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Do dia 12 ao dia 23 de abril de 2014, realizou-se, na França, o 2º Encontro Internacional de Procuradores da República. A abertura ocorreu no dia 12 à noite, com um jantar no restaurante Ciel de Paris, na Tour de Montparnasse. A vista é lindíssima, pois o restaurante fica no 56º andar. Para o dia seguinte, estava programado um city tour, com "guia que fala português". Como passei anos indo a Paris - onde meu filho Lucas fez faculdade e mestrado -, o city tour não me interessava, mas a convivência com o grupo de colegas, sim - e muito. A "guia que fala português" revelou-se uma espanhola ensandecida, de nome Carmen, mais tarde carinhosamente apelidada de “Carmen, a Louca.” Falava, na verdade, um portunhol muito precário. Mais precários ainda eram seus conhecimentos da história francesa. O tour começou, no domingo pela manhã, com uma nova subida à Torre de Montparnasse, coisa que não entendi, já que era o único lugar no qual havíamos estado – e por algumas horas. O roteiro que estava no programa foi para o espaço e lá ficou girando como uma nave perdida. Duas fotos da segunda visita à Tour de Montparnasse:

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Do dia 12 ao dia 23 de abril de 2014, realizou-se, na França, o 2º Encontro Internacional de Procuradores da República.

A abertura ocorreu no dia 12 à noite, com um jantar no restaurante Ciel de Paris, na Tour de Montparnasse. A vista é lindíssima, pois o restaurante fica no 56º andar.

Para o dia seguinte, estava programado um city tour, com "guia que fala português". Como passei anos indo a Paris - onde meu filho Lucas fez faculdade e mestrado -, o city tour não me interessava, mas a convivência com o grupo de colegas, sim - e muito.

A "guia que fala português" revelou-se uma espanhola ensandecida, de nome Carmen, mais tarde carinhosamente apelidada de “Carmen, a Louca.” Falava, na verdade, um portunhol muito precário. Mais precários ainda eram seus conhecimentos da história francesa.

O tour começou, no domingo pela manhã, com uma nova subida à Torre de Montparnasse, coisa que não entendi, já que era o único lugar no qual havíamos estado – e por algumas horas. O roteiro que estava no programa foi para o espaço e lá ficou girando como uma nave perdida.

Duas fotos da segunda visita à Tour de Montparnasse:

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O roteiro previa a passagem pela Catedral de Notre Dame, pelo Palácio da Justiça e pelo Hôtel de Ville. Mas “Carmen, a Louca” resolveu levar-nos ao Palácio de Sully, geralmente ignorado pelos turistas, porque tem como único atrativo dar acesso à belíssima Place de Vosges. Ei-la:

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Ao nos dirigirmos ao Quartier Latin tivemos a grata surpresa de passar, pela primeira vez, na casa onde morreu (ou morou) Voltaire. Ainda passaríamos por ela várias outras vezes e, em cada uma, seríamos lembrados do infausto acontecimento.

Quanto ao bairro dos estudantes, ficou reduzido à passagem em frente ao Panthéon (em obras) e a uma rápida visão periférica dos Jardins de Luxembourg.

Abandonando de vez o roteiro programado, nossa guia nos levou a Montmartre, bairro boêmio, famoso por sua Catedral, onde, em meio à multidão, dois colegas tiveram seus pertences subtraídos pelos "pickpockets" - nossos conhecidos batedores de carteiras.

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Na correria que a caracterizava, a nossa versão do Coelho de “Alice no País das Maravilhas” acabou abandonando vários dos participantes do tour em Montmartre, entre os quais eu mesma. Dessa forma, perdi o passeio de barco pelo Sena com os colegas, o que me levou ao único lugar onde tudo está permanentemente aberto em Paris: l´Avenue des Champs Elysées. Obaaaa!!!!! Compras!!!!

Na manhã do dia 14 de abril, fizemos uma visita aos laboratórios do Museu do Louvre, que foi interessantíssima. Os equipamentos de que dispõe e a equipe técnica multidisciplinar são capazes de avaliar, com exatidão, se uma obra de arte é autêntica ou falsa. Segundo a pessoa que nos guiou (excelente, não era o “Coelho”), isso tornou possível constatar que obras expostas no próprio Louvre eram falsificadas. Abaixo, exemplos do trabalho realizado:

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No dia seguinte, pela manhã, fomos brindados com uma palestra do prof. Jerôme Fromageau, no Anfiteatro Durer da Escola do Louvre. Para quem não conhece, Fromageau é autor, coordenador e organizador de diversos livros sobre patrimônio cultural.

No intervalo do almoço, Zani, Lívia, Monique e eu fomos à sede da UNESCO em Paris – mesmo local onde, em 2012, participei de um curso sobre direito do patrimônio cultural. A visita foi importante para inserirmos o Ministério Público Federal nas ações de preservação dos bens culturais brasileiros, uma vez que os organismos internacionais mantêm contato apenas com os órgãos do Executivo. Procuramos mostrar-lhes o papel que desempenha o Ministério Público Brasileiro na tutela dos bens e interesses coletivos. Observem nosso trabalho!!!

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À tarde, estava marcada uma visita ao Palácio de Versailles, que também já visitei inúmeras vezes. Como essas visitas sempre eram realizadas no inverno, nunca tinha tido a oportunidade de conhecer seus magníficos jardins na primavera. Silmara, Monique e eu optamos por ficar só nos jardins e o passeio foi verdadeiramente encantador. Para comprovar, nada melhor do que fotos:

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Lindas demais, não é? As fotos e o trio de modelos também!.

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Gruta artificial no bosquet des bains d´Appolon.

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Silmara e eu em frente ao Bassin Appolon, um dos tantos recantos imperdíveis dos Jardins de Versailles. Monique preferiu ficar de fotógrafa, seu hobby predileto.

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FIM DA VISITA A VERSAILLES.

No dia seguinte fomos para a região de Champagne, onde fica a Moët&Chandon e a Catedral de Reims (pronuncia-se rã, igualzinho ao batráquio).

A Catedral Notre-Dame de Reims, belíssima, é uma obra prima da arte gótica, construída no século XIII. A antiga abadia conserva uma nave do século IX, na qual se encontram os restos mortais de Saint Rémi.

A importância de Saint Rémi, no caso, se deve ao fato de que, além de ter sido escolhido, aos 22 anos, como primeiro arcebispo de Reims, ele foi responsável pela conversão e pelo batizado do rei Clóvis. Conta a lenda que Clóvis, casado com a famosa Clothilde, havia prometido se converter se vencesse a batalha de Tolbiac. Não vou entrar em maiores detalhes sobre a batalha, para não sair definitivamente do foco.

Mas, na hora do batizado, no Natal de 497ou 498, constatou-se faltar o “óleo sagrado”, uma mistura de olho de oliva e perfume (argh!), destinada à unção em certos sacramentos, como o batismo. Neste momento, uma pomba, vinda dos céus, trouxe uma ampola, da qual foi retirado o óleo para ungir o rei. Tal fato ficou conhecido como o milagre da Santa Ampola.

Voltando à Catedral de Reims, ela é, juntamente com a de Chartres, a dupla de catedrais góticas francesas mais importantes, tendo sido construída em substituição a uma igreja que pegou fogo. Em Reims eram realizadas as coroações dos reis franceses: 29 reis foram ali coroados entre 1027 e 1825.

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Mas, em 1917, a catedral foi duramente bombardeada durante a Primeira Guerra Mundial. Cerca de 300 bombas incendiárias danificaram gravemente sua abóbada. Os vitrais góticos vieram a ser restaurados – alguns - e outros recriados, após a Segunda Guerra Mundial. Ao mesmo tempo, foram inseridos vitrais contemporâneos, de Marc Chagall, Brigitte Simon e Imi Knoebel.

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No portal da esquerda da fachada ocidental da catedral, pode-se observar a famosa estátua do Anjo sorridente.

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A seguir um foto do Clube da Luluzinha,tirada na lateral da Catedral de Reims.

Antes da visita à Catedral, fomos conhecer as caves da Moët & Chandon em Reims. A visita guiada termina com uma seção de degustação, que é, evidentemente, o seu ponto alto. Conta-se que o champanhe nasceu no século XVII, quando, conforme os ensinamentos do monge Dom Pérignon, começou-se a controlar a efervescência natural do vinho.

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DOM PERIGNON SABIA DAS COISAS...

Embora as caves não destoem daquelas que se vê na região serrana do Rio Grande do Sul, é claro que o fato de as casas em cujos subterrâneos se situam serem muito mais antigas dá um charme todo especial. Vejam só:

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Sem contar que essas garrafinhas, aí à direita, são muito, muito atraentes...

E agora o ponto alto da visita: degustação!!!

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À LA SANTÉ!