DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · commerce no Brasil nos meados dos anos 90, as...

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU O DESENVOLVIMENTO DO E-COMMERCE NO BRASIL E SUAS PERSPECTIVAS ATUAIS Euclidemar Tiago de Melo ORIENTADOR: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · commerce no Brasil nos meados dos anos 90, as...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

O DESENVOLVIMENTO DO E-COMMERCE NO BRASIL E

SUAS PERSPECTIVAS ATUAIS

Euclidemar Tiago de Melo

ORIENTADOR: Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro 2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Logística Empresarial. Por: Euclidemar Tiago de Melo

O DESENVOLVIMENTO DO E-COMMERCE NO BRASIL E SUAS PERSPECTIVAS ATUAIS

Rio de Janeiro 2016

3

AGRADECIMENTOS

A todos que me ajudaram direto ou indiretamente

etc.

4

DEDICATÓRIA

Dedica-se aos meus pais, sobrinho, cônjuge,

familiar, etc.

5

RESUMO

Esta monografia apresenta como tema central o e-commerce e seu

desenvolvimento no Brasil e suas perspectivas atuais. Com a chegada do e-

commerce no Brasil nos meados dos anos 90, as empresas brasileiras

precisaram se integrar a este novo modelo de comércio em suas operações,

trazendo muitos desafios a ser enfrentados. Este momento em que estávamos

vivendo era de grande abertura de mercado e conseqüentemente, tornando-se

este comércio cada vez mais competitivo e complexo, forçando as empresas

brasileiras a se adaptar a um novo modelo de comércio que é o e-commerce.

Devido o grande crescimento deste mercado virtual e do cenário atual onde a

conquista por uma fatia do mercado é cada vez maior, hoje é fundamental que

as empresas utilizem o e-commerce para alcançar seus clientes e atualmente

se tornou um importantíssimo canal de vendas e continua crescendo cada vez

mais sua participação no faturamento das empresas.

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METODOLOGIA

A metodologia usada para a elaboração deste trabalho sobre o e-

commerce e seu desenvolvimento no Brasil e suas perfectivas atuais, foi

utilizado pesquisas bibliográficas em livros revistas, artigos, assim como busca

a sites da internet que apresentavam assuntos ligados ao estudo apresentado.

.

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Um breve histórico do surgimento do e-commerce no país e a importância do

uso da tecnologia da informação para seu desenvolvimento. 11

CAPÍTULO II

O desenvolvimento do e-commerce no país e os principais desdobramentos 18

CAPÍTULO III

A importância do e-commerce no mercado atual 29

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 41

ÍNDICE 43

8

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como tema central estudar o e-commerce e seu

desenvolvimento no Brasil e suas perspectivas atuais. Com a chegada do e-

commerce no Brasil nos meados dos anos 90, as empresas brasileiras

precisavam se integrar a um novo modelo de comércio em suas operações.

Este momento que estávamos vivendo era de grande abertura de mercado e

conseqüentemente tornado este comércio cada vez mais competitivo e

complexo, forçando as empresas brasileiras a se adaptar a um novo modelo de

comércio que é o e-commerce. Com isto trouxe novas maneiras de pensar este

comércio e a viver novos desafios, levando o trabalho a analisar dentro desta

nova realidade repensar este mercado e como e como se desenvolveu este

novo modelo de comércio no Brasil ano de 90 a 2000 e como este comércio

está se desenvolvendo na atualidade ente os anos de 2014 a 2015 os

números, perspectivas e desafios, ou seja, como está se desenvolvendo? Será

que deu certo? Como vimos o e-commerce (ou comercio eletrônico) é,

atualmente, uma ferramenta fundamental para a empresa que pretende se

expandir ou migrar da loja Física e experimentar um cenário evolutivo

acrescido de oportunidades em projeções globais. Para Bill Gates (2015) no

futuro só vai existir duas empresas: a que estão no e-commerce e a que

querem entrar no e-commerce.

E notório o grande crescimento do comércio eletrônico em

proporções não só Brasil, mas de uma forma global, devido ao acesso á

informação e da democratização do uso das tecnologias existentes no mercado

aumentando assim o poder de compra das mais variadas classes sociais em

todo o mundo.

Com a chegada do e-commerce, ou melhor, dizendo com a

popularização deste mercado nos meados dos anos 90, as empresas

brasileiras precisaram se integrar a um novo modelo de comércio em suas

operações que até então não estavam acostumados a lidar. Este momento que

estávamos vivendo era de uma grande abertura de mercado e

9

conseqüentemente tornando-se este comercio cada vez mais competitivo e

complexos, forçando as empresas brasileiras a se adaptar a este novo modelo

que chegava a nosso mercado.

Através do uso da tecnologia que foi na verdade uma ferramenta

importantíssima no desenvolvimento do e-commerce e ao acesso cada vez

maior da população ao uso da internet por diversas modalidades, trazendo

para este mercado novas maneira de pensar e grande desafio a enfrentar

principalmente do inicio da sua popularização deste mercado no Brasil.

Diante destes aspectos, a elaboração deste trabalho teve como

motivação o advento das relações comerciais existente até então no Brasil que

hoje se depara como um novo comportamento de mercado suja a necessidade

era de um instrumento fidedigno, trazendo uma nova maneira de se pesar em

compras, acirrando cada vez mais as relações que existia no mercado. Hoje

vimos que as empresas precisam se adaptar a esse novo mercado de

consumo que está em franco crescimento, onde a uma procura pela facilidade

das compras online, levando as grandes redes varejista optarem pelo comércio

eletrônico utilizando assim uma nova maneira de abordagem.

Entretanto, observando este cenário atual onde a conquista por uma

fatia do mercado é cada vez maior; hoje fundamental que as empresas utilizem

o e-commerce para alcançar seus clientes e cada vez mais se tornar um

importante canal de vendas e ainda continua em fase de crescimento e sua

participação no faturamento das empresas está sendo fundamental para

alcançar os resultados almejados.

Neste sentido, o objetivo geral deste trabalho é entender o

desenvolvimento do e-commerce no Brasil e suas perspectivas atuas, como

também verificar este surgimento e desenvolvimento no Brasil: como e em que

momento ele surge, analisar suas principais perspectivas, observar suas

barreias e resistências e analisar como este mercado se apresenta no cenário

atual.

10

O desenvolvimento deste trabalho apresentará no primeiro capitulo

traz um breve histórico do surgimento do e-commerce no país e a importância

do uso da tecnologia da informação para seu desenvolvimento, no segundo

capítulo vão descrever sobre o desenvolvimento do e-commerce e suas

principais abordagens, e no terceiro capitulo será apresentado uma abordagem

da importância que o e-commerce traz para o mercado atual.

11

CAPÍTULO I

UM BREVE HISTORICO DO SUGIMENTO DO E-

COMMERCE NO PAÍS E A IMPORTÂNCIA DO USO DA

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA SEU

DESENVOLVIMENTO

Não se pode deixar de falar do desenvolvimento do e-commerce no

Brasil sem falar da evolução da tecnologia e da internet, pois, o comércio

percorreu um caminho crescente, justamente com a crescente informatização

das mais diversas atividades no mundo globalizado de hoje transformado a

tecnologia da informação (TI) em uma área cada vez mais relevante

economicamente, como fermenta principal para o e-commerce e para seu

desenvolvimento, pois os dois estão intercalados. Estando cada vez mais

conectado à informação e com ela chegando cada vez mais rápida, os novos

produtos e serviços são lançados no mercado a todo instante. Conforme se

intensifica a concorrência entre as empresas, os mercados se fundem, o

desenvolvimento tecnológico encurta as distancias, facilitando a comunicação e

melhoria dos processos. As empresas foram ao longo do tempo, reduzindo

suas diferenças, de tal modo que qualquer vantagem adquirida com a adoção

de determinado processo ou equipamento e alcançada em poucos anos, e

agora meses ou semana no mercado

Quanto mais acessos têm com os meios tecnológicos maiores à

capacidade do desenvolvimento do e-commerce e a internet neste meio se

tornou a grande responsável por todo este ágüe de desenvolvimento do e-

commerce no país e para (Salvador 2013), as experiências de compras deverá

ganhar cada vez mais destaque nos próximos anos no comércio eletrônico.

Como podemos observar ao logo dos anos, as pessoas passaram a ter

acesso a essa importante ferramenta de comunicação mundial chamada

internet e isto vem trazendo o que podemos considerar de avanços. Para

12

(Guasti 2013) um aspecto muito relevante no desenvolvimento do comércio

eletrônico no Brasil foi a facilidade proporcionada pelas telecomunicações.

1.1. A internet

A internet teve origem no ano de 1969, quando laboratórios de

pesquisas dos estados unidos passaram a ser comunicar em rede, surgindo,

então a ARRPANET uma junção da sigla ARPA (AADVANCED RESEARCH

PROJECTTS AAGENCY) e da palavra net “rede” em inglês.

A internet nasceu no final da década de 60, nos Estados Unidos, no princípio interligava laboratório de pesquisas. Pertencia ao departamento da defesa norte americano. Era o período da guerra fria, e os cientistas queriam uma rede que continuasse operando em caso de bombardeio. Surgiu então o conceito de uma rede em que todas as pontes se equivalessem sem um comando centra (Santos, 2003, p.76).

Entretanto, o nome internet apareceu bem mais tarde quando essa

tecnologia passou a ser utilizada para conectar universidades e laboratórios,

primeiro nos Estados Unidos e depois em outros países. Tudo isso foi possível

graças ao uso do protocolo TCP/ IP (Transmisson Control Protocol / Internet

Protocol, que permite varias redes se comunicarem entre si. Por muitos anos o

uso da internet era restrito apenas ao ambiente acadêmico e cientifico.

Em 1987, uso comercial passou a ser liberado primeiramente nos

Estados Unidos e, desde, então se popularizou e transformou-se no que hoje a

conhecemos, ou seja, o crescimento do consumo via internet está fortemente

aliado à percepção de que a web é o canal que oferece os preços mais baixos.

Tanto no mercado norte-americano quanto no Brasil, alguns fatores

impulsionam, desde os primórdios, as compras pela internet: conveniência,

concorrência e sortimento. Em primeiro lugar, é simples comprar pela web,

uma vez que não é preciso ir até uma loja, enfrentar transito sol, chuva, filas e

13

perder tempo. Uma compra online pode ser fechada de qualquer lugar do

mundo, 24 horas por dia, o que é uma motivação interessantíssima para os

moradores das grandes cidades que têm cada vez menos tempo de se

locomover em cidades congestionadas e inseguras. Além dos meios de

pagamentos também facilitam a vida do consumidor: o aumento do uso de

cartões de credito e o desenvolvimento de sistemas seguros de pagamento

digital ampliam a segurança e tudo isso vai proporcionando um maior

conhecimento deste novo mercado que chega a nosso país.

Portanto, diante de todas as vantagens as pessoas acabam

entendendo que comprar via internet apresentam grandes benefícios e uma

delas é a facilidade de se comprar.

1.2. O surgimento do e-commerce

E-commerce ou comercio eletrônico, ou vendas virtuais são alguns dos

nomes dados para se designar este novo mercado virtual que vem crescendo a

cada dia e ganhando cada vez mais confiança dos teus usuários.

Contudo, podemos definir o e-commerce como uma comercialização de

produtos e serviços utilizando a internet a qual estão interligados, tanto

consumidores como fornecedor, dos produtos ou serviço por meio de

computadores.

O e-commerce, que em português significa comércio eletrônico, é uma

modalidade de comercio que realiza suas transações financeiras por meio de

um dispositivos e plataformas eletrônicas, como computadores e celulares. O

mais claro exemplo destes tipos de comércio é comprar ou vender produtos em

lojas virtuais.

Albertin (2000) define o comercio eletrônico como uma realização de

toda a cadeia de valores dos processos de negócio em um ambiente eletrônico,

por meio da aplicação intensa das tecnologias de comunicação e de

informação, atendendo aos objetivos de negócio. Os processos podem ser

realizados de forma completa ou parcial, incluindo as transações negócio-a-

14

negócio, negócio-a-consumidor e intra-organizacional, em uma infraestrutura

de informação e comunicação predominantemente pública, de acesso fácil,

livre e de baixo custo.

Nos primórdios do comércio eletrônico os prazos de entrega do produto

ou serviço eram muito extensos se comparados aos dias de hoje, o que era

pouco atrativo, visto que o cliente visa ale da entrega rápida outras vantagens,

tais como: menor preço, maior sortimento de produtos ou serviços, maior

conveniência, comodidade, segurança dos dados fornecidos, promoções e até

esmo um maior divertimento oferecido pelo site.

O comercio eletrônico ou e-commerce ou comercio virtual ou venda não

presencial, é também estendida até as vendas por telemarketing, que é um tipo

e transação comercial, com ou sem fins lucrativos, feitas especialmente através

de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, computadores, tabletes e

smartphones.

Entretanto, a maior expansão do e-commerce se deu nos meados dos

anos 1970, com a descoberta do chip, que é capaz de armazenar milhares de

informações em uma única e minúscula unidade, houve o desenvolvimento da

tecnologia que levou à fabricação dos primeiros microcomputadores.

1.3. A expansão do e-commerce no Brasil

O comércio eletrônico, como e conhecido hoje, surgiu nos Estados

Unidos, pais que liderou os avanços da internet desde seu surgimento. Nascida

nos meios militares norte-americanos, e depois se espalhando pelas

universidades, a internet se massificou no mercado norte-americano a partir

dos anos 90, por conta do grande acesso da população a computadores e

telefones. A venda de produtos pela internet surge, então, e 1994, com a venda

de livros e CDs para universitário. Em pouco tempo, o modelo bem-sucedido

passou a ser replicado em outros setores.

15

No Brasil não foi diferente, o e-commerce surgiu gradativamente, logo

após a internet convencional está presente em quase todas as empresas,

independente do setor de mercado. E este mercado está em constantes

crescimentos e isso acontece devido haver inúmeras facilidades deste tipo de

comércio, assim como o aumento do poder aquisitivo, onde muitas pessoas

estão tendo acessos à internet, munidas de tecnologia de segurança que

resultam em confiabilidade da informação para transações via internet, do

amplo alcance de mercado e, fundamental avanço da logística que desse

suporte a está demanda.

Dentro desta lógica o e-commerce precisa de uma logística enxuta, que

funcione com excelência, pois o que valoriza este comércio é justamente o

tempo que leva para atender um pedido do cliente e esse tempo depende de

algumas variáveis importantíssimas para o seu bom desenvolvimento e

conseqüentemente maiores abertura e confiança deste mercado tais como:

estoque, recebimento, separação, conferência e expedição até que o produto

seja entregue para a transportadora e em seguida, para o consumidor final que

é a parte fundamental neste processo.

O prazo médio de recebimento de uma mercadoria, antes, era de 15 a

30 dias úteis hoje, esse tempo varia de 3 horas após a confirmação de compra,

até 5 dias úteis, com abrangência nacional e não para regiões metropolitanas e

grandes capitais como era antigamente.

Portanto, a logística evoluiu e ajudou no crescimento do e-commerce,

sendo assim, uma enorme vantagem para esse mercado.

As empresas de e-commerce utilizam muito dos operadores logísticos

por terem inúmeros benefícios, analisando esse segmento como um futuro

bastante promissor, já que, cada vez mais as pessoas procuram comprar em

uma loja virtual, tendo mais comodidade em comprar de sua casa.

Outro fator preponderante no desenvolvimento do e-commerce no Brasil

é a internet que logo mostrou que além de muito útil, servindo como uma

biblioteca virtual, onde qualquer informação pode ser buscada, tem também o

16

que poderíamos dizer que é um ambiente propício a transações comercias. No

inicio, a internet só era usada como vitrine para a conclusão posterior de um

negócio, que seria selado nos meios tradicionais. Hoje podemos utilizar de

diversas maneiras.

O comercio eletrônico pode envolver tanto as operações entre uma rede

de varejo e seus consumidores quanto ás transações comerciais entre a

empresa e sua cadeia de fornecedores. Gradativamente, as chamadas lojas

viriais foram ganhando espaço na rede, que passou por uma profunda

profissionalização

A partir daí foi possível realmente estruturar as relações comerciais em

que quase tudo passa por esta nova ferramenta chamada internet. A princípio

imperavam os produtos de fácil escola e transporte, como livros, CDs de

músicas e jogos; a empresa Amazon.com foi o primeiro grande exemplo dessa

onda de comércio voltada ao consumidor final.

Assim, como a booknet no Brasil (hoje, submarino), paulatinamente

houve outras iniciativas de transações eletrônicas como os leilões, as

aplicações bancárias e as integrações de cadeias de fornecedores de

empresas, também chegaram para popularizar a web como via para compra e

venda de produtos e serviços.

Sendo assim, os recursos de informática e de telecomunicação passam

a ganhar importância vital na inserção da empresa dentro da economia

globalizada, na qual velocidade é fator definitivo para determinar a

sobrevivência e sucesso de um empreendimento e na qual não pode haver

interrupções ou gargalos no ciclo de criação, lançamento, distribuição e venda

de um novo produto.

O comercio eletrônico evoluiu e ajudou significativamente no

crescimento do Brasil e de algumas organizações. O administrador de micro,

média ou grande empresa, por sua vez, tem uma gama de vantagens ao

implantar o comercio eletrônico junto a suas lojas físicas, como; aumentar sua

proporção de vendas; comprando em maior volume dos seus fornecedores terá

17

melhores condições de negociação (devido maior poder de barganha);

menores custos e conseqüentemente abaixo os seus preços ou ate mesmo

aumentar sua rentabilidade.

18

CAPÍTULO II

O DESENVOLVIMENTO DO E-COMMERCE NO PAÍS E

SEUS PRINCIPAIS DESDOBRAMENTOS

Embora desde os anos 70 existam sistemas de comércio eletrônico

B2B em operação o mercado brasileiro principalmente os mercados financeiros

e automobilismo, o varejo online só passou a existir após a privatização das

telecomunicações. Em 1998, o acesso gratuito ás ligações telefônica via portais

ajudou a romper a barreira do acesso com cobrança de pulso telefônico,

diminuindo enormemente o custo de entrada na web.

No ano 2000, a onda do acesso gratuito, que teve o IG como maior

nome, foi uma grande alternativa para a entrada da população que não tinha

banda larga. Alguns anos antes, porém, em 1994 a internet começava a ser

usada no Brasil como um canal de varejo, como a inauguração da booknet,

livraria que depois seria rebatizada como Submarino e é hoje parte da B2W,

um dos maiores varejista online do país.

Outros players já ofereciam nessa época alternativas que se

aproximam do comércio eletrônico, como o Pão de Açúcar delivery, que, antes

da internet, oferecia aos clientes um CD que simulava a compra que permitia

que o cliente colocasse os produtos dentro de um carrinho virtual e, então,

estabelecia uma conexão telefônica ponto a ponto para transferir a lista de

compra para a empresa. Algo fantástico para meados dos anos 90. Mais tarde,

a empresa teria seu e-commerce dentro do UOL, depois de forma

independente. O Magazine Luiza também deixou sua marca pioneira,

desenvolvendo no inicio da década de 90 suas lojas virtuais, que eram pontos

de venda físicos sem estoque. Os produtos eram naquela época exibido em

televisores com fitas cassete, e o consumidor tinha a assistência de um

vendedor. Hoje o modelo é um dos pontos focais da estratégia da varejista,

evidentemente com as devidas atualizações tecnológicas (quiosques

19

conectados à internet permitem fechar a compra online, mas a filosofia

continua a mesma).

Em 1999, a criação do Submarino foi um grande marco. Nessa

época, muitos investimentos foram feitos no mundo online e surgiram diversas

operações, como Americanas.com. Os portais de notícias receberam novos

aportes e ganhou musculatura, encanto muitas empresas nasceram e

morreram. Eram tempos bastante agitados em um novo negócio que ainda não

tinha modelos de negócios bem definidos.

No ano seguinte, surge a e-bit que permitiu aos consumidores das

suas opiniões sobre produtos e serviços adquiridos online e se transformou, ao

longo do tempo, em uma referencia sobre consumo via web. Foi também o ano

em que a bolha pontocom estourou, mostrando que modelos de negócios sem

possibilidade real de geração de receitas eram inviáveis. Só sobreviveram

aquelas empresas com planos de negócios sólidos e bastante solidez.

Secaram as fontes do capital de risco e muitas operações ficaram pelo

caminho.

O estouro das Pontocom trouxe uma grande desconfiança quanto à

viabilidade dos negócios online. Marcou época uma reportagem de uma revista

que, fazendo analogia com o naufrágio do submarino kursk, discutia se o varejo

via internet teria futuro. Mesmo com muitos cliente e milhões em vendas, o

Subarino.com.br não inspirava confiança.

Com muita criatividade e garra, surgiram empresas que hoje estão

entre as líderes de mercado, como NetShoes,Flores Online, Gol ( primeira

companhia aérea a vender passagens pela internet) e vários dos principais

varejista nacionais passaram a investir na web, como Marisa, O Boticário e

C&A. No inicio da década passada, a grande dificuldade era a massa critica:

com poucos fornecedores de tecnologia, limitações quanto á estrutura de

telecomunicações e poucos usuários, o mercado era pequeno. Com isso, não

havia plataformas disponíveis a preços acessíveis, os datacenters eram

caríssimos, os links dedicados tinham preços exorbitantes.

20

Esse mundo de altos custos e pouca estrutura surgiu o e-Sedex, um

arco dos Correios que tomou mais rápida a entrega dos produtos. Entretanto, a

análise de risco ainda era incipiente e cresceram os problemas de não

pagamentos e fraudes. Os grandes portais e também principais provedores de

acesso, como UoL, IG e Terra, detinham a audiência, pois a publicidade era

muito cara. Tempos sem Google, com o Buscapé ainda no inicio, uma fase

difícil para um pequeno varejista sobreviver na internet. A desconfiança dos

consumidores era enorme, pois não havia a cultura da compra online e poucas

grandes marcas estavam no mundo online. Sem banda larga, não havia vídeo

e as páginas demoravam para serem carregadas. A péssima experiência de

navegação daquela época contrasta fortemente com o cenário visto dez anos

depois, em que os consumidores veem vídeos no You Tube, acessa redes

sociais, dão suas opiniões, postam vídeos e áudio, participam do conteúdo. No

inicio dos 2000, a internet também era um canal de mão única.

2.1. As camadas do comércio eletrônico vista pela tecnologia

da informação

As operações de comércio eletrônico estão dispostas, do ponto de vista

da tecnologia da informação, em diversas camadas. São elas.

Fornt end: essa Poe ser considerada a ais importante do comercio

eletrônico, porque faz a interface entre o cliente e a loja, dessa forma, ela é

fundamental para o sucesso da operação online;

Banco de dados: realiza todo o armazenamento das informações e, por

isso, aperfeiçoa uma série de processos, abrindo margem para diferenciação

entre os diversos players do mercado;

Back Office: é o painel de controle onde a loja é administrada. Estamos

aqui falando de todos os processos de retaguarda que não são vistos pelo

cliente, as sem os quais a loja não funciona. Hospedagem, logística,

processamentos dos pagamentos são alguns exemplos;

21

Autômatos: essa é uma camada importantíssima na estrutura do e-

commerce, mais poucas lojas virtuais trabalham bem esse aspecto. Trata-se de

processos executados em momentos chaves para coletar e processar

informações fora do fluxo de informações. Um exemplo disto é muitos sites

avisa que um produto não está em estoque e, assim, toda vez que é dado

entrada no estoque, o sistema avisa que há um produto aguardando estoque e

faz díspar de e-mail.

ERP (sistema de gestão empresarial): não é obrigatório, mas é

interessante ter. Principalmente em virtude dos controles financeiros e fiscais.

Um ERP é voltado a controlar o estabelecimento como um negócio fiscal.

Como emitir uma nota fiscal tem muitas regras, é recomendável que esse

processo seja feito pelo ERP, para aperfeiçoar funções e regas que podem ser

alteradas de tempos em tempos.

HTML (Hyper Text Markup Language): é uma linguagem de

programação principais do font end, o HTML é a linguagem universal da

internet. Para lidar com clientes que usarão diferentes navegadores, é preciso

estruturar o site em um único padrão e verificar se em todas as plataformas o

site funciona da mesma forma.

2.2. Tipos de e-commerce no Brasil

No decorrer deu sua implantação o e-commerce foi se estabelecendo

como diferentes tipos de negócio e também muitos conceitos surgiram, e hoje

podemos classificar os modelos de negócios online de acordo com as

transações dos participantes envolvidos.

A criação de uma loja online está a ser encarada pelas empresas não

apenas como uma atualização, acompanhada das novas tendências, mas

também como uma área de negócio alternativa explorando as suas vantagens

face aos métodos tradicionais. Que inicia uma loja online deverá ter em

22

consideração aspectos básicos, mas determinantes para o sucesso do

negócio, nomeadamente:

• A definição clara do produto e/ou serviço e a sua disponibilidade

nicho bem definido;

• Atenção os aspectos logísticos do negócio, muito importantes em

determinado tipos de bens;

• Uma estratégia de webarketig clara que permita conduzir tráfego

qualificando para a loja.

Para um melhor entendimento abaixo os diferentes e principais tipos

de e-commerce.

• As formas de pagamento disponíveis e os eventuais problemas de

segurança que se colocam;

De acordo co Laudon (2007, p.200) “{...} podemos classificar os três

principais tipos de categorias, de acordo com as transações de comércio

eletrônico, levando em conta a natureza das participações da transação” sob

essa perspectiva, as três principais categorias de comércio eletrônico são:

empresa-consumidor, empresa-empresa e consumidor-consumidor.

2.3. B2B (Business to Business-Empresa/Empresa)

B2B (Business to Business) é a sigla utilizada no comércio eletrônico

para definir transações comerciais entre empresas. Em outras palavras, é um

ambiente (Plataforma de e-commerce) onde uma empresa (indústria,

distribuidor, importador ou revenda) comercializa seus produtos para outras

empresas. A natureza dessa operação pode ser revenda, transformação ou

consumo.

23

O comércio eletrônico é realizado apenas entre empresas, ou seja, de

pessoa jurídica para pessoa jurídica, comércio bastante competitivo e

desafiador, principalmente, quando falando de resultados financeiros.

Nesse tipo de comércio, as empresas compradoras, dispondo de um

número significativos de ofertas, esperam obter bons descontos em suas

compras e também prazos mais reduzidos as entregas.

Os fornecedores, por sua vez, tendem a estabelecer prazos mais curtos

para o recebimento dos pagamentos e, por conta disco, as transações B2B

tendem a se caracterizar por volumes grandes e margens estreitas de lucro.

Segundo Alves (2002, p.62) “os serviços do B2B têm como ponto central

a introdução de facilidades e de recursos que permitem a realização de

transações de negócios online entre as companhias. ”

Pode representar uma grande oportunidade de redução de custos e

ganhar vantagens competitivas pelo compartilhamento da economia de escala

da cadeia de suprimentos, com a integração de fornecedores de produtos e

serviços, provedores de redes de valor agregado e da internet.

2.4. B2C (Business To Consumer)

B2C (Business to Commerce) é a sigla que define a transação comercial

entre empresa, indústria, distribuidor ou revenda, e consumidor final através de

uma plataforma de e-commerce. A natureza dessas operações tende a ser

apenas de consumo é importante notamos que nesta relação o cliente final é

tratado como consumidor como explicar Costa, (2013, p.64) “utiliza-se o termo

consumidor porque o consumidor pode ainda não ser um cliente. Ele só se

tornará um cliente quando realizar uma compra na empresa”. Os grandes

varejistas, viram nesta modalidade uma forma de aproximação com os seus

clientes, uma vez que todas as compras ocorrem no ambiente virtual sem a

necessidade do cliente se deslocar para uma loja física,

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O que caracteriza o tipo de comércio que uma empresa pratica não é o

produto, mas a atividade-fim, ou seja, qual o fim a que é destinado a

mercadoria. Isso define o modelo de negócio e as figurantes atuantes nesse

modelo.

O comercio eletrônico é realizado de uma pessoa jurídica para uma

pessoa física, ou seja, são pessoas comprando de empresas, através de

computadores pessoais ou dispositivos eletrônicos, adquirindo produtos e

serviços das mais diferentes naturezas e finalidades, dentro os tipos de e-

commerce este é o mais conhecido.

2.5. C2C (ConsumerTo Consumer)

Este é o comércio entre consumidores. Ele é intermediado normalmente

por uma empresa (o dono do site). É o comércio eletrônico realizado entre

consumidores, ou seja, de pessoa física para possa física. Tem o enfoque para

venda eletrônica de bens ou serviços para consumidores diretamente a outros

consumidores.

No Brasil o exemplo mais conhecido é o site do Mercado livre, que

permite que as pessoas vendessem suas mercadorias a outros consumidores a

preço mais baixo na rede de computadores. Outro exemplo é o site de leilão

como o Ebay.

É evidente que o fato de o internauta ter acessado o site não significa

que ele seja um comprador, ais indica um interesse muito grande esse tipo de

comercio, visto que já sabe onde procurar caso tenha a necessidade de

comprar.

2.5.1. B2G (Business to Governement)

O B2G, que corresponde a to Governement, nesse relacionamento as

empresas ofertantes de produtos ou serviços tem côo cliente, o poder publico

ou governo, em todas as esferas governamentais. Os exemplos comuns de

B2G são as licitações e as compras de fornecedores, e geralmente essa

operação é realizada por meio de portais.

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Outro exemplo comum de B2G são licitações e compras de

fornecedores, numa concessionária geralmente e feito através do

departamento de vendas Diretas.

Há, também, siglas para designar as relações inversas, onde os

“consumidores” é que vendem diretamente para os “negociantes”, como: G2B

(Government to Business) e C2B (Customer to Business)

2.6. Infraestrutura do Comércio Eletrônico

Diante de todos estes tempos, foram feitas e desenvolvidas diferentes

estruturas para o e-commerce, contudo ao temos uma forma ideal para cada

mercado. Podemos encontrar diferentes maneiras de se trabalhar com o e-

commerce:

2.6.1 Troca eletrônica de dados EDI

As aplicações de EDI referem-se à troca eletrônica de dados (electronic

datainterchange – EDI) entre os clientes e os fornecedores, através de

comunicação entre eles ou via uma empresa terceira especializada, do tipo

VAV, com base numa rede pública, como a internet.

2.6.2 Troca eletrônica de dados na internet – EDI/I

As aplicações de EDI/I referem-se a troca eletrônica de dados por

internet (electronic data inerchange – internet –EDI/I) entre os clientes e os

fornecedores, através de comunicação via uma infraestrutura pública.

2.6.3 Dinheiro eletrônico – e – cash

As aplicações de dinheiro eletrônico, e-cash, referem-se à criação de

dinheiro eletrônico para ser utilizado côo sistema eletrônico de pagamento,

passível de ser utilizado em CE, tanto com base em cartão inteligente como

base em sites específicos.

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2.6.4 Cheque eletrônico – e- check

As aplicações de cheque eletrônico, e-check, referem a criação de

cheque eletrônico para ser utilizado como sistema eletrônico de pagamento,

passível de ser utilizado em CE, com base em sites específicos.

2.6.5 Cartão inteligente – Smart card

As aplicações de cartões inteligentes, Smart Cards, referem-se ao

armazenamento e atualização de informações dos produtos e serviços dos

cientes, de informações sobre e-cash na forma de carteira de dinheiro

eletrônica, entre outras, que podem ser gravadas e ligadas em equipamentos

próprios.

2.6.6 Cartão de crédito

As aplicações de cartões de credito referem-se á utilização destes

cartões num ambiente de CE.

2.6.7 Catálogo eletrônico – e-catalog

As aplicações de catálogo eletrônico E-catalog referem-se á

disponibilização de catálogos de produtos e serviços, na forma eletrônica, num

ambiente de CE.

2.6.8 Chat

As aplicações de chat estão ligadas aos espaços virtuais nos quais

podem ocorrer interações pessoais, utilizando uma infraestrutura pública, como

a internet.

2.6.9 Correio eletrônico – e- mail

As aplicações de correio eletrônico, e- mail, e está totalmente ligada a

troca de mensagens eletrônicas num ambiente de CE, utilizando uma

infraestrutura pública, como a internet.

27

2.6.10 Home Page

As aplicações de He Page referem-se às paginas com conteúdo,

informações e instruções, disponibilizadas para acesso por meio de uma

infraestrutura pública, como a internet.

2.6.11 TV a cabo

As aplicações de TV a cabo é outro meio que não podemos esquecer,

ele está ligado à disponibilização de produtos e serviços através das redes de

TV a cabo, permitida não somente o acesso como o envio de informações.

2.7. DIRETO DE ARREPENDIENTO

Se diante a todos estes mecanismos de compra não funcionar temos o

direito ao arrependimento. De acordo como o código de defesa do consumidor

(CDC) que foi criado em 1990 e representa um marco fundamental nas

relações entre empresas e clientes. Como naquela época a internet ainda era

embrionária e o comércio eletrônico não existia, a questão do direito de

arrependimento foi desenvolvida tendo em mente as compras feitas via

catálogo e telefone. Com o passar do tempo e a substituição das vendas via

catálogo pelo varejo online, a Lei passou a funcionar muito bem para as

transações via web.

O artigo 49 do CDC diz que o consumidor pode devolver o pedido em

até sete dias da data de recebimento dos produtos:

Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a

contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço,

sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora

do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.

Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento

previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título,

durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente

atualizados.

28

O direito de arrependimento pode ser exercido sempre que a

contratação de produtos se der fora do estabelecimento comercial, para que o

consumidor possa analisar se o produto adquirido atende às suas expectativas.

Como o texto da lei não dispõe sobre a existência de motivo para o

arrependimento, não é preciso nem meso justificar a troca, desde que a

compra tenha sido feita fora do estabelecimento comercial. Os valores pagos

deverão ser integralmente devolvidos, inclusive corrigidos monetariamente.

Havendo cláusula contratual no sentido de que o consumidor deve arcar com

as despesas ou encargos em virtude do arrependimento, a cláusula é

considerada nula, em razão do artigo 51, inciso II, do código de Defesa do

consumidor.

Entretanto, o código prevê formas de evitar casos de má fé. Na compra

de um vestido, por exemplo, a cliente pode comprar na terça-feira, usar no

sábado e devolver na segunda. É evidente que o prazo de devolução foi criado

tendo em ente a possibilidade de o produto não ser exatamente como era

esperado, mas em toda lei há que encontre brechas. Em um caso como esse

do vestido, quando é evidente que houve um problema técnico, o custo é da

loja, desde que ao haja má fé por parte do consumidor. Se o produto foi

enviado errado, ou está com defeito, te de ser trocado e a loja assume os

custos. As se o cliente usa de má fé, por exemplo, devolvendo o produto

depois de usá-lo, o prazo de devolução não se aplica. É preciso haver

equilíbrio a relação de consumo.

As relações de consumo são norteadas por diversos princípios, dentre

os quais vale a peã destacar a boa-fé e a equidade, visando buscar a máxima

igualdade em todas as relações, com ações pautadas na transparência e a

verdade.

29

CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DO E-COMMERCE NO MERCADO

ATUAL.

No inicio, os e-consumidores brasileiros como podemos chamar eram

pessoas abastadas, que podiam ter acesso a computadores de US$ 4 mil e

linha de telefonia fixa de US$ 5 mil. Essa elite, aos poucos, foi sendo reforçada

por um novo público, com um poder aquisitivo menos exclusivo, e, com a

queda contínua do preço dos computadores, a ampliação do acesso à telefonia

e as expansões do crédito no país têm hoje uma situação muito mais

democrática.

No Brasil de hoje, embora a renda média do e-consumidor seja de R$ 4

mil, pessoas das classes A até D consome pela internet, em um total de mais

de 32 milhões de pessoas. Segundo levantamento do e - bit, a idade média do

e-consumidor é de 40 anos, embora uma parcela considerável dessa

população seja formada por pessoas acima de 50 aos, que ao cresceram com

computadores e tiveram dificuldade para aprender a usar esses equipamentos.

Muito diferente da população mais jovens, nascida na ambiente web e que

desde cedo brinca com celulares e tabletes.

3.1. Um novo perfil de cosumo.

Existe hoje cerca de 100 milhões de pessoas com acesso á internet o

Brasil, o que significa metade da população do país. O público acima de 60

anos é uma das últimas barreiras para a expansão da internet. Isso porque as

populações mais jovens, nascidas no ambiente digital, não vêem

computadores, smartphones e tabletes como seres estranhos, e sim como

equipamentos até mais populares que a televisão. Os mais idosos, por sua vez,

não são nativos digitais, mas tem grandes estímulos para ingressar o mundo

da internet: a web pode ser, por exemplo, uma maneira interessante de superar

o problema da solidão. O desenvolvimento de tabletes altamente intuitivos

30

elimina a barreira técnica de entrada e gera uma grande aderência ao uso do

equipamento por uma população mais idosa que poderá estar fisicamente

sozinha, mas virtualmente conectada, utilizando a web pra conversar e trocar

idéias por meio das redes sociais.

A classe E, atualmente fora do mundo digital, no futuro também terá

acesso à internet. Hoje, as Lam Houses são uma alternativa, mas o projeto do

governo federal de levar a banda larga a todos os municípios do país fará que

esse público também se torne digital. O aumento da população “bancarizada”

impulsiona o comercio eletrônico, uma vez que facilita as compras, mas o

boleto bancário é uma alternativa viável para alcançar esse publico. Assim, o

comércio eletrônico ganha espaço e relevância nas decisões de consumo da

população, um movimento sem volta.

3.2. Novas categorias de e-commerce

Paralelamente ao crescimento do acesso à internet e ao comercio

eletrônico vem o desenvolvimento de novos negócios online, na chamada

“cauda Longa”. Instituições como a Universidade Buscapé e a Ecommerce

School permitem que pequenos empreendedores criem suas lojas e iniciem

seus negócios online. Isso leva ao desenvolvimento de mudanças no perfil de

consumo que já vem ocorrendo os últimos anos. Se nos primórdios do e-

commerce no Brasil o sortimento oferecido era restrito e havia um grande

receio de adquirir produtos de maior valor, com o amadurecimento do mercado

a segurança aumentou e abriu-se espaço para categorias como os

Eletrodomésticos, hoje os mais vendidos pela web o Brasil (13 % do volume

total de pedidos); e informática (com 12% ocupa a segunda colocação no

ranking nacional). Já Livros, Revistas e Jornais, categoria que por muito tempo

liderou as vendas no país, hoje responde por apenas 8 % do total de pedidos,

na quarta colocação.

31

3.3. A gestão do estoque no e-commerce

A gestão de estoques é uma questão de menor importância para as

empresas de serviços, mas quando falamos em comércio eletrônico, torna-se

um fator fundamental para o sucesso da empresa. O empreendedor, não

importa qual seja o seu porte, precisa saber quanto entra, quanto há no

estoque e quanto sai de Sá. Qual é o valor do estoque no fechamento do mês?

Qual é o custo da mercadoria estocada? Existem relatórios desse inventario? É

preciso haver controles precisos do que está em estoque, pois a saúde

financeira da empresa depende disso.

O estoque pode ser definido como os conjuntos dos itens materiais da

empresa que são mantidos para venda futura, estão em processo de produção

ou são consumidos durante a produção de produtos ou serviços a serem

vendidos. Mercadorias prontas e matérias-primas são os principais

componentes do estoque.

3.4. Os certificados digitais do e-commerce

Como sabemos os computadores e a internet são amplamente utilizados para

a troca de mensagens e documentos entre cidadãos, governo e empresas.

Para garantir a segurança dessas transações, é preciso contar com

ferramentas capazes de garantir autenticidade, confidencialidade e integridade

às informações eletrônicas. A certificação digital e a tecnologia que apresenta

essas ferramentas.

O centro da certificação digital está nos certificados digitais, documentos

eletrônicos que conta com o nome, um número público exclusivo (a chave

publica) e diverso outro dado que mostram aos sistemas de informação quem é

aquela pessoa acessando a certificação digital. Hoje utilizados nas notas fiscais

eletrônicas, tem validade jurídica e são obrigatórios para as empresas com

regime de lucro real e presumido. Sua compra pode ser em qualquer entidade

autorizada pela Receita Federal.

32

3.4.1 SPED

O SPED, sistema Público de Escrituração Digital, foi implementado em

janeiro de 2007 como uma solução tecnológica que oficializa os arquivos

Digitais das Escriturações Fiscais e Contábeis, em um formato eletrônico

especifico e padronizado. O SPED conta com três subprojetos: Nota Fiscal

Eletrônica, SSPED Contábil e SPED Fiscal.

A Nota Fiscal Eletrônica facilita o intercâmbio de informações entre os

Fiscos, reduz custos e burocracias e amplia o controle e fiscalização por parte

do governo. Já o SPED Contábil visa a substituição da emissão de livros

contábeis (Diário e Razão) em papel, por versões digitais. Trata-se de uma

solução que abrange os Fiscos federal, estaduais e, futuramente, municipais,

além de várias instituições, como DNRC, CFC, Banco Central, SUSEP E CVM.

O SPED Fiscal, por sua vez, permite que a empresa que o utiliza seja

dispensada de apresentar a declaração de Informações Econômica- Fiscais da

Pessoa Jurídica (DIPJ) e outras obrigações relativas a outros tributos (IPI,

PIS/CONFINS ETC.). Porém, ainda não estão dispensados.

Com a criação de uma série de sistemas digitais, o governo federal

desenvolve o Harpia, um sistema digital, o que roda na nuvem e, conectado à

web, permite cruzar informações de várias fontes e, assim rastrear o

comportamento das empresas. O fato é que o governo está enxergando muito

claramente o que as empresas têm feito e, com a WEB 3.0 o osso governo já

está desenvolvendo ferramentas de cruzamento de dado na WEB 4.0.

Assim como o e-commerce, o governo está nas nuvens.

3.4.2 DIREITO DIGITAL

Com o grande desenvolvimento do e-commerce mundo atual o Direito

digital transformou-se em poucos anos, em uma nova vertente do mudo do

Direito, tamanhas as polemicas e a necessidade de criação de fronteiras entre

o que é permitido e o que é considerado ilegal no mundo online. Entre leis

33

desenvolvidas especificamente para o universo da comunicação e das vendas

online e outras que nasceram no mundo físico e foram transportados para o

digital, os varejistas precisam estar atentos a uma miríade de regras e

conceitos para que possa desenvolver ações online de forma coerente e bem-

sucedida.

Qualquer empresa imersa no varejo online tem como objetivo final as

vendas. Todas as ações de marketing, comunicação, logística, tecnologia etc.

têm como foco aumentar o volume e o giro de seus produtos. Por cota disso,

respeitar o Código de Defesa do Consumidor (CDC) torna-se um aspecto

fundamental nas suas reações com os cientes.

3.5. LEI DE ENTREGA

Como qualquer outro mercado o e-commerce tem suas regras para

entrega, e como é notório o mercado brasileiro de e-commerce ainda é

bastante concentrado geograficamente: os Estados de São Paulo, Rio de

Janeiro e Minas Gerais representam aproximadamente 60% da movimentação

de produtos e serviços online, com destaque para a capital paulista e para o

interior do estado.

E justamente em São Paulo que surgiu uma lei que tem o potencial de

causar grandes transtornos para as operações online, exige uma complexidade

logística que poucos são capazes de ter e que, seguramente, nenhum varejista

de pequeno porte possui. A lei da Entrega fixa data e turno de entrega de

produtos e serviços aos consumidores, igualando segmentos com

características completamente diferentes. Adquirir um sapato não é a mesma

coisa que adquirir um livro importado. Como garantir, no segundo caso, a

entrega em determinado dia e turno se existem fatores imponderáveis, como o

tempo de desembaraço das cargas na alfândega? A lei ainda coloca as

empresas do estado de são Paulo em franca desvantagem em relação às de

outros Estados, dos quais não se pode exigir o cumprimento da lei.

O consumidor é a parte mais fraca em uma relação de consumo, as não

fazem sentido transferir toda a obrigação para uma única parte. Hoje, nem

34

mesmo o grande varejo online consegue entregar cumprindo todas as

demandas da lei da Entrega e, por isso, cria uma condição absolutamente

surreal para contornar a legislação: o frete custa alguns reais (ou sai de graça)

se a compra puder ser entregue em qualquer horário, mas para determinar um

período específico há a cobrança de taxas que podem chegar a dezenas de

reais. Mais ainda é surreal a entrega dos correios (o meio de entrega de dez

entre dez pequenos varejistas online) ao têm obrigação de cumprir essa lei.

Como se não bastasse, toda legislação tem um prazo de adaptação,

normalmente de 90 dias. Com a lei da Entrega, porém isso não aconteceu: a lei

entrou em vigor no dia seguinte ao de sua publicação. Já seria muito difícil

adaptar as operações online para essa situação em 90 dias, quando mais

sendo para amanha. A ausência de Vaccatio Legis é uma afronta á lei Federal

Complementar 95/1998, que dita que as Leis devem ter prazo razoável para o

seu cumprimento.

Acabou-se criando com isso um cenário ideal para multas sucessivas

aplicadas pelo PROCON ao varejo online. Em 2010, 77 estabelecimento

comerciais, sendo 57 lojas online e 20 físicas, foram autuadas com base em

reclamasses de consumidores e o monitoramento feito por fiscais, pois que as

empresas não fixaram data e turno para entrega de produtos e não cumpriram

os prazos de entrega informados aos consumidores. O PROCON existe para

defender o consumidor, mas não para inviabilizar o pequeno empresário. Hoje,

infelizmente, quem tentar cumprir a lei 100% acaba quebrando, pois, os custos

mais que dobraram, em alguns casos, para acompanhar todas as exigências

legais.

Como vimos mão só de flores vive o e-commerce, ainda hoje existem

normas que não estão claras.

3.6 os números do Crescimento do e-commerce no Brasil.

O Brasil é um dos países que registra as maiores taxas de crescimento

em e-commerce no mundo e apesar de grandes nomes estarem presentes na

internet co enormes portais de3 vendas a grande fatia responsável por este

35

crescimento espantoso são as pequenas e médias lojas virtuais. Estudos

apontam que existe muito espaço para desenvolvimento e crescimento do e-

commerce no Brasil se comparar com a media mundial.

Dados recentes reforçam e comprovam que as taxas de crescimento nos

últimos aos do e-commerce Brasil não param de crescer:

Em 2012, o faturamento total do e-commerce brasileiro foi de 22,5

bilhões, o que representou um crescimento de mais de 20% em relação ao ano

de 2011, quando o faturamento anual foi de 18; 7 bilhões. Já em 2013 foi um

ano ainda melhor se comparado a 2012, pois todas as previsões e expectativas

das principais consultorias especializadas apontavam um faturamento próximas

a R$28 bilhões, o que já seria um crescimento considerável de pouco mais de

24% em relação a 2012. Porém, contrariando positivamente os mais otimistas,

o comércio eletrônico movimentou no ano de 2013 mais de R$ 31 bilhões o que

representa um crescimento de 29% em relação ao ano anterior. Este número

foi impulsionado pela entrada de 10 milhões de novos consumidores de e-

commerce o Brasil.

Já em 2014 apresentou resultados bastante positivos no comércio

eletrônico brasileiro, tendo superado mais uma vez a expectativa inicial para o

faturamento do setor e registrado crescimento de 24% em relação a 2013. A

receita chegou a R$ 35,8 bilhões, resultados dos 103,4 milhões de pedidos

feitos, sendo 17% maior que do ano anterior. Este crescimento deverá ser

impulsionado por ser um ano de copa do mundo principalmente nas categorias

de eletrônico e material esportivo.

As vendas realizadas em 2015 nas lojas virtuais brasileiras

apresentaram um crescimento nominal de 15,3% na comparação em 2014,

alcançando um faturamento de R$41,3 bilhões.

Para André Ricardo diretor executivo do e-bit que está presente

acompanhando a evolução do varejo digital afirma: “o comércio eletrônico

ainda é um setor muito atrativo na economia brasileira e acreditamos que ainda

existe muito espaço para crescimento”, para ele o mercado eletrônico ainda

36

continuará apesentando crescimento em 2016, principalmente pelo aumento

das vendas via dispositivo móveis.

Apesar do cenário socioeconômico no país, os números comprovam que

foi um ano positivo para o setor, com um total de 106,5 milhões de pedidos. O

tíquete médio também subiu 12% atingindo valor médio de R$388, em parte

devido a inflação, que também elevou os preços dos produtos vendido online

no decorrer do ano.

Apesar de todos os números expressivos e que merecem sim a

comemoração atenção por parte dos empresários, ainda estamos longe dos

números do mercado americano, que movimenta US$ 300 bilhões e

respondem por cerca de 10%do faturamento do comércio por ano.

3.7. NOVAS MODALIDADES DE CONSUMIDORES

Como vimos o comércio eletrônico vem evoluindo anos após ano e

conseguindo novos adeptos, as lojas virtuais não são mais do que vitrines

cheiras de produtos disponíveis para venda, o mercado de vendas online notou

a necessidade de investir em estratégias de marketing para saber o que os

clientes acham de seus produtos, acompanhar o processo de pós-venda, saber

quais produtos precisam de uma nova versão ou sair de linha de produção.

Vimos a cada ano a chegada de novas tecnologias que estão dando “asas à

imaginação” de muitos marqueteiros de plantão, com isso temos a aparição de

novas modalidades no e-commerce.

. M-commerce - Mobile commerce

Comércio eletrônico Móvel está cada vez mais se tornando uma

realidade, segundo o ABI Research americana, foram fechados 2010

com 2,4 bilhões de dólares em vendas no varejo viam celular. Já existem

previsões de que já em 2018 o celular irá superar o PC como os

principais acessam a internet. Existe a previsão de que tudo será

resolvido através do celular, e as vendas no varejo não serão exceção.

• F-comerce -facebok comerce

37

O crescimento vertiginoso do número de usuários do facebook

despertou o interesse das empresas em estarem presentes esses

canais. É possível criar uma loja virtual dentro do facebook usando

aplicativos de e-commerce. Há vários no mercado a custos bem

acessíveis. Esses aplicativos funcionam como uma vitrine de

produtos dentro do facebook. Quando alguém clica no botão

comprar, é direcionado para a página do produto, na loja virtual.

• T-commerce- television Commerce

Dada a presença maciça da televisão no Brasil e os avanços do

Ginga, a plataforma de Televisão Digital interativa do SBTVD, em

breve as compras poderão ser feitas durante os anúncios e inserções

nos programas de TV. Uma das principais características desta forma

de e-commerce é a redução do tempo entre o anúncio e uma venda,

o que deverá aumentar ainda ais os números do e-commerce no

país. Em 2016 o sinal de TV –hoje presentes em mais de 90% dos

lares brasileiros devera cotar com recursos de interatividade que

permitirão o T –commerce.

• S- Commerce- Social Commerce

Redes sócias é a verdadeira febre do mento na internet. E como todo

bom “marqueteiro” não pode deixar essa possibilidade passar, grandes

redes de e-commerce já começam a usá-las como ferramenta de

marketing digital, atingindo diretamente seus clientes. As empresas

estão buscando usar as redes sociais como ferramenta de atendimento,

uma vez que a voz dos consumidores ganha cada vez mais força com

as redes sociais.

38

3.8. NOVAS TENDÊNCIAS

No mercado brasileiro, o comercio eletrônico devera passar nos

próximos anos por uma onda de consolidação, com mais fusões e aquisições.

Há oportunidades e categorias de nicho, em produtos mais especializados, já

que os grandes operadores têm um ix de produtos muito amplos e não geram

conteúdo aprofundado dentro das categorias, dando mais atenção aos Best

sellers. Abre-se, assim, espaço para pequenas e médias na chamada cauda

longa, levando pequenas empresas para o e-commerce dentro de categorias

como esporte, beleza e moda. E na internet, quanto mais especializado se é,

melhor o conteúdo que se pode oferecer

39

CONCLUSÃO

O e-commerce é um comércio que veio para ficar, pois cada vez

mais está sendo difundido estes segmentos no mercado brasileiro por diversas

modalidades e fatores que influência este setor.

Cada vez mais, as pessoas estão levando a suas lojas em seus

bolsos. O crescimento dos smartphones mostra que o consumidor poderá se

conectar ao varejo online em qualquer instante, de qualquer lugar. Até mesmo

de dentro da já física do concorrente. Os celulares tornaram-se um canal de

comunicação integrado e convergente, com o qual as empresas terão de lidar.

O neoconsuimidor, esse consumidor digital, multicanal e global que acessa as

empresas a partir de diversos canais, de acordo com sua conveniência,

demandará um neovarejo, para o quais muitas empresas ainda não estão

preparadas. E o tempo para se preparar é muito, muito curto.

As inovações tornam-se populares muito rapidamente. Já é uma

grande realidade no país os tabletes, smartphoes e cada vez mais moderno.

Como empresa é preciso estar atento a isso para manter a relevância junto aos

consumidores. As próprias empresas de internet (tradicionalmente líderes em

inovação) têm sentido na pele a velocidade das mudanças e passam a

concorrer, de uma hora para outra, com companhias de outros segmentos e

países. A concorrência é global e multissetorial.

Neste cenário cada vez mais digital, a tecnologia está em todas as

pautas do comercio eletrônico, assim com a logística, os meios de pagamento,

relacionamento com os clientes, serviços financeiros, controle de estoque,

gestão de produtos, tudo isso eleva a tecnologia a um patamar estratégico para

o e-commerce. Quem não contar com uma estrutura de ti pronta para encarar

os novos desafios do e-commerce terá muitas dificuldades de se manter neste

mercado tão tecnológico e dinâmico.

Como vimos se no passado os consumidores pesquisavam em

cartazes, folhetos, páginas amarelas e jornais, para depois ir à loja, hoje ele vai

40

à loja, fotografa o código de barras do produto e acessa um site de

comparação de preços mais baixo. Se há pouco tempo era preciso levar a

oferta do jornal até a loja e negociar o preço com o vendedor, hoje são

necessários poucos cliques ara comprar o produto do outro lado do mundo, ou

para desistir da compra depois de ver na internet a opinião de outros

consumidores.

A conseqüência de tudo isso e a internacionalização do e-commerce

que é irreversível no país. E não se trata apenas do consumidor comprando no

exterior para entregar aqui: empresas estrangeiras desembarcam no Brasil e

companhias nacionais iniciam operações em outros países. É o caso da B2W,

com venda de ingressos no México, Chile e Argentina; da Netshoes na

Argentina no México; ou dos sites brasileiro de comparas coletivas que abrem

filiais por toda a América Latina. Nada mais natural, uma vez que o Brasil

responde por cerca de 60% do varejo online da região e é o mercado mais

maduro e que possui uma cultura de compra pela web mais desenvolvida na

América Latina.

Contudo, no mercado brasileiro, o comercio eletrônico deverá passar

nos próximos anos por uma onde de consolidação, com mais fusões e

aquisições, o que na verdade já está acontecendo.

Há oportunidades em categorias de nicho, em produtos mais

especializados, já que os grandes operadores têm um mix de produtos muito

amplos e ao geram conteúdo aprofundado dentro das categorias, dando mais

atenção aos Best Sellers. Abre-se, assim, espaço para pequenos e médios na

chamada cauda longa, levando pequenas empresas para o e-commerce dentro

das categorias como esporte, beleza e moda. E na internet, quanto mais

especializado se é, melhor o conteúdo que se pode oferecer.

Em outra vertente, há setores ainda pouco explorados, como

automóveis e turismo, que contam co players importantes, mais que podem

avançar na oferta de serviços agregados. Falta ainda conteúdo que agregue

valor dentro dessas categorias.

41

Portanto, a experiência de compra deverá ganhar destaque cada vez

maior nos próximos anos, aumentado cada vez mais a fatia do e-commerce no

mercado brasileiro, pois a cada ano percebemos um amadurecimento maior

neste setor, tanto nas lojas que estão melhorando a experiência de navegação

e compra em seus sites, como os consumidores estão confiando mais e

aproveitando está praticidade com as diversas vantagens que a compra online

oferece, como descontos, variedades de produtos e entrega em casa.

42

BIBLIOGRAFIA

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<http:/www.abcomm.org/notícias. Acesso em: 08/02/2016.

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<HTTP://www.webjump.com.br/loja-virtual/crescimento-e-commerce-brasil/.

Acesso em 11/01/2016.

44

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I A importância do uso da tecnologia da informação e o surgimento do e-commerce no país. 11 1.1. A internet 11 1.2. O surgimento do e-commerce 12 1.3. A expansão do e-commerce no Brasil 14

CAPÍTULO II O desenvolvimento do e-commerce no país e seus principais desdobramentos 18 2.1. As camadas do comércio eletrônico vista pela tecnologia da informação 19 2.2. Tipos de e-commerce no Brasil 20 2.3. B2B (Business to Business – empresa / empresa) 21 2.4. B2C (Business to Consumer) 22 2.5. C2C (consumer to consumer) 23 2.6. Infroestrutura do comércio Eletrônico. 24 2.6.4 Cheque Eletrônico – e- chack 25 2.6.10 Hone Page 26 CAPÍTULO III A importância do E-commerce no Mercado atual 29 3.2. Novas categorias de e-commerce 30 3.4. Os certificados digitais do e-commerce. 31 3.3.4.1 SPED 32 3.5 Leis de entrega 33 3.6 os números do crescimento do e-commerce no Brasil 34 3.7 novas modalidades de consumidores 35 3.8 novas tendências 37

45

CONCLUSÃO 39 BIBLIOGRAFIA 42

46