Dossier de Produção (final) - 2013/14
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“O Trapo”
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Comunicação e Multimédia
2013/14
Produção Audiovisual II
Prof:
Tânia Rocha
Pedro Colaço
Realização:
Ana Tavares #53093
Ivo Mendes #54449
Índice
Ideia/Conceito..............................................................................................................3
Sinopse........................................................................................................................4
Storyline.......................................................................................................................5
Pesquisa Factual.........................................................................................................6
Pesquisa Estética........................................................................................................8
Pesquisa Técnica.........................................................................................................9
Guião Literário...........................................................................................................10
Storyboard.................................................................................................................14
Guião Técnico............................................................................................................19
Mapa de Rodagem....................................................................................................30
Anexos.......................................................................................................................33
Análise do poema...................................................................................................33
2
Ideia/Conceito
Representação do poema Trapo, de Álvaro de Campos que é um dos heterónimos de Fernando Pessoa, em vídeo. Composto com imagens descritivas dos significados do poema.
3
Sinopse
O poema Trapo de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, transmite-nos a tristeza que ele sente naquele dia, desde o momento que é acordar para a vida; e o produto final é a ideia de estar sozinho a solidão interna e tudo o que compõe o interior e o sentimento. O que sentimos devido a certos acontecimentos marcantes.
O interior da personagem é apresentado por ideias chave que é preciso associar ao que nos faz mudar de atitudes e ao que é ser um “trapo” na nossa vida.
4
Storyline
5
Pesquisa Factual
Filme do Desassossego – João Botelho
http://www.fpessoa.com.ar/
http://www.fpessoa.com.ar/poesias.asp?Poesia=271
Poema:
Trapo
O dia deu em chuvoso. A manhã, contudo, esteve bastante azul. O dia deu em chuvoso. Desde manhã eu estava um pouco triste.
Antecipação? Tristeza? Coisa nenhuma? Não sei: já ao acordar estava triste. O dia deu em chuvoso.
Bem sei: a penumbra da chuva é elegante. Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante. Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante. Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante? Dêem-me o céu azul e o sol visível. Névoa, chuvas, escuros — isso tenho eu em mim.
Hoje quero só sossego. Até amaria o lar, desde que o não tivesse. Chego a ter sono de vontade de ter sossego. Não exageremos! Tenho efetivamente sono, sem explicação. O dia deu em chuvoso.
Carinhos? Afetos? São memórias... É preciso ser-se criança para os ter... Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro! O dia deu em chuvoso.
Boca bonita da filha do caseiro, Polpa de fruta de um coração por comer... Quando foi isso? Não sei... No azul da manhã...
O dia deu em chuvoso.
6
Casa do penedo
http://www.youtube.com/watch?v=gAh_HV0APUk
http://www.youtube.com/watch?v=gAh_HV0APUk
Alvão
http://www.youtube.com/watch?v=TAWawpWbmqk
7
Pesquisa Estética
http://www.youtube.com/watch?v=OTjP82ZmkO8
O filme do Desassossego – João Botelho
8
Pesquisa Técnica
Timelapse: processo cinematográfico em que a frequência de cada fotograma por segundo de filme é muito menor do que aquela em que o filme será reproduzido. Quando visto a uma velocidade normal, o tempo parece correr mais depressa e assim parece saltar (lapsing).
Contraluz: Consiste em ter um objeto em frente a uma luz, e então apenas a silhueta é apresentada.
Travelling: movimento na horizontal ou na vertical, na qual a camara e tudo que a segura move-se numa direção.
9
Guião Literário
Cena 1
EXT. - ALVÃO - AMANHECER
As nuvens do mau tempo aparecem num dia de sol. Apenas as nuvens se mexem com o vento mudando de forma e a cada vez o dia agradável passa a um dia nublado e frio.
Nuvens e a luz do amanhecer fazem uma contraluz nas folhas de papel a voam com o vento pela paisagem fora.
Cena 2
EXT. – VILA REAL (RUA DIREITA) - AMANHECER
Trapo de pano mexe juntamento com o pouco vento que lhe é depositado; e tudo que o rodeia se mexe como se o tempo fosse acelerado.
Plantas mexem-se com o vento e alguém de costas passa, um pouco distante.
Pessoa caminha em direção á sombra (local escuro), pelo paralelo húmido e sujo, tendo os pés descalços como um pobre.
Mãos enegrecidas e calosas, da pouco feliz vida que levam, esfregam-se devido ao frio.
Essa pessoa com uma idade por volta dos 20/25 anos, com um aspeto de abandono (cabelo gadelhudo e barba por fazer), sentado num bando de rua um pouco afastado de tudo o que o rodeia.
Cena 3
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE -
Pessoa com idade acima dos 40 anos com ar sério e maduro, a recitar o poema de Álvaro de Campos, “Trapo”. A luz projetada sobre si dá-lhe o contraste total do fundo negro.
Cena 4
EXT. – FAFE (PARDELHAS) - DIA
A luz ao fundo do túnel vê-se distante e cada vez mais se afasta, e no final v. Enquanto se ouve o a linha 2 e 3 do poema.
10
Cena 5
EXT. – VILA REAL (RUA DIREITA) – DIA
Enquanto a linha 4 do poema é recitada pela voz da pessoa com mais idade, vê-se que a personagem de rua passa o seu olhar do além para o paralelo negro e gasto.
Cena 6
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE -
Luz forte projetada no rosto da personagem que recita a linha 5 do poema, da-lhe um ar sério e dramático á exposição do seu interior.
Cena 7
INT. – JANELA – DIA
Gotas de chuva escorrem pela janela como lágrimas de uma pessoa que sofre no seu interior. E a voz profunda e sentimental expõe a linha 6 e 7 do poema “Trapo”
Cena 8
INT. – FUNDO NEGRO – NOITE
Pessoa leva um cigarro á boca, acende-o e fuma-o realçando a ideia de que o seu fumo é o ar que todos nós respiramos normalmente, (inspirar e expirar sequencialmente). Assim é acompanhado pelas linhas 8, 9 e 10.
Cena 9
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
Frontalmente e personagem recita a linha 11 e 12, dramatizada pela sua composição. Apagando-se as luzes no final da frase.
Cena 10
– NEGRO -
Após a escuridão da luz apagada, ouve-se a linha 13, com a imposição do dramatismo presente pela voz madura.
11
Cena 11
EXT. – FAFE (LAGOA) – DIA
Pessoa com a sua solidão e sofrimento encontra-se sentada num sofá roto e furado do seu uso e sacrifício dos anos passados, num descampado onde apenas só se vê o poder da angústia do mesmo.
A presença da personagem é substituída pela sua ausência.
Toda esta ação sobrenatural é acompanhada pela recitação das linhas 14 e 15.
Cena 12
EXT. – FAFE (BARRAGEM DE QUEIMADELA) – DIA
Águas calmas e serenas são acompanhadas pela forte presença das linhas 16 e 17 do poema. De repente sai uma pessoa da água, como alguém que se quisesse expor, mudar o que o rodeava e recomeçar tudo.
A nossa personagem está acordada a ver o “passado”, junto de um riacho que passa entre a dura que é a vida, os penedos, sendo acompanhado pela linha 18 e 19.
Cena 13
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
Recitador, dramático expõe a linha 20 e 21 como se viesse do seu sentimento interior e que o marca e marcou no passado; sentado e cansado do passado.
Cena 14
EXT. – FAFE (CASA DO PENEDO) – DIA
De frente para o sol, escrevendo, a personagem de rua está frustrada por nada lhe correr bem rica e anula o que tinha exposto do seu interior.
Cena 15
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
A expressão facial de cerca de 10 a 15 mulheres com idades entre os 60 e os 6 anos, a levar uma maçã vermelha á boca e a dar uma trica. A sua apresentação vai decrescendo dando a ideia de que o que tinha acontecido foi no passado, infância. É acompanhado pelo som das linhas 24, 25, 26 e 27 do poema.
12
Cena 16
INT. – ESTÚDIO, FUNDO NEGRO E LUZ FORTE –
A personagem encontra-se a pé e a recitar a ultima frase do poema, em que após ter acabado sai para a sua esquerda desanimado e a olhar para o chão.
13
Storyboard
14
15
16
17
18
Guião Técnico
Cen
a 1
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Ext Natural Camara de filmar/teleobjetiva/tripé
Contra-picado
Plano Geral
Fixo Começam a aparecer nuvens no céu; mau tempo
Vento suave de fundo
Apenas se vê o céu e a mudança temporal; timelapse
2 Ext Natural (Contra-luz)
Camara de filmar/Grande angular/tripé
Normal Plano Geral
Fixo Folhas de papel voam pela paisagem
Vento suave de fundo
Cen
a 2
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé
normal Plano conjunto
Fixo Trapo velho mexe-se com o vento
Som do movimento de pessoas numa cidade ao amanhecer
O trapo deve estar no primeiro plano e deve mostrar o que o rodeia em timelapse
19
2 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé
normal Primeiro plano
Travelling na lateral
Plantas a mexer com o vento e um vulto passa de costas em frente as plantas
Som do movimento de pessoas numa cidade ao amanhecer
3 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé
Contra-picado
Plano Medio
Fixo Pessoa caminha pelo paralelo húmido, em direção a zona com sombra
Personagem leva os pés descalços
4 Ext Natural Camara de filmar/tele objetiva
Picado Plano Pormenor
Fixo Mão com calos e negras esfregam-se
Ouve-se a respiração de uma pessoa
5 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/tripé
Contra-picado
Plano Conjunto
Travelling na lateral
Pessoa sentada num banco, sozinha
A pessoa está sentada no segundo banco
Cen
a 3
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
20
1 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Grande angular/tripé
Normal Plano Americano
fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 1 do poema “Trapo”
“O dia deu em chuvoso.”
Fundo negro
Cen
a 4
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular
Normal Plano Geral
Travelling (frente para trás)
Vê-se luz ao fundo do túnel, e no final um vulto atravessa a fonte de luz (túnel)
“A manhã, contudo, esteve bastante azul.O dia deu em chuvoso.”
Cen
a 5
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
21
1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular
Normal Plano Geral
Camara subjetiva
Personagem passa o olhar do além para o chão em paralelo
“Desde manhã eu estava um pouco triste.”
Cen
a 6
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal PAP fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 5 do poema “Trapo”
“Antecipação?” Fundo negro
2 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal Close Up
Fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 5 do poema “Trapo”
“Tristeza? Coisa nenhuma?”
Fundo negro
Cen
a 7
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
22
1 Int Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal Plano Geral
Fixo Janela com gotas de chuva escorrem como se fossem lágrimas
“Não sei: já ao acordar estava triste.O dia deu em chuvoso.”
Cen
a 8
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal Plano Pormenor
Fixo Pessoa leva cigarro á boca
“Bem sei: a penumbra da chuva é elegante. ”
Fundo negro
2 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal Plano Pormenor
Fixo Acende o cigarro
“Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante. ”
Fundo negro
3 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal Plano Pormenor
Fixo Fuma o cigarro como se fosse o seu ar puro.
“Bem sei: ser susceptível às mudanças de luz não é elegante.”
Fundo negro
Cen
a 9
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
23
1 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal Plano Medio
fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 11 e 12 do poema “Trapo”.No final de recitar apagam-se as luzes
“Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?Dêem-me o céu azul e o sol visível.”
Fundo negro
Cen
a 10
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Camara de filmar/Grande angular/tripé
Normal fixo Apenas se houve a linha 13 do poema.
“Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?Dêem-me o céu azul e o sol visível.”
Houve-se um interruptor.
Fundo negro
Cen
a 11
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
24
1 Ext Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé
Normal Plano Geral
Fixo (ou travelling)
Sentado num sofá velho e roto, sozinho num descampado.
“Hoje quero só sossego.Até amaria o lar,(…)”
Linha 14, e metade da 15
2 Ext Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé
Normal Plano Geral
Fixo (ou travelling)
Sofá velho e roto, num descampado.
“(…) desde que o não tivesse.”
Som de uma rajada de vento quando ele desaparece
A mesma posição do plano 1, mas agora sem a personagem.
O resto da linha 15
Cen
a 12
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/Tripé
Normal Plano Conjunto
Fixo Águas de barragem calmas e serenas
“Chego a ter sono de vontade de ter sossego. ”
Som natural
Linha 16
2 Ext Natural Camara de filmar/Tele
Normal Plano medio
Fixo Nas mesmas
“Não exageremos!”
Som dele a
Linha 17
25
Objetiva/Tripé águas sai uma pessoa como se fosse um peixe a saltar da água, sentir-se livre
sair da água
3 Ext Natural Camara de filmar/ Tele Objetiva /Tripé
Normal Cose Up
Fixo Personagem a pensar na vida, a olhar em frente
“Tenho efetivamente sono, sem explicação.”
Linha 18
4 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/Tripé
Picado Plano Conjunto
Fixo Personagem no mesmo local mas de costas, e vê-se o riacho e as pedras
“O dia deu em chuvoso.”
Linha 19
Cen
a 13
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
26
1 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal PAT fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 20 e 121 do poema “Trapo”.No final de recitar apagam-se as luzes
“Carinhos? Afetos? São memórias...”
Fundo negro; linha 20
2 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal Close Up
fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 20 e 21 do poema “Trapo”.No final de recitar apagam-se as luzes
“É preciso ser-se criança para os ter...”
Fundo negro; linha 21
Cen
a 14
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Ext Natural Camara de filmar/Grande angular/Tripé
Normal Plano Conjunto
Fixo Personagem sentado na casa do penedo, escreve em folhas de papel.
“Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!”
Som natural; natureza
Personagem em contraluz; Linha 22
27
2 Ext Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé
Normal PAT Fixo Personagem risca e rasga as folhas que tinha escrito
“O dia deu em chuvoso.”
Som de uma tempestade
Personagem em contraluz; Linha 23
Cen
a 15
Dat
a
Nº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Normal Close Up
fixo Mulheres desde os 60 até aos 6 anos a morder uma maça
“Boca bonita da filha do caseiro,Polpa de fruta de um coração por comer...Quando foi isso? Não sei...No azul da manhã...”
Deve ser rítmico, começar lentamente; no final, acaba com a imagem fixa da menina de 6 anos a mascar a maça;Fundo negro; linha 24, 25, 26, 27
28
Cen
a 16
Dat
aNº Plano
Int/Ext
Iluminação Equipamento Angulo Escala Movimento
Acção Texto Som Tempo Tempo Acomulativo
Obs.
1 Int Artificial; luz direta
Camara de filmar/Grande angular/tripé
Normal; 3/4
PAm fixo Pessoa acima dos 40 anos recita a linha 28 poema “Trapo”.No final de recitar apagam-se as luzes
“O dia deu em chuvoso.”
Personagem quando acaba de recitar e sai para o seu lado direito; Fundo negro; linha 28
29
Mapa de Rodagem
Data Local Cena Iluminação Equipamento Equipa Personagens Logística Obs.Outubro/Novembro
Alvão 1 Natural Camara de filmar/Tele objetiva/Grande Angular/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Carro, Lanche, PC, folhas de papel
Novembro Vila Real (Rua Direta)
2 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Grande Angular/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Rua
Novembro Estúdio 3 Artificial; luz direta
Camara de filmar/Grande Angular/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Estúdio
Novembro Fafe (Pardelhas) 4 Natural Camara de filmar/Grande angular
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Rua
Carro
Novembro Vila Real (Rua direita)
5 Natural Camara de filmar/Grande angular
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Rua
Novembro Estúdio 6 Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Estúdio
Outubro Janela de uma casa
7 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de
Personagem de Rua
30
FotografiaNovembro Fundo Negro 8 Artificial; luz
diretaCamara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Rua
Novembro Estúdio 9 Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Estúdio
Fundo Negro 10 Camara de filmar/Grande angular/tripé
Novembro Fafe (Lagoa) 11 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Rua
Carro, Lanche
Novembro Fafe (Barragem de Queimadela)
12 Natural Camara de filmar/Tele objetiva/Grande Angular/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Rua
Carro, Lanche, Toalhas
Novembro Estúdio 13 Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Estúdio
Novembro Fafe (Casa do penedo)
14 Natural Camara de filmar/Tele Objetiva/Tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Personagem de Rua
Carro, Lanche
Novembro Estúdio 15 Artificial; luz direta
Camara de filmar/Tele Objetiva/tripé
Realizadores, Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Mulheres desde os 60 até aos 6 anos
Novembro Estúdio 16 Artificial; luz Camara de Realizadores, Personagem de
31
direta filmar/Grande angular/tripé
Operadores de Camara, Diretores de Fotografia
Estúdio
32
Anexos
Análise do poema
É notável que o sujeito poético se sente cansado, e o estado do tempo parece exprimir o seu estado de espírito: tal como o dia está chuvoso, também o sujeito poético parece triste e carregado de mágoa;
Todavia denotamos que o estado do tempo não foi chuvoso o dia todo – de manhã estava sol – quiçá esta manhã e este dia sejam uma alusão ao sujeito poético: o dia é a vida do sujeito poético, e a manhã tal como é o início do dia, será também o início da vida do sujeito poético, remetendo-nos para a sua infância, e as saudades que o mesmo sente desta;
Percebemos ainda que o sujeito poético pretende ficar na sua própria sombra, discreto, sem grandes alusões em torno da sua imagem, provavelmente devido ao desânimo que sente dentro de si mesmo;
A confirmação do estado de espírito do sujeito poético é dada pela enunciação de que em si tem elementos com conotação negativa tal como o nevoeiro; é aqui também que o sujeito lança o apelo de lhe ser dada luz, sol e o céu – o belo, o claro, a luz, o infinito. Esta última ideia leva-nos a crer que o sujeito poético tenta mudar o estado em que se encontra, ou pelo menos, pretende fazê-lo.
Nota-se ainda que há inquietação na alma do sujeito poético, levando-o a procurar o sossego, e o conforto que poderia ser dado por um lar – contudo não deseja a pertença – como se esta impedisse o seu bem estar.
Entende-se o tédio que o sujeito sente, o sono, que poderá ser a sua tentativa de evasão terrena, alienação quase.
O sujeito poético remete-nos agora para uma parte da sua vida onde parece ter sido feliz e amado: a sua infância, recordando-a com nostalgia.
Contudo, demonstra que a infância é a “madrugada perdida”, ou seja, não voltará a esse período áureo da sua vida, onde foi, efetivamente, feliz.
33
Há aqui referência a uma figura feminina, talvez enquanto criança/adolescente, devido á simplicidade e carinho com que é descrita “a filha do caseiro”, quiçá um amor na vida do sujeito poético, amor esse, contudo, também irremediavelmente perdido a seus olhos.
O poema é então concluído com o sujeito poético a afirmar que o dia deu em chuvoso, o que nos pode remeter para o facto de, apesar de ter tido uma infância alegre, com amor, da qual tem saudade, o que é certo é que no momento presente sente-se desolado, triste, com sono, como se o facto de viver o cansasse.
Analisado por: Daniela Leal, estudante de Psicologia da FLUP
34