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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES FINANCEIROS NA GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Por: Álvaro de Oliveira Quintana Orientador Prof. Ana Cláudia Morrissy Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES FINANCEIROS NA

GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Por: Álvaro de Oliveira Quintana

Orientador

Prof. Ana Cláudia Morrissy

Rio de Janeiro

2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES FINANCEIROS PARA

ATOMADA DE DECISÃO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Finanças e

Gestão Corporativa.

Por: Álvaro de Oliveira Quintana

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por

me permitir o cumprimento de mais

esta importante fase em minha vida, ao

corpo docente do curso de Finanças e

Gestão Corporativa, minha orientadora

Ana Cláudia Morrissy e a todos que

contribuíram de alguma forma para a

elaboração desta monografia.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos que me

apoiaram ao longo desta jornada, a minha

Companheira e fiel escudeira Vanessa, a

minha maravilhosa Família e,

principalmente, a minha querida mãe

Ronise de Oliveira, que me apoia e ajuda

em todos os momentos de minha vida.

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RESUMO

O Mercado na atualidade é bastante dinâmico e competitivo, por isso

exige que as empresas evoluam cada vez mais na gestão de seus processos

internos. As empresas que não tiverem conhecimento do seu mercado atuante

e não tiverem o total controle de suas operações, principalmente as

financeiras, estará praticamente fadada ao insucesso. Não precisamos nem

enfatizar que uma empresa com a saúde financeira debilitada, afeta todas as

outras áreas tornando-se um ciclo virtuoso, mais conhecido como espiral da

morte. Uma maneira de evitarmos vários tipos de problemas é criando e

controlando indicadores de desempenho na Gestão financeira.

Muitas Micro e Pequenas Empresas não fazem a gestão financeira

adequada para seus negócios e acabam misturando a vida pessoal com a vida

empresarial e o objetivo deste trabalho é mostrar os benefícios que a

implantação bem feita de indicadores financeiros é essencial para a

manutenção da vida de uma organização e um grande facilitador nas tomadas

de decisões.

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METODOLOGIA

As metodologias de pesquisa utilizadas para a realização deste trabalho

são fundamentadas em pesquisas bibliográficas, quantitativas e experimentais.

A pesquisa bibliográfica, através de livros, internet e cases de grandes

corporações, permitirá um embasamento teórico para a abordagem e

demonstração da aplicação prática do conceito estudado.

As pesquisas quantitativas e experimentais dar-se-ão através de coletas

de dados e aplicações práticas na empresa de salgados congelados

Salgadinhos do Lar, que serviu de apoio para o estudo mencionado.

.

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SUMÁRIO

Pág

INTRODUÇÃO

Contexto................................................................................................08

Objetivo.................................................................................................09

Justificativa...........................................................................................09

CAPÍTULO I - Gestão Financeira.........................................................11

CAPÍTULO II – Gestão Financeira em micro e pequenas

empresas...............................................................................................18

CAPÍTULO III – Aplicação Prática dos principais indicadores financeiros

na Empresa Salgadinhos do Lar.........................................................30

CONCLUSÃO.........................................................................................44

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.............................................................46

ÍNDICE....................................................................................................47

FOLHA DE AVALIAÇÂO........................................................................49

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INTRODUÇÃO

Contexto

A Globalização e a entrada na chamada Era da Informação tornou o

mercado muito competitivo e dinâmico, e para sobreviver a estas mudanças é

necessário buscar melhorias em seus processos, produtos e/ou serviços.

Portanto as empresas precisam, cada vez mais, desenvolver seu

autoconhecimento e pesquisar constantemente o mercado em que atuam.

Com o avanço da competitividade, as micro e pequenas empresas

foram praticamente obrigadas a profissionalizar sua gestão e implantar

controles que auxiliem suas tomadas de decisão. Há algum tempo atrás

dificilmente você encontrava um microempresário que conhecesse jargões do

mundo financeiro e seus principais indicadores. Com a disseminação da

internet isso ficou mais prático e acessível. Dados do Sebrae mostram que a

mortalidade de micro e pequenas empresas vem caindo a cada ano e são

bastante animadores.

O Brasil já fica na frente de alguns países desenvolvidos da Europa,

como Luxemburgo, Estônia e até mesmo da Itália.

O controle financeiro bem feito é essencial para que os

microempresários façam uma boa gestão de seu negócio e iremos mostrar

nesse trabalho a teoria dos principais indicadores financeiros que são

utilizados por grandes corporações.

O intuito deste trabalho é destacar a importância de controlar

mensalmente alguns indicadores que irão auxiliar e muito os gestores na hora

da tomada de decisão, seja ela preventiva ou corretiva. Alguns desses

indicadores que iremos abordar nesse trabalho são:

• Faturamento bruto

• Gestão de custos

• Cálculo de margem de contribuição

• Ponto de equilíbrio ou Break point

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• Apuração do Lucro Líquido

• Rentabilidade

• Lucratividade

Também mostrar na prática a utilização desses indicadores financeiros

em uma micro e pequena empresa denominada Salgadinhos do Lar. Uma

empresa que atua no ramo de alimentação e fornece salgados congelados

para pequenos e médios eventos.

Objetivo

Hoje, o controle financeiro, na grande maioria dos casos é indispensável

e imprescindível para uma boa gestão e a intenção desta monografia é mostrar

e demonstrar na prática que a implantação dos conceitos e das ferramentas

certas irão auxiliar micro e pequenos empresários na gestão operacional e

estratégica do seu negócio. As dificuldades destas empresas em se manterem

“vivas” no mercado são imensas e o despreparo dos empreendedores é um

dos fatores determinantes para o alto índice de mortalidade destas empresas,

o que se torna um problema social, pois está diretamente envolvido com outros

aspectos da sociedade, como: marginalização, informalidade, educação, etc.

Então este trabalho tem como objetivo principal apresentar alguns fatores que

levam a mortalidade precoce das micro e pequenas empresas (MPE) e alguns

meios de se evitar este acontecimento, através de uma gestão financeira

eficiente.

Justificativa

A escolha deste tema foi baseada justamente na alta taxa de

mortalidade das micro e pequenas empresas no Brasil. Dados do SEBRAE

(2007) mostram que 98.9% das empresas no Brasil são constituídas por micro

e pequenas e 22% destas empresas decretam falência antes mesmo de

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completarem dois anos de existência. O principal fator desta alta taxa de

mortalidade é a inexperiência do empreendedor brasileiro, seja por

incompetência técnica, pela falta de experiência profissional e/ou até mesmo

inexperiência de campo. Por estes motivos, busca-se, através desta

monografia, demonstrar na prática que com a aplicação de controles

financeiros adequados, podemos tornar as Micro e Pequenas Empresas mais

competitivas e mais bem preparadas para enfrentar a avassaladora

competitividade dos mercados na nova Era da Informação.

O intuito deste trabalho é proporcionar conhecimento teórico e

demonstrar uma aplicação prática de uma ferramenta de gestão operacional e

pensamento estratégico para micro e pequenos empresários, a fim de

incentivá-los a buscarem os conhecimentos necessários para melhores

tomadas de decisão e, por fim, ajudar as Micro e Pequenas empresas a

tornarem-se mais sustentáveis.

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CAPÍTULO I – GESTÃO FINANCEIRA

1.1 – Introdução a Gestão Financeira

Foi se o tempo em que a administração de um negócio era feita através

do conhecimento do dono e de contas feitas em um papel de pão, com a

estabilização da moeda, o aumento do controle fiscal do governo, aumento da

concorrência e também da exigência dos consumidores, as empresas se viram

obrigadas a gerenciar melhor suas atividades operacionais. Como já dizia W.

Edwards Deming “O que não se mede não se gerencia”.

Para entendermos melhor o significado da palavra finanças, segue

abaixo algumas definições de finanças por alguns autores:

“O administrador financeiro tem dois problemas básicos. Primeiro:

quanto deve a firma investir? Segundo: como deve ser levantado o caixa

necessário?

A resposta ao primeiro problema é a decisão de investimento da firma. A

resposta ao segundo problema é a sua decisão de financiamento. O

administrador financeiro deve encontrar as respostas específicas que deixem

os acionistas da firma na melhor situação possível.

O sucesso é julgado pelo valor. Os acionistas ficam em melhor situação

com qualquer decisão que aumente o valor de sua posição na firma (valor das

ações). Assim, pode-se dizer que uma boa decisão de investimento é aquela

que resulta na compra de um ativo que vale mais do que custa, ou seja, um

ativo que traga uma contribuição líquida positiva para o valor. O segredo do

sucesso em administração financeira é aumentar o valor. É uma afirmação

simples, porém muito útil. Equivale a aconselhar um investidor no mercado

acionário a vender na alta e comprar na baixa. O problema é como fazê-lo.”

Brealey e Myers (1996).

“Que são finanças de empresa? Suponhamos que se decida abrir uma

empresa para fabricar bolas de tênis. Para tanto, contratam-se administradores

para comprar a matéria prima e monta-se uma equipe de trabalhadores e

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funcionários para fabricar e vender as bolas de tênis produzidas. No jargão

financeiro, seria feito um investimento em ativos, tais como estoques,

máquinas, terrenos e mão de obra. O dinheiro aplicado em ativos deve ser

contrabalançado por uma quantia idêntica de dinheiro gerado por algum

financiamento. Quando começar a vender bolas de tênis, a empresa irá gerar

dinheiro. Essa é a base da criação de valor. A finalidade da empresa é criar

valor para seu proprietário” Ross, Westerfield e Jaffe (2001)

“Que são finanças? Podemos definir finanças como a arte e a ciência de

administrar fundos. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm

receitas ou levantam fundos, gastam ou investem. As finanças ocupam-se do

processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de

fundos entre pessoas, empresas e governos.

A administração financeira diz respeito as responsabilidades do

administrador financeiro numa empresa. Os administradores financeiros

administram ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, financeiras

e não-financeiras, privadas ou públicas, grandes ou pequenas, com ou sem

fins lucrativos. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais como

orçamento, previsões financeiras, administração do caixa, administração do

crédito, análise de investimentos e captação de fundos.” Gitman (1997).

Com essas definições podemos começar a entender um pouquinho do

significado e da importância de finanças nas organizações. Muitas empresas,

principalmente micro e pequenas tiveram que se adaptar a essa nova realidade

do mercado e tiveram que começar a criar e acompanhar indicadores

financeiros para que pudessem tomar melhores decisões e assim sobreviver a

forte concorrência no mercado.

O objetivo básico e principal de uma organização privada é a geração do

lucro líquido. E o que significa lucro líquido? Lucro Líquido é a diferença entre a

receita total e o custo total de uma organização, já descontados taxas e

impostos referentes ao seu setor.

Para isso vamos destacar alguns conceitos básicos para a aplicação de

uma boa gestão financeira.

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1.1. 1 – Faturamento Bruto ou Receita total

Faturamento bruto é o somatório total das receitas geradas pela

empresa em um determinado período, ou seja, o somatório total das vendas de

todos os produtos em um determinado período. Simplificando é o total das

quantidades vendidas multiplicado pelo preço de venda.

1.1. 2 – Custo total

Custo total são todos os custos e despesas que saem do caixa da

empresa em um determinado período. É o total de custo fixo da empresa

somado ao total de custo variável, ou seja:

Custos fixos são aqueles que se mantêm sem variação, não dependendo

do volume de vendas. Eles existem independentemente de a empresa vender

muito ou pouco. São exemplos de custos fixos:

• Aluguel

• Água

• Luz

• Telefone

• Salários administrativos

• Limpeza

• Manutenção

Custos Variáveis são os custos que variam de acordo com o volume

produzido pela empresa, ou seja, ele acompanha o nível de produção

realizado pela organização. São exemplos de custos variáveis:

Receita Total = Quantidade vendida x Preço

Custo total = Custo fixo + Custo variável

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• Matéria-prima

• Embalagem

• Mão de obra direta

• Comissão de vendedores

• Imposto sobre vendas

1.1. 3 – Margem de Contribuição

Margem de contribuição, como o próprio nome já diz, é a contribuição de

lucro que cada produto gera para a rentabilidade total adquirida pela empresa,

ou seja, é a diferença do preço de venda do produto pelo seu custo total

unitário.

1.1. 4 – Ponto de Equilíbrio ou Break even Point

O conceito de ponto de equilíbrio em uma empresa, nada mais é que o

ponto exato em que o volume de vendas consegue atingir o total de custos

gerados pela empresa, ou seja, é a quantidade de produtos e/ou serviços que

a empresa tem que vender para que cubra todos os seus custos fixos mais os

custos variáveis gerados pela produção destes produtos e/ou serviços

vendidos. É o ponto exato em que a empresa deixa de dar prejuízo e passa a

gerar lucro.

Margem de Contribuição = Preço de venda unitário – Custo total uni

Ponto de Equilíbrio é quanto a Receita total zera o custo total

Ou seja

Receita total – Custo total = 0

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O Ponto de equilíbrio é um detalhe muito importante na construção de

um plano de negócios e determina, em muito das vezes, a viabilidade ou a

inviabilidade de um novo projeto. Ele te mostra se o seu projeto realmente tem

condições de gerar lucro e perpetuar.

1.1. 5 – Apuração do Lucro Líquido ou prejuízo

Como uma empresa pode gerar lucro líquido? Primeiramente vamos

definir o conceito de lucro líquido e prejuízo:

Lucro líquido é o resultado positivo gerado pelo total de receitas

diminuído do total de custos e despesas em um determinado período e já

descontado os impostos relacionados a atividade fim. O prejuízo se caracteriza

quando a empresa não consegue atingir o seu ponto de equilíbrio e gera um

resultado negativo. Quando gerado o lucro líquido, o montante total é

redistribuído aos sócios ou acionistas da organização ou até mesmo

reinvestido na própria empresa, visando seu crescimento.

Para entender um pouco melhor o conceito de lucro líquido vamos

observar a tabela 01 abaixo:

Receita total (Vendas)

(-) Custo

(-) Despesas

(-) Impostos

= Lucro Líquido ou Prejuízo

Tabela 01: Definição de Lucro Líquido ou Prejuízo

1.1. 6 – Lucratividade

Lucratividade é o resultado operacional líquido positivo dividido pela

receita total obtida em determinado período.

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A lucratividade é um indicador muito importante na vida de micros e

pequeno empresários, é ele que faz o empreendedor a analisar se o seu

negócio está dando o lucro desejado e esperado e o ajuda ainda a definir o

planejamento futuro de sua empresa.

Em termos simplistas podemos definir a lucratividade anual como: É

quanto sua empresa lucra anualmente para cada real vendido por ela. Cada

Real que você gerou pelo seu departamento de vendas gerou um resultado

percentual positivo e é este percentual que te faz enxergar se o seu negócio

está sendo lucrativo ou não. Muitas pessoas confundem a lucratividade com

outro tema muito importante que é a rentabilidade. Por isso vamos explicar no

próximo tópico o conceito de rentabilidade para deixarmos este assunto muito

bem esclarecido na cabeça do micro e pequeno empresário.

1.1. 6 – Rentabilidade

Muitas pessoas confundem e acham que a rentabilidade é a mesma

coisa que lucratividade, mas as duas possuem definições diferentes. A

rentabilidade é a razão do lucro líquido pelo total do capital investido pelos

acionistas da empresa, ou seja, quando a sua empresa lucra para cada real

investido no negócio.

A rentabilidade serve para mensurar se o seu negócio está sendo

vantajoso e se o seu capital está sendo remunerado de forma adequada, se

comparados a outras oportunidades de investimentos no mercado financeiro

ou de capitais.

Lucratividade = Lucro Líquido / Receita bruta total

Rentabilidade = Lucro Líquido / Total do investimento

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Com estes conceitos colocados em prática, já podemos observar para

que direção os negócios da empresa estão rumando, se a empresa está com

boas previsões e se conseguirá alcançar aos anseios do micro e pequeno

proprietário. Afinal a empresa precisará alcançar uma rentabilidade que seja

maior que as praticadas pelos investimentos seguros que os bancos oferecem,

senão não faz sentido o empreendedor desperdiçar todo o seu tempo e

conhecimento para aquele negócio.

Vamos mostrar na prática como estes indicadores financeiros auxiliam

os empreendedores a gerenciar melhor seus recursos financeiros e a tomarem

melhores decisões em seu dia a dia.

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CAPÍTULO II – GESTÃO FINANCEIRA EM MICRO E

PEQUENAS EMPRESAS

2.1 – As Micro e Pequenas Empresas

O Brasil é um dos países que mais empreende no mundo e, atualmente,

a grande maioria das empresas está classificada como Micro e Pequena

Empresa, porém, o índice de mortalidade destas empresas no Brasil é algo

assustador e, nesse sentido, Uma boa gestão financeira é um grande passo

rumo à profissionalização.

Geralmente, os principais gestores de Micro e Pequenas Empresas

estão diretamente envolvidos com as práticas operacionais do negócio, o que

sobrecarrega e evita que se preocupem e se dediquem a realizar uma gestão

financeira eficiente e eficaz com foco numa visão estratégia para sua empresa.

Por este motivo, a utilização de bons indicadores financeiros seria um grande

passo rumo à profissionalização dessas empresas, pois, definido os

indicadores e a estratégia, o alinhamento junto aos colaboradores torna-se

parte do dia a dia da gestão do negócio. Muitas micro e pequenas empresas

possuem grandes negócios, mas por falta de planejamento e a instabilidade

dos mercados, acabam tendo que fechar suas portas.

A única condição capaz de reerguer ou até mesmo evitar a falência de

uma micro e pequena empresa hoje é mantendo um planejamento e um

controle orçamentário ajustado. Muitas vezes, o empreendedor conhece bem o

ramo em que atua, mas não consegue enxergar seu negócio como um todo.

Outras vezes, comete o pecado crucial de misturar a contabilidade da empresa

com suas contas pessoais, e todo seu capital acaba correndo pelo ralo. Em

outras oportunidades ainda, tem dinheiro suficiente, mas não está realmente

informado sobre o segmento em que sua empresa está inserida. Em todos

estes casos, falta-lhe domínio sobre a situação, amadurecimento empresarial

ou, em outras palavras, o exercício diário do planejamento e controle de seu

negócio.

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2.1.1 – Conceito de Micro e Pequenas Empresas

A classificação de empresas é um conceito bastante discutido e os

critérios mais comuns para a definição desta classificação são o faturamento (a

receita gerada por vendas) e o número de empregados registrados na

empresa.

No Brasil, oficialmente, está em vigor a lei número 9.317/96, de 5 de

dezembro de 1996 [LEI96], que define, para os seus fins, Micro Empresa como

sendo “a pessoa jurídica que tenha auferido, no ano calendário, receita bruta

igual ou inferior a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais)” e empresa de

pequeno porte como a “pessoa jurídica que tenha auferido, no ano calendário,

receita bruta superior a R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) e igual ou

inferior a R$720.000,00 (setecentos e vinte mil reais)”.

Já o SEBRAE (Serviço de apoio a micro e pequenas empresas), órgão

que apoia as entidades, classifica também estas instituições por número de

empregados registrados, tendo, porém, uma classificação diferente para

empresas de comércio e serviço em relação às empresas industriais. Quanto

ao número de empregados, as empresas são classificadas, segundo a área de

pesquisa do SEBRAE, conforme a Tabela 02:

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PORTE EMPREGADOS

MICRO EMPRESA No comércio e serviços até 09 empregados

Na indústria até 19 empregados

PEQUENA EMPRESA No comércio e serviços de 10 a 49 empregados

Na indústria de 20 a 99 empregados

MÉDIA EMPRESA No comércio e serviços de 50 a 99 empregados

Na indústria de 100 a 499 empregados

GRANDE EMPRESA No comércio e serviços com mais de 99 empregados

Na indústria com mais de 499 empregados

Tabela 02: Classificação de empresas quanto ao número de

empregados (Fonte: SEBRAE, 2001)

Percebe-se que não há clareza no critério de classificação das

empresas, portanto, julga-se necessário que cada empresa se enquadre de

acordo com seus objetivos, delimitando-se em sua área e setor de atuação

para minimizar distorções e se adequar à forma mais próxima de sua

realidade.

2.1.2 – A mortalidade de Micro e Pequenas Empresas

O Brasil, apesar dos tropeços da economia, como já dito, é um dos

países que mais cultiva o empreendedorismo no mundo, mas também carrega

em sua sina um alto percentual de insucesso das empresas classificadas como

micro e pequenas. Este empreendedorismo cultivado pelo brasileiro nem

sempre é por opção, mas sim por necessidade. Muitas das vezes esse

empreendedorismo aparece na vida dos brasileiros por falta de opção de

emprego, logo este tipo de empreendedor não está preparado devidamente

para enfrentar as intempéries do mercado, ficando vulnerável a concorrência

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do seu setor e sem tempo para adquirir os conhecimentos específicos para a

boa gestão de seu negócio.

Dados obtidos junto a sindicatos e ONGs dão conta de que perto de

95% das empresas que abrem suas portas no país quebram antes de

completar cinco anos de atividade e que, de cada dez empreendimentos

abertos, apenas três conseguem permanecer no mercado depois de três anos.

Os fatores que mais contribuem para este alto índice com relação às micro e

pequenas empresas, segundo a pesquisa “Fatores Condicionantes e Taxas de

Sobrevivência e Mortalidade das Micro e Pequenas Empresas no Brasil”

realizadas pelo SEBRAE, a principal razão para o fechamento (68%) das

empresas está diretamente ligada ao bloco de falhas gerenciais, destacando-

se:

• Ponto/local inadequado para o empreendimento.

• Falta de conhecimentos gerenciais.

• Desconhecimento do mercado.

• Causas econômicas.

Aproveitando este mesmo assunto, Chiavenato (2008) citou: “nos novos

negócios, a mortalidade prematura é elevadíssima, pois os riscos são inúmeros

e não faltam.” Diante disso, ele aponta algumas das possíveis causas de

fechamento das empresas, que são apresentadas na tabela 03:

INEXPERIÊNCIA – 72%

Incompetência do empreendedor

Falta de experiência de campo

Falta de experiência profissional

Experiência desequilibrada

FATORES ECONÔMICOS – 20%

Lucros insuficientes

Juros elevados

Perda de mercado

Mercado consumidor restrito

Nenhuma viabilidade futura

VENDAS INSUFICIENTES – 11% Fraca competitividade

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Recessão econômica

Vendas insuficientes

Dificuldades de estoques

DESPESAS EXCESSIVAS – 8% Dívidas e cargas demasiadas

Despesas operacionais

OUTRAS CAUSAS – 3%

Negligência

Capital insuficiente

Clientes insatisfeitos

Fraudes

Ativos insuficientes

Tabela 03: As causas mais comuns de falhas no negócio

(Fonte: Chiavenato 2008)

Maximiano (2006) destaca que dentre as principais razões de

mortalidade das MPE nos primeiros dez anos de existência estão: a falta de

políticas públicas que viabilizem a consolidação de novos empreendimentos; a

falta de financiamento; as elevadas cargas tributárias; e por último a demora e

a burocracia para se abrir e legalizar uma empresa.

O Management Center Brasil (1964) também aborda como um dos

principais problemas enfrentados pelas micro e pequenas empresas a falta de

financiamento e capital humano adequados para gerenciá-las; altas taxas

tributárias; a falta de pesquisa de mercado; a sensibilidade as alterações dos

ciclos econômicos e a tomada de decisões apressadas e mal planejadas.

Dornelas (2005) aponta como as principais causas para o insucesso de

pequenas empresas a falta de planejamento, deficiência na gestão, políticas

de apoio insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais.

A intenção desta metodologia é ajudar estes micros e pequenos

empresários, através da implantação de indicadores financeiros, a enxergarem

a importância da definição de uma estratégia para seu negócio e a derivação

desta estratégia em metas e iniciativas para que as tornem empresas

sustentáveis e enfrentem as turbulências dos mercados em que atuam.

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2.2 – Implantação de Indicadores financeiros em Micro e

Pequenas Empresas

Diante dos conceitos abordados até o presente momento,

metodologicamente, Iremos demonstrar a aplicabilidade e os benefícios da

implantação dos indicadores financeiros em Micro e Pequenas empresas.

1. Faturamento Bruto

2. Custo total

3. Margem de contribuição

4. Apuração do lucro líquido ou prejuízo

5. Lucratividade

6. Rentabilidade

Temos que enfatizar que o planejamento e o controle destes indicadores

irão gerar muitas ferramentas para tomada de decisão para os

empreendedores ou para seus gestores, mas é necessário uma disciplina para

o apontamento correto de todas as práticas financeiras relacionadas a

atividade fim do negócio.

2.2.1. A importância da medição do faturamento bruto ou receita total

nas micro e pequenas empresas.

Faturamento bruto a grosso modo, nada mais é que o somatório de

valores de todas as vendas em um determinado período, ou seja, a soma de

todas as receitas provenientes dos produtos e/ou serviços vendidos num

período qualquer. Monitorar o faturamento bruto mensalmente é essencial para

verificar de uma forma macro, como seu negócio está se comportando no

tempo. Faturamento em crescimento demonstra que o negócio está

prosperando e que novos investimentos e providências devem ser tomados

para que a empresa não perca mercado e novos potenciais clientes, já em

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declínio, indica que algum fator crítico está impactando diretamente e de forma

negativa no seu negócio e alguma ação deve ser tomada para reverter, no

curto prazo, a queda existente.

2.2.2. Cálculo do Custo Total

Já vimos que a competitividade no mercado está cada vez mais acirrada

e com isso o micro e pequeno empresário, deve se preocupar muito em

relação aos custos de sua empresa. Um custeio bem definido em seu negócio

é o que irá fazer a diferença no mercado e é essencial para o cálculo da

margem de contribuição de cada produto e/ou serviço comercializado pela sua

empresa e uma formação de preço bem adequada para o seu setor de

atuação. Outra importância de um custeio bem definido é o apoio nas tomadas

de decisão para a maximização do lucro.

Uma dúvida que sempre aparece para os micro e pequenos

empresários é a diferença entre custo e despesa. Para concluirmos este tópico

vamos tentar explicar esta diferença, que é muito importante para o custeio

correto e alocação dos custos:

Custo são todos os gastos que são efetivados diretamente para a

produção e comercialização de seus produtos e/ou serviços e as despesas são

os gastos relacionados a parte de apoio para a produção e de suas vendas.

Como já apontamos acima os custos são divididos, em sua forma mais

simples, em duas partes. Os chamados custos fixos, que independem da

produção realizada, e os custos variáveis, que são diretamente atrelados a

produção. É de extrema importância o correto apontamento destes custos para

que o empreendedor tenha uma informação correta e fidedigna do seu mapa

de custos, para poder fazer o bom gerenciamento de recursos e o auxiliar na

tomada de decisão.

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2.2.3. Cálculo da Margem de Contribuição.

Muitos micro e pequenos empreendedores não utilizam o cálculo da

margem de contribuição para a gestão de seus negócios, sendo que a margem

de contribuição é de extrema importância e essencial para suporte as tomadas

de decisão, pois serve como um balizador para o cálculo real da rentabilidade

por produto, ou seja, a margem de contribuição diz exatamente o quanto cada

produto gera de resultado para o geral totalizado na empresa. Este indicador

diz qual produto está sendo mais rentável para o seu negócio e qual deles está

contribuindo menos e/ou até mesmo negativamente para o resultado final do

negócio.

A margem de contribuição é calculada com a diferença do preço de

venda do produto e o custo da mercadoria vendida (CMV) somado a outras

despesas do negócio. Logo a margem de contribuição é o quanto sobra de

cada produto para gerar riqueza para a empresa. O somatório geral de todas

as margens de contribuição dos produtos gera o lucro líquido total da

organização.

2.2.4. Como identificar o ponto de equilíbrio em sua empresa.

O ponto de equilíbrio é um fator determinante para determinar a

viabilidade de um negócio, pois é o ponto exato em que a empresa deixa de

gerar prejuízo e entra na faixa do lucro.

“O ponto de equilíbrio da empresa (PE) (break-even point, como

chamam os americanos) é o menor valor de vendas necessário para que não

ocorra prejuízo nem lucro. Isto é, pagam-se todos os custos variáveis e todos

os custos fixos, nada sobrando como resultado.” (SEBRAE 2007).

No ponto de equilíbrio é que calculamos a partir de que quantidade

vendida a empresa começará a gerar o tão sonhado lucro, para isso temos que

mensurar corretamente todos os custos fixos e variáveis do negócio e

determinar de forma clara a margem de contribuição de cada produto. Assim

podemos ter o panorama correto da situação da empresa no mercado atuante

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e posicioná-la de forma correta. Para demonstrar de forma gráfica, vejamos a

figura 1 abaixo:

Figura 1: Ponto de Equilíbrio (Break-even point)

Observando a figura 1 podemos concluir diretamente qual a quantidade

necessária e qual a receita total bruta devemos atingir para que as retas se

cruzem, passando de geração de prejuízo nos resultados para a condição de

ganho financeiro, ou seja, geração de lucro.

2.2.5. Como apurar o lucro líquido ou prejuízo em micro e pequenas

empresas.

Saber se o seu negócio está dando certo ou não remete a simplesmente

questionar: temos lucro ou temos prejuízo em nosso resultado financeiro final?

A pergunta cabe em qualquer tempo e deve ser respondida com regularidade.

Depois que já vimos como mensurar a receita bruta total, os custos fixos e

variáveis, a margem de contribuição por produto e por fim, como calcular o

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ponto de equilíbrio de uma empresa. Chegamos ao ponto crucial para

sabermos se a empresa está gerando valor para o empreendedor ou se está

dando prejuízo. Primeiramente temos que encontrar o lucro bruto e a partir

dele, calcular o lucro líquido da empresa.

A apuração do lucro bruto ou prejuízo é muito simples de ser calculada,

pois nada mais é que o somatório de todas as receitas das mercadorias e/ou

serviços vendidos menos todos os custos (fixos e variáveis) que saem dos

cofres da empresa. Mensurado o lucro bruto, descontamos os impostos

relativos ao setor de atuação do negócio e encontraremos o lucro líquido ou

prejuízo apurado em um determinado período.

2.2.6. A importância da lucratividade para gestão de micro e pequenos

negócios.

O Objetivo principal do micro e pequeno empreendedor é o lucro para

que possa arcar com suas despesas pessoais e dar boas condições de

sustento a sua família e muitas vezes e corre o risco de seu negócio dar certo

ou não.

A lucratividade é um indicador muito importante para a gestão financeira

do negócio, pois determina o montante financeiro que está sendo gerado como

forma de resultado financeiro positivo para o investimento aplicado pelo

empreendedor. Para deixarmos bem claro este conceito, vamos abordar a

diferença entre lucro operacional e lucro líquido.

O Lucro operacional é obtido diretamente nas atividades fins da

empresa, ou seja, no negócio que se propõe a efetuar. Envolve

essencialmente as seguintes contas: vendas, menos despesas variáveis

diretas (CMV), tributos diretos e custos fixos. Fica evidente que, baixando os

custos fixos, aumenta o lucro operacional, o que também é válido para a

proporção inversa. O Lucro Líquido é obtido partindo-se do lucro operacional

subtraindo dele despesas que não estejam envolvidas diretamente na

operacionalidade das atividades fins do negócio.

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A Lucratividade deve ser acompanhada constantemente e de forma

comparativa com os meses anteriores. Desta forma, teremos uma visão da

tendência do caminho que a empresa percorrerá futuramente, em relação ao

lucro, que é o objetivo principal de qualquer empresa. Como já vimos, o lucro é

o valor que sobra depois de pagas todas as despesas e todos os custos. No

entanto, a atividade de qualquer empresa é dinâmica e não podemos paralisá-

la para quantificar o lucro no dia-a-dia, mas podemos criar mecanismos

simples de observação que nos permita acompanhar os lucros apurados em

determinados períodos.

2.2.7. Rentabilidade na gestão de micro e pequenos negócios.

Assim como a lucratividade, a rentabilidade também tem o propósito de

mensurar se o negócio está sendo bom ou não para o investimento realizado

pelo empreendedor.

A rentabilidade é um indicador financeiro muito importante para o

acompanhamento e continuidade do negócio, pois é o indicador que determina

se a aplicação financeira no negócio (investimento) está sendo vantajosa para

o investidor ou não, pois mostra em formato comparativo se a rentabilidade

está melhor que as oportunidades de rendimento aplicadas no mercado

financeiro, ou seja, se aquele empreendimento está dando mais lucro ao

investidor do que se ele estivesse investido/aplicado seu dinheiro em um ativo

de baixo risco no mercado de capital.

Para reforçar o conceito, vamos lembrar que a rentabilidade é calculada

pela divisão do lucro líquido gerado pela empresa sobre o montante investido

pelo empreendedor.

Um outro indicador complementar é o ROI (Retorno sobre o

investimento), com ele o empreendedor consegue, através da rentabilidade,

calcular em quanto tempo terá seu investimento recuperado e a partir daquele

momento começar a embolsar o lucro gerado e este tempo de retorno tem o

nome no mercado financeiro de Payback.

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Com estes conceitos alinhados, iremos ao próximo capítulo, mostrar na

prática como estes indicadores financeiros auxiliam na gestão de uma micro e

pequena empresa e podem ser muito importantes na tomada de decisão dos

empreendedores. A boa aplicação destes indicadores pode muitas vezes evitar

tomadas de decisões erradas por parte dos gestores, que deixam de utilizar

sentimentos para administrar o negócio e se baseiam nas razões dos números

antes de tomar qualquer decisão.

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CAPÍTULO III – APLICAÇÃO PRÁTICA DOS PRINCIPAIS

INDICADORES FINANCEIROS NA EMPRESA

SALGADINHOS DO LAR.

3.1 – Introdução a Empresa Salgadinhos do Lar

A Empresa Salgadinhos do Lar, fundada em Setembro de 2010, é ainda

uma empresa embrionária no mercado e tem como principal missão fornecer

salgadinhos de qualidade produzidos artesanalmente e tornar a vida de seus

consumidores mais prática e confortável. A empresa tem como política

principal a melhoria contínua de seus produtos e processos e atenção especial

na manutenção de seus clientes.

O nicho de mercado que a empresa focou para o negócio é a venda de

salgados congelados para pequenos eventos, pequenas reuniões, festas e até

mesmo para o próprio consumidor final.

A Salgadinhos do Lar está localizada no shopping Millenium na Barra da

Tijuca – RJ e conta com uma pequena estrutura para atender a seus clientes:

• Uma atendente comercial

• Uma salgadeira profissional

• Um entregador Freelancer

A parte administrativa é gerenciada pelos sócios e as principais

decisões são tomadas por eles, baseados em fatos diários e em outras

experiências administrativas, mesmo que não estejam 100% dedicados ao

negócio.

A empresa conta com um sala comercial física, onde atende seus

clientes e realiza degustações para a captação de novos clientes e também

possui um site comercial disponível na internet.

O mercado de festas e organização de eventos é bastante competitivo e

está distribuído, em termos de participação, nas mãos de muitas Micro e

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Pequenas Empresas. Portanto, a Salgadinhos do Lar definiu que precisaria de

uma estratégia para sobreviver às turbulências deste mercado e crescer de

forma organizada e sustentável. Deste modo, os sócios perceberam que um

controle adequado e eficiente de sua gestão financeira seria essencial para

alcançar seus objetivos e conquistar as metas de curto e longo prazo, para que

a empresa cresça com raízes formadas e com uma boa administração de seus

recursos financeiros.

Com isso, chegamos à proposta principal desta monografia que é

demonstrar, na prática, como os indicadores financeiros podem auxiliar

pequenos empreendedores e apontar seus benefícios nas Micro e Pequenas

empresas. Nos próximos tópicos, o trabalho apresentará como foi implantado

os indicadores financeiros na empresa Salgadinhos do Lar.

Para conhecermos um pouquinho mais sobre a empresa e sua

estratégia, vamos conhecer a Visão e a Missão da empresa Salgadinhos do

Lar.

Visão da Salgadinhos do Lar Missão da Salgadinhos do Lar

A visão da Salgadinhos do Lar é ser

reconhecida como a melhor empresa de

salgados congelados do Estado do Rio

de Janeiro

A Missão da Salgadinhos do Lar é

trabalhar de forma alegre e

descontraída, fornecendo produtos de

qualidade e excelência no atendimento

aos clientes

Tabela 04: Visão e Missão da Empresa Salgadinhos do Lar

Finalizada a apresentação da Empresa Salgadinhos do Lar, chegamos à

proposta principal desta monografia que é demonstrar, na prática, como os

indicadores financeiros podem auxiliar pequenos empreendedores e apontar

seus benefícios nas Micro e Pequenas empresas. Nos próximos tópicos, o

trabalho apresentará como foi implantado na prática os indicadores financeiros

na empresa Salgadinhos do Lar.

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3.2– O Faturamento Bruto ou Receita total na Salgadinhos do

Lar

A empresa Salgadinhos do Lar realiza vendas aos seus consumidores

por meios eletrônicos e também por telefone, todos esses pedidos são

concentrados em uma planilha de Excel, sendo consolidados no final de cada

mês para a apuração do seu faturamento bruto, ou seja, o total mensal

alcançado pelo somatório de todos os pedidos realizados em um determinado

mês. Para podermos entender melhor este controle, vamos observar a tabela

05:

Data Mês Pedido Valor do Pedido

01/set SET 1384 R$ 49,50

03/set SET 1385 R$ 195,40

03/set SET 1386 R$ 247,60

04/set SET 1387 R$ 207,50

04/set SET 1388 R$ 85,20

04/set SET 1389 R$ 85,40

05/set SET 1390 R$ 74,00

05/set SET 1391 R$ 97,30

05/set SET 1392 R$ 208,40

05/set SET 1393 R$ 41,70

06/set SET 1394 R$ 53,20

06/set SET 1395 R$ 180,20

06/set SET 1396 R$ 65,00

06/set SET 1397 R$ 130,00

06/set SET 1398 R$ 29,70

06/set SET 1399 R$ 97,30

06/set SET 1400 R$ 47,90

Tabela 05: Controle de pedidos Salgadinhos do Lar

Observando os dados da tabela 05 podemos verificar que os pedidos

são sequencialmente enumerados e cada um possui um valor de venda, de

acordo com a compra efetuada pelo cliente, assim podemos somar todos os

pedidos que entraram em um determinado mês e encontrarmos o faturamento

bruto alcançado naquele mês pela empresa.

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Como já mostramos como encontrar o faturamento bruto mensal, vamos

agora mostrar a importância do acompanhamento mensal do indicador de

faturamento bruto que é gerado ao longo do ano:

Figura 01: Gráfico de acompanhamento do faturamento da

Salgadinhos do Lar

Podemos observar na figura 01 como a empresa Salgadinhos do Lar

está se comportando ao longo do ano e ainda mais do que isso, podemos

comparar os resultados alcançados em 2012 com os resultados obtidos no ano

anterior (2011).

O indicador de faturamento, mostra o desempenho e mede o total de

vendas realizadas mês a mês. Este indicador demonstra se a empresa está

evoluindo ou retraindo em relação ao mercado em que atua

Quando olhamos para as curvas vermelhas (2012) e para as curvas

cinzas (2011), podemos ver nitidamente que a empresa está subindo de

patamar, e portanto está alcançando resultados mais expressivos em seu

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faturamento bruto. Apesar de ser um ótimo indicativo, somente este indicador

não quer nos dizer nada e logicamente precisamos analisar outros indicadores

para saber se a empresa realmente está melhorando seus resultados

operacionais e para isso iremos seguir em frente, mostrando outros

indicadores financeiros da empresa Salgadinhos do Lar para, de fato,

conseguirmos obter uma boa avaliação sobre o negócio.

3.3– Controle de custos na Salgadinhos do Lar

3.3.1 Custos fixos na empresa Salgadinhos do Lar

Por tratar-se de uma empresa nova, de simples administração e

pequena estrutura a empresa Salgadinhos do Lar não possui um custo fixo

muito alto e suas principais obrigações fixas são:

• Condomínio

• Luz

• Telefone fixo

• Salário atendente

Optou-se então por um controle financeiro rígido e uma estrutura

enxuta. Para um controle justo e adequado dos custos fixos. Para melhorar a

gestão e o controle dos gastos, os gestores responsáveis implantaram uma

meta orçamentária para os custos fixos e acompanham mensalmente a

informação dos custos realizados.

Podemos observar nas próximas duas tabelas o controle dos custos

fixos na gestão da empresa Salgadinhos do Lar. A tabela 06 mostra a previsão

orçamentária para o último trimestre de 2012 e a tabela 07 mostra o total

realizado no mesmo período.

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Natureza Descrição OUT NOV DEZ Total Custo Fixo Condomínio R$ 550,00 R$ 550,00 R$ 550,00 R$ 1.650,00 Custo Fixo Luz R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 100,00 R$ 300,00 Custo Fixo Telefone Fixo R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 150,00 R$ 450,00 Custo Fixo Salários R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 1.800,00 Total CF Totais R$ 1.400,00 R$ 1.400,00 R$ 1.400,00 R$ 4.200,00

Tabela 06: Previsão de custo fixo 4º Trimestre 2012

Natureza Descrição OUT NOV DEZ Total Custo Fixo Condomínio R$ 561,35 R$ 567,12 R$ 567,12 R$ 1.695,59 Custo Fixo Luz R$ 212,35 R$ 219,74 R$ 240,54 R$ 672,63 Custo Fixo Telefone Fixo R$ 203,70 R$ 243,76 R$ 253,00 R$ 700,46 Custo Fixo Salários R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 600,00 R$ 1.800,00 Total CF Totais R$ 1.577,40 R$ 1.630,62 R$ 1.660,66 R$ 4.868,68

Tabela 07: Realizado custo fixo 4º Trimestre 2012

Comparando-se a previsão do total gasto com custo fixo e o total

realizado em custo fixo, podemos observar que tivemos uma diferença de

aproximadamente 16%, o que é relativamente alta, mas com o controle

podemos detalhar que esta alta foi devida principalmente as contas de luz e

telefone que ficaram bem distantes do total previsto. Este tipo de controle, se

faz bastante útil para observarmos no cotidiano da empresa o aumento dos

custos fixos e simultaneamente atacar estes problemas para obter redução de

custos constantes.

É de extrema importância um controle rígido nos custos fixos, pois ele

influencia diretamente no cálculo do ponto de equilíbrio da empresa e nos

próximos tópicos iremos debater o assunto de uma forma mais detalhada.

3.3.2 Custos variáveis na empresa Salgadinhos do Lar

Como já informado antes, os custos fixos são aqueles que acompanham

a produção, ou seja, só aparecerão caso a empresa consiga efetuar alguma

venda. Logo estes custos são diretamente proporcionais ao esforço de venda

aplicado pela empresa. No caso da empresa Salgadinhos do Lar este custo

aumenta de acordo com a quantidade de pedidos de salgados congelados e

acompanha diretamente o faturamento, quanto maior o faturamento maior o

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custo variável praticado. A seguir os principais custos variáveis praticados na

empresa Salgadinhos do Lar:

• Comissões de vendas

• Embalagens

• Serviços de produção

• Terceirização de Entregas

• Matéria prima

Nas tabelas 08 e 09 a seguir iremos mostrar as variações destes custos

variáveis e vamos poder observar que eles aumentam ou diminuem de acordo

com o faturamento obtido pela empresa no mesmo período.

Natureza Descrição set/12 out/12 nov/12 dez/12 Pessoal Comissões R$ 600,00 R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 466,00 Embalagem Embalagens R$ 329,00 R$ - R$ 345,00 R$ 165,00 Produção MO R$ 800,00 R$ 742,00 R$ 712,00 R$ 1.240,00 Produção Produtos R$ 1.037,50 R$ 1.345,13 R$ 1.225,65 R$ 2.632,36 Produção Folhados R$ 476,00 R$ 390,00 R$ 300,00 R$ 330,00 Entregas Entregas R$ 817,40 R$ 391,00 R$ 359,00 R$ 1.032,00 Total Total R$ 4.059,90 R$ 3.168,13 R$ 3.241,65 R$ 5.865,36

Tabela 08: Realizado custos variáveis quadrimestral 2012 (Set a Dez)

set/12 out/12 nov/12 dez/12 FATURAMENTO 2012 R$ 7.977,48 R$ 5.074,40 R$ 5.364,00 R$ 9.003,00

Tabela 09: Faturamento quadrimestral 2012 (Set a Dez)

Somente para destacar podemos observar nitidamente a correlação dos

custos variáveis com o acompanhamento do faturamento bruto realizado pela

empresa no mesmo período da comparação. A figura 02, que veremos a

seguir, mostra o acompanhamento da curva comparando mensalmente a

variação dos custos variáveis e o faturamento da empresa Salgadinhos do Lar

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Figura 02: Gráfico comparativo do faturamento X Custos variáveis da

Salgadinhos do Lar

3.4– Margem de contribuição dos produtos na Salgadinhos do

Lar

Cada produto que a empresa comercializa gera uma margem de

contribuição diferente e o somatório de todas essas margens gera um

resultado global para a empresa. Como a Salgadinhos do Lar comercializa

diversos produtos, iremos demonstrar a aplicabilidade em apenas um produto.

Voltando ao conceito, margem de contribuição é a diferença entre o

preço de venda do produto e os custos envolvidos em sua produção. Vamos

tomar como exemplo a fabricação e a venda do produto mais vendido pela

empresa: a coxinha.

A partir de uma ficha técnica (anexo 1) dimensionamos o custo de

matéria prima, adicionamos o preço da mão de obra de produção para produzir

uma embalagem e rateamos outros custos de produção pelo total de

embalagens produzidas em um determinado período.

O preço atual de venda da embalagem (25 unidades) do produto

coxinha é R$9,90, Vamos detalhar os custos envolvidos a seguir para que

fique explicito o formato do cálculo:

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Custos Valores

Matéria prima R$ 2,90

MO Produção R$ 2,00

Comissões (5%) R$ 0,50

Embalagens R$ 0,30

Outros custos R$ 0,80

Total R$ 6,50

Tabela 10: Custo detalhado do produto coxinha

No caso do exemplo a coxinha possui uma margem de contribuição para

o lucro bruto de R$3,40, ou seja, Diminuindo-se o custo de R$6,50 (conforme a

tabela 10) do preço de venda R$9,90, encontramos a margem de contribuição

de cada embalagem vendida do produto “coxinha”. Podemos concluir que a

margem de contribuição do produto coxinha é igual a 34,34%. Encontramos

este valor dividindo a margem de contribuição pelo preço de venda do produto.

3.5– Encontrando o ponto de equilíbrio na Salgadinhos do Lar

Conforme aprendemos nos capítulos anteriores, o cálculo do ponto de

equilíbrio é um fator muito importante e determinante para a empresa. O ponto

de equilíbrio ou break-even point irá mostrar para o micro e pequeno

empreendedor a quantidade de produtos (embalagens) que deve ser vendida

para cobrir todos os custos envolvidos, ou seja, o exato momento em que a

empresa deixa de gerar prejuízo e passa a gerar o tão sonhado lucro.

Analisando-se os custos da empresa Salgadinhos do Lar, encontramos

a seguinte situação: os custos fixos da empresa mensalmente possuem um

valor em torno de R$1600, os custos variáveis giram em torno de R$6,50 por

embalagem, o preço de venda médio por embalagem é de R$9,90 e margem

de contribuição média dos produtos em torno de R$3,40. Logo podemos

observar através da figura 03 onde ficou situado o ponto de equilíbrio da

empresa Salgadinhos do Lar.

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Figura 03: Gráfico Ponto de Equilíbrio da Salgadinhos do Lar

Então se pegarmos o total do custo fixo (R$1600,00) e dividirmos pela margem

de contribuição média dos produtos (R$3,40) obteremos a quantidade mínima

a ser vendida para que a Salgadinhos do lar consiga zerar os seus custos e

começar a gerar lucro para os sócios. Então temos:

No caso da Salgadinhos do Lar teremos:

Então podemos concluir, já que a fábrica da Salgadinhos do Lar tem

capacidade de produção de 900 embalagens/mês, que precisa vender 52,3%

da sua produção para atingir seu ponto de equilíbrio.

Custo fixo = Quantidade para atingir o ponto de equilíbrio MC unitária

R$1600,00 = 471 unidades R$3,40

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3.6– Apuração do Lucro Líquido ou prejuízo na Salgadinhos do

Lar

Esta é a parte em que o empreendedor verifica se o seu negócio está

gerando lucro ou prejuízo. Anteriormente vimos que o lucro líquido ou prejuízo

é calculado da seguinte maneira: Primeiramente realizamos o somatório de

todos os produtos e/ou serviços vendidos, e depois diminuímos este valor dos

custos das mercadorias vendidas, das despesas e por último descontamos

deste valor encontrado os impostos pertinentes ao setor em que o negócio

está inserido.

Como anteriormente já vimos como realizar o cálculo da receita bruta ou

faturamento total, não abordaremos mais esse assunto e iremos focar na

diferença entre gasto, desembolso, custo e despesa.

Para que fique claro estes conceitos, abaixo iremos conceituar segundo

Antônio Cézar Bornia (2002)

3.6.1 Gasto e desembolso

“Gasto é o valor dos insumos adquiridos pela empresa,

independentemente de terem sido utilizados ou não. Não é sinônimo de

desembolso, que é o ato do pagamento e que pode ocorrer em momento

diferente do gasto.”

3.6.2 Custo de fabricação (Custo de mercadorias vendidas)

“Custo de fabricação é o valor dos insumos usados na fabricação dos

produtos da empresa. Exemplos desses insumos são: materiais, trabalho

humano, energia elétrica, máquinas e equipamentos, entre outros.

O custo de fabricação diferencia-se do gasto pelo fato de que este

último refere-se aos insumos adquiridos enquanto que o custo está relacionado

com os insumos efetivamente utilizados.”

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3.6.3 Despesa

“Despesa é o valor dos insumos consumidos com o funcionamento da

empresa e não identificados com a fabricação. São as atividades fora do

âmbito da fabricação. A despesa é geralmente dividida em administrativa,

comercial e financeira. Portanto, as despesas são diferenciadas dos custos de

fabricação pelo fato de estarem relacionadas com a administração geral da

empresa.”

Depois de entendermos as definições corretas sobre os custos e as

despesas, vamos abordar o último tópico para a apuração do lucro líquido ou

prejuízo, que é uma parte que incomoda muitos micro e pequenos

empreendedores: São os impostos.

Como este trabalho é focado em micro e pequenas empresas, vamos

observar nas tabelas abaixo, os impostos são calculados de acordo com a

faixa de faturamento bruto anual que a micro ou pequena empresa está

inserido, ou seja, calculamos os somatórios dos faturamentos dos 12 meses do

ano e assim encontraremos um faturamento bruto anual e é com esse número

que enquadraremos a empresa em sua devida faixa.

A tabela (11) a seguir são para as micro empresas (ME) que possuem

faturamento bruto anual até R$240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais)

Tabela 11: Tabela de impostos para Micro Empresas

A próxima tabela (12) são para empresas de pequeno porte (EPP) e sua

faixa de atuação vai até um faturamento bruto anual de R$3.600.000,00 (três

milhões e seiscentos mil reais)

Receita bruta acumulada (ano) ME contribuinte do

IPI ME não contribuinte do IPI

Até R$ 60.000,00 5,25% 4,50%

De R$ 60.000,01 até 90.000,00 6,75% 6,00%

De R$ 90.000,01 até 120.000,00 8,25% 7,50%

De R$ 120.000,01 até 240.000,00 8,85% 8,10%

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42

Tabela 12: Tabela de impostos para Empresas de pequeno porte

3.7– Lucratividade na empresa Salgadinhos do Lar

A Lucratividade na Salgadinhos do Lar é calculada mensalmente e para

exemplificarmos este tema, vamos mostrar o cálculo de como foi a

lucratividade no último trimestre de 2012 na empresa.

Descrição out/12 nov/12 dez/12 Faturamento R$ 5.074,40 R$ 5.364,00 R$ 9.003,00 Lucro Líquido R$ 279,87 R$ 466,73 R$ 1.103,06

Tabela 13: Faturamento x Lucro Líquido Salgadinhos do Lar

Receita Bruta em 12 meses (R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS

Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86%

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%

De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58%

De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82%

De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84%

De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87%

De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07%

De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10%

De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38%

De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41%

De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45%

De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48%

De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51%

De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82%

De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85%

De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88%

De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91%

De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95%

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Com os faturamentos e os lucros líquidos, podemos calcular a

lucratividade trimestral da empresa. É só somarmos os três faturamentos e

dividirmos pela soma dos lucros nos três meses.

Então teremos:

A lucratividade trimestral = R$5074,40 + R$5.364,00 + R$9.003,00

R$279,87 + R$466,73 + R$1.103,06

Realizando os cálculos encontraremos que a Salgadinhos do Lar teve

uma lucratividade trimestral de 9,51% o que significa um valor dentro da

realidade no comércio em geral.

3.8– Rentabilidade da empresa Salgadinhos do Lar

Segundo Edson Cordeiro da Silva (2008): “Quanto a rentabilidade, pode

ser definida como o nível de sucesso econômico alcançado por uma

companhia em relação ao capital nela investido.

A saúde financeira da empresa é derivada da obtenção de sua

rentabilidade. Uma companhia rentável, isto é, bem administrada, não terá

problemas de solvência, ela será capaz de honrar seus pagamentos. A

rentabilidade resulta das operações da companhia em um certo período e

inclui todos os elementos operacionais, econômicos e financeiros do

empreendimento.”

Então com os dados da empresa na mão e colocando em prática a

definição anterior. Podemos calcular a rentabilidade da Salgadinhos do Lar. O

investimento que os sócios aplicaram no negócio foi o montante de

R$15.000,00 (Quinze mil reais) e seu lucro líquido anual em 2012 foi de

R$4.928,00 (Quatro mil novecentos e vinte e oito reais). Logo aplicando-se a

fórmula temos:

Rentabilidade = 4.928 = 0,3285 ou 32,85%

15.000

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Então a Salgadinhos do Lar teve uma rentabilidade anual de um pouco

mais de 32%, o que significa um resultado bastante interessante quando

confrontamos com outros investimentos usuais do mercado.

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CONCLUSÃO

Apesar de o Brasil ser um dos países mais empreendedores do

Mundo, observamos, com dados do SEBRAE, que o país possui dados

alarmantes em relação à mortalidade das micro e pequenas empresas, o que

se torna preocupante por causar um problema social. Chiavenato (2008)

mostrou, em estudos, que, na grande maioria dos casos, é a falta de

experiência e falta de conhecimento administrativo que leva a liderança dessas

empresas ao fracasso. Muitos empreendedores se tornam empreendedores no

Brasil, por necessidade: são demitidos, não conseguem recolocação no

mercado corporativo e acabam empregando suas economias na construção de

seu próprio negócio.

A metodologia explicitada nesta monografia, visa auxiliar o micro e

pequeno empreendedor a utilizar ferramentas financeiras que irão auxiliar na

gestão operacional e estratégia de seu negócio, visando uma tomada de

decisão mais confiável e assim menos suscetível ao erro. Por isso, estas

ferramentas adaptadas a Gestão de micro e pequenas empresas, se tornam

tão interessantes.

O microempreendedor precisa buscar conhecimento sobre o seu

mercado e sobre sua própria empresa e o primeiro passo para se ter uma

estratégia é construir a Visão e a Missão da empresa. Não foram encontrados

dados ou pesquisas relacionados à porcentagem de micro e pequenas

empresas que possuem uma estratégia, mas na experiência prática permite

deduzir que constituem uma forte minoria.

O estudo realizado mostra a importância de uma micro e/ou pequena

empresa possuir uma estratégia e ferramentas adequadas para enfrentar o

mercado altamente competitivo da atualidade e que traçada uma estratégia e

alinhando-se as perspectivas aos objetivos principais, dificilmente o

empreendedor não vai identificar os principais gargalos de seu negócio.

Lembrando que o próprio deve ter a perspicácia de aprender o máximo sobre

seu negócio e seu mercado. Foi mostrado, na prática, que a teoria ferramental

dos indicadores financeiros auxilia na gestão do negócio e de fato funciona. O

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propósito de cada micro e pequeno empreendedor é o de maximizar a sua

riqueza, e as decisões financeiras são exatamente voltadas para esta

finalidade, ou seja, para o aumento do valor de mercado da empresa, que

equivale ao objetivo básico dos proprietários.

Então para finalizar o importante é o micro e pequeno empreendedor

se conscientizar em buscar conhecimentos financeiros específicos para tentar

traçar estratégias de médio/longo prazo e deixar de se ocupar somente na

operacionalidade do negócio. Assim ele passa a ver o problema “de fora” e o

trata com mais racionalidade, perpetuando seu patrimônio.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

SILVA, Edson Cordeiro da. Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas

– guia de sobrevivência empresarial. São Paulo: Atlas, 2008.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Financeira – Uma abordagem prática.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

BORNIA, Antonio Cézar. Análise Gerencial de Custos. Porto Alegre: Bookman,

2002.

COHEN, Marleine. Guia Pequenas empresas & grandes negócios: como

manter viva a sua empresa. São Paulo: Globo, 2004.

________ . 2007. Fatores Condicionantes e taxa de sobrevivência e

mortalidades das micro e pequenas empresas no Brasil: 2003-2005. Disponível

em:http://201.2.114.147/bds/BDS.nsf/8F5BDE79736CB99483257447006CBAD

3/$File/NT00037936.pdf Acesso em : 01 de Julho de 2013.

PEREIRA, Rodrigo; SOUSA, Priscila. Fatores de mortalidade de micro e

pequenas empresas: um estudo sobre o setor de serviços. Disponível em:

http://www.aedb.br/seget/artigos09/195_Mortalidade_nas_MPEs.pdf Acesso

em: 10 de Julho de 2013.

VISÃO DO EMPREENDEDOR. O que é, e como calcular a margem de contribuição? Disponível em: http://www2.rj.sebrae.com.br/boletim/o-que-e-margem-de-contribuicao/ Acesso em: 04 de Agosto de 2013

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

(Gestão Financeira) 11

1.1 – Introdução a Gestão Financeira 11

1.1.1 – Faturamento Bruto ou Receita Total 11

1.1.2 – Custo Total 13

1.1.3 – Margem de Contribuição 14

1.1.4 – Ponto de Equilíbrio ou Break-even Point 14

1.1.5 – Apuração do Lucro Líquido 15

1.1.6 – Lucratividade 15

1.1.7 – Rentabilidade 16

CAPÍTULO II

(Gestão Financeira em Micro e Pequenas Empresas) 18

2.1 – As Micro e Pequenas Empresas 18

2.1.1 – O Conceito de Micro e Pequenas Empresas 19

2.1.2 – A Mortalidade de Micro e Pequenas Empresas 20

2.2 – A Implantação de indicadores Financeiros em Micro e Pequenas

Empresas 23

2.2.1 – A importância da medição do faturamento bruto ou receita total

nas micro e pequenas empresas. 23

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2.2.2 – Cálculo do Custo Total 24

2.2.3 – Cálculo da Margem de Contribuição 25

2.2.4 – Como identificar o ponto de equilíbrio na empresa 25

2.2.5 – Como apurar o lucro líquido ou prejuízo em micro e pequenas

empresas 26

2.2.6 – A importância da lucratividade para gestão de micro e pequenos

negócios 27

2.2.6 – Rentabilidade na Gestão de micro e pequenos negócios

28

CAPÍTULO III

(Aplicação prática dos Principais Indicadores Financeiros na Empresa

Salgadinhos do Lar) 30

3.1 – Introdução a Empresa Salgadinhos do Lar 30

3.2 – Faturamento Bruto ou Receita Total na Salgadinhos do Lar 32

3.3 – O Controle de Custos na Salgadinhos do Lar 34

3.3.1 – Custos Fixos na empresa Salgadinhos do Lar 34

3.3.2 – Custos Variáveis na empresa Salgadinhos do Lar 35

3.4 – Margem de Contribuição na Salgadinhos do Lar 37

3.5 – Encontrando o ponto de equilíbrio da Salgadinhos do Lar 38

3.6 – Apuração do Lucro Líquido ou Prejuízo na empresa Salgadinhos do Lar

3.6.1 – Gasto e Desembolso 40

3.6.2 – Custos de Fabricação 40

3.6.3 – Despesas 41

3.7 – Lucratividade na Salgadinhos do Lar 42

3.8 – Rentabilidade na Salgadinhos do Lar 43

CONCLUSÃO 45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

ÍNDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

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Título da Monografia:

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