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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A DIDÁTICA EM CURSOS DE DESIGNER DE MODA Por: Fabiana Silva da Costa Orientador Prof. José de Oliveira Niterói 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL - … · constituiu em conhecer e sistematizar o...

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A DIDÁTICA EM CURSOS DE DESIGNER DE MODA

Por: Fabiana Silva da Costa

Orientador

Prof. José de Oliveira

Niterói

2014

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A DIDÁTICA EM CURSOS DE DESIGNER DE MODA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Docência no Ensino

Superior.

Por: Fabiana Silva da Costa

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, em primeiro lugar, a

minha mãe por tudo que fez por mim até

agora, me conduzindo a caminhar até

aqui. Estou feliz por vencer mais uma

etapa da minha vida e realizando mais um

dos meus sonhos. Minha fé me faz sentir

a presença de Deus junto a mim e isso

me dá segurança. Aos que de alguma

forma também me ajudaram, meu muito

obrigada.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha mãe Maria

Madalena Silva da Costa que, com muito

carinho e esforço, me criou e batalhou

para me educar da melhor forma possível

e me proporcionar capacidade de ocupar

um lugar no mercado profissional.

5

RESUMO

Esta pesquisa tem por objetivo mostrar a importância da didática no

ensino de Técnicas de Montagem do Curso Superior de Design de Moda e sua

importância no processo de aprendizagem do aluno, enfatizando a montagem

de protótipos que formarão a pasta de costura. O profissional de Moda deve

conhecer todas as etapas do processo de criação e produção do vestuário. A

etapa da costura e a utilização do maquinário de confecção trazem o suporte

técnico para o acerto na definição e especialização técnica do produto. Dessa

forma, é necessário que o professor utilize uma maneira descontraída e

inteligente, pois as aulas de costura são aulas práticas e como tal, apresentam

características de aulas não formais. Neste caso as aulas são totalmente

inclusivas, onde não há vencedor. Este projeto tem com o objetivo principal

realizar o ensino e a aprendizagem, que propõe conhecimentos, problemas,

desafios, criatividade e flexibilidade ocorridos dentro da sala de aula. O objetivo

deste projeto é formar, alunos críticos capazes de fazer pesquisas, construir o

que ainda não conhecemos, capacitar para o trabalho, rever revisar, construir e

desconstruir o que necessitamos aprender, capaz de orientar seu próprio

aprendizado. Formar cidadãos aptos a trabalhar em equipe, tomar decisões.

Concluímos que o docente não está preocupado em simplesmente ensinar, ele

quer algo mais quer incluir seu aluno na sociedade, que ao sair da faculdade

ele possa conseguir emprego em uma sociedade tão exigente, já está

acostumado a conviver com a inclusão. Com o objetivo de alcançar a

aprendizagem que nada mais é que uma troca de conhecimentos. Quem

ensina em uma escola inclusiva, precisa está apto a aprender.

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METODOLOGIA

Para este trabalho o tipo de pesquisa utilizado foi a pesquisa exploratória

e descritiva. O presente estudo foi realizado em duas etapas. A primeira

constituiu em conhecer e sistematizar o conjunto de informações publicadas

sobre Design de Moda através da revisão sistemática da literatura. A revisão

de literatura buscou publicações, artigos e trabalhos relevantes sobre Design

de Moda no Ensino Superior. Em um segundo momento foi realizado um

trabalho de campo, utilizando questionário de forma semi-aberto. Os sujeitos

que foram os agentes estudados são alunos, ex-alunos e professores da

Universidade Anhanguera, situada em Niterói, no Rio de Janeiro, visando

avaliar como atuam estes profissionais nestas instituições em relação ao seu

conhecimento técnico científico de forma a analisar qual importância a respeito

do funcionamento das aulas de costura no curso de Designer de Moda. Ao

desenvolvermos esta pesquisa percebemos que a costura está em extinção

nos cursos de Designer de Moda. Atualmente a procura por cursos de costura,

por universitários tem sido bastante frequente e por perceber esta procura foi

realizado este trabalho. Diante desses paradoxos, foi feita uma pesquisa de

campo com 8 alunos e ex-alunos com idades entre 20 anos e 48 anos da

Universidade Anhanguera, situada em Niterói, no Rio de Janeiro. A pesquisa foi

aplicada também a alguns professores. Eles responderam um questionário

contendo perguntas a respeito do funcionamento das aulas de costura no curso

de Designer de Moda. Como objeto de estudo, foi montada a pasta de costura

desenvolvida no período da faculdade com trabalho de conclusão prático das

aulas de costura e que o objetivo é que os alunos tenham um acervo de

amostras de costura. Foram realizadas visitas a Biblioteca Nacional de Niterói,

onde foram coletados várias bibliografias para a conclusão deste trabalho.

Também realizamos entrevistas informais com ex-alunas e ex-colegas de

trabalho. Foram realizadas visitas em Escolas de modelagem e em cursos

SENAC de Niterói, onde não obteve-se resultados positivos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 11

CAPÍTULO I - A DIDÁTICA EM CURSOS DE DESIGN DE MODA 12

1.1 - A Moda 23

1.1 - A Formação em Moda 28

CAPÍTULO II - O PROCESSO DE ENSINO-APRENDISAGEM NAS

DISCIPLINAS PRÁTICAS DE COSTURA 36

2.1 - Conteúdo da Disciplina 37

2.2 - Curso de Design de Moda 38

2.2 - Moldes 49

CAPÍTULO III - A PASTA DE COSTURA 53

CONCLUSÃO 56

ANEXOS 58

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 72

ÍNDICE 73

FOLHA DE AVALIAÇÃO 74

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INTRODUÇÃO

O objetivo dessa pesquisa é mostrar a importância da didática nas aulas

de Técnicas de Montagem (costura) no Curso Superior de Design de Moda.

Esses cursos são relativamente novos no Brasil, menos de vinte anos,

os processos de ensino foram bastante experimentais durante muito tempo.

Com o passar dos anos e a aquisição de experiência em sala de aula por parte

dos profissionais da moda ou da academia que acabaram migrando para sala

de aula, é que as práticas de ensino começam a se estabelecer de modo mais

formal.

O questionamento sobre o processo educativo e a busca pela melhor

maneira de como ensinar, é uma constante entre os educadores para que haja

uma melhor aprendizagem.

É grande a busca em se adequar o ensino às necessidades e realidade

dos alunos, de forma que se sintam atraídos pelo que lhes é oferecido nos

cursos.

9

CAPÍTULO I

A DIDÁTICA EM CURSOS DE DESIGN DE MODA

A forma pela qual o docente conduz o ensino e a aprendizagem e sua

organização em sala de aula e confrontado os temas estabelecidos de forma

didática e com isso estimulando no aluno um aprendizado.

Segundo Libâneo,

“A didática é o principal ramo de estudos da pedagogia.

Ela investiga os fundamentos, condições e modos de

realização da instrução e do ensino. ela cabe converter

objetivos sócio-políticos e pedagógicos em objetivos de

ensino, selecionar conteúdos e métodos em função

desses objetivos, estabelecer os vínculos entre ensino e

aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das

capacidades mentais dos alunos. A didática está

intimamente ligada à Teoria da Educação e à Teoria da

Organização Escolar e, de modo especial, vincula-se à

Teoria do Conhecimento e à Psicologia da Educação”

(LIBÂNEO, 1994, p.25-26).

Segundo Garcia:

“Se considerarmos o processo de ensino uma ação

conjunta do professor e dos alunos, na qual o professor

estimula e dirige atividades em razão da aprendizagem

dos alunos, podemos dizer que a aula é a forma didática

básica de organização desse processo” (GARCIA, 2004,

p.144)

10

De acordo ainda com Libâneo,

“A didática e as metodologias específicas das matérias de

ensino formam uma unidade, mantendo entre si relações

recíprocas. A didática trata da teoria geral do ensino. As

metodologias específicas, integrando o campo da

didática, ocupam-se dos conteúdos e métodos próprios de

cada matéria na sua relação com fins educacionais. A

Didática, com base em seus vínculos com a pedagogia,

generaliza processos e procedimentos obtidos na

investigação das matérias específicas, da ciência que dão

embasamento ao ensino e à aprendizagem e das

situações concretas da prática docente. Com isso, pode

generalizar para todas as matérias, sem prejuízo das

peculiaridades metodológicas de cada uma, o que é

comum e fundamental no processo educativo escolar”

(LIBÂNEO, 1994, p.26).

O docente quando tem objetivo de trabalhar de forma didática é preciso

compreender nós mesmo daquilo que já aprendemos com o que já sabemos.

A própria sala de aula é um ambiente social que fora, junto com a escola como

um todo, o ambiente global da atividade docente organizado para cumprir os

objetivos de ensino. Vale ressaltarmos também que, de acordo ainda com

Libâneo,

“Há também estreita ligação da Didática com os demais

campos do conhecimento pedagógico. A Filosofia e a

História da Educação ajudam a reflexão em torno das

teorias educacionais, indagando em que consiste o ato

educativo, seus condicionantes externos e internos, seus

fins e objetivos; busca os fundamentos da prática

educativa” (LIBÂNEO, 1994, p.26).

11

A formação profissional do professor é realizada nos cursos de

Habilitação ao Magistério em nível de ensino médio e superior. A didática se

caracteriza como mediação entre as bases teórico-científicas da educação

escolar e a prática docente. Desta forma, para Libâneo,

“a Didática se caracteriza como mediação entre as bases

teórico-científicas da educação escolar e a prática

docente. Ela opera como que uma ponte entre ‘o que’ e o

‘como’ do processo pedagógico escolar. A teoria

pedagógica orienta a ação educativa escolar mediante

objetivos, conteúdos e tarefas da formação cultural e

científica, tendo em vista exigências sociais concretas; por

sua vez, a ação educativa somente pode realizar-se pela

atividade prática do professor, de modo que as situações

didáticas concretas requerem o ‘como’ da intervenção

pedagógica. Este papel de síntese entre a teoria

pedagógica e a prática educativa real assegura a

interpenetração e interdependência entre fins e meios da

educação escolar e, nessas condições, a Didática pode

constituir-se em teoria do ensino” (LIBÂNEO, 1994, p.28).

Ainda de acordo com Libâneo,

“O processo didático efetiva a mediação escolar de

objetivos, conteúdos e métodos das matérias de ensino.

Em função disso, a Didática descreve e explica os nexos,

relações e ligações entre o ensino e a aprendizagem;

investiga os fatores co-determinantes desses processos,

indica princípios, condições e meios de direção do ensino,

tendo em vista a aprendizagem, que são comuns ao

ensino das diferentes disciplinas de conteúdos

específicos. Para isso recorre às contribuições das

12

ciências auxiliares da Educação e das próprias

metodologias específicas. É, pois, uma matéria de estudo

que integra e articula conhecimentos teóricos e práticos

obtidos nas disciplinas de formação acadêmica, formação

pedagógica e formação técnico-prática, provendo o que é

comum, básico e indispensável para o ensino de todas as

demais disciplinas de conteúdo” (LIBÂNEO, 1994, p.28).

Segundo Garcia (2004): “É preciso que possamos fazer relação do que

temos que aprender com que já sabemos” (p.182). Diante desses relatos,

podemos afirmar que a didática nada mais é que teoria e prática (ação) juntas,

a prática sem a teoria não é didática e a teoria sem a prática também não é

didática as duas caminham juntas.

De acordo ainda com Garcia (2004, p.14): “A lógica da subjacente a

essa abordagem era a de que a teoria sustentaria a ação, caracterizando-se aí

uma visível separação entre teoria e prática” (p.143). Ultimamente, segundo

Veiga (2001), essa questão tem sido alvo de muitas discussões, sobretudo

entre educadores progressistas que, comprometidos com a maioria da clientela

presente nas escolas de hoje, buscam inverter a lógica exposta, orientando sua

prática pedagógica a partir do pressuposto de que, para essa maioria, teoria e

prática devem constituir-se numa unidade. Segundo Mattos,

“A autêntica aprendizagem consiste exatamente nas

experiências concretas do trabalho reflexivo sobre os

fatos e valores da cultura e da vida, ampliando as

possibilidades de compreensão de interação do educando

com seu ambiente e com a sociedade. (...) O autêntico

ensino consistirá no planejamento, na orientação e no

controle dessas experiências concretas de trabalho

reflexivo dos alunos, sobre os dados da matéria ou da

vida cultural da humanidade” (1973, p.72-73).

13

Segundo Libâneo,

“A tarefa principal do professor é garantir a unidade

didática entre ensino e aprendizagem, através do

processo de ensino. Ensino e aprendizagem são duas

facetas de um mesmo processo. O professor planeja,

dirige e controla o processo de ensino, tendo em vista

estimular e suscitar a atividade própria dos alunos para a

aprendizagem. Para compreender corretamente a

dinâmica desse processo é necessário analisar

separadamente cada um dos seus componentes”

(LIBÂNEO, 1994, p.81).

Este projeto nos possibilita através da prática docente uma visão em

geral do que é a escola inclusiva, tendo como principal objetivo realizar o

ensino e a aprendizagem. A aula é toda voltada de forma didática que propõe

conhecimento, problemas, desafios que incitam o aprendizado. Neste caso o

trabalho docente tem por finalidade atingir o objetivo principal que é o ensino.

De acordo com Garcia:

“Isso posto, procuraremos sinalizar alguns pontos para a

reflexão, a partir da prática docente numa atual

concepção de escola inclusiva no sentido que possibilita o

educador uma compreensão mais apurada dos problemas

presentes na escola onde atua, para que, a partir dessa

compreensão, possa propor formas de organização das

atividades em sala de aula mais voltadas para os

interesses da grande maioria da população brasileira”

(GARCIA, 2004, p.144-145).

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Segundo Libâneo (1994): ”O ensino somente transmissivo não cuida de

verificar se os alunos estão preparados para enfrentar matéria nova e, muitas

vezes, de detectar dificuldades individuais na compreensão da matéria” (p. 79).

Neste tipo de aula o professor precisa dispor de criatividade e flexibilidade para

saber resolver situações,quando as mesmas saírem do seu controle, porque os

seus resultados são imprevisíveis. Segundo Garcia:

“Por causa disso, é importante assinalar que a

estruturação da aula é um processo que implica

criatividade e flexibilidade do professor, isto é, a

perspicácia de saber do que dizer diante de situações

didáticas específicas, cujo rumo nem sempre e previsível”

(GARCIA, 2004, p.145).

Com este trabalho o seu objetivo principal será a conquista de novos

aprendizados. Ainda de acordo ainda com Garcia (2004): “Aprendizagem é um

construção pessoal que cada aluno realiza graças à ajuda que recebe de

outras pessoas” (p. 146). Segundo Luckesi,

“Na práxis pedagógica, o educador é aquele que, tendo

adquirido o nível de cultura necessário para o

desempenho de sua atividade, dá direção ao ensino e à

aprendizagem. Ele assume o papel de mediador entre a

cultura elaborada, acumulada e em processo de

acumulação pela humanidade e o educando. O professor

fará a mediação entre o coletivo da sociedade (os

resultados da cultura) e o individual do aluno. Ele exerce o

papel de um dos mediadores sociais entre o universal da

sociedade e o particular do educando” (LUCKESI, 2001,

p.15).

15

Favorecer a aprendizagem a partir da didática não é tarefa simples,

requer por parte do professor ouvir atentamente o processo do grupo e com o

olhar atento, curioso, investigativo. O olhar envolve a atenção e escuta a alma

de cada aluno. Através deste olhar, e desta escuta, é que formamos o Projeto

Político-Pedagógico. Segundo Garcia (2004): “Para se ensinar e aprender é

necessário um olhar atento, curioso, investigativo, não invasivo ou evasivo. O

olhar envolve atenção e escuta. Ouvir caminha com o olhar” (p.193).

De acordo ainda com Garcia (2004): “Projeto Pedagógico e projeto

Político-Pedagógico são os nomes mais comuns para o mesmo sentido: definir

a ‘cara’ da escola e como a equipe vai atuar para que as metas sejam

atingidas” (p.27). Apresentamos a seguir o Projeto Político-Pedagógico extraído

da apostila de uma Escola de Costura e Artesanato:

§ Exercício de maquinário: Exercício de coordenação motora.

§ Exercício de mão: Bainha invisível e escama de peixe, pregar

botões, colchetes e ganchos, aselha a mão e aulas de como se tirar medidas.

§ Saias: saia reta básica com limpeza e saia godê com pala.

§ Blusas: blusa gola esporte com pence (manga livre).

§ Vestidos: vestido tubinho com pence lateral (opcional) e vestido

tubinho com recorte.

§ Calça: calça social (com bolso embutido).

§ Short: short com bolso faca, zíper comum e bainha inglesa.

Ø OBS: tecido 100% algodão.

Ø Popeline, tricoline, brim, brim leve, gabardine.

Ø Não podendo usar respectivas cores: listrado, xadrez, quadriculado

e preto.

Apresentamos a seguir Projeto Político-pedagógico extraído da apostila

da Faculdade Anhanguera do Curso de Designer de Moda.

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Cronograma da Pasta de Costura:

§ Prega Macho.

§ Prega Fêmea.

§ Pence.

§ Bainha larga e fina.

§ Nervura de 1 cm.

§ Caseado - 03 tamanhos.

§ Elástico embutido (túnel).

§ Elástico franzido.

§ Lastex.

§ Viés acabamento e rolotê.

§ Botões, 02 furos, 04 furos e com pé.

§ Zíper invisível 20cm.

§ Zíper destacável 20 cm.

§ Zíper com dentes de metal (pesado) calça jeans.

§ Passamarias - galões - passa fita - bordados - fitas - franjas

§ Vivos - utilizados entre as costuras para dar um detalhe contrastante.

§ Soutache - é um tipo de galão fino decorativo com uma cavidade

central onde é passada a costura que prende o tecido, ex: uniformes militares.

§ Termo colantes - são aviamentos decorativos fixados no tecido em

prensas com alta temperatura.

§ Velcro

§ Fivelas

§ Clchetes de pressão, macho e fêmea.

§ Matelassê.

§ Miçangas, paetês.

Objetivos gerais do Projeto Político-pedagógico:

§ Ensinar Modelagem.

§ Ensinar a Costurar.

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Objetivos Específicos do Projeto Político-Pedagógico:

§ Apresentar as características do processo ensino-aprendizagem nas

aulas teóricas práticas de Modelagem.

§ Apresentar as características do processo ensino-aprendizagem nas

aulas práticas de costura.

Instrumento de avaliação:

§ Tarefa de casa, como complemento didático e desenvolvimento das

aulas.

§ Pasta da costura tem uma função social, instrumento auxiliar dos

alunos e também em sua formação. Portfólio.

Plano de aula

(as aulas são individuais)

§ Exercício de coordenação motora.

§ Exercício de mão. (pregar botões, bainhas, colchetes).

§ Aprender a enfiar a máquina, overlock e aprender a manuseá-la.

§ Apresentação das réguas de modelagem: esquadro, curva francesa,

régua de alfaiate e régua de gancho.

§ Modelagem da primeira peça que é a saia básica.

§ Montagem da saia (costura).

Segundo Garcia (2004): “Portfólios, por construírem conjunto de

registros, documentação sistemáticas por parte do professor, instrumento

auxiliar em seu trabalho junto aos alunos e também em sua formação” (p.187).

Este tipo de avaliação diagnóstica permite que o professor identifique

progressos e dificuldade dos alunos e a atuação do professor que pode fazer

modificações do processo de ensino-aprendizagem. O docente responsável,

18

fazer anotações onde está registrado o progresso dos alunos. Este registro tem

por objetivo, corrigir falhas, esclarecer dúvidas e sempre estimulando para que

continuem trabalhando para alcançar resultados positivos. Este tipo de

avaliação também fornece informações de como está conduzindo o seu

trabalho.

Segundo Luckesi,

“a avaliação é uma apreciação qualitativa sobre dados

relevantes do processo de ensino e aprendizagem que

auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu

trabalho. Os dados relevantes se referem às várias

manifestações das situações didáticas, nas quais o

professor e os alunos estão empenhados em atingir os

objetivos do ensino. A apreciação qualitativa desses

dados, através da análise de provas, exercício, respostas

dos alunos, realizações de tarefas etc., permite uma

tomada de decisão para o que deve ser feito em seguida”.

(LUCKESI, 1996, p.65)

Segundo Libâneo:

“A função de diagnóstico permite identificar o processos e

dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, por

sua vez, determinam modificações do processo de ensino

para melhor cumprir as exigências dos objetivos”

(LIBÂNEO, 1994, p.197).

Ainda de acordo com Libâneo,

“Na prática escolar cotidiana, a função de diagnóstico é

mais importante porque é a que possibilita a avaliação do

19

comprimento da função de comprimento da função

pedagógica- didática e a que dá sentido pedagógico à

função de controle. A avaliação diagnóstica ocorre no

início, durante e no final do desenvolvimento das aulas ou

unidades didáticas. No início, verificam- se as condições

prévias dos alunos de modo a prepará-los para o estudo

da matéria nova. Esta etapa inicial é de sondagem de

conhecimentos e de experiências já disponíveis bem

como de provimento dos prepará-los para o estudo da

matéria nova. Esta etapa inicia é de sondagem de

conhecimentos e de experiências já disponíveis bem

como de provimento dos pré- requisitos para a seqüência

da unidade didática (LIBÂNEO, 1994, p.197).

Neste entendimento, Libâneo assevera que,

“Durante o processo de transmissão e assimilação é feito

o acompanhamento do progresso dos alunos, apreciando

os resultados, corrigindo falhas, esclarecendo dúvidas,

estimulando-os a continuarem trabalhando até que

alcancem resultados positivos. Ao mesmo tempo, essa

avaliação com os alunos, adequabilidade da sua

linguagem etc. Finalmente, é necessário avaliar os

resultados da aprendizagem no final de uma unidade

didática, do bimestre ou do ano letivo. A avaliação global

de um determinado período de trabalho também cumpre a

função de realimentação do processo de ensino”

(LIBÂNEO, 1994, p.197).

20

1.1 - A Moda

“A moda é a transmissão da civilização”.

(Pierre Cardin)

A necessidade do vestir sempre existiu, pensando na proteção, pudor e

adorno. Desde o início da evolução humana a roupa fazia parte da vida do

homem, mas a maneira de vestir variava, pois estava diretamente relacionada

a variações climáticas, domínio de um povo sobre o outro em função das

guerras, dos invasores etc. Segundo Laver,

“Muitos desses motivos foram relatados, abrangendo

desde a ideia ingênua, baseada no relato de Gênesis, de

que o uso de roupas deveu-se ao pudor, até a noção

sofisticada de que eram usadas por motivos de exibição e

mágica protetora” (LAVER, 1989, p.23)

Segundo Lipovetsky,

“A questão da moda não faz furor no mundo intelectual. O

fenômeno precisa ser sublinhado: no momento mesmo

em que a moda não cessa de acelerar sua legislação

fugidia, de invadir novas esferas, de arrebatar em sua

órbita todas as camadas sociais, todos os grupos de

idade, deixa impassíveis aqueles que tem vocação de

elucidar as forças e o funcionamento das sociedades

modernas” (LIPOVETSKY, 2009, p.9).

Para Jones,

21

“Moda é um assunto de interesse vital. Nos centros

urbanos do mundo todo, a importância da moda é

enorme, especialmente entre os jovens. As roupas e os

hábitos de compras se tornaram um fenômeno social,

cultural e econômico tão fascinante e digno de estudo

quanto a literatura, o teatro e as belas-artes” (JONES,

2011, p.6)

De acordo com Lipovetscky,

“A moda não é mais um enfeite estético, um acessório

decorativo da vida coletiva; é sua pedra angular. A moda

terminou estruturalmente seu curso histórico, chegou ao

topo de seu poder, conseguiu remodelar a sociedade

inteira à usa imagem; era periférica, agora é hegemônica”

(LIPOVETSKY, 2009, p.13).

A efervescência temporal da moda não deve ser vista como a

aceleração das tendências para a mudança, mais ou menos feitas de acordo

com as civilizações, mas sim ligadas ao fato humano social. Afirma ainda

Lipovetsky que,

“A moda muda incesantemente, mas nem tudo nela

muda. As modificações rápidas dizem respeito sobretudo

aos ornamentos e aos acessórios, às sutilezas dos

enfeites e das amplitudes, enquanto a estrutura do

vestuário e as formas gerais são muito mais estáveis. A

mudança de moda atinge antes de tudo os elementos

mais superficiais, afeta menos frequentemente o corte de

conjunto dos trajes” (LIPOVETSKY, 2009, p.33-34).

Para Lipovetsky,

22

“Ela traduz não a continuidade da natureza humana

(gosto pela novidade e pelo enfeite, desejo de distinção,

rivalidade de grupos etc.), mas uma descontinuidade

histórica, uma ruptura maior, ainda que circunscrita, com

a forma de socialização que se vinha exercendo de fato

desde sempre: a lógica imutável da tradição”.

(LIPOVETSKY, 2009, p.35).

Lipovetsky conclui este pensamento ao relatar que:

“A radicalidade histórica da moda sustenta-se no fato de

que ela institui um sistema social de essência moderna,

emancipado do domínio do passado; o antigo já não é

considerado venerável e só o presente parece dever

inspirar respeito” (LIPOVETSKY, 2009, p.35).

A modernidade da moda é uma questão que merece aprofundamento.

Assim como Lipovetsky bem expressa:

“De um lado, com efeito, a moda ilustra o ethos de fausto

e de dispêndio aristocrático, nos atípodas do espírito

moderno burguês consagrado à poupança, á previsão, ao

cálculo; está do lado da irracionalidade dos prazeres

mundanos e da superficialidade lúdica, na contracorrente

do espírito de crescimento e do desenvolvimento do

domínio da naturea” (LIPOVETSKY, 2009, p.36).

De acordo com Laver,

“Em tais circunstâncias, apesar de os detalhes das roupas

poderam ter sido determinados por implicações sociais e

23

psicologicas, o motivo principal para se cobrir o corpo era

afastar o frio, uma vez que a natureza fora tão avara com

a proteção natural do Homo sapiens” (LAVER, 1989, p.41)

De acordo com Lipovetsky,

“A moda não pertence a todas as épocas nem a todas as

civilizações. Pensar a moda requer não apenas que

renuncie a assimilá-la a um princípio inscrito e necessária

e universalmente no curso do desenvolvimento de todas

as civilizações, mas também que se renuncie a fazer dela

uma constante histórica fundada em raízes antropológicas

universais” (LIPOVETSKY, 2009, p.24).

A era da moda se faz presente no momento em que o homem se

diferencia dos demais através da aparência, mostrando sua individualidade. A

diferenciação de uns, visa uma identificação com outros e, assim a moda se

apresenta através da cópia do estilo com o qual há uma identificação.

Segundo Lipovetsky,

“Uma lógica tão complexa quanto a moda, abarcando

tantos aspectos da vida social, individual, cultural, estética,

não pôde aparecer senão pela sinergia de uma

multiplicidade de fatores que, mesmo não sendo

absolutamente independentes uns dos outros, tiveram

cada um sua eficácia própria” (LIPOVETSKY, 2009, p.12).

Mas, o que é a moda atualmente? Segundo Manuel Fontán de Junco,

“A moda é uma arte que se usa, que se leva para a rua; é uma arte de

consumo a que todos têm acesso.” Desta forma, de acordo ainda com

Lipovetsky,

24

“A moda é celebrada no museu, é relegada à antecâmara

das preocupações intelectuais reais; está por toda parte

na rua, na indústria e na mídia, e quase não aparece no

questionamento teórico das cabeças pensantes”

(LIPOVETSKY, 2009, p.9).

Também como fenômeno social de caráter temporário podemos

descrever a moda. Ela apresenta um diferenciador social com disseminação de

um estilo pelo mercado consumidor, caminhando em sua aceitação até a sua

massificação. Uma moda é lançada como proposta de estilo. Sua origem pode

estar na coleção de um estilista, num grupo de pessoas ou numa

vestimenta, com um detalhe específico.

A produção e comercialização de artigos de moda se apresentam de

duas formas: a Alta-Costura e o Prêt-à-Porter. A Alta-Costura é uma confecção

artesanal, sob medida e com exclusividade. Com o surgimento da alta-costura

aparece o estilista, criador de moda, com alma de artista. Geralmente, a roupa

nasce de um croqui que será interpretado, confeccionado em um protótipo de

tecido comum, passando por várias etapas, até a sua aprovação e confecção

definitiva.

Segundo Jones: “Há mais trabalho manual e maior atenção aos

detalhes, o que se torna as roupas de alfaiataria mais caras” (JONES, 2011,

p.11) As grifes que hoje atuam no mercado de Alta-Costura, são: Valentino,

Chanel, Dior, Lacroix, Givenchy, Balmain, Balenciaga, Versace e Lanvin. Trata-

se de artigos de alto custo e atendem a um mercado restrito de milionárias,

celebridades e alta nobreza.

O sistema da moda está sempre se reinventando e se reestruturando.

Após a Segunda Guerra Mundial surgiu o Prêt-a-Porter (pronto para vestir), que

25

corresponde a um vestuário moderno, que continua a ser criado por estilista,

porém produzido e distribuído industrialmente em grandes quantidades.

Segundo Lipovetsky: “Após a Segunda Guerre Mundial, o desejo de

moda expandiu-se com força, tornou-se um fenômeno geral, que diz respeito a

todas as camadas da sociedade” (LIPOVETSKY, 2009, p.17). Logo ganhou

consumidores por oferecer maior praticidade no adquirir de roupas, variedade

de estilos e preços mais acessíveis. É uma roupa que não é confeccionada

para um consumidor específico e exclusivo, mas sim, um grupo de

consumidores potenciais, com marcas de luxo apresentando elaboração

sofisticada e tiragens reduzidas, grifes, até marcas populares.

Segundo Jones: “A moda prêt-a-porter representa uma ampla

variedade de roupas feitas para o mercado de atacado, lojas de departamentos

e butiques de diferentes faixas de preços, e tornou-se o modelo de organização

para as feiras de negócios da moda” (JONES, 2011, p.21).

As roupas Prêt-à-Porter são produzidas em escala industrial. A

quantidade varia conforme o tipo de mercado para o qual a peça será

distribuída. Existe o Prêt-à-Porter de luxo, com tiragens mínimas e limitadas por

modelo e o extremo: a produção em massa para distribuição nacional ou

mundial (Revista Veja, 13 de junho de 2001).

Com o estilismo, o luxo supremo e a moda se separam. “Com o

estilismo, o vestuário industrial de massa muda de estatuto, torna-se

integralmente um produto de moda” (LIPOVETSKY, 2009, p.23).

1.2 - A Formação em Moda

Christian Dior, Balenciaga, Yves Saint Laurent, Pierre Cardin, mestres

da moda, foram por muito tempo o laboratório dos jovens talentos. Para ser um

26

Jean Paul Gautier ou um Christian Lacroix não basta querer, é necessário um

grande esforço em mostrar sua capacidade.

Para alcançar a fama é preciso intuição, capacidade de prever os o

desejo da sociedade, e depois transformá-los a modelos únicos. Mas a

desenvoltura dos grandes criadores está sempre associada à precisão do

trabalho. O verdadeiro profissionalismo dá margem a todas as ousadias de

estruturas e elaboração.

A formação em Moda cada vez mais vem se aproximando dos

conceitos de design, cujas habilidades são segundo Treptow (2007):

§ Capacidade para pesquisar, organizar e inovar;

§ Habilidade para desenvolver respostas apropriadas para problemas

novos;

§ Aptidão para testar essas respostas, através de peças-piloto;

§ Treinamento para comunicar esses desenvolvimentos através de

croquis, modelos, modelagens e pilotagens;

§ Talento para combinar forma, técnica, condições humanas e sociais;

§ Capacidade para trabalhar em equipes.

O designer de moda precisa conhecer as tecnologias disponíveis para

o desenvolvimento de produtos, a capacidade produtiva da empresa, quais os

tipos de produtos, sua viabilidade comercial, financeira e de produção. É

preciso ter conhecimento da capacidade produtiva da empresa e seus registros

de vendas. Agregar a parte técnica da empresa com o setor de criação é uma

atividade atribuída também ao designer de moda.

Segundo Treptow: “O designer deve conhecer esses princípios, não

apenas para obedecê-los, mas também para propor quebra de padrões que

resultem em peças que surpreendam o consumidor” (TREPTOW, 2007, p.43).

27

Universidades que oferecem Cursos de Design de Moda no Rio de

Janeiro:

§ Faculdade Senai Cetiqt.

§ Centro Universitário Plinio Leite UNIPLI/Anhanguera.

§ Universidade Candido Mendes – UCAM.

§ Universidade Estácio de Sá – UNESA.

§ Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO.

§ Universidade Veiga de Almeida – UVA.

Podemos observar que hoje há uma grande procura por cursos de

Design de Moda. Muitos procuram pelo glamour ou status, mas a grande

maioria por necessidade de aprimoramento profissional e melhores colocações

no mercado, auxiliando, assim, no trabalho que já desenvolvem.

Ao cursarem, muitos alunos vêem uma realidade muito diferente da

imaginada e, aí, há uma decepção total, principalmente, nas aulas praticas,

como a de costura, onde a falta de habilidade desencadeia um grande

desinteresse, tornando as impressões sobre a disciplina desagradáveis.

Por outro lado, essa disciplina vem favorecer aos que já possuem

habilidades para trabalhos manuais, enriquecendo suas práticas e contribuindo

positivamente, sobretudo para quem já está exercendo a profissão de

costureira ou trabalhando na área da moda.

Segundo Jones: “Alguns alunos chegam à faculdade já tendo feito

várias roupas em suas próprias máquinas de costura e sentindo-se bastante

seguros; outros nunca colocaram uma linha na agulha” (JONES, 2011, p.33)

Diante desses paradoxos foi feita uma pesquisa de campo com 8

alunos e ex alunos com idades entre 20 anos e 48 anos da Universidade

Anhanguera, situada em Niterói, no Rio de Janeiro. A pesquisa foi aplicada

28

também a alguns professores. Eles responderam a um questionário Contendo

perguntas a respeito do funcionamento das aulas de costura no curso de

Design de Moda. A seguir apresentaremos os questionários aplicados:

Questionário proposto aos alunos e ex-alunos:

1) Por que sua escolha pelo curso de Design de Moda?

2) Como você avalia as aulas de costura? Quais os pontos positivos e

negativos?

3) Como você vê o papel do professor nas aulas de costura?

4) O que você mudaria na maneira de conduzir as aulas de costura?

Questionário proposto aos professores:

1) Como você vê o interesse e o desempenho dos alunos nas aulas de

costura?

2) Como você procura desenvolver essas aulas (a didática adotada)?

3) Como você avalia o aproveitamento dos alunos nessa disciplina?

Diante das repostas apresentadas, que podem ser visualizadas nos

anexos, podemos verificar que muitos alunos escolheram o curso por virem de

famílias de costureiras e pessoas que já trabalham com moda, customização e

artesanatos. Outras trabalham confeccionando roupas e sentiram necessidade

de um suporte.

As respostas à questão 2 divergiram bastante. Quatro alunos acharam

as aulas muito boas, necessárias, de grande importância e não mudariam

nada. Entre os argumentos apresentados, o fato das aulas serem de grande

importância para a pessoa é porque dará um suporte de como confeccionar o

que tem em mente e isso só têm a acrescentar.

“Avalio como necessárias, mesmo quando não há intenção em ser uma

profissional. É preciso ter, pelo menos, os conhecimentos básicos”.

29

“Muito boa. Não mudaria nada”.

“As aulas de costura são de extrema importância para um Designer de

Moda, pois é o básico da confecção de uma peça! Para liderar uma equipe de

boas costureiras, é necessário saber fazer o trabalho delas!”.

“De uma importância muito grande, pois sem saber costurar ou ter

noção fica muito difícil a pessoa saber o que ela tem em mente e poder saber

se é possível de ser confeccionado. Acho que só tem pontos positivos, só tem

a acrescentar”.

Quanto aos pontos positivos e negativos, somente um aluno

manifestou sua opinião:

“Portanto, entendo que deveríamos termais aulas desta ‘Disciplina’”

(ponto negativo).

“Aula dividida em grupos possibilitando a atenção plena do professor”

(ponto positivo).

Outros quatro alunos manifestaram as seguintes opiniões:

“O conteúdo ensinado foi muito superficial deixando muito a desejar na

costura”. (1 aluno)

“Auxiliou bastante para o conhecimento de diferentes tipos de costura”.

(1 aluno)

“Foi um método mais prático, havendo dificuldades de ser

padronizado”. (1 aluno)

30

“A costura ficou muito a desejar porque os alunos não conseguiram

confeccionar a peça conceito para a banca”. (1 aluno)

Vale à pena ressaltar que a peça conceito a que os alunos se referem

é a roupa criada e desenvolvida para a conclusão do curso. É um traje não-

comercial e outro comercial, criado a partir de uma pesquisa, confeccionado e

apresentado a uma banca de avaliadores para a conclusão do curso.

Na questão 3, os alunos destacaram a importância do professor como

orientador, acompanhando o desenvolvimento dos alunos, que apresentam

muitas dúvidas, mesmo aqueles que já têm alguma experiência.

Entre as sugestões apresentadas na questão 4, os alunos

apresentaram algumas propostas como:

“Modificar o método de ensino criando aulas divididas em grupos,

possibilitando, assim, a atenção plena do professor” (1 aluno).

“Aumentar a carga horária, pois consideraram a mesma insuficiente

para a realização do aprendizado. Vale considerar que no curso em questão,

realizado na Universidade Anhanguera, a carga horária é de 4 horas semanais”

(1 aluno).

“Realizar projetos maiores e mais detalhados para ensinar maiores

detalhes da costura” (1 aluno).

“Conduzir o aluno de forma que o mesmo terminasse a aula com uma

noção de costura” (1 aluno).

“Para um maior aproveitamento nessas aulas os alunos deveriam ser

divididos em grupos possibilitando a atenção plena do professor” (1 aluno).

31

“Não mudaria nada” (1 aluno).

“Tudo começa na modelagem, corte do tecido e manejo das máquinas

industriais. O aluno deveria sair da aula com a peça pronta, costurada” (1

aluno).

“Mais disciplina e comprometimento” (1 aluno).

Quanto aos resultados da pesquisa realizada com os professores

concluímos que:

Poucos alunos têm interesse na costura, dando prioridades a outras

disciplinas que envolvem criação, desenho, aplicação de tendências, entre

outras. Há também alunos que escolhem o curso como terapia e como uma

maneira de economizar fazendo suas próprias roupas.

Em resposta à questão 2, os professores responderam:

“A maneira de conduzir as aulas é de forma dinâmica tentando

despertar o interesse dos alunos.”

“No início com bastante disciplina, hoje mais tolerante, pois muitos só

querem passar o tempo.”

“Fiz uma pasta, com todos os tipos de acabamentos, lastex, botões,

cós.”

Na questão 3, a avaliação geral dos professores é de que:

“A minoria dos alunos gosta dessa aula prática, a os interessados são

aqueles que possuem aptidão para a costura ou já trabalham na área e

conseguem adquirir conhecimentos para melhorar o que já executam.”

32

“Como exige muita disciplina e paciência; muitos não têm um bom

aproveitamento.”

“Quem fez gostou, foi um bom aproveitamento para a banca.”

Para concluir, pode-se dizer que nem todos os alunos possuem

habilidade para costura e vêem o curso de design de moda como um

passaporte para um mundo de festas e glamour. Ao cursarem descobrem que

o curso vai muito além das passarelas e das suas fantasias, nesse momento

começam a ter dificuldades em freqüentar e participar das atividades

propostas. Diante desse quadro, muitos desistem e apenas continuam aqueles

que realmente já trabalham na área ou que conseguiram descobrir suas

habilidades e passam a gostar do que lhes é proposto. Esses conseguem

cursar e concluir o curso, se lançando no mercado em busca da realização

profissional.

33

CAPÍTULO II

O PROCESSO DE ENSINO-APRENDISAGEM NAS

DISCIPLINAS PRÁTICAS DE COSTURA

“Um aspecto crucial de sua formação em moda será aprender as

técnicas de costura” (JONES, 2011, p.7).

O profissional de moda deve conhecer todas as etapas do processo de

criação e produção do produto do vestuário. A etapa da costura e a utilização

do maquinário de confecção trazem um suporte técnico para o acerto na

definição e especificação técnica do produto.

Entretanto, é quase impossível se tornar um designer, estilista ou

jornalista de moda competente sem ter o conhecimento histórico, geográfico,

econômico e social da área em que planeja desenvolver sua carreira criativa.

As universidades oferecem várias disciplinas e matérias optativas em ciências

humanas, estudos culturais e administração de empresas.

Participar de seminários e redigir ensaios são tarefas obrigatórias e

avaliativas formalmente durante um curso de moda, e não devem ser

encarados como um tempo perdido que seria melhor passar pelo ateliê.

Segundo Jones,

“As lições e as percepções obtidas por meio de análises e

teorias do passado, de discussões em grupo,

investigações intelectuais e escritos acadêmicos provarão

ser inestimáveis e inspiradoras durante todo o curso, bem

como essenciais à própria carreira. As condições

socioeconômicas e o mercado estão em constante

movimento, e o contexto e as motivações para a compra

34

de roupas podem mudar várias vezes durante a sua vida

profissional. Os criadores de moda não podem confiar na

intuição. Pesquisas atentas e a capacidade de ler os

sinais das mudanças são o ponto de partia para qualquer

criação e para realizar um bom negócio, e colocarão na

dianteira do mercado” (JONES, 2011, p.18).

Baseado na grade curricular do Curso de Design de Moda da UCAM,

objeto desta pesquisa, há uma intenção em mostrar a real possibilidade da

execução da proposta desse projeto que visa chegar ao êxito no processo

ensino-aprendizagem.

A ementa da disciplina de Técnicas de Montagem especifica: a

disciplina fornece o conhecimento técnico para a utilização do maquinário de

confecção e matérias-primas têxteis: malha, tecidos planos e aviamentos

compatíveis para a execução de peças simples.

Com os instrumentos adequados e através de uma metodologia

coerente e realista é possível:

§ Fornecer conceitos básicos de costura;

§ Desenvolver no aluno sua capacidade para utilização do maquinário

de confecção e exercitar a produção de vários tipos de costuras;

§ Trazer o conhecimento e utilização de vários tipos de aviamentos e

acessórios de maquinário industrial para diversos tipos de máquinas.

2.1 - Conteúdo da Disciplina

I - Equipamentos, Acessórios e Acabamento de costura:

§ Conhecer e identificar os diferentes tipos de máquinas e suas

características;

35

§ Conhecer e identificar os diferentes tipos de pontos e suas

aplicações;

§ Identificar calcadores, guias e acessórios das máquinas de costura;

§ Conhecer aparelhos e suas aplicações.

II - Prática em Máquinas de Costura

§ Identificar diferentes tipos de máquinas de costura e seus

componentes;

§ Treinar enfiamento das diferentes máquinas de costura;

§ Praticar domínio dos diferentes tipos de máquinas de costura em

amostras com contornos retos e curvos.

III - Práticas em diferentes operações

§ Direção e controle do pé costurando nas máquinas (tecido plano ou

malha);

§ Cortar, alinhavar e fazer amostras, usando aviamentos como:

sianinha, fita, viés, rendas, passamanaria, bordado inglês, elástico e barbatana;

§ Produzir amostras pregando botões, colchetes e velcro (tecido

plano);

§ Produzir amostras com bainhas a mão, a máquina, pregas macho e

fêmea, pregas colegial, nervuras, matelassê, babado e vários tipos de costuras

para fechamento do vestuário (tecido plano);

§ Pregar zíper comum e invisível (tecido plano);

§ Pregar viés (tecido plano) e azelha;

§ Costurar com agulha dupla;

§ Fazer bainha lenço e caseado.

De acordo com as instituições, a disciplina de Costura pode apresentar

nomes diversos, como: Técnicas de Montagem, Técnicas de Produção e

outras, mas independente do título todas têm o mesmo objetivo: ensinar o

aluno a costurar.

36

As aulas práticas são muito importantes e a didática usada para que

haja sucesso é o essencial. O desafio atribuído ao professor é muito grande

porque a turma sempre é heterogênea, com perfis, objetivos e absorção dos

conteúdos variáveis para cada aluno. Nesse contexto, ainda há o problema da

grande quantidade de alunos em sala de aula e o número de máquinas que

não é compatível com o número de alunos.

Essas aulas são práticas, com características específicas, motivadoras,

em grupos, descontraídas, os alunos interagem, conversam entre si, andam em

sala e ainda há música ambiente fazendo com que esse momento seja mais

agradável.

Os CDS são escolhidos e trazidos pelos próprios alunos criando um

ambiente familiar a eles. Nessa aula, o objetivo é fazer com que os alunos

aprendam a manusear e trabalhar com as máquinas retas, overloque,

interloque e tomar conhecimento que existem outras máquinas para

determinado tipo de costura e tecidos, como por exemplo: tecido plano,

malhas, jeans etc.

§ Treinar enfiamento das diferentes máquinas de costura,

§ Praticar domínio dos diferentes tipos de máquinas de costura em

amostras com contornos retos e curvos.

De acordo com as instituições, a Disciplina de Costura pode apresentar

nomes diversos, como: Técnicas de Montagem, Técnicas de Produção, entre

outros, mas independente do título todas têm o mesmo objetivo: ensinar o

aluno a costurar.

As aulas práticas são muito importantes e a didática usada para que

haja sucesso é o essencial. O desafio atribuído ao professor é muito grande

porque a turma sempre é heterogênea, com perfis, objetivos e absorção dos

conteúdos variáveis para cada aluno.

37

Nesse contexto, ainda há o problema da grande quantidade de alunos

em sala de aula e o número de máquinas que não é compatível com o número

de alunos. Essas aulas são práticas, com características específicas,

motivadoras, em grupos, descontraídas, os alunos interagem, conversam entre

si, andam em sala e ainda há música ambiente fazendo com que esse

momento seja mais agradável.

Os CDS são escolhidos e trazidos pelos próprios alunos criando um

ambiente familiar a eles. Nessa aula, o objetivo é fazer com que os alunos

aprendam a manusear e trabalhar com as máquinas retas, overloque,

interloque e tomar conhecimento que existem outras máquinas para

determinado tipo de costura e tecidos, como por exemplo: tecido plano,

malhas, jeans, etc.

A idéia é propor aos alunos, trabalhos em pequenos grupos e

individualmente, montando amostras de costuras e aviamentos que constam na

ementa de Técnicas de Montagem. Provar a teoria na prática. O simples

exercício de elaborar os protótipos, usando conhecimentos já existentes por

parte de quem o execute demonstra a aquisição desse conhecimento e meios

a serem utilizados como instrumentos para uma aprendizagem

profissionalizante.

O modo como será ensinado é a base de tudo, pois os resultados

poderão ser bem sucedidos ou levar os alunos a ficarem traumatizados com a

atividade de costurar. A maneira de ensinar vai influenciar o aluno para a vida

toda, inclusive poderá definir seu futuro profissional. Em decorrência da

incompatibilidade com a costura, muitos alunos vão para a área de criação,

mas não sabem que para criar é preciso dominar técnicas de modelagem e

costura.

38

2.2 - Curso de Design de Moda

Primeiramente uma definição de comportamento organizacional escrita

por Dubrin:

“Comportamento organizacional é o comportamento

humano no local de trabalho, a interação entre as

pessoas e a organização em si. As principais metas do

comportamento organizacional são explicar, prever e

controlar o comportamento”. (DUBRIN, 2003, p.2)

O mesmo autor ainda complementa que comportamento organizacional

é o estudo do comportamento das pessoas no ambiente de trabalho, como se

interage com as outras pessoas do mesmo convívio profissional e como a

empresa se relaciona com estes colaboradores, sendo que o processo do

trabalho administrativo, jamais pode ser entendido como conteúdo do mesmo.

Um dos requisitos essenciais para entrar e sobreviver no moderno local

de trabalho é ter habilidades apropriadas. Uma pessoa precisa de habilidades

relacionadas à disciplina, logo, quando se estuda o comportamento

organizacional, as habilidades podem acrescentar algo a mais na análise.

Dubrin (2003) complementa que o comportamento organizacional também se

resume na realização da pessoa em compreender as outras pessoas, e é

dessa forma que se destaca o autoconhecimento e a autopercepção.

Os estudos possibilitaram mudanças nas condições de vida do

profissional brasileiro e a quebra de muitos paradigmas. Com os avanços

demográficos e os conhecimentos na área de psicologia, o envelhecimento

proporcionou melhorias na perspectiva de vida e de trabalho. Segundo

Kanaane (1995): “O trabalho sempre ocupou lugar central na vida das

diferentes comunidades e gradativamente foi sendo limitado pelas condições

sociais que foram se estabelecendo”. (p.01)

39

Um dos motivos dessas mudanças citado por Neri (2005), está referido à

necessidade de competir e sobreviver num mercado dinâmico, globalizado e

exigente. Com isso pode-se verificar que, as organizações estão fazendo um

redesenho da estrutura, preocupando-se com o ambiente externo,

proporcionando aos profissionais experientes, tratamentos diferenciados,

beneficiando-os em vários aspectos como: qualidade de vida profissional,

grandes perspectivas de conquistar as metas e objetivos traçados, inter-

relacionamentos mais maduros e estabilizados.

Kanaane (2006) compreende que a ênfase no comportamento humano e

nas organizações, está sendo um desafio, a qual apresenta possibilidades de

implantação de programas de qualidade e outros programas que a empresa

julgar necessária. O autor compreende que o comportamento organizacional é

vital, pois o fator humano está intrinsecamente vinculado a toda tarefa

realizada. Devido a isso, o mesmo autor considera a existência de diferentes

concepções do termo comportamento, dividido em:

§ Comportamento individual: retrata as reações inerentes ao indivíduo

e suas condutas no contexto organizacional;

§ Comportamento grupal: refere-se à gama de reações dos indivíduos

que compõem um grupo: como as ações emergentes do comportamento grupal

retratam as múltiplas influências decorrentes da dinâmica existente, incluindo

as pessoas, a interação, o sentimento, as atividades (tarefas), a comunicação e

os objetivos;

§ Comportamento organizacional: refere-se às manifestações

emergentes no contexto das organizações, indicando os controles, o processo

decisório e os esquemas técnico-administrativos assumidos num dado

momento organizacional.

Ampliando esse conceito Chanlat (1996) acrescenta que o

comportamento humano no trabalho não tem sua origem apenas em uma

lógica de economia, está ligada aos fatores psicológicos. Surgem, então, as

40

dinâmicas em grupos, criam-se novos valores sociais, as atitudes individuais se

enfatizam, chegando ao ponto de valorizar mais o ambiente de trabalho do que

os próprios colaboradores, então as empresas passam a associar a satisfação

com produtividade, para sempre atingir o melhor índice de produtividade

alegado pela satisfação.

Chanlat (1996) conclui que esses desvios profissionais e empresariais

têm causas emocionais, esclarecendo que, no início da carreira estas

incompetências emocionais não aparecem tanto, ficando muito óbvias quando

o profissional se transforma em gestor, cargo para o qual não está preparado.

Cabe ressaltar a importância de considerar a diferença conceitual entre

comportamento e atitude.

Segundo Kanaane (2006): “Várias pesquisas sobre o sistema de valores

humanos têm assinalado como os imperativos éticos afetam a conduta

individual e grupal, com relação ao trabalho” (p.77). Nesse sentido, Rockeach

(apud KANAANE, 2006) postula que “um conjunto de crenças inclui tanto as

crenças inconsequentes quanto as derivadas, organizadas em dois

subsistemas”. (p.77)

A separação entre o ambiente externo e o trabalho não acontece. O ser

humano é um só e ele leva seus sentimentos para dentro das organizações. É

cada vez mais importante para o líder conseguir “ler” o seu liderado para tentar

entender o que se passa ali. Só assim ele conseguirá extrair o máximo de

produtividade daquele profissional.

Segundo Moscovici,

“o comportamento humano é complexo e

multidimensional. Apesar dos avanços das ciências do

comportamento, ainda persistem aspectos intrigantes e

inexplicáveis que desafiam a compreensão do cientista e

41

do leigo. O comportamento resulta da inter-relação de

variáveis internas e externas, sendo que nenhuma delas,

isoladamente, determina a ação observada. Isto quer

dizer que é, pelo menos, simplista a tentativa de atribuir

uma só causa a uma só conduta” (MOSCOVICI, 2005,

p.26).

Aspectos como casamento, filhos e religião influenciam na maneira

como a pessoa vai se comportar na empresa. Talvez colocar pessoas de

credos diferentes na mesma equipe resulte em um embate. Da mesma

maneira, pessoas em momentos de vida parecidos podem se identificar melhor

e produzir mais.

Moscovici (2005, p. 29), fala sobre a interação humana nas empresas:

“A interação humana acontece em dois níveis distintos,

porém concomitantes e Interdependentes: o da tarefa e o

sócio-emocional. O da tarefa é o das atividades visíveis,

observáveis, acordadas, tanto nos grupos formais de

trabalho quanto nos grupos informais. O nível sócio-

emocional é o das sensações e sentimentos variados, já

existentes ou gerados pela própria convivência e

atividades no grupo. Este último é o responsável pela

manutenção do grupo, por seu crescimento e

amadurecimento e pela produtividade e satisfação de

cada participante. Se no nível emocional prevalecem

sentimentos positivos de reciprocidade, o nível de tarefa é

facilitado no sentido de maior canalização de energia para

atividades concretas, produtivas e satisfatórias. Se,

todavia, o clima emocional evoluir negativamente em

função de sentimentos de antagonismo entre os

participantes, a tarefa do grupo, sofre os efeitos nefastos

42

de interações de desagrado, antipatia, hostilidade,

aversão e agressividade. O que se passa no nível sócio-

emocional do grupo independe da inteligência,

competência e qualificação técnica de seus membros.

Não obstante, é de importância vital para a consecução

dos objetivos e obtenção de resultados com qualidade”

(MOSCOVICI, 2005, p.29).

Conclui-se que onde existem grupos com objetivos comuns, sempre há

um líder. E este deve estar atento ao nível sócio-emocional de sua equipe em

contrapartida de suas tarefas. Não podemos achar que pessoas devem deixar

seus problemas e sentimentos fora do trabalho, elas podem até não comentar,

desabafar, ou dividir seus problemas no ambiente de trabalho, porém devem se

sentir acolhidos, respeitados e que o ambiente seja acolhedor, de paz,

harmonia e onde as pessoas sejam vistas e respeitadas como seres humanos

com sentimentos e problemas. Num curso de Design de Moda encontramos

disciplinas nas áreas técnicas, específicas, culturais, artísticas e de marketing.

§ Técnicas: modelagem, tecnologia têxtil, técnicas de montagem,

design têxtil, desenho técnico, informática aplicada, materiais novos, materiais

complementares;

§ Específicas: pesquisa de moda, desenvolvimento de coleção,

compras;

§ Culturais: história da moda, sociologia, história da moda no Brasil,

português, moda e cultura contemporânea, história da arte, figurino, jornalismo

de moda;

§ Artísticas: desenho de moda, desenho de observação, técnica de

cores, desenho de acessórios;

§ Marketing: programação visual, produção de moda, marketing,

psicologia.

43

O presente estudo enfoca as aulas de costura que têm como

característica atividades técnicas. Num curso de Design de Moda, a costura vai

colocar em prática a confecção de peças do vestuário. Para acontecer a

produção de peças, existem várias etapas a serem seguidas e dentre elas está

a Modelagem.

§ Modelagem

“Modelar é a gramática do design de moda. Sem o

domínio da modelagem o traçado se torna em vão e o

desenho da moda, um rabisco. A modelagem é como a

estrutura de uma edificação. Resguarda em suas linhas o

espaço e o conforto para o corpo que nele habitará. É a

inteligência do desenhar, a sabedoria do fazer” (JUM

NAKAO, 2009, p.31).

§ O que é modelagem?

Para Rosa,

“É a técnica responsável pela construção das peças do

vestuário através da leitura e interpretação de um

determinado modelo. Tal processo tem o objetivo de

traduzir as formas da vestimenta, estudo da silhueta,

tecidos entre outros elementos da peça a ser elaborada”

(ROSA, 2009, p.19).

De acordo com Treptow,

“A modelagem está para o design de moda como a

engenharia está para a arquitetura. (...) Os desenhos da

coleção são selecionados numa reunião e encaminhados

44

ao setor de modelagem para a elaboração de protótipos.

O protótipo ou peça-piloto é confeccionado em tamanho

original e testado em manequins de alfaiate ou em um

modelo de prova, cujas medidas se enquadrem no padrão

desejado pela empresa. Geralmente, os protótipos são

desenvolvidos nos tamanhos 40 ou 42 em empresas que

trabalham com grade numérica” (TREPTOW, 2007, p.43).

§ Peça-piloto

É a primeira peça que é confeccionada a fim de testar a modelagem e

verificar o caimento, a versatibilidade e conformidade entre a idéia inicial e o

produto final.

“Nesta nova etapa, após a interpretação do modelo, a

modelagem será preparada para o corte e um protótipo

será confeccionado a fim de visualizar o caimento da

peça. (...) O protótipo será submetido à prova em busto de

costura de prova para verificação de possíveis ajustes, a

fim de serem corrigidos” (ROSA, 2009, p.20).

§ Características da modelagem

Para fazer uma modelagem é necessário o conhecimento do corpo,

noção de proporções e bom senso. O molde é a estrutura, a alma, a definição e

a identidade total da roupa. É a modelagem das roupas que faz toda a

diferença na hora de conquistar os consumidores.

Segundo Rosa,

“(...) a mdelagem é a verdadeira “arquitetura” da roupa: é

um trabalho que exige ao mesmo tempo conhecimento,

45

habilidade técnica e senso estético no sentido de criar

algo original e ao mesmo tempo usável” (ROSA, 2009,

p.22)

A modelagem pode ser desenvolvida em dois planos: bidimensional e

tridimensional.

Bidimensional: plana industrial onde é utilizada ALTURA e LARGURA a

partir do estudo anatômico do corpo humano.

Pode ser produzida manualmente sobre o papel ou utilizando o

Sistema CAD/CAM (Computer Aided Design/Computer Aided Manufaturing)

denominada Modelagem computadorizada ou Modelagem assistida por

computador.

“A graduação pode ser realizada manualmente, riscando

o molde do protótipo, medindo alterações para cada

tamanho.Esse processo é bastante demorado e os

sistemas CAD/CAM apresentam grande vantagem em

economia de tempo nessa etapa” (TREPTOW, 2007,

p.161).

Os softwares que agilizam e qualificam as industrias da moda são:

Audaces, Gerber, Lectra Systemes e Moda 1. Todos trabalham com tabelas de

medidas e seus moldes são apresentados em tamanhos que variam do 38 ao

44 ou na versão P/M/G.

Tridimensional: técnica conhecida como MOULAGE ou DRAPING. É

uma técnica onde a base a ser trabalhada é o tecido ou tela.

O molde é feito a partir do tecido (em geral morim), trabalhado no

manequim que possibilita a visualização do corpo em três dimensões:

46

ALTURA, LARGURA e PROFUNDIDADE, com o objetivo de facilitar a visão

espacial eliminando testes referentes a peso, elasticidade e caimento dos

tecidos.

Após a aprovação, a modelagem é transportada para o plano

bidimensional (traçada no papel) facilitando assim a produção em escala

industrial de toda a grade de tamanhos (P/M/G ou do 38 ao 44) através do

método de GRADUAÇÃO. Toda a grade será confeccionada em papel manilha

ou craft.

2.3 - Moldes

As bases de modelagem são moldes sem folgas e sem margens para

costura, servindo de ponto de partida para o desenvolvimento das modelagens.

Traçada e finalizada a modelagem, todas as partes são acrescidas de margens

de costura, marcações de piques, localizações de bolsos e outros detalhes,

além de marcações como: fio reto, tamanho nomenclatura do molde,

orientação do corte, etc.

A modelagem bem elaborada é que dará a forma, os volumes e o

caimento perfeito da roupa.

§ Grade, graduação ou gradação

É o processo de ampliação ou redução dos moldes testados a partir de

um tamanho pré-determinado. A cada tamanho a ser ampliado ou reduzido, as

medidas devem ser adicionadas ou subtraídas proporcionalmente. “A

graduação consiste na ampliação e redução dos moldes testados e aprovados

nos diversos tamanhos da tabela de medidas” (ROSA, 2009, p.23).

§ Do corte à produção

47

Com o molde pronto será feito o corte da primeira peça que será

confeccionada a fim de testar a modelagem e verificar o caimento, a

vesatibilidade e conformidade entre a idéia inicial e o produto final. Essa peça

recebe o nome de PEÇA-PILOTO, que também é utilizada para verificar a

possibilidade de produção e calcular o custo do produto.

A peça-piloto precisa ser submetida ao modelo de prova que será um

modelo (pessoa) ou manequim de modelagem que deverá possuir as principais

medidas, eliminando assim possíveis defeitos.

Independente do processo de construção, qualquer modelagem

precisar ser aprovada antes de entrar em produção. Aprovada a peça-piloto, a

modelagem será encaminhada para a produção acompanhada da ficha-

técnica.

A ficha-técnica é um documento descritivo que deverá conter todas as

informações sobre o modelo que será confeccionado. Ela é responsável pela

comunicação dentro de uma empresa, transmitindo informações para todos os

setores. “A ficha técnica é o documento descritivo de uma peça de coleção”

(TREPTOW, 2007, p.165)

Nela deverá estar contido: desenho técnico, especificações

necessárias para a execução da modelagem, nome ou número de referência,

data e estação a que pertence (verão, inverno etc.) descrição, amostra, cores e

fabricante do tecido, metragem necessária para a execução da peça-piloto,

grade de tamanhos, aviamentos utilizados, tempo gasto para a confecção da

peça-piloto (corte, fechamento, acabamento, passadoria e outros processos

contidos na produção). A ficha-técnica acompanha a peça desde a modelagem

até o término da produção, sendo elaborada de acordo com a necessidade de

cada indústria.

48

§ Identificação das modelagens

Feminina

A anatomia feminina é composta por formas e volumes e as pences

são usadas nessa modelagem para acomodar busto e quadril. Normalmente

sua modelagem possui a grade P/M/G ou do 38 ao 44. É bem diversificada,

rica em detalhes e recortes.

Masculina

Diferente da anatomia feminina, a masculina apresenta tórax largo e

quadril estreito. A modelagem masculina não tem pences ou são bem estreitas,

com linhas mais retas, sem muitos detalhes.

Os tamanhos variam entre P/M/G/GG ou do tamanho 38 ao 52. Os

moldes também são confeccionados a partir de tabelas ou podem ser feitos

com medidas pessoais, a qual chamamos de alfaiataria, dando destaque para

a linha social e galas com ternos e smokins.

Infantil

A modelagem infantil possui a blusa reta, sem cintura, sem busto, sem

pences, uma vez que criança tem barriguinha. Os tamanhos vão de 0 a 12. A

partir do tamanho 10 é que começa a aparecer as pences.

§ Divisões da modelagem infantil

- Bebê

- Primeiros passos

- Infantil

- Juvenil

49

§ Manequins especiais

Os tamanhos do 48 ao 56 ou GG e XG, são especiais, para as pessoas

com peso acima da média (os gordinho(a)s). A modelagem para esse grupo de

pessoas requer cuidados específicos para que a roupa fique bonita e com bom

caimento. É necessário uma modelagem que disfarce as irregularidades do

corpo tais como: barriga, muito busto, culote, os “famosos“ pneuzinhos, etc.

§ Malhas e tecidos com elasticidade

As malhas e os tecidos com elasticidade possuem uma modelagem

específica com redução percentual nas medidas, de acordo com a elasticidade

do material a ser utilizado.

Modelagem é uma área muito vasta e complexa onde estamos sempre

buscando novidades e simplificação para modernização e simplificação do

trabalho.

50

CAPÍTULO III

A PASTA DE COSTURA

A técnica a ser utilizada não é qualquer uma. A escolha é feita com o

compromisso ético de se garantir uma aprendizagem adequada ao aluno e em

sintonia com os objetivos propostos.

De acordo com o número de alunos, a turma é dividida em dois grupos.

Um grupo senta a mesa e desenvolve o trabalho de preparar as amostras

usando alfinetes, alinhavando com agulha de mão e que mais tarde serão

levadas às máquinas para a costura reta, overloque ou interloque para fazer o

acabamento.

O outro grupo vai para as máquinas, aprendem a encher a carretilha,

enfiar a linha corretamente e treinar o uso das mesmas, pois é necessário um

controle dos pés e das mãos para que a costura saia reta e perfeita.

No início o treino nas máquinas é com papel manteiga e sem linha para

que o aluno tenha o domínio da direção. Dominada essa etapa, os alunos

passam a treinar no algodãozinho (um tipo de tecido) e com linha colorida

enfiada nas máquinas, diferente do tecido com que se está trabalhando para

que possa observar melhor os pontos costurados.

Esse treino perdura por várias aulas, havendo um revezamento dos

grupos. Ora um grupo está montando as amostras e outro grupo nas máquinas

e vice-versa. O processo da costura também é feito num sistema de rodízio.

O treino é feito com os dois grupos e o professor tem a função de

incentivar o aluno e ajudar a superar as dificuldades. As aulas precisam ser

dinâmicas para que os alunos se interessem em fazer os protótipos que irão

51

compor a pasta de costura, criando assim, um acervo de amostras de costura.

Essa pasta será avaliada ao final do período. É necessário que todas as

amostras estejam prontas.

Após concluídas, estas amostras serão coladas em pedaços de

cartolinas coloridas no tamanho A4 e colocadas em sacos plásticos formando

um arquivo de protótipos. Esse acervo servirá ao aluno como fonte de consulta

(de como fazer) cada vez que ele precisar fazer determinado tipo de costura e

tiver dúvidas.

A técnica a ser utilizada não é qualquer uma. A escolha é feita com o

compromisso ético de se garantir uma aprendizagem adequada ao aluno e em

sintonia com os objetivos propostos.

De acordo com o número de alunos, a turma é dividida em dois grupos.

Um grupo senta a mesa e desenvolve o trabalho de preparar as amostras

usando alfinetes, alinhavando com agulha de mão e que mais tarde serão

levadas às máquinas para a costura reta, overloque ou interloque para fazer o

acabamento.

O outro grupo vai para as máquinas, aprendem a encher a carretilha,

enfiar a linha corretamente e treinar o uso das mesmas, pois é necessário um

controle dos pés e das mãos para que a costura saia reta e perfeita. No início o

treino nas máquinas é com papel manteiga e sem linha para que o aluno tenha

o domínio da direção.

Dominada essa etapa, os alunos passam a treinar no algodãozinho

(um tipo de tecido) e com linha colorida enfiada nas máquinas, diferente do

tecido com que se está trabalhando para que possa observar melhor os pontos

costurados. Esse treino perdura por várias aulas, havendo um revezamento

dos grupos. Ora um grupo está montando as amostras e outro grupo nas

52

máquinas e vice-versa. O processo da costura também é feito num sistema de

rodízio.

O treino é feito com os dois grupos e o professor tem a função de

incentivar o aluno e ajudar a superar as dificuldades. As aulas precisam ser

dinâmicas para que os alunos se interessem em fazer os protótipos que irão

compor a pasta de costura, criando assim, um acervo de amostras de costura.

Essa pasta será avaliada ao final do período. É necessário que todas as

amostras estejam prontas.

Após concluídas estas amostras serão coladas em pedaços de

cartolinas coloridas no tamanho A4 e colocadas em sacos plásticos formando

um arquivo de protótipos. Esse acervo servirá ao aluno como fonte de consulta

(de como fazer) cada vez que ele precisar fazer determinado tipo de costura e

tiver dúvidas.

53

CONCLUSÃO

Com os instrumentos adequados e através de uma metodologia

coerente e realista, o professor consegue despertar nos alunos do curso de

Design de Moda o gosto e interesse pela costura.

A intenção de mostrar a real possibilidade de execução da proposta

deste projeto visa incrementar o aprendizado do aluno, melhor preparando-o

para o mercado de trabalho.

Acreditar na capacidade dos profissionais de design de moda e oferecer

métodos eficientes para essa realização é um grande desejo nos docentes da

moda.

54

ANEXOS

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56

57

58

59

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ENTREVISTA COM OS PROFESSORES

Entrevistado 1

1) Como você vê o interesse e desempenho dos alunos nas aulas de costura?

Os alunos de maneira geral, não têm interesse na costura, pois muitos não

possuem tal habilidade. Dessa forma, dedicam-se a outras disciplinas que

envolvem criação, desenho, aplicação de tendências etc. Há também alunos

que escolhem o curso para aprenderem a costurar e economizar fazendo suas

próprias roupas.

2) Como você procura desenvolver essas aulas (a didática adotada)?

A maneira de conduzir as aulas é de forma dinâmica tentando despertar o

interesse dos alunos.

3) Como você avalia o aproveitamento dos alunos nessa disciplina?

A minoria dos alunos gosta dessa aula prática, os interessados são aqueles

que possuem aptidão para a costura ou já trabalham na área e conseguem

adquirir conhecimentos para melhorar o que já executam.

Entrevistado 2

1) Como você vê o interesse e desempenho dos alunos nas aulas de costura?

Muitos querem como terapia e alguns realmente aprender e fazer uma

economia para não ter que gastar tanto nas lojas.

61

2) Como você procura desenvolver essas aulas (a didática adotada)?

No início, com bastante disciplina, hoje mais tolerante, pois muitos só querem

passar o tempo.

3) Como você avalia o aproveitamento dos alunos nessa disciplina?

Como exige muita disciplina e paciência, muitos não têm um bom

aproveitamento.

Entrevistado 3

1) Como você vê o interesse e desempenho dos alunos nas aulas de costura?

Poucos têm interesse, porque o curso não é voltado para costura.

2) Como você procura desenvolver essas aulas (a didática adotada)?

Fiz uma pasta com todos os tipos de acabamentos: lastex, botões, cós etc.

3) Como você avalia o aproveitamento dos alunos nessa disciplina?

Quem fez gostou, foi um bom aproveitamento para a banca.

62

ENTREVISTA COM OS ALUNOS

Entrevistado 1

1) Por que sua escolha pelo curso de Design de Moda?

Porque amo moda.

2) Como você avalia as aulas de costura? Quais os pontos positivos e

negativos?

Muito boa. Não mudaria nada.

3) Como você vê o papel do professor nas aulas de costura?

Ótimo.

4) O que você mudaria na maneira de conduzir as aulas de costura?

Mais aulas práticas.

Entrevistado 2

1) Por que sua escolha pelo curso de Design de Moda?

Por uma identificação pessoal.

2) Como você avalia as aulas de costura? Quais os pontos positivos e

negativos?

Auxiliou bastante para o conhecimento de diferentes tipos de costura.

63

3) Como você vê o papel do professor nas aulas de costura?

Foi ótima a orientação do professor.

4) O que você mudaria na maneira de conduzir as aulas de costura?

Não mudaria nada.

Entrevistado 3

1) Por que sua escolha pelo curso de Design de Moda?

Porque sempre trabalhei nesta área.

2) Como você avalia as aulas de costura? Quais os pontos positivos e

negativos?

(não respondeu)

3) Como você vê o papel do professor nas aulas de costura?

Não “tem” uma aula de costura, o que tem é explicação de como se usar as

máquinas. O aluno que quer uma aula tem que chegar mais cedo, sem ser no

horário da aula.

4) O que você mudaria na maneira de conduzir as aulas de costura?

Poderia ter, realmente, uma aula de costura para o aluno ter, pelo menos, uma

noção de costura.

Entrevistado 4

64

1) Por que sua escolha pelo curso de Design de Moda?

(não respondeu)

2) Como você avalia as aulas de costura? Quais os pontos positivos e

negativos?

De uma importância muito grande, pois sem saber costurar ou ter noção fica

muito difícil a pessoa saber se o que ela tem em mente será possível de ser

confeccionado. Acho que só tem pontos positivos, só tem a acrescentar.

3) Como você vê o papel do professor nas aulas de costura?

Muito importante, até para quem tem muita prática, pois até mesmo estes

precisam de aprimoramento ou técnica para melhor aproveitamento de um

trabalho.

4) O que você mudaria na maneira de conduzir as aulas de costura?

Nas aulas em geral, mais disciplina e comprometimento, pois, hoje, os alunos

só querem certificados.

Entrevistado 5

1) Por que sua escolha pelo curso de Design de Moda?

A minha escolha foi a partir do desejo de realizar um sonho. Sempre sonhei em

realizar trabalhos criativos e acredito que a moda me possibilita isso.

2) Como você avalia as aulas de costura? Quais os pontos positivos e

negativos?

65

Avalio como necessárias, mesmo quando não há intenção em ser uma

profissional. É preciso ter, pelo menos, os conhecimentos básicos.

3) Como você vê o papel do professor nas aulas de costura?

Fundamental.

4) O que você mudaria na maneira de conduzir as aulas de costura?

Talvez, aumentasse a carga horária.

Entrevistado 6

1) Por que sua escolha pelo curso de Design de Moda?

Eu venho de uma geração de costureiras, que trabalharam em vários

segmentos, isso me empolgou a seguir carreira como designer.

2) Como você avalia as aulas de costura? Quais os pontos positivos e

negativos?

Foi um método mais prático, havendo dificuldades de ser padronizado.

3) Como você vê o papel do professor nas aulas de costura?

Foi ótimo porque a professora quebrou os paradigmas.

4) O que você mudaria na maneira de conduzir as aulas de costura?

O método, como é passado.

66

Entrevistado 7

1) Por que sua escolha pelo curso de Design de Moda?

Porque me interesso por artesanato e gostaria de criar peças com tecidos,

customização etc.

2) Como você avalia as aulas de costura? Quais os pontos positivos e

negativos?

As aulas de costura são de extrema importância para um Designer de Moda,

pois é o básico da confecção de uma peça! Para liderar uma equipe de boas

costureiras é necessário saber fazer o trabalho delas! Portanto, entendo que

deveríamos ter mais aulas desta “disciplina”. (ponto negativo)

Aula dividida em grupos possibilitando a atenção plena do professor. (ponto

positivo)

3) Como você vê o papel do professor nas aulas de costura?

É orientar e acompanhar o desenvolvimento do aluno nas atividades em aula.

4) O que você mudaria na maneira de conduzir as aulas de costura?

Se tivesse mais tempo de aula, o professor poderia orientar a fazer projetos

maiores e mais detalhados para aprendermos detalhes da costura.

Entrevistado 8

1) Por que sua escolha pelo curso de Design de Moda?

67

Porque eu comecei a fazer roupas em casa e senti a necessidade de uma

formação acadêmica.

2) Como você avalia as aulas de costura? Quais os pontos positivos e

negativos?

Modelagem, nota 10, mas costura não foi legal. Na minha opinião, os alunos

deveriam confeccionar seus próprios trabalhos finais. Na costura ficou muito a

desejar.

3) Como você vê o papel do professor nas aulas de costura?

Indispensável, são tantas dúvidas que surgem aos alunos: tipos de máquinas,

aparelhos para adaptar, materiais, enfim.

4) O que você mudaria na maneira de conduzir as aulas de costura?

Acho que tudo começa na modelagem, corte do tecido e o manejo das

máquinas industriais. Seria satisfatório pro aluno sair da aula com a peça

pronta, costurada.

68

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

JONES, Sue Jenkyn. Fashion design – O manual do estilista. São Paulo:

Cosac Naify, 2011.

LAVER, James. A roupa e a moda: uma história concisa. São Paulo:

Companinha de Letras, 1989.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção

magistério. Série formação do professor).

LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e seu destino nas

sociedades modernas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação Educacional Escolar: para além do

autoritarismo. Revista da Ande, (10): 47-51; (11) 47-49, São Paulo, 1986.

_________. Avaliação da Aprendizagem Escolar: Estudos e Proposições. 3ª

ed. São Paulo: Cortez, 1996.

_________. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 2001.

MATTOS, Luiz Alves de. Sumário de didática geral. 11ª ed. Rio de Janeiro:

Aurora, 1973.

NEIRA, Marcos Garcia. Por dentro da sala de aula: conversando sobre a

prática. São Paupl: Phorte, 2004.

69

ROSA, Stefania. Alfaiataria: modelagem plana masculina. Brasília: Senac-DF,

2008.

TREPTOW, Doris. Inventando moda: planejamento de coleção. 4ª ed. Brusque:

D. Treptow, 2007.

70

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

RESUMO 3

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 5

INTRODUÇÃO 6

CAPÍTULO I - A DIDÁTICA EM CURSOS DE DESIGN DE MODA 12

1.1 - A Moda 23

1.1 - A Formação em Moda 28

CAPÍTULO II - O PROCESSO DE ENSINO-APRENDISAGEM NAS

DISCIPLINAS PRÁTICAS DE COSTURA 36

2.1 - Conteúdo da Disciplina 37

2.2 - Curso de Design de Moda 38

2.2 - Moldes 49

CAPÍTULO III - A PASTA DE COSTURA 53

CONCLUSÃO 56

ANEXOS 58

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 72

ÍNDICE 73

FOLHA DE AVALIAÇÃO 74

71

FOLHA DE AVALIAÇÃO