DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · (CHIZOTTI, 1991 apud BARROS; LEHFELD, 2000: 95)....
Transcript of DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · (CHIZOTTI, 1991 apud BARROS; LEHFELD, 2000: 95)....
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL POLIVALENTE NA DISCIPLINA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
DESAFIO PARA A GESTÃO ESCOLAR
Por: RITA CLAUDIA DE OLIVEIRA
Orientador
Prof. Vilson Sergio de Carvalho
Brasília/DF
2014
DOCU
MENTO
PRO
TEGID
O PEL
A LE
I DE D
IREIT
O AUTO
RAL
1
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL POLIVALENTE NA DISCIPLINA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL:
DESAFIO PARA A GESTÃO ESCOLAR
Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Administração Escolar.
Por:. RITA CLAUDIA DE OLIVEIRA
Brasília/DF
2014
2
AGRADECIMENTOS
Sinceramente, agradeço a todos os que
me incentivaram e apoiaram, direta e
indiretamente, na concretização de mais
esta realização. Agradeço em especial aos
amigos, parentes, clientes, fornecedores e
aos que me acolheram no estágio, pelas
observações e sugestões ostentadas.
Muito obrigada!
3
DEDICATÓRIA
Dedico este, primeiramente a Deus, por
sempre me sustentar e me proporcionar
forças para concluir com êxito cada etapa
importante da minha vida. Este trabalho é
dedicado ainda, aos meus pais que sempre
me apoiaram em todos os momentos, aos
meus amigos e a todos que de alguma
forma torceram e me deram forças para
perseverar no decorrer de todo este
processo.
4
“Ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua
própria produção ou a sua construção.”
(Paulo Freire)
RESUMO
5
OLIVEIRA, Rita Claudia de. Atuação do profissional polivalente na disciplina de educação física nas séries iniciais do ensino fundamental: desafio para a gestão escolar. 2014. 93 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Pós-Graduação “Lato Sensu” em Administração Escolar). Universidade Candido Mendes. Rio de Janeiro - RJ.
Esta pesquisa objetivou apresentar a realidade quanto à formação dos profissionais que exercem a função de professores polivalentes em educação física na rede pública de ensino no município de Palmas, Estado do Tocantins. A realidade no Brasil perpassa ao esperado, visto que de acordo com a observação da literatura, nem todos os Estados e Municípios possuem quadros efetivos de profissionais de Educação Física. Esta realidade era comum no Estado do Tocantins. Entretanto como pode ser observada na rede pública de educação do Município de Palmas, esta premissa está sendo alterada nos últimos anos. Em tese, professores com formações específicas podem estimular com maior clareza, objetivo e didática a formação social da mente, por meio de atividades voltadas ao conteúdo e ao que é estabelecido nas normas e matrizes curriculares nacionais. Contudo, para que seja efetivada esta premissa é preciso que sejam garantidas, além da formação específica, as atualizações e os processos seletivos, concursos ou formas que permitam a escolha dos profissionais, mais capacitados. Assim, este trabalho monográfico realizou pesquisas de campo em algumas escolas municipais de Palmas/TO, a fim de entender como são aplicadas as funções dos docentes polivalentes quanto a prática de ministrar aulas de educação física.
6
METODOLOGIA
Esta monografia se trata de um estudo de caso, visto que o mesmo
objetiva abordar metodologias que buscam investigar, compreender, explorar
ou ainda, descrever determinados fatos, que envolvem diversos elementos,
porém, sempre dentro de um contexto específico (YIN, 2001).
Para Prestes (2008):
(...) a resultante de uma pesquisa científica, uma monografia (...) é um texto de primeira mão que traz a identificação, o posicionamento, o tratamento e o fechamento de um tema (ou problema), permitindo um aprofundamento de estudo.
O objeto deste estudo de caso do respectivo trabalho são as séries
iniciais do ensino fundamental, de 1º ao 5º ano, das Escolas da Rede Municipal
de Palmas/TO. No município supracitado há 41 escolas municipais e 888
docentes, sendo que 815 docentes são atuantes na rede escolar urbana e 73
na rede escolar rural. Contudo, o objeto de estudo será analisado através de
uma amostra de aproximadamente 30% de docentes da área urbana das
escolas municipais do município de Palmas, Tocantins. É relevante informar
ainda, que os dados das escolas serão omitidos em decorrência do sigilo
profissional acordado entre as partes.
O estudo de caso é uma modalidade de estudo das Ciências Sociais, que se volta à coleta e ao registro de informações sobre um ou vários casos particularizados, elaborando relatórios críticos organizados e avaliados, dando margem a decisões e intervenções sobre o objeto escolhido para a investigação. (CHIZOTTI, 1991 apud BARROS; LEHFELD, 2000: 95).
No presente trabalho foi utilizada uma abordagem exploratória, por
objetivar:
7
(...) proporcionar maiores informações sobre o assunto que vai ser investigado, facilitar a delimitação do tema a ser pesquisado, orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses (...). (PRESTES, 2008: 26).
Esta pesquisa será de cunho qualitativo e quantitativo, cuja prática
foi incidida sobre a descritiva, visto que serão observados, registrados,
analisados, classificados e interpretados determinados fatos, de modo que o
pesquisador não lhe faça interferência e nem manipule os fenômenos
estudados (PRESTES, 2008: 26). É relevante frisar ainda que “a pesquisa
descritiva engloba dois tipos: a pesquisa documental e/ou bibliográfica e a
pesquisa de campo” (BARROS; LEHFELD, 2000: 70).
Para Denzin e Lincoln (2006: 17):
(...) a pesquisa qualitativa é uma atividade situada que localiza o observador no mundo. Consiste em um conjunto de práticas materiais e interpretativas que dão visibilidade ao mundo. (...) Nesse nível, a pesquisa qualitativa envolve uma abordagem naturalista, interpretativa (...) o que significa que seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando entender, ou interprestar, os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem.
(...) a pesquisa quantitativa é apropriada para medir tanto opiniões, atitudes e preferências como comportamentos. (...) Esta técnica de pesquisa também deve ser usada quando se quer determinar o perfil de um grupo de pessoas, baseando-se em características que elas tem em comum (...). (MORESI, 2003).
Tanto a pesquisa de cunho qualitativo, quanto à pesquisa
quantitativa foram fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho, em
decorrência daquele focar no estudo de um fenômeno no contexto real,
enquanto que este prima por obter informações acerca de uma população
específica.
A coleta de dados da presente pesquisa será feita através da
aplicação de um questionário em onze escolas municipais, com
8
aproximadamente, vinte e seis professores de cada escola, bem como por
meio de levantamento bibliográfico.
A abordagem conceitual e teórica será abordada através de um
levantamento bibliográfico em sites eletrônicos, artigos científicos, livros e
manuais, que sejam pertinentes ao assunto. Sendo que, os principais autores e
teóricos utilizados para a realização deste trabalho foram Piaget (1964), Soares
(1994), Galhardo et. al.. (1998), Kishimoto (2000) e Gallahue (2003).
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 11
CAPÍTULO I ...................................................................................................... 14
Educação Física Escolar: um resgate histórico................................................. 14
CAPÍTULO II ..................................................................................................... 20
Educação Física e o Desenvolvimento Motor da Criança de 7 a 10 anos ........ 20
De 7 a 10 anos .................................................................................................. 22
Estágio transitório ............................................................................................. 22
CAPÍTULO III .................................................................................................... 28
Metodologia e Planejamento Escolar ................................................................ 28
CAPÍTULO IV .................................................................................................... 36
Conteúdos Curriculares da Educação Física .................................................... 36
4.1 Jogos ....................................................................................................... 38
4.1.1 Jogo de exercício sensório-motor........................................................ 39
4.1.2 Jogo simbólico ........................................................................................ 39
4.1.3 Jogos de regras ...................................................................................... 40
4.2 A brincadeira e o lúdico ........................................................................... 42
4.3 Ginástica .................................................................................................. 43
4.4 Esporte .................................................................................................... 44
4.5 Atividades rítmicas e expressivas ............................................................ 46
4.6 Formação Docente – Grade Curricular do Curso de Pedagogia ............. 48
CAPÍTULO V ..................................................................................................... 49
GESTÃO DA QUALIDADE DE ENSINO ........................................................... 49
CAPÍTULO VI .................................................................................................... 55
10
O Desafio da Gestão Escolar ............................................................................ 55
CAPÍTULO VII ................................................................................................... 61
Professores Polivalentes sob o prisma da Administração Escolar .................... 61
RESULTADOS E ANÁLISES ............................................................................ 68
CONCLUSÃO ................................................................................................... 84
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 86
APÊNDICE A .................................................................................................... 92
11
INTRODUÇÃO
Instituída como disciplina obrigatória a partir da promulgação da Lei
de Diretrizes e Bases 9.394/96, a educação física nos primeiros ciclos do
Ensino Fundamental, não possui, ainda, muitos estudos sobre sua aplicação
prática, e o que se vê na realidade, são muitos docentes trabalhando de forma
divergente ao seu discurso e ao que a teoria estabelece.
Assim, o tema de estudo abordado nesta monografia é incidente
sobre a atuação do profissional polivalente na disciplina de Educação Física.
Sendo o problema central deste trabalho norteado pelo seguinte
questionamento: Os professores polivalentes possuem, em sua formação,
conhecimento significativo para ministrar os conteúdos das aulas de Educação
Física?
O estudo justifica-se pela necessidade de conhecer de forma mais
segura à educação física como disciplina obrigatória do currículo escolar. Suas
formas de execução, sua aplicabilidade e prioridade de conteúdos, bem como,
reafirmar sua relevância como instrumento provedor de conhecimento, de
qualidade de ensino, socialização e, pela carência de estudos sobre o assunto.
Em relação às aulas de Educação Física, o professor polivalente
parece demonstrar insegurança na sua prática pedagógica, isto se dá
provavelmente em função da ausência de conteúdos que tratem sobre esta
disciplina, especificamente, no seu processo de formação inicial.
Há que se considerar também as experiências pessoais vivenciadas
por ele nesta área. Justifica-se, também, pela intenção de reforçar a
necessidade da atuação do profissional graduado em Educação Física nas
séries iniciais, haja vista as especificidades da disciplina, e que grande parte
destas aulas são ministradas por profissionais polivalentes, o que implica no
distanciamento entre a teoria disseminada e a prática educativa.
Então, no caso do professor polivalente, o maior desafio consiste em
ajustar os planos antevistos com a realidade de cada turma, visto que o
12
professor elabora seu planejamento interdisciplinar sem conhecer a turma, ou
seja, ele ainda não tem conhecimento das características e especificidades da
turma que ministrará as aulas, pois se sabe que cada turma tem seu ritmo e
necessidades específicas de aprendizagem.
Porém, a Gestão Escolar também tem um papel, fundamentalmente,
importante neste processo. Onde o maior desafio do gestor escolar consiste
em antever a necessidade de mudança de paradigmas, principalmente, quanto
à atuação do professor polivalente no processo de ensino-aprendizagem.
Contudo, esta mudança deve partir do pressuposto de que o gestor
escolar deve ser o primeiro incentivador deste processo, pois é ele o
responsável por versar entre a identificação das necessidades institucional
escolar e a orientação dos professores quanto à ação pedagógica, princípios
educativos e educação inclusiva, por exemplo. Este assunto será abordado
com maior aprofundamento no capítulo seis deste trabalho.
São, portanto, objetivos desta pesquisa: discutir a prática
pedagógica da Educação Física nas séries iniciais com enfoque na formação
dos professores polivalentes como fator preponderante para a qualidade do
ensino; reforçar a importância da atuação de um profissional graduado em
educação física para fomentar a qualidade do ensino; conhecer a matriz
curricular dos professores polivalentes atuantes no ensino fundamental; e,
conhecer os conteúdos específicos essenciais para o desenvolvimento dos
educandos.
Nesse contexto, como hipótese inicial deste estudo considerou que a
grade curricular dos profissionais com formação em Pedagogia atuantes em
Educação Física no primeiro ciclo não é suficiente para sua atuação como
docentes desta disciplina. Desta maneira justifica assim, a necessidade da
contratação de professores com formação específica, visando fomentar a
qualidade destas aulas nas Escolas da rede Municipal de Palmas/TO nas
séries iniciais do Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano.
Assim, este estudo foi dividido em sete capítulos. No primeiro
capítulo pretendeu-se apresentar de forma sucinta uma análise histórica da
educação física escolar. No segundo capítulo, por sua vez, objetivou-se
13
estabelecer uma correlação existente entre a educação física e o
desenvolvimento motor da criança de 07 a 10 anos. No terceiro capítulo,
procurou-se exibir a metodologia e o planejamento escolar como precursores
do professor frente ao seu trabalho docente. No quarto capítulo, segue-se de
forma abrangente uma abordagem político pedagógico sobre os conteúdos
curriculares da educação sob o prisma dos jogos, brincadeiras e o lúdico,
ginástica, esporte, atividades rítmicas e expressivas, bem como a formação
docente quanto à grade curricular do curso de pedagogia. No quinto capítulo,
tratamos da gestão da qualidade de ensino, como ferramenta estratégica para
o ensino-aprendizagem. O sexto capítulo versa sobre os desafios da gestão
escolar e à atuação do profissional polivalente na disciplina de educação física
nas séries iniciais do ensino fundamental. E por fim, no sétimo capítulo
abordamos o profissional polivalente sob o prisma da administração escolar.
14
CAPÍTULO I
Educação Física Escolar: um resgate histórico
“Estamos em busca de mentes capazes e não de corpos perfeitos. Em busca de um ser mais entendedor da saúde e isso, só a Educação Física é capaz de propiciar.”
(Paulo Freire)
15
Chegou a hora de brincar, correr, gritar, saltar, sem ouvir as
expressões: não faça isso menino; fica quieto; silêncio; senta no seu lugar.
Para a maioria das crianças a aula de educação física é o momento de
extravasar toda sua alegria e energia acumulada ao longo de horas a fio
sentados nas carteiras de sua sala de aula, mas será que a educação física é
somente isso, ou seja, um momento para brincar e se soltar livremente pelo
pátio da escola sem preocupar-se com sua organização, planejamento, regras
ou fins pedagógicos?
Para entendermos melhor o papel da educação física enquanto
instrumento provedor de educação se faz necessário um resgate histórico do
papel da educação física e suas várias concepções ao longo dos anos.
A Educação Física Escolar que conhecemos hoje têm suas raízes
na Europa, em meados do século XVIII e início do século XIX. Até 1930 a
sistematização da educação física acompanhava as tendências que
predominavam na Europa, sendo, portanto, conhecida como Educação Física
Higienista, cujo papel incidia em caráter biológico, de desenvolvimento da
aptidão física, além de redimir o povo da ignorância que os levava à
deterioração de sua saúde. Os médicos entendiam que a ginástica poderia
manter os corpos com saúde física e mental.
Eles queriam curar os homens de sua letargia, indolência, preguiça, imoralidade, no sentido de levá-los a afastar-se de práticas que pudessem provocar a deterioração da saúde e da moral, comprometendo a vida coletiva. (SOARES apud GALLARDO et. al, 1998:16).
No Brasil, a estrutura educacional nos Colégios onde eram
educados os filhos de indivíduos da elite necessitava enquadrar as crianças
num ambiente diferente do familiar que possuía demasiado conforto e
proteção, elementos facilitadores de uma saúde frágil, era necessário expor às
crianças ao sol e à chuva para praticar exercícios físicos com a finalidade de
construir indivíduos fortes e saudáveis.
16
Essa educação física (que incluía exercícios físicos sob a forma de ginástica), pensada pelos médicos, só poderia ser desenvolvida a contento, se os Colégios que lhe reservavam espaço considerável fossem reorganizados. Eles não poderiam ser um prolongamento da desordem familiar e, muito menos ainda, o espaço de reprodução das idéias dos pais sobre a educação de seus filhos. (SOARES, 1994: 93)
A idéia de super-proteção e conforto dos pais não atingiria o objetivo
da escola que seria o fortalecimento do organismo do indivíduo através de
exercícios. Soares (1994) diz que conforme as afirmações de médicos
sanitaristas, a disciplina do físico seria apenas um instrumento, e a Educação
Física passaria então a constituir-se um elemento de extrema validade para
colocar em prática o processo disciplinar dos corpos.
A partir de 1930 com a Primeira Guerra Mundial surge a Educação
Física Militarista que visava à formação de um homem forte e ágil com
finalidades bélicas.
A Educação Física tornou-se então militarista, destacando-se o adestramento físico como maneira de preparar o aluno para o cumprimento do seu dever de defender a nação dos perigos internos e externos. Surgem, nesse período, diversas abordagens ginásticas no Brasil, tais como o método francês, a calistenia, o método natural austríaco. (GALLARDO et. al., 1998:17)
A concepção dos cursos de Educação Física estava voltada para as
ciências biológicas, ensinava-se aos futuros professores como fortalecer o
corpo, fazer com que o indivíduo tivesse uma postura de manutenção do seu
organismo de forma saudável para suprir as necessidades dos trabalhos nas
indústrias, os conteúdos estavam voltados para a eficiência das habilidades
motoras, tais como coordenação motora, flexibilidade e equilíbrio.
Neste período, a Educação Física Escolar era entendida como
atividade exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não diferenciá-la
da instrução física militar, visto que sua função era criar indivíduos capazes de
defender sua pátria. Castellani Filho no livro “Educação Física: a História que
não se conta” diz:
17
(...) Entreguemos ao exército todos os poderes para que, no setor de Educação Física, ponha em prática em todo o território nacional, a sua técnica disciplinadora que é, no momento, um evangelho salutaríssimo à nação. Para nós pôr a salvo das tormentas, organizando a nossa defesa, o exército glorioso precisa de um “Homem brasileiro”, com todas as letras maiúsculas, bem maiúsculas. Confiantes, entreguemo-nos a ele, porque só ele dispõe dos elementos necessários a um renascimento de vigor físico indispensável à organização bélica de uma Pátria, ainda que a mais pacífica, como a nossa. (CASTELLANI, 2000: 87).
Ao término da Segunda Guerra Mundial, por influência norte-
americana, surge o esporte como atividade do currículo, através da divulgação
pelos meios de comunicação, a prática de esportes nas escolas alcança muitos
adeptos. Essa influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que
temos, então, não o esporte da escola, mas o sim o esporte na escola. Sendo
este o conteúdo de ensino primordial da Educação Física, na busca de
eficiência e eficácia.
A identidade esportiva escolar é fortalecida pela pedagogia
tecnicista, sendo o professor um treinador desportivo. Pela própria estrutura do
esporte a criança passa a ter contato com regras claras e precisas o que
contribuiria para sua convivência social. Na prática do desporto o aluno
aprende a vencer e a perder por meio de seu esforço pessoal. As competições
esportivas contribuem para a formação da conduta tornando o indivíduo mais
disciplinado e adaptado socialmente.
Nas décadas de 70 e 80 surge a Psicomotricidade como um
movimento renovador, dito humanista, que valoriza os princípios filosóficos em
torno do ser humano, de seu comportamento e de sua identidade, privilegiando
o desenvolvimento psicomotor através do esquema corporal e das aptidões
motoras que através do movimento são melhorados. Tendo no conteúdo da
Educação Física o instrumento para promover melhores relações interpessoais
e facilitar o desenvolvimento social, afetivo e psicomotor da criança.
(COLETIVO DE AUTORES, 1992).
18
No entanto a psicomotricidade não seria disciplina de uso exclusivo
da Educação Física, mas também de outros cursos como pedagogia,
psicologia e psicopedagogia. Segundo Daolio (1998), a psicomotricidade, de
certa forma, contribuiu para a negação dos conteúdos até então tidos como
próprios da Educação Física, principalmente o esporte. Apesar disso, pelo seu
caráter centrado na educação pelo movimento e pela sua importância no
desenvolvimento e no aprimoramento das estruturas psicomotoras de base,
seu conteúdo é valorizado até hoje.
Ao final da década de 90, com a promulgação da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (9394/96), e conseqüentemente os Parâmetros
Curriculares Nacionais, houve uma valorização do acervo de conhecimento que
a criança traz consigo passando este a ser o elemento primordial para a
elaboração dos conteúdos. A proposta da Educação Física passa a ser
plenamente discutida com os alunos, procurando estabelecer uma relação
entre a vida cotidiana e a escolar, não visando somente ao desenvolvimento
motor, mas considerando as necessidades e os interesses reais dos indivíduos,
mantendo as características lúdicas e naturais buscando o pleno
desenvolvimento do educando, e seu preparo para o exercício da cidadania.
(MATOS & NEIRA, 2002). Surge a concepção de cultura corporal que
pretende:
Proporcionar ao educando seu desenvolvimento individual e social, através da possibilidade de conceitos, procedimentos e atitudes, por meio do jogo, da dança, da luta da ginástica, do esporte e dos conhecimentos sobre o corpo, em oposição, às posturas tradicionais de utilizar a atividade motora com fim em si mesma – a melhora no seu desempenho. (MATOS; NEIRA, 2002: 61)
Buscando uma justificativa plausível para sua obrigatoriedade e
importância como disciplina do currículo escolar se faz necessário conhecer de
forma clara quais são os seus objetivos pedagógicos no âmbito escolar.
19
(...) o principal papel da EFE, incluída num contexto mais amplo, que é a Educação, é de formar cidadãos críticos, autônomos e conscientes de seus atos, visando a uma transformação social. A nova sociedade formada por esta transformação redefinirá o papel da educação física e da escola, como reprodutora de uma situação, mas agora reproduzindo esta nova sociedade sem classes, em que não há dominantes e dominados. (BARBOSA, 1999: 21)
Na verdade não houve uma mudança dos conteúdos a serem
aplicados, mas sim, seus objetivos, ou seja, o jogo, a ginástica, a dança, o
esporte e as lutas, continuam sendo os conteúdos a serem utilizados nas aulas
de educação física o que mudou foi o seu foco.
Como pudemos observar no histórico da educação física, seus
conteúdos e objetivos eram traçados de acordo com o contexto histórico vivido
na época e com a necessidade política do momento. Atualmente o que se
deseja alcançar tanto com a educação física quanto com as demais disciplinas,
pelo menos no discurso, é desenvolver o senso crítico, seu conhecimento do
próprio corpo, respeito ao próximo, cooperação, elementos primordiais para
que o indivíduo possa fazer uso do apreendido na escola na sua vida cotidiana.
Preparar a criança para a vida futura significa dar-lhe domínio de si mesma; treiná-la para que possa ter uso pleno e pronto de suas capacidades, para que sua inteligência seja capaz de compreender as condições sob as quais desenvolve seu trabalho e para que suas forças possam agir econômica e eficientemente no presente. (KISHIMOTO, 2002: 98)
Assim, o preparar da criança depende da dinâmica que se adota.
Este desenvolvimento através de treinos, atividades físicas e ações
pedagógicas influenciam e determinam a vida futura das crianças. Proporcionar
portanto, o entendimento básico do domínio do corpo e da mente.
20
CAPÍTULO II
Educação Física e o Desenvolvimento Motor da Criança
de 7 a 10 anos
“Professor não é o que ensina, mas o que desperta no aluno a vontade de aprender.”
(Jean Piaget)
21
Para a escolha e elaboração das atividades de forma organizada,
em quantidade e qualidade e de acordo com o nível de desenvolvimento de
cada criança, é preciso que o professor esteja atento quanto às questões de
motricidade.
O movimento é o conteúdo primordial nas aulas de educação física,
e é através destes estímulos que ocorre o desenvolvimento e maturação
motora. O professor deve respeitar a individualidade biológica e as
experiências vivenciadas pelos alunos. (NETO, 1999).
De modo geral o desenvolvimento motor está intimamente
relacionado à idade. À medida que o desenvolvimento acontece, a idade
avança. Todavia, ele pode ser mais rápido ou mais lento em diferentes
períodos, ambientes e de acordo a diferentes estímulos.
Sendo assim podemos observar alterações no desenvolvimento e no
comportamento motor, provocadas por fatores próprios dos indivíduos
(biologia), do ambiente (experiência) e da tarefa em si (físicos/mecânicos).
Assim como a criança que não possui uma alimentação adequada
ou necessita trabalhar muito cedo, fator que a privaria de desenvolver as
atividades pertinentes a sua idade terá seu desenvolvimento prejudicado em
razão da falta de experiência, ou pela desnutrição.
Significa dizer que apesar dos inúmeros estudos realizados sobre o
desenvolvimento motor das crianças, é necessário que o professor estabeleça
critérios específicos, que conheça o público com o qual vai lidar para elaborar
suas atividades a fim de atingir o pleno desenvolvimento de seus alunos.
(GALLAHUE, 2003).
A tendência desenvolvimentista parte do pressuposto de que o professor deve possuir certos conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil para trabalhar adequadamente, atendendo às necessidades do aluno. Portanto, segundo essa abordagem, os conhecimentos provindos dos estudos sobre desenvolvimento motor são fundamentais, uma vez que se procura uma correspondência entre as tarefas propostas e as características da criança, a fim de que não se estabeleçam conteúdos nem além, nem aquém das capacidades reais da criança. (DAOLIO, 1998: 58)
22
Sendo assim, tomaremos como referência as fases de movimento
como estabelece os estudos de David Gallahue, para a faixa etária de 7 a 10
anos, que compreende a idade das crianças, objeto do nosso estudo:
QUADRO
FAIXA ETÁRIA APROXIMADA
FASE DE DESENVOLVIMENTO
ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO
MOTOR
De 4 meses a 1 ano dentro do útero e até 4 meses de idade
Fase motora reflexiva
Estágio de decodificação de informações
Estágio de codificação de informações
De 1 a 2 anos do nascimento até
1 ano
Fase motora rudimentar
Estágio de pré-controle
Estágio de inibição de reflexos De 6 a 7 anos De 4 a 5 anos De 2 a 3 anos
Fase motora fundamental
Estágio maduro Estágio elementar Estágio inicial
De 14 anos e acima De 11 a 13 anos De 7 a 10 anos
Fase motora especializada
Estágio de utilização permanente
Estágio de aplicação Estágio transitório
Fonte: Gallahue, 2003: 100
No período transitório, o indivíduo começa a combinar e aplicar
habilidades motoras fundamentais ao desempenho de habilidades
especializadas no esporte e em ambientes recreativos.
Estas habilidades motoras fundamentais: correr, saltar, pular,
arremessar, receber, rebater, quicar, chutar é executado de forma mais
refinada do que no estágio anterior. Nesta fase especializada a criança é capaz
de combinar habilidades de movimentos estabilizadores, locomotores e
manipulativos.
Sendo assim é preciso que a criança vivencie uma infinidade de
padrões motores para não restringir seu envolvimento em um determinado tipo
23
de atividade a fim de evitar a estimulação precoce o que prejudicaria sua
evolução nos estágios seguintes. (GALLAHUE, 2003).
A maioria das crianças que atendem a pré-escola e as quatro primeiras séries do Ensino de 1° grau, são crianças que se encontram na faixa etária dos quatro aos dez anos de idade. De acordo com evidências dos estudos sobre desenvolvimento motor sintetizados, por exemplo, no modelo de Gallahue 1982, estas crianças devem ser trabalhadas no sentido de desenvolver ao máximo as habilidades básicas, sem preocupação com as habilidades específicas. (TANI et. al., 1988: 88).
Nesta fase, os movimentos fundamentais vão servir de base para as
combinações em habilidades desportivas, de modo que a aquisição dos
movimentos fundamentais reveste-se da maior importância no modelo de
Gallahue.
É necessário que o professor crie um ambiente que favoreça o
desenvolvimento de seu aluno. Através da convivência com as várias
habilidades possíveis de serem realizadas e desta vivência o desenvolvimento
se concretize com eficácia, observando a idade e desenvolvimento corpóreo.
Fonte: GALLAHUE; OZMUN, 2005
24
Este desenvolvimento da criança, como explicitado na figura acima,
pode ser entendido em suma, através da maturação psíquica e principalmente
pela formação do corpo de acordo com a idade.
Este processo é seqüencial, contínuo e, portanto não deve sofrer
saltos, ou entraves, pois uma fase depende do desenrolar da outra. Em regra
geral não se pode determinar a efetividade com que se ocorre. Não se é
determinante em todos os casos, mas deve ser respeitado como premissa para
que possa mediar melhor o desenvolvimento do ser humano. (MANOEL, 2005).
Segundo Tani et. al. (1988), a educação física adquire um papel
importantíssimo à medida que pode estruturar o ambiente adequado para a
criança oferecendo experiências, resultando numa grande auxiliar e promotora
do desenvolvimento. Sendo assim, temos como objetivos para a educação
física:
Organizar atividades que auxiliem as crianças a alcançar o estágio maduro de execução dos movimentos fundamentais: facilitar a apropriação teórico prática das atividades da cultura corporal (familiar e do meio físico-social próximo); possibilitar diferentes formas de convivência harmônica entre as crianças por meio de atividades que estimulem a cooperação, a responsabilidade, a independência e a criação de normas para o trabalho em pequenos grupos. (GALLARDO et. al., 1998: 89).
João Batista Freire (1994), nos remete a um outro pensamento, ele
não acredita na existência de padrões de movimentos motores, mas em
esquemas motores, ou seja, fatores intrínsecos, tais como: recursos biológicos
e psicológicos, tanto quanto extrínsecos: meio ambiente e alimentação,
influenciam diretamente no desenvolvimento motor das crianças e que para as
aulas de educação física, são muito mais relevantes os aspectos culturais e os
sociais.
Kishimoto (2002) nos remete a um pensamento similar ao de Freire
(1994), numa discussão crítica das teorias de desenvolvimento, pois estas
teorias nos fazem acreditar e esperar que todas as crianças, em determinadas
etapas encontrem-se num mesmo processo de desenvolvimento, quando mais
25
interessante seria que o professor descobrisse como cada criança brinca, que
tipo de brinquedos e jogos ela gosta.
Em função da idade cronológica de acordo com Maforte et. al.
(2007) pode-se explicar este desenvolvimento da seguinte maneira:
a) Fase motora reflexiva (Útero –1 ano): resume-se no movimento
reflexo, involuntários. Momentos onde a criança se encontra inicialmente com o
ambiente. Dentro desta fase destaca-se ainda:
- O Estágio de codificação de informações (do nascimento
até os 4 meses) destina-se à movimentar-se involuntariamente;
- Após este momento tem-se o Estágio de decodificação de
informações (dos 4 meses à 1 ano) é onde apresenta-se as
primeiras decodificações das informações reflexivas.
Ainda sobre o desenvolvimento destaca-se a fase de movimentos
rudimentares (nascimento a 2 anos). Estes movimentos possuem variações de
criança para criança, em função de contextos sociais, ambientais e das tarefas
executas – via experimentação.
Divide-se em estágio de inibição de reflexos do nascimento até um
ano de idade. Os reflexos determinam os movimentos do bebe. Sempre de
forma grosseira sem apresentação de movimentos complexos.
No estágio pré-controle (compreendido do 1 aos 2 anos de idade) é
onde se inicia a precisão do controle dos movimentos maiores. Onde há o
nascimento do equilíbrio.
Há ainda a fase de movimentos fundamentais que pode
compreender dos 2 aos 7 anos de idade. Segundo Maforte et. al. (2007) é onde
nascem as habilidades motoras fundamentais através da exploração e na
experimentação das capacidades motoras. Correr, saltar, arremessar são
exemplos destas ações.
No estágio inicial dos 2 aos 3 anos, os movimentos representam as
tentativas das crianças, no que tange o desenvolvimento da atividade dirigida.
Ou seja, ações e movimentos que foram direcionadas e há o aprendizado
26
através da repetição.
Estágio elementar dos 4 aos 5 anos é representado pela
apresentação do controle da coordenação motora. Onde apresenta o ritmo dos
movimentos. Há os primeiros contatos com a sincronia e elementos espaciais.
Para Maforte et. al. (2007) neste estágio são apresentados como: movimentos
restritos ou exagerados, com coordenação.
De acordo com Maforte et. al. (2007), já o estágio maduro
(compreendido entre os 6 e 7 anos) caracteriza-se pela mecânica eficiente,
coordenada e controlada. Habilidades de manipulação corpórea, visuais e
motoras sofisticadas.
E na fase dos movimentos especializados dos 7 anos adiante
resume-se na aplicação motora complexa no dia-a-dia, seja em recreações,
esportes ou na vida. É onde as habilidades fundamentais são
progressivamente refinadas.
Estágio transitório dos 7 aos 10 anos de idade, é onde há a
apresentação de combinações de movimentos. Com a apresentação de vários
arranjos.
O estágio de aplicação compreende dos 11 aos 13 anos e
corresponde às mudanças de interesses de desenvolvimento das habilidades
específicas dos indivíduos. Segundo Maforte et. al. (2007) precisão,
refinamento e habilidades mais complexas são comuns nesta idade.
E no estágio dos 14 anos em diante, utilização permanente é onde
há definição permanente do desenvolvimento motor. É onde começa a se
determinar a vida adulta no que tange ao movimento, repertorio aprendido e
adquirido nas outras fases.
Em suma, é importante que o professor conheça as habilidades e as
teorias do desenvolvimento humano, no entanto estas teorias são o pontapé
inicial, ou seja, a escolha dos conteúdos devem partir deste conhecimento.
Os aspectos sociais, os culturais e a individualidade de cada criança
devem ser observados na elaboração de atividades. Para atingir o objetivo de
27
promover a aprendizagem e o desenvolvimento global, respeitando os
aspectos físicos, cognitivos e sociais do seu aluno.
28
CAPÍTULO III
Metodologia e Planejamento Escolar
“Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem a serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender.”
(Augusto Cury)
29
No percurso do que se quer alcançar com as aulas de educação
física é imprescindível falarmos da questão do planejamento e da metodologia,
uma vez que estes são os guias de orientação do professor no percurso de seu
trabalho docente.
O planejamento escolar tem uma infinidade de objetivos sendo
assim tomaremos como referência as contribuições de Libâneo (1994), que nos
traz as seguintes funções:
• Assegurar a articulação entre as tarefas da escola e as exigências
do contexto social;
• Expressar as ações efetivas que o professor irá realizar na sala
de aula, através de objetivos, conteúdos, métodos e organização do ensino;
• Previsão das ações docentes possibilitando ao professor a
realização de um ensino de qualidade sem improvisações e quebra de rotina.
• Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente,
relacionando, num plano, os elementos que compõem o processo de ensino:
os objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas
possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e a
avaliação;
• Atualizar e aperfeiçoar o conteúdo do plano, adequando-o às
condições de aprendizagem dos alunos;
• Facilitar a preparação das aulas, selecionando material em tempo
hábil, saber que tarefas professor e aluno deverão executar.
Como se compreende a escola é um ambiente de pensamentos e
ações diversificadas. Suas práticas variam de acordo com: professores, alunos,
dinâmicas, temas e principalmente com o planejamento do grupo.
O docente possui muitas opções e técnicas para desenvolver as
atividades junto aos alunos. Desta forma apreender a planejar se torna
essencial para o seu bom desempenho.
Para Menegolla e Sant’Anna (2001) alguns pontos podem
determinar o bom planejamento dos professores. Estas ações de planejamento
30
de aula, em qualquer nível da educação indo da básica à pós-graduação,
facilitam o aprendizado.
Destacam ainda que para os professores que se utilizam de planos,
planejamentos prévios, a maioria alcançam o objetivo pedagógico pré-
determinado.
(...) (o planejamento) ajuda o professor a definir os objetivos que atendam os reais interesses dos alunos; possibilita ao professor selecionar e organizar os conteúdos mais significativos para seus alunos; facilita a organização dos conteúdos de forma lógica, obedecendo à estrutura da disciplina; ajuda o professor a selecionar os melhores procedimentos e os recursos, para desencadear um ensino mais eficiente, orientando o professor no como e com que deve agir; ajuda o professor a agir com maior segurança na sala de aula; o professor evita a improvisação, a repetição e a rotina no ensino; facilita uma maior integração com as mais diversas experiências de aprendizagem; facilita a integração e a continuidade do ensino; ajuda a ter uma visão global de toda a ação docente e discente; ajuda o professor e os alunos a tomarem decisões de forma cooperativa e participativa. (MENEGOLLA; SANT’ANNA, 2001: 66).
Apesar de possuir todos estes elementos o plano deve ser flexível,
pois, pode haver imprevistos durante a realização do trabalho docente. A
função primordial do plano é orientar a prática, no entanto não pode ser um
documento rígido, pois o processo de ensino está em constante movimento e
sofrendo modificações a todo instante.
A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo; é, antes, a atividade consciente de previsão das ações docentes, fundamentadas em opções político-pedagógicas, e tendo como referência permanente as situações didáticas concretas (isto é, a problemática social, econômica, política e cultural que envolve a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que interagem no processo de ensino). (LIBÂNEO, 1994: 222).
Para a educação física especificamente, à medida que o professor
tem a percepção clara dos reais objetivos de sua disciplina e se acha
31
identificado com eles, o trabalho torna-se cooperativo. Para tanto isso deve ser
considerado na elaboração dos planos.
Para Neire (2003) os aspectos cognitivos, afetivo-sociais e
psicomotores devem ter locais específicos para que se possam trabalhar com
eficiência no campo do desenvolvimento.
Existem muitos caminhos para se alcançar estes objetivos. A própria
determinação da metodologia a ser adotada pode determinar os resultados do
processo de ensino/aprendizagem.
Um exemplo desta questão é o que se presencia no que tange a
dialética. Esta de acordo com Libâneo (1991) se baseia na concepção do
homem e de conhecimento.
De acordo com o autor, o homem é um ser ativo e de relações,
desta forma o conhecimento, mesmo em educação física, não pode ser
simplesmente transferido, ou depositado, mas sim tangenciado, mediado com o
resultado da dinâmica aluno/professo.
O conteúdo é, portanto é parte do mundo. Desta maneira de acordo
com o autor o conteúdo deve ser refletido e re-elaborado com o aluno, para
que este tenha condição de atribuir um significado real aos temas estudados.
Conforme Libâneo (1991) a dialética é discriminada a partir de:
síncrese, análise e síntese. Estas condições básicas são reconhecidas em:
mobilização para o conhecimento, construção do conhecimento e elaboração
da síntese do conhecimento.
A mobilização se coloca como um momento especificamente pedagógico, em relação à teoria dialética do conhecimento, uma vez que esta supõe o interesse do sujeito em conhecer. De modo geral, na situação pedagógica este interesse tem que ser provocado. Visa possibilitar o vínculo significativo inicial entre sujeito e o objeto ("approche"), provocar, acordar, desequilibrar, fazer a "corte". O trabalho inicial do educador é tornar o objeto em questão, objeto de conhecimento para aquele sujeito. Aqui é necessário todo um esforço para dar significação inicial, para que o sujeito leve em conta o objeto como um desafio. Trata-se de estabelecer um primeiro nível de significação, em que o sujeito chegue a elaborar as primeiras
32
representações mentais do objeto a ser conhecido. (LIBÂNEO, 1991).
Como passo inicial e determinante a mobilização segundo o autor
quer dizer, momento pedagógico. Em outras palavras pode significar o ponto
de partida para o objetivo determinado ao planejar uma aula, uma ação ou
atividade a ser desenvolvida.
De maneira mais evidenciada é onde se consegue o vínculo com a
turma, é o momento que define a provocação da ideia, da temática para que se
alcance o objetivo, a moral do contexto. Já a construção do conhecimento é
colocada pelo autor como:
Deve-se possibilitar o confronto de conhecimento entre o sujeito e o objeto, onde o educando possa penetrar no objeto, compreendê-lo em suas relações internas e externas, captar-lhe a essência. Trata-se aqui de um segundo nível de interação, onde o sujeito deve construir o conhecimento através da elaboração de relações o mais totalizantes possível. Conhecer é estabelecer relações; quanto mais abrangentes e complexas forem às relações, melhor o sujeito estará conhecendo. O educador deve colaborar com o educando na decifração, na construção da representação mental do objeto em estudo. (LIBÂNEO, 1991).
Para Libâneo (1991) esta etapa de construção do conhecimento é o
que já existe no sujeito pelas experiências de vida, pelo que está sendo
trabalhado. É também parte do que o educador fomenta a adesão, ou o
confronto do educando sobre o objeto trabalhado.
Neste momento é onde a relação estabelecida anteriormente se
torna importante. Através desta dinâmica é possível apresentar uma ideia, e
mesmo que não aceita é onde é trabalhada como possibilidade e não como
verdade absoluta. Tudo através da elaboração mental, com auxílio do ato de
decifrar o objeto e dar significado.
No que se refere ao processo da elaboração da síntese do
conhecimento, o autor apresenta uma ideia onde se finda com a conceituação
do aprendizado, observe a seguir:
33
Deve-se ajudar o educando a elaborar e explicitar a síntese do conhecimento. É a dimensão relativa à sistematização dos conhecimentos que vêm sendo adquiridos, bem como da sua expressão. O trabalho de síntese é fundamental para a compreensão concreta do objeto. Por seu lado, a expressão constante dessas sínteses (ainda que provisórias) é também fundamental, para possibilitar a interação do educador com o caminho de construção de conhecimento que o educando está fazendo. (LIBÂNEO, 1991).
No que se refere ao processo determinado acima é uma dimensão
de conhecimento, que se expressa pela compreensão do objeto. Esta
expressão é o fator determinante na assimilação concreta do conhecimento, ou
na reformulação adaptada do mesmo.
Estes momentos são maiores do que caminhos ou objetivos, mas
são filosofias dos educadores para orientar seus trabalhos. Como profissionais
de educação física este trabalho pode está claro para alguns, no entanto de
acordo com as análises de dados esta não corresponde necessariamente à
verdade.
Há momentos de construção, há momentos de concretização do
aprendizado, no entanto não se trabalha com questões vinculadas diretamente
à existência humana. Algumas vezes são trabalhados conteúdos pelos
conteúdos.
Para tanto, este entendimento possibilita o entendimento de
questões como: a prática educativa, o caminho pedagógico e o método. Para
Garcia (1977) está tríade fornece enquanto conjunto uma possibilidade real de
efetivação do processo de ensino-aprendizagem.
Para ele este processo escolar faz o aluno elabore conceitos
próprios. Esta dinâmica permeia a interação das relações entre os sujeitos
inseridos no processo, junto ao objeto.
Complementa que é através da metodologia do planejamento que se
consegue a transformação da prática educativa. Esta permite segundo o autor
a relação do “professor-aluno-conhecimento”. (GARCIA, 1977).
34
Ainda sobre o tema de acordo com Menegolla e Sant’Anna (2001)
planejar é uma realidade que se firma em uma “trajetória histórica da
humanidade”.
Para os autores as sociedades pensavam e desenvolviam-se para
que pudessem superar os obstáculos. O planejamento para estas finalidades
definiam ou não a superação destas verdades. Pensar para tanto era
fundamental para que as ações pudessem auxiliar as sociedades a resolver
tais demandas.
No contexto escolar não é diferente. De aluno para aluno pode ser
determinante para o processo de aprendizado. O planejar se dá a partir da
prática cotidiana, influencia e é influenciada à rotina da comunidade.
Para Menegolla e Sant’Anna (2001) este pensamento é a afirmação
da história do homem é um reflexo do pensar tempo a tempo: presente,
passado e futuro. Em resumo pode se afirmar que o ato de pensar é planejar.
Para Damis (1996) o planejamento é uma tendência tecnicista. É o
resultado de um processo mundialmente conhecido por organização racional.
Esta dinâmica se dá através de arranjos como: objetivos, recursos, metas,
avaliações e prazos.
Esta visão administrativa não reduz a importância do processo
ensino/aprendizagem, desde que não se utilize de ferramentas metodológicas
engessadas ou estáticas. Não existe eficácia na técnica pela técnica.
Para Dalmás (1994) o planejamento é o ato de transformar a
realidade com organização das ações. A realidade é moldada com clareza,
objetividade de acordo com uma realidade idealizada. Não se trata de ter neste
caso uma ação pedagógica, mas sim transformação da realidade de acordo
conceitos pré-estabelecidos pelos professores.
Por fim, todo o ato de planejar é fundamental. No entanto para
qualquer ato de planejar, deve-se haver outro de igual peso sobre sentir a
dinâmica da evolução do grupo trabalhado. Caso haja a necessidade de moldar
o plano, ou até mesmo abandonar por completo, deve-se fazer para que se
35
alcance com isso a verdadeira construção do conhecimento. Crítica, dialética e
pensamentos próprios de cada aluno.
36
CAPÍTULO IV
Conteúdos Curriculares da Educação Física
“A proposta pedagógica de uma
escola, é capaz de modificar vidas!”
(Simone Helen Drumond)
37
O planejamento dos conteúdos e currículo escolar geralmente é
elaborado antes do início das aulas. No entanto, é importante que na
elaboração do projeto político pedagógico da escola os conteúdos tenham
relevância social, respeitem as características dos alunos, e as características
da própria área, bem como integrem o conhecimento pré-adquirido pelas
crianças, pois segundo Freire (1994) nenhuma criança fica esperando chegar o
momento de entrar na escola para começar a aprender. O mundo da cultura
infantil é muito vasto, mas, ao que parece, invisível, para a escola.
Brincar é o que as crianças pequenas fazem quando não estão comendo, dormindo ou obedecendo à vontade dos adultos. As brincadeiras ocupam a maior parte de suas horas despertas e isso pode, literalmente, ser considerado como o equivalente ao trabalho para a criança. As brincadeiras são o modo básico pelo qual elas tomam consciência de seus corpos e de suas capacidades motoras. (GALLAHUE, 2003: 236).
Em função da transição que se processa entre as brincadeiras de
caráter simbólico e individual para as brincadeiras sociais e regradas, os jogos
e as brincadeiras privilegiadas serão aquelas cujas regras forem mais simples
que permitem que a criança vivencie uma série de movimentos espontâneos
dentro de certas delimitações.
É assim que se entende que a educação física escolar (para as séries iniciais do ensino fundamental) deva tratar a seleção e sistematização dos conteúdos, respaldada numa teoria consistente sobre o que vem a ser o conhecimento, e que apresente uma possibilidade de efetivação onde todos possam ver, com transparência, onde se quer chegar. (DITTRICH et. al., 2000: 85).
Para saber aonde se quer chegar é preciso conhecer o caminho a
ser percorrido, sendo assim adotaremos como subsídios as contribuições dos
Parâmetros Curriculares Nacionais (2000), que apresentam como conteúdos
da Educação física para o primeiro e segundo ciclos os seguintes:
• Atividades lúdicas e competitivas, jogos com bola, de corrida,
força e agilidade;
38
• Atividades lúdicas e expressivas, pequenas coreografias, jogos e
brincadeiras que envolvam equilíbrio, ritmo e coordenação;
• Os jogos e atividades de ocupação de espaço devem ter lugar de
destaque nos conteúdos, pois permitem que se ampliem as possibilidades de
se posicionar melhor e de compreender os próprios deslocamentos,
construindo representações mentais mais acuradas com o próprio corpo da
criança;
• No plano motor, os conteúdos devem abordar a maior diversidade
possível de possibilidades, ou seja, correr, saltar, arremessar, receber,
equilibrar objetos, equilibrar-se, desequilibrar-se, pendurar-se, arrastar, rolar,
escalar, quicar bolas, bater e rebater com diversas partes do corpo e com
objetos, nas mais diferentes situações.
4.1 Jogos
O jogo dentro da escola tem como objetivo satisfazer a necessidade
de ação das crianças, sendo assim é importante que os jogos impliquem o
reconhecimento dele mesmo e das suas possibilidades de ação, que
conheçam materiais e objetos para jogar, sejam eles do ambiente natural, ou
construídos pelo homem, tenham inter-relação com outras disciplinas de
ensino, implique relações sociais: criança-família, criança-crianças, criança-
professor, criança-adultos, tenham relação com a vida de trabalho do homem,
da própria comunidade, das diversas regiões do país, jogos cujo finalidade seja
melhorar a convivência com o coletivo, suas regras e valores, jogos de
criatividade que estimulem a criação de brinquedos para jogar em grupo ou
sozinha. (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Segundo Kishimoto (2000), tentar definir o jogo não é tarefa fácil,
pois a palavra jogo pode ser entendida de diversas formas, temos jogos
políticos, de adultos, de crianças, de animais. Sendo o jogo conteúdo da
educação física este não pode ser visto apenas como divertimento ou
39
brincadeira para gastar energia, mas deve favorecer o desenvolvimento físico,
cognitivo, afetivo, social e moral. É imprescindível fazer uso dos jogos para
desenvolver a inteligência das crianças, pois querem ser eficientes, esforçam-
se para superar obstáculos, tanto cognitivos, emocionais quanto físicos,
estando mais motivadas durante o jogo, ficam também mais ativas
mentalmente.
Sabemos que as experiências positivas nos dão segurança e
estímulo para o desenvolvimento. O jogo nos propicia a experiência do êxito,
pois é significativo, possibilitando a auto-descoberta, a assimilação e a
integração com o mundo por meio de relações e vivências. (KISHIMOTO,
2000).
Desta forma, os jogos podem ser divididos em diferentes classes,
neste ato tomaremos como referência às divisões feitas por Piaget (1964 apud
RIZZI; HAYDT, 1997: 11), que correspondem às três fases do desenvolvimento
mental da criança:
• Jogo de exercício sensório-motor.
• Jogo simbólico (de ficção, ou imaginação, e de imitação).
• Jogo de regras.
4.1.1 Jogo de exercício sensório-motor
São jogos de descoberta, de reconhecimento do mundo externo,
consistem na repetição de gestos, o bebê estica e encolhe pernas e braços,
agita as mãos, manipula objetos sacudindo, apertando, lançando, no intuito de
verificar o que sua ação vai produzir. (RIZZI; HAYDT, 1997).
4.1.2 Jogo simbólico
40
Compreende o período de 2 aos 6 anos, onde a tendência lúdica se
manifesta, sob a forma de jogo simbólico, de ficção e imaginação. Nesta fase é
comum às crianças darem vida e forma a objetos inanimados, o lúdico então:
Consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos: a criança que brinca de boneca refaz sua própria vida, corrigindo-a à sua maneira, e revive todos os prazeres ou conflitos, resolvendo-os, compensando-os, ou seja, completando a realidade através da ficção. (PIAGET, 1964 apud RIZZI; HAYDT, 1997: 12).
Para uma criança que brinca de casinha, as intenções estão a
serviço de um cenário, de uma fantasia, daquilo que ela está dramatizando: da
bonequinha, do irmãozinho, com o objetivo de externar uma idéia da realidade.
(MACEDO, 1997).
O jogo simbólico possibilita à criança a realização de sonhos e
fantasias, e simultaneamente, uma forma de assimilação do real e um meio de
expressão da realidade. Através dos jogos simbólicos a criança tenta
reproduzir situações da vida, tentando compreendê-las. (KISHIMOTO, 2002).
O jogo é um momento singular de vivência do mundo simbólico, onde os objetos só possuem determinados significados dentro deste contexto idealizado e/ou vivido. Por exemplo: o homem faz da bola de gude um objeto lúdico cujo objetivo é despertar naquele que o manipula a criação de diferentes mundos, imagens, situações diferentes da imagem concreta e comum do objeto. (FONSECA, 2000: 199).
4.1.3 Jogos de regras
Desenvolve-se a partir dos 7 anos predominando durante toda a vida
do indivíduo (nos esportes, jogos, lutas, etc.). Jogos de regras são
41
combinações sensório-motoras ou intelectuais, através de corridas, jogos com
bola, cartas, xadrez e outros, onde há regras pré-estabelecidas ou acordos
momentâneos.
O jogo de regras é a atividade lúdica do ser socializado e começa a ser praticado por volta dos sete anos quando a criança abandona o jogo egocêntrico das crianças mais pequenas, em proveito de uma aplicação efetiva de regras e do espírito de cooperação entre os jogadores. (PIAGET, 1964 apud RIZZI; HAYDT, 1997: 13).
Jogo supõe relação social, supõe interação. Por isso, a participação em jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito mútuo, solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal. È jogando que a criança aprende o valor do grupo como força integradora e o sentido da competição salutar e da colaboração consciente e espontânea. (RIZZI; HAYDT, 1997: 15).
Os jogos de regras auxiliam e permitem as crianças a viver
socialmente, respeitar os companheiros, adquirir conhecimento sobre o que
deve e o que não deve fazer, a conhecer seu espaço, a respeitar limites,
obtendo a harmonia necessária para a convivência em grupo.
Temos ainda os jogos de salão conhecidos também como jogos de
mesa, em que o jogador desprende menos energia por parte da movimentação
corporal, e podem perfeitamente ser realizados em pequenos espaços, como
salas de aula, refeitórios, pátios cobertos, usando-se tabuleiros e pequenas
peças que representam os jogadores, em que suas regras são pré-
determinadas, tais como: jogo de dama, dominó, xadrez, memória e atualmente
esses jogos são pré-fabricados.
E os jogos populares ou jogos de rua, em que seus elementos,
quantidade de jogadores, utilização de materiais menos sofisticados e regras
que podem ser decididas e modificadas pelos próprios jogadores, e sua raiz
está na cultura popular.
42
4.2 A brincadeira e o lúdico
A maior parte da vida das crianças é gasta brincando, quer com
jogos apreendidos com outras crianças quer pela própria imaginação. Estas
brincadeiras incluem uma representação da vida adulta, sendo assim o lúdico é
essencial para o desenvolvimento da cognição infantil uma vez que através
deste tipo de atividade a criança se sente motivada e desenvolve sua
criatividade. Criatividade esta que não significa ser totalmente original, mas
reinventar algo já apreendido. Em contato com o lúdico, através de mediações
dos adultos, a criança atreve-se a explorar, a ir além da situação dada na
busca de soluções pela ausência de avaliação ou punição.
A brincadeira livre contribui para liberar a criança de qualquer pressão. Entretanto, é a orientação, a mediação com adultos, que dará forma aos conteúdos intuitivos, transformando-os em idéias lógico-científicas, características dos processos educativos. (KISHIMOTO, 2002: 148).
Enriquecer o imaginário da criança significa, primeiramente,
empregar a cultura em que está inserida, ou seja, introduzir em sua experiência
a riqueza folclórica, com suas lendas sobre a fauna e flora. Reviver as festas e
os contos populares, reproduzir os personagens típicos do Nordeste, do
agreste e da Caatinga, explorar a cultura local e, a partir desta, chegar a
universal.
(...) A brincadeira é a atividade espiritual mais pura do homem neste estágio e, ao mesmo tempo, típica da vida humana enquanto um todo – da vida natural interna no homem e de todas as coisas. Ela dá alegria, liberdade, contentamento, descanso externo e interno, paz com o mundo (...). (FROEBEL, 1912c, apud KISHIMOTO, 2002: 68).
43
Utilizando-se das brincadeiras o professor auxilia a criança a se
movimentar, falar e desenvolver estratégias para solucionar problemas. A
brincadeira como conduta livre favorece o desenvolvimento da inteligência e
facilita o estudo. Por isso fora adotada como instrumento de aprendizagem de
conteúdos escolares. (KISHIMOTO, 2002)
Uma aula ludicamente inspirada não é, necessariamente, aquela que ensina conteúdos com jogos, mas aquelas em que as características do brincar estão presentes, influindo no modo de ensinar do professor, na seleção dos conteúdos, no papel do aluno. (FORTUNA, 2001: 116).
Neste tipo de aula o professor não é onipotente, mas estimula a
criatividade e a espontaneidade de seu aluno fazendo com que este seja
sujeito de sua aprendizagem.
4.3 Ginástica
A definição de ginástica no livro Coletivo de Autores (1992: 77) é a
seguinte:
(...) pode-se entender a ginástica como uma forma particular de exercitação onde, com ou sem uso de aparelhos, abre-se a possibilidade de atividades que provocam valiosas experiências corporais, enriquecedoras da cultura corporal das crianças, em particular, e do homem, em geral.
Para as crianças das séries iniciais o tipo de ginástica recomendado
é aquele formado por exercícios generalizados e naturais, tais como: correr,
saltar, lutar, arremessar, trepar, rolar, empurrar, defender, etc.
44
Com as atividades naturais desenvolvem-se as chamadas
qualidades físicas: resistência geral, coordenação, velocidade, equilíbrio, força,
flexibilidade e ritmo.
Até a adolescência é necessário que se trabalhe estes exercícios
motores generalizados de forma lúdica para que a criança não perca o
estímulo, sendo assim atividades como: lançar bolas, transportar os colegas ou
cabos-de-guerra.
A flexibilidade também pode ser trabalhada, pois os músculos e tendões têm boa prontidão para a elasticidade, mas sempre de forma lúdica para que a criança se desenvolva brincando, e não perca o interesse pela atividade. (BREGOLATO, 2002).
Temos ainda a ginástica olímpica com sua infinidade de exercícios
em aparelhos (balançar na barra fixa, equilibrar na trave olímpica) exercícios
com aparelhos manuais (salto com aros, cordas). No entanto, na escola esta
modalidade é pouca utilizada pela falta de instalações e aparelhos para a
prática da ginástica olímpica, ou quando existe a tendência é a performance
que fixa normas de movimentos e determina o sexismo das provas.
(COLETIVO DE AUTORES, 1992).
4.4 Esporte
O esporte educacional deve ter um caráter lúdico, alternativo,
democrático com liberdade para modificação de regras e deve atender a
espontaneidade da criança, permitindo que esta participe diretamente na
elaboração das atividades e das regras. O esporte educacional lida com as
regras de forma alternativa. Nesse sentido, as regras podem ser modificadas e
adaptadas à realidade da escola, do turno, da série ou ainda da turma de
alunos. (BREGOLATO, 2003).
45
O desporto na escola, portanto, tem um significado pedagógico; sua estrutura e organização devem ter como pressuposto a formação e o desenvolvimento das crianças e jovens; sua operacionalização dar-se-à através de um processo de etapas que harmonize os níveis de complexidade do jogo com os níveis de atitude do estudante. (TORRES; GAYA, 2001: 127).
O Ministério Extraordinário dos Esportes estabelece como princípios fundamentais para o esporte educacional: o princípio da totalidade, da co-educação, da participação, da cooperação, da emancipação e do regionalismo. (BRASIL apud BREGOLATO, 2003: 112).
Sendo assim o principal objetivo do esporte, dentro da escola, é a
preparação do indivíduo para o exercício da cidadania, não a formação de
atletas, ou a execução de gestos técnicos, ou a performance, o esporte da
escola deve ter um aspecto pedagógico, deve ser um fenômeno social que
privilegia o coletivo sobre o individual. O esporte não pode ser um fim em si
mesmo, mas utilizando-se de seus movimentos, pensamentos e sentimentos,
permitir a vivência com a vitória e a derrota, a cooperação e a competição,
elementos importantes para o pleno desenvolvimento do indivíduo enquanto
ser social.
Se aceitamos o esporte como fenômeno social, tema da cultural corporal, precisamos questionar suas normas, suas condições de adaptação à realidade social e cultural da comunidade que o pratica, cria e recria. (COLETIVO DE AUTORES, 1992: 71).
Dois aspectos relevantes na aplicação do esporte no âmbito escolar,
um refere-se à questão da interação social que acontece em todo o processo
de ensino-aprendizagem, uma vez que o esporte valoriza o trabalho coletivo
contribuindo substancialmente para a questão da convivência harmônica com
seu companheiro tanto quanto com seu adversário. Outro aspecto é a
linguagem que neste ato deixa de ser apenas verbal, mas passa a ser corporal,
pois o movimento é a porta de diálogo com o mundo dentro do esporte. (KUNZ,
2001).
46
4.5 Atividades rítmicas e expressivas
Conteúdo primordial para o desenvolvimento da criatividade e
transmissora de produções culturais e históricas do homem, as atividades
rítmicas, em especial, a dança, é pouco vivenciada no cotidiano das escolas.
Quando a selecionam geralmente é para fins artísticos, para dias
especiais, ou como atividade lúdica em programas de lazer eventuais, como o
dia das crianças, por exemplo.
Segundo Santos (2001), há dois motivos significativos para a
escassez da dança dentro da escola, uma seria a formação docente sem
aprofundamento da disciplina, que possuí profissionais com formação
específica na área de dança (licenciatura e bacharelado) outro fator seria a
dificuldade dos professores de educação física em trabalhar a expressão
corporal em espaços públicos com grupos de meninos e meninas.
No entanto, a dança estabelece uma relação muito forte de
corporeidade, pois é uma das manifestações mais antigas da cultura do
homem, sem contar que:
(...) a capacidade de ritmização do ser humano é condição básica para aprendizagem, aperfeiçoamento e rendimento em qualquer jogo, atividade física e esporte. (QUEIRÓS et. al., 2000: 212).
Considera-se a dança uma expressão representativa de diversos aspectos do homem. Pode ser considerada como linguagem social que permite a transmissão de sentimentos, emoções da afetividade vivida nas esferas da religiosidade, do trabalho, dos costumes, hábitos, da saúde, da guerra, etc. (COLETIVO DE AUTORES, 1992: 82).
Com a dança a contribuição interdisciplinar é riquíssima, por permitir
um resgate da cultura brasileira no mundo da dança, através das origens
culturais das danças indígenas, que cultua os elementos da natureza, danças
47
primitivas e afro-brasileiras, que representam os anseios e conflitos dos povos,
danças populares ou regionais, que demonstram a cultura local, manifestações
religiosas, dança clássica que exige disciplina e força.
Para Bregolato (2000) a dança moderna permite ao corpo uma
infinidade de movimentos. Esta condição prioriza a liberdade a liberdade e a
expressão, valorizando os corpos e os movimentos, através da espontaneidade
e da criatividade.
A dança enquanto expressão corporal se encontra presente, e de modo muito intenso na atualidade, em inúmeros estilos praticados por crianças, adolescentes, adultos e velhos que, de acordo com seus objetivos e ou metas, caracterizam a atividade enquanto lúdica, recreativa, profissional ou terapêutica, etc. (HAAS, et. al., 2002: 14).
No entanto é importante dizer que na escola é preciso estimular a
expressão espontânea do aluno em detrimento da técnica pura e simples para
isso adotam-se algumas estratégias em relação ao conteúdo expressivo.
No livro Coletivo de Autores (SOARES et. al., 1992: 84), temos como
sugestões os seguintes temas:
Ações da vida diária, estados afetivos, sensações corporais, seres e fenômenos do mundo animal, o mundo do trabalho, o mundo da escola e problemas sócio-políticos. (SOARES et. al., 1992: 84).
Desta forma permite-se que o aluno se manifeste expressivamente
sem a estipulação de gestos mecânicos ou pré-acabados, mas deixando fluir
através da imaginação, criatividade e as várias possibilidades de movimento
que seus corpos permitem.
A criança possui grande capacidade de realizar inúmeros e variados movimentos, pois, enquanto sua expressão verbal não está firmada, expressa-se e comunica-se, investigando tudo ao seu redor, ao mesmo tempo que gesticula. Essa situação, com certeza, é que torna sua expressão natural, rica, criativa e
48
imaginativa a depender de um ambiente seguro e propício ao seu desenvolvimento. (HAAS, et. al., 2002: 19).
4.6 Formação Docente – Grade Curricular do Curso de
Pedagogia
Assim como em todas as profissões é necessário ter uma formação
docente de qualidade e estar em constante busca de conhecimento e
aprimoramento, na educação não é diferente, lembrando sempre que é preciso
atender às necessidades dos nossos alunos, adaptarem-se à realidade da
escola, atender as constantes mudanças e contextualizar nossos conteúdos.
Para a educação física nas séries iniciais, principalmente, é preciso
que na formação do professor exista garantia à criança do direito de brincar,
tenha na aplicação dos conteúdos um caráter lúdico, pois as crianças
permanecem muito tempo de sua vida dentro da escola. Atualmente as aulas
de Educação Física, na maioria das escolas estaduais de ensino fundamental
são ministradas por professores pedagogos ou “polivalentes”.
Estes profissionais, por não serem especialistas na área encontram
muitas dificuldades para desempenhar adequadamente a função e,
conseqüentemente, proporcionar aos alunos um ensino de qualidade.
Neste capítulo iremos abordar a formação docente destes
profissionais, responsáveis por ministrar as aulas na primeira fase do ensino
fundamental com uma visão focada na disciplina de Educação Física.
49
CAPÍTULO V
GESTÃO DA QUALIDADE DE ENSINO
“(...) Os educadores, antes de serem
especialistas em ferramentas do saber,
deveriam ser especialistas em amor:
intérpretes de sonhos.”
(Rubem Alves)
50
No Brasil, como em todo país em desenvolvimento, busca a
qualidade na educação como forma de garantir melhorias no desenvolvimento.
De acordo com Ramos (1994) esse comportamento move campanhas e
condutas diferenciadas até mesmo nas escolas.
Este fenômeno positivista viabiliza um discurso de participação,
gestão, autonomia e etc. através desde pensamento ocorreram muitas
mudanças até mesmo no que tange a gestão de qualidade de ensino dentro da
própria gestão escolar.
Este caminho foi reforçado pelas mídias sociais e pela globalização
da informação.
O cenário em que estas relações e os elementos estruturais da Sociedade da Informação estão operando comporta três tendências inter-relacionadas: I - Integração Vertical, estimulada por desregulação e competição; II - Globalização do mercado da produção intelectual, produtos simbólicos; III - Privatização, caracterizada pela predominância de interesses privados (...). (Miranda, 2000).
Através da globalização da informação e da cooperação técnica de
várias áreas, como: administração, pedagogia, economia e gestão foram
possíveis trabalhar e idealizar modelos ou formatos de gestão escolar que vise
à qualidade de ensino com eficácia.
Para que este método fosse possível carecia de gestão participativa,
pois não adiantaria segundo Romão (1992) uma gestão escolar unilateral sem
pluralismo político, motivando uma autonomia, força e valorando o poder local
e democrático.
Em relação ao viés político-administrativo, a gestão democrática ou
participativa encontra suporte na Constituição brasileira (1988) onde a mesma,
promove a criação do termo Democracia Participativa. Mais a frente é possível
identificar ainda no Artigo 206 o: pluralismo de idéias, gestão democrática e
princípios que no presente são fundamentos do comportamento de gestão da
qualidade do ensino.
51
Para tanto de acordo com Gadotti (1992) participar da gestão
escolar é mais do que votar, dar opinião é na verdade apropriar-se das
decisões, pensar e reformular ideias, costumes a respeito da escola. Participar
da gestão é promover a participação da comunidade escolar: pais, professores,
alunos e comunidade que vive a derredor.
Mas onde é possível reconhecer melhorias no que tange a qualidade
do ensino, na gestão participativa? A resposta de acordo Gadotti (1992) é que
onde há maior participação, há maior fiscalização e podem surgir mais ideias
para solucionar possíveis demandas.
Para tanto a percepção da prática deve ser visível. Um projeto
político pedagógico coerente e participativo pode ser uma ferramenta que
garanta uma qualidade de ensino tangencial.
Um conselho escolar com seu colegiado sincronizado e em
harmonia identifica uma gestão democrático, explicitamente registrado em seus
livros atas.
Vale ressaltar que os eventos culturais, atividades esportivas ou
recreativas, reuniões pedagógicas ou mesmo administrativas são outras formas
de garantias da gestão participativa.
O desafio neste caso não é a prática de muitas reuniões, mas a
sistemática que conduz e garante a participação de todos. Os ambientes
escolares passam a ser mais homogêneos e mesmo que haja muitas
discordâncias de opiniões haverá também o crescimento com os debates.
Algumas ações foram implantadas para complementar esta
dinâmica. A avaliação externa dos alunos, como o caso do Enem, IDEB e
Enceja, pode ser citada como formas de abarcar esta demanda.
No que se refere ao quesito qualidade de ensino, a avaliação
externa é uma forma vital para apreciar o desenvolvimento do antes e do
depois. Saber neste sentido se há continuidade, ou mesmo necessidade para
reformular novos rumos.
A partir do período de 1990, onde com a Constituição de 1988 e as
lutas populares para participação popular no que tange a construção das
52
políticas públicas, foram que se iniciaram as implantações de sistemas
avaliativos nacionais, com intuito de acompanhar a própria dinâmica da
qualidade da educação. (FRANCO; ALVES; BONAMINO, 2007: 990).
Com isso é necessário salientar que alguns autores acreditam que
todas estas evoluções são resultado na verdade da determinação, intervenção,
cooperação e articulação de organismos internacionais que ditam as regras
dos países em desenvolvimento. (VIEIRA, 2001: 85).
Outra ferramenta utilizada para promoção do desenvolvimento da
qualidade do ensino é o Plano Estratégico de Participação. Funciona
basicamente como o PPP (Projeto Político Pedagógico) onde é construído por
todos, constantemente atualizado e viabiliza metodologias a serem adotadas
para alcançar metas e objetivos.
O plano estratégico de participação, não é muito utilizado no Brasil.
Sua função muitas vezes já é prevista dentro da construção do PPP, desta
forma sendo desnecessário.
Segundo Albertini (1991) a descentralização e a autonomia
caminham paralelamente. Ambas fazem parte da busca pela qualidade de
ensino. Sua efetividade é determinante no que diz respeito aos resultados da
eficácia do fazer pedagógico.
Mas ainda que haja defesa sobre a participação democrática, há
também estudiosos que apontam que os atuais gestores escolares são na
verdade pressionados no sentido de prestarem contas sobre os recursos que
estão disponíveis para sua administração. (SARAIVA, 2004).
A gestão da qualidade perpassa a gestão escolar. Enquanto esta se
tangencia para uma administração eficiente, a primeira promove parcerias,
melhorias e diariamente repensa nas possibilidades estratégicas e até mesmo
se reorganiza para possibilitar este desenvolvimento de ações com qualidade.
Para Gadotti (1992; 61-69) a gestão da qualidade é resultado da:
gestão democrática, comunicação direta, autonomia escolar e avaliação
permanente do desempenho escolar.
53
A Gestão Democrática é a descentralização do sistema educacional,
onde viabiliza como dito anteriormente estabelece e constrói coletivamente a
conduta que gerenciará uma qualidade de ensino no que tange suas rotinas,
métodos e resultados.
Já a Comunicação Direta é um indicador de local onde são definidos
os planos e ações escolares. Segundo Gadotti (1992) este locus remete ao
pólo. Neste caso é onde elabora e executa os planos, respeitando a
pluralidade, cultura e decisões do colegiado, beneficiando inovação,
experimentação político-pedagógica.
O caminho Autonomia da escola é na verdade a aplicação das
escolhas. A escola é maior que o local, ou prédio que funciona. Ela é a soma
das partes e ambientes que circundam sua área. Ela pode e deve neste sentido
associar-se com outras unidades e promover a participação popular das
comunidades circunvizinhas.
Por fim, a Avaliação permanente do desempenho escolar é outro
artifício a ser observado como norteador do desenvolvimento da qualidade do
ensino. A avaliação não é uma forma de mensurar a quantidade de informação
captada e depositada no indivíduo, é na verdade uma devolutiva do processo
ensino/aprendizagem.
O viés da avaliação neste caso é maior. Inicia-se com a quantidade
e se finda com a qualidade do que foi absorvido e adaptado para realidade de
vida. De acordo com Marques (1992) a avaliação deve ser embasada na
qualidade do que se quer avaliar, e não na quantidade.
Para Xavier (1992) a avaliação está intimamente ligada aos projetos
das escolas. Esta realidade mostra constantemente que as escolas conhecem
a realidade da comunidade local e por isso respeita as peculiaridades: étnicas,
raciais e principalmente culturais.
Essa forma de gestão permite ainda a avaliação da: comunidade,
dos professores, dos alunos e da gestão. Tudo para que haja maior
conformidade no que se referem ao objetivo principal, menos burocracia e mais
resultados no que diz respeito à qualidade de ensino na escola pública.
54
De acordo com Slack (1997) a qualidade é definida como crescente
consciência de que bens e serviços proporcionem vantagem competitiva no
que diz respeito à qualidade dos mesmos.
Segundo Gianesi e Corrêa (1994) a qualidade na educação pode
haver várias definições: a abordagem transcendental (onde vê qualidade com
significado de excelência, e, portanto absoluta); abordagem baseada em
manufatura, onde se estabelece uma preocupação maior em fazer os produtos,
ou proporcionar serviços livres de erros, correspondendo desta forma a
especificação do objeto.
Existe ainda a abordagem baseada no usuário, onde é assegurado
o produto ou serviço conforme a definição e especificação ora manifestada ao
consumidor. Neste caso uma qualidade ligada basicamente à eficiência e não a
eficácia.
Outra abordagem está baseada no produto, onde o qualifica como
satisfatório ou não satisfatório, dentro de um conjunto de características
fundamentais que visão a satisfação e atendimento do consumidor.
E por fim, segundo Slack (1997) há ainda uma abordagem baseada
no valor. Neste modelo há custo efetivo e o preço de mercado, a qualidade se
dá em torno destas características onde a qualidade é assegurada de acordo
com o custo do produto.
Quando é trazida qualquer visão destas para a escola, firmar-se-á
compromissos, expectativas e planejamentos, onde o objetivo final é a
satisfação do cliente frente ao resultado do serviço ou do produto, no caso da
educação, a qualidade do ensino que ora fostes proporcionado.
55
CAPÍTULO VI
O Desafio da Gestão Escolar
“A grande operação não é a simples
expansão das escolas, mas o seu
aperfeiçoamento.”
(Anísio Teixeira)
56
Neste capítulo será abordada a importância e visão do gestor
escolar frente à atuação do professor polivalente quanto a ministrar aulas de
educação física nas séries iniciais do ensino fundamental nas séries iniciais de
1º a 5º ano, partindo do objeto de pesquisa deste trabalho, ou seja, as escolas
da rede municipal de Palmas/TO.
É relevante iniciar o estudo deste capítulo, entendendo que a gestão
escolar de modo geral, dentre os muitos e constantes desafios que tem
enfrentado, vale frisar que o principal tem incidido, principalmente, sobre a
necessidade de reavaliar e readequar a escolar sob o prisma das exigências e
tendências que estão sendo instigadas e impostas por um novo arquétipo de
sociedade, como por exemplo, no que tange a inovação, produtividade, busca
por novos conhecimentos e competitividade das escolas, onde a cobrança por
efetivos resultados, sobretudo, quanto à qualidade do ensino-aprendizagem
das séries iniciais do ensino fundamental tem se tornado cada vez mais
intensa.
Há muito tempo vem sendo discutido o tema Gestão Escolar. A
gestão escolar é reconhecida desde a época de criação das primeiras escolas.
No entanto o modelo de gestão sofreu várias alterações, positivas e negativas.
Uma das principais transformações positivas quanto à gestão
escolar foi à alteração de gestão escolar piramidal para o formato participativo.
No primeiro modelo de gestão, segue os modelos empregados em grandes
indústrias, onde reinou a hierarquia, controle e repetição de ações isoladas.
Na segunda forma de gestão, a gestão participativa é resultado, no
Brasil, das conquistas iniciadas nas manifestações populares do inicio de 1980,
onde culminou na criação do termo através da Constituição Federal do Brasil
(1988).
No mesmo período estabeleceu-se: conselhos, comitês, sindicatos,
organismos não governamentais que serviriam para fiscalizar, deliberar e
monitorar as ações dos governos em função da administração pública.
Neste sentido não poderia ter surgido forma mais democrática de
gestão, do que a participativa. De acordo com Oliveira et. al. (2010) os
57
processos de participação, se constituem em atitudes e disposição de
aprendizagem, mudanças cotidianamente construídas, promovendo até
mudanças culturais.
A escola a partir deste ponto pode se afirmar como campo
democrático de construção do saber e formação do cidadão. De acordo com
Paro (2007):
Um primeiro aspecto diz respeito à tomada de consciência, por parte dos educadores, da importância da participação dos pais na vida escolar de seus filhos, e da necessária continuidade entre educação familiar e escolar. Corolário dessa questão é a que diz respeito ao esclarecimento aos pais a respeito dessa continuidade bem como à oportunidade de participarem melhor da educação dos filhos, por meio, por exemplo, da instituição de grupos de formação de pais, proporcionados pela escola, sob a coordenação de educadores, em que os pais discutam questões da educação de seus filhos e possam familiarizar com as ações educativas da escola. (PARO, 2007: 15).
Significando que onde há modelo ou promoção de modelos
participativos ou democráticos deve haver também a participação da
comunidade, dos professores enfim, de toda a comunidade envolvida para que
haja desta forma uma efetivação da gestão escolar.
Gadotti (1997) afirma que o Projeto Político Pedagógico direciona o
trabalho escolar, a gestão, a organização e administração escolar. Em outras
palavras afirma que a escola é o resultado da composição da sua: história,
currículos, métodos, atores internos e externos e desta forma está ligada a tudo
que a cerca.
A escola deve então construir um PPP onde garanta desde o início o
processo de democratização, inclusão e constante re-elaboração (atualização).
Isto para que haja gestão efetiva dos serviços e garanta com tudo isso maior
assertividade nas tomadas de decisões.
Para que haja uma intenção pedagógica nos processos de gestão, a
escola deve obter o engajamento dos atores escolares. Comunidade, pais,
professores, colaboradores e alunos fazem parte deste grupo.
58
Este engajamento é responsável, segundo Campos e Scheibe
(2010) pelas transformações, desenvolvimento, politização e é a definição de
gestão democrática dentro do ambiente escolar.
Apesar das dificuldades como: resistência ao processo democrático,
resistência em mudanças, dificuldades em adaptações e etc., o processo de
gestão democrática promove uma educação evidenciada no coletivo.
Este caminho possibilita muitas conquistas, uma delas é o
partilhamento do poder. De acordo com Campos e Scheibe (2010), este
processo pedagógico é rico, caráter educativo e promove o exercício da
cidadania.
Para Lück (1981) A gestão escolar possui outra dimensão. Seu
enfoque objetiva a promoção, organização, mobilização e articulação dos
processos materiais e humanos necessários para garantia dos procedimentos
socioeducacionais, ou seja, o processo de ensino/aprendizagem.
Seguindo este pensamento a autora reforça esta condição quando
enfatiza a efetivação dos avanços, a transformação socioeconômica e cultura,
sustentada pela dinâmica que se aplica com esta dinâmica de gestão.
O foco é voltado paro a prática da busca de soluções coletivas,
para problemas e demandas sociais, escolares e/ou até mesmo individuais.
Esta gestão escolar globalizada, dinâmica e democrática viabiliza um
crescimento continuo e consolidado.
Contudo há desafios a serem superados. Desafios que podem ser
divididos em categorias segundo Rios (2012) por meio de questionário em sua
pesquisa foi identificado quatro categorias, sendo:
(...) categoria I – desafios motivadores das ações e o nível de implementação das mesmas; categoria II - estrutura e estratégias das ações; categoria III - limites e possibilidades das ações nas unidades escolares e secretarias e categoria IV - impactos do IDEB na geração de ações para efetivar melhorias da qualidade educativa. (Rios, 2012).
59
Esta análise permite visualizar os quadros reais de como andam a
educação no Brasil. Os desafios da gestão escolar são poucos, mas abarcam
muitos processos.
Os campos estruturais e financeiros possuem destaque na pesquisa.
Contudo a autora aponta carências nos segmentos de recursos humanos e na
gestão plena, que em alguns casos sofrem interferência das secretarias de
educação.
Para Kramer (2010) a garantia da alfabetização, leitura e escrita,
promove a democracia, a justiça social e estabelece uma melhor participação
dos atores da comunidade escolar.
Se houver a garantia da leitura, haverá uma menor problematização
quanto aos limites das implantações das ações. O papel da unidade escolar
neste sentido perpassa pela construção do conhecimento e ajuda a manter a
história da escola e com isso mantém o grupo participando das atividades, pois
passam a sentir-se atores reais do processo de construção.
Este caminho converge com a consciência crítica do cidadão,
promove o desenvolvimento com qualidade e supera substancialmente os
desafios trazidos por Rios (2012).
Para Freire (2006: 30) esta consciência ultrapassa a apresentação
da realidade implica no desenvolvimento coletivo e participativo, onde um
aprende com o outro em um processo cíclico, observe:
A conscientização implica, pois, que ultrapassemos a esfera espontânea de apreensão da realidade, para chegarmos a uma esfera crítica na qual a realidade se dá como objeto cognoscível e na qual o homem assume uma posição epistemológica. (FREIRE, 2006: 30).
Para Kosik (1976: 18) a realidade pode ser alterada, quando: nós
mesmos a produzimos, e a enquanto soubermos que é produzida por nós. Tal
fundamento estabelece a ideia de participação, gestão democrática e
60
possibilita ações em conjunto, dirimindo as questões econômicas e físicas
elencadas por Rios (2012).
Há este processo foi atribuído o binômio autonomia/descentralizada.
Mediante este processo democrático, são evidenciados ainda os aspectos de
participação plena, consistência nos membros da escola, unidade social dos
atores da escola. Assim resulta em estabelecer a: vontade de compreender,
decidir e agir em função das demandas existentes. (LÜCK, 1998).
Para tanto, Lück (1998) estabelece ainda uma necessidade em
capacitar toda a equipe de gestão. Engloba ainda a comunidade e
representantes dos seguimentos que compõe o conselho escolar, para que
todos possam, entender o processo de democracia e gestão participativa,
diminuindo significativamente os desafios encontrados na gestão escolar.
61
CAPÍTULO VII
Professores Polivalentes sob o prisma da
Administração Escolar
“Nada é mais difícil, e por isso mais
precioso, do que ser capaz de
decidir.”
(Napoleão Bonaparte)
62
Atualmente a gestão escolar vem sendo moldada sob princípios
educacionais cujos parâmetros estão sendo enraizados no empreendedorismo,
fundamentados em estratégia e inovação, desencadeando assim a
necessidade das instituições educacionais desenvolverem modelos que
perpassem os ideais clássicos e hegemônicos, transfigurando-se em moldes
pautados pela dinâmica multicultural e modernidade. Assim, o desafio incidirá
em promover a transição de profissionais intérpretes em agentes articuladores
e ativos da educação, neste caso, do ensino fundamental.
(...) no contexto da escola, da multiculturalidade de nossa sociedade, da importância da riqueza dessa diversidade, associados à emergência do poder local e reivindicação de esforços de participação. Em decorrência dessa situação exposta, muda a fundamentação teórico-metodológica necessária para a orientação e compreensão do trabalho da direção da escola, que passa a ser entendida como um processo de equipe (...). (LUCK, 2000: 15).
O desencadeamento das mudanças de paradigmas é refletido
diretamente no cenário educacional influindo sobre o gestor uma prática mais
responsiva, estratégica e dinâmica, sendo ele, o principal articulador nesse
processo de dissimilitude e interatividade.
Em todas as áreas existem alguns profissionais que realizam muitas
tarefas. Estas algumas vezes fazem parte da rotina do profissional, exigida da
empresa e outras vezes acúmulos de afazeres que no campo empresarial é
comum, a fim de economizar com colaboradores.
Nas escolas esta realidade não é diferente. Muitas demandas
sociais são estabelecidas de acordo com a realidade interna e externa das
escolas. De acordo com Lima (2007) a o profissional polivalente é aquele que
possui múltiplos saberes e ou habilidades, capaz de transitar sem dificuldades
e com propriedade em diferentes áreas.
Para tanto esta verdade é vista por alguns como sendo a forma
desumana de vantagem financeira para a empresa, seja pública ou particular.
63
O fato é que muitas vezes por motivos distorcidos estes profissionais são
abusados pelas instituições.
A polivalência para Faria Filho (1998) representa este pensamento.
É a conseqüência da necessidade de ordenamento da instituição. É passageiro
e, portanto devem apresentar-se quando a necessidade vigora no momento.
De acordo com ele exemplo deste ideal é no governo militar (1864-
1980) onde a realidade sócio-econômica das capitais eram diferentes umas
das outras. Na atualidade essa situação é muito comum em municípios do
interior quando comparadas com as capitais.
Muitos profissionais não se dispõem a residir no interior, por causa
das situações precárias, baixos salários e acessibilidade a recursos
tecnológicos educacionais ou mesmo relacionados ao lazer.
Isso é explicado pelo fator motivacional de cada um. Segundo
Bergamini (1997: 186) não se pode criar necessidade motivacional dentro de
alguém. São as necessidades que movem a sinergia motivacional.
Mas e quanto aos professores polivalentes, todos partem dessa
premissa? Sim, basicamente são formados em outras áreas e por motivos
relacionados à necessidade ou oportunidades esses profissionais se
transformam muitas vezes em profissionais polivalentes.
Nesse contexto ainda existe a dura realidade de competição do
mercado. Essa situação faz com que muitos profissionais procurem mais
acúmulos de conhecimentos, certificações e formações aumentando as
habilidades que possam desempenhar.
De acordo com Almeida e Pereira (2000) estes fatores determinam
além do crescimento econômico a sobrecarga e a precariedade do serviço,
mesmo que realizado por profissionais polivalentes.
(...) se a educação fosse integralmente gratuita, uma pessoa com toda a probabilidade a consumiria até que estivesse saciada e "investiria" nela até que não mais aumentasse os seus futuros ganhos. Se uma parte das despesas educacionais fosse suportada pelos cofres públicos, os custos
64
privados diretos de educação seriam, sem dúvida, menos do que os custos totais com a educação, e à medida que a educação incrementa os rendimentos futuros do estudante, sua taxa privada de rendimento em relação ao que gastara com a educação seria mais alta do que a taxa de rendimento em relação aos gastos totais educacionais que entrassem nesta parte de sua educação. Desta forma, os incentivos privados para consumir e para investir na educação são afetados pelas despesas públicas educacionais, mas o fato de haver tais despesas públicas não tem qualquer ressonância na questão de saber-se se a educação é consumo ou produção de capacitações. (Schultz, 1973: 56)
Esta premissa não é uma prática nem mesmo no que tange ao setor
público. Esta realidade se distancia muito mais no setor privado.
Contudo, para que um resultado significativo e satisfatório seja
alcançado, principalmente, quanto à mudança de paradigmas, faz-se
necessário que o gestor seja incisivo no que tange a sua formação, por se
tratar de um desafio direto ao sistema de ensino e aprendizagem.
De acordo com Garcia (2008) a formação dos professores está
diretamente ligada à estratégia de melhoria da qualidade de ensino. Desta
forma o autor estabelece que uma formação ideal é a integração entre as
mudanças e o desenvolvimento metodológico da matriz curricular.
Para Walle (2009) esta formação, especificamente em matemática,
descreve a qualidade necessária através da compreensão do conteúdo a ser
ensinado e a estratégia na elaboração dos materiais de apoio a aprendizagem.
No campo da educação física não seria diferente. Esta premissa
perpassa qualquer campo de ensino, pois ao passo que se entende que
qualquer conteúdo deve ser percebido em sua aplicação final na rotina de vida
cotidiana, para que haja maior valorização do que está sendo estudado.
Assim, a referência do termo polivalente tem sido expressada no
contexto mercadológico. Isso por que o mercado neoliberal define essa
premissa como qualidade profissional. Uma flexibilidade funcional se fez
necessário para preencher vagas, serviços e atividades com menos
colaboradores.
65
Nesse contexto, quanto à formação do gestor escolar é pertinente
entender a relevância do mesmo investir em meios que o permitam adquirir
conhecimentos permeados em habilidade tangentes à área de Administração
Escolar, principalmente, após a reforma do curso de pedagogia, por exemplo.
Segundo Luck (2000: 28), o Ministério da Educação recomendou nos anos
setenta que:
(...) todos os cargos de diretores de escola viessem a ser ocupados por profissionais neste curso. No entanto, com a abertura política na década de oitenta e a introdução da pratica de eleição para esse cargo, diminui acentuadamente a procura desses cursos que, por falta de alunos, tornaram-se inviáveis. (LUCK, 2000: 28).
Entretanto, acabou surgindo movimentos provedores da
disponibilização de cursos de aperfeiçoamento especializados em gestão
educacional, priorizando a instrução de profissionais que já atuavam na área.
Desde então, passou a ser do sistema de ensino a responsabilidade
e o dever de articular, diligenciar, sistematizar, metodizar, bem como
concretizar a disponibilização dos cursos de especialização que fossem
destinados, exclusivamente, à preparação de gestores escolares.
Para Mello (2000) a formação dos professores figura-se em uma
proporção inversamente simétrica ao exercício profissional. Esta reflexão
permite uma percepção de que muitas vezes as competências são constituídas
pelo mercado e não por motivos maiores.
Esta mobilização ainda faz alusão ao fator determinante da própria
especialidade do profissional. Uma vez que este processo se define identifica-
se, segundo o autor, o processo envolvido na situação da formação e do
exercício.
Estas questões fazem com que o professor realize ajustes em suas
contribuições profissionais e na formação. Esta hipótese permeia o processo
da compreensão da aprendizagem, da constituição das competências e do
futuro dos alunos e professores, uma vez que o mercado define até mesmo o
modo de desenvolvimento destes profissionais.
66
Para Arroyo (1979) o problema inerente ao processo de
democratização da educação é influenciado por esta rotina. A participação
popular passa a ser a última ação a ser percebida. A valorização do
profissional cai por terra e a administração escolar pode repercutir
negativamente na construção social.
Para a administração escolar esses fatores podem determinar desde
a qualidade do ensino até o processo de desenvolvimento das rotinas
escolares. Uma vez que os profissionais não participam democraticamente do
ensino/aprendizagem, também não o farão quanto à gestão escolar.
Este comportamento segundo cunha pode comprometer a qualidade
da gestão.
O ensino democrático não é só aquele que permite o acesso de todos que o procuram, mas, também, oferece a qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais. O ensino democrático é aquele que, sendo estatal, não está subordinado ao mandonismo de castas burocráticas, nem sujeito às oscilações dos administradores do momento. Tem, isto sim, currículo, condições de ingresso, promoção e certificação, bem como métodos e materiais discutidos amplamente com a sociedade, de modo que os interesses da maioria, em termos pedagógicos, sejam efetivamente respeitados. O ensino democrático é, também, aquele cuja gestão é exercida pelos interessados, seja indiretamente, pela intermediação do Estado (que precisamos fazer democrático), seja diretamente, pelo princípio da representação e da administração colegiada. (CUNHA, 1987: 06).
No entanto a administração pode valer-se de professores
polivalentes. Neste caso Lima (2007), atribui a polivalência como resultado de
uma dinâmica de conhecimentos apropriado pelo profissional que manifesta
interesse em conhecer mais sobre determinados assuntos.
No que tange o currículo nacional, o autor explicita que os anos
iniciais do Ensino Fundamental se articula de tal forma que esta realidade se
torna necessária na composição de equipes multidisciplinares. Esta finalidade é
vital para que se realize cada vez mais, ações interdisciplinares.
67
Desta forma é crucial a percepção das ações motivadoras desta
premissa. De acordo com Bárbara Wootton (1946) para que haja o
desenvolvimento aceitável deve-se observar a cultura, pois é a partir dela que
se entende o produto, a economia social e por fim os recursos que devam ser
empregados.
Qualquer plano de ensino que não se utilize de ferramentas
econômicas, como produtividade ou desenvolvimento financeiro estará fadado
ao fracasso.
Por fim, a autora atribui à gestão, a polivalência, o sucesso e o
fracasso a partir desta premissa. Para ela é inevitável esta abordagem, uma
vez que o mundo contemporâneo se utiliza das mesmas ferramentas para
desenvolver caminhos, produtos e serviços. Conclui ainda que a escola que
não se posicionar satisfatoriamente neste perfil, não se manterá no progresso
social, possibilitando desde o atraso no desenvolvimento até mesmo em
problemas financeiros à comunidade que a circunda.
68
RESULTADOS E ANÁLISES
Por considerar a pesquisa de campo de suma relevância para este
trabalho, buscou-se aplicar um questionário em algumas escolas municipais do
ensino fundamental de Palmas/TO com o objetivo de mensurar a existência de
professores polivalentes nas redes escolares municipais de Palmas, bem como
verificar se há uma efetiva prática pedagógica da Educação Física nas séries
iniciais e, ainda, investigar se os professores polivalentes possuem
conhecimento técnico para ministras as aulas de Educação Física.
A ciência tem como objetivo fundamental chegar à verdade dos fatos. Neste sentido, não se distingue de outras formas de conhecimento. O que torna, porém, o conhecimento científico distinto dos demais é que tem como característica fundamental a sua verificabilidade. (...) O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. A partir dessa conceituação, pode-se, portanto, definir pesquisa social como o processo que, utilizando a metodologia científica, permite a obtenção de novos conhecimentos no campo da realidade social. (GIL, 1999: 26, 42).
No ano de 2012 foi realizada uma pesquisa demográfica no
município de Palmas/TO, onde foi constatada a existência de 41 escolas
municipais ativas, estando 36 estabelecimentos localizados na área urbana e
05 na área rural. Foi informado ainda que a rede municipal de Palmas/TO conta
com 888 docentes no ensino fundamental, estando 815 em região urbana e 73
em região rural. (GOVERNO DO TOCANTINS, SEPLAN).
A pesquisa incitada no presente trabalho foi realizada através da
aplicação de um questionário a aproximadamente 286 docentes, o equivalente
a 35% dos professores ativos de ensino fundamental, atuantes em cerca de
oito redes escolares urbanos do município de Palmas/TO, ou seja, para que a
pesquisa em questão houvesse um resultado satisfatório foram visitados em
torno de 22% das instituições escolares municipais ativas.
69
As instituições escolares municipais primam por profissionais que
sejam devidamente habilitados para dar aulas, contudo, através do primeiro
questionamento representado no gráfico 1 é possível perceber que apenas 8%
dos entrevistados possuem instrução específica na área de educação física,
seja como bacharel ou licenciado, os demais possuem títulos de pedagogos
(36%), Magistério (20%) e outras áreas afins (36%).
Gráfico 1 – Formação profissional do professor
Fonte: Autoria própria.
O segundo questionamento faz referência ao ano em que o
professor concluiu a sua formação de nível superior, ficando claro, no gráfico 2,
que mais de 65% finalizaram o curso recentemente, entre 2000 e 2009,
enquanto que 32% concluíram o curso antes do ano de 2000, confirmando um
ambiente com profissionais cuja bagagem curricular se encontra bastante
recente e renovada.
70
Gráfico 2 – Ano de conclusão do ensino superior
Fonte: Autoria própria.
O terceiro questionamento objetivou apresentar o nível de
aperfeiçoamento dos professores, ficando constatado que a maioria dos
docentes, cerca de 64%, buscam agregar valor aos seus conhecimentos ao
investir em cursos de especialização, conforme apresentado no gráfico 3. Já
36% ainda não obtiveram nenhuma instrução mais aprofundada em uma área
de conhecimento específica, seja pela falta de oportunidade/disponibilidade,
seja pela não priorização de estender seus conhecimentos além da graduação.
Gráfico 3 – Nível de especialização
Fonte: Autoria própria.
71
O quarto questionamento abordou o tempo de atuação do professor
na rede escolar municipal de Palmas/TO com turmas do ensino fundamental.
Foi verificado que 40% dos docentes trabalham em média de 10 meses a 5
anos na rede municipal de ensino, enquanto que 48% já atuam a mais de seis
anos, segundo o gráfico 4.
Gráfico 4 – Tempo de atuação na rede escolar Municipal de Palmas/TO
Fonte: Autoria própria.
Uma vantagem bastante considerável da rede de ensino municipal e
perceptível no gráfico 5, consiste em conter um quadro de docentes com mais
de 65% de servidores efetivos, ficando evidenciado um baixo grau de
rotatividade, conquanto haja 28% de professores contratados.
Gráfico 5 – Forma de vínculo empregatício do docente
Fonte: Autoria própria.
72
Outro ponto fundamental e positivo verificado na presente pesquisa,
incide no fato de que embora haja docentes polivalentes ministrando aulas nas
instituições escolares municipais de Palmas/TO, é importante identificar que
esses professores, em sua maioria (88% dos entrevistados), não são de fato
coagidos pela escola de serem responsáveis por ministrar as aulas de
educação física para a turma na qual lecionam, visto que para essa disciplina
há professores especializados em praticamente todas as escolas municipais de
Palmas/TO.
Gráfico 6 – Obrigação do professor polivalente em ministrar aulas de educação física
Fonte: Autoria própria.
O sétimo questionamento objetivou reafirmar as informações
contidas no gráfico 6, visto que ao observar o gráfico 7 é possível identificar
que 92% dos professores polivalentes entrevistados não exercem a função de
ministrar aulas de educação física por já haver docentes especializados nestas
instituições.
73
Gráfico 7 – O professor polivalente ministra aulas de educação física?
Fonte: Autoria própria.
A pergunta concernente à duração de tempo das aulas de educação
física está justificada no oitavo questionamento, onde 80% dos entrevistados
informam que as atividades pertinentes a essa disciplina são ministradas em
um período médio de 1 hora. Contrapondo essa informação, 12% dos docentes
informaram que as aulas duram de 40 min. a 50 min. no máximo.
Gráfico 8 – Tempo de duração das aulas de educação física
Fonte: Autoria própria.
74
Quanto a infraestrutura utilizada nas aulas de educação física, pode-
se perceber no gráfico 9, que as aulas são versadas entre a teoria ministrada
em sala de aula (35%), as atividades práticas realizadas no pátio da escola
(35%) e a quadra poliesportiva (26%).
Gráfico 9 – infraestrutura utilizada nas aulas de educação física
Fonte: Autoria própria.
De posse das informações contidas no gráfico 9, é importante
descobrir quais os materiais utilizados na aula de educação física e é isso que
o gráfico 10 apresenta. Dentre os instrumentos mais utilizados nas escolas
estão: jogos de mesa (21%); bola (21%); jogos pedagógicos (17%); e, corda
(10%).
A análise referente ao conteúdo desenvolvido nas aulas de
educação física se deu no décimo primeiro questionamento, quando foi
constatado que os jogos são os campeões do entretenimento nas aulas, com
42%, seguido da recreação (29%) e dos esportes (22%). Em algumas escolas,
além das atividades supracitadas, há ainda alguns docentes que investem na
ginástica (2%), por acreditarem ser um exercício altamente benéfico para o
condicionamento físico da criança, além de proporcionar uma melhor qualidade
de vida aos que a praticam consoante com o estabelecido no gráfico 11.
75
Gráfico 10 – Materiais utilizados nas aulas de educação física
Fonte: Autoria própria.
Gráfico 11 – Conteúdo desenvolvido nas aulas de educação física
Fonte: Autoria própria.
76
A décima segunda questão apontou que a educação física
contribui positivamente sob vários aspectos no desenvolvimento da criança,
segundo os professores polivalentes que foram entrevistados a coordenação
motora (23%) e o desenvolvimento físico (23%) são os aspectos que mais
evoluem na criança. Entretanto, o reflexo (11%), a integração com outras
crianças (11%) e o desenvolvimento cognitivo (11%) também são fortemente
desenvolvidos na prática da educação física.
É relevante considerar que a disciplina em questão estimula ainda o
trabalho em grupo (10%), o desenvolvimento afetivo (5%) e a socialização
(5%). Nesse contexto, é possível entender que a educação física passa a ser
fator determinante quando se trata de desenvolvimento de habilidade,
movimento e expressividade da criança, refletindo diretamente, em seu
convívio tanto frente ao seu contexto pessoal, quanto no escolar.
Gráfico 12 – Contribuição da educação física para o desenvolvimento do aluno
Fonte: Autoria própria.
77
O décimo terceiro questionamento almejou expor os motivos pelo
qual o professor polivalente não ministra as aulas de educação física. Através
desta pesquisa foi possível perceber que 72% dos docentes não dão aulas de
educação física por não serem habilitados na área. Outros 10% afirmaram não
ter domínio do conteúdo específico de educação física. Já 7% deles dizem que
até acham a disciplina em questão importante, porém, priorizam outras
disciplinas. Somente 4% dizem não ministrarem essa aula por falta de espaço
e materiais adequados.
Gráfico 13 – Motivo pelo qual o professor polivalente não ministra aulas de Educação
física. Fonte: Autoria própria.
O décimo quarto questionamento levanta um assunto extremamente
relevante para essa pesquisa, pois, visa descobrir se a escola provê algum
subsidio/incentivo ao docente, para que este aprimore seus conhecimentos e
busque participar de capacitações continuadas, especializações e outros.
Embora, os gestores escolares tenham ciência da importância do
professor participar constantemente de capacitações ou especializações, para
atualizar continuamente seus conhecimentos e técnicas, é possível perceber
78
no gráfico 14 que apenas 12% dos professores entrevistados recebem subsídio
para realizem algum tipo de aperfeiçoamento, enquanto que, outros 88% não
recebem nenhum tipo de incentivo.
Gráfico 14 – Recebimento de Subsídio
Fonte: Autoria própria.
Esse último índice apresentado no gráfico acima é altamente
elevado e extremamente negativo para o ensino nas escolas municipais, pois,
a falta de constância no processo de desenvolvimento e aprendizado do
docente, acaba desencadeando insegurança para ministrar as aulas de
educação física, conforme pode ser observado no gráfico 15.
Gráfico 15 – Segurança para ministrar as aulas de educação física
Fonte: Autoria própria.
O décimo sexto questionamento objetivou verificar, sob o ponto de
vista do professor polivalente, qual seria o motivo pelo qual ainda não há em
79
algumas instituições escolares no município de Palmas/TO, profissionais
especializados ministrando as aulas de educação física. O gráfico 16
demonstra que 39% dos entrevistados afirmam que a educação física é parte
da grade curricular, e por isso a rede deveria disponibilizar profissionais
habilitados, especificamente, para ministrar essas aulas.
Outros 14% afirmam fazer-se necessário à existência de uma lei que
determine de quem será a responsabilidade e o dever de ministrar as aulas de
educação física. Porém, 22% dos docentes dividem suas opiniões, pois, uns
entendem que a rede não reconhece a importância da educação física para os
alunos, enquanto que outros afirmam haver falta de interesse por parte das
autoridades competentes acerca deste assunto.
Gráfico 16 – Ausência de professores
Fonte: Autoria própria.
Por entender que professor polivalente é o profissional de nível
superior em Licenciatura Plena, com habilitação específica, obtida para lecionar
qualquer disciplina para todas as séries do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio, buscou-se investigar se o entrevistado concordava que a atuação do
professor polivalente, que ministra aulas de educação física nos anos iniciais
80
das escolas municipais é, efetivamente, contributiva e satisfatória para o
desenvolvimento do aluno.
Contudo, o que se pode perceber no gráfico 17 é que 40% dos
entrevistados não concordam que os profissionais polivalentes ministrem as
aulas de educação física por desenvolverem apenas aulas de recreação e não
aula de educação física. Outros 36% também afirmam não concordar, pois a
aula ministrada por um professor especialista em educação física contribuiria
mais para a formação dos alunos. Por outro lado, nota-se que 12% dos
docentes não concordam apenas por não se sentirem preparados para
desempenhar essa função.
Gráfico 17 – Atuação do professor polivalente
Fonte: Autoria própria.
Observados as dificuldades e desafios apresentados até o presente
momento, foi questionado na décima oitava pergunta o que poderia ser feito
pelo gestor escolar para que houvesse uma melhora significativa quanto à
qualidade de ensino nas aulas de educação física. A maioria dos docentes
(48%) afirmaram que o gestor deveria proporcionar, quantitativa e
qualitativamente, capacitações e formações continuadas de qualificação
profissional na referida área.
81
Em contrapartida, 32% dos professores disseram que o gestor
deveria ser mais criterioso na contratação de profissionais qualificados nas
áreas específicas, enquanto que 16% deles concordam que deveriam fazer
pelo menos o mínimo, que é exigir a criação de leis mais eficazes no que tange
a qualidade dos profissionais e aulas de educação física, além de aplicar e se
fazer cumprir as legislações e normativas já existentes.
Gráfico 18 – Gestão escolar
Fonte: Autoria própria.
O décimo nono questionamento busca entender a importância do
gestor escolar no processo educacional, observados no trabalho do professor
polivalente. No gráfico 19 é possível perceber que a maior demanda dos
professores polivalente consiste em requerer o provimento de melhores
condições de trabalho (24%). Porém, percebe-se ainda a existência de outros
pontos bastante relevantes, evidenciados pelo empate em que ambos constam
com 20% da demanda, sendo eles destacados pelas cores azul escuro,
vermelho e roxo, conforme pode ser observado no gráfico abaixo.
82
Gráfico 19 – Importância do gestor escolar
Fonte: Autoria própria.
O vigésimo questionamento objetivou investigar quanto aos desafios
do gestor escolar. Segundo o professor polivalente o maior desafio do gestor
consiste promover melhores condições de trabalho (27%), seguido de um
empate, ambos com 19%, no que tange a busca pelo equilíbrio de
entendimento entre os aspectos pedagógicos e práticos do professor
polivalente de educação física além, da necessidade de estimular a inovação e
melhoria do processo educacional das aulas de educação física, conforme
pode ser observado no gráfico 20.
84
CONCLUSÃO
O presente trabalho apresentou de forma clara e objetiva uma
análise panorâmica da rede escolar municipal do ensino fundamental de
Palmas/TO.
Através do método de observação e pesquisa de campo qualitativa e
quantitativa, foi observada a prática pedagógica da disciplina de Educação
Física nas séries iniciais com enfoque na formação dos professores
polivalentes, fator preponderante para a qualidade do ensino.
Uma convergência interessante e que se faz relevante para a
presente pesquisa, consiste no projeto de lei municipal que obriga as
instituições escolares a disponibilizarem professores. Há ainda um projeto de
lei tramitando no plenário cujo fim incide na exigência obrigatória nas
instituições escolares quanto à formalização e exclusividade de pessoal
graduado e licenciado na área para ministrar as aulas de educação física.
Segundo Brandão e Franco (2014) “o PLC 116/2013 sugere prazo de cinco
anos, a partir da vigência da lei, para que estados e municípios implantem a
medida”.
Desta forma, através do aprofundamento teórico e da pesquisa de
campo, foi possível perceber que as instituições municipais do ensino
fundamental da rede escolar de Palmas/TO vêm acompanhando as tendências
que estão sendo impostas no mercado.
Foi interessante e surpreendente receber a informação de que na
prática, as instituições escolares municipais de Palmas/TO primam por ter em
seu quadro de pessoal, professores com graduação específica na área de
educação física.
Independente de seu vínculo empregatício: efetivo (através de
concurso de provas e/ou provas e títulos), contrato ou mesmo comissão as
escolas municipais vem desenvolvendo a prática de relacionar o profissional à
85
formação específica que ele possui. Essa informação é confirmada através dos
gráficos 6 e 7.
Depreende-se que esse seja um resultado altamente positivo para o
ensino deste município. Isto por que se trata de um profissional que está apto a
desempenhar as atividades em consonância com o estabelecido na disciplina.
Desta forma são trabalhados com maior eficiência, eficácia e
qualidade os princípios inclusivos e isonômicos previstos nas diretrizes
nacionais. Conclui-se ainda que as atividades de educação física ministradas
respeitem a capacidade dos alunos ao considerar a faixa etária e a dificuldade
dos mesmos ao executarem os exercícios.
Pode ser enfatizado ainda que os profissionais de educação física
do município de Palmas carecem de mais estrutura física, de melhores
condições de trabalho, melhores remunerações e de formas mais adequadas
de vínculos profissionais, para que seja garantida a valorização profissional e a
continuidade dos serviços de qualidade.
Por fim, é possível afirmar que o município de Palmas está
avançado no que tange à tendência de mercado. Uma vez que a realidade da
mesma é priorizar pela qualidade do ensino, garantindo profissionais
habilitados dentro de suas formações especiais, respeitando assim, os alunos e
as comunidades escolares no que se refere ao estabelecido nas gestões
participativas.
86
BIBLIOGRAFIA
ALBERTINI, Remo. "L'autonomia di fronte alla scuola". In: Revista Il Trentino, Trento, Ano XXVIII, nº 170, p: 56-65, junho-julho de 1991.
ALMEIDA, E. :; PEREIRA, R.S. Críticas à teoria do capital humano (uma contribuição à análise de políticas públicas em educação) In: Revista da UFMT, Educação Pública, Cuiabá, V.9, n.15, : 53-70, jun. 2000. Disponível em: <http://www.ufmt.br/revista/arquivo/rev15/AlmeidaPereira.html> Acesso em 30 de março de 2014 as 21h36min.
ARROYO, M. G. Administração da educação, poder e participação. Educação e Sociedade. Ano I, n. 2, jan./1979. Campinas: CEDES, 1979.
BARBOSA, Cláudio Luis de Alvarenga. Educação Física escolar: da alienação à libertação. 2 ed . Rio de Janeiro: Vozes, 1999.
BERGAMINI, C. W. Motivação nas organizações. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.
BRANDÃO, Gorette; FRANCO, Simone. Projeto que exige professor de educação física no ensino básico vai a Plenário. Fev./2014. Disponível em: <http://www.otavioleite.com.br/conteudo.asp?projeto-que-exige-professor-de-educacao-fisica-no-ensino-basico-vai-a-plenario-6716>. Acesso em: 03 mar. 2014.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. 2 ed. Educação Física. Vol. 07. Brasília: MEC/SEF, 2000.
BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2000.
______. Cultura Corporal da Ginástica. São Paulo: Ícone, 2002.
______. Cultura Corporal do Esporte. São Paulo: Ícone, 2003.
CAMPOS, Roselaine Fátima; SCHEIBE, Leda. A atuação do gestor escolar: dimensões política e pedagógica. In: BRASIL. Ministério da Educação. Escola de Gestores da Educação Básica: unidade III. Disponível em: <http://moodle3.mec.gov.br/ufrgs/file.php/16/Politica_e_Gestao_da_Educacao/Texto_semana01_A_atuacao_do_gestor_escolar_-_dimensoes_politica_e_ pedagogica. pdf>. Acesso em: 26 de março de 2014. Ás 18h44min.
CASTELLANI, Lino Filho. Educação física no Brasil: a história que não se conta. 5 ed. São Paulo: Papirus, 2000.
87
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
CUNHA, L. A. A Educação na Nova Constituição. Revista da Associação Nacional de Educação – ANDE, Ano 6, nº 12, : 5- 10, 1987.
DALMÁS, A. Planejamento Participativo na escola: elaboração, acompanhamento e avaliação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
DAMIS, O. T. Planejamento escolar: Expressão técnico-política de sociedade. In: VEIGA, I.:A.(org) Didática: o ensino e suas relações. Campinas, SP: Papirus, 1996
DAOLIO, Jocimar. Educação Física Brasileira. Autores e Atores da Década de 1980. São Paulo: Papirus, 1998.
DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Porto Alegre: ARTMED, 2006. 432 :
DITTRICH, Douglas Danilo et. al. Educação Física escolar: cultura, currículo e conteúdo. Disponível em: <http://www.educaremrevista.ufpr.br/numero_16.htm#douglas>. Acesso em: 27 março. 2014.
FARIA FILHO, Luciano Mendes de. A legislação escolar como fonte para a História da Educação: uma tentativa de interpretação. In: ______. (Org.). Educação, modernidade e civilização: fontes e perspectivas de análises para a história da educação oitocentista. Belo Horizonte: Autêntica, 1998. : 89q125.
FONSECA, Ingrid Ferreira. O Jogar do jogo: reflexões para a formação do profissional do lazer. Balneário Camboriú: 12º Encontro Latino Americano de Recreação e Lazer, 2000.
FORTUNA, Tânia Ramos. Formando professores na Universidade para brincar. In: SANTOS, Santa Marli Pires (org.). A Ludicidade como ciência. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
FRANCO, C.; ALVES, F.; BONAMINO, A. Qualidade do ensino fundamental: políticas, suas possibilidades, seus limites. Educação e Sociedade. Campinas, v. 28, n.100 – Especial, :989-1014, out. 2007.
FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro. São Paulo: Scipione, 1994.
FREIRE, : Conscientização: Teoria e prática da libertação: Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3a ed.; São Paulo: Centauro, 2006.
GADOTTI, Moacir. Escola cidadã: uma aula sobre a autonomia da escola. São Paulo, Cortez, 1992.
88
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José (orgs.). Autonomia da escola: princípios e propostas. 2.ed. São Paulo: Cortez, 1997.
GALLAHUE, David L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2003.
GALLAHUE, D.; OZMUN, J. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebes, crianças, adolescentes e adultos. 3ed. São Paulo, SP: Phorte, 2005.
GALLARDO, Jorge Sergio Pérez et. al.. Didática de Educação Física: a criança em movimento: jogo, prazer e transformação. São Paulo: FTD, 1998.
GARCIA, W. E. Educação: visão teórica e prática. São Paulo: Mac-graw Hill, 1977
GIANESI, I. G. N; CORRÊA, H. L. Administração Estratégica de Serviços. São Paulo: Atlas, 1994.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GOVERNO DO TOCANTINS. SEPLAN. Secretaria de Estado do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública. Disponível em: <www.seplan.to.gov.br/ >. Acesso em: 22 jan. 2014.
HAAS, Aline Nogueira; GARCIA, Ângela; GONÇALVES, Clézio José dos Santos. Expressão Corporal: aspectos gerais. Editora da ULBRA: Canoas, 2002.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. (Org.). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2000.
______. O Brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira, 2002.
KOSIK, Karel. Dialética do concreto. Rio de Janeiro : Paz e Terra, 1976.
KRAMER, Sonia. Alfabetização, leitura e escrita. São Paulo: Ática, 2010.
KUNZ, Eleonor. Transformação didático-pedagógica do esporte. 4 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2001.
LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9394/96. Brasília: Gráfica do Senado Federal, 1997.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo, Cortez, 1991.
______. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LIMA, Vanda Moreira Machado. Formação do professor polivalente e os saberes docentes: um estudo a partir de escolas públicas. 2007. Tese (Doutorado em Educação) – USP, São Paulo, 2007.
89
LUCK, H. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à formação de seus Gestores. Brasília, v. 17, n. 72 : 11-33, fev./jun. 2000.
LÜCK, Heloísa Org. Em Aberto / Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. v. 1, n. 1, (nov. 1981- ). – Brasília: O Instituto, 1981.
______. A dimensão participativa da gestão escolar. Gestão em Rede, Brasília, n. 9, : 13-17, ago. 1998.
MACEDO, Lino de. Quatro cores, senha e dominó: oficinas de jogos em uma perspectiva construtivista e psicopedagógica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
MAFORTE, J. : G.; XAVIER, A. J. M.; NEVES, L. A.; CAVALCANTE; ALBUQUERQUE, M. R.; UGRINOWITSCH, H.; BENDA, R. N.. Análise dos padrões fundamentais de movimento em escolares de sete a nove anos de idade. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 21, : 195-204, 2007.
MANOEL, E.. Estudo do desenvolvimento motor: Tendências e perspectivas. In: Go Tani. (Org.). Comportamento motor: Aprendizagem e desenvolvimento. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
MARQUES, Mário Osório. A reconstrução da educação com qualidade. Ijuí, UNIJUÍ, 1992.
MATOS, Mauro Gomes de; NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física Infantil: inter-relações movimento. São Paulo: Phorte, 2002.
MELLO, Guiomar Namo de. Formação Inicial de professores para a educação básica: uma (re)visão radical. São Paulo em perspectiva, 2000. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n1/9807.pdf> Acessado em 30 de março de 2014.
MENEGOLLA, M. e Sant ’Anna , I. L. Por que planejar? Como planejar? Petrópolis-RJ: Vozes, 2001.
MIRANDA, Antonio. Sociedade da informação: globalização, identidade cultural e conteúdos. Ci. Inf., Brasília, v. 29, n. 2, : 78-88, maio/ago. 2000. Acesso em 26-03-2014 – 15h24min < http://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a10v29n2.pdf>
MORESI, Eduardo. Metodologia de Pesquisa. Brasília: UCB; PRPG, 2003. Disponível em: <http://ft:unisc.br/portal/upload/com_arquivo/1370886616.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2014.
NEIRA, Marcos Garcia. Educação Física: desenvolvendo competências. São Paulo: Phorte, 2003.
NETO, Carlos Alberto Ferreira. Motricidade e jogo na infância. 2 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.
90
OLIVEIRA, João Ferreira de; MORAES, Karine Nunes de; DOURADO, Luiz Fernandes. Conselho escolar e autonomia: participação e democratização da gestão administrativa, pedagógica e financeira da educação e da escola. Material didático utilizado no Programa Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na disciplina Políticas e Gestão na Educação. 2010b, :1 – 7.
PARO, Vitor. A gestão democrática da escola pública. São Paulo: Editora Ática, 2002.
PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento científico: do planejamento aos textos, da escola à academia. 3. ed. 1. reim: São Paulo: Rêspel, 2008. 260 :
QUEIRÓS, Ilse Lorena Von Borstel G. de. A dança como meio de formação para o profissional do lazer. Balneário Camboriú: 1º Encontro Latino Americano de Recreação e Lazer, 2000.
RAMOS, Cosete. Pedagogia da qualidade total. Rio de Janeiro, Qualitymark, 1994.
RIOS, Mônica Piccione Gomes. Desafios da gestão escolar para a melhoria da qualidade dos processos do ensino e da aprendizagem do ensino fundamental. In: III Congresso Ibeoamericano de Política e Administração da Educação, Nov/2012. Zarogoza, Espanha. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.puc-campinas.edu.br/tde_arquivos/3/TDE-2014-01-31T111210Z-1832/Publico/Marisa%20Xavier%20Coutrim%20Dalri.pdf> Acessado em 26 de março de 2014 as 19h15min.
RIZZI, Leonor. HAYDT, Regina Célia. Atividades Lúdicas na Educação da Criança. São Paulo: Ática, 1997.
ROMÃO, José Eustáquio. Poder local e educação. São Paulo, Cortez, 1992.
SARAIVA, M. (2004). Gestão da qualidade total. Uma proposta de implementação no ensino superior Português. Tese de doutoramento (inédita). Lisboa: ISCTE.
SCHULTZ, Theodore W. O Capital Humano - Investimentos em Educação e Pesquisa. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973.
SLACK, N.; CHAMBER, S.; HARDLAND, C.; HARRISON, A. e JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1999.
SOARES, Carmen Lúcia. Educação Física: raízes europeias e Brasil. São Paulo: Autores Associados, 1994.
TANI, G.; MANOEL, E.J.; KOKUBUN, E.; PROENÇA, J.E. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo, EPU/EDUSP, 1988.
91
TORRES, Lisiane; GAYA, Adroaldo. Pedagogia do desporto: uma abordagem construtivista referenciada ao esporte na escola. In: SANTOS, Edmilson Santos dos (org.). Olho Mágico: o cotidiano, o debate e a crítica em educação física escolar. Canoas: Ed. ULBRA, 2001.
VIEIRA, S. L. Políticas internacionais e educação: cooperação ou intervenção? In: DOURADO, L. F.; PARO, V. H. (org.). Políticas públicas e educação básica. São Paulo: Xamã, 2001.
WALLE, John A. V. Matemática no ensino fundamental: formação de professores e aplicação em sala de aula. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
WOOTTON, Bárbara. Libertad con planificación. Trad. Javier Márquez. México: Fondo de Cultura Econômica, 1946.
XAVIER, Antonio Carlos da R. "Reflexões sobre a qualidade da educação e a gestão da qualidade total nas escolas". In: Antunes, Ana Maria de C. e outros. Estado e educação. Campinas, Papirus, 1992, p: 223-230.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
92
APÊNDICE A
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
1. Professor (a) qual a sua formação profissional?
( ) Magistério ( ) Pedagogia ( ) Educação Física - Bacharelado
( ) Educação Física - Licenciatura ( ) Outros, ___________________________________________________.
2. Qual o ano de sua formação?
( ) Entre 1960 e 1979 ( ) Entre 1980 e 1990 ( ) Entre 1991 e 1999
( ) Entre 2000 e 2009 ( ) Entre 2010 e 2013
3. Você já realizou algum curso de especialização?
( ) Sim ( ) Não ( ) Qual? ____________________________________________________________.
4. Qual o seu tempo de atuação na rede escolar municipal de Palmas/TO, em séries iniciais do ensino fundamental de 1º a 5º ano?
( ) De 10 meses a 5 anos ( ) De 6 anos a 10 anos ( ) De 11 anos a 15 anos
( ) 16 anos a 20 anos ( ) De 21 anos a 27 anos
5. O (a) Senhor (a) é:
( ) Contratado ( ) Comissionado ( ) Efetivo
6. A escola determina que o (a) senhor (a) seja o responsável pelas aulas de educação física para a turma na qual leciona?
( ) Sim ( ) Não
7. É o (a) senhor (a) que ministra as aulas de Educação Física?
( ) Sim ( ) Não
8. Qual o tempo de duração das aulas de educação física?
( ) Até 30 min. ( ) De 30 min. a 40 min. ( ) De 40 min. a 50 min.
( ) De 1 hr. ( ) De 1 hr a 1h30 min.
9. Qual a infraestrutura utilizada nas aulas de educação física?
( ) Quadra ( ) Sala de aula ( ) Pátio ( ) Parque ( ) Campo
( ) Outros, ___________________________________________________________________________________.
10. Quais materiais são utilizados nas aulas de educação física?
( ) Bola ( ) Bambolê ( ) Pneus ( ) Corda
( ) Aparelho de som ( ) Brinquedos confeccionados ( ) Elástico ( ) Giz
( ) Jogos de mesa ( ) Jogos pedagógicos ( ) CD ( ) Peteca
( ) Garrafa ( ) Outros. _______________________________________________________.
Caro (a) Professor (a) da Rede Escolar Municipal de Palmas/TO, Está é uma pesquisa de fins acadêmicos para Conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato
Sensu” em Administração Escolar da Universidade Candido Mendes. Sua contribuição é fundamental para alcançar os objetivos deste trabalho.
Não é necessário se identificar. Lembre-se NÃO existem respostas certas ou erradas, o que vale é a sua opinião, portanto responda com o máximo de reflexão e sinceridade.
Obrigada pela colaboração.
93
11. Que tipo de conteúdo é desenvolvido nas aulas de educação física?
( ) Recreação ( ) Jogos ( ) Esportes ( ) Dança ( ) Ginástica
( ) Outros, __________________________________________________________________________________.
12. Para o (a) Senhor (a), qual a maior contribuição da Educação Física para o desenvolvimento dos alunos?
( ) Integração com outras crianças ( ) Desenvolvimento cognitivo ( ) Desenvolvimento físico
( ) Socialização ( ) Coordenação motora ( ) Reflexo
( ) Desenvolvimento afetivo ( ) Trabalho em grupo
( ) Outros, __________________________________________________________________________________.
13. Por qual motivo o (a) Senhor (a) não ministra aulas de Educação Física para a turma que é responsável?
( ) Não é habilitado na área ( ) Falta espaço e materiais adequados
( ) Medo dos alunos se machucarem ( ) Acha importante, mas prioriza outras disciplinas
( ) Entende que não é sua responsabilidade, ainda que a escola determine que seja.
( ) Falta de domínio do conteúdo específico de Educação Física
( ) Outros, __________________________________________________________________________________.
14. O (a) senhor (a) recebeu subsídio durante a formação profissional para ministrar as aulas de Educação Física?
( ) Sim ( ) Não
15. O (a) senhor (a) se sente seguro para ministrar as aulas de Educação Física?
( ) Sim ( ) Não
16. O que o (a) senhor (a) pensa em relação à falta de professores de educação física nos anos iniciais do ensino fundamental da rede escolar municipal de Palmas/TO?
( ) A rede não reconhece a importância da Educação Física para os alunos
( ) Faz-se necessário a existência de uma lei que determine de quem será a responsabilidade e o dever de ministrar as aulas de Educação Física
( ) Há falta de interesse por parte das autoridades competentes
( ) Subtende-se que se a Educação Física é parte da grade curricular, a rede deveria disponibilizar profissionais habilitados, especificamente, para ministrar essas aulas
( ) Outros, __________________________________________________________________________________.
17. Entende-se que professor polivalente é o profissional de nível superior em Licenciatura Plena, com habilitação específica, obtida para lecionar qualquer disciplina para todas as séries do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Nesse contexto, questiona-se: O (a) senhor (a) concorda que a atuação do professor polivalente, que ministra aulas de educação física nos anos iniciais das escolas municipais é, efetivamente, contributiva e satisfatória para o desenvolvimento do aluno?
( ) Sim
( ) Não, pois não se sente preparado para desempenhar essa função
( ) Não, pois a aula ministrada por um professor especialista em Educação Física, contribuiria mais para a formação dos alunos
( ) Não, pois desenvolvem apenas aulas de recreação e não aulas de educação física
( ) Outros, ___________________________________________________________________________________.
18. O que a Gestão Escolar poderia fazer para melhorar a qualidade de ensino das aulas de Educação Física?
( ) Exigir a criação de leis que sanassem, de fato, os problemas quanto a qualidade dos profissionais e aulas de Educação Física
( ) Pelo menos fazer com que as leis existentes fosse cumpridas (aplicadas)
( ) Serem mais criteriosos na contratação de profissionais qualificados nas áreas especificas
94
( ) Proporcionar, quantitativa e qualitativamente, capacitações e formações continuadas de qualificação profissional na área
( ) Outros, __________________________________________________________________________________.
19. Qual seria a importância do Gestor Escolar neste processo, frente ao professor polivalente e a Educação Física?
( ) Organizar, dinamizar e coordenar os processos e meios prático-didáticos dos professores polivalente sob a área da Educação Física
( ) Estimular e incentivar, positivamente, os professores polivalentes a se qualificarem e adquirir novos conhecimentos continuamente
( ) Promover melhores condições de trabalho destes professores
( ) Estimular a inovação e melhoria do processo educacional das aulas de Educação Física
( ) Outros, __________________________________________________________________________________.
20. Qual seria o maior desafio do Gestor Escolar neste processo de qualificação?
( ) Buscar o equilíbrio de entendimento entre os aspectos pedagógicos e práticos do professor polivalente de Educação Física
( ) Promover melhores condições de trabalho destes professores
( ) Estimular a inovação e melhoria do processo educacional das aulas de Educação Física
( ) Desenvolvimento e aperfeiçoamento dos professores polivalentes
( ) Compreender e disseminar a complexidade do trabalho pedagógico do professor polivalente de Educação Física
( ) Outros, __________________________________________________________________________________.