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Dr. Irineu Grinberg“Difíceis prognósticos”, pág. 8

A opinião aqui manifesta é de plena responsabilidade dos seus autores.Para o leitor, fica a liberdade de contatá-los diretamente através de seus próprios e-mails.

Editorial

Já temos que pensar em 2020

Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos “Final de mais um ano”, pág. 20

Muitas são as tecnologias que auxiliam cada vez mais a medicina. Equipamentos sofisticados, diagnósticos precisos,

Dr. Yussif Ali Mere Jr“A PEC do novo pacto federativo e a saúde”, pág. 14

Dr. Paulo Cesar Naoum “O uso da espiritualidade no controle de doenças graves”, pág. 10

Dr. Wilson Shcolnik“O trabalho não para”, pág. 12

Confira a opinião dos nossos colunistas

ÍNDICE

06

EpidemiaDengue: Um problema que

não para de crescer

08

14

Dra. Heloisa da Rocha Picado Copesco“Dicas do que NÃO fazer para ter uma pele linda! (Parte 3)”, pág.22

Alexandre Calegari“Como melhorar o fluxo do paciente no laboratório”, pág.18

exames eficientes. E rápidos. O ano de 2020 parecia distante. O futuro parecia quase fora de alcance. Não mais. E todas as conquistas não vão parar.

Diagnóstico PrecoceExame pode detectar predisposição a

mais de 1.200 doenças hereditárias

Daniele Goeking“Inteligência de mercado – o que é e porque é importante?”, pág.18

Dra. Maria de Lourdes Pires Nascimento“Raça e racismo – texto 1”, pág. 28

Dr. Luiz Fernando Barcelos“A profissionalização dos laboratórios como diferencial competitivo”, pág. 6

AlertaAlterações na pele podem confundir a população

no diagnóstico precoce do melanoma 14

EmagrecimentoJejum intermitente pode ajudar na

perda de peso

Próxima edição, entrevista inédita com Dr. Wagner Maricondi, que nos alerta para a prevenção do vírus HIV .O Mês de dezembro passou a ser adotado como uma data para que a prevenção fosse lembrada.

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Quando chegam as férias de fim de ano, a grande dúvida para os donos de pets é o que fazer com eles. Deixar com outra pessoa ou levá-los para viajar? É importante que tudo esteja preparado antes das suas férias começarem.

A veterinária Bianca Jacob Shimizu, da Clínica Veterinária Franciscão, sugere algumas dicas para quem vai viajar com o animal ou deixar sobre os cuidados de outra pessoa:

Para viagens terrestres ou aéreas é necessário consultar um veterinário para que possa ser feito um certificado de saúde animal e um atestado informando que esse bichinho pode viajar. Ele deve ser avaliado contra a presença de carrapatos, ectoparasitas, miíase e verificar a condição geral de saúde.

Mantenha as vacinas todas em dia. Em viagens de carro, seu animal deve ser transportado

em lugares seguros como caixa de transporte, cestos ou cinto de segurança. Em viagens longas, faça pausas para que o bichinho possa beber água, se alimentar e fazer as necessidades.

Se preferir deixar sobre os cuidados de outra pessoa busque serviços especializados como hoteizinhos, hospedagem domiciliar ou pet sitters (cuidador de pets), que visitam sua residência diariamente. Esses serviços zelam por cuidar da saúde e bem-estar do seu animal.

Cães e gatos são animais com rotinas e quanto menos você mudar isso no período da viagem melhor. Por

Medicina Veterinária

Dicas para aproveitar as férias com o pet

isso, o ideal é que a pessoa responsável por seu animal se encarregue de, duas vezes no dia, dar comida, trocar água, brincar e levá-lo para passear (no caso dos cães).

É importante verificar quais tipos de doença podem existir no destino da sua viagem. Algumas doenças são endêmicas, como a leishmaniose e verme do coração. Em alguns casos os animais precisam de medicamentos específicos ou serem vacinados antes da viagem.

A NEC Corporation (NEC; TOKYO: 6701), líder em tecnologias de TI e rede, e a VAXIMM AG, empresa suíça-alemã de biotecnologia dedicada ao desenvolvimento de imunoterapias com células T, anunciaram hoje a assinatura de um acordo de colaboração para estudos clínicos estratégicos e um acordo de investimento de capital para desenvolver vacinas de neoantígenos inovadoras e personalizadas contra o câncer.

Este comunicado de imprensa inclui multimédia. Veja o comunicado completo aqui: https://www.businesswire.com/news/home/20191112005542/pt/

Segundo os termos do acordo de colaboração, não exclusivo para ambas as partes, a NEC fornecerá financiamento para um estudo clínico de fase I. A NEC e a VAXIMM desenvolverão conjuntamente vacinas personalizadas contra o câncer utilizando a inovadora tecnologia de inteligência artificial (IA) da NEC – empregada em seu sistema de previsão de neoantígenos – e a exclusiva tecnologia de imunoterapia com células T. A previsão é que as vacinas sejam avaliadas em um estudo clínico de fase I em diversos tumores sólidos. A VAXIMM será responsável por conduzir o estudo clínico, que deve ser iniciado em 2020.

A NEC possui a opção pelos direitos de desenvolvimento e comercialização para o programa em todo o mundo, exceto na China e outros territórios asiáticos fora do Japão.

Osamu Fujikawa, vice-presidente sênior da NEC Corporation, comentou: “O câncer é sistematicamente um dos maiores desafios na área de saúde, com milhões de novos casos diagnosticados mundialmente a cada ano. A tecnologia central da NEC está bem posicionada para o desenvolvimento de medicina personalizada, e

Oncologia

NEC e VAXIMM anunciam colaboração para avançar com vacinas de neoantígenos personalizadas contra o câncer

temos total compromisso com a oferta de tratamentos eficazes para pacientes com câncer. Para nós, é uma grande satisfação trabalhar com a VAXIMM para desenvolver uma imunoterapia para cada paciente individual”.

Heinz Lubenau, PhD, diretor de operações e cofundador da VAXIMM, declarou: “Vemos com grande otimismo essa aliança com a NEC e poder contar com o forte apoio deles na VAXIMM. A inovadora tecnologia de IA da NEC possibilita não só a identificação, mas também a priorização de neoantígenos de cada paciente, o que possibilita o tratamento potencialmente ideal para cada pessoa. Quando os neoantígenos estiverem disponíveis, poderemos aplicar nossa tecnologia para produzir rapidamente uma vacina personalizada. A terapia individualizada está atualmente na vanguarda do tratamento para o câncer e, com esta colaboração, podemos contribuir ainda mais para essa abordagem”.

Notas:Sobre o negócio de desenvolvimento de medicamentos

com inteligência artificial da NECPara saber mais, acesse https://www.nec.com/en/

global/solutions/ai-drug/Sobre o sistema de previsão de neoantígenos da NECA previsão de neoantígenos da NEC utiliza sua

inteligência artificial exclusiva, combinada com fluxos de bioinformática da NEC OncoImmunity AS, o que o torna o principal sistema de previsão de neoantígenos do setor. A NEC avalia minuciosamente os neoantígenos do candidato, o que lhe permite priorizar com eficácia diversos neoantígenos identificados em um mesmo paciente.

O acordo de colaboração para estudos clínicos aproveita as inovadoras tecnologias de inteligência artificial da NEC e de imunoterapias orais com células T da VAXIMMA NEC fará investimentos de capital na VAXIMM

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Para os laboratórios o caminho para a profissionalização da gestão é inevitável; porém os seus benefícios e percepções não se limitam apenas ao ambiente interno: o cliente também percebe os investimentos realizados para tal. Por possuírem uma estrutura mais enxuta, os pequenos laboratórios podem demonstrar profissionalismo sem investir muito dinheiro; para isso, basta conhecer bem o público que deseja atingir e investir em ações que de fato comuniquem com o interesse e a necessidade da região.

Profissionalização é um assunto muito denso e envolve diversos níveis de atuação dentro do laboratório, mas três pontos são premissas básicas para uma boa percepção dos clientes: (a) Limpeza/Higiene, pois não existe sensação pior do que chegar em um estabelecimento de saúde e perceber a manutenção precária; (b) o controle de qualidade, uma vez que os clientes tendem a valorizar muito mais as marcas que procuram se aprimorar constantemente, sendo as certificações evidências dessa qualidade; e, (c) um bom canal de relacionamento com o cliente, acessível, ágil e padronizado.

Após o laboratório ter os três pontos acima muito bem estruturados, é momento de pensar nos diferenciais de profissionalização mais específicos,

[email protected]

Opinião

A profissionalização dos laboratórios como diferencial competitivo

Luiz Fernando BarcelosPresidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - SBAC, biênio 2019 / 2020Portador do TEAC nº 0558

voltado ao cliente. O uso de uniformes e crachás de identificação, cujas cores comunicam com a marca do negócio, valorizam qualquer serviço, principalmente aliados a uma exposição clara da missão e cultura do laboratório. Dessa forma, além de externalizar o posicionamento do laboratório, o paciente pode questionar quando achar que a atitude da empresa não está condizente com sua missão e cultura, e identificar os colaboradores que não estão prestando um bom serviço.

O posicionamento digital também um outro fator importantíssimo para externalizar a profissionalização do laboratório. Para tanto, um site moderno, responsivo e bem posicionado nos motores de busca ainda é a melhor maneira de adquirir novos clientes - principalmente os mais jovens, nativos digitais. Outro ponto que agrega bastante ao posicionamento digital é um e-mail com domínio personalizado do laboratório, pois trabalhar com os servidores do gmail e do hotmail tende a passar uma imagem de informalidade.

A próxima grande mudança que ocorrerá no mundo empresarial e que irá refletir fortemente na profissionalização é a preocupação com o meio ambiente. O mundo está passando por um período em que muito se discute sobre a finitude da

matéria-prima, devido ao consumo desenfreado, e as consequências dos descartes impensados de resíduos na natureza, e uma empresa profissional não deve se preocupar apenas em melhorar o seu próprio negócio, mas em como fazer isso preservando o mundo e ajudando na construção de uma sociedade melhor. Quem já possui essa preocupação e esse cuidado, pode aproveitar o momento para fazer um trabalho de marketing focado na sustentabilidade do laboratório.

Por fim, para que o laboratório tenha um posicionamento coerente, os materiais físicos ou digitais produzidos para a divulgação devem ser espelhos do seu profissionalismo. Passar a produção desses materiais para uma pessoa menos capacitada, como o “quebra-galho” da gráfica, por exemplo, ou até mesmo para um parente próximo, pode desmerecer todo o trabalho do laboratório. Portanto, invista em um trabalho profissional de uma agência para desenvolver um folder institucional, um cartão de visitas, e em um laudo timbrado, entre outros materiais para que as comunicações realizadas pelo seu laboratório sejam coerentes com o público.

● Texto produzido pelo Portal Aceleralab, parceiro SBAC.

Emagrecimento

O jejum intermitente pode ser definido como um método de emagrecimento criado na década de 30 após a realização de estudos científicos com macacos. Em 1972, depois de novas pesquisas, agora com humanos, cientistas identificaram os principais benefícios deste tipo de prática, que inclui a diminuição da pressão arterial, redução do colesterol, atenuação dos níveis de triglicérides e glicose no sangue, equilíbrio de hormônios como a testosterona e GH, e o desenvolvimento de funções cognitivas. Além destas vantagens, a metodologia também contribui para uma consequente perda de peso e desenvolvimento da qualidade de vida.

De acordo com o médico generalista e diretor da clínica Penchel, Lucas Penchel, o método consiste em uma técnica de emagrecimento, que visa alternar períodos de jejum com momentos de alimentação. “Durante o processo, o paciente ainda terá que adotar uma dieta pobre em carboidratos e rica em proteínas e gorduras. O intuito é fazer com que o organismo faça uso de seus acervos de gordura e com isso haja uma perda de massa gorda”, ressalta.

Segundo Lucas, em geral, são indicadas de 8 a 24 horas de jejum, que pode ser feito diariamente ou somente em alguns dias da semana. “Cada clínico cria o seu protocolo de horas, mas sempre com o mesmo intuito, que é o desenvolvimento da qualidade de vida do paciente e sua consequente

Jejum intermitente pode ajudar na perda de peso e controle de problemas de saúde de caráter crônico

perda de peso. Após o período de jejum, os adeptos do método, podem se alimentar de carnes, vegetais, legumes, verduras, frutas, cereais integras e líquidos, como a água, chás e café sem açúcar. Já a ingestão de carboidratos deve ser avaliada conforme cada caso”, aponta.

Penchel explica que a indicação de alimentos a serem consumidos depois dos períodos de jejum varia de acordo com o estilo de vida e objetivos do paciente. “Alguns começam pela reintrodução com carboidratos, outros com a gordura e proteínas. Mas isto deve ser avaliado junto a um profissional, que ficará encarregado de determinar as quantidades, horários e associações adequadas de nutrientes”, recomenda.

O médico lembra que o jejum era algo bem

recorrente na era paleolítica, em que o homem dependia da caça para se alimentar. “No entanto, esse tipo de prática não é aconselhável para todo mundo, pois dependendo do caso, pode causar sonolência, irritabilidade, dor de cabeça, boca seca, e dentre outros efeitos colaterais. Por isso é essencial enfatizar a importância do acompanhamento médico”, adverte.

Lucas Penchel expõe que em seus anos de atuação clínica, pode observar que com a orientação adequada, a técnica pode gerar resultados significativos, tanto no controle do colesterol, quanto na retirada de medicamentos, que se tornam desnecessários. “As possibilidades de aplicação do jejum intermitente como alternativa de tratamento são bastante variadas, podendo ser empregado no controle de problemas como a pressão alta, diabetes, estresse, emagrecimento, e dentre outros”, comenta.

Por fim, Penchel destaca que além de colaborar na diminuição do peso, queima de gordura e aceleração do metabolismo, o jejum intermitente também coopera para a prolongação da vida. “Em muitas situações, a técnica se torna um estilo de vida. As pessoas que fazem o jejum, costumam mudar os períodos e as datas ao longo dos anos, mas nunca o abandona devido a sensação de bem-estar e saciedade proporcionados pela prática”, conclui.

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Opinião

Dr. Irineu GrinbergEx-Presidente da SBACDiretor da Lab Farm [email protected]

Difíceis prognósticosNão faltam motivos para que sinais vermelhos

de alerta sejam acionados, de forma permanente. Desde 2014 o número de beneficiários de planos de saúde percorre uma linha reta em declive. 50 milhões de usuários, número existente àquela época, foi reduzido para 47 milhões ao fim de 2018.

Sobram fatos consistentes para que e essa situação ocorra. Desemprego gerado por uma longa crise econômica constitui a causa principal. Entretanto outras existem, a começar pelos reajustes de mensalidades, acima dos níveis oficiais de inflação e incompatíveis com a renda média da população.

Dados realçam que os custos em saúde, nos últimos 10 anos, cresceram 189% e os reajustes das mensalidades autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, para o mesmo período ficaram em 155%.

Poderia o SUS acolher a essa nova demanda?A resposta passa pela crise fiscal e pelo

estabelecimento do teto de gastos. Portanto, saturação plena, não obstante o projeto de integração total dos sistemas, a ser testado de forma experimental em Alagoas. Em breve.

O aguardado e bem vindo aumento de longevidade, ocasionado por conscientização para cuidados pessoais, formas avançadas de diagnósticos e terapias, contribui para o incremento de maiores dispêndios.

O gasto médio por cliente, que era de

R$1.170,00 em 2008, num salto acrobático, foi para R$ 3.384,00 em 2018.

No V Fórum da Federação Nacional de Saúde Suplementar - FENASAÚDE, realizado em outubro passado a entidade, que reúne e congrega as empresas responsáveis por 36% dos segurados no país, explicitou todos os problemas que afligem o setor e, por consequência, a clientela.

Naquela ocasião foram divulgados planos futuros, contidos no “Projeto Mais Saúde” e expostas metas que possam racionalizar, amenizar e favorecer economicamente clientes e operadoras:

- Retorno dos planos individuais;- Reajustes definidos a partir da variação dos

custos assistenciais, com auditoria e análise da ANS;- Existência de portabilidade dos planos;- Escalonamento do aumento do valor dos planos

por mais faixas etárias;- Novas opções de segmentação dos planos

(por exemplo, só exames ou só consultas), para atender a diferentes necessidades e capacidades de pagamento;

- Mecanismos para conter custos, como pagamento de coparticipação ou franquia pelo beneficiário que utilizar os planos contratados;

- Coibir o uso desnecessário de serviços;-Mais rigor na incorporação de novas

tecnologias, levando em conta os impactos orçamentários e critérios de custo-efetividade, com base em evidências científicas;

Portanto, o “Projeto Mais Saúde” prevê um número expressivo de modificações nas atuais condutas de relacionamento cliente, operadoras e prestadores;

Seria suficiente?O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta,

presente ao evento, em breve depoimento, foi muito claro ao enfatizar a presença atuante de um sistema complementar eficiente e que possa suprir às necessidades, em consonância com o SUS. Citou também os problemas que afetam um sistema que, de quase livre, em pouco tempo, passou a cumprir regulações excessivas.

Porem, as dificuldades ultrapassam a todos os pontos citados. São vinculadas e proporcionais a todos os problemas estruturais do Brasil.

Gradativamente, estarão nos caminhos das resoluções, em rumo paralelo ao real crescimento e à transformação do país.

Entretanto, muito há por ser feito, principalmente em relação aos processos de integrações de sistemas, das operadoras com prestadores de serviços e clientes. Ações que visam instituir interoperabilidade e, como consequência, muito mais racionalizações de serviços e atendimentos, com diagnósticos abreviados, terapias antecipadas e custos minimizados.

A valorização acionária das operadoras em bolsas de valores, notadamente no ano em curso, justificam plenamente novos investimentos.

Diagnóstico precoce

A propensão para o desenvolvimento de enfermidades graves como câncer, doenças cardíacas ou neurológicas é um medo recorrente entre pessoas de diversas idades. O diagnóstico precoce de tais doenças possibilita um tratamento muito mais eficaz, aumentando consideravelmente as taxas de sobrevivência. Agora já parou para pensar se você pudesse saber antecipadamente que possui uma predisposição para esses problemas? Isso agora é possível no Brasil. O grupo Diagnósticos do Brasil (DB), maior laboratório exclusivamente de apoio do país, acaba de apresentar ao mercado o myGenome, exame capaz de identificar a predisposição para mais de 1.200 doenças hereditárias.

Inédito no país, o myGenome é realizado pelo DB Molecular, unidade especializada do Diagnósticos do Brasil focada em biologia molecular e genética. O teste, indicado para qualquer pessoa maior de 18 anos sem antecedentes de doença genética, realiza o sequenciamento completo do Genoma a partir da

Exame inédito no Brasil pode detectar predisposiçãoa mais de 1.200 doenças hereditárias

saliva do paciente. “O myGenome é o exame que faz o sequenciamento completo do Genoma. Ele conta tudo o que o paciente precisa saber sobre seus genes. Após a realização dele, com orientações médicas, é possível descobrir como aumentar a longevidade, gerenciar a saúde e melhorar o funcionamento do corpo”, Nelson Gaburo, gerente geral do DB Molecular.

Com o myGenome é possível identificar, por exemplo, a predisposição do indivíduo saudável em desenvolver problemas cardiovasculares e de coagulação, predisposição ao câncer e a problemas neurológicos, alterações endócrinas e metabólicas ou até mitocondriais, informando, também, a saúde dos seus órgãos. Para quem sonha em ter filhos, o exame pode analisar se os pais são portadores de alguma doença genética e o risco de o filho ter alguma das patologias, além de informar as características genéticas que podem ser passadas aos seus descendentes. “Conhecer estes riscos auxilia na tomada de decisões adaptativas e personalizadas sendo possível utilizar-se de diretrizes redutoras de riscos”, complementa Gaburo.

Além disso, o exame possibilita avaliar a metabolização dos medicamentos, baseado na genética de cada indivíduo (farmacogenética), possibilitando tratamentos médicos com precisão e agilidade, principalmente em casos de doenças

crônicas, como asma, depressão e ansiedade. “O myGenome é um exame de extrema importância para o avanço da medicina preventiva. Apontando tendências, ele possibilita ao paciente fazer escolhas sobre hábitos, estilo de vida, nutrição e tratamentos”, explica o gerente do DB Molecular. O teste, que tem seu resultado disponível em até 12 semanas, descreve, também, mais de 70 características relacionadas a rendimentos esportivo, metabolismo, nutrição e, até mesmo, a ancestralidade.

“Os relatórios gerados pelo myGenome são avaliados por equipe médica especializada, incluindo membros do Personal Genome Project da Harvard Medical School. Além disso, o paciente recebe suporte completo da equipe do DB Molecular. O myGenome é sinônimo de maior qualidade de vida e longevidade”, completa Nelson Gaburo.

O myGenome já está disponível em todo Brasil. Para mais informações sobre o DB Molecular, acesse o site www.dbmolecular.com.br

Oferecido pelo grupo Diagnósticos do Brasil (DB), o myGenome promete uma grande revolução na identificação a predisposição a enfermidades comocâncer e transtornos neurológicos

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PROF. DR. PAULO CESAR NAOUM

[email protected]

Comprovações científicas atestam que pessoas com doenças graves, entre elas o câncer, esclerose múltiplas, cegueira, hanseníase, alienação mental, entre outras,em que os desgastes físicos e emocionais são intensos, os resultados de tratamentos médicos se tornam melhores quando há suporte espiritual. Vários estudos realizados em pessoas com essas doenças mostraram que os benefícios da relação entre espiritualidade e sua evolução benigna se deve, de fato, ao equilíbrio orgânico promovido pelos benefícios da fé. A visão científica desta linha de pensamento destaca que a espiritualidade favorece a melhoria do desempenho orgânico no equilíbrio das funções da parte saudável da pessoa, ou seja, a espiritualidade favorece a saúde.

Para entender melhor as relações entre espiritualidade, saúde e doenças graves é preciso lançar mão das mais recentes informações sobre circuitos neurais e o autocontrole consciente. O nosso sistema nervoso funciona por meio de extensas redes de conexões que controlam nossas emoções, desejos e hábitos. Quando determinados tipos

de proteínas dessas redes estão relaxadas, os circuitos neurais vibram juntos, fortalecendo suas conexões. Enquanto isso, mensagens químicas conhecidas por sinalizações celulares são enviadas para a região profunda do cérebro conhecida por amídala, que controla as reações do medo, produzindo, em contrapartida, o efeito da calma. A manutenção dessa rede é um processo frágil.Por exemplo, quando o estresse chega, as proteínas das redes de conexões se enrijecem e várias formas de mudanças ocorrem no âmbito neuroquímico, enfraquecendo instantaneamente as conexões desta rede. Em resposta ao estresse, por exemplo, o cérebro se inunda com produtos químicos de excitação, como a noradrenalina e dopamina, diminuindo consideravelmente as comunicações entre os circuitos neurais. Estes fatos alteram o estado de espírito da pessoa, tornando-a infeliz ou agressiva, frágil ou medrosa, e os sistemas de sinalizações tornam-se inconstantes para agilizar células do sistema imunológico em defender o organismo contra vírus, bactérias e células com tendências tumorais, complicando a saúde da pessoa. Esses efeitos pioram à medida

O uso da espiritualidade no controle de doenças graves

Opinião

que as glândulas adrenais liberam muito cortisol ou hormônio do estresse para o cérebro, congestionando as funções dos neurônios. Nesses casos, o autocontrole biológico depende de ações para resgatar o equilíbrio das várias funções orgânicas, entre elas o controle da dor e a manutenção da parte saudável da pessoa. Entre as ações, provavelmente de domínio somente da espécie humana, destaca-se a espiritualidade. Os valores espirituais são pessoais, e dependentes da energia vital, da fé e da religião de cada um. Para muitos, os princípios religiosos e a capacidade em ter fé oferecem um compartilhamento de afeição profunda à vida, que resulta em confiança e calma. A dualidade permanente de confiança e calma controlam as emoções, relaxam as redes de conexões do nosso sistema nervoso e equilibram as emissões de sinais químicos que contrapõe principalmente à dor e ao medo, transformando-os em satisfação e coragem. Todo esse complexo processo que introduz a fé na positividade da condução de uma doença grave produz a aceitação da doença e do seu tratamento, contribuindo para vence-la.

Professor Titular pela UNESPDiretor da Academia de Ciência e Tecnologia,Acadêmico da ARLC

Saúde

A Merck e a Pfizer anunciam a aprovação no Brasil da combinação dos medicamentos BAVENCIO® (avelumabe) e INLYTA® (axitinibe) para o tratamento de primeira linha para pacientes adultos com carcinoma de células renais avançado (CCRa). A aprovação do tratamento foi baseada em resultados do estudo Fase III JAVELIN Renal 101, que demonstrou que avelumabe em combinação com axitinibe reduziu significativamente o risco de progressão ou morte em 31% e duplicou a taxa de resposta objetiva em comparação com o medicamento sunitinibe em pacientes com CCR avançado.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA),

Novo tratamento para carcinoma de células renais avançado é aprovado no Brasilestima-se que, em 2018, foram diagnosticados mais de 6 mil novos casos de câncer de rim no Brasil. Esse tipo de câncer pode ser considerado relativamente incomum, atingindo cerca de 150 mil pessoas no mundo. Por conta disso, representa uma situação complexa e agressiva para qual há uma necessidade não atendida de tratamentos de primeira linha que atrasem a progressão da doença.

O estudo incluiu pacientes de todos os grupos de risco prognóstico do International Metastatic Renal Cell Carcinoma Database Consortium (IMDC), onde foi observada a melhora na sobrevida livre de progressão (SLP) em todos subgrupos pré-especificados em pacientes que receberam a combinação de tratamento.

não recebem tratamento adicional após a terapia de primeira linha, por razões que podem incluir um mau estado geral ou eventos adversos do tratamento inicial. A taxa de sobrevida em cinco anos para pacientes com CCR avançado é de aproximadamente 12%.

“A combinação de avelumabe e axitinibe traz um novo cenário para os pacientes com câncer renal, que, muitas vezes, descobrem a doença em fases avançadas. Disponibilizar essa terapia no Brasil como tratamento de primeira linha é uma excelente notícia para a comunidade médica e para os pacientes que estavam ansiosos por inovações voltadas ao combate desse tipo de câncer”, afirma Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer Brasil.

A aprovação brasileira dessa combinação acontece logo depois dos Estados Unidos, Argentina e União Europeia. A inclusão de BAVENCIO® (avelumabe) entre os tratamentos do câncer de rim faz parte da jornada do Programa de Desenvolvimento Clínico do JAVELIN, que envolve pelo menos 30 programas clínicos e cerca de 10.000 pacientes avaliados em mais de 15 tipos diferentes de tumores. No Brasil, o BAVENCIO® (avelumabe) já é aprovado também para Carcinoma de Células de Merkel metastático.

Sobre o carcinoma de células renaisEm 2019, estima-se que 73.820 novos casos

de câncer de rim serão diagnosticados nos EUA, e aproximadamente 14.770 pessoas morrerão da doença. O CCRa é a forma mais comum de câncer de rim, sendo responsável por cerca de 2% a 3% de todos os cânceres em adultos. Aproximadamente 20% a 30% dos pacientes com câncer renal são diagnosticados pela primeira vez no estádio avançado. A taxa de sobrevida em cinco anos para pacientes com CCR metastático é de aproximadamente 12%. No Brasil, a incidência estimada do câncer renal é de 7 a 10 casos para cada 100 mil habitantes.

A Merck e a Pfizer têm uma aliança estratégica global para desenvolver e comercializar o BAVENCIO® (avelumabe) em conjunto.

“Observamos um benefício de eficácia e um bom perfil de segurança e tolerabilidade para avelumabe em combinação com axitinibe em todos os grupos de risco prognóstico em pacientes com carcinoma de células renais avançado. E, por isso, estamos muito felizes por poder disponibilizar essa opção terapêutica aos médicos brasileiros no combate a esse câncer difícil de tratar” afirma o Dr. Luiz Magno, Diretor Médico da Merck Brasil.

Muitos pacientes que vivem com CCR avançado

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Opinião

Dr. Wilson Shcolnik Presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Diretor da Câmara Técnica da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed)e Relações Institucionais do Grupo Fleury

[email protected]

O trabalho não paraChegamos ao final da gestão 2018-2019

da SBPC/ML. Apesar de ser a minha segunda passagem na presidência da SBPC/ML, fato que muito me honra, minha missão dessa vez foi muito mais clara e se resumiu a uma única palavra: renovação. No momento em que assistimos a enormes transformações na assistência à saúde ao redor do mundo, não poderia ser diferente.

Trabalhamos intensamente tentando transmitir nossos conhecimentos aos novos jovens diretores, a quem caberá condução da SBPC e o enfrentamento do desafio de adequar a especialidade às mudanças que vêm ocorrendo na Medicina.

Posso afirmar que nesses dois anos cumprimos a missão de sociedade científica, refutando acusações de desperdício existentes em nosso setor,

através de posicionamentos e recomendações em parceria com outras sociedades médicas.

Trabalhamos conjuntamente com várias entidades setoriais, estreitando laços, para garantir nossa representatividade em discussões importantes, principalmente com a ANVISA e ANS. Sempre com o objetivo de destacar a importância e o valor dos exames laboratoriais e dos profissionais da área para os impactos positivos que o setor pode trazer à assistência à saúde e à economia, de forma geral.

Não poderia deixar de citar outras realizações como a participação da SBPC/ML no movimento internacional Choosing Wisely e realização da nossa primeira pesquisa sobre exames laboratoriais feita com pacientes e divulgada em comemoração aos 75 anos da SBPC/ML. Essa pesquisa deu origem à

campanha #ImportantePrevenir que nos aproximou da imprensa e, principalmente, dos pacientes.

Sem esquecer do grande número de eventos dos quais participamos e, claro, de todos os que organizamos e produzimos ao longo desses dois anos, como as duas últimas edições do Congresso, que contribuíram para a capacitação profissional dos congressistas.

Agradeço a dedicação e o apoio dos demais colegas que compuseram a diretoria deste biênio junto comigo e à equipe da SBPC/ML.

Renovo as esperanças e os votos para que os jovens diretores escolhidos para a próxima gestão possam conduzir a SBPC/ML com sabedoria e que construam novas pontes que contribuam para engrandecer a nossa sociedade.

Sustentabilidade

Pela 7ª vez consecutiva, o Grupo Fleury foi selecionado para integrar a 15º carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), que vigorará entre 6 de janeiro de 2020 a 1º de janeiro de 2021.

A nova carteira do ISE reúne 36 ações de 30 empresas, que representam 15 setores e somam R$ 1,64 trilhão em valor de mercado, o equivalente a 37,62% do total do valor das companhias com ações negociadas na B3.

Grupo Fleury compõe carteira do ISE 2020O ISE reflete o retorno de uma carteira composta

por ações de empresas que apresentam os melhores desempenhos em critérios que avaliam práticas de sustentabilidade empresarial, segundo as dimensões geral, ambiental, social, governança corporativa, econômico-financeiro, natureza do produto e mudanças climáticas. Trata-se de uma referência para o investimento socialmente responsável (SRI), atuando como indutor de boas práticas no meio

empresarial brasileiro.A presença do Grupo Fleury na carteira do ISE é

resultado de um modelo de negócios que incorpora continuamente o conceito de sustentabilidade como base para a tomada de decisão e forma de atuação junto aos seus stakeholders, equilibrando a perenidade do negócio e maximização do retorno ao acionista.

www.fleurygenomica.com.brSite do Grupo Fleury: www.grupofleury.com.br

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O governo federal enviou ao Congresso Nacional, no início de novembro, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que muda o atual pacto federativo. Segundo o Ministério da Economia, autor da proposta, o objetivo principal é o de descentralizar o controle das despesas de estados e municípios, para que eles possam definir a melhor forma de gastar o dinheiro. Com isso, governos estaduais e municipais poderão unificar os valores gastos com educação e saúde e aplicar esses recursos como acharem melhor. Para a educação, estados e municípios destinam hoje 25% dos impostos e uma lei complementar obriga a destinação de 12% das receitas dos estados para a saúde, os municípios aplicam 18% no setor. Ainda segundo o Ministério da Economia, entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bi poderão ser transferidos nos próximos 15 anos a estados e municípios, caso a PEC seja aprovada.

Quem é gestor ou empresário conhece a importância de ter liberdade para definir prioridades no momento de investir na empresa, ou de poupar. O raciocínio do governo, portanto, está correto. Quem está na ponta, principalmente

as prefeituras, devem (ou deveriam) conhecer as prioridades e onde o dinheiro público é – ou poderia ser - mais útil. Mas o que é “lógico”, infelizmente, nem sempre se aplica ao Brasil.

Historicamente nós, brasileiros, temos propensão a eleger para cargos executivos, dos três níveis de governo, políticos populistas, que muitas vezes não sabem nem gerir sua vida pessoal, surgem com propostas mirabolantes e deixam os cargos com os cofres públicos em ruínas. Os famosos “salvadores da pátria”. Mesmo que a revisão do pacto federativo esteja vinculada à outra PEC, que define gatilhos automáticos para contenção dos gastos públicos em caso de crise financeira de União, estados e municípios, temos que avaliar se estamos preparados para uma mudança tão profunda e se o momento é oportuno.

Temos no país 5.570 municípios, 26 estados, mais o Distrito Federal. Ainda que a PEC preveja a extinção de cidades com menos de cinco mil habitantes, com arrecadação própria inferior a 10% da receita total e incorporação pelo município vizinho (o que é perfeito desde que reservadas

A PEC do novo pacto federativo e a saúdealgumas questões geográficas), sabemos que a maioria desses prefeitos e alguns governadores poderão cometer equívocos com a destinação do dinheiro público que podem comprometer a vida de milhões de pessoas. Na saúde, o investimento precisa ser muito bem planejado, para que não pipoquem pelo país mais propostas populistas, como a construção de novos hospitais, com leitos pouco resolutivos e que em nada contribuem para a melhoria da qualidade da assistência e do sistema de saúde brasileiro.

Apesar de compreender que o raciocínio da União está correto ao propor a PEC da revisão do pacto federativo, nós, da FEHOESP, acreditamos que o atual momento exige reformas mais importantes para o desenvolvimento do país, como a tributária. A aprovação da reforma da Previdência ocupou praticamente todo este ano e a reforma tributária promete discussões ainda mais acaloradas, já que muitos interesses estão em jogo. Temos que dar um passo de cada vez e, paralelamente, começar a educar nossa população sobre a importância do voto, para que escolhas futuras mais acertadas possam ser feitas.

DR. YUSSIF ALI MERE JR

[email protected]

Presidente da Federação e do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo(FEHOESP e SINDHOSP) e do SindRibeirão

Opinião

Epidemia

Neste ano, a epidemia da dengue preocupa ainda mais as autoridades. A enfermidade que costuma ter seus altos índices de pacientes no verão, estação que começa no dia 21 de dezembro, já tem dados assustadores para a primavera. O Ministério da Saúde divulgou em seu boletim epidemiológico do dia 12 de outubro que mais de 1 milhão de casos de dengue foram registrados. Além disso, 689 mortes causadas pelo mosquito foram confirmadas no país em 2019. A região centro-oeste do Brasil concentra a maior incidência da doença, com 1.235,8 casos.

A extinção do mosquito Aedes Aegypti só é possível quando realizados os trabalhos individuais e em grupo. Ambos requerem cuidado, carinho,

Dengue: Um problema que não para de crescer

atenção e diálogo com vizinhos, amigos, parentes e também com a sociedade. Segundo a Secretaria da Saúde Brasileira, cada cidadão precisa apenas de 10 minutos do dia para observar sua casa, seu ambiente de trabalho e, até mesmo, ajudar as

pessoas que ainda não perceberam os riscos que os criadouros de ovos de mosquitos trazem. Este simples hábito é capaz de combater a proliferação da doença a ponto de reduzi-la de forma notável.

Em 2019, os casos de dengue ultrapassam 1,4 milhões, 690% vezes mais comparado ao ano passado. Além disso, casos de Chikungunya chegaram a mais de 110 mil, aumentando 44,2% em relação a 2018. Com a Zika não foi diferente, o crescimento do número foi de 47,1%, totalizando 9.813 casos ainda em 2019.

A Phisalia, empresa consolidada no segmento de higiene pessoal, oferece qualidade de vida e bem-estar para toda a sua equipe, clientes e consumidores..

Alerta

O câncer de pele é o tumor de maior incidência no Brasil e no mundo, em ambos os sexos, com a previsão de mais de 171 mil casos para o biênio 2018-2019, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer

A maior incidência é o tumor do tipo carcinoma (basocelular e espinocelular) com mais de 85 mil casos em homens e 80 mil casos nas mulheres[2]. Apesar do melanoma ter menor incidência, representando cerca de 5% dos diagnósticos de câncer de pele, este tipo de câncer de pele é o mais agressivo e perigoso, pois tem grandes chances de produzir metástases e, por isso, mais letal.

As regiões do Brasil com mais casos e óbitos por câncer de pele notificados é a Região Sul,

Alterações na pele podem confundir a população nodiagnóstico precoce do melanoma

seguida pela Sudeste e Centro-Oeste, inclusive nos diagnósticos de melanoma – a doença é mais comum em indivíduos brancos de olhos claros, característica da população sulista.

Entretanto, mais raramente, os negros também podem desenvolver um tipo especial de melanoma que surge em áreas incomuns da pele, como debaixo das unhas ou na planta dos pés e palmas das mãos - o chamado de melanoma acral, com maior incidência em estados onde a população negra é maior, como na Bahia.

O melanoma tem origem nos melanócitos, células que dão cor à nossa pele, e pode surgir em qualquer faixa etária, porém tem aparecido cada vez mais em adultos jovens. A exposição ao sol sem proteção é o fator de risco evitável que mais contribui para

o desenvolvimento deste tipo de câncer de pele, entretanto são conhecidos outros fatores de risco, como a presença de várias pintas pelo corpo, tipo de pele clara, sardas e cabelos claros. Deste modo, como os melanomas geralmente se desenvolvem a partir de uma pinta na pele, medidas como o autoexame da pele podem ajudar no diagnóstico precoce. A técnica do ABCDE é a mais difundida, em que o próprio paciente pode fazer em frente ao espelho, observando alterações nas pintas como assimetria, as bordas irregulares, múltiplas cores, o diâmetro maior do que seis mm e evolução, ou seja, qualquer mudança observada na pinta, como o seu crescimento, sangramento ou coceira.

visite o site: https://www.bms.com/br

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Desde a antiguidade, substâncias encontradas nas plantas são utilizadas como fonte de tratamento contra uma série de sintomas e doenças. Porém, no começo do século XX, após a descoberta da penicilina (primeiro antibiótico da história) a partir de fungos, os olhares da comunidade científica começaram a se voltar para outros ambientes. Um deles, ainda inexplorado até hoje, é o fundo do mar, que reserva uma biodiversidade misteriosa. Com a criação de cursos de mergulho autônomo depois da Segunda Guerra Mundial, mergulhadores começaram a reportar casos de intoxicação e queimaduras ao tocarem em determinados animais, fatos que chamaram a atenção principalmente de bioquímicos, que passaram estudar o potencial das substâncias causadoras de tais efeitos.

Mesmo após décadas de pesquisas, o meio aquático ainda segue desconhecido. Até por isso, ele nos permite vislumbrar diversas descobertas que poderiam ser feitas em caso de aumento no número estudos. Quem sabe não encontraríamos um novo composto eficaz contra alguma doença, por exemplo? É justamente com essa motivação que atuam os pesquisadores do Grupo de Química Orgânica de Sistemas Biológicos, do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP. “Nós estudamos organismos do mar, como esponjas, moluscos, fungos, briozoários e demais invertebrados em busca de substâncias interessantes para o desenvolvimento de fármacos”, explica Roberto Berlinck, professor do IQSC e coordenador do Grupo, fundado em 2000.

Mas, afinal, com tantos animais disponíveis no oceano para serem estudados, por que escolher organismos invertebrados? “Os animais que têm pouca mobilidade, ou fixos no substrato marinho, estão mais suscetíveis a ataques de predadores, competição por espaço e infecções por microrganismos patogênicos. Eles tiveram que desenvolver mecanismos de defesa eficazes, como os espinhos, que seriam uma defesa física, e os venenos, vistos como uma proteção química. Por isso, eles são tão atraentes de serem estudados”, explica o docente.

O trabalho é complexo e envolve uma série de etapas. Por meio de mergulhos, coletas e análises detalhadas em laboratório, os cientistas investigam a bioatividade de substâncias extraídas dos animais para testá-las em células doentes. Claro que para realizar todas essas tarefas, é preciso vencer o desafio geográfico. Apesar da grande logística necessária para que o grupo do interior de São Paulo se desloque para o litoral, isso não diminui o empenho dos pesquisadores: “A distância nunca atrapalhou, mas é óbvio que é preciso ter disposição para ir ao mar, coletar, montar uma equipe e traçar a melhor estratégia”, diz o professor, que mergulha desde 1994 para fazer coletas. Entre os destinos visitados pelo docente estão Fernando de Noronha (PE), São Sebastião (SP), Baía de Todos os Santos (BA) e Cabo Frio (RJ). Mesmo com tanta dedicação, a missão não seria possível não fosse a ajuda de diversos colaboradores. Ao todo, são

Estudo

Como as esponjas e os fungos ajudam cientistas da USP a descobrirem novos medicamentos

dezenas de pesquisadores, entre professores e alunos, espalhados pelo Brasil que colaboram com os estudos da USP.

Brecando células cancerígenas – Um dos trabalhos em andamento no Grupo do IQSC é o da pós-doutoranda Camila Crnkovic. Em sua pesquisa, ela estuda a produção das fomactinas, substâncias obtidas a partir do fungo Biatriospora sp., encontrado dentro da esponja marinha Dragmacidon reticulatum, no litoral de São Sebastião (SP). Entre outras funções, as fomactinas possuem ação anticâncer, inibindo o crescimento de células cancerígenas depois de tratamentos por quimioterapia ou radioterapia.

Utilizando técnicas computacionais, Camila descobriu que o fungo estudado produz muito mais dessas substâncias do que se imaginava, sendo considerado uma verdadeira fábrica de fomactinas. “O trabalho agora é isolar e identificar todas essas moléculas para determinar quais são as mais promissoras”, afirma a cientista. Testes em laboratório com alguns desses compostos mostraram resultados positivos em células doentes.

Formada em Farmácia, Camila sempre carregou o interesse em atuar nessa área de pesquisa: “O apelo de procurar novos medicamentos é muito motivante para mim. Quando você começa a estudar a química de produtos naturais, tem muita coisa diferente, cada organismo produz um tipo de substância, cada classe de molécula tem uma atividade biológica diferente que pode virar um fármaco. Tudo fica mais atraente por toda essa diversidade”, diz a pós-doutoranda, que realiza sua pesquisa em parceria com Leandro Oliveira, mestrando do IQSC e o mais novo integrante do grupo de pesquisa. Apesar do pouco tempo de casa, o jovem, que veio da cidade de Cássia, do sul do Estado de Minas Gerais, já se sente respaldado pela equipe: “Embora tudo ainda seja novo para mim, a experiência está sendo incrível. A pesquisa no IQSC é muito bem estruturada e o grupo totalmente acolhedor’, afirma.

Substâncias produzidas pelos invertebrados apresentam atividade promissora contra diversas doenças, como câncer e malária

Texto e fotos: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do IQSC/USP

organismos nunca antes explorados”, revela o jovem, que se sente gratificado em atuar nesse ramo da ciência: “Além de fazer o que eu gosto, estou mirando lá na frente para conseguir um remédio que poderá ser utilizado em algum tratamento, isso é muito recompensador”.

Como encontrar a molécula ideal? Diante das centenas de milhares de substâncias produzidas pelos animais aquáticos, identificar moléculas promissoras não está entre as missões mais fáceis. Segundo o professor Berlinck, a cada 10 mil novas substâncias descobertas, apenas uma chega efetivamente ao mercado. “É um processo longo, que envolve muitos recursos, tanto financeiro como de pessoal. É um esforço humano enorme que exige um alto grau de conhecimento, por isso são tantas equipes trabalhando pelo mundo”, diz o docente.

O trabalho que o grupo desempenha compõe os primeiros passos no processo de descoberta de um novo medicamento, funcionando praticamente como um grande “filtro” que facilita o trabalho de muitos cientistas ao descartar ou selecionar substâncias para o prosseguimento das etapas. O docente afirma que, atualmente, o custo total para desenvolver um novo fármaco gira em torno de $ 500 milhões e o tempo de espera pode variar de 10 a 20 anos. “Temos que ser certeiros na seleção”, afirma o docente, que prefere de estudar locais ainda pouco explorados.

Um deles foi a Antártica, onde a Professora Lara D. Sette da UNESP de Rio Claro, colaboradora de Berlinck, coletou no substrato terrestre um fungo com grande potencial, chamado de Geomyces. Após testes in vitro no laboratório do IQSC, foi descoberto que o fungo produz substâncias promissoras no combate a doenças causadas por parasitas, como malária e leishmaniose. “Sabemos que o fungo possui um conjunto de moléculas interessantes, agora vamos estudá-las uma a uma para saber quais sãos as mais efetivas”, explica.

Protegendo as plantas – Protagonistas na descoberta de novos medicamentos, os fungos podem ser considerados vilões para algumas plantas, impactando diretamente na produção alimentícia. Esse é o caso do fungo Colletotrichum, conhecido por causar doenças em árvores e plantas frutíferas, como morango, goiaba, maçã, feijão, amêndoas, entre outras. No entanto, uma situação curiosa despertou o interesse da doutoranda do IQSC Mirelle Takaki. Ela descobriu que, estranhamente, o comportamento agressivo do fungo contra os vegetais não ocorria na Ilha de Alcatrazes, litoral norte de São Paulo, deixando de acometer as plantas nativas.

“O intuito do meu trabalho é descobrir porque alguns desses fungos causam e outros não causam certas doenças, analisando tanto linhagens de plantas saudáveis como afetadas”, explica a aluna. Uma das suspeitas da pesquisadora é de que os fungos da Ilha estejam em condição de harmonia com as plantas locais. Como não há muitos predadores na região, não seria necessário “atacá-las”. Mirelle diz que ainda não existe uma forma efetiva de evitar que as plantas sejam contaminadas. Com o seu trabalho, será possível entender como esses fungos se comportam, abrindo caminhos para a produção de bioinseticidas que possam combatê-los e evitar a perda de alimentos.

Formada em Química pela Unesp, Mirelle sempre gostou da área de química orgânica. Foi durante seu mestrado que começou a procurar por grupos de pesquisa que estudavam produtos naturais, escolhendo o do IQSC. Atualmente, ela está prestes a defender seu doutorado na Instituição. “É muito legal quando vemos o resultado do que estamos fazendo. Nós passamos anos estudando e, no final, é muito gratificante saber que o que desenvolvemos poderá ser aproveitado pela sociedade”, finaliza.

Grupo de Química Orgânica de Sistemas Biológicos do IQSC

Moléculas promissoras no combate ao câncer também foram localizadas em esponjas coletadas na foz do Rio Amazonas, bioma descrito em 2016. Em meio à diversidade local, elas chamaram a atenção por serem abundantes, despertando em Vítor Feire, doutorando do IQSC, o interesse em estudá-las. Ele analisou um conjunto de moléculas extraídas da esponja Dictyonella e descobriu que as substâncias foram capazes de inibir in vitro a atividade de um complexo enzimático chamado de proteassoma, ação que fez com que elas adquirissem atividade anticâncer. Os resultados obtidos com o trabalho geraram o artigo científico publicado na Revista Journal of Natural Products .

Mesmo com resultados promissores, o pesquisador segue estudando novas esponjas encontradas no Rio Amazonas a procura de compostos cada vez mais eficientes. Formado em Química Ambiental pela UNESP, Vítor diz que se interessou pela área para descobrir como podemos utilizar organismos da natureza a nosso favor. “Aqui no laboratório, temos a possibilidade de estudar

Fungos estudados no IQSC produzem moléculas interessantes para o desenvolvimento de novos fármacos

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Estar sempre atento às mudanças do ambiente externo é necessário para a sobrevivência de qualquer negócio. Empresas que tendem a olhar apenas para si estão fadadas a perder suas fatias de mercado ou até mesmo fracassar. Um exemplo disso é a Ambev, indústria cervejeira que detém 60% do mercado, mas que já foi maior. Vem perdendo para a Heineken, que recentemente anunciou um investimento de R$ 1 bilhão no país. Além de perder mercado, a Ambev teve queda de 11,6% nos lucros do terceiro trimestre. Agora, sob o comando de um novo CEO, a empresa tenderá a olhar e ouvir o mercado (seus clientes e fornecedores) com mais empatia.

Na saúde, assim como em qualquer outra área de atuação, é preciso se atentar às tendências e necessidades do mercado, além de olhar com atenção para os dados internos da empresa. Estes dois grupos de informações produzem insights que contribuem para o crescimento e competitividade da instituição, portanto são os componentes essenciais para a INTELIGÊNCIA DE

MERCADO, também conhecida como BI – Business Intelligence.

Em suma, são dados e informações coletadas para embasar a tomada de decisão, mas embora na teoria pareça simples, é preciso ter critério e metodologia para captar os dados e saber analisa-los, a fim de extrair informações relevantes, que de fato possam trazer as reais vantagens que a Inteligência de Mercado proporciona, como:

Saber como o serviço é visto pelo cliente;Avaliar se o preço está coerente com o mercado

e a estratégia da sua concorrência;Identificar diferenciais;Descobrir como percebem a marca;Conhecer a fundo os clientes, seu

comportamento e tendências;Entre outros.Tudo começa pelo registro da informação,

seja em um sistema específico como o LIS ou uma planilha Excel. Neste sentido, o Big Data também tem papel importante, uma vez que é um armazenador de todas as informações registradas e nos auxilia a

Inteligência de mercado – o que é e porque é importante?

Daniele Goeking

Relações Públicas de formação, trabalhou com assessoria de comunicação para empresas de diversos segmentos, até que foi convidada para compor a equipe de marketing de um grande laboratório clínico, em 2011. Desde então, tem atuado exclusivamente desenvolvendo estratégias de Marketing para empresas do setor de saúde. É consultora na You Care há 4 anos e responsável pelo núcleo de atendimento à Laboratórios e clínicas.

[email protected]

lidar com elas de forma organizada e inteligente.A partir de um banco de dados consistente, o

primeiro passo então, é entender quais informações são necessárias para possuir uma visão 360° do seu negócio. Algumas delas precisam de monitoramento em periodicidades menores (ex.: preço da concorrência, nº de clientes atendidos por mês, satisfação dos clientes) e outras podem ser em períodos mais espaçados (ex.: tendências, projeções econômicas). Enfim, para produzir uma boa Inteligência de Mercado é preciso ter em mente que tipo de insight cada relatório pode dar e alinhar isto aos objetivos da empresa.

Toda empresa, independente do seu tamanho pode (e deve) obter dados de alguma forma. O que falta, na grande maioria das vezes, é alguém que olhe para estas informações buscando respostas e embasamento para a estratégia.

Não espere perder mercado para começar a agir. Esteja antenado(a), olhe os dados com critério e use as informações ao seu favor. Isso é Inteligência de Mercado.

Não importa o tipo de serviço prestado, o consumidor de hoje exige um atendimento ágil e de qualidade. E não é só isso. Ele também deseja ter um bom relacionamento com o local, ser bem atendido e confiar no serviço ou produto que está consumindo. Tudo isso deve ser levado em conta quando o laboratório quer trabalhar para melhorar o fluxo operacional e aumentar sua capacidade produtiva. Hoje, a tecnologia é uma aliada para promover a melhor experiência ao cliente no consumo dos serviços de saúde, desde o atendimento até à entrega dos resultados, organizando e otimizando todas as suas etapas da operação.

Pesquisas recentes mostram uma correlação positiva entre a experiência do paciente em diversos fatores, como o impacto na segurança ou menores chances de erro nos exames, índices de recoleta, entre outros.

Não é à toa que muitos laboratórios estão apostando em processos inteligentes, com sistema de gestão integrado, cuja função principal é de gerenciar com rapidez, segurança e rastreabilidade todos os seus processos. Além de aumentarem a produtividade no laboratório, esses mecanismos tecnológicos garantem um tempo menor para a entrega dos exames. Isso é muito importante para os pacientes, uma vez que há mais agilidade na entrega de laudos, apoiando, assim, o diagnóstico. Processos inteligentes nos laboratórios ainda evitam o retrabalho e a possibilidade de erros, reduzindo custos e repetições dos exames.

Esses investimentos são importantes para atender a essa nova ordem de exigência dos clientes. A prestação do cuidado hoje não é mais focada na instituição em si, mas no paciente e sua família, colocando-os no centro do cuidado.

Como melhorar o fluxo do paciente no laboratórioDe olho nesse novo perfil, laboratórios também

desenvolvem plataformas móveis que conectam os clientes em tempo real com os serviços laboratoriais, desde o pré-agendamento de exames até a consulta de resultados, disponibilizando o acesso a todo o seu histórico do atendimento no laboratório, visualização de resultados e compartilhamento dos documentos, com os médicos que solicitaram o exame.

Essa é uma ferramenta estratégica para o laboratório, pois apoia em sua gestão e engaja o paciente a colaborar para um melhor atendimento.

Diante de toda agilidade e facilidade que a tecnologia traz ao laboratório, o investimento em processos inteligentes para melhoria da gestão de fluxo do paciente permite que o laboratório assegure que os clientes recebam o cuidado certo, no lugar certo, na hora certa, promovendo maiores níveis de segurança e satisfação.

ALEXANDRE CALEGARI

Mais de 16 anos de experiência em Tecnologia da Informação na área de Medicina Diagnóstica.Graduado em Tecnologia e Processamento de Dados pela UNIRP e pós-graduado em Administração de Empresas pela FGV, atualmente lidera projetos estratégicos da Shift e a área de Gestão de Produtos.Gerente de Produto da [email protected]

Opinião

Leitura

Em “Os Segredos da Longevidade”, Dr. Edmond Saab Jr ensina técnicas naturais para equilibrar o organismo e manter a saúde em níveis elevados. Ativista por uma medicina integrativa funcional, com menos remédios e maior uso de terapias alternativas, ao longo da publicação, o médico detalha os benefícios das medicinas preventivas e enumera técnicas para melhorar a saúde.

Com a experiência de 35 anos como médico, Dr. Edmond Saab Jr apresenta de maneira prática e abrangente em seu mais novo livro, Os Segredos da Longevidade, um guia para equilibrar o organismo e manter a saúde em níveis elevados para uma

Livro “Os Segredos da Longevidade”vida com mais qualidade. Além da prática clínica convencional, o autor apresenta os benefícios de várias técnicas de medicina alternativa, como acupuntura, ozonioterapia, dentre outras. Procurado por grandes nomes ligados à saúde e qualidade de vida, como a Monja Coen Roshi, paciente e autora do prefácio, Dr. Edmond Saab Jr ensina a melhorar de forma natural os níveis hormonais do corpo, elevar a vitamina D, realizar dietas de jejum intermitente e desintoxicantes, e ainda explica como abastecer o corpo com elementos químicos cruciais como óxido nítrico, magnésio, ferro e muitos outros.

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alicerce o profissional e a humanização do atendimento. Segundo o Sistema Único de Saúde quando focado nas reais necessidades do paciente, o atendimento humanizado pode contribuir no processo de cura e de recuperação. Os pacientes respondem melhor aos procedimentos clínicos e se mantêm com a saúde mental fortalecida, fatores que são muito importantes para a melhoria do estado de saúde como um todo.

Com todo o otimismo e confiança em um Brasil melhor, quero desejar a todos, em especial aos profissionais biomédicos, meus companheiros de luta, um ano de 2020 melhor, e que possamos dar continuidade as nossas vidas buscando melhorar cada vez mais. Que todos tenham a oportunidade de desfrutarem este período de festas junto as pessoas que amam e que nos fazem bem.

Saudações Biomédicas,Dacio Campos

Opinião

DR. DÁCIO EDUARDO LEANDRO CAMPOSPresidente do CRBM – 1ª Região

Estamos chegando ao final de mais um ano de muita luta e algumas conquistas. Para o próximo ano talvez iniciaremos com uma perspectiva que realmente a regionalização da saúde proposta pelo Ministro da Saúde no último dia 29 de novembro saia do papel, e que os olhos do governo se voltem para a população melhorando serviços e minimizando gastos, ou melhor, tornar os gastos mais eficientes. Muitas são as campanhas de conscientização da população durante o ano, de fato muito importante esta ação, mas a precariedade dos serviços e atendimento na saúde pública tornam pouco efetivas estas campanhas, ainda temos muito o que melhorar. Seguindo o modelo de contribuição à sociedade, a biomedicina criou o programa “Biomedicina em ação” onde propomos para a população atendimento dentro das competências do profissional biomédico e obtivemos sucesso em todos os eventos programados para 2019. Para o próximo ano

Final de mais um anodaremos continuidade ao projeto exitoso.

A participação dos conselhos profissionais das profissões da saúde nos fóruns municipais, estaduais e nacionais, foram um destaque neste ano. O ponto forte destes encontros foi a troca de experiência entre as profissões e a busca por atender com efetividade a população, modernizando as políticas públicas com opiniões técnicas e uma boa visão do panorama instalado. A colaboração das profissões é fundamental.

A tecnologia na área da saúde foi outro ponto forte deste ano que se encerra. Praticamente todos os eventos da área da saúde abordaram profundamente a tecnologia, de maneira consciente, pois o profissional foi o tema mais citado mostrando que não basta investir em tecnologia apenas, há que se preparar os profissionais para absorverem e disseminarem esta tecnologia no mercado de trabalho. A saúde ainda é uma área que tem no seu principal

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Costumamos ler muito sobre o que devemos fazer para ter uma pele saudável e bonita. No entanto, o que vejo com frequência em meu consultório dermatológico, são erros de rotina de cuidados com a pele, ou seja, o que NÃO devemos fazer para ter uma pele melhor. Então, vamos falar nessa e nas próximas colunas sobre DICAS

DERMATOLÓGICAS, com foco em 5 erros comuns e como os corrigir. A cada mês, um erro! Esta é a terceira sessão das 5. Vamos lá:

Erro 3 : Tomar banho com água quente! A nossa pele fica muito mais sensível e

ressecada quando exposta a água quente. Além disso, este é um hábito que piora a oleosidade.

Dicas do que NÃO fazer para ter uma pele linda! (Parte 3)

Médica Dermatologista. Especialização em Dermatologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - HC - FMRP- USP. Título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia - [email protected]

Peles oleosas, por sua vez, pioram quadros como acne, rosácea e dermatite seborreica, que quando presente no couro cabeludo, leva o nome popular de “caspa”.

Lave sua pele e couro cabeludo com água em temperatura ambiente ou fria para evitar este problema.

Dra. Heloisa da Rocha Picado Copesco

Opinião

Prevenção

O Brasil conseguiu evitar 2,5 mil mortes por aids entre os anos de 2014 e 2018. Nos últimos cinco anos, o número de mortes pela doença caiu 22,8%, de 12,5 mil em 2014 para 10,9 mil em 2018. Os dados são positivos, no entanto, o Ministério da Saúde acredita que 135 mil pessoas vivem com HIV no Brasil e não sabem. Com base nessa estimativa, a pasta realiza a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids. O foco é incentivar pessoas que não se preveniram em algum momento da vida a procurar uma unidade de saúde e realizar o teste rápido. Com o tratamento adequado, o vírus HIV fica indetectável, ou seja, não pode ser transmitido por relação sexual, e a pessoa não irá desenvolver aids.

Assim como registrado nos últimos anos, a infecção por HIV cresce mais entre os jovens. A maioria dos casos de infecção no país é registrada na faixa etária de 20 a 34 anos, com 18,2 mil notificações (57,5%). Em 2018, 43,9 mil casos novos de HIV foram registrados no país. A notificação para infecção pelo HIV passou a ser obrigatória em 2014, assim como o tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV, independente do comprometimento imunológico. A medida trouxe mais acesso ao tratamento e aumento de diagnósticos. Com isso, nos últimos cinco anos, a tendência de queda na taxa de aids foi maior.

“Uma das forças que move o ser humano é o medo. E ver ídolos morrerem trouxe impacto para a minha geração e temor em contrair a doença. Quando os primeiros casos foram identificados no Brasil e no mundo, não tínhamos o tratamento que temos hoje. Mas os jovens entre 20 e 34 anos não conhecem a

135 mil brasileiros vivem com HIV e não sabemcara do inimigo, não entendem que a doença mata. A gente antevê várias lutas contra o preconceito, contra a doença e precisamos trabalhar para que jovens parem de se infectar com o HIV. Precisamos trabalhar mecanismos de mobilização para conscientizar esse público e informar das consequências da doença, da necessidade de fazer o teste e buscar tratamento. É uma luta da ciência pela vida”, enfatizou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Em relação aos casos de aids, quando a pessoa desenvolve a doença, o Ministério da Saúde estima que 12,3 mil casos foram evitados no país, no período de 2014 a 2018. O dado foi calculado com base na taxa de casos de aids em 2014, caso ela se mantivesse ao longo desse período até 2018. Nesse mesmo período houve queda de 13,6% na taxa de detecção de casos de aids, sendo 37 mil casos registrados em 2018 e 41,7 mil em 2014. Em toda série histórica, a maior concentração de casos de Aids também está entre os jovens, em pessoas de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 48,4% do total de casos registrados.

“Conseguimos progredir ao longo dos anos no combate ao HIV e à aids, mas ainda temos muito a fazer com compromisso de avançar no programa de prevenção e, no próximo ano, faremos ações específicas porque precisamos integrar as pessoas nessa luta”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde no Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.

USE CAMISINHA!O Ministério da Saúde tem ampliado as

possibilidades de prevenção ao HIV/AIDS. Até dezembro deste ano, a previsão é distribuir 462 milhões de preservativos masculinos, o que representa aumento de 38% em relação ao ano passado, quando foram distribuídos 333,7 milhões de unidades. O número de preservativos femininos distribuídos pode chegar a 7,3 milhões de unidades, aumento ainda mais significativo em relação ao ano passado, 351,5% (1,6 milhões). Ainda em 2019, está prevista a finalização da entrega

de 12,1 milhões de testes rápidos de HIV, fundamentais para o diagnóstico e futuro tratamento das pessoas infectadas.

TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIVO maior número de gestantes infectadas

com HIV (27,8%) está entre jovens de 20 a 24 anos. Tal fator foi resultado da ampliação do diagnóstico no pré-natal e, consequentemente, a prevenção da transmissão vertical do HIV se tornou mais eficaz. Três municípios brasileiros receberam Certificação de Eliminação da Transmissão Vertical de HIV, quando o vírus é transmitido durante a gestação, o parto e a amamentação. No Paraná, Curitiba e Umuarama receberam

a certificação em 2017 e 2019, respectivamente; e, mais recentemente, São Paulo. A capital paulista, com 12,1 milhões de habitantes, é a cidade com maior população no mundo a receber tal título.

Vale lembrar que o Brasil é signatário do compromisso mundial de eliminar a transmissão vertical do HIV e optou por adotar uma estratégia gradativa de certificação de municípios. A eliminação da transmissão vertical do HIV, assim

como a redução da sífilis e da hepatite B, é uma das seis prioridades do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A certificação possibilita a verificação da qualidade da assistência ao pré-natal, do parto, puerpério e acompanhamento da criança e do fortalecimento das intervenções preventivas.

DETECÇÃO DE HIV EM MENORES DE 5 ANOS

De 2014 a 2018, houve redução de 26,9% na taxa de detecção de aids em menores de 5 anos. Passando de 2,6 em 2014 (386 casos) para 1,9 casos (265 casos) por 100 mil habitantes em 2018. A taxa de detecção de aids em menores de 5 anos tem sido utilizada como indicador para o monitoramento da transmissão vertical do HIV, quando a transmissão acontece durante a gestação, o parto ou amamentação. Além disso, em 5 anos, foram evitadas cerca de 350 infecções em crianças. O dado foi calculado com base na taxa de casos de aids em 2014 caso ela se mantivesse ao longo desse período até 2018.

Foto: Erasmo Salomão / ASCOM MS

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A enxaqueca é uma doença crônica de ocorrência súbita dos sintomas, caracterizada por episódios recorrentes de dor, com frequência e duração variável, intercalados por períodos assintomáticos. Os principais sintomas associados são náuseas, vômitos e sensibilidade à luz, ao som e ao odor. Cerca de um terço das pessoas com enxaqueca apresentam perturbação transitória visual, sensorial, motora ou na linguagem.

As dores, que normalmente são unilaterais, intensas e de duração prolongada prejudicam o bem-estar, o desempenho na escola e no trabalho e as relações sociais e familiares. Por este motivo a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a enxaqueca na lista das vinte doenças mais incapacitantes.

A enxaqueca afeta 10% a 15% dos adultos da população geral sendo três vezes mais frequentes em mulheres. No sexo feminino, o pico de incidência está entre os 12 e os 17 anos de idade, enquanto, no sexo masculino o pico está entre os 5 e os 11 anos de idade.

A enxaqueca é multifatorial, ou seja, a soma de fatores genéticos e ambientais, hormonais e comportamentais pode levar à manifestação

a alterações que podem provocar um estado de hiperexcitabilidade, com metabolismo cerebral anormal, que torna o sistema nervoso central, o sistema trigeminovascular e os vasos correspondentes mais susceptíveis a estímulos externos (como luminosos e alimentares) e internos (stress emocional, por exemplo), o que causa a dor.

Identificar os fatores genéticos de predisposição da família pode ajudar as gerações mais jovens a obter um diagnóstico precoce e preciso, a gerenciar gatilhos e explorar as opções de tratamento. Assim, o laboratório DB molecular desenvolveu um Painel Genético que busca por alterações em genes associados à Enxaqueca. Este exame pode ser realizado a partir de uma amostra de sangue periférico e tem prazo de 31 dias para liberação do resultado.

Novo exame molecular é capaz de identificar causa da enxaqueca

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da doença. Se um ou ambos os progenitores apresentarem enxaqueca, há de 50% a 75% de chance de o filho também sofrer com as dores de cabeça tão debilitantes.

Nos últimos anos, a identificação de genes de susceptibilidade auxiliou na compreensão dos mecanismos fisiopatogênicos da enxaqueca. Tem sido demonstrado que mutações genéticas levam

HEMOFILÍAS – Determinação de Fatores VIII e IXOs testes laboratoriais auxiliam no

diagnóstico e tratamento dos pacientes com distúrbios da hemostasia. A determinação dos níveis de FVIII ou FIX é fundamental para o diagnóstico das hemofilias. A determinação dos níveis dos fatores de coagulação permite a classificação da gravidade das hemofilias e orienta o acompanhamento e tratamento dos pacientes.

Para a determinação do FVIII, há dois métodos disponíveis: o método de um estágio, conhecido como coagulométrico, e o método de dois estágios, conhecido como método cromogênico. Para a determinação do fator FIX, existe disponível apenas o método coagulométrico. O método cromogênico é o mais recomendado para o

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estágio. Assim, o teste de um estágio é ainda o método mais amplamente utilizado para quantificar atividade do fator VIII.

O CQC em parceria com a Stago do Brasil e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto vem desenvolvendo e disponibilizando testes de última geração em Hemostasia à população do interior de São Paulo.

diagnóstico de hemofilia devido a sua melhor reprodutibilidade e sensibilidade. Este método não depende de substrato deficiente de fator, eliminando, assim, possíveis interferências de fator VIII residual, o teste também não sofre interferência de reagentes específicos do método coagulométrico.

Os testes cromogênicos de atividade do fator VIII podem ser fabricados com proteínas de coagulação humana ou bovina. O FVIII de proteína bovina está disponível, fato importante para tratamento dos pacientes com hemofilia A portadores ou não de inibidores, principalmente no cenário de novas terapias. Entretanto, os reagentes para teste cromogênico do fator VIII têm um custo maior quando comparado ao método de um

Dra. Carla Maitê Pimentel RibeiroCRBM 14464 / Biomédica do HC Ribeirão Preto

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Imuno-Rápido Quanti – MicroalbuminúriaA Albumina é uma proteína sintetizada pelas

células hepáticas presentes em grande número no plasma. Devido ao seu alto peso molecular, as albuminas não podem atravessar a membrana basal do glomérulo renal em circunstâncias normais. Quando isso acontece, as albuminas são imediatamente reabsorvidas pelos túbulos renais, o que faz com que estas moléculas sejam encontradas em concentrações extremamente baixas na urina.

Contudo, lesões na membrana basal podem alterar essa permeabilidade glomerular, fazendo com que a albumina esteja presente em maiores quantidades na urina. Esta elevação anormal persistente da albumina urinária não detectável nos testes de proteinúria total, é chamada de Microalbuminúria.

Por isso, a Microlbuminúria é reconhecida como um marcador de lesão renal e nos últimos anos tem sido intimamente associada disfunção endotelial sistêmica e doença vascular. Trata-se de uma valiosa ferramenta para determinação de riscos cardiovasculares, bem como a morbi-mortalidade destes eventos.

O Imuno-Rápido Quanti Microalbuminúria da WAMA Diagnóstica é um teste imunocromatográfico que utiliza anticorpos monoclonais marcados com látex fluorescente para quantificação de albumina em urina humana.

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o Brasil.

BREVE:- β-hCG- NT-proBNP- CK-MB- T3- T4- TSH- tPSA- Vitamina D

sobre os benefícios do consumo de produtos frescos ou pouco processados. A atitude dos pais também é muito importante na oferta de uma alimentação saudável e na inclusão de atividade física regular reduzindo o comportamento sedentário e incentivando ocupações mais ativas pelos adolescentes, sendo importante não só iniciar, mas principalmente manter durante a adolescência e vida adulta, promovendo saúde pública e melhor qualidade de vida para todos.

A Biotécnica possui em sua linha de produtos os kits para determinação de diferentes parâmetros relacionados à obesidade e suas complicações, tais como: Glicose, Colesterol, Triglicérides. HDL Colesterol, LDL Colesterol, etc.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:COSTA, Caroline dos Santos et al .

Comportamento sedentário e consumo de alimentos ultraprocessados entre adolescentes brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), 2015. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 34, n. 3, e00021017, 2018. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2018000305009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 05 Nov. 2019. Epub Mar 08, 2018. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00021017.

FIDENCIO J, et al. Associação entre estado nutricional, horas de consumo de tela e de atividade física em adolescentes. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 2018; 12 (72): 535-541.

Adolescência, alimentação e saúdeA adolescência é uma fase peculiar, é

a transição da infância para a vida adulta e ocorre na faixa dos 10 aos 19 anos de idade. Nessa fase acontecem os desenvolvimentos físico, mental, emocional, sexual e social, os quais são responsáveis pelas alterações do comportamento do indivíduo e em especial mudam-se os hábitos alimentares. O adolescente passa a ser independente em suas escolhas e no que tange a alimentação, pode adquirir hábitos incorretos que causem problemas de concentração, diminuição da resistência física e da imunidade, e em conjunto com um estilo de vida sedentário favorecem a ocorrência de obesidade. Esta é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal causada principalmente por maus hábitos alimentares e pelo sedentarismo. O excesso de peso tem como consequências problemas ortopédicos, diabetes, hipertensão, dislipidemias, distúrbios respiratórios, cardiovasculares, metabólicos e psicossociais (Fidencio, J. et al, 2018)

Atualmente, observa-se na dieta dos adolescentes o consumo regular de produtos ricos em açucares e gorduras e com elevado grau de processamento, os chamados alimentos ultraprocessados (AUP), tais como: biscoitos recheados, salgadinhos, refrigerantes, macarrão instantâneo, etc. Estes produtos passam por diversas etapas de industrialização e adição de substâncias sendo desbalanceados em termos nutricionais, podendo causar um impacto negativo na saúde dos indivíduos, contribuindo para: alteração do perfil lipídico, ocorrência de síndrome metabólica e obesidade. Aliado ao consumo de AUP, o comportamento

sedentário dos adolescentes, como o hábito de assistir televisão e usar videogames e computadores, contribui para resultados desfavoráveis à saúde. Um estudo de Costa, S.C. e colaboradores(2018) teve como objetivo investigar a associação entre o comportamento sedentário e o consumo diário de algum tipo de AUP entre adolescentes, dois hábitos prejudiciais à sua saúde. Foram utilizados os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015, realizada com escolares do 9° ano do Ensino Fundamental, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde. O estudo evidenciou altas prevalências de consumo diário de pelo menos um grupo de AUP e de comportamento sedentário maior que duas horas por dia. Concluiu que há uma correlação entre estes dois hábitos: quanto maior o tempo de comportamento sedentário, maior a prevalência de consumo diário de AUP. Tais práticas são explicadas pela maior praticidade dos AUP, que podem ser consumidos em qualquer lugar e sem necessidade de preparo. (Costa, S.C. et al, 2018)

É muito importante repensar os hábitos alimentares que vão sendo adquiridos na adolescência, pois estes tendem a perdurar ao longo da vida. Bons hábitos alimentares e a prática regular de atividade física são fundamentais na promoção da saúde e prevenção de fatores de risco. O excesso de peso e a obesidade são fatores que preocupam, uma vez que contribuem para elevar o risco do desenvolvimento de diversas morbidades. Campanhas de divulgação sobre alimentação e saúde devem ter foco no esclarecimento

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Raça e racismo – texto 1

Maria de Lourdes Pires Nascimento, MD Hematologista, Universidade Federal da Bahia / UFBA [email protected]

A palavra Raça vem do italiano (razza) sendo um conceito que obedece a diversos parâmetros para classificar populações diferentes de u’a mesma espécie biológica de acordo com as suas características. O conceito de Raça variou e se modificou com o tempo, na dependência da cada área, entre estes conceitos temos: A) Sociologia classificava os seres humanos que tinham uma ou mais características consideradas “Socialmente Significativas”, sendo que no final do século XIX a Sociologia abandonou as explicações sobre o mundo social baseados em Raças. B) Biologia através dos zoólogos consideram as raças sinônimos de subespécies, que se caracterizam através da comprovação de linhagens distintas dentro das espécies animais, comprovadas geneticamente. Na espécie Homo sapiens – que é a espécie humana – se se caracteriza por ter ausência da diferenciação genética. C) Genética, as diferentes adaptações que ocorrem a nível racial não alteram a estrutura em relação a espécie Homo sapiens, e a unidade fundamental da espécie humana, a nível de macro análises permanece imutável e o patrimônio hereditário dos humanos é comum

a todos, e a palavra raça não identifica nenhuma realidade biológica reconhecível no DNA da espécie humana. D) Etnologia, é a ciência que estuda os fatos e documentos no âmbito da Antropologia Cultural e Social. Através dos seus achados a Etnologia, tem apresentado importantes recursos a favor da não existência das diferenças raciais nos seres humano, através da recuperação dos conhecimentos e técnicas das mais diversas áreas que estão relacionadas com a Antropologia Médica, a Farmacologia e a Psicologia. E) Paleontologia que através dos estudos dos registros fósseis, procura compreender a existência humana na terra, desde a época da pré-história, estes estudos associados as descobertas da Genética e da Etnologia ajudaram a desacreditar na existência da Raça, quando empregada para os seres humanos (1, 2, 3, 4, 5).

SIGNIFICADO DAS CLASSIFICAÇÕES RACIAIS PARA OS HUMANOS: O termo “Raça” não desapareceu totalmente do discurso científico. Em algumas áreas, tais como a Biologia e a Antropologia Física, criaram a ideia de que a espécie humana poderia ser dividida em subespécies, tal como o mundo animal, e que tal divisão estaria associada

ao desenvolvimento diferencial de valores morais, de dotes psíquicos e intelectuais entre os seres humanos. Para Guimarães (6) os conceitos de Raça foram ciência por um certo tempo, mas depois virou pseudociência, dando origem ao surgimento do Racismo, que não existiria se não houvesse estes conceitos que geraram as subespécies dentro das populações humanas (6).

Opinião

(Tópicos retirados do Livro: Raça / Racismo: Relações com Doença Falciforme e Talassemia)

O significado da palavra raça para algumas ciências

Referências1) Stelling LFP. “Raças humanas” e raças biológicas em livros

didáticos de Biologia de ensino médio. Tese de Mestrado, 2007. Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense. Niterói.

2) Keita SOY, Kittles RA, Royal CDM, et al. Conceptualizing human variation. Nature Genetics, 36 (11s): S27-S20, 2004.

3) ITZN. International Trust for Zoological Nomenclature. Comisión Internacional de Nomenclatura Zoológica. Código Internacional de Nomenclatura Zoólogica, 4ª. Edición, 2000, Versión 2009. http://www.sam.mncn.csic.es/codigo.pdf Consulta em 25 / 10 / 2017.

4) Crochik JL. Preconceito, Indivíduo e Cultura. Casa do Psicólogo, 1 de janeiro de 2006.

5) Poz JD. Manual de etnografia. Tradução em língua portuguesa de: Mauss M. Manuel d’ethnographie (Cours donnés à l’Institut d’Ethnologie de l’Université de Paris, réunis par M. Leiris & D. Paulme). Paris: Payot, 1947. Lisboa: Editorial Pórtico, 1972. Cadernos de Campo, São Paulo, n. 16, p.1-304, 2007.

6) Guimarães ASA. Como trabalhar com “raça” em Sociologia. Educação e Pesquisa, São Paulo. 29 (1): 93-107, 2003.

Cuidados

O câncer da pele é um tumor formado por células da pele que sofreram uma mutação e que se multiplicam de maneira desordenada e anormal, dando origem a um novo tecido (neoplasia). Entre as causas que desencadeiam esta transformação celular, a principal é a exposição prolongada e repetida à radiação ultravioleta do sol.

O câncer da pele atinge principalmente as pessoas de pele branca, que se queimam com facilidade. A maioria das lesões localiza-se nas áreas expostas ao sol, daí a associação da exposição solar ao surgimento do tumor. Por isso, a proteção solar é a principal forma de prevenção da doença.

São três os tipos mais frequentes de câncer de pele e eles se originam de diferentes células que compõem a pele: o carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e o melanoma, que diferem em aparência, grau de malignidade e tipo de tratamento.

- Carcinoma BasocelularOriginado das células da camada basal, é o mais

frequente e o de menor potencial de malignidade. Seu crescimento é lento e muito raramente se dissemina à distância. Sua ocorrência é mais comum após os 40 anos de idade, em pessoas de pele clara, e seu surgimento tem relação direta com a exposição sistemática da pele à radiação solar durante a vida. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento.

Manifestações clínicas - A maioria das lesões aparece na face. Em geral começa com uma pequena lesão elevada, de cor rósea ou translúcida e aspecto perolado, liso e brilhante, com finos vasos sanguíneos na superfície e que cresce progressiva e lentamente. Na sua evolução pode ulcerar (formar ferida) ou sangrar devido a pequenos traumatismos (como o roçar da toalha de banho), podendo, com isso, apresentar uma crosta escura (sangue coagulado) em sua superfície.

Tratamento - O tratamento do Carcinoma Basocelular é, na maioria das vezes, cirúrgico; para a retirada completa da lesão com margem de segurança. O tumor também pode ser tratado pela criocirurgia com nitrogênio líquido. Alguns tipos superficiais podem ser tratados pela terapia fotodinâmica ou com modificador da resposta imunológica local chamado imiquimod.

- Carcinoma Espinocelular

Câncer de Pele, proteja-se!Originado das células da camada espinhosa, tem

crescimento mais rápido e podem gerar metástases à distância. É bem menos frequente que o carcinoma basocelular. Pode surgir em áreas de pele sadia ou previamente comprometidas por algum outro processo, como cicatrizes de queimaduras antigas, feridas crônicas ou lesões decorrentes do efeito cumulativo da radiação solar sobre a pele, como as ceratoses actínicas. É comum o surgimento em áreas de mucosa aparente, como a boca ou o lábio. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento, pois sua localização mais frequente é em áreas da pele expostas continuamente ao sol.

Manifestações clínicasAs lesões atingem principalmente a face e a

parte externa dos membros superiores. Surgem pequenas, endurecidas e têm crescimento rápido, podendo chegar a alguns centímetros em poucos meses. Crescem formando lesões elevadas ou vegetantes (aquelas com aspecto de couve-flor). É frequente ocorrer ulceração (formação de feridas) com sangramento. O carcinoma espinocelular pode produzir metástases, quando células do tumor se deslocam para outros locais. É, portanto, fundamental o diagnóstico e tratamento precoce para evitar o comprometimento de outros órgãos, o diminui as chances de cura.

Tratamento - O tratamento do Carcinoma Espinocelular é cirúrgico, através da retirada total da lesão e deve ser realizado o mais precocemente possível, para evitar a ocorrência de metástases.

- MelanomaOriginado das células que produzem o pigmento

da pele (melanócitos), é o câncer de pele mais perigoso. Frequentemente gera metástases para outros órgãos, sendo de extrema importância o diagnóstico precoce para a sua cura.

O Melanoma pode surgir a partir da pele sadia ou a partir de sinais escuros (os nevos pigmentados). Apesar de ser mais frequente nas áreas da pele expostas ao sol, o Melanoma também pode ocorrer em áreas de pele não expostas. Pessoas que possuem sinais escuros na pele devem se proteger dos raios ultravioleta do sol, que podem estimular a sua transformação em melanoma.

Manifestações clínicas - Melanoma inicia-se como uma lesão escura que aumenta de tamanho em extensão e/ou profundidade, com alteração de suas cores originais, surgimento de pontos pigmentados ao redor da lesão inicial, ulceração (formação de ferida), sangramento ou sintomas como coceira, dor ou inflamação.

Na fase inicial, o Melanoma está restrito à camada mais superficial da pele, época ideal para realização do diagnóstico e tratamento, pois nesse período ainda não ocorre a disseminação de células tumorais à distância (metástase) e a retirada completa do tumor tem altos índices de cura. Algumas características das lesões pigmentadas sinalizam para a sua possível malignidade; é o ABCD do Melanoma:

• Assimetria: formato irregular • Bordas irregulares: limites externos irregulares • Coloração variada: diferentes tonalidades de cor• Diâmetro: maior que 6 milímetrosSinais escuros que começam a adquirir

características como estas acima podem estar se transformando em um Melanoma, principalmente se estiverem em áreas de exposição contínua ao sol. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o surgimento do Melanoma Maligno.

Além disso, as alterações em sinais antigos, como: mudança da cor para mais escuro ou mais claro, aumento de tamanho, sangramento, coceira, inflamação ou surgimento de áreas pigmentadas ao redor do sinal necessitam da avaliação por um especialista.

Tratamento - O tratamento do Melanoma Maligno é cirúrgico e deve ser realizado o mais precocemente possível. O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para a cura.

Faça uma visita anual ao dermatologista para avaliação da sua pele e tratamento de eventuais lesões pré-cancerosas.

A Dra. Anelise Ghideti (CRM 109.432), da AE Skin Center, é dermatologista formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Médica colaboradora no Ambulatório de Doenças das Unhas no Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP.

www.aeskincenter.com.br

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Estudo

Mais que estimular o “sono dos anjos”, a melatonina também atua como um poderoso antioxidante natural e anti inflamatório. Este hormônio, produzido pela glândula pineal, localizada bem no meio no cérebro, é essencial para a regulação do nosso “relógio biológico”.

Esta substância tem chamado atenção de pesquisadores do mundo todo, justamente pelo seu potencial de combater radicais livres (moléculas liberadas pelo metabolismo do corpo e que provocam envelhecimento e morte celular) e, por sua vez, inúmeras doenças. Entre elas, o câncer.

O professor Luiz Gustavo Chuffa, do Departamento de Anatomia do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB), por exemplo, testa há cerca de três anos os efeitos da melatonina no combate ao câncer de ovário. Os testes têm sido realizados in vivo (cobaias) e in vitro.

Ao que tudo indica, a melatonina, quando produzida em altas concentrações no período noturno, permite que a célula tumoral tenha um metabolismo semelhante ao da célula normal. Diferente do que é observado durante o dia, onde ela continua a exibir o fenótipo metabólico tumoral (efeito Warburg).

“Até o momento, observamos que a melatonina induz a morte de uma linhagem celular de câncer de ovário e esses efeitos parecem ser dependentes dos seus receptores. Estamos investigando alguns alvos-chave do metabolismo mitocondrial responsável pela glicólise e pela fosforilação oxidativa (etapa de metabolismo da célula) para entender melhor esses eventos e verificar prováveis mecanismos de ação da melatonina”, comenta.

De acordo com o biólogo, alguns tipos de tumores parecem ter envolvimento direto com a quantidade de melatonina produzida pelo corpo. Apesar de já saber-se que indivíduos com câncer dormem pouco e tem baixos níveis de melatonina ainda não se sabe se o inverso é verdadeiro. Ou seja, se aqueles que dormem pouco estão mais propensos a desenvolverem câncer.

“Hoje o que podemos dizer é que um sono de qualidade, associado a boa produção de

Pesquisa observa efeito da melatonina contra o câncer de ovário

melatonina, deve ter um papel protetor contra o desenvolvimento do câncer - incluindo, claro, outros fatores envolvidos. No caso do câncer de ovário, somente quando suplementados com melatonina é que conseguimos matar as células e atenuar a invasão”, complementa.

Melatonina como suplementoEsta pesquisa conta com a colaboração de uma

das principais sumidades no assunto: professor Russel Reiter. O biólogo norte-americano, docente em Neurociências e Anatomia na Universidade de Ciências da Saúde em San Antonio, Texas (EUA), é especialista nos aspectos protetores da melatonina. Iniciou seus trabalhos pouco tempo depois da caracterização da molécula da melatonina, em 1958.

Segundo ele, dormir menos pode de fato trazer consequências mais sérias à saúde do ser humano. Por isso tem sido um dos principais defensores da suplementação de melatonina exógena, ou seja, fabricada artificialmente pela indústria farmacêutica [por se tratar de um hormônio endógeno, produzido naturalmente pelo corpo, não é patenteável]. Apesar de ser liberada sua comercialização em vários países, o produto ainda não é regularizado pela Anvisa, no Brasil.

“Nos EUA, a melatonina é vendida como um suplemento sem receita. Na Europa, é vendida por prescrição. Na China, está disponível como um ‘mercado de balcão’. Considerando seus

tem muito a ser explorado, mas até o momento a melatonina já demonstrou ter muitas atividades benéficas. Importante salientar é que cada caso é um caso em termos de tratamento. Então a consulta com o especialista sempre deve ser seguida por mais que a melatonina não tenha efeitos colaterais. Vale a pena destacar que seu consumo excessivo pode aumentar a sonolência no período diurno”, pondera Chuffa.

Luz do celular é inimigo do sonoO corpo humano, como qualquer ser vivo,

precisa economizar energias em algum momento do dia para seu desenvolvimento. Porém este botão de “liga / desliga” não é tão simples de acionar uma vez que este “gatilho” fica justamente no nosso cérebro.

E diferente do que muitos pais costumam dizer às crianças, na hora de convencê-las a ir para a cama, não basta apenas “fechar o olho para o sono chegar”. Para produzir mais melatonina e, consequentemente, “atrair o sono”, é preciso escuridão total.

“Um segundo de luz - por exemplo aquela acendida para ir ao banheiro à noite - é suficiente para inibir a produção de melatonina. Mas deixar a TV ligada ou usar o celular na cama certamente são os grandes vilões do sono”, enfatiza Chuffa.

Além do uso excessivo da luz artificial durante à noite, a produção natural de melatonina pode ser interrompida com uso de medicamentos e o envelhecimento em si.

A privação do sono também é um inimigo, que afeta principalmente quem trabalha no período noturno ou faz viagens transmeridionais com frequência, criando o famoso “jet leg” - aquela alteração do ritmo biológico após mudanças do fuso horário em longas viagens de avião.

CuriosidadesDiariamente um ser humano, com ciclo

circadiano normal, produz em média de 120 a 180 pg/ml de melatonina durante a noite (com pico na metade da noite ou auge da madrugada). Essa concentração cai drasticamente durante o dia (em torno de 20-40 pg/ml).

Pesquisas recentes apontam ainda que pessoas com disfunção na produção de melatonina e alteração na qualidade do sono estão mais propensas a desenvolver: síndrome metabólica, ganho de peso, alterações cardiovasculares, distúrbios cognitivos, entre outros.

Mas não são apenas os seres humanos que produzem melatonina. Animais e plantas também produzem esta substância. Outro fato interessante é que a melatonina está 100 vezes mais concentrada nas mitocôndrias (organelas responsáveis pela respiração celular) quando comparado à circulação sanguínea.

Professor da Unesp de Botucatu estuda benefícios do chamado “hormônio do sono”

Professor Luiz Gustavo Chuffa, ao lado de sua equipe de pesquisa, no Instituto de Biociências de Botucatu

inúmeros benefícios, sinto que a melatonina é extremamente subutilizada. Deve estar prontamente disponível visto que tem muitos benefícios e é muito menos tóxica que outros medicamentos, como por exemplo a aspirina”, argumenta Reiter.

“Acredito que ainda

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Page 31: Dr. Irineu Grinberg · É importante verificar quais tipos de doença podem existir no destino da sua viagem. Algumas doenças são endêmicas, como a leishmaniose e verme do coração.

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