
estavam só centrados na esfera de ação da própria Câmara Municipal. E este aqui é um
quadro bastante interessante, e é uma oportunidade também ela muito relevante e eu
diria, para terminar, o seguinte; reforçando como comecei, este relatório não pretende
ser nunca pretenderá ser um instrumento de fiscalização da reforma administrativa, ele
tem como único objetivo poder identificar todas aquelas que são as principais
transformações e as principais dificuldades que temos tido, tanto a nível das Juntas de
Freguesia, como da própria Câmara Municipal e eu diria que, como já tive
oportunidade de dizer em sede de comissão, que o próximo grande desafio para o
relatório desta natureza é deixar de estar virado para as Juntas de Freguesia e passar a
estar virado para a forma como os serviços da Câmara Municipal também têm
abordado esta matéria da Reforma Administrativa, porque, se calhar, vão encontrar
que, ao contrário daquela que era a vontade política dos seus decisores, nomeadamente
os Senhores Vereadores e do Senhor Presidente de Câmara, se calhar em alguns
serviços têm tido algumas dificuldades com esta gestão da própria reforma
administrativa. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Duarte Cordeiro no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Uma intervenção breve para dizer que a Câmara Municipal vai, uma vez mais,
apreciar o trabalho da Assembleia Municipal, mas também deste relatório que é feito
pela equipa chefiada pelo professor João Seixas. ------------------------------------------------
----- Dizer que, mais do que entrar nos detalhes do relatório, é hoje evidente que a
reforma administrativa é uma realidade bem presente, que veio consolidar, digamos,
assim, aquilo que era a expectativa que todos tínhamos no início desta reforma, e que
há aqui um conjunto de aspetos que, de alguma maneira, são determinantes para o
futuro do sucesso desta reforma, e um deles reside, como aqui já foi dito e que,
felizmente, reúne um amplo consenso político em torno deste aspeto, que é a questão
da revisão do Estatuto dos eleitos locais as freguesias. Portanto, queria apenas de todas
as matérias que estamos aqui a discutir, acho que o mais essencial, se tivesse de
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resumir uma, é que efetivamente a necessidade desta revisão e o facto de esta revisão
ser tão importante para a consolidação do sucesso da reforma administrativa na Cidade
de Lisboa, e penso que deve ser feito, deve ser dado um sinal coletivo da parte da
Assembleia Municipal de Lisboa, no fundo, ao legislador no sentido da revisão deste
estatuto de forma que, no caso em particular Lisboa, mas admito que seja uma
realidade que não se fique pela Cidade de Lisboa, e que haja outros municípios que
também, outras freguesias, que também beneficiarão desta revisão, possa efetivamente
melhorar o trabalho está a ser feito pelas freguesias. --------------------------------------------
----- No que diz respeito, em particular, à Reforma Administrativa da Cidade de
Lisboa, eu estou em crer que são mais, são muito mais os elementos que nos levam a
crer que existe confiança, capacidade e maturidade das Juntas de Freguesia para
receberem mais competências no futuro, do que, efetivamente, duvidar da capacidade
das Juntas de Freguesia em consolidarem as suas competências, que hoje são as suas
competências próprias e que outrora eram competências da Câmara Municipal. E se
houvesse um sinal que pudéssemos ter em relação a essa matéria, o sucesso desta
reforma, é a reivindicação frequente e persistente dos seus Presidentes de Junta para
mais competências e, geralmente, a insatisfação em relação à forma como algumas
delas não podem ser exercidas, ou pelos condicionalismos que tiveram quando
receberam a competência, ou pela falta de apoio que sentem da parte da Câmara
Municipal, como costumo dizer, na brincadeira; “Nem tanto ao mar, nem tanto à terra”,
mas isso só por si, essa reivindicação persistente, é um ótimo sinal, é sinal que a
reforma administrativa está a ser muito bem assumir por parte das Juntas de Freguesia
da Cidade de Lisboa, isso é o mais importante, e era para isso que nós queríamos esta
reforma administrativa. ------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: -
----- “Não temos mais inscrições para este ponto da ordem de trabalhos. --------------------
----- Foi mais um bom momento de avaliação da reforma, com intervenções bastante
sustentadas, que têm feito com que a reforma vá fazendo o seu caminho. -------------------
----- Nós temos para votar a Recomendação nº 1/91 que o Deputado Municipal
Magalhães Pereira, na sua intervenção inicial, de um modo muito detalhado,
apresentou nas suas conclusões e recomendações, e temos uma proposta de alteração a
esse documento que é apresentada pelo Partido Comunista Português e, portanto, eu
vou passar a recordar essa proposta de alteração que foi entregue na Mesa. Refere-se
no ponto 2.5, para os diferentes Grupos Municipais sinalizarem, onde se diz
“implemente a transferência para a gestão das Freguesias de mais equipamentos de
índole cultural, ou de outra tipologia, como adequada às suas competências próprias, a
proposta entregue na mesa pelo Senhor Deputado Fábio Sousa, acrescenta;
“implemente com o acordo das Juntas de Freguesia”. E portanto, estou a ver o sinal dos
Deputados Relatores que aceitam essa inscrição, penso que ela também é consensual.
Não sei se alguém de opõe a que esta proposta do Partido Comunista seja já inserida,
aceite pelos relatores? Ninguém se opõe e, portanto, ela é considerada aceite pelos
Deputados relatores com o consenso de todos os Grupos Municipais, e sendo assim,
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votávamos já a proposta de Recomendação nº 1/91 tal qual o texto que foi
apresentado pelas duas comissões, com este acrescento que foi consensualizado, feito
pelo Senhor Deputado Municipal Fábio Sousa, em nome do Grupo Municipal do
Partido Comunista Português. -----------------------------------------------------------------------
----- Vou colocar à votação a Recomendação nº 1/91 não há votos contra, nem
abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e
6IND. A Recomendação nº 1/91 foi aprovada por unanimidade. -------------------------
----- PONTO 6 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº 713/CM/2015 –
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ENTRE O MUNICÍPIO E A
FREGUESIA DE SANTA CLARA PARA A REQUALIFICAÇÃO DO
POLIDESPORTIVO DAS GALINHEIRAS, NOS TERMOS DA PROPOSTA E
AO ABRIGO DO ARTIGO 23º E DA ALÍNEA K) DO NÚMERO 1 DO ARTIGO
25º DO REGIME JÚRIDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, BEM COMO DO
ARTIGO 116º E SEGUINTES DO REGIME DA TRANSFERÊNCIA DE
COMPETÊNCIAS, AMBOS APROVADOS PELA LEI Nº 75/2013, DE 12 DE
SETEMBRO E PUBLICADOS NO ANEXO I À MESMA LEI; GRELHA-BASE
– 34 MINUTOS; ----------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 713/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo IX e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer Conjunto da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças,
Património e Recursos Humanos, e da 5ª Comissão, Comissão Permanente de
Descentralização e Obras Municipais, fica anexado à presente Ata como Anexo X e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 2/91 sobre as Propostas nº 713/CM/2015 e 781/CM/2015
– 1ª CP e 5ª CP - fica anexada à presente Ata como Anexo XI e dela faz parte
integrante) -------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: -
----- “Vamos passar para o ponto 6 da ordem de trabalhos, é a proposta 713/2015,
delegação de competências entre o Município e a Freguesia de Santa Clara para a
requalificação do Polidesportivo das Galinheiras. -----------------------------------------------
----- Recordar o Plenário que tal como foi informado e distribuído a todos os
Deputados Municipais e a todos os grupos que esta proposta tem nova redação, minuta
também têm novos cabimentos, visto não ter sido votada o ano passado que era o ano
inicial desta proposta, as novas versões também foram disponibilizadas em tempo às
primeiras e quintas comissões. ----------------------------------------------------------------------
----- Nós temos o parecer, também conjunto, da 1ª e da 5ª Comissão também
elaborados, como é hábito, pelos Deputados Municipais Magalhães Pereira e Sofia
Oliveira dias. Não sei se querem apresentar este parecer? Dispensam. Este parecer foi
aprovado por maioria com a abstenção do Representante do Grupo Municipal do
Partido Ecologista “Os Verdes”. -------------------------------------------------------------------
----- Portanto, queria perguntar à Câmara se quer fazer a apresentação desta proposta?
Dispensa. ----------------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
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----- Temos uma inscrição do Partido Ecologista, “Os Verdes” para esta proposta, mas
estava aqui a receber a indicação da Deputada Patrocínia César que queriam fazer essa
pergunta era em específico ao Senhor Vereador Jorge Máximo que não se encontra na
sala, mas está presente a Câmara, está representada pelo Senhor Vice-presidente e,
portanto, dou a palavra ao Senhor Deputado Sobreda Antunes.” ------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “A presente Proposta nº 713/2015 submete à AML a celebração de um contrato de
delegação de competências para se proceder aos trabalhos de requalificação do campo
polidesportivo das Galinheiras, que dispõe de uma área aproximada de 968 m2 e se
situa na Freguesia de Santa Clara, junto à Estrada Militar. A importância da obra releva
por se tratar de um equipamento complementar aos estabelecimentos de ensino locais e
muito necessária para a prática desportiva de um conjunto alargado de entidades
ligadas ao movimento associativo. -----------------------------------------------------------------
----- No entanto, para “Os Verdes”, a proposta não garante totalmente as condições
mínimas para uma plena e segura futura utilização das instalações desportivas. ------------
----- A necessidade de proceder à sua requalificação deve-se ao facto de, para além de
o pequeno campo de jogos carecer de um conjunto de intervenções cirúrgicas, as
instalações de apoio terem sido demolidas, dado o seu elevado estado de degradação,
bem como o muro que o separava da Estrada Militar.-------------------------------------------
----- Com efeito, o nº 2 da cláusula 1ª do contrato de delegação de competências
define, como objeto, que a requalificação apenas se concretiza na “implantação de um
minicampo tipo ‘Agorespace’ (de 30x15m), sem cobertura, com pista recreativa de
atletismo com implantação standard com 2 ou 3 corredores, o qual permitirá a prática”
de um diversificado conjunto de modalidades desportivas. ------------------------------------
----- Acontece que, de acordo com a p. 2 do “Estudo relativo ao protocolo” anexo à
proposta, “as instalações de apoio ao campo (encontram-se) totalmente danificadas e
desmanteladas”, tendo em consideração que “à data os edifícios de apoio eram
utilizados por sem abrigo”. Assim, “face a este cenário, foi realizada a demolição de
todos os edifícios de apoio e do muro exterior a poente, confinante com a Estrada
Militar”. Esta intervenção terá resolvido “os problemas de isolamento e de intrusão do
espaço, bem como os problemas com a passagem (junto à) escola primária nº 185”. ------
----- Todavia, o quadro I que se lhe segue, e que procede a um orçamento estimativo
dos trabalhos de obras, apenas enumera o ‘Aerospace’ com pista de atletismo,
contemplando os trabalhos prévios, a movimentação de terras, a colocação da camada
de base, o pavimento em relva artificial, o pavimento sintético da pista e a estrutura e
equipamentos do polidesportivo, com estrutura de madeira e a integração de balizas e
suporte de tabelas. Não integra, porém, as indispensáveis instalações complementares
de apoio à prática desportiva. -----------------------------------------------------------------------
----- Pergunta-se Senhor Vereador, como será possível proceder-se à reconstrução do
campo de jogos das Galinheiras omitindo-se não apenas a reconstrução de uma barreira
ou muro de segurança e isolamento exterior a poente do campo, confinante com a
Estrada Militar, bem como as instalações de apoio, as salas de arrumos dos
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50
equipamentos e os próprios balneários para uso dos praticantes? Ou será que os atletas
terão de mudar de equipamento algures ‘ao ar livre’ ou até no ‘café da esquina’? ---------
----- Senhor Presidente, pelo exposto, “Os Verdes” consideram inconcebível que CML
e Junta não tenham garantido nesta delegação de competências as condições mínimas,
essenciais e de segurança à prática desportiva, pelo que consideramos que a proposta
não se encontra em condições de ser aprovada, devendo ser devolvida à CML para
correção formal e técnica. ---------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Duarte Cordeiro no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado Sobreda Antunes pelas suas questões. ------------
----- Não sendo especialista na área do desporto, ainda assim, parece-me que aquilo
que estamos a falar aqui, do minicampo, é algo que não é inédito na cidade de Lisboa e
que já existe noutras freguesias, nomeadamente, na Freguesia de Arroios, e que eu
saiba os minicampos não têm balneários, anexos, uma vez que é prática informal de
desporto. Sinceramente, não parecia, mesmo que eu admita a possibilidade que é
sempre importante ter, e admito que sim, estruturas de apoio à prática desportiva, eu
também gosto de estruturas de apoio à prática desportiva quando pratico desporto. Era
absolutamente, impensável fazer recuar a proposta apenas porque não a tem. Isto é
prática informal já existentes juntas de freguesia não ter balneários de apoio, ainda
assim, deixa-se ao critério futuro poder colocar e, se assim for, a sua sugestão, a
possibilidade de no futuro poder-se colocar uma estrutura de apoio de novas, porque
não, parece-me que é algo positivo e que valoriza. No entanto, este tipo de
equipamento é um tipo de equipamento que se chama minicampo, é prática informal
pode ter, não digo o contrário, valoriza, não acho que justifique que a proposta recue e
que não seja aprovada porque não era diferente daquilo que existe noutras freguesias. ---
----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, fez a seguinte intervenção: -
----- “Não temos mais inscrições para esta proposta, a Mesa tomou boa nota da
sugestão do Deputado Municipal Ecologista “Os Verdes”, Sobreda Antunes, mas
considerou-a como uma proposta política no quadro da intervenção política do Partido
Ecologista “Os Verdes”, porque manifestamente, a Mesa concorda com a apreciação
que foi feita ao nível jurídico das 1ª e 5ª Comissões, em que poderá haver matéria de
política para decidir e lida no quadro da Câmara, da Freguesia, no quadro da
Assembleia Municipal, mas do ponto de vista jurídico, a proposta não tem nenhum
problema que impossibilite a sua votação. Portanto, assim sendo, vamos colocar à
votação a Proposta nº 713/2015, delegação de competências entre o Município e a
Freguesia de Santa Clara para a requalificação do Polidesportivo das Galinheiras. Não
há votos contra, abstenção do PEV, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP,
MPT, PAN, PNPN e 6IND. A Proposta nº 713/2015 foi aprovada por maioria. --------
----- Vamos passar à Recomendação nº 2/91 também oriunda das Comissões que
apreciaram esta proposta, a 1ª e a 5ª Comissão, ela é conjunta em referente a esta
proposta é a seguinte, do mesmo teor, mas vamos fazer a votação de modo autónomo é
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51
muito simples, é referir que os relatórios de execução referidos nos contratos e,
portanto, agora aqui estamos a falar da Proposta nº 713/2015, sejam remetidos pela
Câmara Municipal à Assembleia Municipal no quadro das suas tarefas de
acompanhamento e fiscalização que as 1ª 5ª Comissões têm feito, como se tem
comprovado, ao longo desta tarde. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor
do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A Recomendação
nº 2/91 foi aprovada por unanimidade. ---------------------------------------------------------
----- PONTO 7 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº 781/CM/2015 –
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ENTRE O MUNICÍPIO DE LISBOA E
AS FREGUESIAS DE ALVALADE E DOS OLIVAIS, NO ÂMBITO DA
ATRIBUIÇÃO DE PRÉMIOS DE MÉRITO DESPORTIVO DA EDIÇÃO DAS
OLISIPÍADAS DE 2014/2015, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO
DO ARTIGO 23º E DA ALÍNEA K) DO NÚMERO 1 DO ARTIGO 25º DO
REGIME JÚRIDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, BEM COMO DO ARTIGO
116º E SEGUINTES DO REGIME DA TRANSFERÊNCIA DE
COMPETÊNCIAS, AMBOS APROVADOS PELA LEI Nº 75/2013, DE 12 DE
SETEMBRO E PUBLICADOS NO ANEXO I À MESMA LEI; GRELHA-BASE
– 34 MINUTOS; ----------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 781/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XII e
dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer Conjunto da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças,
Património e Recursos Humanos, e da 5ª Comissão, Comissão Permanente de
Descentralização e Obras Municipais, fica anexado à presente Ata como Anexo XIII e
dela faz parte integrante) -----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Vamos passar ao ponto 7 da ordem de trabalhos, apreciação da proposta
781/2015, delegação de competências entre o Município de Lisboa e as Freguesias de
Alvalade e dos Olivais, no âmbito da atribuição de prémios de mérito desportivo da
edição das Olissipíadas 2014/2015. ----------------------------------------------------------------
----- Á semelhança da proposta anterior, também, foi dado conhecimento aos grupos
municipais, aos Deputados Municipais, à 1ª e 5ª Comissões, que esta proposta teve
novo cabimento pelas razões que nós já tínhamos identificado na proposta anterior, ou
seja, ser uma proposta do ano passado. A nova versão foi, com base nela, que foram
efetuados os pareceres. -------------------------------------------------------------------------------
----- A Câmara dispensa a apresentação da proposta. -------------------------------------------
----- Pergunto aos Senhores Deputados Magalhães Pereira e Sofia Oliveira Dias,
também estão a sinalizar, também dispensam a apresentação do parecer. -------------------
----- Não temos inscrições para esta proposta, pelo que passamos à votação da
Proposta nº 781/2015. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS,
PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A Proposta nº 781/2015
foi aprovada por unanimidade. -------------------------------------------------------------------
----- Temos a recomendação, exatamente, do mesmo teor referente aqui à mesma
proposta, também para dar conhecimento dos relatórios de execução à Assembleia
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Municipal para acompanhamento das comissões respetivas. Não há votos contra, nem
abstenções, a recomendação passa a valer para as duas propostas. ----------------------------
----- PONTO 8 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº 828/CM/2015 – 6º
ADITAMENTO AO CONTRATO DE FINANCIAMENTO SOB A FORMA DE
ABERTURA DE CRÉDITO A CELEBRAR COM O BPI/BIIS, SPA, RELATIVA
AO FINANCIAMENTO DO PROGRAMA DE INVESTIMENTO
PRIORITÁRIO EM AÇÕES DE REABILITAÇÃO URBANA (PIPARU), NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA F) DO NÚMERO 1 DO
ARTIGO 25º DO REGIME JÚRIDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS
APROVADO PELA LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO E PUBLICADOS
NO ANEXO I À MESMA LEI; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS: ESTA
PROPOSTA REQUER A APROVAÇÃO POR MAIORIA DOS MEMBROS EM
EFETIVIDADE DE FUNÇÕES, PELO QUE HAVERÁ VOTAÇÃO NOMINAL,
NOS TERMOS DO ARTIGO 66º, Nº 5, DO REGIMENTO; --------------------------- ----- (A Proposta nº 828/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XIV e
dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças, Património e
Recursos Humanos, fica anexado à presente Ata como Anexo XV e dela faz parte
integrante) ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 3ª Comissão, Comissão Permanente de Ordenamento de Território,
Urbanismo, Reabilitação Urbana, Habitação e Desenvolvimento Local, fica anexado à
presente Ata como Anexo XVI e dela faz parte integrante) ------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Vamos passar então ao ponto 8, à apreciação da Proposta nº 828/2015, 6º
aditamento ao contrato de financiamento sob a forma de abertura de crédito a celebrar
com o BPI relativa ao financiamento do programa de investimento prioritário em ações
de reabilitação urbana, o programa PIPARU. ----------------------------------------------------
----- Uma nota para ficar sinalizado, que o Deputado Municipal Pedro Cegonho que
também, é Presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, e da ANAFRE,
declara-se impedido para esta votação uma vez que é funcionário do banco em causa, e
também para recordar que vamos fazer a votação nominal para esta proposta. -------------
----- A Câmara dispensa a apresentação da proposta. -------------------------------------------
----- Os pareceres da 1ª e 3ª Comissões foram elaborados por mim nas duas comissões
também, penso que são claros e sucintos, e dispenso a sua apresentação.” ------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sérgio Azevedo (PSD) no uso da palavra, fez a
seguinte interpelação à Mesa: -----------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Presidente. --------------------------------------------------------
----- Queria informar a Mesa que o PSD, ontem, em sede de comissão, pediu uns
esclarecimentos, sobre esta proposta, à Câmara Municipal e ficou, ……não é esta?
Peço desculpa, estava distraído, então. Peço desculpa.” ----------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Damos sem efeito a interpelação à Mesa. --------------------------------------------------
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53
----- Assim sendo, não tendo inscrições, vamos passar à votação nominal. Para
clarificarmos, nós solicitávamos o máximo silêncio e sossego na sala. A Deputada
Rosa Maria vai chamar, individualmente, cada um dos Deputados Municipais. ------------
----- Eu, entretanto, vou aproveitar para ir votar, e regressar. ----------------------------------
----- Cada Deputado, à chamada, penso que têm todos os cartões, desta vez vamos dar-
lhes mesmo uso, vão ter que sinalizar se votam contra, se se abstêm, se votam a favor,
aqueles que não estiverem na sala, quer aqui na Mesa, quer os serviços, vão
contabilizar as diferentes votações porque precisamos de ter maioria absoluta dos
membros em efetividade de funções. --------------------------------------------------------------
----- A Rosa Maria vai fazendo a chamada com calma e tranquilidade para que não haja
problemas e se faça tudo de uma vez, e não seja a repetir para que os serviços não
tenham muitas dúvidas. Se for caso disso podem colocar-se em pé porque, pelo menos
nós aqui, há uma parte dos Deputados que não vemos.” ----------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Rosa Maria Carvalho da Silva (PSD) no uso
da palavra, fez a chamada individual de cada um dos Deputados Municipais. --------------
----- (A votação desta proposta, Proposta nº 828/2015, foi feita de forma nominal com
a chamada de todos os Senhores Deputados Municipais, constantes da lista de
presenças da presente reunião, tendo sido aprovada com maioria absoluta, com a
seguinte votação: --------------------------------------------------------------------------------------
----- Votos a favor: 59; ------------------------------------------------------------------------------
----- Abstenções: 4; ----------------------------------------------------------------------------------
----- Votos contra: 0. --------------------------------------------------------------------------------
----- Restantes Senhores Deputados Municipais: Ausentes da sala de Plenário no
momento da votação. -------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho
Cegonho, do Grupo Municipal do PS, não esteve presente na sala aquando da
apreciação e votação desta proposta, por impedimento legal). ---------------------------------
----- (O Deputado Municipal José Casimiro, do Bloco de Esquerda, apresentou a
seguinte Declaração de Voto): ----------------------------------------------------------------------
----- “José Manuel Marques Casimiro, deputado municipal eleito pelo Bloco de
Esquerda vem apresentar declaração de voto relativamente à Proposta
828/CM/2015 - 6º Aditamento ao contrato de financiamento sob a forma de abertura
de crédito a celebrar com o BPI/BIIS, SPA, relativa ao financiamento do Programa de
Investimento Prioritário em Ações de Reabilitação Urbana (PIPARU), nos termos da
proposta e ao abrigo da alínea f) do nº 1 do artigo 25º do Regime Jurídico das
Autarquias Locais aprovado pela Lei 75/2013, de 12 de Setembro, declarando que se
absteve na votação da mesma, com os seguintes fundamentos: -------------------------------
----- 1 - Nada me opõe, bem pelo contrário, quer a este tipo de projetos quer
à angariação de financiamento para os mesmos, pelo que adere integralmente ao
mérito da proposta. -----------------------------------------------------------------------------------
----- 2 - No entanto, e ao abrigo do artigo 51.º, n.º 4 da Lei n.º 73/2013, de 3 de
Setembro, “os empréstimos têm um prazo de utilização do capital máximo de dois
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anos, não podendo o início da amortização ser diferida para além desse período, salvo
nos casos legalmente previstos." -------------------------------------------------------------------
----- 3 - Esta norma é inovatória, não tendo antecedentes nas anteriores leis de
finanças locais. Ora, não se vislumbrando qualquer exceção legal no caso em apreço,
a proposta poderá enfermar de vício de violação de lei. ---------------------------------------
----- 4 - O voto apenas não foi em sentido contrário por ausência de confirmação do
que vem dito em 2 e 3 pelos serviços do Município, e considerando que estará a
Proposta em causa sujeita ao visto prévio do Tribunal de Contas, sem o qual não
produzirá efeitos, não tendo assim qualquer efeito uma eventual confirmação da
ilegalidade.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Deputado Municipal Ricardo Robles, do Bloco de Esquerda, apresentou a
seguinte Declaração de Voto): ----------------------------------------------------------------------
----- “Ricardo Amaral Robles, deputado municipal eleito pelo Bloco de Esquerda vem
apresentar declaração de voto relativamente à Proposta 828/CM/2015 - 6º
Aditamento ao contrato de financiamento sob a forma de abertura de crédito a
celebrar com o BPI/BIIS, SPA, relativa ao financiamento do Programa de
Investimento Prioritário em Ações de Reabilitação Urbana (PIPARU), nos termos da
proposta e ao abrigo da alínea f) do nº 1 do artigo 25º do Regime Jurídico das
Autarquias Locais aprovado pela Lei 75/2013, de 12 de Setembro, declarando que se
absteve na votação da mesma, com os seguintes fundamentos: -------------------------------
----- 1 - Nada me opõe, bem pelo contrário, quer a este tipo de projetos quer
à angariação de financiamento para os mesmos, pelo que adere integralmente ao
mérito da proposta. -----------------------------------------------------------------------------------
----- 2 - No entanto, e ao abrigo do artigo 51.º, n.º 4 da Lei n.º 73/2013, de 3 de
Setembro, “os empréstimos têm um prazo de utilização do capital máximo de dois
anos, não podendo o início da amortização ser diferida para além desse período, salvo
nos casos legalmente previstos." -------------------------------------------------------------------
----- 3 - Esta norma é inovatória, não tendo antecedentes nas anteriores leis de
finanças locais. Ora, não se vislumbrando qualquer exceção legal no caso em apreço,
a proposta poderá enfermar de vício de violação de lei. ---------------------------------------
----- 4 - O voto apenas não foi em sentido contrário por ausência de confirmação do
que vem dito em 2 e 3 pelos serviços do Município, e considerando que estará a
Proposta em causa sujeita ao visto prévio do Tribunal de Contas, sem o qual não
produzirá efeitos, não tendo assim qualquer efeito uma eventual confirmação da
ilegalidade.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Deputada Municipal Sandra Cristina Andrade, do Bloco de Esquerda,
apresentou a seguinte Declaração de Voto): ------------------------------------------------------
----- “Cristina Andrade, deputada municipal eleita pelo Bloco de Esquerda vem
apresentar declaração de voto relativamente à Proposta 828/CM/2015 - 6º
Aditamento ao contrato de financiamento sob a forma de abertura de crédito a
celebrar com o BPI/BIIS, SPA, relativa ao financiamento do Programa de
Investimento Prioritário em Ações de Reabilitação Urbana (PIPARU), nos termos da
proposta e ao abrigo da alínea f) do nº 1 do artigo 25º do Regime Jurídico das
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Autarquias Locais aprovado pela Lei 75/2013, de 12 de Setembro, declarando que se
absteve na votação da mesma, com os seguintes fundamentos: -------------------------------
----- 1 - Nada me opõe, bem pelo contrário, quer a este tipo de projetos quer
à angariação de financiamento para os mesmos, pelo que adere integralmente ao
mérito da proposta. -----------------------------------------------------------------------------------
----- 2 - No entanto, e ao abrigo do artigo 51.º, n.º 4 da Lei n.º 73/2013, de 3 de
Setembro, "Os empréstimos têm um prazo de utilização do capital máximo de dois
anos, não podendo o início da amortização ser diferida para além desse período, salvo
nos casos legalmente previstos." -------------------------------------------------------------------
----- 3 - Esta norma é inovatória, não tendo antecedentes nas anteriores leis de
finanças locais. Ora, não se vislumbrando qualquer exceção legal no caso em apreço,
a proposta poderá enfermar de vício de violação de lei. ---------------------------------------
----- 4 - O voto apenas não foi em sentido contrário por ausência de confirmação do
que vem dito em 2 e 3 pelos serviços do Município, e considerando que estará a
Proposta em causa sujeita ao visto prévio do Tribunal de Contas, sem o qual não
produzirá efeitos, não tendo assim qualquer efeito uma eventual confirmação da
ilegalidade.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 9 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº 663/CM/2015 –
CESSAÇÃO DO PROTOCOLO CELEBRADO A 2 DE MAIO DE 2003, COM A
ASSOCIAÇÃO DE PROTEÇÃO À INFÂNCIA DA AJUDA E A
CONSTITUIÇÃO DE UM DIREITO DE SUPERFICIE SOBRE UM PRÉDIO
MUNICIPAL COM A ÁREA DE 1.369,63 M2, SITUADO NO LARGO DA
AJUDA, NÚMEROS 1 E 2, A FAVOR DA MESMA ASSOCIAÇÃO, NOS
TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA I) DO NÚMERO 1 DO
ARTIGO 25º DO REGIME JÚRIDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS
APROVADO PELA LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO; GRELHA-BASE –
34 MINUTOS; -------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 663/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XVII e
dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças, Património e
Recursos Humanos, fica anexado à presente Ata como Anexo XVIII e dela faz parte
integrante) ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
apresentação da proposta:----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Presidente, muito boa tarde Senhores Deputados. ----------
----- Esta proposta foi retirada numa sessão anterior, porque havia uma dúvida
relativamente ao montante que ia ser pago por esta instituição. Esta instituição paga,
neste momento, por uma cedência precária um valor mensal de 141,95 euros, e
solicitou que a cedência precária se passasse a um direito de superfície e, portanto, e
foi acordado o direito de superfície por um prazo de cinquenta anos, foi acordado entre
os serviços municipais e a instituição que passaria a pagar portanto, já com um bónus
de 70% dado tratar-se de uma IPSS, uma renda mensal de 400 euros. Foi o que ficou
acordado entre as duas instituições, portanto, é isso que consta da proposta. ----------------
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----- Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Muito obrigado, Senhor Vereador. ----------------------------------------------------------
----- Temos, agora, o parecer da 1ª Comissão Permanente. Não sei que alguém da 1ª
Comissão quer apresentar o parecer? Dispensam a apresentação. -----------------------------
----- A palavra ao Deputado Magalhães Pereira.” ------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD) no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------
----- “É muito rápido Senhor Presidente. --------------------------------------------------------
----- Como é evidente nós, de facto, fizemos a pergunta para saber se de alguma forma,
a Associação de Proteção à Infância da Ajuda ficaria prejudicada com esta operação.
Informa agora, o Senhor Vereador o valor da renda de direito de superfície foi
acordado entre ambos e, portanto, se há um acordo não há mais nada a dizer, senão
esse mesmo ponto. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado. Embora lamentemos que, de facto, haja um aumento do esforço
desta associação que merece, aliás, todo o apoio. ----------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Obrigado Senhor Deputado. ------------------------------------------------------------------
----- Não temos mais inscrições relativamente a esta proposta, portanto, vamos passar à
votação da Proposta nº 663/2015. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor
do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A Proposta nº
663/2015 foi aprovada por unanimidade. ------------------------------------------------------
----- Portanto, agora pedia aos Senhores Deputados Municipais José Alexandre e
Mafalda Cambeta que fossem rapidamente, escrutinar os votos referentes ao ponto 4 da
ordem de trabalhos.” ---------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 10 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº 746/CM/2015 –
DESAFETAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO DO
MUNÍCIPIO DA PARCELA DE TERRENO SITA NA AZINHAGA DAS
VEIGAS, POR NECESSÁRIA AO DESENVOLVIMENTO DA OPERAÇÃO
URBANÍSTICA DO LOTEAMENTO MUNICIPAL DA QUINTA MARQUÊS
DE ABRANTES, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA
Q) DO NÚMERO 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME JÚRIDICO DAS
AUTARQUIAS LOCAIS APROVADO PELA LEI Nº 75/2013, DE 12 DE
SETEMBRO; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS;------------------------------------------ ----- (A Proposta nº 746/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XIX e
dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças, Património e
Recursos Humanos, fica anexado à presente Ata como Anexo XX e dela faz parte
integrante) ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Vamos no ponto 10 da ordem de trabalhos, Proposta nº 746/CM/2015,
desafetação do domínio público para o domínio privado do município da parcela de
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57
terreno sita Azinhaga das Veigas por necessária ao desenvolvimento operação
urbanística do loteamento municipal da Quinta do Marquês de Abrantes. ------------------
----- Temos um parecer da 1ª Comissão, por acaso é o Deputado Municipal José
Alexandre que prescinde até porque tem que ir contar os votos. A Câmara Municipal
não sei se quer apresentar proposta, dar uma explicação complementar? O Vereador
Manuel Salgado sinaliza que não. Não sei se temos alguma inscrição? Não temos.--------
----- Portanto, vamos passar à votação da Proposta nº 746/CM/2015, desafetação do
domínio público para domínio privado do município da parcela de terreno sita
Azinhaga das Veigas, por necessário ao desenvolvimento operação urbanística do
loteamento municipal da Quinta do Marquês de Abrantes. Não há votos contra, nem
abstenções, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, CDS-PP, PEV, MPT, PAN, PNPN e
6IND. A Proposta nº 746/2015 foi aprovada por unanimidade. ---------------------------
----- PONTO 11 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº 747/CM/2015 –
AQUISIÇÃO DA PARCELA DE TERRENO SITA NA AVENIDA DR.
FRANCISCO LUÍS GOMES, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO
DA ALÍNEA I) DO NÚMERO 1 DO ARTIGO 25º DO REGIME JÚRIDICO
DAS AUTARQUIAS LOCAIS APROVADO PELA LEI Nº 75/2013, DE 12 DE
SETEMBRO; GRELHA-BASE – 34 MINUTOS;------------------------------------------ ----- (A Proposta nº 747/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XXI e
dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão, Comissão Permanente de Finanças, Património e
Recursos Humanos, fica anexado à presente Ata como Anexo XXII e dela faz parte
integrante) ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Vamos passar ao ponto 11 da ordem de trabalhos, Proposta nº 747/CM/2015,
aquisição da parcela de terreno sito na Avenida Doutor Francisco Luís Gomes. Penso
que é esta que, segundo tenho indicação, que existirão algumas perguntas efetuadas na
1ª Comissão, eventualmente, seria esta que o PSD há pouco estava a referir. ---------------
----- Dou a palavra à Câmara para apresentar a proposta.” -------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, fez a seguinte
apresentação da proposta:----------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhor Presidente. -----------------------------------------------------------------
----- Portanto, esta proposta destina-se à aquisição de uma parcela de terreno anexa às
instalações municipais dos Olivais para ampliar, exatamente, essas instalações e
concentrar no Polo dos Olivais, um conjunto alargado de serviços municipais. ------------
----- Foram suscitadas, ontem mesmo, um conjunto de dúvidas pelo Senhor Deputado
Magalhães Pereira relativamente às avaliações e à forma como tinham sido feitas as
avaliações, e o que nos apraz responder, relativamente a este tema, e das avaliações
que foram feitas, é o seguinte: ----------------------------------------------------------------------
----- As empresas avaliadoras são empresas certificadas e, portanto, e certificadas pela
CMVM, e neste caso concreto trata-se de uma aquisição, não é uma expropriação, é
uma aquisição amigável, em que o vendedor propunha um valor à partida de três
milhões e meio de euros. Foram feitas as avaliações, e as avaliações foram feitas com
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base num pedido de informação prévia de 1999, e não à luz do atual Plano Diretor, PIP
esse que não está válido mas que tinha sido aprovado, na altura. Esse PIP fixou uma
área de construção acima, e abaixo, do solo. -----------------------------------------------------
----- Os avaliadores quando fazem estas avaliações procuram sempre o melhor
aproveitamento possível, e o melhor aproveitamento possível pode depender de variar
o pé direito, dos usos que propõem, se é mais armazém, se é mais serviços, se têm
hipótese de ter luz, ou não, e fazem as suas avaliações com base nesses valores. ----------
----- As avaliações que foram feitas variam no intervalo de 5,6%, aquilo que a CMVM
considera como o limite máximo das avaliações possíveis é 20%, portanto, nós
estamos, claramente, dentro do intervalo, que é considerado o intervalo razoável e de
confiança e, portanto, tendo em conta que partíamos dos três milhões e meio que era
aquilo que o vendedor pretendia, e que as avaliações que fizemos rondam, todas elas
estão no intervalo de 3.5, aquilo que entendemos é que, de facto, estas avaliações estão
corretas e que o valor que é proposto é o valor justo para pagar aquele terreno. ------------
----- À margem, gostava de referir que o interesse para o Município na aquisição deste
terreno é muito grande, na medida em que permite ampliar, de facto, uma área onde já
está concentrado um número elevado de serviços, e porque à luz do atual Plano Diretor
seria possível, mesmo, alargar a área de construção relativamente à base que foi
considerada para efeitos de cálculo.” --------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Não sei se todos os Deputados Municipais se consideraram devidamente
esclarecidos para a apresentação, ou se temos intervenções? Não temos intervenções e,
portanto, Deputada Municipal Patrocínia César, também, prescinde da apresentação do
parecer e, portanto, vamos votar a Proposta nº 747/CM/2015, aquisição da parcela de
terreno sito na Avenida Doutor Luís Gomes. Não há votos contra, abstenções do BE,
CDS-PP e MPT, votos a favor do PS, PSD, PCP, PEV, PAN, PNPN e 6IND. A
Proposta nº 747/CM/2015 foi aprovada por maioria. ----------------------------------------
----- Entretanto, as já temos aqui os resultados do escrutínio. Tivemos 62 votantes, 50
votos a favor, 5 votos contra, 6 abstenções e 1 voto branco, 0 votos nulos,
devidamente rubricado pelos escrutinadores, pelos serviços e, portanto, também,
damos por encerrados o ponto 4 da ordem de trabalhos, e a Deputada Municipal Sofia
Oliveira Dias substituí o Deputado Municipal André Caldas, no seu mandato. ------------
----- PONTO 13 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº 826/CM/2015 –
REPARTIÇÃO DE ENCARGOS PLURIANUAIS E EMISSÃO DE
AUTORIZAÇÃO PRÉVIA PARA A ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PARA
A AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE ALUGUER OPERACIONAL DE
VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS, PELO
PERÍODO DE SESSENTA MESES, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO
ABRIGO DO ARTIGO 24º DO REGIME JÚRIDICO DAS AUTARQUIAS
LOCAIS APROVADO PELA LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, E DOS
NÚMEROS 1 E 6, DO ARTIGO 22º DO DECRETO-LEI Nº 197/99, DE 8 DE
JUNHO, BEM COMO DA ALÍNEA C), DO NÚMERO 1 DO ARTIGO 6º DA
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LEI Nº 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL;
GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; ------------------------------------------------------------ ----- (A Proposta nº 826/CM/2015 fica anexada à presente Ata como Anexo XXIII e
dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- “Passamos para o ponto 13 da ordem de trabalhos, o ponto 12 é adiado em razão
de solicitação do BE, na 1ª Comissão, que foi devidamente aprovado e depois
consensualizada com a Câmara para ouvir, sobre esta proposta, o Vereador Manuel
Salgado. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 13, Proposta nº 826/CM/2015, repartição de encargos plurianuais emissão
de autorização prévia para a assunção de compromissos para a aquisição de serviços de
aluguer operacional de veículos ligeiros, passageiros elétricos e híbridos pelo período
sessenta meses. Esta proposta, tal como foram informados todos os Deputados
Municipais, todos os Grupos Municipais, também teve novo cabimento à semelhança
de outras. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Não sei se a Câmara quer apresentar, ou prescinde? Prescinde. Não temos parecer
e, também penso que não temos inscrições e, portanto, passamos diretamente à votação
da Proposta nº 826/CM/2015. Não há votos contra, abstenção do CDS-PP, votos a
favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, MPT, PAN, PNPN e 6IND. A Proposta nº
826/CM/2015 foi aprovada por maioria. -------------------------------------------------------
----- PONTO 14 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA Nº 16/CM/2016 –
ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS PARA AS JUNTAS DE
FREGUESIA DE BENFICA E DE SÃO DOMINGOS DE BENFICA, NO
ÂMBITO DOS ACORDOS DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS, NA
ÁREA DE REFEIÇÕES ESCOLARES SAUDÁVEIS, NOS TERMOS DA
PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA C), DO NÚMERO 1 DO ARTIGO 6º
DA LEI Nº 8/2012, DE 21 DE FEVEREIRO, NA SUA REDAÇÃO ATUAL;
GRELHA-BASE – 34 MINUTOS; ------------------------------------------------------------ ----- (A Proposta nº 16/CM/2016 fica anexada à presente Ata como Anexo XXIV e
dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício no uso da palavra, continuou: --------------------
----- O ponto 14 da ordem de trabalhos, apreciação da Proposta nº 16/CM/2016,
assunção de compromissos plurianuais para as Juntas de Freguesia de Benfica e de São
Domingos de Benfica, no âmbito dos acordos de delegação de competências na área
das refeições escolares saudáveis. ------------------------------------------------------------------
----- Não sei se a câmara quer apresentar? Prescinde. -------------------------------------------
----- Também, não temos parecer, e não há inscrições. -----------------------------------------
----- Vamos colocar à votação a Proposta nº 16/CM/2016. Não há votos contra,
abstenção do CDS-PP, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PEV, MPT, PAN, PNPN e
6IND. A Proposta nº 16/CM/2016 foi aprovada por maioria. ------------------------------
----- Antes de finalizar os trabalhos, só para vos recordar que teremos o Debate
Temático da 2ª Circular na próxima segunda-feira, no Hotel Roma, a partir das 18
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horas e, portanto, participem e divulguem, e todas as associações que sugeriram
também, reforcem os convites da Assembleia Municipal.” ------------------------------------
----- A sessão terminou, eram dezoito horas e trinta minutos.--------------------------------
----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de Apoio
à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos do
disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do n.º 2
do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da
Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 10 de Setembro de
2014 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2014. --------------------------------
---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------