Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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D O S S I Ê T É C N I C O F ARINHAS NÃO TRADICIONAIS Lilian Guerreiro REDETEC - Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro Novembro, 2006

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Page 1: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

D O S S I Ecirc T Eacute C N I C O

FARINHAS NAtildeO TRADICIONAIS

Lilian Guerreiro

REDETEC - Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Novembro 2006

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DOSSIEcirc TEacuteCNICO

Sumaacuterio Tiacutetulo 3 Assunto 3 Resumo 3 Palavras chave 3 Conteuacutedo 3 1 Objetivo 3 2 Farinha de mandioca 3 21 Fluxograma de processo 4 22 Descriccedilatildeo do processo 5 221 Descasque 5 222 Trituraccedilatildeo 5 223 Prensagem 5 224 Extraccedilatildeo do amido 5 225 Trituraccedilatildeo 5 226 Secagem 5 227 Refinaccedilatildeo 5 228 Secagem 5 3 Farinha de banana 5 31 Fluxograma de processamento 6 32 Descriccedilatildeo das etapas de procesamento 6 321 Colheita e transporte 7 322 Recepccedilatildeo e despencamento 7 323 Lavagem 7 324 Maturaccedilatildeo 7 325 Descascamento 8 326 Corte 8 327 Sulfitaccedilatildeo 8 328 Carregamento das bandejas 9 329 Secagem em cacircmara 9 3210 Moagem 10 3211 Embalagem e acondicionamento 10 4 Farinha de milho 10 41 Mateacuteria prima 10 42 Fluxograma de processo 11 43 Etapa de produccedilatildeo 11 431 Estocagem 11 432 Canjicamento 11 433 Maceraccedilatildeo 11 434 Moagem uacutemida 11 435 Forno rotativo 11 436 PesagemEmpacotamento 12 5 Farinha instantacircnea de amaranto 12 51 Processamento 12 511 Variaacuteveis independentes 12 512 Variaacuteveis dependentes 12 52 Fluxograma de processo 12 53 Equipamento necessaacuterio 13 6 Farinha de arroz 13 7 Farinha de maracujaacute 14 71 Fluxograma 14

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72 Equipamentos baacutesicos 14 73 Descriccedilatildeo do processo 14 731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima 14 732 Seleccedilatildeo inicial 15 733 Lavagem e sanificaccedilatildeo 15 734 Corte 15 735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes 15 736 Desidrataccedilatildeo 15 737 Desintegraccedilatildeo 15 738 Peneiragem 15 739 PesagemAcondicionamentoRotulagem 15 8 Farinha de peixe 16 81 Introduccedilatildeo 16 82 Processo de produccedilatildeo 16 821 Cozimento 16 822 Prensagem 16 822 Secagem 16 823 Moagem e empacotamento 16 83 Equipamentos utilizados 16 9 Farinha de carne 17 91 Introduccedilatildeo 17 92 Processo farinha Tankagem 17 921 Mateacuteria-prima 17 922 Cozimento 17 923 Separaccedilatildeo 17 924 Sobrenadante 17 925 Moagem 18 926 Homogeinizaccedilatildeo 18 927 Secagem 18 93 Farinha de carne propriamente dita 18 94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne 18 Conclusotildees e recomendaccedilotildees 18 Referecircncias 19 Anexos 20 1 Fornecedores de equipamentos 20 2 Legislaccedilatildeo 21 3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta 21

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DOSSIEcirc TEacuteCNICO

Tiacutetulo

Farinhas natildeo tradicionais

Assunto

Moagem fabricaccedilatildeo de produtos amilaacuteceos e de raccedilotildees balanceadas para animais

Resumo

Informaccedilotildees sobre a produccedilatildeo de farinhas natildeo tradicionais tais como farinha de banana farinha de arroz farinha de mandioca farinha de peixe farinha de maracujaacute farinha de milho e farinha de carne

Palavras chave

Farinha alimento produccedilatildeo fabricaccedilatildeo de farinha farinha de peixe farinha de mandioca farinha de banana farinha de amaranto farinha de arroz farinha de maracujaacute farinha de carne farinha de milho

Conteuacutedo

1 Objetivo

Informaccedilotildees sobre como produzir farinhas natildeo tradicionais como farinha de mandioca farinha de banana farinha de amaranto farinha de arroz farinha de maracujaacute farinha de peixe e farinha de carne

2 Farinha de mandioca

A produccedilatildeo de farinha de mandioca eacute uma atividade bastante comum entre os produtores de mandioca realizada de forma rudimentar e com poucas ferramentas de trabalho

As etapas de processamento de mandioca satildeo semelhantes para as diferentes regiotildees do Brasil seguindo o ritual de colher a mandioca transportar ateacute a farinheira descascar manualmente as raiacutezes triturar prensar torrar a massa peneirar e ensacar a farinha Nos locais onde eacute utilizada a mandioca braba (variedade conhecida como mucuruna) que produz uma farinha grossa de coloraccedilatildeo amarela as raiacutezes satildeo colocadas submersas na em aacutegua ( normalmente dentro de tambores) por um periacuteodo de dois dias ou ateacute ficar mole antes de ser triturada Este processos recebe o nome de buba

O primeiro passo para a produccedilatildeo da farinha de mandioca eacute a colheita que normalmente natildeo utiliza nenhum equipamento mecanizado sendo os peacutes de mandioca arrancados da terra com as matildeos ou no maacuteximo com o auxiacutelio de enxada enxadatildeo ou paacute Em seguida separam-se as raiacutezes da cepa com as proacuteprias matildeos utilizando faca ou facatildeo apenas para as raiacutezes mais duaras e fibrosas No momneto da colheita costumeiramente as raiacutezes satildeo amontoadas para posteriormente serem transportadas para a farinheira

O transporte uilizado varia de acordo com a distacircncia entre a lavoura e a farinheira dependendo tambeacutem das condiccedilotildees financeiras de cada agricultor quando existe proximidade entre a lavoura e a farinheira as raiacutezes de mandioca satildeo transportadas em carrinho de matildeo ou carroccedilas para distacircncias maiores satildeo utilizados tratores com carretas e caminhotildees

A mandioca destinada agrave fabricaccedilatildeo de farinha deve ser satilde e com boas qualidades

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organoleacutepticas Uma seleccedilatildeo eacute necessaacuteria para separar as reaiacutezes que natildeo satildeo de boa qualidade para o processo de fabricaccedilatildeo

Durante o processo de fabricaccedilatildeo deve-se tomar cuidado para natildeo haver contaminaccedilatildeo cruzada Por isso natildeo devem ser misturados os produtos de diferentes etapas do processo ( por exemplo a mateacuteria-prima e o produto acabado) o fluxo deve ser contiacutenuo e racional evitando caminhadas desnecessaacuterias e perda de tempo durante a fabricaccedilatildeo

O manipulador deve seguir alguns cuidados como lavar as matildeos entre cada etapa do processo Os utensiacutelios que foram usados para a mateacuteria-prima tecircm que ser lavados antes de serem usados em outra etapa

O proceso de fabricaccedilatildeo deve ser supervisionado por um responsaacutevel de produccedilatildeo competente As diferentes etapas de processamento devem ser feitas no mesmo dia a fim de evitar a contaminaccedilatildeo do produto

As embalagens usadas devem ser especiacuteficas para o alimento devendo ser estocadas em boas condiccedilotildees para notildea contaminar o produto Deve-se ter um responsaacutevel pela qualidade na faacutebrica para controlar as boas praacuteticas de higiene e fabricaccedilatildeo aleacutem do comportamento dos manipuladores

As condiccedilotildees da estocagem tecircm que ser adaptadas a cada tipo de produto acabado A data de vencimento deve ser colocada no roacutetulo e depende das condiccedilotildees de processo transformaccedilatildeo de estocagem de transporte e de comercializaccedilatildeo A estocagem transporte e comercializaccedilatildeo devem ser feitos de acordo com as normas de higiene e qualidade para que o produto natildeo seja contaminado apoacutes processamento e desta maneira estaje fora dos padrotildees de qualidade organoleacuteptica e possa prejudicar a sauacutede do consumidor

21 Fluxograma de processo

Descasque

1ordm Trituraccedilatildeo

Prensagem

Manipueira

Extraccedilatildeo do amido

2ordm Trituraccedilatildeo

Secagem

Refinaccedilatildeo

Secagem

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Ensacamento

22 Descriccedilatildeo do processo

221 Descasque

Nessa etapa remove-se as camadas externas da raiz ou cascas(raspas) o que eacute tradicionalmente feito de uma forma manual

222 Trituraccedilatildeo

A trituraccedilatildeo das raiacutezes eacute feita em maacutequinas cevadoras com motor eleacutetrico ou a diesel As cevadoras natildeo dispotildeem de dispositivos de proteccedilatildeo aos trabalhadores que as alimentam na maioria das vezes manualmente com mandioca

223 Prensagem

Consiste na remoccedilatildeo do liacutequido interno da raiz (manipueira) submetendo-se a espremedura Esse processo eacute muito importante por ser responsaacutevel por grande reduccedilatildeo da sua toxidade Quando as prensas satildeo eletromecanizadas a massa triturada eacute colocada em sacos de fibra (sinteacutetica) que satildeo geralmente sobrepostos em pilhas de cinco e colocados dentro de uma espeacutecie de barril onde satildeo submetidos a uma pressatildeo hidraacuteulica durante aproximadamente 1 hora A manipueira geralmente escorre a ceacuteu aberto causando poluiccedilotildea do ambiente

224 Extraccedilatildeo do amido

Esta etapa opcional e pode ser feita com duas finalidades para consumo proacuteprio o amido eacute retirado da manipueria deixa-se parte da manipueira recolhida sob a prensa em gamelas em repouso permitindo que o amido se deposite

para comercializaccedilatildeo o amido eacute retirado da massa triturada atraveacutes de sucessivas lavagens da mesma permitindo que o amido se sedimente a massa lavada eacute entatildeo processada normalmente para obtenccedilatildeo de farinha ( Obs Esse procedimento natildeo eacute muito praticado pois afirma-se que a lavagem da massa natildeo eacute lucrativa pois reduz o rendimento e a qualidade da farinha)

225 Trituraccedilatildeo

Depois de prensada a massa volta ao cevador para desfazer (esfarelar) os grandes blocos formados durante a prensagem

226 Secagem

A secagem da massa prensada eacute retriturada num forno chamado forno de embolar com o objetivo de retirar ao maacuteximo a umidade da massa

227 Refinaccedilatildeo

A refinaccedilatildeo eacute realizada para obtenccedilatildeo de farinha com gratildeos de tamanho mais uniforme

228 Secagem

Essa etapa tem o objetivo de torrar a farinha

3 Farinha de banana

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A farinha de banana eacute obtida pela secagem natural isto eacute exposiccedilatildeo ao sol ou artificial exposiccedilatildeo ao ar quente em equipamentos apropriados A exposiccedilatildeo direta ao sol pode apresentar o inconveniente de contaminaccedilatildeo por bolores e insetos

Existem dois tipos de farinha de banana classificadas de acordo com o estaacutedio de maturaccedilatildeo da mateacuteria-prima utilizada no processamento farinha de banana verde e farinha de banana madura

A farinha de banana madura eacute produzida a partir de banana com 75 de amadurecimento ou seja com a casca quase amarela e as extremidades ainda verdes apresentando um teor de amido em torno de 6 a 7

A farinha de banana verde eacute produzida a partir de banana verde com baixo teor de accediluacutecares ( cerca de 05 a 1) apresentando a casca e as extremidades de coloraccedilatildeo totalmente verde A farinha produzida a partir das bananas verdes natildeo tem sabor acentuado caracteriacutestico de banana Este sabor eacute mais pronunciado no caso de farinha de banana madura poreacutem o processo e desidrataccedilatildeo deve ser mais elaborado

A farinha de banana pode ser produzida praticamente de todas as variedades de banana mas geralemnte satildeo utilizadas as do subgrupo cavendish nanica ou nanicatildeo

31 Fluxograma de processamento

Colheita

Transporte

Recepccedilatildeo (banana verde em cachos)

Seleccedilatildeo dos cahos

Despencamento

Lavagem Lavagem

Maturaccedilatildeo em cacircmaras

Descascamento Descascamento

Corte Corte

Sulfitaccedilatildeo Sulfitaccedilatildeo

Carregamento das bandejas Carregamento das bandejas

Secagem em cacircmara Secagem em cacircmara

Moagem Moagem

Embalagem Embalagem

Armazenamento Armazenamento

Farinha de banana madura Farinha de banana verde

32 Descriccedilatildeo das etapas de procesamento

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321 Colheita e transporte

Um dos indicadores do completo desenvolvimento fisioloacutegico da banana que determina a sua colheita eacute o desaparecimento das quinas dos frutos Este fator eacute aplicado somente para cultivares nanica nanicatildeo maccedilatilde e prata Para estas cultivares os cachos natildeo devem ser colhidos se ainda apresentam na superfiacutecie angulosidades muito pronunciadas isto eacute natildeo tenham atingido o seu desenvolvimento normal porque as bananas natildeo amadurecem satisfatoriamente Se o amadurecimento ocorrer este seraacute relativamente mais demorado as frutas teratildeo sabor amilaacuteceo e conteratildeo menos accediluacutecar do que aquelas colhidas em estaacutedio mais avanccedilado de desenvolvimento

A mediccedilatildeo do diacircmetro da fruta para fins de colheita eacute feita nas pencas situadas quase no meio do cacho ou seja na quarta ou quinta penca a contar de cima para baixo A colheita pode ser realizada em diferentes estaacutedios de desenvolvimento dos frutos dependendo do fim a que se destina o produto e da distacircncia do mercado consumidor Para a produccedilatildeo de farinha de banana deve-se colher no estaacutedio de desenvolvimento correspondente a frac34 gorda ou seja 34 e 36 mm de diacircmetro para os cultivares nanica e nanicatildeo respectivamente

322 Recepccedilatildeo e despencamento

Os cachos satildeo retirados do veiacuteculo de transporte e colocados na plataforma de recepccedilatildeo Na plataforma as frutas seratildeo separadas em cultivares sendo posteriormente despencadas Os cachos recebidos apresentam diferentes graus de maturaccedilatildeo entre si ocorrendo o mesmo com as pencas de um mesmo caho devido agrave abertuta das braacutecteas do coraccedilatildeo que ocorre em dias consecutivos ou alternados Isto faz com que as uacuteltimas pencas sejam de 10 a 20 dias mais jovens que as primeiras dependendo da eacutepoca do ano provocando desuniformidade no grau de maturaccedilatildeo de um lote de bananas Eacute conveniente separar as bananas recebidas em duas porccedilotildees uma contendo pencas mais desenvolvidas e outra contendo as restantes o que possibilita um amadurecimento mais uniforme

323 Lavagem

Apoacutes o despencamento os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos No caso de se utilizar tratamento quiacutemico eacute conveniente que este seja feito apoacutes a lavagem das frutas em tanque separado

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento e torna mais faacutecil atingir a temperatura de 20ordmC ideal para o amadurecimento das frutas para processamento industrial No caso da utilizaccedilatildeo de banana verde a lavagem facilita tambeacutem a remoccedilatildeo da casca Para o fluxo de produccedilatildeo de farinha de banana verde visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada ( 5 ppm) agrave temperatura de 40-45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70-75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5-6 minutos

324 Maturaccedilatildeo

A maturaccedilatildeo controlada eacute feita em cacircmaras especialmente construiacutedas para este fim Estas cacircmaras possuem exaustores os quais satildeo responsaacuteveis pela renovaccedilatildeo do ar interno da cacircmara Estas cacircmaras podem ser construiacutedas em alvenaria ou preacute-moldadas As paredes o teto e o piso devem possuir isolamento teacutermico de estiropor ou poliuretano com espessura miacutenima de 4 polegadas A porta deve apresentar um bom isolamento e ser hermeacutetica a fim de evitar a perda do gaacutes ativador da maturaccedilatildeo As bananas satildeo geralmente armazenadas na cacircmara de maturaccedilatildeo em caixas de polietileno

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Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturaccedilatildeo uniforme principalmente o etileno que eacute utilizado em uma mistura com nitorgecircnio ( 5 etileno balanccedilo nitrogecircnio) O gaacutes eacute aplicado na proporccedilatildeo de 6 em relaccedilatildeo ao volume interno da cacircmara injetado em trecircs etapas cada uma a 2 do volume da cacircmara

Durante a maturaccedilatildeo as frutas absorvem oxigecircnio (O2) liberando gaacutes carbocircnico (CO2) portanto aumentando-se o teor de oxigecircnio na cacircmara acelera-se a maturaccedilatildeo Para manter uma concentraccedilatildeo de gaacutes carbocircnico baixa eacute necessaacuterio fazer a exaustatildeo do ar da cacircmara eliminando dessa forma o CO2 e permitindo a entrada de novo ar A circulaccedilatildeo do ar nas cacircmaras atraveacutes de ventiladores tem a finalidade de igualar as condiccedilotildees de atmosfera permitindo uma distribuiccedilatildeo homogecircnea do gaacutes ativado Outra finalidade eacute facilitar a saiacuteda do CO2 do interior da fruta assim como a entrada do gaacutes ativador

A maturaccedilatildeo estaacute relacionada com a temperatura e a umidade relativa A umidade relativa eacute outro elemento indispensaacutevel no ambiente de maturaccedilatildeo A fruta perde constantemente umidade atraveacutes da respiraccedilatildeo o que deve ser controlado para evitar o seu muschamento e a perda excessiva de peso assim como a casca de se tornar enrugada e de coloraccedilatildeo opaca A umidade relativa na cacircmara deve ser mantida em torno de 85 a 95 agrave temperatura de 18ordmC A umidade pode ser injetada na cacircmara por meio de umidificadores que satildeo colocados em frente do evaporador

325 Descascamento

O estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute decorrente do produto final desejado No caso da farinha de banana verde as frutas devem apresentar-se no ponto 1 da Escala de Maturaccedilatildeo mostrada abaixo Para a farinha de banana madura o estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute quando elas de apresentam amarelas com extremidades verdes ponto 5 da escala

Tabela 1 Escala de maturaccedilatildeo de banana segundo o aspecto teores de accediluacutecar e amido Aspecto da fruta Amido () Accediluacutecar () 1 verde 215 a 195 01 a 20 2 verde com traccedilos amarelos 195 a 165 20 a 50 3 mais verde que amarela 180 a 145 35 a 70 4 mais amarela que verde 150 a 90 60 a 120 5 amarela com extremidade verde 105 a 25 100 a 180 6 inteiramente amarela 40 a 10 165 a 195 7 amarela com pequenas manchas pretas 25 a 10 175 a 190 8 amarela com grandes manchas pardas 15 a 10 185 a 190 ( Fonte Haendler 1966)

As bananas satildeo descascadas manualmente As cascas e frutas descartadas seratildeo lanccediladas em recipientes localizadas na parte posterior da mesa de descascamento de onde seratildeo retirados periodicamente As bananas podem ser descascadas com o auxiacutelio de facas de accedilo inoxidaacutevel nunca usar facas de ferro pois estas provocam escurecimento da fruta Depois de descascadas retirar as imperfeiccedilotildees manchas e partes estregadas da fruta para evitar prejuiacutezos agrave qualidade da farinha a ser produzida

Agrave medida que vatildeo sendo descascadas as bananas devem ser imediatamente cortadas de tal forma em que o periacuteodo entre o descascamento corte e sulfitaccedilatildeo seja o menor possiacutevel

326 Corte

As bananas podem ser fatiadas em rodelas de 1 a 2 cm de espessura ou cortadas longitudinalmente em fatias No caso especiacutefico da banana verde esta pode ser cortada tambeacutem em cubos embora seja usual o corte em rodelas Estes cubos devem ter cerca de 1 cm de aresta

327 Sulfitaccedilatildeo

A sulfitaccedilatildeo eacute um tratamento antioxidante que evita o escurecimento e alteraccedilotildees no sabor

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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22

SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 2: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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DOSSIEcirc TEacuteCNICO

Sumaacuterio Tiacutetulo 3 Assunto 3 Resumo 3 Palavras chave 3 Conteuacutedo 3 1 Objetivo 3 2 Farinha de mandioca 3 21 Fluxograma de processo 4 22 Descriccedilatildeo do processo 5 221 Descasque 5 222 Trituraccedilatildeo 5 223 Prensagem 5 224 Extraccedilatildeo do amido 5 225 Trituraccedilatildeo 5 226 Secagem 5 227 Refinaccedilatildeo 5 228 Secagem 5 3 Farinha de banana 5 31 Fluxograma de processamento 6 32 Descriccedilatildeo das etapas de procesamento 6 321 Colheita e transporte 7 322 Recepccedilatildeo e despencamento 7 323 Lavagem 7 324 Maturaccedilatildeo 7 325 Descascamento 8 326 Corte 8 327 Sulfitaccedilatildeo 8 328 Carregamento das bandejas 9 329 Secagem em cacircmara 9 3210 Moagem 10 3211 Embalagem e acondicionamento 10 4 Farinha de milho 10 41 Mateacuteria prima 10 42 Fluxograma de processo 11 43 Etapa de produccedilatildeo 11 431 Estocagem 11 432 Canjicamento 11 433 Maceraccedilatildeo 11 434 Moagem uacutemida 11 435 Forno rotativo 11 436 PesagemEmpacotamento 12 5 Farinha instantacircnea de amaranto 12 51 Processamento 12 511 Variaacuteveis independentes 12 512 Variaacuteveis dependentes 12 52 Fluxograma de processo 12 53 Equipamento necessaacuterio 13 6 Farinha de arroz 13 7 Farinha de maracujaacute 14 71 Fluxograma 14

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72 Equipamentos baacutesicos 14 73 Descriccedilatildeo do processo 14 731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima 14 732 Seleccedilatildeo inicial 15 733 Lavagem e sanificaccedilatildeo 15 734 Corte 15 735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes 15 736 Desidrataccedilatildeo 15 737 Desintegraccedilatildeo 15 738 Peneiragem 15 739 PesagemAcondicionamentoRotulagem 15 8 Farinha de peixe 16 81 Introduccedilatildeo 16 82 Processo de produccedilatildeo 16 821 Cozimento 16 822 Prensagem 16 822 Secagem 16 823 Moagem e empacotamento 16 83 Equipamentos utilizados 16 9 Farinha de carne 17 91 Introduccedilatildeo 17 92 Processo farinha Tankagem 17 921 Mateacuteria-prima 17 922 Cozimento 17 923 Separaccedilatildeo 17 924 Sobrenadante 17 925 Moagem 18 926 Homogeinizaccedilatildeo 18 927 Secagem 18 93 Farinha de carne propriamente dita 18 94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne 18 Conclusotildees e recomendaccedilotildees 18 Referecircncias 19 Anexos 20 1 Fornecedores de equipamentos 20 2 Legislaccedilatildeo 21 3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta 21

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DOSSIEcirc TEacuteCNICO

Tiacutetulo

Farinhas natildeo tradicionais

Assunto

Moagem fabricaccedilatildeo de produtos amilaacuteceos e de raccedilotildees balanceadas para animais

Resumo

Informaccedilotildees sobre a produccedilatildeo de farinhas natildeo tradicionais tais como farinha de banana farinha de arroz farinha de mandioca farinha de peixe farinha de maracujaacute farinha de milho e farinha de carne

Palavras chave

Farinha alimento produccedilatildeo fabricaccedilatildeo de farinha farinha de peixe farinha de mandioca farinha de banana farinha de amaranto farinha de arroz farinha de maracujaacute farinha de carne farinha de milho

Conteuacutedo

1 Objetivo

Informaccedilotildees sobre como produzir farinhas natildeo tradicionais como farinha de mandioca farinha de banana farinha de amaranto farinha de arroz farinha de maracujaacute farinha de peixe e farinha de carne

2 Farinha de mandioca

A produccedilatildeo de farinha de mandioca eacute uma atividade bastante comum entre os produtores de mandioca realizada de forma rudimentar e com poucas ferramentas de trabalho

As etapas de processamento de mandioca satildeo semelhantes para as diferentes regiotildees do Brasil seguindo o ritual de colher a mandioca transportar ateacute a farinheira descascar manualmente as raiacutezes triturar prensar torrar a massa peneirar e ensacar a farinha Nos locais onde eacute utilizada a mandioca braba (variedade conhecida como mucuruna) que produz uma farinha grossa de coloraccedilatildeo amarela as raiacutezes satildeo colocadas submersas na em aacutegua ( normalmente dentro de tambores) por um periacuteodo de dois dias ou ateacute ficar mole antes de ser triturada Este processos recebe o nome de buba

O primeiro passo para a produccedilatildeo da farinha de mandioca eacute a colheita que normalmente natildeo utiliza nenhum equipamento mecanizado sendo os peacutes de mandioca arrancados da terra com as matildeos ou no maacuteximo com o auxiacutelio de enxada enxadatildeo ou paacute Em seguida separam-se as raiacutezes da cepa com as proacuteprias matildeos utilizando faca ou facatildeo apenas para as raiacutezes mais duaras e fibrosas No momneto da colheita costumeiramente as raiacutezes satildeo amontoadas para posteriormente serem transportadas para a farinheira

O transporte uilizado varia de acordo com a distacircncia entre a lavoura e a farinheira dependendo tambeacutem das condiccedilotildees financeiras de cada agricultor quando existe proximidade entre a lavoura e a farinheira as raiacutezes de mandioca satildeo transportadas em carrinho de matildeo ou carroccedilas para distacircncias maiores satildeo utilizados tratores com carretas e caminhotildees

A mandioca destinada agrave fabricaccedilatildeo de farinha deve ser satilde e com boas qualidades

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organoleacutepticas Uma seleccedilatildeo eacute necessaacuteria para separar as reaiacutezes que natildeo satildeo de boa qualidade para o processo de fabricaccedilatildeo

Durante o processo de fabricaccedilatildeo deve-se tomar cuidado para natildeo haver contaminaccedilatildeo cruzada Por isso natildeo devem ser misturados os produtos de diferentes etapas do processo ( por exemplo a mateacuteria-prima e o produto acabado) o fluxo deve ser contiacutenuo e racional evitando caminhadas desnecessaacuterias e perda de tempo durante a fabricaccedilatildeo

O manipulador deve seguir alguns cuidados como lavar as matildeos entre cada etapa do processo Os utensiacutelios que foram usados para a mateacuteria-prima tecircm que ser lavados antes de serem usados em outra etapa

O proceso de fabricaccedilatildeo deve ser supervisionado por um responsaacutevel de produccedilatildeo competente As diferentes etapas de processamento devem ser feitas no mesmo dia a fim de evitar a contaminaccedilatildeo do produto

As embalagens usadas devem ser especiacuteficas para o alimento devendo ser estocadas em boas condiccedilotildees para notildea contaminar o produto Deve-se ter um responsaacutevel pela qualidade na faacutebrica para controlar as boas praacuteticas de higiene e fabricaccedilatildeo aleacutem do comportamento dos manipuladores

As condiccedilotildees da estocagem tecircm que ser adaptadas a cada tipo de produto acabado A data de vencimento deve ser colocada no roacutetulo e depende das condiccedilotildees de processo transformaccedilatildeo de estocagem de transporte e de comercializaccedilatildeo A estocagem transporte e comercializaccedilatildeo devem ser feitos de acordo com as normas de higiene e qualidade para que o produto natildeo seja contaminado apoacutes processamento e desta maneira estaje fora dos padrotildees de qualidade organoleacuteptica e possa prejudicar a sauacutede do consumidor

21 Fluxograma de processo

Descasque

1ordm Trituraccedilatildeo

Prensagem

Manipueira

Extraccedilatildeo do amido

2ordm Trituraccedilatildeo

Secagem

Refinaccedilatildeo

Secagem

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Ensacamento

22 Descriccedilatildeo do processo

221 Descasque

Nessa etapa remove-se as camadas externas da raiz ou cascas(raspas) o que eacute tradicionalmente feito de uma forma manual

222 Trituraccedilatildeo

A trituraccedilatildeo das raiacutezes eacute feita em maacutequinas cevadoras com motor eleacutetrico ou a diesel As cevadoras natildeo dispotildeem de dispositivos de proteccedilatildeo aos trabalhadores que as alimentam na maioria das vezes manualmente com mandioca

223 Prensagem

Consiste na remoccedilatildeo do liacutequido interno da raiz (manipueira) submetendo-se a espremedura Esse processo eacute muito importante por ser responsaacutevel por grande reduccedilatildeo da sua toxidade Quando as prensas satildeo eletromecanizadas a massa triturada eacute colocada em sacos de fibra (sinteacutetica) que satildeo geralmente sobrepostos em pilhas de cinco e colocados dentro de uma espeacutecie de barril onde satildeo submetidos a uma pressatildeo hidraacuteulica durante aproximadamente 1 hora A manipueira geralmente escorre a ceacuteu aberto causando poluiccedilotildea do ambiente

224 Extraccedilatildeo do amido

Esta etapa opcional e pode ser feita com duas finalidades para consumo proacuteprio o amido eacute retirado da manipueria deixa-se parte da manipueira recolhida sob a prensa em gamelas em repouso permitindo que o amido se deposite

para comercializaccedilatildeo o amido eacute retirado da massa triturada atraveacutes de sucessivas lavagens da mesma permitindo que o amido se sedimente a massa lavada eacute entatildeo processada normalmente para obtenccedilatildeo de farinha ( Obs Esse procedimento natildeo eacute muito praticado pois afirma-se que a lavagem da massa natildeo eacute lucrativa pois reduz o rendimento e a qualidade da farinha)

225 Trituraccedilatildeo

Depois de prensada a massa volta ao cevador para desfazer (esfarelar) os grandes blocos formados durante a prensagem

226 Secagem

A secagem da massa prensada eacute retriturada num forno chamado forno de embolar com o objetivo de retirar ao maacuteximo a umidade da massa

227 Refinaccedilatildeo

A refinaccedilatildeo eacute realizada para obtenccedilatildeo de farinha com gratildeos de tamanho mais uniforme

228 Secagem

Essa etapa tem o objetivo de torrar a farinha

3 Farinha de banana

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A farinha de banana eacute obtida pela secagem natural isto eacute exposiccedilatildeo ao sol ou artificial exposiccedilatildeo ao ar quente em equipamentos apropriados A exposiccedilatildeo direta ao sol pode apresentar o inconveniente de contaminaccedilatildeo por bolores e insetos

Existem dois tipos de farinha de banana classificadas de acordo com o estaacutedio de maturaccedilatildeo da mateacuteria-prima utilizada no processamento farinha de banana verde e farinha de banana madura

A farinha de banana madura eacute produzida a partir de banana com 75 de amadurecimento ou seja com a casca quase amarela e as extremidades ainda verdes apresentando um teor de amido em torno de 6 a 7

A farinha de banana verde eacute produzida a partir de banana verde com baixo teor de accediluacutecares ( cerca de 05 a 1) apresentando a casca e as extremidades de coloraccedilatildeo totalmente verde A farinha produzida a partir das bananas verdes natildeo tem sabor acentuado caracteriacutestico de banana Este sabor eacute mais pronunciado no caso de farinha de banana madura poreacutem o processo e desidrataccedilatildeo deve ser mais elaborado

A farinha de banana pode ser produzida praticamente de todas as variedades de banana mas geralemnte satildeo utilizadas as do subgrupo cavendish nanica ou nanicatildeo

31 Fluxograma de processamento

Colheita

Transporte

Recepccedilatildeo (banana verde em cachos)

Seleccedilatildeo dos cahos

Despencamento

Lavagem Lavagem

Maturaccedilatildeo em cacircmaras

Descascamento Descascamento

Corte Corte

Sulfitaccedilatildeo Sulfitaccedilatildeo

Carregamento das bandejas Carregamento das bandejas

Secagem em cacircmara Secagem em cacircmara

Moagem Moagem

Embalagem Embalagem

Armazenamento Armazenamento

Farinha de banana madura Farinha de banana verde

32 Descriccedilatildeo das etapas de procesamento

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321 Colheita e transporte

Um dos indicadores do completo desenvolvimento fisioloacutegico da banana que determina a sua colheita eacute o desaparecimento das quinas dos frutos Este fator eacute aplicado somente para cultivares nanica nanicatildeo maccedilatilde e prata Para estas cultivares os cachos natildeo devem ser colhidos se ainda apresentam na superfiacutecie angulosidades muito pronunciadas isto eacute natildeo tenham atingido o seu desenvolvimento normal porque as bananas natildeo amadurecem satisfatoriamente Se o amadurecimento ocorrer este seraacute relativamente mais demorado as frutas teratildeo sabor amilaacuteceo e conteratildeo menos accediluacutecar do que aquelas colhidas em estaacutedio mais avanccedilado de desenvolvimento

A mediccedilatildeo do diacircmetro da fruta para fins de colheita eacute feita nas pencas situadas quase no meio do cacho ou seja na quarta ou quinta penca a contar de cima para baixo A colheita pode ser realizada em diferentes estaacutedios de desenvolvimento dos frutos dependendo do fim a que se destina o produto e da distacircncia do mercado consumidor Para a produccedilatildeo de farinha de banana deve-se colher no estaacutedio de desenvolvimento correspondente a frac34 gorda ou seja 34 e 36 mm de diacircmetro para os cultivares nanica e nanicatildeo respectivamente

322 Recepccedilatildeo e despencamento

Os cachos satildeo retirados do veiacuteculo de transporte e colocados na plataforma de recepccedilatildeo Na plataforma as frutas seratildeo separadas em cultivares sendo posteriormente despencadas Os cachos recebidos apresentam diferentes graus de maturaccedilatildeo entre si ocorrendo o mesmo com as pencas de um mesmo caho devido agrave abertuta das braacutecteas do coraccedilatildeo que ocorre em dias consecutivos ou alternados Isto faz com que as uacuteltimas pencas sejam de 10 a 20 dias mais jovens que as primeiras dependendo da eacutepoca do ano provocando desuniformidade no grau de maturaccedilatildeo de um lote de bananas Eacute conveniente separar as bananas recebidas em duas porccedilotildees uma contendo pencas mais desenvolvidas e outra contendo as restantes o que possibilita um amadurecimento mais uniforme

323 Lavagem

Apoacutes o despencamento os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos No caso de se utilizar tratamento quiacutemico eacute conveniente que este seja feito apoacutes a lavagem das frutas em tanque separado

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento e torna mais faacutecil atingir a temperatura de 20ordmC ideal para o amadurecimento das frutas para processamento industrial No caso da utilizaccedilatildeo de banana verde a lavagem facilita tambeacutem a remoccedilatildeo da casca Para o fluxo de produccedilatildeo de farinha de banana verde visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada ( 5 ppm) agrave temperatura de 40-45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70-75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5-6 minutos

324 Maturaccedilatildeo

A maturaccedilatildeo controlada eacute feita em cacircmaras especialmente construiacutedas para este fim Estas cacircmaras possuem exaustores os quais satildeo responsaacuteveis pela renovaccedilatildeo do ar interno da cacircmara Estas cacircmaras podem ser construiacutedas em alvenaria ou preacute-moldadas As paredes o teto e o piso devem possuir isolamento teacutermico de estiropor ou poliuretano com espessura miacutenima de 4 polegadas A porta deve apresentar um bom isolamento e ser hermeacutetica a fim de evitar a perda do gaacutes ativador da maturaccedilatildeo As bananas satildeo geralmente armazenadas na cacircmara de maturaccedilatildeo em caixas de polietileno

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Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturaccedilatildeo uniforme principalmente o etileno que eacute utilizado em uma mistura com nitorgecircnio ( 5 etileno balanccedilo nitrogecircnio) O gaacutes eacute aplicado na proporccedilatildeo de 6 em relaccedilatildeo ao volume interno da cacircmara injetado em trecircs etapas cada uma a 2 do volume da cacircmara

Durante a maturaccedilatildeo as frutas absorvem oxigecircnio (O2) liberando gaacutes carbocircnico (CO2) portanto aumentando-se o teor de oxigecircnio na cacircmara acelera-se a maturaccedilatildeo Para manter uma concentraccedilatildeo de gaacutes carbocircnico baixa eacute necessaacuterio fazer a exaustatildeo do ar da cacircmara eliminando dessa forma o CO2 e permitindo a entrada de novo ar A circulaccedilatildeo do ar nas cacircmaras atraveacutes de ventiladores tem a finalidade de igualar as condiccedilotildees de atmosfera permitindo uma distribuiccedilatildeo homogecircnea do gaacutes ativado Outra finalidade eacute facilitar a saiacuteda do CO2 do interior da fruta assim como a entrada do gaacutes ativador

A maturaccedilatildeo estaacute relacionada com a temperatura e a umidade relativa A umidade relativa eacute outro elemento indispensaacutevel no ambiente de maturaccedilatildeo A fruta perde constantemente umidade atraveacutes da respiraccedilatildeo o que deve ser controlado para evitar o seu muschamento e a perda excessiva de peso assim como a casca de se tornar enrugada e de coloraccedilatildeo opaca A umidade relativa na cacircmara deve ser mantida em torno de 85 a 95 agrave temperatura de 18ordmC A umidade pode ser injetada na cacircmara por meio de umidificadores que satildeo colocados em frente do evaporador

325 Descascamento

O estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute decorrente do produto final desejado No caso da farinha de banana verde as frutas devem apresentar-se no ponto 1 da Escala de Maturaccedilatildeo mostrada abaixo Para a farinha de banana madura o estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute quando elas de apresentam amarelas com extremidades verdes ponto 5 da escala

Tabela 1 Escala de maturaccedilatildeo de banana segundo o aspecto teores de accediluacutecar e amido Aspecto da fruta Amido () Accediluacutecar () 1 verde 215 a 195 01 a 20 2 verde com traccedilos amarelos 195 a 165 20 a 50 3 mais verde que amarela 180 a 145 35 a 70 4 mais amarela que verde 150 a 90 60 a 120 5 amarela com extremidade verde 105 a 25 100 a 180 6 inteiramente amarela 40 a 10 165 a 195 7 amarela com pequenas manchas pretas 25 a 10 175 a 190 8 amarela com grandes manchas pardas 15 a 10 185 a 190 ( Fonte Haendler 1966)

As bananas satildeo descascadas manualmente As cascas e frutas descartadas seratildeo lanccediladas em recipientes localizadas na parte posterior da mesa de descascamento de onde seratildeo retirados periodicamente As bananas podem ser descascadas com o auxiacutelio de facas de accedilo inoxidaacutevel nunca usar facas de ferro pois estas provocam escurecimento da fruta Depois de descascadas retirar as imperfeiccedilotildees manchas e partes estregadas da fruta para evitar prejuiacutezos agrave qualidade da farinha a ser produzida

Agrave medida que vatildeo sendo descascadas as bananas devem ser imediatamente cortadas de tal forma em que o periacuteodo entre o descascamento corte e sulfitaccedilatildeo seja o menor possiacutevel

326 Corte

As bananas podem ser fatiadas em rodelas de 1 a 2 cm de espessura ou cortadas longitudinalmente em fatias No caso especiacutefico da banana verde esta pode ser cortada tambeacutem em cubos embora seja usual o corte em rodelas Estes cubos devem ter cerca de 1 cm de aresta

327 Sulfitaccedilatildeo

A sulfitaccedilatildeo eacute um tratamento antioxidante que evita o escurecimento e alteraccedilotildees no sabor

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

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MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

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INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

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ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

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TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

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APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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21

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TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 3: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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72 Equipamentos baacutesicos 14 73 Descriccedilatildeo do processo 14 731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima 14 732 Seleccedilatildeo inicial 15 733 Lavagem e sanificaccedilatildeo 15 734 Corte 15 735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes 15 736 Desidrataccedilatildeo 15 737 Desintegraccedilatildeo 15 738 Peneiragem 15 739 PesagemAcondicionamentoRotulagem 15 8 Farinha de peixe 16 81 Introduccedilatildeo 16 82 Processo de produccedilatildeo 16 821 Cozimento 16 822 Prensagem 16 822 Secagem 16 823 Moagem e empacotamento 16 83 Equipamentos utilizados 16 9 Farinha de carne 17 91 Introduccedilatildeo 17 92 Processo farinha Tankagem 17 921 Mateacuteria-prima 17 922 Cozimento 17 923 Separaccedilatildeo 17 924 Sobrenadante 17 925 Moagem 18 926 Homogeinizaccedilatildeo 18 927 Secagem 18 93 Farinha de carne propriamente dita 18 94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne 18 Conclusotildees e recomendaccedilotildees 18 Referecircncias 19 Anexos 20 1 Fornecedores de equipamentos 20 2 Legislaccedilatildeo 21 3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta 21

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DOSSIEcirc TEacuteCNICO

Tiacutetulo

Farinhas natildeo tradicionais

Assunto

Moagem fabricaccedilatildeo de produtos amilaacuteceos e de raccedilotildees balanceadas para animais

Resumo

Informaccedilotildees sobre a produccedilatildeo de farinhas natildeo tradicionais tais como farinha de banana farinha de arroz farinha de mandioca farinha de peixe farinha de maracujaacute farinha de milho e farinha de carne

Palavras chave

Farinha alimento produccedilatildeo fabricaccedilatildeo de farinha farinha de peixe farinha de mandioca farinha de banana farinha de amaranto farinha de arroz farinha de maracujaacute farinha de carne farinha de milho

Conteuacutedo

1 Objetivo

Informaccedilotildees sobre como produzir farinhas natildeo tradicionais como farinha de mandioca farinha de banana farinha de amaranto farinha de arroz farinha de maracujaacute farinha de peixe e farinha de carne

2 Farinha de mandioca

A produccedilatildeo de farinha de mandioca eacute uma atividade bastante comum entre os produtores de mandioca realizada de forma rudimentar e com poucas ferramentas de trabalho

As etapas de processamento de mandioca satildeo semelhantes para as diferentes regiotildees do Brasil seguindo o ritual de colher a mandioca transportar ateacute a farinheira descascar manualmente as raiacutezes triturar prensar torrar a massa peneirar e ensacar a farinha Nos locais onde eacute utilizada a mandioca braba (variedade conhecida como mucuruna) que produz uma farinha grossa de coloraccedilatildeo amarela as raiacutezes satildeo colocadas submersas na em aacutegua ( normalmente dentro de tambores) por um periacuteodo de dois dias ou ateacute ficar mole antes de ser triturada Este processos recebe o nome de buba

O primeiro passo para a produccedilatildeo da farinha de mandioca eacute a colheita que normalmente natildeo utiliza nenhum equipamento mecanizado sendo os peacutes de mandioca arrancados da terra com as matildeos ou no maacuteximo com o auxiacutelio de enxada enxadatildeo ou paacute Em seguida separam-se as raiacutezes da cepa com as proacuteprias matildeos utilizando faca ou facatildeo apenas para as raiacutezes mais duaras e fibrosas No momneto da colheita costumeiramente as raiacutezes satildeo amontoadas para posteriormente serem transportadas para a farinheira

O transporte uilizado varia de acordo com a distacircncia entre a lavoura e a farinheira dependendo tambeacutem das condiccedilotildees financeiras de cada agricultor quando existe proximidade entre a lavoura e a farinheira as raiacutezes de mandioca satildeo transportadas em carrinho de matildeo ou carroccedilas para distacircncias maiores satildeo utilizados tratores com carretas e caminhotildees

A mandioca destinada agrave fabricaccedilatildeo de farinha deve ser satilde e com boas qualidades

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organoleacutepticas Uma seleccedilatildeo eacute necessaacuteria para separar as reaiacutezes que natildeo satildeo de boa qualidade para o processo de fabricaccedilatildeo

Durante o processo de fabricaccedilatildeo deve-se tomar cuidado para natildeo haver contaminaccedilatildeo cruzada Por isso natildeo devem ser misturados os produtos de diferentes etapas do processo ( por exemplo a mateacuteria-prima e o produto acabado) o fluxo deve ser contiacutenuo e racional evitando caminhadas desnecessaacuterias e perda de tempo durante a fabricaccedilatildeo

O manipulador deve seguir alguns cuidados como lavar as matildeos entre cada etapa do processo Os utensiacutelios que foram usados para a mateacuteria-prima tecircm que ser lavados antes de serem usados em outra etapa

O proceso de fabricaccedilatildeo deve ser supervisionado por um responsaacutevel de produccedilatildeo competente As diferentes etapas de processamento devem ser feitas no mesmo dia a fim de evitar a contaminaccedilatildeo do produto

As embalagens usadas devem ser especiacuteficas para o alimento devendo ser estocadas em boas condiccedilotildees para notildea contaminar o produto Deve-se ter um responsaacutevel pela qualidade na faacutebrica para controlar as boas praacuteticas de higiene e fabricaccedilatildeo aleacutem do comportamento dos manipuladores

As condiccedilotildees da estocagem tecircm que ser adaptadas a cada tipo de produto acabado A data de vencimento deve ser colocada no roacutetulo e depende das condiccedilotildees de processo transformaccedilatildeo de estocagem de transporte e de comercializaccedilatildeo A estocagem transporte e comercializaccedilatildeo devem ser feitos de acordo com as normas de higiene e qualidade para que o produto natildeo seja contaminado apoacutes processamento e desta maneira estaje fora dos padrotildees de qualidade organoleacuteptica e possa prejudicar a sauacutede do consumidor

21 Fluxograma de processo

Descasque

1ordm Trituraccedilatildeo

Prensagem

Manipueira

Extraccedilatildeo do amido

2ordm Trituraccedilatildeo

Secagem

Refinaccedilatildeo

Secagem

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Ensacamento

22 Descriccedilatildeo do processo

221 Descasque

Nessa etapa remove-se as camadas externas da raiz ou cascas(raspas) o que eacute tradicionalmente feito de uma forma manual

222 Trituraccedilatildeo

A trituraccedilatildeo das raiacutezes eacute feita em maacutequinas cevadoras com motor eleacutetrico ou a diesel As cevadoras natildeo dispotildeem de dispositivos de proteccedilatildeo aos trabalhadores que as alimentam na maioria das vezes manualmente com mandioca

223 Prensagem

Consiste na remoccedilatildeo do liacutequido interno da raiz (manipueira) submetendo-se a espremedura Esse processo eacute muito importante por ser responsaacutevel por grande reduccedilatildeo da sua toxidade Quando as prensas satildeo eletromecanizadas a massa triturada eacute colocada em sacos de fibra (sinteacutetica) que satildeo geralmente sobrepostos em pilhas de cinco e colocados dentro de uma espeacutecie de barril onde satildeo submetidos a uma pressatildeo hidraacuteulica durante aproximadamente 1 hora A manipueira geralmente escorre a ceacuteu aberto causando poluiccedilotildea do ambiente

224 Extraccedilatildeo do amido

Esta etapa opcional e pode ser feita com duas finalidades para consumo proacuteprio o amido eacute retirado da manipueria deixa-se parte da manipueira recolhida sob a prensa em gamelas em repouso permitindo que o amido se deposite

para comercializaccedilatildeo o amido eacute retirado da massa triturada atraveacutes de sucessivas lavagens da mesma permitindo que o amido se sedimente a massa lavada eacute entatildeo processada normalmente para obtenccedilatildeo de farinha ( Obs Esse procedimento natildeo eacute muito praticado pois afirma-se que a lavagem da massa natildeo eacute lucrativa pois reduz o rendimento e a qualidade da farinha)

225 Trituraccedilatildeo

Depois de prensada a massa volta ao cevador para desfazer (esfarelar) os grandes blocos formados durante a prensagem

226 Secagem

A secagem da massa prensada eacute retriturada num forno chamado forno de embolar com o objetivo de retirar ao maacuteximo a umidade da massa

227 Refinaccedilatildeo

A refinaccedilatildeo eacute realizada para obtenccedilatildeo de farinha com gratildeos de tamanho mais uniforme

228 Secagem

Essa etapa tem o objetivo de torrar a farinha

3 Farinha de banana

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A farinha de banana eacute obtida pela secagem natural isto eacute exposiccedilatildeo ao sol ou artificial exposiccedilatildeo ao ar quente em equipamentos apropriados A exposiccedilatildeo direta ao sol pode apresentar o inconveniente de contaminaccedilatildeo por bolores e insetos

Existem dois tipos de farinha de banana classificadas de acordo com o estaacutedio de maturaccedilatildeo da mateacuteria-prima utilizada no processamento farinha de banana verde e farinha de banana madura

A farinha de banana madura eacute produzida a partir de banana com 75 de amadurecimento ou seja com a casca quase amarela e as extremidades ainda verdes apresentando um teor de amido em torno de 6 a 7

A farinha de banana verde eacute produzida a partir de banana verde com baixo teor de accediluacutecares ( cerca de 05 a 1) apresentando a casca e as extremidades de coloraccedilatildeo totalmente verde A farinha produzida a partir das bananas verdes natildeo tem sabor acentuado caracteriacutestico de banana Este sabor eacute mais pronunciado no caso de farinha de banana madura poreacutem o processo e desidrataccedilatildeo deve ser mais elaborado

A farinha de banana pode ser produzida praticamente de todas as variedades de banana mas geralemnte satildeo utilizadas as do subgrupo cavendish nanica ou nanicatildeo

31 Fluxograma de processamento

Colheita

Transporte

Recepccedilatildeo (banana verde em cachos)

Seleccedilatildeo dos cahos

Despencamento

Lavagem Lavagem

Maturaccedilatildeo em cacircmaras

Descascamento Descascamento

Corte Corte

Sulfitaccedilatildeo Sulfitaccedilatildeo

Carregamento das bandejas Carregamento das bandejas

Secagem em cacircmara Secagem em cacircmara

Moagem Moagem

Embalagem Embalagem

Armazenamento Armazenamento

Farinha de banana madura Farinha de banana verde

32 Descriccedilatildeo das etapas de procesamento

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321 Colheita e transporte

Um dos indicadores do completo desenvolvimento fisioloacutegico da banana que determina a sua colheita eacute o desaparecimento das quinas dos frutos Este fator eacute aplicado somente para cultivares nanica nanicatildeo maccedilatilde e prata Para estas cultivares os cachos natildeo devem ser colhidos se ainda apresentam na superfiacutecie angulosidades muito pronunciadas isto eacute natildeo tenham atingido o seu desenvolvimento normal porque as bananas natildeo amadurecem satisfatoriamente Se o amadurecimento ocorrer este seraacute relativamente mais demorado as frutas teratildeo sabor amilaacuteceo e conteratildeo menos accediluacutecar do que aquelas colhidas em estaacutedio mais avanccedilado de desenvolvimento

A mediccedilatildeo do diacircmetro da fruta para fins de colheita eacute feita nas pencas situadas quase no meio do cacho ou seja na quarta ou quinta penca a contar de cima para baixo A colheita pode ser realizada em diferentes estaacutedios de desenvolvimento dos frutos dependendo do fim a que se destina o produto e da distacircncia do mercado consumidor Para a produccedilatildeo de farinha de banana deve-se colher no estaacutedio de desenvolvimento correspondente a frac34 gorda ou seja 34 e 36 mm de diacircmetro para os cultivares nanica e nanicatildeo respectivamente

322 Recepccedilatildeo e despencamento

Os cachos satildeo retirados do veiacuteculo de transporte e colocados na plataforma de recepccedilatildeo Na plataforma as frutas seratildeo separadas em cultivares sendo posteriormente despencadas Os cachos recebidos apresentam diferentes graus de maturaccedilatildeo entre si ocorrendo o mesmo com as pencas de um mesmo caho devido agrave abertuta das braacutecteas do coraccedilatildeo que ocorre em dias consecutivos ou alternados Isto faz com que as uacuteltimas pencas sejam de 10 a 20 dias mais jovens que as primeiras dependendo da eacutepoca do ano provocando desuniformidade no grau de maturaccedilatildeo de um lote de bananas Eacute conveniente separar as bananas recebidas em duas porccedilotildees uma contendo pencas mais desenvolvidas e outra contendo as restantes o que possibilita um amadurecimento mais uniforme

323 Lavagem

Apoacutes o despencamento os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos No caso de se utilizar tratamento quiacutemico eacute conveniente que este seja feito apoacutes a lavagem das frutas em tanque separado

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento e torna mais faacutecil atingir a temperatura de 20ordmC ideal para o amadurecimento das frutas para processamento industrial No caso da utilizaccedilatildeo de banana verde a lavagem facilita tambeacutem a remoccedilatildeo da casca Para o fluxo de produccedilatildeo de farinha de banana verde visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada ( 5 ppm) agrave temperatura de 40-45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70-75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5-6 minutos

324 Maturaccedilatildeo

A maturaccedilatildeo controlada eacute feita em cacircmaras especialmente construiacutedas para este fim Estas cacircmaras possuem exaustores os quais satildeo responsaacuteveis pela renovaccedilatildeo do ar interno da cacircmara Estas cacircmaras podem ser construiacutedas em alvenaria ou preacute-moldadas As paredes o teto e o piso devem possuir isolamento teacutermico de estiropor ou poliuretano com espessura miacutenima de 4 polegadas A porta deve apresentar um bom isolamento e ser hermeacutetica a fim de evitar a perda do gaacutes ativador da maturaccedilatildeo As bananas satildeo geralmente armazenadas na cacircmara de maturaccedilatildeo em caixas de polietileno

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Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturaccedilatildeo uniforme principalmente o etileno que eacute utilizado em uma mistura com nitorgecircnio ( 5 etileno balanccedilo nitrogecircnio) O gaacutes eacute aplicado na proporccedilatildeo de 6 em relaccedilatildeo ao volume interno da cacircmara injetado em trecircs etapas cada uma a 2 do volume da cacircmara

Durante a maturaccedilatildeo as frutas absorvem oxigecircnio (O2) liberando gaacutes carbocircnico (CO2) portanto aumentando-se o teor de oxigecircnio na cacircmara acelera-se a maturaccedilatildeo Para manter uma concentraccedilatildeo de gaacutes carbocircnico baixa eacute necessaacuterio fazer a exaustatildeo do ar da cacircmara eliminando dessa forma o CO2 e permitindo a entrada de novo ar A circulaccedilatildeo do ar nas cacircmaras atraveacutes de ventiladores tem a finalidade de igualar as condiccedilotildees de atmosfera permitindo uma distribuiccedilatildeo homogecircnea do gaacutes ativado Outra finalidade eacute facilitar a saiacuteda do CO2 do interior da fruta assim como a entrada do gaacutes ativador

A maturaccedilatildeo estaacute relacionada com a temperatura e a umidade relativa A umidade relativa eacute outro elemento indispensaacutevel no ambiente de maturaccedilatildeo A fruta perde constantemente umidade atraveacutes da respiraccedilatildeo o que deve ser controlado para evitar o seu muschamento e a perda excessiva de peso assim como a casca de se tornar enrugada e de coloraccedilatildeo opaca A umidade relativa na cacircmara deve ser mantida em torno de 85 a 95 agrave temperatura de 18ordmC A umidade pode ser injetada na cacircmara por meio de umidificadores que satildeo colocados em frente do evaporador

325 Descascamento

O estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute decorrente do produto final desejado No caso da farinha de banana verde as frutas devem apresentar-se no ponto 1 da Escala de Maturaccedilatildeo mostrada abaixo Para a farinha de banana madura o estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute quando elas de apresentam amarelas com extremidades verdes ponto 5 da escala

Tabela 1 Escala de maturaccedilatildeo de banana segundo o aspecto teores de accediluacutecar e amido Aspecto da fruta Amido () Accediluacutecar () 1 verde 215 a 195 01 a 20 2 verde com traccedilos amarelos 195 a 165 20 a 50 3 mais verde que amarela 180 a 145 35 a 70 4 mais amarela que verde 150 a 90 60 a 120 5 amarela com extremidade verde 105 a 25 100 a 180 6 inteiramente amarela 40 a 10 165 a 195 7 amarela com pequenas manchas pretas 25 a 10 175 a 190 8 amarela com grandes manchas pardas 15 a 10 185 a 190 ( Fonte Haendler 1966)

As bananas satildeo descascadas manualmente As cascas e frutas descartadas seratildeo lanccediladas em recipientes localizadas na parte posterior da mesa de descascamento de onde seratildeo retirados periodicamente As bananas podem ser descascadas com o auxiacutelio de facas de accedilo inoxidaacutevel nunca usar facas de ferro pois estas provocam escurecimento da fruta Depois de descascadas retirar as imperfeiccedilotildees manchas e partes estregadas da fruta para evitar prejuiacutezos agrave qualidade da farinha a ser produzida

Agrave medida que vatildeo sendo descascadas as bananas devem ser imediatamente cortadas de tal forma em que o periacuteodo entre o descascamento corte e sulfitaccedilatildeo seja o menor possiacutevel

326 Corte

As bananas podem ser fatiadas em rodelas de 1 a 2 cm de espessura ou cortadas longitudinalmente em fatias No caso especiacutefico da banana verde esta pode ser cortada tambeacutem em cubos embora seja usual o corte em rodelas Estes cubos devem ter cerca de 1 cm de aresta

327 Sulfitaccedilatildeo

A sulfitaccedilatildeo eacute um tratamento antioxidante que evita o escurecimento e alteraccedilotildees no sabor

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

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CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 4: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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DOSSIEcirc TEacuteCNICO

Tiacutetulo

Farinhas natildeo tradicionais

Assunto

Moagem fabricaccedilatildeo de produtos amilaacuteceos e de raccedilotildees balanceadas para animais

Resumo

Informaccedilotildees sobre a produccedilatildeo de farinhas natildeo tradicionais tais como farinha de banana farinha de arroz farinha de mandioca farinha de peixe farinha de maracujaacute farinha de milho e farinha de carne

Palavras chave

Farinha alimento produccedilatildeo fabricaccedilatildeo de farinha farinha de peixe farinha de mandioca farinha de banana farinha de amaranto farinha de arroz farinha de maracujaacute farinha de carne farinha de milho

Conteuacutedo

1 Objetivo

Informaccedilotildees sobre como produzir farinhas natildeo tradicionais como farinha de mandioca farinha de banana farinha de amaranto farinha de arroz farinha de maracujaacute farinha de peixe e farinha de carne

2 Farinha de mandioca

A produccedilatildeo de farinha de mandioca eacute uma atividade bastante comum entre os produtores de mandioca realizada de forma rudimentar e com poucas ferramentas de trabalho

As etapas de processamento de mandioca satildeo semelhantes para as diferentes regiotildees do Brasil seguindo o ritual de colher a mandioca transportar ateacute a farinheira descascar manualmente as raiacutezes triturar prensar torrar a massa peneirar e ensacar a farinha Nos locais onde eacute utilizada a mandioca braba (variedade conhecida como mucuruna) que produz uma farinha grossa de coloraccedilatildeo amarela as raiacutezes satildeo colocadas submersas na em aacutegua ( normalmente dentro de tambores) por um periacuteodo de dois dias ou ateacute ficar mole antes de ser triturada Este processos recebe o nome de buba

O primeiro passo para a produccedilatildeo da farinha de mandioca eacute a colheita que normalmente natildeo utiliza nenhum equipamento mecanizado sendo os peacutes de mandioca arrancados da terra com as matildeos ou no maacuteximo com o auxiacutelio de enxada enxadatildeo ou paacute Em seguida separam-se as raiacutezes da cepa com as proacuteprias matildeos utilizando faca ou facatildeo apenas para as raiacutezes mais duaras e fibrosas No momneto da colheita costumeiramente as raiacutezes satildeo amontoadas para posteriormente serem transportadas para a farinheira

O transporte uilizado varia de acordo com a distacircncia entre a lavoura e a farinheira dependendo tambeacutem das condiccedilotildees financeiras de cada agricultor quando existe proximidade entre a lavoura e a farinheira as raiacutezes de mandioca satildeo transportadas em carrinho de matildeo ou carroccedilas para distacircncias maiores satildeo utilizados tratores com carretas e caminhotildees

A mandioca destinada agrave fabricaccedilatildeo de farinha deve ser satilde e com boas qualidades

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organoleacutepticas Uma seleccedilatildeo eacute necessaacuteria para separar as reaiacutezes que natildeo satildeo de boa qualidade para o processo de fabricaccedilatildeo

Durante o processo de fabricaccedilatildeo deve-se tomar cuidado para natildeo haver contaminaccedilatildeo cruzada Por isso natildeo devem ser misturados os produtos de diferentes etapas do processo ( por exemplo a mateacuteria-prima e o produto acabado) o fluxo deve ser contiacutenuo e racional evitando caminhadas desnecessaacuterias e perda de tempo durante a fabricaccedilatildeo

O manipulador deve seguir alguns cuidados como lavar as matildeos entre cada etapa do processo Os utensiacutelios que foram usados para a mateacuteria-prima tecircm que ser lavados antes de serem usados em outra etapa

O proceso de fabricaccedilatildeo deve ser supervisionado por um responsaacutevel de produccedilatildeo competente As diferentes etapas de processamento devem ser feitas no mesmo dia a fim de evitar a contaminaccedilatildeo do produto

As embalagens usadas devem ser especiacuteficas para o alimento devendo ser estocadas em boas condiccedilotildees para notildea contaminar o produto Deve-se ter um responsaacutevel pela qualidade na faacutebrica para controlar as boas praacuteticas de higiene e fabricaccedilatildeo aleacutem do comportamento dos manipuladores

As condiccedilotildees da estocagem tecircm que ser adaptadas a cada tipo de produto acabado A data de vencimento deve ser colocada no roacutetulo e depende das condiccedilotildees de processo transformaccedilatildeo de estocagem de transporte e de comercializaccedilatildeo A estocagem transporte e comercializaccedilatildeo devem ser feitos de acordo com as normas de higiene e qualidade para que o produto natildeo seja contaminado apoacutes processamento e desta maneira estaje fora dos padrotildees de qualidade organoleacuteptica e possa prejudicar a sauacutede do consumidor

21 Fluxograma de processo

Descasque

1ordm Trituraccedilatildeo

Prensagem

Manipueira

Extraccedilatildeo do amido

2ordm Trituraccedilatildeo

Secagem

Refinaccedilatildeo

Secagem

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Ensacamento

22 Descriccedilatildeo do processo

221 Descasque

Nessa etapa remove-se as camadas externas da raiz ou cascas(raspas) o que eacute tradicionalmente feito de uma forma manual

222 Trituraccedilatildeo

A trituraccedilatildeo das raiacutezes eacute feita em maacutequinas cevadoras com motor eleacutetrico ou a diesel As cevadoras natildeo dispotildeem de dispositivos de proteccedilatildeo aos trabalhadores que as alimentam na maioria das vezes manualmente com mandioca

223 Prensagem

Consiste na remoccedilatildeo do liacutequido interno da raiz (manipueira) submetendo-se a espremedura Esse processo eacute muito importante por ser responsaacutevel por grande reduccedilatildeo da sua toxidade Quando as prensas satildeo eletromecanizadas a massa triturada eacute colocada em sacos de fibra (sinteacutetica) que satildeo geralmente sobrepostos em pilhas de cinco e colocados dentro de uma espeacutecie de barril onde satildeo submetidos a uma pressatildeo hidraacuteulica durante aproximadamente 1 hora A manipueira geralmente escorre a ceacuteu aberto causando poluiccedilotildea do ambiente

224 Extraccedilatildeo do amido

Esta etapa opcional e pode ser feita com duas finalidades para consumo proacuteprio o amido eacute retirado da manipueria deixa-se parte da manipueira recolhida sob a prensa em gamelas em repouso permitindo que o amido se deposite

para comercializaccedilatildeo o amido eacute retirado da massa triturada atraveacutes de sucessivas lavagens da mesma permitindo que o amido se sedimente a massa lavada eacute entatildeo processada normalmente para obtenccedilatildeo de farinha ( Obs Esse procedimento natildeo eacute muito praticado pois afirma-se que a lavagem da massa natildeo eacute lucrativa pois reduz o rendimento e a qualidade da farinha)

225 Trituraccedilatildeo

Depois de prensada a massa volta ao cevador para desfazer (esfarelar) os grandes blocos formados durante a prensagem

226 Secagem

A secagem da massa prensada eacute retriturada num forno chamado forno de embolar com o objetivo de retirar ao maacuteximo a umidade da massa

227 Refinaccedilatildeo

A refinaccedilatildeo eacute realizada para obtenccedilatildeo de farinha com gratildeos de tamanho mais uniforme

228 Secagem

Essa etapa tem o objetivo de torrar a farinha

3 Farinha de banana

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A farinha de banana eacute obtida pela secagem natural isto eacute exposiccedilatildeo ao sol ou artificial exposiccedilatildeo ao ar quente em equipamentos apropriados A exposiccedilatildeo direta ao sol pode apresentar o inconveniente de contaminaccedilatildeo por bolores e insetos

Existem dois tipos de farinha de banana classificadas de acordo com o estaacutedio de maturaccedilatildeo da mateacuteria-prima utilizada no processamento farinha de banana verde e farinha de banana madura

A farinha de banana madura eacute produzida a partir de banana com 75 de amadurecimento ou seja com a casca quase amarela e as extremidades ainda verdes apresentando um teor de amido em torno de 6 a 7

A farinha de banana verde eacute produzida a partir de banana verde com baixo teor de accediluacutecares ( cerca de 05 a 1) apresentando a casca e as extremidades de coloraccedilatildeo totalmente verde A farinha produzida a partir das bananas verdes natildeo tem sabor acentuado caracteriacutestico de banana Este sabor eacute mais pronunciado no caso de farinha de banana madura poreacutem o processo e desidrataccedilatildeo deve ser mais elaborado

A farinha de banana pode ser produzida praticamente de todas as variedades de banana mas geralemnte satildeo utilizadas as do subgrupo cavendish nanica ou nanicatildeo

31 Fluxograma de processamento

Colheita

Transporte

Recepccedilatildeo (banana verde em cachos)

Seleccedilatildeo dos cahos

Despencamento

Lavagem Lavagem

Maturaccedilatildeo em cacircmaras

Descascamento Descascamento

Corte Corte

Sulfitaccedilatildeo Sulfitaccedilatildeo

Carregamento das bandejas Carregamento das bandejas

Secagem em cacircmara Secagem em cacircmara

Moagem Moagem

Embalagem Embalagem

Armazenamento Armazenamento

Farinha de banana madura Farinha de banana verde

32 Descriccedilatildeo das etapas de procesamento

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321 Colheita e transporte

Um dos indicadores do completo desenvolvimento fisioloacutegico da banana que determina a sua colheita eacute o desaparecimento das quinas dos frutos Este fator eacute aplicado somente para cultivares nanica nanicatildeo maccedilatilde e prata Para estas cultivares os cachos natildeo devem ser colhidos se ainda apresentam na superfiacutecie angulosidades muito pronunciadas isto eacute natildeo tenham atingido o seu desenvolvimento normal porque as bananas natildeo amadurecem satisfatoriamente Se o amadurecimento ocorrer este seraacute relativamente mais demorado as frutas teratildeo sabor amilaacuteceo e conteratildeo menos accediluacutecar do que aquelas colhidas em estaacutedio mais avanccedilado de desenvolvimento

A mediccedilatildeo do diacircmetro da fruta para fins de colheita eacute feita nas pencas situadas quase no meio do cacho ou seja na quarta ou quinta penca a contar de cima para baixo A colheita pode ser realizada em diferentes estaacutedios de desenvolvimento dos frutos dependendo do fim a que se destina o produto e da distacircncia do mercado consumidor Para a produccedilatildeo de farinha de banana deve-se colher no estaacutedio de desenvolvimento correspondente a frac34 gorda ou seja 34 e 36 mm de diacircmetro para os cultivares nanica e nanicatildeo respectivamente

322 Recepccedilatildeo e despencamento

Os cachos satildeo retirados do veiacuteculo de transporte e colocados na plataforma de recepccedilatildeo Na plataforma as frutas seratildeo separadas em cultivares sendo posteriormente despencadas Os cachos recebidos apresentam diferentes graus de maturaccedilatildeo entre si ocorrendo o mesmo com as pencas de um mesmo caho devido agrave abertuta das braacutecteas do coraccedilatildeo que ocorre em dias consecutivos ou alternados Isto faz com que as uacuteltimas pencas sejam de 10 a 20 dias mais jovens que as primeiras dependendo da eacutepoca do ano provocando desuniformidade no grau de maturaccedilatildeo de um lote de bananas Eacute conveniente separar as bananas recebidas em duas porccedilotildees uma contendo pencas mais desenvolvidas e outra contendo as restantes o que possibilita um amadurecimento mais uniforme

323 Lavagem

Apoacutes o despencamento os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos No caso de se utilizar tratamento quiacutemico eacute conveniente que este seja feito apoacutes a lavagem das frutas em tanque separado

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento e torna mais faacutecil atingir a temperatura de 20ordmC ideal para o amadurecimento das frutas para processamento industrial No caso da utilizaccedilatildeo de banana verde a lavagem facilita tambeacutem a remoccedilatildeo da casca Para o fluxo de produccedilatildeo de farinha de banana verde visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada ( 5 ppm) agrave temperatura de 40-45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70-75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5-6 minutos

324 Maturaccedilatildeo

A maturaccedilatildeo controlada eacute feita em cacircmaras especialmente construiacutedas para este fim Estas cacircmaras possuem exaustores os quais satildeo responsaacuteveis pela renovaccedilatildeo do ar interno da cacircmara Estas cacircmaras podem ser construiacutedas em alvenaria ou preacute-moldadas As paredes o teto e o piso devem possuir isolamento teacutermico de estiropor ou poliuretano com espessura miacutenima de 4 polegadas A porta deve apresentar um bom isolamento e ser hermeacutetica a fim de evitar a perda do gaacutes ativador da maturaccedilatildeo As bananas satildeo geralmente armazenadas na cacircmara de maturaccedilatildeo em caixas de polietileno

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Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturaccedilatildeo uniforme principalmente o etileno que eacute utilizado em uma mistura com nitorgecircnio ( 5 etileno balanccedilo nitrogecircnio) O gaacutes eacute aplicado na proporccedilatildeo de 6 em relaccedilatildeo ao volume interno da cacircmara injetado em trecircs etapas cada uma a 2 do volume da cacircmara

Durante a maturaccedilatildeo as frutas absorvem oxigecircnio (O2) liberando gaacutes carbocircnico (CO2) portanto aumentando-se o teor de oxigecircnio na cacircmara acelera-se a maturaccedilatildeo Para manter uma concentraccedilatildeo de gaacutes carbocircnico baixa eacute necessaacuterio fazer a exaustatildeo do ar da cacircmara eliminando dessa forma o CO2 e permitindo a entrada de novo ar A circulaccedilatildeo do ar nas cacircmaras atraveacutes de ventiladores tem a finalidade de igualar as condiccedilotildees de atmosfera permitindo uma distribuiccedilatildeo homogecircnea do gaacutes ativado Outra finalidade eacute facilitar a saiacuteda do CO2 do interior da fruta assim como a entrada do gaacutes ativador

A maturaccedilatildeo estaacute relacionada com a temperatura e a umidade relativa A umidade relativa eacute outro elemento indispensaacutevel no ambiente de maturaccedilatildeo A fruta perde constantemente umidade atraveacutes da respiraccedilatildeo o que deve ser controlado para evitar o seu muschamento e a perda excessiva de peso assim como a casca de se tornar enrugada e de coloraccedilatildeo opaca A umidade relativa na cacircmara deve ser mantida em torno de 85 a 95 agrave temperatura de 18ordmC A umidade pode ser injetada na cacircmara por meio de umidificadores que satildeo colocados em frente do evaporador

325 Descascamento

O estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute decorrente do produto final desejado No caso da farinha de banana verde as frutas devem apresentar-se no ponto 1 da Escala de Maturaccedilatildeo mostrada abaixo Para a farinha de banana madura o estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute quando elas de apresentam amarelas com extremidades verdes ponto 5 da escala

Tabela 1 Escala de maturaccedilatildeo de banana segundo o aspecto teores de accediluacutecar e amido Aspecto da fruta Amido () Accediluacutecar () 1 verde 215 a 195 01 a 20 2 verde com traccedilos amarelos 195 a 165 20 a 50 3 mais verde que amarela 180 a 145 35 a 70 4 mais amarela que verde 150 a 90 60 a 120 5 amarela com extremidade verde 105 a 25 100 a 180 6 inteiramente amarela 40 a 10 165 a 195 7 amarela com pequenas manchas pretas 25 a 10 175 a 190 8 amarela com grandes manchas pardas 15 a 10 185 a 190 ( Fonte Haendler 1966)

As bananas satildeo descascadas manualmente As cascas e frutas descartadas seratildeo lanccediladas em recipientes localizadas na parte posterior da mesa de descascamento de onde seratildeo retirados periodicamente As bananas podem ser descascadas com o auxiacutelio de facas de accedilo inoxidaacutevel nunca usar facas de ferro pois estas provocam escurecimento da fruta Depois de descascadas retirar as imperfeiccedilotildees manchas e partes estregadas da fruta para evitar prejuiacutezos agrave qualidade da farinha a ser produzida

Agrave medida que vatildeo sendo descascadas as bananas devem ser imediatamente cortadas de tal forma em que o periacuteodo entre o descascamento corte e sulfitaccedilatildeo seja o menor possiacutevel

326 Corte

As bananas podem ser fatiadas em rodelas de 1 a 2 cm de espessura ou cortadas longitudinalmente em fatias No caso especiacutefico da banana verde esta pode ser cortada tambeacutem em cubos embora seja usual o corte em rodelas Estes cubos devem ter cerca de 1 cm de aresta

327 Sulfitaccedilatildeo

A sulfitaccedilatildeo eacute um tratamento antioxidante que evita o escurecimento e alteraccedilotildees no sabor

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

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LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

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SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 5: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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organoleacutepticas Uma seleccedilatildeo eacute necessaacuteria para separar as reaiacutezes que natildeo satildeo de boa qualidade para o processo de fabricaccedilatildeo

Durante o processo de fabricaccedilatildeo deve-se tomar cuidado para natildeo haver contaminaccedilatildeo cruzada Por isso natildeo devem ser misturados os produtos de diferentes etapas do processo ( por exemplo a mateacuteria-prima e o produto acabado) o fluxo deve ser contiacutenuo e racional evitando caminhadas desnecessaacuterias e perda de tempo durante a fabricaccedilatildeo

O manipulador deve seguir alguns cuidados como lavar as matildeos entre cada etapa do processo Os utensiacutelios que foram usados para a mateacuteria-prima tecircm que ser lavados antes de serem usados em outra etapa

O proceso de fabricaccedilatildeo deve ser supervisionado por um responsaacutevel de produccedilatildeo competente As diferentes etapas de processamento devem ser feitas no mesmo dia a fim de evitar a contaminaccedilatildeo do produto

As embalagens usadas devem ser especiacuteficas para o alimento devendo ser estocadas em boas condiccedilotildees para notildea contaminar o produto Deve-se ter um responsaacutevel pela qualidade na faacutebrica para controlar as boas praacuteticas de higiene e fabricaccedilatildeo aleacutem do comportamento dos manipuladores

As condiccedilotildees da estocagem tecircm que ser adaptadas a cada tipo de produto acabado A data de vencimento deve ser colocada no roacutetulo e depende das condiccedilotildees de processo transformaccedilatildeo de estocagem de transporte e de comercializaccedilatildeo A estocagem transporte e comercializaccedilatildeo devem ser feitos de acordo com as normas de higiene e qualidade para que o produto natildeo seja contaminado apoacutes processamento e desta maneira estaje fora dos padrotildees de qualidade organoleacuteptica e possa prejudicar a sauacutede do consumidor

21 Fluxograma de processo

Descasque

1ordm Trituraccedilatildeo

Prensagem

Manipueira

Extraccedilatildeo do amido

2ordm Trituraccedilatildeo

Secagem

Refinaccedilatildeo

Secagem

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Ensacamento

22 Descriccedilatildeo do processo

221 Descasque

Nessa etapa remove-se as camadas externas da raiz ou cascas(raspas) o que eacute tradicionalmente feito de uma forma manual

222 Trituraccedilatildeo

A trituraccedilatildeo das raiacutezes eacute feita em maacutequinas cevadoras com motor eleacutetrico ou a diesel As cevadoras natildeo dispotildeem de dispositivos de proteccedilatildeo aos trabalhadores que as alimentam na maioria das vezes manualmente com mandioca

223 Prensagem

Consiste na remoccedilatildeo do liacutequido interno da raiz (manipueira) submetendo-se a espremedura Esse processo eacute muito importante por ser responsaacutevel por grande reduccedilatildeo da sua toxidade Quando as prensas satildeo eletromecanizadas a massa triturada eacute colocada em sacos de fibra (sinteacutetica) que satildeo geralmente sobrepostos em pilhas de cinco e colocados dentro de uma espeacutecie de barril onde satildeo submetidos a uma pressatildeo hidraacuteulica durante aproximadamente 1 hora A manipueira geralmente escorre a ceacuteu aberto causando poluiccedilotildea do ambiente

224 Extraccedilatildeo do amido

Esta etapa opcional e pode ser feita com duas finalidades para consumo proacuteprio o amido eacute retirado da manipueria deixa-se parte da manipueira recolhida sob a prensa em gamelas em repouso permitindo que o amido se deposite

para comercializaccedilatildeo o amido eacute retirado da massa triturada atraveacutes de sucessivas lavagens da mesma permitindo que o amido se sedimente a massa lavada eacute entatildeo processada normalmente para obtenccedilatildeo de farinha ( Obs Esse procedimento natildeo eacute muito praticado pois afirma-se que a lavagem da massa natildeo eacute lucrativa pois reduz o rendimento e a qualidade da farinha)

225 Trituraccedilatildeo

Depois de prensada a massa volta ao cevador para desfazer (esfarelar) os grandes blocos formados durante a prensagem

226 Secagem

A secagem da massa prensada eacute retriturada num forno chamado forno de embolar com o objetivo de retirar ao maacuteximo a umidade da massa

227 Refinaccedilatildeo

A refinaccedilatildeo eacute realizada para obtenccedilatildeo de farinha com gratildeos de tamanho mais uniforme

228 Secagem

Essa etapa tem o objetivo de torrar a farinha

3 Farinha de banana

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A farinha de banana eacute obtida pela secagem natural isto eacute exposiccedilatildeo ao sol ou artificial exposiccedilatildeo ao ar quente em equipamentos apropriados A exposiccedilatildeo direta ao sol pode apresentar o inconveniente de contaminaccedilatildeo por bolores e insetos

Existem dois tipos de farinha de banana classificadas de acordo com o estaacutedio de maturaccedilatildeo da mateacuteria-prima utilizada no processamento farinha de banana verde e farinha de banana madura

A farinha de banana madura eacute produzida a partir de banana com 75 de amadurecimento ou seja com a casca quase amarela e as extremidades ainda verdes apresentando um teor de amido em torno de 6 a 7

A farinha de banana verde eacute produzida a partir de banana verde com baixo teor de accediluacutecares ( cerca de 05 a 1) apresentando a casca e as extremidades de coloraccedilatildeo totalmente verde A farinha produzida a partir das bananas verdes natildeo tem sabor acentuado caracteriacutestico de banana Este sabor eacute mais pronunciado no caso de farinha de banana madura poreacutem o processo e desidrataccedilatildeo deve ser mais elaborado

A farinha de banana pode ser produzida praticamente de todas as variedades de banana mas geralemnte satildeo utilizadas as do subgrupo cavendish nanica ou nanicatildeo

31 Fluxograma de processamento

Colheita

Transporte

Recepccedilatildeo (banana verde em cachos)

Seleccedilatildeo dos cahos

Despencamento

Lavagem Lavagem

Maturaccedilatildeo em cacircmaras

Descascamento Descascamento

Corte Corte

Sulfitaccedilatildeo Sulfitaccedilatildeo

Carregamento das bandejas Carregamento das bandejas

Secagem em cacircmara Secagem em cacircmara

Moagem Moagem

Embalagem Embalagem

Armazenamento Armazenamento

Farinha de banana madura Farinha de banana verde

32 Descriccedilatildeo das etapas de procesamento

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321 Colheita e transporte

Um dos indicadores do completo desenvolvimento fisioloacutegico da banana que determina a sua colheita eacute o desaparecimento das quinas dos frutos Este fator eacute aplicado somente para cultivares nanica nanicatildeo maccedilatilde e prata Para estas cultivares os cachos natildeo devem ser colhidos se ainda apresentam na superfiacutecie angulosidades muito pronunciadas isto eacute natildeo tenham atingido o seu desenvolvimento normal porque as bananas natildeo amadurecem satisfatoriamente Se o amadurecimento ocorrer este seraacute relativamente mais demorado as frutas teratildeo sabor amilaacuteceo e conteratildeo menos accediluacutecar do que aquelas colhidas em estaacutedio mais avanccedilado de desenvolvimento

A mediccedilatildeo do diacircmetro da fruta para fins de colheita eacute feita nas pencas situadas quase no meio do cacho ou seja na quarta ou quinta penca a contar de cima para baixo A colheita pode ser realizada em diferentes estaacutedios de desenvolvimento dos frutos dependendo do fim a que se destina o produto e da distacircncia do mercado consumidor Para a produccedilatildeo de farinha de banana deve-se colher no estaacutedio de desenvolvimento correspondente a frac34 gorda ou seja 34 e 36 mm de diacircmetro para os cultivares nanica e nanicatildeo respectivamente

322 Recepccedilatildeo e despencamento

Os cachos satildeo retirados do veiacuteculo de transporte e colocados na plataforma de recepccedilatildeo Na plataforma as frutas seratildeo separadas em cultivares sendo posteriormente despencadas Os cachos recebidos apresentam diferentes graus de maturaccedilatildeo entre si ocorrendo o mesmo com as pencas de um mesmo caho devido agrave abertuta das braacutecteas do coraccedilatildeo que ocorre em dias consecutivos ou alternados Isto faz com que as uacuteltimas pencas sejam de 10 a 20 dias mais jovens que as primeiras dependendo da eacutepoca do ano provocando desuniformidade no grau de maturaccedilatildeo de um lote de bananas Eacute conveniente separar as bananas recebidas em duas porccedilotildees uma contendo pencas mais desenvolvidas e outra contendo as restantes o que possibilita um amadurecimento mais uniforme

323 Lavagem

Apoacutes o despencamento os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos No caso de se utilizar tratamento quiacutemico eacute conveniente que este seja feito apoacutes a lavagem das frutas em tanque separado

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento e torna mais faacutecil atingir a temperatura de 20ordmC ideal para o amadurecimento das frutas para processamento industrial No caso da utilizaccedilatildeo de banana verde a lavagem facilita tambeacutem a remoccedilatildeo da casca Para o fluxo de produccedilatildeo de farinha de banana verde visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada ( 5 ppm) agrave temperatura de 40-45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70-75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5-6 minutos

324 Maturaccedilatildeo

A maturaccedilatildeo controlada eacute feita em cacircmaras especialmente construiacutedas para este fim Estas cacircmaras possuem exaustores os quais satildeo responsaacuteveis pela renovaccedilatildeo do ar interno da cacircmara Estas cacircmaras podem ser construiacutedas em alvenaria ou preacute-moldadas As paredes o teto e o piso devem possuir isolamento teacutermico de estiropor ou poliuretano com espessura miacutenima de 4 polegadas A porta deve apresentar um bom isolamento e ser hermeacutetica a fim de evitar a perda do gaacutes ativador da maturaccedilatildeo As bananas satildeo geralmente armazenadas na cacircmara de maturaccedilatildeo em caixas de polietileno

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Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturaccedilatildeo uniforme principalmente o etileno que eacute utilizado em uma mistura com nitorgecircnio ( 5 etileno balanccedilo nitrogecircnio) O gaacutes eacute aplicado na proporccedilatildeo de 6 em relaccedilatildeo ao volume interno da cacircmara injetado em trecircs etapas cada uma a 2 do volume da cacircmara

Durante a maturaccedilatildeo as frutas absorvem oxigecircnio (O2) liberando gaacutes carbocircnico (CO2) portanto aumentando-se o teor de oxigecircnio na cacircmara acelera-se a maturaccedilatildeo Para manter uma concentraccedilatildeo de gaacutes carbocircnico baixa eacute necessaacuterio fazer a exaustatildeo do ar da cacircmara eliminando dessa forma o CO2 e permitindo a entrada de novo ar A circulaccedilatildeo do ar nas cacircmaras atraveacutes de ventiladores tem a finalidade de igualar as condiccedilotildees de atmosfera permitindo uma distribuiccedilatildeo homogecircnea do gaacutes ativado Outra finalidade eacute facilitar a saiacuteda do CO2 do interior da fruta assim como a entrada do gaacutes ativador

A maturaccedilatildeo estaacute relacionada com a temperatura e a umidade relativa A umidade relativa eacute outro elemento indispensaacutevel no ambiente de maturaccedilatildeo A fruta perde constantemente umidade atraveacutes da respiraccedilatildeo o que deve ser controlado para evitar o seu muschamento e a perda excessiva de peso assim como a casca de se tornar enrugada e de coloraccedilatildeo opaca A umidade relativa na cacircmara deve ser mantida em torno de 85 a 95 agrave temperatura de 18ordmC A umidade pode ser injetada na cacircmara por meio de umidificadores que satildeo colocados em frente do evaporador

325 Descascamento

O estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute decorrente do produto final desejado No caso da farinha de banana verde as frutas devem apresentar-se no ponto 1 da Escala de Maturaccedilatildeo mostrada abaixo Para a farinha de banana madura o estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute quando elas de apresentam amarelas com extremidades verdes ponto 5 da escala

Tabela 1 Escala de maturaccedilatildeo de banana segundo o aspecto teores de accediluacutecar e amido Aspecto da fruta Amido () Accediluacutecar () 1 verde 215 a 195 01 a 20 2 verde com traccedilos amarelos 195 a 165 20 a 50 3 mais verde que amarela 180 a 145 35 a 70 4 mais amarela que verde 150 a 90 60 a 120 5 amarela com extremidade verde 105 a 25 100 a 180 6 inteiramente amarela 40 a 10 165 a 195 7 amarela com pequenas manchas pretas 25 a 10 175 a 190 8 amarela com grandes manchas pardas 15 a 10 185 a 190 ( Fonte Haendler 1966)

As bananas satildeo descascadas manualmente As cascas e frutas descartadas seratildeo lanccediladas em recipientes localizadas na parte posterior da mesa de descascamento de onde seratildeo retirados periodicamente As bananas podem ser descascadas com o auxiacutelio de facas de accedilo inoxidaacutevel nunca usar facas de ferro pois estas provocam escurecimento da fruta Depois de descascadas retirar as imperfeiccedilotildees manchas e partes estregadas da fruta para evitar prejuiacutezos agrave qualidade da farinha a ser produzida

Agrave medida que vatildeo sendo descascadas as bananas devem ser imediatamente cortadas de tal forma em que o periacuteodo entre o descascamento corte e sulfitaccedilatildeo seja o menor possiacutevel

326 Corte

As bananas podem ser fatiadas em rodelas de 1 a 2 cm de espessura ou cortadas longitudinalmente em fatias No caso especiacutefico da banana verde esta pode ser cortada tambeacutem em cubos embora seja usual o corte em rodelas Estes cubos devem ter cerca de 1 cm de aresta

327 Sulfitaccedilatildeo

A sulfitaccedilatildeo eacute um tratamento antioxidante que evita o escurecimento e alteraccedilotildees no sabor

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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22

SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 6: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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Ensacamento

22 Descriccedilatildeo do processo

221 Descasque

Nessa etapa remove-se as camadas externas da raiz ou cascas(raspas) o que eacute tradicionalmente feito de uma forma manual

222 Trituraccedilatildeo

A trituraccedilatildeo das raiacutezes eacute feita em maacutequinas cevadoras com motor eleacutetrico ou a diesel As cevadoras natildeo dispotildeem de dispositivos de proteccedilatildeo aos trabalhadores que as alimentam na maioria das vezes manualmente com mandioca

223 Prensagem

Consiste na remoccedilatildeo do liacutequido interno da raiz (manipueira) submetendo-se a espremedura Esse processo eacute muito importante por ser responsaacutevel por grande reduccedilatildeo da sua toxidade Quando as prensas satildeo eletromecanizadas a massa triturada eacute colocada em sacos de fibra (sinteacutetica) que satildeo geralmente sobrepostos em pilhas de cinco e colocados dentro de uma espeacutecie de barril onde satildeo submetidos a uma pressatildeo hidraacuteulica durante aproximadamente 1 hora A manipueira geralmente escorre a ceacuteu aberto causando poluiccedilotildea do ambiente

224 Extraccedilatildeo do amido

Esta etapa opcional e pode ser feita com duas finalidades para consumo proacuteprio o amido eacute retirado da manipueria deixa-se parte da manipueira recolhida sob a prensa em gamelas em repouso permitindo que o amido se deposite

para comercializaccedilatildeo o amido eacute retirado da massa triturada atraveacutes de sucessivas lavagens da mesma permitindo que o amido se sedimente a massa lavada eacute entatildeo processada normalmente para obtenccedilatildeo de farinha ( Obs Esse procedimento natildeo eacute muito praticado pois afirma-se que a lavagem da massa natildeo eacute lucrativa pois reduz o rendimento e a qualidade da farinha)

225 Trituraccedilatildeo

Depois de prensada a massa volta ao cevador para desfazer (esfarelar) os grandes blocos formados durante a prensagem

226 Secagem

A secagem da massa prensada eacute retriturada num forno chamado forno de embolar com o objetivo de retirar ao maacuteximo a umidade da massa

227 Refinaccedilatildeo

A refinaccedilatildeo eacute realizada para obtenccedilatildeo de farinha com gratildeos de tamanho mais uniforme

228 Secagem

Essa etapa tem o objetivo de torrar a farinha

3 Farinha de banana

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A farinha de banana eacute obtida pela secagem natural isto eacute exposiccedilatildeo ao sol ou artificial exposiccedilatildeo ao ar quente em equipamentos apropriados A exposiccedilatildeo direta ao sol pode apresentar o inconveniente de contaminaccedilatildeo por bolores e insetos

Existem dois tipos de farinha de banana classificadas de acordo com o estaacutedio de maturaccedilatildeo da mateacuteria-prima utilizada no processamento farinha de banana verde e farinha de banana madura

A farinha de banana madura eacute produzida a partir de banana com 75 de amadurecimento ou seja com a casca quase amarela e as extremidades ainda verdes apresentando um teor de amido em torno de 6 a 7

A farinha de banana verde eacute produzida a partir de banana verde com baixo teor de accediluacutecares ( cerca de 05 a 1) apresentando a casca e as extremidades de coloraccedilatildeo totalmente verde A farinha produzida a partir das bananas verdes natildeo tem sabor acentuado caracteriacutestico de banana Este sabor eacute mais pronunciado no caso de farinha de banana madura poreacutem o processo e desidrataccedilatildeo deve ser mais elaborado

A farinha de banana pode ser produzida praticamente de todas as variedades de banana mas geralemnte satildeo utilizadas as do subgrupo cavendish nanica ou nanicatildeo

31 Fluxograma de processamento

Colheita

Transporte

Recepccedilatildeo (banana verde em cachos)

Seleccedilatildeo dos cahos

Despencamento

Lavagem Lavagem

Maturaccedilatildeo em cacircmaras

Descascamento Descascamento

Corte Corte

Sulfitaccedilatildeo Sulfitaccedilatildeo

Carregamento das bandejas Carregamento das bandejas

Secagem em cacircmara Secagem em cacircmara

Moagem Moagem

Embalagem Embalagem

Armazenamento Armazenamento

Farinha de banana madura Farinha de banana verde

32 Descriccedilatildeo das etapas de procesamento

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321 Colheita e transporte

Um dos indicadores do completo desenvolvimento fisioloacutegico da banana que determina a sua colheita eacute o desaparecimento das quinas dos frutos Este fator eacute aplicado somente para cultivares nanica nanicatildeo maccedilatilde e prata Para estas cultivares os cachos natildeo devem ser colhidos se ainda apresentam na superfiacutecie angulosidades muito pronunciadas isto eacute natildeo tenham atingido o seu desenvolvimento normal porque as bananas natildeo amadurecem satisfatoriamente Se o amadurecimento ocorrer este seraacute relativamente mais demorado as frutas teratildeo sabor amilaacuteceo e conteratildeo menos accediluacutecar do que aquelas colhidas em estaacutedio mais avanccedilado de desenvolvimento

A mediccedilatildeo do diacircmetro da fruta para fins de colheita eacute feita nas pencas situadas quase no meio do cacho ou seja na quarta ou quinta penca a contar de cima para baixo A colheita pode ser realizada em diferentes estaacutedios de desenvolvimento dos frutos dependendo do fim a que se destina o produto e da distacircncia do mercado consumidor Para a produccedilatildeo de farinha de banana deve-se colher no estaacutedio de desenvolvimento correspondente a frac34 gorda ou seja 34 e 36 mm de diacircmetro para os cultivares nanica e nanicatildeo respectivamente

322 Recepccedilatildeo e despencamento

Os cachos satildeo retirados do veiacuteculo de transporte e colocados na plataforma de recepccedilatildeo Na plataforma as frutas seratildeo separadas em cultivares sendo posteriormente despencadas Os cachos recebidos apresentam diferentes graus de maturaccedilatildeo entre si ocorrendo o mesmo com as pencas de um mesmo caho devido agrave abertuta das braacutecteas do coraccedilatildeo que ocorre em dias consecutivos ou alternados Isto faz com que as uacuteltimas pencas sejam de 10 a 20 dias mais jovens que as primeiras dependendo da eacutepoca do ano provocando desuniformidade no grau de maturaccedilatildeo de um lote de bananas Eacute conveniente separar as bananas recebidas em duas porccedilotildees uma contendo pencas mais desenvolvidas e outra contendo as restantes o que possibilita um amadurecimento mais uniforme

323 Lavagem

Apoacutes o despencamento os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos No caso de se utilizar tratamento quiacutemico eacute conveniente que este seja feito apoacutes a lavagem das frutas em tanque separado

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento e torna mais faacutecil atingir a temperatura de 20ordmC ideal para o amadurecimento das frutas para processamento industrial No caso da utilizaccedilatildeo de banana verde a lavagem facilita tambeacutem a remoccedilatildeo da casca Para o fluxo de produccedilatildeo de farinha de banana verde visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada ( 5 ppm) agrave temperatura de 40-45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70-75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5-6 minutos

324 Maturaccedilatildeo

A maturaccedilatildeo controlada eacute feita em cacircmaras especialmente construiacutedas para este fim Estas cacircmaras possuem exaustores os quais satildeo responsaacuteveis pela renovaccedilatildeo do ar interno da cacircmara Estas cacircmaras podem ser construiacutedas em alvenaria ou preacute-moldadas As paredes o teto e o piso devem possuir isolamento teacutermico de estiropor ou poliuretano com espessura miacutenima de 4 polegadas A porta deve apresentar um bom isolamento e ser hermeacutetica a fim de evitar a perda do gaacutes ativador da maturaccedilatildeo As bananas satildeo geralmente armazenadas na cacircmara de maturaccedilatildeo em caixas de polietileno

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Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturaccedilatildeo uniforme principalmente o etileno que eacute utilizado em uma mistura com nitorgecircnio ( 5 etileno balanccedilo nitrogecircnio) O gaacutes eacute aplicado na proporccedilatildeo de 6 em relaccedilatildeo ao volume interno da cacircmara injetado em trecircs etapas cada uma a 2 do volume da cacircmara

Durante a maturaccedilatildeo as frutas absorvem oxigecircnio (O2) liberando gaacutes carbocircnico (CO2) portanto aumentando-se o teor de oxigecircnio na cacircmara acelera-se a maturaccedilatildeo Para manter uma concentraccedilatildeo de gaacutes carbocircnico baixa eacute necessaacuterio fazer a exaustatildeo do ar da cacircmara eliminando dessa forma o CO2 e permitindo a entrada de novo ar A circulaccedilatildeo do ar nas cacircmaras atraveacutes de ventiladores tem a finalidade de igualar as condiccedilotildees de atmosfera permitindo uma distribuiccedilatildeo homogecircnea do gaacutes ativado Outra finalidade eacute facilitar a saiacuteda do CO2 do interior da fruta assim como a entrada do gaacutes ativador

A maturaccedilatildeo estaacute relacionada com a temperatura e a umidade relativa A umidade relativa eacute outro elemento indispensaacutevel no ambiente de maturaccedilatildeo A fruta perde constantemente umidade atraveacutes da respiraccedilatildeo o que deve ser controlado para evitar o seu muschamento e a perda excessiva de peso assim como a casca de se tornar enrugada e de coloraccedilatildeo opaca A umidade relativa na cacircmara deve ser mantida em torno de 85 a 95 agrave temperatura de 18ordmC A umidade pode ser injetada na cacircmara por meio de umidificadores que satildeo colocados em frente do evaporador

325 Descascamento

O estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute decorrente do produto final desejado No caso da farinha de banana verde as frutas devem apresentar-se no ponto 1 da Escala de Maturaccedilatildeo mostrada abaixo Para a farinha de banana madura o estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute quando elas de apresentam amarelas com extremidades verdes ponto 5 da escala

Tabela 1 Escala de maturaccedilatildeo de banana segundo o aspecto teores de accediluacutecar e amido Aspecto da fruta Amido () Accediluacutecar () 1 verde 215 a 195 01 a 20 2 verde com traccedilos amarelos 195 a 165 20 a 50 3 mais verde que amarela 180 a 145 35 a 70 4 mais amarela que verde 150 a 90 60 a 120 5 amarela com extremidade verde 105 a 25 100 a 180 6 inteiramente amarela 40 a 10 165 a 195 7 amarela com pequenas manchas pretas 25 a 10 175 a 190 8 amarela com grandes manchas pardas 15 a 10 185 a 190 ( Fonte Haendler 1966)

As bananas satildeo descascadas manualmente As cascas e frutas descartadas seratildeo lanccediladas em recipientes localizadas na parte posterior da mesa de descascamento de onde seratildeo retirados periodicamente As bananas podem ser descascadas com o auxiacutelio de facas de accedilo inoxidaacutevel nunca usar facas de ferro pois estas provocam escurecimento da fruta Depois de descascadas retirar as imperfeiccedilotildees manchas e partes estregadas da fruta para evitar prejuiacutezos agrave qualidade da farinha a ser produzida

Agrave medida que vatildeo sendo descascadas as bananas devem ser imediatamente cortadas de tal forma em que o periacuteodo entre o descascamento corte e sulfitaccedilatildeo seja o menor possiacutevel

326 Corte

As bananas podem ser fatiadas em rodelas de 1 a 2 cm de espessura ou cortadas longitudinalmente em fatias No caso especiacutefico da banana verde esta pode ser cortada tambeacutem em cubos embora seja usual o corte em rodelas Estes cubos devem ter cerca de 1 cm de aresta

327 Sulfitaccedilatildeo

A sulfitaccedilatildeo eacute um tratamento antioxidante que evita o escurecimento e alteraccedilotildees no sabor

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 7: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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A farinha de banana eacute obtida pela secagem natural isto eacute exposiccedilatildeo ao sol ou artificial exposiccedilatildeo ao ar quente em equipamentos apropriados A exposiccedilatildeo direta ao sol pode apresentar o inconveniente de contaminaccedilatildeo por bolores e insetos

Existem dois tipos de farinha de banana classificadas de acordo com o estaacutedio de maturaccedilatildeo da mateacuteria-prima utilizada no processamento farinha de banana verde e farinha de banana madura

A farinha de banana madura eacute produzida a partir de banana com 75 de amadurecimento ou seja com a casca quase amarela e as extremidades ainda verdes apresentando um teor de amido em torno de 6 a 7

A farinha de banana verde eacute produzida a partir de banana verde com baixo teor de accediluacutecares ( cerca de 05 a 1) apresentando a casca e as extremidades de coloraccedilatildeo totalmente verde A farinha produzida a partir das bananas verdes natildeo tem sabor acentuado caracteriacutestico de banana Este sabor eacute mais pronunciado no caso de farinha de banana madura poreacutem o processo e desidrataccedilatildeo deve ser mais elaborado

A farinha de banana pode ser produzida praticamente de todas as variedades de banana mas geralemnte satildeo utilizadas as do subgrupo cavendish nanica ou nanicatildeo

31 Fluxograma de processamento

Colheita

Transporte

Recepccedilatildeo (banana verde em cachos)

Seleccedilatildeo dos cahos

Despencamento

Lavagem Lavagem

Maturaccedilatildeo em cacircmaras

Descascamento Descascamento

Corte Corte

Sulfitaccedilatildeo Sulfitaccedilatildeo

Carregamento das bandejas Carregamento das bandejas

Secagem em cacircmara Secagem em cacircmara

Moagem Moagem

Embalagem Embalagem

Armazenamento Armazenamento

Farinha de banana madura Farinha de banana verde

32 Descriccedilatildeo das etapas de procesamento

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321 Colheita e transporte

Um dos indicadores do completo desenvolvimento fisioloacutegico da banana que determina a sua colheita eacute o desaparecimento das quinas dos frutos Este fator eacute aplicado somente para cultivares nanica nanicatildeo maccedilatilde e prata Para estas cultivares os cachos natildeo devem ser colhidos se ainda apresentam na superfiacutecie angulosidades muito pronunciadas isto eacute natildeo tenham atingido o seu desenvolvimento normal porque as bananas natildeo amadurecem satisfatoriamente Se o amadurecimento ocorrer este seraacute relativamente mais demorado as frutas teratildeo sabor amilaacuteceo e conteratildeo menos accediluacutecar do que aquelas colhidas em estaacutedio mais avanccedilado de desenvolvimento

A mediccedilatildeo do diacircmetro da fruta para fins de colheita eacute feita nas pencas situadas quase no meio do cacho ou seja na quarta ou quinta penca a contar de cima para baixo A colheita pode ser realizada em diferentes estaacutedios de desenvolvimento dos frutos dependendo do fim a que se destina o produto e da distacircncia do mercado consumidor Para a produccedilatildeo de farinha de banana deve-se colher no estaacutedio de desenvolvimento correspondente a frac34 gorda ou seja 34 e 36 mm de diacircmetro para os cultivares nanica e nanicatildeo respectivamente

322 Recepccedilatildeo e despencamento

Os cachos satildeo retirados do veiacuteculo de transporte e colocados na plataforma de recepccedilatildeo Na plataforma as frutas seratildeo separadas em cultivares sendo posteriormente despencadas Os cachos recebidos apresentam diferentes graus de maturaccedilatildeo entre si ocorrendo o mesmo com as pencas de um mesmo caho devido agrave abertuta das braacutecteas do coraccedilatildeo que ocorre em dias consecutivos ou alternados Isto faz com que as uacuteltimas pencas sejam de 10 a 20 dias mais jovens que as primeiras dependendo da eacutepoca do ano provocando desuniformidade no grau de maturaccedilatildeo de um lote de bananas Eacute conveniente separar as bananas recebidas em duas porccedilotildees uma contendo pencas mais desenvolvidas e outra contendo as restantes o que possibilita um amadurecimento mais uniforme

323 Lavagem

Apoacutes o despencamento os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos No caso de se utilizar tratamento quiacutemico eacute conveniente que este seja feito apoacutes a lavagem das frutas em tanque separado

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento e torna mais faacutecil atingir a temperatura de 20ordmC ideal para o amadurecimento das frutas para processamento industrial No caso da utilizaccedilatildeo de banana verde a lavagem facilita tambeacutem a remoccedilatildeo da casca Para o fluxo de produccedilatildeo de farinha de banana verde visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada ( 5 ppm) agrave temperatura de 40-45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70-75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5-6 minutos

324 Maturaccedilatildeo

A maturaccedilatildeo controlada eacute feita em cacircmaras especialmente construiacutedas para este fim Estas cacircmaras possuem exaustores os quais satildeo responsaacuteveis pela renovaccedilatildeo do ar interno da cacircmara Estas cacircmaras podem ser construiacutedas em alvenaria ou preacute-moldadas As paredes o teto e o piso devem possuir isolamento teacutermico de estiropor ou poliuretano com espessura miacutenima de 4 polegadas A porta deve apresentar um bom isolamento e ser hermeacutetica a fim de evitar a perda do gaacutes ativador da maturaccedilatildeo As bananas satildeo geralmente armazenadas na cacircmara de maturaccedilatildeo em caixas de polietileno

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Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturaccedilatildeo uniforme principalmente o etileno que eacute utilizado em uma mistura com nitorgecircnio ( 5 etileno balanccedilo nitrogecircnio) O gaacutes eacute aplicado na proporccedilatildeo de 6 em relaccedilatildeo ao volume interno da cacircmara injetado em trecircs etapas cada uma a 2 do volume da cacircmara

Durante a maturaccedilatildeo as frutas absorvem oxigecircnio (O2) liberando gaacutes carbocircnico (CO2) portanto aumentando-se o teor de oxigecircnio na cacircmara acelera-se a maturaccedilatildeo Para manter uma concentraccedilatildeo de gaacutes carbocircnico baixa eacute necessaacuterio fazer a exaustatildeo do ar da cacircmara eliminando dessa forma o CO2 e permitindo a entrada de novo ar A circulaccedilatildeo do ar nas cacircmaras atraveacutes de ventiladores tem a finalidade de igualar as condiccedilotildees de atmosfera permitindo uma distribuiccedilatildeo homogecircnea do gaacutes ativado Outra finalidade eacute facilitar a saiacuteda do CO2 do interior da fruta assim como a entrada do gaacutes ativador

A maturaccedilatildeo estaacute relacionada com a temperatura e a umidade relativa A umidade relativa eacute outro elemento indispensaacutevel no ambiente de maturaccedilatildeo A fruta perde constantemente umidade atraveacutes da respiraccedilatildeo o que deve ser controlado para evitar o seu muschamento e a perda excessiva de peso assim como a casca de se tornar enrugada e de coloraccedilatildeo opaca A umidade relativa na cacircmara deve ser mantida em torno de 85 a 95 agrave temperatura de 18ordmC A umidade pode ser injetada na cacircmara por meio de umidificadores que satildeo colocados em frente do evaporador

325 Descascamento

O estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute decorrente do produto final desejado No caso da farinha de banana verde as frutas devem apresentar-se no ponto 1 da Escala de Maturaccedilatildeo mostrada abaixo Para a farinha de banana madura o estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute quando elas de apresentam amarelas com extremidades verdes ponto 5 da escala

Tabela 1 Escala de maturaccedilatildeo de banana segundo o aspecto teores de accediluacutecar e amido Aspecto da fruta Amido () Accediluacutecar () 1 verde 215 a 195 01 a 20 2 verde com traccedilos amarelos 195 a 165 20 a 50 3 mais verde que amarela 180 a 145 35 a 70 4 mais amarela que verde 150 a 90 60 a 120 5 amarela com extremidade verde 105 a 25 100 a 180 6 inteiramente amarela 40 a 10 165 a 195 7 amarela com pequenas manchas pretas 25 a 10 175 a 190 8 amarela com grandes manchas pardas 15 a 10 185 a 190 ( Fonte Haendler 1966)

As bananas satildeo descascadas manualmente As cascas e frutas descartadas seratildeo lanccediladas em recipientes localizadas na parte posterior da mesa de descascamento de onde seratildeo retirados periodicamente As bananas podem ser descascadas com o auxiacutelio de facas de accedilo inoxidaacutevel nunca usar facas de ferro pois estas provocam escurecimento da fruta Depois de descascadas retirar as imperfeiccedilotildees manchas e partes estregadas da fruta para evitar prejuiacutezos agrave qualidade da farinha a ser produzida

Agrave medida que vatildeo sendo descascadas as bananas devem ser imediatamente cortadas de tal forma em que o periacuteodo entre o descascamento corte e sulfitaccedilatildeo seja o menor possiacutevel

326 Corte

As bananas podem ser fatiadas em rodelas de 1 a 2 cm de espessura ou cortadas longitudinalmente em fatias No caso especiacutefico da banana verde esta pode ser cortada tambeacutem em cubos embora seja usual o corte em rodelas Estes cubos devem ter cerca de 1 cm de aresta

327 Sulfitaccedilatildeo

A sulfitaccedilatildeo eacute um tratamento antioxidante que evita o escurecimento e alteraccedilotildees no sabor

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 8: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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321 Colheita e transporte

Um dos indicadores do completo desenvolvimento fisioloacutegico da banana que determina a sua colheita eacute o desaparecimento das quinas dos frutos Este fator eacute aplicado somente para cultivares nanica nanicatildeo maccedilatilde e prata Para estas cultivares os cachos natildeo devem ser colhidos se ainda apresentam na superfiacutecie angulosidades muito pronunciadas isto eacute natildeo tenham atingido o seu desenvolvimento normal porque as bananas natildeo amadurecem satisfatoriamente Se o amadurecimento ocorrer este seraacute relativamente mais demorado as frutas teratildeo sabor amilaacuteceo e conteratildeo menos accediluacutecar do que aquelas colhidas em estaacutedio mais avanccedilado de desenvolvimento

A mediccedilatildeo do diacircmetro da fruta para fins de colheita eacute feita nas pencas situadas quase no meio do cacho ou seja na quarta ou quinta penca a contar de cima para baixo A colheita pode ser realizada em diferentes estaacutedios de desenvolvimento dos frutos dependendo do fim a que se destina o produto e da distacircncia do mercado consumidor Para a produccedilatildeo de farinha de banana deve-se colher no estaacutedio de desenvolvimento correspondente a frac34 gorda ou seja 34 e 36 mm de diacircmetro para os cultivares nanica e nanicatildeo respectivamente

322 Recepccedilatildeo e despencamento

Os cachos satildeo retirados do veiacuteculo de transporte e colocados na plataforma de recepccedilatildeo Na plataforma as frutas seratildeo separadas em cultivares sendo posteriormente despencadas Os cachos recebidos apresentam diferentes graus de maturaccedilatildeo entre si ocorrendo o mesmo com as pencas de um mesmo caho devido agrave abertuta das braacutecteas do coraccedilatildeo que ocorre em dias consecutivos ou alternados Isto faz com que as uacuteltimas pencas sejam de 10 a 20 dias mais jovens que as primeiras dependendo da eacutepoca do ano provocando desuniformidade no grau de maturaccedilatildeo de um lote de bananas Eacute conveniente separar as bananas recebidas em duas porccedilotildees uma contendo pencas mais desenvolvidas e outra contendo as restantes o que possibilita um amadurecimento mais uniforme

323 Lavagem

Apoacutes o despencamento os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos No caso de se utilizar tratamento quiacutemico eacute conveniente que este seja feito apoacutes a lavagem das frutas em tanque separado

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento e torna mais faacutecil atingir a temperatura de 20ordmC ideal para o amadurecimento das frutas para processamento industrial No caso da utilizaccedilatildeo de banana verde a lavagem facilita tambeacutem a remoccedilatildeo da casca Para o fluxo de produccedilatildeo de farinha de banana verde visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada ( 5 ppm) agrave temperatura de 40-45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70-75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5-6 minutos

324 Maturaccedilatildeo

A maturaccedilatildeo controlada eacute feita em cacircmaras especialmente construiacutedas para este fim Estas cacircmaras possuem exaustores os quais satildeo responsaacuteveis pela renovaccedilatildeo do ar interno da cacircmara Estas cacircmaras podem ser construiacutedas em alvenaria ou preacute-moldadas As paredes o teto e o piso devem possuir isolamento teacutermico de estiropor ou poliuretano com espessura miacutenima de 4 polegadas A porta deve apresentar um bom isolamento e ser hermeacutetica a fim de evitar a perda do gaacutes ativador da maturaccedilatildeo As bananas satildeo geralmente armazenadas na cacircmara de maturaccedilatildeo em caixas de polietileno

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Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturaccedilatildeo uniforme principalmente o etileno que eacute utilizado em uma mistura com nitorgecircnio ( 5 etileno balanccedilo nitrogecircnio) O gaacutes eacute aplicado na proporccedilatildeo de 6 em relaccedilatildeo ao volume interno da cacircmara injetado em trecircs etapas cada uma a 2 do volume da cacircmara

Durante a maturaccedilatildeo as frutas absorvem oxigecircnio (O2) liberando gaacutes carbocircnico (CO2) portanto aumentando-se o teor de oxigecircnio na cacircmara acelera-se a maturaccedilatildeo Para manter uma concentraccedilatildeo de gaacutes carbocircnico baixa eacute necessaacuterio fazer a exaustatildeo do ar da cacircmara eliminando dessa forma o CO2 e permitindo a entrada de novo ar A circulaccedilatildeo do ar nas cacircmaras atraveacutes de ventiladores tem a finalidade de igualar as condiccedilotildees de atmosfera permitindo uma distribuiccedilatildeo homogecircnea do gaacutes ativado Outra finalidade eacute facilitar a saiacuteda do CO2 do interior da fruta assim como a entrada do gaacutes ativador

A maturaccedilatildeo estaacute relacionada com a temperatura e a umidade relativa A umidade relativa eacute outro elemento indispensaacutevel no ambiente de maturaccedilatildeo A fruta perde constantemente umidade atraveacutes da respiraccedilatildeo o que deve ser controlado para evitar o seu muschamento e a perda excessiva de peso assim como a casca de se tornar enrugada e de coloraccedilatildeo opaca A umidade relativa na cacircmara deve ser mantida em torno de 85 a 95 agrave temperatura de 18ordmC A umidade pode ser injetada na cacircmara por meio de umidificadores que satildeo colocados em frente do evaporador

325 Descascamento

O estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute decorrente do produto final desejado No caso da farinha de banana verde as frutas devem apresentar-se no ponto 1 da Escala de Maturaccedilatildeo mostrada abaixo Para a farinha de banana madura o estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute quando elas de apresentam amarelas com extremidades verdes ponto 5 da escala

Tabela 1 Escala de maturaccedilatildeo de banana segundo o aspecto teores de accediluacutecar e amido Aspecto da fruta Amido () Accediluacutecar () 1 verde 215 a 195 01 a 20 2 verde com traccedilos amarelos 195 a 165 20 a 50 3 mais verde que amarela 180 a 145 35 a 70 4 mais amarela que verde 150 a 90 60 a 120 5 amarela com extremidade verde 105 a 25 100 a 180 6 inteiramente amarela 40 a 10 165 a 195 7 amarela com pequenas manchas pretas 25 a 10 175 a 190 8 amarela com grandes manchas pardas 15 a 10 185 a 190 ( Fonte Haendler 1966)

As bananas satildeo descascadas manualmente As cascas e frutas descartadas seratildeo lanccediladas em recipientes localizadas na parte posterior da mesa de descascamento de onde seratildeo retirados periodicamente As bananas podem ser descascadas com o auxiacutelio de facas de accedilo inoxidaacutevel nunca usar facas de ferro pois estas provocam escurecimento da fruta Depois de descascadas retirar as imperfeiccedilotildees manchas e partes estregadas da fruta para evitar prejuiacutezos agrave qualidade da farinha a ser produzida

Agrave medida que vatildeo sendo descascadas as bananas devem ser imediatamente cortadas de tal forma em que o periacuteodo entre o descascamento corte e sulfitaccedilatildeo seja o menor possiacutevel

326 Corte

As bananas podem ser fatiadas em rodelas de 1 a 2 cm de espessura ou cortadas longitudinalmente em fatias No caso especiacutefico da banana verde esta pode ser cortada tambeacutem em cubos embora seja usual o corte em rodelas Estes cubos devem ter cerca de 1 cm de aresta

327 Sulfitaccedilatildeo

A sulfitaccedilatildeo eacute um tratamento antioxidante que evita o escurecimento e alteraccedilotildees no sabor

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 9: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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Diversos gases podem ser utilizados para acelerar e produzir uma maturaccedilatildeo uniforme principalmente o etileno que eacute utilizado em uma mistura com nitorgecircnio ( 5 etileno balanccedilo nitrogecircnio) O gaacutes eacute aplicado na proporccedilatildeo de 6 em relaccedilatildeo ao volume interno da cacircmara injetado em trecircs etapas cada uma a 2 do volume da cacircmara

Durante a maturaccedilatildeo as frutas absorvem oxigecircnio (O2) liberando gaacutes carbocircnico (CO2) portanto aumentando-se o teor de oxigecircnio na cacircmara acelera-se a maturaccedilatildeo Para manter uma concentraccedilatildeo de gaacutes carbocircnico baixa eacute necessaacuterio fazer a exaustatildeo do ar da cacircmara eliminando dessa forma o CO2 e permitindo a entrada de novo ar A circulaccedilatildeo do ar nas cacircmaras atraveacutes de ventiladores tem a finalidade de igualar as condiccedilotildees de atmosfera permitindo uma distribuiccedilatildeo homogecircnea do gaacutes ativado Outra finalidade eacute facilitar a saiacuteda do CO2 do interior da fruta assim como a entrada do gaacutes ativador

A maturaccedilatildeo estaacute relacionada com a temperatura e a umidade relativa A umidade relativa eacute outro elemento indispensaacutevel no ambiente de maturaccedilatildeo A fruta perde constantemente umidade atraveacutes da respiraccedilatildeo o que deve ser controlado para evitar o seu muschamento e a perda excessiva de peso assim como a casca de se tornar enrugada e de coloraccedilatildeo opaca A umidade relativa na cacircmara deve ser mantida em torno de 85 a 95 agrave temperatura de 18ordmC A umidade pode ser injetada na cacircmara por meio de umidificadores que satildeo colocados em frente do evaporador

325 Descascamento

O estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute decorrente do produto final desejado No caso da farinha de banana verde as frutas devem apresentar-se no ponto 1 da Escala de Maturaccedilatildeo mostrada abaixo Para a farinha de banana madura o estaacutedio de maturaccedilatildeo adequado para se iniciar o descascamento das frutas eacute quando elas de apresentam amarelas com extremidades verdes ponto 5 da escala

Tabela 1 Escala de maturaccedilatildeo de banana segundo o aspecto teores de accediluacutecar e amido Aspecto da fruta Amido () Accediluacutecar () 1 verde 215 a 195 01 a 20 2 verde com traccedilos amarelos 195 a 165 20 a 50 3 mais verde que amarela 180 a 145 35 a 70 4 mais amarela que verde 150 a 90 60 a 120 5 amarela com extremidade verde 105 a 25 100 a 180 6 inteiramente amarela 40 a 10 165 a 195 7 amarela com pequenas manchas pretas 25 a 10 175 a 190 8 amarela com grandes manchas pardas 15 a 10 185 a 190 ( Fonte Haendler 1966)

As bananas satildeo descascadas manualmente As cascas e frutas descartadas seratildeo lanccediladas em recipientes localizadas na parte posterior da mesa de descascamento de onde seratildeo retirados periodicamente As bananas podem ser descascadas com o auxiacutelio de facas de accedilo inoxidaacutevel nunca usar facas de ferro pois estas provocam escurecimento da fruta Depois de descascadas retirar as imperfeiccedilotildees manchas e partes estregadas da fruta para evitar prejuiacutezos agrave qualidade da farinha a ser produzida

Agrave medida que vatildeo sendo descascadas as bananas devem ser imediatamente cortadas de tal forma em que o periacuteodo entre o descascamento corte e sulfitaccedilatildeo seja o menor possiacutevel

326 Corte

As bananas podem ser fatiadas em rodelas de 1 a 2 cm de espessura ou cortadas longitudinalmente em fatias No caso especiacutefico da banana verde esta pode ser cortada tambeacutem em cubos embora seja usual o corte em rodelas Estes cubos devem ter cerca de 1 cm de aresta

327 Sulfitaccedilatildeo

A sulfitaccedilatildeo eacute um tratamento antioxidante que evita o escurecimento e alteraccedilotildees no sabor

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 10: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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e aroma do fruto durante o processo de secagem devendo ser realizada imediatamente apoacutes o corte das frutas

A sulfitaccedilatildeo pode ser feita por via seca em cacircmaras onde eacute feita a combustatildeo do enxofre sublimado ou uacutemida por aspersatildeo ou imersatildeo Quando for utilizada a via seca o enxofre deve ser puro podendo ser adicionado de nitrato de soacutedio ou potaacutessio para garantir a completa combustatildeo As doses de enxofre variam de 16 a 20 gm

2 da atmosfera da cacircmara

por 15 a 30 minutos

Quando for utilizada a via uacutemida a soluccedilatildeo de bissulfito de metabissulfito de soacutedio pode ser de 4000 a 5000 ppm de concentraccedilatildeo com tempo de imersatildeo de 5 minutos Uma outra opccedilatildeo para evitar o escurecimento das frutas seria a utilizaccedilatildeo de uma soluccedilatildeo com 1 de aacutecido ciacutetrico e 1 de bissulfito de soacutedio ou somente com 1 de aacutecido ciacutetrico por cerca de dois minutos Independentemente do meacutetodo a ser aplicado na sulfitaccedilatildeo o teor residual de SO2 no produto final de acordo com a legislaccedilatildeo vigente natildeo pode ser maior que 100 ppm

Os frutos deveratildeo ser transportados das mesas de descascamento para os tanques de sulfitaccedilatildeo em caixas de polietileno onde seratildeo imersos na proacutepria embalagem A imersatildeo dos frutos nessa embalagem facilita o controle do tempo de permanecircncia assim como a retirada dos frutos dos tanques

Deve-se observar que as caixas de polietileno destinadas agrave sulfitaccedilatildeo nunca devem ser colocadas diretamente sobre o chatildeo o que facilitaria a contaminaccedilatildeo da soluccedilatildeo de metabissulfito comprometendo a qualidade do produto final Estas embalagens devem ser colocadas sempre sobre pallets revestidos de material impermeaacutevel enquanto esperam o banho em metaissulfito e apoacutes esta etapa

328 Carregamento das bandejas

As rodelas fatias ou cubos satildeo distribuiacutedos na razatildeo de 8 a 9 kgm2 Natildeo se deve jamais sobrecarregaacute-las para natildeo impedir a transmissatildeo de calor e desidrataccedilatildeo adequada do material A espessura obtida varia ligeiramente de acorod com a preparaccedilatildeo sendo em geral de 2 a 3 cm Deve-se observar para que o tempo de descascamento e o iniacutecio da secagem seja o menor possiacutevel para evitar contaminaccedilatildeo

329 Secagem em cacircmara

O processo normalmente aplicado na secagem eacute a exposiccedilatildeo do produto ao ar quente em secadores de bandejas O tipo e a capacidade do secador dependem do investimento na produccedilatildeo bem como dos recursos locais de combustiacutevel mercado rentabilidade e outros O tempo e a temperatura de secagem a serem utilizados iratildeo depender de vaacuterios fatores como por exemplo a umidade relativa externa As condiccedilotildees a seguir apresentaram bons resultados no produto final a cacircmara eacute primeiramente aquecida agrave temperatura de 45ordmC que deve ser mantida durante 45 minutos Em seguida a temperatura do ar de secagem eacute elevada para cerca de 55ordmC e mantida durante o tempo de 4 horas aproximadamente quando as rodelas parcialmente secas apresentam cerca de 25-30 de umidade Finalmente aumenta-se a temperatura gradualmente de 55ordmC para 65ordmC para uniformizar o produto mantendo-se nessas condiccedilotildees por cerca de 4 horas Deste ponto o produto eacute seco agrave temperatura de 70-75ordmC ateacute a umidade aproximada de 6 a 8 A ventilaccedilatildeo eacute mantida durante toda a duraccedilatildeo da secagem

Durante a secagem eacute efetuada a troca de posiccedilatildeo das bandejas ou dos carrinhos do secador para conferir maior uniformidade na umidade e aspecto do produto O tempo de secagem eacute em meacutedia de 12 horas dependendo da carga utilizada da temperatura velocidade tangencial do ar da condiccedilatildeo de umidade do ar de secagem e do tipo de secador ( bandejas estaacuteticas ou moacuteveis)

Em geral admite-se que 100 kg de banana em regime de operaccedilatildeo de corte datildeo 50 kg de polpa utilizaacutevel Estes 50 kg depois de secos daratildeo 10 a 11 kg de rodelas secas com 6-8 de umidade

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

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SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

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CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 11: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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3210 Moagem

O produto seco obtido eacute resfriado em embalagem de polietileno perfurado agrave temperatura ambiente e moiacutedo em moinho de martelo atraveacutes de peneira de malha de 1 a 3 mm de diacircmetro dependendo da granulometria desejada no produto final

3211 Embalagem e acondicionamento

Devido a farinha ser higroscoacutepica ela deve ser acondicionada em embalagens agrave prova de umidade sendo armazenada em local seco

Muitas satildeo as embalagens que podem ser utilizadas para alimentos desidratados como as latas de folha-de-flandres vidros e materiais flexiacuteveis As embalagens metaacutelicas apresentam como desvantagem o custo elevado As vantagens da embalagem de vidro satildeo a retenccedilatildeo do aroma do produto a facilidade do re-fechamento apoacutes o uso de parte do seu conteuacutedo e a impermeabilidade agrave passagem de gases e vapor dacuteaacutegua

Uma excelente opccedilatildeo de embalagem para alimentos desidratados eacute a dos materiais flexiacuteveis Nesse caso haacute de ser considerada a permeabilidade dos materiais ao vapor de aacutegua e ao oxigecircnio poruqe ambas exercem preponderante influ~encia na vida-de-prateleira desses produtos Dentre os materiais mais utilizados destaca-se o polietileno que se caracteriza pela baixa permeabilidade ao vapor de aacutegua alta prmeabilidade ao oxigecircnio e baixa resistecircncia agrave passagem de gordura

4 Farinha de milho

A farinha de milho eacute muito utilizada na culinaacuteria brasileira em vaacuterias formas e o seu sabor eacute muito bem aceito pelos consumidores Eacute um produto de baixo custo e amplamente disponiacutevel no mercado Eacute uma rica fonte de carboidrato contendo ainda ao redor de 10 de proteiacutena

A produccedilatildeo de farinha de milho eacute bastante simples utiliza maacutequinas de faacutecil manejo e natildeo requer matildeo-de-obra especializada No processo de farinha de milho o processo de maceraccedilatildeo eacute considerado como responsaacutevel pelo enriquecimento do armos e do sabor fatores exigidos por uma importante parcela dos consumidores

O milho para a produccedilatildeo de farinha pode ser adquirido diretamente do produtor ou no comeacutercio atacadista Outra alternativa poderaacute ser a aquisiccedilatildeo da canjica eliminando-se a fases de desgerminaccedilatildeo no processo produtivo

41 Mateacuteria prima

A porccedilatildeo amilaacutecea do gratildeo (endosperma) eacute constituiacuteda principalmente de amido com menos de 10 de proteiacutena bruta e apenas traccedilos de minerais e gordura Jaacute o tegumento e a ponta satildeo constituiacutedos praticamente de carboidratos embora apresentem menos amido e cerca de 15 de fibra bruta Logo abaixo do tegumento na camada coacuternea do gluacuteten haacute cerca de 22 de proteiacutena bruta O mesmo ocorre com o geacutermen que conteacutem aproximadamente 35 de gordura

Existem muitas variedades de milho podendo o gratildeo ser amarelo branco e vermelho A preferecircncia eacute maior pelo milho pigmentado por possuir a criptoxantina precursora da vitamina A aleacutem de sua propriedade pigmentante O gratildeos de milho eacute formado por dois tipos principais de proteiacutena a zeiacutena e a glutelina

Assim como todos os outros gratildeos de cereais o milho eacute altamente energeacutetico apresentando um valor meacutedio de nutrientes digestiacuteveis totais em torno de 80 cerca de3400 kcal de nergia metabilizaacutevel para aves e suiacutenos

O alto valor de enrgia ocorre porque o milho eacute um alimento rico em extrativos natildeo nitrogenados essencialmente amido Tambeacutem eacute o cereal mais rico em gordura exceto

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 12: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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pela aveia sendo pobre em fibra bruta o que contribui para sua alta digestibilidade Todos os seres vivos alimentados com milho eacute necessaacuterio complementar a dieta com alimentos proteacuteicos

42 Fluxograma de processo

Estocagem

Canjicamento

Tanque de maceraccedilatildeo

Moagem uacutemida

Forno rotativo

Empacotamento

43 Etapa de produccedilatildeo

431 Estocagem

A estocagem dos gratildeos de milho deve ser feita em local arejado fresco e ventilado livre de roedores e de insetos O produto pode estar armazenado em sacos e estes devem estar sobre pallets ou em silos que podem ser de madeira ou de metal

432 Canjicamento

Para a produccedilatildeo de farinha de milho eacute necessaacuteria a retirada do germe do milho que eacute utilizado para a produccedilatildeo de oacuteleo O gratildeo de milho passa pela canjiqueira que consiste de uma sequumlecircncia de facas acondicionadas em um eixo motriz seguido por um conjunto de peneiras de malhas diferentes para a separaccedilatildeo da canjica e do farelo respectivamente produto e subproduto O processo resulta na degerminaccedilatildeo descascamento e limpeza da canjica pois a permanecircncia do embriatildeo casca e possiacuteveis poacutes comprometem a moagem

433 Maceraccedilatildeo

A canjica apoacutes estar limpa eacute colocada em tanques de alvenaria e recoberta com aacutegua (em temperatura ambiente) para amolecer os gratildeos a qual se completa por em trono de cinco dias Este processo eacute bastante lento e nele deve-se observar a fermentaccedilatildeo porque dependendo do volume e da continuidade de produccedilatildeo a farinha poderaacute apresentar sabor mais aacutecido fazendo com que o produto natildeo tenha boa aceitaccedilatildeo no mercado A aacutegua eacute drenada a cada 2 dias para minimizar a fermentaccedilatildeo

434 Moagem uacutemida

Apoacutes a hidrataccedilatildeo dos gratildeos a aacutegua eacute escorrida e a canjica uacutemida eacute processada no moinho de discos seguido de peneiramento para separar o endosperma o qual eacute moiacutedo em partiacuteculas menores de 1 mm Deve-se evitar a moagem excessiva para natildeo formar pasta mas um material mais grosso e uacutemido Essa massa ralada cai sobre uma peneira onde separam-se os torrotildees ou pedaccedilos natildeo moiacutedos que podem retornar ao moinho

O processo visa obter uma massa fina homogecircnea e uacutemida lembrando o fubaacute em sua granulometria e a peneira utilizada tem malha de 1 mm de abertura O restante da casca (pericarpo) remanescente do descanjicamento eacute separado com as partiacuteculas maiores

435 Forno rotativo

Apoacutes ralada a canjica a massa eacute levada para a torra no forno rotativo onde eacute acondicionada em um depoacutesito e a seguir eacute espalhada uniformemente por uma peneira

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 13: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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trepidante sobre a chapa do forno rotativo o qual eacute aquecido a uma temperatura de plusmn300ordmC

Logo apoacutes alcanccedilar a chapa a massa de milho eacute prensada com rolos para ocorrer o abiscoitamento e formar os bijus a partir desta fase a farinha gira uma volta para que ocarra a secagem ou torra eacute retirada por ventilaccedilatildeo por cima do forno para cair em uma caixa depoacutesito de onde eacute retirada e embalada

436 PesagemEmpacotamento

Apoacutes torrada a massa de canjica eacute pesada e embalada em sacos plaacutesticos de acordo com o mercado consumidor

5 Farinha instantacircnea de amaranto

O amaranto (Amaranthus sp) eacute um pesudocereal oriundo da Regiatildeo Andina da Ameacuterica do Sul Este gratildeo vem sendo utilizado desde eacutepocas preacute-incas e Incas ateacute ma atualidade pelos seus descendentes na regiatildeo andina de paiacuteses como Boliacutevia peru e Venezuela Poreacutem a sua utilizaccedilatildeo em forma industrial tem sido pouco explorada

As sementes do amaranto satildeo muito pequenas semelhantes agraves da quinoa e seu valor proteacuteico reportado por vaacuterios trabalhos eacute superior ao dos cereais convencionais

51 Processamento

As mateacuterias-primas e ingredientes processados por extrusatildeo satildeo normalmente submetidos a um severo tratamento teacutermico uma lata pressatildeo um intenso esforccedilo de corte ou cisalhamento com teores de umidade limitados entre 14 a 17 Na elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto utiliza-se cuidadosamente uma combinaccedilatildeo desses paracircmetros

Na eleboraccedilatildeo de produtos expandidos derivados do amaranto pode ser utilizada uma extrusora de rosca simples ou de rosca dupla As principais variaacuteveis que definem as caracteriacutesticas do produto final satildeo

511 Variaacuteveis independentes

configuraccedilatildeo da rosca

rotaccedilatildeo das roscas

temperatura nas zonas do extrusor

velocidade da alimentaccedilatildeo

diacircmetro da matriz

512 Variaacuteveis dependentes

tipo de mateacuteria-prima (composiccedilatildeo quiacutemica)

granulometria

proporccedilatildeo de amilose e amilopectina

variedade

umidade de processamento

52 Fluxograma de processo

Mateacuteria-prima (amaranto)

Condicionamento (aproximadamente 14-16)

Extrusatildeo (alto atrito temperatura acima de 135ordmC)

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 14: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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Secagem

( 5-7 umidade final)

Moagem eou pulverizaccedilatildeo

(moinho de martelo com ciclone)

Embalagem

(impermeaacutevel)

53 Equipamento necessaacuterio

Na fabricaccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto precisa-se basicamente os seguintes equipamentos extrusora de canhatildeo curto secador rotativo moinho (pulverizador com ciclone) sistema de embalagem

Os acessoacuterios tais como transportadores entre uma operaccedilatildeo unitaacuteria e outra tambeacutem devem ser considerados

Os paracircmetros encontrados usando extrusor de laboratoacuterio Brabender DE-45 de dupla rosca satildeo 1 Temperatura nas zonas do extrusor Zona 1=60 Zona 2=90 Zona 3= 135 e Zona 4= 165ordmC 2 Velocidade dos parafusos 180 rpm 3 Velocidade de alimentaccedilatildeo 75 rpm 4 Diacircmetro da matriz 5 mm 5 Temperatura de secagem 70ordmC 6 Umidade de processamento 14 7 Umidade final do produto 45

6 Farinha de arroz

A industrializaccedilatildeo do arroz permite a obtenccedilatildeo de mais de 2000 produtos diferentes no mundo segundo a FAO (Food and Agriculture Organization) Essa diversificaccedilatildeo eacute extremamente positiva para toda a cadeia agroindustrial oriziacutecola pois representa uma forma de acompanhar tendecircncia mundial de estimular o consumo de produtos com maior valor agregado Aleacutem disso a diversificaccedilatildeo reduz os desperdiacutecios pois proporciona melhor aproveitamento de energia e de mateacuteria-prima por parte da induacutestria

Embora o arroz seja responsaacutevel por 20 da fonte de energia alimentar do mundo enquanto o trigo fornece 19 e o milho 5 (dados da FAO) a participaccedilatildeo de produtos derivados de arroz no mercado brasileiro ainda eacute pequena Algumas iniciativas contudo merecem destaque principalmente estudos sobre farinha de arroz na fabricaccedilatildeo de massas alimentiacutecias visando principalmente o mercado de portadores de Doenccedila Celiacuteaca que natildeo podem ingerir gluacuteten

A mateacuteria-prima da farinha de arroz eacute o arroz quebrado O processo consiste na retirada da totalidade das impurezas por sistema fiacutesico-eletrocircnico inclusive das impurezas leves seguida da moagem do gratildeo classificaccedilatildeo granulomeacutetrica e tratamento teacutermico necessaacuterio de inativaccedilatildeo A farinha de arroz produzida desta maneira pode ser utilizada para fins alimentares ( em molhos sopas recheios de tortas papas infantis e outros) como substituto da farinha de trigo convencional e tambeacutem na atividade industrial na siderurgia e outros

Dentre as farinhas dos diferentes cereais apenas o trigo tem a habilidade de formar uma massa viscolaacutestica que reteacutem o gaacutes produzido durante a fermentaccedilatildeo e nos primeiros estaacutegios de cozimento do patildeo dando origem a um produto leve As proteiacutenas mais

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 15: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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especificamente as formadoras do gluacuteten satildeo as principais responsaacuteveis por esta caracteriacutestica proacutepria do trigo Nenhum outro cereal apresenta proteiacutenas com capacidade para a formaccedilatildeo de massa como o trigo O centeio e o triticale um hiacutebrido de centeio e trigo satildeo os que mais se aproximam dessas caracteriacutesticas poreacutem suas massas ainda satildeo mais fracas que a do trigo

7 Farinha de maracujaacute

A casca do maracujaacute amarelo (Passiflora edulis f flavicarpa) possui alto teor de pectina que eacute um tipo de fibra soluacutevel totalmente degradaacutevel no organismo que pode contribuir para a diminuiccedilatildeo da taxa de glicose e colesterol no sangue Ateacute o momento natildeo existem dados cientiacuteficos sobre o efeito deste produto em seres humanos natildeo se sabendo quais seriam as doses diaacuterias recomendadas para os consumidores em potencial Aleacutem da pectina tambeacutem fazem parte da composiccedilatildeo da casca do maracujaacute Vitamina B3 (niacina) ajuda a transformar os alimentos em energia nescessaacuteria para o crescimento e produccedilatildeo de hormocircnios previne problemas gastro-intestinais Ferro componente necessaacuterio da hemoglobina a proteiacutena que transporta oxigecircnio dos pulmotildees para os muacutesculos de funcionamento Caacutelcio essencial para as forccedilas dos ossos e dos dentes a falta de caacutelcio pode causar catildeibras musculares e a longo prazo osteoporose Foacutesforo componente de todas as caacutelulas incluindo DNA RNA a ATP essencail na regulaccedilatildeo do pH (acidezalcalinidade)

71 Fluxograma

Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima (maracujaacute)

Seleccedilatildeo inicial

Lavagem e sanificaccedilatildeo

Corte

Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Desidrataccedilatildeo da casca (a plusmn55ordmC)

Desintegraccedilatildeo

Peneiragem

Pesagem

Acondicionamento Rotulagem

72 Equipamentos baacutesicos

Os equipamentos baacutesicoa para fabricaccedilatildeo de faricnha de maracujaacute satildeo tanques para lavagem cortador despolpadeira estufa para desidrataccedilatildeo moinho e peneiras

73 Descriccedilatildeo do processo

731 Recepccedilatildeo da mateacuteria-prima

Nesta local os frutos destinados a produccedilatildeo da farinha satildeo retirados dos sacos ou caixas de madeira e colocados em caixas plaacutesticas podem ser encaminhados diretamente para a linha de produccedilatildeo ou se natildeo forem utilizados no mesmo dia armazenados em cacircmara fria

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 16: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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732 Seleccedilatildeo inicial

Nesta etapa eacute feita seleccedilatildeo visual do frutos para retirada dos que estiverem danificados apresentarem injuacuterias ou natildeo estiverem no ponto ideal para o processamento

733 Lavagem e sanificaccedilatildeo

Apoacutes a seleccedilatildeo os frutos destinados agrave linha de produccedilatildeo sofreratildeo o processo de lavagem A lavagem serve para eliminar terra detritos vegetais os restos florais que persistem apoacutes o desenvolvimento doas cachos e o leite ou seiva que escorre ao longo das frutas apoacutes o despencamento A aacutegua de lavagem serve tambeacutem como veiacuteculo para o tratamento quiacutemico contra fungos Para garantir a retirada de toda a sujeira aderiada sugere-se que seja utilizada uma escova

A lavagem tem outro fator conveniente que eacute o preacute-resfriamento das frutas A imersatildeo em aacutegua evita um aquecimento excessivo na cacircmara em seguida ao carregamento Visando facilitar o descascamento a imersatildeo pode ser efetuada em duas etapas a primeira em aacutegua clorada (5 ppm) agrave temperatura de 40 - 45ordmC e a segunda em aacutegua clorada (5 ppm) agrave 70 - 75ordmC Esta temperatura facilita a remoccedilatildeo da peliacutecula aderente na periferia do mesocarpo Estas operaccedilotildees podem ser efetuadas no espaccedilo de 5 - 6 minutos

734 Corte

Os maracujaacutes satildeo cortados longitudinalmente e separado em duas partes Apoacutes o corte ocorre a separaccedilatildeo das sementes da casca

735 Extraccedilatildeo do suco e retirada das sementes

Esta etapa eacute realizada em um equipamento denominado despolpadeira A polpa do maracujaacute que iraacute resultar em suco mais as sementes eacute separada da casca Esta polpa pode ser convertida em suco doces geleacuteias e as sementes podem ser encaminhadas para raccedilatildeo adubo e outros A casca seraacute utilizada para a fabricaccedilatildeo da farinha

736 Desidrataccedilatildeo

Apoacutes a separaccedilatildeo da polpa da casca a casca eacute enviada para a estufa para secagem isto eacute retirada do excesso de aacutegua A temperatura da estufa deve estar por volta de 55ordmC temperaturas mais altas queimam a casca e muito baixas natildeo seratildeo eficazes em retirar o execesso de umidade da casca O tempo de desidrataccedilatildeo estaacute entre 11 e 13 horas a temperatura natildeo deve ultrapassar os 55ordmC poi degrada a pectina

737 Desintegraccedilatildeo

Depois que o excesso de aacutegua foi retirado da casca a mesma eacute encaminhada para ser triturada ou desintegrada Esta etapa pode ser feita em liquidificador moedor ou triturador dependendo do volume de produto a ser processado

738 Peneiragem

Apoacutes a trituraccedilatildeo da casca o produto resultante eacute passado por peneiras para retirada dos pedaccedilos maiores O mash ou seja o espaccedilamento da peneira dependeraacute da granuulometria pretendida no produto final mais fina ou mais grossa

739 PesagemAcondicionamentoRotulagem

Apoacutes a peneiragem o produto eacute colocado em embalagens plaacutesticas de acordo com o mercao a ser atingido pesado e feita a rotulagem Apoacutes esta etapa eacute acondicionado em caixas de papelatildeo e armazenado em local fresco e arejado com baixa umidade relativa

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

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8 Farinha de peixe

81 Introduccedilatildeo

Mundialmente a farinha de peixe eacute a fonte proteacuteica de origem animal mais abundante pata a produccedilatildeo de raccedilatildeo animal destinada a animais domeacutesticos Sua produccedilatildeo exige grande empate de capital equipamentos especiais e alto consumo energeacutetico com capacidade ociosa em algumas eacutepocas do ano elevando o preccedilo do produto Ela eacute considerada uma fonte nutricional ideal para suprir as necessidades lipiacutedicas e proteacuteicas doas peixes carniacutevoros apesar de ser um ingrediente relativamente caro e de fornecimento limitado

Alguns peixes natildeo satildeo consumidos devido a sua aparecircncia mas podem ser largamente utilizados para fazer farinha de peixe o piracui (Concentrado Proteacuteico de Peixe-CPP) A farinha de peixe eacute um subproduto desidratado e moiacutedo obtido pela cocccedilatildeo do peixe integral do corte de oacutergatildeos ou de ambos apoacutes extraccedilatildeo parcial do oacuteleo Apresentam equiliacutebrio ideal em aminoaacutecidos essenciais e eacute importante fonte de foacutesforo e microminerais (zinco manganecircs selecircnio e ferro) aos peixes De forma geral qualquer espeacutecie de peixe pode ser aproveitada para a fabricaccedilatildeo de farinha da farinha no entanto eacute importante notar que a qualidade da espeacutecie influencia o rendimento da produccedilatildeo de farinha

82 Processo de produccedilatildeo

Para se obter uma boa farinha de pescado eacute de primordial importacircncia a utilizaccedilatildeo de mateacuteria-prima de qualidade Resiacuteduos em estado avanccedilado de decomposiccedilatildeo satildeo difiacutecieis de serem processados e rendem muito menos As fases que compotildeem o processo de elaboraccedilatildeo da farinha satildeo

821 Cozimento

As proteiacutenas dos resiacuteduos satildeo coaguladas atraveacutes do calor facilitando a retirada da aacutegua e do oacuteleo na hora da prensagem O cozimento eacute feito num tanque de fundo falso onde a mateacuteria-prima eacute depositada

822 Prensagem

A prensagem eacute feita para retirada do oacuteleo e reduccedilatildeo da quantidade de aacutegua dos resiacuteduos de 70 para 50 A prensa funciona atraveacutes do sistema de parafuso sem fim que pressiona o peixe cozido num cilindro perfurado Para aproveitar melhor a mateacuteria-prima passa-se a aacutegua e o oacuteleo (chamdo licor de prensa) em uma tela fina recuperando os pedaccedilos maiores O oacuteleo retirado tambeacutem pode ser aproveitado na elaboraccedilatildeo de raccedilotildees jaacute que o seu valor nutritivo eacute bem alto

822 Secagem

No processo de secagem eacute feita a retirada de toda a umidade que ainda permanece na mateacuteria-prima para evitar o surgimento de bacteacuterias e fungos na farinha Nos processoa mais artesanais a secagem eacute feita ao sol ateacute que a umidade atinja 10 Pode-se tambeacutem utilizar estufa com temperatura maacutexima de 55ordmC e colocar o produto para secar por um periacuteodo entre 11 e 13 horas dependendo da umidade inicial e da umidade final desejada

823 Moagem e empacotamento

A moagem eacute feita para quebrar os pedaccedilos maiores do produto Em seguida a farinha eacute empacotada em sacos plaacutesticos ou de papel O produto deve ser estocado em local seco bem arejado e protegido de roedores e paacutessaros

83 Equipamentos utilizados

O processo de produccedilatildeo de farinha de peixe requer alto investimento em equipamentos e

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

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ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

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TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

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APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

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BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

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(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

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um projeto mais detalhado Normalmente satildeo utilizados tanques de cozimento extrator de oacuteleo desidratador e moedor A empresa Recolast possui projeto completo de faacutebrica de farinha de peixe poreacutem para obtecirc-lo eacute necessaacuterio entrar em contato direto com o fabricante para com os dados de produccedilatildeo ser calculado o valor do investimento e seja feito dimensionamento dos equipamentos a serem utilizados

Recolast Impermeabilizaccedilotildees Guarulhos

SP

FoneFax (0XX11) 3437-7450

9 Farinha de carne

91 Introduccedilatildeo

Por muito tempo as farinhas de carne foram consideradas mateacuteria-prima indispensaacutevel para a formulaccedilatildeo de raccedilotildees balanceadas para as espeacutecies de animais com maior demanda de proteiacutena No entanto com a disponibilidade farta de soja bem como com a possibilidade de suplementaccedilatildeo de nutrientes puros de origem sinteacutetica ou natildeo nas raccedilotildees como eacute o caso da vitamina B12 (fator proteiacutena animal) que valorizava o uso das farinhas de carne diminuiu muito a importacircncia das mesmas

Fundamentalmente existem dois tipos de farinhas de carne no mercado A originalmente chamada tankagem e farinha de carne propriamente dita

92 Processo farinha Tankagem

A pasta composta de viacutesceras poderaacute ser um componente na elaboraccedilatildeo de raccedilatildeo animal Natildeo existe na legislaccedilatildeo nenhuma menccedilatildeo com relaccedilatildeo agrave composiccedilatildeo fiacutesico-quiacutemica e nutricional deste produto portanto ele deveraacute seguir o padratildeo exigido pela empresa que faz a raccedilatildeo

Eacute importante ter em mente que esta eacute um produto altamente pereciacutevel pois eacute rico em proteiacutenas gordura e jaacute possui uma contaminaccedilatildeo inicial devido agraves suas proacuteprias caracteriacutesticas

As etapas do processamento para o aproveitamento das viacutesceras na elaboraccedilatildeo de pasta e farinha de carne satildeo descritas a seguir

921 Mateacuteria-prima

As viacutesceras congeladas dos animais ou as viacutesceras resfriadas desde que estajem dentro dos Padrotildees de Identidade e Qualidade solicitados pela empresa compradora satildeo retiradas das cacircmras de estocagem e encaminhadas ao cozimento As viacutesceras devem estar devidamente acondicionadas e identificadas

922 Cozimento

Logo apoacutes retiradas do armazenamento refrigerado (cacircmara de resfriamento eou congelamento) satildeo diretamente submetidas a um cozimento e esterilizaccedilatildeo em autoclave a 121ordmC durante aproximadamente 20 minutos

923 Separaccedilatildeo

Apoacutes o cozimento eacute feita atraveacutes de uma filtraccedilatildeo grosseira a separaccedilatildeo do conteuacutedo soacutelido de interesse do sobrenadante (mistura de aacutegua e oacuteleo)

924 Sobrenadante

A mistura (aacutegua+oacuteleo) obtida na separaccedilatildeo eacute passada por um funil adequado para obter-se a separaccedilatildeo da aacutegua e do oacuteleo descartando-se a aacutegua e podendo-se aproveitar o oacuteleo para

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 19: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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outro uso se necessaacuterio

925 Moagem

O conteuacutedo retirado da autoclave deve ser resfriado imediatamente agrave temperatura ambiente e logo em seguida ser moiacutedo O dimensionamento do equipamento dependeraacute do volume de produccedilatildeo as dimensotildees do produto moiacutedo dependem da especificaccedilatildeo do comprador

926 Homogeinizaccedilatildeo

Nesta etapa eacute feita a adiccedilatildeo de estabilizante e antioxidante no produto apoacutes esta etapa eacute feito o acondicionamento em embalagem plaacutestica e o produtoarmazenado em refrigeraccedilatildeo com temperatura entre 0ordmC e (-1)ordmC Caso seja de interesse a partir desta pasta seguem as etapas para obtenccedilatildeo de farinha de carne

927 Secagem

O material moiacutedo e homogeinizado eacute encaminhado para uma estufa com ar circulante onde permanece por um periacuteodo de aproximadamente 10 horas a uma temperatura entre 70 e 80ordmC Nesta etapa deve ser levada em conta a umidade desejada no produto final para determinar-se exatamente o tempo de exposiccedilatildeo na estufa

93 Farinha de carne propriamente dita

A farinha de carne propriamente dita eacute obtida pelo cozimento dos resiacuteduos em caldeiras abertas com injeccedilatildeo de vapor seco superaquecido Com isso ocorre a reduccedilatildeo da umidade com separaccedilatildeo da gordura que sobrenada do concentrado semi-soacutelido que depois seraacute prensado com o objetivo de eliminar a maior quantidade possiacutevel de gordura

94 Caracteriacutesticas das farinhas de carne

Atualmente todas as aparas ou carcaccedilas consideradas inadequadas para consumo humano ou mesmo cadaacuteveres de animais mortos acidentalmente e desde que natildeo sejam portadores de doenccedilas contagiosas servem de base para a obtenccedilatildeo de farinha de carne

Existem grandes variaccedilotildees nas farinhas de carne do ponto de vista nutricional visto que haacute uma grande variedade de mateacuterias-primas utilizadas na elaboraccedilatildeo das farinhas O teor de proteiacutena de uma boa farinha eacute cerca de 60 No entanto podem ser encontradas farinhas de carne com apenas 40 Nestes casos o teor residual de minerais notadamente do caacutelcio e do foacutesforo eacute elevado indicando a presenccedila de grandes parcelas de ossos

Em algumas outras farinhas de carne principalmente nas tankagens o teor de proteiacutena pode ser superior a 60 mas sua digestibilidade natildeo eacute muito elevada Deve-se levar em consideraccedilatildeo que muitas vezes os teores elevados de proteiacutena ocorrem pela adiccedilatildeo de sangue ou farinha de sangue fato quer eduz a digestibilidade do produto final

Atualmente o termo tankagem natildeo eacute mais utilizado restando as denominaccedilotildees de farinha de carne quando contiver ateacute 4 de foacutesforo e de farinha de carne de ossos quando o teor de foacutesforo for superior

Apesar da caracteriacutestica nutricional das farinhas de carne ser a proteiacutena de boa qualidade natildeo se pode esquecer que constitui tambeacutem fonte razoaacutevel de foacutesforo principalmente a farinha de carne e ossos Por isso ao se computar o valor de uma farinha de carne na raccedilatildeo comparativamente agrave farinha de torta de soja tomada com referecircncia em termos de proteiacutena tambeacutem se deve considerar o custo adicional do foacutesforo

Conclusotildees e recomendaccedilotildees

A produccedilatildeo de farinhas artesanais natildeo requer equipamentos muito complexas tampouco pessoas altamente especializadas poreacutem vale salientar que a produccedilatildeo de qualquer

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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21

e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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22

SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 20: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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produto alimeniacutecio deve-se observar as Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo utilizar mateacuterias-primas de qualidade de acordo com o processo a ser feito observar as condiccedilotildees de estocagem da mateacuteria-prima e do produto final

Antes da implantaccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de qualquer tipo de produto alimentiacutecio eacute necessaacuterio fazer uma consulta agrave ANVISA Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria para conhecimento das legislaccedilotildees vigentes no momento da implantaccedilatildeo

Referecircncias

TORREZAN R Farinha de banana Embrapa Agroinduacutestria de Alimentos n 36 15 p Rio de Janeiro 1999

LEUTHIE SMF Induacutestria de farinha Seacuterie Praacuteticas Higiecircnicas de Produccedilatildeo4 31 p SEBRAEPE Recife 2000

ASCHERI JLR Elaboraccedilatildeo de farinha instantacircnea de amaranto Comunicado Teacutecnico 58 Embrapa Rio de Janeiro dez 2002

SIMAtildeO SA et al Cadeia produtiva agroindustrial da mandioca Mato Grosso SEBRAE UNIVAG Universidade Federal de Viccedilosa set 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwbibliotecasebraecombrgt Acesso em 21 nov 2006

TAKAHASHI NS Carecircncia de proteiacutena na aquumlicultura Nutriccedilatildeo de peixes Instituto de Pesca set 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosNutriccedilatildeo_de_Peixesdoc gt Acesso em 22 nov 2006

ARRUDA LF Silagem aacutecida uma tecnologia alternativa para aproveitamento do resiacuteduo do processamento do pescado Instituo de Pesca Satildeo PauloSP Disponiacutevel em lthttpwwwpescaspgovbrarquivosSilagemrtf gt Acesso em 22 nov 2006

LEAL I Farinha de peixe e raccedilatildeo para tilaacutepia SBRT- Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas mar 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt2387pdfgt Acesso em 22 nov 2006

MORAES I Produccedilatildeo de farinha de peixe SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas set2006 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt3523pdfgt Acesso em 22 nov 2006

INDI Produccedilatildeo de farinha de milho e fubaacute Seacuterie Perfis Industriais INDI Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais Belo Horizonte MG Disponiacutevel em lthttpwwwindimggovbrpublicacoesFARINHAPDFgt Acesso em 22 nov 2006

CHANG Y K Desenvolvimenrto de farinhas mistas extrusadas agrave base de farinha de milho derivados de levedura e caseiacutena Ciecircnc Tecnol Aliment Campinas 22(2) 170-176 maio-ago 2002 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfctav22n2a12v22n2pdf gt Acesso em 22 nov 2006

CAMELO N A Milho e subprodutos do milho SBRT Serviccedilo Brasileiro de Respostas Teacutecnicas jul 2005 Disponiacutevel em lthttpwwwsbrtibictbruploadsbrt1128pdfgt Acesso em 22 nov 2006 ALESSI MO Caracterizaccedilatildeo do processamento da farinha de milho biju para o aproveitamento dos subprodutos Publi UEPG Exact Soil Sci Agr Sci Eng Ponta Grossa 9(2) 31-39 ago 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwuepgbrpropesppublicatioexa2003_204pdfgt Acesso em 22 nov 2006

ANDRIGUETTO JM Farinhas de carne utilizadas para nutriccedilatildeo animal Comunidade de Nutriccedilatildeo fev 2003 Disponiacutevel em lthttpwwwsuinocombrnutricaonoticiaasppf_id=11505ampdept_id=6gt Acesso em 22 nov 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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21

e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

e-mail senar_paamazoncombr

(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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22

SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 21: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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Anexos

1 Fornecedores de equipamentos

INCAL Maacutequinas e Calderaria Ltda (fabricante de lavadores de frutas) Satildeo Paulo SP FoneFax (0XX11) 6693-7440 6692-9248 6692-5138 httpwwwincalmaquinascombr

Induacutestria de Maacutequinas MECAMAU Satildeo Joseacute Ltda Espiacuterito santo do Pinhal SP ( fabricante de lavadores de frutas)

Fone (0XX19) 3651-1944 Fax (0XX19) 3641-1969 httpwwwmecamaucombr

e-mail mecamaumecamaucombr

INCAPRI Maacutequinas Mogi Guaccediluacute SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX19) 3818-3464 Fax (0XX19) 3891-5649 httpwwwincaprimaquinascombr

e-mail incapriterracombr

ENGEFOOD Equipamentos engenharia e representaccedilotildees Ltda Satildeo Caetano do sul SP ( equipamentos para induacutestria de alimentos) Fone (0XX11) 4225-9400 Fax (0XX11) 4224-2642 httpwwwengeffodcombr

Satildeo Rafael Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Paulo SP (cacircmaras frigoriacuteficas modulares) Fone (0XX11) 294-6633 Fax (0XX11) 293-2252 httpwwwsaorafaelcombr

e-mail alexandresaorafaelcombr

TERMOQUIP Ind e Com Ltda Satildeo Paulo SP ( cacircmaras frigoriacuteficas ) Fone Fax (0XX11) 837-9575 e-mail termoquipuolcombr

ENGEPOM Equipamentos para Refrigeraccedilatildeo Rio de Janeiro RJ ( cacircmaras modulares) Fone (0XX21) 2504-2327 httpwwwengepomcombr

BERNAUER Engenharia e Serviccedilos Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 6115-7000 Fax (0XX11) 6115-8533 httpwwwbernauer-engcombrhome_brasilhtm

e-mail bernauerbernauer-engcombr

APV South Ameacuterica Induacutestria e Comeacutercio Ltda Satildeo Bernardo do Campo SP Fone (0XX11) 4366-3121 Fax (0XX11) 4366-3103 httpwwwapvinvensyscom

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e-mail steenhedetoftinvensyscom

TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

e-mail tnltecnalindbr

BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

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(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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22

SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

Page 22: Dossie Tecnico - Farinhas Nao Tradicionais - 2006

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TNL Induacutestria Mecacircnica Ltda Ourinhos SP (secadores) Fone (0XX14) 3322-2544 Fax (0XX14) 3322-3532 httpwwwtecnalindbrportuguesesgeralconteudoaspid=001

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BRASPROCESS Sistemas e Equipamentos Industriais Ltda Satildeo Paulo SP ( secadores) Fone (0XX11) 844-4972 Fax (0XX11) 844-7244

2 Legislaccedilatildeo

Resoluccedilatildeo RDC nordm23 de 15 de marccedilo de 2000 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que dispotildee sobre os procedimentos baacutesicos para o registro e dispensa da obrigatoriedade do registro

Resoluccedilatildeo nordm19 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico para o procedimento de registro de alimentos com alegaccedilotildees de propriedades funcionais e ou de sauacutede em sua rotulagem

Resoluccedilatildeo nordm18 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico que estabelece as diretrizes baacutesicas para anaacutelise e comprovaccedilatildeo de propriedades funcionais e ou de sauacutede alegadas em rotulagem de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm16 de 30 de abril de 1999 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de procedimentos de registro de alimentos e ou novos ingredientes

Decreto-Lei nordm986 de 21 de outubro de 1969 Institui normas baacutesicas sobre alimentos registro produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo

Portaria SVSMS nordm326 de 30 de julho de 1997 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre as Condiccedilotildees Higiecircnico-Sanitaacuterias e de Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) para Estabelecimentos ProdutoresIndustrializadores de Alimentos

Resoluccedilatildeo - RDC nordm275 de 21 de outubro de 2002 da ANVISA Regulamento Teacutecnico de Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) aplicados aos estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos e Lista de verificaccedilatildeo das Boas Praacuteticas de Fabricaccedilatildeo (BPF) em estabelecimentos produtores industrializadores de alimentos

Resoluccedilatildeo nordm12 de 02 de janeiro de 2001 da ANVISA que aprova o Regulamento Teacutecnico sobre padrotildees microbioloacutegicos para alimentos

Resoluccedilatildeo RDC nordm359 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico DE Alimentos embalados para Fins de Rotulagem Nutricional

Resoluccedilatildeo RDC nordm360 de 23 de dezembro de 2003 da ANVISA Regulamento Teacutecnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados

3 Instituiccedilotildees de pesquisa e consulta

SENAR-PASUDAM Beleacutem PA Fone (0XX91) 4008-53775322 Fax (0XX91) 4008-5350 httpwwwsenarorgbrestadosPAhtm

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(possui publicaccedilatildeo sobre processamento de farinha de peixe)

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006

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SENAI VASSOURAS Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Vassouras RJ Fone (0XX24)2471-1004 httpwwwalimentossenaibr

Nome do teacutecnico responsaacutevel

Lilian Guerreiro

Nome da Instituiccedilatildeo do SBRT responsaacutevel

REDETEC Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro

Data de finalizaccedilatildeo

22 nov 2006