Done Zine #8

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Independente desde criancinha #8

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Última edição em papel do zine Done, com: Nordeste, Fluid (Venus Volts), SuperDrive, F-Records, Low Dream

Transcript of Done Zine #8

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Done Zine chega à sua oitava edição após venceu a etapa. Parabéns a todos!!. Torcemos um ano sem nada impresso. Dias difíceis tiram muito para que o mundo possa cada vez a inspiração e o tempo para por os sonhos pra perceber o valor de bandas que tocam com o fora. Por isso mesmo talvez esta seja a última coração e alma. Esperamos que o mundo seja edição. É. Não tenho encontrado inspiração mais verdadeiro e mais barulhento!!suficiente para preencher este espaço. Por isso também é que os próximos passos da Matando a saudade de uma banda que música independente nacional dirão se estas colocava a alma em suas guitarras, tem uma páginas continuarão ou não. A música entrevista com Giuliano (ex-Low Dream), hoje independente vibra? Sim, vibra mais do que dedicando seu tempo à música eletrônica e nunca, mas não por causa de um festival dito conhecido em Brasília como Dj Hopper.incentivador de rock - é claro que ações menores valem muito mais e fazem vibrar É isso. Aproveite e role com muito rock, mui to mais intensamente os corações rock, rock, rock! É isso que importa. Ele nos daqueles que acreditam que rock - rock fará viver para sempre!mesmo - é feito com alma. Se os próximos

“Obrigada aos pais desencorajadores de toda a parte ventos trouxerem boas novas pode ser que por darem a seus filhos a vontade de se mostrar” Done Zine inspire-se e continue a viver. Por

(Kurt Cobain - Mais Pesado que o Céu)enquanto estas páginas bastam. Talvez algumas mais - se o tempo permitir - façam homenagem a gente muito querida. Mas só ele

Márcia Raeledirá.

---------------------------- Enquanto isso, aproveite as linhas desta Done Zine #8 - abril 2005edição, que traz uma entrevista com

Francesco Coppola da F. Records, contando Edição: Márcia Raele/toda sua dedicação ao mundo subterrâneo. O Colaboração: Rafael Martins.mundo precisava de mais pessoas como Ouvindo: Smashing, Interpol, Cramberries, Francesco. E não com menos empenho, Chamelons, Placebo, Dover, Ride, Polara, The temos pessoas fazendo o rock rolar nos quatro Killers, principalmente muito muito muito muito

Smile Like You Meant It, etc etc.cantos deste país e o Nordeste é um dos que merecem atenção redobrada - muita qualidade

Obrigada a todos que mandaram materiais, saindo das terras quentes. SuperDrive daqui escreveram e incentivaram a continuação deste esteve por lá e confirmou pessoalmente o que trabalho. Obrigada a Rafael Martins pelos textos e

estou falando. pela insistência na conclusão. Obrigada André e Dimi, sempre, pelas inspirações e capas.

E por falar na banda mais powerpop do Brasil (hehehe), eles tocaram na abertura do Placebo, aqui em Campinas, junto com os Contatos com este zine: [email protected]

End.: Rua Dr. João Valente do Couto 644 Cep: enérgicos do Violentures, também de 13080-040 Campinas/SP F: 55 19 3209.0434.Campinas, e mais Volpina (Sorocaba), que

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FIM

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Imagine a seguinte situação. Você está em Recife, vai ter show da Pitty com Charlie Brown Jr e Crissie Hindy num grande centro. Diante deste cenário, o que uma banda popwerpop vinda de Campinas (SP) poderia esperar de um show que aconteceria na mesma cidade? “ Vai ser um desastre total”, pensou pessimista André Biagio, vocalista do SuperDrive, que estava fazendo sua primeira viagem longe de casa, visitando Recife e João Pessoa, em novembro de 2004.O que André não imaginava é que o contraste seria uma realidade por toda a viagem e por isso lhe reservaria grandes e felizes surpresas. “Eu estava pessimista, sim, mas ao mesmo tempo, só o fato de ter um show marcado no nordeste já estava me deixando muito feliz”, conta.O SuperDrive é uma banda powerpop criada em Campinas, tendo como atuais integrantes André Biaggio, Armando Turtelli (Ex-Astromato), Jaiminho e Veio (ex-Concreetness). Estão

divulgando seu primeiro capital pernambucana, na trabalho, intitulado Driving boate Ultra. “De certa forma, Music, que saiu pela sabia que iria acontecer e Musicland, um selo do NE e o encontrar coisas boas por lá, qual organizou a excursão da porque um lugar que tem banda pela região. uma banda como Vamoz! só Foram dois shows marcados. pode produzir coisas legais”, Em Recife, a apresentação relembra André. No contraste aconteceu em local oposto ao de um centro antigo com uma das grandes estrelas. Não balada de rock em frente a com menos brilho, mas com uma casa de frevo. Este foi muito mais emoção, pode ter um cenário que fez a noite da certeza, o SuperDrive festa alternativa “Fora do Ar”, encontrou um público de realizado há três anos e que aproximadamente 150 apresentou também a banda pessoas no centro antigo da Mellotrons (PE).

Viva o Nordeste detodos os gostos - incluindo o Rocker!

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Márcia Raele

SuperDrive

Foto: Márcia Raele

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A turnê do SuperDrive pelo Nordeste, divulgando o lançamento do CD Driving Music, é apenas uma breve demonstração da boa vontade, talento e capacidade das bandas e pessoas envolvidas no rock independente dessa região brasileira. Um amigo certa vez comentou que “ser independente nos grandes centros como SP e Rio de Janeiro já é difícil, imagine no NE”. Difícil é sim, como em qualquer parte do país ou do mundo. Mas algumas pessoas de lá têm comprovado que com organização e força de vontade e, principalmente, amor pelo rock, é possível estruturar grandes projetos. É sinal de um Nordeste independente e forte, ao contrário do que muitas pessoas pensam ou desejam. Vamoz! (PE), Meltrons (PE), Rádio de Outono(PE), The Automatics(RN), Montgomery(RN), Musa Junkie (PB), Back Stage (RN), Honkers (BA) e para citar a querida e respeitada Brincando de dEus, também da Bahia, entre outras tantas, comprovam que o barulho rocker de qualidade está presente em qualquer parte do mundo, inclusive no Nordeste brasileiro.

Driving Music

Honkers

Foto: Márcia Raele

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O SuperDrive foi a Recife desfalcado de seu baixista e baterista, mas encontraria lá dois colaboradores que não decepcionaram - o

“Fizemos apenas um ensaio antes do show e foi muito bom. Fiquei impressionado porque nunca tinha visto eles antes, mas os dois sabiam todas as músicas e as tocavam muito bem”, diz André. “Nosso show foi muito legal. O do Mellotrons também apavorou!! Parecia My Bloddy Valentine. Um som muito alto e de muita qualidade. Foi tudo muito bom!”.O dia seguinte ao show de Recife, 5 de novembro, estava reservado para o minifestival que a MusicLand organizou em João Pessoa (PB), em frente a loja de discos Música Urbana. Foi uma verdadeira celebração da música independente, reunindo o SuperDrive com as bandas Rádio de Outono (PE), The Automatics(RN), Montgomery(RN) e Musa Junkie (PB). “De Recife a João Pessoa foram duas horas com paisagens maravilhosas, comida típica e muito sol e rock. Estava super feliz e desencanado. Nunca havia tocado num clima tão bom. Acho que o NE faz isso com as pessoas...”.

baixista Kleber Crocia, também guitarrista e vocalista do Backstage, bem como atual baixista do Radio de Outono, a banda do baterista Gleisson Jones.

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Reza a filosofia oriental que não somos lançado pelos selos Solaris e Geladeira Discos; e independentes, mas sim interdependentes. A sábia fechando tivemos a sensação rock local Dead Nomads, sentença proferida é uma verdade absoluta, que levando a galera ao "pogo" e apresentando algumas comprovamos durante a realização da Mostra de canções do próximo disco.Cultura Alternativa, realizada no ultimo dia 12 de fevereiro no Centro de João Pessoa. Comecei falando sobre o pensamento oriental de

interdependência, atento para o fato que se encaixa muito O evento durou apenas uma tarde no pequeno espaço bem à Mostra de Cultura Alternativa. Para que ela no pátio da loja Música Urbana. Extrapolando as existisse foi necessário a participação de várias pessoas: expectativas, tivemos a presença de fanzineiros, empresários, fanzineiros, artistas, jornalistas, etc. As jornalistas e artistas de Recife, Natal e Fortaleza; além pessoas, elemento principal do evento, determinaram a de um bom público local; comprovando assim a procura direção e a feitura do mesmo. Como a ajuda de cada um por produções e interesse na cultura independente local foi possível realizar a nossa mostra e a continuação e nacional. Gratuita, a Mostra começou depois das 13 depende que essa mentalidade permaneça. Como horas com a exibição de videoclipes e documentários a conclui bem o jovem faneditor e músico natalense cargo da ABD-PB -, destacando o pernambucano “Vinil: Dimetrius Ferreira sobre o sucesso da exposição: A Vida em Rotação” e o pessoense “Rock em João Pessoa, Opus II”. Devido a um problema de entrega postal, não foi possível exibirmos o sergipano “Rock em Sergipe, Esse ilustre desconhecido”, mas que será pauta do próximo evento.

É dever citar nomes de quem produziu, apoiou, Após a exibição de vídeos, tivemos uma significante incentivou e participou com interesse e determinação. explanação sobre fanzines proferida pelo professor Destaco alguns com significância e estendendo o Henrique Magalhães, que é sumidade no assunto, além mesmo a todos presentes que não foram citados: do depoimento feito pela jornalista e faneditora Robério Musica Urbana, Carolina Morena, Ana Bárbara cearense Thaís Aragão, que atualmente dirige a ONG e ABD-PB, Núcleo de Teatro Universitário, Cogumelo, Zinco, e sua conterrânea Fernanda Meireles, produtora Body Art Tatoo, Infect, Vlamir Cruz e sua Mudernage de mostra similares em Fortaleza. Os referidos Diskos, Musicland Records, Marca de Fantasia, Shiko, oradores, numa breve e informal demonstração, Las Luzineides, André Cananea, Adriana Crisanto, explicaram a importância histórica e sua abrangência; o Bergson Freire, Túlio, Edy, Junior Coloral, Padilha, fato social e o teor comunicativo dessa mídia alternativa. Chico Correa, Agda, Fabio Queiroz, Armando Turtelli, Durante toda tarde ficaram expostos fanzines, Renato Ricardo, Made In PB, Dowling, Mauricio Guenes quadrinhos, revistas e livros de vários estados, e revista Galpão do Rock, Thaís Aragão e equipe Zinco, extraídos do nosso acervo e alguns novos enviados Viviane e Coquetel Molotov, Leandro Carbonato e especialmente para a mostra, os quais ficaram à Trama Virtual, Ricardo Pereira, Werden Tavares, disposição pública para leitura. Houve também trocas, Gerador Music, Inject Brasil, Cactus Discos, Leonardo distribuição e até sorteio de algumas publicações. Panço, Kafila, Pelle, Nina Flores, Márcia Raele, Márcio

de Quadros, Poeira zine, Dissonância ezine, Tupanzine, fanzines Gatemouth, Badalhoca, Cecilia Sobreira e Como de praxe, o evento foi encerrado com shows das Geral, Aviso Final, Fúria Urbana, Relicário de Palavras, bandas Backstages, Dead Funny Days e Dead Nomads, Garagem do Rock, Orbe, Father, Replicantes, Intervalo, que, gentilmente, tocaram sem cachê, solidarizando Nozarte, Erro, Done, Feira Moderna, Colateral, Berro, com a proposta da mostra. Abertura por conta da dupla Zona Zine, Identidade Feminina; Nasentocas e-zine, e pernambucana Backstages com seu rock tosco as bandas Dead Nomads, Dead Funny Days e garageiro à base de bateria e guitarra que empolgou Backstages. Aguardem novidades...bastante; na seqüência o quinteto poptiguar Dead Muito Obrigado é Muito Pouco!Funny Days com seu promissor modern-emo-rock,

aproveitando para mostrar seu primeiro trabalho recém Jesuino André (produtor, João Pessoa)

“É ótimo sentir que existem pessoas a fim de fazer a coisa acontecer. Todo o clima de divertimento e paz só deu mais brilho e charme ao evento e foi ótimo conhecer aquelas pessoas”.

Mostra de Cultura Alternativa - NE parte final.Mostra de Cultura Alternativa - NE parte final.

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Quando você montou a F. Records e qual lado de prensar Cds e começar a distribuir era o objetivo? este tipo de material e neste meio estava eu Esta idéia é um pouco velha ou talvez eu é também, outro “louco”. Pra mim era uma que já estou velho de mais, nem sei mais... Em maneira legal, interessante de estar envolvido 95, eu já estava envolvido com música e tal, com a música independente, divulgando ou indo em shows, tirando fotos, começando a trabalhando com música e com bandas, ou, no escrever umas coisinhas aqui e ali, trocando meu caso, uma banda que eu achava cartas com a galera e, em paralelo, meu irmão importante e fazia um som bem legal, enfim, a tinha uma banda chamada Kangaroos In Tilt. parada começou meio que daí. Aí no final de Eles já tinham participado de uma compilação 95, começo de 96 eu criei a Spider Records e chamada Fun, Milk & Destroy com mais lancei o Cd do Kangaroos In Tilt chamado algumas outras bandas e vinham fazendo o Alone. Depois de um tempo acabei mudando o circuito de shows da época, tocando em nome para F Records.lugares que hoje nem existem mais aqui em São Paulo, como Der Tempel, Urbânia, entre Como eram os esquemas de shows, outros...algumas coisas em outras cidades, divulgação nessa época? Existe muita mas nada como existe hoje (pra falar a diferença dos atuais?verdade nem parecido, pois nem internet tinha Como eu disse, naquela época não existia nesta época...). Estavam decididos por gravar nada de nada, entende? Nem internet, revistas um trabalho próprio. Um pouco tempo antes, de grande porte, jornais abrindo espaço para teve uma banda lá da região do ABC Paulista este tipo de som, nada. Intercâmbio com a chamada Cold Beans que lançou um Cd Ep galera somente por carta. É verdade que por um selo independente chamado Short tinham vários fanzines pipocando em diversos Records - foi o primeiro lançamento que rolou lugares que foi o que ajudou a segurar a neste formato Compact Disc, e por pessoas bronca...circuito de shows, esquece... As que não tinham qualquer vínculo com uma loja bandas, selos, pessoas de sites, etc. desta de discos, uma gravadora de médio ou grande geração atual não têm noção do que têm nas porte, ou qualquer outra coisa parecida. Logo mãos. É claro que tem muita coisa a fazer, depois, algumas outras pessoas arriscaram muita coisa ainda a se estruturar, mas com também este tipo de empreitada, entre eles o certeza estamos na época mais produtiva, com Rui do No Violence, o Nenê que hoje é o mais recursos e ferramentas disponíveis para vocalista do Dance Of Days e na época o se lançar, divulgar ou distribuir o trabalho de vocalista do Personal Choice, o Rogério uma banda.“Minhoca” lá de Santos, o Boka também lá de Santos que é o baterista dos Ratos de Porão, O que o selo já lançou?o Phú na época do D.F.C., lá de Brasília, eram Os lançamentos que são poucos, comparados alguns “loucos” que resolveram partir pra este até com alguns selos que vemos por aí. O

Ainda acredito na boa vontade de algumas pessoas, e Francesco Coppola é uma delas. Desde quando o conheci, não faz muito tempo, já vi quantas coisas aconteceram através de suas mãos. Mais precisamente pela F. Records, seu selo que reúne bons nomes do punk e hardcore nacionais e internacionais. Pessoas de boa vontade precisam ser valorizadas, e é por isso que ele aparece aqui nesta entrevista, contando como é o trabalho dele com seu selo.

O selo independente, tosco, mas commuito pra crescer e expandir

Márcia Raele

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primeiro Cd foi um split com as bandas White Frogs de Santos e Ferd Mert dos EUA e se chama Surprise Your Friends e atualmente está esgotado. O segundo lançamento foi o Cd do Bambix chamado Crossing Common Borders + To Call A Spade A Spade que são dois trabalhos em um, e também está esgotado. O terceiro Cd, também do Bambix, se chama What´s In A Name e possui 15 faixas (2 a mais que o europeu) e multimídia com fotos, flyers e dois vídeos. Os dois Cd do Bambix foram feitos em parceria com a K-tions que é uma espécie de selo/produtora de um camarada de longa data chamado Laudo e que foi o verdadeiro responsável pelo primeiro contato com o Bambix pra eles virem pra cá e tal e que praticamente organizou a primeira turnê do Bambix sozinho. Ambos estão esgotados, mas pretendo relançá-los agora em 2005. Depois eu fiz uma compilação chamada Músicas Bacanas para Pessoas Descoladas que teve uma boa repercussão em 2003. Depois veio o primeiro Cd do KiLLi, Contando os Dias. Depois do KiLLi, foi a vez de outro Split (eu chamo de Split, mas muitos chamam de coletânea), o Girls Just Wanna Have Punk, este também junto com a K-tions e conta com seis bandas com vocal feminino. Tem KiLLi, Staples do Rio de Janeiro, Bambix, Fabulous Disaster dos EUA, uma banda muito fodássa da Espanha que chama Dover e the Gee Strings da Alemanha. Em 2004 foi lançado o Cd Colecionando Regras do Tuneful Chaos, de São Paulo. Acredito que a banda vai agradar o pessoal que gosta punk rock, hardcore, rock pesado ou qualquer coisa parecida com isto que curte uns riffs mais trabalhos, melodias mais nervosas, seguindo uma linha com referências que passam por Dag Nasty, All, com algumas coisas mais na praia californiana tipo NoFx... Depois deles um Cd Ep do Fabulous Disaster chamado I´m a Mess. Foi gravado durante uma fase de transição na formação da banda, mas mesmo assim acho um Cd bem legal, curto, direto, cru. Ainda este ano lanço o primeiro Cd delas que atualmente está fora de catálogo até nos EUA e estou vendo pra tentar licenciar os outros dois. O mais recente saiu no finalzinho de 2004 e começou mesmo a ser divulgado e comentado neste começo de 2005 que é o segundo volume da compilação Músicas Bacanas para Pessoas Descoladas e veio no mesmo esquema do primeiro volume, mas como é um Cd Duplo demorou bastante pra sair, teve inúmeros atrasos, contratempos em praticamente todas as etapas do processo até ficar pronto.

Como é a divulgação de todos esses trabalhos?Putz...é um trabalho bastante árduo, mas é uma etapa obrigatória. Após o lançamento de um determinado Cd, são enviados promos para diversos websites, revistas, fanzines, alguns “formadores de opiniões” que no geral são jornalistas e músicos, entre outros... é claro que dentro disto acabam por ocorrer algumas portas fechadas, mas acontece... o lance é não desistir, correr atrás e sempre manter a persistência e a vontade de crescer com o selo e trabalhar da melhor maneira possível com todas as bandas...

E sobre a parte financeira... Como sobrevive a F Records? Dá algum tipo de lucro?Geralmente o que vem de um Cd é investido em outro e assim vai indo. É claro que neste processo tem que tirar alguma coisa pra pagar as despesas com fone, internet, correio, transporte, entre outros... mas como em todo negócio independente do ramo de atividade isto faz parte...

Dos trabalhos que a F. Records já lançou,

Fabulous Disaster

Foto: Divulgação

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qual o que deu melhor resultado? Tem uma estimativa em números?Com certeza o KiLLi. Já foram 3 prensagens de mil cópias cada uma, e em breve farei uma nova e mesmo assim acho que não vai parar por aí, pois a banda está com uma repercussão bastante positiva de norte a sul do Brasil...

Você acha que existiu algum marco importante dentro da cena independente brasileira que ajudou a consolidar este espaço ou mesmo que tenha te inspirado a fazer o trabalho que faz hoje?Não diria um marco importante, mas uma etapa a qual eu considero bastante importante foi o lance de vários selos independentes terem conseguido uma distribuição um pouco melhor através do interesse de alguns distribuidores que colocaram nossos Cds nas lojas virtuais conhecidas como “ponto.com” que são a Submarino, Saraiva, Americanas, entre outras. Estes mesmo distribuidores também estão, aos poucos, conseguindo colocar Cds em espaços físicos

como FNAC, Livraria Cultura, entre outros. É evidente que ainda falta muito dentro disto pois não é todo mundo que tem computador, acesso à internet, mas sem dúvida esta etapa foi um importante passo à frente...

Quais os próximos passos e lançamentos da F. Records?Um dos próximos lançamentos é o primeiro Cd do Arsenal, outra banda aqui de São Paulo. Atualmente estão gravando o Cd que tá ficando legal e ainda não

tem previsão do lançamento. Devo começar a trabalhar no volume 3 do Músicas Bacanas e pretendo novamente fazer um Cd Duplo... só estou esperando finalizar a divulgação do volume 2. Pretendo lançar mais Cds do Fabulous Disaster no Brasil (o primeiro Cd delas chamado Pretty Killers que atualmente está fora de catálogo já está fechado pra sair aqui). Também gostaria de fazer um trabalho mais abrangente de divulgação que pudesse atingir mais cidades do interior do Brasil em geral, além das regiões Nordeste, Centro-Oeste e principalmente Norte...Acho que é isto... agradeço por este importante espaço pra poder divulgar o trabalho que vem sendo desenvolvido. A F. Records é um selo independente, tosco, que ainda tem muito o que crescer e expandir. Valeu!

F. Records Caixa Postal 20208 CEP 04035.990 São Paulo/SP [email protected] - www.frecords.net/www.fotolog.net/f_records

Primeira impressão

Bar do Zé, domingo de carnaval, começo de noite; seguir em frente sem a presença do vocalista Pedrão. primeiro show da banda Facínoras. Mas o que se viu foi uma tempestade de microfonia Logo de cara vejo um dos guitarristas da banda bem aproveitada com, ao mesmo tempo, uma certa avisando um amigo: “não vai esperando muita coisa, suavidade emanando dos vocais ora calmos ora é nos so pri mei ro sho w e nós qua se não gritados de Rodrigo e Célia (os dois citados acima).ensaiamos...”. A banda se completa com o baterista Salomão (ex-Porém o que se viu foi um show de estréia Suite Numeber Five) e o guitarrista Matheus, que memorável! Tirando o começo que acho que foi mais literalmente comeu uma corda da guitarra!!!uma passagem de som com Passenger do “tio” Iggie. Resumindo, é show pra ver e ficar “chapado”. Algo Na opinião desse que escreve, a banda anterior de como se os Pistols e o Sonic Youth estivessem dois dos integrantes dos Facínoras, o Grease, foi sem tocando ao mesmo tempo e no mesmo lugar.sombra de dúvida a mais brutal, visceral e original banda a aparecer por aqui, e seria uma difícil tarefa (André Biaggio)

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Outrageous Cherry - Out There In The DarkMais uma vítima do PychoCandy(1) do Jesus and Mary Chain(2), com certeza as Outrageous Cherry passaram tardes cinzas ao som desse disquinho triste de doces canções barulhentas que tanto influenciou a partir do seu lançamento. Mas as Cherry foram além e descobriram que o barulho provinha da instituição Velvet Underground(3) e a doçura, das harmonias de açúcar dos Beach Boys(4), e mais: acrescentaram a psicodelia do Pink Floyd(5) com o lisérgico Syd Barret(6). Mas para uma resenha rápida, imagine um Syd Barret que logo após ser escurraçado no Pnk Floyd, mas ainda conseguindo ter o mínimo de autocontrole, ressurgisse em Glasgow (Escócia) em 84 com Moe Tucher(7) na bateria e Sterling Morrison(8) na guitarra. É isso mesmo, se a Outrageous Cherry tivesse surgido naquela época teriam ajudado a criar a Classe 86(9) e se tornado clássica, pois elas não parecem influenciadas por aquele período, mas pertencer a ele. Tanto que foram contratados pelo caça-talentos Alan Mcgee(10), ex-Creation(11) e atual Poptones(12). Aliás, profissão ingrata deve ser esta do Sr. Mcgee, pois hoje em dia certamente é muito difícil encontrar uma banda que não soe entediante depois da terceira audição e após decifrar todas as influências. Mas esse cidadão é realmente bom em seu ofício, porque descobriu metade dos figurões da música pop britânica e nos agraciou com esse “novo antigo” e ausente de monotonia.

(1) Disco gravado pela banda The Jesus and Mary Chain em 1985, que no ano seguinte fundou um pseudo-movimento chamado Classe 86 via uma fita K7 do semanário New Music Express contendo bandas com Primal Scream, Vaselines, Pastels....culminando na cena Shoe Gazers no inicio dos anos 90.(2) Banda fundada em Glasgow no inicio dos anos 80 e que encerrou suas atividades em 1999. Mas que abalou a música pop acrescentando vocais preguiçosos sob uma parede de microfonia sem senso de limite.(3) Banda fundada por Lou Reed e John Cale em 65 e apadrinhada pela figura que melhor representa e define a Pop Art: Andy Warhols. O Velvet Underground introduziu em meio ao powerflower o colapso urbano em sua música, transformando-a num caos sonoro inédito até então, assim como em suas letras onde descrevia a sordidez novaiorquina detalhando ao ouvinte orgias homossexuais regadas a heroína e com um tanto de sadomasoquismo.(4) Banda que criou a SurfMusic no inicio dos anos 60, sendo que apenas um membro da banda surfava.(5) Banda que iniciou sua carreira em 65 em meio a pysicodelia da swinging london, mas que se consagrou nos anos 70 com rock progressivo.(6) Ex-guitarrista e vocalista e co-fundador do Pink Floyd, de onde foi expulso antes das gravações do segundo disco, pois, o consumo excessivo de drogas lisérgicas, como o LSD, lesionou seriamente suas habilidades psíquicas, lhe deixando seqüelas até hoje. Reza a lenda que mora em sua cidade natal, Cambrige (Inglaterra), está gordo, careca e limita-se a assistir TV e cuidar do jardim de sua casa.(7) Ex-baterista do Velvet Underground.(8) Ex-guitarrista do Velvet Underground já falecido.(9) Ver nº1(10) Ex-proprietário do selo Creation que lançou bandas como Ride, House of Love, Felt, Super Furry Animals. Com a quebra do selo ele criou a Poptones, que já lançou Cosmic Rough Riders, January, The Paddingtons além do próprio Outrageous Cherry, mas ainda não emplacou nenhuma.(11) Ver nº10.(12) Ver nº11.

Obs: Mas vocês já sabiam disso, não? (Rafael Martins)

Áudio Dica

Mike Audet Standard do pop perfeito.Está aí a Banquet. É um trabalho denso, tenso, Esse trovador, que vem do das prova que fazer boa música e frio e pesado. Mas não em termos de terras geladas do Canadá, tem um continuar no anonimato total não é guitarras altas. O peso em questão é senso de humor impressionante e exclusividade de nosso país. mais como o encontrado nos contos ácido. Toca power pop despojado e (André Biaggio) musicados de Nick Cave com com letras que fazem a gente ---------------------------------------------- int erp ret açõ es emo cio nal men te pensar que ele tem mais de trinta. Dream City Film Club - In The Cold perturbadas e negativas.Dream City Lançou seu primeiro trabalho com Light Of Morning Film Club é indicado tanto pra quem 18 anos! Chamava-se 29 Pictures, O tí tul o e a cap a (u m co rvo aprecia climas lentos e psicóticos, um caminho certo com músicas empalhado sob um vazio branco) já quanto barulho e experimentações grudentas e assobiáveis lembrando entrega um pouco do clima deste Cd leves.um pouco de Matthew Sweet, outro lançad o em 99 pela Beggar s (Rafael Martins)

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O Wry está terminando sua produtor ele apareceu na frente e muito de músicas mais livres parte “barulhenta” do novo o Henrique (The Tamborines) com várias direções nas álbum, o Will Walls Rise, que sugeriu pedirmos a ele. Falei estruturas. Fiquei muito está sendo produzinda por com Gordon e ele então pediu contente com as gravações Gordon Raphael. Sim, sim... pra ouvir umas musicas. Mas como nunca tinha ficado aquele que produziu os dois teve o lance do segundo álbum antes. AIRPORT, SABRINA E primeiros dos Strokes e coisas dos Strokes, ele ficou lá em NY e POWERLESS são as musicas do Kill Kenada. Dizem que o quando voltou mudou-se pra que ele produziu e produziu cara gosta de barulho. A banda Berlin. Então entre um email e bem!!”.conta que escolheu as músicas outro marcamos as gravações. certas pra fazer com ele e que Elas foram super legais, nos isso está sendo uma divertimos e aprendemos experiência e tanto. A seguir, as bastante. Ele tocou em duas palavras do próprio Mário sobre músicas, o que mostra seu a experiência: “Sempre interesse ou porque gostou do encontrávamos o Gordon em som ou porque gostou da gente. pequenos shows ou clubs, e Se ofereceu pra tocar com a nos conhecíamos de alguma gente quando tocarmos em forma, pois ele tinha nosso lugares gigantes (não sei heart-experience. Quando quando, nem onde!! Hehhehe). estávamos procurando um Tocamos muito alto e ele gosta

By Rafael Martins

Fluid - Mama HatesFluid - Mama Hates

“When the night is over/When the dream is over/Stay/ When the future is not ok/If the money is over/It used to be ok to me/Stay/ Even if I never fit this shoe/If we're always back in blue/Stay/ When my stain is over/ When my cry is over/It used to be ok to me” (Stay/Fluid).

(Márcia Raele)

Fluid

Mário (Wry) e Gordon Raphael

Foto: Márcia Raele

Foto: Wry

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SE Liga AÊ!!

Não, este não é o The Fluid, banda americana da época em que o grunge estava no auge e ela era mais uma dentre outras tantas referências. Mas é de Campinas e com tal peso e distorção de guitarras que não deixaria de ser referência a ninguém... e também não se deixa de enxergar referências como Pixies, Smashing Pumpkins, Mudhoney (o qual gostam de fazer uma homenagem em seus shows), entre outros do gênero. Ou seja, é rock com distorção e coração aberto para sentimentos confusos, histórias de vida, veias cheias de vontade de se expressar, tudo aquilo que se via de bom no noisy e punk rock dos anos 80/90. O site da banda vale a pena ser acessado - muitas informações e fotos da banda, agenda (em abril estiveram tocando em festival na Bahia), mp3 para baixar, lojinha para compra de CDs e camisetas, chat, comentários, etc, etc, etc... Mas voltando ao que realmente interessa, à música, preste atenção em Stay, Remote Control e You´re Sweet, do CD Mama Hates. Se seu coração estiver meio mole, você não vai resistir...

Fluid - Mama HatesFluid - Mama Hates

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Adoro publicar a espontaneidade de algumas frases, Como foi a transição da guitarra para as pick ups... E antes opiniões e sentimentos. Chegando esta entrevista em desta mudança vc já tinha alguma experiência?minhas mãos, não pensei duas vezes. “Tenho que Bem. Mesmo na Low Dream eu já tinha muito interesse por publicar isso”, pensei. Low Dream foi uma das mais música eletrônica. Aí comecei a me interessar demais pela importantes bandas da cena independente do Brasil, cultura dj e querer aprender a mixar com toca-discos. A banda influenciando muitos dos grupos que viriam em anos acabou em 97, e eu já estava praticamente "tocando" discos e posteriores. Wemerson Souza, do zine mineiro Melodia me distanciando cada vez mais das guitarras.e Distorção e também responsável por programa de mesmo nome na rádio Nova FM de Uberaba (MG), fez Vc ainda acompanha algo da cena de Brasília ou não?uma entrevista entre março e abril de 2004 com Não conheço nada do que é feito em Brasília em termos de Giuliano, guitarrista da banda que estava “quase rock atual.desaparecido”. Giuliano deixou a distorção das guitarras para se dedicar aos bits das pick ups. Hoje ele é Que hit não pode faltar para vc numa discotecagem sua?conhecido em Brasília como DJ Hopper, onde mantém a Hits... risos. Eu certamente criei vários para as pistas daqui. mesma intensidade musical que tinha com o Low Mas modifico meu set sempre que toco, então não há nenhum Dream. Abaixo segue algumas seqüências de conversa que eu acredite ser indispensável, para fazer uma pista de via email na íntegra . dança funcionar bem. Não gosto de repetir as músicas por

muito tempo. Gosto de tocar sempre algo novo e manter a -----Mensagem original----- pista de dança bem informada e atualizada musicalmente.De Wemerson Souza para DJ HopperData: Sun, 14 Mar 2004 14:12:16

-----Mensagem original-----Assunto: Low Dream

De Wemerson Souza para DJ HopperData: 6 apr 2004 14:13

Poxa vc deve estar pensando “lá vem mais um tocar Assunto: Low Dreamno nome desta banda. Será que não vêem que agora eu "toco" pick ups?!”, mas antes de vc deletar este Bom, aí vão mais algumas perguntinhas... tenho uma amiga mail... bom, meu nome é Wemerson E. de Souza, em Campinas que vai ficar doida quando ler suas respostas...tenho um zine chamado Melodia e Distorção, além de comandar um programa de rádio de mesmo nome, -----Mensagem original-----

De DJ Hopper para Wemerson Souzasomente com bandas independentes. O Low Dream é Data: 7 Apr 2004 00:24:48tocada quase que diariamente... Assunto: Re:Low Dream

-----Mensagem original-----De DJ Hopper para Wemerson Souza > legal. espero que ela goste das respostas...Data: Sun, 14 Mar 2004 14:59:44Assunto: Re:Low Dream Quando foi que você teve a idéia de formar uma banda?

Foi algum disco em especial que despertou o seu Olá, Wemerson, tudo bem? interesse?Bem... não me importo de falar sobre a Low Dream. Bem... Desde criança tenho uma forte ligação com música. Faz parte da minha história e foi muito importante na Ganhei um disco dos Beatles quando tinha cinco anos e não minha vida. Fico feliz que muita gente também goste parava de ouvir na minha vitrolinha. Preferia ouvir música do do trabalho que fizemos e até hoje é lembrado. Foi que os discos de historinhas. Quando me tornei adolescente, uma banda muito boa... mas que estava à frente da me apaixonei por toda uma cultura musical de artistas como sua época. Então... vamos às respostas: Velvet Underground, David Bowie, Joy Division, Smiths,

Buzzcocks, Ramones, Jesus & Mary Chain, My Bloody Quais os pedais usados na época do Low Dream? Valentine, Sonic Youth, Pixies, entre outros mais obscuros. Eu usava vários... Big muff, Delay, Chorus, Flager, Isso fez com que eu tivesse sempre uma ligação enorme com Wah Wah, Overdrive, entre outros que eu música. Daí a vontade de ter uma banda de rock exatamente eventualmente usava em estúdio, durante as para fazer o que eu mais gostava: música.gravações dos discos.

Giuliano Low DreamDistorção e bits de pick ups…

Giuliano Low DreamDistorção e bits de pick ups…

SuperDrive

Foto: Márcia Raele

Page 12: Done Zine #8

Algum show em especial ? Cite um com o Low Dream e tudo para que eu possa modificar as batidas sempre que um como DJ ... precisar. Tive várias guitarras... entre elas uma Fender Com a Low Dream tivemos alguns momentos históricos e JazzMaster e um Gibson semi-acústica, que foram muito legais. Posso citar o show de lançamento do disco minhas favoritas. Eu as vendi logo depois que decretei o "Reaching For Balloons" em Brasília e a apresentação fim da banda.com o Nick Cave na Sala Villa-Lobos - principal sala de teatro da cidade. Como dj Hopper vivo tendo momentos Você recentemente abriu uma loja de roupas... na sua incríveis. Em 2003 o momento mais forte foi minha opinião, moda e música caminham lado a lado?apresentação na Love Parade local. E neste ano tive Eu já possuo essa marca - Megatribe - desde 98, e abri uma pista especial onde toquei por cinco horas numa uma loja multimarcas com o mesmo nome em 2002. festa que aconteceu no subsolo do teatro Dulcina. Moda sempre está ligada à música porque é um reflexo

das culturas musicais e dos jovens nas ruas.Como eram feitas as composições na época do Low Dream? E hoje como DJ, como você busca suas Por onde anda seu irmão? Ele mantém alguma “batidas perfeitas“? ligação com a música?Na época da banda eu precisava pegar um violão e fazer Hoje ele trabalha com design gráfico, fotografia e sua uma melodia... Daí vinha a construção de uma letra ligação com música se limita à produção de festas de e-sobre essa melodia. Hoje meu trabalho consiste na music.colagem de batidas. Se este trabalho fica perfeito, me

------Mensagem original-----sinto feliz. É assim que trabalho.De Márcia Raele para Wemerson SouzaData: 15 de abril de 2004 14:13Qual o seu set de pick ups e mixers ? Você ainda tem Assunto: RE: Low Dream

os pedais e guitarras da época do Low Dream? Quais os modelos que você já possuiu?

Caramba, Wemerson! Isso foi lindo! Fiquei doida, Tenho quatro toca-discos (pick ups) mk2 technics e um

realmente. Me lembro muito deles tocando aqui. Era mixer roland dj 2000. Não tenho mais pedais, nem

linda aquela distorção absurda...o Done 7 já está guitarras. Mas meu mixer tem um módulo de efeitos que

concluído. Mas com certeza estará no próximo. Posso contém flanger, overdrive, distorções, ecos, filtros... Isso

publicar?

Particularmente eu não sou muito favorável a hypes, média de 18 anos e o disco de estréia ainda está simplesmente apenas porque gera uma série de sendo gravado, tendo como produtor Ian Broudie, que “melhor-banda-de-todos-os- tempos” que só lançam há 25 anos produziu Crocodile do Echo & The um disco bom na estréia e ainda cheios de Bunnymen e já são a atração principal do festival referências. Também super expondo um bando de Glawds,......moleques que não sabem bem o que querem, não São crus, diretos, barulhentos e melódicos. Usam os dando sequer tempo para eles direcionarem suas mesmos acordes, ritmo e rimas de sempre e com carreiras. Outro fator contraditório é o mp3: “viva a certeza não são a salvação do rock e talvez nem geração mp3 que só conhece a última coisa mais venham a conquistar o mundo. Mas “são tão bonitos legal do momento ou seria Viva a geração que gosta quanto uma pedra na cara de um guarda” e salvaram de tudo e não entende de nada”. Nunca tivemos tanto minha última semana.em nossas mãos e nunca estivemos tão apáticos a Bem... os filhotes de George Bush tinham o Nirvana e ponto de não ter a menor idéia do que fazer com isso. nós temos os Walverdes. E agora os britânicos têm Mas depois de um longo período de falta de interesse os The Subways.pela música rock´n´roll atual e após a frustração de .sentir a total ausência de sentimentos de uma pista de dança ao som de tecno. Uma banda me fez sorrir, Rock´n´Roll Queendaquelas pra fazer suar a camisa, pra dar vontade de You´re the sun/You´re the/onlyone/My heart is blue/My dar mosh nos braços dos amigos e meu deus é o heart is blue for you/Be my/Rock´n´roll queen/You´re hype do momento descoberto via mp3. Eles têm a so cool/You´re so rock´n´roll

Rock´n´Roll QueenRock´n´Roll Queen Rafael Martins