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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
REDUÇÃO DE CUSTOS DOS PROJETOS DE TI
COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE
Por: André Ferreira de Abreu Fernandes
Orientador
Prof. Nelson Magalhães
Rio de Janeiro
2013
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
REDUÇÃO DE CUSTOS DOS PROJETOS DE TI
COM ÊNFASE NA SUSTENTABILIDADE
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Projetos.
Por: André Ferreira de Abreu Fernandes
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a minha família,
principalmente minha mãe Juçara, meu
pai Paulo Sérgio e minha irmã Raquel
que sempre me incentivaram.
Agradeço também a minha querida
esposa Renata pelo apoio e
compreensão, nesse momento tão
importante da minha vida profissional.
4
DEDICATÓRIA
Dedico esta obra aos meus pais, por
me incentivarem sempre na
qualificação profissional.
5
RESUMO
Esta monografia estuda as vantagens do uso da TI VERDE nas
organizações, não apenas no prisma da sustentabilidade, mas também na
questão de redução dos custos relacionados à tecnologia da informação.
Um dos fatores que contribuem para o impacto do meio ambiente é o
consumo energético emitido pelos equipamentos computacionais. Para tanto,
novas tecnologias como computação em nuvem e videoconferência são as
meninas dos olhos dos gestores de TI.
6
METODOLOGIA
A metodologia adotada neste trabalho foi pesquisa bibliográfica, porque
apresentou uma série de vantagens que fez com que se tornasse o
delineamento mais adequado.
Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao público em geral (Vergara,2006,p.48)
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
CAPÍTULO I ESTIMANDO CUSTOS EM PROJETOS ...................................... 9
CAPÍTULO II SUSTENTABILIDADE ............................................................... 12
CAPÍTULO III TI VERDE ................................................................................. 18
CONCLUSÃO .................................................................................................. 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 36
WEBGRAFIA .................................................................................................... 37
ÍNDICE ............................................................................................................. 39
8
INTRODUÇÃO
Na sociedade pós-moderna a sustentabilidade ganha destaque tanto no
desempenho das atividades profissionais como na necessidade de equilibrar o
ecossistema planetário. O crescente desenvolvimento do setor de Tecnologias
da Informação e Comunicação (TIC) e suas inovações, tanto incrementais
como radicais, são responsáveis por uma parcela de emissão de dióxido de
carbono (CO²) na atmosfera.
Os Data Centers que mantém a infraestrutura para a operacionalização dos componentes tecnológicos geram calor e consequentemente necessitam de refrigeração, o que eleva o consumo de energia. Os computadores diretamente consumem demasiada energia elétrica, mas também indiretamente em sua produção e descarte causam impacto no meio ambiente e colaboram no aumento de emissões de gases poluentes (Murugesan,2008,p. 24–33).
Um computador gera cerca de uma tonelada de CO² ao ano e seus
componentes contêm materiais tóxicos o que resulta num grande problema
ambiental ao se considerar o seu descarte. Diante deste cenário objetiva-se
analisar alguns pilares da TI verde como alternativas para redução do consumo
de energia, além de demonstrar os benefícios e redução do impacto ambiental
causado pela emissão de CO².
No desenvolvimento desta monografia, o conceito de TI Verde
sustentabilidade e Redução de Custos são abordados por meio de revisão
bibliográfica na busca do intercâmbio dos temas, em benefício da preservação
do meio ambiente. A metodologia utilizada baseou-se no levantamento de
dados encontrados na literatura já existente em pesquisas bibliográficas
realizadas por meio de livros, consulta de artigos originais e de revisão sobre o
tema e Internet.
A conclusão aponta para necessidade de comprometimento com a
sustentabilidade entre as organizações e outros segmentos que utilizam
recursos informatizados.
9
CAPÍTULO I
ESTIMANDO CUSTOS EM PROJETOS
Segundo o Guia PMBOK®, o gerenciamento dos custos do projeto inclui
os processos envolvidos em estimativas, orçamentos e controle dos custos, de
modo que o projeto possa ser terminado dentro do orçamento aprovado.
1.1 – Estimar os Custos
Estimar os Custos tem como objetivo desenvolver uma estimativa dos
custos dos recursos necessários para executar as atividades do projeto.
Custo é a remuneração dos fatores de produção (mão-de-obra, capital,
máquinas, instalações, materiais e serviços) utilizados na preparação e
execução de um processo produtivo. Custo é o valor expresso em moeda
corrente correspondente à realização de atividades, serviços ou mercadorias
consumidas. Estimativa de custo da atividade = aproximação dos custos dos
recursos necessários para terminar a atividade.
Inclui os custos de:
• Mão de obra, Materiais e Equipamentos;
• Serviços e instalações;
• Gerenciamento do projeto;
• Categorias especiais;
• Provisão para inflação;
• Custo de contingência;
10
1.2 – Tipos de Custo
• Custos Diretos - Consistem nos custos relacionados diretamente ao
produto final, isto é, são custos obtidos pela soma dos custos de
insumos básicos que ficam diretamente agregados ao produto final
(material usado no projeto, viagem da equipe).
• Custos Indiretos - São aqueles decorrentes de insumos, atividades e
serviços que não estão intimamente relacionados com o produto final,
mas que necessariamente contribuem para a execução dos serviços
(itens que beneficiam mais de um projeto, ex. serviços de segurança).
• Custos Fixos - Presentes independentemente do volume da produção
(aluguel)
• Custos Variáveis - Variam proporcionalmente ao volume produzido
(matéria-prima)
• Custo de Oportunidade - É o custo de escolher uma alternativa, portanto
desistir dos benefícios potenciais de outra alternativa.
• Custo Incorrido (Sunk Cost) - O dinheiro já foi gasto e não se pode tê-lo
de volta. Não deve ser considerado na tomada de decisão sobre
continuar ou não um projeto.
1.3 - Custo x Desembolso
• Custo: Associa-se a regime de competência. Mede a variação
econômica dos ativos atingidos pelo projeto.
• Desembolso: Associa-se a regime de caixa. Mede a variação da saúde
financeira da empresa.
11
1.4 – Determinar o Orçamento
Determinar o orçamento agrega os custos estimados das atividades para
estabelecer uma linha de base. Nessa fase do projeto é comum utilizar a
ferramenta é técnica mais usada pelos processos do Guia PMBOK® que é a
opinião especializada. Ela é citada em 19 dos 42 processos do guia e por isso,
deve sempre ser considerada. A razão é simples, gerencie seu projeto de
forma eficaz e procure o especialista para os assuntos que não domina.
Segundo o célebre Tom Peters (1995): "Faça o que você faz melhor, terceirize
o resto”. Disponível em: http://escritoriodeprojetos.com.br/opiniao-
especializada.aspx. Escritório de Projetos, acessado em 02/10/2013.
1.5 – Controlar os Custos
Controlar os Custos tem como objetivo monitorar o status do projeto
para atualizar o orçamento e gerenciar alterações na linha de base dos custos.
12
CAPÍTULO II
SUSTENTABILIDADE
A história mostrou-nos a grande capacidade do homem em buscar
alternativas para melhoras suas condições de vida. Foi assim com a invenção
do fogo, da roda, do surgimento da escrita, e, sobretudo, com as lutas
empreendidas para a conquista dos direitos individuais que garantiram uma
vida mais digna as pessoas. Já houve lutas, com importantes resultados,
quando nos mobilizamos pela liberdade, pela justiça social, pela igualdade de
direitos, pela democracia. Agora, é o momento de trabalharmos pela
sustentabilidade ambiental, elevando-a ao mesmo patamar das demais
bandeiras.
É preciso fazer mais pelo ambiente e com urgência. Caso contrário, a
produção diminuirá pela escassez dos recursos naturais resultados para as
organizações. O relacionamento existente entre liderança e motivação com a
finalidade de mostrar como transformar uma organização.
Devemos ter consciência ecológica, atitudes cidadãs e ações
preventivas. É fundamental a reeducação dos hábitos de consumo, a redução
do descarte, a reutilização dos resíduos, criando novos produtos, além da
reciclagem, que inicia um novo processo produtivo. Proteger os recursos
naturais não é somente uma questão ambiental, é também social e econômica,
pois sua escassez impossibilitará a produção, reduzindo as oportunidades de
emprego. A humanidade deve dar nova demonstração de seu poder
transformador e eleger esta como a era da sustentabilidade, a fim de garantir
mais qualidade de vida para a atual e para as próximas gerações.
13
2.1 – Princípios dos 3R's
A gestão sustentável dos resíduos sólidos pressupõe uma abordagem
que tenha como referência o princípio dos 3R´s, redução (do uso de matérias-
primas e energia e do desperdício nas fontes geradoras), reutilização direta dos
produtos, e reciclagem de materiais.
A hierarquia dos 3R´s segue o princípio de que causa menor impacto
evitar a geração do lixo do que reciclar os materiais após seu descarte.
A reciclagem de materiais polui menos o ambiente e envolve menor uso de
recursos naturais, mas raramente questiona o atual padrão de produção, não
levando à diminuição do desperdício nem da produção desenfreada de lixo.
2.2 - Redução
A redução é a primeira etapa do princípio dos 3R´s (Reduzir, Reutilizar e
Reciclar), e consiste em ações que visem à diminuição da geração de resíduos,
seja por meio da minimização na fonte ou por meio da redução do desperdício.
É a etapa principal, pois sua contribuição promove a minimização de gastos
com o gerenciamento e tratamento, e é válido para aplicação a qualquer grupo
de resíduos.
Figura 1 - Logotipo dos 3R's. Fonte: http://www.not1.com.br/3-rs-reciclar-reduzir-e-reutilizar-
beneficios-como-colaborar
14
Algumas ações para a redução na geração:
• Substituição de copos descartáveis por canecas laváveis;
• Racionalizar o consumo de papel;
• Evitar empacotamentos desnecessários, levando ao supermercado ou
feira a própria bolsa de compras;
• Recusar folhetos de propaganda que não forem de seu interesse;
• Planejar bem as compras para não haver desperdício;
• Comprar sempre produtos duráveis e resistentes;
• Utilizar pilhas recarregáveis ou alcalinas, que poluem menos;
• Preferir comprar produtos que tenha embalagens retornáveis ou refil;
• Assinar jornais e revistas em conjunto com outras pessoas;
2.3 – Reutilização
A reutilização é a segunda etapa que pode ser implantada através de
ações que possibilitem sua utilização para várias finalidades, otimizar o máximo
seu uso antes de descarte final, ou, ainda seu reenvio ao processo produtivo,
visando a sua recolocação para o mesmo fim ou recolocação no mercado.
Podemos adotar algumas ações como:
• Reutilizar embalagens, potes de vidro e envelopes de plástico ou de
papel;
• Usar o outro lado das folhas de papel já utilizadas para rascunhos e
blocos de anotação;
• Reutilizar envelopes, colocando etiquetas adesivas sobre o endereço do
remetente e do destinatário;
• Aproveitar embalagens descartáveis para artesanato;
• Restaurar móveis antigos ao invés de comprar um novo;
15
• Doar roupas, móveis, aparelhos domésticos e brinquedos;
2.4 – Reciclagem
Reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar
os resíduos, e reutilizá-los no ciclo de produção de que saíram. Materiais que
se tornariam lixo, ou estão no lixo, são separados, coletados e processados
para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos.
Reciclar é usar um material para fazer outro.
O termo "reciclagem" surgiu na década de 1970, quando as
preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor,
especialmente após o primeiro choque do petróleo, quando reciclar ganhou
importância estratégica. As indústrias recicladoras são também chamadas
secundárias, por processarem matéria-prima de recuperação. Na maior parte
dos processos, o produto reciclado é completamente diferente do produto
inicial.
Figura 2 - Lixeiras para Coleta Seletiva
Fonte: http://tribobrasileira.wordpress.com/tag/lixo/
16
2.5 – Benefícios da reciclagem
2.5.1 - Econômicos:
• A reciclagem de papel economiza matéria-prima (celulose);
• A reciclagem de 1 kg de vidro quebrado (cacos) gera 1 kg de vidro novo,
economizando 1,3 kg de matérias-primas (minérios);
• A cada 10% de utilização de cacos, há uma economia de 2,9% de
energia;
• A reciclagem de alumínio economiza 95% da energia que seria usada
para produzir alumínio primário;
• A reciclagem de lixo orgânico, por meio da compostagem, resulta em
adubo de excelente qualidade para a agricultura;
• Uma única latinha de alumínio reciclada economiza energia suficiente
para manter um aparelho de TV ligado durante três horas.
2.5.2 – Ambientais:
• 50 kg de papel reciclado evitam o corte de uma árvore de 7 anos;
• Cada tonelada de papel reciclado pode substituir o plantio de até 350 m2
de monocultura de eucalipto;
• Uma tonelada de papel reciclado economiza 20 mil litros de água e
1.200 litros de óleo combustível;
• A reciclagem de vidro diminui a emissão de gases poluidores pelas
fábricas.
• A reciclagem do plástico impede um enorme prejuízo ao meio ambiente,
pois o material é muito resistente a radiações, calor, ar e água;
• A cada quilo de alumínio reciclado, 5 kg de bauxita (minério com que se
produz o alumínio) são poupados;
• A reciclagem de vidro aumenta a vida útil dos aterros sanitários e poupa
a extraído de minérios como areia, barrilha, calcário, feldspato etc;
17
• A reciclagem do plástico impede um enorme prejuízo ao meio ambiente,
pois o material é muito resistente a radiações, calor, ar e água;
2.5.3 – Sociais:
• A reciclagem contribui para a diminuição do volume de lixo: o Brasil
produz atualmente 240 mil toneladas de lixo por dia;
• Recoloca no ciclo de produção um material que pode contaminar o solo,
a água e o ar;
• A reciclagem de papel gera milhares de empregos: dos catadores de
papel aos empregados em empresas de intermediação e recicladoras;
• A reciclagem de plástico no Brasil gera cerca de 20 mil empregos diretos
em 300 indústrias de reciclagem;
18
CAPÍTULO III
TI VERDE
Tecnologia da Informação Verde (ou IT Green, no inglês) é um conceito
que foi criado há alguns anos para mostrar a intenção das empresas que
trabalham com TI em diminuir os impactos ambientais causados por elas. A
tendência mundial abrange desde a diminuição no consumo de energia elétrica
até a redução na emissão de carbono.
A IT Green visa fazer com que as empresas se tornem sustentáveis a
partir da adoção de práticas efetivas que colaboram com a saúde do Planeta.
Com isso, mostram aos seus clientes, funcionários e fornecedores sua
preocupação e comprometimento com o meio ambiente. Para que uma
companhia adote este conceito, é preciso pensar grande e criar práticas
capazes de fazer com que o uso da tecnologia não auxilie tanto nos danos a
Terra. Para isso, é necessário levar em conta desde a fabricação de cada um
dos produtos e recursos que utiliza até a sua administração e aplicação na
rotina de trabalho. A escolha consciente no uso de substâncias tóxicas que
podem vir a contaminar o solo quando descartadas também é levada em conta.
No emprego da TI Verde, além da emissão de gás carbônico, fatores como a
redução no consumo de energia, e consequente diminuição do calor gerado
por máquinas são fundamentais. No meio corporativo, algumas mudanças
simples podem colaborar para que isso aconteça e a virtualização de
determinados processos é comumente citada como um dos métodos mais
eficazes.
A utilização de serviços de Comunicação Unificada auxilia
principalmente na redução do gás carbônico, mas se bem empregado também
pode diminuir o consumo de energia dentro de uma corporação. Ao dispensar
deslocamentos, o carbono que seria emitido pelos meios de transporte é
evitado, bem como a aceleração do efeito estufa e da poluição.
19
Estima-se que para cada reunião presencial realizada seria preciso
plantar aproximadamente nove árvores a fim de compensar as mais de 1.720
toneladas de gás carbônico emitidas em uma viagem de ida e volta entre o Rio
de Janeiro e Nova York, por exemplo.
A consultoria Forrester Research divulgou um estudo no qual calcula
que a tecnologia da informação corresponde em média, 10% do consumo de
energia e 10% das emissões de CO2 – principal gás de efeito estufa das
empresas. A consultoria Gartner por sua vez, apresenta uma estimativa de que
só os computadores respondem hoje por 2% de todo o dióxido de carbono
emitido na atmosfera. Disponível em: http://computerworld
.uol.com.br/gestao/2010/06/22/empresas-colhem-beneficios-dos-projetos -de-ti-
verde/. COMPUTERWORD, acessado em 03/10/2013.
Enquanto muitos gestores de TI ficam reticentes em relação à melhor
forma de implementar e subsidiar medidas ecologicamente corretas nas
empresas, alguns departamentos de tecnologia já colhem os efeitos positivos
dessa postura. Os ganhos vêm, principalmente, com a possibilidade de reduzir
os custos com energia. Um recente relatório da consultoria norte-americana
CDW informa que 52% das corporações que trabalham ativamente para usar
menos eletricidade conseguem cortar em 1% ou mais os gastos relacionados à
área de tecnologia da informação. Disponível em:
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/06/22/empresas-colhem-
beneficios/-dos-projetos-de-ti-verde/COMPUTERWORD, acessado em
03/10/2013.
A economia de energia representa hoje a base do projeto de TI Verde do
Itaú Unibanco, maior banco privado do País. “A eficiência energética é que
ajuda a pagar a conta das outras iniciativas e tornar tangíveis os resultados das
ações sustentáveis”. ressalta o diretor de infraestrutura e operações de
tecnologia da informação do banco, João Antonio Dantas Bezerra. O executivo
conta que desde 2004 a área de tecnologia do Itaú desenvolve ações pontuais
20
ligadas à preservação ambiental. “Mas só quando criamos um comitê de TI
Verde, no qual concentramos todas as atividades, conseguimos alavancar a
iniciativa.” Ele explica que o grupo é formado por pessoas de diversos
departamentos da companhia e está dividido em três grandes grupos:
eficiência energética, lixo eletrônico e green workplace (ações para tornar o
ambiente de trabalho sustentável). “Com a modernização do data center,
conseguimos um consumo energético 40% mais eficiente”, afirma Bezerra.
Segundo ele, isso gerou uma redução de aproximadamente 500 mil reais em
custos, com uma economia de 1,5 MW/hora. “Para conscientizar os
funcionários do banco, eu costumo citar que com essa redução deixamos de
cortar cerca de 500 árvores”, Disponível em:
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/06/22/empresas-colhem-
beneficios-dos-projetos-de-ti-verde/ COMPUTERWORD, acessado em
03/10/2013.
Também na esteira de iniciativas que chamam a atenção do resto da
organização para a sustentabilidade está o tratamento do lixo eletrônico. Desde
2008, a área de Bezerra estabeleceu que todos os equipamentos de TI velhos
fossem enviados para uma empresa especializada em reciclagem desse tipo
de material, a Suzaquim. No ano passado, o executivo estima que 125
toneladas de equipamentos foram reciclados, com um reaproveitamento de
98% de todos os itens que compõem as máquinas.
O terceiro pilar do trabalho do comitê de TI Verde do Itaú Unibanco está
concentrado em analisar práticas que tornem o ambiente de trabalho da
instituição mais sustentável. “Isso inclui projetos para reduzir impressão, evitar
o deslocamento dos profissionais, aumentar o tempo de vida útil dos
equipamentos, entre outros”, pontua o diretor. Disponível em: http://
computerworld.uol.com.br/gestao/2010/06/22/empresas-colhem-beneficios-dos-
projetos-de-ti-verde /. COMPUTERWORD, acessado em 03/10/2013.
21
Como exemplo de iniciativas que já tiveram resultados palpáveis, só
graças à implementação de um sistema de videoconferências, a partir do qual
são realizadas hoje 200 reuniões mensais virtuais entre profissionais de várias
unidades, o banco deixou de produzir 80 toneladas de CO2, que seriam
emitidos por meio dos diversos meios de transporte utilizados pelos
profissionais. Bezerra ressalta também que as ações verdes do departamento
de TI contribuem para construir uma imagem positiva do banco no mercado.
Como reflexo, o Itaú Unibanco foi à única empresa brasileira a receber o
prêmio Green Uptime Institute 2010. A premiação internacional reconhece as
ações inovadoras em termos de sustentabilidade. No caso específico do Itaú, a
instituição ficou em primeiro lugar na categoria Joint IT and Facilities
Innovation. “Além disso, fomos um dos cinco finalistas do prêmio Ethical
Corporation na área de Tecnologias Sustentáveis” informa o diretor,
Disponível em http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/06/22/ empresas-
colhem-beneficios-dos-projetos-de-ti-verde COMPUTERWORD, acessado em
03/10/2013.
Essa postura sustentável começa também a exigir uma mudança no
comportamento de toda a cadeia que se relaciona com o Itaú Unibanco. Assim,
dentro das políticas de TI Verde, o banco implementou uma regra pela qual,
durante a licitação para compra de equipamentos e serviços de tecnologia, dá
preferência a empresas que utilizem métodos sustentáveis para a fabricação e
o descarte de equipamentos. “Ainda não é uma questão restritiva para
elegermos um fornecedor, mas em breve será” avisa o diretor de infraestrutura
e operações. Disponível em: http://computerworld.uol.com.br
/gestao/2010/06/22/empresas-colhem-beneficios-dos-projetos-de-ti-verde/.
COMPUTERWORD, acessado em 03/10/2013.
A Artecola – uma das principais fabricantes brasileiras de insumos
químicos e suprimentos industriais – já deu um passo adiante nessa relação
com seus fornecedores. A empresa incluiu no processo de RFP (solicitação de
proposta, em português) que a produção e o descarte adequado de
22
equipamentos representam uma condição essencial para as fabricantes
interessadas em fornecer produtos de TI. “Essa questão virou um pré-requisito,
juntamente com a qualidade, o custo e o escopo dos equipamentos”, detalha o
gerente de tecnologia da informação do grupo, Cleyton Sousa. Disponível em:
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/06/22/empresas-colhem-
beneficios-dos-projetos-de-ti-verde/. COMPUTERWORD, acessado em
03/10/2013.
Ainda de acordo com o executivo, para fazer a análise de
sustentabilidade dos fornecedores de forma objetiva, ele utiliza as informações
do EPEAT (www.epeat.net). Este último, um sistema criado com o intuito de
avaliar, comparar e selecionar produtos eletrônicos, com base em atributos
ambientais. A ferramenta analisa diversos fornecedores de desktops, laptops,
thin clients, workstations e monitores.
23
3.1 – Benefícios da Computação em Nuvem
De acordo com pesquisa realizada pela ACCENTURE e WSP a
tecnologia em nuvem pode contribuir significativamente para a redução do
consumo geral da energia na computação empresarial e consequente emissão
de gases do efeito estufa. O estudo que analisou a quantidade de carbono
emitido por servidores, rede e infraestrutura de armazenamento concluiu que
as empresas menores são mais beneficiadas pela utilização da Computação
em Nuvem. Organizações com até 100 usuários ao adotarem essa tecnologia
podem reduzir em até 90%, a redução de carbono, enquanto que nas grandes
corporações a economia é em média de 30%. Um estudo de caso com uma
grande empresa de bens de consumo revelou que 32% do consumo de energia
e das emissões de carbono poderiam ser economizados ao se migrar 50 mil
usuários de e-mail para a Computação em Nuvem. Disponível em:
http://www.accenture.com/SiteCollectionDocuments/PDF/Accenture_Sustainabi
lity_Cloud_Computing_TheEnvironmentalBenefitsofMovingtotheCloud.pdf
ACCENTURE, acessado em 15/09/2013.
A infraestrutura compartilhada e a provisão da demanda que permite
atender a várias organizações proporciona economias em escala dos Data
Centers. A forma como as organizações medem e gerenciam o consumo de
energia e a consciência sobre as atuais questões ambientais são essenciais
para que os benefícios da eficiência com a tecnologia em nuvem sejam
alcançados. As corporações podem criar uma infraestrutura computacional
mais eficiente e sustentável com o uso da Computação em Nuvem.
Outro estudo elaborado pela PIKE RESEARCH conclui que os Data
Centers têm interesse nesta tecnologia e aplicação, pois se pode reduzir o
consumo global de energia no setor em até 38% até 2020. O estudo revela que
os investimentos com essa tecnologia tendem a passar de U$ 17,1 bilhões em
2012, para U$ 45.4 bilhões em 2016, com consequente redução de 28% de
emissão de gases estufa até 2020, quando comparados aos níveis de 2010.
24
As economias derivam do fato da Computação em Nuvem ter como
base a Internet o que elimina para as empresas a construção de Data Centers
e a hospedagem de servidores próprios ao alocar seus dados e softwares em
servidores com outra localização. À medida que a Computação em Nuvem
cresce também aumenta o efeito positivo no consumo de energia dos Data
Centers, por ser uma tecnologia que tem a capacidade de reduzir gastos com
energia e produção de gases estufa. Os modelos de serviço na Computação
em Nuvem são mais eficientes, e sua adoção contribui para tornar “verde” as
empresas. Disponível em: http://www.navigantresearch.com /newsroom/the-
green-data-center-market-will-surpass-45-billion-by-2016, PIKE RESEARCH,
acessado em 25/09/2013.
Figura 3 - Sistema de Computação em Nuvem
Fonte: http://www.tutorialspoint.com/shorttutorials/cloud-computing-from-the-home
25
Relatório divulgado pela CARBON DISCLOSURE PROJECT (2011) que
apresenta soluções de TI para o século XXI concluiu, entre as grandes
empresas americanas usuárias de Computação em Nuvem, a possibilidade de
obter, até 2020, reduções anuais de emissões de carbono equivalentes a 200
milhões de barris de petróleo. O estudo revela que, entre os investimentos de
TI, haverá aceleração com a adoção de Computação em Nuvem de 10% para
69% até 2020. Conclui, ainda, que a Computação em Nuvem aumenta a
eficiência operacional enquanto reduz consumo de energia e diminui emissões
de carbono e investimentos em recursos de TI. Disponível em:
http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2011/07/22/cloud-pode-gerar-
economia-anual-de-us-12-3-bi-com-energia/ COMPUTERWORLD, acessado
em 22/09/2012.
O conceito de Computação em Nuvem já é aplicado para amenizar
custos de manutenção de servidores e cabe as empresa avaliar e considerar a
disponibilidade, confidencialidade e flexibilidade dos dados que estarão na
nuvem. Além dos custos a modalidade contribui para a redução do impacto
ambiental gerado pelo setor de TI.
Pesquisa elaborada pela ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE E-BUSINESS
BRASIL (2012) traçou um panorama sobre o uso da Computação em Nuvem
nas empresas de pequeno, médio e grande porte. A análise revela que 56%
aderiram essa modalidade, onde a mais utilizada (38%) é a nuvem privada. As
aplicações mais comuns que migram para a Computação em Nuvem são nota
fiscal eletrônica, e-mail, sistemas de Recursos Humanos, Enterprise Resource
Planning (ERP) e Business Intelligence (BI). Por ser de uma ferramenta nova,
houve muito investimento em tecnologias que antecederam a Computação em
Nuvem o que dificulta a sua adoção. Entre as principais vantagens destacam-
se o aumento na disponibilidade da infraestrutura de TI e o maior foco no
negócio. Poucas empresas contratam serviços temporários pela sensação de
falta de segurança, um dos aspectos que mais impactam na migração para esta
26
modalidade. Disponível em: http://www.ebusinessbrasil com.br/pesquisa/detalhe/9/.
EBUSINESSBRASIL, acessado em 25/09/2013.
A Computação em Nuvem permite a utilização de vários softwares e
nivela as empresas a um patamar antes só possível às grandes corporações e
agências governamentais. A americana Cycle Computing recentemente formou
um cluster de supercomputação com 50.000 processadores, no Amazon Web
Services para simular compostos de drogas.
Duas pequenas empresas da área farmacêutica, Schrödinger e Nimbus
Discovery, utilizaram as aplicações de simulação em nuvem para a descoberta
de medicamentos. O serviço disponibilizado em nuvem realiza a simulação de
21 milhões de compostos químicos há um tempo e custo computacional
demasiadamente inferior às empresas que não possuem supercomputadores.
Neste caso o tempo é fundamental como elemento sustentável, pois emiti
menor quantidade de CO² em relação ao consumo de energia, além de contar
com a eliminação de Data Centers próprios o que também contribui com a
sustentabilidade. Outros exemplos podem ser observados em companhias que
suportam variações críticas de sua demanda computacional ao alocar mais
servidores virtuais, e nas empresas de comércio eletrônico que utilizam
aplicações em nuvem de servidores virtuais, para analisar page views geradas
mensalmente nas visitas ao seus sites.
As empresas do segmento de desenvolvimento de TI também
demonstram preocupação com a sustentabilidade e a TI Verde (Microsoft,
2012) que por meio do aplicativo Dynamics criou um novo recurso para medir e
certificar a emissão de dióxido de carbono de uma empresa. A solução visa
medir o impacto ambiental que as atividades organizacionais causam em
critérios como consumo de energia.
27
A aplicação aponta a quantidade de servidores utilizados por uma
empresa, assim como o número de personal computers (PCs) que possui e as
horas trabalhadas por dia para cruzar estes dados com o consumo de energia
elétrica e aferir a eficiência energética da companhia ajudando-a nas
mudanças dos hábitos corporativos para reduzir o consumo de energia e,
consequentemente, a quantidade de gás carbônico lançado na atmosfera.
A sociedade evolui para um mercado de créditos de carbono que pode
onerar as companhias poluentes e isentar as empresas ecologicamente
responsáveis num futuro próximo.
Outro exemplo pode ser observado pela Sun Microsystems (Oracle,
2012) é um Data Center nos Estados Unidos que permite economizar até 11
mil toneladas métricas de CO² por ano. As instalações incorporam sistemas de
eficiência energética, com design e tecnologias inovadores de alimentação de
energia e de resfriamento. Além da economia de CO² o Data Center verde
possibilitou a diminuição de 1 milhão de Quilowatt-hora (kWh) por mês do
consumo de eletricidade que conta com uma infraestrutura focada na economia
de água, na redução de uso de produtos químicos e no resfriamento de ar e
alimentação de energia ininterruptos.
3.2 – Transitando na direção de um datacenter verde
O que fazer então para criar um datacenter verde, energeticamente
eficiente? Os mais de 30 anos de experiência prática da IBM na concepção,
suporte e operação de datacenters representaram inúmeras oportunidades
para saber o que funciona e o que não funciona. E também nos deram uma
perspectiva única para saber como aplicar esse conhecimento para ajudar a
criar estratégias possíveis para aumentar a eficiência energética.
28
Em geral, as empresas alcançam os melhores resultados quando
integram as mudanças energéticas e de resfriamento com tecnologias
avançadas, como virtualização, hardware e software eficientes em termos de
energia, além de iniciativas de gerenciamento de energia e de cargas de
trabalho.
Muito embora não haja claramente um único “caminho certo” para criar
um datacenter verde, especialistas acreditam que o passo inicial mais produtivo
para os CIOs é realizar uma avaliação das melhores práticas existentes, além
de uma auditoria energética. Esse check-up sistemático fornece, em tempo
real, um perfil e um modelo sobre as condições de uso de energia pelo
datacenter, o que permite apontar áreas de alto uso de energia e estabelecer
uma linha de base para planejamento futuro.
Ao mesmo tempo, os CIOs deverão desenvolver uma visão holística do
ambiente, levando em consideração os seguintes fatores:
• Um inventário dos seus sistemas atuais, seu dispêndio de energia e sua
localização;
• Os planos de negócio e de crescimento da empresa – para ajudar na
previsão de necessidades futuras;
• Regulamentações governamentais atuais ou planejadas sobre eficiência
energética na região em que se encontram;
• Descontos ou incentivos econômicos por parte de fontes
governamentais ou do provedor de energia por conta de eficiência
energética;
• Quaisquer metas já estabelecidas para a redução das emissões de
carbono na empresa e o prazo previsto para alcançá-las;
Uma análise cuidadosa da avaliação e do perfil vai permitir que o CIO
construa uma lista de oportunidades para extrair o máximo de eficiência
energética do datacenter. Caso a equipe ainda não tenha olhado de perto para
as características térmicas do datacenter da empresa, é provável que ela
29
venha a encontrar inúmeras oportunidades para melhoria da eficiência
energética. Essas oportunidades podem ir desde grandes projetos de upgrade
da infra-estrutura, tais como o upgrade de resfriadores ou do suprimento
ininterrupto de energia (UPS), até medidas simples e baratas, tais como:
• Bloqueio de aberturas para cabos para impedir a saída de ar frio
• Remoção de bloqueios de cabos sob o piso que impeçam a circulação
de ar.
• Desligamento de servidores que estejam sem carga de trabalho.
• Desligamento de unidades de ar-condicionado de salas de
computadores (CRAC) em áreas que estejam refrigeradas em excesso.
30
3.3 – Reduzindo o consumo de energia com tecnologias
inovadoras
A aplicação de tecnologias inovadoras nos datacenters pode resultar em
mais poder de computação por kilowatt. Os equipamentos de TI estão ficando
cada dia mais eficientes em termos de energia e cada vez mais verdes,
também. Com a evolução tecnológica e com a inovação passando à frente da
expectativa de vida dos equipamentos dos datacenters, muitas empresas estão
descobrindo que substituir equipamentos de TI antigos por modelos novos
pode reduzir de maneira significativa as necessidades de energia e
resfriamento em geral e liberando ainda espaço.
Por exemplo, estudos da IBM demonstraram que os servidores blade
reduzem as necessidades de energia e resfriamento em 25% a 40%, em
comparação com tecnologias de uma só unidade. Embora possa parecer
financeiramente desaconselhável substituir equipamentos antes de sua total
depreciação, as vantagens que um modelo novo pode trazer – menor consumo
de energia, de duas a três vezes mais poder de computação que modelos
antigos – combinadas com economias potenciais de espaço, energia e
resfriamento são mais que suficientes para compensar qualquer perda em
termos de valor patrimonial.
3.4 – Videoconferência
O objetivo da videoconferência é colocar em contato, através de um
sistema de vídeo e áudio, duas ou mais pessoas separadas geograficamente.
O sistema funciona como um canal de TV bidirecional (e é usado todo o tempo
pelas emissoras) e proporciona uma grande naturalidade à colaboração entre
essas pessoas.
31
A videoconferência existe desde os anos 70, mas está vivendo agora o
seu período mais intenso de crescimento, graças ao uso de tecnologias digitais
e à oferta universal de linhas adequadas para a sua implementação pelas
companhias telefônicas.
Um sistema de videoconferência de alta qualidade tipicamente utiliza
linhas digitais do tipo ISDN (que tem diferentes nomes comerciais, dependendo
do estado ou da empresa), que têm um número de discagem como qualquer
outra linha, e que transmitem tipicamente em múltiplos de 64 Kbits por
segundo. ISDN significa em inglês Integrated Services Digital Network, ou
Rede de Serviços Digitais Integrados (RDSI). No Brasil, quase todas as
operadoras de telefonia fixa oferecem o serviço usando nomes comerciais
como Multilink, DigiDial, e outros.
É possível fazer uma videoconferência de qualidade razoável usando
uma velocidade mínima de 128 kilobits por segundo (kbps). O termo "razoável"
aqui significa um vídeo que transmite a 15 quadros por segundo, e é incapaz
de mostrar com boa qualidade movimentos rápidos. O áudio é monofônico com
qualidade de TV. Utilizando-se três linhas ISDN (o que corresponde à
velocidade de 388 kbps), a qualidade é muito boa, com 30 quadros por
segundo. Evidentemente, sai mais caro.
Também já é possível realizar videoconferência através de conexões
dedicadas do tipo IP (Internet Protocol), e até pela própria Internet de banda
larga, embora a qualidade de serviço (QoS) não seja sempre garantida, nesse
tipo de rede, ou seja, a imagem pode sofrer interrupções, e o som está sujeito a
perder a qualidade de vez em quando. Os modernos equipamentos de
videoconferência funcionam com os dois tipos de protocolo (ISDN e IP) e
alguns outros mais, como via satélite.
32
Os principais motivos para as empresas poluírem menos utilizando a
videoconferência:
• Acesso a especialistas que estejam em locais distantes – Conectar
clientes e colaboradores com especialistas em tempo real, e
pessoalmente, através das videocomunicações, sem se importar onde
estão localizados, com economia de tempo, dinheiro e emissões de
carbono, e com aumento de satisfação e de fidelidade dos clientes.
• Reuniões mundiais – Não há necessidade de pegar um avião quando for
preciso reunir-se com o Conselho Executivo e com os demais
componentes da equipe. Basta ir até a sala de videoconferência e uma
simples chamada vai permitir que todos se comuniquem pessoalmente e
em tempo real.
Figura 4 – Reunião através de videoconferência.
Fonte: http://www.ivci.com/videoconferencing-tandberg-t3.html
33
• Customer Briefing Centers – Para facilitar a colaboração e a tomada de
decisões instantâneas, as videocomunicações reúnem, por exemplo,
compradores, clientes, equipes de vendas e profissionais especialistas
em tempo real, sem que haja necessidade de viajar, reduzindo o
impacto ambiental negativo das viagens.
• Conciliação da vida pessoal e profissional – Os empregados que estão
sempre viajando geralmente têm mais estresse, menos produtividade e
menor satisfação no trabalho. A videoconferência elimina a necessidade
de viajar e incrementa a disposição e a atitude, a produtividade e a
colaboração do profissional, e permite manter as comunicações
pessoais entre as equipes.
• Aprendizado à distância – Escolas, hospitais e outros serviços de
desenvolvimento de profissionais preservam o meio ambiente quando se
conectam a locais remotos através de videoconferência para melhorar
as oportunidades de aprendizagem e economizar nas despesas. Podem
igualmente compartilhar de forma simples os conteúdos gravados para
futuras aulas. A formação à distância tem múltiplas aplicações e
vantagens inclusive dentro do ambiente da empresa.
• Pesquisa e Desenvolvimento - Especialistas em Planejamento e
Pesquisa de todo o mundo podem manter discussões em tempo real, e
pessoalmente, sobre o projeto de um produto, ou sobre a execução de
modificações nos componentes, através de reuniões por
videoconferência, o que permite acelerar os tempos de desenvolvimento
sem aumentar as emissões de carbono pelas diversas viagens que este
tipo de função requer.
• Crescimento da equipe – ter uma grande quantidade de escritórios ou
filiais significa ter equipes “ilhadas”. A videoconferência permite que as
equipes mais distantes conversem com as outras como se estivessem
em um mesmo escritório. E mais ainda: aumenta a colaboração e a
camaradagem entre colegas sem exigir gastos com viagens que esse
tipo de encontro acarretaria.
34
• Seleção de pessoal – Os contatos iniciais com candidatos que não
sejam da localidade são mais econômicos e ecológicos se forem
eliminadas as viagens para fazer as primeiras entrevistas. Além disso,
as videoentrevistas são mais efetivas que as entrevistas telefônicas,
uma vez que os entrevistadores podem observar as expressões faciais
do entrevistado.
• Colaboração em tempo real – As empresas podem trabalhar com grande
quantidade de dados e conteúdos, e atuar em tempo real a partir de
múltiplos endereços/localizações com todas as capacidades visuais e de
multimídia que a videoconferência oferece ao invés de perder
produtividade e tempo com as longas viagens até o local.
35
CONCLUSÃO
Após a análise da literatura pode-se concluir que é inevitável o
crescimento tecnológico, mas também imprescindível que o meio ambiente
seja preservado.
As empresas precisam se adequar à TI Verde e se empenhar nas
práticas sustentáveis para obter benefícios tanto nos ganhos econômicos como
na preservação ambiental. A pesquisa mostra também que a Computação em
Nuvem e Videoconferência são alternativas viáveis e sustentáveis, além de ser
possível mensurar e padronizar por meio da governança de TI Verde suas
práticas e alinhamento estratégico.
O debate da sustentabilidade envolve Governos de todo o mundo
embora as medidas necessárias para sua aplicação venham sendo
postergadas. Constata-se que as empresas ao adotarem medidas sustentáveis
como a Computação em Nuvem, para diminuir o consumo de energia, contribui
para o desenvolvimento sustentável do planeta ao reduzirem a emissão de CO²
que produzem. Cabe ressaltar que é preciso avaliar quais são as medidas que
os fornecedores de Computação em Nuvem adotam para se adequarem ao
conceito de TI Verde e assim também contribuírem para a questão ambiental.
As possibilidades de alteração futura das matrizes energética e os estudos que
apontam para mudanças climáticas devem influenciar a decisão das empresas
ao optarem pela Computação em Nuvem na busca da preservação do meio
ambiente, por meio do conceito de governança de TI Verde.
A valorização da TI Verde é necessária para suportar as necessidades da
sociedade pós-moderna e a Computação em Nuvem pode referenciar
investimentos baseados na sustentabilidade, pois os princípios e as práticas de
TI Verde preza pela conscientização e mudança de hábitos para melhorar o
desempenho e reduzir o consumo de energia e emissão de gases poluentes.
36
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. São Paulo. Editora Atlas.
2005.
MAKOWER, Joel. A Economia Verde: descubra as oportunidades e os desafios
de uma nova era de negócios. São Paulo: Editora Gente. 2009
MURUGESAN, S. Harnessing green IT: Principles and practices. IT
Professional, v. 10, n. 1, p. 24-33, 2008.
OLIVEIRA, José Antônio Puppin. Empresa na Sociedade: Sustentabilidade e
Responsabilidade Social. Rio de Janeiro. Editora Elsevier. 2009.
PMI (Project Management Institute). Um Guia do Conhecimento em
Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 4. ed. Newtown Square,
Pennsylvania (EUA): Project Management Institute, Inc., 2009.
VERAS, Manuel. Virtualização: Componente Central do Datacenter. Rio de
Janeiro: Brasport. 2011
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WEBGRAFIA
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Cloud Computing no Brasil - Disponível em:
http://www.ebusinessbrasil.com.br/pesquisa/detalhe/9
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http://www.pikeresearch.com/research/cloud-computing-energy-efficiency%3E.
Acessado em 24/08/2013
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http://computerworld.uol.com.br/gestao/2010/06/22/empresas-colhem-
beneficios-dos-projetos-de-ti-verde/
Acessado em 03/10/2013
Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Disponível em:
http://www.infoescola.com/desenvolvimento-sustentavel/reduzir-reutilizar-e-
reciclar
Acessado em 24/08/2013
O computador por dentro. Disponível em:
http://www.itautec.com.br/pt-br/sustentabilidade/ti-verde/o-computador-por-
dentro
Acessado em 24/08/2013
TI Verde. Disponível em:
http://www.locaweb.com.br/sobre-locaweb/ti-verde.html
Acessado em 24/08/2013
39
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
CAPÍTULO I ESTIMANDO CUSTOS EM PROJETOS ...................................... 9
1.1 – Estimar os Custos ............................................................................................................. 9
1.2 – Tipos de Custo ................................................................................................................ 10
1.3 - Custo x Desembolso ........................................................................................................ 10
1.4 – Determinar o Orçamento ............................................................................................... 11
1.5 – Controlar os Custos ........................................................................................................ 11
CAPÍTULO II SUSTENTABILIDADE ............................................................... 12
2.1 – Princípios dos 3R's .......................................................................................................... 13
2.2 - Redução .......................................................................................................................... 13
2.3 – Reutilização .................................................................................................................... 14
2.4 – Reciclagem ..................................................................................................................... 15
2.5 – Benefícios da reciclagem ................................................................................................ 16
CAPÍTULO III TI VERDE ................................................................................. 18
3.1 – Benefícios da Computação em Nuvem .......................................................................... 23
3.2 – Transitando na direção de um datacenter verde ........................................................... 27
3.3 – Reduzindo o consumo de energia com tecnologias inovadoras .................................... 30
3.4 – Videoconferência ........................................................................................................... 30
CONCLUSÃO .................................................................................................. 35
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 36
WEBGRAFIA .................................................................................................... 37
ÍNDICE ............................................................................................................. 39
40
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Logotipo dos 3R's. ........................................................................... 13
Figura 2 - Lixeiras para Coleta Seletiva ........................................................... 15
Figura 3 - Sistema de Computação em Nuvem ............................................... 24
Figura 4 – Reunião através de videoconferência. ............................................ 32