Dossie Nova Sede - Revisão (abril/2013)
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Prezada Equipe,
Estamos na “construção” do dossiê Nova Sede, com algum tempo de atraso: 2008 a
2012. O tempo foi nos engolindo na nossa rotina e só em 2012 conseguimos dar início a
esta ação. Essa demora no registro dos fatos nos trouxe limitações e muitas dificuldades
no processo de criação deste dossiê. (A partir de agora, todo ano vamos soltar a
documentação anual: o dossiê de 2013 já está sendo organizado).
Pelo tempo e por questões de desorganização interna do Depto Socioambiental,
estamos com dificuldade para localizar algumas documentações e informações gerais do
Projeto Nova Sede: físicas e virtuais. Desde 2012, estamos num processo interno de
organização e, aos poucos, estamos tentando sanar esta falha, recuperando dados que
considerávamos perdidos. Em breve teremos a documentação pronta para consulta.
Neste processo, sentimos que algumas informações não foram registradas no
papel, estão na cabeça da equipe envolvida, então é de suma importância que cada um leia
com atenção o documento e contribua com os dados não registrados aqui. Além de criticar
os pontos positivos e negativos, marcar dúvidas, fazer correções e colaborarem com ideias
e sugestões: do texto ao layout. (Se alguém tiver fotos, que por algum motivo ainda não nos
foi encaminhada, favor providenciar. Estamos construindo um banco de imagens).
Outra dificuldade na construção do dossiê foi a questão dos assuntos mais técnicos.
No texto, marcamos de amarelo as pendências gerais, as dúvidas e pedimos uma atenção
especial aos responsáveis!
Este dossiê ainda está em fase de estudo e ainda faltam alguns dados que serão
acrescentados, como: uma avaliação comparativa entre os custos de uma obra padrão e os
custos das ações socioambientais do Projeto Multidisciplinar Nova Sede. Porcentagem
sobre valor final gasto: valores agregados que não passam por esta lógica.
Contamos com a colaboração de todos para que possamos construir, em equipe,
um dossiê mais completo e verdadeiro possível, para que ele cumpra com competência o
seu fim: demonstrar, a partir de uma experiência prática, a busca pela sustentabilidade,
com todos os aspectos positivos e negativos que este tipo de proposta apresenta.
Data para devolução: 22/04/13
Nesta data solicitamos, também, um depoimento individual e/ou de todas as
equipes envolvidas, que relate a experiência e as vivências neste Projeto: aspectos
positivos e negativos. Um depoimento simples, claro e objetivo para ser anexado ao dossiê.
Nos colocamos à disposição para dúvidas e esclarecimentos.
Desde já obrigada, Claudia e Juliana
Projeto Multidisciplinar
Nova Sede Vina
Documento Piloto
Período de 2008 a 2012
Grandes realizações são possíveis quando se
dá atenção aos pequenos começos. (Lao-Tsé, Século VII a.C.)
A ideia e o grupo multidisciplinar
A empresa Vina – Gestão de Resíduos Sólidos e Locação de Equipamentos desenvolve, desde
2008, um projeto com foco socioambiental para a construção de sua nova sede, a fim de
minimizar os impactos ambientais gerados tanto no processo de construção quanto na
utilização do edifício.
O Departamento Socioambiental da Vina foi criado em 2002, com o objetivo de colocar em
prática conceitos de responsabilidade socioambiental na empresa e na sociedade. Em
2008, ao perceber o grande potencial arbóreo que o lote onde a Nova Sede da empresa iria
ser construída, este departamento propôs à Vina desenvolver um projeto inovador, que
minimizasse os efeitos negativos decorrentes da construção civil e que também tivesse
como base a filosofia de trabalho que esse departamento vem realizando.
Para colocar essa ideia em prática, o Departamento Socioambiental montou uma equipe
multidisciplinar composta por arquitetos, engenheiros e biólogos. A fusão de diversas
áreas de conhecimento possibilita a realização de um projeto mais dinâmico.
Como ponto de partida, a equipe começou a traçar a direção que esse projeto iria tomar,
levando em conta fatores como recursos, demandas operacionais, preservação ambiental e
prazos, dentro da realidade da empresa e de acordo com os conceitos sustentáveis que o
Grupo NOC – Novos Olhares Sobre a Construção e o Cidadão* – vem trabalhando: o que é
“sustentabilidade”, termo banalizado e distorcido pela atual lógica comercial e econômica
da sociedade.
Esse grupo de estudo é coordenado pela Prof. Maria Teresa Paulino Aguilar, da Escola de
Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais/Departamento de Materiais e
Construção, parceira do Departamento Socioambiental desde 2002.
Teresa: alguma consideração ou modificação neste texto?
(*) Para mais informações sobre o Grupo NOC, ver “Ficha técnica” (pág.xx).
O que é a construção sustentável?
Grupo NOC – Novos Olhares Sobre a Construção e o Cidadão
De acordo com o Grupo NOC, coordenado pela Prof.ª Maria Teresa Paulino Aguilar, criado
em XX, a construção sustentável é um sistema construtivo que promove intervenções
sobre o meio ambiente, adaptando-o para suas necessidades de uso, produção e consumo,
utilizando os recursos naturais de forma consciente, de forma a preservá-los para as
gerações futuras.
Esse tipo de construção prioriza o uso de materiais e soluções tecnológicas inteligentes
para promover o bom uso e a economia de recursos finitos – como água e energia elétrica
–, a redução da poluição e a melhoria da qualidade do ar e o conforto de seus moradores e
usuários. O objetivo é manter o equilíbrio entre os aspectos econômicos, socioculturais e
ambientais envolvidos na implementação e no uso do empreendimento.
Conceber e executar uma obra que pense globalmente e aja localmente é um grande
desafio e requer uma equipe multidisciplinar, para que seja possível a integração das
diferentes áreas do conhecimento e o resultado seja uma obra sustentável.
Teresa: Favor completar mais detalhes sobre o grupo NOC se for necessário. E o
Projeto Construir? Estamos com dúvida se devemos citá-lo, se ele faz parte do
NOC ou vice-versa.
Metodologia
e Prática
Esse documento segue uma ordem cronológica dos fatos. Para uma
melhor compreensão, alguns fatos mais complexos foram descritos
seguindo a sua própria cronologia.
A área e o levantamento florístico
Data: Junho de 2008
A área
O terreno adquirido para a construção da Nova Sede da Vina situa-se no Distrito Industrial
Jatobá B, pertencente ao bairro Barreiro, na cidade de Belo Horizonte (MG). A área possui
12.296,03 m2.
Lilian e Paulinho - VINA: pesquisa de documentação e informações: datas e
detalhes da compra, endereço, etc.
Área do terreno: grande potencial arbóreo.
Levantamento Florístico
A partir da formação do grupo multidisciplinar, foi iniciado o trabalho dos biólogos*, que
consistiu no levantamento, na análise e catalogação das espécies vegetais e na
caracterização e avaliação do estado de conservação da vegetação presente no terreno. O
primeiro levantamento foi realizado em junho de 2008**.
Os biólogos se surpreenderam com a riqueza e variedade das espécies encontradas no
terreno, especialmente por se tratar de uma área impactada, fragmentada e rodeada por
construções. Foram mais de 60 espécies em uma área com pouco mais de 12.000 m².
É importante destacar a coleta de uma espécie rara de orquídea (Habenaria curvilabria),
que não apresentava registro de ocorrência em Minas Gerais desde 1950.
(*) Para mais informações sobre o grupo de biólogos, ver “Ficha técnica” (pág.xx).
(**) O arquivo com essa documentação encontra-se no CD anexo ao documento.
Orquídea Habenaria curvilabria
Biólogos: favor revisar o texto abaixo. Bia e Leandro: precisamos do número de
catalogação da orquídea, a data, forma de acesso, outros detalhes etc.
Dentre as espécies encontradas na área, cabe destacar a orquídea Habenaria curvilabria,
que foi encontrada crescendo sobre um arbusto num ponto central do terreno. A espécie
tinha sua última coleta documentada em 1950 e foi tratada como rara pelo especialista do
grupo (J. A. N. Batista, com. pess.*). A espécie foi coletada em duas vias, uma para compor
um exemplar a ser depositado no herbário do Departamento de Botânica da UFMG
(Herbário BHCB) e outra para ser mantida em cultivo em casa de vegetação, juntamente
com a coleção viva de orquídeas do Departamento de Botânica do Instituto de Ciências
Biológicas da UFMG. Esta medida permitirá estudos filogenéticos utilizando todo o grupo a
que a espécie pertence e compõe uma das metas da Estratégia Global para a Conservação
de Plantas (BGCI & UNEP, 2006**), que é a de manter parte da flora em estado de
conservação ex-situ (fora do local de origem). Recomenda-se que os indivíduos restantes
que foram mantidos in-situ (dentro do local de origem) sejam alocados para uma área
onde possam ser preservados.
Habenaria curvilabria
(*) Comunicação pessoal
(**) referência bibliográfica
Ao final desse levantamento, chegou-se a conclusão de que o terreno era composto por
uma vegetação típica de cerrado. O esquema a seguir mostra o mapeamento das áreas que
foram demarcadas pelos biólogos, seguindo critérios de distribuição e preservação
máxima das principais espécies.
Panorama da área, mostrando os principais locais de relevância. Ponto alaranjado corresponde à ocorrência de Habenaria curvilabria.
O projeto arquitetônico foi concebido de acordo com o levantamento florístico,
preservando, ao máximo, a “essência” vegetal do terreno.
Além dessa demarcação, a análise do terreno ajudou a definir o tipo de vegetação ideal
para a concepção do futuro plano de paisagismo a ser implantado após a execução do
projeto. Chegou-se a conclusão que o ideal é manter as espécies do cerrado, por se
adaptarem melhor ao solo existente e evitar a necessidade de irrigação e outros cuidados.
Áreas prioritárias; alta ocorrência de pequi;
Áreas com presença marcante de gramíneas invasoras;
Áreas com sinais de presença humana, espécies ruderais e lixo;
Área com presença de K. coriacea no extrato arbóreo;
Área com presença de C. glaziovi, Cissus sp. e spp. de formação florestal;
Projeto Arquitetônico
No processo de escolha do arquiteto*, buscou-se por um profissional que incorporava, nos
seus projetos, os conceitos socioambientais que a Vina propunha desenvolver no projeto
da sua futura sede.
A criação do projeto arquitetônico foi baseada:
no esquema de preservação, respeitando ao máximo as espécies nativas;
em condições físicas para a entrada e manobra de equipamentos pesados;
nos parâmetros de sustentabilidade que começavam a ser “construídos” pelo
grupo, tais como:
- redução dos resíduos e da emissão de gás carbônico
- custos e valores agregados
- segurança estrutural
- conforto térmico
- utilização inteligente do espaço
- durabilidade, funcionalidade, estética e reformabilidade
Pita e Teresa: qual seria a melhor maneira de ordenar essas informações? Falta
algum item? Estamos em dúvida.
Conceito inicial: empresa-parque
A disposição das edificações levou em conta o norte e os ventos dominantes, visando um
melhor beneficiamento energético e conforto térmico. Foi sugerida a criação de espaços de
convivência, onde a equipe Vina poderá desfrutar de um ambiente agradável e em contato
com a natureza, como: criação de redários e quiosques de piaçava nas áreas verdes.
(*) Para mais informações sobre o arquiteto, ver “Ficha técnica” (pág.xx).
O projeto arquitetônico é composto por seis blocos descritos a seguir:
Bloco 1: Boxes de oficina mecânica;
Bloco 2: Escritórios;
Bloco 3: Almoxarifado, vestiários e escritórios: administrativo, mecânica e Serviço de
Segurança e Medicina do Trabalho – SESMIT
Bloco 4: Refeitório;
Bloco 5: Borracharia, pintura e lavagem;
Bloco 6: Guarita;
O bloco 01 incluirá um coletor de luz solar, capaz de abastecer os vestiários do bloco 03
com água aquecida. Na parte superior do bloco 03 haverá um vão livre, que poderá ser
utilizado como um espaço multiuso.
O bloco 02 foi projetado para o norte, de maneira que o seu telhado pudesse oferecer, no
futuro, a possibilidade de ser transformado em um painel fotovoltaico*. Além disso, esse
bloco foi desenhado para permitir a ventilação cruzada** e o máximo possível de
aproveitamento de luz.
Para reduzir o impacto ambiental, foi prevista a fundação com tubulões***. Esse tipo de
fundação evita o uso de equipamentos pesados, que poderiam danificar a essência vegetal
do terreno.
(*) O painel fotovoltaico acumula luz solar e a converte em energia elétrica.
(**) Posicionamento dos vãos seguindo a direção dos ventos predominantes, o que permite a renovação do ar
e a redução da temperatura no interior dos ambientes.
(***) Tipo de fundação na qual se escava um poço de um determinado diâmetro, revestido de concreto
armado, até obter terreno firme.
Aprovação do projeto arquitetônico na Prefeitura de Belo
Horizonte – PBH
Data de entrada: xxxx
Data de aprovação: xxxx
Apesar de todo o cuidado com que o projeto arquitetônico foi concebido, o processo de
aprovação exigiu um grande empenho do escritório de arquitetura, devido a várias
solicitações de modificações no projeto inicial, exigidas pelo setor XX da Prefeitura de Belo
Horizonte. Essa burocracia fez com que o projeto levasse cerca de um ano e meio para ser
aprovado.
Durante a aprovação, iniciou-se a discussão sobre as próximas etapas do projeto dentro
dos parâmetros de sustentabilidade que estavam sendo estabelecidos pelo grupo:
1. Definição do método construtivo
2. Concepção e execução dos projetos complementares: elétrico, hidráulico, telefonia
e drenagem superficial.
3. Execução
4. Uso da edificação
Lilian e Paulo – documentação: Confirmar data de entrada e aprovação.
1. Arquivos com o projeto inicial, etapas do processo de aprovação:
solicitações/modificações exigidas e Projeto aprovado.
2. Qual o nome do setor na PBH? Onde se aprova?
3. Qual é o período padrão para esse tipo de aprovação?
Pegadas Ecológicas
No decorrer do projeto Nova Sede Vina, algumas pegadas ecológicas ocorreram e
trouxeram fortes impactos ambientais.
Teresa: o texto abaixo foi adaptado a partir de outros textos. Favor ler com
uma visão mais crítica e acrescentar ou modificar algo se você considerar
necessário. Você teria referências bibliográficas a indicar sobre esse assunto?
O que são as pegadas ecológicas?
Qual a relação entre o nosso cotidiano e o meio ambiente? Muitas vezes nos
remetemos à responsabilidade do outro sem olhar para os nossos hábitos
em casa, no trabalho e na comunidade. A pegada ecológica é uma
estimativa, capaz de revelar até que ponto a nossa forma de viver está de
acordo com a capacidade do planeta de renovar seus recursos naturais e
absorver os resíduos que geramos, considerando o fato de que dividimos o
mesmo planeta com outros seres vivos e que precisamos cuidar da nossa e
das próximas gerações.
Texto adaptado – Homepage do WWF (World Wildlife Fund) / www.wwf.org.br
Poda Indevida – julho/2008
Para visualizar melhor os níveis do terreno, o arquiteto solicitou uma capina superficial,
onde seriam retiradas apenas algumas espécies gramíneas do lote.
Conversando com os responsáveis pela execução do serviço, o arquiteto e a bióloga
enfatizaram o objetivo do projeto e os cuidados necessários para a realização dessa poda.
A bióloga, enquanto mostrava as espécies presentes no terreno, ficou surpresa com o
conhecimento sobre ervas medicinais que um deles demonstrou.
Porém, ao ouvirem a palavra “limpeza”, eles provavelmente entenderam que era
necessário retirar todas as espécies que estivessem atrapalhando a visualização da área.
Eles ouviram, mas não escutaram e não ousaram questionar!
O “saber” deu lugar a “mecanização” de atitude.
Resultado: ¼ do terreno foi degradado.
Bia, favor verificar se essas informações estão completas.
Leandro, você estava nessa ocasião? Fique a vontade para sugerir alterações.
Queimada criminosa – julho/2008
Pouco tempo após a poda indevida, o terreno sofreu uma queimada criminosa para
coleta e venda de madeira ilegal, trazendo consequências graves para todo o projeto.
Antes e depois da queimada.
Este fato gerou um grande impacto em toda a equipe envolvida e provocou uma
reavaliação das propostas iniciais. Decidiu-se, então, que haveria um acompanhamento
periódico da área, a ser realizado pelos biólogos, para que, através de registros de imagens
e relatórios, fosse possível verificar a recuperação dos espécimes vegetais.
Esse acompanhamento tornaria possível, também, a coleta de mudas e sementes que
tendem a se desenvolver mesmo após o incêndio, já que a flora do Cerrado é altamente
adaptada ao fogo. Essa coleta possibilitaria, no futuro, replantar mudas com as mesmas
características genéticas existentes no local, contribuindo com considerável economia
para o futuro projeto de paisagismo da empresa.
A partir dessa fase, os biólogos passaram a apresentar relatórios periódicos* sobre a
recuperação das espécies do terreno.
(*) Esses registros estão disponíveis para consulta no Departamento Socioambiental.
A Vina e a comunidade
Lilian e Paulo: buscar documentação VINA a data da construção do muro e a
lei correta. Seria a citada abaixo? Lei 2113/72
Renato: O assunto “Vina/Comunidade” entra exatamente aqui ou antes das
pegadas ecológicas acima citadas? Tivemos dúvida. Precisamos descobrir essas
datas para manter a cronologia.
Antes da chegada da Vina, uma parte do lote, que é localizado entre duas avenidas, servia
como passagem para a população da comunidade local.
Foi exigida pela Prefeitura de Belo Horizonte – PBH a construção de um muro que
demarcasse a área do lote, conforme legislação vigente: Lei 2113 de 2 de Agosto de
1972. A Vina cumpriu essa exigência, mas optou por deixar o acesso livre para a
comunidade, por perceber a dificuldade de deslocamento enfrentada pelos moradores no
seu cotidiano e por receber vários pedidos das pessoas que por ali passavam a respeito
dessa questão.
O livre acesso ao lote acarretou tanto aspectos positivos como negativos. Por um lado, a
comunidade se mostrou muito grata, manifestando-se através de pequenas atitudes, como
sorrisos, acenos e paradas para um bate-papo, que também serviram como oportunidade
de aproximação entre a empresa e os moradores da região.
Por outro lado, a Vina não tinha como controlar a entrada e saída de pessoas do terreno, o
que acarretou alguns atos de vandalismo, como: quebras de galhos e troncos de árvores,
pequenos focos de incêndio, esconderijo para drogas, descarte de lixo caseiro, entulho,
“encontros amorosos”...
Área utilizada como passagem pelos moradores da comunidade.
Reflexões
Esses acontecimentos provocaram alguns questionamentos no grupo, que percebeu a
importância da educação e da conscientização socioambiental, tanto na própria equipe
quanto na comunidade ao redor.
O conhecimento sobre o meio ambiente é necessário, mas não suficiente para a mudança
de valores que desencadeiam a criação de uma consciência socioambiental: o saber, às
vezes, dá lugar à mecanização de atitude. Assim, muitas pessoas que compreendem a
importância da preservação do “ambiente”, tanto na visão ecológica como na social, muitas
vezes adotam atitudes mecanizadas que acabam provocando acontecimentos negativos,
causando “desequilíbrio socioambiental”.
A formação da consciência demanda tempo, onde a educação é a ferramenta mais eficaz
para que ela ocorra. O saber provoca a incorporação de valores e mudanças de
comportamento, despertando a consciência individual e coletiva para a importância das
questões socioambientais.
A partir dessas reflexões, o grupo optou por focar suas ações na educação e sensibilização
de toda a equipe que fizer parte deste projeto, direta ou indiretamente – da criação ao uso
da edificação e na convivência com a comunidade ao redor.
Recuperação do terreno
Agosto de 2009
Com a visita mensal dos biólogos ao lote, foi possível acompanhar, de perto, a evolução e
recuperação de toda a vegetação do terreno.
Surpreendentemente, apenas um ano após o ocorrido (agosto de 2009) a vegetação se
recuperou e a transformação da paisagem do lote foi notável. Isto demonstra a incrível
capacidade do bioma Cerrado de se reerguer, sobretudo frente ao fogo.
Vale ressaltar que a recuperação da área ocorreu simultaneamente a impactos ambientais
que continuavam ocorrendo, como outros casos de incêndios pontuais, acúmulo de lixo
doméstico e presença humana constante, detectada através de pertences abandonados no
lote (cobertores, sapatos, utensílios domésticos, entre outros).
Fotos tiradas em agosto de 2009
Fotos tiradas em dezembro de 2009
Mais um incêndio...
Junho de 2010
Em 2010, o trabalho com os biólogos evoluiu muito. O lote já parecia estar totalmente
recuperado, quando, no mês de junho, outro incêndio foi provocado. Desta vez, não foi
constatado a retirada de lenha como na primeira queimada, mas a vegetação foi mais uma
vez afetada negativamente, sobretudo na parte central do terreno.
Área atingida pelo incêndio.
A liberação da via de acesso para a comunidade dentro da área da Nova Sede expunha o
local a vários tipos de interferências negativas. A falta de controle da entrada e saída de
pessoas pode ter provocado um incêndio ocasional, devido ao acúmulo de lixo e outros
detritos, como, por exemplo, uma ponta de cigarro acesa ou até mesmo um incêndio
criminoso. A empresa optou por não apurar a causa desse incêndio.
Entulho e lixo jogados no lote: presença humana.
Topografia e Sondagem
Início: setembro de 2010
As biólogas estiveram no terreno para verificar os riscos de impacto nos locais onde o
topógrafo realizaria o seu trabalho. Foi feito o acompanhamento in loco para evitar novos
impactos ambientais, como também os topógrafos receberam orientações das biólogas
sobre o projeto multidisciplinar e os cuidados a serem tomados para a conservação das
espécies. As futuras edificações foram delimitadas com fita zebrada, para facilitar o
trabalho das biólogas na verificação dos impactos que poderiam ser causados pelos
equipamentos de sondagem.
O processo de sondagem e a fita zebrada no lote demarcando as áreas.
O projeto Nova Sede preocupa-se em gerar o mínimo possível de resíduos, como também
reaproveitar ao máximo todo o material descartado no canteiro de obra. Para viabilização
do trabalho de sondagem, foi necessária a criação de acessos. Para isso, parte do muro
existente no lote precisou ser remanejada. Na reconstrução, foram reaproveitadas as
placas de concreto do muro para fechar as laterais de um dos acessos.
Projeto Estrutural
Carla, Teresa e Renato: Atenção especial para esse texto. Como leigas, tivemos
dificuldade. Favor completar ou modificar o que for necessário.
Definição do tipo de estrutura
Em julho de 2010, o grupo iniciou a etapa de pesquisas e reuniões para discutir e
definir os parâmetros de sustentabilidade que orientariam o projeto estrutural.
Em agosto de 2010, foi realizada uma reunião com uma engenheira calculista* e alguns
integrantes do grupo (representantes da Vina e do Grupo NOC/UFMG) sobre o projeto
estrutural. A engenheira sugeriu que fosse feito um modelo de projeto básico** para
verificar qual seria a estrutura mais indicada para cada edificação, levando em
consideração a realidade da empresa e o projeto arquitetônico.
Lilian e Paulo: há documentação com os dados da eng. Ana Margarida?
Esse projeto básico avaliou três tipos de estrutura:
Metálica;
Pré-moldado de concreto;
Madeira.
Ao solicitar um orçamento aos fornecedores de estruturas pré-moldadas de concreto,
chegou-se à conclusão de que o custo não valeria a pena e, por isso, essa opção foi
descartada. Já o projeto em madeira, foi inviabilizado por falta de projetistas, calculistas
e fornecedores desse tipo de material no mercado.
(*) Informações e contatos, ver ficha técnica (pag xx)
(**) Um projeto básico, segundo a lei brasileira 8.666 de 21 de junho de 1993, é o conjunto de elementos
necessários e com nível de precisão adequado para caracterizar a obra ou serviço, elaborado com base nas
indicações de estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do
impacto ambiental do empreendimento. Ele possibilita a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos
e do prazo de execução.
A equipe multidisciplinar optou, então, pela estrutura metálica na edificação. Foi
solicitada aos parceiros da Escola de Engenharia da UFMG/Grupo NOC, uma avaliação
sobre essa opção.
Após reuniões e discussões sobre conceitos e parâmetros sustentáveis, o grupo chegou à
conclusão de que não seria possível efetuar uma avaliação palpável sobre a
sustentabilidade das estruturas metálicas. Para esse cálculo, seria necessário realizar
análises comparativas e uma avaliação posterior dos dados. O tempo necessário para esse
trabalho iria acabar comprometendo o prazo de execução da obra.
Diante à falta de dados e tempo para essa análise, chegou-se a conclusão que a estrutura
metálica seria a melhor opção pelas seguintes razões:
rapidez de fabricação e montagem;
durabilidade;
menor geração de resíduos e menos desperdício;
permite atividade simultânea, o que agilizaria o cronograma da obra;
desconstrução;
opções de empresas fabricantes na região metropolitana de Belo Horizonte: menor
emissão de gás carbônico (CO²). Um dos parâmetros de sustentabilidade
estabelecidos pelo grupo considera, neste projeto, a distância/locomoção ideal de
até 500 km.
Teresa e Carla: é necessário que vocês completem de maneira mais técnica o
porquê dessa escolha. Vamos considerar o fato de que a estrutura metálica usa
aço, minério de ferro como matéria-prima?
Devido à dificuldade de se colocar em prática as teorias da construção sustentável dentro
da realidade local, social e do próprio projeto, o grupo optou por fazer da Nova Sede Vina
um laboratório de construção sustentável. Essa experiência poderia ser uma
oportunidade de descobrir, repensar, questionar e analisar os parâmetros de
sustentabilidade e insustentabilidade, que direta ou indiretamente, viabilizam, contribuem
e/ou afetam a essência deste projeto, além de servir como referência para outros projetos
que tenham o mesmo foco.
Além disso, foi debatida a questão de que a utilização do edifício é um dos fatores que
mais geram os impactos ambientais: a geração de resíduos sólidos e líquidos, o consumo
de energia, o consumo de água, etc...
A partir desses questionamentos, o grupo optou por desenvolver ações que vão além das
preocupações com a construção do espaço físico. Através da educação, ações de
sensibilização serão desenvolvidas para tentar diminuir os futuros impactos ambientais
gerados pelo mau uso da edificação.
A conscientização e a incorporação dos valores socioambientais pelo indivíduo e pela
sociedade são questões primordiais na busca pela sustentabilidade. O desenvolvimento de
tecnologias limpas torna-se dispensável se as pessoas que forem utilizá-las não tiverem
estes valores incutidos no seu cotidiano. Para o grupo, a sustentabilidade começa do
indivíduo para a sociedade.
Nessa ocasião, também foram determinados alguns parâmetros para o projeto:
Segurança
Durabilidade
Funcionalidade
Ciclo de Vida: edificações devem durar no mínimo 50 anos, incluindo desconstrução.
Redução no uso de recursos naturais (matéria prima) e recursos não renováveis
(energia, emissão de gases, etc.);
Permitir modificações futuras;
Pontos de sensibilização dentro do próprio edifício: ambientes decorados com
objetos reciclados, horta orgânica, placas informativas, campanhas a favor da redução do
uso de papeis e copos plásticos, entre outras opções.
Estrutura metálica – dezembro/2010
A partir das discussões acima citadas e a definição pela estrutura metálica, a Vina solicitou
orçamentos a alguns fornecedores para análise técnica e custo/benefício.
A empresa contratada para a fabricação e montagem da estrutura foi a AMN Brasil*, pelas
referências, custo/benefício e pelo fato da fábrica ser localizada próxima ao terreno da
Vina – reduzindo a emissão de gás carbônico.
A imagem abaixo ilustra a rota entre a AMN e a Vina, cuja distância é de,
aproximadamente, 4 km.
Distância entre as empresas, onde A representa a AMN e B representa a Vina.
Renato: rever o texto e acrescentar informações caso necessário.
Lilian e Paulo: AMN: Documentos, Contratos, Notas, Data da contratação.
(*) Para mais informações sobre a AMN, ver “Ficha técnica” (pág.xx).
AMN Brasil
Renato: rever a história, as datas e os detalhes. Tivemos muita dúvida.
Lilian/Paulo/Fernando: Documentação
Produção
Em dezembro de 2010, foi iniciado o processo de fabricação das estruturas metálicas. O
primeiro passo dessa etapa é a compra de todo o material necessário para a produção, que
foi realizada pela Vina. A partir daí, a AMN começaria a produzir as estruturas.
Início da produção: dezembro de 2010
Previsão de montagem inicial: 75 dias
Durante esse período, a AMN fez um contato com a Vina avisando que as estruturas
estavam prontas e que a montagem poderia ser iniciada. Porém, com o atraso no
cronograma da obra devido à burocracia na aprovação do projeto arquitetônico pela PBH
(mais detalhes, pag xx) e também por se tratar de uma época chuvosa, a Vina solicitou que
a montagem fosse adiada por um período.
Montagem
A partir da aprovação do projeto arquitetônico pela PBH, em data xxx, e com o terreno
pronto para receber a parte principal das estruturas metálicas – bases, vigas e pilares – a
Vina informou a AMN, em data xxx, que o processo de montagem poderia ser iniciado.
Antes de iniciar a montagem, foi realizado, pela equipe da Vina e biólogos, um trabalho de
conscientização e sensibilização com a equipe contratada pela AMN para essa ação. O
objetivo era uma breve explicação sobre o Projeto Multidisciplinar Nova Sede e sua
filosofia.
Logo no início de execução da montagem, a AMN começou a apresentar uma série de
problemas, atrasando ainda mais o cronograma da obra. As estruturas metálicas, que de
acordo com o representante já estavam prontas, nunca foram entregues nos prazos
estabelecidos. O caminhão tipo munk, ferramenta fundamental para o transporte e
montagem das estruturas, responsabilidade do fabricante, apresentava constantes
problemas mecânicos. A equipe contratada para realizar a montagem das estruturas
também se queixou da falta de pagamento pelo serviço, outra responsabilidade da AMN.
A Vina fez vários contatos com a empresa solicitando a entrega das estruturas, sempre
sem retorno. Também foram realizadas algumas reuniões com o representante da AMN,
nas quais foram estabelecidos novos prazos de entrega, que também não foram
cumpridos.
Foi necessário que a Vina solicitasse um advogado e marcasse uma nova reunião, para que,
novamente, os prazos para a finalização da entrega fossem estabelecidos e cumpridos sem
atraso. Nessa ocasião, o representante da AMN assinou um contrato de multa que seria
cobrada em caso de outros atrasos. Ainda assim, após um ano de início da obra (que já
apresentava um atraso no seu cronograma inicial, de xx meses, previsto na contratação
desse serviço) e dois anos do início da fabricação, parte da estrutura metálica ainda não
tinha sido entregue.
Contrato de multa: termo de compromisso? Qual o nome correto?
Lilian e Paulinho: verificar datas em diário de obra, reuniões, notas, etc.
Na tentativa de finalizar essa etapa o mais rápido possível e minimizar os prejuízos, a Vina
optou por comprar material extra para a AMN produzir as estruturas pendentes como
também alugou, por conta própria, um caminhão munk.
Apesar dos esforços da Vina no sentido de amenizar os problemas apresentados pela AMN,
esta acabou abandonando a obra, confirmando a sua falta de profissionalismo e ética.
Resultado: Até dezembro de 2012, parte da estrutura metálica ainda está pendente.
A Vina, depois de tantas tentativas de negociação com a AMN, pretende, em breve, exigir
os seus direitos na justiça.
Além do grande prejuízo financeiro gerado pela falta de compromisso e envolvimento da
AMN, a Vina foi prejudicada com um atraso significativo no cronograma da obra, que
causou prejuízos físicos e conceituais ao Projeto Multidisciplinar Nova Sede.
A atitude da AMN acabou tornando insustentáveis pontos, que na visão do grupo, faziam da
estrutura metálica a melhor opção dentro dos parâmetros socioambientais que esse
projeto vem buscando: envolvimento, profissionalismo, ética, rapidez na entrega, redução
na geração de resíduos, entre outros.
(*) Documentação aberta à consulta, local a ser definido.
Projetos Complementares
Após a aprovação do projeto arquitetônico, em julho de 2010, a Vina iniciou uma
pesquisa no mercado e buscou indicações para a escolha da empresa que seria contratada
para realizar os projetos complementares: elétrico, hidráulico, aterramento e telefonia.
O objetivo era encontrar uma empresa que estivesse em sintonia com os parâmetros de
sustentabilidade definidos pelo grupo e que pudesse acrescentar novas tecnologias ao
projeto.
Após essa análise, a Vina chegou à empresa Green Gold*, pioneira no ramo de
desenvolvimento de projetos sustentáveis, conceituada no mercado, muito bem
recomendada por profissionais da área e com selo de certificação Green Building**.
Green Gold
Documentação Lilian/Paulo – Valores, data da contratação, dados da empresa
Renato: rever a história, as datas e os detalhes. Nomes corretos dos projetos.
Nas primeiras reuniões com a Green Gold, em dezembro de 2010, a Vina e sua equipe
apresentaram o Projeto Multidisciplinar Nova Sede, com foco na questão socioambiental,
para que os projetos complementares fossem desenvolvidos de acordo com a filosofia ao
qual este projeto se propõe. A Green Gold sugeriu à Vina algumas soluções nessa linha,
inclusive algumas delas já estavam previstas no projeto arquitetônico.
No orçamento apresentado, combinado na contratação, foi solicitado um adicional de 10%
sobre o valor total, para que a Green Gold pudesse pesquisar e desenvolver tecnologias
diferenciadas, para atender melhor às expectativas deste projeto multidisciplinar.
(*) Mais detalhes na ficha técnica.
(**) Green Building Council Brasil – O Green Building Council Brasil é uma organização não governamental
que surgiu para auxiliar no desenvolvimento da indústria da construção sustentável no País, em um processo
integrado de concepção, construção e operação de edificações e espaços construídos. www.gbcbrasil.org.br
Em março de 2011, a Green Gold apresentou os projetos solicitados e o grupo se reuniu
para avalia-los. Nessa análise, o grupo se surpreendeu ao notar que nenhuma tecnologia
diferenciada foi sugerida, além de uma série de erros apresentados, que iam contra os
parâmetros básicos de sustentabilidade:
aquecimento solar para uma torneira;
uma sala de 6m² com 27 pontos de energia;
seis bombas elétricas para bombeamento de água;
dimensionamento de 80mil metros cúbicos de água para a caixa reserva em caso
de incêndio: o padrão aprovado pelo corpo de bombeiros foi de 12.500 metros
cúbicos.
Lilian e Paulo: Documento do projeto de incêndio.
Renato, Fernando e Pita: Conferir se existem outros pontos insustentáveis.
Durante o mês de março, a Vina e sua equipe se reuniram com a Green Gold para
questionar e discutir o projeto, como também mostrar a sua “surpresa” em relação às
insustentabilidades desse projeto sustentável apresentado pela Green Gold.
Até o mês de novembro, nenhuma das modificações solicitadas tinha sido realizada. Após
duas reuniões, finalmente a Green Gold estabeleceu um prazo para a entrega do projeto
com as modificações exigidas pela Vina: data xxx, após vários meses de atraso.
Em xxxx, o projeto finalmente foi entregue à Vina. O grupo analisou novamente o projeto
apresentado, que continuava não correspondendo às expectativas que a Vina esperava
desse projeto.
Resultado:
A Green Gold, que no mercado se apresenta como uma empresa “verde” e inovadora, que
se propõe a apresentar soluções sustentáveis e diferenciadas, não respeitou e não se
envolveu com o projeto Nova Sede. O discurso sobre sustentabilidade foi incoerente com a
prática de trabalho, tanto nos projetos quanto no relacionamento e atendimento ao
cliente.
Outro fato que chamou a atenção da Vina no relacionamento com a Green Gold foi ao que
se refere ao aspecto financeiro: conforme firmado no contrato, foi realizado o pagamento
da primeira parcela no ato da contratação. O departamento financeiro da Vina liberou o
pagamento da segunda parcela antes da aprovação final do projeto.
Renato, a parcela era de 50%? Essa liberação foi um engano ou aconteceu pelo
fato de no contrato estar estabelecida uma data X para a entrega desse
projeto? O financeiro liberou devido a uma falta de comunicação interna: eles
não tinham ciência do atraso dos projetos / aprovação?
Mesmo com o pagamento integral quitado, a Green Gold demonstrou, novamente, falta de
profissionalismo, respeito e envolvimento com o cliente. Morosidade e falta de soluções
inteligentes para as questões levantadas pela Vina, tanto nos aspectos básicos que esse
tipo de projeto exige como também nos parâmetros sustentáveis que levaram a Vina a
contratá-la.
Mais uma vez, os parâmetros de sustentabilidade ao qual esse projeto se propõe foram
comprometidos pela falta de envolvimento e ética das empresas contratadas.
Monitoramento dos biólogos e retirada de sementes e mudas
Início: outubro de 2010
Nos locais de acesso necessários para a entrada desses equipamentos, a fim de preservar
as espécies presentes nesse espaço, foi proposta uma coleta de mudas e sementes, para
futuro plantio. Essas coletas passaram a ser feitas de acordo com as épocas de floradas de
cada espécie, nas visitas periódicas dos biólogos.
Essa iniciativa, se concretizada com sucesso, faria uma grande diferença como atitude em
prol da conservação do meio ambiente e representaria uma economia significativa no
futuro plano de paisagismo para a empresa. Em meio às adversidades no decorrer do
projeto, é impossível desconsiderar o fato de que as necessidades ambientais precisam
andar lado a lado às econômicas.
Primeiras mudinhas de Kielmeyera coriácea (pau-santo) a serem plantadas.
Situação da retirada das mudas no terreno – maio/2011
Em maio de 2011, foi realizada a coleta de sementes e mudas de barbatimão
(Stryphnodendron adstringens), que foram plantadas conforme a orientação específica
para a espécie. Apesar de cuidados constantes, as mudas não se desenvolveram de
maneira satisfatória e acabaram morrendo. Como existem muitas variáveis envolvidas na
germinação e no crescimento dos exemplares de cerrado, as biólogas não puderam
identificar o motivo da perda.
As sementes e o plantio do barbatimão (Stryphnodendron adstringens sp.)
O desenvolvimento das mudas de cada espécie está registrado nos relatórios entregues
periodicamente pelos biólogos, que estão arquivados e disponíveis para consulta no
Departamento Socioambiental da Vina.
Brotamento das folhas de pau-santo (Kielmeyera coriácea).
Situação das mudas: desenvolvimento – junho/2012
As 49 mudas de Kielmeyera coriacea (pau-santo) apresentaram crescimento lento, sendo
possível observar o brotamento de duas folhas, que após atingirem certo tamanho, caem,
dando à planta aspecto de morta. Porém percebe-se após algum tempo o brotamento de
novas folhas.
Primeiras folhas brotando, caimento e brotamento de novas folhas.
Em junho de 2012, foi feito o transplante das mudas de pau-santo do saquinho de plantio
para novos vasos maiores, que permitirão o melhor desenvolvimento dos exemplares.
Vale ressaltar que, seguindo a filosofia do Projeto Nova Sede, os vasos onde as mudas
estão replantadas foram reaproveitados, visando o baixo impacto ambiental e a
reutilização de materiais.
Sensibilização Interna Vina Data: março de 2011
O atraso no cronograma da obra gerou uma grande expectativa na Equipe Vina, que
demonstrou curiosidade sobre os processos de construção e finalização da futura sede da
empresa.
Percebendo essa demanda, a Vina decidiu realizar uma sensibilização interna para a sua
equipe. O evento aconteceu no dia 18 de março de 2011, das 15h às 18h, no Auditório da
Unidade de Educação Ambiental da SLU, no Aterro Sanitário de Belo Horizonte.
O objetivo foi sensibilizar os participantes apresentando a filosofia do Projeto Nova Sede,
baseado nos conceitos de sustentabilidade:
da idealização do projeto ao uso inteligente do espaço.
Despertar, na equipe Vina, a importância que cada um deles representa para esse projeto
também foi um dos focos desse evento: sensibilizá-los para a consciência de como a
atitude de cada um de nós, no cotidiano, é essencial para a formação de uma rede social,
onde pequenas ações são importantes agentes de transformação...
Programação
Para dar início à Sensibilização, Renato Malta, diretor da Vina, falou brevemente sobre a
proposta do evento:
Apresentação do Departamento Socioambiental da empresa: filosofia e ações
Apresentação do conceito filosófico do Projeto da Nova Sede, uma das ações
deste Departamento e foco desta Sensibilização.
Em seguida, Cláudia Lessa, coordenadora do departamento, fez uma apresentação
sucinta, dando uma visão geral das ações realizadas e destacando o Projeto
Multidisciplinar da Nova Sede Vina.
Para simbolizar as ações do Departamento Socioambiental,
foi realizado um sorteio de 06 kits, produzidos pela artista
da sucata Dalma Camilo.
Kit: saquinho de pano contendo bloquinho de anotações
(1/4 de folha A4), porta moedas e caneta.
Material: Reaproveitamento de retalhos de tecidos
variados, tetra pak, filtro de papel/café, folhas de papel
impressas e descartadas pela Vina e Copiadora Objetiva.
Logo após, Cíntia Mendonça, coordenadora de execução do Projeto da Nova Sede, deu
uma visão geral sobre o projeto arquitetônico, que foi todo idealizado respeitando as
áreas de preservação demarcadas pelos biólogos. Cíntia enfatizou, especialmente, o
processo diferencial que envolveu toda essa ação – da criação à fase de execução – e o
grande desafio de aliar os conceitos da sustentabilidade ao fator econômico e ao fator
tempo.
A Prof.ª Maria Teresa Aguilar, da Escola de Engenharia da UFMG, coordenadora do
Grupo NOC, foi convidada para concluir as apresentações acerca do Projeto da Nova Sede.
Ela fez uma breve introdução, reforçando a responsabilidade de cada um de nós como
agentes transformadores e exibiu o curta indiano “Tree”, que de maneira delicada e
sensível simbolizou a ideia de que pequenas atitudes fazem a diferença.
Ao citar o projeto da Nova Sede, ela explicou que mais importante que a busca de
tecnologias limpas, é a intenção que moveu o projeto e, especialmente, a educação e
sensibilização de todos os envolvidos: direta ou indiretamente.
Assim, Teresa encerrou sua apresentação colocando que, mais importante que a filosofia a
qual este Projeto se propõe e sua forma de execução, são a conscientização e o
envolvimento da equipe da Vina com o Projeto, especialmente, no uso inteligente e correto
da futura edificação. E, para finalizar, ela lembrou:
“as nossas atitudes são fatores impactantes para
o meio ambiente, sejam elas positivas ou negativas...”
Buffet
Em seus eventos, o Departamento Socioambiental busca ser coerente com a filosofia de
trabalho ao qual se propõe, dando preferência aos grupos de produção e geração de renda
nas diferentes ações que os eventos exigem.
Dona Geralda, uma das fundadoras da ASMARE (Associação dos Catadores de Papel,
Papelão e Material Reaproveitável), contou, de maneira sensível, um pouco da sua história
e da ASMARE, destacando o trabalho realizado pelo Reciclo ASMARE Cultural, que estava
responsável pelo serviço de buffet oferecido nesse evento. A qualidade dos quitutes
oferecidos foi apreciada por todos.
Aluguel de Utensílios
Nos eventos do Departamento
Socioambiental não são usados
materiais descartáveis, com exceção do
guardanapo de papel.
Trupe Circuriá – Sensibilização através da arte e cultura
Antes do lanche, os participantes foram surpreendidos pelo Grupo Circuriá, formado em
2007, artistas do teatro, do circo e da música. O objetivo era, de forma lúdica, sensibilizar
os participantes sobre o foco do evento, dando destaque para a responsabilidade de cada
um dentro do “todo”: de dentro para fora.
Figurino/Cenário: foi todo produzido com sucatas
geradas pelo próprio grupo, que já tem
incorporado o conceito de reutilização nas suas
produções.
Texto: O grupo escolheu o texto “Reverência ao
Destino” (Carlos Drummond de Andrade) para
passar de maneira simples e sensível o objetivo do
mote. O texto foi livre, adaptado pelos artistas.
Dinâmica: “Macarrão Humano” (brincadeira de domínio público, sabedoria popular).
Tal escolha foi feita para descontrair o ambiente e, principalmente, mostrar a importância
da formação de uma rede e a responsabilidade das ações de cada um dentro desta. O
objetivo era, também, colocar as pessoas em contato, mostrar a importância das relações.
Parecer dos artistas: “O grupo alcançou os objetivos esperados dentro da proposta inicial
de “colocar a pulga atrás da orelha” no público presente, de maneira leve, alegre e sensível,
mesmo se tratando de um assunto tão sério. O público foi participativo, o que era
fundamental para a proposta ter sucesso.”.
Encerramento
O Circuriá encerrou o evento conduzindo as
pessoas de forma descontraída até o local
onde foi servido o lanche.
A participação de todos foi essencial para
darmos início à formação de uma rede
social, onde pequenas ações são importantes
agentes de transformação...
Elo: Jornal Mural
Uma semana após a I Sensibilização da Nova Sede, foi afixado na Vina um “Jornal Mural”
sobre o evento. Foram colocadas duas caixinhas de sugestão, para que a Equipe Vina
manifestasse sua opinião. Outro objetivo foi envolver a equipe com o Projeto através de
sugestões pessoais para a Nova Sede.
Terraplenagem
Preservação e cuidados prévios
Início: junho/2011
Após vários impactos ambientais sofridos pelo projeto e, principalmente, após a
experiência da capina indevida, o grupo achou necessário tomar cuidados especiais na fase
de terraplenagem do terreno.
Além de evitar outros impactos ambientais, a intenção era sensibilizar a equipe
responsável pelo trabalho, explicando a importância do projeto e a necessidade de se
preservar a vegetação recuperada após todos os danos sofridos.
A ideia era demarcar as áreas de preservação, criando mecanismos que despertassem o
conceito da sustentabilidade e conscientizasse os operários envolvidos na obra.
Nessa ocasião, um novo levantamento florístico* foi realizado, uma vez que a vegetação
presente no terreno apresentava alterações drásticas em relação à vegetação inicial em
que o projeto arquitetônico tinha sido elaborado. Após o novo estudo feito pelos biólogos,
o arquiteto fez pequenas modificações no projeto de terraplenagem, a fim de aumentar as
áreas de preservação do lote.
Área de preservação demarcada.
(*) Disponível para consulta no Departamento Socioambiental da Vina.
Mudas por estaquia
Na tentativa de conservar o bioma original do terreno, foi realizada uma experiência a
partir da técnica de mudas por estaquia. A estaquia é um método de reprodução assexuada
de plantas, que consiste no plantio de pequenas estacas de caule, raízes ou folhas, que
plantados em um meio úmido, se desenvolvem em novas plantas.
Com essa técnica seria possível, futuramente, plantar as mudas nos jardins da empresa,
mantendo o bioma original do terreno.
Biólogos realizando o estudo das espécies vegetais do terreno.
Marcell, Bia e Ju: revisar a parte técnica e sugerir modificações.
Renato: a ordem das etapas está correta?
Execução Início: Agosto de 2011
Desde o início do processo de terraplenagem, a responsável pela execução do Projeto teve
uma conversa com os executores dessa ação, explicando a filosofia e objetivos do projeto e
alertando sobre os problemas já sofridos anteriormente. O objetivo era sensibilizar e
destacar a importância das áreas de preservação demarcadas.
As primeiras etapas de terraplenagem foram acompanhadas de perto, com a coordenadora
sempre presente para conversar e esclarecer qualquer dúvida que pudesse surgir. Apesar
de todo esse acompanhamento, o projeto, mais uma vez, sofreu um grande impacto: a
praça de preservação central, em poucas horas, foi totalmente destruída.
Na etapa da praça, todas as instruções foram passadas ao encarregado, que foi alertado
sobre as modificações realizadas no projeto inicial, na tentativa de preservar a vegetação
que surgiu na área da futura Praça. Acreditando que todo o serviço havia sido
compreendido, a responsável pela execução da obra se ausentou por algumas horas do
local. Ao voltar, a praça estava toda destruída.
Mais uma vez, o “saber” deu lugar a “mecanização” de atitude.
Ouviu-se, mas não se escutou e não se ousou questionar!
Resultado: toda a praça foi destruída.
Antes
Depois
Questionamento
Se o grupo repetiu o mesmo tipo de descuido causando, mais uma vez, impactos
ambientais ao projeto, fica a pergunta: “o grupo, também, não está agindo de maneira
padronizada?”
Pensando no futuro e a partir dos impactos ambientais sofridos, era evidente a
necessidade de educar e sensibilizar as pessoas envolvidas, direta ou indiretamente, no
projeto Nova Sede da Vina:
equipe da obra, usuários da edificação e comunidade do entorno.
Assim, foram propostas ações que priorizassem uma reflexão sobre os padrões
mecanizados de comportamento em relação ao ‘ambiente’ e sobre a importância do
envolvimento de cada um com o projeto: corresponsabilidade socioambiental.
Visita ao Departamento Socioambiental Data: 14/09/11
Participantes: Cláudia, Renato, Doriedson (encarregado), Alexandre (Engenheiro), Cíntia e Juliana.
O Encarregado e o Engenheiro responsáveis pela execução da obra conheceram o
Departamento Socioambiental e puderam entender melhor a filosofia do Projeto da Nova
Sede, reconhecendo a importância e a responsabilidade de cada um deles e de toda a
equipe na execução da obra. Eles viram as fotos do lote antes e depois do erro de
terraplenagem e perceberam o tamanho da devastação.
Foi ressaltada a importância da sensibilização da equipe interna e externa envolvida, com
ações preventivas e cuidadosas na rotina: atenção à rotatividade da equipe e a
sensibilização de todos que por lá passam.
Visita à sala da Teresa – UFMG
Data: 22 de novembro de 2011
Presença: - Prof.ª Teresa, Sônia Rocha (produtora), Cintia, Doriedson, Alexandre e Nelson.
Assim como o Departamento Socioambiental, a sala da
Profª. Teresa é um espaço simbólico, criado a partir de
reutilização e inclusão social, que representa a filosofia
à qual essa parceria se propõe.
Essa visita foi realizada com o mesmo objetivo da visita
ao Departamento Socioambiental: sensibilizar e
apresentar a filosofia do Projeto Nova Sede: criação dos
parâmetros de sustentabilidade.
Desafio: educação e sensibilização
Início: setembro de 2011
A criação de placas sinalizadoras e educativas, que foram instaladas dentro e fora da obra,
foi uma das primeiras formas de sensibilização e apresentação do projeto multidisciplinar
a todos os envolvidos nele, direta e indiretamente: equipe da obra, visitantes, moradores
da comunidade e empresas vizinhas.
A instalação das placas foi realizada em conjunto: os biólogos participaram através de uma
conversa informal com toda a equipe, para explicar a filosofia e todas as dificuldades
enfrentadas ao longo do projeto. Enquanto isso, a própria equipe da obra instalou as
placas: envolvimento conceitual e prático com o foco desse trabalho.
Ao final da instalação, todos pareceram entender os conceitos que movem o projeto: a
equipe da obra se mostrou especialmente disposta a cuidar da área de preservação. O
resultado foi positivo.
Etapa Construtiva
Lilian e Paulo: Entrada Monte Verde: entrada setembro/2011: contrato, nº de
funcionários, endereço...
Renato: rever o texto, tentar lembrar a história. Muitas informações parecem
ter sido perdidas.
Construtora Monte Verde – setembro de 2011
A Monte Verde foi contratada para dar início à obra, participando na construção do muro
definitivo do terreno e na preparação do canteiro de obra.
No mês de janeiro de 2012, a Monte Verde começa a etapa de fundação (tubulões de 15m
de profundidade), para instalação das estruturas metálicas. Nesse período, houve uma
paralização na montagem das estruturas metálicas, devido ao intenso volume de chuvas.
No mês de fevereiro, intercalando as estiadas com os períodos de chuva, foi dada a
continuidade na montagem da estrutura metálica. No mês de março, a montagem da
estrutura continuou e também foi iniciada a execução do projeto hidráulico.
Estrutura do bloco 02
No mês de agosto, foi iniciado o trabalho de montagem da parte de cobertura das
estruturas metálicas: telhas e calhas, que garantem o isolamento e conforto térmico do
prédio.
Outro foco da obra foi a concretagem dos pisos do bloco 02 (parte superior) e do bloco
03, com tecnologia de nivelamento com régua laser. Essa tecnologia foi utilizada pelo
custo/benefício e pela garantia do piso não apresentar trincas. Logo após a execução desse
serviço, o piso apresentou trincas. A empresa dava alguma garantia? A Vina cobrou? Teve
algum ressarcimento? Como ficou essa história?
Os pisos do bloco 01 e 05 não foram executados com a tecnologia de nivelamento com
régua laser e apresentaram problemas de nível. Também apresentaram trincas?
A prof.ª Teresa, da UFMG, em data xx, fez uma visita à obra. Ela ficou a par das tecnologias
adotadas, dos problemas enfrentados durante a execução das mesmas. Teresa elogiou o
canteiro de obra, que estava limpo e organizado e também fez uma reflexão sobre a
dificuldade de se fazer uma obra realmente sustentável na prática.
Foram discutidas opções de material para a fase de acabamento, que estivessem de acordo
com os parâmetros de sustentabilidade que esse projeto vem construindo.
- Comparativo do bloco sical e do tijolo cerâmico?
- Piso: Teresa chegou a optar pela régua a laser? // - Vedação??
Teresa e Renato: pelos diários de obra e relatórios que temos em mãos, não
conseguimos elaborar esse texto, tivemos muitas dúvidas. Precisamos que vocês
puxem da memória e nos esclareçam melhor.
A empresa e a
comunidade
Elo: aproximação e educação
Início: setembro de 2011
Como já mencionado anteriormente, a Vina liberou a passagem em uma parte do lote,
utilizada como atalho pela comunidade. Porém, com a presença humana constante, o lote
começou a sofrer alguns impactos ambientais. Após alguns atos de vandalismo e uma
tentativa de assalto à obra, com agressões ao vigia e depredação dos equipamentos, a Vina
se viu forçada a construir um muro de proteção, causando o fechamento da via de acesso.
Após a criação desse muro, era urgente a criação de um elo entre a empresa, o projeto e a
comunidade ao redor. O caminho escolhido pela equipe foi o da aproximação e educação
via a escola: o foco seriam as crianças e os adolescentes.
A Vina deu início, então, a um trabalho conjunto com a UMEI (Unidade Municipal de
Ensino Infantil) – Águas Claras, uma escola infantil que fica ao lado do lote. A primeira
proposta foi que as crianças da escola, junto com os professores, participassem da pintura
do muro construído. A ideia se estendeu também aos adolescentes, com intervenções de
um grupo de grafiteiros da região na pintura do muro.
Muro da frente: intervenções com desenhos feitos pelas crianças e suporte dos grafiteiros.
Muro dos fundos: criação dos grafiteiros com liberdade de expressão.
Trabalho Conjunto Vina / UMEI
No início, foi realizada na UMEI uma pequena palestra pela equipe do Departamento
Socioambiental da Vina, para que os pais pudessem conhecer a história do Projeto Nova
Sede e entender melhor a filosofia de trabalho da empresa. Foi oferecido um lanche
produzido pela equipe do Reciclo 2, o que tornou o evento mais interessante, por se tratar
de um grupo de inclusão produtiva*.
Ação inicial: pintura do muro
Data de início: novembro de 2011
A primeira ação dentro do Trabalho Conjunto Vina/UMEI foi a participação das crianças
e dos grafiteiros da comunidade no projeto de pintura do muro da Nova Sede Vina. Essa
ação foi coordenada em conjunto pela equipe UMEI e pelos grafiteiros.
No processo inicial de concepção desse projeto, os alunos da UMEI fizeram uma visita ao
terreno e tiveram contato com as máquinas usadas na obra. A partir das conversas e
observações realizadas nessa visita, as crianças fizeram vários desenhos, que foram
adaptados pelos grafiteiros para serem utilizados na pintura. Durante a execução, as
crianças utilizaram aventais produzidos com reutilização de faixas de rua e geração de
renda. A Vina ofereceu um lanche a todos os presentes.
Alunos da UMEI – Águas Claras: conhecendo os equipamentos e visitando a obra.
* Para mais detalhes sobre o Reciclo 2, ver “Ficha Técnica” (pag. Xx)
A pintura do muro dos fundos, por ser alto e perigoso para as crianças, ficou sob
responsabilidade da equipe de grafiteiros. Num primeiro momento, eles ficaram livres
para realizar os grafites com criatividade e liberdade de expressão. Nessa etapa, apenas
metade da extensão do muro dos fundos foi preenchida. O período era de chuvas, o que
dificultou o acesso ao restante da área.
Paralelamente à pintura, foram criadas duas placas para serem fixadas nos muros, com o
objetivo de sensibilizar e informar a comunidade e a equipe interna da Vina sobre a
filosofia e importância do Trabalho Conjunto Vina/UMEI.
No muro dos fundos, a visibilidade da placa ficou prejudicada pela altura e pela estrutura
do terreno. Assim, foi proposto aos grafiteiros que eles finalizassem a pintura da outra
metade do muro reproduzindo e destacando o conteúdo da placa. Além da geração de
renda, a Vina forneceu aos artistas toda a estrutura necessária para o grafite, como
transporte, alimentação, tintas. Essa ação foi finalizada em julho de 2012.
No decorrer do processo, em conversas informais com os grafiteiros, a produtora teve uma
ideia de contrapartida para o trabalho de grafite: produção da capa de um CD, que seria
lançado em janeiro de 2013, pela banda de música independente formada pelos
grafiteiros. Eles se mostraram muito satisfeitos e empolgados.
Contrapartida Pintura Muro: alunos e equipe da UMEI
Suporte na Festa de Fim de Ano da UMEI
A contrapartida pela pintura do muro da Nova Sede à UMEI foi o suporte que a Vina
ofereceu para a excursão de fim de ano que a UMEI estava organizando: um passeio a um
sítio próximo a Lagoa Santa (MG). A Vina providenciou o transporte (fretagem de ônibus
para ida/volta) e forneceu o lanche para as 100 crianças.
Foram divididas duas turmas e a excursão foi programada para ser realizada durante um
final de semana: cada turma em um dia. No sábado, uma parte das crianças viajou e o dia
foi bastante proveitoso. Já no domingo, devido a uma grande chuva, o passeio foi
cancelado.
A vice-diretora da UMEI e a coordenadora do evento, então, sugeriram outra ação:
aproveitar os lanches e o ônibus, que já estavam pagos, em uma excursão pela cidade para
ver as luzes de Natal. A ideia foi muito bem aceita pelas crianças e pelos pais, pois a grande
maioria nunca tinha visitado os pontos turísticos de Belo Horizonte.
Neste passeio, os pais puderam acompanhar as crianças e alguns integrantes da Equipe
UMEI que estavam presentes também curtiram a cidade iluminada!
Equipe UMEI e alunos no sítio.
Pais, alunos e equipe UMEI na Praça da
Liberdade, em Belo Horizonte (MG).
Jornal Mural na UMEI
A partir dessas primeiras ações, o Departamento
Socioambiental da Vina sentiu que era necessária a
criação de um espaço que apresentasse fotos e
informações sobre o trabalho conjunto e sobre a
Nova Sede. Foi inaugurado, então, o Jornal Mural
Vina/UMEI – um mural na própria escola, onde os
pais e alunos podem se informar e interagir com
os novos projetos. Esse Jornal Mural é atualizado
conforme as ações vão sendo realizadas.
Doação de Livros Infantis – fevereiro/2012
Anualmente, o Departamento Socioambiental investe uma verba na
compra de livros para sua futura biblioteca, que vem sendo formada
aos poucos. Com o início desse trabalho conjunto, o Departamento
investiu na biblioteca da UMEI, doando doze livros infantis com foco
socioambiental que foram sugeridos pela vice-diretora.
Primeiros resultados
O trabalho conjunto Vina/UMEI apresentou resultados positivos.
O comportamento da comunidade em relação à empresa melhorou de forma considerável,
direta e indiretamente, o que foi visível a toda equipe Vina. Além das ações
socioeducativas realizadas via UMEI, a Vina também passou a oferecer oportunidade de
emprego aos moradores do bairro na Nova Sede, facilitando e melhorando ainda mais a
atitude dos moradores.
Lilian e Paulinho: Registros dos moradores da comunidade que já passaram por
lá. Ativos e demitidos. Quantos foram? Nomes. Função, etc. Checar diário de
obra.
Parquinho
Início: fevereiro de 2012
No início desse trabalho conjunto, foi sugerida pela UMEI a reforma do parquinho da
escola, que necessitava de algumas melhorias. A Vina deu suporte, cedendo alguns
funcionários da obra para realizarem alguns reajustes na área do parquinho.
A primeira ação foi a retirada de três cavalinhos
de madeira, que eram antigos e apresentavam
riscos às crianças. A UMEI sugeriu que os
cavalinhos fossem substituídos por pneus de
trator, que passariam a servir de brinquedo para
as crianças.
Durante todo esse processo, as equipes da Vina e da UMEI trabalharam na reforma do
parquinho: a Vina oferecendo mão de obra na parte técnica e a UMEI cuidando da pintura
e da estética. Até o ano de 2012, o projeto ainda estava em andamento.
Parquinho antes e depois da reforma da Vina.
Vânia, Sônia e Fernando: completar com informações mais técnicas, se
necessário.
Projeto “Cultura da Criança”
Início: março de 2012
A aproximação entre empresa e comunidade se estabeleceu de maneira positiva. O
trabalho em conjunto com a UMEI foi fundamental para essa aproximação, pois a escola
trabalha em sintonia com o Departamento Socioambiental da Vina, o que vem
proporcionando o desenvolvimento de várias ações socioeducativas.
Em 2012, a principal ação do trabalho conjunto Vina UMEI foi o projeto “Cultura da
Criança”, com a criação e coordenação do educador Adelsin, um educador experiente na
temática do universo da infância, que pesquisa e resgata brincadeiras e canções antigas
por todo o Brasil.
A maior preocupação da equipe UMEI é o choque de conceitos que ocorre quando as
crianças saem do ensino infantil e mudam de escola, iniciando o ensino fundamental. Por
isso, o foco principal desse projeto é a formação dos educadores da UMEI e da região no
universo da criança: resgate da imaginação e das brincadeiras e cantigas lúdicas, para que
esse processo de mudança não seja tão sentido pelos alunos.
Em busca do resgate da autoestima e do desenvolvimento cognitivo das crianças, festivais
mensais e oficinas de brinquedos construídos com material reutilizável* também foram
inclusos nesse projeto. A Vina, através da sua rede de cooperação, periodicamente doa à
UMEI sucatas para ações desenvolvidas dentro desse trabalho conjunto e outros fins.
Festival realizado em julho de 2012, com o tema “a música na infância”.
Formação:
Para a equipe da UMEI Águas Claras e para os educadores das escolas da região: criação de
rede pela valorização da infância.
Duração de 08 meses com um encontro mensal de quatro horas (total de 32 horas).
Temas:
O movimento natural do ser humano criança; A infância e a natureza; A cultura da criança;
Movimento universal e expressões regionais; A música na infância; As artes visuais e a
infância; As histórias, a fantasia, o teatro e a infância; A identidade cultural, a TV e a
padronização; Um natal brasileiro.
Festivais mensais:
Os festivais são encontros que contam com o envolvimento dos familiares das crianças da
UMEI. Os festivais funcionam como um exercício dos conceitos discutidos na formação dos
professores e oferecem para as famílias a oportunidade de brincar com seus filhos.
Os festivais são realizados sempre aos sábados.
Espaço e logística:
Os encontros acontecem no espaço externo da UMEI. São utilizadas a arquibancada e as
áreas próximas ao parquinho, sempre valorizando a possibilidade de realizar atividades ao
ar livre, de frente para a montanha e debaixo do céu.
A Vina sempre oferece os lanches, que são produzidos na própria escola ou em
estabelecimentos próximos, gerando renda para a comunidade.
Oficina realizada em setembro de 2012.
Novas Ações – Vina/UMEI
Como a Vina irá se instalar nessa comunidade e pelos excelentes resultados que este
trabalho vem apresentando, o Departamento Socioambiental decidiu ampliar e focar, de
maneira mais pontual, as suas ações na parceria com a UMEI.
Oficinas – Cristina Araújo
Início: agosto de 2012
Foco: Reutilização das sucatas geradas nos lares – geração de renda e resgate da
autoestima.
Ações diversas estão sendo realizadas nessas oficinas. A produção das flores para a
sensibilização da Nova Sede da Vina (mais detalhes, pag.x) foi a primeira ação
desenvolvida.
No fim do ano, a ideia é que sejam produzidas borboletas para a árvore de Natal da Vina e
que essa produção gere renda para as mulheres do grupo. Para o Natal, o foco será a
produção de enfeites e objetos para a casa, tudo criado a partir da reutilização das sucatas
geradas nos lares da comunidade.
Oficinas – Circo em Cena
Início: agosto de 2012
O grupo Circo em Cena foi apresentado à comunidade em julho
de 2012, em uma participação especial no Projeto Cultura da
Criança, em um dos festivais realizados por Adelsin. A partir
dessa apresentação, surgiu a ideia de que o grupo participasse
do Trabalho Conjunto Vina/UMEI, com oficinas circenses para as
crianças e adolescentes da comunidade.
Foco: desenvolvimento da cultura e da arte na comunidade, sem perder o foco na alegria e
no resgaste da autoestima. As oficinas ainda estão em processo de construção: os artistas
do grupo estão se adaptando à comunidade, para ouvir e entender as demandas.
Geralmente, as oficinas acontecem aos sábados e têm duração de 2h. O público ainda não é
fiel e a faixa etária varia muito. De acordo com o depoimento dos artistas, alguns jovens
aparecem e demonstram muito interesse em aprender as técnicas e trabalhar com
seriedade. Por outro lado, algumas crianças menores também comparecem e querem
apenas “brincar”, se divertir.
Essa diferença entre os interesses ainda dificulta o processo de preparação e planejamento
dos artistas para as futuras oficinas. Em reuniões, o grupo decidiu que o mais importante
nesse início é ouvir e reconhecer as necessidades dos jovens e crianças da comunidade,
ganhar a confiança e o respeito deles. E assim, aos poucos, construir uma metodologia de
trabalho que seja funcional e preserve a essência do projeto.
Fotos tiradas na Festa de Fim de Ano, em dezembro, e na Festa da Família, em setembro.
Projeto Educação Socioambiental
Início: agosto de 2012
Coordenação: Equipe de biólogos
Esse projeto de Educação Socioambiental tem como foco resgatar os valores ecológicos e
sociais não só na UMEI, mas em toda comunidade Águas Claras.
As atividades realizadas buscaram estimular a integração e harmonia das crianças e
funcionários da UMEI com o meio ambiente.
Objetivos principais:
Criar uma horta, junto às crianças, para o abastecimento da cantina;
Utilizar materiais recicláveis (garrafas pet e pneus usados) para o plantio de
espécimes da flora nas dependências da escola;
Aperfeiçoar habilidades individuais, tal como a coordenação motora;
Propiciar a ampliação de conhecimentos sobre o desenvolvimento de vegetais e
sobre outras questões ambientais relevantes (desperdício).
Plantio realizado na UMEI, em novembro de 2012.
Antes de decidir as hortaliças a serem plantadas, as biólogas realizaram uma pesquisa*
com as famílias dos alunos da UMEI sobre os hábitos alimentares. Essa pesquisa mostrou
um grande déficit na alimentação dos alunos e das famílias, tanto na qualidade quanto no
conhecimento sobre o assunto. Assim, a ideia para 2013 é que seja criado um livro de
receitas voltadas para o reaproveitamento de alimentos.
Até novembro de 2012, já foram realizados alguns plantios na horta com as crianças acima
de 04 anos e plantio de sementes de girassol, com as crianças menores. A colheita estava
programada para dezembro, porém as mudas acabaram morrendo, devido a uma série de
fatores, como: mau tempo, ruídos de comunicação e algumas falhas de acompanhamento.
(*) Disponível para consulta no Departamento Socioambiental.
Festa de encerramento das ações de 2012
Data: dezembro de 2012
Trabalho Conjunto Vina/Umei
Encerrando suas atividades de 2012, o projeto Cultura da Criança, que integra as ações do
trabalho conjunto VINA / UMEI Águas Claras, realizou um encontro marcado por muita
alegria e emoção.
Um presépio vivo, formado pelas crianças da UMEI, foi o centro do palco e da festa. Todas
as turmas da escola ofereceram um presente ao menino Jesus: um trabalho coletivo,
realizado em sala de aula e que completava a cena do nascimento de Cristo. Foi realmente
um presépio muito especial! O palhaço Sufoco, do Grupo Circo em Cena, e o educador
Adelsin comandaram a festa antes e durante a sua realização.
As crianças e suas famílias participaram de tudo com muita animação. Ao final, a equipe da
cantina da UMEI preparou uma mesa linda com um lanche delicioso que foi compartilhado
por todos os presentes.
Festa de fim de ano Vina 2012
Trabalho Conjunto Vina/UMEI: Oficinas de reutilização
Árvore de Natal Reciclada
Símbolo da renovação e da reciclagem, a tradicional árvore de Natal de sucata – criada em
2007 pelo artista Libério, ex-morador de rua e primeiro contratado do projeto Aracê* –
ganhou uma nova decoração e ficou ainda mais especial!
Este ano a árvore recebeu borboletas coloridas, que foram criadas com embalagens de
produtos de limpeza em oficinas realizadas na UMEI Águas Claras. As oficinas foram
coordenadas pela artista plástica Cristina Araújo e contaram com o trabalho criativo de
um grupo de mulheres da comunidade. Essas oficinas geraram renda e alegria para todas
as participantes.
Para cada borboleta produzida, foi pago o valor simbólico, como incentivo, de R$ 0,25 para
cada participante das oficinas. Esse valor foi definido em conjunto, levando em conta os
valores agregados das oficinas.
(*) Projeto piloto de inclusão social via mercado formal de trabalho, que tem como objetivo servir de
parâmetro para que outras empresas possam ampliar as possibilidades do exercício da responsabilidade social
a partir de uma experiência prática. Ação do Departamento Socioambiental da VINA.
II Sensibilização Nova Sede Vina Data: setembro de 2012
Dando continuidade ao processo de sensibilização das pessoas que vão utilizar o prédio e
com o objetivo principal de apresentar o trabalho com a comunidade, foi realizada uma
segunda sensibilização com a equipe interna da Vina.
Data: 27 de setembro de 2012
Local: Obra da futura sede Vina.
Horário: das 14h às 17h
Número de convidados: em torno de 100 -- Equipe Vina BH + Equipe obra + um
representante de cada unidade Vina do interior + convidados especiais
Foco:
Visita à futura Sede: filosofia Socioambiental do Projeto
Apresentação: Trabalho conjunto Vina - UMEI
Decoração: coordenação e produção – Cristina Araújo
Produzida a partir de sucatas doadas pela equipe da Vina e com aproveitamento de tijolos
da obra. As capas das almofadas foram produzidas com reaproveitamento de faixa de rua,
com participação do Grupo de Costura da ASMARE. Os vasos que enfeitavam o ambiente
foram confeccionados com garrafa pet e botas da Vina também foram reaproveitadas para
a construção de um lindo canteiro!
Programação
Apresentação Vina e Projeto Nova Sede
Renato Malta, diretor da Vina, fez uma breve introdução ao evento e apresentação do
Projeto Nova Sede. Cláudia Lessa, coordenadora do Departamento Socioambiental, falou
um pouco sobre o Departamento e suas ações, destacando a filosofia do Projeto Nova Sede
e o trabalho conjunto Vina/UMEI. Anunciou, também, o lançamento do Jornal da Vina
(mais detalhes, pág. xx), cuja primeira edição foi entregue a toda equipe da Vina BH e
interior no dia 01 de outubro de 2012.
Apresentação UMEI: Projeto Cultura da Criança
Adelsin, educador e coordenador do projeto, e Vânia, vice-diretora da UMEI, falaram um
pouco sobre a UMEI e sobre o trabalho que está sendo realizado com os professores,
alunos e famílias da comunidade (mais detalhes, pag. Xx).
Plantio simbólico de flores artificiais
Alguns dias antes do evento, as crianças da UMEI “plantaram” flores de pet na cerca da
praça central, produzidas nas oficinas da UMEI com sucatas doadas pela equipe Vina. No
dia do evento, cada convidado também plantou uma flor feita de sucata! A praça da futura
sede da Vina ficou mais alegre e colorida!
Buffet
Produção: Reciclo II -- Grupo de inclusão produtiva.
Foi feita uma breve apresentação do grupo pelo coordenador Mauricio.
Encerramento
O grupo Circo em Cena surpreendeu os convidados após o lanche com música e muita
diversão! Com um discurso sobre “um mundo mais transparente” e com dinâmicas
coletivas, os palhaços Sufoco e Pianinho encantaram e fizeram a tarde mais agradável.
No final do evento, cada convidado levou para casa sua
almofada produzida a partir de faixa de rua, juntamente
com o caderninho Ações Vina, que fala um pouco sobre
as ações do Departamento Socioambiental, desde a sua
criação.
Jornal da Vina
Primeira edição: outubro
O jornal foi criado pelo Departamento Socioambiental e, nas suas duas primeiras edições
(Outubro/Dezembro 2012), foi fixado em todas as unidades da Vina (Belo Horizonte e
interior). Ele funciona como veículo de comunicação e informação entre a Equipe Vina e o
Departamento Socioambiental. O foco principal é a Nova Sede.
Todas as edições foram recolhidas e serão reaproveitadas em produção futura de material
interno de divulgação do Dpto Socioambiental com geração de renda.
Perfil
Linguagem simples, textos curtos e layout leve, colorido, que chame atenção. O perfil da
Equipe Vina, no geral, é de baixa escolaridade e tem pouco acesso às redes sociais.
A publicação é bimestral.
Projeto Amoras
Foram plantadas 95 mudas de amora no muro que faz divisa com o “vizinho” da nova
sede Vina. Esse plantio vai diminuir o barulho causado pela outra fábrica, além de atrair os
pássaros para o local e, futuramente, servir como área de convivência para a equipe Vina,
que poderá desfrutar dos pés de amora.
Sensibilização Amoreiras
Data: 22 de novembro 2012
Horário: 9 h às 11h
Participantes: 04 funcionários Vina (funcionário mais recente, funcionário mais antigo,
contratado Projeto Aracê e uma mulher) + 04 representantes UMEI + 07 funcionários da
obra + Biólogo e Equipe Departamento Socioambiental.
Para essa ação, foi realizada uma pequena sensibilização no processo de plantio,
envolvendo as equipes da Vina e da UMEI. O foco foi aliar a responsabilidade de cada um
com o “seu” pé de amora ao cuidado com a vegetação do lote como um todo. Todos fizeram
o seu plantio com muito cuidado e empolgação, num ambiente muito agradável. Em breve,
serão colocadas plaquinhas nas mudas identificando o nome de cada um que as plantou e
uma placa de sensibilização sobre essa ação.
Alguns dias após o plantio notou-se um grande ataque de formigas saúvas às mudas. Uma
forma de controle menos agressiva e natural foi aplicada, na tentativa de controlar esse
ataque. Porém, essa forma foi ineficaz, sendo necessário um controle químico, que acabou
resolvendo o problema.
Um mês após o plantio, as amoreiras estavam se desenvolvendo muito bem, crescendo
rapidamente e muito saudáveis.
As fotos mostram o “antes” e “depois” do plantio das amoreiras.
Agosto / 2010
Janeiro / 2013 Agosto / 2010
Janeiro / 2013
Conclusão A partir de uma experiência prática
Pessoal, essa é a essência da conclusão que estamos desenvolvendo. É preciso
ainda melhorar! Gostaríamos que vocês nos ajudassem nessa construção,
contribuindo com sugestões para o texto e outras boas ideias: “canetando”!
Tomei a liberdade de escrever incluindo o Grupo Multidisciplinar, porque
acredito que este é o caminho que norteia este trabalho de equipe.
A aprovação de vocês é fundamental.
Na visão da Vina, uma obra padrão da construção civil na realidade brasileira, geralmente,
passa por vários pontos de insustentabilidade, causados não só pelas tecnologias
utilizadas, mas também pelos entraves nas relações com os diversos setores da sociedade
que participam desse processo: a indústria, o comércio, a economia, a política, a educação
e as relações interpessoais, com todos os aspectos positivos e negativos que cada um dos
setores envolvidos nesta cadeia, direta e indiretamente, apresenta.
A Vina se preocupou em agregar o foco socioambiental ao Projeto Nova Sede, criando um
Grupo Multidisciplinar para pensá-lo sob uma nova ótica, dando o primeiro passo no
sentido de aprimorar os pontos positivos e amenizar os efeitos negativos decorrentes do
processo da construção civil: criação, execução e uso da edificação.
Com o Grupo Multidisciplinar, deu-se início à construção de parâmetros sustentáveis que
atendessem a realidade do projeto (conceitos: filosóficos e técnicos, recursos e prazos) e
que despertassem reflexões e questionamentos sobre o termo sustentabilidade, tão
banalizado e deturpado atualmente. Na prática da construção civil, dentro de uma visão
mais ampla, o projeto Nova Sede realiza ações de corresponsabilidade socioambiental, que
englobam as equipes que participam dessa ação e a comunidade ao redor, com o intuito de
sensibilizar e educar.
Mesmo com todos os cuidados tomados desde o princípio, por essas e outras questões, a
Vina não se surpreendeu, de certo modo, com os diversos “impactos” sofridos, que
prejudicaram, de diferentes formas, a execução do projeto. Ficou clara, mais uma vez, a
dificuldade em unir teoria e prática nesse setor. Por outro lado, estes “impactos”
trouxeram a oportunidade de reflexão em diferentes aspectos dessa experiência. Em
vários momentos, o negativo se tornou positivo e as barreiras se tornaram elos.
Por tudo isto, para a Vina e para a equipe multidisciplinar responsável pelo Projeto Nova
Sede, apesar de todas as insustentabilidades apresentadas, o projeto continua sustentável,
por agregar valores socioambientais que nos levam a novas reflexões sobre a inversão da
atual lógica econômica, tecnológica, política, social e ambiental.
O conceito e a intenção que norteiam esse projeto, independente dos erros internos e
externos que ele possa sofrer, são positivos, capazes de despertar questionamentos,
mudanças e transformações...
Fica o convite para a reflexão:
“Não é a economia que é mais importante que as pessoas, e não são as pessoas que são mais importantes que o planeta. É o inverso.
“Se a gente quer atingir a sustentabilidade, a gente tem que inverter o eixo¹.”
¹ Trechos da palestra de Hugo Penteado, economista, no TEDx Amazônia 2012.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=RfFnSp4fa94
Retrospectiva de fotos do lote
Maio / 2008 Agosto / 2008
Setembro / 2009 Julho / 2010
Maio / 2013
Agosto / 2011
Anexos, documentação e relatórios
- Relatórios: solicitados na carta inicial (depoimento)
- Custos (estimativa e comparação– ainda em estudo pelo Depto. Socioambiental)
- Lista dos documentos disponíveis para consulta no Departamento/VINA
- Referências Bibliográficas (pegadas ecológicas e outras informações: biólogos,
engenheiros, estudos, etc.)
Contatos
- Endereços e contatos das empresas contratadas.
Paulinho e Renato: completar endereços de todos os fornecedores que vocês acham que
devem entrar nessa documentação.
Lilian: pesquisar o endereços na documentação
AMN Brasil
Av. Nelio Cerqueira, 547 - Tirol - Belo Horizonte - MG
Telefone: (31) 3382-7307 / 33210998 | E-mail: [email protected]
Green Gold
Monte Verde
Ficha técnica
Pessoal,
Estamos ainda organizando essas informações. Favor completar os dados
profissionais da maneira que acharem mais adequada. Sugerimos que o número
do conselho de cada profissional seja registrado, como também os contatos,
e-mail e telefone.
Grupo NOC – Novos Olhares Sobre a Construção e o Cidadão, coordenado pela Profª.
Maria Teresa Paulino Aguilar, da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas
Gerais – UFMG. Esse grupo de estudo vem desenvolvendo pesquisas em tecnologias
limpas, repensando o que é meio ambiente e o que é sustentabilidade, partindo do
indivíduo para a sociedade, com foco na educação.
Arquiteto – Márcio Pita,
Biólogos – Beatriz Dias, Juliana Barata, Marcell (Marco Túlio?), Leandro.
Engenheiros – Carla, Teresa
Equipe Vina – Claudia, Renato, Juliana Foini, Élida Murta, Lika, Cíntia Mendonça,
Fernando, Depto Socioambiental,
Ekofoot – impressão a base de cera
Trabalho Conjunto Vina / UMEI:
Vânia e equipe
Cristina
Circo em Cena
Circuriá
Adelsin
Grafiteiros
Sônia Rocha