Doenças relacionadas com a água

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DOENÇAS RELACIONADAS COM A ÁGUA 2.1. Classificação das águas quanto à qualidade Água potável - Denominada aquela que não tem micróbios patogênicos, nem substâncias químicas além dos limites de tolerância e não é desagradável pelo seu aspecto, a quaisquer dos nossos sentidos (visão, olfato, tato e paladar); Água poluída - É aquela que contém substâncias que modificam sua caraterística e a tornam imprópria para o consumo. Água contaminada - É a que contém micróbios patogênicos ou substâncias venenosas. 2.2. Riscos de doenças através do uso da água A água contaminada pode de várias maneiras prejudicar a saúde das pessoas, quais sejam: Através da ingestão direta; Na ingestão de alimentos; Pelo seu uso na higiene pessoal e no lazer; Na agricultura; Na indústria. Os riscos relacionados com a água, podem ser distribuídos em duas categorias principais: Riscos relacionados com a ingestão de água contaminada por agentes biológicos (vírus, bactérias e parasitas) ou através de contato direto ou por meio de insetos vetores que necessitam da água em seu ciclo biológico; Riscos derivados de poluentes químicos e radioativos, geralmente efluentes de esgotos industriais. 2.3. Agentes de doenças Os principais agentes biológicos encontrados nas águas contaminadas são os parasitas, as bactérias patógenas e os vírus. Parasitas são animais unicelulares que se alimentam do sangue de outro. Nascem e/ou crescem e/ou se reproduzem em outros corpos organizados. Em geral são protozoários, vermes ou fungos. São exemplos de doenças conhecidas em nossa região: provocadas por protozoários as amebíases, tricomonas, doença de Chagas, malária, entre muitas outras; provocadas por vermes amarelão, lombrigas, filariose, solitária, esquistosomose, etc; por fungos Micoses em geral (pé de atleta, candidíases, algumas dermatoses, etc.) Bactérias são parasitas unicelulares que constitui a classe dos esquizomicetos, e cujos tipos morfológicos fundamentais são os cocos, os bacilos e os espirilos. As bactérias patógenas encontradas na água e/ou alimentos, constituem uma das principais fontes de morbidade e mortalidade em nosso meio. São os responsáveis pelos numerosos casos de enterites, diarréias infantis e doenças epidêmicas com resultados freqüentemente letais. Exemplos de doenças bastante conhecidas em nosso meio também provocadas por bactérias são: leptospirose, tifo, febre tifóide, brucelose, lepra, cólera, difteria, tétano, meningite, coqueluche e várias doenças venéreas, doenças nos olhos e na boca. morbidade: capacidade de produzir doença numa pessoa ou num grupo delas. Vírus são diminutos agentes infecciosos, invisíveis, com algumas exceções, pela microscopia óptica, e que se caracterizam por não terem metabolismo independente e terem capacidade de reprodução apenas no interior de células hospedeiras vivas. São típicas doenças viróticas e comuns em nossa região, as gripes e resfriados, catapora (varicela), rubéola, sarampo, caxumba, febre amarela, raiva e hepatite e poliomielite viróticas e alguns tipos de doenças venéreas. Os vírus mais comumente encontrados nas águas contaminadas por dejetos humanos são os da hepatite infecciosa e da poliomielite. 2.4. Principais doenças relacionadas com a água e seus agentes Dos parasitas que podem ser ingeridos através da água, destaca-se a Entamoeba histolítica, causadora da amebíase e suas complicações. A Entamoeba histolítica é encontrada sobretudo em países quentes e em locais onde existem más condições sanitárias. Amebíase A amebíase é uma doença originada por ameba que é um animal protozoário, rizópode, da ordem dos amebinos, gêneros Amoeba Ehremb., Endamoeba Leidy e outros. Locomove-se e alimenta-se por meio de pseudópodes. As amebas são de vida livre, comensais ou parasitas. A espécie Endamoeba histolytica Schaudimm é a causadora da disenteria amebiana. Também se diz amiba. Esta parasitose é de ocorrência em qualquer região do mundo sendo mais comum em climas quentes e úmidos. É encontrada na África, América, Ásia e Oceania. Na América Latina é considerada endêmica. No Brasil esta parasitose é encontrada praticamente em todos os estados. Além de disenteria amebiana, a colite amebiana pode provocar dores abdominais, astenia, lassidão e emagrecimento. Na maioria dos casos não é uma doença grave, porém nas infecções muitos intensas pode levar a morte. É uma doença curável na maior parte dos casos, porém o tratamento tem de ser intensivo e supervisionado por especialista. Medidas sanitárias e cuidado com os alimentos, principalmente os ingeridos crus, como as verduras. Dentre as doenças transmissíveis que se propagam pela penetração de parasitas na pele e mucosas, salienta-se a Esquistossomose Mansonica, doença esta adquirida através de banhos de rios, lagos e águas contaminadas pelo Shistosoma Mansoni (tem um tipo de caramujo como hospedeiro). Trata-se de uma doença "traiçoeira" que leva a graves lesões do organismo, diminui a resistência do indivíduo e reduz a sua capacidade de trabalho,

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DOENÇAS RELACIONADAS COM A ÁGUA

2.1. Classificação das águas quanto à qualidade Água potável - Denominada aquela que não tem micróbios patogênicos, nem substâncias químicas além dos

limites de tolerância e não é desagradável pelo seu aspecto, a quaisquer dos nossos sentidos (visão, olfato, tato e paladar); Água poluída - É aquela que contém substâncias que modificam sua caraterística e a tornam imprópria para o consumo. Água contaminada - É a que contém micróbios patogênicos ou substâncias venenosas. 2.2. Riscos de doenças através do uso da água A água contaminada pode de várias maneiras prejudicar a saúde das pessoas, quais sejam:

Através da ingestão direta; Na ingestão de alimentos; Pelo seu uso na higiene pessoal e no lazer; Na agricultura; Na indústria.

Os riscos relacionados com a água, podem ser distribuídos em duas categorias principais: Riscos relacionados com a ingestão de água contaminada por agentes biológicos (vírus, bactérias e

parasitas) ou através de contato direto ou por meio de insetos vetores que necessitam da água em seu ciclo biológico;

Riscos derivados de poluentes químicos e radioativos, geralmente efluentes de esgotos industriais. 2.3. Agentes de doenças Os principais agentes biológicos encontrados nas águas contaminadas são os parasitas, as bactérias patógenas e os vírus. Parasitas são animais unicelulares que se alimentam do sangue de outro. Nascem e/ou crescem e/ou se

reproduzem em outros corpos organizados. Em geral são protozoários, vermes ou fungos. São exemplos de doenças conhecidas em nossa região:

provocadas por protozoários as amebíases, tricomonas, doença de Chagas, malária, entre muitas outras;

provocadas por vermes amarelão, lombrigas, filariose, solitária, esquistosomose, etc; por fungos Micoses em geral (pé de atleta, candidíases, algumas dermatoses, etc.)

Bactérias são parasitas unicelulares que constitui a classe dos esquizomicetos, e cujos tipos morfológicos fundamentais são os cocos, os bacilos e os espirilos. As bactérias patógenas encontradas na água e/ou

alimentos, constituem uma das principais fontes de morbidade e mortalidade em nosso meio. São os responsáveis pelos numerosos casos de enterites, diarréias infantis e doenças epidêmicas com resultados freqüentemente letais. Exemplos de doenças bastante conhecidas em nosso meio também provocadas por bactérias são: leptospirose, tifo, febre tifóide, brucelose, lepra, cólera, difteria, tétano, meningite, coqueluche e várias doenças venéreas, doenças nos olhos e na boca.

morbidade: capacidade de produzir doença numa pessoa ou num grupo delas.

Vírus são diminutos agentes infecciosos, invisíveis, com algumas exceções, pela microscopia óptica, e que se

caracterizam por não terem metabolismo independente e terem capacidade de reprodução apenas no interior de células hospedeiras vivas. São típicas doenças viróticas e comuns em nossa região, as gripes e resfriados, catapora (varicela), rubéola, sarampo, caxumba, febre amarela, raiva e hepatite e poliomielite viróticas e alguns tipos de doenças venéreas. Os vírus mais comumente encontrados nas águas contaminadas por dejetos humanos são os da hepatite infecciosa e da poliomielite. 2.4. Principais doenças relacionadas com a água e seus agentes Dos parasitas que podem ser ingeridos através da água, destaca-se a Entamoeba histolítica, causadora da amebíase e suas complicações. A Entamoeba histolítica é encontrada sobretudo em países quentes e em locais onde existem más condições sanitárias.

Amebíase A amebíase é uma doença originada por ameba que é um animal protozoário, rizópode, da ordem dos amebinos, gêneros Amoeba Ehremb., Endamoeba Leidy e outros. Locomove-se e alimenta-se por meio de pseudópodes. As amebas são de vida livre, comensais ou parasitas. A espécie Endamoeba histolytica Schaudimm é a causadora da disenteria amebiana. Também se diz amiba. Esta parasitose é de ocorrência em qualquer região do mundo sendo mais comum em climas quentes e úmidos. É encontrada na África, América, Ásia e Oceania. Na América Latina é considerada endêmica. No Brasil esta parasitose é encontrada praticamente em todos os estados. Além de disenteria amebiana, a colite amebiana pode provocar dores abdominais, astenia, lassidão e emagrecimento. Na maioria dos casos não é uma doença grave, porém nas infecções muitos intensas pode levar a morte. É uma doença curável na maior parte dos casos, porém o tratamento tem de ser intensivo e supervisionado por especialista. Medidas sanitárias e cuidado com os alimentos, principalmente os ingeridos crus, como as verduras.

Dentre as doenças transmissíveis que se propagam pela penetração de parasitas na pele e mucosas, salienta-se a Esquistossomose Mansonica, doença esta adquirida através de banhos de rios, lagos e águas contaminadas

pelo Shistosoma Mansoni (tem um tipo de caramujo como hospedeiro). Trata-se de uma doença "traiçoeira" que leva a graves lesões do organismo, diminui a resistência do indivíduo e reduz a sua capacidade de trabalho,

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provocando inchação fígado, diarréias, complicações pulmonares e cardíacas, micção dolorosa e com sangue. É mais fatal em jovens. Também pode ser adquirida nas plantações dentro d'água, como as de capim e as de arroz.

Esquistossomose Mansoni A esquistossomose é uma infecção produzida por cada uma das três espécies de esquistossomo (Schistosoma haemotobium, Schistosoma japonicum e Schistosoma mansoni), e que tem, conforme o esquistossomo causador, características próprias e dependentes da localização deste. É também conhecida como esquistossomíase ou bilharziose e, popularmente, barriga d’água. O agente etiológico da esquistossomose mansoni é o esquistossomo (Schistosoma mansoni), um verme platelminto, da classe dos trematódeos, família dos esquistossomídeos, digenético (com duas ventosas, parasita do homem e de alguns mamíferos masurpiais, em cujas veias do sistema portal localizam-se os vermes adultos. A esquistossomose é uma doença originária da África, possivelmente do Egito. A esquistossomose hematóbica é mais comum na África e Oriente Médio, enquanto que o Schistosoma japonicum é encontrado no Oriente. A esquistossomose mansônica é característica das Américas. No Brasil encontra-se um dos maiores focos do mundo, distribuindo-se praticamente por quase todos os estados, principalmente com infestação endêmica nas áreas litorâneas, na Região Nordeste, Leste e Centro-Oeste. A doença pode ser curável, porém as lesões já causadas não são recuperáveis. Evitar contato com águas habitadas por caramujos que podem ser portadores das larvas do esquistossoma. Eficiência no saneamento público e combate ao caramujo. Tratamento efetivo dos portadores.

Das doenças causadas por vetores cujo ciclo biológico processa-se na água, a mais importante é a Malária, por

sua endemicidade. É transmitida por mosquito infectado pelos diversos tipos de protozoários do gênero Plasmodium.

Malária A malária é uma infecção causada por protozoários do gênero Plasmodium, do qual há cerca de 50 espécies, que é transmitida ao homem e a outros mamíferos, assim como para aves e anfíbios, através do mosquito transmissor contaminado, do gênero Anopheles, ou através de transfusões com sangue contaminado. Existem pelo menos três tipos de malária causadas pelos diferentes tipos de plasmódios: a febre terçã (do Plasmodium vivax), a febre quartã (do Plasmódium malariae) e a febre terçã malígna (do Plasmodium falciparum). Popularmente também é conhecida como febre intermitente, febre palustre, maleita, paludismo ou impaludismo, perniciosa, sezão, sezonismo, acréscimo, batedeira, tremedeira e carneirada. A transmissão intra-uterina também pode ocorrer visto que a eficácia da placenta como barreira para o parasita parece depender do grau de tolerância da mãe. É uma moléstia depauperante que leva a grande debilitação orgânica, mas raramente fatal, exceto no caso da terçã malígna causada pelo Plasmodium falciparum, cujo tratamento, inclusive, é bastante problemático. A moléstia pode ser considerada universal, sendo propagação diretamente relacionada com a presença do mosquito. Devido aos incansáveis esforços das campanhas de controle e erradicação da malária, as áreas de a incidência da doença têm sido reduzidas em todos os continentes, porém ainda é uma das moléstias de maior incidência no mundo, principalmente nas regiões subdesenvolvidas. No Brasil a distribuição da malária é muito extensa, pois as condições climáticas são favoráveis. Os sintomas da malária começam aparecer após um período de incubação no inoculado que irá depender da resistência individual, da época do ano e do número de esporozoítas inoculados. Esses sintoma iniciam-se com febre. A seguir o doente passa a sofrer dos chamados acessos maláricos que se compõem, de calafrios, tremor, calor e suor. Além da febre elevada, esta ainda pode ser acompanhada de cefaléia, náuseas e vômitos e ser de diferentes tipos: intermitente, renitente e contínua.Quem teve malária não pode doar sangue, pois pode ser um portador permanente dos parasitas da doença. Também não existem vacinas para imunização contra a doença. O mais eficiente meio de prevenção contra a doença é a eliminação de focos de mosquitos contaminados e evitar transfusões com sangue contaminado.

Outras doenças relacionadas com a água e que necessitam de inseto como transmissor são a dengue, a febre amarela, a oncocercose (comum na América Central) e a filariose.

Filariose Parasitose grave, ainda encontrada principalmente em regiões equatoriais e tropicais. No Brasil principalmente nas Regiões Norte e Nordeste. Os vermes vivem nos vasos linfáticos do homem chegando a bloqueá-los, disso resultando grande inchaço (elefantíase) das regiões comprometidas, principalmente dos membros. A doença é contraída através da picada do mosquito (o pernilongo comum: Culex fatigans) infectado com larvas de filárias, adquiridas ao chupar o sangue de um indivíduo doente. A doença é curável antes que o paciente apresente lesões características de elefantíase. Caso contrário a eliminação pode tornar-se impossível mesmo com recurso de cirurgias. Coletivamente com medidas básicas de saneamento e tratamento isolado dos doentes. Individualmente com colocação de telas nas janelas das casas ou uso de mosquiteiros. Dengue Doença infecciosa produzida por vírus, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, e caracterizada por cefaléia, mialgias, artralgias, comprometimento de vias aéreas superiores, febre, exantema, linfadenopatia. Incide, em caráter epidêmico ou de modo esporádico, na Índia, Japão, Sul do Pacífico, Caribe e América do Sul, principalmente ao norte. O dengue hemorrágico é acompanhado de fenômenos hemorrágicos e incide mais freqüentemente em crianças. Febre amarela Doença produzida por vírus, que ocorre em regiões tropicais e subtropicais da África e América, tendo outrora apresentado incidência significativa em áreas temperadas, sob a forma de epidemias, no verão. Há uma forma urbana (transmissão de homem a homem, através de mosquito), e uma silvestre (transmissão de mosquito a homem); vômito-negro, tifo icteróide. Febre tifóide Doença infecciosa causada pela Salmonella Typhi, e que se prolonga por várias semanas e inclui em seu quadro clínico cefaléia, febre contínua, apatia, esplenomegalia, erupção cutânea maculopapular, podendo, eventualmente, ocorrer perfuração intestinal. Oncocercose Doença causada por verme filarióide e caracterizada por grandes tumores subcutâneos. Tem como insetos vectores os mosquitos simulídeos, e ocorre na África e na América Central.

A ancilostomíase e a estrongiloidíase são doenças comumente adquiridas por penetração cutânea de vermes encontrados no solo (ancylostoma e necator - vermes que alimentam-se do sangue da mucosa intestinal) ou por auto infecção (strongyloides).

Ancilostomíase A ancilostomíase é uma verminose produzida pelo Ancylostoma duodenale ou pelo Necator americanus, nematódeos muito parecidos entre si e pertencentes a família Ancylostomidae. Também conhecida como ancilostomose, necatoríase, uncinariose e popularmente no Brasil por opilação, amarelão, canguari, mal-da-terra, mofina. Esta parasitose é encontrada praticamente presente em todas as partes da Terra, sendo mais comum na África, Ásia, Europa e Oceania. No continente americano predomina no Chile e Peru. No Brasil é mais comum a presença do Necator americanus. Com medidas sanitárias visando evitar a deposição de fezes no solo e saneamento dos esgotos. Em áreas contaminadas, o uso de calçado protege contra a aquisição da moléstia. Estrongiloidíase É uma doença parasitária produzida pelo agente etiológico Strongyloides stercoralis que provoca lesões cutâneas, pulmonares e intestinais. Esta parasitose é encontrada praticamente presente em todas as partes da Terra, sendo mais comum na África, Ásia, Europa, Oceania e na maioria dos países americanos. No Brasil é mais comum nos estados do sul do país. É uma parasitose curável, porém de grande padecimento. Sua contaminação pode ser evitada com medidas sanitárias adequadas e com uso obrigatório de calçados em áreas contaminadas, como no caso do amarelão.

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Algumas helmintíases podem também ser adquiridas pela água (ascaridíase e tricocefalíase), embora a maneira habitual seja através do contato com a terra contaminada. Os helmintos são vermes intestinais e os tricocéfalos, ou tricuros, são parasitas do aparelho digestivo.

Ascaridíase A ascaridíase é uma verminose causada por ascáridas (ou ascarídeos) que são animais da família dos nematódeos, fasmídeos, da ordem Rhabditida, subordem Ascaridina, de grande porte, boca trilabiada, esôfago claviforme, macho com dois espículos, ovos elipsóides de casca espessa. Não têm ventrículo no esôfago, nem divertículo intestinal. São as populares lombrigas (Ascaris lumbricóides). Esta parasitose é encontrada em praticamente todas as partes da Terra, sendo mais comum em regiões tropicais e sub-tropicais. Não é uma doença muito grave e em geral o tratamento leva à cura. Evita-se a contaminação com esta parasitose evitando-se a ingestão dos ovos contendo o segundo estágio larvário, através de medidas sanitárias adequadas e com os procedimentos higiênicos rotineiros. Tricocefalíase É uma verminose provocada por um parasita do aparelho digestivo do homem, a espécie Trichocephalus trichiurus, também conhecido como tricuro ou tricocéfalo, animal asquelminto, nematódeo, tricuróideo, da família dos tricurídeos, gênero Trichuris Roederer, de corpo mais afilado na porção anterior que na posterior. A contaminação direta ocorre por ingestão de ovos embrionados. É uma parasitose de ocorrência mundial com predominância nas regiões tropicais. Não é uma infestação grave e sua prevenção é feita com instalações adequadas de água e esgotos. Eventualmente pode causar apendicite.

TRATAMENTO

3. TRATAMENTO O tratamento da água consiste em melhorar suas características organoléticas (propriedade das substâncias impressionarem os sentidos), físicas, químicas e bacteriológicas, a fim de que se torne adequada ao consumo. Dentre as águas disponíveis na natureza, as de superfície são as que mais necessitam de tratamento, porque se apresentam com qualidades físicas e bacterilógicas impróprias. Somente as águas de nascente que, com uma simples proteção das cabeceiras, podem ser consumidas, algumas vezes, sem perigo. Toda água de superfície, seja ela de rio, lagos naturais ou artificiais, têm suas qualidades variando ao longo do tempo, de acordo com a época do ano e o regime de chuva. Todo método de tratamento para uma água tem sua eficiência limitada, pois cada método assegura um percentual de redução da poluição existente. O grau da poluição pode, portanto, tornar insatisfatório um determinado tipo de tratamento. 3.1. TRATAMENTO DOMICILIARES OU EM PEQUENAS COMUNIDADES Os métodos gerais de tratamento nestas situações são:

Fervura (soluções individuais); Sedimentação simples; Filtração lenta e domiciliar; .Desinfecção.

3.2. FERVURA É o método mais seguro de tratamento para água de beber, em áreas desprovidas de outros recursos. Ferver a água para beber é um hábito que se deve incutir na população para ser adotado quando sua qualidade não merecer confiança e em épocas de surtos epidêmicos ou de emergência. A água fervida perde o ar dissolvido e, em conseqüência, torna-se de sabor desagradável. Para fazer desaparecer esse sabor, é necessário arejar a água. Torna-se necessário, portanto, arejá-la para que melhore a qualidade. Esssa aeração pode ser obtida, provocando a passagem da água de uma vasilha par outra, como se estivéssemos resfriando a água, recebendo o oxigênio quando em contato com o ar. 3.3. SEDIMENTAÇÃO SIMPLES Como sabemos, a água tem grande poder de dissolver e de carregar sujeiras. Este poder aumenta ou diminui com a velocidade da água em movimento. Portanto, ao se diminuir a velocidade da água, consegue-se diminuir o seu poder de carregar sujeiras, diminuindo-se o "baldeamento", pois a parte barrenta vai para o fundo. Primeiro cai a sujeira mai pesada e, à medida que diminui a velocidade de escoamento, a mais leve, também, "assenta-se" no fundo. As partículas sólidas que se depositam, arrastam consigo parte dos microorganismos presentes na água, melhorando a sua qualidade. Logo quanto mais a água permanecer em repouso melhor a qualidade desta água. 3.4. FILTRAÇÃO A filtração consiste em um processo de tratamento no qual se faz passar água por um meio poroso (em geral areia) para tirar alguns tipos de impurezas. Os filtros de areia são dispositivos onde se faz passar a água por uma camada de areia que retém a sujeira e as bactérias. Pode-se afirmar que a filtração domiciliar constitui um hábito cultural dos brasileiros. É controvertida, no entanto, a necessidade de uso desses dispositivos. a seu favor argumenta-se que constitui a última barreira sanitária capaz de reter eventuais partículas, até mesmo microrganismos presentes na água. Há porém, argumentos contrários a sua utilização como tratamento único, como:

baixa eficiência e irregularidade na remoção da turbidez e de patogênicos; formação de uma película biológica, em torno do elemento filtrante, na qual pode ocorrer o

desenvolvimento de patogênicos oportunistas; nos países desenvolvidos, não é empregada a filtração domiciliar, uma vez que é inteiramente confiável a

qualidade da água do sistema público, embora ali também não sejam empregados reservatórios domiciliares.

É claro que em locais onde ocorre a distribuição de água bruta, de qualidade físico-química e bacteriológica comprometida, destinar exclusivamente ao filtro domiciliar a função de condicionar a água é incorreto. Porém,

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quando a turbidez (água barrenta) não é excessivamente elevada a ponto de entupir o filtro com muita freqüência, a combinação filtro-desinfecção domiciliar pode resultar em uma água com razoáveis condições de consumo. Por outro lado, se a água distribuída pelo sistema público é enquadrada nos padrões de potabilidade, os filtros domiciliares podem exercer papel de barreira contra eventuais recontaminações nas instalações prediais, sobretudo nos reservatórios. É oportuno lembrar que, como nos filtros lentos, os filtros domiciliares - de vela, areia ou outro material filtrante - desenvolvem um poder bactericida, através de um tratamento realizado pela camada biológica existente, que pode ser removida após a operação de limpeza. 3.4.1. Filtro de Vela Os de vela são os filtros caseiros mais tradicionais. Uma operação importante neste tipo de filtro é a limpeza. Nunca se deve empregar material abrasivo neste processo. É muito comum o emprego de sal, açúcar, bucha metálica, areia fina, etc, porém esta prática não é recomendável pois estes materiais corroem a superfície da vela aumentando sua permeabilização, mas ao mesmo tempo comprometendo sua eficiência. 3.4.2. Filtro de areia O filtro de areia tem um funcionamento semelhante ao dos filtros lentos das estações de tratamento de água. De forma similar, a limpeza deste tipo de filtro deve ser realizada através de raspagem de aproximadamente um centímetro da sua camada superficial da areia, quando o filtro começar a perder sua capacidade de filtração, ou seja, quando começar a "entupir". Após dez limpezas, o leito filtrante deve ter sua espessura original reconstituída, ou seja, a camada de areia deve ser completada novamente para 25 centímetros. É usual uma camada de carvão vegetal, moído e sem pó, na parte inferior do filtro, objetivando a adsorção de compostos responsáveis pela presença de sabor ou odor. Se os filtros ditos aqui de caseiros não forem tratados cuidadosamente sua eficiência é limitada. Há registros de casos em que a água filtrada tinha um maior teor de bactérias que a não filtrada. Mesmo bem operados, não é recomendada a utilização destas unidades sem que a água seja fervida ou desinfetada após a filtração.

3.5. DESINFECÇÃO Desinfetar uma água, significa eliminar os organismos patogênicos presentes na mesma. A desinfecção domiciliar é necessária quando se recebe água de um sistema coletivo sem tratamento. Tecnicamente aplica-se a simples desinfecção como meio de tratamento para águas que apresentam boas características físicas e químicas a fim de garantir o aspecto bacteriológico. Os principais agentes desinfetantes empregados são o cloro (com mais freqüência o hipoclorito de sódio) e o iodo. O desinfetante mais empregado é o cloro, simbolizado por Cl2 . A escolha deste elemento como desinfetante, se

deve aos seguintes argumentos: Realmente age sobre as bactérias presentes na água; É econômico; Não altera outras qualidades da água, depois de aplicado; É de aplicação relativamente fácil; Sua ação contínua mesmo depois de aplicado, isto deixa sempre um residual; É tolerado por uma grande maioria da população.

A aplicação do cloro em pequenas quantidades de água como no caso de áreas rurais faz através de seus compostos sob a forma líquida, provenientes de diversos produtos que libertam o cloro quando misturados na água.

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3.5.1. Desinfetantes a) Os agentes de desinfetantes mais usualmente utilizados são os compostos de cloro:

Hipoclorito de cálcio (cerca de 70% Cl2); Cloreto de cal (cerca de 30% Cl2); Hipoclorito de sódio (cerca de 10% Cl2); Água sanitária (cerca de 5% de Cl2).

b) Quantidade de desinfetante à usar: Solução a 50 mg/l de Cl2 com tempo de contato de 12 horas; Solução a 100 mg/l de Cl2 com tempo de contato de 4 horas; Solução a 200 mg/l de Cl2 com tempo de contato de 2 horas.

Por exemplo, se precisarmos utilizar a água três (03) horas após a desinfecção do poço, então devemos empregar 200mg/l de Cl2(tempo para desinfecção e esgotamento). 3.5.2. Técnica de Desinfecção O cálculo do desinfetante é feito de acordo com o produto, o tempo de contato é o volume (cubagem) do poço ou reservatório. Exemplo: Desejamos calcular a quantidade de cloro necessária para tratar 2.000 litros de água, com 12 horas de contato. a) quantidade de cloro Sabemos que: - 1 litro de água precisa de .............. 50mg de Cl2 - 2.000 litros de água precisa de ...... X de Cl2 donde: X = (2.000 x 50)/1 = 100.000mg = 100gramas Já vimos que a quantidade "X" de cloro encontra-se em diferentes proporções nos produtos. b) quantidade do produto O produto que dispomos para fazer o tratamento do poço é o Cloreto de Cal, logo: 100 mg de cloreto de cal 30 mg de Cl2 y mg de cloreto (?) 100.000 mg de Cl2 logo: y = (100 x 100.000)/30 = 333,33 g de Cloro. Agitar o máximo possível e deixar a solução permanecer em contato com o poço o tempo necessário, de acordo com a dosagem, no nosso caso = 12 horas. Findo o prazo, esgotar o poço até que nenhum cheiro ou gosto de cloro seja percebido na água. Se possível, confirmar o resultado da desinfecção através de um exame bacteriológico, antes de usar a água para bebida. 3.5.3. Desinfecção em vasilhames a) Com Iodo Material:

Solução de iodo 8%; hipossulfito de sódio a 15%; .dois frascos com conta-gotas de cor âmbar; .um garrafão de 20 litros com rolha de borracha ou cortiça.

Procedimento: 1. Coloca-se 20 gotas de solução de iodo no garrafão com água; 2. Após uma hora de repouso adiciona-se 20 gotas da solução de hipossulfito e deixa-se em repouso por

mais uma hora; 3. Repete-se a operação até que a água fique amarelada, indicativo de iodo residual.

b) Com cloro Material:

um garrafão de 20 litros com rolha de borracha ou cortiça; um vasilhame de 300ml (uma meia garrafa!); um frasco de pó desinfetante; uma colher das de sopa; uma colherinha das de café.

Procedimento: 1. coloca-se pó desinfetante na meia garrafa na seguinte proporção:

- teor de cloro de 30% duas colherinhas; - teor de cloro de 50% uma colherinha;

2. enche-se a meia garrafa de água, agita-se por 3 minutos e deixa-se em repouso por 1 hora; 3. sem agitação enche-se a colher das de sopa com a água da meia garrafa e coloca-se no garrafão,

enchendo-o a seguir com a água a desinfetar; 4. consumir a partir de meia horas após.

Observações: 1. No caso de um pote de duas latas de água, despejar a primeira lata de água, colocar duas colheres da

solução clorada e despejar a segunda lata de água.

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2. No caso de verduras colocar uma colher das de sopa para cada cinco litros de água e deixar de molho por, pelo menos, meia hora.

ATENÇÃO! A validade da solução clorada é de três dias! 3.5.4. Desinfecção da água do filtro (Orientação prática para a dosagem de água sanitária, adotada pela COPASA-MG em seu programa de saneamento rural):

1. Colocar na bilha (quartinha) toda a água que se possa retirar do filtro pela torneirinha, sem precisar colocá-lo inclinado;

2. Colocar na parte de baixo do filtro três (03) gotas de água sanitária para cada litro de água que você colocar na parte de cima do filtro;

3. Durante a noite, use apenas a água da quartinha; 4. Pela manhã, você já pode usar a água do filtro normalmente.

3.5.5. Instruções para limpeza de uma caixa d'água 1. Feche o registro impedindo que entre água na caixa d'água; 2. Esvazie a caixa d'água abrindo todas as torneiras da casa; 3. Quando a caixa estiver quase vazia, tampe as saídas para que a água suja que restou seja usada na

limpeza e para que a sujeira não desça pelo cano. Esfregue as paredes e o fundo da caixa; 4. Use somente panos e escova para a limpeza (nunca use sabão, detergente ou outros produtos de

limpeza); 5. Retire a água e o material que restaram da limpeza usando pá, balde e panos, deixando a caixa

totalmente limpa; 6. Deixe entrar água na caixa até encher, colocando um litro de água sanitária para cada mil litros de água; 7. Não use de forma alguma esta água nas duas horas seguintes; 8. Passadas estas duas horas feche o registro ou a bóia de entrada para não entrar água na caixa; 9. Esvazie a caixa pelas torneiras usando esta água para limpar e desinfetar os canos; 10. Tampe a caixa para que não entre pequenos animais e poeira; 11. Anote do lado de fora a data da limpeza; 12. Finalmente abra a entrada de água. Esta água já pode ser usada.

TABELAS COMPARATIVAS

COMPONENTES QUÍMICOS QUE PODEM AFETAR A SAÚDE

COMPONENTES Efeitos sobre a saúde

INORGÂNICOS Arsênico Em doses baixas causa debilidade muscular, perda de apetite e náusea. Em doses altas causa comprometimento do sistema nervoso central.

Cádmio Provoca desordem gastrointestinal grave, bronquite, efizema, anemia e cálculo renal.

Chumbo Provoca cansaço, ligeiros transtornos abdominais, irritabilidade e anemia.

Cianetos Pode ser fatal em doses altas.

Cromo Em doses baixas causa irritação nas mucosas gastrointestinais, úlcera e inflamação na pele. Em doses altas causa doenças no fígado e nos rins, podendo levar à morte.

Fluoretos Em doses baixas melhoram o índice de fertilidade e crescimento e trazem proteção aos dentes contra cáries. Em doses altas provocam doenças nos ossos e inflamação no estômago e no intestino, causando hemorragia.

Mercúrio Causa transtornos neurológicos e renais, tem efeitos tóxicos nas glândulas sexuais, altera o metabolismo do colesterol e provoca mutações.

Nitratos Causam deficiência de hemoglobina no sangue em crianças, podendo levar à morte.

Prata É fatal para o homem em doses extremamente altas. Provoca descoloração da pele, dos cabelos e das unhas.

ORGÂNICOS Aldrin e dieldrim

Afetam o sistema nervoso central. Em doses altas é fatal para o homem

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Benzeno A exposição aguda ocasiona a depressão no sistema nervoso central. Estudos sugerem que existe relação entre exposição de benzeno e leucemia.

Clordano Provoca vômitos e convulsões.

DDT Causa problemas, principalmente no sistema nervoso central.

Lindano Causa irritação no sistema nervoso central, náusea, vômito, dores musculares e respiração debilitada.

Fonte: BARROS, T. de V. et alli - Manual de Saneamento Proteção Ambiental para os Municípios, VOL. 2 DOENÇAS RELACIONADAS COM A ÁGUA

Grupo de doenças

Formas de transmissão

Principais doenças Formas de prevenção

Transmitida por via feco-oral (alimentos contaminados com fezes)

O organismo patogênico (agente causador da doença) e ingerido

- diarréias e disenterias como a cólera e a giardíase; - febre tifóide e para tifóide; - leptospirose; - hepatite infecciosa; - ascaridiose (lombrigas)

- proteger e tratar as águas de abastecimento e evitar uso de fontes contaminadas; - fornecer água em quantidade adequada e promover a higiene pessoal, doméstica e dos alimentos.

Controladas pela limpeza com água (associadas ao abastecimento insuficiente de água)

A falta de água e a higiene pessoal insuficiente criam condições favoráveis para sua disseminação

- infecções na pele e nos olhos como o tracoma e o tifo relacionado com piolhos, e a escabiose

- fornecer água em quantidade adequada e promover a higiene pessoal e doméstica.

Associadas à água (uma parte do ciclo da vida do agente infeccioso ocorre em um animal aquático)

Patogênico penetra pela pele ou é ingerido

- esquistossomose - evitar o contato de pessoas com águas infectadas; - proteger mananciais; - adotar medidas adequadas para a disposição de esgotos; - combater o hospedeiro intermediário.

Transmitidas por vetores que se relacionam com a água.

As doenças são propagadas por insetos que nascem na água ou picam perto dela.

- malária; - febre amarela; - dengue; - filariose (elefantíase)

- combater os insetos transmissores; - eliminar condições que possam favorecer criadouros; - evitar o contato com criadouros; - utilizar meios de proteção individual

Fonte: BARROS, T. de V. et alli - Manual de Saneamento Proteção Ambiental para os Municípios, VOL. 2 DOENÇAS RELACIONADAS COM AS FEZES

Grupo de doenças

Formas de transmissão

Principais doenças Formas de prevenção

feco-oral (não Contato de pessoa a - poliomielite; - implantar sistema de

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bacterianas) pessoa quando não se tem higiene pessoal adequada (o organismo patogênico (agente causador da doença) é ingerido

- hepatite tipo B; - giardíase; - disenteria amebiana; - diarréias por vírus.

abastecimento de água; - melhorar as moradias e as instalações sanitárias; - promover a educação sanitária;

feco-oral (bacterianas)

Contato de pessoa a pessoa, ingestão e contato com alimentos contaminados e contato com fontes de água contaminadas com fezes

- febre tifóide e paratifóide; - diarréias e disenterias bacterianas, como a cólera.

- implantar sistema de abastecimento de água e de disposição dos esgotos; - melhorar as moradias e as instalações sanitárias; - promover a educação sanitária.

Helmintos transmitidos pelo solo

Ingestão de alimentos contaminados e contato da pele com o solo contaminados com fezes

- ascaridiose (lombrigas) - tricuríase - ancilostomíase (amarelão)

- construir e manter limpas instalações sanitárias; - tratar os esgotos antes da disposição no solo; - evitar o contato da pele com o solo (andar calçado)

Helmintos associadas à água (uma parte do ciclo da vida do agente infeccioso ocorre em um animal aquático)

Contato da pele com o água contaminada

- esquistossomose - evitar o contato de pessoas com águas infectadas; - construir instalações sanitárias adequadas; - adotar medidas adequadas para a disposição de esgotos; - combater o hospedeiro intermediário, o caramujo.

Tênias (solitárias) na carne do boi ou do porco

Ingestão de carne mal cozida de animais contaminados

- teníase - cisticercose

- construir instalações sanitárias adequadas; - tratar os esgotos antes da disposição no solo; - inspecionar a carne e ter cuidados na sua preparação (cozimento)

Transmitidas por vetores que se relacionam com as fezes

Procriação de insetos em locais contaminados com fezes

- filariose (elefantíase)

- combater os insetos transmissores; - eliminar condições que possam favorecer criadouros; - evitar o contato com criadouros; - utilizar meios de proteção individual.

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Fonte: BARROS, T. de V. et alli - Manual de Saneamento Proteção Ambiental para os Municípios, VOL. 2