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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA FINANÇAS PESSOAIS: INVESTIMENTOS EM RENDA FIXA E RENDA VARIÁVEL Por: Ana Paula M. dos Santos Rodrigues Orientador Prof. Aleksandra Sliwowska Niterói/RJ 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

FINANÇAS PESSOAIS: INVESTIMENTOS EM RENDA FIXA E RENDA

VARIÁVEL

Por: Ana Paula M. dos Santos Rodrigues

Orientador

Prof. Aleksandra Sliwowska

Niterói/RJ

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

FINANÇAS PESSOAIS: INVESTIMENTOS EM RENDA FIXA E RENDA

VARIÁVEL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como

requisito parcial para obtenção do grau de especialista em PÓS-

GRADUAÇÃO “LATO SENSU”.

Por: Ana Paula M. dos Santos Rodrigues.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar, por sempre me ouvir e

me acalmar quando achei que não conseguiria mais fazer este

trabalho. Agradeço ao meu pai Juray, por ter acreditado e

apostado em mim e assim ter financiado o meu curso, à você o

meu muito obrigado. Ao meu marido Roney, aos meus filhos Bryan

e Kayla por toda atenção, amor e paciência, a minha orientadora

Aleksandra e por fim ao meu irmão Anderson por ter me ajudado a

terminar este lindo trabalho. Amo vocês.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus em primeiro lugar,

meu esposo Roney e meus filhos: Bryan e Kayla que

são fundamentais em minha vida, aos meus pais

Juray e Fatima, meus irmãos Anderson e Fabiana, a

minha sogra Maria Emília, as minha lindas Vovós

Gilda e Nair e aos meus sobrinhos Fabricio, David,

Debora, Julia e Helena, aos meus professores,

orientadora e amigos da pós.

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“...logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em

mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no

Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por

mim.” Gálatas 2-20

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RESUMO

As pesquisas têm o objetivo de analisar as principais alternativas de

investimentos disponíveis no mercado nacional e identificar as mais

apropriadas para o perfil e perspectivas do investidor. Para tanto, aborda

opções de investimentos, bem como suas características centrais, seus

respectivos pontos favoráveis e desfavoráveis. O estudo é desenvolvido a

partir da apresentação de um planejamento financeiro, onde são realizadas

simulações agregando diferentes tipos de investimentos, projetando

resultados futuros e os comparando.

Na prática, esse estudo justifica-se pelo fato de que a partir do

embasamento teórico, é possível demonstrar alternativas que proporcionem

melhores resultados. Para atingir o objetivo proposto foram utilizados estudos

exploratórios, tendo como apoio e fundamentação teórica, livros, artigos,

revistas, jornais, sites da internet entre outros. Ao final da pesquisa ficou

evidenciada a importância de investir de forma consciente e fundamentada,

buscando por melhores rendimentos nas aplicações, proporcionando

melhores resultados no curto, médio e longo prazo.

Palavras-chave: Investimento. Planejamento Financeiro. Finanças Pessoais.

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METODOLOGIA

O procedimento de pesquisa adotado para o desenvolvimento e conclusão do

trabalho foi o bibliográfico, tendo como apoio e fundamentação teórica, livros,

artigos, revistas, jornais, sites da internet entre outros.

A pesquisa aborda opções de investimentos, bem como suas características

centrais, seus respectivos pontos favoráveis e desfavoráveis.

São realizadas simulações agregando diferentes tipos de investimentos,

projetando resultados futuros e os comparando.

Neste contexto, esta monografia apresenta as principais alternativas de

investimentos do mercado, que serão usadas como ferramentas para realizar um

planejamento financeiro. Por meio de simulações de aplicações financeiras, com

base nos desempenhos passados, busca-se identificar as mais rentáveis e assim

projetar tendências de rentabilidade futura.

Contudo, o trabalho está limitado pelo fato da utilização de dados e

rentabilidades do passado para projetar o futuro, não tendo como garantia que os

resultados passados se repetiram no futuro; os resultados demonstrados neste

trabalho são validos para o perfil identificado da família estudada.

Cabe destacar, que serão abordadas apenas as principais opções de

investimentos e as mais usuais do mercado nacional.

O trabalho está estruturado da seguinte forma:

No primeiro capítulo apresenta-se uma breve introdução do trabalho.

O segundo capítulo apresenta a realização de pesquisa bibliográfica, a qual

identifica pontos relevantes do tema, apresentando fatos históricos, registros e

dados importantes, a partir da discussão com autores e suas conclusões, como

também apresentação de tópicos dos principais investimentos disponíveis no

mercado, posterior comparativo e análise das rentabilidades;

No terceiro capítulo tem-se a elaboração de um planejamento financeiro com

simulação/projeção da situação atual da família estudada e dois cenários de

investimentos, com análise de dados e comparação.

O quarto e último capítulo apresenta as considerações finais e recomendações.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - A História do dinheiro 10

CAPÍTULO II - Investimento 18

CAPÍTULO III – Planejamento Financeiro na Prática 63

CONCLUSÃO 73

BIBLIOGRAFIA 81

ANEXOS 75

ÍNDICE 88

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INTRODUÇÃO

A economia brasileira fechou o ano 2013 com crescimento de 2,3%, segundo o

IBGE (como mostra o Anexo 1 (G1,2014)), registrando um Produto Interno Bruto (PIB)

de R$ 4,84 trilhões. A alta teve forte influência do desempenho da agropecuária, que

teve expansão de 7% – a maior desde 1996.

Com a redução da inflação a economia adquire estabilidade e há uma maior

empregabilidade. Com um maior número de pessoas tendo carteira assinada, ocorre

maior giro financeiro e também, consequentemente, um acréscimo de aplicação em

caderneta de poupanças. Considera-se que a escolha de poupar em caderneta de

poupança seja, por grande parte dos brasileiros, comodidade e segurança ou falta de

conhecimento suficiente dos demais investimentos disponíveis no mercado.

Pesquisa realizada pelo Revista Exame, aponta que das pessoas que fazem

aplicações, 47% preferem a poupança, os imóveis foram o segundo investimento

mais citado, com 6% das respostas, seguidos pelas aplicações em Bolsa, com 5%

das respostas. Uma parcela de 11% dos entrevistados disse investir em outras

aplicações, diferentes das citadas e ainda dentro da mesma questão, 32% disseram

não fazer nenhum tipo de investimento, dado que bate com a porcentagem de

pessoas que não poupam nenhuma parcela do salário. (EXAME, 2014, [s.p.]).

A captação da caderneta de poupança bateu recorde no ano passado ao

atingir R$ 53,45 bilhões, informou Banco Central (BC) (G1, 2014). Apesar de a

poupança ser a primeira opção de investimento de grande parte da população, cabe

investigar sobre a existência de opções de investimentos que podem oferecer e dar

melhor retorno para aplicações financeiras, contribuindo e fornecendo um

conhecimento básico sobre os principais investimentos disponíveis no mercado

nacional. Com isso, identificar a opção de diversificar o capital, aumentar a

rentabilidade, complementar rendas ou até mesmo adquirir a independência

financeira.

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CAPÍTULO I

A HISTÓRIA DO DINHEIRO

Nóbrega (2004) ressalta que dinheiro ou a moeda que hoje é conhecido

e utilizado, é o resultado de uma longa evolução. Na época feudal, a riqueza das

pessoas era classificada de acordo com suas quantidades de terras.

Nos primórdios da humanidade não havia moeda. A riqueza não era

utilizada como atualmente. Quando um indivíduo desejava algum produto praticava-

se o escambo, ou seja, simples troca entre mercadorias. Embora usual, as

dificuldades foram surgindo à medida que o comércio foi crescendo. Quando alguém

queria trocar sacas de arroz por litros de leite, surgiam impasses desde como

transportar até como seria a troca e qual a quantidade de cada mercadoria para que

a troca fosse justa. Duvidas como estas eram comuns, pois os produtos não

possuíam um valor de referência. A aquisição variava de acordo com cada indivíduo,

os vendedores consideravam aspectos como: utilidade, necessidade e procura da

sociedade. Às vezes o que era de grande valia para o comprador, não era tanto

para o vendedor, gerando dificuldades para o escambo.

Algumas mercadorias, pela sua utilidade e necessidade, passaram a ser mais

procuradas e, aceitas por todos, a partir daí assumiram a função de moeda,

circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar o valor

dos mesmos. Eram chamadas de moedas mercadorias

Com a criação das caravelas, economias distantes começam a se

comunicar. A partir daí viu-se a necessidade de criar uma moeda com material

durável e que tenha um pequeno tamanho, facilitando assim a sua utilização e

transporte. Surgem, então, no século VII a.C. as primeiras moedas fabricadas de

madeira, pedra e metais (FREITAS, 2005).

O mesmo autor cita que as moedas em ouro, prata e o cobre foram impressas

durante séculos. As mesmas eram avaliadas pelo seu valor intrínseco, ou seja, pelo

valor comercial do metal utilizado na sua fabricação. Esse sistema ficou até o final

do século X I X . Posteriormente a moeda passou a ser avaliada pelo seu valor

gravado na face, independente do metal nela contido. Com o surgimento do papel

moeda, as moedas passaram a ser impressas com valores inferiores, destinadas

para troco.

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1.1 - O dinheiro no Brasil

A história no Brasil não era muito diferente, as chamadas moedas

mercadorias foram utilizadas durante muito tempo, mesmo após a introdução da

moeda de metal.

Os produtos que predominavam na época, estabelecidos por Dom Sebastião,

rei de Portugal em 1568 eram o Pau Brasil, Açúcar e o Ouro.

A unidade monetária, o Real, foi usada no Brasil durante todo o período

colonial. Tudo era contado em Réis (plural de Real) e, vigorou até meados de 1830.

Em 1964, o Brasil estabelece a criação de uma casa da moeda no estado da

Bahia, para cunhagem de moeda. No ano posterior, começam a ser produzidos os

réis, eram moedas com impressão em ouro e prata.

A moeda de papel surgiu no Brasil após a criação em 1808 do Banco do

Brasil. Os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais foram

lançados em 1810, tinham seu valor preenchido a mão, como os cheques de hoje.

Com o passar do tempo, da mesma forma com que ocorreu com as moedas, o

império através de bancos e diversas cidades brasileiras passou a emitir dinheiro, que

aos poucos foi conquistando a confiança da população (BCB, 2014).

1.2 – Relação das Pessoas com o dinheiro

As pessoas possuem diferentes formas de responder as seguintes questões:

Qual a quantidade de dinheiro necessária para você se considerar uma pessoa rica?

O dinheiro lhe trará felicidade, amor, saúde? O que faria com 10 milhões?

Para algumas pessoas se ganhassem mais seriam mais felizes, pois poderiam

ter o que quisessem, conquistariam a independência e viajariam muito. Outras

ajudariam a família, as pessoas próximas, poderiam dedicar ter mais tempo para

cuidar da saúde e não precisariam fazer aquilo de que não gostam (TOLOTTI, 2007).

Contudo, não existem respostas certas ou erradas sobre o que fazer com o

dinheiro, sabe-se que serve de suporte e objetivo para todos ao longo da vida.

Porém, cada um irá colocá-lo naquilo em que considerar mais significativo e

importante na vida.

1.2.1 - Descontrole financeiro

Todos nós conhecemos pessoas que têm altos salários, mas sempre estão no

vermelho, pessoas que têm consciência das altas despesas de início de ano e não

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fazem nenhuma reserva financeira para se proteger. Existem também pessoas que

insistem em usar o cheque especial continuamente, mesmo sabendo que estão

pagando uma das maiores taxas de juros do mundo, senão a maior. A solução para

essas pessoas não é ganhar mais dinheiro, mas saber administrar melhor o dinheiro

que ganha. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 85,3%

das famílias não conseguem pagar todas as despesas com o que recebem. Isso

abrange 41 milhões de famílias, que gastam mais do que ganham, significando

aproximadamente 150 milhões de pessoas vivendo em domicílios endividados. Ainda

segundo o IBGE, as famílias mais pobres gastam mais do que ganham, no caso dos

que tem renda familiar mensal de até R$ 400,00, as despesas somam R$ 454,70, já

os que recebem de R$ 2 mil a 3 mil, gastam em média R$ 2.450,00 e os com

rendimentos acima de R$ 6 mil apresentam gastos da ordem de R$ 8,7 mil.

A procura do equilíbrio é tarefa inglória, exigindo uma mudança de

comportamento e um total controle sobre impulsos consumistas e uma perfeita

administração das datas tradicionais de compras.

É claro que você conhece muitas pessoas que estão “no vermelho” e esse

grupo de pessoas vem aumentando com o tempo.

Isso se deve a dois fatores:

1) Crédito fácil

2) Muitas pessoas querem manter um padrão de vida acima de sua realidade

econômica.

Na verdade, esses dois fatores estão interligados, pois a grande facilidade de

obtenção de crédito passa a idéia de que, parcelando as compras, é possível consumir

mais. De acordo com Célio Tavares (Ctavares, 2014):

“Somos estimulados a consumir a todo o momento. Existem pessoas que consideram

importante comprar, não importa o quê, compram qualquer coisa, inclusive mercadorias

de valor acima de suas possibilidades. No momento da compra, a pessoa sente-se

muito bem e depois passa a sentir-se culpada e acaba por fazer novas compras para

"aliviar a insatisfação". Com isso, a pessoa começa a endividar-se, usando

recursos como cheque especial, cartão de crédito e cheques pré-datados, artifícios que

ajudam a "empurrar a dívida com a barriga"”.

A primeira desculpa da pessoa que está com descontrole financeiro é que

ganha pouco. Mas, na realidade, este não é o problema principal. Tanto é que existem

pessoas que ganham menos e nem por isso estão “no vermelho”. O verdadeiro

problema é que muitas pessoas insistem em ter sempre o melhor, não importa se ela

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vai usar todos os recursos dos produtos considerados melhores, mas, se o vizinho,

parente ou colega de trabalho tem, elas também "precisam ter" e o resultado é

acumular dívidas. Independente do salário. A questão é que a pessoa saiba qual dos

produtos existentes se encaixa melhor no seu bolso, de forma que seja possível

adquiri-lo, sem perder o controle da realidade financeira.

1.2.2 - Controle financeiro pessoal

A primeira regra para quem quer colocar (ou manter) as finanças em ordem é fazer do

controle financeiro pessoal um hábito. Isso significa saber exatamente quanto se

ganha e quanto gasta e acompanhar de perto o orçamento ao longo do mês.

Seja qual for a ferramenta de controle financeiro pessoal que você escolher, o mais

importante é reorganizar a forma como você administra seu orçamento. Assim como:

Mapeie suas despesas mensais:

Com ajuda de uma ferramenta de controle financeiro, identifique todos os seus

gastos no último mês para entender onde o seu dinheiro está indo parar.

Identifique onde você está gastando demais:

Para saber qual o principal vilão do seu orçamento, é preciso segmentá-lo com

ajuda de uma regra que chamada de 50-15-35. Que é:

Até 50% para gastos essenciais

Os gastos essenciais são as despesas que você necessita para viver, por isso,

devem ser separadas primeiramente. Metade da sua renda deve ir, portanto, para

pagar contas de residência, luz, água, gás, gastos com transporte diário e comida,

bem como despesas feitas para educação e saúde.

Pelo menos 15% para prioridades

Essa porção é o grande segredo para o funcionamento da regra do 50-15-35 e,

consequentemente, para a sua segurança financeira. Após separar metade da sua

renda para gastos básicos, é essencial que você destine pelo menos 15% da sua

renda para alimentar um plano de previdência ou um investimento de longo prazo.

Essa segunda quantia pode garantir que, no futuro, você não seja pego de surpresa

por gastos inesperados ou urgentes. Manter 15% para prioridades financeiras pode

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ajudar quem já está no vermelho: é uma boa forma de planejar seu pagamento de

dívidas (Guiabolso, 2014).

Os 35% restantes: seu estilo de vida

Após separar sua renda nos dois grupos acima, você tem os 35% restantes do

dinheiro. Isso significa que um pouco mais de um terço do seu orçamento deve ser

investido em atividades rotineiras, de lazer e que podem trazer mais conforto para sua

vida. Os 35% podem ser gastos com serviços de TV a cabo, um melhor provedor de

internet, academia, atividades esportivas, gastos com bares, restaurantes e festas,

enfim, quais forem as melhorias desse grupo, escolha as que mais o fazem sentir

confortável.

Controle financeiro pessoal – Gastos essenciais:

Abrangem todas os gastos necessários para você se manter no seu dia-a-dia:

despesas com moradia, transporte, saúde, alimentação e educação são exemplos que

entram nesta categoria. O ideal é que os gastos essenciais não ultrapassem 50% da

renda.

Controle financeiro pessoal – Estilo de vida:

Esta categoria é a motivação para sairmos de casa todos os dias para ir

trabalhar. Todos os gastos relacionados a lazer e hobbies entram aqui: academia,

salão de beleza, restaurantes, baladas e compras no shopping são exemplos. O ideal

é gastar no máximo 35% da renda para manter seu estilo de vida.

Defina metas e corte despesas:

Com suas despesas mapeadas, você já consegue identificar onde está

gastando mais do que deveria. Agora é hora de colocar metas para cada um dos seus

gastos, para conseguir adequar seu orçamento à regra dos 50-15-35.

Você provavelmente precisará cortar despesas para equilibrar seu

orçamento. Comece pelos gastos com estilo de vida, depois olhe para as prioridades

financeiras e, por último, cheque os gastos essenciais.

Calcule o valor que você pode gastar por semana:

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Fica bem mais fácil colocar as metas de gastos mensais em prática quando

você as desdobra por semana ou por dia. Se você tem uma meta de gastar R$ 800

por mês no supermercado, por exemplo, programe-se para gastar R$ 200 nas suas

compras semanais. Se pretende gastar R$ 400 reais por mês no almoço, coloque a

meta de gastar R$ 20 por dia.

Acompanhe seu desempenho:

Seguindo a regra dos 50-15-35, você terá 15% da sua renda destinada às suas

prioridades financeiras. O primeiro passo é quitar suas dívidas acumuladas, mas

depois que você se reorganizar financeiramente, conseguirá começar a guardar

dinheiro. Monitore o quanto você conseguirá poupar ao longo dos próximos meses.

Ver os resultados dos seus esforços de controle financeiro pessoal é um grande

motivador para ajudá-lo a seguir em frente e assumir novas metas.

Construa uma reserva de emergência:

O primeiro objetivo financeiro para quando você conseguir começar a guardar

dinheiro, é construir uma reserva de emergência de três a seis salários para se

prevenir contra as adversidades da vida.

1.3 – A sociedade atual e o consumo

As pessoas são vistas pela sociedade, muitas vezes pelo que possuem e

aparentam ser, fatores como dinheiro, bens materiais, roupas, lugares que

frequentam, ou seja, a necessidade de adquirir o tão almejado “status”. É isto que

vem predominando na grande parte população atual. Uma corrida desenfreada para

conquista do mesmo, caracterizando felicidade para muitos (TOLOTTI, 2007).

O mercado vem contribuindo cada vez mais, com evolução e diversidade de

produtos e serviços prestados, está cada vez mais difícil suprir os desejos pessoais.

Tolloti (2007) cita: “Comprar é uma arte que pode ser apreciada. Mas pode se

transformar em um veneno, se for tomado como remédio contra a insatisfação,

depressão, baixa estima e angústia.”

Segundo o artigo publicado por Macedo Junior (2009), ele descreve que na

sua infância uma televisão antigamente era motivo de uma grande conquista e

felicidade para toda a família. Hoje a maioria das famílias possui duas ou mais

televisões em suas casas, mas nem por isso é motivo de alegria.

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Atualmente com a televisão surge à necessidade em ter TV a cabo, DVD,

CDs, home theater e etc., ou seja, os indivíduos estão cada vez mais envolvidos com

as armadilhas de consumo. De acordo com Macedo Junior (2007, p. 19):

No Brasil é comum presenciarmos situações de pessoas que se endividam

para comprar roupas, carros e joias que não condizem com seus ganhos

mensais. É importante frisar que você deve tomar cuidado ao adquirir

objetos de luxo com o dinheiro que é fruto de seu trabalho. Até porque o

trabalho demanda tempo, que é o bem mais preciso: Tempo = Vida.

Atualmente, dizer que não temos tempo confere grande status. Estar com a

agenda cheia, ser incapaz de desfrutar da companhia dos amigos e mesmo

da família nos fins de semana tudo isso dá status.

Contudo, é importante administrar bem o dinheiro ganho mensalmente que é

fruto de trabalho diário, de tempo disponibilizado diário. Pois, este tempo gasto, não

voltará mais, não podendo ser comprado por dinheiro nenhum.

1.4 – Tempo e dinheiro

De acordo com Macedo Junior (2009), as pessoas estão deixando de ter uma

relação saudável com o dinheiro. Estão se afastando cada vez mais das pessoas

e das coisas que realmente amam, esquecem dos sonhos e éticas pessoais para

conseguir acumula-lo cada vez mais. Acreditam que quando ganham dinheiro com

seu tempo, estão utilizando-o da melhor forma possível. Esquecem de viver o

presente e da sua importância. Os pensamentos sempre estão voltados ao futuro,

criando obstáculos às vezes desnecessários em suas vidas.

Será mesmo necessário conquistar tudo que se deseja para depois pensar em

ser feliz? O tempo não pode ser comprado, e também não pode ter a garantia

de que será certo e infinito. É importante ser feliz hoje, realizando as coisas com

amor e prazer de fazer o que gosta, sem esquecer-se de planejar o amanhã.

Tolotti (2007, p. 88) comenta:

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Pode haver alguma coisa mais tola, que a maneira de viver desses

homens? Vivem ocupados para poderem viver melhor: acumulam a vida,

dissipando-a. A expectativa é o maior impedimento para viver: leva-nos para

o amanhã e faz com que se perca o presente.

O tempo é o principal ingrediente para determinar se a relação com o dinheiro

é saudável. Não existe parâmetro que estabeleça o que é certo ou errado, porque

são questões muito subjetivas. Aquilo que é saudável para um pode não ser

saudável para outro. Mas, para todos, o tempo investido em qualquer relação, seja

financeira, afetiva ou profissional, jamais retornará. O próprio tempo é uma

possibilidade: cada sujeito pode mensurar o quanto vale a pena à troca que faz de

algo, pelo tempo de sua vida (TOLLOTI, 2007).

Viver com intensidade cada momento, cuidar da saúde antes de tudo para

que se possa desfrutar com maior qualidade as nossas vidas, sendo esta, o alicerce

para que se tenha a condição de decidir o que melhor fazer com o tempo, para

assim conquistar os objetos e sonhos pessoais (MACEDO JUNIOR, 2009).

Contudo, é importante preocupar-se com o planejamento de curto, médio

e longo prazo da vida. Mas, também importante cuidar paralelamente da saúde, para

que se possa desfrutar com qualidade os resultados adquiridos com o planejamento

de hoje.

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CAPÍTULO II

INVESTIMENTOS

Segundo o site, Brasil – Economia-Governo: “Os investimentos no Brasil estão

perdendo valor?”. Ao final de janeiro, o blog Beyond Brics, ligado ao jornal Financial

Times, ventilou uma notícia sobre a perda de valor dos investimentos feitos por

estrangeiros no Brasil. A notícia, além de trazer preocupações em seu título (Investing

in Brazil: Value creation and value destruction), traz outra ainda maior sob o ponto de

vista da estrutura do balanço de pagamentos e da posição de vulnerabilidade externa.

As duas principais contas do balanço de pagamentos1 – o resultado em

transações correntes e a conta capital e financeira – servem como referência para

avaliar a situação do país frente ao sistema financeiro internacional. Países deficitários

em transações correntes, ou seja, aqueles que consomem mais do que produzem,

precisando importar bens e serviços do exterior, precisam recorrer ao financiamento

externo, seja por investimento estrangeiro ou por ajuda externa, como faz o Fundo

Monetário Internacional (FMI) ao detectar países com desequilíbrios nas contas

externas.

O Brasil, nos últimos dez anos, tem conseguido manter o financiamento de seu

déficit em transações correntes de forma saudável, sendo o investimento direto a

principal fonte de financiamento. De 2002 até o final de 2012, não havia necessidade

de financiamento externo nas contas externas2. Esse cenário benéfico, entretanto, foi

revertido em 2013, com o desempenho ruim da balança comercial, passando o país a

necessitar de 0,8% do PIB para financiar o resultado negativo das transações

correntes. Apesar do resultado, o país não fechou as contas em 2013 de forma

totalmente negativa porque os investimentos estrangeiros em carteira3 ajudaram no

financiamento do saldo negativo.

___________________

1Instrumento de contabilidade que resume as transações econômicas de bens e serviços entre residentes e não residentes. 2Necessidade de financiamento externo= déficit de transações correntes menos os investimentos estrangeiros diretos líquidos. 3O investimento direto é constituído quando o investidor detém 10% ou mais das ações ordinárias ou do direito a voto numa empresa; considera-se como investimento em carteira quando ele for inferior a 10%.

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Preocupa, todavia, o fato de que investidores estrangeiros possam estar

perdendo dinheiro ao investir no país, fazendo com que esses atores revejam suas

estratégias de investimento para outros países emergentes. O artigo supracitado

argumenta que houve destruição de valor nos investimentos de estrangeiros no Brasil

e expõe dados do Banco Central para avaliar o tamanho da perda de valor no estoque

de investimento estrangeiro no país, tanto direto, como em renda fixa e em ações. O

objetivo desse texto é avaliar os números de estoque e fluxo de investimento

estrangeiro no Brasil, verificar se há perda de valor desses investimentos e avaliar se

essa perda está relacionada com a volatilidade cambial e/ou com a perda do valor dos

ativos nacionais.

Investimento Estrangeiro Direto

Avaliando os dados atualizados recentemente pelo Banco Central4, observa-se

que, entre janeiro de 2003 e novembro de 2013, o fluxo de IED no Brasil valia US$405

bilhões e que o estoque de IED e todo o investimento acumulado nesse período,

aumentou em quase US$600 bilhões.

Esse aumento se deve aos fluxos e à valorização dos ativos. Os números

podem ser observados no Gráfico 1.

Gráfico1

___________________

4O Banco Central revisa periodicamente os dados de estoque de investimento estrangeiro no país para

fins de demonstração da posição internacional de investimento, conforme o Padrão Especial de

Disseminação de Dados, requerido pelo FMI.

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Importante ressaltar que o País tem atraído fluxos de investimento direto cada

vez maiores, por anos seguidos e acumula, entre 2003 e 2013, um estoque de

investimento estimado em US$725 bilhões5. Em 2010, apesar de um fluxo menor de

IED em relação a 2009, o país captou investimentos no valor de US$26 bilhões. Além

da alta no valor das empresas brasileiras nesse ano (IBOVESPA), a apreciação do

Real (que altera o valor do estoque em dólar) também ajuda a explicar parte da alta no

valor do estoque entre 2009 e 2010. O mesmo raciocínio pode ser utilizado para

explicar o grande recuo no estoque de IED a partir de 2011, quando o valor das

empresas brasileiras caiu e o houve subsequentes desvalorizações da moeda

nacional. Por exemplo, enquanto o dólar valia R$1,69 ao final de 2010, esse valor

subiu para R$1,83 ao final de 2011, uma desvalorização de 8,5% em um ano. Um

investidor estrangeiro que tenha trazido R$1.690 (ou US$1.000) para o país em 2010,

se resolvesse retirar essa quantia do país ao final de 2011, teria o valor equivalente a

US$923,5, ou seja, perda de US$76,5. O Gráfico 2 mostra que a correlação6 entre a

variação no estoque de IED e a variação cambial é de -0,75, ou seja, uma

desvalorização cambial está fortemente associada a uma variação negativa do

estoque de IED.

Gráfico 2

___________________

5O estoque de investimento estimado depende do fluxo líquido captado e do valor de mercado desses

investimentos durante cada ano. O valor do estoque de IED, em dólares, aumentou muito em 2009,

resultado tanto da apreciação cambial quanto da alta no valor das ações brasileiras. 6O coeficiente de

correlação mostra a influência que uma variável tem sobre a outra. Valores próximos a 1 (ou -1)

mostram que elas são fortemente positivamente (ou negativamente) relacionadas.

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Em 2010, observa-se que a alta dos ativos brasileiros influenciou fortemente o

aumento no valor dos estoques de investimento no país. Como mostra o Gráfico 3, a

correlação entre o índice Bovespa e os estoques de investimento direto7 é fortemente

positiva, de forma que aumentos no índice Bovespa estão associados a variações

positivas no valor do estoque de IED.

Portanto, a queda no valor desses estoques, observadas a partir de 2011, além

de refletir a desvalorização cambial, também é resultado do baixo desempenho das

ações das empresas negociadas na Bovespa.

Gráfico 3

Investimento Estrangeiro em Renda Fixa

A análise seguinte compara estoques e fluxo dos investimentos estrangeiro em

renda fixa a partir de 2002. O dado mais recente do Banco Central mostra que o

estoque de renda fixa em posse de estrangeiros soma US$175,5 bilhões no período.

Entre 2009 e 2010, o fluxo em renda fixa, somado, foi de US$ 47 bilhões e o estoque

aumentou US$56,5 bilhões.

__________________

7Por definição, investimentos acima de 10% em ações de uma mesma empresa são classificados como

IED.

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Investimento Estrangeiro em Renda Fixa

A análise seguinte compara estoques e fluxo dos investimentos estrangeiro em

renda fixa a partir de 2002. O dado mais recente do Banco Central mostra que o

estoque de renda fixa em posse de estrangeiros soma US$175,5 bilhões no período.

Entre 2009 e 2010, o fluxo em renda fixa, somado, foi de US$ 47 bilhões e o estoque

aumentou US$56,5 bilhões.

Gráfico 4

Como apontam a maioria dos economistas em comércio internacional,

investimentos em carteira, ao contrário dos investimentos diretos, são movidos por

diferenças no retorno ao capital (Markusen et al, 1995). No caso dos investimentos em

renda fixa, devido ao grande diferencial de juros oferecido pelos ativos brasileiros,

estes têm sido pouco afetados pela mudança de percepção no risco e pela queda de

valor das empresas brasileiras.

Entre 2011 e 2012, por exemplo, enquanto o valor do estoque do IED caía, o

estoque nessa categoria de investimento apresentou uma alta de US$42 bilhões. As

variações do dólar não alteram tanto a decisão de investimento no país, quanto nos

outros investimentos, como mostra o Gráfico 5, embora possa ser observada uma

correlação negativa relativamente alta.

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Gráfico 5

Investimento Estrangeiro em Ações

Quanto aos investimentos estrangeiros em ações, importante componente do

investimento em carteira, há uma forte relação entre o valor do estoque e o valor das

ações das empresas brasileiras avaliadas no IBOVESPA. O valor do estoque dos

investimentos estrangeiros em ações caiu fortemente em 2008, ano da crise financeira

internacional, quando houve perda no valor das empresas listadas no Ibovespa (em

Reais), acompanhada da desvalorização da moeda nacional, como mostra o Gráfico

6.

Gráfico 6

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Apesar da recuperação do valor do estoque dos investimentos em carteira em

2009 e 2010, a variação estimada do valor desses estoques a partir de 2011 é

negativa. O recuo no estoque de investimentos em ações, nos últimos 3 anos, apesar

do país ter recebido fluxos positivos no período, resulta da desvalorização cambial

recente, dado que houve leve recuperação nos valores das empresas brasileiras.

O Gráfico 7, que mostra a relação entre a variação do valor do estoque dos

investimentos em carteira e a variação cambial, aponta uma correlação de -0,87.

Gráfico 7

A situação de vulnerabilidade externa brasileira atual é muito diferente do

observado pela história econômica do país. O país hoje possui reservas internacionais

suficientes para cobrir sua dívida externa total. A dívida externa líquida, negativa,

mostra que o país está na posição de credor internacional, algo inédito até 1998, como

mostra o gráfico abaixo.

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Gráfico 8

Esses indicadores, entretanto, são extremos quando se considera as condições

das contas externas. É possível explicar que a perda de valor dos investimentos

estrangeiros, tanto direto quanto em carteira, ocorre devido à um ajuste cambial. Mas

a queda nos preços dos ativos, causando a perda de valor no estoque dos

investimentos em ações, preocupa, visto que este tem sido complementar no

financiamento do déficit em transações correntes.

Em adicional, uma percepção de maior risco do país, acompanhada de baixo

retorno dos ativos brasileiros frente a outros países, que pode piorar diante do

rebaixamento da nota brasileira e tende a deixar o país em uma posição vulnerável,

com saída de capitais estrangeiros. A divulgação de matérias como a do blog Beyond

Brics altera a percepção de investidores estrangeiros sobre os ativos brasileiros e

preocupa caso haja uma reversão no fluxo de investimento estrangeiro para o país.

2.1 – Investimento de Renda Fixa

Os investimentos de renda fixa são os mais indicados para quem quer evitar

riscos. O investidor é quem escolhe quanto vai investir e em quanto tempo vai

retirar o dinheiro. Tornando possível projetar antecipadamente seu lucro no momento

de assinatura do contrato, antes mesmo de desembolsar a verba (R7 NOTÍCIAS,

2011). A seguir discorre-se sobre como funciona este mercado, a diferença entre

os títulos Pré-fixados ou Pós-fixados, quais os tipos de investimentos, as formas de

tributação e eventuais riscos de liquidez, de crédito e de mercado. O Investimento de

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Renda Fixa, só é indicado para um cliente, quando se é feito o Suitability (que veremos

mais a frente), quando o questionário é preenchido pelo investidor e a partir daí

descobrimos qual o perfil do cliente para investimentos, no caso se é conservador/

prudente, moderado / equilibrado, dinâmico ou agressivo / arrojado. O cliente que

investe em Renda Fixa, seu perfil na maioria é sempre conservador, porque ele não

quer correr riscos no seu investimento, ou seja, não posso indicar um investimento em

Renda Variável para um cliente que quer ter pouco ou zero perda do seu capital

investido.

Se tratando de investimento em Renda Fixa e Variável, não pode indicar

qualquer um dos investimentos para qualquer cliente, sem saber primeiro o tipo de

investidor que ele é, o quanto de capital quer investir, o tempo de retorno e retirada

deste capital. Venhamos nos atentar sobre este tipo de procedimento para que não

ponha o capital do cliente em risco e assim causando grandes problemas para o

mesmo e para a empresa que fez o procedimento.

2.1.1 - Taxa pré-fixada ou pós-fixada

Em investimento com taxa pré-fixada, já se sabe antecipadamente qual será a

rentabilidade que irá receber ao final do período da aplicação. A taxa é definida no

momento da contratação, podendo variar de um banco para outro.

Segundo exemplo de Cerbasi (2008, p. 138):

Ao pesquisar os CDBs que seu banco lhe oferece para uma aplicação de

R$1.000, uma das opções é investir durante 12 meses, a juros de 10% ao

ano. Ao optar por este investimento, você sabe que receberá, antes do

pagamento do Imposto de Renda, um montante de R$ 1.100 ao final do ano.

Convém destacar que investimentos de renda fixa pré-fixados podem

apresentar grandes riscos, caso os juros aumentem (Taxa Selic) o valor do título

adquirido antes tende a não aumentar tanto quanto um título novo, podendo gerar

perdas.

O investimento em títulos pré-fixados, no entanto, podem acarretar perdas,

quando houver a necessidade de vender antes do período de vencimento, ou

quando a taxa básica de juros tenha sido elevada. Isso porque o desconto ao valor

do título será maior, visto que seu valor máximo é sempre R$ 1 mil.

Segundo exemplo do site de notícias Terra:

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[...] se um título foi comprado em janeiro e tem vencimento em primeiro de

janeiro do ano seguinte, a uma taxa de 10% ao ano, o preço dele é de R$ 1

mil descontados 10% pelo período até o vencimento. Assim, esse título foi

comprado em janeiro por R$ 909,09. Supunha que, em março, o Banco

Central dobre a taxa de juros. Com isso, os títulos do Tesouro passarão a

ser reajustados com uma valorização de 20% ao ano, e não mais de 10%

como três meses antes. Assim, o valor de mercado do mesmo título, em

março, passou a ser R$ 1 mil descontados 20% de juros compostos ao ano

pelo período até o vencimento (nesse caso, nove meses), o que equivale a

R$872,20 (PITA,2011),s.p.]).

Já os investimentos com taxas pós-fixadas, possuem a rentabilidade atrelada

em algum tipo de índice, como exemplo; Taxa Selic, CDI, variação do IPCA ou

IGPM acrescido de um percentual.

Segundo Cerbasi (2008, p. 138):

Digamos que para os mesmos R$ 1000 que você deseja aplicar, o banco

lhe oferece dois CDBs; um deles pagará 90% do CDI, enquanto o outro

pagará 6% ao ano acima da inflação medida pelo IPC-A. Neste caso você não

sabe de antemão quanto terá ao final dos 12 meses, pois, seu resultado

dependerá da evolução dos indicadores. Se, na primeira opção, o CDI

acumulado em 12 meses for de 10%, você receberá 90% desse índice, ou 9%

antes do imposto. Na segunda opção, se a inflação for de 3,5%, você

receberá 9,5% antes da retenção do imposto.

Importante destacar que investimentos de renda fixa, independente da taxa

pré ou pós-fixada não possuem prazo mínimo obrigatório, porém, para aplicações

inferiores a 30 dias, é aplicado uma alíquota de IOF regressiva, penalizando os

investidores de curtíssimo prazo.

Caderneta de Poupança e títulos que estão vinculados a financiamentos

imobiliários estão isentos deste tributo.

2.1.2 – Caderneta de poupança

Criada com o intuito de adquirir fundos para financiamento de habitações

populares, infraestrutura e saneamentos básicos, os valores arrecadados em

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caderneta de poupança são aplicados de acordo com regras do BACEN;

funcionando como um contrato de prestação de serviços entre bancos e o BACEN,

que define que todas as instituições sigam as mesmas regras.

De acordo com a Exame, Infomoney e Gazeta (2014, [s.p.]), a poupança há

anos vem sendo a forma de investimento mais popular entre os brasileiros devido

sua simplicidade: garantia de rentabilidade mensal (taxa referencial mais 0,5% de

juros ao mês), não incidência de Imposto de Renda sobre os rendimentos, não

tributação de IOF para os resgates antes de 30 dias, pode ser feito pequenos

depósitos em qualquer data, a remuneração é feita a cada mês completado.

Os recursos aplicados são protegidos pelo FGC até o limite de R$ 60.000,00

por CPF (SANDRINI, 2011, [s.p.]).

Segundo Bruni (2010, p. 84):

A taxa referencial (TR) nasceu com o Plano Color II. Teve a intenção de

ser uma taxa básica referencial dos juros a serem praticados no mês. É

utilizada no cálculo do rendimento da Caderneta de Poupança, alguns títulos

públicos e empréstimos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Sua

base de cálculo é a Taxa Básica Financeira (TBF), resultante da média diária

das taxas de juros praticadas nas operações de Certificados de Depósito

Bancário (CDBs), e Recibos de Depósitos Bancários (RDBs), dos 30 maiores

bancos. Para média final, excluem-se as duas maiores e as duas menores

taxas.

Vantagens de investir na poupança

- Descomplicada, fácil de manusear e padronizada: segue as mesmas regras e tem a

mesma rentabilidade não importa qual for do banco;

- Não tem limite de investimento;

- Não sofre incidência do imposto de renda;

- É seguro. Caso o banco onde o investidor tem sua poupança quebre, o Fundo

Garantidor de Crédito (FGC) garante a devolução de até R$ 250 mil;

- Para quem pretende começar a investir e não tem muita disciplina com as finanças,

a poupança é uma opção para iniciar uma reserva financeira;

- Tem liquidez absoluta. É possível sacar o seu dinheiro a qualquer tempo, sem

burocracia.

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Desvantagens de investir na poupança

- A maior desvantagem da poupança é o seu baixo rendimento. A poupança rende a

TR mais 0,5% ao mês. A TR é a Taxa Referencial e nos últimos anos, tem dado à

poupança um rendimento entre 0,5% e 0,7% todo mês. Esse rendimento é

considerado muito baixo perto das demais opções;

- Para fazer jus ao rendimento da poupança é necessário que o investidor permaneça

com o dinheiro aplicado por um mês inteiro, até a poupança completar o "aniversário";

- A facilidade de saque pode fazer com que a pessoa faça pequenas retiradas e se

descapitalize.

2.2 – Títulos de Renda Fixa

Os títulos de renda fixa funcionam basicamente como um empréstimo.

Podendo ser emprestado ao Banco, através de “CDB, Letras Hipotecárias e Letras

Cambiais”, empresas privadas ou públicas na forma de “Debêntures e Notas

Promissórias” e o nosso próprio Governo através de “Letras e Notas do Tesouro

Nacional”.

No momento do investimento é pré-estabelecido à forma de cálculo dos juros

sobre o capital emprestado, que pode ser; Pré-fixado ou Pós-fixado. O principal

objetivo destes investimentos é fazer com que os bancos, empresas e o governo,

consigam recursos da população a uma taxa de juros mais baixa, do que seria se

captassem diretamente de bancos. (CERBASI, 2008)

A principal vantagem em investir em Renda Fixa é que os riscos são menores,

porém existem alguns riscos envolvidos ao investir nesse tipo de investimento. Tais

como:

- Inadimplência do Emissor do título

Quem investe em renda fixa está comprando um Título de Dívida, ou seja,

empresta dinheiro ao emissor do papel, que em troca lhe paga juros até a data de

vencimento desse papel, quando ocorre o resgate do título.

Sobretudo quando os emissores dos títulos ficam inadimplentes e não

conseguem pagar a dívida é quando o maior risco vinculado a estes títulos ocorre.

Este é o cenário que ocorreu com a Argentina em 2002 e o drama que vive as

economias desenvolvidas atualmente, que se encontram em um limite de

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endividamento e não conseguem obter novos empréstimos sem que o mercado

cobre uma taxa mais alta.

- Mudanças bruscas nas taxas de juros

Outro risco é quando há mudanças bruscas nas taxas de juros o que causa

impacto nas cotações dos títulos. Isto acontece porque o preço dos títulos são

preços de mercado e oscilam conforme as expectativas de juros pelos agentes

financeiros.

Se for feita a venda dos títulos de forma antecipada, está oscilação pode ser

negativa, podendo gerar perdas financeiras. Esta troca de títulos gerando perdas é o

mecanismo conhecido como marcação a mercado nos fundos de investimentos.

- Inflação

Ainda que não ocorra a perda nominal do capital, o valor investido na Renda

Fixa poderá sofrer perdas no poder aquisitivo se a inflação no período do

investimento for maior do que a rentabilidade conferida ao título investido.

- Desvalorização Cambial

O mundo está conectado e não adquirimos produtos exclusivamente em

Reais. Apesar da boa saúde neste momento da economia brasileira, já tivemos no

passado muito problemas econômicos, o que desvalorizava nossa moeda perante os

pares mundiais, encarecendo a compra/importação de produtos cotados em outras

moedas. A desvalorização cambial, portanto, gera um risco que deve ser

considerado em seus investimentos.

2.2.1 – Títulos Privados

Um título privado nada mais é que um empréstimo para uma empresa ou

instituição financeira. O orçamento destas companhias, devido a necessidades de

capital de giro ou aumento de investimentos, por exemplo, pode precisar de mais

recursos em determinado momento. Os títulos privados são a alternativa que as

companhias detêm para tornar isto possível.

Os ativos possuem diferentes características e prazos de vencimento, com

diferentes níveis de risco. O risco de cada ativo, determinado pelas garantias e pela

saúde financeira de cada companhia, é acompanhado pelas agências de classificação

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de risco. Os principais tipos de títulos privados podem ser considerados os

Certificados de Depósito Bancário e os Depósitos a Prazo com Garantia Especial, em

relação às instituições financeiras, e as debêntures em relação às demais empresas.

2.2.1.1 - CDB – Certificado de Depósito Bancário

O Certificado de Deposito Bancário (CDB) e o Recibo de Depósito Bancário

(RDB) são conhecidos como depósitos a prazo. Os títulos possuem prazo de

vencimento determinados e podem ser negociados em bancos comerciais, bancos de

investimento ou bancos de desenvolvimento. Aplicações garantidas pelo Fundo

Garantidor de Créditos (FGC) até o limite pré-estabelecido.

A diferença básica entre o CDB e o RDB é que o segundo não admite a

negociação antes de seu vencimento e também não pode ser transferível. Ao

comprar um CDB, a pessoa está emprestando dinheiro ao Banco, no qual receberá

o pagamento de juros em troca (BRUNI, 2010).

2.2.1.2 – Prazos

Normalmente as aplicações têm prazos que variam entre 30 dias, 180 dias ou

até mesmo anos. Porém, os CDBs podem ser negociados ou resgatados antes do

seu vencimento. Destaca-se que não existe a obrigação do banco emissor de

recomprar o CDB antes do vencimento, quando não tenha assumido nenhum

compromisso junto ao cliente. Normalmente os bancos atendem as solicitações dos

seus clientes para o resgate antecipado. A taxa de juros paga pelos bancos pode ser

pré-fixada, pós-fixada (VEIGA, 2009).

2.2.1.3 – Pós-Fixados

Na taxa de juros pós-fixada, a remuneração só será definida depois do

vencimento do título. O CDB mais tradicional pós-fixado é o indexado ao Certificado

de Depósito Interbancário (CDI), o Banco do Brasil costuma estabelecer uma taxa

para o cliente compatível com 82% a 97,5% do CDI (BB, 2014).

As taxas de percentual do CDI podem variar de acordo com o banco, os

títulos que acompanham o CDI, não possuem prazo mínimo de aplicação.

2.2.1.4 – Pré-fixado

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Os CDBs pré-fixados são remunerados de acordo com as taxas previamente

acordadas entre os bancos e os clientes, as aplicações podem ser resgatadas a

qualquer momento. Porem deve-se ficar atento ao IOF que incide sobre a

rentabilidade nos primeiros 30 dias.

Essa tributação foi uma forma que o governo encontrou para desestimular as

operações de curto prazo tanto no CDB como em fundos de investimentos. Convém

destacar que CDBs prefixados, apesar de ser um investimento de renda fixa, podem

apresentar perdas, principalmente em aplicações de longo prazo. Os CDBs sofrem

grande influência com as subidas dos juros da economia. Caso os juros da economia

venham a subir, o preço dos títulos comprados antes da subida sofrerá uma

desvalorização, podendo gerar perdas.

2.2.1.5 – Riscos inerentes ao produto

Os riscos envolvendo operações com CDBs consistem no risco de crédito,

caso a instituição emissora do título venha a quebrar por má gestão e

consequentemente não possa arcar com seus compromissos. No risco de mercado,

está associado à subida da taxa de juros, no caso das aplicações pré-fixadas. Risco

associado à solidez do emissor.

Contudo, os riscos existentes no CDBs são diminuídos em função da

existência do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre perdas até o valor de

R$ 70.000,00 por cliente, ou seja, por CPF. (BRUNI, 2010)

A tributação dos CDBs é semelhante à maioria das aplicações de renda fixa:

• 22,5% – sobre os rendimentos ocorridos até 180 dias após a aplicação;

• 20% – sobre os rendimentos ocorridos até 360 dias após a aplicação;

• 17,5% – sobre os rendimentos ocorridos até 720 dias após a aplicação;

• 15% – sobre os rendimentos ocorridos após 720 dias da aplicação.

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2.3 – Letras Hipotecárias

2.3.1 - Definição

As Letras Hipotecárias são uma forma de captação de recursos utilizada por

instituições financeiras para financiar linhas de créditos imobiliários. Somente

instituições financeiras autorizadas podem emiti-las. O valor mínimo para aplicação

é de R$ 50.000,00. (INVESTIMENTOS FINANCEIROS, 2014)

As LHs podem ser emitidas com juros prefixados, pós-fixados, prazo mínimo

de 180 dias e máximo 24 meses. (BRUNI, 2010)

2.3.2 – Forma de resgate

Após 180 dias de sua emissão, as instituições passam a aceitar algumas

formas de resgate, podendo ser resgate total ou parcial. Para ser resgatado em

períodos anterior há 180 dias, somente em caráter excepcional, gerando rescisão

contratual, perdendo o direito à correção e remuneração sobre o valor investido.

2.3.3 – Liquidez

Possui baixa liquidez devido à carência de 180 dias, da exigência de um

volume mínimo de capital para aplicação e da grande quantidade de produtos

disponíveis no mercado. Os investidores acabam optando por investimentos com

prazos mais maleáveis.

2.3.4 - Rentabilidade

As Letras Hipotecárias possuem um grande diferencial na rentabilidade, a

isenção de IR para aplicações de pessoas físicas. As aplicações podem ser pré-

fixadas, ou pós-fixadas.

2.3.5 – Riscos inerentes ao produto

Os riscos em operações com Letras Hipotecárias são relativamente baixos,

pois, possui a garantia da carteira de crédito hipotecário, a garantia fidejussória

adicional da instituição financeira e ainda contam com o Fundo Garantidor de

Crédito, que assegura ao investidor o recebimento de até R$ 60.000,00 por CPF.

(BRUNI 2010).

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Da mesma forma do que acontece com os CDBs, os investimentos em letras

hipotecarias também estão sujeitos ao risco de quebra da instituição financeira.

2.4 - Debêntures

2.4.1 – Definição

As debêntures são títulos emitidos por empresas de capital aberto. O objetivo

é obter recursos de médio e longo prazo para financiar as suas atividades ou quitar

dívidas. Conferem ao debenturista (detentor do título) um direito de crédito contra as

mesmas, formalizado através de um documento legal, que declara as condições, tais

como: prazo, remuneração, garantias, periodicidade de pagamento de juros etc.

Cada debênture emitida representa uma fração da dívida contraída pela companhia

no ato de sua emissão. As empresas são beneficiadas por terem uma maior

flexibilidade quanto à utilização dos recursos captados dos aplicadores, já que não

necessitam apresentarem projetos de como serão utilizados os recursos adquiridos

através da emissão das mesmas, a remuneração e o pagamento de juros aos

debenturistas pela emissão dos títulos são menores do que se recorresse a

financiamentos bancários, de modo geral é comum que as operações apresentem

taxas de remuneração pós - fixadas tendo como indexador as taxas do CDI ou do

Selic (CERBASI, 2008).

As debêntures são, basicamente, títulos de renda fixa de médio e longo

prazos emitidos por empresas. As debêntures valem a pena especialmente aos

investidores de renda fixa que acreditam que o movimento das taxas de juros já

chegou ao seu limite, impedindo uma rentabilidade maior das aplicações em renda

fixa. Se acreditar que que o cenário atual está mais para a continuação de queda da

taxa de juros, pode ser uma boa alternativa. É claro que, dependendo do ritmo de

recuperação da economia e do preço do dólar, a inflação pode pressionar o aumento

da Selic. Na comparação com as ações, as debêntures oferecem um risco menor, no

que diz respeito à volatilidade do mercado e das taxas de juros. A remuneração é

acertada de antemão, constando no prospecto da operação.

Desvantagens

Porém, antes de apostar nesse tipo de investimento, se faz urgente conhecer

seus pontos negativos. A principal desvantagem das debêntures é o desenho voltado

aos investidores institucionais - gestores de fundos de pensão ou de investimentos -

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em detrimento do pequeno investidor. O resultado disso é a baixa liquidez. Ha de se

considerar também, a questão da liquidez. Debêntures possuem um prazo padrão de

cinco anos e não é tão fácil vendê-las. Existe pouca demanda e mesmo aqueles que

conseguem vender correm o risco de ter de aceitar um preço baixo. Assim,

geralmente, o investidor pessoa física precisa esperar até o vencimento. Em outras

palavras, o investimento em debêntures pode se tornar verdadeiro motivo para dor

de cabeça.

Risco de default

Outro grande problema que envolve as debêntures é o risco de crédito dos

títulos, o que significa que a empresa emissora pode não conseguir pagar o

comprador da debênture. E esse risco aumenta em um período de crise econômica.

Se a empresa emissora tornar-se inadimplente, será um grande problema para o

investidor. O risco de default é real e o tipo de debênture que oferece maior risco é o

sem garantia. Para entender melhor, as debêntures podem ser divididas nos quatro

grupos abaixo:

Com garantia real: são garantidas por bens dados em hipoteca, penhor ou

anticrese, pela companhia emissora, por empresas de seu conglomerado ou por

terceiros;

Com garantia flutuante: possuem privilégio geral sobre o ativo da empresa, o

que não impede, porém, a negociação dos bens que compõem esse ativo;

Quirográficas: não possuem as vantagens dos dois tipos citados acima;

Subordinadas: são aquelas que não oferecem garantia e que preferem apenas

aos acionistas no ativo remanescente, em caso de liquidação da companhia.

O principal problema, são as incertezas que rondam o rating dado pelas

agências de classificação de risco a operações de emissão de debêntures.

Incertezas estas que aumentam em períodos de turbulência no campo econômico. A

empresa que vai emitir as debêntures paga a uma agência para classificar o risco da

operação. Vejo um conflito de interesses nesse fato. Quem garante que a agência

contratada não sofrerá pressão? Além disso, já vimos crises financeiras sérias

acontecerem em empresas que tinham uma ótima classificação de risco. A diferença

básica entre comprar ações e debêntures é que, no primeiro caso, o investidor se

torna acionista da empresa, ficando sujeito às oscilações diárias do valor de seus

papéis no mercado. No segundo caso, ele vira credor, de forma que o ganho é, até

certo ponto, mais garantido, já que é previsto no prospecto da operação de emissão

das debêntures.

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O que analisar antes da compra, é que antes de comprar debêntures, analisar

com minúcia o prospecto da operação e observar a classificação de risco da mesma,

o que pode ser encontrado no site da Bovespa. Seria uma forma de se proteger

contra os riscos desta alternativa de investimento.

2.4.2 – Tipos de debêntures

Segundo site Debêntures (2014), mantido pela Associação Brasileira das

Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (AMBIMA), identifica as

debêntures como: conversíveis, não conversíveis e permutáveis.

Nas conversíveis, pode-se optar em converter as debêntures em ações após

determinado prazo a partir da data de emissão.

As não conversíveis recebem os juros e correção monetária e as permutáveis,

o credor pode escolher em transformar seus títulos em ações que não as da

empresa que as emitiu, respeitando um determinado prazo após a emissão.

As debêntures possuem prazo mínimo de emissão, no caso das debêntures

não conversíveis, é um ano e para as conversíveis são três anos.

2.4.3 – Riscos inerentes ao produto

Os riscos em relação às debêntures podem ser classificados como: o risco de

crédito, o risco de mercado e o risco de liquidez.

O risco de crédito pode ser caracterizado caso a empresa não possa honrar

com seus compromissos constantes na escritura de emissão, tais como (prazo,

remuneração, garantias, periodicidade de pagamento de juros etc.).

O risco de mercado está diretamente ligado a variações macroeconômicas,

por exemplo, uma elevação da taxa básica de juros da economia (SELIC),

ocasionará a redução do preço unitário dos títulos no mercado secundário.

O risco de liquidez está associado pelas diversas cláusulas e condições

estabelecidas nos contratos, dificultando sua análise e precificação, o que pode

contribuir para os baixos níveis de liquidez do mercado (BRUNI, 2010)

2.5 – Notas promissórias

São títulos emitidos por empresas de sociedades anônimas, não financeiras,

com a mesma finalidade das debêntures, captarem recursos para capital de giro. O

prazo máximo da emissão deste título é de 180 dias para as empresas de capital

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fechado e de 360 dias para empresas de capital aberto. A rentabilidade é um pouco

acima do CDI, costumam remunerar um pouco mais que os investimentos

tradicionais do mercado (NEUBAUER; LIMA; GALARDI, 2006).

O benefício para as empresas que emitem esses títulos é conseguirem um

grande volume de dinheiro, a juros mais baixos do que se recorresse a bancos,

ficando muito mais vantajoso para as mesmas. (CERBASI, 2008)

Normalmente, as empresas lançam tais títulos através de corretoras de

valores ou de instituições financeiras, que são responsáveis por intermediar as

negociações entre os investidores. São papéis comerciais representativos de

dívidas de empresas privadas (comercial papers). As taxas são pré ou pós fixados.

As notas promissórias permitem que o investidor venda o título antes do

vencimento para outro, transferindo sua titularidade. Os riscos referentes podem ser

desde incapacidade da empresa em pagar seus compromissos, constantes na

escritura de emissão, até a desvalorização do capital investido em decorrência de

cenário macroeconômico desfavorável.

2.6 – Títulos públicos

Adquirir um título público é emprestar dinheiro ao tesouro. Os títulos

possuem como principal finalidade captar recursos para financiamento da dívida

pública e também de atividades do Governo Federal, como educação, saúde e

infraestrutura.

Podem ser facilmente comprados por qualquer pessoa residente no Brasil

através do site www.tesouro.fazenda.gov.br. Um programa do Ministério da fazenda

permite a negociação dos títulos, desde que a pessoa esteja devidamente

cadastrada em algum banco ou corretora de valores que se tornará responsável pela

a guarda desses títulos. Os títulos disponíveis para negociação no Tesouro Direto -

LTN, LFT, NTN -, classificam-se como investimentos de renda fixa de baixo risco de

crédito.

Se o investidor mantiver os títulos adquiridos até a data de vencimento,

receberá exatamente a rentabilidade acordada no momento da compra. Caso

resolva vendê-lo antecipadamente, receberá o preço de mercado do título na data da

venda. Esse preço varia em função da expectativa das taxas de juros e da inflação

pelos agentes financeiros, além de um eventual prêmio de risco embutido, o que

pode ocasionar uma rentabilidade maior ou menor do que a esperada inicialmente.

Tanto o resgate como a recompra é realizada pelo Tesouro Nacional e o risco de

crédito existe apenas caso o Governo não honre seus compromissos

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Além disso, os riscos relevantes que devem ser considerados nos

investimentos em títulos públicos são: LIQUIDEZ (dificuldades em transformar o

investimento em caixa) é o risco comum a todos os tipos de títulos públicos.

No caso do Tesouro Direto, há liquidez semanal, as quartas-feiras, quando o

Tesouro recompra seus títulos a preço de mercado. Também há a possibilidade de

venda no mercado secundário, com restrições para volumes baixos, através do

agente custodiante ou banco. RISCO DE MERCADO, ou de TAXA DE JUROS

(oscilações de mercado que podem frustrar a expectativa de rentabilidade original).

De acordo com site do Ministério da Fazenda, as principais vantagens ao

investir no tesouro direto são:

� O Tesouro direto é uma excelente opção em termos

de rentabilidade; As taxas de administração são muito

baixas;

� Você tem a possibilidade de diversificar seus investimentos,

obtendo variadas rentabilidades, como pós-fixadas (pela taxa

básica da economia), prefixadas e indexadas a índices de preços;

� Você pode se garantir realizando poupança de longo prazo ao

optar por títulos indexados aos índices de preços, obtendo

rentabilidade significativa;

� Você pode gerenciar seus investimentos com comodidade,

segurança e tranquilidade;

� Você investe com objetivos definidos e levando em conta

fatores como: valor a investir, prazo, taxa de juros e riscos;

� A liquidez é garantida pelo Tesouro Nacional;

� Você tem maior poder de tomada de decisão e controle do seu

patrimônio;

� Os títulos públicos são considerados de baixíssimo risco pelo

mercado financeiro (FAZENDA, 2014, [s.p.]).

Ao investir por conta própria a taxa de administração é mais atrativa. A cada

compra, são cobrados 0,40% ao ano, sobre o valor do investimento referente à taxa

de custódia.

Os agentes de custódia como os bancos e corretoras de valores devidamente

credenciados junto ao Banco Central, são responsáveis pela intermediação da

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compra e venda dos títulos, cobram uma taxa de serviço que raramente passa de

0,5% ao ano.

Já nos fundos de investimentos para captação de pequenos valores são

pagos algo em torno de 3 a 4% ao ano para os bancos administrarem a compra e

venda de títulos.

Ao realizar uma boa pesquisa, pode se chegar a um custo total a cerca de 1%

ao ano. Compatível com taxas de administração cobradas por fundos que atendem

apenas grandes valores (CERBASI, 2008).

Entre os títulos públicos disponíveis, o investidor deve escolher aquele que

melhor se identificar com o seu perfil. Podem ser pré-fixados, pós-fixados indexados

a índices como IGPM, IPCA e Taxa Selic, títulos de curto, médio e longo prazo.

A seguir destaca-se os principais títulos e suas características: LTN; LFT;

NTB-B, NTN-C, e NTN-F.

Letra do Tesouro Nacional (LTN): título pré-fixado, ou seja, com

rentabilidade definida no momento da compra, o investidor sabe exatamente o valor

a ser recebido no seu vencimento. Indicada para investidores que acreditam que a

taxa pré-fixada do título será maior que a taxa básica de juros da economia (Selic).

(CERBASI, 2008)

Segundo Cerbasi (2008, p. 142):

Imagine que você compra um título que lhe pagará 11% ao ano durante

dez anos. Mas, um ano depois, precisa de recursos e decide revendê-lo.

Porém, naquela época, suponha que os juros estejam 20% ao ano. Quem

gostaria de comprar um título que paga 11% ao ano, se o mercado está

pagando 20%?

O pagamento dos juros é realizado somente no seu vencimento, sendo uma

boa opção para quem se sentir satisfeito com juros pré-fixados e conseguir segurá-

lo até a data de seu vencimento. Especuladores que apostam na queda da taxa

Selic, também investirão nesta Letra do Tesouro Direto.

Letra Financeira do Tesouro (LFT): título pós-fixado, indexado a taxa de

juros básica da economia (Selic). O pagamento é realizado somente no final do

período, valor nominal acrescido do respectivo rendimento, desde a data base do

título. Considera-se um investimento de baixíssimo risco, pois, protege o investidor

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em caso de desequilíbrio da economia. Se o Comitê de Política Monetária elevar a

Taxa Selic, a rentabilidade do título também acompanha esta oscilação (CERBASI,

2008).

Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B): título com rentabilidade pós-

fixada corrigida pelo IPC-A, acrescida de juros previamente acordado no momento

da compra (por exemplo, IPC-A + 7,5% ao ano acima da variação apurada para

o IPC-A). Indicado para aplicação de médio e longo prazo, sendo o pagamento dos

juros feito semestralmente, fazendo com que aumente a liquidez, possibilitando

reinvestimentos periódicos. No vencimento será resgatado o valor investido mais os

juros do último semestre. Considerado uma aplicação conservadora, pois protege o

dinheiro da perda do poder de compra em épocas de alta inflação. (CERBASI,

2008).

Notas do Tesouro Nacional – Série B Principal (NTN-B Principal): possui

as mesmas características da NTB-B, porém, os juros só são pagos ao final do

período da aplicação ou no resgate antecipado, o investidor tem como benefícios:

não precisar ter o trabalho e preocupação de reinvestir os juros ganhos

semestralmente, proporcionando efeito de juros sobre juros e não sofrer tributação

regressiva de imposto de renda (CERBASI, 2008).

Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F): única NTN com rentabilidade

pré- fixada, com o pagamento dos juros feito semestralmente, ótima opção para

quem deseja saber antecipadamente quanto irá receber ao final de sua aplicação,

de acordo com o seu capital investido. Como a LTN, existe um risco de perda de

capital, caso os juros da economia venham a subir e o investidor decidir revendê-lo

antes de seu vencimento (CERBASI, 2008).

2.7 – Impostos sobre investimento de renda fixa

Segundo Cerbasi (2008), os impostos que incidem sobre investimentos de

renda fixa são o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) e Imposto de

Renda. Ambos retidos na fonte. O IOF incide somente para as aplicações com

prazos inferiores há 30 dias. A tabela abaixo demonstra a tributação que incide

diretamente sobre o rendimento do cliente.

O percentual é regressivo, e a alíquota chega a recolher 96% do rendimento

nas operações que a aplicação foi de apenas um dia.

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Tabela 1 - IOF regressivo sobre rendimentos

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Fonte: Santander (2014)

A tributação de IR sobre as operações de renda fixa tem como base

uma tabela regressiva. Pulga (2009, p.98) cita que,

[...] A tributação sobre operações de renda fixa, como CDB,

debêntures, notas promissórias, títulos do tesouro público,

operações conjugadas com rendimento pré- fixada, entre outras

aplicações de renda fixa, tem tributação com base na tabela

regressiva de IR, excetuando-se as aplicações em fundos de

investimento, que têm tributação diferenciada, conforme

categoria do fundo de investimento.

Cerbasi (2008) descreve que, “quanto mais tempo o dinheiro ficar investido,

menos imposto pagará de acordo com a tabela de tributação regressiva”. As alíquotas

que incidem sobre os rendimentos são:

Aplicações com prazo de até 180 dias incide 22,5% sobre lucro; o prazo

de 181 dias até 360 dias tributa 20% sobre o rendimento; de 361 dias até 720

dias o imposto é de 17,5%; para as aplicações que permanecem por mais de

720 dias, 15% de IR. (CERBASI, 2008)

2.8 – Investimento de renda variável

Diferente do que ocorre com a renda fixa em que o prazo da aplicação e seus

respectivos juros são pré-definidos no momento da contração do investimento.

Em renda variável, o mercado torna-se volátil, ou seja, o dinheiro aplicado

sofre oscilações tanto para cima quanto para baixo constantemente ao longo do dia,

a rentabilidade passada não garante uma rentabilidade futura, existem aspectos

relativos à sorte ou a risco que jamais devem ser desprezados.

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Com a criação do sistema Home Broker1, de fácil acesso a todos que desejam

começar a investir nesse mercado, foi permitido com que pessoas físicas e jurídicas

pudessem investir e adquirir diferentes títulos mesmo com pouco dinheiro, sem

precisar sair de casa.

2.8.1 – Ações

De acordo com Bruni (2010), o mercado de ações é dividido em mercado

primário, os IPO (oferta pública inicial de ações), no qual a empresa abre seu capital

para obter recursos necessários para financiar suas atividades, lançando pela

primeira vez seus ativos no mercado para venda e o mercado secundário, em que

acontece às negociações após ter sido realizado a emissão do mercado primário.

As negociações de compra e venda de títulos no mercado secundário ocorre

na bolsa de valores, no caso do Brasil a Bovespa sendo fiscalizada pela CVM, órgão

de controle do mercado de valores mobiliários. Ainda segundo Bruni (2010, p. 16):

Os valores mobiliários são formados por: (a) ações, debêntures e bônus de

subscrição; (b) cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de

desdobramento relativo aos valores mobiliários; (c) certificados de valores

de depósitos de valores mobiliários; (d) cédulas de debêntures; (e) cotas de

fundos de investimento em geral ou de clubes de investimentos em

quaisquer ativos; (f) notas comerciais (commercial papers); (g) contratos

futuros, de opções e outros ativos subjacentes sejam valores mobiliários;

(h) t títulos ou contratos de investimento coletivo, ofertados publicamente.

Destaca-se que não são considerados valores mobiliários os títulos da

dívida pública federal, estadual ou municipal e os títulos cambias de

responsabilidade de instituição financeira, exceto debêntures.

De acordo com Pulga (2009), ações representam uma fração do capital social

de uma empresa S.A, ao adquirir ações, o investidor não está emprestando dinheiro

a empresa e sim, tornando-se sócio dela, possuindo por direito, participação nos

resultados, na mesma proporção da quantidade de ações que possui.

1Home Broker - é um sistema oferecido por diversas companhias para conectar seus usuários ao pregão eletrônico no mercado

de capitais.

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As ações podem ser: (a) ordinárias, que garantem direito a voto nas

assembleias da companhia, tendo o investidor o direito de interferir no rumo da

empresa, quando detiver a maioria do capital ordinário da companhia. (b)

preferenciais, concede preferência na distribuição de dividendos ou em caso de

liquidação da companhia, no reembolso do capital investido. Não concedem direito a

voto (CERBASI, 2008).

2.8.1.1 – Codificação das ações

Puga (2009) cita que as ações negociadas na Bolsa de Valores de São

Paulo devem seguir um padrão de letras e números específicos, em que:

1. Devem ser compostas por quatro letras que identificam a empresa

emissora;

2. Seguido das letras é acrescido números, que identificam o tipo de ativo

negociado;

3. Caso o investidor não opte pelo lote padrão (100 ações), poderá encontrar

ações no mercado fracionário, onde existirá a letra F após os números.

Alguns exemplos de ações negociadas na Bolsa:

� PETR3 (Empresa: Petrobrás, tipo de ação:

Ordinária);

� PETR4 (Petrobrás, tipo de ação: Preferencial);

� MILK11 (Empresa: Parmalat, tipo de ação: BDRs);

� SANB11 (Empresa: Banco Santander, Tipo de ação: Units).

A Bovespa como uma entidade auto reguladora que opera sob a supervisão

da CVM deve zelar por este adequado funcionamento do mercado de ações.

2.8.1.2 – Comissão de valores mobiliários

A CVM é uma entidade supervisora, responsável por executar as orientações

do órgão superior do Sistema Financeiro Nacional, o Conselho Monetário Nacional

(CMN) que é responsável pelas diretrizes gerais do mercado, regulando a

constituição e regulamentos das instituições financeiras, estabelecendo medidas de

prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos e formulando a política da

moeda e do crédito no país (BRUNI, 2009).

Bruni (2009, p. 12) destaca como funções da CVM:

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• Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa

e de balcão.

• Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões

irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas

controladores de companhias ou de administradores de carteira de

valores mobiliários.

• Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a

criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores

mobiliários negociados no mercado.

• Assegurar ao cesso do público a informações sobre valores

mobiliários negociados e as companhias que o tenham emitido.

• Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no

mercado de valores mobiliários.

• Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores

mobiliários.

• Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do

mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações

do capital social das companhias abertas.

Vale destacar que a CMN é um órgão exclusivamente normativo, ou seja,

estabelece regras e normas, não tendo a função executiva. As tarefas de executar,

disciplinar e fiscalizar ficam a cargo da CVM no que se refere a títulos de valores

mobiliários. (BRUNI, 2010)

2.8.1.3 – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC)

A CBLC foi criada em 1997, a partir de uma cisão do patrimônio da

então Bolsa de Valores de São Paulo, como resposta às necessidades do

mercado brasileiro de estabelecer uma estrutura moderna de clearing2. Já tendo sido

uma empresa com fins lucrativos, é hoje um departamento da BM&FBOVESPA,

responsável pela custódia das ações e outros títulos privados no mercado

financeiro brasileiro. A CBLC oferece serviços de alocação e liquidação para todas as

operações realizadas nos ambientes de negociação da Nova Bolsa. Estes serviços

são aderentes às melhores práticas internacionais e possuem grande flexibilidade

para servir às mais diversas necessidades dos participantes do mercado de capitais

brasileiro.

2 Traduzido para o português: corretora em casa (Claro / transparente).

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2.8.1.4 – BM&F BOVESPA S.A

Originalmente, as bolsas eram associações civis sem fins lucrativos. Anos

mais tarde se converteram em empresas, com fins lucrativos e ações negociadas na

própria Bovespa. Em maio de 2008, os acionistas da Bovespa e da BM&F aprovaram

a fusão das duas empresas, com a criação da nova BM&F Bovespa S.A – Bolsa de

Valores, Mercadorias e Futuros. A nova companhia se tornou a terceira maior

bolsa do mundo e a segunda das Américas em valor de mercado. Também se

tornou líder na América Latina nos segmentos de ações e derivativos, com

participação de aproximadamente 80% do volume médio diário negociado com

ações e mais de 67 bilhões de negócios no mercado futuro.

Em 2009 ocorreu o encerramento das operações com contratos derivativos no

pregão viva-voz. A partir de 1º de julho, todas as operações na Bolsa passaram a ser

realizadas por meio de plataforma eletrônica de negociação. Hoje a BM&FBOVESPA é

uma companhia que administra mercados organizados de títulos, valores mobiliários e

contratos derivativos, além de prestar serviços de registro, compensação e liquidação,

atuando, principalmente, como contraparte central garantidora da liquidação financeira

das operações realizadas em seus ambientes.

A Bolsa oferece ampla gama de produtos e serviços, tais como: negociação de

ações, títulos de renda fixa, câmbio pronto e contratos derivativos referenciados em

ações, ativos financeiros, índices, taxas, mercadorias, moedas, entre outros; listagem

de empresas e outros emissores de valores mobiliários; depositária de ativos;

empréstimo de títulos; e licença de softwares.

A BM&FBOVESPA conta com um modelo de negócio diversificado e integrado,

oferecendo sistema de custódia completo.

As negociações são cursadas em meio exclusivamente eletrônico. A Bolsa

possibilita a seus clientes a realização de operações destinadas à compra e venda de

ações, transferência de riscos de mercado (hedge), arbitragem de preços entre

mercados e/ou ativos, diversificação e alocação de investimentos e alavancagem de

posições. (BM&FBOVESPA, 2014).

2.8.1.5 – Corretores de valores

As Companhias Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (CCTVMs), ou

simplesmente Corretoras de Valores, têm como principal função realizar a

aproximação entre compradores e vendedores de títulos e valores mobiliários,

fazendo a intermediação com bolsas de valores e de mercadorias. Para abrir uma

conta em uma corretora é simples, primeiramente deve-se escolher a que melhor lhe

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atenda, de acordo com suas necessidades pessoais. Alguns aspectos que devem

ser levados em consideração: disponibilidade de home broker; ferramentas para

análise de ativos e informativos constantemente atualizados sobre o mercado;

valores cobrados na corretagem; valor da taxa de custódia mensal; acesso facilitado

para o cliente tirar dúvidas existentes (Chat, telefone, visita pessoal, fórum, e -mail); o

mix de produtos entre outros serviços.

Após escolhida o cliente pode cadastrar-se através do site, fornecendo

dados pessoais e patrimoniais, devendo imprimir o cadastro e o encaminhá-lo

juntamente com a cópia dos documentos solicitados para o endereço da corretora.

Alguns dias após o envio é recebido no e-mail pessoal um login e uma senha

padrão de acesso, que posteriormente deve ser alterada obrigatoriamente. Em

posse do login e senha já é possível acessar a plataforma eletrônica de negociação

através do home broker, transferir o capital e realizar a compra e venda de ativos

negociados na bolsa de valores. Pode-se também realizar operações através do

contato por telefone. Para isso, existem corretores que disponibilizam e/ou

recomendam investimentos, deixando os iniciantes ou menos experientes mais

seguros. O cadastro também pode ser feito por meio de visita pessoal a própria

corretora (CERBASI, 2008). Importante sempre verificar se a corretora é registrada

na CVM. Reclamações sobre quaisquer irregularidades junto à corretora devem ser

encaminhadas a CVM.

2.8.1.6 – O uso do Home Broker

A evolução que os investimentos de renda variável vêm tendo nos últimos

anos, principalmente ações, com as inovações de tecnologias e a fácil acessibilidade

a todos, tanto empresas quanto pessoas físicas, podendo estas realizar operações

via Internet sem saírem de casa. O investidor pode enviar ordens de compra e

venda de ações e opções diretamente para a bolsa de valores, utilizando o site ou o

sistema de sua corretora. Segundo Cerbasi (2008, p.175):

[...] até o final do século passado, as operações em bolsa eram feitas

através da transmissão das ordens de compra e venda dos clientes pelo

telefone ou por e-mail. Os corretores recebiam as ordens dos clientes,

processavam-nas e os operadores as transmitiam para bolsa. Com a

popularização da Internet, a maioria das corretoras aderiu ao sistema de

home broker, passando a operar ligadas diretamente ao sistema eletrônico

da Bovespa, o chamado Mega Bolsa.

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Os investidores passaram a poder colocar suas ordens de negócio

diretamente no sistema, à distância, entrando na fila de compras e vendas do

papel que desejam negociar. Basta para isso ter acesso à Internet e estar

devidamente cadastrado para operar junto a uma corretora. Todo processo de

utilização do home broker costuma ser ensinado em minicursos on-line através dos

sites das próprias corretoras.

O surgimento do sistema eletrônico não só simplificou como também tornou

mais eficientes as escolhas dos investidores, pois a operação pode ser feita no

instante em que o investidor detecta oportunidades. Além disso, o acesso aos

mercados tornou-se mais eficiente, pois a adoção do home broker possibilita

também que o horário de negociações se estenda, podendo até vir a ser

ininterrupto futuramente.

2.8.1.7 – Análise fundamentalista

Este tipo de análise considera basicamente as informações contábeis como;

lucro, receita, faturamento, entre outras e os indicadores da empresa em sua área de

atuação como; produção, investimentos em infraestrutura, ampliação, liquidez,

endividamento e recursos humanos. Os gráficos dos preços das ações são deixados

de lado e o que importa são os indicativos da saúde financeira da empresa. Cabe à

análise fundamentalista estabelecer o valor justo para uma ação, auxiliando decisões

de compra ou venda (PULGA, 2009).

Os principais indicadores utilizados são:

• Mercado;

• Rentabilidade;

• Liquidez;

• Endividamento;

• Rotatividade;

• Expectativa de crescimento.

Segundo Cerbasi (2008, p. 191):

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[...] este tipo de análise é bastante complexo, porém, alguns indicadores são

simples o suficiente para serem compreendidas e utilizadas por

investidores com pouquíssima experiência. Cabe destacar que além de

todos estes indicadores são muito importantes estar atento a todo tipo de

informação referente à empresa como; lucros trimestrais, subscrição de

novas ações, desdobramentos das ações, fusões e incorporações, aumento

no pagamento de dividendos aos acionistas. Estas informações trarão

volatilidade e atrairá especuladores a ação.

Diante de situações relevantes é importante analisar os comentários dos

analistas.

2.8.1.8 – Análise gráfica

Análise gráfica, nada mais é que o estudo dos preços e dos volumes

negociados por uma dada ação. A grande maioria de traders do mercado são

predominantemente grafistas, orientam-se por este tipo de análise, sendo muito

utilizado por Day traders3, servindo para tomada de decisões na compra e venda

de determinados ativos. A prática mostra que a maioria das situações, este tipo

de análise funciona (MATSURA, 2007).

A Teoria de Dow4 cita que, “os preços dos ativos refletem a reação do

mercado em relação a todas as informações relevantes. Ou seja, o preço desconta

tudo, tem tendência e os padrões se repetem".

Ainda segundo Dow, o que acontece, é que os movimentos de alta e baixa

apresentam ciclos, e a história tem mostrado que esses ciclos se repetem, mas não

de maneira absolutamente simétrica ou exata.

A repetição desses ciclos acontece, pois eles refletem o comportamento da

massa de investidores presentes no mercado, que são basicamente movidos pela

ganância e por sentimentos como euforia e pânico.

Contudo, análise técnica busca através de gráficos antecipar os

movimentos futuros dos ativos, através de padrões de comportamentos conhecidos,

acreditam que movimentos passados tenderão a se repetirem no futuro, auxiliando

na tomada de decisões.

3 day trade: a operação ou a conjugação de operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em

que a quantidade negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente 4 Charles Dow era jornalista. Possuía uma coluna no The Wall Street Journal (WSJ) no final do século XIX. Na verdade, Charles Dow fundou o Wall Street Journal, uma das mais respeitadas publicações sobre o mercado financeiro. Dow também fundou, em sociedade com Edward Jones, o grupo Dow Jones & Company. Ainda assim, sua criação mais importante não foi nenhuma destas duas. Nunca a publicou ou escreveu qualquer livro diretamente sobre o assunto. Seus relatos nas colunas do WSJ fomentaram uma série de estudiosos da Dow’s Theory a ir a fundo às idéias do autor.

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Conforme Matsura (2007), as ferramentas mais utilizadas neste tipo de análise

são:

Suporte: É uma região do gráfico que ocorre grande demanda de força

compradora, enfraquecendo a força vendedora nesta zona, o movimento de queda

tende a parar.

Resistência: Nesta região ocorre o contrário do suporte, ou seja, aumenta a

força vendedora, fazendo com que a demanda compradora perca força, neste

estágio o movimento de alta tende a parar, podendo ocorrer uma inversão de

tendência.

Tendência: Ao analisar o gráfico de uma ação, podem-se encontrar três tipos

de tendência: de alta, de baixa e lateral. A tendência de alta é formada por uma

sequência de topos e fundos ascendentes (escadinha para cima). Ao traçar uma reta

nestes fundos ascendentes, identificam-se os pontos de suporte do ativo e a linha de

tendência de alta (LTA). Na tendência de baixa ocorre exatamente o inverso da

tendência de alta, ou seja, os topos e fundos devem ser descendentes (escadinha

para baixa).

Ao traçar uma reta nestes topos descendentes, identifica-se uma forte

resistência do ativo em conseguir superar esta linha, caracterizando sua tendência

de baixa. Os topos e fundos ficam sempre no mesmo nível, até que ocorra o

rompimento da linha de resistência, criando uma tendência de alta, ou da linha de

suporte, criando uma tendência de baixa. A tendência lateral não apresenta direção

nem para cima, nem para baixo. Ao traçar uma reta ligando os topos máximos e

uma reta ligando os fundos mínimos, pode-se verificar que o gráfico encontrasse

em uma região de congestão ou lateralizado.

2.8.1.9 – Dividendos

Dividendos é uma parcela do lucro líquido das companhias de capital aberto

que são distribuídos aos investidores ao final de cada exercício social. As empresas

devem distribuir um percentual pré-estabelecido em lei. De acordo com Investpedia

(2014):

O objetivo de qualquer empresa é obter lucro. Nas empresas listadas em

bolsa esse lucro deve ser dividido com os detentores de suas ações. Essa

parcela de lucro distribuída aos investidores é o que se chama de dividendo.

Como os dividendos são distribuídos a partir do lucro líquido da companhia,

os impostos já foram tributados. Sendo assim, o acionista quando o recebe,

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fica isento de pagar imposto de renda, uma vez que esses impostos já

foram pagos quando da apuração do lucro líquido. De acordo com a Lei

das S.A., as empresas devem distribuir, no mínimo, 25% de seu lucro

líquido ajustado, apurado ao fim de cada período de exercício social. O

estatuto social da empresa pode estabelecer o dividendo mínimo a ser

distribuído, desde que não seja menor que o previsto em lei. Mas atenção!

Em casos excepcionais, a Lei das S.A. permite que a distribuição de

dividendos seja suspensa, desde que o Conselho de Administração informe

à Assembleia Geral de Acionistas que as condições financeiras da empresa

requerem tal medida. Nesse caso, o Conselho deve justificar tal suspensão

junto à CVM num prazo máximo de cinco dias da realização da Assembleia.

Os dividendos não distribuídos devem ser destinados a uma reserva

especial. Caso essa reserva não seja utilizada para cobrir os prejuízos

futuros, esse valor retido deverá ser pago na forma de dividendos, assim

que a condição financeira da empresa permitir. Adicionalmente, também é

possível que a companhia aprove dividendos intermediários através

do Conselho de Administração.

Importante destacar o benefício de não haver a tributação de Imposto de

Renda, pois, já foram pagos pela empresa ao realizar a apuração no lucro líquido.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Bm&fbovespa (2014):

Em uma década (1997 a 2006), medido pelo critério de dividend yields – o

índice resultante da divisão do que é pago em dividendos pelo valor da

ação no mercado. Os maiores pagadores de dividendos no Brasil foram os

setores de bancos, telecomunicações, mineração e energia, segundo

levantamento da consultoria Economática. Em média, as empresas que

mais distribuíram foram Eternit (22,90%), CSN (16,37%), Petroquímica

União (16,12%) e Souza Cruz (14,60%).

De acordo com site UOL, as melhores pagadoras de dividendos em

2013 foram:

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Tabela 2 - Melhores pagadoras de dividendos em 2013

NOME CLASSE CÓDIGO RENDIMENTO EM 12 MESES

RENDIMENTO DE 2009 A 2013

SETOR

OI PN OIBR4 13,70% 75,20% TELECOMUNICAÇÕES

TAESA UNT TAEE11 6,41% 50,16% ENERGIA ELÉTRICA

VIVO (TELEFONICA)

PN VIVT4 7,92% 41,21% TELECOMUNICAÇÕES

ETERNIT ON ETER3 7,44% 39,14% MINERAIS

CSN ON CSNA3 7,61% 33,69% SIDERURGIA E METALURGIA

BANCO DO BRASIL

ON BBAS3 7,65% 28,86% FINANÇAS E SEGUROS

GRENDENE ON GRND3 8,75% 24,49% TÊXTIL

SOUZA CRUZ ON CRUZ3 2,21% 23,06% CIGARROS

TRACTEBEL ON TBLE3 3,69% 21,92% ENERGIA ELÉTRICA

CIELO ON CIEL3 4,02% 20,85% CARTÕES

FONTE: ECONOMÁTICA. ELABORADO EM 15/8 POR CLODOIR VIEIRA, DA COMPLIANCE COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Percebe-se que as empresas de telecomunicações e energia elétrica e

continuam figurando entre as ações com maiores dividend yields5 do Ibovespa (UOL,

2014).

Similar aos dividendos existe o pagamento de Juros Sobre o Capital Próprio. A

diferença básica é que no caso dos juros você vai pagar 15% de IR.

2.8.1.10 - Juros sobre capital próprio

Algumas empresas na distribuição de seus resultados, também optam por

remunerar os seus acionistas por meio do pagamento de juros sobre o capital próprio.

Para a empresa, a grande vantagem do pagamento é a questão fiscal. Pois,

pagamento pode ser contabilizado como despesa, antes do lucro; portanto, o que

representa um significativo benefício para a companhia.

5Dividend yields significa rendimento do dividendo. É um índice criado para medir a rentabilidade dos dividendos de uma empresa em relação ao preço de suas ações.

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Compete à assembleia geral ou ao conselho de administração da empresa ou

a diretoria a decisão de distribuir resultados através do pagamento de juros sobre

capital próprio. (VALOR, 2014)

2.8.1.11 – Impostos sobre investimentos de renda variável

Segundo Pulga (2009), “nas operações realizadas na bolsa de valores,

incidirá tributos sobre os ganhos líquidos auferidos de acordo com as seguintes

alíquotas”

20 % no caso de operações day trade

15% nas operações realizadas nos mercados à vista, a termo, de

opções e de futuros.

A seguir é apresentado um resumo do Imposto de Renda (IR) para as ações:

Quadro 1 - Imposto de Renda (IR) para as ações

Fonte: Pulga (2009, p. 100).

Importante destacar, que uma boa estratégia é planejar-se para resgatar até

R$20.000,00 mensais, ficando isento de IR.

2.9 – Fundos de investimentos

Uma das vantagens de aplicar dinheiro através dos fundos de investimento é o

fato de que você pode contar com a experiência de um gestor.

6DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais

Mercado Ações

Fato Gerador Auferir ganho líquido no mês

Alíquota 15% sobre o lucro

Retenção e Recolhimento Apurado mensalmente e pago até o último dia útil do mês subsequente.

Recolhimento na fonte Não. Investidor recolhe integralmente.

Isenção Sim, se o total das vendas no mês for inferior a R$ 20 mil.

Compensação Sim, no próprio mês ou em meses subsequentes.

Código DARF6 6015

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Ao invés de ter que decidir sozinho aonde investir o seu dinheiro. Os fundos

de investimentos são organizados sob a forma de pessoa jurídica podendo ser

comparados a uma espécie de condomínio. Neste são reunidos recursos financeiros

de um grupo de investidores, os chamados cotistas. Para estes a instituição

financeira, geralmente bancos comerciais e de investimentos gestores deste fundo,

realizam operações no mercado financeiro com objetivo de remunerar o capital

investido do grupo.

Os fundos de investimentos podem ser mais agressivos, com maior retorno e

consequentemente maior risco ou conservadores, com retorno e risco menores, de

acordo com o perfil e interesse de cada pessoa. São caracterizados em decorrência

dos mercados em que atuam. (SILVA, 2004).

No Brasil as principais carteiras de atuação dos fundos de

investimentos são:

• Fundo de curto prazo;

• Fundo referenciado;

• Fundo de renda fixa;

• Fundo de ações.

Importante ficar atento ao valor da taxa administrativa cobrada pelo banco

para estas aplicações.

A taxa administrativa pode variar de 1 a 4% ao ano (BB, 2014).

Existe também a cobrança de taxa de performance e, em alguns casos,

cobrança de taxa de entrada e saída do fundo.

Estas, como todas as demais taxas devem estar definidas no estatuto social e

prospecto do fundo.

2.9.1 – Imposto sobre fundos de investimentos

De acordo com o site Como Investir (2014), para evitar o pagamento de

impostos desnecessários em cada aplicação é importante conhecer os tributos que

incidem sobre o rendimento recebido nos fundos. São três categorias para efeitos de

Imposto de Renda.

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2.9.1.1 - Fundos de Ações

Com diferentes estratégias para cada fundo (dividendos, small caps,

sustentabilidade etc.), devem ter, no mínimo, 67% (sessenta e sete por cento) da

carteira alocada em ações negociadas em Bolsa de Valores. Possuem alíquota

única de Imposto de Renda.

Prazo de aplicação Alíquota de IR

Independente do prazo da aplicação 15%

Quadro 2 – Imposto sobre fundos de ações

Fonte: Como Investir (2014)

2.9.1.2 - Fundos de Curto Prazo

Aqueles cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou inferior a 365 dias.

Eles estão sujeitos à incidência de imposto de renda na fonte conforme as seguintes

alíquotas:

Prazo de aplicação Alíquota de IR

Até 180 dias 22,5%

Acima de 180 dias 20%

Quadro 3 – Impostos sobre fundos de curto prazo

Fonte: Como Investir (2014)

2.9.1.3 - Fundos de Longo Prazo

São os fundos em que o prazo médio de aplicação é igual ou superior a 365

dias. Eles estão sujeitos à incidência de imposto de renda na fonte conforme as

seguintes alíquotas:

Prazo de aplicação Alíquota de IR

Até 180 dias 22,50

De 181 a 360 dias 20%

De 361 a 720 dias 17,50%

Acima de 720 dias 15%

Quadro 4 - Impostos sobre fundos de longo prazo

Fonte: Como Investir (2014)

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55

2.9.1.4 - Recolhimento do IR e "come-cotas"

O come-cotas é o nome dado ao recolhimento compulsório do Imposto de

Renda (IR) sobre os rendimentos auferidos nas aplicações nos Fundos de

Investimento com classificação tributária de Longo Prazo e Curto Prazo. O IR através

do come-cotas é apurado a cada 6 (seis) meses no último dia útil dos meses de maio

e novembro de cada ano.

A cada 6 (seis) meses, nos meses de maio e novembro, são aplicadas as

menores alíquotas da tabela regressiva de IR de cada tipo de Fundo sobre o

rendimento obtido pelo cotista nesse período, conforme tabela abaixo a diferença

desses percentuais para aqueles correspondentes ao prazo da aplicação, de acordo

com a tabela regressiva, é provisionada como um valor complementar a pagar

(diferença de alíquota).

Caso haja algum resgate da aplicação efetuada, será feita a cobrança da

diferença de alíquota, de acordo com a alíquota devida conforme o prazo de aplicação

do investimento no Fundo. (NESTINVESTIMENTOS, 2014)

Alíquotas de Fundos classificados como Curto Prazo

• 22,5% em aplicações com prazo até 180 dias

• 20,0% em aplicações com prazo superior a 180 dias

Alíquotas de Fundos classificados como Longo Prazo

• 22,5% em aplicações com prazo até 180 dias

• 20,0% em aplicações com prazo de 181 dias a 360 dias

• 17,5% em aplicações com prazo de 361 dias a 720 dias

• 15,0% em aplicações com prazo superior a 720 dias

2.10 - Quadro de investimentos e histórico de rentabilidades

O quadro a seguir apresenta de forma dinâmica um resumo dos principais

investimentos e suas respectivas características.

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56

Resumo das Principais Características dos Investimentos ��

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Quadro 5 - Síntese de investimentos

Fonte: Elaborada pelo autora (2014).

Percebe-se nos investimentos demonstrados diferentes características, O

quadro serve para direcionar os investidores a melhor fazer suas escolhas de acordo

com o seu perfil.

O quadro abaixo demonstra o rendimento anual bruto, ou seja, sem

considerar a dedução de impostos e taxas, das principais aplicações disponíveis no

mercado nacional.

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CDI

CDB Pós-fixado Indexado a 97,5% de

CDI

POUPANÇA

TÍTULOS DO GOVERNO

IBOVESPA

Ano Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade Rentabilidade 1999 27,01% 26,33% 16,34% 24,40% 63,80% 2000 24,53% 23,91% 16,85% 22,35% 44,80% 2001 28,61% 27,89% 15,16% 29,63% -33,50% 2002 25,17% 24,54% 12,76% 28% 151,90% 2003 17,40% 16,96% 8,32% 17,72% -10,70% 2004 17,21% 16,96% 8,63% 16,06% -11% 2005 19,09% 18,61% 9,27% 20,62% -17% 2006 23,28% 22,70% 11,21% 23,61% 97,30% 2007 16,17% 15,76% 8,10% 17,74% 17,80% 2008 19,08% 18,60% 9,21% 18% 27,70% 2009 15,03% 14,65% 8,40% 13,19% 32,90% 2010 11,77% 11,47% 7,77% 11,18% 43,60% 2011 12,37% 12,06% 7,90% 13,66% -41,20% 2012 9,90% 9,65% 7,05% 8,65 82,70% 2013 9,74% 9,49% 6,90% 9,68% 1% Quadro 6 - Histórico de rentabilidade bruta (sem deduzir impostos e taxas) Fonte: Elaborada pelo autora (2014).

Pode-se verificar que as principais modalidades de investimentos de renda

fixa como CDI, CDB DI, Poupança e Títulos do Governo não apresentaram grandes

oscilações e principalmente perda de capital aplicado ao longo dos 15 anos

analisados. Já os Investimentos de renda variável, como no caso, ações do índice

Ibovespa, apresentaram grandes oscilações.

Contudo, a escolha depende fortemente do perfil do investidor e da sua

aversão ao risco, ou seja, o quanto está disposto a aceitar um negócio com um

retorno incerto, ao invés de outro negócio com um retorno esperado mais certo, mas

possivelmente menor.

2.10.1 – Definição do Perfil do Investidor

A diversidade de produtos financeiros comercializados pelos intermediários

financeiros é ampla e com caraterísticas díspares, quer quanto ao grau de

complexidade, quer quando à rentabilidade e aos níveis de risco. Há produtos que

garantem o capital investido e a remuneração e outros que não garantem nem uma

coisa nem outra. Nem todas as aplicações financeiras são, por isso, adequadas a

qualquer investidor (Todos Contam, 2014).

O investidor deverá ter atenção qual é a descrição detalhada que a instituição

financeira faz dos perfis de investidor. O investidor deverá ter presente que, nem

sempre, a designação atribuída ao perfil de investidor corresponde ao tipo de

investimento ou de instrumento financeiro que o cliente conhece ou aos riscos que

está disposto a assumir. Em caso de dúvida, o investidor deve questionar o

intermediário financeiro. O intermediário financeiro deve explicar-lhe o perfil de

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investidor atribuído. Se o cliente considerar que o perfil é totalmente desadequado à

sua realidade, deve solicitar a revisão do teste. Pode ter existido algum elemento mal

compreendido ou informação erroneamente prestada, sem que disso o cliente se

tenha apercebido.

2.10.1.1 - Principais Tipos de Perfis de Investidor

Os perfis de risco ponderam diversas caraterísticas do investidor:

• a maior ou menor aversão ao risco de perda do capital investido;

• a disponibilidade por uma aplicação de curto ou médio e longo prazo; e

• o nível e a oscilação da rentabilidade esperada resultantes das escolhas

anteriores.

Não existe uma classificação harmonizada de perfis de investidor entre as

instituições financeiras que atuam como intermediários financeiros. Todavia, as

designações mais comuns para os diversos tipos de investidor são:

Conservador ou Prudente

Trata-se de um investidor que procura produtos com a garantia do capital

investido e rentabilidades que espera pelo menos compatíveis com as taxas de juro de

curto prazo. Este investidor é avesso aos principais riscos: de capital, rendimento e

liquidez. Assume a preferência por investimentos de capital garantido, com prazo de

vencimento mais curto, aos quais pode estar associado uma menor rentabilidade.

Equilibrado ou Moderado

Trata-se de um investidor que procura produtos com a garantia do capital

investido, mas que está disposto a assumir um prazo mais longo para essa aplicação

de forma a poder acomodar uma eventual oscilação adversa do rendimento. Assume

a preferência por investimentos de capital garantido, mas aceita a sua manutenção em

carteira a médio prazo.

Dinâmico

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Trata-se de um investidor que procura uma rentabilidade superior à média do

mercado, estando disponível para aplicações de médio e longo prazo e para assumir o

risco de algumas perdas no capital investido.

Arrojado

Trata-se de um investidor que procura produtos com uma rentabilidade mais

elevada quando comparada com a média do mercado, estando disponível para

aplicações com um horizonte temporal relativamente mais curto e a assumir o risco de

perda total ou até superior do capital investido.

Abaixo segue um modelo de questionário do investidor.

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Quadro 7 – Questionário do Investidor parte 1.

Fonte: XP Investimentos, 2014.

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Quadro 8 – Questionário do Investidor parte 2.

Fonte: XP Investimentos, 2014.

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Quadro 9 – Questionário do Investidor parte 3.

Fonte: XP Investimentos, 2014.

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CAPITULO III

PLANEJAMENTO FINANCEIRO NA PRÁTICA

Planejar significa traçar um plano, programar, projetar. E o planejamento

financeiro significa, tanto para pessoas como para empresas, estabelecer e seguir

uma estratégia, visando atingir objetivos. Essa estratégia pode ser voltada para

curto, médio ou longo prazo. Toda empresa, para progredir a longo prazo, precisa ter

um foco ou um objetivo. Assim também o indivíduo precisa saber antecipadamente

as metas que pretende atingir.

No mercado competitivo de hoje, produzir e vender bem não é mais suficiente,

há necessidade de controlar com segurança as finanças do empreendimento. Isso

demanda uma metodologia capaz de gerar informações de qualidade e em tempo

hábil para as tomadas de decisão. De conteúdo altamente prático, o planejamento

financeiro fornece aos interessados um conjunto homogêneo de conhecimentos que

se mostra tão importante quanto decisivo para o melhoramento do desempenho

financeiro das empresas. O planejamento financeiro, através de um conjunto de

ações, controles e procedimentos, possibilita, entre outras coisas, montar um

orçamento, acompanhar as contas, saber se há sobra ou falta de recursos, tomar

providências para nivelar o orçamento, no caso de falta, fazer investimentos, no caso

de sobra de recursos.

O conhecimento perfeito das disponibilidades ou faltas de recursos, permite o

melhor gerenciamento, ou seja, buscar recursos ou fazer investimentos, adiar

compromissos, antecipar projetos, montar um orçamento visando a solução de

problemas, planejar investimentos, antecipar-se aos problemas, não ser pego de

surpresa, montar um planejamento visando atingir metas. Especialmente devido ao

fato de que o mercado financeiro tornou-se nas últimas décadas mais dinâmico e

complexo. Em resumo, um planejamento financeiro bem feito é indispensável à vida

das pessoas e das empresas porque possibilita saber, com antecedência, que

caminhos estão sendo trilhados, visando maximizar os resultados econômico-

financeiros. Isso trás tranquilidade e menos estresse à vida das pessoas.

Neste capítulo apresenta-se o planejamento financeiro como um estudo de

caso, com simulações e cenários de investimentos de acordo com perfil da família

estudada, análise de dados das aplicações e posterior comparação de resultados.

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3.1 - Situação e objetivo da família

Um casal ambos tem 40 anos e dois filhos um de 5 anos e outro de 1 ano,

possui apartamento, casa na praia e um automóvel próprio no valor de 40.000,00,

casados em comunhão parcial de bens, possui uma renda conjunta de R$10.000,00

ao mês, um patrimônio de R$1.000.000,00 e aplicações em torno de R$5.000,00,

porém ambos pretendem se aposentar aos 65 anos com no mínimo a renda atual

mensal. Dado os dados abaixo avalie o que tem que ser feito para que esse casal

chegue ao 65 anos com a renda desejada.

3.2 - Demonstrativos

Tabela 3 - Rendimento Familiar

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Fonte: Anderson Matos - Diretor da ActioInvest (2014).

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Tabela 4 - Transportes

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Fonte: Anderson Matos - Diretor da ActioInvest (2014).

Tabela 5 - Gastos com Moradia

Moradia

Condomínio 900

Financiamento

Impostos 150 150 150 150 150

Seguro moradia

Luz 100

Gás 100

Telefone 250

Agua 100

Tv a Cabo 70

Internet 30

Domestica 1200

Total Moradia 2.900,00

150,00

150,00

150,00

150,00

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-

-

-

Fonte: Anderson Matos - Diretor da ActioInvest (2014).

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Tabela 6 – Alimentação / Poupança / Dívidas

Alimentação �� �� ��

Supermercado 1.000,00 �� �� ��

Total Alimentação

1.000,00 �� �� ��

Poupança �� �� ��

Investimentos 710,00 �� �� ��

Total Poupança

710,00 �� �� ��

Dividas �� �� ��Cartão de Credito

1.000,00 �� �� ��

Empréstimo �� �� ��Crediário �� �� ��Outros �� �� ��

Total Dívidas 1.000,00 �� �� ��

Fonte: Anderson Matos - Diretor da ActioInvest (2014).

Tabela 7 – Lazer / Vestimentas / Saúde Lazer �� �� ��Férias 150 150 �� �� ��Restaurantes 200 �� �� ��Passeios �� �� ��Outros �� �� ��

Total Lazer

350,00 �� �� ��

Vestimenta �� �� ��Roupas 100 �� �� ��Total Vestimenta

100,00 �� �� ��

Saúde �� �� ��Desp. Médicos �� �� ��Desp. Dentista �� �� ��Desp. Remédios 50 �� �� ��Seguro Saúde �� �� ��Outros �� �� ��

Total Saúde

50,00 �� �� ��Fonte: Anderson Matos - Diretor da ActioInvest (2014).

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Tabela 8 – Gastos com Seguro / Diversos / Crianças Seguros �� �� ��Seguro de Vida 0 �� �� ��

Total Seguros - �� �� ��

Gasto Diversos �� �� ��Jornais �� �� ��Revistas �� �� ��Assinaturas �� �� ��Cosméticos �� �� ��Cabelereiro 25 �� �� ��Lavanderia �� �� ��Almoços 150 �� �� ��Mens. Clubes �� �� ��Presentes �� �� ��Outros �� �� ��Total Gasto Diversos

175,00 �� �� ��

Desp. Crianças �� �� ��Babá �� �� ��Escola 800 �� �� ��Esporte 290 �� �� ��Musica �� �� ��Outros �� �� ��Total desp. Crianças

1.090,00 �� �� ��

Fonte: Anderson Matos - Diretor da ActioInvest (2014).

3.3 - Situação Atual

Com base nos dados da tabela abaixo, podemos verificar que o casal mesmo

tendo um déficit em alguns itens, no total eles tem uma sobra de caixa que pode ser

diversificados ou investidos, dado que o casal não dispõe de poupança mensal e

seguro de vida.

Tabela 9 – Coeficientes dos gastos da família

Coeficientes de Gastos Máximos Você % Saldo Transportes 13% 1.170,00 1.050,00 12% 120,00 Moradia 30% 2.700,00 2.900,00 32% - 200,00 Alimentação 15% 1.350,00 1.000,00 11% 350,00 Poupança 5% 450,00 0% 450,00 Dividas 5% 450,00 1.000,00 11% - 550,00 Lazer 4% 360,00 350,00 4% 10,00 Vestimenta 4% 360,00 100,00 1% 260,00 Saúde 5% 450,00 50,00 1% 400,00 Seguros 5% 450,00 - 0% 450,00 Gasto Diversos 4% 360,00 175,00 2% 185,00 Desp. Crianças 10% 900,00 1.090,00 12% - 190,00 Total 100% 9.000,00 7.715,00 86% 1.285,00 Fonte: Anderson Matos - Diretor da ActioInvest (2014).

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Visto que ambos gostariam de se aposentar com a renda atual, eles teriam que

acumular nos próximos 25 anos ou 300 meses um valor de R$1.000.000,00 dado a

taxa de juros vigente hoje, referência CDI 10,80 a.a., ou seja, teriam que guardar

R$710,00 todos os meses para chegar nesse resultado, com isso a tabela acima

passaria a ficar assim:

Tabela 10 – Resultado coeficientes de gastos

Você % Saldo 1.050,00 12% 120,00 2.900,00 32% - 200,00 1.000,00 11% 350,00 710,00 8% - 260,00 1.000,00 11% - 550,00 350,00 4% 10,00 100,00 1% 260,00 50,00 1% 400,00 - 0% 450,00 175,00 2% 185,00 1.090,00 12% - 190,00 8.425,00 94% 575,00

Fonte: Anderson Matos (Diretor da ActioInvest) 19/08/2014

Com a poupança mensal apurada para aposentadoria colocado no orçamento,

o casal mesmo assim teria uma saldo credor para balancear seu orçamento e

conquistar o seu objetivo que é de se aposentar daqui a 25 anos com uma renda igual

a atual.

Para finalizarmos o estudo de caso, podemos com este mesmo caso, imaginar

que o homem da casa passou em um concurso e sua renda passou a ser de 23 mil

reais ao mês. Sendo assim a renda do casal passou a ser de 28 mil reais. Com isso,

manteremos os gatos da mesma forma só com um renda maior para poupança.

Estaríamos falando de um saldo para poupança de mais ou menos 19 mil reais ao

mês. Sendo que 18 mil do excedente = 23 mil – 5 mil e como já sobrava R$1.285,00

do saldo anterior (Caso1), teríamos para aplicar no mês R$19.285,00.

Com o estudo de caso para essa saldo em uma carteira de investimento ficaria

muito mais interessante, porque para uma carteira conservadora você tem que ter

80% do patrimônio e 20% em fundos multimercados, onde 15 mil ficaria em LCI com

95% do CDI, no qual o CDI indicado na ocasião foi de 10,80% a.a. e R$4.285 ficaria

em fundo multimercado LEGAN LOW vol., em que todos os meses ele pode ir

depositando em cima desses investimentos. Para melhor visualizarmos isso, segue

abaixo um modelo de extrato carteira dessa nova situação.

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Quadro 10 – Simulação de Rentabilidade por período.

Fonte: XP Investimentos (2014)

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Quadro 11 – Rentabilidades mensais da carteira.

Fonte: XP Investimentos (2014)

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Quadro 12 – Dados cadastrais.

Fonte: XP Investimentos (2014).

Podemos concluir que em ambas situações, a família consegue ter um saldo

credor, sendo que na primeira situação a família fica com um saldo bom para garantir

o recebimento do mesmo salário atual para uma possível aposentadoria. Já no

segundo caso, o saldo credor é muito melhor, pois garante a família, um futuro onde

eles poderão se aposentar com uma renda tranquila e assim pagar todas as contas e

ainda usufruir do montante restante para poder fazer viagens, passeios, comprar bens,

etc.. Sabendo se que o perfil de investidor da família é moderado, ou seja, eles

investem tanto em Renda Fixa como em Renda Variável, fazendo que seu orçamento

tenha uma variedade de investimentos, podendo assim escolher o melhor tipo de

produto, taxa, retorno e aplicação.

Neste estudo de caso percebemos que todo o Assessor de Investimento tem

que primeiro fazer o perfil de investidor do seu cliente, para depois orienta lo em qual

será o melhor tipo de investimento: Renda Fixa ou Renda Variável. Cada cliente tem

um perfil definido de investidor, na maioria, muitos não gostam de se arriscar, então

são mais conservadores, porém tem outros que gostam de mesclar os seus

investimentos, sendo então considerados moderados-agressivos e por fim tem

aqueles que se arriscam para poder ter um resultado mais alto em seus investimentos,

conhecidos como os investidores agressivos.

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Aqueles que investem em Renda Fixa, não querem correr o risco de perder os

seus investimentos, então aplicam em produtos com baixa volatilidade e com prazos

cursos de retorno, agora já os que investem em Renda Variável, sabem que a

volatilidade dos produtos deste tipo de investimentos são altos e os riscos também,

como por exemplo investir em ações.

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CONCLUSÃO

A educação financeira, além do benefício pessoal, favorece o melhor

desenvolvimento do mercado financeiro, uma vez que o estimula a oferecer melhores

serviços. Participantes informados ajudam a criar um mercado mais competitivo e

eficiente onde, consumidores conscientes demandam por produtos condizentes com

suas necessidades financeiras de curto, médio e longo prazo, exigindo que as

instituições financeiras criem produtos com características que melhor correspondam

a essas demandas. No trabalho, tornou-se possível constatar a importância em ter o

conhecimento dos principais investimentos disponíveis no mercado, para que as

pessoas possam escolher de forma consciente e fundamentada por melhores

alternativas de investimentos e assim melhorando a renda mensal e as perspectivas

para o futuro, com relação a cada tipo de investidor e investimentos adequados para

cada um e para que no futuro possam desfrutar de uma renda mensal onde vão

poder pagar as suas contas e ter um montante para usufruir de uma vida com

passeios, viagens, compras e muita tranquilidade. Diante disto, o objetivo geral do

trabalho era de analisar as principais alternativas de investimentos disponíveis no

mercado de Renda Fixa e Renda Variável, visando identificar as mais apropriadas

segundo o perfil de cada investidor, pois, no decorrer do estudo, foram abordados

conceitos, características e particularidades de cada tipo de investimentos.

Posteriormente foi realizado um planejamento financeiro, com diversificação de

capital. Neste planejamento, foram escolhidos os investimentos mais apropriados de

acordo com o perfil identificado da família estudada.

Diante do exposto, conclui-se que os objetivos específicos do trabalho

também foram cumpridos, pois, o planejamento na prática foi realizado com base na

fundamentação teórica que abordou os principais investimentos de renda fixa e

renda variável, suas definições, seus respectivos riscos, rentabilidades e liquidez de

mercado. Foram demonstradas as taxas de rentabilidade anual dos principais

investimentos dos seus últimos 15 anos. E além, conseguimos visualizar com a

escolha certa de investimentos para cada tipo de investidor, obtivemos um resultado

favorável para a família, que no final conseguiu ter uma renda muito boa, onde podem

pagar as suas contas e ainda ter uma vida social de muito lazer. Ressalta-se que, foi

objetivo proposto desse estudo, fornece um bom embasamento teórico para que a

pessoa possa ter alternativas de investimentos, quando não estiver satisfeito com o

rendimento da atual aplicação e assim desejar ter uma vida mais estável, e poder

oferecer para seus filhos um bom estudo e uma formação numa faculdade de

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renome e ter aquilo que desejou e aplicou durante um bom tempo, como retorno de

uma aplicação ou investimento bem feito em função do seu tipo de investidor.

Sendo assim, conclui se que para cada tipo de investidor, tem se um

investimento certo para ser feito e aplicado de forma correta, com os seus períodos

de curto, longo e médio prazos. O consumidor quando aplica o seu dinheiro em

investimentos seguros recebe benefícios duradouros e saiba que o maior

investimento que você possa fazer é investir em nós mesmos, em todas as áreas de

nossas vidas, pessoal, sentimental, familiar, espiritual, financeira, acadêmica e

profissional. Enfim, quando fazemos as escolhas certas sobre cada tipo de

investimentos, no final conseguimos conquistar e realizar um planejamento de

qualidade e excelência e por fim comece a fazer um tipo de investimento que

assegure aqueles que virão depois de você, com uma vida boa como a sua.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 Gráficos da Economia Brasileira

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ANEXO 1

GRÁFICOS - EX

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Relação entre fluxo e o estoque de IED 19

Gráfico 2 – Relação entre a variação no câmbio e a

Variação no estoque IED 20 Gráfico 3 – Relação entre variação no Ibovespa e a

Variação no estoque de IED 21

Gráfico 4 – Relação entre fluxo e o estoque de RF 22

Gráfico 5 – Relação entre a variação no câmbio e no

De RF 23

Gráfico 6 – Relação entre fluxo e o estoque de ações 23

Gráfico 7 – Relação entre a variação no câmbio e no

Estoque de ações 24

Gráfico 8 – Indicadores de vulnerabilidade externa 25

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – IOF regressivo sobre rendimentos 41

Tabela 2 – Melhores pagadoras de dividendos

em 2013 51

Tabela 3 – Rendimento familiar 64

Tabela 4 – Transportes 65

Tabela 5 – Gastos com moradia 65

Tabela 6 – Alimentação, poupança e dívidas 66

Tabela 7 – Lazer, vestimentas e saúde 66

Tabela 8 – Gastos com seguro, diversos e crianças 67

Tabela 9 – Coeficiente dos gastos da família 67

Tabela 10 – Resultado coeficiente de gastos 68

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Imposto de Renda (IR) para ações 52

Quadro 2 – Imposto sobre funções de ações 54

Quadro 3 – Impostos sobre fundos de curto prazo 54

Quadro 4 – Impostos sobre fundos de longo prazo 54

Quadro 5 – Síntese de investimentos 56

Quadro 6 – Histórico de rentabilidade bruta 57

Quadro 7 – Questionário do Investidor parte 1 60

Quadro 8 – Questionário do Investidor parte 2 61

Quadro 9 – Questionário do Investidor parte 3 62

Quadro 10 – Simulação de rentabilidade por período 69

Quadro 11 – Rentabilidade mensais da carteira 70

Quadro 12 – Dados Cadastrais 71

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

EPÍGRAFE 5

RESUMO 6

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I

A HISTÓRIA DO DINHEIRO 10

1.1 – O dinheiro no Brasil 11

1.2 – Relação das pessoas com o dinheiro 11

1.2.1 – Descontrole financeiro 11

1.2.2 – Controle financeiro 13

1.3 – A sociedade atual e o consumo 15

1.4 – Tempo e dinheiro 16

CAPÍTULO II

INVESTIMENTOS 18

2.1 – Investimento de Renda Fixa 25

2.1.1 – Taxa pré-fixada ou pós-fixada 26

2.1.2 – Caderneta de poupança 27

2.2 – Títulos de Renda Fixa 29

2.2.1 – Títulos privados 30

2.2.2.1.1 – CDB 31

2.2.2.1.2 – Prazos 31

2.2.2.1.3 – Pós-fixado 31

2.2.2.1.4 – Pré-fixada 31

2.2.2.1.5 – Riscos inerentes ao produto 32

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2.3 – Letras hipotecárias 33

2.3.1 – Definição 33

2.3.2 – Forma de resgate 33

2.3.3 – Liquidez 33

2.3.4 – Rentabilidade 33

2.3.5 – Riscos inerentes ao produto 33

2.4 – Debêntures 34

2.4.1 – Definição 34

2.4.2 – Tipos de debêntures 34

2.4.3 – Riscos inerentes ao produto 34

2.5 – Notas promissórias 34

2.6 – Títulos públicos 37

2.7 – Impostos sobre Investimentos de Renda Fixa 40

2.8 – Investimento de Renda Variável 41

2.8.1 – Ações 42

2.8.1.1 – Codificação das ações 43

2.8.1.2 – CVM 43

2.8.1.3 – CBLC 44

2.8.1.4 – BM&F Bovespa S.A. 45

2.8.1.5 – Corretoras de valores 45

2.8.1.6 – O uso do Home Broker 46

2.8.1.7 – Análise Fundamentalista 47

2.8.1.8 – Análise gráfica 48

2.8.1.9 – Dividendos 49

2.8.1.10 - Juros sobre capital próprio 51

2.8.1.11 – Impostos sobre investimentos

De Renda Variável 52

2.9 – Fundos de Investimentos 52

2.9.1 – Impostos sobre fundos de investimentos 53

2.9.1.1 - Fundos de ações 54

2.9.1.2 – Fundos de curto prazo 54

2.9.1.3 – Fundos de longo prazo 54

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2.9.1.4 – Recolhimento do IR e “come-cotas” 55

2.10 – Quadro de Investimentos e histórico de rentabilidades

55

2.10.1 – Definição do perfil do investidor 57

2.10.1.1 – Principais tipos de perfis de investidor 58

CAPÍTULO III

PLANEJAMENTO FINANCEIRO NA PRÁTICA 63

3.1 – Situação e objetivo da família 64

3.2 – Demonstrativos 64

3.3 – Situação atual 67

CONCLUSÃO 73

ANEXOS 75

LISTA DE GRÁFICOS 78

LISTA DE TABELAS 79

LISTA DE QUADROS 80

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 81

ÍNDICE 88