Do RearÃo Ácues cRoMo DE ANoMALTA · 5.2.Avaliação geoquímica das águas, sedimentos e rochas...
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOINSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
ESTUDo DA ANoMALTA DE cRoMo NAs ÁcuessuBTEnnÂNEAs DA RearÃo NoRoESTE Do
ESTADO DE SÃO PAULO
Marta Lúcia Nunes Almodovar
Orientador: Prof. Dr. Alberto Pacheco
DrssERTeçAo o= ú=rtRADo
Presidente:
Eraminadore6:
corvrssÃo JULGADoRA
noms,?ass..t./Lu|L (*,L,^ ¿-tf\^.1"-=
<' òs?-\-os, ( s u5ã ¡"3 ¡s . (; s,)u.,1--i--À-). ^-{\- .-
k- k n -z /{.-,.¡¿r¿ eß' ¿/A
Sâo Paulo1995
UNIVERSIDADE DE SAO PAULOINSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEDALUS-Acervo-lGG
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30900005946
ESTUDO DA ANOMALIA DE CROMO NAS ÁCUASSUBTERRÂNEAS DA REGIÃO NOROESTE DO
ESTADO DE SÃO PAULO
Marta Lúcia Nunes Almodovar
Orientador: Prof. Dr. Alberto Pacheco
DISSERTAÇAO
Programa de Pós-Graduação em
DE MESTRADO
Recursos Minerais e Hidrogeologia
,: '-¿, .';. :
l,2r,sS
Såo Paulo1995
SUMÁRIO
ANEXOS
FIGURAS
6p7ip¡695
TABELAS
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
r. TNTRODUÇÅO
l.l.Generalidades
l.2.Objetivos
Z. Ánn¿ DE ESTUDI
2.l.Localização e vias de acesso
2.2. Aspectos fi s ioclimatológicos
2.3.Geologia
2.3.|.Grupo Bar¡ru
2.3.2.Formação Serra Geral
2.4.Hidrogeologia
2.4.l.Sistema Aquífero Bauru
2.4.2.Sistema Aquífero Serra Geral
3.GEOQAíUICI DO CROMO:T]MA SúNTNSø BIBLIOGRÅFICA
3.1.Histórico
3.2.Propriedades fisicas e químicas
3.3.Produção industrial e uso
1
2
3
3
4
4
8
10
10
t2
l3
l4
l5
3.4.Oconência na natureza
3.4. l.Nos sistemas vivos
3.4.2.Nas rochas e solos
3.4.3.Nas águas
3.5.Fontes de poluição
3.6.Aspectos de legislação
1. METODOLOGIA
4.l.Caractenzação da ocorrência de cromo nas águas
subterrâneas do noroeste do Estado de São paulo
4.l.1.Cromo total
4. l.2.Cromo hexavalente
4.l.3.Cromo total, hexavalente e nitrogênio nitrato
nas águas subterrâneas de Urânia
4.l.4.Cromo total e hexavalente em poços
selecionados de Ur.ânia e Santa Salete
4.l.5.Cromo total em poços perfiradosapenas
no Grupo Bauru ou em poços com entradas de água apenas na
Formação Serra Geral
4.2.Cadastramento de poços tubulares
4.3.Avaliação geoquímica das águas, sedimentos e rochas
basálticas de Urânia-S.P
4.3. l.Análises de águas
4.3.2.Aná/iise dos sedimentos de Urânia e do poço 9
4.3.3.Anilise dos basaltos do poço 9
4.4.Levantamento sobre eventu,ais problemas de saúde da
população abastecida por águas subterrâneas com teores de
cromo acima do limite de potabilidade
l6
l7
l9
2t
25
27
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29
30
30
33
JJ
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34
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37
s. APRESENTAçÅo oos nnsrrLTADos5.l.Caracterização da oco¡rência de cromo nas águas
subten^aneas do noroeste do Estado de São paulo
5.l.l.Cromo tot¿l
5. l.2.Cromo hexavalente
5.l.3.Cromo total, hexavalente e nitrogênio nitrato
nas águas subtenáneas de Urânia
5.1.4. Cromo total e hexavalente em poços
selecionados de Urânia e Santa Salete
5.1.5. Cromo total em poços perfi.uados apenas
no Grupo Bauru ou em poços com entradas de água apenas na
Formação Serra Geral
5.2.Avaliação geoquímica das águas, sedimentos e rochas
basálticas de Ur.ânia-S.P
5.2. l.Anilises de águas
5.2.2.Anâlise dos sedimentos de Urânia e do poço 9
5.2.3.4nálise dos basaltos do poço 9
S.3.Levantamento sobre eventuais problemas de saúde da
população abastecida por águas subterrâneas com teores de
cromo acima do limite de potabilidade
6.SÍNTESE DOS RESULTADOS
T.CONCLUSÕES
s.RECOMENDAÇÕES
9. RE FE RÊNCIAS BIB LIOGRÅFICAS
38
38
4t
44
53
56
58
58
62
64
67
68
7l
73
75
ANEXOS
Anexo 0l: Cadastro de poços tubulares da região noroeste do Estado
de São Paulo
Anexo 02: Análises das águas subterrâneas feitas pela SABESp em
54 localidades da região noroeste do Estado de São paulo
Anexo 03: Descrição sucinta das l l amostras de basaltos do poço 9
em Urânia, a diferentes profundidades
FIGURAS
Figura 0l: Á¡ea de localizaçãodapesquisa 5
Figura 02: Mapa de distribuição de Grupo Bauru no Estado de
São Paulo g
Figura 03: Diagrama da especiação do cromo em relação ao pHeEh
23
Figura 04: Regiäo Noroeste do Estado de São paulo com as
concentrações de cromo total e hexavalente nas águas subterrlaneas 39Figura 05: Esboço do perfil geológico do poço 9 em Unânia 59Figura 06: Localização de poços tubulares e de pontos de
amostragem de sedimentos na sede do município de Uriânia ó0
GR.4FTCOS
Gráfico 1A: Variação dos teores de cromo hexavalente (mg/l)
comopH 43
Gráfico lB: Variação dos teores de cromo hexavalente (mg/l)
82
94
100
com a condutividade elétrica (pS/cm) 43
Gráfico lC: Variação dos teores de cromo hexavalente (mg/l)
com os sólidos totais dissolvidos 44
Gráfico 2A: Concentrações de cromo total (mg/l) com a data de
coleta do poço 1 em Unânia 47Gráfico 28: Concentrações de cromo total, hexavalente e nitrato
com a data de coleta do poço I em Urânia 47Gráfico 3A: Concentrações de cromo total (mgll) com a data de
coleta do poço 2 em Uránia 4g
Gráfico 38: Concentrações de cromo total, hexavalente e nitrato
com a data de coleta do poço 2 em Urânia 4g
Gráfico 4A: Concentrações de cromo total (mgÄ) com a data de
coleta do poço 3 em Urânia 49
Gráfico 4B: Concentrações de cromo total, hexavalente e nitrato
com a data de coleta do poço 3 em Urânia 49 i
Gráfico 5A: Concentrações de cromo total (mgll) com a data de
coleta do poço 4 em Urânia 50 l
Gráfico 5B: Concentrações de cromo total, hexavalente e nifatocom a data de coleta do poço 4 em Urânia 50 l
Gráfico 6A: Concentrações de cromo total (mg/l) com a data de
coleta do poço 5 em Urânia 5l ll
Gráfico 6B: Concentrações de cromo total, hexavalente e nitrato i
com a data de coleta do poço 5 em Urânia 5l ,
Gráfico 7A: Concentrações de cromo total (mgil) com a data de l
coleta do poço 6 em Urânia 52 :
Gráfico 78: Concentrações de cromo total, herøvalente e nitrato ì
com a data de coleta do poço 6 em Urânia 52
Gráfico 8A: Variação dos teores de cromo total (mg/l) nos'poços de ,
Uránia e Santa Salete com o tempo
Gráfico 88: Variação dos teores de cromo hexavalente (mg/l) nos poços de
Urânia e Santa Salete com o tempo
TABELAS
Tabela 0l: Ca¡acterísticas numéricas do cromo VTabela 02: concentrações de cromo (ppm) encontradas em rochas
ígreas e sedimentares 20Tabela 03: Resultados das análises fisico-químicas das águas
subterrâneas das 12 localidades do noroeste paulista 42Tabela 04: Pa¡âmetros analisados nas coletas de água dos poços de
Urânia e Santa Salete 54Tabela 05: Concentrações de cromo total (mgll) em poços perfrrados
apenas no Grupo Bauru e poços com entradas de ágrra apenas na
Formação Serra Geral 57Tabela 06: Resultados das análises fisico_químicas de águas
subterrâneas do poço 9, em três profirndidades ó1
Tabela 07: Resultados das aruilises de parâmetros fisico-químicos das
águas subterrâneas dos poços da Fazenda Jatobá e posto Garção 62
Tabela 08: Concentrações (ppm) de alguns elementos analisados nos
. sedimentos do poço 9 em Urânia 63
Tabela 9: Abr¡ndância média dos elementos em folhelhos (ppm) 63' Tabela 10: concentrações (ppm) de alguns elementos analisados nos
basaltos do poço 9 em Urânia 66'Tabela I I : Abundrância média dos elementos em basaltos (ppm) 66
55
55
AGRADECIMENTOS
A realização desta pesquisa foi possível graças ao apoio de várias pessoas einstituições, as quais deixo registrado os meus agradecimentos.
Ao Instituto de Geociências da universidade de São paulo (IGc/uSp), emparticular ao Departamento de Geologia Econômica e Geofisica Aplicada (DGE) eao centro de Pesquisas de Águas subtenâneas (cEpAS), por permitir a utilização
de sua infra-esÍutura.
Ao meu orientador Professor Doutor Alberto pacheco.
Aos Professores Doutores do DGE, uriel Duarte, Annkarin AtréliaKimmelmann, José Milton Benetti Mendes e Raphael Hypólito, pelas sugetões e
correções,
Ao Professor Doutor valdecir de A. Janasi, do Departamento de Mineralogiae Petrologia (DMP-IGc/uSP), pelo acompanhamento, discussões e correções nos
estudos geoquímicos.
Ao Professor Doutor wilson Teixeira do Departamento de Geologia Geral(DGG-IGc/[JSP), por facilitar a utilização do Laboratório do CpGEO.
À Professora Doutora M¡iria szikszay, do IGc/usp, por sua valiosa ',
contribuição.
À bibliotecrária do lGc/usp, Maristela prestes Severino, pelas correções
bibliográficas.
À companhia de Saneamento Básico do Estado de são paulo (SABESp), por l
todo apoio dr.rante arealização da pesquisa, em especial a: :
- Maurício Souto Mayor Júnior, Roberto Ferreira, João carlos Simanke de souza, 1
Antonio Jorge Sápio (SABESp-São paulo);
- Edmilson A. Granello e Paulinho (SABESp-Femandópolis); l
- Sérgio Donizete Giovanini (SABESp-Urânia);
- Antônio Dirceu Pigato Azevedo (SABESp-Lins).
À Secretaria de Estado da Saúde por su¿r colaboração, em especial a Denise
M. E. Formaggia, Maria Adelaide Perrone e Amaldo M. Elmec.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES),
pela bolsa de mest¡ado que recebi dr¡rante o programa de pós-graduação.
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São paulo, pelo auxílio
financeiro para esta pesquisa, através do processo número 9411995-3.
Aos amigos:
- Ricardo c. A. Hirata, que muito batalhou para que esta pesquisa se concretizasse.
Pelo apoio, incentivo, sugestões, discussões e até por fazer aquelas ..perguntas
chatas";
- It¿baraci N. Cavalcante, por todas as informaçôes que me passou desde que
ingressei na pós-graduação, pelas correções do texto, sugestões e pela dedicação
com que realizou a leitura;
- Oscar Bordon, que perdeu suas horas de sono e Sand¡a M. D. Moraes, que
descobriu o det¿lhe final e muito me ajudaram na confecção dos gníficos da
dissertação. Pela convivência e por me incentivar naqueles dias dificeis.
- Alous Spaanderman pela importante ajuda.
E ao Zé Galinha, que transformou aqueles "dias de cão,, em horas amenas,
RESUMO
A ocorrência de cromo nas águas subterrâneas da região noroeste do Estado
de São Paulo tem se configurado como uma grande preocupação, uma vez que as
cidades possuem no recr¡rso hídrico subterrâneo a única fonte de água para suprir
suas necessidades. o sistema aquífero Bauru atende a uma ampla demanda de água,
desde núcleos urbanos de pequeno porte e industrias, até propriedades rurais que
neþessitam de água para irrigação.
Esta pesquisa objetiva ca¡acterizar a extensão espacial da anomalia de cromonas águas subterrâneas da região noroeste paulista; desenvolver um estudogeoquímico das águas, sedimentos e rochas da cidade de uránia; definir a relação
saúde pública e a presença de cromo nas águas subterr"aneas utilizadas para
abastecimento público.
Inicialmente, a anomalia de cromo foi detectada em poços tubulares ecacimbas do município de urânia, região de Jales, sendo que em alguns locais, apresença deste elemento supera o valor m¿iximo permissível em águas para consumo
humano, que é de 0,05mg/l (Decreto Estadual 12.4g6, de 20-10-7g e portaria 36, do
Ministério da Saúde, de 19-01-90).
com as análises químicas de águas subtenâneas de 54 localidades no período
de 1977 a 1993, executadas pela companhia Estadual de saneamento Biisico(SABESP), sabe-se hoje em dia, que esta anomalia extende-se a outros mwricípios
da região noroeste do Estado.
Estudos geoquímicos dos sedimentos da Formação Adamantina e rochas
basálticas da Formação Serra Geral da cidade de unânia, mostramm que enquanto
as concentrações de cromo nos primeiros estão acima da média enconfrada em
sedimentos similares da crosta terrestre, nas rochas basálticas, as concentrações
estão abaixo da média dos basaltos da crosta.
um levantamento sobre a saúde da população de urânia mostrou que não foirealizado nenhum estudo na região que comprovasse doenças causadas pela
ingestão de água contendo cromo acima do limite de potabilidade.
Através da integração dos dados e do estudo sistem¡ítico dos teores de cromonas águas, sedimentos e rochas, chegou-se as seguintes conclusões:
- a anomalia de cromo extende-se além da cidade de urânia, a outros municípios edistritos do noroeste paulista;
- a distribuição das concentrações de cromo é irregular, tanto temporal quanto
espacialmente;
- a origem do cromo é discutível, apesar de fortes evidências de ser natural (aanomalia estar distribuída por uma ampla região, de serem encontradas altasconcentrações de cromo nos sedimentos), são necess¿írios estudos maisaprofirndados;
- não se tem conclusões relevantes se a anomalia de cromo causa problemas à saúde
da população abastecida por estas águas.
ABSTRACT
The efstence of chromium in groundwater is subject to great concern in the
northwestern region of São Paulo State, where cities depend on the underground
water resources for their only source of water to supply its needs. The aquifer
system of Bauru attends with an ample demand of water the small urban centers and
industries, ild rural properties which need water for irrigation.
This research aims to charactenze the spatial extension of the chromium
anomaly in groturdwater in the northwestem region of São Paulo State; to develop ageochemical study of water, sediments and rocks in the city of Urânia; and to define
the relation between public health and the presence of chromium in groundwater forpublic consumption.
Initially, the chromium anomaly was discovered in shaft wells and waterholes
in the Urânia municipality, Jales Region, that is to say, in some places the presence
of this element exceeded the allowed maximum value in water for human
consumption, which is 0.05 mg/l (State Decree 12.486, of 20-10-78 and Edict 36, ofthe Ministry of Health).
With the chemical analysis of groundwater taken at 54locations during lg77-1993, executed by the State Company of Basic Sanitation (SABESP), we know
today that this anomaly extends to other municipalities in the northwestern region ofSão Paulo State.
Geochemical studies in Urânia city of sediments of the Adamantina
Formation and of the basaltic rocks of the Serra Geral Formation, show that the
concentrations of chromium in the first formation are above the average found in
similar sediments ofthe earth's crust, and the concentrations in the basaltic rocks are
lower than the average in basaltic crust.
A survey to the health of the population in Urânia showed that no research
was carried out in the region that would prove illness caused by the intake of water
containing chromium rates above the limit for drinkability.
Through the combination of data and the systematic study of chromium levels
in water, sediments and rocks, the following conclusions were drawn:
- the chromium anomaly is not only present in the city of Urânia, but also in other
mturicipalities and districts in the northwest of São paulo State;
- the distribution of chromium concentrations is irregular, both in time and space;
- the origin of the chromium is subject to discussion, despite strong evidence that itis natural (the anomaly is distributed in a wide region, high chromium concentrations
are for¡nd in the sediments), however, more in-depth studies are necessary;
- no relevant conclusions can be drawn about the problerns caused by the chromium
anomaly to the health of the population served by this water.
I
T.TNTRODUÇ/iO
I.l.GENERALIDADES
A presença da anomalia de cromo nas águas subterrâneas da região noroeste
do Estado de São Paulo tem sido verificada desde 1977. Inicialmente, foi constatada
em águas provenientes de poços profi.urdos e cacimbas no município de urânia,
região de Jales. Posteriormente, foi detectado que esta anomalia extendia-se a
outros municípios do noroeste paulista.
As concentrações de cromo são variáveis em cada município e em alg'nslocais ultrapassam os limites m¡íximos permitidos em águas para o conslrmo
humano, cujo valor é 0,05 mg/l (Decreto Estadual 12.486 de 20-10-78 e portaria 36,
do Ministério da Saúde, de 19-01-90).
As cidades paulistas da região onde ocorre a anomalia de cromo têm no
recurso hídrico subterrâneo a única fonte capaz de suprir suas necessidades, Como
as águas são usadas para consumo humano, há trma grande preocupação, uma vez
que a alta concentração de cromo é um potencial de risco à saúde pública. Atoxicidade do cromo depende de seu estado de oxidagão, que pode ser cr3*(trivalente) ou cr6* (hexavalente), sendo o pdmeiro menos tóxico do que o segundo,
que pode causar tr.rmores malígnos, como câncer no pulmão.
Esta pesquisa foi desenvolvida na região noroeste paulista, onde foi
constatada a anomalia do cromo. Ela é parte de um projeto onde estiveram
envolvidos, como órgãos de apoio, a Secretaria do Meio Ambiente através do
Instituto Geológico, a companhia Estadual de saneamento Básico (sABESp)
através da Diretoria de Projetos do Interior, a secretaria de Estado da Saúde,
através do centro de vigilância Sanitária (cvS) do cEATox e cenüo de
Vigilância Epidemiológica (CVE) e o Insriruro Adolfo Lutz.
Desta forma, justifica-se o estudo desenvolvido, pois além da preocupação
com a qualidade das águas subtenâneas e a saúde pública, esta pesquisa é de
interesse acadêmico, uûra vez que em um trabalho preliminar feito pelo Instituto
Geológico, aventuou-se a hipótese de que a origem do cromo é natural, fato raro de
ocorrência, inclusive no mundo. como a presença deste elemento afeta a qualidade
das águas subterrâneas, recurso de grande importância social, econômica e
estratégica, foi necessiårio um estudo mais abrangente da região, a fim de averiguar
a ocorrência da anomalia de cromo nestas águas, para que fosse possível buscar
formas de amenização do problema.
l.2.OBJETIVOS
Os objetivos são:
- caractenzat a extensão espacial da anomalia de cromo nas águas subterrâneas da
região noroeste do Estado de São Paulo;
- desenvolver um estudo geoquímico das ágrns, sedimentos e rochas da cidade de
Urânia- S.P.;
- definir a relação saúde pública e a presença de cromo nas águas subterrâneas
utilizadas para abastecimento público.
2.ÁREA DE ESTT]D0
2.I.LOCALrZ Ç^O E VrAS DE ACESSO
A ¿írea onde foi desenvolvido o trabalho está localizada na região noroeste doEstado de São Paulo. Foi selecionado o município de urânia para estudo de detalhe
(Figura 0l).
A sede municipal de urânia dista 594 km da capital, com acesso pelas
rodovias sP 330, sP 310 e sp 320. A cidade possui aproximadamente g.100
habitantes. o abastecimento de ágw é feito por poços tubulares e cacimbas,
operados pela SABESP.
2.2.ASPECTOS FISIOCLIMATOLÓGICOS
A ¿írea de estudo situa-se no planalto ocidental, onde predominam os
sedimentos do Grupo Bauru. Este planalto abrange cerca de 50% do territóriopaulista, ocupado por relevos monótonos de colinas e morotes.
Segundo Setzer & Porto (1979) os solos do Grupo Bauru podem ser
divididos em dois grupos: solos a¡enosos quÍNe sem cimento calcífero e solos
arenosos com cimento calcífero.
Na região de estudo domina a massa equatorial continental e a continent¿l
tropical e, em segundo plano, as massas polares. o período de chuva ocorre de
dezembro a março e o período de seca de abril a setembro. A temperatura segue um
ritrno normal de clima tropical, com duas estações bem definidas: uma quente, com
médias mensais acima de 20 oc (dezembro/março) e ouha com temperaturas abaixo
de 19 oc (abrivsetembro), sendo que em alguns anos se extende até novembro
devido à presença de massas frias. os índices pluviométricos amnis médios chegam
a 1050 mm (DAEE, 197ó).
2.3.GEOLOGIA
Na ¡irea de estudo onde foi investigada a presença de cromo nas águas
subterrâneas, afloram os sedimentos da Formação Adamantina, do Grupo Bauru.
Estes sedimentos encontram-se sobre os basaltos da Formação Serra Geral
conforme atestam os poços tubulares da região.
2.3.I.GRUPO BAURU
Este Grupo é do cretácio Superior e aflora em grande parte do Estado de São
Paulo, recobrindo as lavas basálticas do Planalto Ocidental.
No Mapa Geológico do Estado de São Paulo, escala l: 500.000, (IpT, lggl)adotou-se a sequência estratigráfica que vem sendo proposta atualmente para o
Grupo Baurg subdividindo-o nas formações caituí, Santo Anastácio, Adamantina e
Marília.
Formação Caiuá
A Formação caiuri, constituída essencialmente de a¡enitos, representa o início
da deposição do Grupo Bauru, em um embaciamento ainda restrito, sobrepondo-se
às eruptivas da Formação serra Geral. sua ¿írea de afloramento no Estado
Figura 0l: Áaea de localização da pesquisa
Fonte: Modificado de Campos, 1987.
llol^ ExPttcÁ va
Mo?. .loùdcô d ldùr dô hoÞo eÉritsÈ. ¡¡. lPlllgalt, .tcolo I 5@(nr, ù{toÞtodo . .'ñrritlco¿,.
LOCATTZAçÀO D /tFEÁ rO fs¡ÂDO
iD¡ c - ¡D - - o tã-Er.rJ-t.J-.+--J--s-¡
compreende a região do Pontal do Paranapanema, estendendo-se para norte por uma
estreita faix¿ na margem esquerda do rio Paraná, mapeável até a confluência com o
rio Peixe. Tem continuidade pelos estados do paraná e Mato Grosso do Sul
(IPT,1981).
Formação Santo Anastácio
os a¡enitos desta formação afloram em á¡eas que acompanham as cotas mais
baixas dos vales dos rios afluentes do Paranr! no oeste do Estado. Em
subsuperficie, litologias atribuídas à Formação Santo Anastácio estendem-se para
leste, até a região de Paraguaçu Paulista, e para norte, até o divisor entre os rios São
José dos Dourados e Grande. Esta distribuição indica que o embaciamento em que
se acumulou esta formação hansgrediu sobre o embaciamento caiuí, embora em
continuidade tectônica e sedimentar. Encontra-se o Arenito santo Anastácio
depositado ora sobre o caiuá, ora recobrindo diretamente o embasamento basáltico
(IPT,l98l).
Formação Adamantina
Aflora na região de estudo e ocoffe por vasta extensão do oeste do Estado de
São Paulo, constituindo os terrenos da maior parte do planalto ocidental, só
deixando de aparecer nas porções mais rebaixadas dos vales dos principais rios,
onde já foi removida pela erosão. Soares er a/. (19s0) propõem formalmente a
denominação Formação Adamantina para designar os bancos de a¡enitos altemados
com lamitos, siltitos e a¡enitos lamíticos, situados esftatigraficamente entre aFormação Santo Anastácio, desmembrada como uma unidade sotoposta
litologicamente diferenciada, de ocorrência mais restrita, e a Formação Marilia,individualizada como uma unidade sobreposta, de ocorrência localizada.
Almeida et al. (1980) destacam que as características distintivas mais
marcantes entre a Formação Santo Anastácio e a Formação Adamantina são que
esta ultima tende, no geral, a apresentar sedimentos mais finos e bem selecionados,
frequentemente com mica e mais raramente feldspato, sílica amorfa e opacos e commaior variedade de estruttras sedimentares. Estas caracteristicas indicam maiormaturidade textural e mineralógica, deposição em sistema flúvio-lacustre mais
organizado que aquele da Formação santo Anastacio, bem como maiordiferenciação das ¡íreas-fonte de sedimentos pa¡a a Formação Adamantina que,
segundo coimbra (1976), compreenderiam principalmente ií¡eas de sedimentos
fanerozóicos pré-existentes a noroeste e sudeste, iíreas de rochas básicas do GrupoSão Bento, metamóficas dos Grupos Araxií e canastra e alcalinas do Triângulo
Mineiro a nordeste. As conclusões deste autor basearam-se principalmente na
an¿ilise da dishibuição de parâmetros granulométricos e da frequencia relativa de
minerais pesados, entre eles cianita, turmalina, granada, epídoto, esta¿rolita e rutilo.Brandt Neto (1977) estudando a Formação Adamantina na região de
Araçatuba e Penápolis, no Baixo Tietê, observou em trinta e oito amostras que aocorrência de minerais pesados se concentrou em turmalina e estaurolita,
predominantemente, e granada, zncão, rutilo e perowskita, secundariamente. osargilo-minerais reconhecidos por Brandt Neto (19g4) e Brandt Neto el al. (19g5)são a caulinita, montimorillonita e paligosrquita.
Silva & Monte (1987) descrevem a presença de trona no Grupo Baurqmineral de origem evaporítica , não marinþ constituído essencialmente por
carbonatos e bica¡bonatos de sódio.
As maiores espessuras da Formação Adamantina oconem geralmente nas
porções ocidentais dos espigões entre os grandes rios. Atinge 160 metros enfre os
Rios São José dos Dourados e peixe, 190 metros enfre os Rios sa¡rto Anastácio e
Paranapanema, e 100 a 150 metros entre os Rios Peixe e Turvo, adelgando-se
destas regiões emdireção a leste e nordeste (Soares et al., 1980).
Formação Marília
Ocorre na porção centro-sul do Estado, entre os médios vales dos rios Tietê e
Paranapanema. Tem ocorrência restrita relativamente às demais formações do
Grupo Bauru, sendo que a linha de contato desenha um intrincado recorte,
resultando da erosão ao longo da drenagem principal. Nas regiões de Marilia e
Echaporã sustenta escarpas características, com até pouco mais de uma centena de
metros de desnível, encimadas por urna superficie aplainada denominada Planalto de
Marília-Garça-Echaporã ou Planalto de Ma¡ília. A Formação Marília depositou-se
em um embaciamento localizado desenvolvido ao término da deposição Baun¡ em
situação parcialmente marginal, repotsando geralmente sobre a Formação
Adamantina, e, mais para leste, diretamente sobre os basaltos Serra Geral
(IPT,l981).
Na figura 02 encontra-se o rnapa de distribuição do Grupo Bauru no Estado
de São Paulo.
2.3.2.FORMAçÃO SERRA GERAL
A Formação Serra Geral pertence ao Grupo São Bento e segundo White,
(1908 apudlPT, 1981) compreende um conjunto de derrames de basaltos toleíticos
entre os quais se intercalam arenitos com as mesmas características dos
pertencentes à Formação Botucatu.
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os denames são formados por rochas de cor cinza escura a negra, afaníticas.
Petrograficamente os basaltos apresentam composição mineralógica simples,
constituídos essencialmente de labradonta zonada associada a clinopiroxênios
(augita e às vezes pigeonita). Acessoriamente mostram-se titano-magnetita, apatita,
quartzo e raramente olivina ou seus produtos de transformação (IPT, l98l).Ruegg (1975) reconhece a presença de cromo nas rochas basálticas como
elemento traço, em concentrações que atingem até240 pprq com 25%o das amostras
comconcentrações variando de 140 a 160 ppm.
2.4.HIDROGEOLOGIA
2.4. I.SISTEMA AQUÍFERO BAURU
os sedimentos da Formação Adamantina formam o Sistema Aquífero Baun¡que representa uma das principais fontes de exploração de água subterrânea no
Estado de São Paulo. Este aquífero cobre uma ¡írea de 104.000 km2 ( cerca de 40vo
do território estadual) de um total de 315.000 km2 de sua ocorrência na Bacia do
Paraná. Devido à relativa facilidade de captação de água através de poços cacimbas
e tubulares, o Sistema Aquífero Bauru atende a uma ampla demanda de água, desde
núcleos urbanos de pequeno porte e indústrias, até propriedades ru.aís que
necessitam de água para irigação (Campos, 1987).
segrmdo DAEE (1976 e 1988), o Sistema Aquífero Bauru ca¡acteriza-se
como wridade hidrogeológica de extersão regional, contínua, livre a semiconfnad4
com espessura média de 100 metros, mas que pode chegar aos 250 metros. É
explorado por cerca de 4.500 poços tubulares, utilizados basicamente para oabastecimento público. Há um zoneamento do potencial explorável por poços: a
faixa de vazão explorável entre 5 e 20 m3lh é predominante em iírea; faixas de 20 -
30 m3ft e de 30 - s0 m3/h oconem em áreas menores, nas porções onde a parte
inferior do pacote sedimenta¡ tem expessura da ordem de 100 metros. Este aquífero
apresenta valores de transmissividade que variam de l0 a 100 nL2ldia, com média
de 35 r&ldia, e a capacidade específica de 90%o dos poços é inferior a I m3/h.rn
Segundo CETESB (1977), a porosidade efetiva varia de acordo com acomposição das camadas, de 15%o nas camadas arenosas a 5olo nos a¡enitos
calcíferos e siltosos. Alguns testes de bombeamento realizados em poços que
exploram o Grupo Baurq acusaram valores do coeficiente de armazenamento
característicos de condições de confinamento, fato explicado pela existência de
camadas arenosas limitadas por camadas silto-argilosas compactas formando
bancos de grande extensão.
Como aquífero freático, a recarga é feita diretamente pela precipitação
pluvial, sendo sua base de drenagem os rios Paranapanelna, Tietê, Grande e paraná,
e suas malhas de afluentes em toda a iirea do afloramento. o aquífero fimciona, em
geral, como reservatório regulador do escoamento desta rede fluvial.
segundo Rocha ¿r al. (1979), o Bauru apresenta velocidades de circulação
das águas subterrâneas da ordem de 4 cm/dia para as Formações Adamantina e
Marília.
Na Formação Adamantina predominam águas bicarbonatadas cálcicas ou
magresianas e águas bicarbonatadas sódicas; secundadamente ocorrem águas cloro-
sulfatadas cálcicas ou magnesianas e cloro-sulfatadas sódicas (campos l9g7). As
águas são pouco mineralizadas, com sólidos totais dissolvidos (srD) infedores à
240m/l.
O Sistema Aquífero Bauru apresenta pH de ácido a básico (4,59 a 9,64) e
teores salinos inferiores a200 m/l para 62vo das amostras. Neste sistema aqulfero,
a grosso modo, o emiquecimento do teor salino das águas subterrâneas não é
acompanhado pelo aumento dos teores de cloreto e de sódio, a não ser localmente
(Campos, 1993).
2.4.2.SrSTEMA AQUÍFERO SERRA GERAL
os denames basálticos e intn¡sões diabásicas que originam a Formação Serra
Geral não constituenq por si, camadas aquíferas; somente ao longo de linhas
estruhrais (falhas e fraturas), horizontes vesiculares, interderrames e a¡enitos
intertrapeanos, é que se tem a produção de águas subterrâneas. por se constituírem
em aquíferos de fissuras, suas potencialidades relacionam-se à densidade de
fraturamento, grau de alteração dos horizontes vesiculares, sistemas de alimentação
e inter-relação com outros aquíferos, não podendo ser aferidas pelos parâmetros
característicos dos aquíferos de interstícios, como porosidade e permeabilidade
(CETESB, 1977).
o Sistema Aquífero serra Geral aflora numa ¡årea de 32 rntr quilômetros
quadrados na porção centro-leste de são paulo, sendo recoberto, a oeste, pelos
sedimentos Bauru-caiu¡i. Apresenta-se em derrames sucessivos de lavas,
superpostos, onde os sistemas de fratu¡amento (zonas aquíferas) estão relacionados
tanto a esforços tectônicos, gerando fraturas subverticais, como a processos de
resfriamento que originam descontinuidades sub-horizontais. A maioria de seus
poços tubulares possuem profimdidades de 100 a 150 metros. Suas vazões, porén¡
são variáveis e os poços situados junto a lineamentos estruturais ou fratrasapresentamvazões de l0 a 100 m3/h (DAEE, lggg).
3.GEOSUíMnCA DO CROMO: AMA SúNTESE BTBLTOGtuíFrCA
3.T.HISTÓRICO
o cromo não era conhecido na antiguidade, tendo sido descoberto em l79gno cromato de chumbo (PbCroa¡, que ocorre na îaïrreza sob a forma do mineral
crocoíta (Pauling, 1966).
o metal foi isolado pela primeira vez ahavés de um processo de redução de
óxido de cromo (cro3) com carvão vegetal, a alta temperatura. Foi então sugerido o
nome cromo ao metal, originário do grego, devido as diversas colorações dos seus
compostos (Rollinson, 1973 apud Soares, 1992).
Segundo Soares (1992), inicialmente eram manufaturados algturs compostos
químicos do cromo, produzidos bicromatos e pigmentos, como cromato de chumbo,
sendo que no ano de 1845 iniciou-se a primeira produção comercial.
o elemento tomou-se economicamente viável por volta de 1g27, com â r
descoberta de grandes depósitos nos Estados unidos da América. Em lg4g foram
descobertas novas jazidas na Ásia Menor, que fez com que o monopólio americano
fosse se desfazendo.
A utilização do metal e de seus compostos nos diversos setores industriais,
comerciais e científicos foi melhor evidenciada a partir da Revolução Industrial. Noentanto, o conhecimento de acidentes causados ao meio ambiente pelos compostos
de cromo é um fato recente,
3.2. PROPRTEDADES FÍSTCAS E QUÍMTCAS
O cromo é um metal branco, brilhante, duro e quebradiço, com ponto de
fi.uão bastante alto (1840 oc) e ponto de ebulição não tanto proporcionaknente
(2300 "c). Sua densidade é 7,188 g/cm3 lotrlweiler, 1973). Arabela 0l relaciona
algumas características numéricas importantes do elemento.
Tabela 01: Ca¡acterísticas numéricas do cromo.
PROPRIEDADES DO CROMO
Número Atômico 24
Configuração eletrônica extema 3d' 4s
Peso atômico 51,99ó
Densidâde do sólido a 2O" C, glø' /,1ðð
Volune atômico cm' 7,24
Ponto de fusão, " C lE40
Ponro de ebulição, " C ca.2300
Potencial de ionização, ev 6,76
Fonte: Ohlweiler, 1973, modificado
Este elemento pertence ao grupo VI-B da tabela periódica, com número
atômico 24, peso atômico 51,996. Possui estados de oxidação que variam de cÊ à
Crfr, comumente ocorre nos estados 0 (elementar), +2,+3,+4,+6. possui quatro
isótopos est¡iveis com a seguinte porcentagem de abundância: toc, (4,31%o); szCr
(53,76%);5tcr 19,55Y0¡ e tocr 72,38Vo). Ele tem cinco isótopos radioativos, mas
somente tlc.,
com meia-vida de 27 ,8 dias, é mais comumente usado para estudos de
traçador. Possui dois estados de oxidação no ambiente natural: hexavalente (cr(VI)) e trivalente (Cr (III)).
3.3. PRoDUçÃo rNlusrRrAl, E uso
Segrurdo "National Academy ofSciences"(1974 apud Soares, r992), apesar
de óxidos de cromo serem encontrados com abundância na crosta terrestre, não
apresentam concenûações de cromo viável economicamente, sendo seu únicominério a cromita, cuja fórm'la é [(Fe,Mg)O (Cr,Al,Fe)2O3]. O ultimo membro,
FeCr2Oa (também chamado cromita), contém 68%o de óxido de cromo (Cr2 03) e
32o/o de óxido de ferro (Feo). o grau mais arto do minério contém
aproxirnadamente 52%o a 56%o de Cr2O3 e l}yo a26%o de FeO.
os principais produtores de cromita tem sido a extinta u.R.s.s., África do
sul, Filipinas e Turquia. outros depósitos de extração são encontrados nos E.u.A.,Albânia, Cuba, Brasil, Japão, India, Nova Caledônia, paquistão, Irã e ouhos.
A cromita sofre viírios processos industriais até chegar aos produtos finais,
utilizados nas industrias metalurgicas, de refratários e químicas.
Indústrias metalúrgicas
o cromo é extremamente resistente à corrosão, por isso é empregado como
coberh¡ra de proteção e decoração de outros metais (Mahan, 1972).
Suas ligas são muito importantes, principalmente as de Fe (II) (tigas de aço).
os aços que contêm cromo são muito duros, resistentes e fortes. São uados emprojéteis, cofres etc. Aço inoxidável comum contém l4-lg% de cr (e, em geral, golo
de Ni) (Pauling,1966).
Indústrias de refratários
utiliza-se a cromita com aproximadamente 34o/o de óxido de cromo e altaporcentagem de alumínio, devido ao alto ponto de fusão (2040 "c) e bai¡<a
reatividade (Soares, 1992).
Indústrias químicas
Sais de cromo hexavalente são usados em decapagem química de metal e
operações de capeamento, anodização do alumínio, curtimento do cor¡ro e em
manufah¡ra de tintas, corantes e outras subståncias. Sais de cromo trivalente são
menos usados em industrias e aplicações manufatureiras. compostos de cromo têm
sido usados como inibidor de corrosão em h¡bos condensadores de usinas elétricas
(Ståmer el a/., 1985).
3.4.OCORRÊNCIA NATI]REZA
o cromo é onipresente no meio nmbiente, enconhado em concenfrações
variadas nas águas (lpg até ll2¡tgll), no ar ( < 0,lpg/m3), nas rochas (5 até
l800mg/kg), solos (53mg/kg) e toda matéria biológica. Este elemento é encontrado
em concentrações maiores do que os elementos cobalto, cobre, zinco, molibdênio,
chumbo, níquel e cádmio.
3.4.1. NOS SISTEMAS VIVOS
o organismo humano necessita de um série de subsl,âncias químicas que são
indispensáveis para a manutenção da vida. Estas substâncias podem ser divididas
em dois grupos, os constituintes básicos (carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio,
cálcio, fosforo, potiíssio, enxofre, sódio, cloreto, magnésio) e os elementos
essenciais (cromo, cobalto, cobre, estanho, ferro, iodo, manganês, molibdênio,
selênio e zinco). os constituintes básicos são aqueles que existem em grandes
quantidades, enq̡anto os elementos essenciais aparecem em pequenas quantida.des
e são denominados "traços".
Muitos metais traços são essenciais para a nutrição de animais e plantas emquantidades traço, mas podem tomar-se venenosos ou tóxicos quando as
concentrações benéficas forem excedidas (Stamer e/ a/., l9S5).
As ações tóxicas se manifestam em fi.rnção da dosagenr, forma química e
estado nutricional do organismo exposto. Desta forma, para garantir efeitos
benéficos ao organismo, é preciso manter as concentrações dos elementos
essenciais denfro dos limites. o excesso ou a falta dos elementos traços podem
induzir alterações bioquímicas que afetam as funções fisiológicas, provocando
efeitos que variam em intensidade de acordo com a idade, sexo e espécie do
organismo em estudo (Amaral, 1985).
A toxicidade do cromo e seus compostos depende de seu estado de oxidação,
que pode ser f3 ou +6. o cromo é um dos elementos traços menos tóxicos.
compostos de cr (vI) são aproximadamente cem vezes mais tóxicos do que sais de
Cr(IIf.As formas trivalentes de cromo, que são nutricionalmente ativas, têm baixa
toxicidade, apesar de não terem sido estabelecidas doses limites. sabe-se que
oralmente são pouco absorvidas; sobre a pele há combinações com as proteínas das
camadas superiores mas sem causar ulcerações, com excessão de pessoas alérgicas
l7
ao cromo. o cromo hexavalente é muito mais tóxico e não apresenta valor
nutricional. Este pode ser absorvido por ingestão, inalação e através da pele,
podendo causar ulcerações e eczemas (Amaral, 1985).
o cromo em cromatos e ácido crômico é da forma hexavalente e em trióxidocrômico é da forma trivalente. o ácido crômico é corrosivo para a pele e
membranas da muoosa, na área respiratória superior. o cromo na forma trivalente é
menos tóxico do que na forma hexavalente. crâncer no pulmão foi constatado em
trabalhadores que se expunham ao cromo hexavalente em industrias de cromo,
remoção de cobre e anodização de alumínio (Hagarty,199l).
A maioria das referências bibliográficas descreve estudos relacionados à
assimilação de cromo por vias respiratórias, não tratando da ingestão de ágncontendo cromo.
o cromo presente no material biológico está na forma cr (II!, que é essencial
à nutrição humana e desempenha um papel importante no metabolismo do
glicogênio. o tecido animal possui o elemento em concentrações variáveis
dependendo da espécie, idade e ¿írea do corpo. concenhações excepcionalmente
elevadas têm sido encontradas no cérebro e, particularmente, na medula vertebral,
bem como em tumores e tecidos carcinogênicos (Mertz, 1969).
No cabelo de crianças diabéticas foram encontradas concentrações inferiores
às encontradas em crianças normais. Masironi, (1978 apudAmaral, 19g5), coloca
que o cromo age como cofator interveniente com a insulina no metabolismo da
glicose e que a carência deste metal pode provocar os distr-ubios verificados na
diabete.
o cromo pode prevenir a ocorrência de problemas das coronárias. Estudos
comparando as paredes a¡teriais de pacientes mortos por distubios do coração e
vítimas fatais de acidentes de trânsito, revelaram que a taxa de cromo era menor
naqueles que sofreram crises cardíacas. os riscos ca¡dlacos parecem praticamente
nulos quando ataxa de cromo é superior a 6 bilionésimos de grama.
3.4.2. NAS ROCHAS E SOLOS
o cromo é um metal que oco..e frequentemente na natureza. Estudos
geoquímicos mostram que está entre os quinze elementos mais aburdantes na Terra
e que, ao lado do Na, K, Co, P, Mn, Ti, pode ocorrer entre 0,1 e l%o do peso total
da crosta terrestre. Sua composição média na crosta é de 100 g/ton (ppm), com
valores diferenciados para o diabásio de 120 ppm e para o granito de 20 ppm
(Mason, l97l).
A cromita (FeCr2Oa) é um constituinte comum dos peridotitos e dos
serpentinitos deles derivados, sendo um dos primeiros minerais a se separar do
magÍul que se resfria. Pensa-se que os grandes depósitos de cromita se teriam
formado por esta diferenciação magmática. comumente associa-se com a olivina, a
serpentina e o coríndon (Dana, 1986). Pode estar concentrada em resíduos laterícos
sobre rochas ultramáficas, que contêm maior concentração de cromo do que outras
espécies de rochas (Herq 1985).
Nas rochas sedimentares a presença de cromo pode estar associada a
minerais de argila. A montmorillonita, um tipo específico de argila expansiv4
comporta a substituição atômica de um considerável número de elementos em suÍr
estrutura, incluindo o cromo trivalente. Nestes minerais o cromo não tem origem
primíria.
Nas rochas ígneas, o cromo está presente em piroxênios, um mineral
silicático. Estes minerais têm uma composição altarnente va¡iável devido àsubstituição atômica. o elemento em questifo pode ocorrer em até l,2vo em alguns
diopsídios [Ca Mg (Srz Oo )] e em algumas augitas [(Ca,Na) (Mg, Fe2,Fe3, Al) (Si,
Al)z Oo I (Mason, l97l).
A tabela 02 mostra as concentrações de cromo þpm) encontrada em algumas
rochas ígneas e sedimentares segwrdo vários autores.
A concentração de cromo no solo pode ser determinada pelo material deorigem. Solos derivados de rochas ígneas podem conter teores elevados, assimcomo solos derivados de folhelhos. Solos derivados de serpentinitos usualmentecontêm alto teor de cromo. Serpentinitos contêm uma proporção de 1.g00 ppm de
cromo e 2.000 ppm de Ni. Em adição, argilas xistosas e fosforitos usuarmente
contêm altas concentrações,
Em solos com elevado teor de óxidos de manganês, foi constatada apossibilidade do cr (III), forma relativamente estável, ser oxidado à forma de cr(vI)' de grande mobilidade no solo (Bartlett & James, 1979). porén¡, a redução decr (vI) no solo, pode ser aumentada com a presença de matéria orgânica (cany etal., 1977; Barrlen & Kimble, 1976).
Tabela 02: concentrações de cromo þpm) enconfiadas em rochas ígneas e
sedimentares.
MATERIAL CONCENTRAçÃO
ttæOHlppn¡Rocha ígnea ' 198
Grânito " 20
Diabásio 120
A¡enito' t20
Carbonato " 7,1
Fontes:
" Horn & Adams, 1966 apud Hø, l9B5b Mason, l97l
3.4.3. NAS Ácues
o cromo (III) é pouco móvel nas águas subterrâneas e apresenta baixa
toxicidade para o ser humano, se ingerido por via oral. Já o cromo (vI) é altamente
móvel e possui alta toxicidade. Devido a possibilidade de oxidação do cromo (III)para o cromo (vI), nas noÍnas de potabilidade da água é recomendado o valor
m¿iximo de 0,05 mg/l na fbrma de cromo total (Calder, 1988).
Hem (1985) cita que concentrações de cromo em águas de rios não-
contaminados são normalmente menores do que 0,01 mg/I. Durfor & Becker (19ó4)
reportam concentrações menores do que 0,00043 mg/l nas águas de abastecimento
público e de 0,0058 mg/l nos rios dos E.U.A.
A mobilidade do cromo nas águas subterrâneas depende das características
hidrogeológicas do local: especiação química e solubilidade do cromo e de sua
tendência de ser adsorvido pelo material do aquífero.
Especiação Química
o cromo oco'.e nas águas subterráneas com diferentes graus de oxidação.
Nos sistemas naturais, o cromo pode ser enconhado nas formas trivalente e/ou
hexavalente. As espécies de cr (III) que podem efstir nas águas subterrâneas são:
cr3*, cr oH2*, cr (oÐr*, cr (oH)ro, cr (oH)a-. As espécies de cr (vI) são:
HCrOa-e Cñn'-.
A especiação do cromo nas águas subterrâneas depende do Eh þotencial de
oxirredução ou redox) e das condições de pH. o cromo (vI) predomina em
condições de oxidação (Eh alto), enquanto o cromo (III) predomina em condições
de redução (Eh baixo).
Na figura 03 tem-se um diagrama de equilíbrio do cromo, do pH em fi.mção
do Eh. Pa¡a as concentrações de cromo total abaixo de 500 mg/l, as espécies
dominantes de cr (vI) são HCroo- e cron 2-. o equilíbrio entre estas dtras espécies
depende do pH:
HCrO4ì"Ð <-> CrO4'ìr* Ff,""Pa¡a baixo pH, a concentração dos íons Ff é alta, a reação tende para a
esquerda e HCroa- é a espécie dominante. Para alto pH, onde a concentração de H+
é baixa, a rcagäo tende para a direita e predomina cro+ 2-. Em águas subterrâneas
natu¡ais o pH está normalmente entre 6 e 8 e o íon croa 2- é a espécie dominante.
Pa¡a concentração de cr (vI) acima de 500 @1, o ion cr2o7}é predominante em
ambientes ácidos (Baes & Mesmer apud calder, 1988). poréÍL as concentrações de
cr (vI) em águas subterrâneas poluidas são geralmente menores do que 50 mg/I.
A espécie de cromo (III) que oco..e na água subter'ânea também depende do
pH. As reações que govemam são:
Cr3*1*¡+ H2O4¡ <+ Cr0ff*,*;+ If,u"CrO#*1u4+ HzOal ê Cr(OH)2*1*¡ + É<"rl
Cr(OH)2+1uq¡+ HzOal ê C(OÐro {ad+ Ff(aÐ
C(OH)r01"0¡+ I{zOar e Cr(OH)al"a + tfltCr(OH)2+ é a espécie dominante nas águas subtenâneas nahrais, com pH
entre 6 e 8, CrO#* e Cr3* predominam em águas mais ácidas e C(OH)30 e
Cr(OH)4'predominam em águas mais alcalinas.
z0
It
fo
ß
Pc
o
-to
.15
Figura 03: Diagrama da especiaçâo do Cromo em relação ao pH e Eh
(Calder, 1988)
E¡.,¡
onä
Solubilidade
segundo Hem (1977 apud carder ,r9gg), o cromo (III) gerarmente format¡Ina pequena porcentagem da concenhação do cromo total nas águas subterrâneas
naturais ou poluidas e raramente ocorre para concentações acima do padrão deágua potável (0,05 mgn). Devido à sua baixa solubilidade, tende a seressencialmente imóvel em muitas águas subterrâneas. Já o cromo (vI) é móvel nas
águas subternâneas devido à sua alta solubilidade.
Quando o cromo (Il é.Tm+ortado pela água subterrânea ele pode sertransformado
" pr."lpit)äo como cromo (III), se a água entrar numa zona de baixo
potencial redox. Estudos de lab'cratório têm mostrado que cromo (vI) pode serreduzido para cromo (III) na presença de matéria orgânica, especialmente em baixopH (Bartlett & Kimble, 1976; Bloomfierd & pruden, r9g0 apud carder, rggg).Schroeder & Lee (1975 apud CaIder, 19gg), encontraram que cromo (VI) poderiatambém ser redrzido para ferro (II) e dissolver sulfetos.
o cromo (III) geralmente não é transportado à grandes distâncias pela águasubterrânea devido à sua baixa solubilidade. porém, ele poderia ser convertido para
cromo (vI), se o estado de redox pa.ra 'm
lugar particular for mudando com otempo, de redutor para oxidante.
Adsorção
A adsorção ocorÌe porque as espécies iônicas dissolvidas m âgnsubterrâneasão aftaídas pelas superficies dos minerais que constituem o aquífero, por possuírem
uma rede de carga elétrica, própria para substituições ( Freeze and cherry, r 979).
A adsorção de um contaminante pelos solos ou materiais do aquífero pode
retardar o avanço do contaminante em relação à velocidade daáguasubtenánea.
Segundo stumm and Morgan (l9gr), íons positivamente ca:regados tais.o-o Cr'*, que é o grau de oxidação de cromo (III) abaixo de um pH 4, sãogeralmente adsorvidos por minerais de argila. A adsorção de cr3" por solos e argilasé geralmente muito alta, aumentando com o pH.
o cromo (III) é relativamente imóvel pa.ra um pH próximo de 4, devido àadsorção. Acima deste pH ele é também relativamente imóvel devido a sua baixasolubilidade.
Na forma aniônica Hcro4 e croa2-, o cromo (vI) é ahaído pelas superficiescanegadas positivamente tais como ferro, manganês, óxidos e hidróxidos de -alumínio. Estas substâncias comumente cobrem os materiais do aquífero.
A adsorção de cromo (vI) por argilas, solos e materiais naturais do aquífero é
baixa a moderada nas fai:<as de pH que comumente são encontradas nas águas
subterrâneas. A adsorção do cromo (vI) decresce com o aumento do pH. pouca ounenhuna adsorção ocorre acima de um pH g,5.
3.s. FONTES DE POLUrÇÃO
A presença de cromo nas águas subterrâneas está normalmente associada à
contaminação de origem antrópica. No norte dos Estados unidos e em alguns locaisdo Japão, a contaminação das águas subternâneas por este metal é um grande
problema. É mehor evidenciada em á¡eas onde estão instaladas indushias de metale de tratamento de madeira, curtumes, mineração de cromo e processos debeneficiamento do metal. outras fontes de poluição podem ser citadas, comoindustrias de manufaturas de pigmentos, de filmes fotográficos, de inibidores de
corrosão, entre outras.
Migliorini (1994), no estudo das águas subterrâneas do cemitério de vilaFormosa, na cidade de São pauro, encontrou cromo, entre oufos metais, em
concentrações variando de < 0,05 a 0,17 mg/I. Segrurdo o autor, o cromo éprovavelmente originrírio das tintas, vemizes e guarnições dos caixões.
A ocorrência natural do elemento em concenfações acima das normas de
potabilidade da âgn é bastante ra¡a. As referências bibliográficas especializadas
sobre o assunto são escassas.
Robertson (1975), descreve o caso do pa¡adise Valley (Arizona, E.U.A.)
onde as concentrações de cromo variavam de 0,1 a 2,0 mgll. Embora o autor não
tenha estabelecido a origem prirnária do cromo, entende-se que este elemento estií
associado aos minerais de argila, cuja rírea-fonte não é reconhecida.
Szikszay (1981), no estudo das Fontes de Águas da prata (S.p.), encontrou
teores de cromo total variando de 0,014 a 0,3 mgí em águas provenientes de rochas
vulcânicas, e valores variando de 0,019 a 0,3 m/1, nas águas provenientes de
arenitos.
Segundo Love (1967), poucas de algumas águas contêm cromo de fontes
naturais. Águas naturais podem provavelmente contê-lo somente como elemento
traço. Porén¡ na região de urânia foi feita uma avaliação preliminar sobre apresença de cromo nas águas subterrâneas e constatou-se que a ocorrência deste
elemento é natural (Hirata & Rodolfi 1993). Este resultado é baseado nas seguintes
observações: i) o cromo (VI) ocone disnibuído de forma ampla na região, o que
discorda da contaminação antrópica, onde o cromo aparece em áreas restritas, não
ultrapassando algumas centenas de metros da fonte de origem; ii) sua maior
concenffação foi encontada em poços tubulares de grande profi.urdidade, o que
reforça a origem natural, pois se houvesse uma aplicação de cromo em superficie,os
poços cacimbas seriam os mais atingidos, iii) não havia nas proximidades dos poços
atingidos nenhum indício de atividade contaminante, mesmo no passado.
3.6. ASPECTOS DE LEGTSLAçÃO
O cromo é um elemento que apresenta toxicologia bastante complexa. O
limite permitido em águas para consumo humano é 0,05 mg/l para cromo total.
Segturdo CETESB (1994), este valor está de acordo com os padrões de potabilidade
brasileiros ( Portaria 36, do Ministério da saúde, de 19-01-90), da organização
Mundial de Saúde (OMS), da Comunidade Econômica Européia, Canadá, E.U.A. e
Alemanha. No Decreto Estadual 12.486, de 20-10-78 o valor m¡rximo permitido de
cromo hexavalente em águas para consumo humano é 0,05 mg/I.
4. METODOLOGIA
Com a finalidade de atingir os objetivos propostos nesta pesquisao foram
efetuadas as seguintes etapas de trabalho:
-Caractenzação da ocorrência de cromo nas águas subterrâneas do
noroeste do Estado de São Paulo;
-Cadastramento de poços tubulares;
-Avaliação geoquímica das águas, sedimentos e rochas basálticas de
Urânia-S.P;
-Levantamento sobre eventuais problemas de saúde da população
abastecida por águas subterrâneas com teores de cromo acima do limite de
potabilidade.
4.T.CARACTERTZAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE CROMO NASÁcu¡,s SUBTERRÂNEAS Do NoRoESTE Do EsrADo DE sÃo pAULo
4.1.I.CROMO TOTAL
A partir dos resultados das análises fisico-químicas das águas subterrâneas da
SABESP, foi realizado um estudo sobre a ocorrência e distribuição espacial do
cromo na região noroeste do Estado de são Par¡lo. os dados são de águas de poços
de 54 localidades operadas pela empresa, entre municípios e distritos, no período de
1977 a1993.
os laudos continham resultados de análises ffsico-químicas completas, mas
para este estudo interessa somente os seguintes parâmetros: cromo total (trivalente
+ hexavalente) e hexavalente, por serem os principais erementos da pesquisa,
nitrogênio nitrato e condutividade elétrica, por apresentarem variações em su¿rs
concentrações nos diversos poços.
os teores de cromo total foram plotados na figura 04 para melhorvisualização da extensão espacial da anomalia e na tentativa de estabelecer umpadrão para a distribuição do cromo na região.
4. 1.2.CROMO FIEXAVALENTE
Nesta fase de identificação de ¿íreas onde ocorre cromo hexavalente nas
águas subterrrâneas, além dos dados da SABESp, também foi feita a amostragem de
água subterriânea em outras 12 localidades, operadas ou não pela SABESp. Estas
localidades foram escolhidas para completar os vazios geográficos da ¡írea contendo
análise de cromo na região.
Durante a amostragem foram medidos em ,,in situ" os seguintes parâmetros,
com os respectivos equipamentos: a temperatura do a¡ e da água (termômetrò), o pH(pHmetro "oAKToN", modelo 35624-00), a condutividade elétrica corrigida para
25uc pelo próprio equipamento e os sólidos totais dissoMdos-STD (medidor de
condutividade e sólidos totais dissolvidos ,,IIACFf,, modelo 44600).
o laboratório da SABESp de Femandópolis analisou as concentrações de
cromo hexavalente pelo método difenilcarbazida com o Espectrofotômetro
"MICRONAL", modelo B 380, cujo limite de detecção é de 0,0025 mlos dados com as concentrações de cromo hexavalente também foram
plotados na figura 04.Para uma melhor visualização das variações dos teores de
cromo hexavalente com o pH, condutividade elétrica e sólidos totais dissolvidosforam confeccionados os gráficos lA, lB e lC.
A partir destas análises escolheu-se três poços em urânia e um em santa
Salete para coleta de água em poços selecionados, por apresentarem as maiores
concentrações de cromo hexavalente.
4.1.3.CROMO TOTAL, HEXAVALENTE E NITROGÊNTO NTTNETO NAS
Ácues SUBTERRÂNEAS DE URÁNIA
As águas subterrâneas da cidade de urânia foram selecionadas para um
estudo dos teores de cromo totalo hexavalente e nitrogênio nitrato.
Este estudo foi desenvolvido a partir dos resultados das an¿ílises fisico-químicas das águas subterrâneas realizadas pela SABESp, no período de 1977 a
1993.
Foi efetuado um levantamento das concentrações de cromo total, hexavalente
e nitrogênio nitrato em seis poços da cidade de Urânia (p l, p 2, p 3,p 4,p 5, p 6).
Para uma melhor visualização do comportamento destes parâmetros, os dados foramplotados em gráficos que apresentam os valores de suas concentrações com a data
de coleta (gráficos 2A,2B.,3.A, 38, 4A,4B.,54, 58, 6A, 68, 7A,78).
4.1.4.CROMO TOTAL E r{EXAVALENTE EM POçOS SELECTONADOS DE
UNÂNN E SANTA SALETE
Foram escolhidos quatro poços para coleta e anilise das águas subterrâneas
das iíreas de estudo de detalhe. Três dos poços localizam-se em urânia (p 2, p 4,
P 5) e um em santa Salete (P l).Estes poços foram selecionados por apresentarem
as maiores concentrações de cromo hexavalente (0,08-0,10 mg/l).
As amostras das águas subterrâneas foram coletadas diretamente das bocas
dos poços que já estavam sendo bombeados a mais de uma hora, sem intemrpção.
No instante da coleta foram medidos os seguintes parâmetros, com os mesmos
equipamentos citados no ítem 4. 1.2.: temperatwa do a¡ e da água, pH, Eh (Ehmetro
"OAKTON", modelo 35ó50-00), condutividade elétrica e sólidos totais dissolvidos
(srD).
A análise da ágrra inclui cromo total, hexavalente e ainda alguns outros
parâmetros, como sulfato, bicarbonato, nitrogênio nitrato, fluoreto, sódio, potássio,
ferro total, manganês, alumínio, sílica, Resíduo Seco a 1g0o C.
As recomendações seguidas para coleta e preservação das amostras
encontram-se reunidas no "Guia Técnico de coleta de Amostras da GETESB,',
segundo Souza & Derisio (1977).
As análises da água dos quatro poços foram efetuadas pelos laboratórios da
SABESP de Femandópolis e Lins, sendo que os parâmetros sódio, potássio, sílica eReslduo Seco a 180" c da primeira coleta e sódio da terceira coleta, foram
analisados pela companhia de Tecnologia de saneamento Ambiental (cETESB) em
São Paulo.
As amostras de água encaminhadas aos laboratórios da SABESp para
análises fisico-químicas, foram coletadas em frascos de vidro (cromo total ehexavalente, sulfato, nitrogênio nitrato, ferro total, manganês e alumínio) e de
polietileno (fluoreto, potássio e sílica). A preservação das amostras foi realizada da
seguinte forma: cromo total, potiissio, ferro total e manganês com HNo3 e pH<2;
sulfato com 2 ml de acetato de zinco (pH 6-9); nitrogênio nitrato com I{2Soa , pH<2
e refrigeradas a 4t; fluoreto e sílica refrigeradas a 4oC.
os métodos de an¿ílises químicas utilizados nos laboratórios da SABESp para
os respectivos panâmetros fisico-químicos são os seguintes: cromo total, potássio
(colorimétrico), cromo hexavalente (difenilcarbazida), sulfato (turbidimétrico),
fluoreto (eletrodo de íons seletivo), ferro total (ortofenantrolina), manganês
(persulfato), alumínio (eriocromoclanina).
os equipamentos utilizados pela SABESp para análise dos parâmetros fisico-químicos foram: cromo total, nitrogênio nitrato, potássio, sílica (Espectrofotômetro
"r:[Aclr', modelo DR-2000), cromo hexavalente, ferro total, mangariês, alumínio(Espectrofotômetro *MICRONAL', modelo B 380), sulfato (Turbidímeho
"MICRONAL", modelo 250), bicarbonato (pHmetro ,,PROCYON", modelo pHD210), fluoreto (Fluorímetro "PROCYON", modelo 710 A).
As amostras destinadas aos laboratórios da CETESB para análises fisico-químicas, foram coletadas em frascos de polietileno, novos e descartáveis,
refrigerados a 4oc, com gelo, em caixa de isopor, sem preservativo para aniílise de
sílica e Resíduo seco a 180t; as amostras para análise de sódio e potássio forampreservadas com HNO3 (pH < 2).
os métodos de análises químicas aplicados nos laboratórios da cETESB são
baseados na l7A edição do "standard Methods for the Examination of vy'ater and
wastewater-American Public Health Association-uSA',. para determinação dos
parâmetros fisico-químicos das águas subtenáneas a25oc, foram: Resíduo seco a180"c (gravimétrico), sílica (colorimétrico com molibidato de amônia), sódio e
potássio (absorção atômica).
os limites de detecção (LD) para cada um dos parâmetros analisados, em
mg/l são: Resíduo Seco a 180oc (não eiste um limite estabelecido; sílica (LD : 0,6
mg/l); sódio (LD:0,01 mgll); potássio (LD:0,02 mg/l).
Foram realizadas duas coletas num intervalo de 22 dias e ainda um terceira para
verifica¡ se existiam variações temporais nos parâmetros analisados.Estes
parâmetros encontram-se na tabela 04. Foram confeccionados gnificos com as
variações de cromo total e cromo hexavalente com o tempo (gnificos gA, gB).
4.1.5.CROMO TOTAL EM POÇOS PERFURADOS APENAS NO GRUPO
BAURIJ oU EM PoÇoS CoM ENTRADAS DE Ácua APENAS NA
roniuaçÃo sERRA GERAL
Através do cadashamento de poços (anexo 0l), foram selecionados aqueles
perfurados apenas nos sedimentos da Formação Adamantina do Grupo Bau¡u e
aqueles que possuem entradas de água apenas nos basaltos da Formação Serra
Geral. Foi confeccionada uma tabela com as cidades onde se localizam estes poços,
os números dos poços e as concentrações de cromo total com a data de coleta
(tabela 05).
A partir desta tabela foram definidas se as maiores concentrações de cromo
total estavam em águas do sistema Aquífero Bauru (sedimentos) ou do sistema
Aquífero Sena Geral (basaltos).
4.2. CADASTRAMENTO DE POÇOS TUBULARES
Pa¡a o estudo hidrogeológico foi efetuado umcadastro de poços tubulares. Os
poços são das localidades onde a SABESP já havia realizado análises ffsico-
químicas da ágva. Os dados foram obtidos na SABESP de São Paulo.
Do cadastro consta a localidade onde foi executada a amostragem (mwricípio
ou distrito), o número do poço local, o número do poço dado pela SABESp e pelo
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), suas coordenadas, cota
topográfica, profindidade, níveis estático e dinâmico, vazão, geologia, posição dos
filtros, cimentação, ano de perfuração, uso da água, firma perfiradora e a referência
do local de perfiuação (anexo 0l). A falta de um ou outro dado no cadastro é
devido a não existência deste na sua ficha da SABESp.
Nas doze localidades onde foi realizada a amostragem citada no item4.l.2não se tem o cadastro de todos os poços. Apenas os poços de Aspásia, uriânia e
Santa Salete foram cadastrados por serem operadas pela sABESp. Tentou-se
cadastrar as oufas localidades através do DAEE, porém os dados que lá se
encontram estão em fichas antigas, não sendo suficientes e nem confiáveis.
4.3. AVALTAÇÃO GEOQUÍMrCA DAS ÁGUAS, SEDTMENTOS E
ROCHAS BASÁLTICAS DE URÂNIA-S.P.
os pontos onde foram coletadas amostras de águas, sedimentos e rochas,
encontram-se na figura 06.
4.3. I.ANÁLISES DE ÁCUES
Durante a perfuração de um poço em Urânia (p 9), próximo ao Córrego l
comprido, coletou-se amostras de água em três profundidades diferentes (114, lg0- :
182' 270 m), para análise de cromo total. Durante a coleta foram medidos em l
campo' com os mesmos equipamentos citados no ítem4.1.2, a temperahlra do ar, da :
água, pH, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos (srD). A 270 metros de l
profi:ndidade, foram analisados os teores de cloreto, sulfato, ciíLlcio, magnésio, ferro ì
total e alumínio.Estas análises foram feitas pelo laboratório da SABESp de i
Femandópolis.
As amost¡as de água para aniilise de cromo total, sulfato, ferro total ealumínio foram coletadas, preservadas e analisadas pelos mesmos métodos eequipamentos citados no ítem4.1.4. l
As amostras de água para aniilise de cloreto, cálcio e magnésio foramcoletadas em frascos de vidro. A preservação das amostras de cálcio e magnésio foirealuada com HNO3 e pH<2.
Foram feitas coletas de água em dois poços, um na Fazenda Jatobá e o outrono Posto de Gasolina Garção, ambos no município de urânia. Estes poços atingemsomente os sedimentos da Formação Adamantina. Foram analisados os mesmosparâmetros anteriormente citados e comparadas as concentrações de cromo total.
Foram também analisados os teores de cromo total e hexavalente em duasamostras do cónego comprido, para uma comparação das concentrações de cromonas águas subterrâneas e superficiais.
4.3.2.ANÁLISE DOS SEDTMENTOS DE URÁNrA E DO poÇo p 9
Para estudar a ocorrência de cromo nos sedimentos foram analisadas duas
amostras que afloram em urânia. coletou-se também três amostras de sedimentosdo poço P 9 durante a sua perfi.uação.
Estas amostras foram secadas e moídas em um moinho de bolas de carbeto detungstênio, no laboratório do cpGEo (cenho de pesquisas Geocronológicas) doInstituto de Geociências da USp (IGcÂJSp).
A aberh¡ra das amostras foi feita nos laboratórios do Departamento deMineralogia e Petrologia do IGc/LISp (DMprusp), onde foi utilizado o seguinteprocedimento:
- quantidade de amosha: 0,2500 g;
- quantidade e tipo de fi¡ndente: 0,7500 g (meta e tetraborato de lítio);- tempo e temperahra de fusão: 20 minutos, 1000"C;
- volume final da solução: 250 ml;
- concentração da amosüa: 1000 mg/l;
- meio: HNO3 0,2 N.
Foram analisados os elementos zinco, cromo, cobre, zircônio e ítrio pelo ICp-AES (Plasma) do DMP. As concentrações destes elementos nos sedimentos de
urânia foram comparadas com as médias encontradas em sedimentos equivalentes
da crosta tenestre.
4.3.3.ANÁLrSE DOS BASALTOS DO pOÇO p 9
Foram escolhidas para anílise onze amostras de calha de rochas basálticas do
poço P 9, de proflndidades diferentes (70, 90, I10, 130, l5O, 170, lg0, 210,230,250,270 m), de tal forma que fossem representativas no perfir georógico do poço
(Figura 05).
Inicialmente os fragmentos das amostras foram lavados para remoção de
material argiloso. A lavagem e secagem foram feitas no laboratório do cpGEo(Cenho de Pesquisas Geocronológicas).
Estas amostras foram descritas no laboratório do DMp utilizando-se uma lupa
binocular, sendo removidos os fragmentos de vesículas (contendo calcita ou alguma
outra heterogeneidade) com uma pinça .
Após a descrição, foram moídas 50 gramas de cada amostra no moinho de
carbeto de tungstênio do laboratório do CpGEO.
Termina¡rdo esta etapa, iniciaram-se as abefr¡ras das amostras nos
laboratórios do DMP, seguindo o mesmo procedimento adotado pa¡a as amostras de
sedimentos.
Nas amostras de basaltos foram analisadas as concentrações de sio2, Al2o3,
Fe2O3, MgO, CaO, Na2O, K2O, TiO2, p2O5, MnO, Cr, Ni, V, Ba, Sr, pelo ICp_AES
(Plasma) do DMP. As concentrações de algruu elementos ûaços também foram
comparadas com as médias encontradas nos basaltos da crosta terrestre.
4.4.LEVANTAMENTO SOBRE EVENTUAIS PROBLEMAS DE SAÚDEDA POPULAÇÃO ABASTECIDA POR ÁGUAS SUBTERRÂNEAS COMTEORES DE CROMO ACIMA DO LIMITE DE POTABILIDADE
o levantamento sobre a saúde da população de urânia fbi realizado através de
contatos com o Escritório Regional de saúde de Jales (ERSA) e com o centro de
Saúde de Urrânia.
Foram consultadas pessoas diretamente ligadas a estes órgãos, para se obterinformações sobre a edstência de estudos realizados na região, que pudessem
comprovar doenças causadas pela ingestão de água contendo teores de cromo acima
do limite permissível.
s.A PRE sE NTAç,4o oos nn s u LTADos
s.t.cARAcrrnrzlçÃo ol oconnÊNcrA DE cRoMo NASÁcuas sunrnnnÂNnAs Do NoRoEsrE Do ESTADo on sÃo pAur.,o
5.I.1.CROMO TOTAL
os parâmetros cromo total, cromo hexavalente, nitrogênio nitrato e
condutividade elétrica foram colocados no anexo 02. Neste anexo encontram-se as
localidades onde foram feitas as coletas de âgua, o número do poço local, o número
do poço dado pela SABESP, a data de coleta, as concentrações de cromo total,
cromo hexavalente, nitrogênio nitrato e condutividade elétrica. Através deste anexo
é possível observar que as concentrações dos parâmetros citados variam com a data
de coleta num mesmo poço e, tambérq de poço paÍa poço, nrxrn mesma localidade.
os pontos onde ocorrem concentrações de cromo total, abaixo ou acima do
limite de potabilidade foram plotados em um mapa (Figura 04). É importante
ressaltar que estes pontos, por questão de escala, não correspondem às localizações
dos poços, e sþ às an¿ílises feitas das águas de um ou mais poços da mesm¿l
localidade.
Pela figrra 04 nota-se que o cromo total encontra-se distribuído por viirios
municípios e distritos do noroeste paulista. Em alguns locais suas concentrações são
menores ou iguais ao limite de potabilidade (< 0,05 mg/l). Em outros, estão acima
deste limite (> 0,05 mg/l\Hâ ainda localidades em que as concentrações de cromo
total nas águas subterrâneas variam abaixo e acima deste limite (0,005-0,155 mgil).
A seguir serão descritas as localidades com concentrações de cromo total
menores ou iguais a 0,05 mf, acima de 0,05 mg/l e variando de 0,005-0,155 mg/l eos respectivos anos de coleta. Estas coletas foram feitas em um ou mais poços de
Escala: l: 1.000.000
Figura04: Região Noroeste do Estado de Sâo paulocom as concenüações de cromo total e hexavalentenas águas subtenâneas.Fonûe: Plano Cartográñco do Estado de São paulo,Instituto Geográfico e Cartográfico, 1990.
cada localidade.
Localidades com concentrações de cromo total < 0,05 mg/l
Ákares Florence (82/88), Aparecida D' Oesre (g7l88/89), Arabá (80),
Auriflama (81/82/8418s189), Boa vista dos Andradas (92/87/Bg), cardoso (89),
Dalas (80), Dulcelina (86/87188/89), Esmeralda (81/87l88/s9), Esrrela D' oeste(81), Fátima Paulista (93), Gastão vidigal (s0/84), Ida Iolanda (79), Indiaporã
(80/87188193), Macedônia (81/s4l87/s8), Mesópolis (80), Monções (87188), NovaLusitânia (83/88/91), Palmeira D' oeste (79/90), paranapuã (79), Riolândia (85ig6),
Rubinéia (80/87/88/89), Santa Albertina (82/88/89), Sanra Isabel do Marinheiro(80), São João do Marinheiro (79), Sebastianópolis do Sul (S5), Socimbra (85),
Tupinambá (87/88), Turiuba (84), Turmalina (81/87/88/89), vila Alves (79), vitóriaBrasil (79).
Localidades com concentrações de cromo total > 0,05 mg/l
Dirce Reis (93), Mangararu (82/83), Santa Salete (90/93).
Localidades onde as concentrações de cromo total variam de 0,005 a
0,155 mg/l
Aspásia (80/81/83/87/88/89/90), Bandeirante D'oeste (g5/93), Dolcinópolis(87/88/89/92193), Guzolândia (85/8s/93), Jares (90/87/BB/92/93), Marinópolis(89/91192/93), Mi¡a Estrela (80/81/84/87/88), pedranópolis (81/84/8 6/87/Bg),
Pontalinda (79/80/87), Santa clara D' oeste (s2/87/gsl8g), sanrana da ponre pensa
(79/87/88/89190), são Francisco (87/BBl9o/93), São João das Duas pontes
(84/87193), Sud Mermucci \Bt/gB/91/93), União paulisra (89), Urânia
(7 7 /7 8 t7 9 I 80 / 8t /82/83 I 84/57 /88/89 /90 /92/93).
A partir destes resultados é possível observa¡ que a anomalia de cromo
encontra-se distribuída por uma ampla região, apresenta-se de forma irregular, tanto
temporal quanto espacialmente.
5. 1.2.CROMO HEXAVALENTE
os resultados das análises fisico-químicas das águas subterrâneas das doze
localidades do noroeste paulista encontram-se na tabela O3.Esta tabela apresenta as
localidades onde foram coletadas as amostras de ëryua, os poços, as datas de coleta,
as concentrações de cromo hexavalente, temperaturas do ar e da água, pH,
condutividade elétrica e sólidos totais dissolvidos (STD).
Nestas doze localidades, os parâmetros acima citados apresentam as
seguintes variações: cromo hexavalente: <0,0025-0,10 mg/l; temperatura do a¡: 25-
36 oC; temperatura da água: 23-29 oC, pH: 6,3-9,g (nos poços tubulares);
condutividade elétrica: 128-440 ¡rs/cm à 25 "c; sólidos totais dissolvidos: 64-220
mg/l.As variações dos teores de cromo hexavalente com o pH, condutividade
elétrica e sólidos totais dissolvidos podem ser vistas nos gráficos lA, 1B e lc.Estesgráficos mostram um comportamento irregular entre os parâmetros anteriormente
citados, não permitindo estabelecer uma relação entre eles. o gnífico 1A, no
entanto, mostra que os teores de cromo apresentam uma tendência a ar¡mentar com
o pH.
Pela tabela 03, nota-se que as concentrações de cromo hexavalente na
maioria das localidades estão abaixo ou no limite de potabilidade (<0,05 mg/l):
Américo de campos, Aparecida do Bonito, Aspásia, cosmorama, Meridiano, parisi,
simonsen, suzanápolis votuporanga. Santa Salete porénr, apresenta uma
concentração de cromo hexavalente acima do limite de potabilidade (> 0,05 mg/l).
Em santa Rita D'oeste e uriânia as concentrações de cromo hexavalente variam
acima e abaixo de 0,05 mg/I, dependendo do poço.Os pontos onde ocorrem
concentrações de cromo hexavalente também foram plotados no mapa da figura 04.
Pela tabela 03 e figura 04, é possível observar que as concentrações de cromo
hexavalente va¡iam de localidade para localidade e também nos poços de uma
mesrna localidade, mostrando uma distribuição espacial inegular.
Não foi possível obtever um padrão que pudesse explicar esta distribuição
iregular (tempo e espaço) das concentrações de cromo total e hexavalente.
Tabela 03: Result¿dos das análises fisico.químicas das águas subterrâneas das 12 localidades do noroeste
paulisø.
= temperaû¡ra da água resÊiadâ
t.l
.d.dñriñÉ.doipH
Gráfico 1A: Variação dos teores de cÎomo hexaval€nte (mgl) com o pH.
F=s"4,t€'"t"il
æNoôclh6t*'æó\ôo\
coùd.elétrlc¡
Gráfico 1B: Variação dos teores dç cromo hexavalente (mg/l) com a condutividade elétrica (ps/cm).
0,1
0,09
0,08
0,07
S o.oe
? oosI o.ooQ o,o¡
0,02
0,01
0
F s"qûe,r"t"tl
0,1
0,09
0,08
0,0?
, 0,06
! o,os
Õ o,o4
0,03
0,02
0,01
0
I
\/V
l--._s"qü€,trci¿il
$PSäáR3çsm lngni
Gráfico 1C: Variação dos teotes de cromo h€xavalente (mg/l) com os sólidos totais dissolvidos (mg/l).
5.l.3.CROMO TOTAL, TIEXAVALENTE E NITROGENIO NITRATO NAS
ÁCURS SUBTERRÂNEAS DE URÂNIA
As concentrações de cromo total, cromo hexavalente e nitrogênio nitrato dos
seis poços da cidade de Urânia (P l, P 2, P 3, P 4, P 5, P 6), serão descritas a
seguir, juntamente com as datas das coletas.os dados foram plotados em gráficos
que apresentam os valores das concentrações destes parâmetros com o tempo.
Poço I
----+ O gnífico 2A apresenta os valores das concentrações de cromo total variando
de 0,023 a 0,122 mgll, num período de coleta de âgn que vai de 24108/77 a
20108/90.
No gráfico 28 estão as concentrações de cromo total (0,023-0,068 mg/l),
hexavalente (0,023-0,068 mg/l) e nitrogênio nitrato (0,6-l,l mg/l), variando com a
dara de coleta (1 8/03/81-26/06/87).
0,1
0,09
0,08
0,07
$ o,oe
Y 0.05
4 0.04t o,ol
0,02
0,0¡
0
t--ilr .
\/t t\I V
Poço 2
No gráfico 3A estão as concentrações de cromo total (mg/l) variando de 0,04
a 0, 155 mg/I, num período de 24108/77 a 0l/12/93.
O gráfico 38 apresenta as concentrações de cromo total (0,155-0,073 *'gn),hexavalente (0,073-0,06 mdl) e nitrogênio nitrato (0,7r-l mgll), variando com a
data de coleta (l 6 / l0 /84-26/ 06 I 87).
Poço 3
No gráfico 4A encontram-se as concentrações de cromo total (mg/l) variando
de 0,0 1 1 a 0,043 mg/l num perí odo de 24 I 0B 17 7 a 20 / 08/90.
o gráfico 4B apresenta as concentrações de cromo total (0,035-0,024 mgfi),
hexavalente (0,012-0,024 mg/l) e nihogênio nihato (3,7-3,9 mg/I), variando com adata de coleta (16/ 10/84-26/06/57).
Poço 4
No gnifico 5A estão as concentrações de cromo total (mgll) variando de 0,05
a 0,11 mg/l num período de 24/08/77 a0l/12/93.
No gráfico 5B encontram-se as concentrações de cromo total (0,09-0,ilmg/l), hexavalente (0,036-0,11 mg/l) e nitrogênio nitrato (0,12-0,09 mg/l), variando
com a data de colera (16/10/84-26/06/87).
Poço 5
No gráfico 6A encontram-se as concentrações de cromo total (mg/l) variando
de 0,052 a 0,ll mgfl num período de 26/05/8l a 0l/12193.
o gnífico 68 apresenta as concentrações de cromo tot¿r (0,11-0,10g mg/l),
hexavalente (0,08-0,108 myl) e nihogênio nihato (0,0g-0,07 mgll), variando com adata de coleta (16l 10/84-26/06/97).
Poço 6
O gráfico 7A apresenta os valores das concentrações de cromo total variando
de 0,012 a0,107 mg/I, numperíodo de 13/04183 a01/12/93.
No gráfico 7B estão as concentrações de cromo total (0,054-0,012 mgll),
hexavalente (0,036-0,012 mg/l) e nitrogênio nitrato (1,7-5,1 mdD, variando com a
data de co\eha (16/ 10/84-26/06/87).
Pelos gráficos a seguir, nota-se que as concentrações de cromo total,
hexavalente e nitrogênio nitrato apresentam rma distribuição irregular em relação à
dat¿ de coleta das amostras de água.Não foi possível definir uma relação entre estes
parâmetros.
o,'t4
o,'12
- 0,1s.S o,oe
E 0,06
ö o,*
o,o2
0
HËHgHËHHËËHD¡t¡
Gráfico 2A: ConcenFâções de cromo total (møl) com a data de coleta do poço I em Urânia.
8FgþEEÞEDrt
Gráfico 28: Concentrações de cromo total, hexavalente e nitrogênio nihato com a data de coleta do poço I em
Urânia
Urånia P 2
Þ
aú
o(J
0,'t6
0,14
o,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
*Crtotal (mg/l)
--+-cr total(rgn)
--+-Cr hexav.(rndD
Mrato (rEÍ)
24n8n7 13tMt83 16t10t84 20t08t90
D¡te
Gráfico 3A: Concentrações de cromo total (mg/l) com a data de coleta no poço 2 em Urânia.
Urânia P 2
1
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
16t10t84 26t06t87
Date
Gráfico 3B: Concentrações de cromo total, hexavalente e nitrogênio nitrato com a data de coleta do poço 2 em
Urânia
48
Urånia P 3
0,045
0,04
0,035
ã 0,03E
€. o,ozs
E o,o2
o 0,015
0,01
0,005
0
--e-Cr total (mg/l)
24þ8n7 13tmt83 1611018Á 20101188
Det¡
Gráfico 4A: Concentrações de cromo total (mgll) com a data de coleta no poço 3 em Urânia.
Urånia P 3
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
-+-crtotal(rEo
--r-Cr lpxav.(nS/l)
Mrato (rEÍ)
16t10t8/,
Data
Gráfico 48: Concentrações de cromo total, hexavalente e nitrogênio nitrato com a data de coleta do poço 3 on
Urânia
I\^1\ /\/\ / \/
V
49
Urånla P 4
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
024n8n7 24t05t83 26tÛ6t87
D.t
ou1ag3
Gráfico 5A: Concentações de cromo total (mdl) com a data de coleta no poço 4 em Urânia.
Urânia P 4
ÞÈ
l!Ë(,
-*-Crtcilal
rbtâì.F
o,12
0,1
0,08
0,06
0,04
o,02
0
-4/'' /
--+-& total(ngfl)
-+-Cr hexav.(nS/l)
ì.litrato (nB/l)
16t10t8/, 26t06t87
flrta
Gráfico 5B: Concentraç,ões de cromo total, hexavaleirte e nirogênio nitrato com a data de coleta do poço 4 em
Urânia
^ISTITU'TO DE GF.OCIÊNCIAS - USÊ'
Ê.ì'lJi- lOl-[CA
50
Urånia P 6
Þts
t!o
o
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
o,o2
0
,H,l\.// V +Crtotal(mg/l)
--+- cf total (ng/l)
-+-Q hexav.(rn/|)
Mrato (ngl)
26tost$',l 16t10t8/
O¡t¡
Gráfico 6A: Concentrações de cromo total (mg/l) com a data de coleta no poço 5 em Urânia.
Urânia P 5
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
-7
16t'lol8¿ 26t0€l87
Deta
Gráfico 6B: Conceirtrações de cromo total, hexavaleìnte e nitrogênio nitrato com a data de coleta do poço 5 em
Urânia
5t
o,12
0,1
€' 0.08fìts
ã o,oo'6
ö 0,o4
o,o2
0
Urånia P 6
\/- tcûal (mg/l)
HD¡ta
Gráfico 7A: Concentrações de cromo total (mgll) com a data de coleta no poço 6 em Urânia.
Urânia P 6
a8ËiR5ËË
6
5
4
3
2
1
0
--+.-cr toùal(rgfl)
--f-Cr hexav.(nS/l)
Nitrato (ng/l)
16t10tu
fþta
Gráfico 78: Concentrações de cromo total, hexavalente e nitrogênio nitrato com a data de coleta do poço 6 em
Urânia
52
5.1.4. CROMO TOTAL E HEXAVALENTE EM POÇOS SELECTONADOS DE
unÂNra E sANTA sALETE
os resultados das análises fisico-químicas das águas subterrâneas dos poços
de urânia (P 2, P 4,P 5) e santa Salete (P l) encontram-se na tabela 04. Alguns
parâmetros, de uma ou outra coleta, deixaram de ser analisados por problemas
técnicos.
Por esta tabela nota-se que há uma variação dos teores de cromo total ecromo hexavalente em relação ao tempo. os teores de cromo total va¡iam de 0,0g-
0'13 mg/l e os de cromo hexavalente de 0,07-0,10 mg/I, sendo que estes teores
estão acima do valor m.íximo permissível (0,05 mg/l).
como não foi possível monitorar os poços durante um ano hidrológico, é
díficil uma explicação para estas variações dos teores de cromo. Através dos
gráficos 8A e 8B observa-se que os teores de cromo total aumentam na segunda
coleta e diminuem na terceira, sendo que, para o cromo hexavalente, o mesmo só
ocorre para o poço de Santa Salete.
Os teores anômalos de cromo, apesar de não serem alarmantes, podem
comprometer a qualidade das águas subterrâneas, sendo necessário um tratamento
de redução deste cromo, que pode encarecer o custo da água potível.
Nestas coletas também foram medidos e analisados outros parâmetros, que
apresentam as seguintes variações: temperatura do ar (27-35'c), temperatura da
âg,^ (21-26 oC), pH (8,6-9,1), Eh (140-195 mV), condutividade elétrica à 25oC
(150-260 pS/cm), sólidos totais dissolvidos (81,9-128,0 mg/l), sulfato (0,01-0,10
mg/l), bicarbonato (60-76 mg/l), fluorero (0,1-0,3 mg/l), sódio (24-41 mgn),
potássio (0,50-2,50 mg/l), feno total (0,03-0,21 mg/l), alumínio (0,01-0,02 mg/l),
sílica (9-30 mg/l). As concentrações dos parâmetros STD, sulfato, nitrato, fluoreto,
ferro total e manganês estâo dentro dos limites de potabilidade.
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5
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E
I
E
I
el ol sl
II
õ¡ 'tttl
I
0,04
o,o2
0
08/03/95 30/03/95
D¡tr
Gráfico 8A: Variação dos teores de cromo total (mg/l) nos poços de Urânia e Santa Salete com o tempo
0,14
0,12
0,1
þ o,oa
=ßI o,ooo
0,1
0,09
0,08
â 0.07I'* o,*
$ o,ou
Ë o'*
ô 0,03
0,02
0,01
0o8/03/95 30/03/95
Df¡
Gráfico 88: Variação dos teores de cromo hexavalente (mg/l) dos poços de Urânia e Santa Salete com o tempo.
55
Como a preocupação maior desta pesquisa é analisar o cromo e porproblemas técnicos com a SABESP, não foram feitos alguns parâmetros necessários
para um estudo hidroquímico mais completo, que permite fazer um balanço iônico,
classificar a composição química destas águas, sua potabilidade para consumo
humano, agricultura e pecuária, calcular o potencial para incrustação/corrosão.
5.1.5.CROMO TOTAL EM POÇOS PERFLTRADOS APENAS NO GRUPO
BAURU OU EM POÇOS COM ENTRADAS DE ÁCUe APENAS NAFORMAÇÃO SERRA GERAL
os poços perfirados apenas nos sedimentos do Grupo Bau¡u e nos basaltos
da Formação serra Geral, juntamente com as concentragões de cromo total das
águas subterrâneas e a data de coleta, encontram-se na tabela 05.
Por esta tabela nota-se que na maioria dos poços perfi*ados apenas nos
sedimentos, as concenhações de cromo total são menores do que 0,05 mg/I,
va¡iando de 0,005 a 0,040 mg/I. Nos poços de São João das Duas ponte e urânia aconcentração de cromo total encontra-se abaixo e acima de 0,05 mg/I, num intervalo
de 0,011 a 0,155 mgll. Nos poços com entradas de água apenas nos basaltos, as
concentrações de cromo total encontram-se abaixo de 0,05 mg/I, variando de 0,007
a 0,018 mg/I.
Estes resultados mostram que as maiores concentrações de cromo total são
encontradas em águas provenientes dos sedimentos do Sistema Aquífero Bauru.
Tabela 05: concentrações de cromo total (mgll) em poços perfrrados apenas no
Grupo Bauru e poços com entradas de ágrn apenas na Formação Serra Geral
penas no c.Bauru
/anaçáo de cror¡o total (mgy'l)
þm a dáa de cole{a
,oços com entradas de
roua aÞenas na F. S.Geral
)oncentração de cromo total
mg/l) com a data de coleta
\urftÞma (P 2) ,,u¡Jc (zþlqrfö4).u,u11 (zölozð9) )ardGo (P 1) r,uu/ (15/ozöc)\umtama (P 3) ,,uuc (zull u/öl ).u,wc (zol(x/ö4) raranapu¿t (P 3) t,9 tö (29t1i! tgl\umama (P 7 ),018 (26l04/E4) i¡otand¡a (P 5) r,008 (08/0285)
¡aceoonta (P 1 ),o14 (1s/05/E1)-0,021 (09/08/88) ltotändta (P 6) ),006 ('18/01/86)
'alm.Oestê (P 1 ),005 (12/03/90) t.Martnherro (P 1) ),00E (1rf0180)ralm.Oeste (P 2) ),o05 (1203Æ0)
r0J5l ),oo5 (2olo7l45) cromo hexa\ral.
t.J.D,Pontes (P 2)
Jrilnia (P t) r,uz3 (2nl06/ð7)-0,122 (20l0E/90)
)rània (P 2l ),u4u (24ßAt r714,'t55 (16,t10tE4l
Jrân¡a (P 3) J,ur r (1 J/(,l4/ð3).0,04¡t (2olo1/aÐ)
s.2.AVALrAÇÃo cnoeuÍvrrca ots Ácuas, sEDTMENTos ERocHAS n¿.sÁr,rrces op unÂxrA-s.p.
As amostras de sedimentos de urânia são de ocorrência superficial, estando
bem alteradas pelos fenômenos intempéricos. As de sedimentos do poço p 9
também devem ser vistas com cuidado, wna vez que não são conhecidos os teores
de cromo da lama de perfiração (bentonita), e não é possível extraí-la das amostras
de material argiloso.
5.2. I.ANÁLISES DE ÁCUNS
Na figura 05 encontra-se um esboço do perfil geológico do poço p 9. A figrua
06 nrostra a rocaluação do poço.Este poço foi perfirado em janeiro/95 no
mwricípio de urânia pela GEOPLAN. Localiza-se próximo ao córrego comprido,
sendo suas coordenadas geográficas 7763,401s39,25 e a cota topognifica da boca
do poço, 420 metros. Possui 67,60 metros de sedimentos da Formação Adamantina,
e a partir dai, até a profundidade de 270 metros, encontram-se os basaltos da
Formação serra Geral. Toda a extensão de sedimento foi cimentada. Após a
perfirração, o poço foi abandonado devido a sua baixa vazão (2,2m'lh¡. To-o.r-se
o cuidado de lacra¡ o poço.
Dwante a coleta de água do poço 9 emtrês profrurdidades diferentes (114,
180-182, 270 metros) para análise de cromo total, mediu-se em campo a
temperatura do ar, da água, o pH, a condutividade elétrica, os sólidos totais
dissolvidos (srD) (tabela 06). A 270 metros foram analisados os teores dos
seguintes ío*,"Io*to (9 *dl), r,ilfuo (1 , cálcio (6 mdl), magnésiq(7r-,-r¡r/l \ là-^ t^t^l 11 2 --ll\ ^1,,*¿-:^ /^
^. -^ñ\
-
mgll), feno total(2,3 mg/l), alumínio (0,02 mg/l).
SEDIMENTOS (0 - 67,60 m)
BASALTOS (67,s0 - 270 m)
ENTRADA D'AGUA (114 M)
ENTRAOA D'ÁGUA (1EO - 1E2 m)
ENTRADA D'AGUA (270 M)
Figura 05: Esboço do perfil geológico do poço 9 em Urânia.
Escala vertical l: 2.000, o diâmetro do poço não está em escala.
Fazenda de Hiroso Nishi
_-..--
Revestimento sólido, uma v¡aR eveslrmènto sotto ou trge¡ro.l¡m-ãiã--
. Fazendade Tó Braga
Estaçaõ
s^Ârt^ sA ¡srE 6 '(¡t.
FOSAÀ,N^1538I t(l,
Escala 1:50.000 (metros)
^
0 Poço tubul¡r
1000 soo o rooo , l A Anosrra de Eedrm€nro
Figura 06: Localização de poços tubulares e de pontos de amostragem desedimentos na sede do município de Urânia.Fonte: Folha topográfica sF 22-D-l-2-santa Albertina, lnstituto Geográfico eGeológico de São Paulo, 1965 (simplificado).
Tabela 06: Resultados das análises fisico-químicas de águas subterr"aneas do poço 9,
em ffês profundidades.
tTomno
(¡lì)
Data de
coleta
cr total
(mg/l)
r emp. ÍÙ
(o c)Temp. água
(o c)pH Cond. el.
(ps/cm) à
25"C
sl l)(me/l)
tl4 t3/0t/95 0,03 2E 9,9 337 ló9180-182 14101195 0,01 9,9 216 206
270 t5/01/95 0,03 38 28 9,7 281 143
-- não foram medidos
Como mostra a tabela 06, a concentração de cromo total a l 14 metros é de
0,03 mg/l; a 180-182 mehos é de 0,01 mdl; a 270 metros é 0,03 mg/I. É importante
ressaltar que nestas profindidade encontram-se os basaltos e que nos sedimentos
superiores houve cimentação.
Foram feitas coletas de âgn em dois poços que só atingem os sedimentos, e
as concentrações de cromo total são mais altas do que as anteriores. No poço da
Fazenda Jatobá (PF), com coordenadas geográficas aproximadas de
7763,57/537,55, no município de Urânia, a concentração de cromo total é de 0,09
mg/I. No poço do Posto de Gasolina Garção (PG), onde as coordenadas geográficas
aproximadas são 7762,75/535,30, também em Uránia, a concentração é de 0,05
mg/l (tabela 07). A localizagão destes poços encontra-se na figura 06.
Amostras coletadas no córrego comprido apresentaram concentrações de
cromo total e hexavalente abaixo do limite de detecção do equipamento (<0,0025
mgll)' Foram coletadas em locais diferentes, uma ao longo da extensão do córrego
e a outra numa mina que deságua no cónego e possui despejo do lixo municipal, do
matadou¡o municipal e de um depósito de ferro velho.
Estes resultados mostram que as conoent?ções de cromo em poços que só
atingem os sedimentos são mais elevadas do que as do poço p 9, que possui
entradas de água apenas nos basaltos.As concentrações de cromo nas águas
subterrâneas também são superiores às encontradas nas águas do Córrego
Comprido.
Tabela 07: Resultados das análises de parâmetros fisico-químicos das águas
subterrâneas dos poços da Fazenda Jatobá e Posto Garção.
Local L'Ata q€
coleta
Cr total
(mgÐ
Temp. ar
(o c)Temp.água
fclpH Cond. el.
(pS/cm) à
2s"c
SIL'
(mc{)
Faz.Jatobá t3/o1t95 0,09 3l 9,1 tza 64,6
Posto Garção t4/ol/95 0,05 30 26 235 10E
-- não foi medida
5.2.2.ANÁLrSE DOS SEDTMENTOS DE URÂNrA E DO pOçO 9
Foram analisadas cinco amostras de sedimentos, sendo que duas afloram em
Urânia e três são do poço 9.
As amostras que afloram em Urânia são as de código A 4 e A 6. A primeira é
um solo argiloso amarronzado e foi coletada à margem do Córrego Comprido,
próxima ao poço 9. A segrurda, apresentava-se menos alterada, com maior coesão e
foi descrita como um argilito avermelhado, coletado próximo àLagoa de Aeração,
onde se localiza o poço 5, que possui coordenadas geogníficas 7761,50/538,20.A
localização destes pontos de amostragem e do poço 5 encontra-se na figura 06.
As amostras do poço 9 são as de código 18, 30, 54, sendo que estes códigos
referem-se às profundidades em metros que foram coletadas. Estes sedimentos são
argilo-siltosos, na maioria das vezes avermelhados.
Foram analisados os seguintes elementos: znco (Zn), cromo (Cr), cobre (Cu),
zircônio (Zr) e ítrio (Y). suas concentrações são apresentadas na tabela 08 e
comparadas com as concentrações médias destes elementos encontrados em
folhelhos (Krauskopf, 197 9 ; tabela 09).
Comparando as tabelas 08 e 09 nota-se que as concentrações de Zn dos
sedimentos de Urânia, estão próximas às da média da crosta terrestre. As
concentrações de Cu estão abaixo da média. No entanto, as concentrações de Cr e
Zr dos sedimentos de urânia nem sempre coincidem com as médias da crosta
terrestre, sendo que o cromo nos sedimentos de urânia esüí acima da média em
todas as amostras. As concentrações de cr e zr na amostra A 4 estão muito acima
da média encontrada na crosta terrestre.
O ICP-AES possui um limite de detecção dos elementos, de 20 ppr& para o
tipo de abertura de amostra que foi seguido. Por isso, as concentrações com o sinal
< 20 ppm não possuem um valor absoluto.
com a amostra A 6 foi feito um teste de reproducibilidade. os resultados de
A 6 e A 6 (rep.) são semelhantes, mostrando que eúste uma boa reprodução dos
resultados.
Tabela 08: concentrações (ppm) de alguns elementos analisados nos sedimentos do
poço 9 em Urânia.
Tabela 09: Abundância média dos elementos em folhelhos (ppm).
Folhelho
(ppm)
Z.n Cr Cu Zr Sc Y
90 100 50 180 l5 35
Fonte: Krauskopf, 1979.
5.2.3.ANÁLrSE DOS BASALTOS DO pOÇO 9
As onze amostras de basaltos do poço 9 foram descritas utilizando-se umalupa binocular do DMP. A maioria delas é melanocrática de textura fanerítica ñna e
não apresenta vesículas. Algumas amostras contêm calcita, que foi extraída porcatação por pinça. Uma descrição sucinta encontra-se no anexo 03.
Nos basaltos determinou-se as concentrações dos seguintes elementos: sio2,Al2O3, Fe2O3, MgO, CaO, Na2O, þO, TiO2, p2O5, MnO, Cr, Ni, V, Ba, Sr (tabela
10). Na tabela ll são apresentadas as concentrações médias de alguns elementos
encontrados nos basaltos, segundo Krauskopf, 1979.
Pela tabela l0 é possível constatar que os basaltos podem ser divididos emquatro grupos com características geoquímicas diferentes, de acordo com aprofindidade. Estes grupos apresentam concentrações equivalentes para cada
elemento.
O gr¡po I corresponde às profundidades 70,90 e ll0 metros. O grupo II,130, 150 e 170 metros. O grupo III, 190, 210 e230 metros, e o grupo Iy,250 e270metros.
os topos dos derrames, identificados pelo caráter alterado e amigdaloidal dos
basaltos, encontram-se nos seguintes intervalos de profirndidad e : ll0-124 metros,
178-180 metros, 240-246 metros.
os basaltos da Bacia do pa¡aná podem ser classificados em três grupos, de
acordo com a porcentagem de p2O5 e TiO2 (piccirillo, lggg):
- HPT (high P2O5 e TiO2) > 3%oTiO2;
- LPT (low P2O5 e TiO) < 2yo TiO2;
- IPT (intermediate p2O5 e TiOj 2-3%TiO2
Nos basaltos do poço 9 de urânia podem ser claramente identificados
representantes de todos estes três grupos. o grupo II é classificado como Lpr, e
apresenta baixas concentrações de Ti e P e altas de Mg, Ca, Cr e Ni. O grupo IIIcorresponde ao HPT, com altas concentrações de Fe, Ti, p, Ba, Sr. Os HpT são
considerados predominantes no Estado de São paulo.
comparando as tabelas 10 e 11, nota-se que as concentrações dos elementos
cr e Ni em todas as rochas estão abaixo da média de basaltos da crosta terrestre. As
concentrações de v estão muito acima da média. os elementos Ba e Sr apresentam
concentrações próximas às da média.
alementos 'rofun (m)
Ppm)
t0 ,o t10 t30 t50 170 190 210 230 ¿50 470
i¡o2 io,'t4 t2,oi 19,33 r0.01 t0,E5 ,1,47 t8,74 t0,40 t9,87 18,5i 19,64
\t203 2,85 3.1€ t3,54 3,74 3,66 13,59 12,89 12,44 12,5e 3,1t r 2,9€
"e203 4,38 t4,48 t4,96 13,74 3,76 13,59 5,92 t6,41 t6,oc 5,8É 15,65
l,lgo t,17 5,47 i,37 ì,25 t,1E t.10 1,26 t.46 t,49 t,46 5,33
)aO ),20 ),70 ,,30 to,45 t0,1E t0,01 t,55 t,43 t,53 3,96 ),73
{a2O 1,86 4.64 ,,04 2,48 t_,49 t,47 1,75 ¿,69 ¿,63 ¿,52 ¿,51
\20 ,c5 ,o2 ,bo ),73 ),98 ,ol ,26 .46 t,46 ),67 I,03
r¡o2 '-,O2 1,97 t,06 1,87 r ,80 .65 !,69 r, E4 ,,67 2.70 2,65
)205 t,25 ,,24 ),26 ),23 ),23 ),24 ),57 c,57 ),54 ),29 ),25
irlno ),20 ),19 ),25 1,23 ),21 ),21 ),23 J,25 ,,23 ),19 ),22
fotat )4,62 t00,9 )9,67 )9,73 oo,3 r00.5 ,8,E6 r 01,0 )9,9t 19,41 t00
lr A t4 101 t59 t6E 6¿l ¿o 20 lo t5 ;9
'¡i ,7 50 t4 r0 t5 <20 <20 ¿0 t2 ¿9
vo 132 t59 t08 t00 t10 181 t69 t93 t0E to7
,a ß7 293 373 atz Z5E 163 r95 +57 t55 189 111
ir 195 187 3õ5 t92 339 330 435 121 126 15ü t39
Tabela 10: concentrações (ppm) de alguns elementos analisados nos basaltos do
poço 9 em Urânia.
Fonte: K¡auskopf, 1979
Tabela 11: Abundância média dos elementos em basaltos þpm).Basalto
(ppm)
Cr Ni Co V Ba Sr
200 150 48 250 300 450
s.3.LEVANTAMENTO SOBRE EVENTUAIS PROBLEMAS DESAÚDE DA PoPULAç,Ã,o ABASTEcIDA PoR ÁGUAs SUBTERRÂNEAsCOM TEORES DE CROMO ACIMA DO LIMITE DE POTABILIDADE
Foram feitos contatos com o Escritório Regional de saúde de Jales (ERSA) e
com o centro de saúde de urânia para se obter informação sobre a existência de
estudos na região que comprovassem doenças causadas pela ingestão de água
contendo cromo.
Segundo Gisele Maria Pietrobon Garcia do ERSA, não há nenhum estudo que
comprove que a ingestão de água contendo cromo causa problemas à população da
região. Não existe regishado nenhum caso.
Setuo Kitayama, médico cirurgião do ERSA, lembra que algumas referências
bibliográficas colocam que o cromo, por ser um metal pesado, dificil de ser
eliminado pelo organismo e com efeito acumulativo, causa tumores malígnos.
Kitayama diz que existem casos de tumores malígnos na região de Jales.
Porén¡ não é possível relaciona¡ estes tumores com a ingestão de água contendo
cromo, pois não foi feito nenhum estudo. Também não existe um estudo
comparativo entre as cidades da região em relação à incidência de câncer.
José Rubens Gitti, coordenador e Diretor do centro de Saúde de urånia,coloca que existem bibliografias que citam o problema causado pelo cromo ahavés
da ingestão de água. Entretanto não foi feito nenhum estudo em urânia. Na cidade
existem aproximadamente vinte pessoas com câncer (figado, gargantq estômago)
mas não se sabe o que provocou a doença.
6.SíNTESE DOS RESULTADOS
-a anomalia de cromo nas águas subterrâneas foi constatada em váriosmuricípios e distritos do noroeste paulista. As concentrações deste elemento estão
distribuídas de forma irregr.rlar, tanto temporal quanto espacialmente;
-o cromo total encontra-se distribuído nas águas subterrâneas de várias
localidades da região noroeste do Estado de São paulo. Dentre as 54 localidades
analisadas, no período de 1977 a 1993, observou-se que as concentrações deste
elemento, na maioria delas, são menores ou iguais ao limite de potabilidade (< 0,05
mgll). Em Dirce Reis, Mangaratu e Santa Salete, as concentrações estão acima
deste limite (>0,05 mg/l). Há ainda localidades em q*e as concentrações variamabaixo e acima deste limite, no intervalo de 0,005 a 0,155 mg/I. Estas concentrações
variam com a data de coleta num mesmo poço e também de poço para poço numa
mesma localidade;
-nas 12 localidades do noroeste paulista onde foi realizada coleta de água
subterrânea para análise de cromo hexavalente observou-se que em nove destas
localidades, as concentrações são menores ou iguais ao limite de potabilidade
(< 0,05 mgn) (Américo de Campos, Aparecida do Bonito, Aspásia, Cosmorama,
Meridiano, Parisi, simonsen, susanápolis, votupora'ga). Santa Salete porém,
apresenta concentração maior do que 0,05 mg/I. Em santa Rita D'oeste e urânia,as concentrações variam abaixo e acima de 0,05 mgll, dependendo do poço;
-as concentrações de cromo total, cromo hexavalente e nitrogênio nitrato das
águas subtenåneas de urânia, no período de 1977 a 1993 tanbém apresentam uma
distribuição irregular em relação ao poço amostrado e a darade coleta;
68
-as três coletas de águas realizadas nos poços de Urânia (p 2, p 4, p 5) e
Santa salete (P 1), num período de 83 dias, mostraram que as concentrações de
cromo total e hexavalente estão acima do limite de potabilidade. Nos quatro poços,
em todas as três coletas, estas concentrações variam de 0,08 a 0, 13 mg/l para cromo
total e de 0,07 a 0,09 mgll para cromo hexavalente. As concentrações dos
parâmetros STD, sulfato, nitrogênio nitrato, fluoreto, ferro total e manganês,
analisados nestas coletas, estão abaixo dos limites de potabilidade;
-a maioria dos poços perfirados apenas nos sedimentos do Grupo Bauru
apresentam concentrações de cromo total menor do que 0,05 mg/I, variando de
0,005 a 0,040 mg/I. Nos poços de São João das Duas pontes e Urânia (p l,p 2,
P 3) a concentração de cromo total encontra-se abaixo e acima de 0,05 mg/I, num
intervalo de 0,011 a 0,155 mg/I. Estes resultados são de análises feitas no período
de1977 a1990;
-nos poços com entradas de água apenas nos basaltos, as concentrações de
cromo total enconham-se abaixo de 0,05 mf, variando de 0,007 a 0,01g mg/I, no
período de 1979 a 1989;
-as aruilises de água do poço 9 em Urânia, em três profindidades que só
atingem os basaltos (114, 180-182,270 metros), mostra¡am concentrações de
cromo total variando de 0,01 a 0,03 mgll;
-as análises de água de dois poços que só atingem os sedimentos, um na
Fazenda Jatobá e outro no Posto de Gasolina Garção, apresentaram concentrações
de cromo total variando de 0,05 a 0,09 mg/l;
69
-as amostras de sedimentos de urânia (2 que afloram na área e 3 do poço 9)mostraram concentrações de cromo acima da média encontrada em sedimentos
similares da crosta terrestre. Em uma das amostras que aflora na cidade, aconcentração de cromo e zircônio está muito acima da média;
-as onze amostras de basaltos do poço 9 em urânia, coletadas a diferentes
profi.rndidades, apresentam concentrações de cromo e níquel abaixo da média dos
basaltos da crosta terrestre. As concentrações de vanádio estão muito acima desta
média, e
-um levantamento sobre a sáude da população de urânia mostrou que não foirealizado nenhum estudo na região que comprovasse doenças causadas pela
ingestão de águøcontendo cromo acima do limite de potabilidade.
70
T.CONCLUSÕES
Através da integração dos dados e do estudo sistenuitico dos teores de cromonas águas, sedimentos e rochas, obteve-se as seguintes conclusões:
- a anomalia de cromo extende-se além da cidade de urânia, a outros municípios e
distritos do noroeste paulista, não sigrrificando que em locais onde não foram feitas
análises químicas das águas subterrâneas, ela não esteja presente;
- o cromo nas águas subterrâneas de diversas localidades da região noroeste doEstado de são Paulo apresenta concentrações variáveis, sendo que em alguns locais
ultrapassam os limites máximos permissíveis para o consr¡mo humano, afetando aqualidade destas águas utilizadas para abastecimento público;
- as concentrações de cromo nas águas subterrâneas variam com a data de coletadestas águas num mesmo poço, de poço para poço nwna mesma localidade e de
localidade para localidade. Este estudo mostra que a anoÍì¿rlia de cromo está
distribuída de forma inegular, tanto temporal qunto espacialmente;
- a origem do cromo é discutível, apesar de fortes evidências de ser natural, são
necessários estudos mais aprofiurdados para um maior esclarecimento. Algumas das
evidências do cromo ter origem natural são: a anomalia de cromo apresenta-se
distribuída por uma ampla região; foram enconüadas altas concentrações de cromonos sedimentos de Urânia;
-concentrações de cromo nas águas de poços perfirados apenas nos sedimentos daFormação Adamantina do Grupo Baunr, apresentam valores mais altos do que nas
águas de poços com entradas de água apenas nos basaltos da Formação serra Geral.
71
Estes dados, somados às altas concentrações de cromo encontradas nos sedimentos
de Urânia, evidenciam que se a origem é natural, pode estar associada aos
sedimentos da Formação Adamantina;
- não existem conclusões relevantes se os teores de cromo acima do limite de
potabilidade podem causar problemas à saúde da população abastecida por estas
águas.
72
S.RECOMENDAÇÕES
-cuidados devem ser tomados com as águas subterrâneas da região noroeste
do do Estado de São Paulo, uma vez que são utilizadas para consumo humano e que
apresentam concentrações de cromo total acima do limite de potabilidade. É
conveniente ressaltar que a SABESPjá vem realizando testes em Santa Salete, com
o material KDF-W, que reduz as concentrções de cromo através da troca de íons
(zn, cu), deixando as concentrações destes mais altas, porénr, não prejudiciais à
saúde humana;
-há necessidade de se fazer um estudo com a população da região para
comprovar se eústem casos de doenças causadas pela ingestão de água contendo
cromo acima do limite permissível. As ultimas informações que se tem é que a
Secretaria da Saúde já vem se organizando para desenvolver este estudo;
-coletar outras amostras de sedimentos e basaltos de poços que serâo
perfilados na região para aniilise de cromo. A partir destes resultados será possível
estabelecer uma distribuição espacial e em profundidade deste elemento;
-dar continuidade ao monitoramento mensal, com coleta e análise fisico-química das águas nos poços selecionados de unânia e Santa Salete, por um ano
hidrológico, que permitirá estabelecer a influência das variações sazonais no
comportamento hidrogeoquímico das águas dos aquíferos;
-coletar âgua para análise fisico-química a diferentes profindidades e em
diferentes regimes de bombeamento, na tentativa de definir perfis hidroquímicos e
correlações com dados das amostras de sedimentos e rochas;
73
-em estudo anterior e nesta pesquisa, notou-se que a origem do cromo pode
estar relacionada diretamente aos sedimentos da Formação Adamantina , .¡¡zão pelaqrnl sugere-se novos estudos para melhor compreensão do fenômeno, inclusive as
condições de mobilidade e transferência do cromo em águas do substrato;
-recomenda-se faeer um estudo interlaboratorial para comparações de
metodologia de análise de cromo total e hexavalente.
74
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Anexo 01: Cadastro de tubulares da noroeste do Estado de São paulo
{c/toço
reo¡ogla ,l¡nën¡aç€c
le-até (m)\no de
)erfur.
Jso da água .trma Perf. <e[€fönc¡a
tP1 15,4 G, Bauru ts74 rplofaçåo lunto å €l€vãtór¡a
¿lP 1 972 rploraçåo
,tP 1 )'6 G,Bauru lirtr.o sao })eloraçåo \rakf€lnar c€otg. ,srg€[n do Cór.êdô120 S.Geral t C¡a. Ltda las P€dras
vP1 Èzti G. tsauru )-3'1.00 tgt9 neforaçáo tYaþemar Georg,rtF:¿zu ti. Gefat ¡ Cia. Ltde
TIP 2 r-öu,4 (i. EAUrU I€,00 t9ö1 ))ploraçðo õgIA€l F. Potrt o so çórr€go da10.4-81 S. caral t9,47 :ng. Const. Llda \nta
vP3 162 G.Beuru ¡18,00 t9ö2 DçlOrAçãO ¡'laldemar Geotg, ,unro ao fesefv6tôrþJ2-72 S.G€ral r.5.41 ) Ciq Ltdâ
,lP 2 F'|20 G.Bauru Ì963 rpl.(Possur gom l. Paaaarêll¡ l. Jabotic€bglþ prol. desmor.)
)tP 3 F123 G. Bauru )qcþraçå0 ,, Pas8arell¡ l. Jabol¡cabal
6 )-123 G.Eauru r 968/l9
tçþraçåo (JAl€A' ,ropfl€dadø de Joåo
Zi!1/1 S.Ge¡al íafcolrnoitP 7 F9ö G.tsauru tsTl Ðeloraçåo .i. Ubâld¡ne ïrâ8 do Matadouro
P 10 ¡15ö G.Bauru t9,94- tsal ,çloraçåo PES6AT€lll ,umo ao r69rvetóÌiol5&'160 S.corel 4234
itP 11 'ì4tt G.Eaufu t2,73- t-1ö,uu t9a2 ¡xploÌaçåo PÉtsêâ¡êll¡ utargens do córr€got/ttÈ1tx.5 s.Geret 40 tmo6tro
itP't2 Þ t;J4 G.tsauru ¡lö.zo 9a.2 )çloraçåo r. ljaaÊare ¡ {e salda pera Mgiorir4-251 S.G6rsl .râ(to
ìtP 2 I /U.5 G.Bauru tß,Tt- >12.lJ1) 985 Ðeloraçåo ,aaserolI ,þxmo ao reaE âtório178.S179 S.Geral t4,o5 ltè\rso
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,tÈzuo ìi.GerãtVP1 t45 tt,Gerat t954 Dçlorãçåo ,an€c (. ur. Lutz d9 nlarro6
.€6sa, Junto ao ETA,tP 1 ,-vti G.uauru >22,50 tgao Dçloreçåo \s margèna d0 córeoo
ieot. Ltda- lo UorVO cJ A ætr. muniêtotP'l tJ,v- I5,UU 9fg Dploraçåo Passâre ¡ ìrfes da hgcotg Est, de
,8, 1 Grau de Dirca R€¡sOIP 2 G.Hauru t6,9S L10,00 t986 rploraçåo I lnd. E Corn. \o lEdo do r€sorvatótio
10G101,¡16 S.cgrel ¡8 lõa la SABESP
164 G. Beuru )-l7po T t992 t)ploraeåo \ir-Or¡ll ylafg€m squElda doì¡t-176 S.c€ral lórr€go Arencsdo
taP Þ113 c.Bâuru ,-7,7t- ¡Ð¡ Ð9lor8çåo ñiãfÞõ€ :6qurnæ da3 rua!¡13.113,2 S.Geral 16,¿t6 )mli. Lr¿ã.
-lr€sil s Såo Joåo
Þ34 G. Bauru ¡4,0()- t2,00 7 t981 Ðeloraçáo lilros6D ,róx¡mo à lgr6jal4-150 S.côral
14 :srreh D (J6te P5 t r Þ4,öt5b2,25 t30 ¿0't tE,65 140
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4 ¿13 t7g,3tæ2,10 l:fJ toz 1',t,7 )o,43 x)
t5 'åt¡ma Paulista to5 .Tn,25t556,85 t55 20 r,35 1ö.92 t,4
t6 -ornandópolis ,.zuI4 7s8,40/5E3,15 A1 t 4tro t6,35 11,95 t50
16 'ltt ,2D11449 t5 t.1t5ð1.2 $o tB83 ,1.29 110,A7 l:to
t6 rutrð /ou,c5/5ð5.35 t36 606 1.5 ra ,1¿2,2
7 seståo VÌd¡gal r5 879 /698,8/585,3 rðo ao7 rö,5 r9,E5'J
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,3= Lãã-1 t'tq', È¡ltEAA ÀA l)
IIJ 5'9.75-
tG9.00 t981 )ploraeåo ,op€srcat \r.4. lnd. lpróximo ao Córregot8,15 r Com
t4tP 6 F61 G. Bauru t5,o$. }'1U,UU t9ð1 )QlO{açåo loperqal-P.4. lnd ao uorreooì0,55 r Corn. Ltda JTOE¡CA
14tP 7 t-59 ci,tsauru tvð1 rploraçåo l¡a, T. Janer Co.n.)g-ZUZ tt. Gefal , lñd
tStP'l Ì54 G.Bauru to,o'' )'3,00 Ytc DQþr8çåO ,æaarðll¡
i+220 S.Geral tl6/P15 l'74,6 G.Bsuru t2ða.a(} >74,60 t 97ô Dploraçåo (m 4, eatrada que l¡ga
14,6-1285 S.Geral t 4za,9a -tda. -€¡nand. â Pêdrân.l2E$1460 Botucatu
6/P16 )-'130 G.Bauru t119,1+ 132,00 t9a1 rPloraçåo JI-KM úlarg€m do Córr€go13G1337 S.Geral 1651,82 ìatåo1337-1460 tsotucáu
148G.162t5 P¡rambóia
Itx''1683 Estr-Novâ
t6tP17 G.Eeuru 11æ,7+ r-ì 30,oo t9a7 Ðploraçåo ]PRM ,largem €squerda do3$132O S.Gêrâl AOA,27 Cón6go ds AldÊia
//t-1UO S.Gerâi
17tP 5 Ì2ð G.tsauru rÈ26 ¡13,:Jtt l9ðo åo tassârêlli
¿tf.zul s.GErat
lTtP 6 ¡ö4 G,Eauru rE,17- ,-12,Ðt) 9U4 åo þpersul Pç. Art€6. \o lado do r€ervåtório,4-ð5.',t 5 S.Gêret 7,99 .tde, ta SABESP
lTtP 7 Þö// C'.Elauru l{- Þ'tz,Ut) 9ð4 ¡)Qloraçåo þpe¡sul à sElda de,¡¡-öö,5 !j.Geral t2,98 )rddê
18tP 2 r-t4b (-'.E€¡uru È¡o,w r 9ð5 ¡)ploração ,assarell¡ l 9o Matdouro4þ-ZZU S,Gefat ,lun¡c¡pâl
r8/P 3 l-zuö (j.tsguru 115,14- ,-1ð.tn t9ðð ¡plo{açåo raseårell¡ . rop rÞtjts no 5u¿r,rö-21 1 tt.Gerd t63,18
stP'l (i.Ëgufu t4,6- )-z5,gt) t9/9 Ðplo{açåo rassarelli lunto ao t€ervgtór¡o15S171.7 S.côral t53 IA SABESP
to/P 1 I'12 G.Bauru ,1Z,UU t913 rxcloração i€o P€êquisadora'12-88 S.csrãl
¿otP 2 )-15 G.Bauru )-19,00 ct5 n9loraçåo \rr L¡ftlã1'15 S.Gêral
¿0/P 3 ! 18,5 G.Bauru )-18,50 tctS ùplofaçåo \¡r Lrn
nunrc¡pgl ¡nd. Mac€dôn.18,s'123 S.ceralIo,/P 4 19,5 G.Bauru 1972 )plo{açåo Passârsll¡
9,5-162 S.cerellotP 5 19 G.Bauru 19,00 1975 )çþfaçåo \¡r Lrft
$112 S.Geral
¿1tP 1 l-96 G. Bauru A,&- 15,ü) t980 ,)çbrsçåo Jrdrogæp ,at€na dê poços,S1O1 S.G€ral )5.88
15,00 t980 Ð9þfaçåo lrdroogap \6 marg€ns do córr€gote102 S.Geral 4,76 ,lqnmÞondo)-100,5 G.Bauru .5S Il5,OO t980 nQþraçåo {tdrogespl0O.510'l S.Ggrsl
t'l t29 t t59,o5t547,60 rs,38 184,32 135,1921 >21 311 t5
'tJ.5too
:Porç
22
Ê
r)
r1oÏante xt,J ¿o,2 l9'l tz,1 t20,41
¿2 r3 ,o7 41,ðð r 12,08 t2
¿3 úlangaratu t35 oftante r4 t0
a4 /laflnôpol¡s 171 r4,6 14,14
t4 26 3,63 ri¡o,s2 ¿,33
24 r31A 9,5E 18.61 t9
l5 í65OpOlS ,1offanto ì0
¿6 Vlira Estrêla )1t1,3 83
26 )4 lt6 1/ß ¡.48 ,4.6 ¡
¿6 )5 tut t,t3 t00.4
¿6 ,6 ,1U ).59 112,43 +.4
16 ,7 U:'ð a,a ,tt,ö /
27 vlonções )1 tltt t50 t2,9
27 r3 l1ö 14 4.57 ,1,12
IE \o\ra Lus¡tåniâ )4 ,ö9 tfJ.2 Ð,1
2E 1Zó 17693,0t575,85 r30 1100 t.56 .t,41
ZE t2æ 7655.80t577.25 360 1230 r.b3 r8,98
l9 'alme¡ra D' O€st€ 1 109 t5 x) t¿9 2
110,5 lg 10to t67 n42,15t523.70 aed-lZds- ru.5 / r01,86
Irql Iro l,I
-ft2,3
I1t540,2 400 1180 157 1 e-,is'-l Ðr_T-T
1tP 4 )-'143 G.Bâuru n,45- ,-15.OO tgao )ploraçáo lldrog6P lAlmo)€rifado da prefe¡t43-145,32 S.Gêral t42,32
21tP21 J'85 (;.EâUIU Þ¿2,3 t tgg2 Ð9loaaçåo ,onrep farg€fn d¡ferta do,b-cö6 s.Gerat jorrego | ¡mbur¡,öö-12O5 tsolucatu
,zJP 1
dta117 G.Bâuru
1155,63 G.Bauru t€,E2- Èzz,w t9ð1 t)Ploraçåo ,saaroÌt ,unro e Lagoa d0 Estâb¡o uapnuva
)çlofaçåo 'asêarelli lhácara Santa Rita
Ðçþraçåo idrog€sp lunto ao Córr€go
lngaråtu,pþraçâo \lt Dr¡ t. SåoPaulo,4s7
üpþração jeoplan rróxmo ao Meladouro
rlun¡cipalnqrloração tatsarell¡ Iaroem dir€ita do
þtf€go Tré6 Banss)ploraçåo \a margens do Córreoo
l (;la. Llda. lo M9tor)Qloraçåo ,aner iaD€celfs do Córr€go
voaretçloraçåo 'ltdtotêcntca tiê|-_ tþ samo Antônio
jeoþgtco6
)çloraçåo'l¡ro
tjânto Antônior ura. Ltda.
,ploraçåo Ja¡ssarg rgrrgno do sr. Luiz:arre¡rs da Silvâ
)e,ofaaåo ;ofl$roFPrq . e ionfluöncte do córr€qot$182 S.G€ral t9 iofrsl. Ltda. squafl com oufo vorde
2 P 1 F68 G.Bauru ,-1Ð,Uu lgt4 nploraçåo laner Jroxmo ao MåtdoufoiE-203 S.Geral
vlunrctpgtITIP 3 11 G.Bauru ,-21,4t) tgEO Dçloreçåo JasaafeÍt lórego do Cachorro
1-144 S.Geral
lwP 4 !96 G.Bâuru t1,5F I17,60 t9a3 DçlorâçÉo ,otnr teroa pâra Vicsnt¡nópol100,25 S.Gerel ¡3
awP 5 l+92 G.Bsuru 4,41- ù12,00 I1988 Ðçbråçåo ra¡aare t êrreno do sr. Ernsto,2-100 S.Goral n,24 ;evamr f ttho
aüP 6 (J.ttaufu È17,30 t 991 n@,ofaçåo TEroge6p ¡ergem €querda dol+230 S.Goral {Deråo Geb¡rcbæ
agtP 1
É¡¡zit/P s-
G.BEuru !12,00 T t970 Ðçlor4åo Jæ3arêfi105 G.Bâuru !6,00 l1e7o- Delofeçåo JæAAre t
¡{),96. 1,00 t97S loraçåo rv¡¡lqqnar \rq¡fg. el2&205 S.Geral 10,99 i*¡ Llda. ¡rani€¡r€s
19,E&. )-18,00 t979 )eloreçåo ryalo€iìar Gætg. ê :¿- dê Franc¡sco Felixl2È201,5 S.Geral '19 .;rã Ltõâ. l,lendonça
).5,70 979 ÐpþraçEo lvaþemâr G€o.g. 6 \e Cór*of_--l ry--]ì lo lngå
,1tP 1
t1t? 3 Fð3. i/ G.Bauru t0,36- )-1U,20 tsao Dploraçåo 1þrotêcnrca slrrv. ilargens do Córrego,J. a - tou ù.\refåt r0,35 iær. Llda, :ort€
I'!/P 4 ,-1iJ4 c¡.Hauru .3,5$' ,- tö,21) tau4 Ðçloraçåo ,op€r6uF Pç, Anes fÊrrgno de A¡ltorììit¡l-1J9 ti.CjÊfâl r26,56 .tde
t1lP 5 H0 G.BEuru .5-27 )-2,0c tvö5 rrploreçåo Pas6er€ll¡ \o lado de P 4ltP 6 !127,5 G.Bauru ¡o.33 }'12,00 Yö/ rçlofaçào ;onsvotFlJrol . e l. S. Pedro, próximo âo
127,S128 S.Geral 02,12 lonst. Ltda. >emrtér¡ôtzP 1 >E0 G.Bauru J9,2lr ).20,00 1979 rxpþraçåo /Valdamar G€org
l0'150 S.Geral t't,,54 ¡ G¡e Ltdâ.t¿tP 2 F65,3 G.Bauru rþ,9ö- ,-13,4 t980 )xpto{açeo 'ltdfotécn¡câ
t5,3.66,5 S.Gèral t9,2P 3 l,12G.Bewu t'1,3G. Þ12,(X) tgao Ðeloraçåo ,valdemar G€org. I4Srgem do cörr€oo
r ÇE Ltde -ag9ådor-10,oo t9a5 nðploráv6l ,aÊ6ar€ll¡
3?P 6 I22l S.Geral È8,30 t9a6 DQloraçåo ,olü
JâßAnO e Ant4¡vtP 1
,.13,(}U 'g/4 )etoraçåo an€f
ì6/P 1 È13.UU t 97'5 t)ploraçåo ,anEf ,roxmo âo GôrÍ€go da
-onra com a €atrãdâ I¡10,3þ G.Uaurula âL{efl ê /:^.^r
Þ2U,{JO t9a2 Dçloraçåo langrlþ,Jþ- töu s.(ierat
tTtP 1 ¡1JU,/ lt.Gefal ,-1U,UU tgao Dplofaçåo n(¡lorEcntca ùerv
ieot. Ltda.)atP 1 I122,91 G.Bauru H,Eê I15,00 t979 nçloræåo ryaEemar Geofg.
122.91-'130.45 S.Gerel 09,97 r uE Llda.ISIP 1 ).8'l G.Bauru 33,5G t 96S Dçloraçåo laner
,1-120 S.c6raltg/P 3 167,5 G.Bauru )7,6+ Þ¿u,uo t 9/9
')eloraçáorvaEemâr Georg. {s margêns do córr€Eo
17,S220 S.ceral /o ¡ C¡a Ltdâ. lço[e ÇaveþIOIP 1 ,-131 G.Bauru ,(Þ F1þ,tU t9t4 rJploraçåo lan€r
31-150 S.ceral t29,5totP 2 Il40 G.Bauru ,E,E9, ,-1ö,tru t993 ,plof8çåo ( EaPlrno santo. 6. ñúm.
l4&1¡16 S.cEral t42,14tltP 1 )-117,5 G.Bauru È¿z,l)u t9/5 Dçloraçåo râs6etêfr
117,5-120 S.Gêrâl
tltP 2 F120 G.Bauru 9/6 raçåpT1IP 3 )-69,69 G.Bauru t2.44- ù16,00 9ö/ 'ionûotFProl . e
rv,Þt :¿21 ü.(iBlal 13,27 lonst. Ltde. Jnguçaô uuæ Po 6>31G.Bâuru ù35,5 r 9/9 Ð91018çåo litrotécnic€ la margoftl do côtT€go
160,6 S.G€.al ,o Atddoat9ðþ
t(}180,5 S.G€{al lanuár¡o ÁmariG.Bauru i2.6r 00 t9ö5 Dqploraçáo raa8arell¡ tróximo ao canrpodã-
,S96 S.Geral t8,99 utebd
brt (a*( ñi, ëÞ...,. ó
15tP 4 110 G.Beuru 24.20- r-12,00 981 eploraçåo ¡rgêm do Córrego1G150 S.Geral 06, / ietoto
l5/P 5 ¡.122 G,Bâuru )ö,ð;¿- Þ14,O0 991 vea do fuluro ræefvd.122-123,5 S.GErel IE SABESP
tt'/P 1 )-85 G.Beùru ,ctÞ È20.oo 979 r'Ia I uÞ¡nambá. pátiotitg8 S-Gêrâl 17,05 to Grupo Egcolâr
IIIP 2 ,-65 G.Beuru ,.;¿Z,lN t975 Eploraçåo jnâcera s.Antón¡o,J5-186 S.Gorâl un¡o ao côn. da Mata
G,Eauru 12- È1U,UU t9/5/&120 S.G€Isl '9
IEIP 2 ¡3l (j.ËâUru Ì.10,20 r9ð1
l7-1ô5 S.ceralt8/P 3 )-34 G. BauÌu I12,00 cö2 margena do (jörr€go
t4-180 S.Gêrâl
tg/P 1 )-90 G.Bauru t5.7(} )'15.OO t9l5 rarqa påra NÞoå ,â)0"'152 S.Geral t9
tgtP 2 F122,5 G.Bauru È12,00 t989 Drlll ì. 21 de março, 8922,S176 S.Geral
to,tP 1 1160 G.Bauru
>OIP 2 ¡155 G.Bauru
)o/P 3 )-150 G,Bauru
,olP 4 ).102,60 G.Bauru t9,1¿2- >1E,(X) 979 Væc€nte do Cór€go102,6G109,21 S.ceral tu9.z'¡ ;ompfldo
,vP 5 l-66 G.Eâuru A,Z- ,.10 979 )9þ{açâo l¡drotåcn¡câ ,rôxmo à legoa de trat.16-75 S.ceral tþ,9 Egoto da SABESP
,U/P O 1117 G.Bauru w,ö1- 7,OO r982 Ð9þração .lldrog$p (, Goláe, próximo à horla117-115,6 S. Geral t1z,J3 rclnunitánâ
)U/P g 134 G.Bauru )-1A,OO t99'l )pþraçåo Jotn¡ âafg€m $querda da3&145 S.ceral (odov. Eucl. da Cunha
)t/PI È67,00 G.Bâuru Ì14,ü) t995 19)çroÍâv€[ j€oplan Jrôxmo ao cónegot7,6o-270 S.Geral iompndo
>1tP 1 t1- H2.00 lgao Dpþrsçâo ;opefcal ,roxmo ao Poeto do1,5 S.G€ral r8,34 taude
,1tP Z 1zW t 9a1 ì9lofaçåo Jassarell¡ l/targ€ne do cófregoì4,24 Jtno u Agua
)¿P 1
2G130 S.Gêrâl
ls71 Ðçloraçåo Jener (. ur. Augusto Alvæ do6(qG
t971 Ðçloração Janer ,roxrmo ao ræ€fvatór¡or83,5 ïeì/ftdo
t976 nçlor8çåo Jåfl€f
E,O3 -18.00 1978 ù9lofaçåo Polit¡
t' z¿l-.131,5 S.GErat 196,03 | J. Ë€ mon¡
t2 ,6 t25 /742,45t595,'15 ttu ,5 ljoÌrante /o.54 IA 5
>z Ì26 t4s,45t544,95 70 irtt.4 8,35 19.19 i,33
t2 )27 t4u5æ f75 114,4 ,,34 ,ö 2
t3 fla Alv€6 n69,20tæ7.5 lto t20 rð,5 t29,3 ,17
54 v¡rcfla örcs ).1 ,:ó4 766,80/554.50 rðo IM t,b2 .7,58 t3.6
tzP 6 ,-vz (;.uauru tJ,þu- t-22.OO t979 ,pþração l¡drogesp lPróúmõ aoñãäuro,l-9þ ti.Ggrd )o
tzP 7 I136 G.Bauru ¡2,0$ }.12,00 9AO üpþrsçåo lrd¡ogo8p3G136,4 S.Geral t35,65
t: PI F114 G.Beuru r€,49- I tz,Ul) t gao Ðploraçåo {Ktrog6p1+114,8 S.Geral 10,97
,::'TP 1 )-82 G. Bauru r9/9 Ðeloraçåo rueuernal G€ofg12-220 S.Gorâl I Uta Llde.
,4tP 'l 194 G.Bauru )-3,00 t9l9 Dploraçáo JASAarel
r4-107 S.cêral
Anexo 02: Análises das águas subterrâneas feitas pela sABESp em 54 localidades
noroeste do Estado de São Paulo.
tando¡rante D' Oeste (d¡st. 94: 19tO7t8! o.o1: 1. 25(Jê ljud Mênnucci) t93 0.oJoa VÞta do6 A z 26t05t8t
ffit0.01, 0,6: 39t
õrst. d€ Atvar6 Flo(ênc€) 0,0 3,1 21',2AIOztAf 0,011 1,1 221
lârdGo 1 16( 1 ozaÍ 0,00: 0,8{ 15ilsls (d¡s- de PElm.D'Oeste) I 2TIæIAI 0,03' o,t n)¡rcê Reis I 65' tx o si 0,ot
ltaougi 0,0;
3r.r/u9/9i o.
26t'torgi 0,fr2 101: 26t10tsi o
Jolcrnôpol¡s o2to4t8i o,(Xx 3.t t6l09/03V8{ o,oz¿ 121
t4l03y8s o,03 6, 24t132' 30/10/9i 0,o 0,ù 19'
zãt10t9i 0.0(Juþarnâ (dtst. de P€dran.) 1o2( 11t12tÙt 0,01: 0.t 14t
14KAIEì, 0,00t 0.o 13t15/10/8 0.01( o,2' 9!2011wat
õmfr¡0,01t o,2' 11(
0.01, o,2l t(x:sm€fgkJa (d6t. de Rub¡néiå) 1 à9t ututø' 0.01( 3,i s{
06/07lBi
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ozto eÍ o,ozt 26tr6 utnza 0,04, 0,4 25
ozoual o,05, zt',21i 26nUA O,O2/ o,q 251
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16/0A19: 0,0f,15 22tOZAf 0.o1: 0,(! 4tr16 21D2tAf 0.q)l 0,o 41:.)17 '106{ 1211ß u.o1 o,o 44'
21nZAl {J,O1 0.o 41,faståo Vidigsl >5 87f o5/11/Et o,o2' 0,0: 0.0i
r6 soí 15/O9/& 0,02t o,5t 3219ol 1911l]tù 0,00( 5,e 1A
ìuzolånd¡a ,2 s7t 06/11/At 0,031 0.01( 0,(} 3l(tËt1zðt 0,0321 0.00I o,05l N
3 1081 tyõt1zu 0,0351 232va11ßt! o,08l
lolanda (d¡st. Nhaîdô€ra) 1 zgtovft J,U1öl 1 znd¡aporá 1 27Sl 05/10/8( 0,0061 0,361 3d
osto!971 0,0151 m06/10/881 o,01rl 1,81 24
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1€V1Cy80l o,0o5l 0,411 l6r12t1U8Ol 0,0081 4,el 2l
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lales '1 I 3261 28tÙ2l8( 0,03i 0,6t 2dOã/OA/A ¡ 0,01; I, 36ru3/o3/at 0,01 0,9' 36t
)2 32'l 'tbtu¿at 0,05l o,l 181
UZWIö o,01r 3.¡ 24t06/06/8t o.01t 2t27t12tgi o.ot
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321 07toãßl 0.03 1.1 l5r,21 131 13tO7tg 0.00t 0,o
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09/04/at 0,02' o,: 141r2 397 1ototuø 0,03t 0,1: 1S{r3 90' ou10t& 0,00t 0,t 16(
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9l€sópol¡B (dist. PEfanaþuå) r1 25tOU8t o,0(t{ õ'.t 2210€i/05/8t o,o1t 0,1( '18(
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Iofrçð€s 411 o9to7t8 o,01: 0.0r 2g27t10tø1 o,(x)t 0,0t '16;
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Anexo 03: Descrição sucinta das I I amostras de basaltos do poço 9 em Urânia, adiferentes pro fi.urdidades.
70 metros
Alguns fragmentos possuem uma crosta avermelhada (oxidação) e
esbranquiçada (possível de ver a olho nu). A textura é fanerítica fina. Existemminerais róseos a avermelhados em grande quantidade. Em seguida, minerais clarose escuros' sendo estes últimos, em menor quantidade. Não são encontradas
vesículas na amostra.
90 metros
Alguns fragmentos possuem uma crosta esbranquiçada quando vistos a olhonu' A amostra não possui vesículas e st¡a textura é fanerítica fina. Os minerais clarospredominam sobre os escuros.
110 metros
Esta annstra pode ser considerada como sendo do topo do derrame, por sermenos densa do que as outras, apresentar muitas vesículas não preenchidas e coravermelhada. Alguns fragmentos apresentam uma crosta esverdeada.
130 metros
Esta amostra possui grãos claros, provalvelmente de calcita. Sua textr¡rafanerítica fina e os minerais claros predominam sobre os escuros.
Amostra com textura
predominam sobre os escuros.
são de calcita.
150 metros
fanerítica fina, sem vesículas. os minerais claros
Aparecem alguns grãos maiores que provalvelmente
100
170 metros
os minerais claros predominam sobre os escuros. A amostra
vesículas e possui uma textura fanerítica fina.
não apresenta
190 metros
A amostra possui fragmentos de mineral claro, provavelmente calcita. Algunsfragmentos possuem ulna crosta esverdeada. A textura é fanerítica fina, sem
vesículas. os minerais claros predominam sobre os escuros.
210 metros
Amostra com textura fanerítica fina, sem vesículas. Os minerais clarospredominam sobre os escuros.
230 metros
Idem 210 metros
250 metros
Existem grãos provavelmente de calcita.
crosta esverdeada. A textura é fanerítica fina. Os
os escuros.
Algr:ns fragmentos possuem runa
minerais claros predominam sobre
270 metros
Idem 250 metros, não possuindo apenas a crosta esverdeada.
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