DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · Fala sobre a alienação, a manipulação, a...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A ALIENAÇÃO COMO BASE PARA A MANIPULAÇÃO DE
MASSAS
Por: Cleber Sant´Ana Truta
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2015
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A MANIPULAÇÃO PELA ALIENAÇÃO NA GESTÃO DE
PESSOAS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em gestão empresarial
Por: Cleber Sant´Ana Truta.
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AGRADECIMENTOS
... À Ranuzya Cugnier pelas diversas
discussões enriquecedoras, Rodrigo
Sant´Ana, Fernando Alves, Nilson
Gomes, Dilcéa Sant´Ana e outros
amigos e parentes que contribuíram
para a diversidade de ideias...
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DEDICATÓRIA
...dedica-se à Gabriella Sant´Ana,
Ranuzya Gugnier e Rodrigo Sant´Ana...
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RESUMO
Um trecho de um texto de Regis Tadeu sintetiza muito bem a ideia
central desta monografia.
“(sic)... este é um texto de um sujeito velho, ranheta e cada vez mais
intolerante com o estado de coisas no Brasil, que ainda não se cansou de
tentar elevar a voz para condenar o emburrecimento coletivo que assola o
nosso País. Faço isso porque sei que uma Nação repleta de ignorantes é o
prato cheio para a desgraça. Foi assim que surgiu o nazismo e o tal Estado
Islâmico: repita uma mentira dez milhões de vezes para um ignorante e ela se
tornará uma verdade para ele...”.
Regis Tadeu
Fala sobre a alienação, a manipulação, a “lavagem cerebral” imposta às
pessoas por suas lideranças e seus possíveis resultados na gestão dessas
pessoas.
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METODOLOGIA
Os métodos utilizados para a produção desta monografia foram a leitura
de livros, jornais, sites da internet e revistas que expunham de forma direta ou
indireta sobre o assunto, pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, debates.
A maior contribuição veio de vários colegas de profissão, que trabalham
em instituições financeiras, através de nossos longos debates sobre o assunto
em questão e outros amigos que se interessam por formas alternativas à
educação tradicional, por novos modelos de educação.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Origem Militar 10
CAPÍTULO II - Terras Brasileiras 20
CAPÍTULO III – O Mercado Financeiro e Outros Grupos 29
CONCLUSÃO 34
REFERÊNCIAS 36
8
INTRODUÇÃO
Em vários momentos da história da humanidade vimos momentos em
que o povo foi manipulado para fazer a vontade de uma pessoa ou de um
grupo de pessoas, a alienação de um povo é terreno fértil para essa
manipulação.
A palavra alienação tem vários significados, o que mais se adequa a
este trabalho é, segundo Wikipédia: Alienação é quando uma pessoa age sem
saber das coisas, é quando uma pessoa vive e faz sua parte, mas não se
importa ou não sabe o que acontece a seu redor, qual o objetivo de suas
ações.
Segundo Marx, quando uma pessoa trabalha em uma linha de
produção ela faz apenas a sua parte do trabalho e não sabe o que acontece,
depois disso ela se torna alienada. Este pensamento não se aplica somente às
pessoas na linha de produção de uma fábrica, se aplica a todos e a todo lugar.
Já a manipulação pode ser definida, entre outros, como influência
social, coerção, lavagem cerebral, etc.
Segundo a Wikipédia, a influência social é o ato de levar uma pessoa
ou um grupo de pessoas a fazer algo que, a princípio, desconheciam e/ou não
tinham em mente.
Tanto na psicologia, quanto na sociologia e antropologia, a influência
social é uma das bases que define nossos comportamentos dialeticamente, ou
seja, modelando nossos comportamentos e sendo modelada por nossas
respostas em retorno.
9
Já a coerção, segundo o Wikipédia, é o ato de induzir, pressionar ou
compelir alguém a fazer algo pela força, intimidação ou ameaça.
A mais óbvia forma de motivação de pessoas ou equipes é a coerção,
onde evitar a dor ou outras consequências negativas tem um efeito imediato
sobre suas vítimas.
Em gerenciamento de equipes, a coerção é considerada o pior tipo de
comportamento. Envolve convencer outros participantes a agir usando
ameaças ativas ou passivas. "Lembrar" um subordinado que executar uma
determinada tarefa de maneira específica vai refletir na avaliação de
desempenho é uma tática de coerção muito comum (Fonte Ensino Liberal –
Cynthia Rodrigues).
Por fim a lavagem cerebral é qualquer esforço constituído visando a
mudar certas atitudes e crenças de uma pessoa - crenças estas consideradas
indesejáveis ou em conflito com as crenças e conhecimentos das outras
pessoas - utilizando-se, para tal, de métodos agressivos, como cansaço,
substâncias químicas e persuasão, aplicados sobre pessoas que estão
privadas da livre determinação de sua vontade (como prisioneiros de guerra,
por exemplo). Por meio da lavagem cerebral, indivíduos passam a ter opiniões
que não teriam se estivessem em condições de plena liberdade. (definição
Wikipédia).
A partir destes critérios, dessas definições, iremos expor ao longo do
trabalho como estes fatores influenciam na forma de pensar e agir das
pessoas, como uma gestão pode utilizar-se desses artifícios para o bem
comum ou para interesses escusos.
1
CAPÍTULO I
A ORIGEM MILITAR
1.1 Alemanha
Apesar de não existir consenso sobre até que ponto é possível substituir
convicções e comportamentos, não faltam estudos sobre o processo de
lavagem cerebral. Pelo que se sabe o termo passou a ser usado no Ocidente
durante a Guerra da Coreia (1950-53), para descrever o comportamento de
soldados americanos que, após um período capturados, voltavam defendendo
os ideais comunistas dos inimigos China e Coreia do Norte. Aparentemente,
não era teatro. Os soldados tinham "virado a casaca", exibindo atitudes
incompatíveis com as de antes.
Muitos daqueles prisioneiros haviam sofrido torturas físicas que
tornaram sua mente vulnerável; com outros, o processo foi menos óbvio e mais
sutil, envolvendo a vítima sem que ela se desse conta.
Quando ouvimos a palavra Alemanha ou alemão, o que vem a cabeça?
Supremacia, optimização, 7x1, resultado, trabalho, eficiência, competência,
organização, resultado, planejamento, Shumacher, super homem e etc.
Mais numa pesquisa mais detalhada sobre o povo alemão podemos verificar
que eles surgiram por volta do século 10 AC quando tribos teutônicas
chegaram à atual Alemanha (Germânia), o nome germânico era o nome da
família do Calígula. Com o fim do Império Romano, em 476, são criados vários
1
reinos germânicos, consolidados pelo imperador franco Carlos Magno somente
entre 772 e 802, Magno os converteu ao cristianismo. Desse período até o fim
da idade média fizeram parte da “era das trevas” da Europa.
Em 1618, o alemão Lutero inicia “A Reforma Protestante” o que
fragmenta a politica do país. Então eles se envolveram em quatro grandes
guerras: as guerras napoleônicas onde perderam a guerra da Prússia onde
venceram, a primeira guerra mundial onde perderam, deveram bilhões e foram
lhe tiradas todas suas colônias e a segunda guerra mundial onde perderam.
Depois disso foram ocupados por URSS / EUA e o país foi dividido.
Em 1989 a Alemanha foi reunificada, porém hoje é de certa forma
ocupada pelos EUA e sua politica é ditada pelo FMI-BIRD , sua força militar é
feita pela OTAN, sua língua não esta entre as cinco maiores do mundo , sua
cultura e tradição são proibidas e taxadas de racismo e “antissemitismo”.
Contudo, os alemães viveram do século 10 AC até o fim da idade
média, por volta de 1500 DC (num total de 2500 anos) como bárbaros tribais.
Depois disso perderam 80% de suas guerras, tiveram o país dividido, e hoje
sua cultura é proibida dentro do seu próprio país.
Isso não é historia de um super povo , ao contrario é história de um
povo derrotado, controlado, os árabes por exemplo que hoje possuem 23
países , possuem uma das maiores riquezas do mundo e sua língua esta entre
as três maiores do planeta são muito mais bem sucedidos que os alemães,
porém achamos o árabe fracassado e o alemão um sucesso, de onde vem
isso?
1
1.2 Goebbels
Goebbels estudou com manipuladores judeus quando era jovem. Depois
estudou Filosofia, Literatura, História, Artes e Línguas Clássicas em oito
Universidades: Bona, Friburgo, Wurzburg, Colónia, Frankfurt, Munique e Berlim
e tirou uma licença em Heidelberg em 1921.
Nos anos 20 arrumou emprego no partido nazista, em 1926 virou chefe
de distrito do partido. Qualquer um que estuda sabe que o partido só chegou
ao poder graças à propaganda do Goebbels. Em 1933 é nomeado ministro da
propaganda da Alemanha, o cargo máximo que existia no país.
Foi com a propaganda do Goebbels, chamada depois de “propaganda
nazista” que um país do tamanho de um estado brasileiro, com apenas 60
milhões de habitantes, falido e destruído na primeira guerra, quase conseguiu
conquistar o mundo todo e terminar com o poder vigente na época (que vigora
ate hoje).
Segundo o Fórum Anti Nova Ordem Mundial, existiram grande
manipuladores na idade média, na primeira guerra, nos EUA, como: Lippmann,
Carl Jung, Edward Bernays, Harold Lasswell, e etc. que Goebbels fez foi elevar
o nível daquela manipulação a níveis jamais vistos, pois ele acreditava que a
informação era a chave de tudo.
Seu primeiro ato foi controlar TODOS OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO,
algo inédito na época, (hoje isso é comum), não havia um único gibi, filme ou
cartaz na Alemanha que não passasse pela analise do Goebbels.
Goebbels foi aos poucos assumindo a propaganda da manipulação das
massas, deixou manuais e frases:
1
"A essência da propaganda é ganhar as pessoas para uma ideia de forma tão
sincera, com tal vitalidade, que, no final, elas sucumbam a essa ideia
completamente, de modo a nunca mais escaparem dela. A propaganda quer
impregnar as pessoas com suas ideias É claro que a propaganda tem um
propósito. Contudo, este deve ser tão inteligente e virtuosamente escondido
que aqueles que venham a ser influenciados por tal propósito nem o
percebam."
“Toda a mentira é mais crível quanto maior for”
Quer dizer então que quando a versão oficial diz que um “terrorista”
esqueceu a carteira de identidade no carro (o que é algo não muito crível), isso
não é um furo da versão e sim algo proposital que serve para culpar um
laranja, é o que o Goebbels estava ensinando. A mentira deve ser absurda,
pois isso gera na pessoa a reação de que se fosse algo inventando seria mais
perfeito, a mentira é crível quanto maior e mais absurda ela for.
Depois da 2ª guerra todo mundo “copiou” o Goebbels, a ideia que temos
hoje do “ser loiro é ser bonito” com mulheres pintando o cabelo de loiro,
homens querendo ser loiros, a ordem mundial atual é loira, a mídia atual
“goebbliana” tudo vem dessa mesma propaganda, que foi em projeção de
épocas a maior de todos os tempos.
Com esta propaganda todo conceito por mais absurdo que seja pode
ser facilmente aceito pelas massas, inclusive como forma cultural. Goebbels se
baseava em alguns princípios, os quais foram extraídos de seus manuscritos:
(fonte fórum anti nova ordem mundial).
1
1. SIMPLIFICAÇÃO.
Adotar uma única ideia, um único símbolo, um único inimigo. Individualizar o
adversário em um único inimigo.
Ex: “islã, Rússia (na guerra fria), bruxas na idade média”.
2. MÉTODO DO CONTÁGIO.
Reunir diversos adversários em uma só categoria, em uma soma
individualizada.
Ex: “Todos os problemas do México não são oriundos de intervenções
americanas, corrupção ou incompetência e sim culpa do narcotráfico de
drogas.”
3. TRANSPOSIÇÃO.
Carregar sobre os adversários seus próprios erros e defeitos, respondendo
ataque com ataque (você o acusa daquilo que ele esta te acusando). Se não
podes negar as más notícias, invente outras que as distraiam.
Ex: Repare que sempre quando Israel ataca os palestinos, na mesma semana
surge uma bandeira falsa na mídia acusando algum árabe ou muçulmano, pra
tirar a atenção do ataque sionista e justificá-lo.
Ex2: Tachar de violento, extremista e violador de liberdade os militantes que
protestam contra as leis de restrição de liberdade civil impostas a força pelos
governos e serviços secretos.
4. EXAGERAR E DESFIGURAR.
Converter qualquer história, por menor que seja, em ameaça grave. Consiste
em aumentar qualquer coisa considerada negativa do rival, por mais
insignificante que seja.
Ex: “Deve-se se proibir o véu das muçulmanas, pois o islã tem um plano de
dominação global onde todos usarão véu”.
1
5. VULGARIZAÇÃO.
Toda propaganda deve ser popular, adaptando seu nível ao menos instruído
dos indivíduos aos quais se dirija. Quanto maior a massa a convencer, menor o
esforço mental a realizar. A capacidade receptiva das massas é limitada, sua
compreensão escassa e tem grande facilidade para esquecer.
Ex: Não se deve dizer que 'a politica territorial que o partido pretende é de que
a nação seja menos coesa , esta descoesão terá graves consequências sociais
e econômicas '. No lugar disso você vai dizer ' tal partido vai destruir a nação '.
6. ORQUESTRAÇÃO.
A propaganda deve limitar-se a um número pequeno de ideias e repeti-las
incansavelmente, apresentando-as uma e outra vez, de diferentes
perspectivas, mas sempre convergindo para o mesmo conceito, sem fissuras
nem dúvidas.
Ex: É o princípio máximo do Goebbels que diz que 'Uma mentira repetida mil
vezes se torna uma verdade'. Na manipulação das massas é tudo
orquestrado, tudo mentira, falso, manipulado, escondido, desde índices
econômicos, a fotos e vídeos editados, false flags armados por serviços
secretos, resultados de eventos esportivos e etc., tudo mentira repetida
incessantemente.
7. RENOVAÇÃO.
Emitir sempre, informações e argumentos novos a um ritmo tal que quando o
adversário responda, o público já esteja interessado em outra coisa. Você não
pode deixar a desinformação jogada e parada na mídia, ela tem de ser
renovada com novos capítulos durante algum tempo.
Ex:
No dia 11 = é feito um false flag e são culpados árabes do oriente médio na
mídia.
1
Você tem fazer a renovação para não deixar a desinformação parada, então :
No dia 12 = usando a mídia os serviços secretos acusam os árabes de
enviarem veneno de rato em envelopes a determinadas embaixadas.
Então se pula três em três dias até completar uma duas semanas :
Dia 15 = aparece a mãe de uma das vitimas chorando na mídia.
Dia 18 = é feito uma marcha, um protesto contra os árabes
Dia 21 = é “achado” um ipod de um dos “suspeitos” com diversas musicas de
marchas de guerra, mostrando que o acusado estava disposto a algo.
Dia 24 = uma “ex-namorada” de um “suspeito” afirma que ele batia nela e
tentou estuprar sua prima mais nova.
Dia 31 = os serviços secretos afirmam que quebraram o sigilo telefônico de um
dos suspeitos e mostra na mídia uma “gravação do suspeito” onde ele diz no
dia anterior ao ataque que estava muito nervoso.
Isso agora salta de sete em sete dias até completar mais um mês, depois de
mês em mês até completar um ano. Antes disso, por volta do segundo mês
você já lança uma nova desinformação na mídia .
No dia 20 (dois meses depois) = surge a doença do 'cabrito maluco' que esta
se alastrando por todo mundo...
8. VEROSSIMILHANÇA. Construir argumentos a partir de fontes diversas,
através de informações fragmentárias. Ex: existiram terroristas reais no oriente-
médio, consequentemente fazer as massas acreditar que o 911,paris, Boston
só pode ter sido eles é fácil.
1
9. SILENCIAÇÃO. Encobrir as questões sobre as quais não tenha argumentos
e dissimular as notícia que favorecem o adversário, contra programando com a
ajuda dos meios de comunicação afins. Ex: Um partido político fica em silêncio
sobre um determinado sucesso que um partido rival conseguiu e em relação a
corrupção que o seu próprio partido possui.
10.TRANSFUSÃO.
Ex: islamofobia, a partir de uma série de false flags e culpa sem condenação
em tribunais penais internacionais , a mídia sionista cria esse fenômeno, muita
gente não aceita mais tem gente que acredita piamente, por quê ?
Porque ,diferente do que diz a mídia, a islamofobia vem de muito tempo , em
fato tem milênios . As cruzadas e inquisições foram originalmente criadas para
destruir o islã, só depois que se espalhou contra outros grupos, mais de 15
milhões de livros islâmicos foram queimados na inquisição. Após isso, milhões
de muçulmanos foram perseguidos nas guerras mundiais e guerra fria, ouve
locais onde milhares de muçulmanos foram massacrados em poucos dias
como em sabrila e chatila (anos 80) e o massacre de sebrenica (anos 90).
O que isso quer dizer ? Quer dizer que a islamofobia é ensinada culturalmente
em determinados locais e basta fazer a TRANSFUSÃO que as massas a
aceitarão , por isso vira e meche a islamofobia estará na mão dos
manipuladores sociais, desde a idade média tem sido assim, a islamofobia é
mais do que os petrodólares é na verdade a mais usual forma de controle
social dos hemisférios “ocidentais” do planeta em tempos de crise.
11. UNANIMIDADE. Convencer a muita gente de que pensa "como todo
mundo", criando uma (falsa) impressão de unanimidade.
Ex: Com as repetições, as ideias básicas da manipulação são interiorizadas
tão profundamente que convencem a maioria das pessoas de que todos
estariam acreditando naquilo.
1.3 Orson Wells
1
O jornalista Orson Wells possuía um programa de rádio na CBS
(Columbia Broadcasting System) e já tinha feito grandes programas no radio
como o 'The shadow (o sombra), o que o tornou o grande astro da mídia
americana da época (anos 30) .
Em 30 de outubro de 1938 , Wells revolucionou mais uma vez : levou ao
ar a historia “the war of the worlds” mais não em forma de novelização, como
era 'o sombra', mais como se fosse real : um programa de noticias do radio da
época, algo como hoje é o “bandnews” , wells criou o realismo na mídia .
Eu mesmo já ouvi toda essa historia em inglês várias vezes (para estudo
da língua) e posso garantir que parece uma notícia de radio de verdade.
A “notícia” acompanha a saga do repórter Carl Philips, que entrava no ar
dentre uma hora ou outra , para dar realismo Wells cortava para comerciais e
como qualquer bom programa de radio cortava também para musica (Star
dust) de Ramon Raquello e sua orquestra direto do New York's Hotel Park
Plaza.
Carl Philips vai encontrar com o renomado astrônomo Professor Pierson
para falar sobre observações de gases misteriosos na atmosfera de marte, na
entrevista Pierson nega que seja qualquer coisa alarmante e se mostra cético.
Mais a central da CBS recebe a noticia de que algo caiu numa fazenda a
alguns quilômetros dali (Grovers Mill). Carl e Pierson vão para o local de carro
(existe o tempo de demora em eles chegarem lá).
No local, já cercado de pessoas e policiais, Carl Philips entrevista o
fazendeiro Mr. Wilmuth que quer mais aparecer do que relatar o ocorrido. Mais
na fazenda esta enterrado um casco de metal que sozinho começa a se
levantar, gerando pânico no local, o objeto de metal ataca o local com um raio
misterioso explodindo tudo (é possível ouvir as explosões e os gritos no fundo,
1
é tudo muito real) enquanto Carl Philips relata o ocorrido, ele tenta correr mais
algo vem em sua direção e a transmissão corta, na mensagem clássica, abaixo
Traduzido :
“ CBS: senhoras e senhores, devido as circunstancias além do nosso controle,
nós somos incapazes de continuar com o broadcast de Grovers Mill.
Evidentemente existe alguma dificuldade com nosso campo de transmissão,
nós iremos retornar o mais cedo possível.”
Dai já corta para o general americano Montgomery Smith e o secretario
de estado americano que declaram LEI MARCIAL nos EUA e informam que o
país esta sofrendo um ataque terrorista de marcianos...
Traduzido , Secretário de estado :
“Cidadãos da nação : Eu não vou tentar esconder a gravidade da situação que
enfrenta o país, nem a preocupação de nosso governo em proteger as vidas e
as propriedades de seu povo. Entretanto, eu desejo que fique registrado em
suas memórias – cidadãos comuns e oficiais públicos, todos vocês – a
necessidade urgente de uma ação calma e engenhosa. Felizmente, esse
formidável inimigo esta ainda confinado numa área relativamente pequena, e
nós podemos colocar nossa fé nas forças militares para mantê-lo lá. Enquanto
isso ,colocando nossa fé em Deus, nós devemos continuar com o desempenho
de nossos deveres cada um e todos nós, de modo que nós possamos
confrontar este adversário destrutivo como uma nação unida, corajosa, e
consagrada para a preservação da supremacia da raça humana sobre a terra.
Eu agradeço a você.”
Parece um discurso do Obama, Bush não é verdade ? Os diretores da
CBS avisam que estão passando o comando da emissora para facilitar o
trabalho do exercito, também informam que Carl Philips esta morto e que seu
2
corpo ESTA QUEIMADO e IRRECONHECIVEL (NÃO TEM CORPO !).
Professor Pierson esta vivo e fala através de um link sem fio (que já
existia na época) e confirma que realmente são alienígenas com grande
tecnologia e tenta explicar cientificamente.
O resto é historia...pois a essa hora milhares de americanos já estavam
saindo de suas casas, em pânico, outros tentavam fugir, alguns achavam
inclusive que isso poderia ser algo envolvendo alguma artimanha de europeus
ou URSS, o caos era geral.
Declara o site do nationalgeographic.com :
“ Ouvintes em pânico encheram as ruas, se esconderam em porões e
carregaram suas armas .”
Orson wells foi esperto pois pouco antes de começar o programa ele
avisou rapidamente que aquilo era uma novelização, mais a maioria não ouviu,
ou confundiu com algum outro programa, dessa forma ele não pôde ser
acusado de nada.
Mais do que uma brincadeira Orson wells quis mandar uma mensagem
ao povo: pois ele como grande astro da época vivia no meio das elites, e
passou isso para o povo. Três anos depois, wells atacou de novo criando o
clássico 'cidadão kane' onde novamente critica a manipulação na mídia . Antes
disso tudo, em 1928, wells escreveu o primeiro livro publico a denunciar a
ordem mundial e como a mídia é usada para isso, o clássico “the open
conspiracy”.
Wells mostrou que na mídia é tudo mentira, TUDO e isto bate
exatamente com o que o Goebbels vinha dizendo na Alemanha na mesma
2
época.
A mídia recentemente quis dar o troco, segundo a mídia atual: “pouca
gente acreditou em wells” e que esse negocio todo de histeria é um “mito”. É o
que esta tentando nos enganar a mídia (de novo) abaixo como vemos na
noticia da BBC de londres :
A mídia esta tentando diminuir o wells e esta criando a “mentira da
mentira”, porém isso pode ser refutado com os testemunhos das pessoas da
época, como com as noticias apavorantes do dia seguinte que saíram nos
jornais americanos e que mostram que as pessoas acreditaram sim.
Vale ressaltar que além da critica a mídia, “the war of the worlds” é um
manual de guerra de informação pois lá estão o false flag, a regra de três
(problema-reação-solução) e etc., reparem que a música que o cantor fictício
roquello canta chama-se STAR DUST que traduzido é POEIRA DAS
ESTRELAS, como se ele tivesse predizendo o que viria a ocorrer, isso é
chamado na manipulação de “fritura ou Desensitization” da mesma forma que
vemos hoje um filme ou desenho “anunciar” o que será feito pelas elites e
aquilo ocorre logo em seguida.
2
CAPÍTULO II
TERRAS BRASILEIRAS
2.1 Manipulação pela pseudo ideologia
Por mais que um grupo elabore sua ideologia, ocultando que se refere
exclusivamente a seus objetivos, para obter o apoio dos demais, é possível
que estes acabem por adquirir consciência de sua própria posição na
sociedade e de que seus interesses são diversos. Nessa hipótese, poderiam
formular outra ideologia, mais adequada às suas condições, que os levaria a
agir em sentido diverso daquele pretendido pelos emissores da propaganda.
Por essa razão, os grupos que propagam suas ideias, geralmente procuram
evitar que os receptores possam perceber a realidade por outro prisma que
não aquele que lhes é proposto. Fazem isso tanto impedindo a formação de
outras ideologias como neutralizando a difusão das já existentes. O controle
ideológico compreende todas as formas utilizadas para que determinados
indivíduos e grupos não tenham condições de perceber sua realidade e, assim,
fiquem impedidos de formar sua própria opinião.
Os indivíduos e grupos só podem adquirir consciência de suas reais
condições de vida por duas vias: a observação direta do meio em que vivem ou
através das informações obtidas de outros, seja pessoalmente, seja pelos
meios de comunicação. Daí o controle ideológico se realizar sobre o meio
ambiente, sobre os meios de comunicação e sobre as pessoas.
A remodelação do ambiente físico permite torná-lo mais adequado às
ideias difundidas pela propaganda. Procuram, assim, fazer com que as
imagens percebidas confirmam as ideias apresentadas. Desde a Antiguidade
se encontram momentos em que os grupos detentores do poder procuraram
moldar a decoração do meio, de forma a apoiar suas ideias Inúmeros reis,
2
imperadores e dirigentes políticos mandaram construir grandes monumentos
para reforçar a ideia de seu poder e prestígio.
No Brasil, Getúlio Vargas foi um dos que mais se preocuparam com a
forma do ambiente urbano como instrumento de confirmação das suas ideias A
eficiência e modernidade de suas medidas eram sugeridas através de
inúmeras construções que indicavam um governo organizado e empreendedor.
A ideia do seu carisma e de sua personalidade forte era reforçada através das
suas fotografias, obrigatoriamente afixadas em todas as escolas, fábricas,
repartições públicas, bares e restaurantes, vagões de trens. Sua efígie estava
nas moedas, selos, placas comemorativas e de inauguração. Bustos de bronze
foram erigidos em diversos locais. Seu nome foi atribuído a inúmeras ruas e
logradouros públicos. Sua imagem, dessa forma, impregnava todos os lugares
e ambientes durante todo o tempo.
As ideias e concepções, contudo, nem sempre provêm da percepção
direta do meio ambiente. Devido à complexidade do contexto em que vivem as
pessoas, elas só têm condições de se informar e se conscientizar a respeito de
sua sociedade através dos meios de comunicação. O controle desse meio se
faz, principalmente, pela sua utilização direta. Dado o fato de que a
comunicação depende, cada vez mais, de aparelhagem sofisticada e bastante
cara, torna-se inevitável que os meios sejam controlados por pessoas e grupos
da classe economicamente mais forte. Ele os utilizam exclusivamente para a
difusão das ideias e opiniões que lhes são favoráveis, não permitindo que se
propaguem ideologias contrárias ou fatos que contestem seus interesses. A
população fica, desse modo, impossibilitada de ter acesso à maior parte dos
aspectos de sua realidade e, assim, impedida de compreender exatamente sua
posição e seu interesses, termina por ser envolvida na única ideologia que lhe
é apresentada.
A censura oficial, realizada por órgãos governamentais, também é um
instrumento de controle ideológico. Através dela se definem os limites do que
2
pode ou não ser divulgado, neutralizando-se as possibilidades de
manifestações contrárias aos valores defendidos pelos governos.
Sem acesso às informações que lhe possam fornecer uma visão dos
diversos aspectos do mundo em que vive, a população acaba tendo uma visão
deformada da realidade, que a conduz a se comportar dentro dos estritos
limites traçados a partir dos interesses da classe dominante.
O controle ideológico se exerce, também, diretamente sobre as
pessoas, seja reprimindo ou corrompendo líderes para que desistam ou sejam
impedidos da tentativa de conscientizar seus liderados, seja exercendo
pressões constantes par que os receptores não tenham condições psicológicas
de julgar, analisar e avaliar as ideias que recebem.
Geralmente surgem, no seio das classes dominadas, alguns indivíduos
que, apesar de toda a censura e manipulação dos meios de comunicação,
conseguem perceber melhor certos aspectos da realidade e procuram
transmitir sua compreensão aos demais, conscientizando-os. É o caso dos
líderes operários, estudantes, religiosos e intelectuais. Nesses casos, a classe
dominante, diretamente ou através dos órgãos do governo, procura neutralizar
esses líderes através de ameaças, prisões, torturas ou exílio. Outras vezes, a
neutralização se faz de forma não tão violenta através da cooptação.
Cooptação é o processo pelo qual um indivíduo ou pequeno grupo recebe
concessões e privilégios, em troca dos quais deva deixar de defender os
interesses da classe social à qual pertence, para defender aquele que lhe fez
as concessões. É o caso de trabalhadores e intelectuais que são contratados
para exercer certos cargos privilegiados no governo ou em empresas privadas.
A pressão sobre as pessoas pode, também, concretizar-se através de
perseguições, denúncias e acusações insistentes contra aqueles que não
seguem determinada orientação. É o caso das “patrulhas ideológicas”,
expressão muito empregada no Brasil, a partir de 1978, para qualificar os
grupos que criticam repetidamente alguns artistas, intelectuais e pessoas muito
2
populares que não aderem às ideias defendidas por aqueles grupos. O
cineasta Carlos Diegues e o cantor Caetano Veloso já se queixaram por serem
exageradamente criticados ao não assumirem as posturas exigidas por
militantes esquerdistas. Pelé afirmou ser perseguido e criticado por grupos que
não admitiam sua recusa em assumir a liderança na luta contra o racismo. A
mesma forma de pressão tem sido feita, desde os começos do século, sobre
aqueles que defendem a necessidade de se dar maior atenção aos problemas
sociais como o analfabetismo, a miséria, o alto índice de enfermidades etc.
Inúmeros são os que estão prontos a acusá-los de anarquistas, comunistas,
agentes russos ou cubanos, antipatriotas. Trata-se de uma forma de
perseguição que visa, senão obter a adesão do pressionado, ao menos
conseguir seu silêncio para que não expresse ideias julgadas inconvenientes.
A pressão psicológica é uma das formas mais interessantes de controle.
Atua diretamente sobre os receptores, afetando sua capacidade de análise,
para que recebam as mensagens da propaganda dentro de uma postura
passiva e submissa.
As pessoas, em condições normais, ao receberem uma informação ou
assistirem a um fato, procuram compreender a situação, analisar os prós e
contras, verificar se se trata de algo que lhes diga respeito diretamente assim
por diante. É o que se chama senso crítico. Todavia, em determinadas
situações de envolvimento emocional, tensão nervosa, temor, cansaço físico e
mental, os indivíduos tendem a ter o seu senso crítico diminuído. Nesses
momentos, ouvem as afirmações ou assistem aos fatos sem avaliá-los,
aceitando passivamente o que lhes apresenta. A propaganda utiliza inúmeras
formas de pressão para neutralizar o senso crítico dos receptores e lograr
convencê-los. O recurso mais empregado é a organização de grandes
concentrações de massas. Nessas ocasiões, as marchas, as músicas e
cânticos ampliados por alto-falantes, as luzes, o lançamento de folhetos e
papéis, o ritmo dos tambores, as bandeiras, estandartes, os discursos
inflamados, tudo reflete sobre os presentes. Envolvem as pessoas com tal
intensidade que, quase hipnotizadas, tornam-se mais sugestionáveis às
2
mensagens que recebem. Foi com o emprego constante desses recursos que
Adolf Hitler conseguia manter as multidões em contínuo estado de exaltação e
conduzi-las ao delírio.
Algumas práticas religiosas também são empregadas como
instrumentos de pressão psicológica para obter a adesão fanática dos
receptores. Produzem esgotamento físico, fazendo as pessoas ficarem muito
tempo em pé, ajoelhadas ou participando de longas e cansativas danças.
Geram ansiedade através da espera do sacerdote que se atrasa, da escuridão
ou luz muito intensa, palmas, músicas e cantos ritmados, da repetição dos
sons de tambores. Embriagam com incenso, álcool, fumo e drogas inebriantes.
Despertam temor com ameaças de infernos, monstros e demônios. Em meio a
tudo isso se fazem as pregações, conseguindo não só convencer os
receptores. como levá-los a verdadeiros estados de possessão e transe. São
os recursos adotados por diversos cultos místicos praticados no Brasil e na
África e, embora de forma menos profunda e pouco intensa, por quase todas
as seitas religiosas existentes na face da terra.
Dentre as formas de pressão psicológica conhecidas, a mais intensa e,
talvez, a mais eficaz é a denominada “lavagem cerebral”. É realizada com
indivíduos ou grupos que são conduzidos a locais afastados, de onde não
podem sair durante algumas semanas ou meses, ocasião em que são
frequentemente bombardeados com novas ideias Baseia-se essa técnica no
fato de que os conhecimentos, ideias e reflexos dos indivíduos servem para
que possam adaptar-se e manter-se em equilíbrio como o seu meio.
Consequentemente, ao se criar um novo ambiente onde os hábitos e reações
costumeiras são insuficientes para obtenção do equilíbrio, torna-se mais fácil
incutir novas orientações. Se, além disso, forem feitas pressões que diminuem
o senso crítico, a possibilidade de persuasão é ainda maior.
Há ainda, uma técnica de controle ideológico que procura impedir que
as pessoas adquirissem consciência de suas condições de vida, distraindo sua
atenção. Através dos meios de comunicação, bombardeia-se a sociedade com
2
notícias sobre fatos suficientemente atrativos para que os indivíduos tenham
sua atenção desviada dos problemas econômicos e sociais. Baseia-se no fato
de que as pessoas têm um limite de percepção e atenção e que, saturadas por
certo número de informações que apelam para as emoções e sentimentos, não
lhes sobra espaço nem tempo para receber outras ideias Grandes torneios
desportivos, crimes cometidos com crueldade, têm sido constantemente
alardeados para envolver os receptores em sua discussão e distraí-los das
questões mais graves.
2.2 A contrapropaganda se infiltra na alienação das massas
Quando não conseguem obter o monopólio das informações através do
controle ideológico, os grupos procuram neutralizar as ideias contrárias através
da contrapropaganda.
Ela se caracteriza pelo emprego de algumas técnicas que visam
amenizar o impacto das mensagens opostas, anulando seu efeito persuasivo.
Procura colocar as ideias dos adversários em contradição com a realidade dos
fatos, com outra ideias defendidas por eles próprios ou em desacordo com
certos princípios e valores aceitos e arraigados entre os receptores. Outra
vezes, atua de forma indireta, tentando desmoralizar as ideias, não pela crítica
à personalidade ou ao comportamento daqueles que as sustentam. Critica-se o
sacerdote para desmerecer o conteúdo de suas pregações, ataca-se alguns
dirigentes políticos para combater a filosofia adotada pelo governo e assim por
diante.
A contrapropaganda, na prática, se concretiza através da emissão de
mensagens que, associadas aos argumentos ou à personalidades dos
adversários, despertam reações negativas.
2
A apresentação de fatos que estejam em contradição com as
mensagens adversárias, sugerindo sua falsidade, irrealidade ou absurdo, é
realizada com o intuito de despertar dúvida em relação a elas. A
contrapropaganda dos defensores do sistema capitalista procura neutralizar as
ideias socialistas difundindo, dramaticamente e com estardalhaço, notícias
sobre fugas de pessoas que viviam em países comunistas. O objetivo desse
procedimento é o de sugerir que não deve ser bom aquele regime, se a
pessoas que nele vivem querem fugir de lá.
Os fatos que se contrapõem às ideias da propaganda adversária
costumam ser totalmente forjados. Não tendo condições de verificar, através
de fonte segura, a veracidade ou não das informações, os receptores tendem a
aceitá-las ou, ao menos, permanecem indecisos. Durante a Segunda Guerra
Mundial os aliados criaram uma estação de rádio que se fazia passar por
alemã e irradiava notícias para a Alemanha. Um dos informes, apresentado
como comunicado oficial do governo nazista e transmitido quando Hitler insistia
em que estava vencendo a guerra, gerava certa perplexidade. A notícia dizia
que alguns soldados alemães estavam desertando do front e deveriam ser
denunciados por qualquer pessoa que conhecesse seu paradeiro. Suscitava-
se, assim, dúvidas em relação à vitória de um exército cujos soldados estavam
fugindo.
A contrapropaganda também atua sobre o temor, mostrando que as
ideias adversárias, se concretizadas, podem causar graves prejuízos e
malefícios às pessoas. As campanhas anticomunistas constituem os exemplos
mais significativos.
Nos países do “bloco ocidental”, inclusive o Brasil, ainda se repete a
técnicas que vem sendo posta em prática há anos de divulgar notícias de
atrocidades cometidas na União Soviética, China, Cuba, Nicarágua, e países
africanos. Fala-se em crianças e mulheres fuziladas, homens cruelmente
torturados, degolados e queimados. Ao mesmo tempo insiste-se que tais fato
serão sempre inevitáveis para qualquer país que opte pelo sistema socialista.
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Com isso, conseguem incutir tal medo na população que as convencem a
apoiar o governo em sua ação repressiva contra os adeptos de ideias
igualitárias, sejam socialistas ou apenas superficialmente semelhantes.
A contrapropaganda também é realizada no sentido de despertar
desprezo pelos adversários e suas ideias, associando-os a situações
contrárias aos princípios e valores respeitados pelos receptores. Os
comentários que se fazem a respeito de alguns dirigentes governamentais,
acusando-os de desonestos, corruptos, homossexuais e, até mesmo, de
traídos pelas esposas, visam desmoralizá-los e gerar desprezo pelas
propostas e ideias que defendem.
Com o objetivo de desmoralizar as manifestações estudantis, afirmou-se
que se tratava de “filhinhos de papai” que, ao invés de estudar e cumprir suas
obrigações, permaneciam fazendo “badernas” e “arruaças”, prejudicando o
trânsito, gerando insegurança para o povo e criando dificuldades para todos.
Conseguiam, dessa forma, despertar a hostilidade e desprezo de grande parte
da população contra os movimentos e, assim, abafar a questão dos problemas
sociais que estavam sendo levantados pelos universitários.
As questões de natureza econômica ou política são extremamente
significativas para maioria das pessoas, já que se relacionam intimamente com
suas condições de vida. Por essa razão, a propaganda procura apresentar as
ideias dentro de um clima de grande seriedade, às vezes até solene, que torne
possível despertar a atenção para a importância dos assuntos abordados. Daí
grande parte da contrapropaganda atuar através do humor, da sátira ou da
piada, ridicularizando as ideias e pessoas que as defendem. Procuram, assim,
gerar desinteresse pelo conteúdo das mensagens e desvalorizar sua
importância.
Os veículos de comunicação, constantemente, difundem charges,
apelidos e sátiras que desmoralizam e desfiguram dirigentes e líderes políticos,
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tornando-os engraçados ou mesmo ridículos. Quebram, assim, a imagem de
respeito que estes pretendam impor e afetam o conteúdo de suas afirmações.
Os slogans também são ridicularizados, para perder seu efeito
persuasivo e de impacto. No Brasil, os temas das campanhas governamentais
têm sido automaticamente ironizados com sugestiva criatividade. Para a frase
“Brasil, ame-o ou deixe-o” criou-se a resposta “O último, apague a luz do
aeroporto”. Quando se disse “O Brasil deu um passo à frente”, contestou-se
rapidamente “E estava à beira do abismo”. Contra o tema “O Brasil é feito por
nós” respondia-se “O difícil é desatá-los”.
A contrapropaganda, portanto, é o instrumento utilizado por um grupo
através das formas e recursos mencionados, visando neutraliza a força das
teses e argumentos da propaganda adversária. Dessa forma, amenizando o
efeito persuasivo das ideias contrárias às suas, o grupo pode desenvolver sua
própria campanha de propaganda, sem a necessidade de recorrer a outros
artifícios e precauções que esclareçam a razão das diferenças entre suas
propostas e as alheias.
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CAPÍTULO III
O MERCADO FINANCEIRO E OUTROS GRUPOS
3.1 A lavagem cerebral e a pressão psicológica nas instituições financeiras
Hoje podemos observar as consequências de toda esta manipulação, de
toda a lavagem cerebral a qual não só os soldados nazistas, assim como o
cidadão alemão em geral sofreram, muitas vezes somente a história nos dá
uma visão realística da situação. Hoje os cidadão alemães se envergonham de
suas atitudes e posicionamentos, muitos negam a história, negam o
holocausto, por terem dificuldade de aceitar que um dia foram capazes de tais
atos, mas esse é um exemplo limite do que a manipulação de massas pode
provocar, a mesma manipulação, a mesma lavagem cerebral já foi aplicada a
vários outros setores, inclusive o bancário.
Já há algumas décadas o processo de lavagem cerebral também vem
sendo aplicado ao mercado financeiro no intuito de se obter cada vez mais
lucro a qualquer custo, através de palestras pseudo motivacionais, pressões
psicológicas, ou qualquer outros tipo de manipulação velada de modo que
todos os funcionários executem as tarefas dadas sem pensar na razão ou
consequência das mesmas, o que tem levado a um adoecimento gradativo de
toda uma classe.
O fim da inflação, a partir da década de 1990, provocou mudança na
estrutura dos bancos. Com a estabilização da moeda, as instituições buscaram
outras formas de rendimentos, adotando novas estratégias, que alteraram a
própria natureza do que é ser bancário. A busca pela lucratividade e a redução
de custos têm resultado em piores condições de trabalho, como maior pressão
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sobre os bancários e um ambiente de insegurança. Essa pressão no trabalho,
resultado de constantes cobranças sobre vendas e metas, tem se tornado uma
fonte de adoecimento dos bancários. As principais doenças estão relacionadas
às LERs/ Dorts [Lesões por Esforço Repetitivo/ Distúrbio Osteomuscular
Relacionado ao Trabalho] e doenças psíquicas”, como forma de dissimular
todo esse adoecimento os bancos se utilizam de reuniões, congressos,
workshops regidos por profissionais da área de psicologia e marketing que se
unem para “convencer” os funcionários de que é tudo normal, de que toda
essa pressão é por uma boa causa, que devem levar a empresa a ser o
número um a qualquer custo, que os fins justificam os meios, numa
massificação de ideias pre planejadas, mas que duram pouco, então é
necessário que periodicamente as instituições renovem esses congressos,
para manterem a continuidade do efeito da lavagem cerebral, de modo a
manter a forte cobrança de toda a equipe para que a produtividade seja não só
mantida como superada diariamente.
Muitos funcionários já não pensam nas consequências de suas atitudes,
os bancos tem que conceder cada vez mais empréstimos e não importa se os
clientes ficam cada vez mais endividados, se cada vez mais seus salários são
amortizados pelos juros cobrados, todos os bancários devem buscar o
endividamento máximo permitido em lei de seus clientes, e quando os
funcionários começam a refletir sobre a ética deste posicionamento lá vem um
novo workshop, uma nova reunião para reforçar a ideia e afastar qualquer
questionamento sobre tal.
Essa massificação de ideias padronizadas não se resume aos
bancários, se estende aos clientes também, não é a toa que propaganda dos
bancos está entre as mais belas, obviamente porque pagam bem e são
garantia de contas publicitárias polpudas. Quem as detém, não reclama,
tampouco questionará a veracidade dos fatos. O que é propaganda passa a
ser manipulação e indução ao erro, ou melhor, à lavagem cerebral.
3
Esse aumento da hostilidade nas condições de trabalho tem provocado
piora na saúde física e mental dos bancários do país, as causas
predominantes do estresse no trabalho dos profissionais estão relacionadas
com as alterações nas estratégias das instituições, iniciadas a partir da década
de 1990, que com o fim da inflação provocou uma mudança na estrutura dos
bancos. Com a estabilização da moeda, as instituições buscaram outras
formas de rendimentos, adotando novas estratégias, que alteraram a própria
natureza do que é ser bancário. A busca pela lucratividade e a redução de
custos têm resultado em piores condições de trabalho, como maior pressão
sobre os bancários e um ambiente de insegurança. O sistema financeiro, que
pressupõe venda de produtos com metas cada vez mais elevadas, causa
quadros de desgaste físico e psíquico aos trabalhadores, com muito sofrimento
para suas famílias, e grande ônus para o sistema de seguridade social e a
sociedade como um todo.
Nesse ponto a lavagem cerebral serve também para mascarar o
gradativo adoecimento da classe trabalhadora assim como o assédio moral
sofrido por esta, os convencendo-a da inexistência do referido assédio.
3.2 A manipulação pela lavagem cerebral em outros grupos
Os elementos citados acima mostram como vários tipos de crença
podem ser implantados em muitas pessoas, após a função cerebral ter sido
suficientemente perturbada por medo, ira ou excitação provocadas acidental
ou deliberadamente. Dos resultados causados por tais perturbações, o mais
comum é o enfraquecimento temporário do discernimento e o aumento da
sugestionabilidade, no caso dos militares nazistas pela ira a todas as raças não
arianas e a excitação pela implantação da supremacia branca, no caso dos
bancários pelo medo do desemprego e excitação de se atingir um patamar pré
definido (metas) que muitas vezes são inatingíveis, mas que são convencidos
3
de que quem não atinge tais metas é incompetente e, sendo assim,
dispensável.
Mas não é só no âmbito militar ou financeira que ocorrem tais
manipulações, as técnicas de doutrinação política e religiosa são muitas vezes
tão semelhantes que, em comunidades primitivas ou em estados teocráticos
mais civilizados, como o dos judeus antigos, se tornam realmente idênticas.
Assim, o estudo dos métodos de doutrinação religiosa melhor registrados dará
resultados que serão, igualmente aplicáveis ao campo político. No entanto,
algumas das semelhanças mais evidentes são com frequência ignoradas, por
atribuir-se, quer ao tratamento religioso quer ao tratamento político caráter
oficial em prejuízo do outro.
Os especialistas em lavagem cerebral usam uma técnica de conversão
que não depende apenas da intensificação da sugestionabilidade de grupo,
mas também de estimular no indivíduo ansiedade, um sentimento de culpa real
ou imaginária e um conflito de lealdades, suficientemente fortes e prolongados
para provocar o desejado colapso e o desejo da salvação, seja ela política ou
religiosa.
Nenhum homem, por mais altamente civilizado que seja, pode ouvir
durante muito tempo um tambor africano, um cântico indiano, um hino galês ou
qualquer outro som rítmico ou frases imperativas constantes, e conservar
intacta sua personalidade crítica e autoconsciente. Partindo do mesmo
princípio e como forma de aumentar substancialmente o alcance deste método
de persuasão, com o tempo equipamentos novos e antes não sonhados foram
inventados para excitar multidões. Há o rádio, que estendeu enormemente o
alcance dos gritos estridentes do demagogo, há o alto-falante, amplificando e
reduplicando indefinidamente a impetuosa música da propaganda pessoal, o
cinema e a televisão que propagam mensagem subliminares, a multidão de
homens e mulheres previamente condicionados pela leitura diária de jornais;
tratai-os todos com música de banda amplificada, luzes brilhantes e a oratória
3
de um demagogo que seja simultaneamente o explorador e a vítima da
intoxicação da população, e esses estarão reduzidos a um estado de sub-
humanidade quase sem mente.
Um dos métodos de consolidação do terreno conquistado por tais
técnicas de conversão política, ou religiosa é ainda a manutenção de medo e
tensão controlados. Os comunistas chineses sabem, talvez pelo estudo dos
métodos missionários católicos, que todos, em uma ou outra ocasião, têm o
que pode ser qualificado de “maus pensamentos”; e que, se for possível
aceitar a doutrina de que o pensamento é à sua maneira tão mau quanto a
ação, eles terão o domínio sobre as pessoas. Nas democracias políticas é
regra geral que todos podem pensar no mal que quiserem, desde que não
transformem o pensamento em ação antissocial. Mas o texto do Evangelho de
São Mateus, v. 28, que torna o adultério mental tão repreensível quanto o
adultério físico, deu a algumas seitas cristãs justificativa para aplicar a mesma
regra a todos os Mandamentos. A ansiedade e culpa assim despertadas no fiel
podem mantê-lo em contínuo estado de tensão fisiológica e fazer com que ele
dependa de seus conselheiros religiosos para orientação cotidiana. Todavia,
enquanto o penitente perturbado por pensamentos lascivos a respeito da
esposa de seu vizinho ou pensamentos homicidas em relação a seu vizinho se
sente suficientemente seguro no confessionário, porque o padre se
comprometeu pelos mais sagrados votos a não revelar tais confidências a
outrem, um reinado comunista de terror é coisa diferente. Muitos chineses
perseguidos por ideias dissidentes pensarão vinte vezes antes de confessá-las
ao líder do grupo local, apesar doa convites nesse sentido; e viverão no
constante temor de falar dormindo ou denunciar-se em público por um
descuido no falar. Isso garante que as pessoas terão excessivo cuidado em
fazer as coisas politicamente certas, ainda que não pensem assim. A Polícia
Familiar é uma advertência muito constante do perigo que correm.
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CONCLUSÃO
A ciência, por mais explorada que seja por soldados, capitalistas,
políticos, etc., é muitas vezes uma disciplina negativa, portanto, depois de
aprender a tornar o cérebro humano resistente às tensões e pressões, a torná-
lo mais capaz de pensar e aprender com a experiência e a dirigi-lo de novo
quando desorientado, para o equilíbrio pessoal, estaremos numa sociedade
mais avançada, preparada para encarar os vários problemas do dia a dia de
frente, sem subterfúgios ou pseudo soluções. Seremos capazes de identificar
tentativas de manipulação de mentes e nos posicionarmos contra isso,
viveremos num momento do debate real de ideias e não da mera imposição de
uns sobre os outros.
Neste momento veremos o fato de um policial se recusar a atirar numa
população desarmada como ordenado por seu superior nas manifestações
populares no Brasil em junho de 2013 não como um fato isolado, mas como
um procedimento padrão de pessoas que pensam no motivos pelo qual se
baseiam seus atos e não somente pelo cumprimento de ordens, não só isso
como a punição do superior que ordenou tal ato covarde se aproveitando da
possível inexperiência de seu subordinado.
Veremos a diminuição crucial do adoecimento de bancários e
funcionários do mercado financeiro em geral por serem mais críticos com o
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que lhes é demandado, por terem um posicionamento mais firme frente ao
capitalismo feroz e sua necessidade de constante aumento de lucro a qualquer
custo. Saberão encontrar o equilíbrio entre o que lhes é cobrado por seus
empregadores e de que forma isso afeta a sociedade, o equilíbrio entre os
interesses de seu órgão pagador e a população em geral que é cliente deste, e
assim entender a importância de sua função intermediadora e poder com isso
levar uma vida mentalmente mais saudável.
Este trabalho não tem a proposta de esgotar o assunto, muito pelo
contrário, muita coisa já se pesquisou sobre e muitas outras respostas virão no
futuro, o intuito foi de poder contribuir para o conhecimento coletivo, quiçá
atentar pessoas que se identifiquem em tal posição passiva em gerar algum
tipo de desconforto que se transforme num reposicionamento frente a esta
situação, evitando assim, ou pelo menos reduzindo, o índice de doenças
psicossomáticas que geralmente só são percebidas quando em seu nível mais
elevado de danos causados e/ou a causar.
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REFERÊNCIAS
BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e holocausto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 1998
LENHARO, Alcir. Nazismo – o triunfo da vontade. São Paulo: Ática, 1998
OYEKAN, Yinca. Manipulação, Dominação e Controle. Ed. Danprewan
MERLOO, Joost Abraham Maurit. Lavagem Cerebral. Ed. Ibrasa
Revista Super Interessante. Ed. 263
Jornal luta bancária. Ed. 01 e 08
Fórum anti nova ordem mundial (blog)
www.webulicao.com.br
www.bancariosrio.org.br
www.consciencial.org.br
Debates e discussões pessoais sobre o assunto.