Dos Contos As Crônicas

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PRÓLOGO Este é um livro de resumos de mim.Em meu blogue tenho uma página chamada: " O Diário de Machine",o meu diário virtual onde sempre coloco como costumo dizer São Doses

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PRÓLOGO

Este é um livro de resumos de mim.Em meu blogue tenho uma página chamada:" O Diário de Machine",o meu diário virtual onde sempre coloco como costumo dizer São Doses

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Diárias De Mim ,ali vão meus adágios, sentimentos,emoções que acabam ora transformados em crônicas,poesias ou contos de terror.

Esperem que apreciem no fundo cada conto, crônica ou poesia são detalhes deste meu eu tão intenso e complexo. Não tenho medo de julgamentos ou suposições do mostrar como é a minha montanha russa interior, afinal essa sou eu, Danka Maia, La Dama Machine, ou melhor, somente mais um ser humano no mundo.

Boa Degustação!

Danka Maia

APRESENTAÇÃO

A Menina Que Não Tinha Saudade-Poesia Cuidar De Mim- Poesia A Tempestade-Poesia Memórias De Uma Gordinha Em Apuros -Crônica As Cinco Loucas - Crônica Percalços - Crônica Esquecer de Viver - Poesia Tudo Que Deveria Ter Falado - Crônica Invasão - Poesia A Foto Das Almas - Conto de Terror A Condessa De Gelo - Conto De Terror Mulher Desaparecida Encontrada Em Apartamento - Conto De Suspense Hangra Reis & O Menino Da Luva Vermelha - Conto De Suspense A Cigana- Poesia Frustração-Poesia CRÔNICAS DE MACHINE A Porta- Crônica Eu Tive Medo- Crônica Minha Vida Com Você- crônica Uma Omelete Feita por Você-Poesia Felicidade Crônica- Crônica

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A Menina Que Não Tinha Saudade-Crônica Os Cacos Que Só Você Tem crônicas TENHA MEDO- CONTOS DE TERROR A Dama Da Avenida A Dama Da biblioteca A Presença A Manifestação Nunca Dance Com Estranho Depois Que As Luzes Se Apagam O Mal Recebe Convite A Mulher Do Véu Uma Mesa Para Dois

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Meus dias andam literalmente dolorosos. Eu acordo e vou dormir acompanhada de tórridos problemas, e ainda tenho que dormir com os tais, porque invadem os meus sonhos, ou seja, além de fantasmas são vândalos! Ah mais quem não tem problemas na vida Machine? Sim, todos, aliás, sem eles a vida seria demasiadamente sem graça. Mas tem hora que cansa sabe? É comida do cachorro, é a luz que apaga e eu perco tudo que estou fazendo, são as dores no meu corpo devido o problema de saúde que tenho, é a chata da minha irmã perturbando a minha mãe, é a minha mãe esquecendo que digo para ela não ligar para perturbações do porre da minha irmã.Na boa? Como cansa!

E só me resta o meu mundo. Onde crio, escrevo,vivo tendo ideias vinte e quatro horas por dia, e adoroooooooooooo! No entanto, acho que vou arrumar um namorado! Mas penso, e se for arrumar mais uma dor de cabeça? Acabo deixando para depois. Porque homem é muito bom, porém,aff!

E tive poucos amores, mas todos foram intensos e duradouros. Mas outra fora disso!O que queria mesmo hoje é compreender porque a vida às vezes nos coloca contra parede literalmente e você se sente sufocado, perdido, desorientado feito uma barata tonta. Desestimulante. Necessário? Sim, faz parte do jogo. Às vezes penso se tudo que faço realmente me levará para algum lugar. Se tanto esforço vale a pena. Não é curioso como tudo isso em algum momento nos atinge a todos sem exceções? E ao mesmo tempo naquele instante nenhum de nós tem uma resposta pronta para isso. Às vezes me sinto como se não existisse, e confesso que não sei o que é pior, não existir ou ser ignorada. E com esse dilema fecho o diário por hoje.

E foi assim que tudo começou...

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Ninguém nunca se importou se era cedo ou tarde feito o dia. Ninguém nunca se ocupou se ela mesma existia, Ninguém jamais perguntou se ela se quer comia.

Assim seguia a vida. Podia ser em casa, Podia ser na vida, Podia ser na rua.

Até mesmo na escola, Ninguém nunca sabia.

Mas chegou a hora enfim, Que a vida não avisa.

Procuraram na escola

Procuram na rua Procuram em casa

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Procuraram na saída Agora se tornou tarde,

E passado virou lembrança, Sentiram falta do que nunca viram como nada.

É verdade? Sumiu Shangrilá?

Um rosto curvou-se consentindo. Sim. Sumiu a menina que nunca estava lá.

Hoje está um friozinho gostoso em Saquá City. Amo o frio, embora ele desagregue quando em demasia, eventualmente acolhe tanto pessoas quanto sentimentos. E ai fiquei pensando a respeito, com é bom sentir-se acolhido, sentir que por algum momento a sua carência é suprida, seja com uma mera xícara de chocolate quente, um cafezinho ou um abraço. Eu não me dou muito o direito de ter carências, não que não às tenha, afinal sou humana, estou suscetível a elas. Porém, a vida me impetrou muito cedo a necessidade de ser forte e corajosa, e como tenho inclinação para acabei me arrematando e adorando ser assim. Mas, hoje eu mudei. Quero me dar o direito de ao menos nesse dia deixar que cuidem de mim. Seja os Céus, minha mãe, amigos, amores ou simplesmente eu. Hoje eu vou cuidar de mim.

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Preciso entender que a minha alma não volta No dia em que me deixar,

Preciso alcançar que a vida me quer aqui, Nem ali, tampouco lá.

Que o amor que embora de outros, Careço ter de mim para o despertar.

Sim, eu vou, às vezes é hora de se matar. Matar saudades, Matar rancores,

Matar dores, Fazer assim,

Então eu vou...

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CUIDAR DE MIM!

Ai que a tristeza faz parte do assunto de vez em quando...Poucas coisas me entristecem, poucas mesmo.Sou do tipo que não gosta de reclamar, lastimar minhas dores, desgostos ou sentimentos.Nada contra quem faça ou entenda isso como solução,só que para mim não funciona.Gosto da praticidade,porém tem minudências em nossas vidas que fogem completamente de nossas mãos como água.Talvez este seja o aprendizado em questão, compreender que é impossível.As mãos atadas tem uma vantagem,seus pés se tornam mais fortes porque precisam fazer com que caminhe mais rápido,para sair da situação e mais ágeis para que desempenhem o que suas mãos não podem.Logo,você está mais fortalecido. E sabe Diário, não falo de teoria, é de experiência mesmo. Levo tantas pancadas que acho que por isso Deus me fez rechonchuda se fosse magra já tinha sido conjugada no passado do verbo ser:Eu era. Deixo um poema que fiz e amo...

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Eu venho vento, eu venho tudo! Reviro o mundo, crio caso.

Eu te completo E te desfaço,

Para isto? Só careço de um mero segundo.

O teu telhado,

De vidro quebro, De telha acabo,

De emoção vivo, Eu sou o que ameaço.

E tu imploras,

E rogas a minha ida, Mas de partida,

Jaz nos teus olhos, Eu te invoco,

Porque te preciso,

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Amada minha.

Te dizem sei, Tu és um louco!

Sou Dona da tua voz, Dos teus desejos submetidos aos meus pés.

És meu capacho? Tu negas, Relutas,

Empenhas, Mas sabe que és.

No meu mar não há ondas,

Sou eu quem as faço, No meu caminho não há raios,

Sou eu quem os traços, A minha voz é rouca,

A tua fica louca, Quando sente-se aos meus pés.

E o vento, Este sucumbe,

Ah não te deslumbres, Posso ser tua amiga,

E sei ser a tua perdição. Sei virar tua cabeça,

E posso te levantar do chão, Eu tenho idade?

Endereço? Sou novidade?

Não. Eu tenho nome e sobrenome: SOU TUA TEMPESTADE!

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Praticamente passei a minha infância em volta dos meus primos. Todos meninos,apenas eu era a garotinha entre eles.O maneiro era que além de representante do sexo feminino e também era a mais velha, então permeava ali, entre me protegerem uma vez que era a "mocinha" e mais "velha" do clubinho, que intitulei como "Os Quatro Cavalheiros do Apocalipse".Na sua formação inicial, eram eu, Anderson, Elizelto e o Joran.Nossa, como nós aprontávamos! Sempre fui mais ligada ao caçula até então que era o Elizelto, tinha por ele um carinho misturado com cuidado, uma vez que era o mais novo. E o mais legal de nós quatro era como nos protegíamos. Lembro sempre de nós quatro sentados na varanda da casa da minha avó com as perninhas balançando no muro, já que os pés não chegavam ao chão, pensando qual seria nossa próxima aventura logo dor de cabeça para os nossos pais. Cismamos então de primeiro esperarmos vovó dormir, soneca que era sagrada após o almoço, e resolvemos mexer com as galinhas delas atrás da casa. Detalhe, ela já havia nos comunicado que não chegasse primeiro porque uma das penosas tinha "tirado" os pintinhos e embora fosse uma ave estava brava como uma leoa.Caramba, fecho meus olhos e posso escutar a voz da minha saudosa vózinha dizendo:

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_Olha vocês não vão mexer lá não, heim! Estou avisando, hã! Mas quem falou que criança liga para conselho de adulto. Aliás, quando crianças temos o tal "Bichinho do contra".Se te mandarem para direita, é para lá que quer ir, se falarem para ir para a praça,não quer de jeito nenhum.E naquele dia não foi diferente. Rodeamos a casa com maior cuidado nas pontas dos pés, o curioso é que embora o Elizelto fosse o menor, sempre foi o mais ágil, esperto, parceiro de crime perfeito, e ele conhecia toda procedência metódica da vovó. Então a fila seguia Elizelto, Joran, Anderson e por fim eu. Tínhamos uma técnica, se algum adulto nos pegasse no flagra pelas costas, nos safaria porque eu era a mais velha e sendo menina não podia ser algo tão cabeludo assim, e se fossemos pegos pela frente,tinha o Elizelto, que por ser o caçula daria o tom que não era nada demais. Resultado? Fomos cutucar as tais penosas. Recordo que cada um estava com uma vara de goiabeira para futucar a pobre mamãe. Na primeira cutucada, ela gritou. Morremos de rir. Na segunda, gritou e levantou. Rimos mais ainda. Na terceira, lá fui eu a gordinha imbecil que deu o maior safanão na coitada da galinha com os filhotes no ninho. Só que aí deu zica. _Ih!-Berrou o Elizelto com uma cara nada boa. - Melhor sairmos daqui. E eu a prosseguir achando aquilo o máximo. Porém, a senhora penosa levantou tanto as asas que achei por um segundo que estava lidando com um avestruz de tão gigantesca a figura. _Por isso!!!- Gritou o Elizelto. - Vamos sair correndo que vai vir com tudo para cima da gente! E não deu outra.A galinha saiu tão possessa do galinheiro que nem o pastor ou padre daria jeito nela. E a confusão se instalou. Corríamos feitos loucos o quintal inteiro da vovó, e olha que era imenso. E quanto mais corríamos mais a dita-cuja abria as asas e desatinava atrás de nós. Lá pela terceira volta, já não aguentava mais. Além de gordinha sofria de bronquite, por mais que você queira cadê o tal do fôlego? Joran então teve uma ideia formidável. Danou a berrar para geral: _Vamos subir no pé de mangueira! Na primeira volta ele e Anderson conseguiu. Na segunda consegui jogar o Elizelto para cima, e na terceira fiquei na pista! Por mais que apetecesse, e eles me dessem as mãos para me puxar para árvore no meio do quintal, não tinha forças ou sopro. Aí pedi arrego, corria e gritava: _Socorroooooooo!!!!!!!!!Vovó Socorrooooooooooo!!!!!!!

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E lá veio minha avó com um cabo de vassoura na mão desesperada sem saber direito o que estava acontecendo. No entanto quando viu a cena, juntou-se a dura lida: Eu, a galinha atrás de mim e a vovó atrás dela com a vassoura. E enfim, fui salva daquela penosa de uma figa. Me livrei dela, não da bronca da vovó, do castigo dos meus pais que se resumiu a uma semana sem poder nos juntarmos outra vez. Naquele tempo ficar uma semana sem eles era um infinito para mim. Hoje somos adultos, cada um vive suas vidas,mas decide neste domingo de páscoa trazer essa peripécia.Porque por mais que a vida tenha nos separado, nossas lembranças jamais serão, e no fundo é isto que vale. Decido aos meus primos: Elizelto, Joran, Anderson, Vitor, Washington, Leonardo, Marcelo e em memória da minha amada avó Maria Dolores Bispo,que saudade de não poder sua canjica com amendoim. Aproveitem suas famílias, a gente nunca sabe quando vai acabar, mas quando acaba tudo que resta é a lembrança e a saudade.