Dossiê cristão

Dossiê Cristão- prova4.indd 2 22/09/2014 14:41:04

Luiz Andreoli

São Paulo / 2014

Dossiê CristãoO segredo para mudar a sua vida


Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (Decreto Legislativo no. 54, de 1995)

Andreoli, Luiz.Dossiê Cristão / Luiz Andreoli – Mococa, SP : Ágape Editora, 2014.

1. Andreoli, Luiz 2. Memórias autobiográficas 3. Vida cristã I. Título.

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Índices para catálogo sistemático:1. Cristãos : Memórias autobiográficas 277.3083092

Coordenação Editorial Nair Ferraz Diagramação Efanet Design Gráfico Capa Monalisa Morato Foto de capa Roberto Andreoli Texto de contracapa Ana Flávia Andreoli Preparação Equipe Novo Século Revisão Denise de Camargo

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

2014IMPRESSO NO BRASIL

PRINTED IN BRAZILDIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À ÁGAPE EDITORA LTDA.

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Copyright © 2014 by Luiz Andreoli


Este livro foi feito e dedicado ao meu primeiro amor,

Jesus Cristo.


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CONHECI o Luizinho pelos idos dos anos 1980, na antiga TV Globo que, aliás, se escondia debaixo do minhocão, na tradicional avenida São João, no bairro Barra Funda, em São Paulo.

O apelido do moleque (engraçado, todos nós éramos moleques) era Bonitão. Olha que fazia jus o Luizinho ao ape-lido de cabo a rabo! Nos seus um metro e oitenta empinados em cima de um corpo esguio, falava muito, sempre disposto a ajudar com seu sorriso largo e meio nervoso, escancarado no rosto. O que chamava mesmo a atenção eram os olhos verdes, que pareciam emprestar o espírito de gaia mostrando a floresta simples e ao mesmo tempo fantástica (as florestas são assim) da sua alma. Nós crescemos, São Paulo cresceu, a Globo trocou o endereço acanhado para mudar para a casa grande da Berrini. O Luizinho parece ter parado no tempo.

PrefáCio


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Graças a Deus, mudou pouco, menos do que ele pensa. Os bons de coração são assim. Mas o que mudou, claro, foi para melhor. Ele me diz por e-mail (o computador nos une tão rapidamente quanto nos separa) que foi Cristo quem ope-rou essas alterações na sua vida. Só pode ter sido! Deus esco-lheu um canto, na época esquecido do mundo, a Judeia, para no corpo de Maria encarnar o verbo da Tríade Divina e fez seu filho a nossa e Sua semelhança. Do nascimento, a morte na cruz e Seu renascimento, a explosão de fé provocada por Cristo converteu impérios, dobrou mitos aos homens que se intitulavam senhores do mundo e derramou a fé por mi-lhões de lares através dos tempos. Os que tentaram explicar o Cristo histórico, como homem, falharam, pois poder Divino não cabe em meras palavras. Os que tentam negá-lo, cada vez mais, provam Sua existência, pois até para eles há o princípio dos ensinamentos do pai através do filho: o perdão. Cristo para mim é vida, é a paz verdadeira, que não se aprisiona em definições, explicações nem total conhecimento humano. Acredito, pois tive provas. Acredito porque bilhões tiveram provas. Acredito porque simplesmente acredito. Pena daque-les que não acreditam. Quanto a este livro, é mais um relato de como o poder Divino opera em nossa vida. Quem o escre-veu, a prova merecedora de que Deus fala pelos humildes, foi meu amigo, o Luizinho. Vale a pena ouvir sua história, afinal, Cristo foi o maior contador de histórias de todos os tempos. Contou quem somos, por que viemos e para onde vamos. E o autor destas histórias foi simplesmente nosso criador.

José Luiz DatenaJornalista, locutor esportivo e apresentador de televisão.


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MINHA vida de adolescente foi um filé. Garoto bonito, se-gundo os mais chegados, tive quase tudo nas mãos. Morei em bairros nobres, sempre frequentei casas noturnas famosas e restaurantes da moda.

Meu pai, o verdadeiro Luiz Andreoli, era médico. Traba-lhava muito, mas era recompensado financeiramente. Outras épocas, em que ser médico era ser respeitado.

Dona Gerusa, minha mãe, apesar da condição financei-ra privilegiada, passou a eternidade na cozinha. Fazia pratos e mais pratos para agradar ao maridão e à família toda. Aliás, a família se esbaldava na piscina. Era servida na boquinha, e depois ia tranquilamente para casa, sem lavar um copo sequer.

Tenho dois irmãos: Rosangela e Roberto. Este seguiu o caminho do pai, e a Rosangela escolheu marketing. Mas isso foi bem mais tarde. Eram poupados de quase tudo, na área

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o Dossiê Cristão


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financeira. Uma área tão restrita que só eu e meu pai tínha-mos a chave.

Meu pai, médico como falei, não se ligava em religião, mas sempre teve um respeito especial para com Deus. Eu também.

O tempo passou, as vacas gordas também. Comecei a trabalhar, e duro, na TV. Naqueles tempos, não tinha moleza não. Lembro-me de que, na Globo, cheguei a ficar seis meses sem um dia de folga. Reclamar? A resposta estava na ponta da língua dos editores e chefes: “Vá trabalhar num banco, que tem dia e hora marcados”. Não era isso que eu queria?

Misturado ao trabalho árduo, estava o outro lado da TV, em que a vaidade comanda. O glamour das noitadas, mulheres, bebidas e outras coisas que fascinam a todos neste mundo. Combinações bombásticas em meio a casamentos e idas ao Jockey Clube. Cavalos lentos, mulheres rápidas. Já não ganhava muito, e, frequentando lugares assim, os tempos ficaram ainda mais bicudos. Graças a Deus nunca me viciei em bebidas nem em drogas pesadas. Só no cigarro, que tam-bém é uma droga. Fumei durante a minha vida toda e me livrei da morte depois de uma pneumonia dupla. Quase bati com as dez. Mas, nos próximos capítulos, vou contar melhor essa história de fumante. Vale a pena para aqueles que insis-tem em botar o veneno na boca.

O engraçado é que algo sempre me faltou na vida. Um contato maior com Deus. Mas eu tentei. Depois dos trinta, comecei a peregrinação para achar um lugar onde eu pudesse ter respostas divinas.

Passei por tudo. Catolicismo, espiritismo, candomblé, fora os adivinhos, cartomantes etc.


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Nunca encontrei nada que provasse a mim que Deus es-tava naquele lugar. Sentia um negócio esquisito. Entregava-me àquelas crenças, mas os resultados eram paliativos. Depois de três casamentos e três filhos, as responsabilidades foram au-mentando. Mas as brigas com a carne também. Nunca fui santo, sempre gostei da luxúria, por isso me envolvia em encrencas e mais encrencas. Mas do que eu precisava? De um remédio que não existe neste mundo? De um terapeuta, um psiquiatra?

UM ERRO PODE VIRAR UM ACERTOMuitas coisas com que sonhei na vida e não consegui

obter me deixaram frustrado naquele momento.Mas depois de certo tempo, fui ver que era uma tre-

menda furada. E isso aconteceu muito na vida e ainda acontece. Com você é a mesma coisa? Penso que sim. Te-mos, às vezes, certeza de que estamos na estrada certa, mas damos de cara com o fim da linha.

Mas tenho uma ótima notícia para lhe dar! Não é o final da linha e nunca será, se você estiver caminhando ao lado de Cristo. Por quê? Porque Ele nos dá a garantia de que, no final, tudo vai dar certo. Veja este versículo do Livro Sagrado:

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. (Rm 8:28)

Agora você já sabe que o caminho que você percor-reu errado pode levá-lo a uma grande estrada rumo à vitória. E Ele afirma que todas, e não somente algumas coisas, cooperam para bem. Então nunca pense que deu errado. A história da sua vida não terminou!


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