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0 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A REALIDADE DA METODOLOGIA CIENTÍFICA EMPREGADA NOS CURSOS DE PEDAGOGIA EM UMA INSTITUIÇÃO ACADÊMICA DA CIDADE DE ANÁPOLIS-GO NÚBIA CRISTINA FERREIRA ORIENTADOR: PROF. CARLOS AFONSO LEITE LEOCÁDIO ANÁPOLIS-GO 2008 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A REALIDADE DA METODOLOGIA CIENTÍFICA EMPREGADA NOS CURSOS DE PEDAGOGIA EM UMA INSTITUIÇÃO ACADÊMICA DA

CIDADE DE ANÁPOLIS-GO

NÚBIA CRISTINA FERREIRA

ORIENTADOR:

PROF. CARLOS AFONSO LEITE LEOCÁDIO

ANÁPOLIS-GO

2008

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A REALIDADE DA METODOLOGIA CIENTÍFICA EMPREGADA NOS CURSOS DE PEDAGOGIA EM UMA INSTITUIÇÃO ACADÊMICA DA

CIDADE DE ANÁPOLIS-GO

Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para a obtenção do Grau de Especialista em Docência do Ensino Superior. Por: Núbia Cristina Ferreira

ANÁPOLIS-GO 2008

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Agradeço a Deus, por segurar minhas mãos e me colocar de pé as inúmeras vezes que me senti fraca; a minha família, pelo companheirismo, dedicação e compreensão; e às pessoas que me ajudaram nesta longa caminhada, que muitas vezes pareciam impossível se realizar.

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Dedico a minha amada família, que esteve sempre presente em todos os momentos difíceis, me encorajando-me com carinho e amor.

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Não compreendi bem o que me objeta em relação ao título, pois eu não ponho Tratado do Método, mas Discurso do Método, o que é o mesmo que Prefácio ou Aviso Relativo ao Método, para mostrar que não tenho intenção de o ensinar, mas somente de falar dele, pois como se pode ver do que ali digo, ele consiste mais em prática do que teoria.

René Descartes, 1673.

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RESUMO

Muitas discussões se instauram sobre o tema metodologia científica no ensino superior, mais especificamente sobre a relação entre ensino-pesquisa. Por isso nesta pesquisa abordou-se algumas questões a fim de fomentar ainda mais o debate, para que talvez num futuro próximo alcancem-se os resultados almejados por todos, em especial nos cursos de Pedagogia em Anápolis-GO. Sabe-se que o conceito de pesquisa não é unívoco, no entanto, neste trabalho utilizou como o procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, mediante método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico, constituindo-se no caminho para se conhecer a realidade ou para se descobrir às verdades parciais, ou seja, terá como finalidade à descoberta de resposta para questões, mediante a aplicação de métodos científicos. Sendo que sem dúvida é nítido que a pesquisa assume real importância para o desenvolvimento, social, econômico, político e científico para um país, portanto, este trabalho não tem a pretensão de abranger todas as questões envolvidas em Metodologia Científica, mas sim, de uma mostrar a realidade atual nos cursos de Pedagogia em uma instituição superior na cidade de Anápolis-GO. Espera-se que este possa também contribuir aos estudantes de pós-graduação. Para a realização desta pesquisa fez-se necessário uma pesquisa qualitativa e quantitativa, para análise da teoria e prática. Palavras-chave: Metodologia. Cientificidade. Curso Superior. Ensino-pesquisa.

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METODOLOGIA

Foi realizado um estudo de metodologia qualitativa com alunos do curso de

Pedagogia de uma Faculdade da Rede Privada em Anápolis-GO. Tendo como foco em

especial acadêmicos da disciplina Metodologia.

Portanto, delimitou-se as técnicas desenvolvidas pelos professores de Metodologia

do Ensino Superior no curso de Pedagogia. A pesquisa foi realizada com os alunos.

Em primeiro plano foi analisado como se deu o início do curso e seu objetivo.

Foram levadas ao conhecimento também as transformações ocorridas no

desenvolvimento do curso e a importância da implantação da disciplina de técnicas cientificas

no mesmo.

A metodologia baseou-se em pesquisa básica, teórica e prática.

Utilizou-se para realização deste trabalho, pesquisa de natureza descritiva, pois,

segundo Minayo (1996) essa pesquisa “expõe características de determinada população ou de

determinado fenômeno, estabelecendo correlações entre variáveis e definindo sua natureza”.

Aplicou-se ainda o método qualitativo. “A abordagem qualitativa aprofunda-se no

mundo dos significados das ações e relações humanas, um lado não perceptível e não captável

em equações médias e estatísticas” (MINAYO, 1996, p.22).

Utilizou-se ainda entrevista com 10 (dez) acadêmicos do Curso de Pedagogia que

estiverem iniciando um projeto científico, pesquisa em forma de questionário com 10 (dez)

acadêmicos do curso que estiverem em fase de conclusão do projeto científico, com 5 (cinco)

professores orientadores dos projetos e com o coordenador do curso.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 08

CAPÍTULO I – METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................... 12

1.1. Conceito de Ciências .......................................................................... 12

1.2 Noção de Paradigmas em Ciências ...................................................... 15

1.3 Tipos de Conhecimentos ...................................................................... 16

CAPÍTULO II – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 18

2.1. Métodos e Técnicas de pesquisa ...................................................... 18

2.2 A pesquisa existente no ensino atual ................................................. 20

CAPÍTULO III - A DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTÍFICA NOS CURSOS

DE PEDAGOGIA EM ANÁPOLIS-GO ................................................

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3.1. Análise dos Dados Coletados ........................................................... 24

CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 32

APÊNDICE .......................................................................................................................... 34

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INTRODUÇÃO

Baseados em observações próprias, sem conotação científica, nota-se que a

disciplina de Metodologia Científica é uma das mais rejeitadas pelos estudantes em

praticamente todos os cursos de graduação.

Ela é iminentemente prática e deve estimular os estudantes para que busquem

motivações para encontrar respostas às suas dúvidas. Se referem a um curso superior estão

naturalmente referindo a uma Academia de Ciência e, como tal, as respostas aos problemas de

aquisição de conhecimento devem ser buscadas através do rigor científico e apresentadas

através das normas acadêmicas vigentes.

Diante disto, parece que fica claro que metodologia científica não é um simples

conteúdo a ser decorado pelos alunos, para ser verificado num dia de prova; trata-se de

fornecer aos estudantes um instrumental indispensável para que sejam capazes de atingir os

objetivos da Academia, que são o estudo e a pesquisa em qualquer área do conhecimento.

Trata-se então de se aprender fazendo, como sugere os conceitos mais modernos da

Pedagogia.

Existe em todos nós – seres humanos – uma necessidade latente que tem nos

impulsionado através dos séculos. Essa necessidade é “conhecer”. Lembre-se que conhecer é

uma relação que se estabelece entre o sujeito que busca conhecimento e o objeto ou fenômeno

que ele quer conhecer. Conhecer, portanto, pressupõe envolvimento, conexão e será sempre

prazeroso.

Cada geração recebe da anterior os conhecimentos adquiridos, bem como os

resultados conseguidos com a atividade intelectual e existencial – a experiência.

Encontrar respostas para as novas questões, ou solução para aquelas que vêm

desenvolvendo-se é um convite aos homens e mulheres que trazem consigo a curiosidade, a

vontade de desvendar objetos, teorias, campos, disciplinas, áreas. Tal convite leva, muitas

vezes, à pesquisa científica. É através dela que, realmente, conseguem-se avanços em todas as

áreas, inclusive na área de Pedagogia. Assim, as novas técnicas, os novos programas que

surgem, os usos e efeitos das novas tecnologias partem, sem dúvida de planejamento e de

verificação, enfim, de pesquisa criteriosa. Necessário, portanto, encarar a pesquisa como uma

preciosa aliada.

A intenção maior é de apenas facilitar a busca dos estudantes no que diz respeito

aos trabalhos de pesquisa acadêmica. A estrutura deste trabalho, por si só, serve de modelo

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para um trabalho realizado em sala de aula. Além disso, procurar-se-á apresentar e explicar as

regras para cada parte de um trabalho científico.

Diante de toda dificuldade que hoje tenho para desenvolver minhas pesquisas e

meus trabalhos científicos, deu-se o interesse por desenvolver este tema, na perspectiva de

estar contribuindo para melhoria dos aperfeiçoamentos teóricos-científicos dos cursos de

graduação em Anápolis-GO.

A presente pesquisa procura não dificultar as questões que envolvem a elaboração

de um projeto e o relatório da pesquisa, portanto pode ser entendida como uma facilitadora da

aprendizagem, onde os estudantes poderão consultar, a qualquer hora, para suprimir suas

dúvidas quanto aos procedimentos, técnicas e normas de pesquisa. Tendo como objetivo

analisar como as diretrizes metodológicas que fundamentam a Metodologia do Ensino

Superior são aplicadas, visando a ampliação e o aperfeiçoamento de conhecimentos, práticas e

instrumentos que constituem a organização da pesquisa científica.

Esta pesquisa foi fundamentada na seguinte situação problema: Até que ponto a

ausência da disciplina, Metodologia do Ensino Superior tem influenciado no grau de

dificuldades dos graduandos no desenvolver de uma pesquisa científica?

Verificar-se-á que a disciplina de Metodologia Científica tem uma importância

fundamental na formação do profissional, portanto, o presente trabalho monográfico de

pesquisa descreve a proposta de analisar como a unidade temática de Metodologia do Ensino

Superior é aplicada nos cursos de Pedagogia em uma Unidade Superior na cidade de

Anápolis-GO, pois se acredita que o estudante adquire instrumentos técnicos, lógicos e

conceituais para desenvolver com eficiência e competência a sua aprendizagem através das

diretrizes metodológicas.

Tem-se como objetivo primordial focar o estudo propriamente dito na questão do

graduando, analisando os principais fatores que levam o mesmo a obter dificuldades em

realizar trabalhos científicos, levantando os vários problemas que são causados pela falta de

uma orientação necessário diante de uma pesquisa científica.

Apontou-se ainda como objetivos específicos:

• Analisar as diversas formas de pesquisar e conhecê-las uma a uma.

• Envolver alunos, professores, coordenadores e gestores na busca de

solução.

• Apresentar um roteiro consistente de estudo sobre educação escolar e não-

escolar.

• Introduzir o estudante na ciência da educação e áreas afins.

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• Possibilitar momentos de reflexão sobre a vida e também sobre a prática

profissional.

Mediante os objetivos propósitos, apontou-se como hipóteses para esta pesquisa:

• A Educação Superior, como um espaço de percepção e de conhecimento do

sujeito da aprendizagem, define um conjunto de saberes, métodos,

procedimentos, recursos tecnológicos, atitudes e habilidades necessárias ao

desenvolvimento do processo de conhecimento específico e das habilidades

didáticas e de convívio social, das relações de trabalho e de manejo das

técnicas adequadas na utilização de bibliotecas, videotecas, laboratórios com

recursos da multimídia devem constituir a formação do professor universitário.

• O Curso de Metodologia da Educação Superior emerge nesse contexto com o

propósito de não só consolidar, mas ampliar as competências do professor

universitário, considerando sua necessidade de formação continuada e

propiciando-lhe a ampliação da compreensão e da autonomia na organização

do trabalho pedagógico.

• Há uma preocupação central em apresentar uma ligação entre as partes

constitutivas do conteúdo: sistema de produção econômica, político, social,

cultural, educacional, escolar, dinâmica de curso e sala de aula; educação e

ensino-aprendizagem, formação do docente, avaliação e outros.

• Os temas e os assuntos são abordados numa linguagem técnica e também em

linguagem de domínio comum (muitos alunos não são da área educacional). A

bibliografia apresentada é considerada, ao menos em parte, de acesso possível.

Os temas e assuntos que são apresentados estão relacionados à vida e não

somente à atividade profissional ou restrita à educação, escola, aula e ensino.

Foi realizado um estudo de metodologia qualitativa e quantitativa dentro de uma

Faculdade da Rede Privada em Anápolis-GO. Tendo como foco em especial os alunos da

disciplina Metodologia.

Portanto, delimitou-se as técnicas desenvolvidas pelos professores de Metodologia

do Ensino Superior no curso de Pedagogia.

Realizar-se-á ainda pesquisa com os alunos.

Em primeiro plano foi analisado como se deu o início do curso e seu objetivo.

Foram levadas ao conhecimento também as transformações ocorridas no

desenvolvimento do curso e a importância da implantação da disciplina de técnicas cientificas

no mesmo.

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A metodologia está baseada em pesquisa básica, teórica e prática.

Utilizou-se para realização deste trabalho, pesquisa de natureza descritiva, pois,

segundo Mynaio (1996, p.06) essa pesquisa “expõe características de determinada população

ou de determinado fenômeno, estabelecendo correlações entre variáveis e definindo sua

natureza”.

Aplicou-se ainda o método qualitativo. “A abordagem qualitativa aprofunda-se no

mundo dos significados das ações e relações humanas, um lado não perceptível e não captável

em equações médias e estatísticas” (MINAYO, 1996, p.22).

Utilizar-se-á ainda entrevista com 10 (dez) acadêmicos do Curso de Pedagogia

Civil que estiverem iniciando um projeto científico, pesquisa em forma de questionário com

10 (dez) acadêmicos do curso que estiverem em fase de conclusão do projeto científico, com

5 (cinco) professores orientadores dos projetos e com o coordenador do curso.

Espera-se com este mostrar que para que a pesquisa seja criteriosa é preciso que as

metodologias sejam conhecidas e aplicadas. Certas técnicas de estudo devem ser dominadas,

permitindo disciplinar o trabalho intelectual, garantindo assim maior produtividade.

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CAPÍTULO I – METODOLOGIA DA PESQUISA

A busca, a apropriação e o uso do conhecimento técnico-científico são atividades

permanentes que devem fazer parte do ensino dada a necessidade de atualização face aos

rápidos avanços da ciência.

Neste trabalho monográfico, procurou-se entender que para tanto, parece ser

indispensável que os alunos se exercitem a metodologia do trabalho científico, desde os

primeiros dias de sua trajetória de acadêmico; no uso de um instrumental teórico-

metodológico que lhes possibilite o progressivo domínio das práticas do trabalho intelectual

de modo a se tornarem não apenas consumidores, como também produtores de conhecimento.

Formular, elaborar são termos essenciais da formação do sujeito, porque significam propriamente a competência, à medida que se supera a recepção passiva do conhecimento, passando a participar como sujeito capaz de propor e contrapor [...] Aprende a duvidar, a perguntar, a querer saber sempre mais e melhor. A partir daí, surge o desafio da elaboração própria, pela qual o sujeito que desperta começa a ganhar forma, expressão, contorno, perfil. Deixa-se para trás a condição de objeto. (DEMO, 1996, p.28-29).

De acordo com as falas de Demo, percebe-se que esse processo contribui

decisivamente para a formação de profissionais cujo perfil compreende as competências

necessárias à busca do conhecimento, à sua adequada utilização para a solução dos problemas

e à elaboração de novos conhecimentos.

Buscou-se ainda mostrar, que a formação do indivíduo em todas as áreas do

conhecimento se faz, portanto, mediante a progressiva iniciação do aluno às práticas do

trabalho intelectual, atividade central no cotidiano de cada um.

1.1. Conceito de Ciências

Quando se afirma que a ciência é especial porque se baseia nos fatos, presume-se

que os fatos são afirmações sobre o mundo que podem ser diretamente estabelecidas através

de um uso cuidadoso e isento dos sentidos.

Verifica-se então que a ciência deve basear-se naquilo que podemos ver, ouvir e

tocar e não em opiniões pessoais ou fantasias especulativas.

Se a observação do mundo for conduzida de uma maneira cuidadosa e isenta, então os fatos estabelecidos dessa maneira constituirão uma base segura e objetiva para a

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ciência. Se, além disso, o raciocínio que nos leva desta base factual às leis e teorias que constituem o conhecimento científico for sólido, então pode-se considerar que o próprio conhecimento resultante está estabelecido com segurança e é objetivo (MORIN, 2000, p.15).

Não existe um conceito único e consensual sobre o que seja ciência, mas noções

que variam ao longo do tempo e do espaço. Além disso, existem sociedades e períodos

históricos que produzem mais e melhor "ciência" do que outros, ou ciência de um ou outro

tipo.

A ciência não é uma coisa simples, que se possa definir com facilidade recorrendo

a uma boa enciclopédia. Trata-se de um fenômeno social e humano bastante complexo e

variado, suficientemente importante para gerar todo um esforço para compreendê-lo e poder

em seguida agir sobre ele. “Esta é a origem da "ciência da ciência", e mais especificamente da

sociologia da ciência, que trata de examinar o fenômeno cientifico como um fato social”

(MORIN, 2000, p.10).

Como as explicações mágicas não bastavam para compreender os fenômenos os

seres humanos finalmente evoluíram para a busca de respostas através de caminhos que

pudessem ser comprovados. Desta forma, nasceu a ciência metódica, que procura sempre uma

aproximação com a lógica.

O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. Esta

característica permite que os seres humanos sejam capazes de refletir sobre o significado de

suas próprias experiências. Assim sendo, é capaz de novas descobertas e de transmiti-las a

seus descendentes.

O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua

característica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro, que,

por sua vez, aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a ciência.

Para Alves (2006) nenhuma instituição está livre dos demônios das convicções.

Nem mesmo a ciência. Porque estas instituições científicas são movidas pelas mesmas leis

sociológicas, políticas e psicanalíticas que movem as igrejas e os governos.

O que tratava o meio científico são as suas convicções metodológicas; ou seja

aquilo que não se pega com as redes metodológicas da ciência, não merece respeito. No

entanto as pessoas precisam entender que as idéias surgem a qualquer hora, sem necessidade

do método, as vezes ele até atrapalha, pois na obsessão com o método, entope as boas idéias.

Alves (2006) diz preocupado com a devastação que o dogma do método pode fazer

na inteligência e no caráter das pessoas especialmente dos jovens aprendizes de feiticeiros. Há

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sempre o perigo de que a ciência, coisa tão boa. Se torne uma convicção religiosa, um dogma

sobre a única via metodológica par conhecer a realidade.

Alves (2006) fala ainda a respeito do que é científico, ele conta uma história de um

jovem que se especializou em jogo de xadrez, e isso se transformou na coisa mais importante

de sua vida. Só que ele se fechou para as coisas do mundo e nada mais interessa a ele, tudo

que estivesse fora do jogo de xadrez é considerada um dos jogos mais inteligentes. Só que a

inteligência está em você saber pular de um assunto para outro; e dançar muitas danças ao

mesmo tempo. Portanto, o jovem especialista em xadrez, pagou um preço, por ter se desligado

do mundo, virou apenas um computador ambulante só entendia de um assunto. E como disse

Marcuse virou um homem unidimensional.

Comparando a ciência com um jogo de xadrez e ambos existem regras. E para o

pretendente ao título de “grande mestre” deve se dedicar de corpo e alma ao jogo da ciência.

O cientista, que assim procede ficará com conhecimentos cada vez mais refinados em sua área

de especialização: ele conhecerá cada vez mais de cada vez menos. Mas à medida que seu

software de linguagem se expande, os outros softwares. Vão se atrofiando. Por inatividade. O

cientista se transforma num “homem unibimensional”, vista apurada para explorar sua

caverna (área de especialização),mas cego em relação a tudo o que não seja aquilo previsto

pelo jogo da ciência.

Não há maneira de fazer uma pesquisa objetiva, estatística, sobre o sofrimento e a

felicidade. Porque sofrimento e felicidade não são objetos. Sofrimento e felicidade são

qualidades de relação. Para saber sobre relações é preciso conhecer a arte de adivinhar. Essa

arte é rigorosamente proibida aos cientistas. As ciências físicas pesquisam objetos. Conhecem

objetos. Tudo ignoram sobre qualidades. A ciência produz os conhecimentos de química

necessários para a fabricação, por exemplo, de tintas de todas as cores. Mas ela nada sabe

sobre as reações de sofrimento ou felicidade que uma cor pode produzir. Então para a ciência

interessa a objetividade e o que foge quantatividade disso, não é científico.

Se compararmos os pianos e a música. Ambos são absolutamente reais. Mas

também absolutamente diferentes. Os pianos moram no mundo das quantidades. A música no

campo das qualidades.

Um dos objetivos da ciência exata da fabricação de pianos é a produção de pianos

absolutamente iguais. Se não forem iguais, o pianista não conseguirá tocar num piano em que

nunca tocou.

A fabricação de pianos é uma ciência, porque está submetido ao critério da

medida.

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A realidade do piano se encontra em suas qualidades físicas que podem ser ditas e

descritas na precisa linguagem científica dos números. Assim, todos os objetos da ciência são

construídos com o auxilio de um método chamado quantitativo, isto é, que se vale de

números.

A música é tão real quanto os pianos. Mas a realidade da música não é da mesma

ordem que a realidade dos pianos. A realidade da música se encontra no prazer de quem ouve.

O prazer é uma experiência qualitativa. Não pode ser medido.

Quando se ouve uma boa música a pessoa sente emoções, mas nada disso é

científico, quantitativo. Mas é real. Move corpos. O que comove os homens e os faz agir é

sempre o qualitativo. Inclusive a ciência, os cientistas, ao fazer ciência, não são movidos por

razoes quantitativas, cientificas. São movidos por curiosidade, prazer, inveja, competição,

narcisismo, ambição profissional, dinheiro, fama e autoritarismo.

Nos meios científicos brasileiros. As pesquisas que não dão prestígio, respeito nas

revistas internacionais, ou seja, não são “qualitativas”, são rejeitadas, tem havido até casos de

recursos, pós-graduação serem desqualificados pelo fato de suas pesquisas serem feitas no

campo do qualitativo.

1.2 Noção de Paradigmas em Ciências

A noção de paradigma é normalmente utilizada para estabelecer uma

diferenciação entre dois momentos ou dois níveis do processo de conhecimento científico.

Pode-se conceituar o paradigma enquanto um modelo de ciência que serve como

referência para todo um fazer científico durante uma determinada época ou um período de

tempo demarcado. A partir de um certo momento da história da ciência, o referido modelo

predominante tende a se esgotar em função de uma crise de confiabilidade nas bases

estruturantes de seu conhecimento.

Vale comentar que paradigma passa a ser substituído por outro modelo científico

predominante. Também pode ocorrer o fato de dois paradigmas disputarem o espaço de

hegemonia da construção do conhecimento, do fazer científico.

O paradigma precedente pode passar a viver uma crise de credibilidade científica, enquanto o modelo paradigmático emergente ainda não chega a ser aceito pela comunidade científica internacional. Assim sendo, dois grandes paradigmas científicos podem conviver, em disputa ou equilíbrio, durante largos períodos da história da ciência e das sociedades (LÉVY, 1993, p.56).

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O paradigma científico na visão tradicional, além de pretender uma ciência de

caráter neutro, inclusive socialmente neutro, é pensado em termos de produção do saber

superior da ciência em relação a todo tipo de conhecimento que não passa pela formalização

científica.

Pode-se dizer que as grades curriculares das universidades seriam pensadas em

termos de proporcionar o máximo de informações técnicas possíveis para aplicações práticas.

Isso é coerente com o princípio da neutralidade, porque se a ciência for neutra, neutra no

sentido de servir a toda a sociedade, indiscriminadamente - servir a classe dominante, aos

trabalhadores, aos setores socialmente excluídos, aos camponeses, enfim, se essa ciência

transmitir um conhecimento neutro, então esse conhecimento pode ser utilizado, via mercado,

pelas empresas, acriticamente, sem nenhum tipo de constrangimento ético.

O principal elemento de diferenciação entre os paradigmas em questão é a

introdução da noção de não disciplinaridade ou de supradisciplinaridade ou de

inter(trans)disciplinaridade.

A interdisciplinaridade seria, em termos bem gerais, uma abordagem científica

que leva em conta aspectos não apenas disciplinares. Por exemplo, um currículo acadêmico

que corresponda à interdisciplinaridade deve englobar áreas do conhecimento não

estritamente relacionadas a aspectos técnico-científicos, mas que remetam a questionamentos

e críticas quanto a própria tecnificação científica do conhecimento, a partir do campo

histórico-social.

1.3 Tipos de Conhecimentos

Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno

qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em

nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras

de livros e artigos diversos.

Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e

transformar o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por

diversos meios, numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de

criar um sistema de símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias

experiências e passar para outros seres humanos. Essa característica é o que nos permite dizer

que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos macacos e dos leões.

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Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana,

permitimo-nos também ao pensar e, por conseqüência, a ordenação e a previsão dos

fenômenos que nos cerca.

Existem diferentes tipos de conhecimentos:

• Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum): É o

conhecimento obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, ou seja, o

conhecimento adquirido através de ações não planejadas.

• Conhecimento Filosófico: É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o

conhecimento especulativo sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos.

Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando os limites

formais da ciência. .

• Conhecimento Teológico: Conhecimento revelado pela fé divina ou crença

religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da

formação moral e das crenças de cada indivíduo.

• Conhecimento Científico: É o conhecimento racional, sistemático, exato e

verificável da realidade. Sua origem está nos procedimentos de verificação

baseados na metodologia científica. Podemos então dizer que o Conhecimento

Científico:

§ É racional e objetivo. § Atém-se aos fatos. § Transcende aos fatos. § É analítico. § Requer exatidão e clareza. § É comunicável. § É verificável. § Depende de investigação metódica. § Busca e aplica leis. § É explicativo. § Pode fazer predições. § É aberto. § É útil (GALLIANO, 1979, p. 24-30).

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CAPÍTULO II – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Segundo Severino (2001), é preciso tomar cuidados necessários ao realizar uma

pesquisa bibliográfica, portanto, segue alguns instruções básicas a seguir:

Tipos de Fontes Bibliográficas

• Fontes primárias: Contém trabalhos originais com conhecimento original e

publicado pela primeira vez pelos autores. Exemplos: Monografias, teses

universitárias, livros, relatórios técnicos, artigos em revistas científicas, anais

de congressos.

• Fontes secundárias: Contém trabalhos não originais e que basicamente citam,

revisam e interpretam trabalhos originais. Exemplos: Artigos de revisão

bibliográfica, livros-texto, tratados, enciclopédias, artigos de divulgação.

• Fontes terciárias: Contém índices categorizados de trabalhos primários e

secundários, com ou sem resumo. Exemplos: Bases de dados bibliográficos,

índices e listas bibliográficas.

Etapas de uma Pesquisa Bibliográfica

• Fichamento das Referências

• Ficha Bibliográfica

• Aprofundamento e Refinamento

• Seleção de Referências

• Localização e Obtenção

• Leitura e Redação

2.1. Métodos e Técnicas de pesquisa

Para Lênin (1965, p. 148) “o método é a alma da teoria, já para outros autores é o

conjunto de técnicas destinado à construção de realidades e a potencialização de criatividades

do pesquisador”.

É de suma importância trabalhar com rigor, com regras precisas, assegurando a si e

ao demais a credibilidade dos resultados pesquisados. Segundo Laville; Dione (1999, p.89):

Os métodos são regras precisas e fáceis, partir da observação exata das quais se terá certeza de nunca tomar um erro por uma verdade, e, sem aí desperdiçar inutilmente

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as forças de sua mente, mas ampliando seu saber por meio de um contínuo progresso, chegar ao conhecimento verdadeiro de tudo do que se é capaz.

Como já foi dito, para que a pesquisa seja criteriosa é preciso que as metodologias

sejam conhecidas e aplicadas. A pesquisa deve ser desenvolvida dentro de padrões científicos,

de forma racional, lógica, com métodos e procedimentos adequados.

Diante de toda dificuldade que hoje tenho para desenvolver minhas pesquisas e

meus trabalhos científicos, deu-se o interesse por desenvolver este tema, na perspectiva de

contribuir para melhoria dos aperfeiçoamentos teóricos-científicos dos cursos de graduação

Pedagogia.

Uma vez conhecendo a metodologia científica, os futuros profissionais da área

poderão simplificar a trajetória das pesquisas desenvolvidas para aplicações no próprio

ambiente de trabalho.

Há diversas formas de redigir um trabalho científico que podem ser agrupadas

como comunicação oral ou comunicação escrita. Para que aconteça uma boa redação é preciso

utilizar-se de métodos e técnicas, tendo:

o Competências referentes ao trato da informação:

• ler e compreender textos teóricos, a competência de maior importância e

suas competências subsidiárias: identificar as fontes bibliográficas mais

relevantes da área;

• buscar e adquirir a informação necessária para a realização de trabalhos;

registrar a informação e as respectivas fontes bibliográficas, documentais

ou outras (fazer resumos, fichamentos, referências);

o competências cognitivas:

• referentes ao raciocínio: identificar proposições, estabelecer relações,

inferir,demonstrar (ou provar) por argumentação;

• ligadas à formação de conceitos: fazer distinções e conexões, explicar,

definir;

• referentes à capacidade de interpretação: perceber implicações, extrair

significados, interpretar criticamente, parafrasear;

• referentes às práticas de investigação: formular questões e hipóteses,

observar, auto-corrigir-se (ou reformular o anteriormente formulado);

Vale comentar que segundo Laville e Dionne (1999) metodologia é o conjunto de

métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento. Os métodos podem ser:

• classificatórios: usados nas pesquisas das Ciências da natureza;

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• racionais: abrange as ciências formais e parte das ciências da natureza;

• experimental: utilizado nas ciências físico-químicas.

“Nas ciências humanas, há mais ou menos liberdade humana, não inclui

subjetividade e opiniões pessoais”. (LAVILLE; DIONNE, 1999, p.130).

Sabe-se que as leis que regem as ciências humanas são mais flexíveis, isto é,

menos rigorosas, por estudar os fenômenos reais, ainda que diferentes dos pesquisados nas

ciências experimentais, trata-se portanto, dos fatos humanos, qualitativos.

2.2 A pesquisa existente no ensino atual

O conjunto das reflexões atuais sobre a pesquisa existente no ensino atual, requer

dois investimentos cognitivos que se complementam: o exercício de um diálogo capaz de

articular nossas competências e a escolha de meta-temas e princípios que exponham, com

clareza, o ideário da educação que queremos.

Constatou-se mais que reformular as teorias e metodologias particulares para

pensar o mundo, é fundamental que se coloquem o problema de recompor a estrutura de

pensar. Considerando o quadro interno do conhecimento científico há que se propugnar pela

articulação entre ciências da vida, ciências do homem, ciências do mundo físico.

Diante deste horizonte é importante investir numa reorganização do conhecimento

capaz de prover uma reforma na educação, afinal, o método é a alma da teoria, já para outros

autores é o conjunto de técnicas destinado à construção de realidades e a potencialização de

criatividades do pesquisador”.

Stubs; Delamont (1976) dizem que a natureza dos problemas é que determina o

método, isto é, a escolha do método se faz em função do tipo de problema estudado.

É de suma importância trabalhar com rigor, com regras precisas, assegurando a si e

ao demais a fidedignidade dos resultados pesquisados. Segundo Laville; Dione (1999):

O método são regras precisas e fáceis, partir da observação exata das quais se terá certeza de nunca tomar um erro por uma verdade, e, sem aí desperdiçar inutilmente as forças de sua mente, mas ampliando seu saber por meio de um contínuo progresso, chegar ao conhecimento verdadeiro de tudo do que se é capaz.

Segundo Becker (1983), os cientistas sociais podem e devem improvisar soluções

para os seus problemas de pesquisa, sentindo-se livres para inventar os métodos capazes de

responder às suas questões e que a escolha das teorias que orientam a pesquisa também está

contaminada pelas preferências e dificuldades do pesquisador.

21

É preciso, portanto, valorizar as ciências humanas dentro do ensino brasileiro,

utilizando os métodos adequados na perspectiva de oferecer um ensino de qualidade através

do gosto pela pesquisa.

22

CAPÍTULO III - A DISCIPLINA METODOLOGIA CIENTÍFICA NOS

CURSOS DE PEDAGOGIA EM ANÁPOLIS-GO

Segundo Schwartzman (2001), a atividade científica não consegue se desenvolver

e ser mantida se não tiver dois componentes importantes: auto-referência e auto-

regulamentação. Essa hipótese será testada repetidamente, conforme sigamos a ascensão e a

queda das instituições científicas e tecnológicas brasileiras, a partir do século XIX.

Ele afirma que existem duas condições necessárias para que os cientistas

mantenham seus pares como principal grupo de referência. A primeira condição é que a

sociedade precisa associar ciência com progresso ou, de alguma forma, reconhecer o valor do

trabalho científico. É esse reconhecimento que permite aos cientistas conquistar prestígio

social e atrair apoio financeiro. A segunda condição é que o resultado dos esforços dos

cientistas não deve produzir lucros a ponto de afastá-los da sua tarefa principal.

Vê-se que o cientista precisa se preocupar com o desenvolvimento pessoal e social

para manter a qualidade do seu trabalho científico.

No que se refere ao ensino aplicado nos cursos de Pedagogia em Anápolis/GO,

este passa por uma crise que não é de agora, mas vem se desenvolvendo desde a criação dos

cursos neste Estado.

Para Luckesi (1990), nos últimos quarenta anos, a pesquisa científica brasileira

obteve um crescimento significativo. Vários fatores profissionais contribuíram para isso. Ele

cita que o avanço deva ser creditado à consolidação da política de pós-graduação implantada

nos anos sessenta nas principais universidades do país.

Dentre os fatores que agravam essa crise está exatamente o fato da

dissociabilidade entre o ensino e a pesquisa. Afinal, predomina no ensino de Pedagogia o

método didático da aula conferência, expositiva, num estilo mecanicista onde o professor

apenas repassa conteúdos assimilados previamente da leitura de manuais, sem que haja o

estímulo a discussão e reflexão sobre os mesmos; onde o aluno ocupa uma posição passiva de

capitador e decorador de conceitos, ou seja, é objeto de assimilação de conhecimento e não

atua como sujeito produtor de conhecimento no processo educativo. Nota-se então, a falta da

presença da disciplina de Metodologia Científica.

Falcão (1984, p. 85) diante dessa realidade defende que:

Além de inexistir uma mentalidade de pesquisa ou quando existe é uma mentalidade individualista que dispensa a moderna metodologia científica, inexistem, na maioria das faculdades, bibliotecas atualizadas, salas apropriadas ou recursos específicos, sobretudo, para a pesquisa empiricamente fundamentada. [...]

23

O que pode-se perceber é que grande parte do conhecimento nos cursos de

Pedagogia é importado, com grande influência da doutrina de outros países; ou seja, é aquilo

que alguns denominam de cópia de doutrina estrangeira, que muitas vezes desconsidera que

essas doutrinas são feitas para realidades totalmente diversas da brasileira.

A pesquisa no ensino de Pedagogia é de suma importância para se aliar teoria e

prática, uma ação refletida na área de Pedagogia. Através dela é que se pode aprofundar o

conhecimento, possibilitando a construção, reformulação e acumulação do saber. Por isso é

necessário ultrapassar e superar métodos ultrapassados que dissociam a pesquisa do ensino,

para que desta forma possam alcançar um ensino de alta qualidade, em nível de excelência.

Para alcançar este tão almejado ensino de excelência é necessário também inserir

tanto no docente como no discente essa mentalidade de pesquisa, de curiosidade científica;

uma consciência de que sua formação e aperfeiçoamento jamais será completa, devendo ser

um aprendiz durante a vida toda, um pesquisador contínuo, interagindo em um contexto

histórico-social.

Sendo que é perfeitamente legítimo esperar que o docente universitário seja um

pesquisador, ou no mínimo que seja então cobrado dele uma atualização constante nas

disciplinas que lecione. De acordo com Balzan (2000, p.23) “assim teremos um docente se

não pesquisador ao menos consumidor de pesquisas, o que ajudará a evitar que tenhamos

apenas um “dador de aulas”, um repetidor de informações que se superam cada vez com

maior rapidez”.

Também é necessário, como afirma Berbel (1992, p.32):

Que o aluno tenha consciência de que a sua competência profissional está estritamente ligada com a idéia de estudo contínuo, de constante pesquisa para atualização e desenvolvimento do seu papel, com uma consciência da realidade social, inclusive em termos de cultura geral, o que podemos denominar de interdisciplinariedade.

Necessita-se assim de faculdades onde o ensino de graduação reflita na ação a

ação alcançada na realidade, oportunizando ao discente a produção de seu próprio

conhecimento amparado pelo professor, que o auxilie na organização sistematizada na busca

do saber, um professor que não apenas ensine conhecimento, mas ensine o aluno a conhecer.

Avanços se observam e muitos em decorrência das novas exigências do MEC, ao

regular as novas diretrizes curriculares, exigindo, dentre outras medidas, a monografia ao final

de curso, tornando assim obrigatória a pesquisa, o que sem dúvida possibilita a elevação da

24

qualidade do ensino, com reflexos positivos na organização curricular e na capacitação

docente.

Tais medidas tornando obrigatória a pesquisa vão propiciar grandes avanços e representa uma posição avançada na inovação e mesmo na revisão e superação dos conceitos, contribuindo abertamente para fomentar questionamentos e fazer brotar inquietudes que estimulem ainda mais o estudo e a pesquisa comprometidos com seu tempo e seus dilemas (CUNHA, 1994, p.18).

Com a pesquisa o aluno aprenderá a estudar, raciocinar e expor suas idéias,

deixando assim de apenas assimilar mecanicamente normas técnicas, conceitos padronizados

ou seguir roteiros esquematizados. Poderá então explorar e investigar sistematicamente,

abrindo as portas para descobrir e interpretar os fatos que estão inseridos em uma determinada

realidade. “A exigência da pesquisa habilita a apreensão do Direito no campo de suas relações

contraditórias, qualificando a formação social do estudante, como sujeito co-participante do

processo de re-instituição contínua da sociedade” (Severino, 2000, p.46).

Vê-se que a elaboração da monografia foi certamente pensada como um

importante instrumento de fomento à pesquisa, constituindo-se num dos produtos visíveis de

um novo processo de ensino/aprendizagem.

3.1. Análise dos Dados Coletados

Como se trata de uma pesquisa descritiva que envolve o uso de técnicas

padronizadas de coleta de dados, em geral assumindo a forma de levantamento, foram

realizadas as seguintes etapas:

1. Visitas nas Faculdades, além de bibliotecas públicas e particulares, para uma maior

coleta de dados teóricos para a elaboração da dissertação;

2. Entrevistas com 10 (dez) acadêmicos do curso Pedagogia que estiveram iniciando um

projeto científico;

3. Elaboração de formulários para pesquisas com acadêmicos, professores e

coordenadores;

4. Pesquisa em forma de questionário com 10 (dez) acadêmicos do curso que estiveram

em fase de conclusão do projeto científico.

5. Pesquisa em forma de questionário com 5 (cinco) professores orientadores dos

projetos e com o coordenador do curso.

No decorrer do processo de coleta fez-se necessário avaliar se as amostras foram

suficientes.

25

Em primeiro plano analisou-se como se formalizou o início do curso e seu objetivo.

Levou-se ao conhecimento também as transformações ocorridas no desenvolvimento

do curso e a importância da disciplina de técnicas cientificas no mesmo.

Após a aplicação dos questionários, organizou-se por aproximações de respostas

semelhantes, bem como descrição das respostas diferentes, uma vez que nesse tipo de

pesquisa é importante valorizar todas as respostas.

Relacionou-se os dados obtidos com as teorias estudadas, para interpretar a realidade

dos mesmos.

Para obtenção dos dados realizou-se questionários com perguntas abertas, na

perspectiva de conseguir informações para relações entre teoria e prática.

Para Demo (1996, p45), a atividade básica da ciência é a pesquisa. O autor

explica que esta afirmação pode estranhar, porque temos a compreensão de que ciência se

concentra na atividade de transmitir conhecimento por intermédio da docência e de absorvê-la

como aluno. Demo afirma, que a pesquisa é a atividade científica pela qual descobre-se a

realidade. Entende-se, assim, que a realidade não se desvenda por acaso. Portanto, preocupou-

se em primeiro momento compreender Como é direcionado a disciplina de Metodologia

Científica no Pedagogia, por parte dos alunos. Obteve-se como respostas:

“Não tive esta disciplina, o que me trouxe muitos problemas quando necessitei pesquisar e redigir minha monografia” (ECD, 2008). “Na minha grade não tinha esta disciplina, mas é de fundamental importância” (CBL, 2008). “Apesar de não ter cursado a disciplina, acredito que seja uma das disciplinas mais importantes, pois o conhecimento é amplo e destinado a várias áreas, não só as específicas” (EPR, 2008).

De acordo com a opinião dos alunos, percebeu-se que se faz necessário a

implantação da disciplina de Metodologia Científica neste curso, afinal, segundo Barros

(1986, p.09), “pesquisar é um fato natural e necessário a todas as pessoas. A pesquisa é uma

atividade comum, não só entre os cientistas, mas para todos os indivíduos atuantes na

sociedade”. Vê-se então que o professor, o aluno, ou um consumidor podem, dentro de uma

área de ação, tomar a pesquisa como instrumento para e análise dos pontos negativos ou

positivos de um problema.

A segunda indagação fundamenta-se: Como você avalia o Calendário de

Metodologia do Trabalho Científico oferecido no curso?

“Não tenho como avaliá-lo, pois não nos foi oferecido esta disciplina” (ECD, 2008).

26

“Acho que o tempo é curto para o nosso curso, deveria exigir um projeto específico na área” (SBL, 2008). “Não tenho conhecimento do calendário” (DB, 2008).

Quanto ao calendário de Metodologia do trabalho Científico é pertinente

considerar, que ainda existe a desejar, mesmo sabendo no segundo semestre do ano de 2008,

já implantou a disciplina.

O estudante, ao ingressar à Universidade, recebe de seus professores a missão de

realizar atividades relacionadas com pesquisa. Para tanto, é necessário que pesquise: livros,

artigos, internet e outros recursos para levar adiante as tarefas de sala de aula. Então,

investigação, indagação e estudo procura são palavras com que mais geralmente se conceitua

pesquisa. Barros (1986, p.78), trata da pesquisa como um ato dinâmico de questionamento,

indagação e aprofundamento consciente, na tentativa de conhecimento de determinados

objetos. Para realizar a pesquisa é necessária uma busca incansável para conseguir uma

resposta a uma dúvida ou problema questionado. É preciso rever a grade curricular nos cursos

de Pedagogia.

Vê-se que a importância da iniciação científica na graduação é de grande

importância, isto é, o autoconhecimento, o início de um contato mais real com a importância

do saber, do propor, do renovar.

As questões que envolvem a falada reforma universitária devem levar em

consideração a importância da iniciação científica na graduação, área pouco valorizada

algumas vezes.

Há de se entender que iniciação científica é fundamental à completa formação

profissional e, mais importante, na formação pessoal do engenheiro.

Perguntou-se ainda: O que você considera importante para desenvolver suas

pesquisas?

“Meu interesse pelo assunto; orientação de quem tem conhecimento e interesse pelo tema; pesquisar temas pouco explorados que se mostrem de grande utilidade” (ECD, 2008). “Conhecimento, acessibilidade, vontade, objetivo” (KBL, 2008). “Pesquisas que venha oferecer benefícios social, econômico e político” (EPRD, 2008).

O que pode constatar com as respostas coletadas é que os acadêmicos sentem-se

atraído pela pesquisa, mas os mesmo não tem orientação necessária. Verifica-se então, que a

disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica nas universidades deve ajudar os alunos na

27

experiência de sentirem-se cidadãos, livres e responsáveis, a administrar suas emoções e

exercitar o bom senso e a eqüidade.

De um modo peculiar, os alunos do curso de Pedagogia muito se enriquecem

quando assimilam bem tudo que foi exposto. Como tantos outros cursos, os alunos de

Pedagogia saem da faculdade cheios de teorias, de idéias para revolucionarem as empresas,

levá-las a patamares recordes de lucro e eficiência; acumulam teorias dos mais renomados.

Deparam-se, muitas vezes, com a questão do método. Por onde começar? Qual o primeiro

passa a ser dado? O que é mais urgente? Entre teoria e método há uma grande diferença, ainda

que sejam interdependentes.

Ambos buscam realizar o objetivo proposto, a teoria pode gerar e dar forma ao método e vice-versa; o método quando alimentado de estratégia, de iniciativa, invenção e arte estabelece uma relação com a teoria capaz de propiciar a ambos regenerarem-se mutuamente pela organização de dados e informações (VEIGA, 1991, p. 335).

O método numa empresa ou instituição abre caminhos, aponta ou intui soluções,

minimiza tempo e gastos, estimula o diálogo entre opiniões contrárias e/ou diferentes, resgata

a postura ética, cria o espírito de participação e responsabilidade comuns na solução de

problemas, no enfrentamento de desafios e na conquista de metas.

A importância da Metodologia Científica para os/as alunos/as dos Cursos de

Pedagogia consiste, sobretudo, no salto qualitativo que tal prática pode desencadear, ou seja,

no aprender a ser.

Acreditamos que o mundo acadêmico-científico é uma cartilha - um pouco mais elaborada - para aprender a arte de com-viver. E viver-com é a arte de ser. Quando assimilarmos no cotidiano da vida, não apenas as regras metodológicas da ABNT e suas infinitas exceções e peculiaridades, com o objetivo de elaborar um trabalho científico de excelência, mas avançarmos, transformando as mesmas regras frias e intelectuais em hábitos que integralizam a pessoa, então estaremos, também, aprendendo a ser. Entrar nesse processo significa superarmos a tentação de medir tudo em termos de eficiência e de interesses e substituirmos esses critérios quantitativos por intensidade da comunicação, pela difusão dos conhecimentos e das culturas, pelo serviço recíproco e a boa harmonia para levar adiante uma tarefa comum (LIBÂNIO, 2001, p. 85).

Esta forma de ver e aprender Metodologia da Pesquisa Científica talvez possa

contribuir para um maior desempenho dos professores que se responsabilizam pelo seu

ensino, uma melhor aceitação da matéria por parte dos alunos - nem sempre muito receptivos

-, e poderá, finalmente, proporcionar uma dinâmica interdisciplinar com as demais matérias

visando um ensino eficaz e integrador.

28

A última questão baseou-se habilidades dos acadêmicos em desenvolver

atividades científicas: Como você avalia a sua habilidade hoje com relação a executar

trabalhos científicos?

“Regular, porque tenho dificuldade em organizar as informações obtidas dentro da estrutura do trabalho” (ECD, 2008). “Não me sinto tão segura quanto deveria” (EPR, 2008). “Péssimo. Pois só no meu T.C.C.II (Trabalho de Conclusão de Curso II) que irei absorver os conhecimentos necessários para execução do trabalho científico” (SCD, 2008).

O pode perceber é que até o segundo semestre de 2008, não existia a disciplina de

Metodologia do Trabalho Científico no Pedagogia, ao longo da pesquisa constatou-se que os

alunos, não tinham conhecimento de se como realizar trabalhos científicos de como empregar

os métodos e outras questões pertinentes.

Atualmente observa-se que a coordenação do curso vem valorizando essa

disciplina e a partir de agosto de 2008, implantou-se a mesma no Pedagogia.

Vale ressaltar que o método, quando incorporado a uma forma de trabalho ou de

pensamento, leva o indivíduo a adquirir hábitos e posturas diante de si mesmo, do outro e do

mundo que só têm a beneficiar a sua vida tanto profissional quanto social, afetiva, econômica

e cultural. Por método entende-se caminho que se trilha para alcançar um determinado fim,

atingir-se um objetivo; para os filósofos gregos metodologia era a arte de dirigir o espírito na

investigação da verdade. Ora, as regras e passos metodológicos que são ensinados na

universidade, visando à inserção do estudante no mundo acadêmico-científico - que são

pertinentes e necessárias - objetivam também, e, sobretudo, a criar hábitos que o

acompanharão por toda a sua vida, como o gosto pela leitura, a compreensão dos diferentes

interlocutores, um espírito crítico maduro e responsável, o diálogo claro e profundo com os

outros e com o mundo, a auto-disciplina, o respeito à alteridade e ao diferente, uma postura de

humildade diante do pouco que se sabe e da infinidade de saberes existentes, o exercício da

ética e do respeito a quem pensa diferente, a ousadia/coragem de expor o próprio pensar.

E um terceiro ponto que norteia o ensino da Metodologia é aprender a fazer, que significa colocar-se num movimento histórico em que o presente assume continuamente uma instância crítica em relação ao passado. Aprender a fazer captando o lado ético de todo agir humano implica um senso de responsabilidade pois quanto mais cuidamos de vislumbrar o futuro nos atos presentes, mais aprendemos a fazer. Aprender a fazer e a pensar não é privilégio de inteligências. Grandes gênios se perderam no encurralamento de seu saber fragmentado e hiperespecializado, desenvolvendo experiências que terminaram em produtos nefastos para a humanidade. Não se pode entender o investimento de inteligências

29

na pesquisa de armamentos de morte, a não ser porque essas pessoas nunca aprenderam a pensar e a fazer. (LIBÂNEO, 2001, p. 43-47).

Vê-se, portanto, que a Metodologia objetiva bem mais que levar o aluno a

elaborar projetos, a desenvolver um trabalho monográfico ou um artigo científico como

requisito final e conclusivo de um curso acadêmico.

Ela pode levar o/a aluno/a a comunicar-se de forma correta, inteligível,

demonstrando um pensamento estruturado, plausível e convincente.

Na perspectiva de compreender melhor a teoria e prática desenvolvida nos cursos

de Pedagogia, deixou-se que os acadêmicos declarassem o que eles acreditavam em relação

ao ensino metodológico dentro do curso, na maioria percebeu-se que de uma forma geral, os

acadêmicos de Pedagogia estão saindo com uma grande deficiência em elaboração de

trabalhos científicos.

Com certeza pode-se afirmar que o principal motivo dessa deficiência é a falta de

inserção da disciplina metodologia científica no curso.

Em suma o primeiro objetivo da disciplina de Metodologia Científica deve ser de

resgatar nos alunos de Pedagogia a capacidade de pensar. Pensar significa passar de um nível

espontâneo, primeiro e imediato a um nível reflexivo, segundo, mediado. “O pensamento

pensa o próprio pensamento, para melhor captá-lo, distinguir a verdade do erro. Aprende-se a

pensar à medida que se souber fazer perguntas sobre o que se pensa”. (LIBÂNEO, 2001, p.

39).

30

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua

característica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro, que,

por sua vez, aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a ciência.

Verificou-se que o estudo de Metodologia em Pedagogia, ainda não é uma

realidade constante. Quanto aos alunos, percebeu-se que os mesmo sentem dificuldades nas

formulações de trabalhos científicos.

Num mundo marcado pela pressa, pela falta de tempo, falar de disciplina e de

método é realmente desesperador. Acostumamo-nos a um necessário e exacerbado ativismo, a

agir como robôs mecanizados, a copiar idéias e posturas - é mais fácil! - e deixamos de lado

uma das maiores riquezas humanas que é a capacidade de pensar.

Misturando um pouco de nossas experiências individuais com o que sabíamos

sobre a Metodologia Científica, chegamos à conclusão de que abordaríamos um tema

polêmico e difícil o medo que os acadêmicos tem na hora de realizar seus trabalhos. Afinal,

em qualquer ação ou trabalho específico, a sociedade precisa cada vez mais da presença e da

necessidade de ciência e tecnologia. É em função da pesquisa aplicada básica, desenvolvida

nas universidades e em outras instituições de pesquisa, utilizada para desenvolver produtos e

serviços, que surge o vínculo entre o pesquisador e a comunidade. O resultado adquirido nas

pesquisas científicas é compartilhado com a sociedade em geral, com eficiência e muita

rapidez no presente, em comparação com o passado.

As recomendações consistem sobre a necessidade de levantamentos estatísticos

periódicos, aprimorando as ferramentas de informações existentes na Faculdade como a

internet, catálogos, folders e outros meios de comunicações, com a finalidade de

possibilitarem a continuidade e disponibilidade das informações ao público em geral dos

dados estatísticos que versam sobre a produção científica realizada na Instituição.

É importante citar a necessidade de se realizar uma pesquisa mais aprofundada,

utilizando métodos qualitativos, com intuito de realizar comparações mais detalhadas na

Universidade.

Detecta-se a necessidade de expandir os estudos sobre a disciplina Metodologia

Científica de relacionamento existentes dentro das Universidades de relacionamento e de

parceria. Recomenda-se para trabalhos futuros que a pesquisa seja ampliada levantando-se

dados de novos cursos e outras faculdades de outras regiões, chegado-se ao âmbito nacional.

31

Recomenda-se também a medição dos resultados incrementais obtidos com

aplicação da disciplina Metodologia Científica.

Nada está pronto. As possibilidades são imensas. As pessoas estão mudando

rapidamente. Por isso a proposta deste trabalho é somente o início de uma experiência em

busca de melhorar e aprender e, portanto, deve ser continuada e aprimorada.

Conclui-se que o é de suma importância para o aprimoramento científico do

acadêmico a implantação de disciplina de Metodologia Científica nos cursos de graduação.

32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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33

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34

APÊNDICE

CONSENTIMENTO DE REALIZAÇÃO DE PESQUISA

Eu,_________________________________ responsável coordenador do curso de Pedagogia

da Faculdade Latino Americana, fui devidamente informado (a) pelo pesquisadora Núbia

Cristina Ferreira acadêmica da Universidade Cândido Mendes, sobre a pesquisa, os

procedimentos nela envolvidos, assim como os possíveis benefícios decorrentes de minha

participação. Foi me dado à garantia de que posso retirar meu consentimento a qualquer

momento, sem que isso me leve a qualquer penalidade ou interrupção de meu trabalho. Sei

também que não terei nenhum tipo de despesas e nem receberei nenhum pagamento neste

estudo. Estou de acordo voluntariamente em liberar as informações necessárias dos

acadêmicos co curso de Pedagogia ao desenvolvimento da referida pesquisa.

____________________________

Local e data

_____________________________

Assinatura do responsável

Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e aceite do sujeito em participar:

Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores):

Nome:________________________________Assinatura:_________________________

Nome:________________________________Assinatura:_________________________

Observações complementares: