DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORALcomparar diversos cenários. Uma das finalidades do...
Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORALcomparar diversos cenários. Uma das finalidades do...
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Renato Medeiros Santos Salles
Orientadora:
Profa. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2014
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
2
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Apresentação de monografia à Universidade
Cândido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Finanças e Gestão Corporativa
Por: Renato Medeiros Santos Salles
3
AGRADECIMENTOS
A Deus por mais essa vitória
A minha família pelo apoio e incentivo
A profa. Aleksandra Sliwoswska pelas
orientações prestadas
4
DEDICATÓRIA
A minha família
5
RESUMO
Este estudo foi desenvolvido com o propósito de esclarecer alguns pormenores
que envolvem o planejamento financeiro e sua importância para o sucesso
empresarial. Dessa forma, o tema discorreu em tópicos específicos onde são
explicados alguns conceitos gerais na área de finanças, sobre planejamento de
várias formas e especificamente financeiro. Por fim, analisa-se a importância
para a empresa de estabelecer e cumprir uma linha de planejamento para
todas as ações da empresa.
6
METODOLOGIA
Pesquisa bibliográfica, descritiva, visando esclarecer sobre a importância
do planejamento financeiro para o bom desempenho da empresa. A
fundamentação teórica será baseada em livros e artigos científicos, publicados
na mídia impressa e na Web. A coleta de dados será realizada em bibliotecas
universitárias, instituições especializadas e através da Web.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO 1. Conceitos gerais na área de finanças 09
CAPÍTULO 2. Planejamento financeiro 16
CAPÍTULO 3. Importância do planejamento e controle financeiro para o
desempenho empresarial
30
CONCLUSÃO 34
REFERÊNCIAS 36
ÍNDICE 38
FOLHA DE AVALIAÇÃO 39
8
INTRODUÇÃO
Na economia dos dias atuais não existe mais espaço para as atitudes
amadoras, ou melhor, para profissionais que não estejam preparados para lidar
com a globalização e suas consequências. No mundo de negócios atual onde
inovações no processo de gestão empresarial são necessárias, informações
são transmitidas a velocidade da luz, oportunidades de negócios surgem nos
mais diferentes locais do globo, para tanto a empresa que deseja permanecer e
ampliar seu mercado tem que estar preparada para estes desafios entre outros.
Nesse contexto de uma economia global surge um dos fatores responsáveis
para a obtenção do sucesso empresarial, o processo de planejamento
financeiro.
A empresa, mediante o planejamento financeiro, poderá ter diferentes
oportunidades de desenvolvimento, além da possibilidade de analisar e
comparar diversos cenários. Uma das finalidades do planejamento financeiro é
evitar surpresas e desenvolver planos alternativos de providências a serem
tomadas caso ocorram imprevistos.
Daí a escolha do tema, devido sua importância para o mundo
empresarial e, para a vida acadêmica, o estudo apresenta-se como mais uma
fonte de pesquisa.
Toda estudo desenvolve-se com base em um questionamento, assim,
estudo tem por problemática: Qual a importância do planejamento financeiro
para o bom desempenho empresarial? Em resposta, o estudo tem por objetivo
geral mostrar a importância do planejamento financeiro para o bom
desempenho empresarial.
Na forma de objetivos específicos o estudo se propõe a: definir alguns
conceitos gerais na área das finanças; analisar todas as questões referentes ao
planejamento financeiro; discutir a importância do planejamento financeiro para
a empresa.
O estudo foi dividido em três capítulos: o primeiro define alguns
conceitos na área financeira, como planejamento, planejamento estratégico,
controle financeiro; o segundo analisa todas as questões referentes ao
planejamento financeiro; o terceiro discute sobre a importância do
planejamento financeiro para o bom desempenho empresarial.
9
CAPÍTULO 1
CONCEITOS GERAIS NA ÁREA DE FINANÇAS
1.1 Planejamento
O processo de planejamento é fundamental para toda e qualquer
empresa, seja, ela de pequeno médio ou grande porte. Planejamento é parte
integrante do processo administrativo. Significa qual a direção que a empresa
ira tomar nos próximos períodos de sua existência. É nesse momento que o
diretor ou empresário irá “afastar-se” das atividades diárias para pensar no
futuro do negócio.
Segundo Chiavenato (2004) a primeira das quatro funções
administrativas – o Planejamento – é definida como um processo de
estabelecer objetivos e decidir o modo como alcançá-los. Os objetivos são os
resultados específicos ou metas que se deseja atingir. Um plano é uma
colocação ordenada daquilo que é necessário para atingir os objetivos. Os
planos identificam os recursos necessários, as tarefas a serem executadas, as
ações a serem empreendidas e os tempos a serem seguidos.
Oliveira (2003, p.35) lembra que o
planejamento corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providencias a serem tomadas pelo executivo ou empreendedor para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado; entretanto, a empresa tem condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores de modo que possa exercer alguma influencia; o planejamento é, ainda, um processo contínuo, um exercício mental que é executado pela empresa independentemente de vontade especifica de seus executivos ou empreendedores. Pressupõe a necessidade de um processo decisório que ocorrera antes, durante e depois de sua elaboração e implementação na empresa.
O autor é claro ao afirmar que processo de planejar envolve um modo de
pensar, e um salutar modo de pensar, envolvem indagações; indagações
envolvem questionamento sobre o que fazer, como, quando, quanto, para
quem, por que, por quem e onde.
Para Lamcobe e Heilborn (2003) planejamento não se refere a decisões
futuras, pois isto não existe; decisões são sempre tomadas no presente. Ele é
executado no presente: seus resultados é que se projetam no futuro. Todo
10
plano requer um prazo para sua implantação. Se não planejarmos no presente,
não teremos condições de implantarmos o que desejamos no futuro.
É o que Oliveira (2003, p.36) também afirma,
toda a atividade de planejamento nas empresas, por sua natureza , devera resultar de decisões presentes, tomadas a partir do exame do impacto das mesmas no futuro, o que lhe proporciona uma dimensão temporal de alto significado. O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresarias que facilitará a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz.
O exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza
envolvida no processo decisório e, conseqüentemente, provocar o aumento da
probabilidade de alcance dos objetivos, desafios e metas estabelecidas para a
empresa. O autor lembra que o fato de o planejamento ser um processo de
estabelecimento de um estado futuro desejado e um delineamento dos meios
efetivos de torná-lo realidade justifica que ele anteceda a decisão e a ação.
Ainda é este autor quem alerta para o fato de que o processo de
planejamento é muito mais importante que seu produto final. O produto final do
processo de planejamento, normalmente, é o plano, sendo que este deve ser
desenvolvido “pela” empresa e não “para” a empresa. Se não for respeitado
esse aspecto, têm-se planos inadequados, bem como uma resistência e
descrédito efetivos para sua implantação.
1.2 Planejamento estratégico
A análise das oportunidades e ameaças do ambiente pertence ao campo
de estratégia empresarial. Segundo Henderson (1998), estratégia é definida
como a busca de um plano de ação que auxilie a desenvolver e ajustar a
vantagem competitiva de uma empresa. De acordo com Oliveira (2003), na
formulação de estratégias é imprescindível considerar: os recursos, pontos
fortes, fracos e neutros, a missão, propósito, postura estratégica, objetivos,
desafios e ameaças causadas pelo ambiente, e a integração entre a empresa e
seu ambiente. Uma estratégia empresarial deve ser avaliada tanto no momento
de sua escolha quanto no durante sua implementação.
11
De acordo com Tavares (2000, apud LUNKES, 2003), a primeira fase do
planejamento ocorreu na primeira metade do século XX, nos Estados Unidos
da América, quando se verificou boa aceitação do planejamento financeiro por
parte das organizações. Na década de 1960, o planejamento de longo foi
introduzido. Passou-se a dar atenção aos impactos futuros sobre a organização
das decisões atuais, levando em conta as projeções de tendência e a análise
de lacunas.
Neste contexto de visão de longo prazo, Akcoff (1975, p.15) expressou a
idéia: ‘O planejamento se baseia na crença que o futuro pode ser melhorado
por uma intervenção ativa no presente.’ O planejamento estratégico surgiu em
meados da década de 70 do século passado. Desde então, vem tendo uma
crescente aceitação pelas organizações, assim como o desenvolvimento de
sua teoria (LUNKES, 2003).
Segundo Cunha (2000, apud LUNKES, 2003), o planejamento
estratégico pode ser entendido como: “... um processo que consiste na análise
sistemática dos pontos fortes da empresa e das oportunidades do ambiente.
Esta análise tem o intuito de estabelecer objetivos, estratégias e ações que
possibilitam um aumento da competitividade empresarial”. Sob o ponto de vista
financeiro, Gitman (2007, p.588) coloca: “O processo de planejamento
financeiro inicia-se com planos financeiros a longo prazo, ou estratégicos, que
por sua vez direcionam a formulação de planos e orçamentos operacionais a
curto prazo”. Segundo essa ótica, o estratégico fornecerá as diretrizes para os
demais planejamentos empresariais.
De acordo com o site Sempretops, o conceito de planejamento
estratégico é um processo gerencial que diz respeito à formulação de objetivos
para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta
as condições internas e externas à empresa. O olhar estratégico faz com que
um gestor passe a gerenciar melhor os problemas do dia-a-dia pois o seu foco
muda de “discutir os problemas” para que hajam atitudes a fim de concluir
“como transformar os problemas que surgiram em oportunidades para a
empresa” ou então “planejar para eliminar o problema mencionado”. Uma
organização que está agindo com planos de planejamento estratégico, deve
expor o mesmo para seus colaboradores e ao próprio gestor. Trata-se de uma
rotatividade de informações cabíveis a todos envolvidos.
12
Ansoff e McDonnell (1993) colocam que no planejamento estratégico,
não se espera necessariamente que o futuro represente um progresso em
relação ao passado, e tampouco se acredita que seja extrapolável. Para os
autores é feita uma análise das perspectivas da empresa, identificando-se
tendências ameaçadoras, oportunidades, e descontinuidades singulares que
possam alterar as tendências históricas.
Outros autores vão mais além, e acrescentam
a administração estratégica teve sua forma definida pela primeira vez após a Fundação Ford e a Carnegie Corporation patrocinarem, nos anos 50, a pesquisa no currículo das escolas de negócios, quando recomendou que o ensino de negócios tivesse uma natureza mais ampla e incluísse um curso de capacitação em uma área chamada de política de negócios (CERTO E PERTER, 1993, p.4).
O planejamento operacional é elaborado com base nas diretrizes e
cenários traçados durante o processo de planejamento estratégico. Dessa
forma, o planejamento operacional estabelece, de uma forma mais prática e
aplicada, o que foi traçado nas estratégias. O planejamento operacional
consiste em identificar, integrar e avaliar alternativas de ação e escolher um
plano de ação a ser implementado. (CATELLI; PEREIRA; VASCONCELOS,
1999).
Os objetivos do planejamento operacional são divididos em três fases
por Oliveira (1999):
- simulação (fase em que se simulam várias alternativas de mix de
produtos, buscando-se uma que seja ótima para a empresa);
- planejamento operacional de longo prazo (as melhores alternativas são
detalhadas em termos de custos e receitas, configurando um processo
orçamentário);
- planejamento operacional de curto prazo (ajustes na implementação do
planejamento operacional de longo prazo, ocorridos em virtude de mudanças
nas expectativas atuais em relação às existentes na sua elaboração).
Execução é a fase do processo de gestão, em que o planejamento
operacional é colocado em prática. Segundo Pereira (1999, p. 61), o “processo
de execução envolve a identificação, a simulação e a escolha de alternativas
para o cumprimento das metas, bem como a implementação das ações”
13
1. 3 Finanças
Bueno (1996) diz que finanças significa dinheiro, riqueza, ciência da
variação da moeda. O conceito de finanças na atual conjuntura nasceu em
1950 por Harry Markowitz, com este conceito se tornou possível usar a
matemática no estudo de seleção de carreira. Quando se fala de finanças,
pode-se dizer que é um método de administração dos recursos disponíveis,
encaixando-se no meio empresarial ou particular, discutindo-se a distribuição e
aplicação dos recursos, seja ele um salário de especifica pessoa ou
faturamento de uma organização.
1.4 Planejamento financeiro
Para Brigham et al (2001, p.364):
Planejamento financeiro é o processo de estimar a quantia necessária para continuar as operações de uma companhia e decidir quando e como a necessidade de fundos seria financiada. Sem um procedimento confiável para estimar as necessidades de financiamento, uma companhia pode acabar não tendo fundos suficientes para pagar seus compromissos, tais como juros sobre empréstimos, duplicatas a pagar, despesas de aluguel e as despesas de luz e telefone.
Segundo Gitman (2007, p. 588), o planejamento financeiro é um
instrumento muito relevante para as organizações: “... pois fornece roteiros
para dirigir, coordenar e controlar suas ações para na consecução de seus
objetivos”. Já para Brealey et al. (2001), o planejamento financeiro é um
processo que consiste:
- avaliar as alternativas de investimento e financiamento disponíveis à
empresa;
- estimar os futuros impactos previstos para as decisões atuais;
- escolher os caminhos a serem trilhados;
- estabelecer medidas de comparação entre o desempenho ocorrido e
as metas estabelecidas no plano financeiro.
Enquanto para Brigham et al. (2001), esse processo é composto das
seguintes etapas:
- adotar um sistema de demonstrações financeiras projetadas;
14
- calcular a demanda de fundos necessários para a execução dos planos
traçados;
- elaborar a previsão da disponibilidade de fundos resultantes da
execução dos planos;
- conceber um sistema de controle sobre as fontes e as aplicações de
fundos dentro da organização;
- desenvolver metodologia de adaptação dos planos às variáveis
externas não controláveis.
Braga (1992) diz que o planejamento financeiro de uma empresa
compreende a programação dos planos financeiros e sua integração e
coordenação com os demais planos da organização.
O planejamento financeiro pode ser preparado em termos de curto e de
longo prazo. Os planos financeiros de longo prazo procuram refletir os
resultados esperados no planejamento estratégico da empresa. À medida que
o horizonte de planejamento se distancia da data de elaboração, o grau de
detalhamento se reduz, em virtude do nível de confiabilidade das projeções. O
planejamento financeiro a longo prazo se apóia nos instrumentos de orçamento
de capital e nas expectativas de geração de lucros e caixa. Já os planos
financeiros de curto prazo, devem ser bem detalhados. Os instrumentos
usados são: orçamento de capital; projeção do fluxo de caixa; projeção do
demonstrativo de resultados; balanços patrimoniais projetados (LEMES
JÚNIOR et al., 2002).
Brealey et al. (2001) diz que o horizonte de planejamento típico de longo
prazo é cinco anos, embora ressalve que algumas empresas operem com
períodos de dez anos. Mas, em contrapartida admite que não existe consenso
quanto ao intervalo que pode ser interpretado como curto prazo, mas observa
que o período de um ano usualmente adotado como tal.
Para Gitman (2007) o planejamento financeiro é desenvolvido
fundamentalmente por meio de projeções, como estimativa mais aproximada
possível da posição econômico-financeira esperada. Compreende a
programação avançada de todos os planos da administração financeira e a
integração e coordenação desses planos com os planos operacionais de todas
as áreas da empresa.
Tema que será abordado em capítulo posterior.
15
1.5. Controle financeiro
Para Ferreira (1988), controle pode ser entendido como sendo: “...
fiscalização exercidas sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos,
ou sobre produtos, etc., para que tais atividades, ou produtos, não se desviem
das normas preestabelecidas”. Segundo Braga (1992), o planejamento e
controle são atividades inter-relacionadas. Enquanto o planejamento fornece os
padrões e a metas estabelecidas, o controle permite comparar os valores
projetados com os resultados reais. O controle propicia também investigar as
causas das variações orçamentárias.
Usualmente, o planejamento é elaborado ao final do período precedente,
enquanto o controle é executado durante a vigência do horizonte de
planejamento. O controle orçamentário consiste num conjunto de relatórios
periódicos que registram basicamente os resultados orçados, os realizados e a
variação entre ambos (SANVICENTE; SANTOS, 1995).
Para Mendes (2002) é a última etapa do processo decisório,
denominada controle, na realidade não ocorre por último. Por que esta está
associada a todas as fases do processo. Ocorre no planejamento, na execução
e em si própria. Não há como dissociá-la das fases do processo decisório,
razão pela qual pode-se considerar as demais fases, juntamente com o
controle, como um grande modelo de controle.
Não faz sentido planejar se o que foi planejado não se constituir em uma
diretriz para a execução, e, da mesma forma, não se deve planejar sem haver
controle dos desvios em relação ao planejamento e as causas desses desvios
e conseqüentemente tomada de ações corretivas. De outro modo, o controle
deve incidir sobre o próprio processo de controle, para detectar se a forma
como se está sendo empregado está sendo eficaz. (MENDES, 2002)
16
CAPÍTULO 2 – PLANEJAMENTO FINANCEIRO
A expressão planejamento tem em seu significado literal o ato ou efeito
de planejar; trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo
roteiro e métodos determinados; planificação, processo que leva ao
estabelecimento de um conjunto coordenado de ações (pelo governo, pela
direção de uma empresa, etc.) visando à consecução de determinados
objetivos; elaboração de planos ou programas governamentais, especialmente
na área econômica e social. Já financeiro significa, relativo às finanças, à
circulação e gestão do dinheiro e de outros recursos líquidos. Contudo, o
conceito de planejamento financeiro tem-se a junção desses dois conceitos
levados para um plano empresarial.
Nos dias atuais onde a economia sofre variações e encontra-se
vulnerável a fatores globais, o plano financeiro empresarial tende a ser mais
valorizado e apreciado em primeiro plano no momento de se tomar uma
decisão. Segundo Gitman (2007, p.588), “as empresas utilizam-se de planos
financeiros para direcionar suas ações com vistas a atingir seus objetivos
imediatos e a longo prazo onde um grande montante de recursos está
envolvido”.
Um plano financeiro eficaz deve dar à luz no momento de expor as
ligações das diferentes propostas de investimento ligadas às várias atividades
operacionais da empresa e as opções de financiamento disponíveis a ela no
mercado. De modo paralelo, um plano financeiro atribui a empresa à chance de
desenvolver, analisar e comparar muitos cenários de diferentes ângulos,
permitindo assim, que questões relativas às linhas futuras de negócios da
empresa e os melhores esquemas de financiamento se necessários, sejam
analisados.
Segundo Ross; Werterfield; Jordam (2000, p.82), “Planejamento
Financeiro formaliza a maneira pelo qual os objetivos financeiros podem ser
alcançados. Em visão mais sintetizada, um plano financeiro significa uma
declaração do que a empresa deve realizar no futuro”. O planejamento dá a
empresa subsídios, para que não seja surpreendida e possa ter uma alternativa
já prevista, caso tenha que tomar uma decisão.
Gitman (2007, p.588) menciona
17
O planejamento financeiro é um dos aspectos importantes para funcionamento e sustentação de uma empresa, pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos. Dois aspectos-chave do planejamento financeiro são o planejamento de caixa e de lucros.O primeiro envolve o planejamento do orçamento de caixa da empresa; por sua vez, o planejamento de lucros é normalmente realizado por meio de demonstrativos financeiros projetados, os quais são úteis para fins de planejamento financeiro interno, como também comumente exigidos pelos credores atuais e futuros.
Um bom planejamento financeiro deve prever o que acontecerá caso o
planejado não ocorra, frustrando as expectativas dos executivos e do mercado
ou se o mercado não estiver aquecido o suficiente para dar o retorno esperado.
Deste modo, o objetivo do planejamento financeiro é evitar surpresas e
desenvolver planos alternativos.
Nas empresas de pequeno e médio porte, as atividades relacionadas
com a função financeira geralmente ficam sob a responsabilidade de um dos
sócios. Não é rara a pessoa acumular outras funções e relegar a função
financeira a um segundo plano, preocupando-se basicamente com a
administração das disponibilidades.
Mas que crescimento o que esperasse com o planejamento financeiro é
que o futuro das empresas não seja marcado pela sorte e sim por decisões que
garantam a estabilidade da organização. E para estas tomadas de decisões é
necessário que tenham-se a disposição informações corretas, significativas e
em maior número possível.
Para a elaboração de uma projeção financeira é importante a do
orçamento, onde serão determinadas novas condições de trabalho, com
estimativas de venda, custos de aquisição de matérias primas, custos com
mão-de-obra, custos indiretos, e despesas operacionais. Mas nas pequenas
empresas muitas vezes este planejamento encontra-se de forma informal na
cabeça dos empresários, o que dificulta posteriores controle referente a estes
objetivos.
De acordo com Lemes Jr. (2002, p.243)
O planejamento financeiro direciona a empresa e estabelece o modo pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados. Um plano financeiro é, portanto, uma declaração do que deve ser feito no futuro. Em sua maioria, as decisões numa empresa
18
demoram bastante para serem implantadas. Numa situação de incerteza, isso exige que as decisões sejam analisadas com grande antecedência.
Uma empresa tem como principal objetivo à criação e obtenção de valor,
entretanto outros objetivos também estão implícitos dos quais destaca-se, uma
maior taxa de retorno do capital, participação do mercado, obtenção de
recursos financeiros. Um bom planejamento financeiro é a forma de garantir
que os objetivos e planos traçados em relação às áreas particulares de
operação da empresa sejam viáveis e internamente coerentes. O planejamento
financeiro ajuda a estipular metas, deixando os gestores motivados, oferecendo
os mecanismos para avaliação dos resultados.
Para Weston (2000, p.343), “O processo de planejamento financeiro
começa com a especificação dos objetivos da empresa, após o que a
administração divulga uma série de previsões e orçamentos para cada área
significativa da empresa”.
Planejamento e controle estão diretamente ligados. Planejamento é
necessário para a fixação de padrões e metas, já o controle permite obter
informações e comparar os planos com os desempenhos reais e fornecer
meios para a realização de um processo de feedback no qual o sistema pode
se transformado para que atinja uma situação esperada.
O controle financeiro é onde os planos financeiros passam por uma
análise mais criteriosa. Este controle se dá através de troca de informações
visando o cumprimento dos planos, como a inclusão de modificações
necessárias devido a mudanças imprevistas.
Durante o processo de planejamento, os orçamentos são combinados e,
em conseqüência, os fluxos de caixa da empresa são consolidados no
orçamento de caixa. Se houver; pois um, aumento nas vendas e levar a uma
escassez na projeção de caixa, a administração pode antecipar quais os
medidas que irá adotar para obter os recursos necessário com maior
economia.
Weston (2000, p.343). diz que
O plano financeiro deve explicitar as ligações entre as propostas de investimento das várias atividades operacionais da empresa e as opções de financiamento a ela disponível. Em outras palavras, se a empresa estiver pensando em se expandir e realizar novos investimentos e projetos onde será
19
obtido o financiamento para custeá-los, à incapacidade de perceber a ligação, por exemplo, entre o crescimento das vendas e as necessidades de produção poderá levar a um desastre financeiro.
Para Braga (1992, p.230), o planejamento financeiro compreende a
programação avançada de todos os planos da administração financeira e a
integração e coordenação desses planos com os planos operacionais de todas
as áreas da empresa.
Desta forma, o planejamento financeiro é realizado e desenvolvido em
duas etapas, a curto prazo e a longo prazo, acompanhando a execução do
planejamento financeiro global, mediante as investigações das variações
orçamentárias, onde as principais correspondem a previsão de vendas e
orçamento de caixa.
Com relação ao planejamento financeiro, Gitman (2007, p.588) discorre,
“o processo de planejamento financeiro se inicia com a projeção de planos
financeiros a longo prazo, ou estratégicos, que por sua vez direcionam a
formulação de planos e orçamentos operacionais a curto prazo”.
2.1 Planejamento financeiro a longo prazo
Para Gitman (2007, p.588) “Os planos financeiros a longo prazo são
ações projetadas para um futuro distante, acompanhado da previsão de seus
reflexos financeiros. Tais planos tendem a cobrir um período de dois a dez
anos, sendo comumente encontrados em planos qüinqüenais que são revistos
periodicamente à luz de novas informações significativas”.
Os planos de produção, marketing e outros utilizam uma série de
recursos administrativos para orientar a empresa a alcançar seus objetivos,
estes são traçados através o plano estratégico da empresa paralelo a ele,
encontra-se os planos financeiros a longo prazo.
Planos a longo prazo segundo Gitman (2007, p.588) “focalizam os
dispêndio de capital, atividades de pesquisa e desenvolvimento, ações de
marketing e de desenvolvimentos de produtos, estrutura de capital e
importantes fonte de financiamentos”.
Os planos financeiros de longo prazo são um modo organizado e
sistemático, pelo qual vê-se as necessidades de capital ou financiamento para
transformar as aspirações da empresa em realidade. O planejamento financeiro
20
a longo prazo auxilia a ordenar as alternativas, priorizar objetivos e dar uma
direção a empresa.
O resultado das decisões de investimento em novos produtos é
transformado em objetivos de vendas e lucro. Um investimento pesado em
propaganda não deveria apenas refletir-se em despesa de propaganda, mas
também prever a elevação de vendas associada àquele esforço de
propaganda. As instalações deveriam ser revistas à luz da projeção de vendas
e das providências tomadas para maximizar a contribuição da produção. O
planejamento a longo prazo também pode ser utilizado para estabelecer
padrões e objetivos de desempenho.
A maioria das empresas tem como componente básico de seu
planejamento financeiro a longo prazo uma taxa de crescimento global e
explícita. Portanto, há uma interação direta entre a taxa de crescimento e sua
política financeira, (ROSS; WERTERFIELD; JORDAM, 2000).
As taxas de crescimento planejadas devem resultar de um processo
completo de planejamento. Com o uso de um modelo de planejamento o
levantamento das variáveis de crescimento torna-se mais preciso. A
determinação da taxa de crescimento torna-se um processo padrão permitindo
a simulação de hipóteses otimistas e pessimistas, permitindo testar a
viabilidade da taxa de crescimento planejada.
Em planos de longo prazo não se deve esquecer a conclusão de
projetos existentes, linhas de mercadorias, ramo de negócios, reembolso de
dívidas e quaisquer aquisições planejadas. Estes por sua vez, tendem a ser
subsidiados pelos orçamentos e planos de lucro anuais, dando o aval para a
continuidade de tais planos sem desequilíbrio financeiro da empresa.
A falta de um planejamento financeiro a longo prazo é o principal motivo
de ocorrência de dificuldades e falências de empresas. Planos financeiros a
longo prazo possuem a tendência a serem custeados por planos financeiros a
curto prazo e estão ligados a planejamento estratégico da organização.
2.2 Planejamento financeiro a curto prazo
Segundo Gitman (2007, p.588) “os planos financeiros a curto prazo são
ações planejadas para um período curto (de um a dois anos) acompanhado da
previsão de seus reflexos financeiros”.
21
Não há uma definição globalmente aceita para finanças a curto prazo. A
diferença mais significante entre finanças de curto prazo e finanças de longo
prazo é a duração da série de fluxo de caixas. Segundo Ross; Werterfield;
Jordam (2000, p.609), “as finanças a curto prazo consistem em uma análise
das decisões que afetam os ativos e passivos circulantes, com efeitos sobre a
empresa dentro do prazo de um ano”. As finanças a curto prazo fazem a
empresa ter uma abordagem mais técnica sobre aspectos no que dizem
respeito ao nível de caixa a ser mantido num banco para pagamento de contas,
quanto de matéria prima deve-se encomendar e quanto de crédito deve ser
concedido aos clientes.
Para Brealey (2001, p.839)
O planejamento financeiro a curto prazo preocupa-se com gestão do ativo a curto prazo, ou circulante, e do passivo de curto prazo da empresa. Os elementos mais importantes do ativo circulante são as disponibilidades, os títulos negociáveis, as exigências e as contas a receber. Os elementos mais importantes do passivo de curto prazo são empréstimos bancários e as contas a pagar. A diferença entre o ativo circulante e o passivo de curto prazo e chamado de fundo de maneio.
As decisões financeiras de curto prazo implicam em geral, a passivos e
ativos de curta duração e, são normalmente fáceis de anular. Um gestor
financeiro de curto prazo não precisa prever o futuro remoto, as decisões
financeiras a curto prazo são mais fáceis, mas não menos importantes do que
as decisões a longo prazo.
Um dos pontos chave para o sucesso do planejamento financeiro de
uma empresa concentra-se na previsão de vendas, pois partindo dessa
previsão são criados planos de produção alternativos que levam em conta o
tempo que será necessário para converter a matéria-prima em produto
acabado, como os tipos e quantidades de matérias-primas necessárias.
Acabado os planos de produção, a empresa tem dados suficientes para
estimar as necessidades de mão-de-obra, despesas de fábricas e
operacionais. Sendo apuradas todas essas estimativas, pode-se preparar a
demonstração do resultado e o orçamento de caixa projetado.
As principais metas do planejamento a curto prazo é a previsão de vendas juntamente com os dados operacionais e financeiros. Como resultado da análise do planejamento a curto
22
prazo têm-se como mais importantes os orçamentos operacionais, orçamento de caixa e demonstrações financeiras projetadas. (GITMAN, 2007, p.588).
2.3 Planejamento de caixa: orçamentos de caixa
O orçamento de caixa é uma ferramenta básica do planejamento
financeiro de curto prazo. Para preparar um orçamento de caixa tem-se que
levar em conta diversos pontos da atividade financeira da empresa como,
recebimentos de caixa, que são todos os itens que a empresa recebe de
entrada de caixa durante um determinado período do planejamento financeiro.
Além, do que, o orçamento de caixa demonstra as entradas e saídas de
caixa da empresa projetados, e sua função é estimar a necessidade de caixa a
curto prazo. Esta informação é de grande valor, pois determina se a empresa
poderá realizar investimentos a curto prazo com capital próprio ou se terá que
se preparar para realizar financiamentos.
Uma das maiores dificuldades encontradas na realização do orçamento
de caixa é a lidar com estimações e preferências de riscos. A essência deste
orçamento é avaliar a magnitude, da distribuição no tempo e do risco dos fluxos
de caixa.
A expressão capital de giro diz respeito aos ativos e passivos de curto
prazo da empresa. A administração correta deste capital garante que a
empresa não tenha que interromper suas operações por falta de recursos. O
capital de giro é responsável pelo do crescimento ou impedimento dele na
empresa, e os itens que o compõe devem ser examinados constantemente.
Estrutura de capital é a forma pela qual a empresa obtém o
financiamento de que necessita para sustentar seus investimentos a longo
prazo. A estrutura financeira de uma empresa é a combinação específica de
capital de terceiros de longo prazo e capital próprio que a empresa utiliza para
financiar suas operações. A empresa deve se preocupar em primeiro lugar com
quanto deve tomar emprestado. Em segundo lugar, deve identificar quais são
as fontes menos dispendiosas de fundos para a empresa.
As empresas costumam captar recursos de mais de uma fonte e sempre
analisam de forma minuciosa varias opções pois as despesas associadas a
capitação de financiamentos a longo prazo são expressivas.
23
Segundo Gitman (2007, p.590), “O orçamento de caixa, ou projeção de
caixa, é um demonstrativo dos fluxos das entradas e saídas projetadas de
caixa da empresa, usado para estimar suas necessidades de caixa a curto
prazo”. Um fator importante na preparação do orçamento são os pagamentos
efetuados pela empresa no período do planejamento financeiro. Os
pagamentos mais importantes são as compras à vista, salários, pagamentos de
impostos, pagamento de empréstimos, aquisição de equipamentos, entre
outros.
Através do planejamento de excedentes e faltas de caixas, a empresa
poderá planejar investimentos a curto prazo e se projetar sobras de recursos,
ao mesmo tempo, poderá preparar-se para obter financiamento em caso de
falta de caixa. Através do orçamento de caixa o administrador financeiro tem
uma visão dos fluxos de entrada e saída de recursos ao longo de um período.
Para Gitman (2007, p.590), “Orçamento de caixa permite a empresa
prever as necessidades de caixa da empresa a curto prazo, geralmente no
período de um ano, subdividido em intervalos mensais”. Uma das alternativas
de reduzir o risco de uma previsão errônea do orçamento, além de uma correta
estimativa das vendas, é a elaboração de vários orçamentos de caixa. Com
isso, o administrador financeiro terá instrumentos para uma ação diante da
detecção de risco, de modo que possa tomar uma decisão a curto prazo mais
cabível e com maior segurança.
As saídas de caixa se encaixam em quatro categorias básicas. A
primeira delas é o pagamento de contas a pagar que representam pagamentos
correspondentes à compra de bens ou serviços, tais como matérias primas.
Esses pagamentos quase sempre ocorrem após as compras. As compras
dependem da previsão de vendas. A segunda categoria é pagamento de
salários, impostos e outras despesas, onde inclui-se todos os demais custos
normais desembolsados de operação. A terceira categoria de gastos de capital
corresponde a pagamentos por ativos de longa duração. A última categoria é o
financiamento a longo prazo que engloba pagamentos de juros e amortização
de dívidas a logo prazo e pagamentos de dividendos aos acionistas (ROSS;
WERTERFIELD; JORDAM, 2000).
A concepção de um orçamento de caixa é bastante simples, basta
registrar as estimativas de entradas e saídas de caixa, prevendo o montante de
24
recursos para que a empresa possa dar continuidade no seu trabalho ou o
montante necessário para cobrir os déficits previstos
2.4 Previsão de vendas
Segundo Ross; Werterfield; Jordam (2000, p.85), “a previsão de vendas
é o principal predicado em um planejamento financeiro a curto prazo, pois esse
planejamento concentra-se nas vendas projetadas em um dado período, nos
ativos e financiamentos necessários para sustentar tais vendas”. Um aspecto
importante na previsão de vendas é o levantamento de dados coerentes e
confiáveis para uma previsão, sendo que tal previsão quando automatizada
seja obtida de forma direta e confiável. A previsão de vendas esta diretamente
ligada a uma analise detalhada dos dados do mercado.
A projeção de vendas geralmente começa com uma revisão das vendas
dos últimos 5 a 10 anos, mas na maioria das empresas utiliza-se como
parâmetro um passado mais recente para uma previsão mais realista, pois o
crescimento futuro está ligado com o passado mais recente do que o passado
distante. Projeção de vendas constitui uma estimativa de vendas em unidades
e valores de uma empresa para algum período futuro, geralmente se baseia
nas tendências recentes de vendas e, ainda nas projeções das perspectivas
econômicas do país, da região, do setor e assim por diante.
Se a projeção de vendas se revelar errada, as conseqüências podem ser
sérias. A primeira é o fato da empresa querer uma abrangência na qual não
está preparada ocasionando um despreparo para atender a demanda,
causando assim, desconforto aos seus clientes, que passarão a comprar na
concorrência. Por outro lado, se a previsão for além do que o mercado possa
absorver poderá haver uma retenção de ativos na forma de matéria-prima,
máquinas, entre outros não dando a liquidez necessária tendo ainda embutido
o custo da oportunidade.
Evidentemente que uma previsão exata não é possível, isso porque as
vendas dependem diretamente do futuro incerto de aspectos da economia. Em
determinados casos à previsão não é vital, mas sim, o planejamento de
investimento e financiamento se caso determinados índices de vendas venham
25
a incidir. Mas a correta previsão e estruturação dos planos de vendas dá a
empresa condições de uma maior abrangência do mercado com um menor
desvio de vendas previsto e uma maior lucratividade.
2.5 Planejamento do lucro
Inicialmente, é básico esclarecer que o sucesso do planejamento do
lucro está no cumprimento rigoroso de todas as outras fases do planejamento,
pois sem a execução de todas as etapas o lucro não virá como planejado.
Para Gitman (2007, p.599)
O processo de planejamento de lucros está centrado na elaboração de demonstrações projetadas; a demonstração do resultado e o balanço patrimonial. A elaboração dessas demonstrações exige uma fusão cuidadosa de inúmeros procedimentos que levem em conta as receitas, custos e despesas, obrigações, ativos e participação acionárias, resultantes do nível de operações antecipadas.
Os dados necessários para a preparação de demonstrações projetadas
utilizando-se a técnica simplificada são: as demonstrações financeiras do ano
passado e uma previsão de vendas para o ano seguinte. Um ponto importante
a ser considerado na técnica simplificada envolve diretamente a linha de
produção, pois cada modelo fabricado pelo mesmo processo exige quantidades
de matérias-primas e mão-de-obra diferentes.
O administrador da área financeira tem por base o uso de aproximações
simplificadas para apreciar demonstrações projetadas. As técnicas mais
populares baseiam-se na confiança de que as relações financeiras verificadas
nas demonstrações financeiras passadas não sofram modificações
significativas para o período seguinte
2.6 Demonstração do resultado projetado
Um modelo simples de desenvolver demonstração do resultado é usar o
método em que os custos dos produtos vendidos, as despesas operacionais e
as despesas de juros são expressos em termos de percentagens, em relação
26
às vendas previstas. As percentagens apresentadas possivelmente serão as
mesmas do ano passado. A metodologia utilizada para a estimativa do
resultado projetado sugere que as relações entre vários custos e vendas no
próximo ano repetirão aquelas havidas no ano anterior.
2.7 Balanço patrimonial projetado
O balanço patrimonial projetado utiliza-se de uma técnica criteriosa, para
estimar certas contas e calcular o valor de outras. Quando essa técnica é
utilizada, o financiamento externo necessário é utilizado para fazer o balanço
fechar (GITMAN, 2007).
Esse balanço tem com saída o financiamento externo necessário para o
fechamento das contas. Se o valor der positivo para o financiamento externo
necessário significa que a empresa terá que levantar fundos externos, para
financiar o nível de operação previsto para o período. Se o valor for negativo,
tem-se a indicação de excessos de recursos, e tais recursos poderiam ser
destinados para saldar dívidas e ou em compras de ações. Freqüentemente
essa técnica é utilizada para medir as necessidades de financiamento da
empresa.
2.8 Demonstrativos projetados
A preparação de demonstrativos financeiros é formada por várias
variáveis sendo que muitos analistas, investidores, credores e administradores
utilizam-se de técnicas simplificadas para a elaboração dos demonstrativos
projetados, apesar do auxílio de planilhas eletrônicas terem agilizado o
processo, estas são bastantes usadas.
Um dos fins das demonstrações projetadas é a estimativa de valor
externo exigido para financiar um dado nível de vendas, outra finalidade é a
base para analisar antecipadamente o nível de lucratividade e o desempenho
financeiro global da empresa para o ano seguinte. Aspectos como liquidez,
atividade, endividamento e lucratividade também podem ser auferidos com
isso, pode-se preparar o demonstrativo de fluxo de caixa projetado.
27
Em virtude das demonstrações financeiras projetadas, tanto o
administrador quanto o credor terão subsídios para analisar as origens e
aplicações de recursos da empresa. Com isso, poderão ser tomadas medidas
para adequar as operações planejadas do ano seguinte, a fim de atingir metas
financeiras.
Uma demonstração do resultado projetado é sendo o lucro projetado
pequeno é possível tomar decisões que provoquem aumento de preço, corte
nos custos ou ambos. De maneira análoga se o nível projetado de contas a
receber for elevado, é possível instituir mudanças na política de crédito. Em
virtude disso, as demonstrações financeiras projetadas são de vital importância
na construção dos planos financeiros do ano seguinte (GITMAN, 2007).
Para se tornar eficiente e ter uma maior credibilidade por parte da área
administrativa da empresa o processo de planejamento financeiro deve atentar
para pontos cruciais, como o planejamento de caixa, planejamento de lucros e
a previsão de vendas, entre outros. Os planos financeiros estratégicos ou de
longo prazo servem como guia na preparação de planos operacionais a curto
prazo. Planos de longo prazo dão uma antevisão de um período de dois a dez
anos e estão ligados ao plano estratégico da empresa, enquanto planos de
curto prazo geralmente dão antevisão de um período de um a dois anos e
dizem respeito aos ativos e passivos de curto prazo, por exemplo, à previsão
de vendas.
O processo de planejamento financeiro é um recurso administrativo da
área contábil da empresa tornando-se bastante trabalhoso ao administrador
financeiro, no entanto há uma metodologia aplicável em conjunto com o
conhecimento das atividades da empresa.
2.9 Comentários sobre o perfil do brasileiro nas questões
referentes a planejamento
Dados do Banco Central expostos por Martello (2012) evidenciam que o
ano de 2011 foi marcado pelo alto crescimento da inadimplência brasileira,
principalmente nas operações de pessoas físicas em operações com cartões
de crédito. O senso comum mostra que essa situação se torna ainda mais
agravante entre os servidores públicos e, por isso, a legislação já definiu
28
algumas restrições ao crédito dos mesmos condicionando, já em 2010, o limite
de 30% de comprometimento da renda para os empréstimos com desconto na
folha de pagamento dos servidores públicos (SIMÃO, 2010).
Entende-se que é necessário o investimento em educação financeira,
coisa que pode ser feita através do SEBRAE, instituição que possui o perfil
adequado para o indivíduo em seus novos empreendimentos e até mesmo no
controle de finanças pessoais. As estratégias como a limitação de empréstimos
com desconto em folha são necessárias para redução do nível de
endividamento visto que o desequilíbrio financeiro afeta a qualidade de vida e
do trabalho prestado.
Educação financeira é “um processo de transmissão de conhecimento
que permite o desenvolvimento de habilidades nos indivíduos, para que eles
possam tomar decisões fundamentadas e seguras, melhorando o
gerenciamento de suas finanças pessoais” (SAVOIA; SAITO; SANTANA; 2007
p. 1122). Infere-se, portanto, que a educação financeira pode ser aprendida ao
longo da vida.
A educação financeira inicia-se pelo conhecimento do significado do
valor do dinheiro ao longo do tempo e não termina nunca, visto que as pessoas
sempre podem agregar algum comportamento que as eduquem
financeiramente, ou por experiência própria ou por experiências alheias. Ao se
educarem financeiramente os indivíduos tornam-se mais integrados à
sociedade e mais atuantes no âmbito financeiro de modo que tomam decisões
com mais segurança (SAVOIA; SAITO; SANTANA; 2007).
Nessa mesma base conceitual e Barbosa, Silva e Prado (2012)
asseguram que a educação financeira é o entendimento, a partir da leitura e
interpretação de números, que permite sua transformação em informações
para que se consiga traçar um plano de equilíbrio futuro relativo às finanças
pessoais, que aliada a outros instrumentos como a regulamentação de
empréstimos e as leis de proteção ao consumidor possibilita às pessoas
planejarem seu futuro elaborando orçamentos compatíveis às suas
capacidades financeiras.
Barbosa, Silva e Prado (2012) explicam que um indivíduo
financeiramente educado consegue administrar seu dinheiro de forma coerente
com suas necessidades e capacidade econômica, diminuindo riscos e
aproveitando oportunidades de poupança e investimentos que possam surgir.
29
Na esfera empresarial não é muito diferente, o brasileiro ainda é primário
nas questões relativas ao planejamento, apesar de algumas empresas já se
utilizem desse recurso para garantir o sucesso de seus negócios. O que se
percebe é que o pequeno empresário e, especialmente, o empresário iniciante,
não faz uso do planejamento em seus negócios. Ou, se o faz, não faz
adequadamente. Por isso é que o índice de negócios que fecham nos primeiros
anos é muito grande, falta planejamento tanto financeiro como de ações.
30
CAPÍTULO 3 – IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E
CONTROLE FINANCEIRO PARA O DESEMPENHO
EMPRESARIAL
Planejar é uma das tarefas mais importantes da vida. Saber qual
profissão escolher, onde passar as férias, o que fazer no final de semana,
quanto pagar por um vestido, qual restaurante jantar... o sucesso ou fracasso
de cada ação na vida é fundamentalmente baseado em planejamento, não
muito diferente, no mundo corporativo, as empresas num ambiente
extremamente competitivo onde é preciso apresentar respostas rápidas às
demandas do mercado, com preços competitivos e qualidade certificada. Num
contexto tão turbulento como o do século XXI, em que o mercado se encontra
numa situação classificada como caótica, dado o nível de competição entre as
empresas, a visão pró-ativa do executivo que planeja os rumos de sua
empresa se torna uma questão fundamental. Afinal, a falta de direcionamento
claro pode induzir a organização a trilhar caminhos obscuros e danosos,
colocando-a em grandes dificuldades, ou até mesmo lavá-la à falência, fato que
impulsionam as empresas cada dia mais a elevação de seus níveis de
profissionalismo e produtividade, colocando os gestores incansavelmente a
procura de alternativas para superar os desafios encontrados dia a dia.
O planejamento se faz necessário em todas as atividades da empresa,
mas principalmente nas atividades da área financeira, uma gestão financeira
eficaz tornou-se atualmente um fator crítico de sucesso. Inicialmente é preciso
entender o que significa gestão, para permitir o seu correto emprego no
contexto do planejamento. O termo Gestão deriva do latim gestone, que
significa gerir, gerencia, administração. Para Ross, Werterfield, (1995, p. 12):
“Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar recursos, visando atingir
determinado objetivo”.
Zdanowicz (1998, p. 22), sobre o planejamento financeiro, presume a
sua elaboração e resume: “embora as projeções financeiras sejam apenas uma
estimativa, elas tornam-se mais concretas à medida que você colhe um numero
maior de informações”. Tal estimativa, segundo, leva a projeção financeira ser
procedida de atitudes dentro da empresa: Projeção para o futuro – a
apresentação do orçamento determinará as novas condições de trabalho como
31
as estimativas: das vendas, dos custos de aquisições de matéria prima, das
contratações de mão de obra, dos demais custos indiretos de fabricação e das
despesas operacionais da empresa. Desta forma, a projeção para o devera
especificar o quanto e quando as atividades deverão concretizar-se,
considerando, em parte, o presente para projetar o futuro [...].
Ross et al. (2000, p.522) afirmam:
O planejamento financeiro determina as diretrizes de mudança numa empresa. É necessário porque (1) faz com que sejam estabelecidas as metas da empresa para motivar a organização e gerar marcos de referência para a avaliação de desempenho, (2) as decisões de investimento e financiamento da empresa não são independentes, sendo necessário identificar sua interação, e (3) num mundo incerto a empresa deve esperar mudanças de condições, bem como surpresas.
Nesse contexto, planejamento financeiro é o processo formal que
conduz a administração da empresa a acompanhar as diretrizes de mudanças
e a rever, quando necessário, as metas já estabelecidas. Assim, poderá a
administração visualizar com antecedência as possibilidades de investimento, o
grau de endividamento e o montante de dinheiro que considere necessário
manter em caixa, visando seu crescimento e sua rentabilidade. Gitman (2007,
p.250) afirma: “Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para
atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma
estrutura para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como
mecanismo de controle estabelecendo um padrão de desempenho contra o
qual é possível avaliar os eventos reais.”
Orçamento é uma ferramenta de gestão que explicita as intenções da
empresa em termos financeiros. O orçamento é uma ferramenta adotada para
o controle de suas finanças, sendo que contempla duas das funções básicas: o
planejamento e o controle.
Horngren (2000, p. 125) define orçamento como “expressão quantitativa
de um plano de ação futuro da organização para um determinado período”.
Meyer (apud TUNG, 1975) define de forma mais detalhada, descrevendo
o orçamento da seguinte forma:
[...] A gestão orçamentária se apóia em previsões, função das condições internas e externas da empresa. A partir dessas previsões, os responsáveis pela empresa recebem atribuições – programadas e meios – para um período limitado em valor e
32
quantidade. Em períodos regulares, é efetuados um confronto entre esses orçamentos e as realizações, a fim de realças as diferenças que se verificarem. A explicação e a exploração dessas defasagens constituem o controle.
O sucesso e a solvência de uma empresa não podem ser garantidos
meramente por projetos rentáveis e pelo aumento das vendas. “A crise de
liquidez”, isto é, a falta de caixa para pagar as obrigações financeiras sempre
põe em perigo uma companhia. Neste contexto, o fluxo de caixa tem-se
apresentado como uma das ferramentas mais eficazes na gestão financeira
das empresas, como afirma Zdanowicz (1998, p.19): “O fluxo de caixa é o
instrumento que permite ao administrador financeiro planejar, organizar,
coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para um
determinado período.” O fluxo de caixa possibilita ao gestor programar e
acompanhar as entradas (recebimentos) e as saídas (pagamentos) de recursos
financeiros, de forma que a empresa possa operar de acordo com os objetivos
e as metas determinadas, a curto e a longo prazo. A curto prazo para gerenciar
o capital de giro e a longo prazo para fins de investimentos.
Na visão de Mendes (2002), o planejamento e o controle de
disponibilidades normalmente devem estar relacionados a três dimensões
temporais diferentes: 1) Planejamento a longo prazo quando a ocorrência de
fluxos corresponde às dimensões dos projetos de investimento e à dimensão
temporal do plano de resultados a longo prazo (geralmente de cinco anos). 2)
Planejamento a curto prazo quando a ocorrência de fluxos está enquadrada no
plano anual de resultados. 3) Planejamento operacional, em que as entradas e
saídas de caixa são projetadas para o mês, a semana ou o dia seguinte.
O planejamento financeiro a longo prazo busca conhecer
antecipadamente o impacto da implementação de ações projetadas sobre a
situação financeira da empresa, indicando ao gestor se haverá excesso ou
insuficiência de recursos financeiros. O planejamento financeiro a curto prazo
reflete a preocupação de estimar detalhadamente as entradas e saídas de
dinheiro geradas pela própria atividade da empresa. E o planejamento
operacional destina-se ao controle preciso das disponibilidades, a fim de
minimizar os encargos financeiros dos empréstimos e maximizar os
rendimentos das aplicações dos excessos.
33
Sendo assim, o Planejamento Financeiro torna-se uma ferramenta
importante para quantificar em termos financeiros os anseios declarados no
planejamento estratégico, nos planos táticos e operacionais.
Nota-se que o planejamento financeiro, além de indicar caminhos que
levam a alcançar os objetivos da empresa, tanto a curto como a longo prazo,
cria mecanismos de controle que envolvem todas as suas atividades
operacionais e não-operacionais. O planejamento e o controle orçamentário,
quando realizado juntamente com o controle financeiro, possibilitam mudanças
táticas rápidas para tratar de eventos estranhos ao processo administrativo, os
quais colocam em risco o alcance das metas estabelecidas. Aumentos
inesperados no índice de inadimplência no recebimento de créditos ou
dificuldades na obtenção de recursos de terceiros são rapidamente
identificados. Com um controle financeiro eficaz, a empresa poderá sempre
adotar uma postura proativa em relação a tais eventos. Para Mendes (2002,
p.41) controle “é simplesmente a ação necessária para verificar se os objetivos,
planos, políticas e padrões estão sendo atendidos”.
A gestão financeira, para ser eficaz precisa estar sustentada e orientada
por um planejamento de suas disponibilidades. Para isso o gestor precisa de
instrumentos confiáveis que o auxiliem a otimizar os rendimentos dos excessos
de caixa ou a estimar as necessidades futuras de financiamentos, para que
possa tomar decisões certas e oportunas. A sobrevivência e o crescimento da
empresa são conseqüências de um planejamento que envolve volume de
vendas com margens de lucros que remunerem de forma satisfatória o capital
investido e um plano de recebimentos e pagamentos intercalados com boa
margem de segurança do primeiro para o segundo, garantindo assim a
viabilidade e a permanência da empresa no mercado.
A gestão financeira necessariamente passa pela elaboração de seu
planejamento, que muitas vezes existe informalmente dentro da cabeça do
pequeno e médio empresário, ou na intuição da experiência.
34
CONCLUSÃO
O planejamento financeiro é uma condição necessária para alavancar o
sucesso empresarial. Não existe mais lugar para a improvisação na empresa. É
preciso ser profissional e estar atento a variações da economia e política, local
e global, sabendo enxergar oportunidades de expansão de mercado não só no
meio local, mas também em mercados externos, prever dificuldades inerentes
a estes questionamentos e formular uma política empresarial que atenda a
todos estes fatores levando a empresa a ter um crescimento homogêneo e
constante.
O planejamento financeiro é um subsidiário do planejamento estratégico,
responsável por prever as necessidades monetárias da empresa a fim de
atender certa expectativa de produção, prever as possíveis incertezas do
mercado, traçar planos alternativos se algo planejado der errado ou se os
resultados forem além das expectativas ter planos para conduzir a produção
sem que ocorra prejuízo da imagem da empresa por falta de oferta de produto,
ou por má qualidade causada pela produção indiscriminada juntamente com a
aplicação dos recursos provindos das vendas.
O processo de planejamento financeiro contém uma série de pontos
relevantes sensíveis à administração financeira e gerencial, os quais são de
extrema importância para a elaboração do mesmo e necessários para dar mais
segurança para sua aplicação, entre os quais estão o planejamento financeiro
a longo prazo, planejamento financeiro a curto prazo, planejamento de caixa, e
um dos mais importantes, a previsão de vendas e o planejamento do lucro,
entre outros.
O planejamento financeiro deve ser profundamente analisado e discutido
entre os executivos até que se chegue a um consenso. O processo de
planejamento financeiro não deve ser uma atividade mecanizada, apesar dos
avanços da tecnologia que trouxeram muita agilidade ao processo com o uso
de planilhas e gráficos.
O assunto abordado neste estudo é, atualmente, uma condição
essencial para alavancar o sucesso empresarial. Não existe mais lugar para a
improvisação na empresa. É preciso ser profissional, identificar e ate mesmo
prever dificuldades existentes num empreendimento e formular uma política
35
empresarial que atenda a todos estes fatores levando a empresa a ter um
crescimento sustentável.
O planejamento financeiro possui uma série de pontos a serem
analisados á administração financeira, os quais são de extrema importância
para a elaboração do mesmo e necessário para dar mais segurança quanto a
sua eficácia, os quais estão o planejamento financeiro a longo prazo,
planejamento financeiro a curto prazo, planejamento de fluxo caixa, e um dos
mais importantes, o planejamento do lucro, dentre outros a serem
mencionados.
O planejamento financeiro deve ser cautelosamente analisado e
discutido entre os envolvidos até que se chegue a um censo comum. O
processo não deve ser uma atividade mecanizada, apesar dos avanços da
tecnologia que trouxeram uma agilidade indiscutível ao processo com o uso,
por exemplo, de planilhas eletrônicas e gráficos estatísticos.
Olhando para o Planejamento financeiro pode se dizer que ele, tornou-
se um requisito de suma importância para que os planos financeiros da
empresa obtenham um desempenho eficaz e um papel relevante para o
funcionamento e prosperidade da organização, tornando assim a empresa mais
segura e estável dando maior liquidez em suas operações financeiras e um
maior prestigio com relação as concorrentes.
Tem-se como um dos objetivos do planejamento financeiro desenvolver
uma relação harmoniosa entre o crescimento da empresa com a necessidade
de produção necessária para dar sustentação à mesma, necessidade de
investimentos externos, previsão de pagamentos de dívidas e impostos,
salários, estimativa de custos da produção entre outras, com o intuito de prover
a empresa de recursos financeiros.
Assim pode-se concluir que a realização do planejamento financeiro
empresarial em conseqüência dos principais passos descritos pelos autores da
administração financeira faz-se um requisito de suma importância para que os
planos financeiros da empresa obtenham êxito e desempenhem um papel
relevante para a operação e continuidade da organização, tornando assim a
empresa mais segura e estável dando maior liquidez em suas operações
financeiras. Diante disto, vê-se a grandiosidade de um processo de
planejamento financeiro o qual leva a detalhes de alta complexidade unindo
diferentes áreas de conhecimento.
36
REFERÊNCIAS
ACKOFF, R. L. Planejamento empresarial. Rio de Janeiro: LTC, 1975. ANSOFF, H. Igor e McDonnell, Edward J. Implantando a administração estratégica. 2.ed. São Paulo; Atlas, 1993. BARBOSA, J. da S.; SILVA, M. A. da; PRADO, R. A. D. P. do. Orçamento doméstico: sondagem de opinião do consumidor no Pontal do Triângulo Mineiro. IX Convibra Administração. Anais... Congresso Virtual Brasileiro de Administração. Disponível em: <http://www.convibra.org/upload/paper/2013/33/2013_33_5145.pdf>. Acesso em: jul/2014. BRAGA, R. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1992. BREALEY, R. A. et al. Fundamentos de administração financeira. 3 ed. . Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, 2001. BRIGHAM, E. F. et al. Administração financeira - teoria e prática . São Paulo: Atlas, 2001. BUENO, Francisco Silveira. Mini dicionário da língua portuguesa. São Paulo: FTD: LISA, 1996. CATELLI, Armando; PEREIRA, Carlos Alberto; VASCONCELOS, Marco Tullio de Castro. Processo de Gestão e Sistemas de Informações Gerenciais. São Paulo: Atlas, 1999. p.127-46. CERTO, S.C.; PETER, J.P. Administração Estratégica: planejamento e implantação da estratégica. São Paulo: Makron Books, 1993. CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo; dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2004. FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 1988. GITMAN, Lawrence J. Princípios da administração financeira. 7ed. São Paulo: Habra, 2007. HORNGREN, Charles T. Contabilidade de Custos. 9.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. LACOMBE, Francisco José Masset; HEILBORN, Gilberto Luiz José. Administração: princípios e tendências. Rio de Janeiro: Saraiva, 2003. LEMES JÚNIOR, A. B. et al. Administração financeira – princípios, fundamentos e práticas brasileiras . Rio de Janeiro: Campus, 2002.
37
LUNKES, R. J. Manual de orçamento. São Paulo: Atlas, 2003. MARTELLO, A. Inadimplência do cartão de crédito é três vezes maior que a média, diz BC. 2012. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2012/02/inadimplencia-do-cartao-de-credito-e-tres-vezes-maior-que-media-diz-bc.html>. Acesso em: jul/2014. MENDES, Ivanildo Guimarães. Controladoria estratégica: sistemas de controle evoluem e ganham valor estratégico nas organizações. Revista FAE BUSINESS, n. 4, pag. 51-54, dez./2002. OLIVEIRA, Antonio Benedito Silva. Planejamento, Planejamento de Lucro. In: CATELLI, Armando (coord.). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. São Paulo: Atlas, 1999. p.147-69. OLIVEIRA, Djalma de P. Rebouças de. 19ed. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologias e práticas. São Paulo: Atlas, 2003. PEREIRA, Carlos Alberto. Ambiente, Empresa, Gestão e Eficácia. In: CATELLI, Armando (coord.). Controladoria: uma abordagem da gestão econômica GECON. São Paulo: Atlas, 1999, p.35-80. ROSS, Stephen A.; WERTERFIELD, Randolph W.; JORDAM, Bradford D. Princípios de administração financeira. 2ed. São Paulo: Atlas, 2000. SANVICENTE, A. Z.; SANTOS, C. da C. Orçamento na administração de empresas – planejamento e controle . 2ed. São Paulo: Atlas, 1995. SAVOIA, J. R. F.; SAITO, A. T.; SANTANA, F. de A. Paradigmas da educação financeira no Brasil. Revista de Administração Pública, v. 41, n. 6, p. 1121-1141, nov./dez. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-76122007000600006&script=sci_arttext>. Acesso em: jul/ 2014. SIMÃO, E. Consignado de servidor público terá restrições. 2010. Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/advogado-de-defesa/consignado-de-servidor-publico-tera-restricoes/>. Acesso em: jul/2014. TUNG, Nguyen H. Orçamento Empresarial no Brasil: para empresas industriais e comerciais. São Paulo: Edições Universidade Empresa, 1975. WESTON, J. Fred; Brigham, Eugene F. Fundamentos da administração financeira. São Paulo: Makron Books, 2000. ZDANOWICZ, J. E. Planejamento Financeiro e Orçamento. 2.ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.
38
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTO 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO 1. CONCEITOS GERAIS NA ÁREA DE FINANÇAS 09 1.1 Planejamento 09 1.2 Planejamento estratégico 10 1.3 Finanças 13 1.4 Planejamento financeiro 14 1.5 Controle financeiro 15 CAPÍTULO 2. PLANEJAMENTO FINANCEIRO 16 2.1 Planejamento financeiro a longo prazo 19 2.2 Planejamento financeiro a curto prazo 20 2.3 Planejamento de caixa: orçamentos de caixa 22 2.4 Previsão de vendas 24 2.5 Planejamento do lucro 25 2.6 Demonstração do resultado projetado 25 2.7 Balanço patrimonial projetado 26 2.8 Demonstrativos planejados 26 2.9 Comentários sobre o perfil do brasileiro nas questões referentes a planejamento
27
CAPÍTULO 3. IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO PARA O DESEMPENHO EMPRESARIAL
30
CONCLUSÃO 34 REFERÊNCIAS 36
39
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Universidade Cândido Mendes
Importância do planejamento financeiro
Renato Medeiros Santos Salles
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: