DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · pesquisas bibliográficas, o trabalho de Edina...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Por: Andréia Fornel Orientador Professora Adélia Araujo Macaé/RJ 2010 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Por: Andréia Fornel

Orientador

Professora Adélia Araujo

Macaé/RJ

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Gestão de

Recursos Humanos.

Por: . Andréia Fornel

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao amigo Dr. Miguel

Alexandre pela oportunidade de

pesquisa para que a conclusão deste

trabalho fosse possível.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao meu marido

Roberto e minha filha Gabriela pela

paciência e dedicação durante a

realização deste trabalho.

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RESUMO

Este trabalho faz uma abordagem do conceito de Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT) e as relações interpessoais e organizacionais que a permeiam.

Avalia as dificuldades e obstáculos enfrentados para a adequada

implementação dos programas de QVT dentro das empresas e conclui que

ainda há muito por fazer para transformarmos o ambiente de trabalho num

local melhor para o nosso desenvolvimento.

Para ilustrar este tema, relata-se o caso da empresa CEDI-Diagnósticos,

onde foram aplicados conceitos e criados projetos que viabilizassem maior

qualidade de vida aos seus trabalhadores. Para avaliar a satisfação dos

colaboradores quanto aos projetos desenvolvidos foi realizada uma pesquisa

de clima, aqui apresentada, com o objetivo de medir o grau de satisfação dos

funcionários que atuam nas diferentes áreas da empresa.

O trabalho foi estruturado em três capítulos. No primeiro serão definidos

alguns conceitos muito utilizados no decorrer da pesquisa, como qualidade e

trabalho, assim como, a origem e evolução da Qualidade de Vida no Trabalho

nas empresas no decorrer do tempo. O impacto da Qualidade de Vida no

Trabalho e no dia-a-dia das pessoas será abordado no segundo capítulo e as

mudanças que ocorrem dentro das empresas e a maneira como elas são

entendidas e aplicadas por seus empregados e diretores, baseado em

pesquisas, são informações que serão apontadas no terceiro capítulo.

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METODOLOGIA

O processo de produção deste trabalho tem por base entre outras

pesquisas bibliográficas, o trabalho de Edina Bom Sucesso em seu livro

“Relações Interpessoais e Qualidade de Vida no Trabalho”. Também

contribuíram para a produção do trabalho pesquisas realizadas pela internet e

captação de informações junto aos setores de Recursos Humanos e Centro de

Estudos de uma empresa atuante na área de diagnóstico por imagem na

região dos Lagos/RJ.

Neste processo de pesquisa de campo serão analisadas, através da

pesquisa de clima, 112 funcionários de diferentes áreas de atuação dentro da

empresa ( administrativa, técnica, médica e atendimento).

O material disponibilizado pelo Instituto “A vez do mestre”, foi de

fundamental valia para o desenvolver deste trabalho.

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SUMÁRIO

Introdução...............................................................................................06

Capitulo I – Conceito

1.1-Definição de Qualidade de Vida no Trabalho........................09

1.2-O trabalho e o homem ...........................................................11

1.3-Origem e evolução da QVT....................................................13

Capítulo II - Relações interpessoais e Qualidade de Vida no trabalho

2.1- Posturas pessoais e Qualidade de Vida................................17

2.2- Motivação...............................................................................19

2.3- Estresse no trabalho..............................................................22

Capítulo III - Cultura organizacional e Qualidade de Vida no Trabalho

3.1- Características de um programa de QVT...............................24

3.2- Diretrizes para implantação de programa de QVT.................27

3.3- Pesquisa de Clima.................................................................31

Conclusão...............................................................................................39

Bibliografia..............................................................................................40

Anexo......................................................................................................42

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INTRODUÇÃO

O tema deste estudo, Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) parte do

pressuposto de que as pessoas passam grande parte do tempo de suas vidas

dentro do ambiente de trabalho, sendo assim, a questão central desta

pesquisa está voltada para as alternativas que as organizações procuram para

minimizar o estresse provocado pelas pressões do universo corporativo. É

nesse contexto que surgem ações voltadas para a melhoria da qualidade de

vida no trabalho.

O tema sugerido é de fundamental relevância pois, qualidade de vida é

viver num ambiente saudável, onde se possa prestar o melhor serviço,

simplesmente pelo fato de sentir-se bem. A busca por uma melhor prestação

de serviço e execução do produto tem levado as organizações a tomarem

decisões que visam melhorar a competitividade e a produtividade.

Não há como falar de qualidade sem falar do objeto alvo dos programas:

as pessoas. Inegavelmente o homem é o principal fator determinante do

sucesso ou insucesso dentro de uma organização, sendo assim, é

imprescindível dar a ele toda a atenção e reconhecimento necessário, pois a

palavra organização já inclui naturalmente o sentido contextual da pessoa.

A QVT pode minimizar os problemas de efeito negativo sobre os

trabalhadores de uma economia globalizada e maximizar os resultados nas

organizações, apresentando o conceito, os principais aspectos e a importância

da QVT para alcançar a motivação no ambiente de trabalho.

Entre os objetivos deste trabalho estão: avaliar as dificuldades e

obstáculos enfrentados para a adequada implementação de programas de

QVT nas empresas e demonstrar que a implementação deste sistema

beneficia os funcionários e as organizações.

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CAPÍTULO I – Conceito

Neste capítulo faremos uma abordagem da importância, da evolução e

da melhoria de desempenho gerada nas empresas através do

desenvolvimento de programas de Qualidade de Vida no Trabalho .

A relação entre o trabalho e o homem também será abordada neste

capitulo, dando ênfase ao mundo competitivo em que vivemos.

1.1- Definição de Qualidade de Vida no trabalho

Segundo Limongi (1996), o conceito de qualidade de Vida no Trabalho

apresenta hoje um dos maiores desafios empresariais. Não é uma tarefa

simples conciliar competitividade aos novos padrões de conhecimentos,

aliados a qualificação profissional e aos novos estilos de vida.

Qualidade de vida é a gestão do bem estar, que deve ser sustentada a

partir da visão integrada das necessidades biológicas, psicológicas e sociais do

indivíduo, que podem interferir no desempenho dos trabalhadores e na

produtividade da empresa. A QVT visa o bem estar coletivo, o

desenvolvimento dos trabalhadores e o exercício da cidadania.

Segundo França (1997), a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é o

conjunto de ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e

inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho.

As pessoas, segundo Chiavenato (2004) passam a maior parte de seu

tempo na organização, em um local de trabalho, que constitui seu habitat. O

ambiente de trabalho se caracteriza por condições físicas e materiais e por

condições psicológicas e sociais. Do ponto de vista da saúde física, o local de

trabalho constitui a área de ação da higiene do trabalho (ruído, ar, umidade,

luminosidade etc) e do ponto de vista de saúde mental, o ambiente de trabalho

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deve envolver condições psicológicas e sociológicas saudáveis e que atuem

positivamente sobre o comportamento das pessoas, evitando impactos

emocionais, como o estresse.

Para Bom Sucesso (1998), pode-se dizer, de maneira geral, que a

qualidade de vida no trabalho abrange:

-Renda capaz de satisfazer às expectativas pessoais e sociais;

-Vida emocional satisfatória;

-Orgulho pelo trabalho realizado;

-Auto-estima;

-Imagem da empresa/instituição junto à opinião pública;

-Equilíbrio entre trabalho e lazer;

-Horários e condições de trabalho sensatos;

-Oportunidades e perspectivas de carreira;

-Possibilidade de uso do potencial;

-Respeito aos direitos; e

-Justiça nas recompensas.

A necessidade de renovação do estilo de vida, multiplicam-se a ações,

estudos, práticas e esforços gerenciais na direção da qualidade pessoal. É

nesse cenário que são construídos novos desenhos para a gestão de

Qualidade de Vida no Trabalho: administração participativa, diagnósticos de

clima organizacional, educação nutricional, a promoção da saúde, ações

ergométricas, cuidados com a saúde mental do trabalho e a valorização das

atividades de lazer, esporte e cultura. Mais recentemente questões como

cidadania e responsabilidade social, fazem parte das propostas nos programas

de qualidade de vida das empresas.

O homem é o principal fator determinante do sucesso ou insucesso

dentro de uma organização, ou seja, os primeiros clientes e as primeiras

necessidades a serem saciadas estão dentro da própria organização.

Segundo Chiavenato (2004), a qualidade de vida envolve outros fatores,

como:

-A satisfação com o trabalho executado;

-As possibilidades de futuro da organização;

11

-O reconhecimento pelos resultados alcançados;

-O salário percebido;

-Os benefícios auferidos;

-O relacionamento humano dentro do grupo da organização;

-O ambiente psicológico e físico do trabalho;

-A liberdade e responsabilidade de tomar decisões;

-As possibilidades de participação.

A QVT influencia atitudes pessoais e comportamentais relevantes para a

produtividade individual e grupal, tais como: motivação para o trabalho,

adaptabilidade a mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade de

inovar ou aceitar mudanças.

Ainda segundo Chiavenato (2004), se a QVT for pobre, conduzirá à

alienação do empregado e à insatisfação, à má vontade, ao declínio da

produtividade, absenteísmo, rotatividade, sabotagem etc.

A qualidade do trabalho elevada conduz a um clima de confiança e

respeito mútuo, no qual as pessoas tendem a aumentar suas contribuições e

elevar suas oportunidades de êxito psicológico enquanto a administração tende

a reduzir mecanismos rígidos de controle social.

Por outro lado, a importância das necessidades humanas varia

conforme a cultura de cada indivíduo e de cada organização. Portanto a QVT

não é determinada apenas pelas características individuais ( necessidades,

valores, expectativas) ou situacionais (estrutura organizacional, tecnologia,

sistemas de recompensas, políticas internas), mas sobretudo pela atuação

sistêmica dessas características individuais e organizacionais.

1.2- O trabalho e o homem

Podemos definir trabalho como qualquer atividade física ou intelectual,

realizada pelo ser humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo.

O trabalho sempre fez parte da vida dos seres humanos. Foi através

dele que as civilizações conseguiram se desenvolver e alcançar o nível atual.

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O trabalho gera conhecimentos, riquezas materiais, satisfação pessoal e

desenvolvimento econômico.

A palavra “trabalho”, segundo Sucesso (2007) tem uma série de

definições, passando do latim tripalium, que significa instrumento de tortura; é

também sinônimo de capricho, fadiga e esforço diante o dicionário de língua

portuguesa; diversamente na língua inglesa, a expressão work, significa

ocupação, serviço, atividade e diversas outras definições vistas pelo lado

religioso.

Dos muitos desafios que se apresentam para o mundo empresarial na

atualidade, dois são fundamentais: necessidade de uma força de trabalho

saudável, motivada e preparada para o mundo competitivo e a capacidade da

empresa responder à demanda de seus funcionários em relação a uma melhor

qualidade de vida.

A média de trabalho dos executivos brasileiros hoje é de cerca de 54

horas semanais (Tabela I), o que derruba o mito de que os brasileiros não são

muito dados ao trabalho. Comparados com outros países, no que se refere às

horas médias de trabalho por ano, somos um dos mais operosos do mundo,

(Tabela II). Somos frequentemente elogiados pela nossa dedicação,

criatividade e flexibilidade.

TABELA I – HORAS DE TRABALHO POR SEMANA – EXECUTIVOS

Brasil 54

Estados Unidos 50

Inglaterra 45

França 44

Espanha 43

Holanda 37

Fonte: Adaptado de VEIGA (2000:126)

13

TABELA II – MÉDIA DE HORAS POR ANO, POR PAÍS

Cingapura 2.307

Hong Kong 2.287

Tailândia 2.228

Chile 2.112

Estados Unidos 1.966

Brasil 1.927

México 1.909

Coréia do Sul 1.892

Japão 1.889

Austrália 1.866

Nova Zelândia 1.838

Fonte: Adaptado de VEIGA (2000: 128)

”Sendo o trabalho parte integrante da vida, ocupando parcela tão

significativa de tempo, o que se apresenta não é a simples adoção de novo

termo, mas sim de nova perspectiva que marque o estabelecimento de uma

relação diferente entre o indivíduo e a empresa, sustentada por novos

paradigmas”. ( Bom Sucesso,2007,p.5)

1.3- Origem e evolução da Qualidade de Vida

Para Chiavenato (2004) o termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)

foi cunhado por Louis Davis, na década de 1970, quando desenvolvia um

projeto sobre desenho de cargos. Para ele, conceito de QVT refere-se a

14

preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores no

desempenho de suas tarefas.

Segundo alguns pesquisadores, a qualidade de vida sempre foi objeto

de preocupação da raça humana. Historicamente exemplificando, os princípios

de geometria e o sistema de alavancas, formuladas antes de Cristo já tinham o

intuito de melhorar dos métodos de trabalho e diminuição do esforço físico de

muitos trabalhadores.

No século XX, muitos pesquisadores contribuíram para o estudo sobre a

satisfação do indivíduo no trabalho. Entre eles podemos citar Helton Mayo,

cujas pesquisas de Ferreira Reis e Pereira (1999), Hampton (1991) E

Rodrigues (1994), são altamente relevantes para o estudo do comportamento

humano, da motivação dos indivíduos para a obtenção das metas

organizacionais e da Qualidade de Vida do Trabalhador, principalmente a partir

das pesquisas realizadas na Western Eletric Company ( Chicago) no início dos

anos 20.

Nadler e Lawlwe apud Fernandes (1996), França (1997) e Rodrigues

(1994) proporcionam uma abrangente visão da evolução do conceito de QVT,

conforme tabela 1.

Tornar a QVT uma ferramenta gerencial efetiva e não apenas um

modismo é o desafio diante da rotina desgastante pelo qual os trabalhadores

são submetidos diariamente.

TABELA 1 – EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QVT

CONCEPÇÕES EVOLUTIVAS DA

QUALIDADE DE VIDA NO

TRABALHO

CARACTERÍSTICAS OU VISÃO

1. QVT como uma variável

(1959 a 1972)

Reação do indivíduo ao trabalho.

Investigava-se como melhorar a QVT

para o indivíduo.

2. QVT como abordagem

(1969 a 1974)

O foco era o indivíduo antes do

resultado organizacional; mas ao

mesmo tempo, buscava-se trazer

15

melhorias tanto ao empregado como

à direção.

3. QVT como um método

(1972 a 1975)

Um conjunto de abordagens, métodos

ou técnicas para melhorar o ambiente

de trabalho e torná-lo mais produtivo

e satisfatório. QVT era vista como

sinônimo de grupos autônomos de

trabalho, enriquecimento de cargo ou

desenho de novas plantas com

integração social e técnica.

4. QVT como um movimento

(1975 a 1980)

Declaração ideológica sobre a

natureza do trabalho e as relações

dos trabalhadores com a organização.

Os termos “administração

participativa” e “democracia industrial”

eram frequentemente ditos como

ideais do movimento de QVT.

5. QVT como tudo

(1979 a 1982)

Como panacéia contra a competição

estrangeira, problemas de qualidade,

baixas taxas de produtividade,

problemas de queixas e outros

problemas organizacionais.

6. QVT como nada (futuro) No caso de alguns projetos de QVT

fracassarem no futuro, não passará

de um “modismo” passageiro.

Fonte: NADLER e LAWLER apud FERNANDES (1996: 42).

Atualmente, a QVT tem um papel importante de atender de um lado, o

bem-estar e satisfação dos empregados e de outro, o interesse das

organizações quanto à produtividade e qualidade.

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O crescente aumento da produtividade vem despertando cada vez mais

a atenção dos empresários quanto à importância dos aspectos físicos e

ambientais do trabalho. Nos dias atuais é quase impossível pensar em bons

resultados para a empresa, sem que passemos primeiro pelas pessoas que

estão envolvidas pelo trabalho. Um funcionário motivado, capacitado e bem

remunerado, apresenta melhores resultados para a empresa.

Neste sentido a QVT pode ser vista como estratégia competitiva de

diferencial de mercado, e não apenas um modismo passageiro. O

desenvolvimento através de programas pode elevar o nível de satisfação do

trabalhador e contribuir na lucratividade da empresa.

CAPÍTULO II - Relações Interpessoais e QVT

No segundo capítulo será abordado padrões para a QVT, levando em

conta o papel de cada indivíduo na sociedade.

A importância de manter os funcionários motivados e os benefícios

gerados a partir deste pressuposto também serão apresentados neste capítulo,

assim como a interferência do estresse no cotidiano do trabalhador.

2.1- Posturas pessoais e Qualidade de Vida

Os padrões para definir o que é viver com qualidade são diferenciados e

resultam de características, expectativas e interesses individuais. Cada pessoa

tem uma história de vida, uma maneira de pensar a vida e assim também o

trabalho é visto de sua forma especial. Há pessoas dispostas a ouvir, outras

não, há pessoas que se interessam em aprender, outras nem tanto, enfim, as

pessoas tem objetivos diferenciados e geralmente priorizam o que melhor lhes

convém.

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“A motivação se refere ao comportamento que é causado por

necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que

possam satisfazer essas necessidades”. (Chiavenato, 2000,p.161).

Não é apenas o salário acima do mercado que garante a qualidade de

vida no trabalho das pessoas, a gentileza, o poder de se expressar, o respeito,

o orgulho, a atenção, o elogio e a consideração são indispensáveis quando se

buscam qualidade e produtividade.

Para Levering (1986), um bom lugar para se trabalhar possibilita entre

outras coisas, que as pessoas tenham, além do trabalho, outros compromissos

em suas vidas, como a família, os amigos e os hobbies pessoais. Para o autor,

da perspectiva do empregado isto é uma questão fundamental de justiça.

O ser humano é fruto do meio em que vive e que é gerido por

necessidades básicas que os podem motivar ou não:

-Necessidades fisiológicas: alimentação, sono, atividades físicas, satisfação

sexual etc.

-Necessidades psicológicas: como segurança, participação, autoconfiança e

afeição;

-Necessidades de auto-realização: como impulso para realizar o próprio

potencial e contínuo auto-desenvolvimento.

Quando estas necessidades não são satisfeitas também motivam o

comportamento, podendo levar a: desorganização de comportamento,

agressividade, reações emocionais, alienação e apatia.

A equipe precisa ter o mínimo de condições e comodidade para realizar

suas necessidades básicas. Quanto melhor atendida as necessidades, melhor

o desempenho da equipe.

O ambiente de trabalho influi no comportamento das pessoas e nas

relações interpessoais, afetando diretamente os resultados das empresas. Ele

é constituído de duas partes distintas: física (instalações, mobília, decoração

etc) e social (pessoas).

Segundo Bom Sucesso (1998), além de constituir responsabilidade da

empresa, qualidade de vida é uma conquista pessoal. O auto conhecimento e

a descoberta do papel de cada um nas organizações, da postura facilitadora,

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empreendedora, passiva ou ativa, transformadora ou conformista é

responsabilidade de todos.

A responsabilidade pela qualidade de vida das pessoas em parte cabe

às políticas públicas, como segurança, saúde e habitação. As empresas se

vêem hoje impulsionadas a realizar sua parte: divulgando a missão e objetivos,

treinando e desenvolvendo seus colaboradores, investindo na melhoria dos

processos, ampliando a responsabilidade e autonomia, investindo em

modernização e tecnologia, promovendo melhoria contínua nas condições de

trabalho, estabelecendo remuneração justa, critérios de demissão e admissão,

reduzindo diferenças salariais, implantando feedback de desempenho,

patrocinando programas de conscientização e responsabilidade.

É importante citar que a conquista da qualidade de vida, em grande

parte, depende do próprio indivíduo, do valor que ele atribui à vida, da auto-

estima e auto-imagem, do engajamento político, profissional e social e da sua

postura como cidadão responsável pelos seus atos, consciente de seus

direitos e deveres.

2.2- Motivação

“Motivação é um processo, não um evento isolado” (Dermeval

Franco,1999). Seminários, palestras e cursos, isoladamente não motivam

ninguém. A falta de motivação pode estar na estrutura organizacional (rotina,

falta de conhecimento da empresa, falta de reconhecimento), nos processos

de trabalho (burocrático) ou na liderança (líder de um sistema “urgente” em

detrimento do “importante”).

Existem várias formas de motivar e manter talentos em uma empresa.

Salários e benefícios são apenas duas delas, e nem sempre são as mais

importantes. O que motiva as pessoas é fazê-las se sentirem parte de algo que

transcende o trabalho. Resultados e metas são importantes, mas o motor da

motivação é o senso de propósito comum, a percepção de que está

construindo algo que a enche de orgulho e de que faz parte do time.

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Há muitos empresários que desejam que seus funcionários sejam

motivados e, portanto, produzam mais e tragam mais lucros para a empresa. O

problema é que muitos gerentes de pessoas, ou mesmo donos de empresas,

tratam isso como um ato que parte só de um dos lados. A motivação deve ser

tratada como uma troca.

Nos tempos de crise é essencial saber como motivar a equipe sem ter

muitos custos. Mas o problema é que justamente em tempos difíceis que os

gerentes se esquecem de manter a equipe motivada e preparada para

enfrentar dificuldades.

Os gerentes e profissionais que lidam com RH devem a todo custo

tentar evitar um alto índice de turnover, que acaba gerando um alto custo para

a empresa. Assim, motivar através do reconhecimento, sem grandes projetos e

sistemas complexos, torna-se fundamental para qualquer empresa.

O desafio da liderança é reforçar continuamente os comportamentos e

atitudes positivas dos funcionários. Manter a equipe motivada não é fácil, mas

exige a mesma atenção que é dada ao financeiro da empresa.

Algumas técnicas utilizada para motivar os colaboradores tem efeito

rápido como a motivação por incentivos. Esta técnica pode eventualmente

piorar o desempenho dos colaboradores que a princípio trabalharão mais para

receber recompensas, mas depois exigirão cada vez mais benefícios para

manter a excelência em seu trabalho.

Segundo Chiavenato (2000), o homem é considerado um animal dotado

de necessidades que se alternam ou se sucedem conjunta ou isoladamente.

Satisfeita uma necessidade surge outra em seu lugar e, assim por diante,

contínua e infinitamente. As necessidades motivam o comportamento humano

dando-lhe direção e conteúdo.

Quando o que motiva as pessoas é o medo e a manipulação, elas não

se mostram tão interessadas em conseguir o que desejam porque estão

lutando para não perder seus empregos. Usar o medo para melhorar o

desempenho no trabalho não dá bons resultados, primeiro porque dura pouco

e, segundo, porque o efeito acaba se voltando contra os gerentes e a própria

organização.

20

Desenvolver uma abordagem que promove o propósito e o crescimento

pessoal é uma saída. Ajudar os profissionais a entenderem a importância de

sua contribuição para a organização. Quando enfatiza o crescimento e do

desenvolvimento pessoal como forma de motivação, não está apenas

ajudando a equipe a maximizar sua contribuição, está também aumentando a

produtividade da empresa.

Os gerentes precisam saber o que deixa seus colaboradores motivados.

É preciso transformar o local de trabalho em um ambiente agradável que

promova uma sensação de bem-estar a todos.

Segundo Anne Bruce (2006), a implementação de ações motivadoras,

podem auxiliar os colaboradores a fazer o trabalho da melhor forma possível:

-Apreciar o que cada pessoa tem de especial. A importância da

individualidade;

-Pedir opiniões para aumentar a satisfação. O brainstorm eficiente é uma

excelente ferramenta para identificar as expectativas, reclamações e sugestões

do grupo;

-Fazer com que os colaboradores se sintam parceiros do negócio, exerçam

algum poder dentro da empresa;

-Mostrar como o negócio funciona. Ampliar a visão da empresa em que

trabalham;

-Encorajar decisões de risco inteligentes, experimentar novas estratégias. O

risco é a chave do negócio;

-Delegue poder e responsabilidade para a equipe;

-Incentivar o pensamento criativo e inovador;

-Inspirar a equipe a aumentar a produtividade. Reconhecer, elogiar e treinar.

-Criar programas de incentivos.

São muitas as idéias e dicas de incentivos que podem ser aplicados nas

empresas, fazendo com que o trabalho se torne sinônimo de prazer e

realização pessoal:

-Pague a inscrição dos funcionários em cursos, palestras e seminários e peça

para que faça uma apresentação para a equipe;

-Comemore com almoço ou jantar para a equipe que atingir metas;

21

-Faça parcerias de descontos com lojas, academias, lanchonetes,

supermercados para os funcionários;

-Contrate um professor de Inglês e Informática para lecionar para os

funcionários na empresa;

-Dê presente ou um dia de folga no aniversário do funcionário;

-Faça uma eleição para escolha do funcionário ano e presenteie com uma

viagem;

-Monte vídeos de treinamento com os próprios funcionários;

-Incentive a arte e a cultura através de projetos de teatro, música etc.;

-Ofereça bônus para a equipe de melhor desempenho no mês;

-Contrate um professor para aulas de ginástica laboral no horário de trabalho;

-Crie um jornalzinho com fotos, informações, receitas, piadas enviadas pelos

funcionários, etc;

O funcionário não deve ser visto como despesa, ele é um colaborador,

um participante ativo de uma organização. Motivar o funcionário é um dever

moral. Ele é o fôlego da organização.

2.3- Estresse no trabalho

Estresse é um conjunto de reações físicas, químicas e mentais de uma

pessoa decorrente de estímulos ou estressores que existem no ambiente.

Segundo Chiavenato (2004), existem duas fontes principais de estresse no

trabalho: ambiental e pessoal. Pesquisas revelam que o ruído ambiental,

decorrente de máquinas funcionando, pessoas conversando e telefones

tocando, contribui para o estresse em 54% das atividades de trabalho. Além do

trabalho, problemas pessoais, familiares, conjugais, financeiros e legais

ajudam a aumentar o estresse dos funcionários.

O estresse no trabalho provoca sérias conseqüências, tanto para o

empregado como para a organização. As conseqüências incluem ansiedade,

depressão, angústia, distúrbios gástricos e cardiovasculares, dores de cabeça,

nervosismo e acidentes..

22

Segundo Goldberg (1980), quando o esforço é excessivo, começa o

estresse prejudicial, ocorrendo as seguintes alterações físicas: a adrenalina

começa a fluir; uma taxa maior de açúcar é liberada na corrente sanguínea;

aceleração nos batimentos cardíacos e elevação da pressão sanguínea; a

respiração torna-se mais acelerada, os músculos ficam tensos, preparando o

corpo para a ação,; surge a perspiração.

Na organização, o estresse também afeta negativamente ao interferir

na quantidade e qualidade do trabalho, no aumento do absenteísmo e

rotatividade e na predisposição a queixas e reclamações.

Especialistas de RH podem utilizar pesquisas de atitudes para identificar

fontes organizacionais de estresse, refinando os procedimentos de seleção

para assegurar uma adequação entre pessoa e cargo, bem como propor um

planejamento de carreiras em termos de suas atitudes.

Algumas medidas para minimizar o estresse no trabalho:

-criar relações construtivas e eficazes com gerentes e colegas;

-negociar metas;

-encontrar tempo para se desligar das preocupações e relaxar;

-reduzir ruídos no local de trabalho;

-evitar ficar muito tempo lidando com problemas desagradáveis;

-realizar exercícios físicos regulares;

-dispor de tempo para planejar seus objetivos pessoais e profissionais.

“O estresse não é necessariamente disfuncional. Algumas pessoas

trabalham bem sob pequena pressão e são mais produtivas em uma

abordagem de cobrança de metas. Outras buscam incessantemente mais

produtividade ou um melhor trabalho. Um nível modesto de estresse conduz a

maior criatividade quando uma situação competitiva conduz a novas idéias e

soluções. Como regra geral, muitos empregados não se preocupam com uma

pequena pressão desde que ela possa conduzir a conseqüências ou

resultados positivos”. (Chiavenato, 2004, p.434)

Enfrentar as exigências, maiores e mais sérias do que as comuns não

devem ser uma fonte de estresse, e sim um desafio às habilidades. Quando o

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indivíduo aceita o desafio e o supera, ganha em termos de confiança e

conhecimento.

CAPÍTULO III – Cultura organizacional e QVT

No terceiro capítulo serão abordados fatores, indicadores e ações que

afetam diretamente a QVT e os pressupostos para a implantação de um

programa de Qualidade de Vida nas empresas.

O resultado da pesquisa de clima institucional realizada na empresa

estudada, que serve para medir a satisfação dos funcionários diante do

programa de QVT apresentado, também será exposta neste capítulo.

3.1 Características de um programa de QVT

A QVT como novo modelo de gestão requer mudança de paradigma

sobre o lugar e o papel dos trabalhadores nas organizações, afinal, são eles os

protagonistas da produção de riquezas. O dilema que algumas empresas

enfrentam é pelo fato de não possuírem instrumentos para medir e monitorar o

bem estar de quem trabalha.

24

Os colaboradores satisfeitos são impulsionadores de auto estima, desta

forma, contribuem para reduzir indicadores negativos como absenteísmo,

acidentes, doenças do trabalho, licenças-saúde e aposentadorias precoces.

Por outro lado, a empresa que investe em QVT contribui para reduzir

indicadores negativos como erros, retrabalho, perda de material, danificação

de equipamentos, queda de produtividade e perda de qualidade nos serviços

prestados, os indicadores negativos como queixas e reclamações de clientes

externos são reduzidos.

Alguns indicadores de QVT podem ser citados:

-Condições de trabalho;

-Relações socioprofissionais;

-Prazer na realização do trabalho.

Exemplos de ações de Qualidade de Vida no Trabalho em empresas:

-Criação de um comitê ou grupo de trabalho;

-Criação de ouvidoria interna;

-Melhoria da acessibilidade e comunicação;

-Realização de pesquisas relacionadas a QVT;

-Produção de campanhas e oficinas de divulgação da política de QVT.

Os programas de bem-estar são geralmente adotados por organizações

que procuram prevenir problemas de saúde de seus funcionários e também

servem para reduzir os elevados custos de saúde. Segundo Chiavenato (2004)

Um programa de bem-estar tem geralmente três componentes:

-Ajudar os funcionários a identificar riscos potenciais de saúde;

-Educar os funcionários a respeito de riscos de saúde, como pressão

sanguínea elevada, fumo, obesidade, dieta pobre e estresse;

-Encorajar os funcionários a mudar seus estilos de vida através de exercícios,

boa alimentação e monitoramento da saúde.

Atualmente as empresas não deveriam atuar como reguladoras,

fiscalizadoras e coercivas, mas sim, como orientadora, provedora e

incentivadora do desenvolvimento humano. Cada pessoa deveria considerar a

empresa como uma ferramenta para desenvolver suas competências pessoais,

e então assumir a responsabilidade pessoal pelos resultados a alcançar. Mas

25

para conseguir isso, a organização deve oferecer um ambiente adequado que

apóie as pessoas para que elas adquiram conhecimentos e habilidades

necessárias para seu sucesso. O intuito principal que dever partir das

empresas é o incentivo ao desenvolvimento dando novas oportunidades as

pessoas.

Para Walton (Apud FERNANDES, 1996) a meta de um programa de

QVT é gerar uma organização mais humanizada, em que o trabalho envolva,

de forma simultânea, responsabilidade e autonomia no exercício do cargo do

indivíduo. Para o autor, existem oito fatores que afetam a QVT, como mostra o

quadro abaixo.

CATEGORIAS INDICADORES

Compensação justa e adequada Remuneração adequada às

necessidades pessoais, sociais e

econômicas do trabalhador;

Equidade interna e externa.

Condições de trabalho Jornada de trabalho;

Carga de trabalho;

Condições do ambiente físico;

Idade limite para o trabalho;

Material e equipamentos.

Uso e desenvolvimento de

capacidades

Autonomia;

Planejamento;

Significado da tarefa;

Variedade de habilidades;

Informação e perspectivas.

Oportunidade de crescimento e

segurança

Possibilidade de carreira;

Crescimento pessoa;

Segurança no emprego.

Integração social na organização Ausência de preconceitos;

Igualitarismo;

26

Relacionamento entre trabalhador e

organização;

Abertura interpessoal;

Senso comunitário.

Constitucionalismo Direitos trabalhistas;

Privacidade;

Liberdade de expressão;

Normas e rotinas.

Trabalho e espaço total de vida Equilíbrio entre necessidades

pessoais e sociais e as exigências do

trabalho.

Relevância social da vida no trabalho Imagem da empresa;

Responsabilidade social da

instituição;

Responsabilidade social pelos

serviços;

Responsabilidade social pelos

empregados.

Fonte: WALTON apud FERNANDES (1996:48)

“Muito se tem falado sobre a Qualidade de Vida no Trabalho. Mas a

satisfação no trabalho não pode estar isolada da vida do indivíduo como um

todo” (Rodrigues, 1995, p.93)

3.2 Diretrizes para implantação do programa de Qualidade de

Vida no Trabalho

A responsabilidade pela implantação do programa de QVT, segundo

Bom Sucesso (1998), cabe ao indivíduo e a organização:

Indivíduo:

-Escolha da profissão e orgulho pelo trabalho realizado;

-Imagem da instituição junto à opinião pública;

-Renda capaz de satisfazer às expectativas pessoais e sociais;

-Oportunidade e perspectivas de carreira;

27

-Equilíbrio entre trabalho e lazer;

-Infra estrutura familiar;

-Auto realização e auto estima.

Organizações:

-Divulgar a missão e os objetivos – Informação;

-Promover o desenvolvimento de seus integrantes;

-Investir na melhoria dos processos;

-Enriquecer as funções – Responsabilidade e Autonomia;

-Promover a melhoria contínua nas condições de trabalho;

-Estabelecer remuneração justa com a participação nos resultados;

-Instituir mecanismos que contribuam com as relações interpessoais;

-Patrocinar programas de conscientização sobre a QVT;

-Desenvolver a consciência sobre os aspectos motivadores.

Ainda segundo Bom Sucesso (1998), a organização hoje em dia não

deveria atuar mais como reguladora, fiscalizadora e coerciva, mas sim como

orientadora, provedora e incentivadora do desenvolvimento humano.

Sendo assim, as ações em QVT são uma responsabilidade institucional

e tarefa de todos. O modelo de gestão organizacional deve primar pela

compatibilidade entre bem estar dos colaboradores, desempenho funcional e

missão institucional. A superação de ações localizadas, dispersas e isoladas

em qualidade de vida impõe a formulação de uma política de qualidade de vida

no trabalho (QVT).

Um programa de QVT precisa envolver responsabilidade institucional,

responsabilidade social, de comprometimento de dirigentes em todos níveis

hierárquicos, de parcerias intersetoriais e da participação efetiva dos

colaboradores.

Algumas diretrizes para implantação do programa de QVT são:

-Cultura organizacional do bem estar coletivo

Desenvolvimento de uma cultura organizacional do bem estar coletivo

ancorada na prevenção de riscos para a saúde, segurança e conforto dos

colaboradores, no desenvolvimento e na valorização das ações

desempenhadas como vetor de cidadania.

28

-Visibilidade na comunicação institucional

A política de comunicação interna deve proporcionar a alavancagem das

ações de QVT, fortalecendo os canais existentes, criando canais alternativos,

incrementando a integração dos colaboradores e disseminando informações

que propiciem o clima organizacional.

-Gestão organizacional voltada para a integração entre produtividade e bem-

estar.

As concepções e as práticas de gestão organizacional devem primar

pela edificação de um ambiente de trabalho que promova a produtividade,

realização profissional, motivação e o prazer dos colaboradores, bem como um

clima de satisfação na convivência com os chefes, colegas e usuários.

-Gestão de trabalho

As concepções e as práticas de gestão do trabalho devem se orientar

pelo exercício responsável da autonomia, cooperação, flexibilidade do

processo de trabalho e valorização das competências e saber fazer dos

colaboradores.

-Tarefas, produtividade e avaliação de desempenho

O planejamento de tarefas, os critérios de produtividade e a avaliação

de desempenho dos servidores devem ser concebidos em sintonia com a

política de QVT.

-Suporte organizacional

A disponibilização de suporte organizacional aos funcionários deve

pautar-se por adequabilidade dos meios de trabalho que busque a

compatibilidade entre as exigências do trabalho, as características dos

ambientes e as necessidades/ expectativas de clientes externos e internos

contemplando, inclusive, as pessoas com necessidades especiais.

-Educação corporativa

A política e ações de educação corporativa, em especial todas as

iniciativas de desenvolvimento de competências individuais e coletivas, devem

ser compatíveis com a concepção de qualidade de vida no trabalho –QVT.

-Prevenção de riscos

29

O monitoramento da incidência de doenças e a prevenção de riscos a

saúde e a segurança dos funcionários devem se apoiar em pesquisas

científicas, na clinica do trabalho, ações de controle médico (exames

periódicos) nas ações de engenharia de segurança do trabalho no âmbito dos

riscos físico ambientais.

-Extensão das ações e parcerias

A implementação de ações de qualidade de vida no Trabalho – QVT

deve abranger toda a comunidade, incluindo trabalhadores terceirizados,

estagiários e aprendizes, em parceria com as empresas contratadas com base

nos princípios de equidade e co-responsabilidade e na legislação vigente.

-Desenvolvimento de ações assistenciais compensatórias

As ações complementares de natureza assistencial, voltadas para

atividades de combate a fadiga ou atenuação do desgaste proveniente da

desmotivação e do ambiente de trabalho, devem ser consideradas nos

programas de QVT.

Etapas para implantação de um programa de QVT:

-Definir a concepção e política de QVT;

-Pesquisa diagnóstica;

-Apresentação da pesquisa e debate das ações com especialistas e

funcionários;

-Criação de um comitê ou grupo de trabalho;

-Implantação das ações com parcerias intersetoriais;

-Gestão das ações pelo comitê.

A QVT não é muito valorizada por algumas empresas. Por isso, segundo

Bom Sucesso (1998), alguns dos maiores obstáculos enfrentados são:

-Os programas de QVT não são vistos como investimentos e sim como

despesas;

-“A diversidade das preferências humanas e diferenças individuais e o grau de

importância que cada trabalhador dá as suas necessidades, implicando

provavelmente em denotatado custo operacional” (Quirino e Xavier,1987)

-Restringir o programa somente a saúde e lazer, esquecendo do clima

organizacional;

30

-Falta de envolvimento moral com as tarefas;

-Segundo Fernandes (1996), insatisfação no trabalho gera aumento de

absenteísmo, diminuição do rendimento, rotatividade elevada tendo efeito

marcante sobre a saúde física e mental dos trabalhadores;

-Muitos dirigentes, que ocupam cargos superiores e que deveriam ser os

responsáveis pelas mudanças, não o fazem.

Aplicar a QVT é obrigatoriedade de todos, para que aja a satisfação dos

empregados, o progresso e conseqüente lucro para a empresa.

A qualidade de vida no trabalho busca integrar o trabalhador ao seu

ambiente de trabalho de forma satisfatória e equilibrada.

3.3- Pesquisa de Clima

Segundo Bom Sucesso (2007), a Pesquisa de Clima permite identificar

a maneira como cada um se sente em relação à empresa em que trabalha.

Nos dias atuais a preocupação com a qualidade de vida dos

funcionários tornou-se relevante, pois não se trata mais de uma questão de

produzir bens de qualidade e satisfazer as expectativas dos clientes, mas

também de inspirar as pessoas a fazer o melhor possível.

Limongi (2004) afirma que há uma íntima correlação entre a melhoria

da qualidade de vida das pessoas e estilo da vida fora e dentro da organização

e que essa melhoria causará impacto na excelência e na produtividade dos

indivíduos em seu trabalho.

Para mensurar o nível de qualidade de vida em um trabalho é utilizado a

pesquisa de clima organizacional. Esta possui o objetivo de mostrar aos líderes

das organizações os níveis de motivação e satisfação de seus colaboradores,

sobre a organização.

Portanto, através da pesquisa de clima organizacional, busca-se a

percepção dos níveis de influências em relação a fatores internos e externos,

no comportamento dos colaboradores. Os fatores internos se originam dentro

da própria empresa, como: ambiente físico de trabalho, cultura organizacional,

31

estrutura organizacional, incentivos profissionais, remuneração, segurança

profissional, vida profissional.

Cento e doze funcionários participaram da pesquisa de clima

organizacional (ANEXO A) realizada na empresa estudada, sendo que apenas

22 deles optaram por não se identificar.

Foram avaliados os seguintes itens: Política salarial, oportunidade de

carreira, comunicação interna, programa de qualidade, relacionamento no

trabalho, ambiente de trabalho e vida profissional, perfazendo um total de 20

questões, avaliadas por pontuação que correspondem: Ótimo (4), Bom (3),

Regular (2) e Ruim (1), que foram assim analisados:

Política Salarial Itens Ótimo Bom Regular Ruim 1. Forma de pagamento 59% 32% 9% 0% 2. Exatidão nos valores da folha de pagamento 39% 43% 17% 0%

Os itens forma de pagamento e exatidão nos valores da folha de

pagamento mostram um índice satisfatório, tendo em vista que a maioria dos

funcionários acham ótimo a maneira como recebem seus salários (depósito em

conta corrente), e bom na precisão do Departamento Pessoal no acerto de

seus valores ( salários, horas extras, descontos etc).

Oportunidade de carreira Itens Ótimo Bom Regular Ruim 3. Valorização do esforço 17% 37% 29% 18% 4. Incentivo a qualificação 26% 42% 24% 8% 5. Treinamentos 28% 42% 22% 8% 6. Possibilidade de crescimento 29% 40% 20% 12% 7. Estabilidade no emprego, na sua área, incluindo você sente-se: 26% 50% 17% 8%

Este foi um dos itens que mais chamou a atenção ao departamento de

Recursos Humanos da empresa, que apesar de não ultrapassar a média de

32

funcionários que classificaram o item “oportunidade de carreira” como regular

ou ruim, o número de insatisfeito foi considerável.

Para uma melhor análise dos itens avaliados:

-Valorização do esforço: este item visa avaliar o reconhecimento do

funcionário que o coordenador direto promove. Infelizmente, mesmo que o

maior percentual seja 37% é uma questão a ser analisada. Dos funcionários,

18% marcaram ruim, valor alto para uma empresa que possui Plano de

Valorização do Funcionário. O que acentua a situação é a alternativa Regular,

que obteve 29% das marcações, superando a alternativa “Ótimo”.

-Incentivo a qualificação: Palestras, seminários, treinamentos, parcerias

firmadas com instituições de ensino são os descritores deste item. Como no

item anterior, obteve-se um percentual total de 30% de insatisfação. Isso

significa que a cada 10 funcionários, 03 não estão satisfeitos com os incentivos

de qualificação oferecidos pela empresa.

-Treinamentos: O item de satisfação nos treinamentos está ligado ao item

anterior, incentivo a qualificação. Os números são parecidos.

-Possibilidade de crescimento: A avaliação deste item mostrou que muitos

funcionários (32%) acreditam que não exista possibilidade de crescimento

dentro da empresa.

-Estabilidade no emprego: A maioria (76%) acreditam na estabilidade do seu

emprego, enquanto 24% não estão tão confiantes assim.

De acordo com os dados da pesquisa neste campo a empresa pode

melhorar os percentuais atuando da seguinte maneira:

-Criando através do departamento de Recursos Humanos a força de trabalho

de cada funcionário dentro da empresa, evitando que uns achem que estão

trabalhando mais ou menos que os outros e não estão sendo valorizados;

-A empresa já beneficia alguns funcionários com cursos nas áreas específicas,

o que se pode fazer para melhorar é analisar a real necessidade de

investimento em cursos em outras áreas, abrangendo um número maior de

funcionários. Os cursos e treinamentos “in company”, são uma boa saída, já

que a empresa possui local apropriado para isso;

33

-O investimento em treinamento para o ano de 2010 foi intensificado. As

opções são para todas as áreas da empresa. Geralmente são aplicados

durante a jornada de trabalho do funcionário, incentivando assim a sua

participação.

Desta maneira é possível que numa próxima pesquisa os dados sejam

mais satisfatórios.

Comunicação interna Itens Ótimo Bom Regular Ruim 8. Informação sobre mudanças e melhorias 22% 50% 23% 5% 9. Disponibilidade dos Canais de comunicação para expor suas opiniões e sugestões é: 22% 51% 21% 5%

A empresa utiliza diversos meios de comunicação com seus

funcionários: mural, email interno, reuniões semanais e ouvidoria interna.

Talvez seja por isso que o percentual neste quesito tenha se apresentado de

forma satisfatória, abrangendo um índice superior à 70% nas classificações

“ótimo” e “bom”.

Programa de Qualidade

Item Ótimo Bom Regular Ruim

10. Seu conceito e impressão em relação ao programa da qualidade que está iniciando 36% 40% 21% 2%

A empresa busca obter a certificação da ISO 9001 para o ano de 2010.

Por isso a importância da participação e conscientização de todos os

funcionários neste processo.

Apesar do processo ainda estar apenas no início é satisfatório notar que

maioria dos funcionários (76%) aprovam o programa de qualidade da empresa.

Relacionamento no Trabalho

34

Itens Ótimo Bom Regular Ruim 11. Com a equipe 74% 21% 5% 0% 12. Com os coordenadores 54% 36% 10% 1% 13. Com os diretores 40% 44% 12% 4% 14. Postura de liderança do seu superior 52% 32% 13% 4% 15. Feedback do coordenador em relação ao seu trabalho 47% 38% 12% 4%

Esses tópicos, apesar de serem avaliados como satisfatório, podem ser

avaliados um a um:

-Relacionamento com a equipe: o trabalho em equipe é bom não somente para

o relacionamento do trabalho, como também para agilizar os processos e

facilitar os procedimentos. O índice de satisfação foi de 95%.

-Relacionamento com a os coordenadores: Os coordenadores são

responsáveis pelos setores da empresa. Eles também foram avaliados pelos

funcionários e atingiram 90% de satisfação em suas relações. Isso significa

que a liderança esta sendo bem trabalhada dentro da empresa.

-Relacionamento com os diretores da organização. Neste item entram os

presidentes da empresa e o diretor administrativo, que alcançaram 84% de

satisfação dos funcionários;

-Postura de liderança do seu superior: A postura do líder é muito importante

para determinar a qualidade de trabalho de sua equipe. Apenas 17% não estão

satisfeitos com a postura de seus supervisor imediato.

-Feedback do coordenador em relação ao seu trabalho: o feedback é uma

ferramenta poderosa, que ajuda cada funcionário a perceber e corrigir seus

erros. Esta ferramenta foi aprovada com 85% de qualificação positiva.

Ambiente de trabalho Itens Ótimo Bom Regular Ruim 16. Limpeza, Ventilação e iluminação na área onde executo meu trabalho 52% 34% 11% 4%

17. Recursos materiais e organização na área onde executo meu trabalho 53% 32% 11% 4%

35

A empresa estudada investe em tecnologia avançada e tem uma grande

preocupação em receber bem aos seus clientes internos e externos, por isso,

acredito que os índices neste item foram bem avaliados. Cerca de 85% dos

funcionários estão satisfeitos com nossas instalações.

Vida Profissional Itens Ótimo Bom Regular Ruim 18. A idéia de recomendar a empresa a outra pessoa é: 53% 39% 9% 0%

19.Reconhecimento e valorização do seu trabalho pela empresa 29% 37% 28% 6%

20. Como considera o seu trabalho no CEDI 54% 41% 4% 0% De acordo com a pesquisa, como os funcionários enxergam a empresa:

-A idéia de recomendar a empresa para outras pessoas é bem aceita pela

maioria dos funcionários (92%).

-O reconhecimento e valorização do seu trabalho pela empresa é um assunto

tratado anteriormente e deve ser pesquisado caso a caso o porque da

insatisfação de alguns funcionários.

-Um número excelente, 95% dos funcionários, gostam de trabalhar na

empresa.

Acredita-se que a pesquisa tenha apontado índices tão satisfatórios por

conta do investimento realizado pela empresa na Qualidade de Vida no

Trabalho.

Segundo Bom Sucesso (2007), parte das constatações da pesquisa de

clima pode ser atendida pela empresa por meio de:

-Programas de treinamento e desenvolvimento;

-Desenvolvimento de equipes de trabalho;

-Desenvolvimento gerencial;

-Programas de conscientização para mudança;

-Projetos de Qualidade de Vida que incluam programas preventivos de saúde,

preparação para aposentadoria, formas de lidar com o estresse;

-Alterações e ajustes nos planos de cargos e salários;

36

-Programas de desenvolvimento integral da pessoa, que estimulem o

autoconhecimento e a mudança de hábitos considerados não efetivos.

Pensando assim, no ano de 2009 a empresa, junto com o setor Centro

de Estudos e Aperfeiçoamento, criou programas e projetos de incentivo ao

trabalhador:

-Programa de Educação continuada que visa o aprimoramento constante do

funcionário através de cursos e treinamentos;

-Projeto Interação Digital, que proporciona aulas de informática básica e

avançada para todos funcionários interessados;

-Programa de Valorização do funcionário, acertando salários, promovendo

pessoas, adequando cargos e criando bônus para equipes que se destacam

durante o mês;

-Projeto de Conscientização, que visa a economia de energia e água, incentiva

a reutilização de papéis, materiais de escritório e coleta seletiva;

-Projeto de Arte e Cultura, criando grupos de teatro e música dentro da

empresa;

-Organização de eventos, datas importantes são comemoradas como: festa de

aniversário da empresa, confraternização de final de ano, festa junina etc.;

-Dia da beleza, semestralmente são levados a empresa profissionais da área

de beleza, maquiadores, massagistas, esteticistas, que proporcionam

momentos diferentes a todas as mulheres (que são a maioria) da empresa;

-Prêmio funcionário do trimestre e do ano, promovendo eleição com a

participação de todos e premiação aos vencedores;

-Jornalzinho dos funcionários, onde eles podem participar, opinar, colocar

fotos. Também serve como um rico meio de comunicação;

-Ginástica laboral, os funcionários contam com aulas de pilates com

profissional habilitado, uma vez por semana, durante o expediente, visando a

saúde física e o bem estar do trabalhador;

-Criação de um salão social para servir o lanche, com um ambiente agradável

e descontraído;

-Aniversariantes, todo mês são divulgados os nomes dos aniversariantes e os

mesmos recebem um presente na data;

37

-Investimento em treinamentos: são levantadas as necessidades de

treinamentos junto aos funcionários e seus coordenadores e a partir daí é

organizado um cronograma objetivando atender o máximo possível das

necessidades de treinamentos para funcionários.

De modo geral, pode-se constatar que a empresa investe em qualidade

de vida do trabalhador e que a maioria dos funcionários estão motivados e

interessados em melhorar o seu desempenho profissional.

A empresa deseja avançar ainda mais em melhorias para 2010,

principalmente no que se refere à qualidade dos processos, visando à

certificação da ISO 9001:2008.

CONCLUSÃO

Um bom lugar para trabalhar possibilita, entre outras coisas, que as

pessoas tenham, além do trabalho, outros compromissos em suas vidas, como

a família, os amigos e hobbies pessoais. Não é justo que um local de trabalho

seja a única coisa na vida das pessoas. Isso impede que as pessoas se

desenvolvam ou se tornem mais humanas.

Se é nas organizações que passamos a maior parte de nossas vidas,

seria interessante que as transformássemos em lugares mais saudáveis e

agradáveis para a execução de nosso trabalho com qualidade de vida,

satisfação e alegria.

Com qualidade de vida no ambiente de trabalho, os colaboradores se

mantém mais motivados e como conseqüência, aumento da produtividade e na

otimização dos processos.

38

Os administradores de hoje não podem considerar os empregados

como meros objetos. Precisam tratá-los como pessoas que impulsionam a

organização, como parceiros que nela investem seu capital humano e que têm

legítima expectativa de retorno de seu investimento.

A partir deste trabalho espera-se que:

-As empresas estejam dispostas a implantar programas de QVT;

-Os gestores sejam conscientizados da melhoria das condições de trabalho

através deste programa;

-As empresas valorizem mais os trabalhadores efetivos, dando-lhes

oportunidade de crescimento profissional;

-O plano de cargos e salários seja revisto, pois este funciona como um

estímulo aos funcionários que se acham injustiçados;

-Os diretores reconheçam os resultados atingidos e valorizarem quem os

realizou.

Essas são atitudes que estimulam a buscar a cada dia, mecanismo para

melhor convivência e dedicação no trabalho, obtendo a satisfação não só do

trabalhador, mas como trazer resultados satisfatórios para a empresa.

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