DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · O ciclo pode ser frustrado ou compensado de uma...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
Teorias Motivacionais
Ana Angélica Barbosa de Oliveira
Orientador
Prof. Nelson Magalhães
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
Teorias Motivacionais
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão de Projetos.
Por Ana Angélica Barbosa de Oliveira
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus por sempre me guiar
em minhas caminhadas e às pessoas
que sempre estiveram presentes em
minha vida.
4
DEDICATÓRIA
Dedico em especial à minha mãe e à
minha tia, que hoje se encontra ao lado
de Deus, por sempre apoiarem meu
crescimento profissional e educacional.
5
RESUMO
Este estudo propõe uma análise das principais teorias da motivação,
enfatizando-as que pretendem modificar o cenário de desmotivação é
presente nas organizações. Possuindo assim, o objetivo de estudar
estratégias que aumentem o interesse da equipe em participar das ações
que competem uma empresa, para assim aumentar o nível de satisfação de
seus funcionários.
O ciclo motivacional começa com uma necessidade de motivação
intrínseca, é importante primeiro dar andamento a essas questões
interiores, para se poder chegar a motivação extrínseca. Este trabalho este
embasado nas teorias motivacionais de Lewin; e nas teorias da
necessidade desenvolvidas por Maslow e David McClelland, a última
também está ligada aos conceitos de aprendizagem.
As conclusões tiradas desse estudo foram em grande parte advindas
das teorias de motivação, em particular da teoria da hierarquia elaborada
por Maslow; ressaltamos ainda a importante contribuição tirada da teoria
dos fatores de Herzberg, que se baseia em preceitos de que a motivação
humana é basicamente estimulada por fatores.
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METODOLOGIA
Considerando o critério de classificação de pesquisas proposto por
Vergara (2004, p. 46-49), quanto aos fins e quanto aos meios, este trabalho
pode ser qualificado de duas formas, que serão descritas a seguir.
Trata-se de uma pesquisa exploratória, pois a investigação foi realizada
em uma área em que há pouco conhecimento acumulado, sem o compromisso
de resolvê-los de imediato. (VERGARA, 2004, p.47).
Classifica-se também como bibliográfica, pois se realizou um estudo
sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros,
revistas, jornais, redes eletrônicas, ou seja, material acessível ao público em
geral (VERGARA, 2004, p. 49).
O presente estudo caminhou para fazer um levantamento de dados,
portanto a pesquisa apresenta-se de forma exploratória já que os dados
apurados partiram de profundas análises bibliográficas, que permitiram
justificar a razão do problema identificado.
Quanto aos meios, a pesquisa será, documental e bibliográfica. Na
pesquisa documental lançaremos mão de informações de um questionário com
perguntas, da empresa estudada, que condizem com o tema do trabalho.
Contudo, ressalto que esta pesquisa foi incentivada pelo cenário de
desordem e ignorância, no âmbito da metodologia motivacional, que acometem
boa parte das organizações do Brasil, consequente gerando um público
trabalhista descontente. A falta de reconhecimento profissional, os baixos
salários, a má comunicação entre as equipes e seus líderes, entre outros
fatores foram de total relevância para a escolha desta temática.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................08
CAPÍTULO I - Ciclo Motivacional.....................................................................09
CAPÍTULO II – Teorias de Motivação.............................................................12
CAPÍTULO III - Modelo contingencial de motivação de Vroom......................20
CONCLUSÃO.................................................................................................23
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................24
ÍNDICE............................................................................................................26
FOLHA DE AVALIAÇÃO................................................................................28
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INTRODUÇÃO
O tema a ser abordado refere-se à motivação, cujo foco é a importância
para o trabalho dentre de uma organização. Temática que originou o objetivo
de estudar estratégias que aumentem o interesse da equipe em participar
participação de reuniões mensais, que almejam contribuir no nível de
satisfação de seus funcionários.
O trabalho está embasado nas teorias motivacionais de Lewin e
Chiavenato; e nas teorias da necessidade desenvolvidas por Maslow e David
McClelland, a última também está ligada aos conceitos de aprendizagem.
O conhecimento das teorias de motivação é de significativa importância,
não somente como objeto de estudo científico, mas também por suas
repercussões no mundo do trabalho. O valor deste conhecimento se explica,
principalmente, pelo interesse que desperta nos estudiosos, e nas
possibilidades de sensibilizar as organizações sobre sua importância no
processo de desenvolvimento de seus recursos humanos.
(CHIAVENATO, 1992, p. 29 apud PIMENTA, 2008)
As conclusões tiradas desse estudo, expostas no fim desta pesquisa,
foram em grande parte advindas das teorias de motivação, em particular da
teoria da hierarquia elaborada por Maslow; ressaltamos ainda a importante
contribuição tirada da teoria dos fatores de Herzberg, que se baseia em
preceitos de que a motivação humana é basicamente estimulada por fatores.
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CAPÍTULO I
1. Ciclo Motivacional
Motivação é um conjunto de vontades, que se refere ao direcionamento
momentâneo do pensamento, da ação a um objeto visto pelo indivíduo como
positivo. Esse direcionamento ativa o comportamento e engloba conceitos tão
diversos como anseio, desejo, esforço, sonho, esperança entres outros.
(PIMENTA et al, 2008)
O ciclo motivacional começa com uma necessidade. A necessidade é
uma força persistente que provoca o comportamento. Quando se surge uma
necessidade por parte do individuo rompe-se o estado de equilíbrio causando o
desequilíbrio e a insatisfação do individuo. Esse tipo estado leva a um
comportamento capaz de livrá-lo do desequilíbrio. Se o mesmo for eficaz, o
individuo encontrará atendimento da sua necessidade. O ciclo pode ser
frustrado ou compensado de uma forma que seja transferido para outro objeto,
situação ou pessoa. Não é sempre que o ciclo motivacional atende a
satisfação. (CHIAVENATO, 2009)
Ilustrações do ciclo motivacional segundo Chiavenato:
1.Ciclo motivacional das etapas envolvendo a satisfação das necessidades
FONTE - CHIAVENATO 2009 p.52.
10
1.2 Ciclo motivacional com Frustração e Compensação
FONTE – CHIAVENATO 2009 p.52
O modelo de comportamento acima serve para muitas organizações,
atuando sempre com um resultado variável, uma vez que isso depende do
comportamento individual de cada um comportamento de cada ser humano
que compõe uma determinada empresa.
Na vida organizacional toda pessoa têm uma relação dependente com a
organização, mas mesmo assim as necessidades fisiológicas e pessoais
precisam ser relativamente satisfatórias, assim como aquelas que estão
intimamente relacionadas com a sua sobrevivência dentro daquele ambiente.
Muitas vezes esse contraponto resulta em decisões inconsistente e incoerentes
provocando incerteza quanto a permanência no ambiente de trabalho.
Definir o conceito de motivação não é uma tarefa fácil, mas podemos
dizer que é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma,
ou pelo menos, que dá origem à uma propensão, a um comportamento
específico. Esse impulso à ação pode ser provocado por um estímulo externo,
ou até mesmo gerado internamente nos processos mentais das pessoas.
Todo indíduo é diferente quando se trata de motivação, pois as
necessidades variam de um para outro, produzindo diferentes padrões de
comportamento.
Os valores disseminados na sociedade são diferenciados e a capacidade
para atingir objetivos também tem as suas diferenças, tendo em vista a
Equilíbrio ou Incentivo Necessidade Tensão Barreira
Outro Comportamento Derivativo
Equilíbrio Interno
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necessidade de cada um.
Mesmo com essas diferenças, o processo que leva a dinamização do
comportamento das pessoas é muito semelhante. Em outras palavras,
queremos dizer que embora os padrões sejam de comportamento diferentes, o
processo do qual eles resultam é em tese, praticamente o mesmo para todas
as pessoas.
É importante ressaltar que nem sempre a necessidade será satisfeita. Ela
pode ser frustrada ou compensada. No caso da frustração, a necessidade pode
ter sido obstruída por algum obstáculo que barrou a sua liberação. Já no caso
da compensação, o indivíduo acaba transferindo a sua necessidade para outro
objeto ou pessoa.
Quando o indivíduo não encontra uma saída normal para as suas
necessidades do ciclo motivacional, a tensão represada no organismo, procura
um meio de saída, seja por via psicológica ou fisiológica. Nesses casos a
pessoa sofre graves consequências que partem da mudança de
comportamento, como agressividade, descontentamento, apatia, insatisfação,
até tensão nervosa, insônia, repercussões cardíacas ou digestivas.
A satisfação de certas necessidades é temporal e passageira, ou seja a
motivação humana é cíclica: o comportamento é um processo contínuo de
resolução de problemas e satisfação de necessidades à medida que vão
surgindo. (SILVA, 2013)
12
CAPÍTULO II
2.2 Teorias da motivação
Serão apresentadas a seguir as cinco teorias mais importantes no
âmbito do estudo motivacional.
2.3 Teoria de campo de Lewin
Segundo Chiavenato, (2009 p. 48) a teoria de campo de Lewin (1977)
assegura que o comportamento humano depende de dois fatores
fundamentais.
O comportamento é derivado da totalidade dos fatores e eventos
coexistentes em determinada situação. As pessoas comportam-se em face de
uma situação total envolvendo fatos e eventos que constituem seu ambiente.
Esses fatos e eventos apresentam a característica de um campo
dinâmico de forças, no qual cada fato ou evento tem uma interrelação dinâmica
com os demais, influenciando ou sendo influenciado por eles. Esse campo
dinâmico produz o chamado campo psicológico de cada pessoa, que é o
padrão organizado das percepções de um individuo, ajustando sua maneira de
ver e perceber as coisas no ambiente ao seu redor.
A percepção e a interpretação humana é a maneira que um individuo
percebe a si próprio e ao seu meio externo e o mundo ao seu redor. A
motivação se identifica também no comportamento do individuo para gerar a
motivação deseja o poder e deseja status dentro da organização, a motivação
busca atingir metas pessoais e cada um tem a sua e seu momento.
Chiavenato, (2009 p.51) explica três premissas do comportamento humano,
o estímulo, a motivação e a orientação.
O comportamento é causado por estímulos internos e externos, existe uma
causalidade do comportamento. Tanto a hereditariedade como o meio
ambiente influenciam decisivamente no comportamento das pessoas.
13
O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo
comportamento humano. O comportamento não é casual nem aleatório, mas
sempre orientado e dirigido para algum objetivo.
O comportamento é orientado para objetivos. Em todo comportamento
existe sempre um impulso, desejo, necessidade, tendência expressões que
servem para designar os motivos do comportamento. (PIMENTA et al, 2008).
2.4 Teoria das necessidades
A teoria de Maslow recebeu amplo reconhecimento de gerentes
praticantes de diversas empresas, por ser uma das primeiras teorias da
motivação.
À medida que se satisfaz as necessidades básicas, outras mais altas
tomam-se o predominante no comportamento humano.
As necessidades humanas são classificadas da seguinte forma:
necessidades de baixo nível fisiológico e de segurança, necessidades de alto
nível, necessidades sociais, necessidades de estima e necessidades de
autorealização. A diferenciação entre as necessidades de alto e baixo nível, é
que as de baixo nível são satisfeitas externamente, ou seja, através da
remuneração, contratos de trabalho, condições de trabalho, etc. E as
necessidades de alto nível são satisfeitas internamente, dentro de cada um
individuo (CHIAVENATO, 2009).
A hierarquia das necessidades segundo Maslow apud Chiavenato, (2009
p.53) são destrinchadas em cinco pontos: necessidade fisiológicas, de
segurança, sociais, de estima e de autorealização.
Necessidades Fisiológicas, estas constituem o nível mais baixo das
necessidades inatas, como a necessidade de alimentação (fome e sede), sono
e repouso (cansaço), abrigo (contra frio ou calor) ou desejo sexual (reprodução
a espécie). São denominadas necessidades biológicas ou básicas e exigem
satisfação cíclica e reiterada a fim de garantir a sobrevivência do individuo.
Este ainda, orientam a vida humana desde o momento do nascimento.
Aliás, o inicio a vida humana é uma continua e constante busca da satisfação
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dessas necessidades elementares, mas inadiáveis. Elas monopolizam o
comportamento do recém-nascido e predominam no adulto sobre as demais
necessidades, enquanto não for alcançada sua satisfação. São relacionadas
com subsistência e existência do individuo. Embora comuns a todas as
pessoas, elas requerem diferentes gradações individuais para sua satisfação.
Sua principal característica é a premência. Quando alguma dessas
necessidades não esta satisfeita, ela domina a direção do comportamento da
pessoa.
Necessidades de Segurança, estas constituem o segundo nível das
necessidades humanas. Levam a pessoa a proteger-se de qualquer perigo real
ou imaginário, físico ou abstrato. A busca de proteção contra a ameaça ou
privação, fuga ao perigo, busca de um mundo ordenado e previsível são
manifestações típicas dessas necessidades. Neste momento é visível no
comportamento humano quando as necessidades fisiológicas estão
relativamente satisfeitas. Como as primeiras, também estão intimamente
relacionadas coma sobrevivência da pessoa.
Necessidades Sociais são as necessidades relacionadas com a vida
associativa do individuo junto a outras pessoas. São as necessidades de
associação, participação, aceitação por parte dos colegas, troca de amizade,
afeto e de amor. Surgem no comportamento quando as necessidades mais
baixas (fisiológicas e de segurança) se encontram relativamente satisfeitas.
Quando as necessidades sociais não estão suficientemente satisfeitas, a
pessoa se torna resistente, antagônica e hostil com relação às pessoas que a
cercam. A frustração dessas necessidades conduz à falta de adaptação social
e à solidão. A necessidade de dar e receber afeto são importantes ativadoras
do comportamento humano quando se utiliza a administração participativa.
Necessidades de estima são as necessidades relacionadas com a maneira
pela qual a pessoa se vê e se avalia, isto é, como autoavaliação e autoestima.
Envolvem a autoapreciação, autoconfiança, necessidade de aprovação social,
status, prestigio, reputação e consideração. A satisfação dessas necessidades
conduz a sentimentos de autoconfiança, valor, força, prestigio poder,
capacidade e utilidade. Sua frustração pode produzir sentimentos de
inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo, os quais, por sua vez,
podem levar ao desanimo ou a atividades compensatórias.
15
Necessidade de autorealização são as necessidades humanas mais
elevadas e que se encontram no topo da hierarquia. Levam a pessoa a tentar
realizar seu próprio potencial e se desenvolver continuamente como criatura
humana ao longo de toda a vida. Essa tendência é expressa por meio do
impulso da pessoa em tornar-se mais do que é, e de vir a ser tudo o que pode
ser.
As necessidades de autorealização estão relacionadas com autonomia
independência, autocontrole, competência e plena realização daquilo que cada
pessoa tem de potencial e de virtual, da utilização plena dos talentos
individuais. Enquanto as quatro necessidades anteriores podem ser satisfeitas
por recompensas externas (extrínseca) à pessoa e que uma realidade concreta
(como comida, dinheiro, amizades, elogios de outras pessoas), as
necessidades de autorealização somente podem ser satisfeitas por
recompensas que são dadas intrinsecamente pelas pessoas a si próprias
(como sentimento de realização) e não são observáveis, nem controláveis por
outros.
Além disso, as demais necessidades, enquanto satisfeitas, não motivam o
comportamento, mas a necessidade de autorealização pode ser insaciável, no
sentido de que quanto mais a pessoa obtém retornos que a satisfaçam, mais
importante ela se torna e mais ainda a pessoa desejará satisfazê-la.
‘Não importa quão satisfeita a pessoa esteja, pois ela quererá sempre mais’
(Chiavenato,2009 p.54). Pois nos tempos de hoje, as pessoas super valorizam
os ganhos, preocupando-se menos com si, vale quase tufo para obter
realizações futuras, mas nem sempre isso se concretiza nas empresas. Os
empregadores também participam deste ciclo, que visa nos lucro e menos
benefícios e promoções aos seus colaboradores, muitas vezes.
A estrutura piramidal das necessidades implica, em primeiro lugar, que
as necessidades mais embaixo são as de maior urgência do que as mais de
cima; ao mesmo tempo, à medida que sobem na hierarquia as necessidades
tornam-se mais distantes do instinto e mais próximas da realização
(CHIAVENATO, 2009).
16
2. Pirâmide da Hierarquia das Necessidades
Fonte: Chiavenato, 2009 p.53.
2.5 Teoria dos fatores
Pimenta et al, (2008) citam Maslow que fundamenta sua teoria da
motivação nas diferentes necessidades humanas (abordagem intra-orientada),
enquanto Herzberg alicerça sua teoria no ambiente externo e no trabalho do
indivíduo (abordagem extra-orientada).
Para Herzberg, a motivação das pessoas depende de dois fatores:
higiênicos e motivacionais.
Fatores higiênicos, referem-se às condições que rodeiam a pessoa
enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais de trabalho, o
salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão
recebida, o clima de relações entre a direção e os empregados, os
regulamentos internos, as oportunidades existentes, etc.
Constituem ainda os fatores tradicionalmente utilizados pelas organizações,
para se obter motivação dos empregados. Contudo, os fatores higiênicos são
muito limitados em sua capacidade de influenciar poderosamente o
comportamento dos empregados.
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A expressão “higiene” serve exatamente para refletir seu caráter preventivo
e profilático e para mostrar que se destinam simplesmente a evitar fontes de
insatisfação meio ambiente ou ameaças potenciais ao seu equilíbrio. Quando
esses fatores higiênicos são ótimos, simplesmente evitam a insatisfação, uma
vez que sua influência sobre o comportamento não consegue elevar
substancial e duradouramente a satisfação. Porém, quando são precários,
provocam insatisfação.
Por isso, são chamados fatores insatisfacientes e neles estão incluídos:
condições de trabalho e conforto; políticas da organização e administração;
relações com o supervisor; competência técnica do supervisor; salários;
segurança no cargo; e relações com colegas.
Fatores motivacionais, referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos
deveres relacionados com o cargo em si. Produzem efeito duradouro de
satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência, isto é,
acima dos níveis normais.
O tema motivação envolve sentimentos de realização, de crescimento, e de
reconhecimento profissional, manifestados por meio de exercício das tarefas e
atividades que oferecem suficiente desafio e significado para o trabalho.
Quando estão precários, provocam ausência de satisfação.
Por isso, são chamados de fatores satisfacientes, constituem o próprio
conteúdo do cargo. Incluem delegação de responsabilidade; liberdade de
decidir como executar o trabalho; promoção; uso pleno das habilidades
pessoais; estabelecimento de objetivos e avaliação relacionada com eles;
simplificação do cargo (pelo próprio ocupante); ampliação e enriquecimento do
cargo (horizontal ou verticalmente).
Colocando em pratica, a abordagem de Herzberg enfatiza aqueles fatores
que, tradicionalmente, são negligenciados e desprezados pelas empresas em
favor dos fatores não satisfatórios, na tentativa de elevar o desempenho e a
satisfação do pessoal.
As conclusões de Herzberg coincidem com a teoria de Maslow até certo
ponto, onde os níveis mais baixos de necessidades humanas têm
relativamente pequeno efeito motivacional quando o padrão de vida é alto
(Pimenta et al, 2008).
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As abordagens de Maslow e de Herzberg apresentam alguns pontos de
concordância que permitem uma visão ampla a respeito da motivação humana.
Contudo, apresentam também importantes diferenças, enquanto a teoria de
Maslow fundamenta sua motivação nas diferentes necessidades humanas,
fisiológicas, segurança, sociais, de estima e autorealização.
Herzberg alicerça sua teoria no ambiente externo e no trabalho do
individuo com os fatores higiênicos e fatores motivacionais, coincidindo que os
níveis mais baixos de necessidades humanas tem relativamente pequeno
efeito quando o padrão de vida é elevado (CHIAVENATO, 2009).
Assim, essa teoria explica a razão pela qual alguns profissionais
valorizam mais a atividade realizada do que propriamente as vantagens
materiais que dela possam auferir. Os fatores motivacionais suprem as
necessidades estabelecidas no topo da hierarquia, enquanto que os fatores
higiênicos atendem àquelas que se localizam na base da pirâmide proposta por
Maslow.
Por fim, “Quanto mais se sobe na hierarquia das necessidades, maior é
a importância dos fatores motivacionais. Quanto mais se desce na hierarquia
de Maslow, mais importantes se tornam os fatores higiênicos” (MAXIMIANO,
2000, p. 319, Pimenta et al, 2008).
2.6 Teoria de Necessidades Adquiridas
A Teoria de Necessidades Adquiridas foi desenvolvida por David
McClelland e está ligada aos conceitos de aprendizagem. Esta teoria também
foi denominada como Teoria das Necessidades Aprendidas e Teoria de
Necessidades de McClelland.
Ela enfoca três necessidades: realização, poder e afiliação. A
necessidade de realização é o impulso de exceder, de sair-se bem em relação
a um conjunto de padrões, de lutar pelo sucesso. É o desejo de ser excelente,
ser melhor ou mais eficiente, resolver problemas ou dominar tarefas
complexas.
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A Necessidade de poder é a necessidade de fazer os outros se
comportarem de uma maneira que eles não teriam se comportado de outro
modo. Reflete a necessidade de poder e de autoridade. É o desejo de controlar
os outros, ser responsável pelos outros ou influenciar o seu comportamento.
Já a necessidade de afiliação é o desejo por relações interpessoais
amigáveis e próximas, de interação social, de estabelecer e manter amizades
com outras pessoas. Essas três necessidades são aprendidas e adquiridas ao
longo da vida como resultado das experiências de cada pessoa (GOLEMAN,
1996).
2.7 Teoria do reforço
Segundo Robbins, (2002 p.89) a teoria do reforço argumenta que o reforço
condiciona o comportamento, que ele não é causado pelos eventos cognitivos
internos do indivíduo, mas pelo ambiente. Os quatros tipos de reforços foram
definidos por ele como: reforço positivo, reforço negativo, punição e extinção.
Reforço positivo é a administração de uma consequência agradável e
recompensadora, seguindo-se para um comportamento desejado; enquanto o
reforço negativo é a remoção de uma consequência desagradável em
sequência a um comportamento desejado.
Punição é a imposição de resultados desagradáveis a uma pessoa. A
punição geralmente ocorre em seguida a um comportamento indesejável. O
uso de punição nas organizações é controvertido e frequentemente criticado,
pois ele não indica o comportamento correto.
Extinção é a suspensão ou interrupção de uma recompensa positiva,
significando que o comportamento não é mais reforçado, e por essa razão tem
menos probabilidade de ocorrer no futuro.
Na sua forma pura, contudo a teoria do reforço ignora sentimentos, atitudes,
expectativas e outras variáveis cognitivas que causam impacto no
comportamento. Sendo assim, como não se interessa pelo que dá inicio ao
comportamento, ela não é uma teoria de motivação.
20
Capitulo III
3.1 Modelo contingencial de motivação de Vroom
Vitor H. Vroom desenvolveu uma teoria da motivação que rejeita noções
pré-concebidas e que reconhece essas diferenças individuais. Sua teoria se
restringe exclusivamente à motivação para produzir.
Segundo Vroom (1997, p. 89), existem três fatores que determinam em
cada individuo a motivação para produzir: os objetivos individuais, ou seja, a
força do desejo de atingir objetivos; a relação que o individuo percebe entre
produtividade e o alcance de seus objetivos individuais; e a capacidade de o
indivíduo influenciar seu próprio nível de produtividade, à medida que acredita
poder influenciá-lo.
Para Vroom (1997, p. 91) um indivíduo pode desejar aumentar a
produtividade quando três condições se apresentam: os objetivos pessoais, a
relação entre a satisfação dos objetivos e a percepção de capacidade de
influenciar a produtividade.
Os objetivos pessoais do indivíduo podem incluir dinheiro, segurança no
cargo, aceitação social, reconhecimento e trabalho interessante. Existem
combinações de objetivos que uma pessoa pode procurar satisfazer
simultaneamente.
A relação percebida entre satisfação dos objetivos e alta produtividade,
ocorre dá seguinte forma, se um operário tem como importante objetivo ter
salário maior e se trabalha na base de remuneração por produção, poderá ter
uma forte motivação para produzir mais. Porém, se sua necessidade de
aceitação social pelos outros membros do grupo é mais importante, poderá
produzir abaixo do nível que consagrou como padrão de produção informal.
Pois, produzir mais poderá significar a rejeição do grupo.
A percepção de sua capacidade de influenciar sua produtividade, pode ser
exemplicado como: se um empregado acredita que um grande volume de
21
esforço despendido tem pouco efeito sobre o resultado, tenderá a não se
esforçar muito, como é o caso de uma pessoa colocada em cargo sem
treinamento adequado ou do operário colocado em uma linha de montagem de
velocidade fixa.
Vroom (1997, p. 95) propõe um modelo quando o indivíduo que procura
resultado intermediário (produtividade elevada, por exemplo), está buscando
meios para alcançar resultados finais (dinheiro, benefícios sociais, apoio do
supervisor, promoção ou aceitação do grupo).
Cada pessoa tem sua preferência para determinado resultado final,
lembrando a teoria de campo. Uma preferência positiva indica um desejo de
alcançar determinado resultado final, enquanto uma preferência negativa
implica em um desejo de fugir de determinado resultado final. Os resultados
intermediários apresentam preferência em função de sua relação percebida
com os resultados finais desejados (VROOM, 1997).
As empresas estão disponibilizando cursos profissionalizantes e até mesmo
obtendo descontos em algumas faculdades para aumentar o nível de
capacitação e logo de produção de seus profissionais dentro da organização,
sendo assim uma busca postiva que traz benefícios para os dois lados de uma
organização.
Em suma, a Teoria de Vroom, revela que para que o trabalhador se sinta
motivado é imprescindível que este se sinta capaz de a tingir os objetivos
pessoais delineados. Esta suposição acaba por associar a motivação à
competência.
Sugere-se assim, que um trabalhador que procure a autorealização
através do alcance dos objetivos pessoais, só se sentirá motivado se se julgar
capaz de atingir estes objetivos.
No entanto, é importante salientar algumas críticas tecidas a esta teoria
devido à sua reduzida aplicabilidade nas organizações, uma vez que estas não
associam a recompensa ao desempenho, ou se o efetuam é de uma forma tão
exígua que é praticamente imperceptível para o empregado que a recompensa
advém de um plano de incentivo (por exemplo aumento de salário em uma
percentagem insignificante).
22
Todavia, tais críticas não invalidam a teoria, apenas confirmam que
estamos diante de um fenómeno psicológico extremamente complexo e de
difícil controle. (RODRIGUES, 2006, p. 10)
A teoria da contingência é marcada pela relatividade, na medida em que
para as organizações as teorias de gestão não podem ser encaradas como
absolutas.
3. Diagrama de Relação Funcional
Relação Funcional
Condições ambientais Técnicas de gestão variáveis independentes variáveis dependentes
Relação marcada pelo “se então”
Elaborado pela educanda
Procura-se ajustar estas variáveis que se tornam funcionais, do ponto de vista em que se poderá retirar proveito para a melhoria tanto da eficácia como da prática da gestão.
23
CONCLUSÃO
O estudo que deu origem a esse trabalho foi, passou por múltiplas etapas,
desde a observação ‘tímida’ do meu próprio ambiente de trabalho, com uma
visão acadêmica, até grande revisões bibiográficas.
Assim, percebeu-se que a motivação em uma equipe desmotivada pode sim
ser trabalhada e modificada. O que a principio parecia ser quase pouco
improvável, mostrou-se com uma grande evidência, afinal as pessoas, ainda,
quando pensam em motivação se atêm a fatores extrínsecos, a estímulos ou
incentivos que o ambiente oferece, e poucas vezes à objetivos que perseguem
porque satisfazem a uma necessidade.
Verificou-se ao longo deste estudo, que em grande parte das teorias, a
motivação humana é basicamente estimulada por fatores externos, como as
necessidades primaria, e os padrões de vida presentes na sociedade.
Entretanto, outras teorias somaram a esta trabalho a ideia de que a
motivação é, na realidade, um fenômeno intrínseco, que acontece no interior de
cada individuo, levado-nos a uma conclusão de que a tarefa que antes parecia
pouco possível é, de fato, uma possibilidade real.
Contudo, levo deste trabalho o pensamento mais internalizado durante
esse período de aprofundamento de que motivação deve estar interligada a
raiz, aos valores próprios de cada um, sendo assim não dependerá com grande
totalidade de fatores externos.
24
BIBLIOGRAFIA CITADA
CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciamento de pessoas. 3ª Ed. São Paulo,
Makroon Books, 1992.
––––––––––––––, Idalberto. Recursos Humanos. Edição compacta, 6ª ed. São
Paulo, Atlas, 2000.
––––––––––––––, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6 ª ed.
Rio de Janeiro: Campus, 2000.
______________, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos
humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
_____________, Idalberto. Recursos Humanos: O capital humana nas
organizações. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
HERZBERG, F. The Motivation to Work. New York: John Wiley and Sons,
1959.
LEWIN, Helena; PITANGUY, Jaqueline; ROMANI, Carlos Emanuel. Mão –de-
Obra. Petrópolis: Vozes,1977.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da escola
científica à competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2000.
MASLOW, A. H. Motivation and personality. New York, Harper & Row, 1954.
––––––––––––, Abraham H. Motivation and Personality. New York: Harper &
Row Publisher Inc., 1970.
25
VROOM, H. Victor et al. Gestão de pessoas, não pessoal. 3. ed. Rio de
Janeiro: Campus,1997.
PIMENTA, Symone Matioli; SANTINELLO, Jamile. Relacionamento Humano e
Motivação no Trabalho. Revista Eletrônica Lato Sensu – UNICENTRO.Ed. 6. p.
1-14. Ano: 2008.
RODRIGUES, Carla. Teorias da Motivação: Teorias do Processo. Instituto
Politénico de Coimbra: Departamento de Engenharia Civil, 2006.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em
administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004. p. 15, p. 46-50.
WEBGRAFIA
SILVA, Gilberto. Fonte online:
http://gilbertosilvarh.blogspot.com.br/2010/07/motivacao-humana.html
Acessado em: 15/08/2013 às 23h
26
ÍNDICE GERAL
FOLHA DE ROSTO...............................................................................................02
AGRADECIMENTO...............................................................................................03
DEDICATÓRIA................................................................................................04
RESUMO.........................................................................................................05
METODOLOGIA..............................................................................................06
SUMÁRIO.........................................................................................................07
INTRODUÇÃO.................................................................................................08
1. CAPÍTULO I – Ciclo Motivacional.................................................................09
2. CAPÍTULO II – Teorias da Motivaçao
2.1 Teorias da Motivação.....................................................................12
2.2 Teoria de campo de Lewin..............................................................12
2.3 Fundamentos e seus Objetivos......................................................12
2.4 Teorias das necessidades.............................................................13
2.5 Teorias dos fatores..........................................................................16
2.6 Teorias de necessidades adquiridas...............................................18
27
2.7 Teorias do reforço............................................................................19
3. CAPÍTULO III - Modelo contingencial de motivação de Vroom...............20
CONCLUSÃO...............................................................................................23
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................24
WEBGRAFIA................................................................................................25
ÍNDICE.........................................................................................................26
FOLHA DE AVALIAÇÃO.............................................................................28