DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2013. 2. 1. · organizacional, como objeto de...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO EM MARKETING
Por: Alexandro Ferraz de Souza
Orientador
Prof. Jorge Vieira
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO EM MARKETING
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Marketing...
Por: . Alexandro Ferraz de Souza
3
AGRADECIMENTOS
....a minha mãe pelo empenho e
dedicação, aos amigos e aos
professores do Instituto a Vez do
Mestre.
4
DEDICATÓRIA
.....dedico a minha mãe Edna pelo apoio e
amor nas horas mais difíceis.
5
RESUMO
O Objetivo desta pesquisa é pontuar e diagnosticar as ferramentas de
comunicação para eficácia do marketing.
As empresas de um modo geral buscam formas de conhecer melhor
seu público-alvo e definir objetivos para alcançar os resultados. A área
de marketing precisa estar alinhada com a visão estratégica da
organização e com isso a comunicação torna-se uma peça fundamental
no processo de elaboração de um plano de marketing em comunicação.
A pesquisa vai pontuar os conceitos de marketing, comunicação e
clientes, a fim de melhorar a comunicação e o processo de marketing
desenvolvido nas empresas.
Palavras-chaves: Marketing – Comunicação - Consumidores
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada foi baseada em livros da área de marketing com
perfil em gestão e princípios fundamentais do profissional da área.
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SUMÁRIO
Introdução...........................................................................08
Capítulo 1- O Marketing na comunicação.............................10
1.1 – O que é Marketing? .......................................................12
1.2 – Comunicação em Marketing ..........................................16
1.3 – Importância na área de Marketing ..................................19
Capítulo 2 - Empresas e Marcas .............................................21
2.1 – Marca e Imagem ............................................................23
2.2- Comportamento do consumidor .........................................26 2.3 – Endomarketing ..................................................................30
Capítulo 3– O Papel da informação no Marketing.................32
3.1 – A pesquisa no Marketing ...................................................34 3.2 – Processo de elaboração de uma pesquisa ........................36 3.3 – Plano de comunicação em Marketing ................................38
Conclusão .............................................................................42
Bibliografia ...........................................................................43
Índice ....................................................................................45
Folha de Avaliação ................................................................46
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INTRODUÇÃO
Na era da informação e comunicação o marketing se tornou
indispensável para as empresas. Hoje, os consumidores estão cada vez mais
cientes das atribuições e apelos mercadológicos dos profissionais da área.
Com isso a comunicação em marketing é um fator determinante no processo
decisório de atribuição de significados para uma marca ou organização.
Segundo, Argenti (2006, p.29) “ a primeira parte de uma estratégia de
comunicação empresarial eficiente está relacionada à própria organização”. Os
três subconjuntos de uma estratégia organizacional incluem: determinar os
objetivos de cada comunicação; decidir que recursos estão disponíveis para
alcançar tais objetivos e diagnosticar a reputação da organização.
O Marketing é uma ferramenta de gestão que auxilia a comunicação
com todos os públicos. Função organizacional e conjunto de processos que
envolvem a criação, a comunicação e entrega de valor para os clientes, bem
como a administração do relacionamento.
De Acordo com Gioia (2010, p.7) “ a execução do marketing se dá pela
aplicação de técnicas ou programas às diversas dimensões ou variáveis
passíveis de intervenção no “objeto” do marketing, isto é, o bem, o serviço, a
ideia ou a pessoa.”
Na opinião do autor existem diversos modelos que enumeram as
principais variáveis de marketing, sendo o mais destacado o de McCarthy,
chamado de 4Ps, também conhecido como composto mercadológico ou mix de
marketing, ou ainda, marketing mix, que relaciona as seguintes variáveis:
Produto, Preço, Praça e Promoção.
Com isso os profissionais de marketing precisam estar cientes de que
vivem os impactos da chamada sociedade da informação, em que o
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conhecimento é cada vez mais requerido em quantidade e qualidade, para fins
de elaboração de produto.
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CAPÍTULO I
O Marketing na Comunicação
A comunicação organizacional originou-se no período da
Revolução Industrial, quando houve uma completa mudança nas relações de
trabalho, pois até então os artesãos praticamente trabalhavam sozinhos e
atendiam diretamente seus compradores. Para Kunsch ( 2003, p.149),
“Comunicação organizacional integrada é conceituada como: comunicação
organizacional, como objeto de pesquisa, é a disciplina que estuda como se
processa o fenômeno comunicacional dentro das organizações no âmbito da
sociedade global. Ela analisa o sistema, o funcionamento e o processo de
comunicação entre a organização e seus diversos públicos.
Para Kunsch, o mix da comunicação nas organizações é composta
por:
Relações Públicas – Comunicação Institucional
• Marketing Social
• Marketing Cultural
• Jornalismo Empresarial
• Assessoria de Imprensa
• Imagem corporativa
• Editoração multimídia
• Publicidade Institucional
Comunicação Interna – Comunicação administrativa
• Processo Comunicativo
• Fluxos informativos
• Redes formais e informais
• Barreiras
• Mídias internas
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Marketing – Comunicação mercadológica
• Publicidade
• Promoção de Vendas
• Feiras e exposições
• Marketing direto
• Imagem Corporativa
• Merchandising
• Venda pessoal
De acordo com Perrotti (2012, p.8), “as empresas passaram, nos últimos
anos, por um processo de mudanças aceleradas, de empresas familiares de
pequeno e médio portes que se transformaram em multinacionais, globais e
transnacionais, o que acarretou a necessidade de adequação dos processos
de comunicação.
Segundo o autor, as novas tecnologias, ao mesmo tempo que permitem
maior controle sobre a operação da empresa, estabelecem uma sociedade em
rede, o que possibilita que as empresas, as pessoas e os países estejam
interligados e possam sentir qualquer mudança que ocorra em diferentes
pontos da rede da qual fazem parte. Assim, frente a uma situação de risco ou
de crise, teremos não só mais uma resposta localizada, mas também uma
resposta globalizada.
Conforme, Gabriel (2010, p.35),” o planejamento de marketing é o
processo no qual uma empresa analisa o ambiente de marketing (macro, micro
e ambiente interno da empresa) com foco nos seus objetivos com um
determinado público-alvo, traçando as estratégias de marketing para alcançar
tais objetivos.” No sentido mais amplo da palavra, “estratégia é a definição de
como recursos serão alocados para se atingir determinado objetivo”.
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1.1 – O que é Marketing ?
Marketing é uma das funções empresariais mais importantes, sendo o
conjunto de processos voltados a facilitar e consumar a troca, normalmente
buscando atender a necessidades e desejos.
Segundo, Minadeo (2008, p.9), “marketing pode ser entendido como
uma orientação da administração baseada em que a tarefa primordial da
organização é determinar as necessidades, os desejos e os valores de um
mercado visado, e adaptar-se para promover a satisfação do consumidor de
forma mais eficaz que seus concorrentes. Em outras palavras, o papel do
marketing é conquistar e manter clientes. Um desejo de um consumidor unido
ao poder de compra pode ser definido como demanda potencia”.
Segundo Philip Kotler, “marketing é um processo social por meio do
qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que
desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de
valor com os outros".
De acordo com Gioia (2010, p.6), “a American Marketing Association
define o marketing como “uma função organizacional e um conjunto de
processos de criação, comunicação e entrega de valor a consumidores e
gerenciamento de relações com clientes de maneira a beneficiar a organização
e seus stakeholders”. Portanto, marketing pode ser entendido como o processo
de dinamização e intensificação das trocas entre pessoas e organizações,
como o objetivo de alcançar a satisfação recíproca de consumidores e
produtores.
Contudo, quais seriam os objetivos do marketing? Para um dos mais
renomados pensadores da Administração, Peter Drucker, “o objetivo do
marketing é tornar a venda supérflua. A meta é conhecer e compreender tão
bem o cliente que o produto ou serviço se adapte a ele e se venda por si só. O
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ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para comprar. A partir daí, basta
tornar o produto ou serviço disponível”.
Outra abordagem de marketing segundo Minadeo (2008), é entender o
marketing como o mercado em ação, ou seja, baseado na própria etimologia
do termo. Assim, ele é visto como a atuação empresarial frente à dinâmica do
mercado. Dessa forma, centrado no mercado, pode-se dizer que, sem
concorrência, não existe marketing. O Autor revela ainda outra forma de
compreender a atividade de marketing é estudar a estrutura das organizações.
Em qualquer empresa há quatro funções-chaves: finanças, recursos humanos,
produção e marketing. Essas funções existem em todas as empresas,
quaisquer que sejam sua organização, tamanho, recursos ou atividade final.
Gabriel (2010, p.27), comenta que existem diversas definições para o
marketing, algumas mais complexas que outras, e algumas com focos mais
específicos que outras. No entanto, a sucinta definição de Kotler, apresentada
a seguir, traz de forma simples e completa a essência do marketing: “Marketing
é atividade humana dirigida para satisfazer necessidades e desejos por meio
de troca”.
Essa definição contém em si alguns dos aspectos essenciais do
marketing: primeiro, o marketing é dirigido para satisfazer necessidades e
desejos humanos e, dessa forma, precisa levar em consideração o público-
alvo antes de tudo, conhecendo-o para poder satisfazê-lo. Isso já coloca o
público-alvo no centro de qualquer ação de marketing, e conhece-lo é condição
essencial para estratégias de sucesso. Se o comportamento do público-alvo
muda, as estratégias de marketing também precisam mudar.
De Acordo com Gioia (2010, p.9), o marketing possui diversos tipos de
demandas. As empresas devem verificar as constantes mudanças nas
estratégias de seus clientes e utilizar o marketing para, quando possível e
desejado, alterar os estados de demanda de seus produtos. Os estados de
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demanda podem ser classificados da seguinte forma: demanda inexistente,
demanda negativa, demanda indesejada, demanda latente, demanda irregular,
plena demanda, demanda excessiva e demanda em declínio.
Segundo o autor vamos definir o conceito para cada demanda.
Demanda inexistente
Quando o público-alvo não tem interesse em um produto ou
desconhece seus eventuais benefícios, dizemos que tal produto tem demanda
inexistente. É a demanda mais difícil de ser alterada.
Demanda negativa
O mercado apresenta demanda negativa quando a maior parte dele
rejeita um produto ou o evita fortemente. São exemplos: procedimentos de
saúde invasivos, como endoscopias e injeções: a rejeição de muitas empresas
por candidatos que vestem roupas extravagantes ou usam adornos como
piercing na língua, independentemente de sua capacitação. O marketing tem
por objetivo tentar seduzir os preconceitos existentes em ambos os exemplos.
Demanda indesejada
Vários produtos que fazem mal à saúde ou não são socialmente bem
aceitos têm sido alvo de campanhas que tentam desestimular seu consumo,
pois eles possuem uma demanda indesejada.
Demanda latente
Os produtos existentes não conseguem atender a todas as
necessidades dos consumidores, sempre havendo espaço para inovações. No
Caso da demanda latente, o objetivo consiste em detectar essas necessidades
e verificar a viabilidade comercial de atendê-las. São exemplos possíveis as
vacinas contra males que afligem atualmente a humanidade, como a malária e
Aids.
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Demanda irregular
Vários produtos possuem uma sazonalidade em seu consumo, isto é,
uma demanda irregular. Essa variação pode ocorrer até mesmo durante certos
períodos do dia. O McDonald´s já fez promoções de redução de preço dos
seus sanduíches entre 15h e 18h, com o objetivo de incentivar as pessoas a
frequentarem seus restaurantes nesse horário.
Plena demanda
Quando as empresas conseguem atingir o total de vendas de sua
capacidade produtiva, dizemos que seus produtos ou serviços têm plena
demanda. Atingindo esse estágio, o grande desafio será mantê-lo.
Demanda excessiva
Quando a empresa não consegue atender à demanda total de seus
produtos, dizemos que enfrenta uma demanda excessiva. Por exemplo,
imagine um hospital ou uma universidade públicos, que prestem serviços
gratuitamente à população.
Demanda em declínio
Um produto pode ter seu consumo diminuído e chegar até mesmo a
desaparecer do mercado. Cabe ao marketing verificar o porquê desse
processo e, caso ele seja irreversível, fazer com que o declínio não seja
prejudicial aos consumidores habituais do produto, tampouco provoque
prejuízo à empresa. Por exemplo, com o surgimento do digital versatile disc,
mais conhecida pela sigla DVD, as vendas de aparelhos de videocassete
entraram em declínio. O desenvolvimento que esse produto vinha apresentado
foi praticamente eliminado, assim como sua própria propaganda, sinalizando
aos consumidores sua breve extinção.
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1.2 – Comunicação em Marketing
De Acordo com Gioia (2010, p.73), “as empresas precisam de de
informações, não apenas de dados, que são gatos e estatísticas. A informação
é composta por dados analisados e organizados de modo que respondam às
questões em aberto. Por isso cada vez mais é importante uma comunicação
mais eficaz nos departamentos de marketing”.
Segundo o autor, algumas queixas dos profissionais de marketing
quanto às informações passam por sua mesa são:
- existe um excesso de dados e poucas informações;
- as informações são dispersas, o que dificulta sua análise e
compreensão;
- alguns executivos negligenciam informações por razões pessoais;
- muitas vezes, informações vitais demoram a chegar e, assim, perdem
sua aplicação;
- em algumas situações, é difícil confirmar a veracidade da informação.
Perroti (2012, p.12), conceitua comunicação mercadológica como
sendo “o processo de administrar o tráfego de informações com o público-alvo,
isto é, com aquelas parcelas de público (interno ou externo) potencialmente
interessadas em reagir favoravelmente às negociações e transações
oferecidas pela empresa ou entidade emissora”.
A estratégia de comunicação considera os esforços que têm como
objetivo colocar os produtos na cadeia de distribuição de forma que cheguem
ao consumidor; para tanto, levam em conta os seguintes materiais e
procedimentos:
- Folhetos técnicos de apresentação do produto produzidos para os
canais de venda.
- Publicação de anúncios e de matérias pagas em veículos de
comunicação dirigidos aos revendedores.
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- Participação em eventos, como feiras, congressos, cujos públicos-
alvo sejam atacadistas e varejistas.
- Remessa de material chamativo e atraente; patrocínio de palestras;
convites para equipes estratégias de empresas distribuidoras para visitar feiras
ou participar de simpósios, inclusive no exterior, feitos sob pretexto, encobrindo
a razão principal de “comprar a simpatia e a disposição” daqueles que
exercerão influência decisiva nas compras.
- Desenvolvimento e implementação de concursos, com o objetivo de
premiar os canais e os vendedores com o melhor desempenho na venda dos
produtos da empresa.
- Manutenção dos sistemas de comunicação on-line e just in time com
os canais de venda, objetivando mantê-los informados sobre a disponibilidade
de produtos, preços, condições de pagamento, novos lançamentos, novos
investimentos, informações sobre o mercado dos produtos etc.
- Criação, produção e veiculação de campanhas publicitárias
cooperativas com os canais de distribuição.
- Criação e remessa de broadsides – folheto, DVD, CD-ROM
especialmente dirigidos aos públicos internos (vendedores e funcionários) e
intermediários (distribuidores e varejistas) da empresa, reportando a eles como
será a campanha de propaganda ou promoção, sua estratégia e amplitude,
sua temática e meios e sugerindo sempre como tirar o máximo proveito dela.
- Treinamento de vendas para as equipes dos canais distribuidores.
- Sistemas de atendimento via telefone ou internet, para agilizar os
pedidos e registrar as reclamações e sugestões.
- Patrocínios de eventos locais promovidos pelos canais de revenda.
Segundo Argenti (2006, p.40), “determinar o canal de comunicação
adequado é mais difícil para as empresas do que para as pessoas. As
escolhas de canal de um indivíduo geralmente são limitadas à escrita ou à fala,
com alguma variação, conforme o grupo ou a interação individual. Para as
organizações, no entanto, existem vários canais disponíveis para a
transmissão da mensagem”.
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Um outro fator determinante para a comunicação em marketing é a
interação com os consumidores. De acordo com Perroti (2012, p.13),
“consideram-se todas as ações junto àqueles que se enquadram aos
consumidores-alvo de produtos ou serviços, tais como propaganda,
publicidade, promoção de vendas e merchandising”.
Segue abaixo alguns objetivos e características segundo o autor:
Propaganda
- Ajudar a introduzir novos produtos em mercados-alvo específicos.
- Predispor, por meio de material de pré-lançamento, teasers etc.
- Ajudar a posicionar a marca ou o composto de marketing da
empresa, informando e persuadindo consumidores-alvo ou intermediários
sobre seus benefícios.
- Neutralizar esforços, promoções, lançamentos dos concorrentes.
- Preparar o caminho mais fácil para os vendedores.
Merchandising
O merchandising trata de operações destinadas a fazer fluir os bens de
consumo através dos canais de marketing. Segundo Perroti (2012, p.14),
merchandising se origina de “merchandise”, palavra inglesa que se traduz por
mercadoria. Comerchandise significa operar com mercadorias. É o conjunto de
todos os meios usados nas lojas de varejo com o objetivo de dar ênfase a
todas as atividades do complexo mercadológico, como: embalagem, preço,
propaganda, com o objetivo de aumentar as vendas.
Promoção de vendas
Seu objetivo específico é promover a venda. É sempre realizada com
um intervalo de tempo determinado.
Constitui-se em ações que ofereçam ofertas ou condições especiais de
vendas, visando à maior rotatividade do produto ou a um aumento de sua
demanda.
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1.3 – Importância na área de Marketing
O marketing é uma área tão importante e estratégica das empresas
que deixou de ser apenas um departamento. Segundo Minadeo (2008, p.20),
“todas as decisões estratégicas de uma companhia devem levar em conta o
consumidor, o mercado e os concorrentes. Todas as pessoas de uma empresa
devem possuir conhecimentos de marketing, qualquer que seja sua tarefa”.
Segundo Kotler e Armstrong (1993), marketing mix é um grupo de
variáveis controláveis que a empresa utiliza para produzir a resposta que
deseja no público-alvo. O ponto focal do processo os 4Ps: Produto, Praça,
Preço e Promoção inclui esses principais elementos.
Outras atividades segundo o autor é a pesquisa de Mercado que é a
coleta de dados que possam ser úteis às atividades de marketing, para trazer à
empresa conhecimentos sobre o consumidor e a concorrência, de modo a que
suas ações mercadológicas possam ser melhor ajustadas.
É preciso ter um fluxo de gerenciamento de marketing, com os
objetivos bem traçados a fim de chegar ao resultado final. As três principais
etapas básicas do marketing são: posicionamento, segmentação e o Mix de
Marketing ( os 4P´s).
De acordo com Gioia (2010, p.7):
Produto – são as características de qualquer bem, serviço, ideia,
pessoa, instituição etc. que potencialmente possui valor de troca. Entre essas
características estão o design do produto em si, a embalagem, suas cores, seu
aroma, seu sabor, a tipologia dos rótulos, entre outras.
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Preço – são as variáveis que refletem o custo do produto para o
consumidor, como o preço propriamente dito, condições de pagamento,
aceitação ou não de cartões de crédito etc.
Praça – é tudo o que se relaciona à distribuição, localização física e
logística envolvida para fazer um produto chegar às mãos do consumidor.
Promoção – é o processo de comunicação ativa dos atributos e
benefícios de um produto para o mercado-alvo pretendido. Para tanto, envolve
a criação e veiculação de programas de propaganda, de relações públicas,
além de venda pessoal.
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CAPÍTULO II
Empresas e Marcas
De acordo com Bernardi (2008, p.15), “a sociedade, o mercado e os
investidores acreditam em empresas, regras e leis, e esta crença, por sua vez,
depende da verdade e da confiança nas instituições. Não havendo confiança
são muito frágeis, difíceis e demoradas para conquistar, porém fácil e
rapidamente perdidas”.
Empresas vistas como egocêntricas e pouco preocupadas com seus
parceiros e outros participantes do sistema tendem a ter sua imagem
deteriorada e, por consequência, perdem a crença e a confiança. A excessiva
e única preocupação com o lucro a qualquer preço e com o valor da empresa a
qualquer custo, decisões por ambições egoístas, por meios não éticos ou
contraditórios, também contribuem para a deterioração da imagem. Os vários
escândalos empresariais em passado recente, desastres ecológicos, danos
ambientais, entre outros fatos do quotidiano mundial acentuam um
esgotamento da confiança nas empresas e em seus pressupostos.
Onde estão os valores humanos?
Segundo, Crawford (2002, p.6), “os valores humanos, confiança,
respeito, honestidade, dignidade, cortesia, tranquilidade – são elementos
fundamentais de qualquer sociedade livre e avançada”. Ainda assim, essas
mesmas coisas estão gradual, mas sistematicamente sendo removidas de
nossas vidas cotidianas. Não conseguimos desfrutar do fornecimento de
produtos ou serviços em um ambiente desprovido de valores humanos –
valores que são cada vez mais difíceis de se encontrar na sociedade. As
empresas são formadas por pessoas e consequentemente com os seus
valores de mundo e pessoais.
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Para entender exatamente essa lacuna de valores, Crawford, pontua a
necessidade de avaliar nossas circunstâncias pessoais e sociais: o que está
mudando ao nosso redor que desperta uma mudança em nossos desejos
como consumidores? Três mudanças importantes – desintegração social,
diminuição do tempo pessoal e a proliferação das tecnologias de informação e
comunicação, tudo ocorrendo ao mesmo tempo, estão nos levando a desejar
algo diferente. Na verdade, é menos algo diferente e mais uma mudança nos
pesos relativos que atribuímos ao contexto de uma transação.
Outro fator determinante nos mundos atuais para as empresas é a
globalização. Para Bernardi (2008, p. 17), “a globalização é entendida como
um caminho, uma tendência ou algo que está em constante movimento. Para
outros, vista somente pelo aspecto empresarial, é o oposto global do mercado
nacional, ou uma concorrência no “nosso mercado”. Há também o
entendimento quanto a uma padronização de práticas industriais e comerciais,
de produtos e hábitos de consumo nos vários e diferentes países”.
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2.1 – Marca e Imagem
Para uma marca conseguir sucesso no mercado não basta apenas
vender seus produtos e serviços, e importante ter um conceito bem elaborado
e com significado para os consumidores.
Segundo Minadeo (2008, p.169), “ marca é o nome, termo, símbolo,
grupo de palavras ou letras, desenho ou uma combinação desses elementos.
Seu uso visa identificar bens ou serviços de uma empresa, distinguindo-os dos
concorrentes. Nome de marca é o que pode ser verbalizado, como Fiat, Skol e
Natura. A logomarca é a parte que pode ser reconhecida, tal como um
símbolo, design exclusivo, cor ou letras próprias”.
Para o autor as duas dimensões que determinam uma estratégia de
marca dos produtos de uma empresa são: sua oferta e sua mensagem. A
oferta pode ser um produto ou serviço singular, ou uma linha diferenciada ou
com alguma qualidade especial.
Elementos desejáveis das marcas:
- Familiaridade: rápida identificação por parte do consumidor.
- Autoridade: fonte de promessa confiável de alta qualidade e
liderança.
- Caráter especial: traz a promessa relevante e diferenciada.
- Ausência de impedimentos legais.
- Facilidade de leitura, pronúncia e lembrança em vários idiomas.
- Facilidade de identificar-se com o produto e de comunicar seus
atributos.
- Evitar conotações negativas.
- Transmitir a tradição que a empresa possui.
Minadeo ressalta que a “imagem é a resultante da identidade
organizacional, expressa nos feitos e nas mensagens”. Para a empresa a
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imagem é um instrumento estratégico, um conjunto de técnicas mentais e
materiais, que têm por objetivo criar e fixar na memória do público, os ‘valores’
positivos, motivadores e duradouros. Estes valores são reforçados ao longo do
tempo (reimpregnação da mente) por meio dos serviços, as atuações e
comunicações.
A imagem é um valor que sempre se deseja positivo, isto é, crescente
e acumulativo, e cujos resultados são o suporte favorável aos êxitos presentes
e sucessivos da organização. A imagem é formada através das relações da
empresa com seus públicos, em vários níveis:
- Modo como a empresa delineia sua estratégia e estabelece sua
políticas de produto, preço, distribuição e promoção.
- Impressões causadas por seus empregados.
- Consequências das relações com os diversos públicos afetados pela
empresa, como: imprensa, líderes de opinião, fornecedores, órgãos do
Governo, consumidores e comunidade em geral.
- Ações desenvolvidas no setor de negócio e também as que são
decorrentes das atividades da região em que atua.
O que são identidade, imagem e reputação?
De acordo com Argenti (2006, p.80), “a identidade de uma empresa é a
manifestação visual de sua realidade, conforme transmitida através do nome,
logomarca, lema, produtos, serviços, instalações, folheteria, uniformes e todas
as outras peças que possam ser exibidas, criadas pela organização e
comunicadas a uma grande variedade de públicos”. Segundo autor, os
diferentes públicos formam, então, percepções baseadas nas mensagens que
as empresas enviam de forma tangível. Se essas imagens refletirem com
precisão a realidade organizacional, o programa de identidade terá obtido
êxito. Se as percepções diferirem radicalmente da realidade (e isso ocorre
geralmente quando as empresas não dedicam tempo necessário a analisar a
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existência real de um concorrente), ou a estratégia foi ineficiente ou o modo
como a empresa se percebe precisa ser modificado.
Argenti ainda ressalta, que uma vez que todos os setores hoje em dia
estão focados na competitividade global e que as empresas estão tentando
driblar a escassez de recursos, a identidade e a imagem de uma organização
podem se tornar o único traço distintivo entre uma empresa e outra.
O nome adotado por uma empresa é um importante elemento
mercadológico. Para Minadeo, (2008, p.181), “uma das principais tarefas da
atividade mercadológica em geral e da propaganda em particular é associar na
mente dos consumidores algum atributo, produto, ou necessidade a
determinada marca”.
Os principais ingredientes necessários para a construção de marcas
são conteúdo, mídia e Contexto. Segundo autor, conteúdo é o que atrai e
aglutina o interesse das pessoas, é o elemento objetivo de mensagem que é
trazido por certa marca ou campanha. A mídia constitui o elemento
responsável pela transmissão da comunicação. O Contexto é o pano de fundo
que faz esse conteúdo apresentar certo sentido que possa ser aproveitado
para transmitir determinada mensagem.
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2.2 – Comportamento do Consumidor
Os consumidores a cada dia ganham voz ativa no mercado
corporativo, as empresas utilizam diversas formas de identificar os principais
atributos que tornam sua marca, seu produto mais eficaz no mercado.
De acordo com Gioia (2010, p.37), “a perspectiva de marketing como
filosofia de gestão presume uma busca incessante da satisfação das
necessidades e dos desejos dos consumidores, ou seja, da criação de
produtos e serviços que venham ao encontro das expectativas do consumidor
ou as superem”.
Para conhecer o consumidor, geralmente inicia-se pela obtenção de
informações em quatro áreas principais:
- Características demográficas do consumidor, como número e
localização geográfica, distribuição em termos de renda, sexo, idade e nível de
instrução;
- Comportamentos de consumo (quem, o que, quando, onde e como
consome), comportamentos de compra (quem, quando, como e onde compra)
e de utilização de mídias (onde procura informação, hábitos de leitura, rádio e
televisão, frequência a congressos, exposições);
- Atitudes, como o conhecimento que o consumidor tem de uma marca
ou imagem que lhe atribui ou, ainda, medidas de satisfação;
- Processo de compra, como motivações, envolvimento e critérios de
escolha de uma marca.
Gioia comenta que o comportamento do consumidor pode ser
estudado com base em variáveis que tentam explicá-lo. Cada variável é objeto
de uma discussão sobre os diversos conceitos pertinentes às variáveis,
influenciando o processo de decisão de compra do consumidor.
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Segundo Minadeo (2008, p.61), “comportamento do consumidor é um
termo abrangente que se refere ao processo de tomada de decisão de compra,
tendo-se em conta que uma compra é uma atitude humana, decidida pelo
consumidor”. As pessoas compram bens e serviços não apenas para a
satisfação de suas necessidades, mas para que possam projetar imagens
favoráveis junto aos demais, dado que há uma forte componente social no ser
humano.
Diversas teorias mostram ao longo do tempo as motivações do
consumidor. Por exemplo, a teoria microeconômica aponta o lado racional,
enfatizando que o ser humano visa maximizar a satisfação que vai obter ao
efetuar algum gasto. Embora tenha alguma validade, mostrou ser muito
simplista e limitada, e não adequada senão para as classes de renda mais
baixas, ou para os produtos mais básicos.
O psicólogo Abraham Maslow desenvolveu um modelo da motivação
individual que ordena as necessidades humanas em um modelo piramidal,
com as fisiológicas na base e as de auto-relização no topo. As necessidades
de nível mais baixo estão relacionadas com o desenvolvimento pessoal e a
consecução do próprio potencial. Os cinco níveis da pirâmide são:
Necessidades fisiológicas: referem-se aos requerimentos básicos do
corpo como nutrição, água, abrigo confortável, viver em temperaturas
moderadas, descanso e sono.
Necessidades de segurança: incluem o desejo de estar seguro tanto
de danos físicos quanto de emocionais. Todos possuem o medo natural de
perder o que valorizam.
Necessidades sociais: incluem o desejo de afeto, de ser membro de
um grupo e de possuir afiliação com diversos outros círculos de pessoas,
sendo reconhecido no seu potencial como indivíduo.
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Necessidades de estima: refletem o desejo das pessoas de serem
vistas por si mesmas e pelos outros como uma pessoa de valor.
Necessidades de auto-relização: relacionam –se ao desejo de atingir o
próprio potencial e de realizar algo de único. Incluem a auto-satisfação e o
crescimento pessoal.
Outro fator interessante é saber como influenciar a mente do
consumidor.
Segundo Dooley (2012, p.3), “todo profissional de marketing enfrenta
dificuldade para tomar decisões sobre como estruturar uma linha de produtos e
como colocar preços. Uma pequena diferença de preço pode fazer uma grande
diferença nos lucros, mas o preço errado também pode matar as vendas.
Felizmente, o neuromarketing tem bastante a nos dizer sobre essas áreas
estreitamente relacionadas”.
Segundo autor, preço e produto, por si sós, precisam ser otimizados
para minimizar a dor da hora de pagar. Primeiro, o preço precisa ser visto
como justo. Se seu produto é mais caro do que os outros, não deixe de
explicar por que é um produto diferenciado.
De acordo com Brennam (2010, p.3), “o gradual crescimento da
participação das mulheres de todas as partes do mundo na força de trabalho,
elas ganham seu próprio dinheiro, além de administrar os gastos de seus
maridos, as transformou no segmento alfa de consumidores do planeta Terra”.
Em consequência, executivos de quase todas as indústrias estão se
movimentando para criar produtos e programas com apelo feminino,
especialmente em categorias de produto neutras em relação ao sexo do
usuário e tradicionalmente ‘masculinos’, como eletrônicos, seguros,
automóveis e financeira.
29
Na maioria dos programas de treinamento de vendedores inclui um
mantra sobre “conhecer seu cliente”. No mundo inteiro, são as mulheres que
compram virtualmente tudo que existe à venda. As mulheres fazem compra
diretamente ou então são influenciadoras-chave em cerca de 80% de todas as
vendas de bens de consumo efetuadas somente nos Estados Unidos. Isso
significa que mulheres são fêmeas em primeiro lugar e consumidoras em
segundo. A capacidade de entender sua estrutura cerebral, prioridades, visões
de mundo e padrões demográficos poderá dar à sua empresa uma das mais
genuínas vantagens competitivas que jamais poderá obter. E a recompensa
por ter apelo para compradores do sexo feminino é que, quando isso é
benfeito, você conseguirá que seus compradores do sexo masculino também
fiquem satisfeitos e eles nem perceberão que não faziam parte de seu público-
alvo principal.
30
2.3 – Endomarketing
O que é endomarketing?
O endomarketing consiste em ações de marketing voltadas para o
público interno, promovendo entre os funcionários valores destinados a servir
os clientes. Segundo Perrotti (2012, p.22), “o endomarketing é um processo
para adequar a empresa a um mercado orientado pelo cliente, configura-se
como estímulo para que toda a organização se mantenha voltada para o
mercado, além de ser um serviço realizado por clientes internos para clientes
externos”.
De Acordo com Clemen (2005, p.18), “são inúmeras as terminologias e
definições para Comunicação Interna. Alguns a denominam de Comunicação
corporativa. Outros, de Comunicação Empresarial. Endomarketing ou
Marketing Interno também são terminologias muito utilizadas para o simples
ato de comunicar dentro de uma empresa”. Na verdade, segundo autor, este
ato é simples quando o processo de comunicação Interna é valorizado e
inerente à cultura da Organização. Mas, nem sempre esse é o cenário
encontrado no meio empresarial.
O endomarketing é uma ferramenta gerencial para integrar o quadro
dos Recursos Humanos da organização, de modo a aprimorar o nível de
serviços prestados. Minadeo (2008, p.223), relata que “ o endomarketing visa
fortalecer as relações internas da empresa para integrar a noção de cliente
como fornecedor interno, trazendo melhorias na qualidade dos produtos, no
atendimento e na produtividade pessoal”. Quanto melhor funcionar o
endomarketing, mais atraente será a empresa, como local de trabalho para seu
pessoal.
Trabalhar o lado profissional quanto o pessoal é um dos fatores de
grande importância no mercado corporativo, até mesmo para a utilização do
31
endomarketing. Vale a pena encontrar os seus pontos fortes e seus talentos
para a obtenção de resultados.
Segundo Buckingham (2008, p.55), “talento é frequentemente descrito
como “uma aptidão ou capacidade natural especial”, mas para os propósitos
do desenvolvimento dos pontos fortes sugerimos uma definição mais precisa e
abrangente que se deriva de nossos estudos sobre grandes gerentes”. O
talento é qualquer padrão recorrente de pensamento, sensação ou
comportamento que possa ser usado produtivamente. Assim, se você é
instintivamente curioso, isso é um talento. Se é competitivo, isso é um talento.
Minadeo (2008, p.226), comenta quando o marketing interno é bem
feito, o externo será muito mais abrangente. Se cada empregado for
multiplicador da boa imagem da empresa, os produtos fabricados por ela serão
bem aceitos pelos seus clientes. Assim, o endomarketing facilita e realiza
trocas construindo relacionamentos com o público interno. Assim, se atingirem
os objetivos da empresa e se fortalecem as relações intra-departamentais.
Segundo Perrotti, para que o endomarketing se torne um procedimento
bem sucedido, devemos utilizar as mais diversas técnicas e os mais variados
canais de comunicação dentro da empresa tais como: publicações internas,
memorando, rádio interna, circular, relatório, correio eletrônico, newsletters,
murais, intranet, entrevistas, eventos, palestras, reuniões e workshops.
O endomarketing envolve ações de marketing para o público interno
ressaltando, ao mesmo tempo, a importância do funcionário no processo
produtivo e o respeito como ser humano, com potencialidades e dificuldades.
32
CAPÍTULO III
O Papel da informação no Marketing
Na atualidade fala-se muito de informação e comunicação de massa,
mas quais são as diferenças entre os conceitos?
Segundo Chaui (2006, p.36), “a expressão comunicação de massa foi
criada para se referir a objetos tecnológicos capazes de transmitir a mesma
informação para um vasto público ou para a massa. Inicialmente, referia-se ao
rádio e cinema, pois a imprensa pressupunha pessoas alfabetizadas, o que
não era requerido pelo rádio nem pelo cinema em seus começos. Pouco a
pouco, estendeu-se para a imprensa, a publicidade ou propaganda, a
fotografia e a televisão. Esses objetos tecnológicos são os meios por
intermédio dos quais a informação é transmitida ou comunicada”.
A comunicação institucional, com o seu papel de divulgadora da
organização de forma global, assume cada vez maior importância no
marketing, segundo Perrotti (2012, p.34).
Yanaze (2007), demonstra a importância da comunicação institucional
no marketing, afirmando que a razão disto encontra-se principalmente em dois
fatores, que são os seguintes:
1). As relações da empresa, que antes se resumiam basicamente a
vínculos comerciais de compra (com fornecedores) e de venda (com os
clientes), tornaram –se complexas, exigindo dela o desempenho de vários
papéis e a adoção de diferentes atitudes e comportamentos nas interações
com inúmeros públicos que hoje a cercam e afetam.
33
2). A disputa pela conquista de espaço nos mercados atualmente não
está restrita às estratégias relacionadas com os outputs (produtos,
precificação, distribuição e comunicação promocional).
34
3.1 – A pesquisa no marketing
Para Philip Kotler, pesquisa de marketing corresponde à elaboração, à
coleta, à análise e à edição de relatórios sistemáticos de dados e descobertas
relevantes sobre uma situação específica de marketing enfrentada pela
empresa.
Segundo Abep (Associação Brasileira de Estudos Populacionais), a
pesquisa de marketing é a coleta sistemática e o registro, classificação, análise
e apresentação objetiva de dados sobre hábitos, comportamentos, atitudes,
valores, necessidades, opiniões e motivações de indivíduos e organizações
dentro do contexto de suas atividades econômicas, sociais, políticas e
cotidianas.
De acordo com Gioia (2010, p.78), “ todas as pesquisas podem ser
classificadas em três categorias gerais: exploratórias, descritivas e causais”.
Para o autor o principal objetivo da pesquisa exploratória é prover maior
compreensão do problema enfrentado pelo entrevistador. É usada em campos
de estudo pouco estabelecidos, nos quais é necessário obter dados adicionais
para definir o problema. Suas principais aplicações são: definir o problema e
possíveis hipóteses; identificar variáveis que possam influenciar o problema;
estabelecer prioridades para pesquisas posteriores.
A pesquisa descritiva destina-se a descrever características de
determinada situação ou função do mercado. É importante tomar cuidado para
não coletar dados demais, que, apesar de interessantes, sejam inúteis. Para
um estudo descritivo ser valioso, é preciso coletar dados com um objetivo
definido e incluir uma interpretação do investigador sobre sua utilidade. A
pesquisa descritiva exige a formulação prévia de hipóteses específicas.
35
A pesquisa causal é um tipo de pesquisa utilizado para descobrir
relações de causa e efeito. Os gestores frequentemente tomam decisões com
base em relações causais presumidas, como acreditar que uma redução de
preços resultará em aumento de vendas e ganho de participação de mercado,
o que nem sempre acontece.
Para Minadeo (2008, p.85), “ a pesquisa de mercado deve ser vista
como mais um componente dos procedimentos que uma empresa emprega
para levantar informações. É comum falar da integração da pesquisa de
mercado em um amplo sistema de informações de marketing empresarial que
por sua vez é parte de um sistema ainda mais amplo de gerenciamento
corporativo de informações”. Para o autor com base nele, cria-se
conhecimento, e há muito interesse sobre como esse conhecimento pode ser
partilhado para criar uma organização que aprende, que é aquela que evolui à
medida que seus trabalhadores ganham novos conhecimentos, o que leva à
maior capacidade de tomar decisões acertadas.
36
3.2 – Processo de elaboração de uma pesquisa
Para ser realmente bem sucedido o profissional de marketing precisa
ter coerência nas ações e no pensamento estratégico. Por isso diversas
empresas especializadas buscam a eficiência nos processos de elaboração de
pesquisas em marketing.
De acordo com Gioia (2010, p.85), “ o processo de pesquisa de
marketing percorre cinco etapas: definição do problema, estruturação do
projeto de pesquisa, trabalho de campo ou coleta das informações, análise e
interpretação dos dados entre outros”.
Segundo autor, um problema é uma situação que requer algum tipo de
ação. Quando os gestores precisam de informações, geralmente descrevem o
problema e os tipos de informações necessárias para a tomada de decisão.
Essas informações são passadas em formato de briefing para um instituto de
pesquisa ou um departamento interno responsável pelas pesquisas de
marketing. Um projeto de pesquisa é definido como um mapa detalhado usado
para guiar uma pesquisa até seus objetivos. Sua estruturação envolve muitas
decisões inter-relacionadas. A mais importante é a escolha do tipo de pesquisa
a ser utilizado, conforme a natureza do problema.
Gioia (2010, p.87), ressalta que o trabalho de campo é a aplicação do
questionário ou roteiro, já aprimorado após o pré-teste, para toda a amostra.
Envolve do planejamento da coleta dos dados, isto é, a distribuição física e
lógica da equipe de entrevistadores e supervisores, passando pela montagem
dos controles de campo e pela coleta de dados propriamente dita, até a crítica
e a verificação dos questionários aplicados.
Segundo Minadeo (2008, p.90), “depois que o problema foi definido, a
equipe poderia formular uma hipótese, uma exposição tentativa de algum
evento específico. Uma hipótese é uma afirmação sobre o relacionamento
37
entre variáveis que carrega claras implicações para testar esse
relacionamento. A pesquisa de mercado fica mais objetiva à medida que for
realizada visando verificar se essa hipótese encontra respaldo na realidade.
Uma pesquisa que não tivesse uma hipótese seria dispersa”.
Dados primários são informações coletadas especificamente para a
pesquisa em andamento. São obtidos das fontes: consumidores, força de
vendas, concorrentes e mercado. Para Minadeo, toda empresa contém
informações valiosas. A análise desses dados pode proporcionar uma base
para obter uma vista geral da eficiência da companhia e uma pista para a
resolução do problema do momento.
Outro fator importante segundo o autor, é que os pesquisadores devem
analisar os resultados em conjunto com os profissionais que solicitaram a
pesquisa. Isso elimina preconceitos ou simplificações. Um perigo a ser evitado
é a tendência a se aceitarem os resultados que mostram aquilo que se
esperava e rejeitarem os demais, efeito conhecido como wishful thinking.
A entrevista é um dos métodos de coleta de dados que permite ter
acesso as informações descritivas e dados primários. Segundo Minadeo,
“consistem em fazer perguntas diretamente a amostras de consumidores,
sobre seu conhecimento, atitudes, preferências ou comportamento em relação
ao consumo de certo item. Algumas informações não podem ser obtidas
através de observação. O pesquisador precisa de informações dos
consumidores sobre atitudes, motivos e opiniões”.
38
3.3 – Plano de comunicação em Marketing
Como elaborar um plano de comunicação em marketing eficiente e
objetivo?
De acordo com Gabriel (2010, p.35), “o planejamento estratégico de
marketing é o processo no qual uma empresa analisa o ambiente de marketing
(macro, micro e ambiente interno da empresa) com foco nos seus objetivos
com um determinado público-alvo, traçando as estratégias de marketing para
alcançar tais objetivos”.
Um plano de marketing deve contemplar dois aspectos: o estratégico e
o tático. O aspecto estratégico consiste na análise da situação e oportunidades
do mercado determinando as estratégias a serem desenvolvidas. Por outro
lado, o aspecto tático se refere às ações operacionais a serem executadas em
decorrência das estratégias determinadas, como precificação, determinação de
canais, contratação de agências e fornecedores para executar as ações etc.
(Gabriel, 2010).
Segundo autora, existem diversos modelos de plano de marketing que
englobam esses dois aspectos. Segue abaixo uma estrutura mais simples:
1)- Introdução
2)- Análise do macroambiente
3)- Análise do microambiente: mercado, concorrência e público-alvo
4)- Análise do ambiente interno/produto
5)- Matriz Swot – Avaliação de competências e análise de cenários
6)- Objetivos e metas de marketing
7)- Estratégias (4Ps)
8)- Planos de ação (tático-operacional)
9)- Orçamentos e cronogramas
39
10)- Avaliação e controle
De acordo com Bernardi (2010, p.121), “um bom plano de marketing é
ponto crítico e vital ao projeto, pois dele derivam todas as projeções
subsequentes, demonstrando os dados e subsídios necessários à sustentação
do modelo de negócios e as informações pertinentes que irão compor o plano
de negócios em suas partes específicas”.
Analisando cada etapa de um plano de marketing, segundo Gabriel
(2010):
Introdução
A Introdução é um resumo do plano de marketing e deve apresentar os
motivos e objetivos da elaboração deste. Assim, a introdução deve conter o
resumo de: empresa/produto; principais motivos que justifiquem a elaboração
do plano; principais objetivos do plano; estratégias de marketing a serem
implantadas.
Análise de macroambiente
Esta etapa do plano visa a analisar todas as variáveis do
macroambiente e os possíveis impactos que possam exercer sobre a
empresa/produto. As variáveis a serem analisadas são: políticas; econômicas;
sociais e culturais; demográficas; tecnológicas; naturais (provenientes da
natureza).
Análise de microambiente: mercado, concorrência e público-alvo
Analisamos o microambiente e os impactos que ele pode trazer para
nossa empresa/produto.
Mercado
Mercado refere-se ao mercado de atuação da empresa/produto. Essa
análise é fundamental para fornecer informações sobre oportunidades e
40
ameaças provenientes do mercado. Assim todos os dados de mercado
relacionados com o produto/empresa devem ser levantados.
Concorrentes
Concorrentes são ofertas e substitutos (produtos, genéricos ou orçame
nto) reais ou potenciais do nosso produto/marca que o consumidor-alvo pode
considerar.
Público-alvo
O público-alvo é o foco das estratégias de marketing, que são
desenvolvidas em função do público-alvo. Portanto, quanto mais se conhecer o
público-alvo, melhores serão as chances de se desenvolver estratégias
adequadas a ele.
Análise do ambiente interno/produto
A análise do ambiente interno da empresa (marca, departamentos,
funcionários, instalações, estacionamento, sortimento, qualidade de
atendimento, preço, produto, praça, promoção etc.) permite detectar as forças
e fraquezas do nosso produto, possibilitando uma posterior avaliação de
competências na matriz SWOT.
Matriz SWOT – Avaliação de competências e análises de cenários
Levantamento de todas as informações indicando forças, fraquezas,
ameaças e oportunidades. Após relacionar todos os dados referentes a forças,
fraquezas, ameaças e oportunidades, eles devem ser montados na Matriz
SWOT e analisados com a Matriz de Confrontação para determinar os
objetivos possíveis.
Objetivos e metas de marketing
Um plano de marketing é desenvolvido quando existe um problema a
ser resolvido ou um objetivo a ser alcançado no mercado. Um objetivo de
marketing pode envolver quaisquer aspectos do marketing, como lançamento
41
de produto, fortalecimento ou recuperação de imagem, aumento de vendas e
Market Share etc.
Estratégias de marketing (4Ps)
São traçadas as estratégias com os 4 Ps ( produto, preço, praça e
promoção) para atender aos objetivos de marketing determinados.
Plano de ação
Os planos de ação são a parte tático-operacional do plano de
marketing, ou seja, determinam como a estratégia será operacionalizada.
Orçamentos e cronogramas
Neste estágio são feitos os gráficos de alocação dos programas de
ação determinados no estágio anterior, de forma cronológica, física e
financeira. Eventualmente, conforme a alocação de recursos e finanças ao
longo do tempo reveladas pelos gráficos, pode ser necessário voltar a reavaliar
os planos de ação ou estratégias.
Avaliação e controle
Todas as ações do plano de marketing devem ser passíveis de
mensuração por indicadores que permitam controle e avaliação para
possibilitar futuros ajustes.
Os indicadores de desempenho devem ser determinados antes da
execução do plano de marketing e mensurados durante todo o processo para,
depois, ser analisados para avaliação e controle do desempenho das
estratégias do plano.
42
CONCLUSÃO
As organizações buscam a eficiência no comunicação e no marketing,
a fim de divulgar seus produtos e serviços com clareza e objetividade. Com
isso o profissional de marketing torna-se imprescindível na elaboração de um
bom plano de marketing para promover uma marca, serviço ou produto.
O marketing nada mais é do que uma função organizacional e conjunto
de processos que envolvem a criação, a comunicação e entrega de valor para
os clientes e consumidores.
Para ter eficácia nesses processos é preciso conhecer bem o público-
alvo, analisar as pesquisas, ir além do perfil do consumidor, traçar as
demandas, entender o comportamento de compra e de consumo.
Outro fator importante que ajuda o marketing é a comunicação interna,
que auxilia a organização a divulgar seus objetivos, missão e valores da
empresa. É através do endomarketing que o público interno, dissemina a ideia
da empresa, objetivando a qualidade na prestação de serviços aos
consumidores. O endomarketing visa fortalecer as relações internas da
empresa trazendo melhorias na qualidade dos produtos e atendimento.
A administração de marketing é um processo que tem como base três
ideias principais para todo profissional: posicionamento, segmentação e os 4Ps
( Preço, Produto, Praça e Promoção), o chamado Mix de Marketing.
43
BIBLIOGRAFIA
ARGENTI, Paul. Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
BERNARDI, L. Antônio. Manual de Plano de Negócios: Fundamentos,
Processos e Estruturação. São Paulo: Atlas, 2008.
BUCKINGHAM, Marcus. Descubra seus Pontos Fortes. Rio de Janeiro:
Sextante, 2008.
BRENNAM, Bridget. Por que elas compram. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
CHAUI, Marilena. Simulacro e Poder, uma análise da mídia. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2006.
CLEMEN, Paulo. Como implantar uma Área de Comunicação Interna. Rio
de Janeiro: Mauad, 2005.
CRAWFORD, Fred. O Mito da Excelência. São Paulo: Manole, 2001.
DOOLEY, Roger. Como influenciar a mente do consumidor. São Paulo:
Elsevier, 2012.
GABRIEL, Martha. Marketing na Era digital. São Paulo: Novatec, 2010.
GIOIA, R. Marcelo. Fundamentos de marketing: conceitos básicos. São
Paulo: Saraiva, 2010.
MINADEO, Roberto. Gestão de marketing: fundamentos e aplicações. São
Paulo: Atlas, 2008.
44
PERROTI, Pasquale. Comunicação Integrada de Marketing. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012.
45
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
O Marketing na Comunicação 10
1.1 – O que é Marketing? 12
1.2 – Comunicação em Marketing 16
1.3 – Importância na área de Marketing 19
CAPÍTULO II
Empresas e Marcas 21
2.1 – Marca e Imagem 23
2.2 – Comportamento do Consumidor 26
2.3 – Endomarketing 30
CAPÍTULO III
O Papel da informação no Marketing 32
3.1 – A pesquisa no Marketing 34
3.2 – Processo de elaboração de uma pesquisa 36
3.3 – Plano de Comunicação em Marketing 38
CONCLUSÃO 42
BIBLIOGRAFIA 43
ÍNDICE 45
FOLHA AVALIAÇÃO 46
46
FOLHA AVALIAÇÃO
Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da Entrega: Avaliado por: Conceito: