DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · preparar os caminhos pelo qual a criança pode...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A MÚSICA NA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS
NILZA DE ALMEIDA SALEZZE DA SILVA
ORIENTADOR
Maria Ester de Araújo Oliveira
RIO DE JANEIO, 2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
A MÚSICA NA CONTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Educação Infantil e Especial.
RIO DE JANEIRO, 2009
RESUMO
A escolha do tema “A música na construção de conhecimentos”, tem
como objetivo proporcionar momentos agradáveis e úteis no cotidiano escolar,
para construção de conhecimentos nos aspectos afetivos, cognitivos e sociais.
Consciente de que a música realmente deve ser utilizada como
linguagem e suporte para novas aprendizagens de conteúdos sistematizados e
vivências, é que consideramos de extrema importância a sua inclusão no
processo educativo, que deve ser prazeroso para o desenvolvimento da
criança, garantindo a participação e a integração de educadores e educando na
construção de conhecimentos, adquiridos por meios de uma fonte rica e
expressiva que muito pode contribuir para educação, que é a música.
METODOLOGIA
A pesquisa foi desenvolvida num Centro de Educação Infantil da rede
Municipal de Vitória, cuja metodologia foi embasada na abordagem qualitativa,
baseada na perspectiva da pesquisa-ação.
Neste tipo de pesquisa, além de ser constituída pela ação e pela
participação, é necessário produzir conhecimentos, adquirir experiência,
construir para a discussão da área estudada ou fazer avançar o debate acerca
das questões abordadas. Sem perder o conjunto de exigências cientificas,
podem-se conceder dispositivos de pesquisa social com base empírica nos
quais, em vez de separação entre observador e observados colocada pelo
padrão convencional de observação, haja um tipo de co-participação dos
pesquisadores e das pessoas implicadas no problema investigado.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................6
1 BREVE HISTÓRICO DA MÙSICA NO BRASIL...........................................8
2 A PRESENÇA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL .........................12
3 A CRIANÇA E A MÚSICA..........................................................................15
4 A PERCEPÇÃO, A IMAGINAÇÃO E A FANTASIA...................................18
5 PESQUISA-AÇÃO......................................................................................21
5.1 CONTEXTO PESQUISADO.....................................................................21
5.2 SUJEITOS DA PESQUISA ......................................................................23
5.3 PROCEDIMENTO METÓDOLOGICO ....................................................23
5.4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS ............................................23
CONCLUSÃO ...............................................................................................28
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................29
FICHA DE AVALIAÇÃO .............................................................................. .31
INTRODUÇÃO
A música atinge os domínios da vida interior do homem. A música, com
o ritmo, o som e suas harmonias penetram no mais recôndito do nosso ser, no
mais íntimo de nossa essência espiritual agitando ou acalmando nossos
sentidos. Por isso pode ajudar-nos eficazmente, se soubermos, pelo seu poder,
preparar os caminhos pelo qual a criança pode perceber beleza de tudo que a
rodeia.
O que tem se observado atualmente é que muitas vezes o professor
está despreparado e acomodado e não utiliza recursos que possam despertar
o interesse na aprendizagem. Para mudar esse quadro de ensino atual e
repetitivo e tornar as aulas agradáveis? Como o educador pode buscar novas
linguagens e recursos de ensino, que possibilita um meio prazeroso de
ensinar? Como trabalhar com a música integrada aos demais conhecimentos
na Educação Infantil?
Deve ser considera de extrema importância a inclusão da música no
processo educativo, utilizando-se dos meios lúdicos no seu cotidiano,
auxiliando no processo-aprendizagem, tornando-se uma fonte rica e expressiva
que muito pode contribuir para educação.
Neste sentido, procura-se compreender melhor a música como área de
conhecimento, para aplicá-la de forma atraente e prazerosa, procurando
ampliá-la ao mundo infantil. Desta forma, pretende-se organizar uma
delimitação do tema relacionando-o com as atividades curriculares até então
proposta, numa instituição de educação infantil, estabelecendo como objetivo
observar a música no processo ensino-aprendizagem na construção de
conhecimento de mundo, levando em consideração a visão de música que os
profissionais da educação possuem como ela é trabalhada e como pode vir a
ser trabalhada como linguagem, contextualizando-a com os conteúdos
desenvolvidos em sala de aula.
Partindo desse questionamento, busca-se nos embasar no RCNEI
(Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil) e outros teóricos que
tratam à música como uma área de conhecimento importante no processo
ensino aprendizagem da criança.
A pesquisa foi desenvolvida num Centro de Educação Infantil da rede
Municipal de Vitória, cuja metodologia foi embasada na abordagem qualitativa,
baseada na perspectiva da pesquisa-ação.
1 BREVE HISTÓRICO DA MÚSICA NO BRASIL
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, certamente já
havia música, a dos índios. Os descobridores, com seu espírito de conquista,
impuseram aos nativos seus costumes musicais, mormente os cânticos
religiosos. Como é sabida, a obra de catequese foi realizada por padres
jesuítas, e eles trataram, rapidamente, de ensinar aos índios cânticos cristãos
da época, subestimando a cultura local.
Segundo MONTANARI (1993), os jesuítas que vieram ao Brasil para
catequizar e alfabetizar os silvícolas ficaram assustados ao ouvir os seus
cantos, os seus instrumentos de percussão e ao ver a sua dança. Resolveram
ensinar-lhes o cantochão e outros cantos religiosos. Com isso, conseguiram
destruir a música espontânea e natural dos nativos. Além dos jesuítas,
participaram do contexto histórico e social os frades mercenários (frades
evangelista que resgatavam os escravos das mãos dos mouros). Em
decorrência da ação civilizadora dos jesuítas e de outras que foram
acontecendo ao longo da história brasileira, a música nativa acabou perdendo,
de maneira geral, suas características. Algumas tribos indígenas conseguiram
preservar seus cantos, ritmos e danças.
Certamente a contribuição cultural do negro foi praticamente iniciada no
próprio Brasil. Os escravos chegaram com seus instrumentos de percussão e
quase nenhum canto ou cantoria. Em contato com o português e os índios,
começaram a criar músicas e combinações, que originaram do próprio
ambiente encontrado.
Segundo BARBOSA (2001), o ensino oficial da música no Brasil teve
início com a criação da Escola de Belas Artes no Rio Janeiro, com a presença
da Missão Francesa e de artistas europeus. Definiram neste século XX a
formação de profissionais de Artes ao nível institucional. Na primeira metade do
século XX a música e o Canto Orfeônico já faziam parte dos programas das
escolas primárias e secundárias. Na década de 30 o compositor Heitor Vila
Lobos num projeto preparado representou a música nas escolas tradicionais
através do Canto Orfeônico, que deu inicio ao desenvolvimento da linguagem
musical de maneira consistente e sistemática em todo o país o Canto Orfeônico
difundia idéias de civismo e coletividade, princípios condizentes com o
momento político da época.
Vila Lobos teve dificuldades prática na orientação dos professores e
acabou transformando as aulas de música numa teoria musical baseada nos
aspectos matemáticos visuais do código musical com a memorização de peças
orfeônicas, que refletindo a época, eram de caráter folclórico, cívico e de
exaltação. Depois de cerca de trinta anos de atividades em todo o Brasil o
Canto Orfeônico foi substituído pela educação musical criada pela Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Brasileira efetivada a partir dos meados da
década de 70. As escolas brasileiras viveram outras experiências no âmbito do
ensino e aprendizagem em Artes, que passava pela ética modernista com base
na Tendência Escolanovista, e com isso o ensino de Artes volta-se para o
desenvolvimento natural da criança no respeito às suas necessidades e
aspirações, valorizando as suas formas de expressão e compreensão do
mundo.
Na educação musical o Canto Orfeônico passa a ter um outro enfoque
no qual a música pode ser sentida, tocada, dançada, além de cantada.
Utilizando jogos, instrumentos de percussão, rodas e brincadeiras, buscava-se
um desenvolvimento auditivo, rítmico, a expressão corporal e a socialização
das crianças que são estimuladas a improvisar e criar.
Na década de 80 tem início um movimento nacional em prol do ensino
da Arte no Brasil e a Arte-educadora. Ana Mãe Barbosa é apontada como a
principal figura no processo de introdução de idéias defendidas através de a
Proposta Triangular, que contribui também com reflexões significativas para o
trabalho musical a ser desenvolvido em sala de aula. A Proposta Triangular,
segundo Barbosa (1998) tem na sua sistematização a influência da pedagogia
libertadora defendida por Paulo Freire e aborda três vertentes que devem ser
trabalhas de forma integrada. Isso porque na aquisição de conhecimento a
produção e a compreensão se completam e se enriquecem mutuamente.
Em 1988, com a Constituição, iniciam-se a discussão sobre a nova Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, os educadores em Artes
manifestam-se contrariamente a uma das versões expressa na lei, que retirava
a obrigatoriedade da área. Esta necessidade só passa a ser reconhecida com o
surgimento da Lei n° 9.394/96 em que a Arte é considerada obrigatória na
educação básica “o ensino da arte constituirá componente curricular
obrigatório, nos diversos níveis de educação básica, de forma a promover o
desenvolvimento cultural dos alunos”(art. 26, parágrafo 2º).
Pode-se dizer com base em BARBOSA (1998) que o movimento Arte-
Educação proporcionou um avanço nas concepções e metodologias para o
ensino e a aprendizagem de arte nas escolas, as reivindicações de
identificação da área por Arte e não mais por educação Artística, além de
incluí-la à estrutura curricular foi comentário até o final da década de 90.
Conhecendo a Arte de outras culturas, o aluno poderá compreender a
relatividade dos valores que estão enraizados nos seus modos de pensar e
agir, que pode criar um campo de sentido para valorização do que lhe é próprio
e favorecer abertura à riqueza e à diversidade da imaginação humana. Além
disso, torna-se capaz de perceber sua realidade cotidiana mais vivamente,
reconhecendo objetos e formas que estão à sua volta, no exercício de uma
observação crítica do que existe na sua cultura, podendo criar condições para
uma qualidade de vida melhor.
O ser humano que não conhece Arte tem uma experiência de
aprendizado limitada, escapa-lhe a dimensão do sonho, da poesia, das
criações musicais, das cores e formas, dos gestos e luzes que buscam o
sentido da vida.
2 A PRESENÇA DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
No contexto da educação infantil e ao longo de uma história a música
vem atendendo a vários objetivos, até mesmo alheios às próprias questões
dessa linguagem. Em muitos casos tem servido de suporte a formação de
hábitos, atitudes e comportamentos, na realização de comemorações, na
memorização de conteúdos. Nesse sentido a música limita-se à expressão
corporal por gestos imitada pela criança de forma mecânica e estereotipada.
Reforçando esse aspecto mecânico e repetitivo o uso das bandinhas rítmicas
tem sido frequentemente utilizado com intuito de desenvolver a coordenação
motora, audição e domínio rítmico, restando pouco ou nenhum espaço às
atividades de criação ou as questões ligadas à percepção e conhecimento das
possibilidades e qualidades expressivas dos sons.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI,
1998) define as questões relativas á música como área de conhecimento na
educação de crianças, e apontam que as atividades somente de reprodução e
imitação relacionadas à elaboração musical provam uma defasagem no
trabalho que poderia ser realizado com música relacionando-a com as demais
áreas de conhecimento. Mesmo que as formas de organização social e o papel
da música que vem se por imitação ou decorar em que a intuição, o
conhecimento prático e a transmissão oral se misturam. Essas questões devem
ser consideradas ao se pensar na aprendizagem, pois o contato intuitivo e
espontâneo com a expressão musical desde os primeiros anos de vida é
importante o ponto de partida para o processo de musicalização.
Ouvir música, aprender uma canção, brincar de roda, realizar
brincadeiras que envolvam o ritmo são atividades que despertam, estimulam e
desenvolvem o gosto pela atividade musical, além de atenderem às
necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva e cognitiva.
Aprender música significa integrar experiências que envolvem a vivência, a
percepção e a reflexão.
Então podemos concluir de acordo com RCNEI, que a criança em seu
processo de construção de conhecimento utiliza as mais diferentes linguagens
e exercem a capacidade que possuem de terem idéias e hipóteses originais
sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva a criança constrói seu
conhecimento a partir das interações que estabelecem com as outras pessoas
e com o meio que acerca, assim o conhecimento ocorre através de um intenso
trabalho de criação, significação e resignificação e é esse um grande desafio
da educação infantil que consiste em compreender, conhecer e reconhecer o
jeito particular das crianças sendo únicas em suas individualidades e
diferenças.
Nas instituições escolares é o local onde devemos oportunizar diferentes
modalidades para a criação do fazer musical.
“A sala de aula deve ter um canto dedicado à música em que os alunos possam colecionar e guardar objetos sonoros e musicais para dividir com a turma toda; ter uma discoteca na sala de aula com diferentes discos e CDs; equipamento de som (gravador, toca-discos, microfone): aumentar o acervo da biblioteca, com livros musicais – tanto os que têm uma música pronta que basta apertar um botão para que possamos ouvi-la como livros com partituras musicais – para que as crianças vivenciem a grafia da música; colocar à disposição das crianças um microfone, para que elas possam experimentar os efeitos acústicos de sua voz nesse aparelho; planejar um momento diário para realização da atividade musical, oferecer uma atividade diária de relaxamento e apreciação musical (...) enfim criar rotinas na Educação infantil, para que a criança possa deixar a sua marca de música”. (Cunha, 1999, p. 80).
Com o desenvolvimento tecnológico aplicado às comunicações vem
modificando consideravelmente as referências musicais das sociedades pela
possibilidade de uma escuta simultânea de toda produção mundial. A proposta
de ensino da música na educação infantil deve considerar essa diversidade
abrindo espaço para o aluno trazer música para sala de aula, acolhendo-a,
contextualizando-a e oferecendo acesso a obras que possam ser significativas
para o seu desenvolvimento pessoal em atividades de apreciação e produção.
Para que a aprendizagem da música possa ser fundamental na
formação de cidadãos é necessário que todos tenham a oportunidade de
participar ativamente como ouvintes, intérpretes, compositores e
improvisadores, dentro e fora da sala de aula. Promovendo interação com os
grupos musicais e artísticos das localidades, a escola pode contribuir para que
os alunos se tornem ouvintes sensíveis, amadores ou mesmo músicos
profissionais.
3 A CRIANÇA E A MÚSICA
Logo ao nascer a criança participa das práticas sociais e culturais de sua
família e dos grupos com os quais convive. Gradativamente, ela vai
descobrindo o mundo físico, psicológico social, estético e cultural que lhe é
apresentado pelos adultos no seu dia-a-dia. A sua formação, como sujeito em
processo de humanização vai se estruturando a partir das experiências
assimiladas em interação com as outras pessoas.
A criança transforma-se de biológico em sócio-histórico, faz parte de
uma organização familiar que está inserida numa sociedade, profundamente
marcada pelo meio social no qual se desenvolve, mas também o marca. A
criança tem em sua família, sendo biológica ou não, um ponto de referência
fundamental e é através dessas interações sociais que elas vão
compreendendo o mundo.
Alguns pesquisadores e teóricos se apóiam em Piaget e Vygotsky para
discutirem sobre as crianças e a sua construção de conhecimento. Ferraz e
Fusari (1999), afirmam que as crianças são fortemente influenciadas pelo
ambiente que as rodeia. O mundo contemporâneo vem passando por
transformações muito rápidas e a informação e a reciclagem despontam como
processos importantes para que todas as atividades sociais acompanhem tais
mudanças.
O ambiente sonoro, assim como a presença da música em diferentes e
variadas situações do cotidiano fazem com que as crianças iniciem seu
processo de musicalização de forma intuitiva, desde as histórias vividas,
dramatizadas, as canções que a mamãe canta para o bebê, os sons que
emitem os animais domésticos, as primeiras dançinhas é que se inicia o
desenvolvimento musical.
É interessante observar a grande influência que a música exerce sobre a
criança. É por isso que os jogos ritmados, próprios para os primeiros anos de
vida devem ser trabalhados e incentivados na escola. Ao adulto caberá
compreender em que medidas a música constitui uma possibilidade expressiva
privilegiada para a criança uma vez que atinge diretamente sua sensibilidade
afetiva e sensorial.
Para Jeandot (1990) música é linguagem. Assim, devemos seguir, em
relação à música, o mesmo processo do desenvolvimento que adotamos
quanto à linguagem falada, ou seja, devemos expor a criança à linguagem
musical e dialogar com ela sobre e por meio da música. Como acontece com a
linguagem, cada civilização, cada grupo social, tem sua expressão musical
própria. O educador, antes de transmitir sua própria cultura musical, deve
pesquisar o universo a que a criança pertence, e encorajar atividades
relacionadas com a descoberta e com a criação de novas formas de expressão
através da música.
Vygotsky, citado por Ferraz e Fusari (1999), escolheu estudar ações
sociais para entender o comportamento individual e afirmou que as crianças
são influenciadas por seus ambientes, acreditava que a criança se desenvolve
cognitivamente, à medida que se comunica com as figuras com que tem
contato. Para ele o processo de aprender é um processo no qual a criança
inicialmente partilham com outras e depois internalizam as interações sociais.
As crianças, primeiro são expostas à fala e às ações compartilhadas de outras.
Elas são guiadas e reguladas por adultos ou crianças que têm mais experiência
na cultura. As crianças começam seu funcionamento ao nível social
(interpsicológico) e parte para um nível independente (intrapsicológico) quando
internalizam certas funções psicológicas, numa perspectiva sócio-
interacionista.
Segundo Piaget (apud Ferraz e Fusari (1999), citada pelas autoras
acima, também apresenta a dimensão interacionista e sua ênfase é colocada
na interação sujeito como objeto físico. Piaget estabeleceu ainda que a
apropriação do conhecimento ocorre de acordo com as fases ou estágios, que
ele mesmo definiu no desenvolvimento da criança.
• Sensório-motor (0 a 2 anos) – a partir de reflexos neurológicos
básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar
mentalmente o meio. A inteligência e a prática. As noções de espaço e tempo,
por exemplo, são construídas pela ação. O contato com o meio é direito e
imediato, sem representação ou pensamento.
• Pré-operatório (2 a 7 anos) – a criança se torna capaz de
representar mentalmente pessoas e situações. Já pode agir por simulação,
“como se”. Sua presença é global, sem discriminar detalhes. Deixa-se levar
pela aparência, sem relacionar aspectos. É centrada em si mesma, pois não
consegue colocar-se abstratamente, no lugar do outro.
• Operatório-concreto (7 a 11 anos) – nessa fase, a criança já é
capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se
limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto
para chegar à abstração. Desenvolve também a capacidade de refazer um
trajeto mental, voltando ao ponto de uma situação.
• Lógico-formal (12 anos em diante) – a representação agora
permite a abstração total. A criança não se limita mais à representação
imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de
pensar em todas as relações possíveis logicamente.
A criança em atividade fabuladora ou expressiva participa ativamente do
processo de criação. Durante a construção, ela se coloca numa sucessão de
imagens, signos e fantasias, elaborando hipóteses para resolução de seus
problemas, pois busca alternativas para transformar a realidade e para isso,
usará capacidades como a percepção, imaginação e fantasia.
4 A PERCEPÇÃO, A IMAGINAÇÃO E A FANTASIA
Compreender o processo de conhecimento da arte pela criança significa
mergulhar em seu mundo expressivo. Por isso, é preciso procurar saber por
que e como ela faz.
Ferraz e Fusari (1992) discorrem sobre esse assunto, fundamentadas
em teóricos que deixaram grandes contribuições para o aprofundamento dos
aspectos cognitivos e perceptivos que cercam o mundo infantil. Para as autoras
a criança se exprime naturalmente, tanto do ponto de vista verbal, como
plástico ou corporal, e sempre motivada pelo desejo da descoberta e por suas
fantasias. Ao acompanhar o desenvolvimento expressivo da criança, percebe-
se que ele resulta das elaborações de sensações, sentimentos e percepções
vivenciadas intensamente. Por isso, quando ela desenha, pinta, dança e canta,
o faz com vivacidade e muita emoção.
A expressão infantil é, pois, a mobilização para o exterior de
manifestações interiorizadas e que formam um repertório constituído de
elementos cognitivos e afetivos. Assim, desde bem pequenas, as crianças vão
desenvolvendo uma linguagem própria, traduzida em signos e símbolos
carregados de significação subjetiva e social, como os rabiscos dos
pequeninos que são extensões de seus gestos primordiais. Esta dimensão
particularíssima da linguagem da criança é que a faz reconhecida e respeitada.
Concluímos com Ferraz e Fusari (1992) sentir, perceber, fantasiar,
imaginar, representar, faz parte do universo infantil e acompanham o ser
humano por toda a vida. Conseqüentemente, ao compreender e encaminhar os
cursos de Arte para o desenvolvimento dos processos de percepção da criança
estará ajudando na melhoria de sua expressão e participação do ambiente
cultural em que vive.
Vygotsky, (apud Ferraz e Fusari, 1995) em seus estudos sobre o
desenvolvimento da criança, aborda a necessidade da criança estar num
ambiente natural para que possa expressar suas fantasias e para que as suas
potencialidades possam aflorar e desenvolver-se. Para este teórico a
preciosidade da “percepção de objetos reais”, com suas formas e significados,
proporcionam à criança a percepção do mundo real de uma maneira mais
rápida, pois passa atribuir constitutivo dos objetos ou fenômenos a sua volta.
Elas aprendem a nomear esses objetos ou fenômenos, suas utilidades, seus
aspectos formais. “Mas a criança sozinha não conseguirá, ela precisará do
auxílio dos pais e dos professores” OLIVEIRA (1995). Compete ao professor
ajudar a criança a perceber também outras qualidades formais e a ver o
conjunto dos elementos que compõem o objeto, a imagem, o som, e a cena.
Nas atividades de expressão plástica, musical, e cênica são tão importantes às
experiências perspectivas de visualidade, sonoridade e tato. Essas
experiências abordadas isoladamente ou conjunto vão auxiliar a criança a
perceber as diferenciações e facilitar a melhoria da compreensão da realidade
e sua representação.
A criança em seu desenvolvimento observa tudo o que a rodeia, e passa
a atribuir características na visão, na audição, que favorece o crescimento das
principais qualidades das coisas e a sua descrição. A percepção de tamanho e
a forma alteram-se com a distância que nos separa do objeto, bem como com a
posição que está ocupada no espaço. O mesmo acontece com a cor, que
dependerá da iluminação ou da proximidade com as outras cores e com o som
em que as alterações do timbre e as alterações rítmicas dependem da
distância que este percorre do lugar em que esta sendo produzido até o ouvido
do espectador.
Por estas razões pode-se entender que há importância em preparar as
crianças para que desenvolvam suas percepções pessoais da melhor forma
possível. O professor pode ajudar a criança a perceber o conjunto dos
elementos que compõem a imagem, o som, o objeto e a cena. É importante
que se trabalhe além da observação, a análise que possa envolver todos os
ângulos visuais e auditivos possíveis. O tato ajudará a perceber o que é
complexo para a visão e para a audição, de modo que o indivíduo ao tocar
possa sentir a forma, o tamanho, a texturas dos objetos manipulados.
As imagens, idéias e conceitos que os indivíduos vão formando em seu
desenvolvimento cognitivo vão sendo armazenados em sua memória e
contribuindo para a criação da imaginação e da fantasia, por isso quando maior
a variedade de experiências, mais possibilidades existem para atividade
criadora e imaginativa.
5 PESQUISA-AÇÃO
O paradigma filosófico que dará base as reflexões, análise e conclusões,
será o materialismo histórico dialético.
Dentro deste paradigma escolheu-se uma pesquisa de cunho qualitativo,
baseada na perspectiva da pesquisa-ação, a qual é definida por Thiollent
(2000) como:
“Um tipo de pesquisa com base empírica concebida e realizada em estreita associação
com uma ação ou com resolução de um problema coletivo e no qual os pesquisadores
e os participantes da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo e
participativo”(p.14).
A metodologia da pesquisa-ação viabiliza um maior envolvimento no
cotidiano escolar, uma vez que vai além da simples observação e possibilita
uma participação e interação ativa na dinâmica do contexto em questão.
Thiollent (2000) ainda nos indica as aberturas que tal pesquisa concede,
“Pela pesquisa é possível estudar dinamicamente os problemas, decisões, ações,
negociações, conflitos e tomadas de consciência que ocorram entre os agentes
durante o processo de transformação da situação”(p.19).
5.1 CONTEXTO PESQUISADO
A escola está situada no bairro Itararé. O bairro surgiu nos anos 50 em
decorrência a invasão trazendo muitas pessoas de outros Estados. A maioria
dos moradores é pertencente à classe popular, tratando-se de pessoas
assalariadas, engajadas em atividades como: construção civil, doméstica,
pequenos comerciantes, ambulantes, professores liberais, entre outros.
Os alunos desse ambiente educacional são de um nível sócio-
econômico baixo. A escola oferece o ensino infantil, no turno matutino e
vespertino.
O espaço físico que beneficia os educadores é de boa qualidade, possuí
salas de aula bem ventiladas e uma boa iluminação adequada ao ambiente,
sala de professores, sala para o pedagogo, sala para a direção, sala de vídeo,
uma biblioteca, refeitório, cozinha, banheiros, um pequeno espaço para o pátio.
Como recursos pedagógicos, possuí televisão, vídeo, DVD, máquina de xérox,
mapas, globo terrestre e materiais pedagógicos para o consumo de
professores e alunos.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola foi elaborado na linha do
planejamento participativo, que envolve toda equipe escolar. Diante da
realidade sócio-econômico-cultural e de uma avaliação do professor e
funcionários frente estudos concretizados acerca das tendências da educação
brasileira (Libâneo, 1984) verificou-se nesta escola o desejo e necessidade
premente de ultrapassar a pedagogia tradicional e renovada, e aproximar-se da
tendência crítico social dos conteúdos. Havia uma queixa bastante forte
quando a ausência da participação, engajamento e compromisso da equipe ap
PPP, para avaliar ou reformular.
A gestão da unidade escolar vem transformando-se ao longo dos anos
em uma gestão participativa, que tem como eixo central o trabalho de equipe. A
divisão de responsabilidade, a parceria com a comunidade e a reflexão do
trabalho em grupo. Trabalhar numa perspectiva participativa e progressista é
trabalhar buscando a autonomia a co-responsabilidade e o compromisso com a
proposta pedagógica da escola.
5.2 SUJEITOS DA PESQUISA
Os sujeitos participantes da pesquisa foram os alunos do Jardim II (3-4
anos) e a professora formada em pedagogia com pós-graduação, efetiva da
Prefeitura Municipal de Vitória. Escolheu-se tal faixa etária por ser um período
no qual a criança está bastante curiosa e atenta a tudo que a rodeia e que, de
acordo com abordagem sócio-interacionista, a aprendizagem se dá um
elemento que promove a comunicação do sujeito com o mundo.
5.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta pesquisa desenvolveu-se em duas etapas: a 1ª etapa com
elaboração do projeto de pesquisa, caracterizada como fase exploratória, para
um levantamento de diagnóstico do contexto e dos sujeitos envolvidos no tema
em estudo. A 2ª fase caracterizou-se por uma intervenção envolvendo os
alunos da sala do Jardim II.
5.4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE DADOS
Com o procedimento da coleta de dados utilizamos a observação
participante que permitiu um diagnóstico mais apurado das questões
relacionadas ao Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, sua história, a
comunidade que o cerca e o relacionamento entre a escola, aluno e pais.
A tendência pedagógica que norteia o trabalho educativo da escola é a
de Pedagogia de Projetos e a seleção dos conteúdos, ocorre de acordo com a
demanda das turmas e também com os projetos estabelecidos no plano anual.
No desenvolvimento dos projetos, as turmas com idades próximas se integram
e realizam o projeto em conjunto.
A sala do Jardim II é uma sala bem mista e possui 22 alunos
matriculados, mas nem todos freqüentam regularmente às aulas, variando
entre 17 e 20 alunos por dia. Por se tratar de crianças diferentes níveis sócio-
econômico e cultural, estas se encontram em diferentes estágios de
desenvolvimento cognitivo e afetivo. Alguns apresentam grandes interesses em
participar das atividades da sala de aula e contribuir para as mesmas, e há
também, um pequeno grupo de alunos que se mantém apático e alheio ao que
é desenvolvido em sala de aula, necessitando de estímulo constante.
De acordo com Piaget, os estágios seguem as mesmas seqüências em
todas as crianças, independentemente do grupo ou sociedade em que vivem.
Nenhum dos estágios pode ser omitido ou saltado. Embora haja certo limite de
idade para atingir cada um dos estágios, pode haver alterações em torno de
um padrão médio, dependendo dos fatores genéticos e experiências
específicas da criança.
Para análise dos dados, apoiamo-nos nos conceitos sobre o ensino da
música, no acervo teórico, confrontando-os com a realidade dentro da escola,
na prática pedagógica e na ação dos educadores.
Todos os dados coletados nesta etapa foram analisados pelos
componentes desta pesquisa embasados na fundamentação teórica relativa ao
tema. Neste sentido, buscamos desenvolver estratégias pedagógicas com a
música embasadas em referências, que nos proporcionaram um levantamento
de idéias de como iríamos desenvolver nossa pesquisa, utilizando música
como área de conhecimento sustentada nos seguintes objetivos: observar a
música no processo ensino-aprendizagem na construção de conhecimento de
mundo, proporcionando momentos agradáveis e úteis no cotidiano escolar,
para a construção do conhecimento nos aspectos afetivos, cognitivos e sociais.
Na segunda etapa, continuamos com a coleta de dados, quando
estivemos na escola, para realizar a intervenção pedagógica. Após analisar os
dados coletados na primeira fase, partimos para a execução de estratégias
utilizando a música com crianças da faixa etária de 4 a 5 anos, tendo o cuidado
de integrá-lo ao projeto da escola.
Como primeiro momento de integração e socialização, utilizamos á
música “Viva a Amizade” do compositor Lúcio Monteiro, como instrumento
capaz de propiciar um ambiente de aprendizagem mútua.
E ainda com o RCNEI (1998, vol. 3), reforçamos que a música é um
instrumento facilitador do processo de ensino-aprendizagem, proporcionando a
reflexão, a participação e a construção do saber sistematizado, além de ser um
excelente meio para o desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da auto-
estima e auto-conhecimento, sendo também uma poderosa forma de
integração social.
A escolha da música se justifica em seu conteúdo, mensagens que
falam da importância da amizade, que estimulam o bom relacionamento entre
as pessoas, dando suporte para um bom entrosamento entre as crianças e as
pesquisadoras.
As aulas seguintes prosseguem explorando as músicas dinâmicas para
conhecimento de palavras, interpretação da música através de desenhos,
capacidade crítica das crianças, levando-as a pensar no que a música esta
trazendo de importância e valor para a vida delas.
Dando prosseguimento a nossa intervenção, inserimos nas aulas a
música “Cidade Sol”, do compositor Pedro Caetano.
Por meio dessa música levamos os alunos a uma reflexão sobre a
música, com objetivo de desenvolver a audição, apreciação e criatividade, além
de reconhecer e identificar os elementos da música, desenvolvendo a interação
entre os alunos e a sensibilidade ao ouvir o ritmo musical.
Sugerimos um passeio pela cidade de Vitória com o objetivo de
conhecer alguns pontos turísticos da cidade, identificando alguns itens que o
autor expressa em sua música. Em seguida realizamos uma atividade em que
a criança expressou através da fala e do desenho o que observou no passeio,
constatando a importância da preservação e cuidados ambientais.
O trabalho com a música foi ocorrendo de maneira que o aluno pudesse
ouvir, perceber, discriminar diversas fontes sonoras que perpassam o meio
ambiente, identificando-as e interagindo com os colegas, sendo proposto que
expressassem através da fala e da expressão corporal o que sentiam quando
escutam a música “cidade Sol” e outras também, estimulando assim a
criatividade, a percepção, conforme o RCNEI.
Foram apresentados alguns instrumentos musicais em que as crianças
tiveram a oportunidade de experimentar e conhecer os sons desses
instrumentos e falar também de outros instrumentos que eles conheciam. Foi
proposto aos alunos a idéia de realizarmos uma oficina, para confecção de
instrumentos musicais com materiais descartáveis.
Segundo Cunha (1999), “o som é uma onda invisível e através da
percepção tornamos esse invisível, visível, respeitando a melodia do tempo, no
tempo da medida e suas direções. Sendo um fenômeno sonoro, a música só
pode ser pensada, construída, descoberta, manipulada, refletida, representada,
produzida e etc., com sons, pois ela é presença concreta e assim se realiza.
Dessa forma, a música não é abstrata, nem é um objeto de conhecimento
palpável que deve ser descoberto pelas crianças a partir de seu fazer musical”.
Observamos, conforme propõe o RCNE, que divulga a música como
área de conhecimento integrada aos outros conteúdos de sala de aula, que na
escola campo, ela ainda é trabalhada de forma descontextualizada.
Foi possível detectar que é falta de embasamento teórico e prático que
possibilitam alguns professores em lidar com música no cotidiano da sala de
aula. Verificamos que a música na maioria das vezes é utilizada apenas nos
momentos de pátio, lavar as mãos e na hora do almoço.
Diante desses fatos podemos concluir conforme o RCNEI, que o
trabalho pedagógico deve possibilitar um ambiente de descoberta a partir do
fazer musical, que deve ser estruturada no dia-a-dia, o que inclui não somente
cantar as músicas nos dias de comemoração, lavar as mãos, sentar, guardar
os brinquedos, mas também compor, improvisar, explorar seu corpo como
instrumento, manipular, conhecer, classificar, identificar, registrar, escutar os
sons, tocar, movimentar-se no espaço, apreciar, refletir, produzir e pensar
música.
Procuramos resgatar o papel da criança como construtora de
conhecimento e autora de seu próprio discurso. Acreditamos assim, que o
professor deve ser um inventor no processo educativo e a escola o lugar do
acontecer lúdico, mediado pelo ser afetivo e social que é a criança.
Esta pesquisa nos proporcionou refletir que educar para ouvir é tarefa
primordial da escola, onde a escuta se amplia á medida em que promovemos
estratégias que levam as experiências de produção, percepção, reflexão e
representações musicais.
CONCLUSÃO
Diante do contexto pesquisado, verificamos a importância da presença
da música na Educação infantil, associada a uma concepção de ensino
inovadora que propõe novas oportunidades de ensinar e aprender, integrando
educando e educador, através de uma prática qualitativa, gerando uma
verdadeira aprendizagem significativa.
As brincadeiras infantis, sempre acompanhadas de atividades musicais,
são ótimas aliadas ao processo da aprendizagem, pois contém desafios que
incentivam a busca por soluções, por meio de raciocínios ágeis.
A Educação Musical deve ser planejada e efetivada. O professor sentirá
a necessidade de criar, de inovar e adaptar os conhecimentos construídos por
meio que cultivam o processo histórico e cultural e através desta oportunidade
de fazer e aprender haja um maior aproveitamento para ampliação do
conhecimento adquirido dentro e fora da escola.
Com a reflexão proposta neste estudo, concluí-se que a música ajuda a
afinar a sensibilidade dos alunos, aumenta a capacidade de concentração,
desenvolve o raciocínio lógico-matemático e a memória, além de ser uma fonte
desencadeadora de emoções.
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