DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · científica, do Drº Augusto Cury sobre a...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTOS ESPECIAIS DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE DENTRO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR POR: MARIA DAS VITÓRIAS DANTAS RODRIGUES ORIENTADORA: Prof.ª: PRISCILLA BARCELLOS JOÃO PESSOA OUTUBRO/2009 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTOS ESPECIAIS

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE DENTRO DO PROCESSO

DE APRENDIZAGEM ESCOLAR

POR: MARIA DAS VITÓRIAS DANTAS RODRIGUES

ORIENTADORA:

Prof.ª: PRISCILLA BARCELLOS

JOÃO PESSOA

OUTUBRO/2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTOS ESPECIAIS

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE DENTRO DO PROCESSO

DE APRENDIZAGEM ESCOLAR

POR: MARIA DAS VITÓRIAS DANTAS RODRIGUES

Trabalho monográfico apresentado como

requisito parcial para obtenção do Grau

de especialista em Psicopedagogia.

JOÃO PESSOA

OUTUBRO/2009

AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus o

autor da minha vida. Aos meus filhos –

Mariane e Davi - que aprimoram a

educadora que existe em mim. A meu

marido pelo o apoio dado em momentos

necessários. Também a cada um dos

meus familiares, em especial aos meus

pais que, com amor, fé e generosidade,

me ensinaram a enxergar a vida. A todos

os mestres que fizeram e fazem parte da

minha vida, Com eles aprendi a amar a

profissão escolhida. A minha orientadora

Priscilla Barcellos por seu profissionalismo

e amabilidade neste importante momento

acadêmico. A cada um que cruzou meu

caminho e me tornou mais rica, dando-me

um pouco de si.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a duas educadoras

espetaculares que cruzaram minha vida

pessoal e profissional: Rita Maria Batista

e Jeane Severino da Silva, e, também, a

todos os meus colegas do Colégio

Santa Emília de Rodat que, de modo

muito significativo, tem compartilhado

comigo momentos singulares. Sonhamos

juntos e realizamos juntos a educação

que coletivamente acretidamos. A cada

um de vocês a minha gratidão.

RESUMO

A educação não pode diminuir ou mesmo ignorar o valor que a afetividade

exerce sobre ela. Esta pesquisa buscou refletir sobre essa importância para o

contexto da sala de aula, além de ressaltar os prejuízos subseqüentes caso

esse conceito – afetividade – não fosse considerado no viver escolar. A

qualidade nos relacionamentos é um requisito imprescindível para facilitar o

processo cognitivo, já que a organização do pensamento influencia o

sentimento e o sentir também influência a forma de pensar. Neste sentido, a

afetividade perpassa o funcionamento psíquico, assumindo, assim, o papel

organizativo nas ações e reações. As ações pedagógicas quando são

planejadas/pensadas levando em consideração a relação afetiva entre

educadores e educandos torna-se muito mais eficientes e propensas ao

sucesso. O funcionamento psíquico humano não é composto somente da

dimensão cognitiva, mas, também, por uma das suas dimensões fundamentais

que é a afetividade. Sob a luz de alguns pesquisadores -Tiba, Piaget, Sisto &

Martinelle, Freud, Vygotsky , Rego, Coll, Freud, Augusto Cury e outros, buscou-

se referendar o entendimento desta pesquisa.

Palavras-chave: Afetividade, relacionamentos, cognição.

METODOLOGIA

Este trabalho monográfico tem sua fundamentação teórica em autores

como Tiba, Piaget, Sisto & Martinelle, Freud, Vygotsky , Rego, Coll, Freud,

Augusto Cury, entre outros.

Após uma ampla leitura sobre o tema buscou-se uma escola que fosse

um referencial positivo no assunto em estudo, isso porque grande parte desses

referenciais são negativos.

Realizou-se a pesquisa de campo com o objetivo de analisar e visualizar

os conceitos estudados. O alvo era transpor o limite teórico. Desta forma os

conceitos se tornariam mais significativos e palpáveis.

A escola escolhida foi o Colégio Santa Emília de Rodat. Uma instituição

particular na cidade de Goiana – PE. Apesar desta instituição ter da Educação

Infantil ao Ensino Médio, nesta pesquisa fez-se a opção de ser interpelado

apenas um grupo de oito educadores/professores da Educação Infantil e

Ensino Fundamental I. Entendemos que a afetividade é importante em todas as

faixas etária, sendo imprescindível e marcante para o desenvolvimento da

personalidade essa etapa da vida infantil (0 a 10 anos).

Deu-se preferência a pesquisa qualitativa sob forma de um questionário

composto por cinco perguntas pertinentes ao assunto, e, também, o

recolhimento de alguns documentos, além de fotos do cotidiano escolar.

Por fim, a luz dos teóricos que fundamentaram essa pesquisa, analisou-

se os dados coletados.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

O que dizem alguns teóricos sobre este tema 11 CAPÍTULO II

As afirmações de Augusto Cury sobre afetividade 13

CAPÍTULO III A criança e a afetividade no contexto escolar 16

CAPÍTULO IV

O processo consciente do professor como mediador 19

CAPÍTULO V Análise dos dados coletados no Colégio Santa Emília de Rodat 20

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRAFIA 33

ANEXOS 34

8

INTRODUÇÃO

O tema desse estudo fala sobre a importância da afetividade dentro

do processo de aprendizagem escolar. Entende-se que a aprendizagem é

um conceito bastante amplo e complexo. Portanto, dentre os muitos focos que

poderia ser dado a esse trabalho, será privilegiado a pertinente e significativa

relação – AFETIVIDADE E APRENDIZAGEM - no âmbito escolar.

Pretende-se destacar e analisar o pensamento de alguns pesquisadores

sobre este tema, e, de modo particular, o que afirma o Drº Augusto Cury1 sobre

o assunto.

A afetividade é importantíssima á vida, sem ela algumas características

essenciais dos seres humanos são perdidas, e conseqüentemente, arruina-se

parcialmente, o significado do que seja humanidade. É até mesmo complicado

imaginar essa espécie – homo sapiens - sem uma de suas mais peculiares

características - AFETIVIDADE.

É do conhecimento de todos que muitos educadores limitam, impedem,

dificultam... A sua prática educacional porque ignoram, porque não dizer, NÃO

valorizam a afetividade no seu dia a dia em sala de aula. Sabe-se que uma

relação afetiva equilibrada faz toda diferença na vida dos seres humanos, na

hora de aprender essa relação não é menos importante.

Existem profissionais na área da educação, e estes não serão

denominados educadores, porque de fato não o são, onde o ponto principal da

1 1Cury, Augusto é psiquiatra, cientista e a autor de vários livros na área de Psicologia e Educação.

9

sua vivência escolar continua sendo a transmissão do conhecimento e não o

sujeito que interage com esse conhecimento.

São, portanto, objetivos desta monografia, examinar a fundamentação

teórica que rege o tema abordado, - A importância da afetividade dentro do

processo de aprendizagem escolar. Sendo apreciadas também as

afirmações de Cury sobre o assunto em questão. Na seqüência, e, objetivando

um melhor aprofundamento, analisaremos os dados da pesquisa realizada

entre os profissionais da instituição escolhida à luz dos autores selecionados

para referendar este trabalho monográfico. Esta pesquisa de campo foi

realizada no Colégio Santa Emília de Rodat - PE, onde foram entrevistados

professores da educação Infantil e Fundamental I.

No primeiro capítulo será encontrada uma abordagem geral sobre o

tema – Afetividade no contexto escolar - do ponto de vista de alguns teóricos:

Vygotsky, Rego, Piaget, Coll, Freud, entre outros.

No segundo capítulo encontra-se alguns afirmações, com aceitação

científica, do Drº Augusto Cury sobre a influência da afetividade para vida

escolar e, também, o papel IMPORTANTÍSSIMO do professor na construção

de uma sociedade emocionalmente equilibrada.

No terceiro capítulo far-se-á um breve passeio pelo universo da criança

e suas vivências escolares. A influência e relevância dessas experiências para

a formação da sua personalidade e auto-estima.

O quarto capítulo é destinado ao processo consciente do professor como

mediador da aprendizagem significativa. Uma reflexão acerta da influência que

esse profissional exerce nas mentes humanas.

10

Por último dedicaremos um capítulo aos dados coletados na entrevista

com os professores da Educação Infantil ao Fundamental I do Colégio Santa

Emília de Rodat.2

Este colégio está há 28 anos no mercado e é referência em educação e aprovação em vestibulares, sendo a qualidade nos relacionamentos inter-pessoais seu grande diferencial. Instituição privada. Todos os professores são devidamente habilitados para o exercício do magistério.

11

CAPÍTULO I

O que dizem alguns teóricos sobre este tema

Sabe-se que a afetividade é uma peculiaridade da espécie homus

sapient. Somos sentimento em ação. Por esta razão não se pode menos

desprezar um elemento tão valioso – AFETIVIDADE - a vida humana, e,

conseqüentemente, a vida escolar. Vygotsky (apoud. REGO, 1995) afirma que

o homem como é um ser que pensa, raciocina, deduz e abstrai, mas também

como alguém que sente, se emociona, deseja, imagina e se sensibiliza.

Os conceitos de aprendizagens tratam a motivação e o desejo como

instrumentos de apropriação da inteligência. Diferentes autores também

atribuem à afetividade imprescindível valor para o desenvolvimento psíquico do

ser humano.

Piaget em 1954 diz, “a afetividade não modifica a estrutura no

funcionamento da inteligência, porém é a energia que impulsiona a ação de

aprender”. Este pensamento destaca a relevância que exerce a afetividade no

processo de aprendizagem, e, também, chama a atenção para um ponto

importante: dependendo de como esteja à afetividade do indivíduo poderá ter

ou não um prejuízo no desenvolvimento deste.Segundo Coll (2004), os

sentimentos, as emoções e os desejos correspondem à afetividade que dá

sustentação ás emoções do sujeito.

Para psicanálise, a afetividade é um conjunto de fenômenos psíquicos

manifestos sob forma de emoções ou sentimentos e acompanhados da

impressão de prazer ou dor, agrado ou desagrado. Pulsão é um impulso

inerente á vida orgânica. Esta afirmação corrobora o pensamento de que a

12

afetividade é inerente aos seres humanos. E uma das suas mais essenciais

características.

Em “O mal estar na civilização” Freud (1930) relata que o que decide o

propósito da vida é simplesmente o programa do princípio do prazer que

domina o funcionamento do aparelho psíquico desde o início. Desta afirmação

podemos considerar, entre outras coisas, que se não houver “prazer” na

atividade escolar ela não ocorrerá de modo amplo e significativo.

O afeto e a inteligência são dois pontos inseparáveis da atividade

humana, nenhuma atividade por mais intelectual que seja suprime a

afetividade. Apesar de serem conceitos distintos – afetividade e inteligência –

ambos estão intimamente ligados, e, impossível seria, ocorrerem de modo

independente.

Um dos maiores teóricos na área de cognitiva – Vygotsky – é

contundente quando diz:“.. Á relação entre intelecto e afeto é inseparável. A

sua separação enquanto objeto de estudo é uma das principais deficiências da

Psicologia Tradicional”. (apud: REGO, 1995, pág.121)

Piaget (apud: FARIA, 1989) afirma que não há estados afetivos sem

elementos cognitivos, assim como não existe comportamentos puramente

cognitivos.Conclui-se, portanto, que afetividade e aprendizagem são irmãs

gêmeas, não devendo, por conseguinte, serem vistas ou estudadas de forma

isolada. Ambas se auxiliam e, seu equilíbrio, cria as condições ideais para uma

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA.

13

CAPÍTULO II

As afirmações de Augusto Cury sobre afetividade

Entre muito estudiosos, queremos destacar as importantes

considerações deste pesquisador. Em toda sua obra há um chamamento aos

educadores para cuidarem dos corações e das mentes dos educados em

primeiro lugar. Afirma que se não houver uma preocupação sincera e genuína

nesse sentido a humanidade corre sérios riscos.

A sua teoria Multifocal, que é explicada detalhadamente no

livro Revolucione sua Qualidade de Vida, investiga múltiplas áreas da

inteligência humana e das relações do ser humano consigo mesmo e com o

mundo. Por exemplo, você sabia que os registros das experiências vividas são

automáticos e que é impossível deletá-los ou apagá-los? Segundo Augusto

Cury, tudo que vivemos de bom ou ruim jamais poderá ser apagado, apenas

reeditado. E qual a relação desta afirmação com o nosso objeto de estudo?

TODA. Se os registros - bons ou ruins – permanecem, precisamos cuidar da

qualidade desses registros e também dessa reedição. Segundo Cury a

reedição da memória é feita automaticamente pelo cérebro. Precisa-se

duvidar, criticar e determinar esses registros. Como assim? É necessário

proteger a emoção dessa memória negativa. De que forma? Duvidando desses

registros acumulados, criticando-os e reelaborando-os de forma a construir

uma auto-imagem positiva e equilibrada desses pensamentos.

Desenvolver a inteligência multifocal é uma forma eficiente de

proteger a emoção. Ela promove meios para enfrentar as pressões e desafios

que serão encontrados no caminho. Entrar no palco da vida para ser AUTOR

da própria história e não coadjuvantes a mercê das tempestades e intempéries

14

emocionais e sociais. É preciso filtrar o lixo que tenta invadir a mente humana,

somente trabalhando conscientemente a nossa emoção, e, conseqüentemente,

a afetividade, essa autonomia se torna possível.“ Os pais e professores

deveriam ser vendedores de sonhos. Deveriam plantar as mais belas sementes

no interior dos jovens para fazê-los intelectualmente livres e brilhantes”.

(CURY, 2007, p. 161)

Precisamos ir muito além dos conteúdos curriculares. Os jovens “gritam”

por escolas mais emocionantes e envolventes. Eles não acham a menor graça

na forma como a escola tem apresentado os seus “importantes e

imprescindíveis conteúdos programáticos”. Eles precisam ser

instrumentalizados para vida presente, não apenas futura.

É vital educar a emoção dos alunos. Muitos são inteligentíssimos, mas

incapazes de lidar com pequenas frustrações, egocêntricos, não consegue

reconhecer o valor do outro, conseqüentemente, quando atuam socialmente –

trabalho ou pessoal - perdem muitas oportunidades porque não exercitaram de

maneira consciente e equilibrada essas relações sociais tão fundamentais a

sua saúde emocional e psíquica.

É necessário refletir criticamente sobre os valores da sociedade atual.

Fortalecer o “músculo moral” de cada indivíduo que chega a escola. Nunca é

demais lembrar: os educadores são os profissionais mais importantes na

construção de uma sociedade e ela será do tamanho dos sonhos coletivos

destes profissionais.

Este capítulo será encerrado com um trecho do livro: Nunca desista dos

seus sonhos de Augusto Cury pag. 151 que diz:

“Professores, vocês não precisaram de sonhos para ter

eloqüência, metodologia e conhecimento lógico (...), Mas

15

precisarão de sonhos para transformar a sala de aula num

ambiente prazeroso e atraente que educa a emoção dos seus

alunos, que os retira da condição de expectadores passivos para

se tornarem ATORES do teatro da educação”

16

CAPÍTULO III

A criança e a afetividade no contexto escolar

Sabe-se que crianças que acumulam experiências negativas, por falta

de amor, incompreensões ou vivem em ambientes opressivos e hostis podem

adotar a agressividade como forma de se defender,

Pode-se observar que a criança por não entender alguns fatos da vida

pode criar diferentes interpretações em sua imaginação e algumas destas

podem desencadear estado de medo e ansiedade.

Alguns tipos de medo estão ligados ás experiências de aprendizagem:

ser ridicularizado, de fracassar na frente dos colegas de classe ou mesmo de

que alguém perceba a sua dificuldade e isso se torne motivo de escárnio. Tais

situações acabam por prejudicar as crianças e jovens no desenvolvimento da

sua aprendizagem.

Os professores podem oportunizar a estas crianças atividades e

situações em que elas possam recuperar a sua autoconfiança. É preciso

revitalizar o solo da emoção. Um professor com sensibilidade, conhecimento e

vontade, pode revolucionar a vida escolar de alunos, aparentemente, sem

nenhum futuro acadêmico.

Briggs (2000, p. 7) afirma: “Ajudar as crianças a desenvolver a sua

auto-estima é a chave de uma aprendizagem bem sucedida”. Pode-se verificar

a grande importância que esses autores tem dado a afetividade. É preciso

lembrar também que as crianças trazem para o ambiente escolar toda carga

afetiva do seu ambiente familiar e que esse fato traz conseqüência á vida

escolar.

17

Sabe-se que os conflitos emocionais surgirão nos contatos que se

estabelecerá, e, aquelas que tenham desenvolvido a inteligência emocional

saberão lidar com as frustrações que ambiente escolar e suas relações lhes

proporcionarão. Cabe ao professor e demais profissionais envolvidos nesta

relação proporcionar um ambiente acolhedor, respeitoso e de compreensão

afim de que possam desenvolver suas potencialidades amplamente. Saltini

(1999, p. 15) Orienta-nos:

“As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas tem contribuído em demasia para a construção de seres neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores”.

É primordial reavaliarmos os nossos valores e costumes. A sociedade

atual está muito centrada no ter, colocando em segundo ou terceiro plano o

SER, daí a sociedade sucumbir, agonizar em suas mazelas psíquicas. Não

seja escravo, nem torne suas crianças consumidoras de uma ideologia

capitalista e débil. “O que as crianças mais precisam não é de roupas de grife,

grandes presentes, internet, mas de alegria, simplicidade, brincadeiras ao ar

livre e do carinho e dedicação dos pais”. (CURY, 2002, p.73)

É necessário lembrar que a qualidade da carga afetiva que

recebemos é fundamental e decisiva no que se refere ao armazenamento dos

registros que ficarão em nossa psique, e, que, por conseguinte, influencia as

nossas escolhas presentes e futuras.

]

“As pesquisas também indicam que, quanto maior a

aceitação social menor será a dificuldade de aprendizagem e o

baixo desempenho e quanto maior a rejeição maior será a

dificuldade de aprendizagem e o baixo desempenho”. (SISTO &

MARTINELLE 2000, p. 26)

18

Para ilustrar essa idéia, este capítulo será concluído com um trecho da

música Caçador de Mim de Milton Nascimento:

“... Por tanto amor

Por tanta emoção

A vida me fez assim

Doce ou atroz

Manso ou feroz

Eu, “caçador de mim...”

19

CAPÍTULO IV

O processo consciente do professor como mediador

Espera-se mudanças na educação a partir da concretização de novas

metodologias que insiram cada vez mais o aluno em uma vida escolar útil a sua

vivência, que instrumentalize a sua realidade, que trabalhe conteúdos “vivos” e

necessários ao seu meio social. Lembra-nos Rogers:

“Por aprendizagem significativa entendo uma aprendizagem que é mais do que acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca modificações (...). É uma aprendizagem penetrante, capaz de alcançar todas as parcelas da sua existência”. (Apud CARVALHO, 2002, p. 10)

Faz-se necessário rever o currículo escolar. Precisa-se de ousadia na

sala de aula. Necessitamos de professores que amem o seu ofício, ainda que

em alguns momentos “briguem” para ser respeitado, reconhecidos e

valorizados social e financeiramente, mas que jamais se permitam boicotar o

seu viver acadêmico tendo como justificativa os baixos e vergonhosos salários

que são oferecidos a categoria. É preciso paixão, compromisso, sentido de

missão para transformar essa realidade educacional que ai estar.

Para Tiba (1999) cuidar é mais que um ato, é uma atitude, portanto

abrange mais que um momento de atenção, de zelo e desvelo. Representa

uma atitude de ocupação, preocupação, responsabilidade e envolvimento

afetivo.

Mais do que de aulas mornas e mortas, os alunos precisam de resposta sobre

quem são, qual o seu papel na sociedade. Ambicionam que a escola os ajudem

a torná-los consciente da sua cidadania e capazes de atuar a partir dela.

Porém o que se vê, na grande maioria das vezes, são professores que não

20

sabem sequer o primeiro nome dos seus alunos. Distantes demais dos anseios

e necessidades desses alunos. Saltine (1999, p.49) afirma o seguinte: “Na

educação o aluno é obrigado a fazer e fazer sem o menor interesse, sendo que

seus interesses nunca são considerados”.

Sabe-se que muitos profissionais trabalham em inúmeras escolas e são

extremamente cobrados em nome de um currículo vazio e pobre que

impossibilita, por vezes, essa aproximação tão necessária.

Acredita-se que se não houver uma reformulação no sistema educacional que

priorize as relações interpessoais, que der condições dignas de trabalho e

salariais aos educadores, o processo de aprendizagem vai continuar sofrendo

grande prejuízo. A verdade é que grande parte desses profissionais correm de

escola em escola, mal tem tempo de preparar um material adequado e isto

exatamente porque ganham muito pouco e precisam está vinculados a várias

instituições de ensino para poder conquistar o mínimo de dignidade financeira

para sua família.

A afetividade está muito presente na nossa vida em todos os campos.

Somos seres sociais, e, como tal, necessitamos uns dos outros para nos

desenvolvermos de modo amplo e equilibrado. Os educadores tem muito mais

que uma profissão, uma missão a ser executada. Deles depende em grande

parte o destino da humanidade, afinal são eles que a instruem.

Todos deveriam se questionar: qual a razão da minha prática

profissional? O que de fato tenho ajudado a construir? Quem não faz essa

reflexão inutiliza seu viver e é escravo do sistema. Apenas cumpre obrigações

e sobrevive. Faz-se necessário lembrar que sobreviver é bem diferente de

VIVER. Viver de modo significativo dá sentido real à existência e nos torna

muito importante socialmente, além de elevar a auto-estima pessoal e

profissional. Leonardo Boff nos lembra:

21

“Cada um hospeda dentro de si uma águia, sente-se portador de um projeto infinito. (...). Há movimentos na política, na educação que pretendem reduzir-nos a simples galinhas”. Porém essa pesquisa ousa perguntar-lhe, quem é você profissionalmente, ÁGUIA OU GALINHA?

22

CAPÍTULO V

Análise dos dados coletados no Colégio Santa Emília de Rodat

Ao iniciarmos a análise pretende-se destacar algumas peculiaridades

desta instituição. Essa escola conta com uma equipe multidisciplinar:

coordenadores, supervisão e psicopedagogo, além de encaminhamento,

quando necessário, para atendimento com psicólogo clínico. Existe também um

plantão pedagógico – atendimento de pais e alunos - desta equipe

multidisciplinar todas as segundas-feiras. Os Encontros de Pais acontecem a

cada final de bimestre. Evidências de uma grande valorização a importância do

diálogo na educação.

Toda equipe técnica tem formação acadêmica se nível superior. Dos

sete professores que participaram da pesquisa, apenas dois já concluíram o

ensino superior. Os demais estão cursando e já possuem o magistério.

Este trabalho tem o objetivo de observar mais de perto uma experiência

positiva sobre o objeto de estudo – AFETIVIDADE NO PROCESSO ESCOLAR.

Para isso privilegiamos a pesquisa qualitativa, recolhemos algumas

informações complementares como: Critérios Professor Destaque, Guia do

Aluno, fotos de atividades escolares e do ambiente físico, fotos que de alguma

forma estavam relacionadas ao tema. A análise dos dados coletados será

realizada sob a ótica dos pesquisadores contemplados neste trabalho

Desde o momento da nossa chegada pela primeira vez a esse colégio

alguns detalhes nos chamaram a atenção. Um deles foi à maneira gentil e

carinhosa com que fomos recepcionados pela equipe técnica. Na porta da

coordenação havia alguns dizeres:

23

Figura 1 – Porta da sala da coordenação - Educação Infantil e Fund I

Fonte: Vitórias Dantas

Sem dúvidas, esses dizeres eram reflexos da pessoa gentil e afetuosa

dentre aquelas que nos receberam – “Tia Mary”. Em muitos outros recantos

havia inscrições carinhosas e calorosas como: “você faz parte da grande e

unida família Santa Emília de Rodat”. Paulo Freire (1979) há muito já nos dizia:

“não há educação sem amor”. E aquela escola reflete muito bem essa frase. A

coordenadora nos levou em algumas salas. Em todas elas fomos recebidos

com a frase: “seja bem vinda a nossa sala”. No intervalo percebemos que no

momento da organização das filas para voltar ás salas de aula, em todas elas,

as meninas estavam à frente, perguntamos então: Qual a razão? A

coordenadora nos informou que: “há um tratamento diferenciado ás mulheres e

isso acontece não porque sejam melhores, apenas diferentes”. O cavalheirismo

é estimulado desde os primeiros anos.

Outro ponto foi o ambiente rico e acolhedor, conforme podemos

perceber na figura 2

24

Figura 2 – Hall da Educação Infantil e Fundamental I

Fonte: Vitórias Dantas

Podemos ver, na figura 3, que havia uma preocupação em comunicar

valores em cada um dos recantos da escola. Percebemos que essas palavras eram usadas de fato no cotidiano escolar, não eram palavras mortas.

25

Figura 3 – Hall do Fundamental I

A relação afetiva estabelecida ali era bem intensa. Tanto na recepção

(chegada 7:00 h) dos alunos quanto na despedida (11:30h) havia a presença

da direção e coordenação pelos corredores dando uma saudação carinhosa,

um abraço, um beijo na cabeça... Os alunos eram chamados pelo nome. O

início da aula começou com algumas canções, história bíblica e também

orações: Pai-nosso e Santa Emília de Rodat. Este procedimento é parte da

rotina diária.

26

Outro ponto a ser destacados é o Prêmio Professor destaque (anexos).

Veja alguns critérios para conquistar esse prêmio:

1. Inovação e metodologia

2. Trata afetuosamente alunos, colegas e pais

3. Realiza orações no 1º e no último horário

4. Envolvimento da disciplina com o projeto “SABER COM SABOR”.

5. Linguagem de educador (não uso de gírias, apelidos, brincadeiras

inadequadas).

Todo aluno matriculado participa de uma conversa com a direção e sua

respectiva coordenadora. Uma forma carinhosa de fazê-lo se sentir parte

importante (recebidos pelos líderes) e integrante “família Santa Emília de

Rodat”. Além disso, existem plantões pedagógicos para pais e alunos todas as

segundas-feiras para tratar sobre qualquer assunto.

O trecho abaixo é parte do Guia do Aluno 2009 (anexo 1)

Plantão Pedagógico

27

Todas as segundas-feiras nossa equipe técnico-pedagógica esta a disposição dos senhores. Pronta a atendê-los.

Horário: 15:00 às 16:30 h.

Esperamos vocês!

Podemos ver a afetividade em cada recanto daquela escola. Apesar de

todas essas minúcias... Lá também existem problemas de comportamentos

inadequados. Dando uma olhada no boletim qualitativo (anexos) dos alunos,

onde são anotadas pela coordenação as ocorrências do bimestre, podemos

constatar essa realidade.

A afetividade é REAL entre educadores e educandos daquela escola.

Existe uma preocupação constante com o emocional de cada aluno. Veja a

categorização dos trechos da pesquisa de campo (apêndices) realizada com as

oito professoras e sua respectiva coordenadora (Educação Infantil e

Fundamental I):

Entrevista realizada com os professores

Em relação à primeira questão, verificamos que 100% dos entrevistados

consideram fundamental a relação entre afetividade e aprendizagem.

Quando perguntados sobre os desafios para uma aprendizagem

significativa (questão 2), diversas foram as respostas, como podemos citar

abaixo:

• Comprometimento da família falta de maturidade

• Ensinar brincando

• Os alunos alcançarem os conteúdos

28

• Os jogos eletrônicos

• A fragilidade das relações afetivas

• A desobediência de alguns alunos

• A falta da capacidade leitora

Percebe-se, entre as respostas, que apenas um entrevistado citou a

fragilidade das relações afetivas como um desafio para uma aprendizagem

significativa. Não se sabe se porque esse lado afetivo é bem desenvolvido no

seu ambiente de trabalho, e, portanto, enumeraram outros desafios

educacionais ou porque de fato consideram as questões citadas acima como

mais relevantes. Embora haja uma dúvida neste sentido, ainda assim podemos

afirmar que, para esse grupo de professores, a afetividade é um aspecto

fundamental (questão 1), porém não é o único ponto a ser considerado em se

tratando de aprendizagem significativa. Esses professores revelam que

possuem uma visão mais ampla e menos simplista do seu viver pedagógico.

Também há uma menção a importância da família como co-participante

nas atividades da escola. Sabemos que deve acontecer uma sintonia entre o

trabalho da escola e o contexto familiar da criança, além da participação direta

dos responsáveis no processo de desenvolvimento escolar. A escola fica muito

limitada em sua atuação se não tiver o apoio da família. “Muitos querem o

perfume das flores, mas não querem sujar suas mãos para cultivá-las. Muitos

querem lugar no pódio, mas desprezam a labuta dos treinos” (CURY, 2007).

Outra questão abordada no questionário se referia as relações afetivas

entre os alunos (questão 3). Sobre essa vivência 75% deles afirmam que os

alunos geralmente se tratam de maneira respeitosa e solidária. Um dos

entrevistados relaciona este fato às “sementes plantadas todos os dias no

coração de cada aluno. Confirma-se, portanto, a força que o exemplo exerce

na vida das pessoas.

29

Quando pedimos para citar uma empresa referência em relações

interpessoais 50% dos educadores afirmaram que, das instituições em que

trabalhou, essa é que revelou maior eficiência na gerência dos seus

relacionamentos. Apenas duas citaram outras empresas.

É um dado bem expressivo, isso porque quando avaliamos alguns

questionários dos educadores que emitiram opiniões diferentes, percebemos

que não entenderam o que fora solicitado e, por isso, emitiram respostas

equivocadas. O que de certa forma nos faz pensar que também poderiam citar

essa instituição, já que em diversos trechos dos seus respectivos questionários

elevam o nome da instituição.

Vejam a forma que esses educadores avaliam o Colégio Santa Emília de

Rodat:

• Nesta empresa há um relacionamento bastante amistoso (dois

entrevistados)

• É uma verdadeira família

• Está sempre voltada para o bom atendimento e sinto-me a vontade

para realizar os meus serviços

• Bastante preocupação com o próximo

• Escola preocupada em unir-se a sociedade

• Olhar singular para cada pessoa que forma

Verificamos ainda que 100% dos entrevistados emitem uma avaliação

positiva da instituição, embora reconheçam que, apesar do esforço coletivo,

ainda assim, há problemas: falta de capacidade leitora, ausência da família...

(respostas questões 3)

30

Educar é um ato que exige AMOR E CONHECIMENTO e esta escola

releva esses dois fundamentos imprescindíveis ao ato pedagógico. Para nós

isto fica claro nas respostas emitidas pelo grupo entrevistado.

Confrontando os conceitos dos teóricos contemplados neste

trabalho – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA - e as definições dadas pelas

educadoras, vemos que ambos os grupos (educadores e pesquisadores)

reconhecem a relevância da afetividade no contexto escolar e o

comprometimento que pode ocorrer caso a prática educativa ignore tal relação.

Outro ponto a ser destacado é que se faz necessário VIVER o

que se fala, não basta gargantear palavras. O exemplo é uma arma poderosa

para construir referenciais positivos ou negativos, por esta razão devemos está

atentos ao nosso viver pedagógico. EDUCAMOS não apenas com palavras... O

que somos grita aos tímpanos daqueles que nos cerca e muitas vezes se torna

impossível sermos “ouvidos”, pois nossos alunos sabem quando são APENAS

PALAVRAS.

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CONCLUSÃO

Nesta pesquisa constatou-se que a afetividade faz toda diferença na

vida das pessoas. Não ser amado compromete todo desenvolvimento humano.

O amor é um bálsamo do viver, é o ingrediente básico para que a vida tenha

significado. O afeto funciona como um energético importante que nos

impulsiona para frente, que nos torna mais confiante apesar das intempéries

que possam vir.

O que a criança sente em relação a si mesma afeta o seu modo de viver.

Uma auto-estima elevada baseia-se na convicção que a criança precisa ser

amada e valorizada. Ao sentir-se competente para lidar consigo mesma e com

o ambiente que a cerca, a criança percebe que tem algo para oferecer aos

outros, por isso mesmo a autoconfiança se fortalece é se torna mais tranqüila a

sua auto-aceitação.

Ter como características pessoais a manutenção de estados emocionais

positivos, alegres, satisfeitos e felizes podem trazer conseqüências benéficas

para educação e para os alunos de maneira específica. Por outro lado,

pessoas infelizes, tristes, tendem a demonstrar maior vulnerabilidade em sua

forma de resolver seus conflitos pessoais e profissionais.

Percebe-se, hoje, que educar significa também preocupar-se com a

construção e organização da dimensão afetiva das pessoas, afinal a escola,

para cumprir o seu papel, deve ser um lugar de vida e, sobretudo, de sucesso e

realizações pessoais para alunos e professores. As relações interpessoais

entre esse dois grupos – educadores e educandos – determinam, em parte, o

resultado da educação formal.

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Diante do estudo, observou-se que uma auto-estima elevada afeta o

modo pelo qual a criança utiliza as habilidades de que dispõe. Outro aspecto

importante a ser considerado é o aspecto dialógico que está presente em todos

os momentos da vida, neste caso particular, das vivências escolares. Refletir

criticamente sobre a vida é uma maneira de reconstruí-la a cada dia.

Desenvolver um ambiente democrático e recheado de co-responsabilidades

facilita o exercício e o entendimento do que seja cidadania.

A escola pesquisada é um bom exemplo do que os livros apontam como

um ambiente propício ao desenvolvimento humano. Seu espaço físico é

bastante limitado, porém a criatividade, o dinamismo e a vontade dos

educadores em oferecer o melhor, transpõem as barreiras da estrutura física. A

sensação que se tem é que aquele espaço é gigantesco, já que os espaços

suscitados coletivamente e dentro de cada um... São INFINITO.

Fique registrada, neste trabalho, a nossa alegria em saber que o Colégio

Santa Emília de Rodat EXISTE. Ele tem feito e fará a diferença na vida de

muitos. Essa referência não é apenas com relação aos alunos, mas também

aos brilhantes profissionais que compõem o quadro funcional daquela

instituição. A eles o nosso mais sincero reconhecimento

Que sejamos capazes de sonhar e de lutar por um mundo melhor para

nós e as futuras gerações. Que jamais nos esqueçamos que existe um

INFINITO EMOCIONAL dentro de cada ser humano. Que é preciso cuidar

desse tesouro imensurável que influencia todas as decisões. Que é preciso

investir tempo para nos conhecermos melhor. Os conteúdos programáticos são

importantes, mas não há nada mais importantes e belo que a pessoa humana.

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BIBLIOGRAFIA

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2000

CARVALHO, Rebeca. Carl Rogers e a Educação. In: JORNAL EDUCAR. Rio

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Educação.. Rio de Janeiro. Editora Vozes 11ª edição, 1995

TIBA, Içami. Disciplina: limites na medida certa. São Paulo: Gente, 1999