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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ASSESSORIA DE IMPRENSA E AS ESTRATÉGIAS PARA
GERENCIAMENTO DE CRISE
Por: Michelle Diniz Lorencini
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ASSESSORIA DE IMPRENSA E AS ESTRATÉGIAS PARA
GERENCIAMENTO DE CRISE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Comunicação Empresarial.
Por: Michelle Diniz Lorencini
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais e ao meu marido, que cuidaram do meu filho nesse período. Eles foram fundamentais na conclusão deste novo ciclo.
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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, por todo apoio recebido nestes anos de estudo. E também ao meu filho e marido, pela paciência e incentivo.
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RESUMO
Este trabalho pretende mostrar o surgimento e a evolução da Assessoria
de Imprensa no Brasil e a importância deste segmento na construção e na
manutenção da imagem da instituição perante a mídia e a opinião pública.
Proteger a reputação e a imagem de uma instituição, seja ela pública ou
privada, é a tarefa mais importante e a mais difícil para os assessores de
imprensa.
A proposta deste trabalho é mostrar o funcionamento das assessorias
de imprensa no setor público, especificamente na Secretaria de Estado de
Educação. Além disso, o trabalho mostra como as ações desenvolvidas pela
Ascom/Seeduc, a partir de 2011, modificaram o cenário da comunicação do
órgão.
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METODOLOGIA
O desenvolvimento deste trabalho foi feito a partir de pesquisas bibliográficas e
na internet, que contribuíram para a fundamentação dos principais temas
propostos (A história da Assessoria de Imprensa no Brasil, O processo de
gerenciamento de crise e A assessoria de Imprensa no setor público). Além
disso, os conhecimentos adquiridos em sala de aula e a experiência
profissional na área de Assessoria colaboraram significativamente para o
aprofundamento do trabalho.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Assessoria de Imprensa 10
CAPÍTULO II - Gerenciamento de crise 20
CAPÍTULO III – Assessoria de Imprensa no
setor público 32
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
ÍNDICE 44
8
INTRODUÇÃO
O trabalho de conclusão de curso tem o objetivo de mostrar a importância
das assessorias de imprensa que, embora tenham sido consolidadas
recentemente no Brasil, assumiram um importante papel no processo de
comunicação envolvendo a mídia e a sociedade. Para comprovar tal
afirmação, esse trabalho foi estruturado em três capítulos.
O primeiro relata a história da assessoria de imprensa no Brasil, o papel
estratégico das assessorias e a relação dos assessores com a imprensa.
Jorge Duarte, autor citado na primeira etapa do trabalho, ressalta que durante
o processo de redemocratização nos anos 80, o uso da informação e o
estabelecimento de relacionamentos adequados com diferentes públicos
passaram a ser essenciais para as organizações brasileiras. A partir daí, as
assessorias ampliaram o seu papel e tornaram-se fundamentais na
administração pública e privada.
Duarte ressalta que, para construir uma relação de credibilidade com a
imprensa, o assessor deve manter uma proximidade, saber identificar os temas
de maior interesse e diferenciar a informação dos fatos que podem gerar
notícias. Um ponto a ser destacado é a política de imparcialidade com todos os
veículos de comunicação, dando tratamento igual a todos.
O segundo capítulo trata do processo de gerenciamento de crise nas
instituições. Nenhuma empresa, por mais sólida, admirada e moderna que
seja, está imune à crise. No entanto, caso a adversidade ocorra, a instituição
deve constituir mecanismos para amenizá-la e ser capaz de estabelecer
diretrizes para esses momentos. Manter um bom relacionamento com a mídia
também é uma prática importante.
Já no terceiro capítulo, a proposta é relatar o trabalho da assessoria de
imprensa no setor público. Embora possua a mesma estrutura das empresas,
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nos órgãos públicos o ritmo de trabalho das assessorias é diferenciado,
principalmente em virtude do tamanho da exposição a que estão sujeitos, sob
a vigilância da opinião pública de todo o país.
Marco Antônio Eid, um dos autores usados para fundamentar a última
parte do trabalho, destaca que o compromisso de um assessor de imprensa
em um órgão público é, em primeiro lugar, com a sociedade. Esses
profissionais devem contribuir para que a população, por meio da imprensa,
tenha acesso às informações de seu interesse.
No terceiro capítulo também apresentamos a estrutura da Secretaria de
Estado de Educação do Rio de Janeiro, o funcionamento da sua assessoria de
imprensa e o trabalho desenvolvido pelo setor para retomar a credibilidade e
dar visibilidade ao trabalho realizado pela atual gestão.
Esta estrutura tem o objetivo de mostrar como se deu o processo de
evolução da Assessoria de Imprensa no Brasil, a importância de um bom
relacionamento entre o assessor e a imprensa, como deve ser um processo de
gerenciamento de crise e o trabalho desenvolvido pelos assessores nos órgãos
públicos.
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Capítulo I
ASSESSORIA DE IMPRENSA
1.1 - A HISTÓRIA DA ASSESORIA DE IMPRESA NO BRASIL
A Assessoria de Imprensa surgiu no Brasil em 1909, quando o então
presidente Nilo Peçanha, ao organizar a estrutura do Ministério da Agricultura,
Indústria e Comércio, criou a Seção de Publicações e Bibliotecado para
Integrar Serviços de Atendimento, Publicações, Informação e Propaganda.
Uma das principais finalidades do setor era distribuir informações à imprensa
por meio de notas ou notícias. Esta foi a primeira iniciativa semelhante à
Assessoria de Imprensa no país (DUARTE, 2010).
Nos anos seguintes, embora não tenham ocorrido mudanças
significativas, a seção passou a se chamar Serviço de Publicações e
Biblioteca, Serviço de Informações e Biblioteca e Serviço de Informações e
Divulgação. Em 1915, foi definido o nome Serviço de Informações. Na ocasião,
ficou estabelecido que toda divulgação deveria ser avaliada pelo ministro.
Nessa época, a imprensa estava começando a se estruturar de acordo
com as disposições do capitalismo industrial, tornando-se um empreendimento
moderno. Ao mesmo tempo, o caráter opinativo da imprensa começou a perder
força e o teor informativo acentuou-se. Já no setor privado, segundo Duarte, as
primeiras ações relacionadas à Assessoria de Imprensa surgiram com a
empresa canadense Light (The Light and Power Co. LTDA), que criou um
departamento chamado Relações Públicas.
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Em 1939, durante o governo de Getúlio Vargas, foi criado
o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Com isso, todos os serviços
de propaganda e publicidade dos ministérios, departamentos e
estabelecimentos da administração pública federal e entidades autárquicas
passaram a ser executados com exclusividade pelo órgão, que também
organizava e dirigia as homenagens a Vargas, constituindo o grande
instrumento de promoção pessoal do chefe do governo, de sua família e das
autoridades em geral.
O DIP tornou-se o órgão coercitivo máximo da liberdade de pensamento
e expressão durante o Estado Novo e o porta-voz autorizado do regime. O
principal objetivo do novo departamento era centralizar e coordenar a
propaganda nacional, interna e externa, e servir como elemento auxiliar de
informação dos ministérios e entidades públicas e privadas.
Em 1940, o DIP teve seu poder ampliado com a instalação, em cada
estado do país, de um Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda
(DEIP), com suas mesmas atribuições. O poder do DIP começou a ruir com a
proximidade do fim da guerra e a vitória dos aliados. Avaliada a impossibilidade
dos objetivos para os quais foi criado, e diante da crescente pressão popular
pelo fim de todos os órgãos limitadores da liberdade, o DIP foi extinto em 25 de
maio de 1945.
Segundo Duarte, depois do fim do primeiro governo de Vargas, o DIP foi
substituído pelo Departamento Nacional de Informações, que tratava da
divulgação e do atendimento a jornalistas de forma mais isenta. Em 1944, foi
criada a Agência Nacional para disseminar informações de interesse
governamentais.
A situação permaneceu mais tranquila até o golpe militar, em 1964. No
poder, os militares investiram nas estratégias de comunicação, criando
propagandas e divulgando informações do governo com o intuito de legitimar a
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ditadura. Para isso, foi criada a Assessoria Especial de Relações Públicas
(AERP).
O regime ditatorial imposto após o Golpe Militar de 1964 afetou o
desenvolvimento da atividade de Assessoria de Imprensa no Brasil. Nessa
época, havia uma censura ao noticiário da mídia. Segundo Ricardo Viveiros, o
jornalista que ocupava a função de assessor desempenhava um papel oposto
às regras básicas da atividade.
“Em vez de agendar entrevistas, encarregava-se de
desmarcá-las e impedi-las; em vez de liberar informações,
era obrigado a cerceá-las; em vez de abrir, tinha,
invariavelmente, de fechar portas para seus colegas dos
jornais, revistas, rádios e televisões. Afinal, era a época do
‘Nada a declarar”. (VIVEIROS, Ricardo. O signo da
verdade: assessoria de imprensa feita por jornalistas. São
Paulo, Summus, 2007. p.39).
Após a década de 1980, a profissionalização das Assessorias de
Imprensa brasileiras acarretou outra dimensão da atividade. A
redemocratização brasileira, uma das maiores conquistas da nação em todo o
período republicano, tornou obrigatório o reposicionamento de governos,
empresas e instituições com relação à atividade.
“Pode-se afirmar, sem margem de erro, que, no
Brasil, essa atividade foi atropelada pela ditadura
justamente no momento me que iniciava seu
desenvolvimento. Por isso foi necessário recuperar, em
prazo recorde, o tempo perdido. Poucos são os setores da
economia brasileira que apresentaram evolução –
quantitativa e qualitativa – tão expressiva quanto as
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empresas especializadas em assessoria de imprensa”.
(2007, p.40).
Segundo Duarte (2010, p.92), a ocupação jornalística no segmento
profissional consolida-se nas décadas de 1980 e em 1996, e o Manual de
Assessoria de Imprensa da Federação Nacional dos Jornalistas tornou-se
referência histórica ao legitimar e limitar a prática do jornalismo especializado
em assessoramento de imprensa, orientado, inclusive, em que a produção de
publicações seria um dos seus produtos.
O ressurgimento da democracia, da liberdade de imprensa e dos direitos
sociais criou a necessidade entre as organizações de se comunicarem aos
diversos segmentos sociais. Essa consolidação no país estabeleceu uma
sociedade civil mais atuante. Empresários, políticos, administradores e
gerentes começaram a entender que as informações não poderiam estar
apenas disponíveis, mas precisariam ser utilizadas adequadamente como
ferramenta de desenvolvimento institucional.
Nessa época, as assessorias ganharam maior espaço nas empresas e,
assim, cresceu a procura por esse tipo de trabalho. Poucos são os setores da
economia brasileira que apresentaram evolução – quantitativa e qualitativa –
tão expressiva quanto as empresas especializadas em Assessoria de
Imprensa.
Os jornalistas começaram a se reunir para trocar experiências e
opiniões, a legislação se estabeleceu e foi lançado o Manual de Assessoria de
Imprensa, trabalho conjunto com comissões formadas por vários sindicatos do
país.
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O Brasil começou a implantar a ruptura entre a Assessoria de Imprensa
e a relações públicas, consolidando-se como experiência única de assessoria
de imprensa jornalística no mundo, já que a maioria dos países não
considerava a atividade como prática jornalística.
Nesse contexto, o jornalista que atuava em assessoria de imprensa
passou a exercer um papel essencial, sendo este o profissional capacitado
para preencher as lacunas existentes entre os poderes públicos, a iniciativa
privada com os meios de comunicação e, consequentemente com a própria
sociedade.
Segundo Ricardo Viveiros (2007, p.40), a partir da década de 1980,
numerosos jornalistas com grande experiência nos veículos de comunicação
tornaram-se empreendedores, investindo talento e recursos na criação de
empresas que foram pioneiras no estabelecimento de Know-how atualizado e
de modelos operacionais, como na mudança da cultura de relacionamento
entre os sistemas sociais e a mídia.
1.2 - O papel estratégico da Assessoria de Imprensa
O principal papel da Assessoria de Imprensa é “prestar serviço” a
instituições públicas e privadas, por meio do envio de informações jornalísticas
para os veículos de comunicação. Estar presente na mídia significa prestar
contas à população, divulgar ações de cidadania, responsabilidade social,
entre outras.
O trabalho do assessor está relacionado à formação da opinião pública.
Além de ser o responsável pelo relacionamento com a mídia, ele acompanha
as entrevistas, apoia eventos, avalia resultados, levanta pautas, elabora
relatórios, promove visitas dirigidas e treinamentos para fontes.
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Uma das atribuições do assessor de imprensa é fazer com que as
informações de interesse institucional tornem notícia, o que nem sempre
acontece. Neste caso, o assessor deve ser flexível para preservar o bom
relacionamento com a mídia, evitando obrigar o veículo de comunicação a
divulgar uma notícia que não possui nenhum interesse público.
Os assessores também devem abastecer os veículos de comunicação
com informações relativas ao assessorado, por meio de releases, press-kits,
entre outros produtos que caracterizam a atividade. Os releases são textos
objetivos, que devem servir como um complemento de informações, uma
espécie de roteiro, distribuído antes de entrevistas coletivas e atos formais,
para facilitar o trabalho dos repórteres.
No press-kit, o conteúdo é mais extenso, rico em detalhes. É uma peça
de grande importância para o trabalho de divulgação. Nele, deve conter as
melhores informações sobre o objeto da divulgação, que proporcionem aos
jornalistas condições de editar matérias sobre o assunto.
“O papel do assessor de imprensa tende a ser cada
vez maior, com o avanço dos setores de mídia. Portanto, a
sua responsabilidade tende a crescer e a atividade só
poderá ser exercida por quem tiver uma visão precisa da
sociedade, dos seus mecanismos e de como será o futuro
que se descortinará e por quem for também bastante
consciente da responsabilidade ética e social de seu
papel”. (CHINEM, Rivaldo. Assessoria de Imprensa –
Como fazer. São Paulo, Summus, 2003. p. 29).
De acordo com o Manual de Assessoria de Comunicação (Imprensa –
2007, p.8), para que o assessor possa intermediar com qualidade o diálogo
entre o assessorado e a mídia, algumas atividades precisam ser
desenvolvidas. São elas:
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• Criar um plano de comunicação (estabelecer a importância deste
instrumento, tanto no relacionamento com a imprensa como os demais
públicos internos e externos).
• Colaborar para a compreensão da sociedade do papel da organização;
• Estabelecer uma imagem comprometida com os seus públicos.
• Criar canais de comunicação internos e externos que divulguem os
valores da organização e suas atividades.
• Detectar o que é de interesse público e o que pode ser aproveitado
como material jornalístico.
• Desenvolver uma relação de confiança com os veículos de
comunicação.
• Avaliar frequentemente a atuação da equipe de comunicação, visando
ao alcance de resultados positivos.
• Criar instrumentos que permitam mensurar os resultados das ações
desenvolvidas, tanto junto à imprensa como aos demais públicos.
• Preparar as fontes de imprensa das organizações para que atendam às
demandas da equipe de comunicação de forma eficiente e ágil.
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1.3 – A relação da Assessoria de Imprensa com a imprensa
Para que o assessor construa uma relação de credibilidade com a
imprensa, ele deve manter uma proximidade, saber identificar os temas de
maior interesse e diferenciar a informação dos fatos que podem gerar notícias.
Um ponto a ser destacado é a política de imparcialidade com todos os veículos
de comunicação, dando tratamento igual a todos.
A relação de confiança com os veículos de comunicação e a consolidação
da imagem do assessorado de forma positiva são conquistadas por meio do
trabalho de acompanhamento continuado feito pelo assessor de imprensa. No
Brasil, esse serviço normalmente é realizado pelos profissionais com formação
superior em Jornalismo.
Primeiramente, esses profissionais determinam o que é ou não notícia e o
que vale ou não ser “vendido” à imprensa. O texto enviado pelo assessor pode
ser usado pelos veículos para elaboração de notas ou solicitação de entrevista.
Para os jornalistas, um bom assessor é aquele que atua em todo o processo,
sugerindo pautas e ajudando a conseguir ganchos e personagens.
Cabe ao profissional de comunicação transmitir a informação correta e
rapidamente. É este ciclo de informações que vai construir e manter a boa
imagem do assessorado. Outro aspecto importante é o conhecimento sobre o
funcionamento dos meios de comunicação, assim como o público-alvo e a
linha editorial do veículo.
É importante saber, por exemplo, o melhor horário para enviar releases e
fazer follow-up, além de conhecer o perfil de cada veículo para que as
informações sejam direcionadas adequadamente. Esses fatores contribuem
para uma divulgação eficiente e, consequentemente, resultados positivos.
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Um bom assessor de imprensa é aquele que reconhece os limites éticos de
sua atuação e não os ultrapassa. Não mente, não engana, não ameaça, não
oferece vantagens a jornalistas em troca da publicação de reportagem positiva
sobre seu cliente. Seu compromisso principal é sempre o de auxiliar o
assessorado no contato com a imprensa, em busca da notícia correta.
No dia a dia, a atuação do jornalista assessor de imprensa deve ser a
mesma de um jornalista de redação: apurar criteriosamente informações sobre
o assessorado, buscar dados que compõem uma notícia, procurar fontes
confiáveis (dentro e fora da instituição, se for necessário). No momento da
divulgação, este tem a função de ajudar o assessorado a identificar se o fato a
ser divulgado é de interesse público. Caso não seja, o tema não deve ser
levado à mídia.
Uma assessoria que se preocupa com a formação da opinião pública
necessita, basicamente, de um bom relacionamento com a imprensa, seja ela
de grande ou de pequeno porte. O relacionamento aberto e a franqueza
ajudam a ganhar significativos espaços.
Essa confiança pode ser adquirida através de um trabalho continuado de
assessoria de imprensa que permitirá à empresa, organização ou instituição
criar um vínculo de confiança com os veículos de comunicação e solidificar a
sua imagem de forma positiva na sociedade.
Segundo Duarte (2010), outro beneficio da experiência é o de permitir o
assessor o contato dos jornalistas de diversas áreas.
“O bom relacionamento entre o assessor e a mídia deve ser
cultivado a longo prazo, os encontros isolados dificultam este
processo, é necessário um contato permanente e constante com
repórteres, editores ou estagiários, isto é, com todos os
envolvidos na produção das notícias”.
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Com a profissionalização do setor, a atividade de assessoria de
imprensa ganhou maior credibilidade por parte dos jornalistas que atuam nos
veículos de comunicação. Outra característica da relação da mídia com as
assessorias é a constante defesa da transparência na relação de trabalho.
Assim, há um consenso de que, no momento de uma situação de “crise”, não é
possível esconder, não de posicionar diante de um fato.
As informações devem ser passadas, mesmo que o fato possa gerar
notícias negativas sobre o assessorado. As explicações devem ser
transmitidas de maneira correta e verdadeira, para que o espaço e a
credibilidade junto aos veículos de comunicação sejam mantidos.
Segundo o Manual de Assessoria de Comunicação (Imprensa – 2007,
p.6), é difícil imaginar os veículos de comunicação sem o apoio das
assessorias na oferta de informação qualificada e essa situação estratégica ao
mesmo tempo em que propicia respeito e boas perspectivas emite um alerta.
“Cabe ao jornalista assessor apurar os sentidos para
estar sempre adaptado a uma conjuntura que se modifica
na velocidade com que circula a informação neste
momento de incessantes inovações tecnológicas”.
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Capítulo II
Gerenciamento de Crise
2.1 - O papel do Assessor de Imprensa no processo de
gerenciamento de crise
Proteger a reputação e a imagem de uma instituição, seja ela pública ou
privada, é a tarefa mais importante e a mais difícil para os assessores de
imprensa. A crise é um evento cada vez mais presente no cotidiano da
profissão. Ela ocorre repentina e, muitas vezes, inesperadamente, o que exige
uma ação imediata.
A crise de imagem – ou crise de reputação - é um fato de grande
dimensão que pode prejudicar, abalar ou até mesmo destruir a imagem da
instituição, independente da sua credibilidade ou solidez perante à imprensa e
à sociedade. É um tipo bem particular de crise, diferente de todas as outras,
que podem atingir líderes ou organizações. Elas podem ser mais devastadoras
porque podem destruir o bem mais valioso de uma instituição: sua
credibilidade.
“Costumo dizer que pessoas e empresas não
vendem serviços ou produtos. O que se vende todos os
dias, no mundo inteiro, é confiança. E quando a confiança
que os outros depositam em nós deixa de existir, há uma
sentença de morte profissional ou empresarial”. (ROSA,
Mário. A era do escândalo: lições, relatos e bastidores de
quem viveu as grandes crises de imagem. São Paulo,
Geração Editorial, 2007. p.24).
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Uma crise não necessita de um fato, ela pode iniciar com um boato. No
primeiro estágio, acontece a simplificação do boato - uma grande história é
resumida. No segundo, ocorre o exagero e a história ganha dramaticidade. No
terceiro estágio, a opinião pública interpreta o boato de acordo com sua visão,
pelos seus valores pessoais e pela imagem da empresa. Nesse momento, se
não houver o gerenciamento da crise, os efeitos podem ser devastadores.
Em seu livro ‘A era do escândalo’, Mário Rosa afirma que há pelo menos
dez tipos de crise: de origem criminosa, de natureza econômica, de
informação, desastres industriais, desastres naturais, falhas em equipamentos
e construções, de natureza lega, de relações humanas, de risco de vida e
regulatórias.
Eventos como esse interferem na rotina das instituições e geram
incertezas e estresse. Eventualmente, pode ameaçar a reputação de uma
autoridade e/ou de uma organização. Para que isso não ocorra, a
comunicação é fundamental. A melhor maneira de administrar uma crise é
estar preparado antes mesmo que ela ocorra. Para isso, é preciso que as
instituições adotem um ‘Plano de Gerenciamento de Crises’.
Segundo Mário Rosa (2007, p.71), não adianta apenas ter um
excepcional plano técnico de contingência, que funcione perfeitamente no local
do problema. É fundamental também que a excelência desse plano seja
percebida.
“Um Plano de Gerenciamento de Crises, sob
a ótica da Comunicação, é um conjunto de medidas,
posturas e consensos capazes de fazer com que o
sucesso de uma ação no local onde ocorreu uma
situação adversa possa ser captado como tal”.
(2007. p.71).
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A crise bem administrada, no entanto, pode não só preservar
reputações e credibilidade, como pode também beneficiá-las. Segundo Mário
Rosa, há seis pontos básicos em um Plano de Gerenciamento de Crises. São
eles:
1 – Avaliação das crises mais prováveis
Uma das primeiras funções do plano é mapear as crises que podem abater
uma organização ou um líder. Há pelo menos dez tipos de crises: de origem
criminosa, de natureza econômica, de informação, desastres industriais,
desastres naturais, falhas em equipamentos e construções, de natureza legal,
de relações humanas, de risco de vida e regulatórias.
2 – O comando das situações de crise
Crises, especialmente as que afetam organizações mais complexas, paralisam
o mais alto nível gerencial. Por isso, para que a empresa possa funcionar
“normalmente” durante a crise e para que haja um comando treinado que
possa lidar com acontecimentos dessa natureza, o Plano deve definir quais
são os líderes que – antes das crises – vão criar a cultura da organização para
enfrentar esse processo.
3 – A doutrina de crise
O plano tem como desafio estratégico definir a forma como a
organização irá se comportar em cada situação de crise, quais as ações que
precisarão ser adotadas preliminarmente, que pessoas deverão ser acionadas,
o que cada uma delas fará.
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4 – Base de dados
A base de dados é a preparação prévia de documentos de informação e a
reunião de dados aparentemente simples, mas vitais. A base de dados pode
ser composta também por pesquisas permanentes de opinião, discursos
previamente definidos para cada tipo de crise prevista e a velocidade com que
serão fornecidas as respostas.
5 – Definição do porta-voz
O porta-voz é uma figura chave em acontecimentos que exijam elevada
exposição.
6 – Auditorias de crise
Elas consistem em auditar permanentemente a organização ou o líder,
tentando descobrir potenciais focos de crises. Muitos entendem crise como um
acontecimento de graves proporções causado por falhas humanas, sendo
assim pressupõe um culpado, um sistema que não foi capaz de evitá-la.
Durante uma situação de crise, o papel do assessor de imprensa é
essencial. O objetivo do gerenciamento é evitar maiores estragos na reputação
de uma instituição. A melhor coisa a se fazer é participar e colaborar com a
cobertura jornalística. Uma ação rápida pode evitar o surgimento de uma crise.
A mídia vai noticiar o acontecimento com ou sem a ajuda do assessor.
Dessa forma, é melhor que seja apresentada uma posição, mesmo que a
matéria seja negativa. Cabe à assessoria apurar o que foi solicitado pelo
jornalista e oferecer respostas plausíveis como forma de evitar uma publicação
errônea ou bombástica sobre o assunto abordado.
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Um bom gerenciamento de crise reflete diretamente na manutenção da
imagem do assessorado. “Saber o estágio da matéria, as fontes que o repórter
já consultou, a versão e a dimensão que ele tem da denúncia facilita o controle
da pauta”. (FORNI, 2002, p. 368).
2.2 – A crise e a mídia
A palavra-chave do gerenciamento de crises é prevenção. Manter um
bom relacionamento com a mídia também é uma prática importante. Agir de
forma transparente e verdadeira ajuda na hora de administrar a versão da
mídia e, com isso, preservar a imagem da instituição. Atender a imprensa
prontamente depõe a favor do assessor e do assessorado, pois demonstra
seriedade nas ações e evita uma publicação ainda mais desfavorável e uma
maior repercussão sobre o problema.
“Na hora da crise, o importante é lidar com o
problema da forma mais adequada – e isso é muito
mais fácil se houve um planejamento prévio.
Resumindo: hora de crise é hora de reagir – e não
de planejar. Planejamento se faz em tempos de
normalidade. E quanto melhor for, melhor será a
resposta quando a rotina for quebrada”. (ROSA,
Mário. A era do escândalo: lições, relatos e
bastidores de quem viveu as grandes crises de
imagem. São Paulo, Geração Editorial, 2007. p.70).
Omitir-se quando existe uma crise instalada não é recomendável.
Agindo assim, o jornalista terá o aval para escrever a versão que quiser.
Quanto mais a assessoria participar da apuração da notícia, melhor para a
imagem da empresa.
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Segundo o Manual de Assessoria de Comunicação (Imprensa – 2007,
p.16), no atendimento à imprensa em situações de crise, o assessor deve
seguir algumas regras. São elas:
• Não fugir da imprensa. Antecipe-se à própria iniciativa da imprensa em
descobrir o que ocorreu.
• Faça um completo levantamento da situação, preparando-se com
dados, números e informações atualizadas.
• A assessoria de comunicação deve preparar um texto informativo
descrevendo o fato ocorrido e enfatizando as providências da empresa.
O texto deve ter, no máximo, duas páginas e ser entregue aos
repórteres.
• Evite o uso de palavras alarmistas ou negativas. Não amplie o efeito
negativo da ocorrência com suas palavras.
Forni (2002) afirma que a opinião da imprensa estará baseada no
conhecimento que tem da empresa, dos seus valores e credibilidade. Esse é
um trabalho que se conquista com o tempo, por meio de estratégias de
relacionamento com a mídia. É nessas horas que muitas empresas se dão
conta da importância do assessor de imprensa.
“Com a mídia, a relação transparente, segura e
ética, poderá amenizar o problema. Por outro lado, a falta
de informações e colaboração com a imprensa por parte
da empresa criará um novo conflito. Além de administrar o
fato negativo, a empresa terá de administrar sua imagem e
a versão da mídia, que poderá causar desgastes
devastadores na imagem da empresa”. (Forni, p.387).
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O papel dos gestores de uma empresa no momento de crise é muito
importante. Eles devem participar diretamente dos esforços do gerenciamento.
Para evitar desencontro de informações e garantir maior credibilidade, o ideal é
escolher apenas um representante para se pronunciar em situações críticas.
Essa pessoa não necessariamente deve ser a autoridade máxima dentro da
instituição. Mas ele deve ter conhecimento sobre o funcionamento da empesa,
passar credibilidade, confiança e, principalmente, conhecer o problema em
questão.
“Na crise, eleger um único porta-voz, que passe
credibilidade, tenha treinamento para lidar com a imprensa
e conheça profundamente a empresa e o problema. Isso é
essencial, pois, em situações desse tipo, muitos
funcionários ficam ansiosos e começam a falar o que viram
ou ouviram sem ter absoluta certeza ou conhecimento dos
fatos”. (FORNI, 2002, p.375).
Pelo nível de pressão a que é submetido, torna-se essencial que o
porta-voz receba um treinamento preparatório, com revisões frequentes, e que
tenha acesso direto às informações, participando do comitê de crise. A escolha
do representante que falará em nome da empresa não deve ser uma decisão
de última hora.
A função do porta-voz não é somente repetir as mensagens da
empresa, mas sim estar no centro da administração da crise. A pessoa
escolhida deve passar credibilidade e ter habilidade para lidar com o público.
Os indicados devem dispor de tempo e recursos necessários para
desempenhar o papel com desenvoltura.
Outra situação comum é a rejeição às pautas negativas pelas
assessorias de imprensa. Essa postura adotada é errada, pois pode prejudicar
a empresa no momento da crise. As pautas negativas são as que mais
merecem atenção por parte dos assessores. É preciso levar em consideração
27
que, dependendo do andamento da apuração e das informações já obtidas
pelos jornalistas, uma crise pode vir à tona a partir daquela pauta rejeitada.
Nesse momento, é fundamental que os assessores tenham um
posicionamento rápido, claro e objetivo sobre o assunto abordado pela
imprensa. Atender prontamente as solicitações dos jornalistas reduz o risco de
uma publicação negativa, o que poderia afetar a imagem da empresa e,
consequentemente, desencadear uma crise.
Fornecer respostas verdadeiras e esclarecedoras depõe a favor da
instituição. Para Forni, a omissão nas pautas negativas dá ao jornalista o
direito de escrever o que bem entende. Segundo ele, as fontes devem,
portanto, interferir na matéria, se tiverem explicações plausíveis. (FORNI,
2002, p. 370).
É fato que uma situação de crise é um prato cheio para a mídia. Essas
situações geralmente estão relacionadas a tragédias e grandes escândalos, o
que torna a notícia mais atraente para a imprensa. Os fatos que geram maior
audiência normalmente são os que fomentam a crise e contribuem para que
ela repercuta por mais tempo, o que prejudica ainda mais a imagem da
instituição. Os veículos de comunicação buscam investigar, explorar e até
mesmo supervalorizar pautas com essas características.
É importante que as empresas sempre mantenham a crise sob controle.
Quando a mídia assume a escolha das informações relacionadas aos assuntos
da crise, a instituição fica em desvantagem e pode perder o domínio. Quem
deve assumir o comando da dinâmica das informações não é a mídia, mas a
empresa. Se a mídia tomar a iniciativa, será muito difícil reverter. Mentir ao
tentar minimizar a situação também pode prejudica o processo de
gerenciamento da crise.
28
“A administração de crises deve se preocupar
também com fatos aparentemente simples e insignificantes
e que assumem dimensões bem maiores do que as
empresas desejam e imaginam. Por erros na condução,
inexperiência ou precipitação, acabam sendo mal
administrados na relação com os clientes e a opinião
pública” (FORNI, 2002, p.365).
2.3 – Como se proteger de uma crise
Para proteger-se de uma crise de maneira eficaz, é necessário ter um
planejamento prévio. Isso porque qualquer empresa ou instituição está
suscetível a esse tipo de acontecimento. Agir de maneira antecipada pode
diminuir os riscos que podem afetar a reputação ou até mesmo os resultados.
Se o planejamento não existe ou não deu certo, há estratégias a serem
colocadas em prática. Segundo Rosa (2001), uma das medidas a serem
adotadas no momento de crise é a formação de comitê com pessoas
preparadas para essas situações, composto pelos principais departamentos da
corporação, como a presidência, marketing, departamento jurídico, recursos
humanos, gerente de segurança, gerente de planejamento e assessoria de
imprensa.
Embora muitos autores afirmem que a crise dá sinais claros antes de
acontecer, geralmente as instituições/empresas são pegas de surpresa. Na
maioria das vezes, elas não estão preparadas para aquela situação. Forni
(2002, p. 363) afirma que nenhuma empresa, por mais sólida, admirada e
moderna que seja, está imune à crise.
O comitê de crise funciona como um grande aliado nesse momento, já
que, além de envolver diversas áreas de interesse, ele é o responsável por
29
analisar a situação e propor soluções para um melhor gerenciamento dos
acontecimentos.
“Para administrar situações críticas, as empresas
instituíram comitês de crise, grupos de pessoas ligado à
diretoria, com o poder de decisão, acionados tão logo
ocorra algum acontecimento capaz de ameaçar a imagem
da empresa ou provocar repercussão negativa na opinião
pública”. (FORNI, 2002, p. 374).
O comitê de crise geralmente é acionado em situações necessárias. Ele
deve ter poder de decisão enquanto durar o problema, apontando os pontos
vulneráveis da organização, definindo objetivos, estratégias e táticas para
enfrentar uma crise.
Segundo Forni (2002, p.374), a estrutura desses comitês pode variar,
mas em geral incluem o presidente da organização, o departamento jurídico,
as áreas de comunicação, atendimento ao cliente, recursos humanos e,
naturalmente, o setor envolvido diretamente com o problema. A esse grupo
pode-se juntar a área de operações e um consultor externo, quando
necessário.
2.4 – Pós-crise: lições de uma tragédia
Preservar a imagem de uma instituição de forma positiva e mantê-la
sintonizada a todos os setores, com os quais mantém algum tipo de relação, é
o desafio atual. Hoje, a comunicação deve ser feita em tempo real. A
sociedade e a opinião pública querem uma resposta aqui e agora.
Uma das primeiras tarefas pós-crise é a avaliação dos possíveis
prejuízos à imagem da instituição. A credibilidade não se constrói da noite para
o dia. Um dos maiores desafios de uma Assessoria de Imprensa é criar,
30
desenvolver e aperfeiçoar o conceito de credibilidade. E para isso é preciso
criar e desenvolver um trabalho constante de comunicação.
Para mensurar o impacto da crise, o assessor de imprensa pode valer-
se de alguns instrumentos para o controle de notícias enviadas aos órgãos de
comunicação, assim como efetuar a vigilância da opinião pública e avaliação
da notícia que se refere direta ou indiretamente à empresa.
A utilização desse serviço possibilita identificar a imagem da instituição
no mercado, obter dados para a elaboração de novos projetos e medir o grau
de satisfação de produtos e serviços. Os resultados obtidos com esse
"termômetro" são essenciais na hora de traçar a estratégia ou rever as táticas
adotadas pela empresa.
Para realizar a mensuração e a avaliação da presença da empresa nas
mídias são utilizadas algumas ferramentas. Uma das principais é o clipping:
coleta e arquivamento de notas, artigos e reportagens publicados pela mídia
impressa ou eletrônica. É um dos serviços fundamentais utilizados pelo
assessor de imprensa.
Por meio desta ferramenta, pode-se dimensionar os efeitos do trabalho
de uma assessoria e, com base nisso, descobrir falhas, corrigir erros,
estabelecer táticas ou mesmo estratégias. Atualmente, o clipping é processado
de forma eletrônica. Há programas desenvolvidos para rastrear as matérias,
separá-las, processá-las e depois enviá-las aos clientes.
Para Duarte, o clipping “consiste em identificar rotineiramente na
imprensa as citações sobre a organização ou temas previamente
determinados, organizá-las e encaminhá-las para conhecimento dos
interessados” (2010, p.243).
31
A prática da avaliação, se baseada em ferramentas eficazes, permite
que a empresa trace estratégias com o intuito de neutralizar e superar
aspectos negativos relativos à imagem, bem como estabelecer caminhos que
permitam manter uma boa imagem da instituição.
A auditoria de imagem na mídia também surgiu como forma de
mensurar a eficácia do relacionamento das assessorias com os meios de
comunicação. Embora não configure como uma estratégia recente, ela assume
um destaque ímpar quando a mídia se constitui na principal esfera de
legitimação das entidades coletivas e individuais.
O objetivo da auditoria de imagem é verificar como os veículos e
públicos avaliam uma empresa, entidade ou pessoa. Uma de suas principais
características é o fato de ser realizada por empresas externas à empresa ou
entidade com a finalidade de garantir a isenção da análise, ou seja, para
garantir independência e confiabilidade das informações e das interpretações.
A auditoria de imagem é feita com base no clipping. Ela representa, em
síntese, uma análise mais depurada e sofisticada do clipping de notícias,
geralmente avaliada nas categorias ‘positivo’, ‘negativo’, e ‘análises
quantitativas’. Ele consiste na técnica de seleção e recorte de todas as
informações veiculadas nos mais diversos veículos de comunicação e que
envolvam direta ou indiretamente o nome da instituição.
32
Capítulo III
Assessoria de Imprensa no setor público
A Assessoria de Imprensa do setor público possui, muitas vezes, a
mesma estrutura das empresas. A principal diferença está no ritmo de trabalho
em virtude do tamanho da exposição a que estão sujeitos os órgãos públicos,
sob a vigilância da opinião pública de todo o país.
Segundo Duarte, na iniciativa privada, a assessoria é uma área de
trabalho que é um facilitador e um vendedor de imagem, mas não se encaixa
na rotina de produção da empresa. Já no setor público, a área está ligada a
uma Coordenação de Comunicação Social, sendo responsável por todo o
atendimento externo, além de dar suporte às autoridades em seu
relacionamento com a imprensa. Segundo o autor, são estruturas
relativamente grandes e bem equipadas, que têm recursos orçamentários
previstos em lei, reavaliados anualmente.
“São estruturas eficientes e rápidas, na
interação com a imprensa, Afinal, o governo está
sempre na vitrine, exposto a todos os segmentos da
população, e cobrando de todas as formas e por
todos os meios pelos diversos setores da
sociedade”. (DUARTE, 2010, p. 211).
A função do assessor de imprensa no setor público, seja em âmbito
municipal, estadual ou federal, requer muitos cuidados tanto com os fatos que
ocorrem no dia a dia, quanto na forma como as informações são passadas
para a imprensa. O setor tem a obrigação de prestar contas à população de
forma clara, e o meio mais eficaz para exercer essa responsabilidade é através
da mídia jornalística.
33
A Assessoria não deve ser uma mera ferramenta de promoção das
autoridades públicas. O compromisso de um assessor de imprensa em um
órgão público é, em primeiro lugar, com a sociedade. Esses profissionais
devem contribuir para que a população, por meio da imprensa, tenha acesso
às informações de seu interesse.
Para Eid, uma boa integração de informação entre os órgãos de
comunicação no setor público ajuda no relacionamento entre a instituição e a
sociedade.
“É fundamental a adequada montagem e a operação
de uma rede eficiente de informações a serem
compartilhadas por todo o organismo estatal e com a
sociedade. Também é importante identificar as fontes das
boas e más notícias, para corrigir em tempo os rumos da
estratégia de comunicação”. (EID, Marco Antônio de
Carvalho. Entre o poder e a mídia: Assessoria de imprensa
no governo. São Paulo, M. Books, 2003, p. 5).
Para que os assessores de imprensa consigam desenvolver um bom
trabalhando, garantindo a credibilidade e a reputação do órgão, é preciso que
as ações sejam pautadas na transparência. Além disso, é preciso manter um
bom relacionamento com a mídia. Isso significa que as “portas” da assessoria
devem estar sempre abertas aos jornalistas. Dessa forma, a instituição sempre
será ouvida durante a apuração de uma matéria, seja ela positiva ou negativa.
Duarte ressalta que, a rigor, somente os órgãos do governo federal e os
dos governos dos estados têm capacidade de ter assessorias de imprensa
bem estruturadas. À exceção das capitais de estado, os governos municipais
são carentes dessas estruturas. Segundo ele, elas acontecem, em geral, de
maneira improvisada.
34
“O governo federal, em suas diversas esferas, está
constantemente no centro de todas as questões públicas.
Por isso, as chefias de suas assessorias de imprensa
tendem a ser assumidas por profissionais com larga
experiência de mercado e, cada vez mais, distantes do
modelo do assessor único, que desempenha funções
muitas vezes políticas e de caráter personalístico. As
Coordenações de Comunicação aprimoram-se e se
profissionalizam cada vez mais, bem como as assessorias
de imprensa”. (DUARTE, 2010, p.211).
Gradativamente, o governo federal vem profissionalizando sua estrutura
de comunicação, já que está constantemente no centro de todas as questões
públicas. Nos órgãos e empresas dos governos estaduais as estruturas
costumam ser bem menores, em virtude do tamanho e da importância do
estado.
“Os Estados maiores e mais ricos, como os do Sul e
Sudeste do país, tendem a ter estruturas profissionais e
assessorias de imprensa ágeis. Não se pode dizer o
mesmo, no entanto, da maioria de suas empresas, muitas
com sérios problemas financeiros e de contratação de
novos quadros e serviços. Temos, então, duas situações:
uma estagnação nos serviços de assessoria ou o uso do
modelo de um único assessor”. (DUARTE, 2003, p. 233)
A comunicação de governo tem de ser vista como política pública,
fundamental e necessária, já que o estado é responsável pela administração e
desenvolvimento de uma série de serviços públicos. Esses órgãos precisam
executar suas ações finalísticas e torná-las públicas, seja pela contratação de
mídia paga, seja pela utilização de mídia espontânea. (DUARTE, 2003, p. 231)
35
Em órgãos públicos, determinadas informações são recorrentes e, por
isso, devem fazer parte do banco de dados da assessoria de imprensa.
Segundo Eid, a ausência ou deformação de informações constantemente
procuradas pelos jornalistas é uma das principais causas de atritos entre os
profissionais de veículos de comunicação e as assessorias de imprensa no
setor público. (EID, 2003, p. 15).
Em seu artigo ‘Guia de relacionamento com a imprensa para fontes da
área pública’, Jorge Duarte afirma que há quatro padrões de convivência entre
as fontes de informação da área pública e a imprensa. São eles: cooperativo,
instrumental, defensivo e beligerante.
O cooperativo é quando se estabelece uma relação mútua, natural com
os jornalistas, buscando atendê-los com o intuito de disseminar as informações
de interesse público no meio social. O instrumental se dá quando o
atendimento é feito de acordo com a convivência momentânea, para obter
visibilidade ou imagem positiva. Nesse caso, a imprensa é usada como uma
ferramenta no jogo do poder.
O padrão defensivo acontece quando o gestor público se retrai em
relação à mídia, age com desconfiança e desinteresse. Geralmente quem
segue esse modelo acredita que os jornalistas das mais diversas mídias
precisam ser evitados. Já a forma beligerante, é onde o homem público
considera a imprensa como inimiga.
Para o autor, o melhor padrão é o cooperativo, “Há mais preocupação
com um bom relacionamento em longo prazo do que com dificuldades
eventuais. É o modelo ideal para o setor público, onde administração e decisão
sempre dizem respeito ao interesse coletivo”. (DUARTE apud SOUSA; Seabra,
2006).
36
3.1 – A estrutura da Secretaria de Estado de Educação
A Secretaria de Estado de Educação desempenha um papel relevante
no cumprimento das políticas educacionais do Governo Federal, regido pela
norma maior da educação brasileira – a lei nº. 9394/96 de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Cabe à Secretaria executar a política estadual de
Educação, buscando elevar o patamar de cultura da sociedade e fazendo uma
escola pública democrática e de qualidade.
Segundo informações contidas no site da pasta, a missão da Seeduc é
assegurar uma educação que garanta o acesso, permanência e sucesso dos
alunos dentro de sala de aula. Todo o trabalho dos profissionais que
gerenciam a educação deve estar voltado para essa meta de não só garantir o
acesso de crianças e jovens em idade escolar e de jovens e adultos, como
também proporcionar condições para o seu desenvolvimento integral.
O objetivo a ser atingido é promover uma escola pública de qualidade.
As ações que norteiam o trabalho dos profissionais da educação devem estar
voltadas para o funcionamento eficaz das escolas, pelo estímulo ao
aperfeiçoamento dos professores, os recursos materiais necessários ao dia a
dia da comunidade escolar e a orientação de todo o processo pedagógico,
incluindo a valorização do magistério.
A rede estadual organiza-se em três instâncias que compõem a sua
“engrenagem”. A sede, localizada no município do Rio, é responsável pela
elaboração de políticas públicas; pela instituição de portarias e decretos (atos
administrativos) com a finalidade de regulamentar a aplicação das leis
educacionais; pela administração de toda a rede de ensino estadual, no que
tange aos seus recursos humanos, rede física, recursos financeiros e
orçamentários; e pela fiscalização e monitoramento de todas as suas escolas.
37
Abaixo da sede encontram-se as 14 Diretorias Regionais, somadas à
Diretoria Especial de Unidades Escolares prisionais e Socioeducativas (Diesp),
com funções administrativas e pedagógicas. Elas são responsáveis pelas
unidades escolares de sua área de abrangência e sua função é coordenar a
implantação das políticas públicas mais de perto. Os diretores regionais
realizam visitas às unidades escolares, além de resolver problemas
relacionados diretamente à sua área de atuação, tornando mais rápida e ágil a
dinâmica da rede.
Por fim, há as unidades escolares que, atualmente, totalizam 1.290.
Elas são responsáveis por, através do trabalho de seus professores, colocar
em prática a essência da política pública educacional: o processo de ensino-
aprendizagem. Ao longo dos anos, a história do órgão foi construída por
diversos gestores. Atualmente, quem está à frente da pasta é o secretário
Wilson Risolia.
3.2 – A estrutura da Assessoria de Imprensa da Seeduc
A missão da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de
Educação é trabalhar a imagem do órgão e divulgar suas ações de maneira
ágil, eficiente, garantindo fluxos de informação organizados. Essas ações
perpassam diversos setores internos e externos da instituição e são
gerenciadas e acompanhadas pelos núcleos de Comunicação Interna,
Imprensa, Conteúdo Web, Programação Visual e Coordenadoria de Eventos.
Todas essas áreas são subordinadas ao gabinete do titular da pasta.
O núcleo de Comunicação interna é responsável pela confecção de
comunicados, cartas e instrumentos oficiais para o secretário e campanhas
especiais; redação e finalização do Jornal Expressão, informativo interno e
bimestral; produção de matérias para o site e informativo interno; realização de
38
treinamento de mídia com subsecretários, superintendentes e diretores
regionais; preparação e envio de clipping; entre outras atribuições.
As principais ações da Assessoria de Imprensa são: divulgar para os
públicos interno e externo as ações, projetos e outras atividades da Seeduc;
acompanhar e facilitar a ação dos órgãos de imprensa na cobertura de eventos
da rede estadual de ensino; assessorar o secretário e demais gestores nas
relações com os órgãos de imprensa, formadores de opinião e público interno;
e prospectar informações na mídia que possam impactar na imagem da
Seeduc e do Governo do Estado.
Além do atendimento de demandas da imprensa, os assessores
marcam e acompanham pautas e entrevistas; realizam a cobertura de eventos;
fazem assessoria em eventos do secretário, subsecretários, superintendentes,
chefe de gabinete e outros representantes da Seeduc; realizam a apuração,
sugestão de pautas e produção de matérias para os sites da Seeduc e do
Governo do Estado; elaboram notas, releases e avisos de pauta para a
imprensa; acompanham reuniões no gabinete do secretário; e participam de
plantões periódicos, em finais de semana e feriados, no Palácio Guanabara,
para atendimento às agendas de Governo.
Além de preparar pautas, a equipe de Web elabora conteúdos editoriais
para os portais Conexão Aluno e Professor e para as redes sociais correlatas.
É responsável, também, pela criação e desenvolvimento de banners para os
sites institucionais da Seeduc; desenvolvimento de conteúdos institucionais
enviados por mídias eletrônicas, como e-mail marketing, mensagem no portal
Conexão Educação, newsletters e hotsites especiais; divulgação de matérias
através de twitter e facebook e publicação de vídeos por meio do youtube.
A Coordenadoria de Eventos é responsável por todos os eventos realizados
pela Secretaria. Já a equipe de Programação Visual cuida da criação de
logomarcas para projetos/programas; criação de folders, folhetos, livretos,
39
cartazes e banners; criação de banners e e-mail marketing para o Núcleo de
Conteúdo Web; avaliação e aprovação de prova gráfica do material realizado;
e criação e execução de diagramação e ilustrações para projetos gráficos da
Seeduc.
3.3 – A postura da Assessoria de Imprensa da Seeduc na atual
gestão
Quando o secretário Wilson Risolia assumiu, em outubro de 2010, a
Seeduc passava por um momento delicado. O Estado do Rio não alcançou o
número de pontos considerado ideal pelo Ministério da Educação no Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de seis pontos, cujo resultado foi
divulgado em julho do mesmo ano. No Ensino Médio, as escolas fluminenses
tiveram o segundo pior resultado do país, atrás apenas do Piauí.
Com a imagem da Secretaria abalada, o sindicato da categoria
(Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro) passou
a ser usado pela imprensa como fonte oficial. Diante dessa situação, foi
necessário lançar um olhar diferenciado sobre as diretrizes da Secretaria. No
dia 7 de janeiro de 2011, o secretário Wilson Risolia anunciou o Programa de
Educação do Estado, com diversas mudanças na estrutura, no ensino e no dia
a dia em sala de aula.
Entre as principais ações estavam a atualização e a valorização dos
professores; a construção de novas escolas e a melhoria na infraestrutura das
unidades escolares já existentes; um currículo mínimo para cada disciplina; o
processo seletivo para as funções estratégicas da área pedagógica e a criação
das carreiras de Gestor e Técnico de Educação.
Depois de um diagnóstico profundo da rede de ensino, os principais
problemas e suas causas foram identificados e, assim, programas e ações foram
implementados, a fim de resgatar a qualidade do ensino público. Com a
40
reorganização da rede, coube à Assessoria de Imprensa trabalhar a imagem do
órgão junto à imprensa. As ações foram realizadas de forma gradativa, com o
objetivo de retomar a credibilidade e dar visibilidade ao trabalho realizado pela
atual gestão.
Uma das primeiras ações foi levar o novo secretário às redações dos
principais veículos para entrevistas e apresentação do novo planejamento
estratégico da Secretaria. O relacionamento com a imprensa passou a ser uma
prática fundamental, construída por meio de contatos regulares e sistemáticos,
baseado no profissionalismo e na transparência das informações.
Outra ferramenta utilizada foi o media training – treinamento elaborado
pela Assessoria, dirigido aos principais líderes do órgão (secretário,
subsecretários e superintendentes). O objetivo foi desenvolver competências
comunicativas para lidar com a imprensa, além de mostrar como funciona e
atua a mídia.
Além disso, o setor passou a acompanhar e monitorar tudo o que era
veiculado sobre Educação nos principais sites, jornais e emissoras de rádios e
TVs. Dessa forma, foi possível obter as informações que eram veiculadas
sobre o órgão, facilitando o atendimento às demandas.
O trabalho de monitoramento mostrou que a nova estratégia usada pela
Assessoria de Imprensa gerou bons resultados. Segundo o relatório de mídia
elaborado pela Ascom/Seeduc, em 2011, foram 3.045 citações sobre a Seeduc
em rádios, jornais e TVs. Dessas, 1.981 foram positivas ou neutras, e 1.064
negativas. Em 2012, foram 2.100 citações, sendo 1.655 positivas ou neutras, e
435 negativas.
As ações desenvolvidas pela Assessoria de Imprensa, a partir de 2011,
modificaram o cenário da comunicação do órgão: a credibilidade foi retomada
e a Seeduc tornou-se fonte oficial de informação. Além de manter um bom
41
relacionamento com a mídia em geral, a Ascom procura atender, de forma
rápida e completa, as solicitações de todos os veículos de comunicação.
Nenhuma demanda fica sem resposta.
42
CONCLUSÃO
A atividade de assessoria de imprensa surgiu na necessidade e no
interesse de profissionais e instituições em estabelecer um relacionamento
com as redações para se comunicarem com a sociedade. Inicialmente, havia
muitas restrições dos jornalistas em relação às assessorias. Elas eram vistas
com desconfiança.
Com o passar dos anos, as assessorias adquiriram a capacidade de
influenciar a agenda dos meios de comunicação e os jornalistas passaram a
“depender” das informações fornecidas por essa rede de divulgação
jornalística. As assessorias transformaram-se em um setor profissional e
dinâmico, responsável por atender as demandas e fornecer informações de
acordo com os interesses de cada veículo e da própria instituição.
O que ficou claro durante o processo de elaboração do trabalho é que
a boa atuação de uma assessoria de imprensa aumenta a visibilidade pública
da organização e a qualidade de informação que circula na sociedade. Isso
ficou claro no terceiro capítulo, quando relatamos o trabalho da Assessoria de
Imprensa da Secretaria de Estado de Educação para retomar a credibilidade e
dar visibilidade ao trabalho realizado pela pasta. Segundo Duarte (2010, p. 62),
cada vez mais as organizações têm interesse em divulgar suas atividades e
políticas por meio dos meios de comunicação, buscando influenciar a opinião
pública.
Em relação ao processo de gerenciamento de crise, principalmente
quando o tema é polêmico e de grande repercussão, concluímos que quem
deve assumir o comando da dinâmica das informações não é a mídia, mas a
empresa ou o governo. Se a mídia assumir esse papel, será difícil administrar
a crise. A mídia vai noticiar o acontecimento com ou sem a ajuda do assessor.
Dessa forma, é melhor que seja apresentada uma posição, mesmo que a
matéria seja negativa.
43
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
CHINEM, Rivaldo. Assessoria de Imprensa – Como fazer. 2ªed. São Paulo:
Summus, 2003.
DUARTE, Jorge (organizador). Assessoria de Imprensa e relacionamento com
a mídia: teoria e técnica. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
EID, Marco Antônio de Carvalho. Entre o poder e a mídia: assessoria de
imprensa no governo. São Paulo: M. Books, 2003.
FENAJ - Manual de Assessoria de Imprensa. Brasília: Fenaj, 2007.
FORNI, João José. Comunicação em tempo de crise. São Paulo: Editora Atlas
S.A., 2003.
ROSA, Mário. A era do escândalo: lições, relatos e bastidores de quem viveu
as grandes crises de imagem. 4ª ed. São Paulo: Geração Editorial, 2007.
VIVEIROS, Ricardo. O signo da verdade: assessoria de imprensa feita por
jornalistas. São Paulo, Summus Editorial, 2007.
Webgrafia
Secretaria de Estado de Educação do Estado do Rio de Janeiro – site oficial:
http://www.rj.gov.br/web/seeduc/principal - Acesso em 12/07/2014.
44
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
Assessoria de Imprensa 10
1.1 – A história da Assessoria de Imprensa no Brasil 10
1.2 – O papel estratégico da Assessoria de Imprensa 14
1.3 – A relação da Assessoria de Imprensa com a 17
imprensa
CAPÍTULO II
Gerenciamento de Crise 20
2.1 – O papel do assessor de imprensa no 20
processo de gerenciamento de crise
2.2 – A crise e a mídia 24
2.3 – Como se proteger de uma crise 28
2.4 – Pós-crise: lições de uma tragédia 29
CAPÍTULO III
Assessoria de Imprensa no setor público 32
45
3.1 – A estrutura da Secretaria de Estado de 36
Educação
3.2 – A estrutura da assessoria de imprensa 37
da Seeduc
3.3 – A postura da assessoria de imprensa da 39
Seeduc na atual gestão
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 43
ÍNDICE 44