DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · melhor para mim. Aos meus amigos por me darem...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
MODERNIZAR E RESTAURAR: RISCOS E BENEFÍCIOS DE
GERIR EQUIPES AO CAMINHO DO ÊXITO DO PROJETO.
Flavia Henrique da Silva
ORIENTADOR:
Prof ª. Úrsula Gomes
Rio de Janeiro 2016
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Gestão de Projetos. Por: Flavia Henrique da Silva
MODERNIZAR E RESTAURAR: RISCOS E BENEFÍCIOS DE GERIR EQUIPES AO CAMINHO DO ÊXITO DO PROJETO.
Rio de Janeiro 2016
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AGRADECIMENTOS
A minha mãe pelo amor e apoio incondicional a
minha vida e pelo incentivo de sempre buscar o
melhor para mim. Aos meus amigos por me
darem apoio nos bons e maus momentos.
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DEDICATÓRIA
Dedico a minha realização e sucesso a minha
mãe e tia Maria de Fátima Pessoa da Silva por
me ajudarem a concretizar os meus sonhos.
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RESUMO
O mercado está cada vez mais competitivo e as organizações tem
que se adaptar de forma prática e rápida pois a globalização dos processos e
resultados está dinâmica, influenciando a empresa os resultados internos e
externos. Junto aos seus colaboradores, fornecedores, sócios e isso leva a
organização a pensar e executar novos projetos para se adaptar a estas
mudanças. As organizações contratam ou tem seu modelo interno de gestão
de projetos para lidar com a implantação, planejamento, organização e
execução dos mesmos que serão inseridos no ambiente organizacional.
É neste contexto que as empresas identificam quais os indicadores
não estão tendo o resultado esperado e decidem implantar novos processos na
empresa para melhorar o desempenho e diminuir e ou eliminar efeitos
causados. Para que as mudanças e ou inovações sejam aceitas por todos e
influenciadas de forma positiva, o gerente de projetos designado para esta
função deverá orientar, comandar, desenvolver e direcionar o capital humano
para que o projeto alcance os resultados esperados. Aplicar métodos, sistemas
que ajudem a gerir as mudanças e os colaboradores. Demonstrando como o
fator humano determina o resultado de um projeto e sua duração. Portanto este
trabalho estuda quatro etapas. No primeiro momento será abordado a
importância do gerente de projetos, capital humano nas organizações, os
processos e estratégias adotados para gestão de pessoas. Em uma terceira
etapa as práticas que são adotadas em gestão de projetos no mercado para
ajudar a gerir pessoas. E um exemplo de sucesso que conseguiu fazer a
gestão de grandes equipes em um evento de entretenimento com
reconhecimento internacional.
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METODOLOGIA
A metodologia deste estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica
em torno dos seguintes autores: GONÇALVES e CAMPOS que abordam
questões de como o indivíduo, o fator humano pode influenciar nos resultados
de um projeto e como as empresas podem lidar melhor com a gestão de
mudanças dentro da organização. BARCUI apresenta exemplos reais de como
podemos nos adaptar à nova realidade. BAUMOTTE conceitua o passo a
passo de como gerir pessoas em projeto e obter melhores resultados.
CHIAVENATO mostra a importância da estrutura organizacional, do
investimento no capital humano e seu desenvolvimento. Xavier simplifica todos
os processos para um projeto seja colocado em prática de acordo com as
regras do mercado. E consultas a internet, como artigos, reportagens,
publicações, etc. Com objetivo de conhecer os diversos aspectos e ações do
mercado adotadas para gestão de projetos priorizando o indivíduo, como fator
humano determinante para o sucesso.
O resultado deste estudo resulta, através das conclusões descritas
ao final, o investimento, estrutura organizacional, valores e principalmente
comportamento irão influenciar no êxito de um projeto.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
O desafio de gerir pessoas com opiniões diferentes 10
1.1 – A função do Gerente de Projetos 10 1.2 – Capital humano e comportamento nas organizações 14
CAPÍTULO II
Os processos que podem ocorrer nas empresas 17
2.1–Gestão estratégica de pessoas 17 2.2 – Gestão de Mudanças 19 2.3 – Gerir pessoas em projetos 21
CAPÍTULO III
Possíveis práticas adotadas em Gestão de projetos que ajudam a integrar a
equipe. 28
3.1 –Human Change Management Body of Knowledge (HCMBK) 28 3.2 – Modelo De Maturidade para Equipe de Projetos MEP 31 3.3 – Cultura Organizacional Segundo Charles Handy 33
CAPÍTULO IV
Evento de Grande Porte Rock in Rio 35 4.1 – A evolução do evento 35 4.2 – Academia de Educação Executiva Rock in Rio 40
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 41
REFERÊNCIAS 44
INTRODUÇÃO
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Gestão de projetos aborda questões sobre administração, logística,
estrutura, organização entre outros, mas as pessoas envolvidas no processo
darão sua contribuição e influenciarão ao longo do desenvolvimento como será
introduzido dentro do ambiente organizacional está modificação e implantação
de um novo modelo de conceito e ou trabalho.
Segundo Gonçalves e Campos (2013) fazer a gestão dos
colaboradores de forma adequada na qual os mesmos aceitem a mudança e
colaborem com ela trará resultados duradouros e benéficos para ambas as
partes. Identificar as melhores ações e métodos que podem ser aplicados para
o desenvolvimento do projeto fará com que todos que influenciam este fluxo
gerem o efeito esperado para empresa. Autores como Barcaui e Baumotte
exemplificam o processo e descrevem que o ser humano pode ser influenciado
tanto de forma positiva quanto negativa e isso irá influenciar todas as etapas do
projeto desde a sua implantação, organização, planejamento e execução e pós
projeto. Pois não pode perder o foco no indivíduo para que ele também cresça
junto com as mudanças que ocorrerão fazendo parte do processo e não sendo
excluído dele.
Capacitar e desenvolver os colaboradores também faz parte deste
processo para que ambas as partes estejam preparadas para Gestão da
Mudança, onde os fluxos conhecidos serão alterados e todos deverão se
adaptar à nova dinâmica, tornando- se qualificados e preparados para o
mercado de forma competitiva.
Um projeto só será introduzido na estrutura organizacional quando
for identificado uma necessidade seja ela tecnológica, estrutural, financeira,
etc. Na qual somente será realmente adotada de forma permanente e
duradouro, e considerada de sucesso se todos aceitarem mudar e ou inovar na
aplicação deste novo modelo na empresa. Por isso são pensados e criados
métodos que ajudam nesta transição dentro da gestão de projetos.
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MODERNIZAR E RESTAURAR: RISCOS E BENEFÍCIOS
DE GERIR EQUIPES AO CAMINHO DO ÊXITO DO
PROJETO.
CAPÍTULO I
1.O desafio de gerir pessoas com opiniões diferentes.
As organizações passam atualmente por momentos de frequentes
mudanças para acompanhar as novidades que cada vez mais chegam de
forma rápido ao mercado competitivo, mas não podem deixar de olhar o seu
capital humano dentro da empresa. Se adaptar as diferentes formas de
pensamento pois cada indivíduo tem sua própria percepção e opinião sobre as
informações e mudanças do mundo moderno, mas isso não pode ser um muro
no desenvolvimento da instituição e nem de seus colaboradores. Integrar seus
profissionais a cultura organizacional da empresa se torna determinante nos
seus resultados.
1.1 A função do Gerente de Projetos.
O trabalho exercido pelo gerente de projetos é fundamental para os
resultados da organização, pois junto com as pessoas que fazem parte da
estrutura determinam o fracasso ou êxito de um projeto que será implantado.
Conduzir a equipe a fazer o seu melhor, gerando contentamento e colhendo
frutos positivos. Identificando e desenvolvendo a habilidade de cada recurso
humano, porém nem todos os profissionais que farão está gestão tem a
capacitação adequada e necessária para lidar com os recursos humanos.
O objetivo deve ser o de aproximar a comunicação ao nível da expressividade maior aos empregados. De um lado, há um tipo de comunicação que é fruto da informação e do conhecimento técnico; de outro, as atitudes, os valores, as normas. A questão é ajustar as duas partes, formando um composto comunicacional que possa ser consumido naturalmente. (TORQUATO,2015, p.29).
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A habilidade na comunicação é essencial para este processo, pois
fará com que todos entendam qual a sua importância dentro do que foi
planejado pela organização e conseguirá executar de forma plena suas tarefas
e gerar resultados melhores e precisos. Como demonstra a pesquisa abaixo:
Fonte: PMSURVEY.ORG: (Relatório Geral 2014)
Dentro do ambiente de projetos a tomada de decisões se não for
acompanhada e bem analisada pode levar o gerente de projetos ao erro. Todos
nós podemos errar, só não podemos insistir no erro. Como dizem
popularmente errar é humano. Conforme o Doutor em engenharia Hélio
Rodrigues Costa e seu artigo publicado na Revista Mundo Project
Management, destacou doze erros que ocorrem em gerência de projetos para
reflexão:
• Não analisar os stakeholders
• Prometer o que não pode cumprir
• Não gerenciar riscos
• Não ouvir seus subordinados
• Não delegar
• Não formalizar decisões importantes
• Não investir na definição do escopo
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• Achar que o cenário vai permanecer estável durante todo
projeto
• Não monitorar o desempenho do projeto
• Não se comunicar bem
• Não ter prioridades
• Não ser justo
Os integrantes da equipe devem ter um ambiente que os desafiem,
os encorajem, que despertem a motivação de incrementar as oportunidades e
crie um clima, um ambiente na empresa propicio para alcançar os objetivos
expostos para todos. Administrar os conflitos já que cada indivíduo tem sua
personalidade, conceitos, experiências diferentes para não atrapalhar o bom
andamento das ações propostas no projeto. Ter a competência de negociar e
administrar o estresse com todas áreas envolvidas e obter a colaboração e
cooperação de todos os envolvidos trabalhando para um único proposito ter
sucesso no projeto.
O gerente de projeto deve possuir habilidades gerenciais (liderança, comunicação, capacidade de influenciar pessoas, negociação, resolução de conflitos, etc.), conhecimento gerencial (técnicas de gerenciamento de projetos e pessoas), conhecimento técnico dos produtos a serem produzidos no projeto e conhecimento da organização onde o projeto será executado (cultura organizacional, pessoas chave, etc.) (XAVIER,2011, p.14)
Ter uma liderança que impulsione, que garanta converter essa
possibilidade em realidade, despertar a criatividade e uma relação sustentável
para todos os participantes trarão um benefício para performance e resultados
da organização. Saber delegar a cada equipe seu trabalho e expectativas, não
só individuais, mas também coletivos. Gerir conflitos de forma sensata e
tomando as devidas precauções quando necessário ao bom andamento do
trabalho, evitará embate futuro.
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Certa vez, tive um projeto que achei que tinha sido um sucesso segundo as métricas acadêmicas que discutimos anteriormente. Porém, um membro da equipe teve problemas sérios de estress durante o tempo do projeto. Acabou tendo que passar um tempo em um hospital. Diga-me: para esta pessoa, este projeto foi um sucesso? - Imagino que não..... “[X] As pessoas tem que entrar de um jeito em um projeto e sair de outro. Preferencialmente melhores. O projeto tem que ter contribuído de alguma maneira para promover algum tipo de mudanças nessas pessoas. (BARCAIU, André B.,2006 ,p.63 e 64).
Possuir uma gestão participativa, evidenciando a importância do
fator humano nas organizações, para introduzir os processos, democratizar as
relações sociais, impulsionarão o projeto ao seu desenvolvimento e sucesso.
Fazer com que se tenha uma parceria interna e que cada um se envolva e se
desenvolva fazendo parte do processo formando agentes modificadores e
formadores de opinião na instituição. Monitorar o desempenho de cada
colaborador e equipe ajudará posteriormente na tomada de decisões mais
assertivas para o sucesso do projeto.
Demorei um pouco para me acostumar com a figura, mas até por uma questão de educação e respeito, sempre fingia que achava normal. A empresa esteve batendo muito nesta tecla ultimamente: ética e respeito à diversidade. Em todos os sentidos: cor, raça, sexo, religião, posição politica.....E acho que está certo. Cada um sabe o que é melhor para si. O que deveria importar pra mim era se eram bons profissionais ou não. (BARCAIU, André B.,2006 ,p.47).
O gerente de projetos não é um gestor de pessoas e sim indivíduos
capacitados para implantar os melhores métodos, práticas para gerenciar
projetos, porém isso torna sua relação com as pessoas muito importante pois
depende delas, do seu conhecimento, para colher bons resultados dentro do
prazo, custos, qualidade e especificações previstas para o projeto.
Lembre-se: Projetos são feitos de pessoas e para
pessoas. (BARCAIU, André B.,2006 ,p.64).
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1.2 O capital humano e comportamento nas organizações.
Consideramos não só as questões coletivas, mas também os aspectos individuais, pois cada pessoa é insubstituível. Suas atividades podem ser substituídas, mas seu conhecimento, suas habilidades, sua história e sua experiência de vida são particulares, tal qual seu DNA.(GONÇALVES e CAMPOS, 2013, p.11).
Podemos enumerar diversas possibilidades quanto as diferentes
personalidades humanas e suas características. No entanto Gonçalves e
Campos(2013) descrevem como os comportamentos e opiniões podem
influenciar projetos e seus resultados se não tivermos o acompanhamento
necessário. Gerir mudanças acaba tirando o indivíduo de uma posição
considerada confortável para uma de possível risco. Isso pode estabelecer um
conceito distorcido daquele previsto pelo o projeto se não for direcionado de
forma clara e objetiva. Mensurar um projeto somente por indicadores técnicos
leva a empresa ao equívoco e possivelmente ao fracasso.
Iniciar um projeto não leva a empresa ao sucesso do mesmo.
Quando uma empresa decide implantar determinadas mudanças, é esperado
que se obtenha o efeito também na cultura organizacional, melhorando o
desempenho de toda estrutura corporativa. Com um mercado globalizado e em
constante crescimento o fator humano ficou cada vez mais em evidência para
auxiliar e dar apoio as ideias que foram acordadas entre todas as partes
envolvidas, todos os setores da empresa que permanecerão e atuarão nesse
processo de mudança. Para a área de Recursos Humanos das empresas
atualmente não é aconselhável que tenha o seu papel seja somente processos
e sim um papel estratégico dentro das companhias, pois isto será determinante
para o sucesso do plano que será executado.
Colaborar é um dos fatores que influenciam o bom andamento do
projeto. Em muitos momentos os participantes são de diferentes culturas,
organizações, e tem uma diversidade de interesses ao participar de um projeto.
Quando falamos de cultura traz uma inconstância que não é fácil
lidar pois especificar aspectos como preferências musicais, hábitos, linguagem
e comportamento definem o indivíduo na sociedade, é sua identidade. Reunir
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todos esses perfis dentro de uma organização requer adaptação a
multiplicidade de culturas e desenvolver uma cultura hibrida para o projeto.
Cuidar para que as diferentes visões não dificultem a dinâmica do projeto, para
isso é necessário, dar atenção, compreender o ambiente interno da
organização. Os fatores comportamentais são o que acabam ratificando que
um gerente de projetos além da especificação técnica também tem que ter
aptidão para lidar com pessoas.
Se as organizações são diferentes entre si o mesmo
ocorre com as pessoas. As diferenças individuais fazem
com que cada pessoa tenha suas próprias caraterísticas
de personalidade, suas aspirações, seus valores, suas
atitudes, suas motivações, suas aptidões etc. Cada
pessoa é um fenômeno multidimensional sujeito às
influências de uma enormidade de variáveis.
(CHIAVENATO,2009, p.57)
Desenvolver o capital humano nas empresas faz com que ela
identifique talentos e também retenha esses talentos. Atualmente ter um
profissional qualificado e com experiência no mercado traz um diferencial para
a instituição e isso resulta em uma equipe mais uniforme que entenda os
princípios e objetivos da empresa. A gestão do talento é um aspecto crucial aos
recursos humanos da instituição, porém gestão do desempenho pode ser um
aspecto diferenciador da competitividade. Fazendo com que seus
colaboradores participem efetivamente de todos os resultados esperados pela
organização e consequentemente se desenvolvam.
Capital humano: é o capital de gente, talentos e
competências. A competência de uma pessoa envolve a
capacidade de agir em diversas situações, tanto para
criar ativos intangíveis como tangíveis. Não basta ter
pessoas. Torna-se necessário uma plataforma que sirva
de base e um clima que impulsione as pessoas e utilize
os talentos existentes. (CHIAVENATO,2009, p.47)
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Adaptar se as diferentes propostas, obstáculos isso demonstram a
segurança emocional que a pessoa tem quando se depare com os desafios ou
ameaças enfrentadas através das transformações e modificações na forma
como os processos são executados. Mostra também como podemos ser
criativos diante das diversidades, não para si mais em benefício do coletivo.
A clara compreensão do papel de cada um dos envolvidos direta ou indiretamente no projeto é um passo essencial para promover o engajamento nos propósitos da mudança.A falta de definição do papel e da responsabilidade de cada stakeholder1 ou grupo stakeholder é quase sempre motivo de especulações e insegurança, alimentando forças antagonistas ao projeto. Ninguém se engaja no que não conhece. (GONÇALVES e CAMPOS, 2013, p.45).
Todos terem o compromisso de empregar o seu melhor, conduzir
não só o seu resultado, mas o resultado de todos os envolvidos no projeto.
Aceitar cada membro, indivíduo que tem ideias diferentes para prosseguir com
suas atividades e o trabalho em grupo. Demonstra uma coletividade, onde
todos os envolvidos tendem a se comprometer com suas responsabilidades,
mas não só suas, mas também de toda equipe. Respeitando diferenças,
opiniões, ética e estruturas para interação e mudança organizacional. Trabalhar
em equipe requer disciplina, coerência, atitude, bom censo para lidar com os
diversos seres, com suas habilidades e culturas próprias. Isso será refletido de
forma positiva na produtividade e resultados da empresa.
1 Stakeholder – Qualquer pessoa, grupo ou entidade que será afetada direta ou indiretamente pelas mudanças é um stakeholder. (....) pode ser um grande influenciador no resultado do projeto. (GONÇALVES e CAMPOS, 2013, p.39)
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CAPÍTULO II
Os processos que podem ocorrer nas empresas.
As estratégias, mudanças ocorridas dentro do ambiente
organizacional são feitas para proporcionar uma visível melhora no conceito
que seu colaborador, fornecedores, sócios e mercado tem referentes a sua
imagem e posicionamento da sua marca. Isso ajuda a definir uma empresa
mais sólida e competitiva onde todos poderão compreender a importância de
ser aplicada.
2.1. Gestão Estratégica de pessoas
As empresas entraram no século XXI com ideologia vanguardista e
uma incumbência maior com os seus colaboradores. Identificando que os
mesmos precisam dar um melhor resultado mas para isso é necessário
preparação e investimento para implantar novas formas de conhecimento.
Aos poucos, a cultura organizacional reinante nas empresas deixou de privilegiar as tradições antigas e passadas e passou a concentrar-se no presente, fazendo com que o conservantismo e a manutenção do status que cedessem lugar à inovação e mudança de hábitos e de maneira de pensar e agir. (...). Os departamentos de recursos humanos visualizavam as pessoas como recursos vivos e inteligentes e não mais como fatores inertes de produção. RH tornou -se o mais importante recurso organizacional e fator determinante do sucesso empresarial. (CHIAVENATO, 2010, p.37)
Não adianta contratar novos colaboradores e não ter o esforço para
despertar o melhor de cada um, e ou desenvolvê-los. Remunerar o
desempenho dos funcionários é uma forma de recompensá-los, mas não é a
solução para evoluir e não o torna uma peça estratégica na estrutura da
empresa.
Segundo Chiavenato (2010, p.57) o RH passará a ter quatro metas
específicas para contribuir estrategicamente para organização. São elas:
• Parceria estratégica para a administração das estratégias de RH.
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• Especialistas administrativos para a prestação de serviços de RH.
• Defensores dos funcionários para envolvimento dos funcionários.
• Agentes da mudança para a administração da mudança.
Experimentamos um tempo ágil onde tudo tem sua pequena
continuidade, a busca pelo melhor, pelo contento do cliente para nos
destacarmos tanto na marca quanto na ideia e no capital humano. Mas para
que isso ocorra a área de Recursos Humanos deve abraçar uma interpretação
desafiadora incomum que mude o modo de agir e pensar da sua performance
dentro da instituição. Demonstrando que agrega valor para empresa e que
pode atuar de forma estratégica e não somente de processos administrativos.
Um exemplo de empresa que possui um RH estratégico citado por
CHIAVENATO é a empresa HEWLETT-PACKARD (HP) que tem foco no futuro
estratégico, nos processos, nas pessoas e no cotidiano operacional. A
implantação e acompanhamento foi tão bem-sucedida que lhe rendeu prêmio e
reconhecimento no mercado competitivo.
O talento humano é o recurso que se destaca entre os demais, este
tem algo que o distingue dos outros e que acaba valorizando o indivíduo.
Atualmente envolve três aspectos, também conhecido como CHA são eles:
conhecimento, habilidade e atitude.
A crescente importância dos bens humanos transformará as empresas em redes de grupos de projetos, um tipo de condomínio empresarial ou conjunto de habitantes temporários, aglomerados para conveniência mútua por um período determinado. (...)manterá indivíduos e organizações em alerta, a inovação e a criatividade serão essenciais, as pessoas desejarão investir em seu futuro e não mais deixa-lo nas mãos de seus chefes. (CHIAVENATO,2010, p.53).
Avaliar este capital humano é um desafio para área de Recursos
Humanos e a empresa, pois é difícil quantificar este desempenho, além de
qualificar para adotar melhores práticas e técnicas. Porém tem que ser aplicado
para que ocorra realmente a mudança e traga o benefício para ambas as
partes envolvidas, os colaboradores e a empresa.
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2.2. Gestão de Mudanças
A humanidade está sempre em constante mudança e de forma cada
vez mais acelerada e voraz, por causa dos avanços tecnológicos e também
das mudanças no comportamento da sociedade. Isso requer que as
organizações passem por adaptações para continuarem valorizadas e
competitivas e tendo que reelaborar seus processos e sua visão. No novo
contexto mundial somente as instituições que se ajustarem terão lugar nesse
mercado diversificado.
Adaptado: Gestão de Mudança Organizacional no Brasil (2013), mundopm.com.br.
A estratégia de mudança tem opções de serem aplicadas como:
Mudança impositiva são aquelas adequações ou eliminação, não há
negociação nem gestão planejada.
Mudanças negociadas ou participativas são aquelas onde há uma
preocupação que todos entendam o objetivo daquela tomada de decisão e
todos participem e se comprometam na transição.
A forma como as mudanças são coordenadas irão influenciar no seu
crescimento, na produtividade, na cultura e no mercado, formando assim a
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percepção de todos referentes a organização, tanto no ambiente interno quanto
externo.
Segundo Gonçalves e Campos toda mudança traz desconforto as
pessoas envolvidas, quem não participa do processo não evolui, fica
ultrapassado e pode influenciar e promover a descontinuidade de um negócio.
A mudança é irrevogável para o desenvolvimento da empresa.
Existe no processo personalidades chave para mudança que são
classificados como stakeholders, eles influenciaram de forma direta ou indireta.
É fundamental reconhecer e categorizar esta personalidade é de sumo
importância para o avanço e aplicação de uma Gestão de Mudança. Dentro
deste contexto eles poderão se tornar agentes da mudança ou antagonistas
dela.
O intuito da Gestão de mudança é planejar, organizar, medir e
acompanhar as ações que afetarão o fator humano, aumentando as
possibilidades de resultados esperados e ultrapassar as expectativas. A
mudança entre fases irá ocasionar uma diminuição na produtividade e
readequação, é imprescindível essa etapa. Poderá demorar ou não conforme a
sua condução e isso determinará o sucesso do projeto.
Medir um projeto por parâmetros técnicos é um erro clássico ainda cometido por muitas empresas. Mensurar os resultados do projeto logo após o seu encerramento é outra questão que deve ser repensada, pois nada garante que a mudança será sustentável e se consolidará integralmente na cultura organizacional com o passar do tempo. (GONÇALVES e CAMPOS, 2013, p.29).
Um projeto pode terminar dentro do prazo, custos, qualidade escopo
esperado, porém o que determinará se ele foi bem-sucedido é se o mesmo terá
capacidade de se firmar ao longo do tempo.
Espera-se que que os resultados não sejam apenas projetos, mas
uma mudança organizacional que ocorra na empresa. Não medir os resultados
apenas por parâmetros técnicos e sim pela consolidação integral na cultura da
instituição.
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(...) Gestão de Mudanças está focada no fator humano na gestão de projetos de uma forma holística. Consideramos não só as questões coletivas, mas também os aspectos individuais, pois cada pessoa é única e insubstituível. (GONÇALVES e CAMPOS, 2013, p.27).
A gestão de projetos vem evoluindo muito no cenário atual mas sozinha não assegura o cumprimento das metas estabelecidas sem que haja a inclusão das ações de Gestão de Mudanças. A cultura de Gestão de Mudanças só se consolida quando aplicada a todos os níveis e aceita, fazendo com que seja praticada realmente no dia a dia da organização.
2.3 Gerir pessoas em projetos.
Gerenciar recursos humanos não é uma tarefa fácil pois o intuito é
todas as competências sejam usadas de forma eficiente para todos os
colaboradores envolvidos no processo.
Para termos uma equipe adequada e preparada para atuar em
projetos, ocorrerá antes o planejamento, qual perfil necessário para
desempenhar um bom trabalho e assumir o compromisso de se dedicar ao
sucesso de todas as áreas envolvidas.
Adotar uma estrutura organizacional pertinente na qual propicie um
ambiente de convívio com menor probabilidade de conflitos ajudará no
andamento do projeto. Segundo Baumotte são elas:
• Estrutura funcional ou tradicional – gerentes funcionais têm
autoridade formal sobre a maioria dos recursos. Apropriado para
uma área ou departamento funcional.
• Estrutura Matricial – maior parte dos projetos é composta por
equipes multidisciplinares e interfuncionais constituídos de
habilidades e especialidades diferentes. São estruturados em forma
de matriz, os gerentes de projetos poderão ser de médio ou alto
poder na tomada de decisão dos recursos do projeto. E são
classificadas como fraca, balanceada e forte.
• Estrutura Projetizada – Gerente de projetos tem nível alto de
autoridade para gerenciar e controlar recursos do projeto. Estrutura
mais estável e organizada para produzir serviço ou produto.
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Fonte: PMSURVEY.ORG: (Relatório Geral 2014)
Os profissionais que serão utilizados no projeto poderão ser
recrutados de fontes internas ou externas conforme a identificação das
necessidade e características determinadas para o processo.
Gerenciar o desempenho de cada profissional envolvido irá
determinar necessidade de capacitação, avaliar estratégias aplicadas,
tendências e possibilidades de aperfeiçoamento do profissional e do projeto. O
plano de gestão de pessoas identifica a estratégia e os processos de
desenvolvimento. A remuneração também é um processo que valoriza o capital
humano e ajuda a reter talentos. Premiar informal ou formalmente de acordo
com o desempenho é reconhecer que o colaborador foi bem no desafio
proposto e por isso está sendo recompensado. Dar feedbacks da avaliação e
acompanhamento feito ao profissional e interagir.
Para que o processo caminha conforme o planejado temos que
treinar e desenvolver os indivíduos envolvidos após mapear as necessidades e
competências para que tenham tanto habilidades técnicas como interpessoais,
estes treinamentos também podem ocorrer de acordo com conversas,
observações e avaliações entalecidas entre as partes que fazem parte do
projeto, sem ser agendado.
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Formar uma equipe para projetos não requer somente dar tarefas
para serem cumpridas e sim a construção de colaboradores que ajudarão a
criar uma visão, missão, expectativas e normas sustentáveis para o
desenvolvimento de toda a organização. Existem tipos de equipes como de
trabalho, melhoria, integração entre outras que serão utilizadas conforme a
necessidade.
A área de Recursos Humanos responsabilizou-se pela importância
de implantar estratégias e tornar esse setor vital para empresa e começou a
desempenhar o papel de incentivador e simplificador dos critérios de
aprendizagem e mudança organizacional. Implantado a gestão por
competência para servir como base para identificar novos talentos, plano de
sucessão recrutamento interno por competência, entre outros.
Fazer pesquisa de clima organizacional para detectar o nível de
satisfação do funcionário com o ambiente de trabalho são observados pelos
aspectos de clareza, responsabilidade, reconhecimento e trabalho em equipe.
Em projetos ocorrem fases para o desenvolvimento de equipes. São
elas segundo BAUMOTTE (2013):
• Formação
• Confusão / conflito
• Normatização
• Desempenho
• Desintegração
Após passar por estas etapas a equipe, é crucial precisar uma
estratégia determinando, em qual etapa de desenvolvimento se encontra esse
grupo. A consequência de acompanhar estas fases irá colaborar para o bom
andamento do projeto.
O acompanhamento de cada indivíduo, quanto as suas aptidões,
conhecimento e relacionamento com pessoas apontam qual o seu papel dentro
da organização, e como esta pode complementar e auxiliar na sua
aprendizagem e desenvolvimento de suas competências.
Aprendizagem é algo que deve ser constante para o
desenvolvimento do capital humano. Será responsável também pela
Autogestão de sua carreira e desenvolvimento dentro da instituição. É
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fundamental que o profissional não se acomode com que lhe é oferecido e
busque novos formas e práticas exercer sua função.
A autogestão de carreira é um percurso em frequente produção na
qual o colaborador tem sua responsabilidade de encabeçar sua própria
trajetória.
Organizações modernas têm a expectativa de que a responsabilidade de desenvolvimento e gestão de carreiras seja compartilhada pela empresa e pelo funcionário, que deve ter uma postura proativa em relação ao seu futuro. ( BAUMOTTE, 2013, p.60).
O gerente de projetos deve assegurar que a equipe tenha as
habilidades e conhecimentos técnicos específicos e que o escopo final seja
atingido. Por isso se torna imprescindível aproximar, preservar, estimular a
motivação e fortalecer os funcionários pelas suas competências.
As organizações atualmente compõem as estratégias empresariais
com as políticas de gerenciamento de pessoas e isso as encaminhou a
utilização do conceito de competências, implantados para que se tornem mais
competitivas. Ter uma liderança participativa desenvolve os profissionais e os
motiva dentro da empresa, aumentando os níveis de produtividade e
satisfação, a curto, médio e longo prazo. O ambiente de trabalho também irá
influenciar na integração, convivência e produção dos funcionários.
O responsável pelo projeto pode utilizar indicadores específicos para
a área de Recursos Humanos para comparar e analisar resultados. São eles:
índice de absenteísmo, índice de treinamento, índice de turnover e índice de
satisfação do cliente e colaboradores.
Um dos estímulos a se ter um gerenciamento de pessoas e gerir
conflitos ainda que inevitável dentro de um projeto, tem que ter a condução
adequada para que não tenham consequências negativas e devastadoras.
Requer uma habilidade para identificar a real causa e assim tratá-la. Existem
técnicas e ou métodos para lidar com essa questão. Conforme VERNA
(1996:120) adaptado por BAUMOTTE (2013, p.92) existem seis técnicas:
• Retirar/evitar – Retirar-se de uma real ou potencial situação de
conflito.Não reolve o problema.
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• Panos/quentes – Enfatizar as áreas de concordância em
detrimentos diferentes.Fornece apenas uma resolução de curto
prazo.
• Imposição – Forçar seu ponto de vista independentemente dos
outros. Oferece soluções do tipo ganha ou perde. Sentimento de
vingança podem voltar de outras maneiras.
• Colaboração – Incorporar os vários pontos de vista e visões das
diferentes perspectivas. Fornece uma resolução a longo prazo.
• Confronto/Soluções de problemas – Trata conflito como um
problema ser resolvido, examinando-se todas as alternativas
possíveis. Fornece uma solução a longo prazo.
• Negociação – Encontrar soluções que tragam algum grau de
satisfação para todas as partes. Fornece uma solução a longo prazo.
Motivar equipes não é uma tarefa fácil pois lidamos com fatores
comportamentais, sociais, biológicos, cognitivos, afetivos, conexão e espiritual
que durante muito tempo foram identificados de forma inadequada pelas
empresas.
Todo ser humano pode é motivado. Não devemos confundir estímulo com motivação: no primeiro caso, não há envolvimento do eu interior. No incentivo, o indivíduo age levado por pressões externas: ganhar comissões, obter certas vantagens ou evitar punições. Na motivação ao contrário, o eu interior está envolvido e a pessoa impelida por uma força interna, porque gosta e quer. (BAUMOTTE, 2013, p.94).
Existem teorias que podem auxiliam na explicação do que motiva
uma pessoa, porém não tiram a responsabilidade da instituição de diagnosticar
e zelar por uma gestão que motive seus colaboradores.
Conforme BAUMOTTE, existem seis especialistas com suas teorias
que ajudam a explicar o que motiva o ser humano:
• Doutor Abraham H. Maslow é especialista em comportamento
humano e motivação e criou uma pirâmide com níveis hierárquicos
das necessidades humanas que ajudava identificar a potencialização
e direcionamento da conduta de cada indivíduo. A pirâmide é
26
dividida em cinco fases fisiológica, segurança, social, estima e
autorrealização.
• Clayton P. Alderfer desenvolveu algo equivalente a Maslow
intitulada teoria da existência, relacionamentos e crescimento. Ele
dividiu em três etapas as necessidades e essa teoria reconhece que
o ser humano tem várias necessidades a satisfazer
simultaneamente.
• Frederick Herzberg fez diversos estudo para definir quais fatores
do ambiente de trabalho do colaborador causavam satisfação ou
insatisfação. E observou que os fatores que causavam a satisfação,
motivação no trabalho, não eram os mesmos da insatisfação.
Exemplificou em dois fatores higiênico e motivacional. Os higiênicos
são externos ao trabalho e interferem na satisfação e motivacional
que é ligado ao reconhecimento, autorrealização que influenciam o
desempenho. Fatores Higiênicos são política da empresa,
supervisão, relacionamento com o gerente, condições de trabalho,
salario e pares e fatores motivacionais são conquistas pessoais,
reconhecimento, o próprio trabalho realizado, responsabilidade,
promoção e crescimento.
• David Mcclelland por ser psicólogo tem uma teoria de outra
concepção. Focou nas necessidades pessoais dividida em dois
aspectos indivíduos motivados para evitar falhas ou alcançar
sucesso. E dividiu em três categorias os fatores motivacionais
necessidade de conquistas pessoais, necessidade de poder e
necessidade de conexão.
• Douglas McGregor criou a teoria Y onde a base é a integração
pois é a mesma que garante o valor da autoridade. Conforme
esta teoria o ser humano gosta de obter responsabilidades e estão
preocupados com seu aprendizado.
27
• Vistor Vroom ele criou a teoria da expectativa a partir da
compreensão dos processos internos e cognitivos que os indivíduos
utilizam para satisfazer suas necessidades. Depende de três
elementos: do valor que ela atribui ao resultado advindo de cada
alternativa, instrumentalidade ou da percepção que o resultado está
ligado a compreensão e da expectativa que ela tem de poder obter
cada resultado.
• Burrhus Frederic Skinner criou a teoria na qual leva seu
sobrenome, teoria de Skinner destaca que o padrão no qual se
afirma que um comportamento desejável será repetido se for
recompensado e um comportamento indesejado pode ser
desencorajado por punição. Aplica três técnicas básicas: reforço
positivo, reforço negativo, punição e extinção.
Todos elementos quando aplicados adequadamente no processo de
gestão de equipes terão o resultado esperado e poderão ultrapassar
expectativas mas tem que acompanhar as relações interpessoais que
influenciam todas as partes interessadas, lidar com Gestão de conflitos e
motivar todos os individuos entre outros aspectos necessários para obter êxito
em um gerenciamento de equipe.
28
CAPÍTULO III
Possíveis práticas adotadas em Gestão de projetos que
ajudam no processo de integração da equipe.
Existem vários métodos, práticas, ferramentas, adotados em gestão
de projetos para obter resultado com sua equipe e assim sucesso na
implantação do mesmo. Pois como já citado nos capítulos anteriores as
pessoas envolvidas neste processo têm que perceber a sua importância para o
seu desenvolvimento profissional e para o desenvolvimento da organização.
3.1. Human Change Management Body of Knowledge (HCMBK)
HCMBK é um conjunto de práticas, metodologia e ferramentas concebido com base em diferentes disciplinas como Gestão de projetos, Antropologia, Psicologia, Tanatologia, Gestão de Pessoas e Liderança, que pode ser conectado a qualquer metodologia de gestão de projetos. (GONÇALVES e CAMPOS, 2013, p.31 ).
HCMBK é um guia a ser aplicado para implantação do projeto. Não é
necessário seguir à risca assim como qualquer metodologia a ser aplicada,
adequar a cada projeto. A finalidade é ser um guia rápido, flexível para apoiar a
elaboração e orientação da Gestão de Mudanças.
Conforme GONÇALVES e CAMPOS existem seis etapas para
aplicar o HCMBK na organização:
A etapa de Iniciação e Planejamento resultado na avaliação e estudo
dos fatores que irão influenciar a performance da equipe. A Gestão de
Mudança deve instigar pontualmente a estratégia desta etapa. A definição do
objetivo do projeto deve levar em consideração os stakeholders e as
alternativas de motivação. Estruturar, reconhecer, envolver e dialogar com o
patrocinador sobre pontos importantes do projeto como colaboradores
envolvidos e áreas impactadas. Esquematizar os objetivos, esclarecer
propósitos, negociar metas e definir identidade. Relacionar os stakeholders e
identificar. Avaliar toda estrutura organizacional os riscos de mudança e
desenhar plano de gestão. Definir a responsabilidade de cada um dentro
29
projeto através da Matriz RACI, esta irá associar grupos com a mesma
inclinação e com os mesmos papéis, definir macroatividades do projeto e
definir as responsabilidades dos stakeholders. Adaptar o ambiente físico ao
projeto, direcionar a equipe onde será alocada e desenvolvê-la. Capacitar a
equipe para o bom andamento do projeto.
Enfrentar as perdas é um desafio nesta etapa do projeto pois estará
relacionado as mudanças e isso pode impactar significativa na gestão de
pessoas e na percepção de todos os envolvidos terão do projeto. Ter a
confiança da equipe será decisivo para o resultado e o papel dos líderes na
instituição. A Gestão de mudanças tem que estar integrada com a Gestão de
projetos, implantando um plano de ação para Gestão de Mudanças. E por
último nesta etapa traçar o Kick-off do projeto, é um evento, reunião com os
envolvidos, onde será apresentado todos que participam do projeto e
representação no mesmo. Momento de unir a equipe, definir, explicar todas as
etapas que começarão a serem implantadas no projeto.
A etapa de Aquisição novos papéis entrarão em cena que serão os
fornecedores. Eles têm um papel diferente dentro do projeto, o objetivo
principal é o lucro, uma nova forma de cultura relacionando-se com a existente
pode causar gestão de pessoas com mais complexidade. Contudo dispor de
atividades para integrar e harmonizar essas culturas organizacionais facilitará
essa transição. Será necessário a verificação da aplicação de treinamentos
para esse público. Apontar as alternativas à gestão do conhecimento. Verificar
estratégias, motivadores, contribuições da equipe, acompanhar a evolução da
base de conhecimento e identificar gestor departamental do conhecimento.
Estruturar as formas de liderança dos fornecedores, identificando o seu papel
dentro da Matriz RACI, traçar a integração dos fornecedores a cultura
organizacional da empresa, analisar os riscos do choque cultural para que não
ocorram desgastes desnecessários.
A etapa de Execução é onde todo a equipe estará voltada para o
projeto. Ter afinco na comunicação e cautela quanto ao clima. Identificar e
solucionar problemas de forma ágil para não prejudicar etapas futuras. Nesta
etapa ter um Kick-off será contagiante e essencial e utilizar depois em painéis
os produtos gerados, avaliar este evento e adicionar atividades que
30
complementem este encontro. Analisar os impactos organizacionais para
identificar se será necessário mudanças, adequações, revisões ou fusão de
algum processo. Garantir o conhecimento, definir quem irá multiplicar e fazer a
manutenção, capacitar mais indivíduos para reproduzir a informação e treinar e
avaliar equipe do projeto. Envolver o gestor responsável para preservar de
forma continua o conhecimento sobre o propósito do projeto, Corroborar
comunicação sobre a importância da gestão do conhecimento para favorecer a
mudança. Renovar processos como plano de capacitação continuada, perfil de
cargos e salários e demais procedimentos ligados a gestão de pessoas.
Informar a equipe qual será seu destino após o projeto evitando assim o
estresse e a mudança no ambiente de forma negativa. Estudar a
desmobilização gradativa da equipe, reconhecendo pessoas essencias para o
para manter o projeto, os influenciadores positivos para que contagiem em
suas áreas. Desmobilização de todos os envolvidos no processo,
colaboradores, fornecedores, entre outros e comunicar à equipe.
A etapa de Implantação é neste momento que identificamos que não
há perfeição em um projeto. Os problemas começam a aparecer, pressões, os
conflitos, se a equipe permanece unida e se todos os que tem o poder de
influenciar foram atingidos pela mudança de forma positiva. Verificar o nível de
precisão e segurança dos usuários para implantação, trabalhando para que
eles acreditem no projeto. Envolver os líderes na implantação para contornar e
lidar com situações. Prepara reuniões para informar sobre as decisões da
implantação e comunicar o que foi decidido a equipe, a instituição e aos
stakeholders.
A etapa de Encerramento resulta em expectativas que são geradas
durante o processo para os colaboradores, stakeholders em relação ao seu
desenvolvimento de carreira. Sendo devida e recebida dará uma visão ao
projeto positiva, pois aproveita seus talentos, mas quando não correspondem
as expectativas geram desconforto e impactam no ambiente de mudança e no
desempenho afetando seriamente a cultura da empresa. E antes de encerrar
cumprir todas as etapas do processo acordadas e planejadas para não gerar
decepção da equipe. Após planejar chega a hora da desmobilização da equipe
de projetos, solicitar que cada um deixe uma mensagem da sua participação.
31
Distinguir o desempenho da equipe e individual. Verificar as lições aprendidas
e montar um mapa delas. Certificar-se da continuação do conhecimento.
Proporcionar a manutenção a preparação da equipe de manutenção fase pós-
projeto. Acompanhar e garantir a realocação das pessoas do projeto e
comemorar o êxito e os propósitos atingidos.
A etapa de Produção (pós-implantação) é que deve dar continuidade
ao que foi implantado consolidando os resultados obtidos na implantação.
Certificar-se que a mudança permanecerá, traçando e acompanhando a
comunicação, construir um espirito de equipe e realizar dinâmicas de esforço,
incentivar o processo participativo de decisão, conduzir clima, motivação,
estresse e comportamentos e instigar a criatividade.
3.2. Modelo de Maturidade para Equipes de Projetos – Modelo
MEP
Padrão que procura possibilitar, ampliar o desenvolvimento das
equipes de projeto criando uma concepção de expansão dos resultados para
os projetos e empresas.
As empresas estão cada vez mais preocupadas com seus
resultados e fazem investimentos para obter aumento na produtividade,
melhora no desempenho quanto ao mercado, ser mais competitiva e obter
melhores resultados com seu capital humano.
Descobertas e métodos apontam o Coaching como uma técnica
extremamente forte para alavancar mudanças positivas de relevância para os
funcionários e a organização.
Coaching é uma palavra inglesa que foi usada a primeira vez na
Hungria para nomear carruagem de quatro rodas. Essas carruagens foram
desejadas, apreciadas pelo seu conforto e as primeiras a serem produzidas por
suspensão feita de molas de aço. Ao intitular a carruagem como kocs, um dos
motivos eram os nativos da cidade que eram chamados de kocsi e por causa
da pronuncia de um termo os ingleses compreendiam como coach. Tempos
depois a representação tornou-se coach por causa da carruagem que conduzia
as pessoas a vários lugares, e foi dado o nome de coach ao tutor que conduzia
as pessoas aos diversos caminhos no conhecimento.
32
Essa técnica conduz para que as pessoas sejam criativas,
produtivas, favorece o ambiente de trabalho, fomenta o compromisso das
equipes contribuindo para manter talentos dentro das organizações. É aplicada
quando identificado que o gerente de projetos ou a equipe precisar aumenta e
ou melhorar sua performance.
Nesta metodologia são consideradas cinco fases para pesquisa que
são: Estruturação Institucional e metodológica da investigação, Planejamento
da aplicação da Prática Koach ao caso eleito, Implementação da Prática Koach
ao caso eleito, Avaliação dos Resultados da Prática Koach ao caso eleito e
Desenvolvimento do Modelo Teórico – Modelo MEP.
O Modelo MEP tem a finalidade de analisar sazonamento de
indivíduos ou grupo elaboram serviços, produtos ou efeito em determinado
período para organizações formais ou informais. Os motivos que levam a está
prática são realizar melhor o caminho para gestão de projetos por intermédio
do desenvolvimento dos envolvidos no mesmo, operar como padrão funcional,
certificar-se de seu potencial ao tratar autodesenvolvimento, aplicar e realizar
as mudanças mais pertinentes e traçar o caminho para formação interna
solidificada que com o tempo se torna constante se adaptando a possíveis
mudanças de acordo com realidade. São oito as perspectivas deste modelo
divididas em estruturais e competências.
• Estruturais – Identidade e Visão de propósito, Exercício de
Liderança, Forma de trabalho e Produtividade e Resultados.
• Competências – Individual, Negócio, Técnica e Colaborativa.
Classificados em grupo disperso, grupo coeso, equipe coordenada,
equipe colaborativa e equipe de trabalhadores do conhecimento.
Constatamos que o vasto apoio na aplicação do Modelo MEP
proporciona ao Gerente de projetos utilizá-lo como uma prática para
desenvolver e gerir sua equipe, empregando um plano estratégico que envolva
equipe e as mudanças que irão ocorrer. Proporciona que a equipe compartilhe
o conhecimento adquirido como a visão, identidade, valores, objetivos e metas
que guiam a equipe, estímulos capacidade e pontos de atenção coletivo e
individual e consequências atuais e futuras.
33
A junção de tecnologias diferenciadas que se integram a gestão de
mudanças dá suporte e colabora para a composição de uma consciência global
assim como conscientização da cultura organizacional e o autoaprendizado.
A equipe é construída durante todo processo facilitando assim o
processo e tendo uma gestão diferenciada, e traçando um trajeto a alta
performance.
3.3. Cultura Organizacional segundo Charles Handy
A cultura organizacional é considerada um dos fatores predominantes no
resultado de um projeto pois impacta na comunicação e isso gera ruídos que
irão impelir, danificar a imagem e resultado dos mesmos dentro da empresa.
Detectar a cultura organizacional que esteja mais ajustado a um método de
gerenciamento de projetos concede o prosseguimento no desenvolvimento dos
trabalhos inseridos nos mesmos dentro da organização.
Segundo Handy(HANDY,SILVA,2003) vinculou as personalidades a
deuses gregos: Zeus, Apollo, Atena e Dionísio que evidenciam os pilares da
sabedoria e tem como fundamentar reproduzir na cultura organizacional.
Zeus – cultura do poder ou do clube, representado por teia de aranha
que denomina poder centralizador. Sofre de instabilidade na tomada de
decisões e preferência por equipes.
Apollo – Descreve um templo grego onde centraliza na base operacional
sua diretriz. É uma cultura ultrapassada que se firma no operacional. Nesta
cultura é determinante a implantação da comunicação, porque um ruído pode
desmoronar o templo.
Atena – Equivale a tarefa, a uma rede de pesca na qual estão em seus
intervalos as ligações entre departamentos. É uma cultura empreendedora pois
há comunicação, estratégia e competição. Acompanhar os envolvidos para que
não desenvolvam a vaidade e prejudique o coletivo.
34
Dionísio – Denota uma estrela excepcionalmente brilhante diante de
uma constelação. Define o indivíduo que leva valor a empresa e não o
contrário. A empresa brilha enquanto o indivíduo brilhar, se for embora tem que
repor com urgência.
O gerenciamento de projetos no Brasil utiliza-se de vários métodos,
diagnósticos utilizados pelas organizações. Dados de pesquisas do PM-Survey
Brasil (2013) demonstram que o método mais aplicado é o SCRUM é uma
pratica rápida de gestão de projetos de software, dividida em ciclos.O
FEL(Front End Loading)é um método aplicado para altos investimentos que
garantam o retorno, atingimento de metas e continuidade do processo. PMBOK
é o método que desenha os processos detalhadamente das áreas de
conhecimento e práticas em gerenciamento de projetos, com entradas,
ferramentas a serem utilizadas de cada área de conhecimento.MPS.BR
(Melhoria de processos de Software Brasileiro)com oobjetivo de ajustar mas
está alinhado com CCMI (Copability Maturity Model Integration) esse modelo
descreve práticas necessárias para adaptação e o amadurecimento dos
processos.PRINCE2 é um método para ambiente de projetos controlados pois
é fácil, adaptável e escalável a qualquer gestão ou projeto. Em alguns
momentos há possibilidade de interação entre eles.
Todos esses processos descritos são utilizados junto a cultura
organizacional segundo Handy. Eles mostrarão os dados necessários para
tomada de decisões assertivas quanto as práticas do cotidiano e da
organização obtendo um resultado mais eficiente, observando desvio e
comportamentos distintos.
35
CAPÍTULO IV
Evento de grande porte Rock in Rio
4.1 A evolução do evento
Nos dias de hoje um grande evento de entretenimento que se tornou
referência na área e destacou sua marca e qualidade de serviços prestados é o
Rock in Rio. Após trinta anos da primeira edição no Brasil aprendeu com seus
erros e acertos durante este período. No primeiro evento em 1985 ocorreram
problemas com o governo estadual, orçamento, local, patrocinadores, falta de
referências tanto nacionais como internacionais em grandes eventos para que
ocorre- se êxito em todos os processos. Identificou-se na década de 80 um
cenário brasileiro que favorecia Megaeventos Musicais, num espaço ao ar livre
indicando sua grandiosidade, e um quadro de bandas e cantores nacionais e
internacionais nunca visto antes no Brasil.
Logo depois nas outras edições a experiência lhe traria o
conhecimento necessário para melhorar a cada edição. Ainda que seu nome
leve uma parte do nome da cidade onde tudo começou, a marca Rock in Rio
tornou-se um festival internacional. No ano de 2004 fez sua estreia na Europa
em Lisboa, em 2008 chegou na Espanha em Madri e 2015 foi o primeiro evento
nos EUA na cidade de Las Vegas. Já com negociações para que aconteça na
Argentina, mas por enquanto por causas econômicas as negociações estão
paradas e no Oriente Médio só que com algumas diferenças que ainda estão
sendo acordadas.
O empresário e idealizador do evento Roberto Medina quase abrindo
mão de sua ideia de criar o evento, pediu ajuda ao assessor de Frank Sinatra
para que o ajudasse a apresentar o projeto do festival, somente após dois
meses de tentativas para contratar os astros do rock internacional onde todos
recusaram. Mas umas das principais características do empresário era
obstinação. Pois estava em um caminho desconhecido, onde não sabia o que
lhe aguardava. Reuniu uma equipe que ajudaria a montar o elenco de artistas
que se apresentariam, planejou a logística e estrutura do evento para receber
os artistas e o público, os patrocinadores que iriam utilizar os espaços para
36
venda de seus produtos e fez a gestão de todo o processo. Assim começou a
história do Rock in Rio em 1985. Foi a maior perda financeira de sua carreira, o
que os jornais da época se contradiziam publicando caricaturas que
demonstravam que o empresário estava nadando em dinheiro. Após três
meses voltou a trabalhar com propaganda. Em 1991 decide montar a segunda
edição do evento após um momento difícil em sua vida com o sequestro e
violência, e a proposta de patrocinador para reproduzir o evento. O local onde
ocorreu a primeira edição tinha sido demolido e assim a solução na época era
fazer esta edição no Maracanã. As duas primeiras edições não foram tão bem
mas a segunda deu o pontapé que faltava para colocar novamente o festival no
mercado. Surgiram depois as edições Rock in Rio III – por um Mundo Melhor
que se destacou pelo marketing social, investindo em projetos sociais. As
próximas edições determinariam a existência da marca e seu sucesso.
Roberto Medina ganhou experiência, destaque nacional e
internacional, provou ter capacidade para atuar em grandes eventos com
excelência, capacidade de trabalhar com uma equipe de sete mil pessoas e
que foram crescendo com o passar das edições e suas reformulações. Sua
filha Roberta Medina está à frente dos negócios desde 2001, a empresária e
produtora auxilia o pai na gestão do projeto.
A plataforma de comunicação do evento começa a atuar um ano
antes do mesmo, para garantir a interação e integração com o público, e atingir
suas metas dentro do projeto.
O Rock in Rio tem uma parceria/apoio com a Universidade Estácio
de Sá, para que os universitários passem por treinamento, sejam capacitados
para atuar no evento. Voltada para ações sociais, é disponibilizado
oportunidade para 600 alunos. Há também um trabalho produzido, criado
editado por alunos e profissionais da universidade que é a TV Rock in Rio.
Multiplicando o conhecimento para jovens que daqui a alguns anos estarão
atuando no mercado, já com um diferencial competitivo. Ter participado de um
grande evento reconhecido por sua atuação no mercado nacional e
internacional.
37
Ocorre reuniões com os patrocinadores e apoiadores para
esclarecer dúvidas, junto com Órgão públicos para que todos entendam os
processos que serão executados.
“Entre os questionamentos dos expositores, estava a necessidade
de ter arquiteto e urbanista para projetos de cenografia. A Gerente Técnica,
Maria Carolina Mamede, explicou sobre a necessidade de supervisão de um
profissional por se tratar de grandes estruturas e envolver instalações. Apesar
do caráter temporário, os espaços montados para festivais, frequentemente,
envolvem estruturas complexas e, assim como qualquer outro projeto
arquitetônico, devem obedecer aos critérios de segurança, conforto,
acessibilidade e responsabilidade técnica. ” Conselho de Arquitetura e
Urbanismo do Rio de Janeiro. 18/07/2015.
Nos últimos tempos o empresário está investindo tendência social
com a Academia Rock in Rio projeto para empreendedores interesse no mundo
do entretenimento. Desenvolvido em parceria com a educação executiva HSM
que tem experiência no mercado quanto a capacitação deste segmento. Onde
são abordados temas como gestão de talentos, gestão de parcerias, gestão de
processos estruturantes, gestão da plataforma de comunicação e a força da
marca.
São os resultados obtidos através dos anos que levaram a marca
Rock in Rio o colher vários frutos do projeto implantado, que seguiu as etapas
planejadas, soube adequar para ser sustentável e de sucesso.
O projeto seguiu adiante, reformulando todos os processos que são
implantados desde o planejamento até a execução do mesmo reforçando o
valor da marca no mercado e sua proposta de entretenimento. Fazendo a
gestão de equipes gigantescas e obtendo resultados muito bons.
Administrando vários estilos, valores e culturas diferentes dentro do projeto. Na
última edição foram aproximadamente 16.000 colaboradores.
Apesar da última edição 2015 ter tido um problema com um parceiro,
que pessoas foram caracterizadas como exercendo trabalho escravo pelos
38
auditores do Ministério do Trabalho, cerca de aproximadamente 17 pessoas.
Não sucedeu outro episódio desde tipo na imprensa, e o evento se posicionou
a disposição da justiça para qualquer esclarecimento, pois a empresa é
terceirizada e foi contrata para prestar o serviço.
O Rock in Rio foi um problema que se tornou um desafio e gerou
oportunidade. Alcançando após sua maturidade resultados expressivos em
grande escala em um tempo onde a informação e a tecnologia agem de forma
extremamente veloz, se reinventou por diversas vezes para nascer o maior
festival de música e entretenimento do mundo.
4.2 Academia de Educação Executiva Rock in Rio
O projeto entra em um nível de planejamento, organização e execução e
fundador da marca Roberta Medina coloca em prática pela primeira vez o Rock
in Rio Academy by HSM um curso voltado para o case do evento, focado na
estratégia, criatividade e liderança. Ensinando como transformar em modelo de
negócios em sucesso e passar por grandes desafios. Como o evento chega a
excelência no serviço que oferece ao público como um grande evento de
marketing e entretenimento. Voltado para empreendedores que queiram atuar
neste ramo do entretenimento. Um programa de desenvolvimento executivo no
qual você faz um mergulho nos conceitos e realização do evento com aqueles
que o fazem na prática.
Em parceria com a HSM Educação Executiva tendo como exemplo
Disney Dreamers Academy e Academia de Stanford nasceu Rock in Rio
Academy, que tem como meta desenvolver executivos, empreendedores na
visão criativa e global, porém dando como referência um case brasileiro.
Seguindo o modelo de criatividade de inovação tanto de da Academia
Stanford cujo o foco é preparar o indivíduo para o mercado e como se
destacar. O modelo Disney prepara pessoas para atuar em parques do mundo
com a mesma qualidade, empenho e estratégia utilizado em todos os seus
parques com a sua experiência como exemplo. Preparam jovens para serem
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lideres inspiradores, a realizar seus sonhos, planos e metas e se destacarem
no mundo dos negócios.
O modelo de Academia Rock in Rio é feito uma oficina feita dentro da
cidade do Rock com os próprios idealizadores, gestores e aqueles que fazem o
evento acontecer. Com uma estrutura de conhecimento moderna e que revela
as melhoras práticas do entretenimento não só para o mercado brasileiro, mas
também internacional.
“ Ao longo dos anos, o Rock in Rio tem sido benchmark de excelência
em gestão, sendo nossos executivos frequentemente convidados a partilharem
suas experiências e processos com as mais diversas áreas de atuação no
mercado” Roberta Medina em entrevista para Associação Brasileira de
Recursos Humanos.
Roberta Medina entrou para área de educação executiva com o objetivo
de ajudar a gerar novas ideias e dar os recursos necessários, o caminho e
conhecimento pertinentes para que os participantes transformem estas ideias
em inspiração, estratégia e referência mundial assim como ocorreu com o Rock
in Rio.
Tanto HSM quanto os Medina acreditam que esta parceria ainda gerará
novos frutos pois acreditam que o projeto Rock in Rio tem fôlego para diversas
área do conhecimento para a educação executiva, podendo atuar também com
educação à distância, atendendo outra necessidade do mercado.
Conforme divulgado na página o Rock in Rio Academy by HSM
educação executiva o curso é dividido em três partes:
• Do sonho a estratégia – trata no começo do projeto Rock in
Rio: modelo de estratégia de negócio, plataforma de comunicação, a
experiência e o impacto dos grandes eventos na cidade.
• Excelência em execução – segmenta em três temas,
vendendo o sonho, construindo a cidade do Rock e gestão de
talentos.
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• Vivendo a experiência Rock in Rio – visita a cidade do
Rock e um encontro com idealizador Roberto Medina.
Segundo o CEO do Rock in Rio a ideia da Academy foi uma
consequência natural já que seus profissionais sempre recebiam convites para
compartilhar suas experiências e conhecimentos em gestão e excelência em
execução das mais variadas áreas.
São abordados os temas ligados a inovação, criatividade, inspiração,
liderança evidenciando as práticas utilizadas pela equipe que faz o projeto
Rock in Rio não só acontecer no Brasil mais em outros lugares do mundo.
Explicam o que ocorre nos bastidores, como lidar com cada situação que
ocorre na construção e durante o evento.
“É o primeiro curso para formação de executivos promovido por um
festival no Brasil. Mais um marco na história do festival que realiza 30 anos
neste ano, com direito a uma bem-sucedida edição em Las Vegas no primeiro
semestre de 2015. ” Luis Justo CEO do Rock in Rio,projetopulso.com.br,
24/08/2015.
O evento começa com coffee break para receber os participantes,
depois dá início ao conteúdo falando sobre a marca Rock in Rio, seu modelo
de negócios, a construção, seus valores, a estratégia adotada, a gestão dos
stakeholders e criação de valores. Exemplo de como aplicar esse
conhecimento. Fazer a gestão de talentos e parceiros, gestão de processos
estruturantes, gestão da plataforma de comunicação, como a marca ganhou
tanta força no mercado e como seguir o mesmo caminho, trocas de
experiências, visitar a cidade do Rock vendo o que foi dito na realidade e
encontrar com o empresário que fez esse projeto reconhecido mundialmente.
Organizado para 300 participantes, com duração de um dia para que os
mesmos aprendam na prática como é feito o evento e que entendam como
chegou ao sucesso.
41
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Investir no fator humano tornou-se decisivo para as empresas quanto a
gestão de projetos e seus resultados.
O que conseguimos destacar nesta pesquisa é que sem o planejamento
adequado aos colaboradores, aos patrocinadores, aos que participam e
influenciam o projeto ele pode até mesmo não acontecer. Ou ocorrer de forma
desestruturada gerando problemas para a organização e não solução que é a
proposta de um projeto.
Quando o projeto começa a ser organizado passa a fazer parte de toda
a organização, os profissionais deverão ser incluídos nessa nova fase de forma
tênue e continua para que dê as devidas contribuições ao processo. Fazendo
parte dos princípios, valores, mudanças imprescindíveis para o sucesso do
projeto. Não esquecendo de adotar métodos inovadores no mercado para
gestão de mudanças que acabam influenciando na gestão de equipe e
tornando as mais uniformes e responsáveis pelo resultado como citado nesta
pesquisa. A cultura organizacional será influenciada pois modifica o ambiente
no qual os colaboradores já estavam adaptados e terão que entender o novo
contexto que será aplicado.
A visão e postura do Gestor de Projetos também será decisiva para o
projeto, pois deve ter habilidades especificas como saber negociar, unir a
equipe e torná-la participativa e depois que terminar a implantação do projeto
direcionar cada pessoa ao lugar devido, continuando o processo de inclusão
dentro do projeto para que os mesmos influenciem e continuem aplicando
aquilo que aprenderam no projeto dentro da empresa.
Um caso de sucesso foi mencionado nesta pesquisa que é o evento de
grande porte brasileiro que se tornou referência mundial o Rock in Rio soube
aplicar todos os métodos de forma prática e eficaz voltado para o mercado do
entretenimento. Fazendo a gestão de pessoas em uma estrutura grandiosa,
envolvendo todos no processo e desenvolvendo, levando sua experiência
também para a educação executiva pois ao longo de trinta anos conseguiu
comprovar que tem conhecimento, força e habilidade para permanecer no
mercado mantendo o sucesso da marca tanto no Brasil quanto no mundo.
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Podemos sintetizar que o fator humano e as mudanças podem ser
conduzidos de forma integradas dentro da organização levando todos ao
desenvolvimento e resultados permanentes, no qual o projeto será inserido
com o direcionamento e métodos adequados a empresa e ao mercado
competitivo.
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BIBLIOGRAFIA
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I
O desafio de gerir pessoas com opiniões diferentes 10
1.1 – A função do Gerente de Projetos 10 1.2 – Capital humano e comportamento nas organizações 14 CAPÍTULO II Os processos que podem ocorrer nas empresas 17 2.1–Gestão estratégica de pessoas 17 2.2 – Gestão de Mudanças 19 2.3 – Gerir pessoas em projetos 21
CAPÍTULO III
Possíveis práticas adotadas em Gestão de projetos que ajudam a integrar a
equipe. 28
3.1 –Human Change Management Body of Knowledge (HCMBK) 28 3.2 – Modelo De Maturidade para Equipe de Projetos MEP 31 3.3 – Cultura Organizacional Segundo Charles Handy 33
CAPÍTULO IV
Evento de Grande Porte Rock in Rio 35 4.1 – A evolução do evento 35
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4.2 – Academia de Educação Executiva Rock in Rio 40
CONSIDERAÇÕES FINAIS 41
REFERÊNCIAS 44