Doença degenerativa da coluna.2014.1

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Dr Antenor Tavares Neurorradiologista DOENÇA DEGENERATIVA DA COLUNA RADIOLOGIA

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Aula de Neuroimagem - Doenças degenerativas da coluna - RM e TC

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Dr Antenor Tavares

Neurorradiologista

DOENÇA DEGENERATIVA DA COLUNA RADIOLOGIA

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INTRODUÇÃO •  Identificável em virtualmente todos os indivíduos com idade superior a 60 anos •  Principalmente os segmentos lombo-sacro e cervical. •  Uma das principais causas de incapacidade funcional em ambos os sexos,

•  A presença de alterações degenerativas detectáveis por métodos de imagem não é sinônimo de doença degenerativa osteodiscal, sendo comuns esses achados em pacientes assintomáticos.

•  O termo doença degenerativa da coluna se refere ao paciente sintomático

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TERMOS CLÍNICOS •  Degeneção dos discos, dos platôs vertebrais e das articulações interapofisárias

•  Discopatia, degeneraçao discal

•  Espondilose quando estão limitadas aos discos, aos platôs

•  Espondiloartrose quando são encontradas nas três regiões anatômica

•  Dor posteriormente (cervicalgia e lombalgia), e menos frequentemente a dor irradiada para ombro, braço e mão (segmento cervical- cervicobraquialgia) ou para os membros inferiores (segmento lombar-Iombociatalgia).

•  As alterações degenerativas podem levar a

•  estenose do canal vertebral,

•  estenose do canal foraminal,

•  escoliose,

•  anterolistese e retrolistese,

•  compressão da medula espinhal ou de raízes nervosas.

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EVOLUÇÃO DA DOENÇA DEGENERATIVA DISCAL

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FASE I

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FASE II

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FASE III

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ENVELHECIMENTO

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ENVELHECIMENTO DISCAL

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ENVELHECIMENTO DISCAL

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ENVELHECIMENTO DISCAL

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ENVELHECIMENTO DISCAL

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ENVELHECIMENTO DISCAL

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ENVELHECIMENTO ARTICULAÇÕES INTERFACETÁRIAS

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ENVELHECIMENTO CORPO VERTEBRAL

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ENVELHECIMENTO LIGAMENTO AMARELO

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ENVELHECIMENTO MUSCULATURA PARAVERTEBRAL

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DOENÇA DEGENERATIVA DA COLUNA VERTEBRAL •  ACHADOS DE IMAGEM

•  Disco intervertebral

•  Platôs Vertebrais

•  Articulações Interapofisárias

•  Alterações de Partes Moles

•  Espondilólise

•  Espondillolistese

•  Estenose do Canal Vertebral

•  Escoliose

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DISCOS INTERVERTEBRAIS

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•  Envelhecimento: Redução do Hipersinal em T2 uniforme nas diversos discos

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•  Aparecimento de fissuras do ânulo fibroso

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FISSURAS ANULARES •  Concênctrica, são lesoes circunferenciais,nas camadas mais externas do anel

fibroso.

•  Transversal, também conhecidas como periféricas, são as rupturas horizontais das fibras de Sharpey, próximo à inserçào apofisária do anel fibroso.

•  Radial são as que apresentam maior importância clínica e são caracterizadas por uma fissura anelar desde a parte central do disco (núcleo pulposo), estendendo-se para fora em direção ao anel fibroso, em ambos os planos (transversal ou craniocaudal). O termo "fissura radial de espessura total" é reservado para uma fissura que se estende completamente através do anel fibroso, atingindo a borda externa e frequentemente acompanhada de extrusão discaI, com extravasamento de substâncias inflamatórias (interleucina, fator de necrose tumoral etc.) no interior do canal vertebral, ocasionando a radiculite química, que muitas vezes é mais importante que a compressão mecânica.

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FISSURA CONCÊNTRICA

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FISSURA CONCÊNTRICA

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FISSURA TRANSVERSAL

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FISSURA RADIAL

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HÉRNIA INTRAVERTEBRAL / NÓDULOS DE SCHMORL •  HÉRNIA DISCAL •  Hérnia Intravertebral / Nódulos de Schmorl são hérnias discais se insinuam em

direção cranio-caudal para os platôs vertebrais. O tecido herniado forma um defeito na superfície da vértebra, geralmente em localização central ou posterior, e, em alguns casos de herniações agudas e sintomáticas, ocorrem alterações reativas na medular óssea com hipersinal em T2 em torno da área de herniação.

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HÉRNIA INTRAVERTEBRAL / NÓDULOS DE SCHMORL

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HÉRNIA INTRAVERTEBRAL / NÓDULOS DE SCHMORL

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VÉRTEBRA LIMBUS

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ABAULAMENTO DISCAL •  Abaulamento discal •  O deslocamento discaI genelirizado ou circunferencial (com 50% a 100% da

circunferência do disco) também chamado de "herniação difusa” não é considerado um modo de hérnia.

•  Esse abaulamento discal difuso pode ser

•  simétrico (deslocamento do material discal igual em todas as direções) ou

•  assimétrico (frequentemente associado à escoliose).

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ABAULAMENTO DISCAL

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ABAULAMENTO DISCAL

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ABAULAMENTO DISCAL

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•  “Disco herniado” é um termo inspecífico, abrangente, para indicar o disco que se estende de forma anormal além da margem do corpo vertebral (Kaplan and cols, Ressonância Magnética Musculoesquelética. Guanabara, p289, 2001).

•  A “hérnia” de disco focal é mais especificamente classificada como protrusão ou extrusão, de acordo com a forma do material discal deslocado (Francisco da Silva Maciel Júnior e Caroline Lins no capítulo Doença Degenerativa da Coluna Vertebral, Série Colégio Brasileiro de Radiologia p163, 2010).

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ANORMALIDADES DE CONTORNO DO DISCO •  Classificação das herniações de acordo com a forma do material discal deslocado:

•  Protrusão, quando a base do disco é mais ampla do que qualquer outro diâmetro do material deslocado

•  Extrusão, quando a base do disco é menos ampla do que qualquer outro diâmetro da hérnia

•  Subclassificação no plano transversal (avaliação bidimensional do contorno discaI)

•  “Hérnias” focais (emvolvendo < 25% da circunferência do disco) ou

•  “Hérnias” de base ampla (quando envolvem 25% a 50% da circunferência do disco)

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PROTRUSÃO DISCAL FOCAL

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PROTRUSÃO DISCAL DE BASE LARGA

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“DISCO EXTRUSO” •  A terminologia "disco extruso" é usada para uma projeção focal do disco, em que a

base é mais estreita do que os demais diâmetros medidos no mesmo plano, havendo rotura de todas as camadas do ânulo fibroso.

•  O material discal herniado pode migrar de forma subligamentar (superior e inferior).

•  Extrusão discal migrada se é mantido conexão com disco de origem

•  Fragmento discal sequestrado (ou livre), se não é mantido conecto com disco de origem podendo ter sinal elevado do material sequestrado em T2 em relação ao disco de origem.

•  Frequentemente associa-se extenso processo inflamatório adjacente ao material discal extruso, melhor visibilizado após a injeção do meio de contraste. Referir no laudo a integridade do ligamento longitudinal posterior, se íntegro, as herniações são consideradas subligamentares.

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“DISCO EXTRUSO”

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“DISCO EXTRUSO”

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“DISCO EXTRUSO”

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“DISCO EXTRUSO”

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“DISCO EXTRUSO”

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“DISCO EXTRUSO”

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DISCO •  Classificação quanto localização planos

•  Plano Axial (transversal)

•  Central (mediana posterior)

•  Paramediana Direita/esquerda

•  Recesso lateral Direita/esquerda

•  Foraminal Direita/esquerda (forame neural)

•  Extraforaminal (fora do forame neural, também conhecida como lateral extrema).

•  Zona anterior (regioes anterior e antcrolatcral).

•  Plano Sagital (Vertical)

•  Suprapedicular

•  Na altura do pedículo.

•  Infrapedicular

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PLANO AXIAL, MEDIANA POSTERIOR

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PLANO AXIAL, PARAMEDIANA

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PLANO AXIAL, FORAMINAL

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PLANO SAGITAL

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CURIOSIDADE •  Extrusões de discos lombares causadodes de radiculopatias mas que são

conduzidas clincamente, têm sido bem-sucedida em 90% do tempo (Saal JA, The non-operative treatment of herniated nucleus pulposo with radiculopathy: an outcome study. Spine 1989).

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CURIOSIDADE •  O termo “disco herniado” pode ser usado como um termo geral para

emglobar todos os outros termos mais específicos, mas em nossa opnião este termo não deve ser nunca o diagnóstico no laudo de RM da coluna vertebral. (Kaplan and cols, Ressonância Magnética Musculoesquelética. Guanabara, p287, 2001).

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FENÔMENO DE REGRESSÃO ESPONTÂNEA DAS HERNIAÇÕES •  Redução do tamanho ou desaparecimento da hérnia ocorrem em pacientes que não se

submeteram a tratamento intenvencionista ou cirúrgico.

•  Regressão espontânea é mais observado no segmento lombar.

•  Exato mecanismo dessa regressão ainda é desconhecido.

•  Fatores que podem facilitar a regressão de hérnia:

•  Hérnia de fragmento livre

•  Hérnias com alta intensidade de sinal em imagens ponderadas em T2

•  Hérnias com realce periférico em imagens ponderadas em Tl pós-contraste.

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FENÔMENO DE REGRESSÃO ESPONTÂNEA

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FENÔMENO DE REGRESSÃO ESPONTÂNEA

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FENÔMENO DE REGRESSÃO ESPONTÂNEA

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PLATÔS VERTEBRAIS •  Classificação de Modic, três tipos de alterações degenerativas dos platôs e do osso

subcondral podem ser identificados na RM

•  Tipo I Sinal de RM: Edema

•  Tipo II Sinal de RM: Gordura

•  Tipo III Sinal de RM: Esclerose óssea

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PLATÔS VERTEBRAIS •  Tipo I

•  Alterações caracterizadas por diminuição da intensidade do sinal em Tl e aumento de sinal em T2 traduzindo padrão de edema da medular óssea associado a inflamação aguda ou subaguda.

•  Histopatologicamente corresponde a irregularidades e fissuras dos platôs vertebrais e tecido fibroso vascularizado com edema da medula óssea. Após a administração de contraste, obsenva-se realce que às vezes pode envolver o disco, possivelmente relacionado com o tecido fibroso ,vascularizado nas adjacências da medula óssea.

•  Dor / incapacidade funcional

•  Modic I pode evoluir para Modic II ou III em 1 ano

•  Necessário diferenciar de espondilodiscite.

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MODIC I

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PLATÔS VERTEBRAIS •  Tipo II

•  Alterações caracterizadas por aumento da intensidade do sinal em imagens ponderadas em T1 e sinal isointenso ou aumentado em imagens ponderadas em T2.

•  Indicam substituição da medula óssea normal por gordura.

•  Tipo mais comum

•  Geralmente estável em 1 a 2 anos, podendendo não evoluir para tipo III

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MODIC II

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PLATÔS VERTEBRAIS •  Tipo III •  Alterações caracterizadas por diminuição da intensidade do sinal em T1 e T2 indicando

esclerose reativa que pode, inclusive, ser identificada em radiografias simples.

•  O intenso hipossinal reflete a ausência de tecido medular nas áreas de esclerose óssea avançada.

•  Apresentação menos frequente que Modic II

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MODIC III

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PLATÔS VERTEBRAIS •  Osteófitos.

•  Em virtude da distribuição não uniforme de carga pelo disco degenerado, os platôs vertebrais podem se tornar irregulares e esc!eróticos e ocorrer a formação de osteófitos marginais.

•  São neoformações ósseas com cortical e esponjosa localizadas na periferia dos corpos vertebrais, de orientação paralela aos espaços discais.

•  Representam uma resposta fisiológica do organismo na tentativa de ampliar a área de contato e evitar a instabilidade do complexo osteodiscal.

•  Se crescem para o interior do canal vertebral e forames de conjugação, podem levar a compressões nervosas.

•  Radiografia simples e a Tomografia computadorizada (TC) são os ideais para detectar excrescências ósseas, sendo algumas vezes difícil diferencia-los, na RM, de discos degenerados.

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OSTEÓFITO

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OSTEÓFITO