Dossier fora!

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Design para a Inovação Social Mestrado em Design Universidade de Aveiro 2013

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índice

introdução

1. / conhecer a cidade1.1 / a cidade de Aveiro1.2 / imagens de marca da cidade

2. / conhecer o local2.1 / rotunda das pontes (rua dos galitos e rua João Mendonça)2.2 / entrevistas in loco2.3 / análise s.w.o.t.

3. / casos de estudo3.1 / Copenhaga, Dinamarca3.2 / campanha “Bike Like a New Yorker”3.3 / Aakash Nihalani

4. / estratégia4.1 / “fora!” - apresentação4.2 / “fora!” - brief: principais objectivos e iniciativas4.3 / “fora!” - suportes da campanha (curto prazo) 4.3.1 / sinalizar veículos mal estacionados4.3.2 / simular nos passeios situações de mobilidade reduzida4.4 / “fora!” - suportes da campanha (médio prazo)4.4.1 / cartazes4.4.2 / flyers4.5 / “fora!” - suportes da campanha (longo prazo)4.5.1 / mapas assinalando os parques da cidade4.5.2 / nova sinalética de acesso aos parques4.5.3 / cartão para utilizadores do parque + sticker para estabelecimentos aderentes4.6 / “fora!” - ensaios de aplicações pela cidade (marketing de guerrilha)

conclusão

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introdução

No âmbito da unidade curricular de Design para a Inovação Social (2012-2013), leccionada pelo docente Gonçalo Gomes, a turma de Mestrado em Design da Universidade de Aveiro foi dividida em grupos, sendo a cada grupo atribuída uma zona específica da cidade de Aveiro.

Integrado no projecto RAMPA - Regime de Apoio aos Municípios para a Acessibilidade, a UA e a Câmara Municipal de Aveiro

pretendem unir esforços numa tentativa de fazer com que o Design possa intervir na requalificação do espaço citadino, ajudando a mudar a mentalidade dos cidadãos e os seus comportamentos de maneira a que possam ser resolvidos alguns dos principais problemas que persistem em pontos “nevrálgicos“ da cidade.

A zona que escolhemos foi a das Pontes/ Rotunda do Fórum (que inclui a Rua do Clube dos

Galitos e a Rua Batalhão João Mendonça). Parece-nos uma zona com bastante potencial, devido a um conjunto de factores que mais à frente enunciamos, mas também com diversos problemas para os quais o Design pode apresentar algumas sugestões.

O presente dossier apresenta o desenvolvimento da nossa estratégia, desenhada para aquele local, mas também tendo em vista toda a cidade de Aveiro.

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1. / conhecer a cidade1.1 / a cidade de aveiro

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1. / conhecer a cidade1.1 / a cidade de aveiro

Aveiro é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Aveiro (região centro do país). É a segunda cidade mais populosa do centro de Portugal e um importante centro urbano, portuário, ferroviário, universitário e turístico.

Situada na sub-região do Baixo Vouga, entre o Oceano Atlântico e as zonas montanhosas, Aveiro exibe uma paisagem muito variada, caracterizada por uma longa costa arenosa, um estuário

a cidade

e diversos parques e jardins.

Conhecida como a “Veneza Portuguesa”, a cidade é tida como um dos destinos mais encantadores do país, graças a várias imagens de marca que mais à frente apresentaremos.

O conselho é constituída por 14 freguesias, ocupa uma área 199,77 km2, e possui 78 450 habitantes (dados de 2011).

No século XIII, Aveiro foi elevada à categoria de vila, desenvolvendo-se a povoação à volta da igreja principal, consagrada a S. Miguel e situada onde é, hoje, a Praça da República, vindo esse templo a ser demolido em 1835.

Em 1434, D. Duarte concedeu à vila privilégio de realizar uma feira franca anual conhecida actualmente como Feira de Março.

a história

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A favorável situação geográfica foi propícia, desde muito cedo, à fixação da população, sendo as salinas, as pescas e o comércio marítimo setores determinantes de desenvolvimento da cidade.

Nos princípios do século XVII, a instabilidade da comunicação entre a Ria e o mar levou ao fecho do canal (impedindo a utilização do porto) e a estagnação das águas da laguna provocou uma grande diminuição do número de

e a personalidade de José Estêvão Coelho de Magalhães, parlamentar que desempenhou um papel determinante no que respeita à fixação da atual barra e no desenvolvimento dos transportes, especialmente, a passagem da linha de caminho de ferro Lisboa-Porto, tendo sido obras de fulcral importância para o desenvolvimento da cidade, permitindo-lhe ocupar, hoje em dia, lugar de topo no contexto económico nacional.

habitantes, estando na base de uma grande crise económica e social. Nesta fase de recessão, construiu-se, em pleno domínio filipino, um dos mais notáveis templos aveirenses: a Igreja da Misericórdia.

Em 1759, D. José I elevou Aveiro a cidade e, em 1774, a pedido de D. José, o Papa Clemente XIV instituiu uma nova diocese, com sede em Aveiro. No século XIX, destaca-se a ativa participação de aveirenses nas Lutas Liberais

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1. / conhecer a cidade 1.2 / imagens de marca da cidade

A Ria de Aveiro é um caso único e particular em Portugal. É um “acidente” hidrográfico, resultante do recuo do mar, que originou a formação de cordões litorais, que a partir do século XVI, formaram uma laguna com uma extensão de 11.000 hectares dos quais 6.000 estão permanentemente alagados.

Os rios Vouga, Antuã, Boco e Fontão desaguam os seus caudais na Ria que está ligada ao mar através de um canal que corta o cordão litoral entre a Barra e S. Jacinto, permitindo o acesso de embarcações de grande porte ao Porto de

a ria

Aveiro.

A riqueza da sua fauna (especialmente peixes e aves aquática) e flora é inegável e representa um enorme motor para a cidade de Aveiro e dos concelhos envolventes, ao nível agrónomo, industrial e dos serviços, principalmente turísticos (recriação e restauração).

Esta reserva natural, criada em 1979 com o objectivo de proteger as dunas e o respectivo património daquele ecossistema, situa-se no cordão litoral norte da Ria de Aveiro. Contendo fauna e flora marinhas e de floresta, entre o mar e a mata, representa um ambiente bastante rico e heterogéneo, com um elevado interesse a nível educativo e de investigação. Existem trilhos planeados para os visitantes poderem percorrer e conhecer os 666 hectares da reserva natural, embora apenas 90 hectares sejam de reserva de recreio, 473,5 de reserva parcial e 102,5 de reserva integral.

as dunas de S. Jacinto

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Aveiro é famoso também pelas suas praias. As mais famosas são, a sul, a Praia da Costa Nova do Prado (concelho de Ílhavo), a Praia da Barra (freguesia da Gafanha da Nazaré, concelho de Aveiro) e, a norte desta, a Praia de S. Jacinto (“Costa Velha”). Desta zona destacam-se o Farol de Aveiro, a Ponte da Barra e o Paredão (que delimita a sul a entrada no Porto de Aveiro, e tem cerca de 500m, entrando pelo mar), bem como as típicas casas pintadas com cores vibrantes, às riscas, chamadas de “palheiros”. Estas praias são das melhores do país e muito utlizadas na prática de desportos náuticos.

Costa Nova / Barra

Embarcações típicas de Aveiro, os moliceiros eram antigamente utilizados para a apanha do moliço, uma planta aquática que era colhida com um ancinho para ser usada na agricultura. Hoje em dia são usados predominantemente para fins turísticos, e navegam os canais da Ria, permitindo aos turistas conhecer a cidade de uma maneira especial. As cores garridas e a utilização de ditados populares na proa são imagens de marca dos moliceiros.

moliceiros

A Arte Nova apareceu tardiamente, relativamente ao contexto europeu, e teve pouca duração (aproximadamente entre 1905 e 1920) e expressão em Portugal, essencialmente só nas cidades de Lisboa, Porto, Caldas da Rainha e Aveiro (ao nível da arquitetura). Existe um “Roteiro” da Arte Nova, composto por 17 “edifícios”, que atravessa os concelhos de Ílhavo, Aveiro e Albergaria-a-Velha. E na Praça do Peixe, no centro de Aveiro, localiza-se o Museu/Casa de Chá de Arte Nova.

arte nova

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A Universidade de Aveiro – que celebra em 2013 quarenta anos de existência – é uma das maiores e mais reputadas do país. É composta pelo campus de Santiago (onde se situam a Reitoria e a grande maioria dos departamentos, politécnicos e organismos sociais e académicos, quase numa espécie de “micro-cidade”),

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda e a Escola de Design Gestão e Tecnologias de Produção de Aveiro Norte (Oliveira de Azeméis).

a universidade

Conta com obras de alguns dos maiores arquitectos nacionais – como Siza Vieira e Sotto-Moura – num campus que é uma referencia da arquitetura contemporânea. Além de ser uma instituição de referência na investigação e inovação no universo das universidades portuguesas, é um motor para a própria cidade de Aveiro, trazendo à cidade milhares de novos estudantes todos os anos.

Constituem entre si aquele que pode ser considerado o “coração” da cidade de Aveiro. A Praça do Peixe é o principal local de diversão noturna, sendo povoada durante o ano lectivo por milhares de estudantes da Universidade e, no Verão, pelos turistas que visitam a cidade.

O Fórum é o maior centro comercial da cidade, e funciona quase como galerias comerciais, ao ar livre, estando perfeitamente integrado no núcleo citadino e funcionando como enorme local de afluência para toda a sociedade aveirense.

o fórum e a praça do peixe

1. / conhecer a cidade 1.2 / imagens de marca da cidade

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Os ovos moles são um ex-libris da gastronomia aveirense, cuja fórmula e método de produção originais de devem às freiras (dominicanas, carmelitas e franciscanas) dos conventos existentes na cidade, até ao século XIX.

Os ovos moles são uma forte influência em toda a doçaria de Aveiro, porque muita dela deriva deste produto, como as castanhas de ovos, fios de ovos ou a lampreia de ovos. Além disso a mesma massa de ovos é utilizada em muitos outros bolos que não são tradicionais de Aveiro.

ovos moles e gastronomia

A produção de sal é uma atividade muito típica de Aveiro, que precede a existência da própria Ria e até a fundação da nacionalidade de Portugal. Já teve grande importância na economia do distrito, mas que tem vindo a perder representatividade ao longo das últimas décadas, apesar de ainda existirem atualmente algumas dezenas de salinas a laborar. Existe também a produção de flor de sal, constituída pelos cristais de sal que se formam à superfície da água; e de salicórnia, uma planta relativamente “desconhecida”, utilizada para fins medicinais e também gastronómicos.

sal

Ainda ao nível da gastronomia destacam-se: o leitão da Bairrada (Mealhada, Anadia, Oliveira do Bairro e Águeda); vitela assada (Sever do Vouga); pão-de-ló (Ovar); pão-de-Vale (Ílhavo); e vários pratos de marisco e bacalhau.

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2. / conhecer o local1.1 / a cidade de aveiro

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2. / conhecer o local2.1 / rotunda das pontes (rua dos galitos e rua joão mendonça)

A rotunda das pontes, mais conhecida como “rotunda do Fórum” é um local icónico da cidade de Aveiro.

Marca o fim da Rua Lourenço Peixinho, que vem da estação de caminhos-de-ferro, e a chegada à Praça do Peixe/ Rossio.

A rua do Clube dos Galitos, que atravessa a lateral da ria, faz a ligação à Estrada dos Olhos de Água que leva à rotunda a partir de onde se

pode seguir para as praias e para o porto de Aveiro.

Do outro lado da ria, a rua João Mendonça é um pólo de comércio local e uma montra da Arte Nova em Aveiro.

É de lá que partem os moliceiros que percorrem os diversos canais da ria, e onde se localizam as pastelarias que vendem os tradicionais ovos moles. É praticamente delimitada ao topo pelo Hotel Arcada e, ao fundo da rua, pelo

Hotel Moliceiro.

Apesar de estarmos a projectar uma estratégia para melhorar a mobilidade ao nível de toda a cidade, as nossas acções são mais especificamente direccionadas para esta rua uma vez que ela sofre de vários “problemas” causados pela sua centralidade e importância para a cidade de Aveiro.

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2. / conhecer o local2.2 / entrevistas in loco

“- Na experiência que tem, ao passar aqui, quais são os maiores problemas que... - Falta de mobilidade!- Pessoas? Carros? Ambos? - Tudo.”

“A autarquia vai fazendo as coisas pouco a pouco (...)”

“Estes passeios não são adaptados para pessoas trôpegas, (...) para deficientes a todos os níveis, seja no uso de bengala, em cadeira de rodas...”

“Ao nível do automóvel (...) a cidade está sufocada.”

“Normalmente atiram culpas uns aos outros, esquecendo-se de que estão a ocupar o espaço uns dos outros. Isto passa-se com o automobilista, com o peão, com o ciclista, passa-se com todos...”

“Tem de haver uma reeducação e uma reformulação de toda a mobilidade na cidade.”

“As pessoas têm medo [de andar de bicicleta] porque o trânsito é agressivo.”

“(...) Para a bicicleta, as estradas são muito perigosas, não há ciclovias e as que há nem sequer estão identificadas.”

“Nós o que é que temos? Parques de estacionamento subterrâneos às moscas. Estacionamento à superfície em 2ª e 3ª via.”

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Engenheiro Pinto MonteiroMembro:Massa Crítica AveiroMassa Crítica PortugalCiclistas do MundoBike budddy MUBI (Associação para a Mobilidade Urbana em Bicicleta)Alenquete Aveiro

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“- Sente-se seguro ao passar aqui à noite? - Em comparação com Porto/Lisboa, sinto. Muito seguro.”

“- Que melhorias sugere para este local? - Devia haver mais policiamento.”

“Ainda há dias esteve ali [na rotunda] uma camioneta destas grandes a patinar, foi preciso vir uma máquina da Câmara para a puxar.”

2. / conhecer o local2.2 / entrevistas in loco

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“- Esta zona tem problemas? - Então não tem?! Às vezes há engarrafamentos, a ponte, como é de paralelos, com a estrada molhada os carros patinam.- Que melhorias sugeria para estelocal?- Principalmente

arranjar as estradas, os muros dos canais, uma casa de banho [pública] que era fundamental aqui no Rossio. Qualquer turista que queira fazer as necessidades tem de ir a uma pastelaria.”

Além do Engenheiro Pinto Monteiro, que é uma das pessoas que mais se dedica à “causa” da mobilidade na cidade de Aveiro, entrevistámos também algumas das pessoas que habitualmente passam no local (funcionários das pastelarias, guias dos moliceiros, transeuntes), para nos darem a sua opinião sobre aquela zona e a cidade.

As suas respostas, bem com o tempo passado no terreno ajudaram-nos, posteriormente, a elaborar uma análise S.W.O.T. onde decompomos em tópicos os principais pontos a reter sobre este local e que a seguir apresentamos.

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• Centralidade;• Facilidade de acesso;• Forte afluência turística;• Comércio (concentração de comércio tradicional e proximidade do Fórum Aveiro);• Beleza da zona;• Proximidade dos diversos serviços;• O carácter pioneiro da cidade de Aveiro, na aposta numa rede de mobilidade para ciclistas.

• Trânsito congestionado;• Pavimento propenso a derrapagens;• Perigo de queda à Ria;• Impossibilidade de cortar o trânsito naquela zona;• Dificuldades em assegurar, simultaneamente, os direitos de condutores, ciclistas e peões;• O serviço Buga está sub aproveitado e perdeu a pujança inicial de quando foi lançado;• Os parques estão “vazios” e não adaptados para utilizadores de bicicletas;• Impossibilidade de realizar grandes intervenções arquitectónicas naquela zona, devido ao seu peso histórico e paisagístico.

2. / conhecer o local2.3 / análise s.w.o.t.

strenghts weaknes-ses

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• Concentração de vários símbolos (“cartões de visita”) da cidade de Aveiro;• Aumento do comércio da área envolvente;• Existência nas proximidades de parques de estacionamento que possam escoar trânsito da cidade;• Topografia plana e propensa a passeios a pé e/ou de bicicleta, que permitem usufruir melhor do que cada zona tem para oferecer (comércio local, serviços turísticos, património cultural, etc);• Alargamento ao centro da cidade do projecto de ciclovias que já foi desenvolvido em regiões mais periféricas.

• Estão a ser feitos investimentos em novos parques sem que os que já existem estejam remotamente cheios;• Comodismo por parte dos cidadãos e da própria polícia;• Inexistência de uma estratégia concertada de intervenção nesta zona;• Perda de habitantes locais para as grandes superfícies comerciais.

opportuni-ties

threats

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3. / casos de estudo1.1 / a cidade de aveiro

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3. / casos de estudo3.1 / Copenhaga, Dinamarca

É uma das melhores cidades para andar de bicicleta no mundo. Devido à grande utilização de bicicletas por parte dos cidadãos, poupam-se todos os anos 90 000 toneladas de emissões de CO2 à cidade.

Este meio de transporte é utilizado não só por motivos sustentáveis, mas também porque é um meio muito mais barato, seguro, saudável e rápido de circulação quando há trânsito.

bicicleta para todos.

Um estudo demonstrou que a maioria dos ciclistas de Copenhaga escolhe este meio de transporte, porque querem chegar rapidamente ao destino e esta é uma das grandes razões pela qual usam a bicicleta em detrimento do carro.

Aqui, 50% dos cidadãos viajam de bicicletas todos os dias e há mais bicicletas do que habitantes. Copenhaga foi eleita “Bike City” de 2008 a 2011.

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3. / casos de estudo3.2 / campanha “Bike Like a New Yorker”

respeito por quem pedala/ caminha.

A agência Mother New York associou-se à Transportation Alternatives e juntas fizeram esta campanha (lançada no ano de 2012) que apoia o aumento do movimento de bicicletas dentro da cidade, através do uso de autocolantes enormes colocados nas estradas nova-iorquinas. O público-alvo são os taxistas e os condutores, que são avisados para que respeitem e tenham em atenção os ciclistas. Por outro lado, a campanha publicitária encoraja

os cidadãos a visitar o site (bikenyc.org) que poderá tornar-se num destino importante para os ciclistas e onde é providenciada informação acerca de eventos e opções para social biking.

Nos dias de hoje, andar de bicicleta é um meio de transporte cada vez mais rápido em Nova Iorque e o objetivo da campanha é, precisamente, encorajar ainda mais os residentes a escolher a bicicleta para uso diário.

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3. / casos de estudo3.3 / Aakash Nihalani

street art criativa e fluorescente.

O trabalho de Aakash Nihalani consiste em figuras isométricas como retângulos e quadrados, que são colocados por Nova Iorque para enaltecer os contornos inesperados e a geometria elegante da própria cidade.

O autor pretende oferecer aos cidadãos a possibilidade de viver numa nova Nova Iorque diferente do que estão habituados a ver e, por momentos, libertarem-se da rotina do quotidiano.

Assim, tenta criar um novo espaço a partir do espaço existente do “seu mundo” para que as pessoas se sintam livres e, inesperadamente, se “desliguem” da sua realidade.

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4. / estratégia1.1 / a cidade de aveiro

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4. / estratégia4.1 / “fora!” - apresentação

Para dar resposta aos imensos desafios encontrados no decorrer da nossa investigação emergiu a necessidade de criar uma campanha que pudesse ser tranversal a todas as medidas que queremos sugerir e que, no fundo, são todas orientadas para o mesmo fim: a melhoria da acessibilidade na zona que nos foi designada mas, também, em toda a cidade de Aveiro.

A criação de uma “marca” una e identificável para esta

fora! - falta mobilidade nas ruas de aveiro.

campanha foi uma necessidade que cedo tivémos e que conduziu ao fora! - Falta Ordem nas Ruas de Aveiro, uma designação que vai de encontro ao carácter mais “irreverente” de algumas das nossas iniciativas.

Depois foi também necessário definir uma retórica visual associada. Neste sentido optámos por cores extremamente fortes, que não passassem despercebidas onde quer que fossem

aplicadas: o laranja e o verde fluorescentes. A nível tipográfico, decidimos moderar o choque de cor com uma fonte tipográfica mais sóbria e legível: a Helvetica Neue. A seguir apresentamos, de uma forma esquemática e intuitiva, as linhas orientadores do brief desenvolvido para este projecto: nomeadamente os objectivos que pretendemos alcançar com o fora! e as diferentes ferramentas e suportes que idealizámos para o conseguirmos fazer.

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4. / estratégia4.2 / “fora!” - brief: principais objectivos e iniciativas

1. Reeducar a mentalidade dos cidadãos que circulam naquela zona.

2. Diminuir o tráfego rodoviário e, com isso, o perigo de acidentes e a poluição.

3. Incentivar a circulação de pessoas a pé e de bicicleta.

4. Melhorar os sistema de ciclovias / serviço BUGA.

5. Promover o uso de parques de estacionamento.

6. Dar visibilidade ao comércio local.

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1-2semanas

CURTOPRAZO

1-2meses

MÉDIOPRAZO

+6meses

LONGOPRAZO

Sinalizar os veículos mal estacionados recorrendo a balões colocados nos retrovisores dos veículos e a pessoas em cartão com expressões de repreensão, colocadas em locais estratégicos, onde é habitual os carros estarem mal estacionados.

Simular nos passeios o espaço ocupado por pessoas com bengalas, em cadeiras de rodas, com carrinhos de bebés, e outras situações de mobilidade reduzida.

Cartazes que explorem alguns dos cenários mais idílicos da cidade de Aveiro, procurando trazer as pessoas para a rua e apresentem o projecto fora!.

Flyers que assinalem a localização dos principais parques de estacionamento da cidade de Aveiro, providenciando informações úteis sobre eles, apresentando o projecto fora! e com uma parte destacável, que daria aos condutores um “tempo extra” de estacionamento nos parques da cidade.

Mapas assinalando os principais parques de estacionamento na cidade de Aveiro (em MUPI’S).

Sinalética de acesso aos parques, que aumente a sua visibilidade e publicite a campanha fora!.

Cartão único de acesso aos parques de estacionamento que facultaria descontos no comércio local e no Fórum e stickers para os estabeleciomentos aderentes à campanha fora!.

Aumento do policiamento e fiscalização nas ruas.

Implementação de uma ciclovia na zona da rotunda, Rua dos Galitos e Rua João Mendonça.

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4 / estratégia4.3 / “fora!” - suportes da campanha (curto prazo)4.3.1 / sinalizar os veículos mal estacionados

A forma que criámos para começar a moldar a mentalidade das pessoas que estacionam indevidamente passa por uma abordagem bem-disposta que consiste em, ao longo de uma ou duas semanas, sinalizar os veículos que estejam a ocorrer em infracção.

Esta sinalização passaria pela colocação de balões da campanha fora! nos retrovisores dos veículos e pela colocação de pessoas em

cartão nos passeios contíguos a zonas da estrada onde mais frequentemente os veículos estacionam em cima do passeio, ou em 2ª fila. Sentindo-se alvo de “chacota” pública certamente que muitos automobilistas pensariam duas vezes antes de deixarem os seus veículos mal estacionados. A iniciativa poderia eventualmente repetir-se periodicamente, para que este estado de “alerta” dos automobilistas pudesse subsistir no tempo.

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4. / estratégia4.3 / “fora!” - suportes da campanha (curto prazo)4.3.2 / simular nos passeios situações de mobilidade reduzida

Recorrendo a tinta fluorescente laranja e a vários stencils por nós criados, pretende-se reproduzir nos passeios da cidade o espaço ocupado por cidadãos em situações de mobilidade reduzida.

O objectivo é o de alertar os traseuntes e os automobilistas para a necessidade de um comportamento mais cívico e menos egoísta quando circulam nas ruas, tendo em atenção “o outro”.

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4. / estratégia4.4 / “fora!” - suportes da campanha (médio prazo)4.4.1 / cartazes

fora! marcaria presença um pouco por toda a cidade de Aveiro com a aplicação de uma série de cartazes nos diversos MUPI’s existentes.

Os cartazes focariam a qualidade de vida de Aveiro, bem como a beleza da cidade, e apresentariam à população em geral a campanha, e os seus objectivos.

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4. / estratégia4.4 / “fora!” - suportes da campanha (longo prazo)4.4.2 / flyers

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Além de sinalizarmos os carros que se encontram mal estacionados, queremos também providenciar uma ajuda aos condutores que desejem mudar a sua conduta e começar a utilizar os parques subterrâneos da cidade.

Para isso desenhámos estes flyers que possuem não só um mapa da cidade com a localização desses parques assinalada, como também informações úteis como o horário de funcionamento dos

mesmos e também informações relativas a custos e a contactos.

Além disso o flyer possui também uma parte destacável que poderá ser usada (uma vez) pelos condutores, para estacionarem o carro durante um determinado periodo de tempo, gratuitamente, nestes parques... procurando incentivar a uma tentativa inicial, a uma primeira experiência, quebrando um pouco o “complexo” existente

em relação aos parques subterrâneos.

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4. / estratégia4.5 / “fora!” - suportes da campanha (longo prazo)4.5.1 / mapas assinalando os parques da cidade

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4. / estratégia4.5 / “fora!” - suportes da campanha (longo prazo)4.5.2 / nova sinalética de acesso aos parques

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4. / estratégia4.5 / “fora!” - suportes da campanha (longo prazo)4.5.3 / cartão para utilizadores do parque + sticker para estabelecimentos aderentes

Sugere-se a criação de uma espécie de cartão de “sócio” para os cidadãos que estacionam frequentemente em parques subterrâneos da cidade, que seriam benificados com descontos em compras realizadas nos estabelecimentos comerciais que desejassem associar-se a esta campanha.

Esta é claramente uma medida onde ambas as partes saem a ganhar.

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4. / estratégia4.6 / fora! - ensaios de aplicações pela cidade (marketing de guerrilha)

Apesar de “oficialmente” não fazer parte da nossa campanha, a verdade é que a aplicação da marca fora! em locais previamente autorizados pela câmara poderia reforçar ainda mais a sua pregnância nos cidadãos da cidade.

Por esse motivo, deixamos aqui alguns dos ensaios por nós realizados, que permitem perceber como a marca e a côr são chamativos para quem vai na via pública.

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conclusão

A realização deste projecto foi uma experiência bastante proveitosa porque, no espaço de apenas um mês, pudemos realmente conhecer a fundo um local que nos é tão familiar, mas cujos problemas nunca tínhamos, realmente, parado para observar.

Pensar na forma como três áreas do design (estratégico, serviços e comunicação) se poderiam complementar e mesclar de forma a melhorar não só aquela zona da rotunda

do Fórum, mas toda a cidade de Aveiro, e materializar isso sob forma da campanha fora! foi um exercício minucioso mas útil.

Independentemente da sua implementação ou não, fica a intenção de mudança, e o desejo de romper com os (maus) hábitos e as rotinas instalados na cidade.

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Design para a Inovação Social 2012/13Docente: Gonçalo GomesMestrado em Design

Igor Ramos / 51533Raphaella Rocha / 51345Daniel Guedes / 51236Daniela Cruz / 50497Pedro Monteiro / 49397