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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A importância do cuidar e do educar na educação
infantil.
Por: Maria do Socorro Almeida dos Santos.
Orientadora
Professora Simone Ferreira
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A importância do cuidar e do educar na educação
infantil.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicopedagogia
Por: Maria do Socorro Almeida dos Santos.
.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a DEUS, ao meu marido Bruno, e a todos
da minha família que de alguma forma contribuíram para a realização de
mais um sonho.
A minha amiga Valneide e a sua filha Yanna também a amiga Heloísa
Helena e a todos aqueles que torceram por mim.
A Simone Ferreira, pela dedicação e pela compreensão. A todos os
professores do curso, como também aos colegas de turma, pelo
companheirismo.
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DEDICATÓRIA
Dedico essa monografia aos meus pais, que sempre se dedicaram a
me ensinar, valores, a ser humildade, a não desistir dos meus sonhos e que
a minha felicidade depende das minhas ações para com o outro. E que em
todos os momentos, tanto na alegria quanto na tristeza, nunca me
abandonaram. O baixo de Deus só restou vocês.
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RESUMO
Este trabalho tem como finalidade mostrar que não existe diferença
entre o cuidar e o educar. Desse modo à criança necessita ser cuidada e
educada, para que o desenvolvimento dos aspectos, físico, psicológico,
intelectual e social sejam pleno, também deve ser sempre estimulada,
amada, acolhida, aceita e ouvida e que possa despertar a curiosidade e a
aprendizagem. A escola e a família devem caminhar juntas para ajudar a
criança no seu processo de aprendizagem. O professor prepara e organiza
as atividades pedagógicas, para que a criança tenha conhecimento do seu
corpo, sua orientação espacial e a coordenação motora, sendo na atividade
individual ou em grupo. Esse trabalho faz uma analise da rotina da creche,
sua história e origem como também suas atividades. O estudo ainda aborda
a Psicopedagogia e a atuação do psicopedagogo.
Palavras chaves: educar, cuidar, aprendizagem, desenvolvimento,
rotina, atividade.
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METODOLOGIA
O presente trabalho terá como fonte, uma pesquisa
bibliográfica em livros e também a observação direta em creches do
estado do Rio de Janeiro, com a finalidade de identificar se há ou não
distinção entre os papéis de cuidar e educar. Após a pesquisa, foi
realizada uma análise reflexiva para melhor compreensão do tema
proposto e com o objetivo de: Identificar as semelhanças e diferenças
entre o cuidar e o educar. Descrever a influencia do educador na
função de cuidar e educar na educação infantil e de definir qual o
papel da família e da escola no processo da educação da criança.
Para a coleta dos dados foram utilizadas as seguintes obras:,
Desenvolvimento infantil na creche de Maria Lúcia Aranha. Creche:
realidade e ambiguidades de Emília Cipriano Sanches,. Projeto
Político Pedagógico de Selma Inês Compbell. Por amor e Por força –
Rotinas na Educação Infantil de Maria Carmem Silveira Barbosa Com
a Pré- escola nas mãos de Sônia Kramer. LDB, Lei de Diretrizes de
Base da Educação Infantil, Psicopedagogia Institucional de Porto,
Oliveira, ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente Multirio (2008)
Prefeitura do Rio de Janeiro.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................8
CAPÍTULO I – A história da Creche...........................................................10
CAPÍTULO II – Cuidar e educar..................................................................17
CAPÍTULO III – A Psicopedagogia.............................................................29
CONCLUSÃO................................................................................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................41
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INTRODUÇÃO
Há pelo menos 30 anos, faz parte do trabalho dos profissionais de
Educação Infantil reunir argumentos para esclarecer, informar e convencer
os dirigentes educacionais e aqueles que tomam decisões políticas sociais e
inversões de recursos públicos de que a infância é um período decisivo da
vida e que a educação Infantil deve receber atenção no conjunto do sistema
educacional.
Os que trabalham em Educação Infantil estão convencidos de que o
cuidado e a educação da criança nos primeiros anos de vida exercem
influência decisiva sobre toda a aprendizagem e o desenvolvimento
posterior.
Constata-se no Brasil um grande progresso na consciência social
sobre o significado dos primeiros anos de vida e sobre a importância da
educação. As manifestações mais explícitas desse progresso se expressam
na Constituição federal, que estabelece o direito da criança à educação. A
LDB caracteriza a Educação Infantil como primeira etapa da Educação
Básica.
O problema constituído para esta pesquisa é como o educador na
creche pode associar o papel de cuidar e educar. A hipótese para o nosso
problema é que não existe diferença entre o cuidar e o educar, é necessário
realizar o trabalho em que ambos estejam presentes.
Justifica-se a escolha do tema, pelo fato de que a criança na pré-
escola necessita ser cuidada e educada para que seu desenvolvimento seja
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integral, ou seja, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social.
Portanto, é importante a interação da família, da escola e da comunidade
que está inserida, formarem uma parceria para o bem estar da criança.
A escolha desse tema surge da vontade de investigar sobre a atuação
e papel do educador, a partir da vivência em uma creche onde tais aspectos
foram observados. Os autores pesquisados acreditam no cuidado e no
educar como ações que andam juntas na Educação Infantil.
O objetivo geral desta pesquisa é identificar a associação encontrada
pelo educador/cuidador em relação aos papéis de cuidar e educar. E os
objetivos específicos são identificar semelhanças e diferenças entre cuidar e
educar e descrever a influência do educador na função de cuidar e educar
na educação infantil.
Para o desenvolvimento do trabalho, optou-se pela pesquisa
bibliográfica a partir de autores renomeados no assunto tratado. Esta será
distribuída em três capítulos sendo apresentado, no primeiro, a história da
creche; no segundo, o cuidar e educar; já no terceiro, a contribuição da
psicopedagogia na educação infantil.
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CAPÍTULO I
A HISTÓRIA DA CRECHE
1.1 A Origem
Por volta dos séculos XVIII e XIX, surgiu na Europa, a creche com o
objetivo de proteger as crianças de 0 a 3 anos durante o período em que os
pais estavam no trabalho.
Em alguns países da Europa, as crianças eram “largadas”, já em
outros, as crianças eram acolhidas em hospitais, rodas, santas casas dentre
outras instituições.
Mas só por volta do século XIX, foi que realmente as instituições
apresentaram características de uma creche, abrigando e cuidando de
crianças.
Segundo Barbosa (2007:78):
“As instituições de educação infantil estruturaram-se em vários países ocidentais, com denominações diferentes e prestação de serviços de cuidado e educação diversificados, atendendo às demandas sociais do contexto onde estavam inseridas e criando espaços com características diferenciadas e específicas para cada população infantil” (BARBOSA, 2007:78).
A criação das creches francesas por Marbeau, em meados do século
XIX, teve grande desfecho em vários países ocidentais. A criação da creche
trazia a urbanização de um povo.
No século XIX, as creches e pré-escolas, apesar de não fazerem
parte dos sistemas educacionais, fazem parte de uma nova concepção
cultural, que apresentavam relação entre o cuidar e o educar, fora do
convívio familiar.
Em meados do século XIX, a creche tinha a finalidade de proteger,
acolher, alimentar e cuidar das crianças que precisavam de acolhimento,
encontradas nas rodas de expostos e outras instituições de acolhimento com
alimentação e higienização.
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De acordo com Barbosa (2007), a primeira creche americana foi
criada em Nova York em 1854, com o objetivo de alimentar, deixar as
crianças limpas, enquanto as mães trabalhavam. Essas creches foram
criadas com o objetivo de diminuir o número de mortalidade infantil,
melhorando as condições de higiene.
Segundo Barbosa, grande pai dos jardins de infância americanos foi
Frederic Froebel (1782-1852).
Na Itália, as primeiras instituições de cuidado de crianças, foram às
salas de custódia, depois substituídas pelos asilos aportianos, fundado por
Ferranti Aporti, que tinham por objetivo recolher, cuidar, educar as crianças
entre 2 e 6 anos, com o objetivo de acolher essas crianças durante o dia.
Segundo Catarsi (1994), o objetivo dos asilos aportianos era manter a ordem
social.
Nas palavras de Barbosa,
“Havia restrições ao fato de misturarem os meninos e as meninas, defenderem princípios como tolerância, igualdade, independência e liberdade e a convivência de crianças de diferentes classes sociais, além de introduzirem conteúdos da escola elementar na educação da pequena infância, ensinarem ginástica e, finalmente, a própria existência dos asilos significava, para alguns de seus críticos, a possibilidade de aumentar os conflitos matrimoniais e o abandono do cuidado dos filhos pelos pais” (BARBOSA, 2007:81).
Na Alemanha, as instituições que atendiam as crianças pequenas
eram chamadas de Bewahranstalten, mulheres caridosas que cuidavam das
crianças com a ajuda de pessoas religiosas. Conforme Allen:
“A história da educação pré-escolar na Alemanha, durante o século XIX, esteve marcada por uma competição contínua entre as opiniões liberais, de independência e espírito comunitário, e as conservadoras, que acreditavam que as escolas infantis eram apenas substitutos inferiores da família” (ALLEN, 1996:82).
Em Portugal, o cuidado das crianças era feito por amas de criação e
creches. Portugal apresentava taxas de educação infantil muito baixas. As
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instituições portuguesas eram vinculadas às congregações religiosas com
cuidadoras sem experiências, que trabalhavam por amor. Segundo Barbosa:
“Sabe-se que no Brasil conviveram e convivem diferentes infâncias: a infância dos curumins, que foram catequizados para se tornar cristãos, e a infância dos moleques e molecas negros que pertenciam aos sinhozinhos e às sinhazinhas brancas,isto é, uma história de desigualdades sociais, de dificuldades,mas também uma história de brincadeiras e reconhecimento social” (BARBOSA, 2007:82).
No Brasil, segundo Barbosa, a educação e o cuidado das crianças
pequenas teve início quando começou a urbanização e a industrialização, a
transformação na organização da família e a criação da República.
As primeiras creches brasileiras surgiram como um mal necessário,
com o objetivo de reduzir a mortalidade infantil, divulgando campanhas de
amamentação, atendendo às mães solteiras e realizando a educação moral
das famílias. Segundo Hadad,
“A creche é um dos únicos serviços públicos destinados à população de baixa renda que responde de uma forma diferenciada a vários itens das necessidades básicas das crianças(como cuidar,educar,alimentar),além de liberar a mulher para o trabalho e diminuir seus encargos no lar” (HADAD, 1991:84).
No final do século XIX, além da creche que atendia a população mais
pobre, surgiram os jardins de infância em instituições públicas e
confessionais que atendiam as crianças com mais de 4 anos de idade, com
o objetivo de socializar e preparar as crianças para o ensino fundamental,
mas que não deixavam de ter, em sua prática cotidiana, fortes elementos de
educação moral e de disciplinarização (KUHLMANN JR. e BARBOSA,
1998).
1.2- No Brasil
Barbosa diz que a creche no Brasil surgiu em 1879 com a
preocupação do que fazer com as crianças de mulheres trabalhadoras
pobres e escravas. A creche surgiu acompanhando a estruturação do
capitalismo, a necessidade da mão de obra da mulher desde a lei do ventre
livre, que garantia a liberdade das crianças nascidas depois de 1871. A
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creche era organizada por patrões de donos de escravos e depois donos de
fábricas, não com a intenção de beneficiar as mães trabalhadoras ou as
crianças, mas para a necessidade do trabalho da mulher.
A creche era pobre porque era para filhos de pobres e negros, era
definida como uma instituição assistencialista. A exploração de muitas
mulheres por abusos de seus patrões desencadeou o nascimento de
crianças que eram rejeitadas pelos senhores. Nessa época surgiu a
necessidade da criação da casa dos expostos, fundada por Romão de
Mattos Duarte, mas conhecida como roda, era um lugar onde se deixava as
crianças não desejáveis.
O ingresso da mulher no mercado de trabalho, para aumentar a renda
familiar, foi o que trouxe a necessidade de criação da creche no Brasil, que
teve grande contribuição da igreja católica, com amor e caridade ao próximo.
Em meados do ano de 1943, com a CLT (Consolidação das Leis
trabalhistas), surgem os berçários para atender aos filhos dos trabalhadores
durante o período da amamentação.
“As creches integram-se em uma política de proteção à maternidade e a infância, ligadas às áreas de saúde e assistência social, destacando-se como instituição oficial o Departamento da Criança- DNCr-(Do Ministério da Saúde),o Serviço de Assistência aos Menores-SAM-(vinculado à LBA- criado em 1942,pela união de forças da iniciativa privada, do governo federal e influência da primeira dama,Darcy Vargas).Estes órgãos funcionavam como repassadores de recursos para instituições particulares e firmaram convênios com o estado, que se limitou ao papel de fiscalizador, através do DNCr” (CIPRIANO, 2004, p. 66).
As creches não tinham o foco na educação, eram instituições que
atendiam à infância com o objetivo assistencialista, com o objetivo de
atender como assistência e não com o objetivo educacional, como no caso
dos jardins de infância.
“O atendimento institucional a criança pequena, no Brasil e no mundo apresenta ao longo de sua história concepções bastante divergentes sobre sua finalidade social. Grande parte dessa instituição nasceu com o objetivo de atender exclusivamente as crianças de baixa renda” (BRASIL, 1998, p. 17).
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Na década de 1960, os altos índices de mortalidade infantil e
desnutrição eram desfavoráveis ao atendimento às crianças da pré-escola, o
que levou o Estado a criar centros de recreação, em parceria com a
comunidade. Vieira ressalta que
“O programa de emergência propunha, a título experimental, o centro de recreação, um tipo de unidade simples intermediária... onde as crianças de poucos recursos ficariam abrigadas durante os impedimentos de sua mãe para o trabalho ou outras necessidades material ou moral, recebendo alimentação, imunizações. O pessoal seria o mínimo indispensável, recrutado entre pessoas de boa vontade, à base de voluntariado. Apenas alguns técnicos necessários para a supervisão e coordenação de serviços seriam remunerados. Os recursos poderiam ser federais, estaduais e municipais. O Departamento Nacional da Criança (DNCr) poderia conceder pequena ajuda na manutenção dos serviços,além de auxílio técnico” (VIEIRA,1988: ).
A necessidade das creches não era mais apenas para as crianças de
família de baixa renda, mas passa a ser uma opção de auxílio às mães que
trabalham, sendo uma maneira de resguardar a criança com auxílio.
Cipriano nos ensina que
“Em 1988 a Constituição Brasileira, afirma que a creche é uma instituição educativa, um direito da criança, uma opção da família e um dever do Estado (artigo 208, inciso IV) confirmado pela LDB 1996 (artigo 30/I/II). A Educação Infantil será oferecida em:I-Creches, ou entidades equivalentes para crianças até 3 anos de idade, II- pré-escolas,para crianças de 4 a 6 anos de idade” (CIPRIANO, 2004:70-71).
A creche desde sua criação foi e sempre será fundamental para o
acolhimento e educação. É necessário que nesse espaço encontrem-se
profissionais competentes e dedicados que reconheçam a responsabilidade
de ser um cuidador/ educador.
1.2.1 - Regulamentação
De acordo com o artigo 3º da Lei de Diretrizes e Bases, devem ser
respeitados os seguintes fundamentos norteadores. Ter princípios éticos,
respeito ao bem comum, direitos e deveres de cidadania, respeito à
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democracia, princípios da sensibilidade da criatividade e nas diversas arte e
cultura.
A instituição ao definir sua proposta pedagógica, deve reconhecer a
importância de todos: alunos, famílias, professores. Deve, também, inserir
nas propostas pedagógicas, práticas de cuidados e educação que
possibilitem a união entre os aspectos emocionais, físicos, afetivos,
cognitivos, linguísticos da criança, por ela ser um ser completo, indivisível e
total.
Reconhecendo as crianças como seres íntegros e com os demais,
devem buscar, a partir de atividades intencionais, momentos de ações
estruturadas, espontâneas e livres.
A sua estratégia de avaliação é dada através de acompanhamento e
registro das etapas alcançadas nos cuidados e na educação, não tendo os
objetivos de promoção ao acesso ao ensino fundamental.
As propostas pedagógicas devem ser criadas, por uma equipe de
profissionais qualificados com o comprometimento de acolher e manter uma
convivência harmoniosa e que vise o bem estar entre todos os que estão
inseridos nesta proposta..
Deve ter também uma atenção multidisciplinar com profissionais para
as crianças e suas famílias.
As propostas curriculares de educação infantil devem considerar as
especificidades dos processos de aprendizagem e desenvolvimento das
crianças de 0 a 18 meses; de 19 meses a 3 anos e 11 meses; de 4 a 6 anos
e assegurar condições para o diálogo das crianças com as etapas
posteriores de escolarização e com as diferentes áreas do conhecimento.
“O referencial curricular nacional para a EI pretende apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescer como cidadãos, cujos direitos à infância são reconhecidos. Visa também, contribuir para que possa realizar, na instituição, o objetivo socializador dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a ampliação pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural”.
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Ele representa um avanço na Educação Infantil ao buscar soluções
educativas para a superação, de um lado da tradição assistencial da creche
e de outro, da marca da antecipação da escolaridade da pré-escola (RCN).
O professor tem que ter domínio dos conteúdos na prática e na teoria
como planejar, ser organizado e avaliar as atividades, rotinas, interagir,
estruturar ambientes, ser flexível para lidar com as situações não previstas,
ter uma comunicação com as famílias, interagir sempre com as crianças
sendo em atividades individuais e coletivas (DCN).
As turmas de crianças sob a responsabilidade de seu professor
devem obedecer a razão de:
- 0 a 1 ano- 6 crianças por professor
- 1 a 2 anos- 8 crianças por professor
-2 a 3 anos- 2 crianças por professor
4 a 5 anos e 11 meses- 25 crianças por professor
Nas instituições de Ei, quando tem crianças com necessidades
especiais, devem ser inseridas na turma para que consigam participar de
todas as atividades curriculares, nas atividades fora e dentro da creche, para
que estas crianças não se sintam rejeitadas e excluídas naquele ambiente.
Em 13 de julho de 1990, foi criada a lei nº 8069, que dispõem sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente. É necessário ressaltar que no
capítulo IV, dar direito a cultura, esporte e a educação.
Já no art. 53 visa preparar a criança e o adolescente para o exercício
da cidadania e qualificação, igualdade ao acesso e permanência na escola,
também de ser respeitado pelos seus professores, acesso a escola perto de
sua residência e aos seus pais ter ciência do processo pedagógico e da
participação da definição das propostas educacionais.
É imprescindível lembrar que a criança precisa ser estimulada e que
em algumas situações,assimilam impressões positivas e negativas, por isso
a importância da qualificação do profissional que lida com essa criança, está
preparado para interagir, cuidando e educando simultaneamente.
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CAPÍTULO II - CUIDAR E EDUCAR
2.1 A indissociabilidade do cuidar e educar na Educação Infantil
Segundo Campbell(2010), o cuidar e educar acontece na escola por ela ser
um espaço de conscientização individual e social e também por ter o
privilégio de implementação de políticas socioculturais. Neste contexto faz-
se necessário oferecer a criança, condições e estímulos em cada etapa das
atividades realizadas, com o intuito de cuidar e de educar ressaltando que a
concepção do “cuidado” inclui atividades ligadas a proteção e ao apoio da
criança.
Segundo Cipriano,(2004), o professor da educação infantil deve estar
atento a todos os passos das crianças, por elas serem pequenas, não ter
noção do perigo e também por ela ver o adulto fazendo alguma coisa que
desperta, a ela o interesse de fazer. É importante que o professor cuide-
educando e eduque-cuidando, possibilitando dessa forma que a criança seja
autêntica e exerça a sua independência com segurança atendendo dentro
da sua faixa etária.
Polêmicas sobre cuidar e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre educar para o desenvolvimento ou para o conhecimento tem construído, portanto, o panorama de fundo sobre o qual se constroem as propostas em educação infantil (Brasil, 1998,p.18).
Na hora das refeições, do banho, da higiene bucal, na hora de assistir
um filme e nas brincadeiras, sejam elas na sala de aula, dentro e fora da
escola, o professor deve está sempre cuidando e educando a criança. Todos
os momentos na educação infantil são propícios a equipe envolvida no
sistema educacional de cuidar e de educar e com isso valorizar todas as
atividades.
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Educar significa propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possa contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis (Brasil,1998,p.23).
Na educação infantil a criança necessita de cuidado biológico e
afetivo. É importante valorizar as atividades por elas desenvolvidas como
também ajudar ao desenvolvimento contínuo das tarefas diárias por elas
executadas e para isso deverá o educador/cuidador se basear em
conhecimentos específicos para que dessa forma alcance seus objetivos.
Cuidar da criança é, sobretudo, dar atenção a ela como pessoa que está em contínuo crescimento e desenvolvimento, compreendendo sua regularidade, identificando e respondendo as suas necessidades. Isto é incluir interessar-se sobre si e sobre o mundo, visando a ampliação desse conhecimento e de suas habilidades que, aos poucos, a tornarão mais independente e mais autônomo. (Brasil,1998,p.25).
Para que a prática pedagógica seja integrada e atenda as
necessidades das crianças, os profissionais envolvidos na prática de educar
e de cuidar precisam estabelecer o mesmo objetivo para a orientação na
práxis.
O cuidar e o educar são práticas que devem caminhar juntas,
indissociável e ainda possibilitar a construção da identidade e da autonomia
e assim promover o desenvolvimento integral da criança.
2.2-A rotina da creche
A proposta tem a finalidade de descrever e analisar parte da rotina da
creche, a qual foi proporcionada pela pesquisa através da observação direta
em creches públicas Municipais. É por meio da rotina que o
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educador/cuidador consegue, desenvolver atividades e estabelecer relações
afetivas com as crianças através da participação ativa e com isso a criança
possa desenvolver-se intelectualmente mas também que estas atividades
atendam às necessidades física, psicológica e social da criança.
Berçário:
Período da manhã (acolhimento das crianças)
Primeira refeição - higiene troca de roupas - banho de sol - estimulação da
criança - hidratação com suco ou água – higiene – almoço - higiene bucal
Período da tarde:
Sono –lanche – banho - atividades interativas de grupo – jantar - saída
Para o Maternal I e II
Receber as crianças na medida em que vão chegando - rodinha para a
chamadinha – explicar para as crianças como vão proceder as atividades
naquele dia; desjejum (suco, vitamina, leite com pão, biscoito ou bolo) -
atividades pedagógicas – banho – almoço - higiene bucal - troca de fralda –
sono – lanche atividades no pátio com outras crianças ou em sala de aula –
banho – jantar – saída.
Para que a adaptação da criança seja aproveitável em todos os
aspectos, o cuidador/educador, deve criar espaços diferentes para que a
criança vivencie junto com outras crianças e com as orientações dos
profissionais, algumas atividades especiais e os de rotina. Esse primeiro
momento com a criança é de suma importância, pois é a hora de criar
vínculos afetivo tanto com a criança quanto com a sua família, lembrando
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que o bom relacionamento desse educador/cuidador com a família facilita o
desempenho das atividades sócio/educativas.
ROTINA
HORA DO BANHO
Nesta hora a criança experimenta sensações diferentes, quando entra em
contato com a água quente ou fria, já que consegue diferenciar a
temperatura da água, tanto para os bebes, quanto para as crianças maiores.
Para os bebes pode-se usar a banheira e brinquedos. Para os maiores
pega-se em cada parte do seu corpo e assim será falado o nome para que a
criança identifique e tome ciência do seu corpo, tornando-se uma interação
afetiva, cuidadosa e planejada com o objetivo de promover tanto o bem-estar
da criança quanto uma circunstância de experimentação, de troca de afeto e
de novas aprendizagens, considerando que o banho é realizado, mais de
uma vez por dia. Além desses objetivos, as diferentes experiências em
relação à hora do banho, faz com que essa criança sinta-se bem como se
estivesse em sua casa. Brincar com água é delicioso e pode ser muito
prazeroso para as crianças. É uma oportunidade privilegiada para a troca, a
conversa e o acolhimento.
As regras tem que ser trabalhadas aos poucos e com cuidado para
que as crianças pouco a pouco, criem hábitos de higiene, como: de lavar as
mãos, de tomar banho e também fazer a sua higiene bucal. Com essas
atividades, propicia-se a criança uma relação fundamental para o seu
desenvolvimento na qual o toque, a massagem e o contato, são essenciais
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para ajudar a construir a sua consciência corporal. É importante prever
tempo para essas atividades, permitindo que as crianças experimentem o
prazer desse momento e que aprendam a despir-se, ensaboar-se e
enxaguar-se vestir-se e outros. A presença de um espelho grande no
banheiro onde ela possa ver o seu corpo por inteiro, ajuda a desenvolver o
seu autoconhecimento, facilitando a criança a observar sua forma física,
sendo que em casa se torna difícil por não haver um espelho grande, nesse
momento a criança além de observar seu corpo, pode brincar com sigo
mesmo, sorrindo e fazendo caretas.
A educação Segundo Libânio (2004), não envolve apenas a
construção do conhecimento, mas também a afetividade, a paixão de
conhecer aspectos éticos e estéticos.
RELAXAR, DESCANSAR E DORMIR.
O sono é um período de recuperação do organismo e a criança
recupera suas energias. É indispensável e deve ser um momento agradável
na vida da criança principalmente de 0 a 6 anos. Deve ser num ambiente
limpo e arejado com pouca luz, tranquilo e sempre com um fundo musical
suave para que a criança consiga relaxar. Por isso existe a necessidade de
que o cuidador/educador, converse com o responsável para saber como é
esse momento em sua casa, assim facilitando para ambas as partes. Assim
pode-se também orientar o responsável, dizendo da importância que é
aquele momento, da criança relaxar, o afeto nessa hora deve ser
fundamental. Na creche jamais se pode deixar a criança sozinha porque a
qualquer descuido, se algo acontecer a essa criança será de
responsabilidade do cuidador/educador.
A HORA DA REFEIÇÃO
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A refeição é considerada como parte da rotina, o cardápio é variado e
balanceado, de acordo com um nutricionista. É interessante ter no refeitório
da creche alguns cartazes com os tipos de frutas, cereais, carnes, legumes
que serão servidos nas refeições para que as crianças visualizem e já
comecem a entender que aqueles alimentos são importantes para o seu
desenvolvimento. É importante que o cardápio seja colocado na agenda da
criança, para que seu responsável fique ciente da alimentação que será
servida a criança e se por algum motivo, a mesma for alérgica que seja
comunicado a creche. O ideal é que no ato da matrícula os responsáveis
pela criança possa fazer desde já a relação dos alimentos que ela não pode
comer.
HIGIENE BUCAL
A criança deve ter seu material individual, o cuidador/educador deve fazer
essa higiene com os bebês, com uma gaze limpa e molhada, passando pela
gengiva do bebe e depois uma seca para tirar o restante dos resíduos que
se encontram em sua boca. Já as crianças maiores, o educador/cuidador
deve colocar o creme dental na escova e colocar na mão da criança para
que cada um faça a sua higienização.
UMA VIDA SEM FRALDAS
A retirada da fralda segundo a Multi Rio deve ser relacionada a
autonomia da criança. Retirar a fralda quando ela estiver acordada, jamais
quando ela for dormir; quando a criança consegue avisar de algum modo
que vai fazer xixi ou cocô, ela começa a perceber que está com vontade;
sempre pergunte a criança se ela quer ir ao banheiro; para que a ida ao
banheiro não se torne um lugar desagradável, sem pressa, nem ansiedade,
dê brinquedos ou livrinhos para que se torne lúdico; sempre conversar com a
criança que esse hábito de fralda deve ser deixada para os bebês. A retirada
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das fraldas é um bom exemplo de ação coletiva e educativa, que deve ser
processual, agradável, amorosa e diferenciada, sempre mediada pelos
adultos que cuidam e educam as crianças como uma relação de
aprendizado.
Segundo Aranha, (2002)
Uma das particularidades dessa faixa etária é o início do controle do xixi e do cocô. Embora tenha crianças que um pouco mais de 12 meses, dispensam o uso da fralda, outras crianças só conseguem depois de 18 meses (1 ano e meio) até 30 meses (dois anos e meio)
A MORDIDA É FORMA DE SE EXPRESSAR
O primeiro relacionamento da criança com o mundo é pela boca. Os
recém-nascidos, sugam mamam e quando está nascendo os dentinhos até
mordem as mães. Quando ela está um pouco maior, começa a colocar
objetos maiores na boca, as mãos os pés e começam a experimentar
sensações diferentes entre o mole e o duro, e tem uma surpresa um susto e
o choro quando ela morde a si mesmo. Outra situação em que a mordida
pode acontecer é quando um novo amigo entra no grupo. Por sentir-se
inseguro ou com ciúmes e ao mesmo tempo, por não saber organizar e nem
se expressar em relação a emoções, a criança costuma morder, descarrega
sua ansiedade no amigo novo. Portanto, mordida nessa fase é forma de
expressar e não agressividade. Um fator que não pode ser esquecido é o
cuidado para que a criança fique rotulada de ”mordedora”. Durante a
rodinha, pode ter uma conversa com o grupo, esclarecendo que todos ali
são queridos e amados pelo cuidador/ educador e que em nenhum momento
o outro vai tomar o lugar dele.
RELACIONAMENTOS, CUIDADOS E CONVIVÊNCIAS
A comunicação da criança com o mundo se dá através do corpo, se
expressando através dos gestos que estão carregados de desejos e
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sentimentos, pois não sabe expressar-se de outro modo. O choro é um dos
exemplos, tem vários significados como: fome, calor, troca de fraldas
molhadas, dores e outros. Os educadores/ cuidadores, precisam refletir
sobre as várias formas da criança se expressar, como no choro que é uma
linguagem que devido à demora, para ser entendida a criança se sinta
abandonada e rejeitada. O diálogo ajuda a acalmar e por isso é importante
que esteja sempre interagindo com a criança. Se uma criança chora sem
motivo aparente ou faz birra, por um lado esse comportamento pode ser
comum, mas por outro lado, temos que buscar uma estratégia para que essa
situação seja superada.
Os educadores podem e devem ajudar a criança a se expressar de outras maneiras. É preciso, então, adotar uma postura de observação atenta e de acompanhamento criterioso para descobrir porque PA criança está fazendo birra. (MULTI RIO, p.2008)
É SÓ MEU
Para o educador/cuidador, essa forma da criança se expressar pode
parecer corriqueira, mas tem-se que compreender que essa é uma
característica de aprendizagem e de desenvolvimento da criança, é o
egocentrismo, nesse momento a criança se acha a figura central da vida. O
egocêntrico é personalista; e só se preocupa consigo. Com os primeiros
cuidados, a criança percebe o seu próprio corpo, organiza suas emoções e
amplia seus conhecimentos sobre o mundo. Com acriança menor, o
cuidador/ educador tem que ter mais cuidado a criança passa a
compreender o outro a partir de si mesma, tendo ela própria como
referencial, pelo fato dela se considerar a “dona do mundo” são frequentes
os conflitos interpessoais.
Segundo Sônia Kramer,(2003) as crianças como sujeitos ativos
participam da construção do seu próprio conhecimento e fazem uso dos
próprios esquemas mentais em cada etapa do seu desenvolvimento. O
cuidador/educador, deve criar prática, respeitando a identidade, criar
situações que melhorem o desenvolvimento, a expressão, e a interação com
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o outro, para que tenha uma aprendizagem num ambiente de prazer e
ludicidade.
Para Kremer, (2003), as crianças podem se apropriar e recriar os
modos de vida nos diferentes contextos de sua realidade social, da qual faz
parte inclusive na escola de ensino fundamental, onde deverá ingressar aos
7 anos.
2.3 Formação de educadores para a Educação Infantil
O Referencial Curricular Nacional para a educação infantil, criado em
1998, pelo Ministério da Educação, propõe a indissociabilidade das ações de
cuidar e educar crianças de 0 a 6 anos idade, o professor da EI deve ter um
bom relacionamento com a criança para construir um espaço de confiança, e
de cooperação e autonomia, ele também precisa ter firmeza e segurança em
suas atitudes, para que tenha uma relação afetiva com as crianças. O
educador deve ter convicção quanto aos objetivos, mas também é necessário um
“manejo da turma”, quanto as dificuldades sentidas e as dúvidas encontradas,
também deve ter uma postura crítica.
O educador conhece seus próprios limites e deve expô-los aos seus
colegas e também a equipe pedagógica. O trabalho com crianças
essencialmente ter respeito e ética e desse modo ter autonomia, disciplina e
acima de tudo afeto.
Para que ele consiga uma interação com o grupo de forma tranquila,
verificar sempre se suas propostas estão sendo claras e objetivas, não basta
dizer às crianças que elas “não gritem”, é preciso explicar a elas que os seus
gritos atrapalham o trabalho do amigo e também atrapalham as atividades.
Tudo o que for feito com os alunos, o educador deve explicar antes
para que os alunos entendam as regras e os limites e assim fiquem cientes
do que vai ser trabalhado com eles. As atividades podem ser modificadas de
acordo com as necessidades do grupo.
O educador deve ressaltar que o caminho a ser seguido por ele deve
ser com persistência e flexibilidade, por o grupo ser heterogêneo e cada
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criança deve ter seu tempo para as transformações de suas atividades e
para isso não pode ter pressa quanto aos resultados.
Durante todas as atividades, o educador deve está sempre
perguntando o que a criança está fazendo, dando sugestões incentivando e
proporcionando desafios, dando mensagens positivas, dizendo que ele é
capaz de fazer as atividades e sempre valorizar todos os trabalhos dos
alunos. Também deve trabalhar com as crianças mostrando as diferenças
que existem, e que cada um tem seu tempo de aprendizagem diferente do
outro, mas que somos todos iguais e que devemos respeitar o outro do jeito
que ele é.
O educador sempre tem que está atualizado, participar de palestras,
cursos que tenham profissionais de diversas áreas como psicologia, artes
entre outros.
O educador de creche, segundo Cipriano,(2004), deve ter feito um
curso ou ter um conhecimento da psicologia do desenvolvimento, para ter
uma sensibilidade de fazer a mediação entre a criança e o ambiente
diversificado. Deve com isso ter clareza nas propostas das crianças e no
desenvolvimento da percepção dos diferentes estilos e ritmos de
aprendizagem.
Quanto mais o profissional for instruído e qualificado, mais o resultado
será eficiente e daí uma experiência enriquecedora. O profissional que atua
nessa área não pode se sentir inferior e também não deve aceitar o rótulo de
incapacidade, nem seu e nem das criança.
De acordo com Cipriano, (2004), o profissional deve ter autonomia e
criatividade e que só se é possível com o conhecimento da proposta e suas
experiências fora ou dentro da creche, deverá tomar decisões, elaborar
currículo, diagnosticar a dificuldade e o potencial das crianças, ensinando e
aconselhando também. O autor ainda cita que a formação do educador da
educação infantil pode ser feita em escolas normais, superiores,
universidades e em institutos superiores de educação.
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No seu currículo deve ter teoria e prática como unidade indissociável.
As disciplinas não esgotam as áreas do conhecimento, há necessidade de
garantir sólida formação geral.
O núcleo de formação básica inclui, filosofia da educação, psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, sociologia geral da educação, antropologia, metodologia do ensino, planejamento educacional, estatística, didática e prática do ensino. (CIPRIANO, 2004 p.42)
Segundo Kramer, (2003), a escola é um espaço criativo, que permite
a criança a diversificação e aplicação de suas experiências infantis,
valorizando a iniciativa e promovendo a autonomia da criança tendo o
professor como desafiador que cria dificuldades e problemas para que a
criança não veja a escola só como, passatempo, mas como um lugar de
aprendizagem.
Segundo Campbell, (2010), o professor deve respeitar a idade da
criança, para que ela consiga entender os objetivos das atividades e também
ler proporcionando a oportunidade de atividades fora da creche como
excursões, passeios, visitas que venham a ser exploradas tendo um registro
diversificado (desenhos, exposições e etc.)
A valorização do profissional no Brasil vem sendo vista de acordo com
a idade da criança. Segundo Cipriano,(2004), “quanto menor a criança,
menor será o status do profissional” ,mas essa visão está sendo contestada
mundialmente. O professor da educação infantil tem uma grande importância
nessa primeira fase da criança por ser a primeira experiência da criança fora
do seu lar.
A creche é o espaço do cuidado e da educação indissociados e
indissociáveis e desse modo é o direito que as crianças de 0 a 6 anos tem, à
educação. Portanto, para garantir uma educação integral, é necessário que
todos que participam direto ou indiretamente do processo de educar e de
cuidar, estejam coesos e conscientes dos suas ações, pois está lidando com
um ser em desenvolvimento que precisa de um ambiente saudável e
harmonioso e se assim não for, corre-se o risco de provocar transtornos
diversos, sendo necessário a intervenção por profissionais que irão fazer o
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acompanhamento cabível, para as melhores condições na convivência e na
aprendizagem.
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Capítulo III A Psicopedagogia
A psicopedagogia é o estudo voltado para o atendimento do indivíduo
no processo de aprendizagem. No Brasil, vem sendo desenvolvida desde a
década de 80, com um caráter interdisciplinar que vai além da aplicação da
psicologia e da pedagogia, pois não pode ser vista sem a contribuição
teórica e prática de outras áreas de estudo como: à psicanálise, à linguística,
à fonoaudiologia e medicina para se constituir como tal.
Diante de tais contribuições Bossa, citado por Porto (2009) afirma que:
(...)a psicopedagogia vem constituindo seu corpo teórico na articulação da psicanálise e psicologia genética. articulação que fica vidente quando se trata de observar os problemas de aprendizagem, pilar da teoria psicopedagogia”.(BOSSA, 1994b,p.8)
È notório que não se limita só na aprendizagem de crianças, mas
também com todos os que estão em processo de aprendizagem, seja
criança, adolescente ou adulto. O psicopedagogo deve tomar ciência das
dificuldades da aprendizagem, com a sua complexidade, pois esse processo
é essencialmente vivenciado pelo ser humano, e para a devida intervenção,
o profissional deverá auxiliar o individuo a reelaborar sua história de vida
reconstruindo fatos que estavam fragmentados e a retomar o percurso
normal de sua aprendizagem. Analisa também a dinâmica institucional, com
todos os profissionais nela inseridos, detectando os possíveis problemas e
assim intervindo para que a instituição se reestruture.
No campo da atuação da psicopedagogia a intervenção, é preventiva
e curativa. No enfoque preventivo o papel do psicopedagogo é detectar
possíveis problemas no processo ensino-aprendizagem e desse modo deve
intervir psicopedagogicamente na vivência educacional da criança, para que
ela possa prosseguir sua caminhada rumo á formação e a capacitação
intelectual, além de preveni-los evitando que surjam outros
(...) a psicopedagogia deve ser direcionada não só para os descompassos da aprendizagem, mas também para uma
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melhoria da qualidade de ensino nas escolas. (SCOZ,apud PORTO 2009,p.111).
A psicopedagogia enquanto campo de conhecimento não pode ficar
alheia às questões sociais e educacionais de nosso país. No campo
conceitual psicopedagógico vem proporcionar uma nova possibilidade para
que a escola reverta esse quadro de fracasso, por meio da descoberta de
novas, possibilidades de ação e intervenção.
. A intervenção também se consegue a melhoria da relação do ensino
e da aprendizagem e com isso a construção da autonomia de todos os
envolvidos no processo educacional. A ação do psicopedagogo está
centrada na prevenção do fracasso escolar e das dificuldades da
aprendizagem, não só do aluno como também dos educadores e os demais
envolvido neste processo.
BOSSA citado por Porto, (2009) define três níveis de prevenção no
trabalho psicopedagógico institucional:
No primeiro nível, o psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a frequência dos problemas de aprendizagem. Seu trabalho incide nas questões didático-metodológica, bem como na formação e orientação de professores, além de fazer aconselhamento aos pais. No segundo nível, o objetivo é diminuir e tratar problemas de aprendizagem já instalados. Para tanto, cria-se um plano diagnóstico da realidade institucional e elabora-se planos de intervenção baseados nesse diagnóstico, a partir do qual se procura avaliar os currículos com os professores, para que não se repitam tais transtornos. NO terceiro nível, o objetivo é eliminar os transtornos já instalados, em um procedimento clínico com todas as suas implicações. BOSSA(1994,P.13)
3.1 Na Prática na Educação Infantil
O presente item trata da descrição da prática pedagógica, na
Educação Infantil que se vivencia em uma creche.
Segundo Teixeira (2012) Todos os jogos, todos os brinquedos ou as
brincadeiras favorecem as diversas áreas: cognitiva, social, afetivo,
emocional, perceptivo-motora, moral, entre outras.
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O educador da educação infantil tem que elaborar projetos todo mês,
por conta das datas comemorativas.
No mês de fevereiro foi trabalhado o tema carnaval, onde foi
elaborado cartazes, com fotos de fantasias e dos carros alegóricos e em
cada sala foi confeccionada uma máscara de carnaval feita com material
reciclável para ser colocado no pátio no dia do baile de carnaval.
Durante a semana que antecede o domingo de páscoa, foi realizado
um lanche da páscoa com várias guloseimas e também foi explicado para as
crianças o significado da páscoa, foi elaborado um mural com os trabalhos
feitos por elas, todas foram pintadas e saíram com as orelhas do coelho.
No mês de maio, teve uma conversa com os alunos sobre o dia do
trabalho. As crianças se vestiram de acordo com alguns profissionais, tais
como: cozinheiro, professor, pedreiro e entre outros. Houve também uma
semana dedicada as mães que foi dado o nome da “semana da beleza”, na
qual em cada dia uma mãe foi à creche ensinar culinária, contar uma história
da sua infância, fazer uma atividade de artesanato, brincar com as crianças,
uma brincadeira da sua época e no último dia teve o dia da beleza, no qual
as mães que tem os dotes de manicure, cabeleireira e massagista,
proporcionaram as outras mães e também as funcionárias da creche, um
dia de rainha, teve também um bolo e distribuição de lembrancinha e os
alunos homenagearam com um coral cantando a música do Roberto Carlos
“Como é grande o meu amor por você.”
Em junho aconteceu à semana do meio ambiente em que os alunos
juntos com as professoras elaboraram cartazes e foi falada a importância da
água para eles, como também para os peixinhos. Com a ajuda da
professora, eles elaboraram um aquário individual e foi apresentado a elas
água potável, água contaminada, a composição da água e a confecção de
brinquedos feitos com o lixo reciclável, foi feito uma exposição na qual os
pais participaram e onde existiam objetos que foram feitos e vendidos, com
isso, gerando lucro.
Ainda no mês de junho houve a festa junina. Cada sala apresentou
uma música com dança que foi ensaiada pelas professoras com os alunos e
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no dia da festa teve um lanche junino com todas as guloseimas. Depois, teve
a dança com as crianças e professoras caracterizadas com a participação
dos pais.
No mês de julho foi feita uma homenagem para as avós, com
brincadeiras, danças, um chá com guloseimas e com a distribuição de
lembrancinhas e versos declamados por alguns alunos. Ainda no mês de
julho foi comemorado o dia do amigo, de hora em hora era tocado o alarme
e os funcionários e as crianças, abraçavam aquela pessoa que estava ao
seu lado naquela hora.
Já no mês de agosto, ocorreu à oficina de culinária com a participação
dos alunos do maternal II, cada aluno tinha uma receita, enviada pela mãe
ou avó como o seu passo a passo, que foi orientada pela recreadora,
quando a receita pedia ir ao fogo, eles ficavam na porta da cozinha
observando a cozinheira dar continuidade, fritando ou mexendo na panela
em cima do fogo ou colocando no forno e. com isso foi ensinado que tudo
tem regras e que tinha que ter paciência para esperar que ficasse pronto, na
hora de saborear, foi distribuído o doce, o salgado, o amargo e o azedo.
Com essa oficina, também teve a interação do grupo e isso também pode
ser feito em casa com seus familiares. Também no mês de agosto teve o dia
do folclore, em que cada turma fez a sua fantasia de acordo com a lenda,
por exemplo; saci, curupira,mula sem cabeça e entre outros.
No mês de setembro cada turma representou: soldado das forças
armadas e foi cantado o Hino da Independência e teve uma marcha dentro
da comunidade com a participação dos pais e todos os funcionários da
creche. Teve ainda o dia internacional do livro infantil e as crianças, junto
com suas professoras elaboraram, individualmente o seu livro contando
através de figuras e fotos á sua história até a presente data. Ainda no mês
de setembro no dia da árvore, cada turma plantou uma muda de espécies
diferentes.
Em outubro, na semana das crianças, foram elaboradas atividades
com os alunos, show de talentos, tarde do cinema com o filme “Rio”, tarde
dançante, apresentação de um grupo de circo e para o fechamento da
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semana, bolo, doces, sucos e distribuição de lembrancinhas para cada
criança e sempre sinalizando ao aluno que ele tem o direito de brincar,
interagir e compartilhar com o outro em qualquer ambiente que ele esteja
inserido.
Foi comemorado o dia internacional da terceira idade, falaram sobre o
estatuto do idoso e o respeito e a paciência que devemos ter com eles.
Continuando ainda no mês de outubro os pais elaboraram uma festa
surpresa para os professores, com bolo e refrigerantes foi uma tarde
maravilhosa pelo reconhecimento do trabalho da equipe.
No mês de novembro teve um projeto que abordou a África e a
importância da cultura africana, suas danças, suas vestimentas, sua
culinária e teve uma apresentação de um capoeirista, dança de jongo,
instrumentos usados por eles e fabricados. Foi convidada uma professora
pós-graduada em cultura africana que falou sobre os negros que se
destacaram em várias áreas, e que devem ser respeitados por todas as
pessoas e que o racismo é um crime inafiançável. No dia da bandeira foi
elaborada uma bandeira feita de material reciclado, cada turma fez uma
parte.
No mês de dezembro, foi comemorado o dia da família aonde foi uma
psicóloga que ministrou uma palestra falando da importância da família na
vida do aluno e também em seu ambiente escolar. No dia do atleta os
professores fizeram vários exercícios e os alunos observavam a importância
dos exercícios para o bem estar de todos. Ainda no mês de dezembro um
professor da creche se vestiu de Papai Noel e distribuiu lembrancinhas para
as crianças, cada criança trouxe um prato de guloseimas para a ceia
natalina, e também se explicou a simbologia do Natal. É importante integrar
os conhecimentos das famílias nos projetos pedagógicos da creche, não só
as questões culturais e regionais, mas também a questões afetivas.
Músicas
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As músicas fazem parte da programação, sejam elas folclóricas,
cantigas de roda e festivas, embora sejam quase todas de domínio público,
tendo como objetivo esclarecer a sua aplicação durante uma atividade.
Segundo, Aranha (1993), às músicas devem ser inseridas de forma
oportuna e após estimulação verbal. É frequente as crianças, expressarem
ritmicamente parte de uma história. Criando uma melodia para acompanhar
o ritmo das palavras surgidas espontaneamente.
Uma vez por semana, na sexta-feira na parte da tarde tinha o baile
com diversos tipos de músicas, buscando agrupar e coordenar diferentes
sons e criar pequenas frases musicais e canções que envolvam os nomes
dos amigos e rimas.
Outra forma usada, a criança aprende a desenhar aquilo que ouve um
som curto, grosso ou fino, por exemplo: com, massinhas, lãs, barbantes,
botões ou tampinhas que permite a criança a se associar com vários tipos de
sons e se expressar de diversas formas.
Nas aulas de educação-física as crianças participavam junto com a
professora, a explorar diferentes maneiras de produzir sons com o próprio
corpo, ampliavam seu repertório de músicas e canções, brincadeiras de
rodas, jogos, músicas com isso manifestavam a preferência por algumas
músicas e canções.
Jogos
A professora pedia para as crianças formarem uma roda e depois
explicava que o jogo era também uma brincadeira, mas com regras
preestabelecidas por quem vai dirigir.
Na creche era observado, que a criança quando manipulava um
brinquedo ou um jogo, estava mobilizando diversas áreas importantes para
que a ação de brincar possa acontecer.
Há uma área que é mais favorecida do que a outra, essas áreas
favorecidas vão variar de acordo com a idade cronológica, com a série e
com o objetivo da atividade.
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Segundo Teixeira: Jogos, brinquedos e brincadeiras estão presentes
na história da humanidade, da construção social, cultural e sempre fizeram
parte da vida cotidiana das pessoas, ainda que implicitamente, estejam
comumente relacionados a ideia de motivação. (TEIXEIRA:2012;25)
Jogo com o dado da afetividade
Procedimentos: A professora irá participar com os alunos, porém ela
desempenhará o papel de observador. Escolhe uma criança e pede para
que ela jogue o dado, o lado em que o dado cair, a criança irá escolher uma
colega para realizar o que a figura representa.
Recursos utilizados: Caixa de papelão, emborrachado colorido, cola de
isopor para confecção do dado e gravuras.
Conteúdo: Mediante o jogo com o dado, a criança aprenderá regra e
execução das tarefas.
Objetivo Geral: Através do jogo, trabalhar socialização da turma, o respeito
ao próximo estimular a afetividade entre as crianças.
Tempo: Aproximadamente 25minutos para que todas as crianças possam
participar.
Essa atividade é muito rica, pois proporciona as crianças por meio da
brincadeira a desenvolverem e revelarem sua afetividade para com os
colegas.
Brincadeiras
Na escola eram apresentadas varias brincadeiras tradicionais que
contribuíam para a permanência da cultura lúdica e o que as crianças
vivenciavam fora da creche.
Segundo Heller (1985), diz que pela brincadeira a criança tem a
possibilidade de transformar o desconhecido em conhecido, assim sendo
capaz de reforçar ou alterar o universo a sua volta.
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As crianças aprendem brincando porque nesses momentos, são
levantadas questões, criando, transformando, discutindo, revelando-se
nesse brincar o teórico e o historiador que são característica todo ser
humano.
Brincadeira: Dentro e Fora
Material: Um giz, para desenhar um circulo no chão.
Local: Sala de aula, pátio ou onde preferir.
Instruções: Todas as crianças ficam fora do círculo. Quando o organizador
falar “dentro” as crianças devem pular para dentro do círculo e quando ele
falar “fora” as crianças saem, para fora do círculo. O organizador continua a
falar as palavras dentro e fora em um intervalo de tempo cada vez mais
curto. Quem errar vai sentando, o último é o vencedor.
Áreas favorecidas: Cognitiva, social, perceptivo-motora, afetivo-
emocional, linguagem e moral. Compreensão do conceito dentro e fora.
Arte
A arte representa importante papel no desenvolvimento das crianças
e por isso merece do professor especial atenção. Por meio do desenho a
criança consegue realizar suas potencialidades, principalmente quando lhe é
permitido fazer aquilo que sente e como também pode construir um
indicador do seu desenvolvimento emocional e intelectual, como também a
imaginação e a reflexão. Descobrir novas linguagens interagir com diferentes
materiais, instrumentos e identificar a arte como expressão de uma cultura.
As atividades com a arte constituem uma tentativa de aproximar a
leitura e a escrita de suas possibilidades de transformação da realidade a
partir da criação de cada um. As atividades artísticas em grupo
proporcionam oportunidades às crianças para observar e assimilar a
experiência dos outros, integrar-se ao grupo, sentir seu trabalho valorizado
pelos colegas.(CAMPBELL,2010;123).
A criança exercita independência e iniciativa quando lhe é dada a
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oportunidade de escolher seu trabalho. Ela desenvolve sentimentos e
emoções e descobre a si mesma por meio de suas obras. Conhece e
valoriza a produção artística própria e dos colegas como também de
algumas personalidades que são importantes para a humanidade. A
exploração e manipulação de materiais, como lápis e pincéis de diferentes
texturas e espessuras, brochas, carvão, carimbo, tintas, areia, argila, jornais,
papelão entre outros. Desenvolve também o cuidado com o próprio corpo e
dos colegas no contato com os suportes e os materiais de artes.
Todos os trabalhos das crianças devem ser aproveitados para
embelezar a sala de aula (murais e cantinhos), devem-se também organizar
álbum e livrinhos, visando prestigiar sua obra criadora. A educação infantil
contribui para desenvolver na criança sua competência artística, nas
diversas modalidades da área de artes (arte visuais, dança, música e teatro).
Como também a de apreciar, valorizar e julgar os bens artísticos de todos os
povos e as culturas ao longo da história.
EDUCAÇÃO FISICA
Na educação infantil faz-se necessário, implementar as atividades que
estimulam e enriquecem o repertório motor, cognitivo, afetivo e social que se
caracteriza pela construção dos processos de ensino e de aprendizagem e
também a orientação da escolha de objetivos e conteúdos, visando ampliar
as relações entre os conhecimentos da cultura corporal e do movimento.
O professor deverá planejar suas atividades, respeitando as múltiplas
inteligências e analisar seus alunos de forma, motora, afetiva, social e
cultural. Nessa fase de desenvolvimento da criança, é neste momento do
inicio da vida escolar, que os estímulos se traduzem em aprendizados que
podem refletir por toda a vida, sendo estes aprendizados positivos
(conhecimentos corporal, compreensão das letras e números.) ou negativos
(traumas causados por movimentos ensinados inadequadamente; entre
outros).
Educação Física é uma atividade preparada para estimular a criança
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a brincar, possibilitando (objeto) e o brincar (ação), dentro de um ambiente
especialmente lúdico. É uma atividade onde tudo convida a explorar, a
sentir, a experimentar e a estar junto. Ao mesmo tempo em que acriança
percebe o outro, aprende que não está sozinha no mundo, pois é o espaço
da partilha, da cooperação e também da competição e atitudes que surgem
e são negociadas naturalmente como atividades lúdicas.
(MACHADO,2012;24)
A educação física deve propiciar as crianças a aprendizagem dos
movimentos fundamentais e possuir características lúdicas, sem contudo
assumir característica de recreio. Portanto as avaliações deverão ocorrer de
maneira onde o aluno estará brincando e o professor avaliando, sabendo de
suas necessidades principais. Neste mesmo sentido, levar em consideração
as atitudes de respeito, solidariedade e a relação com o outro, já que, nesta
faixa etária, existe a crise de oposição, ou seja, a negação do outro, funciona
como uma espécie de instrumento de descoberta de si próprio. A construção
do eu depende essencialmente do outro.
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CONCLUSÃO
O cuidar e o educar atualmente vêm sendo discutido no espaço
escolar e tem se buscado através da vivência na creche à ligação entre
ambos e como também a interligação dessas ações na creche. É notório que
a creche é o primeiro espaço escolar que a maioria das crianças vivenciam
como também é um local de cuidados e de aprendizagem e que deve ser
trabalhado junto pelos educadores.
A creche deve ter a função de socializar a criança, permitindo que ela
conheça o novo e que seja capaz de conviver em grupo respeitando as
diferenças e o espaço de convivência.
A indissociabilidade da função do educador/cuidador reflete no papel
do educador que deve ser não só um cuidador de crianças, mas um
educador e formador de indivíduos, que estejam aptos a aprender a viver e a
conviver observando suas técnicas, métodos e caminhos para alcançar os
objetivos propostos, buscando na vivência e situações do espaço escolar, o
desenvolvimento social, físico, psicológicos, motor e intelectual das crianças.
O objetivo geral desta pesquisa conclui que o educador de creche é
além de cuidador um educador e formador de princípios, que auxilia a
criança na busca de sua identidade.
Os objetivos específicos influenciam as crianças na busca do novo,
cuidando e educando com responsabilidade e carinho, sendo consciente de
sua função.
Conclui que o educador é transmissor de conhecimento e busca
através de ações conjuntas com a equipe pedagógica os meios e
instrumentos de ensino que permitam a socialização da criança e também o
desenvolvimento em todos os aspectos de sua vida.
Deve o pedagogo trabalhar junto ao educador, apresentando,
cooperando, contribuindo com dedicação e sendo um facilitador em busca
do desenvolvimento e do sucesso das crianças. Atua como um verdadeiro
facilitador possibilitando a reflexão e ainda sendo um mediador entre o
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educador e o educando. A conquista esperada pela equipe pedagógica no
processo de ensino e de aprendizagem depende da maneira e do
entrosamento, de todos os que fazem parte dela.
O professor da educação infantil deve buscar a formação continuada,
para que possa observar melhor ás crianças e também para a realização de
uma educação de qualidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lucia A. R. – Desenvolvimento Infantil na Creche –
Loyola, São Paulo (1993)
BARBOSA, Maria Carmem Silveira, Por Amor e Por Força, Rotinas na
Educação Infantil Editora Artmed (2007)
CAMPBELL, Selma Inês – Projeto Político Pedagógico: Guia Prático –
WAK (2010)
ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente
KRAMER, Sonia – Com a Pré – Escola nas Mãos – Ática (2003)
LDB, Lei de Diretrizes de Base da Educação Infantil
Multirio (2008) Prefeitura do Rio de Janeiro
Porto, Oliveira, Psicopedagogia Institucional, Editora WAK (2009)
SANCHES, Emilia Cipriano – Creche: Realidade e Ambiguidades –
Petrópolis, RJ, Vozes (2004)
TEIXEIRA, Sirlândia Reis de Oliveira – Jogos, Brinquedos, Brincadeiras e
Briquedoteca: Implicações no Processo de Aprendizagem e
Desenvolvimento – 2ª Ed. RJ – WAK (2012)
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ÍNDICE
AGRADECIMENTO.........................................................................................3
DEDICATÓRIA................................................................................................4
RESUMO.........................................................................................................5
METODOLOGIA..............................................................................................6
SUMÁRIO.......................................................................................................7
INTRODUÇÃO................................................................................................8
CAPÍTULOI– A história da Creche.............................................................10
1.1– A Origem.........................................................................................10
1.2– No Brasil.........................................................................................12
1.2.1 – Regulamentação...................................................................14
CAPÍTULO II – Cuidar e educar..................................................................17
2.1 – A indissociabilidade do cuidar e educar na Educação
Infantil.....................................................................................................17
2.2 – A rotina da creche....................................................................18
2.3 - Formação de educadores para a Educação Infantil..............24
CAPÍTULO III A Psicopedagogia................................................................29
3.1 - Na prática da Educação Infantil...............................................30
CONCLUSÃO................................................................................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................41