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1 CHRISTINE DANTAS BENÍCIO DO LIVRO IMPRESSO AO E-BOOK: o paradigma do suporte na Biblioteca Eletrônica JOÃO PESSOA – PB 2003

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CHRISTINE DANTAS BENÍCIO

DO LIVRO IMPRESSO AO E-BOOK: o paradigma do suporte na Biblioteca Eletrônica

JOÃO PESSOA – PB

2003

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CHRISTINE DANTAS BENÍCIO

DO LIVRO IMPRESSO AO E-BOOK: o paradigma do suporte na Biblioteca Eletrônica

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, em cumprimento às exigências para obtenção do grau de Bacharel.

Orientadora: Profª Ms. Alzira Karla Araújo da Silva

João Pessoa - PB

2003

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CHRISTINE DANTAS BENÍCIO

DO LIVRO IMPRESSO AO E-BOOK:

o paradigma do suporte na Biblioteca Eletrônica

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, em cumprimento às exigências para obtenção do grau de Bacharel.

Aprovado em: 15/10/2003.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________ Profª. Alzira Karla Araújo da Silva

Ms. em Ciência da Informação, UFPB Orientadora

____________________________________________ Profª. Marynice de Medeiros Matos Autran

Ms. em Biblioteconomia e Documentação, UFPB Examinadora

___________________________________________ Profª. Edna Gomes Pinheiro

Ms. Em Biblioteconomia e Documentação, UFPB Examinadora

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Aos meus pais, que me ensinaram a perseguir meus ideais com dedicação e coragem.

Dedico.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida, pela sua infinita misericórdia, pelo

seu amor, por dar-me serenidade para aceitar minhas limitações, força

para vencer os obstáculos, garra para lutar pelos meus ideais e

brandura para compreender a sua vontade.

Aos meus pais pela vida, pelo amor, dedicação e pelos ensinamentos

que foram fundamentais para minha formação.

Ao meu noivo Renato Lima, pelo seu apoio e companheirismo, junto as

minhas dificuldades em chegar a esta etapa final da graduação, estando

sempre ao meu lado nas horas em que mais precisava.

A minha orientadora Alzira Karla Araújo da Silva que acreditou na

minha capacidade de realizar este trabalho, orientando-me de maneira

sábia, carinhosa e atenciosa. Muito obrigada pela confiança depositada

em minha pessoa.

A Ana Úrsula, bibliotecária responsável pela Biblioteca da FACENE, por

me acolher de forma amigável para a realização do estágio

supervisionado, proporcionando um maior entendimento e

engrandecimento frente aos serviços bibliotecários, que servirá de

subsídio na minha vida profissional.

Aos funcionários do Tribunal de Contas da União, em especial Ana

Beatriz, Ismênia, Magaly, Goretti, Severino (Biu), Luiz (Lula) e Queiroz,

pela confiança depositada, por acreditarem na minha competência

durante o estágio na área de arquivo e pelos constantes incentivos na

luta pela estabilidade profissional.

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Aos funcionários da Biblioteca Central e Setorial, em especial a Oneide

(Serviço de Referência), Rosa (Divisão de Processos Técnicos), Eliane

Bezerra Paiva (Seção de Periódicos) e Tony, pela disponibilidade e

atenção.

Aos funcionários do Departamento, em especial Sr. Pedro e a

Lourdinha.

A todos os professores que fazem o Departamento de Biblioteconomia,

por me ajudarem a cumprir cada etapa proposta, com críticas e

contribuições acadêmicas, em especial a Roza Zuleide, Eliany

Alvarenga, Alzira Karla, Francisca Arruda Ramalho, Marynice de

Medeiros, Mirian de Albuquerque Aquino, Denise Cavalcanti, Edna

Gomes Pinheiro, Eliane Bezerra Paiva, Maria Elizabeth e Bernardina

Freire.

Aos amigos da graduação pela solidariedade e apoio, especialmente

para Cybelle, Ana Roberta, Cristiane Maria, Cléa e Fernanda.

A Cristiane Kelly Fernandes, ex-aluna do curso de Biblioteconomia, pelo

apoio e incentivo na escolha do curso.

A todos aqueles que, de uma forma direta ou indireta, contribuíram

para que concluíssemos esse trabalho.

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“Na era da comunicação eletrônica o livro não morrerá, mas sua alma se libertará do seu corpo”.

(MACLUHAN, 1977)

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RESUMO

O acesso à informação e a tecnologia são alguns privilégios que a humanidade já conquistou. Por meio delas as pessoas absorvem e re-elaboram conhecimento, podendo transformar suas vidas. Neste prisma, discute-se sobre as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação, especificamente no que se refere a discussão gerada acerca da informação impressa e da digital e a sua influência na evolução das bibliotecas eletrônicas. Apresenta a evolução dos suportes de informação, partindo do papiro até o livro eletrônico (e-book). Analisa a questão do novo papel do bibliotecário e o surgimento da biblioteca eletrônica, decorrente da inclusão das novas tecnologias de informação. Enfoca a polêmica questão do livro impresso versus o digital. A metodologia caracteriza-se por uma pesquisa qualitativa, que utiliza como instrumento de coleta a observação e o questionário. O campo de pesquisa definido após análise exploratória e atendendo aos critérios estabelecidos envolve um ambiente eletrônico, composto pelos sites ebookcult, hotbook e parnanet. A coleta de dados realizada nos meses de Junho e Julho de 2003 consiste na análise de bibliotecas eletrônicas e na recuperação dos e-books mais significativos de cada site na área de literatura brasileira. Os procedimentos permitem afirmar que as bibliotecas estudadas apresentam um crescente número de e-books, organizados por área do conhecimento e disponibilizados ao grande público da Internet; de forma que acredita-se que o bibliotecário precisa interagir com a realidade virtual-polimídia. Como resultado prático, temos a formação de um catálogo de e-books especializado na área de literatura, disponibilizando um instrumento de pesquisa que permite que outras bibliotecas eletrônicas compartilhem seus acervos digitais, aumentando e facilitando o acesso/uso da informação digital por bibliotecários e usuários. Assim, concluí-se que, a exemplo dos demais veículos de expressão da cultura, a informação impressa e a digital devem conviver harmoniosamente como opções diferentes e complementares na aquisição de informação e conhecimento, caracterizando assim uma biblioteca híbrida; terminologia mais adequada para conceituar a fase de transição pela qual as bibliotecas tradicionais vêm passando. Palavras-chaves: Livro impresso; Livro eletrônico; Biblioteca eletrônica;

Bibliotecário; Novas tecnologias de Informação e Comunicação.

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ABSTRACT

The access to the information and the technology is some privileges that the humanity already conquered. Through them the people absorb and they reverse-elaborate knowledge and with that they can transform their lives. In this prism, it is discussed about the New Technologies of the Information and Communication, specifically in what refers her influence in the evolution of the electronic libraries, in the digital information and in the discussion generated concerning the printed paper and of the virtual. Presents the evolution of the supports of information, leaving from the papyrus to the electronic book (e-book). It analyzes the subject of the librarian's new paper and the appearance of the electronic library, due to the inclusion of the new technologies of information. Focuses the controversy subject of the information printed versus the digital. The methodology is characterized by a qualitative research, that it uses as collection instrument the observation and the questionnaire. The research field defined after exploratory analysis and assisting to the established criteria involves an electronic atmosphere, composed by the sites ebookcult, hotbook and parnanet. The collection of data accomplished in the months of June and July of 2003 consists of the analysis of electronic libraries and in the recovery of the e-books more significant of each site in the area of Brazilian literature. The procedures allow to affirm that the studied libraries present a crescent number of e-books, organized for area of the knowledge and made available the great public of the Internet; so that it is believed that the librarian needs to interact with the reality virtual-polimídia. As practical result, we have the formation of a specialized catalog in the literature area, making available a research instrument that allows other electronic libraries to share their digital collections, increasing and facilitating the access/use of the digital information for librarians and users. Like this, I was ended that, to example of the other vehicles of expression of the culture, the information printed and the digital should live together harmoniously as different and complemental options in the acquisition of information and knowledge, characterizing like this a hybrid library; more appropriate terminology to consider the transition period for the which the traditional libraries are passing. word-keys: Book printed; Electronic book; Electronic library; Librarian;

New technologies of Information and Communication.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

BD - Biblioteca Digital

BE - Biblioteca Eletrônica

BE’s - Bibliotecas Eletrônicas

BH - Biblioteca Híbrida

BV - Biblioteca Virtual

CRT - Tubos de Raios Catódicos

HTML - Hypertext Markup Languagem

JUL. - Julho

JUN. - Junho

LCD - Liquid Crystal Display

LIT – Literatura

MS READER - Microsoft Reader

NTI - Novas Tecnologias da Informação

NTIC’s - Novas Tecnologias de Informação e Comunicação

ONGs - Organizações Não-Governamentais

OPF - Open eBook Package File

OSCIP’s - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público

PDF - Portable Document Format

RB - Rocket eBook

SI - Sociedade da Informação

UFPB - Universidade Federal da Paraíba

URL - Uniform Resource Locator

WWW - World Wide Web

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XHTML - Extensible HyperText Markup Language

XML - Extensible Markup Language

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Biblioteca digital pessoal no Acrobat eBook Reader ... 51

Figura 2 - Biblioteca digital pessoal no MS Reader ................... 52

Figura 3 - eRocket .............................................................. 54

Figura 4 - Site EbookCult ..................................................... 76

Figura 5 - Site Parnanet ....................................................... 79

Figura 6 - Site Hotbook ........................................................ 81

Quadro 1 - Principais características da biblioteca virtual ............ 41

Quadro 2 - Características da biblioteca tradicional e da biblioteca

eletrônica ............................................................ 42

Quadro 3 - Livro eletrônico – grupos de estudo em andamento ... 46

Quadro 4 - Dispositivos portáteis mais significativos .................. 55

Quadro 5 - Catálogo geral de e-books existentes nas bibliotecas

eletrônicas pesquisadas ......................................... 92

Quadro 6 - Sub-áreas de literatura que formam o catálogo

especializado com e-books existentes nas BE’s

pesquisadas ......................................................... 94

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SUMÁRIO

RESUMO ABSTRACT LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS LISTA DE ILUSTRAÇÕES

1 INTRODUÇÃO ............................................................. 14 2 OBJETIVOS ................................................................. 20 2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................... 20 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................... 20 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................... 21 3.1 DO PAPIRO AO E-BOOK: A EVOLUÇÃO DOS SUPORTES DE

INFORMAÇÃO ............................................................... 21

3.1.1 O papiro e o pergaminho ................................................ 23 3.1.2 O papel, a imprensa e o livro .......................................... 28 3.1.3 A Internet e o sistema de informação eletrônico ................ 31 3.1.4 A informação digital e o e-book ....................................... 44 3.2 BIBLIOTECA ELETRÔNICA E BIBLIOTECÁRIO: NOVAS

NECESSIDADES E PAPÉIS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 58

3.3 INFORMAÇÃO IMPRESSA X INFORMAÇÃO DIGITAL:

REALIDADES ANTAGÔNICAS OU SINCRÔNICAS?................ 61

4 METODOLOGIA DE PESQUISA ..................................... 71 4.1 ABORDAGEM QUALITATIVA ............................................ 71 4.2 CORPUS PESQUISADO ................................................... 72 4.3 COLETA DE DADOS ....................................................... 83 5 ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS ......................... 86 5.1 BIBLIOTECAS ELETRÔNICAS: ESTRUTURAS E IDEOLOGIAS 86 5.2 E-BOOK: A FORMAÇÃO DO CATÁLOGO DE

LITERATURA BRASILEIRA ............................................... 91

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................... 128 REFERÊNCIAS ............................................................. 133 APÊNDICE .................................................................. 139

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1 INTRODUÇÃO

Como aluna concluinte do Curso de Biblioteconomia da

Universidade Federal da Paraíba - UFPB, período 2003.1, temos a

incumbência de desenvolver uma monografia para obtenção do título de

Bacharel. Sendo assim, resolvemos efetuar um trabalho de pesquisa

sobre um tema bastante discutido, atualmente, em nosso meio

acadêmico, AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO (NTIC’s), especificamente no que se refere a discussão

gerada acerca da informação impressa e da digital e sua influência na

evolução das BIBLIOTECAS ELETRÔNICAS.

O interesse por essa temática surgiu no curso de

Biblioteconomia/UFPB, a partir das discussões nas disciplinas História

dos Livros e das Bibliotecas, Disseminação da Informação I e II, quando

os primeiros questionamentos acerca do tema nos fez perceber a

necessidade de pesquisas que abordassem essa questão. Dessa forma,

esperamos contribuir para a literatura da área e oferecer subsídios para

futuros projetos que poderão aprofundar este estudo.

A nossa proposta é discutir o paradigma do suporte nas

bibliotecas eletrônicas e de seu acervo formado por informação digital,

em especial os e-books, percebendo o papel do bibliotecário como

facilitador ao acesso a esse novo suporte informacional, assim como a

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influência das novas tecnologias no contexto da sociedade da

informação. Em outras palavras, fazemos uma reflexão teórica e prática

acerca das mudanças ocorridas na Sociedade da Informação em

decorrência das Novas Tecnologias no que se refere ao acesso à

informação através das bibliotecas na Internet.

Nossas discussões circulam o contexto dessa sociedade

informacional e tecnológica na qual percebemos que a utilização

crescente das novas tecnologias pelos serviços de informação indica

uma tendência de transformar o profissional bibliotecário em um agente

ou gerente de informação, atuando como um profissional moderno,

receptivo e disposto a aplicar os seus conhecimentos de forma crítica e

objetiva. Este profissional deve estar atento aos novos papéis que estão

sendo exigidos na Sociedade da Informação, levando a um

reposicionamento de atitudes e atividades referentes à questão da

organização, acesso, uso e disseminação da informação desenvolvidos

em prol dos usuários, relacionados a sistemas de informação tradicional

e/ou virtual.

Nesse contexto de mudanças, em que surgem as NTIC’s e há

uma aceleração de seu crescimento na sociedade, surgem as Bibliotecas

Virtuais (BV), as Bibliotecas Digitais (BD), as Bibliotecas Eletrônicas

(BE) e as Bibliotecas Híbridas (BH), das quais destacamos o papel de

constituir-se um novo veículo que possibilita o acesso a informações

digitais. As mesmas disponibilizam uma vasta quantidade de

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informações, através da Internet, podendo ser consultada de forma

gratuita.

Dentre as denominações citadas, consideramos o conceito de

biblioteca eletrônica por acreditarmos que reúne características das

demais denominações e por fazer parte de um contexto maior que,

atualmente, vem evoluindo para a consolidação das bibliotecas híbridas,

agregando o impresso e o virtual. Assim, utilizamos o termo “biblioteca

eletrônica” para se referir ao novo conceito para a armazenagem e

disseminação da informação, que utiliza a forma eletrônica,

independentemente de sua localização física, geográfica ou temporal.

Nessa perspectiva conceitual, o processo de organização da informação

na biblioteca eletrônica se dá sob a forma digital, podendo ou não

transferir para uma cópia em papel, de modo que o documento passa a

ser uma fonte digitalizada e o papel um estado transitório.

Considerando esse panorama e a crescente aplicação das

NTIC’s no contexto das bibliotecas eletrônicas, acreditamos que

“é tempo de parar de pensar somente em termos de fontes impressas e

disponibilidade dos documentos, mesmo que esses tipos de fontes ainda

sejam predominantes em nossas coleções” (CUNHA, 1999, p.260).

Nesse cenário eletrônico, Cunha (1999) aponta algumas modificações

que poderão ocorrer no ambiente bibliotecário e que consideramos

pontos de reflexão, são elas: a variedade de formatos; a biblioteca

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como conceito abstrato; o pagamento da informação; os esforços

cooperativos e; as novas mídias e equipamentos.

Todos estes elementos geram um certo impacto na vida das

pessoas, seja como indivíduos ou como profissional da informação, ou

ainda como usuários ou leitores. É preciso adaptar-se aos novos

tempos. Nesse estudo, teremos a oportunidade de discutir acerca

dessas mudanças que emergem através de um novo suporte, o e-book,

uma nova forma de disponibilizar e acessar a informação - a digital - e

um novo canal de informação - a biblioteca eletrônica.

Diante dos paradigmas propostos pela biblioteca eletrônica,

defendemos que para a sua construção, é preciso primeiro selecionar as

informações mais pertinentes para que sua formação esteja de acordo

com as necessidades dos usuários reais e potenciais. É considerando

esse aspecto que acreditamos estar contribuindo com uma forma de

“triagem” entre alguns sites da Internet, no sentido de analisar e

identificar os livros eletrônicos (e-books) constantes em seu acervo

digital, formando um catálogo na área de literatura brasileira.

Para atender nossas expectativas, o objetivo geral definido

nesse estudo é examinar bibliotecas eletrônicas que

disponibilizam e-books gratuitos, identificando a formação de

acervos virtuais na área de literatura brasileira.

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Tendo em vista o objetivo citado, desenvolvemos uma

pesquisa que figura-se num ambiente virtual, composto por bibliotecas

eletrônicas que disponibilizam e-books gratuitos, recuperados através

do buscador Google. Dentre eles, o nosso corpus é formado pelo

ebookcult, o hotbook e o parnanet, por atenderem aos critérios

previamente estabelecidos. Para a coleta de dados utilizamos a

pesquisa exploratória de caráter qualitativo, a observação dos sites e o

questionário enviado por e-mail aos responsáveis pelas BE’s. Esta, foi

desenvolvida durante os meses de junho e julho de 2003, tendo como

produto final a formação de um catálogo especializado na área de

literatura.

O estudo está organizado em 6 (seis) capítulos. O capítulo um

é a Introdução e no capítulo dois os Objetivos propostos. No capítulo

três apresentamos uma Fundamentação Teórica, discutindo a

evolução dos suportes de informação, partindo do papiro, até o livro

eletrônico (e-book); o novo papel do bibliotecário e o surgimento da

biblioteca eletrônica, decorrente da inclusão das novas tecnologias de

informação e comunicação e; a polêmica questão da informação

impressa versus a digital. No capítulo quatro consta a Metodologia,

descrevendo o tipo de abordagem, o universo pesquisado e a coleta de

dados. O capítulo cinco é a Análise dos dados e resultados

alcançados, com destaque para o catálogo de e-books. E por fim, no

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capítulo seis enfatizamos as considerações finais e apresentamos na

seqüência as referências que embasaram o estudo.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Examinar bibliotecas eletrônicas que disponibilizam e-books

gratuitos, identificando a formação de acervos virtuais na área de

literatura brasileira.

2.2 – OBJETIVOS ESPECIFÍCOS

Discutir acerca da (r)evolução dos novos suportes informacionais

em sua relação com o novo perfil do bibliotecário;

Identificar a Biblioteca Eletrônica como uma ferramenta de

pesquisa que disponibiliza um canal de disseminação e

compartilhamento da informação;

Analisar bibliotecas eletrônicas que disponibilizam e-books

gratuitos na área de literatura brasileira;

Formar um catálogo com os principais e-books brasileiros

gratuitos, na área de literatura, existentes nas bibliotecas

eletrônicas;

Reconhecer que a informação impressa (livro) e a informação

digital (e-book) não competem entre si, mas se complementam.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 DO PAPIRO AO E-BOOK: A EVOLUÇÃO DOS SUPORTES DE

INFORMAÇÃO

No contexto da Sociedade da Informação - SI, as Novas

Tecnologias da Informação - NTI surgem devido ao fenômeno da

explosão informacional verificado a partir do início da segunda metade

do século XX, servindo de suporte para a criação das redes de

computadores e das bases de dados on-line, que se difundiram pelo

mundo a ponto de hoje a Internet estar tão popular quanto a televisão

ou o rádio. Assim, concordamos com Amat I Nogueira (1990), quando

define as NTI como sendo os novos suportes e canais para dar forma,

registrar, armazenar, processar e disseminar conteúdos informacionais.

Objetiva assim, proporcionar um acesso à informação de forma mais

rápida e criativa possível.

O Impacto da Internet nessa sociedade é, sem dúvida,

inquestionável. Em termos de sistema de informação, a mesma provê

acesso imediato a uma grande quantidade de informações científicas,

culturais, artísticas, de lazer, em tempo real, de forma direta, abrindo

para o usuário possibilidades antes inimagináveis. No entanto, o acesso

à rede, no Brasil, está restrito a um número ainda limitado e restrito da

sociedade. Em nosso país, existem várias categorias de excluídos: os da

terra, da educação, do emprego, da saúde, da moradia, entre outros e

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agora, mesmo com o avanço tecnológico, estamos convivendo com um

novo tipo de exclusão: a digital.

Como bem conceitua Silveira (2001, p. 1), em entrevista

divulgada na Internet, a exclusão digital é

[...] o não acesso da maior parte da população do mundo hoje às tecnologias de informação, principalmente a comunicação mediada, em rede, que atualmente é feita através de um computador, de uma linha telefônica e de um provedor de acesso.

Assim, concebemos a questão da exclusão digital e

acreditamos que se a Internet continuar sendo limitada a poucos, ela

tende a aprofundar ainda mais as diferenças sociais.

Outra questão bastante discutida é o fato de que a revolução

nos processos de transferência de informações e nos novos suportes

informacionais tem proporcionado modificações no perfil do

bibliotecário. É preciso mudar a mentalidade de que o bibliotecário

utiliza apenas o livro como instrumento de disseminação da informação.

O mesmo lida com a informação, independente do suporte que ela

esteja.

Ao resgatarmos na história a evolução tecnológica e dos

suportes informacionais, verificamos que desde os primeiros tempos o

homem procurou registrar suas impressões sobre o mundo no interior

das cavernas. Na Antigüidade, o homem experimentou vários suportes

encontrados na natureza como forma de registro, utilizando para isso

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pedra, materiais inorgânicos e orgânicos à base de tintas vegetais e

minerais, como a argila, ossos, conchas, marfim, folhas de palmeiras,

bambu, metal, cascas de árvores, madeira, couro, papiro, velino,

pergaminho, seda, o papel e mais recentemente, o meio digital.

A informação registrada como conhecemos hoje passou por

diversas "transformações" até a sua consolidação como objeto símbolo

da existência humana, responsável pelo registro da história da nossa

civilização através dos milênios. Assim, descrevemos, a seguir, a

evolução dos suportes de informação, do papiro ao e-book, buscando

resgatar e compreender essa transformação tecnológica e sua

importância para a humanidade como um veículo que contribui para a

era da Sociedade da Informação. Para tanto, nos apoiamos nos estudos

de Chartier (1994, 1999), Cunha (1994), Febre e Martim (1992),

Garcez e Rados (2002), Lévy (1993), Machado et. al. (1999), Marchiori

(1997), Martins (1996), McLuhan (1977), Milanesi (2002), Ueharo

(2001), Ventura (2003), Venturi (2002), entre outros.

3.1.1 O papiro e o pergaminho

O papiro é uma planta-aquática, cujo talo era cortado na parte

interior onde se encontravam as fibras muito resistentes e que, unidas

em lâmina, serviam de superfície própria para escrever, transformando-

se num primitivo papel. Essa planta era encontrada às margens do Rio

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Nilo, no Egito, e representou para os egípcios o suporte da escrita

hieroglífica, veículo de transmissão de conhecimento e da sensibilidade

do homem da época. Para tanto, era conservado em rolos de 15 a 18

metros e mesmo que um texto não fosse muito longo, pedia vários

rolos. Constituía-se um monopólio do Estado e era obtido através de

atividade extrativista baseada em uma única espécie de vegetal.

O rolo de papiro denominava-se volumen, de modo que uma

obra poderia ser apresentada em vários volumes. Assim como esse

suporte determinou a forma de rolo como única maneira de ser usado,

exigiu, também, uma pena especial, uma vez que sua superfície não

suportava outra que não fosse a de junco.

O copista, responsável pelo registro nesse suporte, escrevia

em retângulos, porque era impossível fazê-lo acompanhando o

comprimento do rolo, de várias dezenas de metros. Esta era a única

maneira de utilizar o papiro, porque a sua fragilidade não permitia

dobrá-lo, dificultando o manuseio e a leitura. Para a leitura, tornava-se

necessário uma certa habilidade física do leitor: enrolar uma

extremidade e desenrolar a outra.

Nas bibliotecas da Roma Antiga, os papiros eram colocados

sobre estantes, tendo uma etiqueta para identificar o conteúdo sem que

fosse necessário desenrolá-lo. O número de volumes exigia uma

determinada organização, sobre a qual muito pouco se sabe.

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Uma vasta coleção de rolos de papiro existiu na mais

conhecida biblioteca da Antiguidade: a de Alexandria, no Egito. Sua

famosa Biblioteca continha praticamente todo o saber da Antiguidade

em cerca de 700.000 rolos de papiro e pergaminho e era freqüentada

pelos mais conspícuos sábios, poetas e matemáticos. Sua destruição

talvez tenha representado o maior crime contra o saber em toda a

história da humanidade (VENTURI, 2002).

O papiro foi à base de registros que mais se desenvolveu na

Antiguidade Clássica. Atravessou séculos, levando a cultura do Egito a

outros povos, oferecendo ao homem a oportunidade de realizar o seu

maior desejo: comunicação e diálogo. Permitiu não só a preservação da

memória cultural, mas serviu também de testemunho da história dos

materiais usados pelo homem. Foi nesse rústico suporte que os

egípcios, gregos e, depois, romanos, registraram as primeiras obras

consideradas literárias. No papiro ficaram registros fundamentais para

se entender o tempo e o espaço, os fatos e a cultura das regiões onde,

durante séculos, foram fabricados e cobertos por hieróglifos e outras

categorias de escrita.

No entanto, mesmo diante dessa evolução, para a época, e

importância para a cultura de várias civilizações, a produção do papiro

era muito limitada, seu custo elevado e seu volume de produção não

atendia a todas as necessidades de suporte para escrita que existiam na

época. Como muitas das mudanças nas técnicas e nos processos de

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produção ocorridas ao longo de nossa história, o que gera a alteração

do suporte para escrita é o fator econômico e esse fato acarretou na

mudança para um novo suporte: o pergaminho.

Por questões econômicas, os habitantes de Pérgamo

impossibilitados de obter o papiro egípcio, passaram a usar a pele

curtida de alguns animais (a ovelha, o carneiro ou cordeiro) como

suportes da escrita. A pele recebia um tratamento especial de

raspagem, banhos de soda e secagem em bastidores, o que lhes

conferiam propriedade de boa durabilidade, características para torná-

los flexíveis e apropriados para a escrita.

O processo para obtenção deste novo suporte – o pergaminho

– se difundiu por todo o território europeu. Rapidamente a sua

produção se populariza e durante séculos ele passou a ser o suporte

mais utilizado para feitura de manuscritos, pois se caracterizava como

não tão delgado, mais flexível como o papiro, porém, menos

dependente das cheias e secas do Rio Nilo, ou das necessidades

econômicas e/ou das alianças comercias com o povo egípcio.

O pergaminho, quase sempre produzido nos mosteiros, apesar

de caro, por cerca de mil anos foi o material mais utilizado para a

escrita. Aos poucos esses livros artesanais foram se impondo, inclusive

como bens preciosos da realeza. Nos monastérios, onde monges

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calígrafos, principalmente os beneditinos, rezavam, copiavam e

ilustravam textos, preservavam-se as grandes coleções de códices.

O surgimento do pergaminho, por volta do século III a.C.,

modificou definitivamente a forma dos livros. Cem anos antes de

começar a Idade Média ele já substituía o papiro, quase que

inteiramente, dando origem ao códex. Esta forma manteve-se até os

dias atuais.

Explicitando essa mudança de suporte informacional para o

registro da escrita e analisando a sua estrutura, Martins (1996, p. 68),

afirma que

o pergaminho foi escrito, como o papiro, de um lado só, até que se descobriu ser perfeitamente possível fazê-lo nas duas faces. Enquanto a escrita era realizada apenas no reto, o pergaminho era enrolado, como o papiro, para constituir o volumen. A escrita no reto e no verso vai dar nascimento ao códex, isto é, ao antepassado imediato do livro. Com ele revoluciona-se o aspecto da matéria escrita e o das bibliotecas.

A substituição do rolo de papiro, pelo códex de pergaminho

ocasionou uma grande mudança, pois ao optar por um material mais

barato e um formato de transporte mais fácil, foi promovida uma

revolução na postura do leitor: folheável, e não mais desenrolável, o

livro se tornava mais acessível, incentivando a pesquisa e podendo até

ser feita anotações em sua estrutura. Assim, o pergaminho foi à ponte

entre o papiro e a imprensa, transportando para séculos mais recentes

parte do que gregos e romanos produziram no campo do pensamento.

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3.1.2 O papel, a imprensa e o livro

Depois do papiro e do pergaminho, o papel se fixou como o

novo suporte para a escrita e o registro da informação. O preço elevado

do pergaminho, causado pela produção limitada, diante de um mercado

em crescente aumento, se tornou um obstáculo que restringia a

divulgação da cultura. Esta, não podia continuar como privilégio dos

ricos e poderosos, dos mosteiros e das dinastias. Assim, a procura pelo

pergaminho – que não era atendida pelos produtores – precipitou o

aparecimento do papel.

Quando a Idade Média vai terminando surge na Europa o papel

fabricado de pasta de madeira, trazido pelos árabes para substituir o

pergaminho e atender às novas necessidades, já que a produção do

pergaminho não satisfazia as crescentes exigências das cidades

européias mais importantes.

O papel, mais barato que o pergaminho, permitiu a ampliação

do uso da escrita deixando a exclusividade monástica e passando a ser

usado por outras categorias sociais que produziam a sua própria cópia

de textos. Em menos de um século o papel era fabricado em toda

Europa, abrindo uma imensa perspectiva para a invenção da Imprensa

que, aliada ao O papel, mais barato que o pergaminho, permitiu a

ampliação do uso da escrita deixando a exclusividade monástica e

passando a ser usado por outras categorias sociais que produziam a sua

Page 29: Do livro impresso ao e book

29

própria cópia de textos. Os primeiros livros impressos por meio da

xilografia - gravura em madeira - apareceram no século XV. No

entanto, coube ao alemão Johanes Gensfleisch von Guttenberg, ser o

precursor das modernidades técnicas gráficas. A prensa de Gutenberg

utilizava tipos móveis metálicos, nos quais eram gravadas as letras, os

sinais de pontuação e os números que, ao contrário dos tipos de

madeira, podiam ser utilizados inúmeras vezes. A pressão era feita por

meio de uma prensa que foi inspirada na prensa de vinhateiro, utilizada

para espremer uvas. O método de Gutenberg, além de revelar-se muito

mais flexível do que a xilogravura, produzia impressos de melhor

qualidade, permitia imprimir ambos os lados de uma folha, alcançando

uma produção em massa das obras e o barateio do custo, e

conseqüentemente, aumentando e facilitando o acesso à informação.

No entanto, a tipografia – arte para impressão de textos - foi

desde o início recusada pela nobreza e pelos indivíduos de grande

poder. Eles achavam que o livro deveria continuar como privilégio

apenas das dinastias e da Igreja, pois pressentiam que o mesmo seria

muito perigoso, por permitir uma divulgação maior de idéias, podendo

ameaçar seus interesses. Na fase do manuscrito o livro não causou

preocupação pelo fato do seu uso ser restrito. Mas diante da

possibilidade de incontrolável divulgação pela impressão em série, o

livro começou a preocupar a classe dominante, pois a imprensa

provocou uma grande transformação, propiciando a democratização do

Page 30: Do livro impresso ao e book

30

conhecimento com a impressão em grande escala e conferindo ao

homem o seu primeiro grande meio de comunicação.

A invenção da imprensa e a utilização do papel geraram uma

nova situação de acessibilidade: o livro, tornando-o um estímulo ao

conhecimento das letras e a geração de novas informações,

configurando-se numa tecnologia revolucionária ao viabilizar um maior

acesso e disseminação da informação.

Em decorrência dessa mudança, o fator ignorância como

condição de domínio foi sendo alterado, assim como a exclusão

informacional existente em grande escala. O quase monopólio do saber

deixou de ser patrimônio exclusivo dos nobres e religiosos para atingir

uma grande população. Assim, na medida em que aumentava o número

de autores também crescia o número de leitores face à maior

acessibilidade desse suporte (MILANESI, 2002).

Nesse contexto, o livro como fonte de registro e transmissão

do conhecimento adquiriu grande representatividade enquanto

elemento de preservação e difusão da cultura, popularizando-a.

Determinou novos paradigmas que marcaram a história do pensamento

humano. A circulação de idéias espalhou-se definitivamente, atingindo

um grande número de pessoas. O livro impresso foi considerado como

um instrumento de libertação do homem, por favorecer as classes

menos favorecidas o acesso ao conhecimento.

Page 31: Do livro impresso ao e book

31

A revolução tecnológica causada pela imprensa possibilitou

uma ampla difusão de materiais escritos. Essa revolução chega ao livro

aprimorando e agilizando a sua produção e disseminação e isso resultou

num aumento significativo do número de publicações, tanto dos livros

como dos periódicos, ocasionando uma “explosão da informação”. No

mesmo sentido, as novas tecnologias da informação e comunicação -

NTIC’s possibilitaram novos suportes e novas formas de acesso a

informação, gerando a informação digital, como por exemplo, as

bibliotecas virtuais e os livros eletrônicos. Assim, os avanços

tecnológicos do século XX, favoreceram o surgimento de uma nova

revolução na Sociedade da Informação. Segundo Castells (2003, p.1),

estamos diante de um novo paradigma tecnológico: a revolução tecnológica da informação, a revolução informacional. A diferença dessa revolução para com as outras é a sua matéria prima: o conhecimento.

Venturi (2002, p. 2) afirma que, “se vivemos hoje a Era do

Conhecimento é porque alçamo-nos em ombros de gigantes do

passado”. Nesse contexto, “a internet representa um poderoso agente

de transformação do nosso modus vivendi et operandi”, por representar

um grande instrumento de disseminação do conhecimento.

3.1.3 A Internet e o sistema de informação eletrônico

Nos últimos anos, as NTIC’s tem exercido um papel

transformador na sociedade moderna, contribuindo de forma

Page 32: Do livro impresso ao e book

32

significativa para o desenvolvimento de tecnologias como a informática,

que associada às telecomunicações, deu origem a uma das mais

revolucionárias invenções de nossa época, a Internet. A mesma vem

permitindo o rompimento de barreiras geográficas e a livre circulação

de informação e conhecimento.

Referindo-se as novas tecnologias da informação, Lévy (1993

apud Marcondes 2003, p.62, grifo do autor) as considera como uma

ferramenta que possibilita a geração de novas aprendizagens,

[...] da mesma forma que a invenção da escrita por volta de 3000 a.C. e da imprensa por Gutenberg, no século XV, são tecnologias da inteligência, no sentido de se constituírem em novas ferramentas cognitivas. Na medida que viabilizam novas possibilidades cognitivas, possibilitam um salto qualitativo em nossas possibilidades de raciocínio e apreensão de conhecimento.

Nessa perspectiva, destacamos a Internet como um veículo

que pode ser enquadrado no conceito de “tecnologia da inteligência” por

auxiliar na comunicação, na elaboração de nossos conhecimentos e na

estruturação de nosso pensamento (LÉVY, 1993), e também por

disponibilizar ao usuário uma quantidade infinita de informações,

oferecendo a liberdade de selecioná-la e usá-la, permitindo a geração

de novas possibilidades cognitivas.

Definimos a Internet como um conjunto de redes de

computadores interligadas que tem em comum um conjunto de

protocolos e serviços, de uma forma que os usuários conectados

possam usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance

Page 33: Do livro impresso ao e book

33

mundial. Assim, a compreendemos como um sistema de informação

que nos possibilita acesso imediato a uma vasta quantidade de

informações culturais, artísticas, científicas, em tempo real e de forma

direta, sem intermediários. É um meio de disseminação de informações

que abrange todo o planeta, muito embora não atinja todas as pessoas,

devido a diversos fatores sócio-econômicos-culturais.

Ao considerarmos a Internet enquanto sistema de informação

eletrônico estamos definindo sistema de informação como

“o espaço no qual se desenvolvem ações informacionais [...] mediados

por canais informacionais [...] e pela interação entre sujeitos,

articulando atitudes participativas, democráticas e criativas” (SILVA,

2003, p.19). Dito em outras palavras,

por sistema de informação compreendemos um conjunto de unidades, formal ou informal, que objetivam um fim comum, trabalhando a informação (geração, produção, recepção, transmissão) para seu uso e disseminação (SILVA, 2003, p.22).

Nesse sistema de informação, a Internet como suporte de

informação é uma ferramenta poderosa, que torna mais rápida e eficaz

a comunicação entre as pessoas, favorecendo uma maior disseminação

da informação e, portanto, geração de conhecimento. A mesma vem

proporcionar facilidades que extrapolam o conceito tradicional de

informação (o impresso), disponibilizando novos suportes

informacionais (o eletrônico).

Page 34: Do livro impresso ao e book

34

Por outro lado, devido à imensa quantidade de informações

disponíveis na Internet, muitas vezes ficamos perdidos sem saber onde

localizar determinada informação. Para facilitar essa busca, existem

sites especializados, em que o usuário digita a palavra ou conjunto de

palavras que está procurando e o mesmo recupera as páginas que

contemplem as palavras informadas. No entanto, ainda assim, ficamos

imersos em uma diversidade de sites e de informações. Acerca dessa

nova realidade, Milanesi (2002, p. 51) afirma que

não é mais o indivíduo que persegue a informação, mas as informações que soterram o indivíduo quando ele ousa acionar uma ferramenta de busca na internet.

A nosso ver, mesmo com a desordem da Internet, não

podemos negar que os sites de pesquisa têm despontado como um dos

principais serviços disponibilizados pela Internet, por favorecer o acesso

à informação e a disseminação do conhecimento.

Como podemos observar, a inserção das NTCI’s vem alterando

o processamento da informação, no que diz respeito ao seu

armazenamento, seleção, recuperação e disseminação. Tudo isso, vem

causando uma grande revolução pois, estas transformações criam

novas necessidades e alteram velhos e sólidos paradigmas. Dentre

essas mudanças, destacamos o surgimento de um novo sistema de

informação, que no contexto da Biblioteconomia desponta como uma

nova realidade de disseminação, acesso e uso da informação em rede.

Estamos nos referindo as bibliotecas virtuais, eletrônicas e digitais, que

Page 35: Do livro impresso ao e book

35

reúnem suportes não-convencionais e facilitam a disseminação da

informação em tempo real, de forma que uma mesma informação pode

ser acessada por vários usuários ao mesmo tempo. Diante desse

paradigma, observamos que

a convergência dos avanços na computação e nas tecnologias de comunicação tem tido um impacto significativo na maneira como os sistemas de informação estão sendo criados, administrados e utilizados. As bibliotecas, especificamente, estão incorporando novas políticas de desenvolvimento de suas coleções e disponibilizando novos produtos e serviços de informação na Internet (FERREIRA,2003, p.1).

Nessa perspectiva, as bibliotecas não tradicionais consistem

numa adaptação das bibliotecas atuais com a aplicação das novas

tecnologias de mercado, a fim de construir uma biblioteca atuante, em

que as informações impressas e digitais convivam juntas para um maior

fortalecimento dos acervos de modo que sejam disponibilizadas para

todos, formando a biblioteca do futuro, que segundo Cunha (1994, p.

187),

[...] é sem paredes, por possibilitar o acesso à distância a seus catálogos, sem a necessidade de se estar fisicamente nela. É eletrônica, pois seu acervo, catálogos e serviços são desenvolvidos com suporte eletrônico. E é virtual, porque é potencialmente capaz de materializar-se via ferramentas que a moderna tecnologia da informação e de redes coloca à disposição de seus organizadores e usuários.

Esses novos sistemas de informação eletrônica são

classificados, geralmente em 04 (quatro) categorias: biblioteca

eletrônica, digital, virtual e híbrida, vejamos cada uma delas.

Page 36: Do livro impresso ao e book

36

A primeira chama-se Biblioteca Eletrônica - BE, que

apresenta um sistema cujo processo básico da biblioteca é a eletrônica,

ou seja, ampla utilização de máquinas, principalmente,

microcomputadores, facilitando como cita Marchiori (1997, p. 123), "na

construção de índices on-line, na busca de textos completos e na

recuperação e armazenagem de registros”. A biblioteca eletrônica se

direcionará para ampliar o uso de computadores na armazenagem,

recuperação e disponibilidade da informação, podendo envolver-se em

projetos para a digitalização de livros. A construção dessas bibliotecas

foi acontecendo aos poucos, à medida que a evolução da tecnologia

disponibilizava novas ferramentas que podiam ser utilizadas para este

fim.

A segunda é a Biblioteca Digital - BD, que se diferencia das

demais por constituir-se de um acervo estritamente digital (discos

magnéticos e óticos). Dispõe de todos os recursos de uma biblioteca

eletrônica, oferecendo pesquisa e visualização dos documentos (texto

completo, vídeo etc.) tanto local como por meio de redes de

computadores.

De acordo com Ferreira (2003, p.2),

a maioria dos autores é unânime em afirmar que o que define uma biblioteca como sendo digital é o fato de consistir em várias bibliotecas e não em uma universal e suas tarefas básicas serem as responsáveis por seu caráter transformador.

Page 37: Do livro impresso ao e book

37

Para Steele (1993, tradução nossa), a biblioteca digital é

claramente o paradigma da "sociedade da informação" e uma resposta

das bibliotecas ao fenômeno da explosão informacional.

Segundo Marchiori (1997, p. 123), a biblioteca digital

difere-se das demais porque a informação que ela contém existe apenas na forma digital, podendo residir em meios diferentes de armazenagem, como as memórias eletrônicas. Desta forma, a biblioteca digital não contém livros na forma convencional e a informação pode ser acessada, em locais específicos e remotamente, por meio de redes de computadores. A grande vantagem da informação digitalizada é que ela pode ser compartilhada instantaneamente e facilmente, com um custo relativamente baixo.

A terceira categoria é a Biblioteca Virtual – BV, também

chamada de biblioteca de realidade virtual ou “ciberteca”. Ela é

conceituada como um tipo de biblioteca que, para existir, depende da

tecnologia da realidade virtual, que criaria o ambiente de uma biblioteca

com salas, estantes etc (MARCHIORI, 1997).

A BV é a soma total de informações acessíveis disponíveis em

qualquer lugar e, portanto, podendo ser implantada também em

qualquer lugar - na biblioteca, nos centros de informação, nos centros

de documentação, no trabalho e em casa. Na verdade, o ponto chave

não é a tecnologia, mas o acesso à informação e o atendimento às

necessidades do usuário.

A quarta categoria de sistema de informação é a Biblioteca

Híbrida – BH, que caracteriza-se por agregar diferentes tecnologias,

Page 38: Do livro impresso ao e book

38

apresentando coleções impressas, digitais e acessos via rede eletrônica,

refletindo o estado atual das bibliotecas, que hoje não é completamente

digital, nem completamente impressa. Dessa forma, utiliza tecnologias

disponíveis para unir, em uma só biblioteca, o melhor dos dois mundos

(o impresso e o digital). O conceito de biblioteca híbrida tem sido

considerado o mais adequado para retratar a fase de transição pelas

quais as bibliotecas convencionais vêm passando (GARCEZ; RADOS,

2002).

Ao buscarmos compreender esses novos sistemas de

informação eletrônica, observamos que o ritmo acelerado da produção

do conhecimento e as transformações da sociedade exigiram que as

bibliotecas implantassem infra-estrutura compatível com a demanda

crescente, incorporando novos processos que proporcionassem o acesso

mais rápido à informação. Houve assim, uma redefinição das formas de

gerenciamento dos recursos materiais/humanos e também das

atividades a serem desempenhadas. Nesse contexto, a Biblioteca

Eletrônica, foco da nossa pesquisa, tem se destacado das demais por

apresentar características inerentes as virtuais e digitais.

Para Marchiori (1997, p. 123), biblioteca eletrônica

é o termo que se refere ao sistema no qual os processos básicos da biblioteca são de natureza eletrônica, o que implica ampla utilização de computadores e de suas facilidades na construção de índices on-line, na busca de textos completos e na recuperação e armazenagem de registros.

Page 39: Do livro impresso ao e book

39

Machado et.al. (1999, p. 217), afirma que “biblioteca

eletrônica é aquela que está totalmente automatizada, disponibilizando

os seus serviços aos usuários de forma on-line”. Complementando,

Cunha (1994, p. 187), refere-se à biblioteca eletrônica como “aquela

que o seu acervo, catálogo e serviços são desenvolvidos em suporte

eletrônico”.

Analisando os diversos termos que nomeiam a biblioteca

eletrônica, Cunha (1999, p.258) enfatiza que

a biblioteca digital é também conhecida como biblioteca eletrônica (termo preferido dos britânicos), biblioteca virtual (quando utiliza os recursos da realidade virtual), biblioteca sem paredes e biblioteca conectada a uma rede.

Analisando os conceitos de Cunha (1994, 1999), Machado et al

(1999) e Marchiori (1997), convencionamos usar o termo “biblioteca

eletrônica” por acreditarmos que reúne características das demais

denominações, definindo-o como o novo conceito para a armazenagem

e disseminação da informação, que utiliza a forma eletrônica,

independente de sua localização física, geográfica ou temporal. Nessa

perspectiva conceitual, o processo de organização da informação na

biblioteca eletrônica se dá sob a forma digital, podendo ou não

transferir para uma cópia em papel. Nessa biblioteca, o documento é

uma fonte digitalizadora e o papel é um estado transitório (CUNHA,

1999).

Page 40: Do livro impresso ao e book

40

A partir desses conceitos, podemos observar que os autores

concordam que a biblioteca eletrônica caracteriza-se pelo uso do

computador para acessá-la e na disponibilidade de seu acervo na forma

eletrônica, podendo co-existir também na forma impressa. Trata-se,

pois, de bibliotecas eletrônicas, apesar de serem rotuladas

normalmente de bibliotecas virtuais. Neste sentido, Macedo e Modesto

(1999) assinalam que, nas bibliotecas eletrônicas, informação impressa

e digital coexistem, sendo a mesma uma réplica eletrônica da biblioteca

tradicional. Complementamos ainda que a biblioteca eletrônica

proporciona ao usuário um acesso muito mais amplo e ágil às

informações mundialmente disponíveis.

A biblioteca eletrônica possui características especiais, que são

destacadas por Cunha (1999, p.258) em seu artigo “Desafios na

construção de uma biblioteca digital”, conforme podemos observar a

seguir:

a) acesso remoto pelo usuário, por meio de um computador conectado a uma rede; b) utilização simultânea do mesmo documento por duas ou mais pessoas; c) inclusão de produtos e serviços de uma biblioteca ou centro de informação; d) existência de coleções de documentos correntes onde se pode acessar não-somente a referência bibliográfica, mas também o seu texto completo. O percentual de documentos retrospectivos tenderá a aumentar à medida que novos textos forem sendo digitalizados pelos diversos projetos em andamento; e) provisão de acesso em linha a outras fontes externas de informação (bibliotecas, museus, bancos de dados, instituições públicas e privadas); f) utilização de maneira que a biblioteca local não necessite ser proprietária do documento solicitado pelo usuário; g) utilização de diversos suportes de registro da informação tais como texto, som, imagem e números;

Page 41: Do livro impresso ao e book

41

h) existência de unidade de gerenciamento do conhecimento, que inclui sistema inteligente ou especialista para ajudar na recuperação de informação mais relevante.

Para melhor compreensão sobre a biblioteca eletrônica e suas

características, apresentamos a seguir o QUADRO 1 com as

características da biblioteca virtual destacadas por Diniz, Targino e

Ramalho (2003) que, do nosso ponto de vista, aplicam-se à biblioteca

eletrônica.

• Acesso somente através de redes eletrônicas de informação; • Acesso a todo tipo de informação; • Conjunção harmônica entre impressos e eletrônicos – possibilidade de conversão

de eletrônico para o impresso; • Ênfase na liberdade intelectual – todos tem direito de publicar suas idéias; • Manutenção de catálogos eletrônicos on-line; • Possibilidade de maior fluxo de comunicação entre bibliotecários e entre as

demais categorias profissionais; • Possibilidade ilimitada de navegação via links por diferentes bibliotecas,

instituições, textos, etc; • Disseminação mais abrangente de informações; • Utilização simultânea da mesma informação por múltiplos usuários; • Aproveitamento de todas as potencialidades do espaço virtual; • Uso de ferramentas que agilizam a recuperação de informações; • Inexistência de intermediação no processo de acesso à informação; • Acesso Global; • Maximização dos processos de produção e atualização dos estoques de

informação; • Aperfeiçoamento no planejamento e gerenciamento dos recursos informacionais.

QUADRO 1- Principais Características da Biblioteca Virtual Fonte: Diniz citado por Diniz, Targino, Ramalho (2003, p. 11)

O QUADRO 1 demonstra de forma clara a utilização de

artefatos eletrônicos na armazenagem, recuperação e disponibilização

da informação, acentuando a idéia de uma biblioteca eletrônica.

Todas essas mudanças ocorridas no sistema de informação, ou

seja, nas bibliotecas, são decorrentes da inclusão das NTIC’s, onde

Page 42: Do livro impresso ao e book

42

vemos as tradicionais unidades de informação passarem por uma nova

configuração, resultando em um novo modo de tratamento e

armazenamento da informação. O QUADRO 2 demonstra de forma

sucinta essas mudanças, visualizadas acentuadamente nas principais

atividades de uma biblioteca.

Atividades Biblioteca Tradicional Biblioteca Eletrônica • Administração de coleções

- seleção do material para adicionar na biblioteca - arquivamento - manutenção do acervo - encadernação e preservação

- seleção do material apropriado para a conversão eletrônica e para adição na biblioteca - controle da versão das bases de dados - manutenção do sistema

• Aquisição - solicitação do material - acompanhamento da distribuição - aprovação dos pagamentos

- solicitação eletrônica do material - conversão do material existente para a forma eletrônica - administração do copyright - transferência eletrônica de fundos

• Catalogação - indexação manual - indexação automática

• Empréstimo - reserva - circulação - cobrança - SDI

- provisão temporária de cópias (expiração eletrônica) - fornecimento de cópias gratuitas - distribuição automática - troca de material entre bibliotecas conectadas - interface para os serviços tradicionais de bibliotecas

• Serviços aos usuários - assistência para localização e recuperação do material - perfil do usuário - cursos para instrução do uso da biblioteca

- metabiblioteca (diretório de recursos) - ajuda on-line - perfis de usuários on-line

QUADRO 2 - Características da biblioteca tradicional e da biblioteca eletrônica Fonte: Landoni; Catenazzi (1993) citado por Rosetto (1997, p. 57)

Page 43: Do livro impresso ao e book

43

Analisando o quadro acima, visualizamos que as novas

tecnologias foram, paulatinamente, incorporadas às atividades da

biblioteca, provocando mudanças internas e na maneira de prover

produtos e serviços aos usuários. Nos últimos anos, a mudança

tecnológica tem sido cada vez maior num espaço temporal cada vez

menor, fazendo com que a realidade das bibliotecas brasileiras

necessitem de uma interação entre o tradicional, o digital, o virtual e o

eletrônico. Assim, as mesmas ficarão fortalecidas nesse novo contexto

da Sociedade da Informação e do Conhecimento, dispondo informações

em todos os campos, em suportes tradicionais e virtuais, onde quer que

ela esteja, para todas as pessoas, em qualquer local e a qualquer

tempo. A esse respeito, segundo Milanesi (2002, p. 51),

com a Internet, muitas barreiras que se antepunham ao conhecimento ruíram – ainda que se levantassem outras. Ela possibilita, na prática, mesmo com obstáculos a serem superados, o acesso ao conhecimento de forma menos onerosa e mais ampla.

Nesse contexto, encontramos inseridas as bibliotecas virtuais,

eletrônicas, digitais e híbridas, com sua multiplicidade de acervos em

formatos distintos dos tradicionais, entre eles: o formato pdf e html,

cada vez mais dominado pelos usuários/internautas, o que nos faz

concordar com Mandel (2003, p.3) ao afirmar que “à medida que a

informação vai se tornando digital, o usuário vai também adquirindo

destreza no seu uso e preferência pelo meio”.

Page 44: Do livro impresso ao e book

44

3.1.4 A informação digital e o e-book

A Sociedade da Informação e o campo da Informática estão

em constante evolução, e é nesse contexto de transformações, da

chamada “era da informação automática” (SANTOS, 2003b), que surge

um novo paradigma quanto à forma de registrar e disseminar a

informação: o livro eletrônico (e-book), juntamente com a polêmica

sobre o fim do livro.

Entre a cultura do manuscrito e a do texto impresso, o livro

passou por diversas transformações, mas em toda sua história nada é

comparado a revolução dos e-books. O que o diferencia de um livro é

que, ao invés de ser impresso, ele é disponibilizado em formato digital,

vendido, baixado ou recebido via e-mail. Acreditamos que talvez não

haja nenhuma ruptura e que talvez tudo isto seja apenas a continuidade

natural que deveria existir na evolução entre o texto manuscrito,

impresso até o eletrônico. Porém, não podemos deixar de observar que

há algum tempo, o livro vinha sofrendo interferências no modo de ser e de se mostrar ao leitor. Muito de sua mudança física já vinha se configurando com o avanço das tecnologias de impressão e diagramação de páginas. Hoje, vemos o livro mudar de suporte ou mídia, e transformar-se em um novo corpo (SANTOS, 2003b, p. 2).

Passamos um século na era Gutenberg com o desenvolvimento

da imprensa e o uso do livro impresso. Hoje, as mudanças com a

influência da Internet, da World Wide Web – www e das tecnologias

existentes, permitem o estabelecimento de um novo padrão para a

Page 45: Do livro impresso ao e book

45

apresentação do livro. Chegamos aos e-books, que simplesmente estão

transformando o modo de ler os livros no mundo. É o texto eletrônico

dando forma nova às histórias, com imagens, sons e viagens paralelas,

fazendo surgir a multimídia, ou seja, uma junção de várias mídias. Isto,

segundo Santos (2003b), possibilitou um avanço extraordinário no

mundo da comunicação e do entretenimento.

O termo e-book (Electronic Book) está sendo utilizado para

nomear o livro em formato eletrônico, podendo ser baixado via Internet

(por meio de download) e para o aparelho que permite a sua leitura

fora do computador, possibilitando uma maneira mais simples de

compor e disponibilizar um livro para o leitor. Na tentativa de encontrar

uma definição para o e-book Landoni (1993 apud Rosetto, 1997)

apresenta, resumidamente, em forma de tabela, algumas análises

conceituais advindas de grupos de estudo sobre o livro eletrônico, como

podemos observar no QUADRO 3, a seguir:

Page 46: Do livro impresso ao e book

46

Tipos de projetos em andamento

Critérios usados na elaboração do livro eletrônico

1° Grupo de Estudos (Taxonomia de Baker & Collins)

. meio pelo qual é publicado

. funções de performance

. tipo de informação e serviços oferecidos

. livros de referência

. livros de textos

2° Grupo de Estudos (Projetos: Dynatext e Superbook)

. preservação da estrutura lógica (capítulos, seções, etc.) e física do livro . fornecimento de texto completo indexado, linkados e navegação por tabelas de conteúdo

3° Grupo de Estudos (Projetos: Benet & Duric; Burril & Ogden - "VORTEXT")

. utilização dos aspectos físicos e lógicos do livro

. apresentação de vários livros, como estivessem em estantes de biblioteca (biblioteca eletrônica) . exemplos oriundos dessas pesquisas são Grolier Encyclopedia, Compton's Multimedia Enc. etc.

4° Grupo de Estudos (Projetos: Landoni & Catenazzi)

. utilização dos aspectos citados no 3° Grupo

. propiciar a consulta ao livro, da mesma forma do impresso . desenvolver dois tipos de livros eletrônicos: . conversão de textos eletrônicos já existentes em livro eletrônico (Hyper-Book) . conversão de livros em papel para versão eletrônica (Visual-Book)

QUADRO 3 - Livro Eletrônico - grupos de estudos em andamento Fonte: Landoni; Catenazzi (1993) apud Rosetto (1997, p.56)

Refletindo acerca desses critérios que caracterizam o livro

eletrônico, o concebemos como um recurso informacional que usa

tecnologia moderna para registrar e permitir o acesso e o uso da

informação. Portanto, o caracterizamos como aquele que preserva a

estrutura lógica e física do livro, fornecendo um texto completo e

propiciando a sua consulta, havendo a possibilidade de conversão da

versão eletrônica em papel e vice-versa. Entendemos por e-book não só

os livros eletrônicos, que usam tecnologia de ponta e são lidos em

minicomputadores portáteis, mas também os arquivos de livros que

podem ser acessados pela Internet, disponíveis em sites de Bibliotecas

Page 47: Do livro impresso ao e book

47

Eletrônicas, livrarias e lojas virtuais. Assim e-books são “[...] arquivos

que chegam ao consumidor pela própria rede, por meio de download”

(UEHARO, 2001).

Os livros eletrônicos, embora fossem experimentados desde a

criação dos computadores, uma vez que alguns autores chegaram a

lançar disquetes-livros, utilizando como ferramenta de leitura o bloco de

notas, estes só tiveram seu “boom” a partir do ano de 2000, com o

lançamento de “Riding the Bullet” de Stephen King, considerado o

grande pioneiro do e-book e um dos autores mais conhecidos no mundo

da literatura de suspense.

A história de 66 páginas de King sobre um homem que pega

uma carona com um fantasma foi lançada exclusivamente pela Internet

e distribuída pelos sites “Amazon” (cobrava U$ 2,50) e “Barnes&Noble”

(enviava gratuitamente aos seus visitantes). O resultado foi um

congestionamento que tirou as páginas do ar. Estima-se que milhões de

leitores em todo o mundo tenham tido contato com a obra (OLIVEIRA,

2003).

No Brasil o fenômeno chegou ainda em 2000, ano que foi

lançado no site “Submarino” o livro “Miséria e grandeza do amor de

Benedita” de João Ubaldo Ribeiro, sendo vendido nas três primeiras

semanas quatro mil cópias. Outra experiência, no mesmo ano, foi de

Mário Prata, pago pelo portal “Terra” para escrever e publicar no site o

Page 48: Do livro impresso ao e book

48

livro “Anjos de Badaró”, cujos capítulos eram publicados na medida em

que eram escritos.

Ainda em 2000 começaram a surgir as principais editoras

virtuais (e-editora) da Net brasileira, interessadas em capitalizar o

crescente interesse pelos e-books. Sem grande capital para pagar

escritores famosos, esses sites investiram primeiramente em obras

clássicas, cujos direitos autorais já haviam expirado, passando a

investir em novos autores num segundo momento.

Com relação à sua estrutura, para melhor compreensão,

dividiremos o e-book em duas partes: o reader/leitor, aplicativo que

auxilia na leitura do livro na tela e o dispositivo de leitura, recipiente ou

suporte dos livros, vejamos:

a) Reader

O Reader, de acordo com Santos (2003c), é um software ou

aplicativo desenvolvido para auxiliar na leitura de livros nas telas de

computadores de mesa, computadores portáteis ou de bolso, ou de

dispositivos dedicados1. Precisa ser instalado no computador para que

a leitura do e-book seja possível logo após o seu download. Entre os

principais Readers estão: o Adobe Acrobat eBook Reader, o MS Reader,

o eRocket, o MobiPocket Reader, o PeanutPress Reader etc.

1 Aparelho semelhante a um livro.

Page 49: Do livro impresso ao e book

49

O aplicativo Reader traz todas as facilidades dos navegadores

da Internet e algumas ferramentas mais específicas para livros

eletrônicos. Estas são mecanismos que tornam a leitura mais eficiente e

prazerosa. Dentre as vantagens decorrentes do uso do reader, Santos

(2003d) destaca:

• Possibilidade de criação de biblioteca pessoal;

• Acesso às livrarias e bibliotecas virtuais, com a

possibilidade de aquisição de obras gratuitas;

• Marcadores de página e busca rápida dessas marcações;

• Compatibilidade com níveis de segurança [encripturação]

exigido pelos detentores de conteúdo;

• Busca por palavras e frases nos textos;

• Alteração de fonte, para melhor leitura;

• Ferramenta para sublinhar trechos;

• Dicionário relacionado;

• Adicionadores de notas.

De acordo com Santos (2003d), os melhores readers, são

aqueles que permitem a leitura de arquivos de livros eletrônicos

baseados em formatos padrões compatíveis como HTML ou XML, ou

seja, em formatos baseados em especificações abertas. A esse fator,

acrescentamos que para o reader ser considerado bom é preciso que

ele seja passível de instalação nos aparelhos mais utilizados pelo

usuário, como: desktop, notebook, laptop, pocket pc's e palm.

Page 50: Do livro impresso ao e book

50

Pelos motivos supracitados, optamos por delimitar nosso

estudo acerca dos e-books com o formato HTML e XML, dentre os quais

destacamos três aplicativos para leitura: o Adobe Acrobat eBook

Reader, o MS Reader e o eRocket. Os mesmos foram instalados em

nosso computador para melhor conhecimento. Assim, mais adiante,

quando destacamos alguns e-books localizados na WWW, apresentamos

aqueles que possam ser lidos nesses softwares.

Para melhor compreensão do Adobe Acrobat eBook Reader, do

MS Reader e do eRocket, vejamos o que significa e o que possibilita

cada um deles:

Adobe Acrobat eBook Reader

O Adobe Acrobat eBook Reader é um aplicativo desenvolvido

pela empresa americana Adobe Systems, utilizado para leitura de

arquivos digitais no formato PDF (Portable Document Format,

traduzindo, "arquivo em formato portátil"). Tecnicamente, PDF é uma

tecnologia universal, e portanto independente de plataforma. Trata-se

de um formato baseado em arquivos de linguagem postscript.

Os livros eletrônicos no formato PDF são muito semelhantes ou

muito próximos a um livro de papel em termos de diagramação. Esse

software é disponibilizado gratuitamente na Web e permite a leitura de

arquivos de livros eletrônicos nos formatos: HTML e derivados e PDF.

Page 51: Do livro impresso ao e book

51

Segundo Santos (2003c), trata-se do melhor leitor de livro

eletrônico disponível, e o que tem a apresentação e os recursos mais

recomendáveis para a leitura, tais como: marcador de texto, sistema de

notas, impressão do arquivo, marcador de páginas, lupa, que permite

aproximar a tela e visualização de páginas duplas. Além de ser um dos

poucos que permite, de forma segura, o sistema de criptografia e a

leitura de qualquer documento em PDF estando encriptados ou não.

Além disso, apresenta um sistema de livraria pessoal que permite

guardar e organizar e-books numa biblioteca virtual.

O Acrobat eBook Reader "roda" nos seguintes hardwares e

sistemas: Palm OS, Windows CE, Pocket PC, Desktop [PC, MAC, Linux]

etc. Vejamos a seguir uma ilustração desse software:

FIGURA 1 - Biblioteca Digital Pessoal no Acrobat eBook Reader Fonte: Santos (2003c)

Page 52: Do livro impresso ao e book

52

MS Reader

O MS Reader foi desenvolvido pela empresa americana

Microsoft Corp. Esse software é disponibilizado gratuitamente na Web e

permite a leitura de arquivos de livros eletrônicos no formato *.LIT2,

baseado em HTML, XHTML, XML e OPF. Traz junto do software um

programa que pretende fazer com que a leitura de fontes na tela, seja

ela qual for, se torne mais prazerosa. Trata-se de uma tecnologia

chamada ClearTypeTM que tenta fazer com que os olhos do leitor não se

cansem após horas de leitura.

O MS Reader "roda" nos seguintes hardwares e sistemas:

MyFriend3, Windows CE, Pocket PC, Desktop (Windows 95, 98, 2000,

XP, Me). Vejamos abaixo uma ilustração desse software:

Figura 2 - Biblioteca Digital Pessoal no MS Reader

Fonte: Santos (2003c)

2 LIT é a contração de literatura. 3 Dispositivo portátil fabricado na Itália.

Page 53: Do livro impresso ao e book

53

eRocket

O eRocket é um programa, desenvolvido pela empresa norte-

americana Nuvomedia, disponibilizado gratuitamente na Web para

download. Esse software simula o Rocket eBook (dispositivo dedicado a

leitura) na tela do computador, proporcionado a leitura de livros em

formato digital e permitindo a exibição de arquivos de livros eletrônicos

no formato RB (Rocket eBook). O eRocket “roda” nos seguintes

hardwares e sistemas: PC IBM-compatível, 486 ou mais alto, com o

Windows 95, 98 ou NT 4.0 e no Macintosh (Powerpc 601 ou mais alto),

com o Mac OS 8.5 ou mais alto (EBOOKSBRASIL, 2003).

Quando o eRocket é instalado, a sua tela apresenta 4 (quatro)

ícones que são ativados ao clique do mouse. O Rocket eBook real possui

uma tela sensível, onde os ícones são ativados ao serem tocados. Os

ícones e suas funcionalidades são as seguintes:

· Ícone Bookshelf (estante) - acessa uma lista de

características que se aplicam ao conteúdo existente no e-book e seus

ajustes.

· Ícone Book (livro) - apresenta tarefas que podem ser

realizadas enquanto lê-se um e-book específico, tais como, fazer

Page 54: Do livro impresso ao e book

54

anotações, colocar marcadores, sublinhar o texto que está sendo lido,

procurar um texto específico ou consultar palavras no dicionário.

· Ícone de Orientação da Página (Girar) - permite que seja

mudada a orientação da página do ponto de vista da área de leitura,

usando quatro setas direcionais.

· Ícone de Atalho (Rocket) - estabelece um atalho para uma

das opções disponíveis nos menus Bookshelf ou Book, ou para Voltar

Página (página anterior) ou Seguir Página (página seguinte).

Vejamos uma ilustração desse software:

Figura 3 - eRocket Fonte: EbooksBrasil (2003)

b) Dispositivo de leitura

Quanto ao dispositivo de leitura, os readers poderão ser

instalados a escolha do leitor nos computadores de mesa (desktop),

Page 55: Do livro impresso ao e book

55

computadores portáteis (laptops, notebooks) e também nos

computadores de bolso (Pocket PCs, HandHelds ou Palm Tops).

Os livros eletrônicos poderão ser lidos também em

equipamentos desenvolvidos especialmente para leitura. São os

conhecidos Reading Devices ou eBooks Devices, aparelhos portáteis do

tamanho e peso de um livro normal de papel. Os Readers já vem

instalados de fábrica nestes aparelhos. Abaixo listamos os mais

significativos dispositivos portáteis.

Rocket eBook Pro

Dispositivo pioneiro desenvolvido pela Nuvomedia. Compatível com PCs e MACs. Características: base giratória (orientação), dicionário relacionado, notas de margens, bateria duradoura (de 20 a 40 horas), busca por palavras e frases nos textos, alteração de fonte para melhor leitura e grande capacidade de armazenamento.

SoftBook Reader

Desenvolvido pela SoftBook Press. Características: display LCD color, modem embutido (33.6kbps), 8 MB de memória, capacidade para 50.000 páginas, bateria de 5 horas, compatível com EeB e HTML.

REB 1100

Sucessor do Rocket eBook. Novo design pela empresa RCA. Características: Modem embutido (33.6Kbps), display (LCD) monocromático, dimensões 5”x7”x1.5”, resolução 320x480 pixel, 8.000 páginas, USB, habilitado para reproduzir MP3, bateria carregável e duração de 30 horas em média.

QUADRO 4 - Dispositivos portáteis mais significativos (Continua)

Page 56: Do livro impresso ao e book

56

Myfriend

E-book italiano. Desenhado pela IPM-NET. Características: Especial com MS Reader, alta resolução, conexão com a Internet, resolução 640x960, touch Screen Color.

REB 1200

Sucessor do SoftBook. Novo design pela empresa RCA. Características: Display de alta-resolução 480x640 pixel, dimensões 7”x9”x1.2”, modem embutido (56Kbps), bateria carregável, duração de 8 horas em média.

CyBOOK

EBook francês, desenhado pela empresa Cytale. Características: permite acesso à internet, Touch Screen Color, display 600x800 pixel (LCD), 16 MB de RAM, 30 livros médios (500 páginas), roda em Windows CE.

QUADRO 4 - Dispositivos portáteis mais significativos (Conclusão) Fonte: Santos (2003e).

Estes dispositivos portáteis são máquinas leves, com

dimensões de um livro comum, que podem ser transportados para

qualquer lugar. Há modelos que permitem ainda, que o leitor faça

"anotações" com o dedo ou com uma caneta especial, como se fosse

num livro de papel. A tela de cristal líquido (Liquid Crystal Display –

LCD) é retro - iluminada, o que assegura um bom contraste entre o

texto e o fundo da tela, ou seja, uma tentativa de proporcionar conforto

ao leitor. Isso permite que possa ser lido no escuro. É possível ainda

melhorar a visão, mudando a orientação do texto e o tamanho das

letras, avançar ou regredir no texto e fazer uma busca no texto

integral, para saber em que parte está uma determinada palavra ou

Page 57: Do livro impresso ao e book

57

frase. A idéia é realmente a de imitar o livro e dar algum conforto a

mais ao leitor. Mas o aparelho leitor de livros eletrônicos deixa um

pouco a desejar; é inegável que o livro têm uma certa magia.

Além das características imprescindíveis dos Readers, os eBook

Devices trazem outras características:

• Capacidade de grande armazenamento;

• Tela de LCD touchscreeen (sensível a toque);

• Luminosidade ajustável;

• Baterias duradouras;

• Base giratória;

• Peso mínimo para garantir portabilidade;

• Possibilidade de expansão da memória.

Diante dessas mudanças não podemos deixar de observar que

a revolução dos livros eletrônicos será também a revolução da leitura,

haja visto que, ler sobre uma tela não é ler um códex. Essa nova forma

de suporte permite novas possibilidades de compreensão. Segundo

Chartier (1994, p. 100), “a representação eletrônica dos textos modifica

totalmente a sua condição: ela substitui a materialidade do livro pela

imaterialidade de textos sem lugar específico”.

Os livros virtuais certamente não alcançaram o seu ponto mais

importante de desenvolvimento. Da mesma forma que o livro passou

por várias alterações (códice, papiro, pergaminho) até chegar à sua

Page 58: Do livro impresso ao e book

58

forma atual, os e-books parecem estar em evolução. Várias inovações

tecnológicas, como a popularização de aparelhos portáteis e a

fabricação de telas que tornam menos cansativa a leitura podem ajudar

nesse processo.

É difícil prever exatamente o que resultará dessa (r)evolução,

mas certamente os e-books terão lugar garantido na história; e isso não

na qualidade de substituto dos livros convencionais. Ao conhecer esses

softwares, independente das peculiaridades de cada um, o

usuário/leitor, ao utilizá-los, vai perceber que são tecnologias diferentes

e com propósitos distintos, sendo que ele é quem pode decidir qual

deverá ser o formato de livro que deverá predominar (SANTOS, 2003f).

3.2 BIBLIOTECA ELETRÔNICA E BIBLIOTECÁRIO: NOVAS

NECESSIDADES E PAPÉIS NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

A definição da função do bibliotecário sempre esteve vinculada

a biblioteca em sua forma ‘‘física’’. Tinham sua imagem associada aos

edifícios de bibliotecas, servindo a sociedade apenas para adquirir,

organizar, e preservar coleções. Atuavam como “guardiões de papéis”

ou ainda “guardiões da memória documental”, sem perspectivas

profissionais e sem reconhecimento pela sociedade. Com a explosão

informacional na década de 80, juntamente com o advento da Internet,

na década de 90, esse profissional começou a se preocupar com o

futuro de sua profissão. No tocante a necessidade de acompanhar o

Page 59: Do livro impresso ao e book

59

crescimento informacional, assim como atender satisfatoriamente aos

usuários, as NTIC’s surgiram como um grande auxílio nas atividades

bibliotecárias, favorecendo mudanças na função e no perfil desse

profissional na Sociedade da Informação.

As transformações decorrentes da inserção das NTIC’s têm

favorecido ao bibliotecário, fornecendo condições para o aprimoramento

dos seus conhecimentos com rapidez e eficácia, ao mesmo tempo em

que os auxilia na execução de suas atividades profissionais. Agora o seu

trabalho não é mais restrito aos limites físicos de uma biblioteca ou de

uma coleção, pois o uso difundido da tecnologia a serviço da informação

tem ultrapassado as barreiras físicas e institucionais.

As novas tecnologias têm permitido a valorização do

profissional bibliotecário, no entanto, tem exigido do mesmo um perfil

que atenda as necessidades advindas da Sociedade da Informação.

Assim, ele precisa empenhar-se em agregar valor à informação e não

apenas em organizar para preservar, mas organizar para facilitar seu

acesso e uso, disseminando-a. Nesse sentido, o papel do bibliotecário

da SI será o de gateway (guia) ou gatekkeper (orientador) do usuário,

uma vez que será o interprete dos meios e das formas de acesso à

informação e aos portais do conhecimento, organizando, refinando,

pesquisando a informação desejada através dos novos recursos

tecnológicos tornando-se o elo entre informação-usuário-tecnologia.

Além disso, ressaltamos que

Page 60: Do livro impresso ao e book

60

os bibliotecários, profissionais que privilegiam a informação no seu fazer cotidiano, têm um papel importante a cumprir na sociedade do conhecimento. Incutir a consciência da importância deste papel juntamente com princípios como ética, solidariedade humana, capacidade crítica e de questionamento pode fazer o diferencial necessário na construção de uma sociedade mais justa e equilibrada (SILVA; CUNHA, 2002, p. 81).

Na Sociedade da Informação, as bibliotecas como instituições

sociais, assim como os bibliotecários em seu papel social, devem atuar

como agentes democratizadores do uso da Internet e de seus recursos,

com criatividade e qualidade, potencializando e multiplicando o acesso a

informação com precisão e eqüidade, evitando o crescimento da

exclusão digital e facilitando o uso da informação a um número maior

de pessoas. Esse profissional criativo, segundo Amaral (1995, p.225),

[...] conseguirá adaptar-se às novas demandas informacionais dos usuários e do mercado de trabalho, pois, no futuro, o único elemento não disponível por meio de computadores, por mais inteligente que esses venham a ser, será a criatividade, essencial para a sobrevivência do profissional da informação.

Nesse sentido, acreditamos que a criatividade, o interesse e a

participação nas mudanças políticas e sociais levarão o bibliotecário a

despertar o seu usuário para a importância, o acesso e o uso da

informação no contexto da Sociedade da Informação – atual e futura –

através de recursos tecnológicos cada vez mais modernos e

complementares ao desenvolvimento das atividades bibliotecárias.

Diante dessas considerações, destacamos que as NTIC’s e a

atuação do bibliotecário na Web têm permitido o rompimento de

barreiras geográficas e a livre circulação da informação e do

Page 61: Do livro impresso ao e book

61

conhecimento. Por outro lado, por ser o Brasil um país subdesenvolvido

onde as questões básicas como alimentação, saúde, moradia e

educação ainda não foram sanadas, estamos distantes de incluir todos

nesse mundo tecnológico e informacional uma vez que, grande parte da

população não conhece ou não sabe manusear as ferramentas

tecnológicas. Assim sendo, verificamos que mesmo num cenário de

avanços e mudanças através dos meios eletrônicos, da Internet e de

outros suportes, a presença do bibliotecário e dos sistemas de

informação (biblioteca) serão fundamentais para a democratização da

informação, facilitando seu acesso, uso e geração de novas

informações.

Todavia as mudanças que caracterizam a pós-modernidade

exigirão um profissional com novas habilidades e novo perfil,

considerando as seguintes características:

a) dedicar-se menos aos processos técnicos e mais ao usuário; b) adotar estratégias de marketing no seu trabalho; c) desenvolver ‘visão econômica’; d) trabalhar com grupos interdisciplinares; e) saber manipular as novas tecnologias;

f) atuar na gerência da informação. Além disso, a intuição, a criatividade e a flexibilidade, seriam qualidades essenciais (DIAS, 1995, p.199).

3.3 INFORMAÇÃO IMPRESSA X INFORMAÇÃO DIGITAL: REALIDADES

ANTAGÔNICAS OU SINCRÔNICAS?

A informação impressa, com destaque para o livro é um dos

maiores bens que a humanidade já conquistou. Por meio dela as

Page 62: Do livro impresso ao e book

62

pessoas absorvem conhecimento e com isso podem transformar suas

vidas, caracterizando-a num papel social de extrema relevância. O

livro, por sua vez, acompanha o homem tanto como objeto de uma

leitura coletiva, ritualizada nas sociedades patriarcais, quanto como

participante da intimidade de um leitor em diálogo silencioso com as

próprias inquietações. No entanto, vivemos atualmente na era da

informatização, onde quase todas as funções e atividades humanas

acabam sendo incorporadas ao computador. Sendo assim, é provável

que a informação impressa, assim como o livro tenham de se adaptar a

esse contexto e satisfazerem suas decorrentes necessidades. A princípio

parece assustadora, e até mesmo absurda, a idéia de que o livro, tal

qual o conhecemos, seja extinto, principalmente porque ele ainda faz

parte da nossa cultura, do nosso cotidiano, sendo impensável a sua

total substituição pela informação digital e, portanto, pelo livro digital.

A questão polêmica causada pela possibilidade do fim do livro

pode bem ser o resultado de uma percepção equivocada do significado

histórico do livro enquanto tecnologia adaptável e resistente a

mudanças, inclusive às gigantescas mudanças motivadas pela presença

do computador. A possibilidade do fim do livro é traumática porque ele

não pode jamais ser visto apenas como material inerte ou simples

objeto de consumo. É antes um objeto simbólico e uma instituição ao

qual a cultura pós-Gutenberg confiou a tarefa de armazenar e fazer

circular praticamente todo o conhecimento considerado relevante.

Page 63: Do livro impresso ao e book

63

O sociólogo canadense Marshall McLuhan (1977) profetizou

que a era do livro havia terminado. No entanto, para anunciar ao

mundo que o livro tinha chegado ao fim, ele escreveu “A Galáxia de

Gutenberg”, cuja primeira edição foi publicada em 1962, revelando seu

encantamento com a nova era, a da comunicação audiovisual. Estranho

é o fato de que, o autor precisou de um livro para defender o fim do

mesmo. Dessa forma, acreditamos que isso já seria o suficiente para

negar sua tese. Ao contrário do que ele previa, as novas tecnologias

audiovisuais vêm proporcionando um renascimento permanente do livro

e inegáveis reforços à palavra escrita. A Internet é hoje um grande

exemplo de novos caminhos abertos na Galáxia Gutenberg. O leitor já

não depende exclusivamente das livrarias, pois a Internet abriu-lhe

novo caminho: a conexão com editoras e livrarias e o compartilhamento

através das bibliotecas eletrônicas, desempenhando o papel de

democratizadores da informação.

A Internet também tem contribuído na educação escolar, pois

o acesso à rede proporciona a professores, alunos e comunidade o

acesso e a partilha de jornais, revistas e visitas a livrarias. Tal

modernidade é de importância decisiva na democratização do saber.

Portanto, o mundo eletrônico da Internet não substitui a biblioteca, não

dispensa o livro, antes estimula a busca por informação, livros e

leituras.

Page 64: Do livro impresso ao e book

64

Em resumo, McLuhan (1977) tinha razão, mas por outros

caminhos. Ao pregar o fim do livro, ele nos abriu os olhos para seu

renascimento. Um fato que merece destaque, é que a Internet está

servindo para vender cada vez mais livros em papel. As livrarias on-line

já são um enorme sucesso. Há claros sinais de que o audiovisual, na

rede e fora dela, vem dando novos impulsos ao livro, à palavra escrita.

Acreditamos que o século XXI verá a convivência entre três formas de

textos: o manuscrito, o impresso e o eletrônico.

A relação homem e livro, por tão antiga, tão tradicional, não

será modificada pela concorrência das novas tecnologias. A televisão

não substituiu o rádio, o vídeo cassete não substituiu o cinema. Nesta

perspectiva, o livro jamais vai ser substituído, principalmente pela sua

praticidade. O livro e a mídia impressa são e ainda continuarão sendo

importantes, mesmo tendo que se renovar e adaptar para enfrentar os

desafios impostos pelas NTI, na busca de um novo equilíbrio no sistema

cultural contemporâneo. Segundo Ventura (2003, p. 1)

somente o suporte mudará, permanecendo o conteúdo. Considerando o livro como um veículo, podemos dizer que ele deixará de viajar por terra e seguirá sua viagem pelo ar.

Na verdade, a impressão nunca teve um adversário de fato.

Desde sua invenção e ao longo da Renascença e da Reforma, da era

industrial e da informação, difundida por canais alternativos tais como o

rádio, o cinema, a televisão, e até mesmo as redes de computadores, a

comunicação por meio do papel tem sempre dominado nossa sociedade

Page 65: Do livro impresso ao e book

65

e nossa cultura. Sabemos que a humanidade tem avançado muito na

tecnologia, mas que nenhuma invenção de forma alguma anulou a

outra (ROMANO, 2003).

Vergueiro (1997, p. 96), salienta ainda “que as tecnologias

computacionais, ao invés de prejudicar a produção de livros, tornou-se

pelo contrário, mais eficiente”. Assim sendo, podemos constatar que a

convivência com o impresso e o virtual/digital, é perfeitamente

coerente, visto que existem preferências às duas formas de acesso, sem

contar que

grande parte da informação que as pessoas buscam nas bibliotecas, [...] ainda não está disponível por via eletrônica ou talvez jamais venha a ser considerada como prioritária para realização dessa transferência. Por exemplo, informação histórica, [...] de interesse local, ainda está disponível, em sua maioria, apenas em formato impresso. (VERGUEIRO, 1997, p. 97).

Partindo dos pressupostos acima, consideramos que o advento

da Internet fez surgir novas, avançadas e cômodas formas de

tecnologia, entre as quais um avanço que tem merecido destaque no

mundo literário é, sem dúvida, à criação dos livros eletrônicos ou como

são mais popularmente conhecidos, e-books.

Há diversas opiniões a respeito dos e-books e se estes

poderiam ser os responsáveis pela morte do livro impresso. Muitos

dizem que está próximo o dia em que não iremos mais a livrarias, e

sim, buscaremos nossas leituras através de distribuidores eletrônicos.

Em contrapartida, os defensores do livro impresso afirmam que está

Page 66: Do livro impresso ao e book

66

longe de ocorrer uma crise no ramo, afirmando que a comercialização

dos livros está em constante crescimento e expansão.

Há ainda uma terceira corrente que sustenta a idéia de que os

e-books vieram para completar - e não aniquilar - o livro tradicional.

Esta, segue o pensamento de que, assim como foi afirmado que o

surgimento da televisão acabaria com a era do rádio, os e-books e os

livros sobreviverão na mais harmoniosa paz. O que tem ocorrido com

relação à implementação de novas tecnologias, sejam elas no meio

biblioteconômico, ou até mesmo no nosso dia-a-dia, é que a existência

de novas tecnologias não significa que devam ser abolidas as

anteriores. Não existe uma competição com a versão tradicional, mas

um complemento

Com o e-book a mudança é mais radical porque altera o

formato do livro tal como o conhecemos. Além do que, a leitura diante

do computador implica transformações muito profundas da relação com

a cultura escrita. Diante da evolução do suporte livro, podemos dizer

que na época de Gutenberg, tivemos uma revolução da técnica de

reprodução. Com o advento das novas tecnologias, temos uma

revolução da materialidade, da forma material da inscrição do texto. De

acordo com Chartier (1994, p. 100),

a revolução do texto eletrônico será também uma revolução da leitura. Ler sobre uma tela não é ler um códice. Se abre possibilidades novas e intensas, a representação eletrônica dos textos modifica totalmente a sua condição: ela substitui a

Page 67: Do livro impresso ao e book

67

materialidade do livro pela imaterialidade de textos sem lugar específico.

O e-book é uma novidade eletrônica, uma outra opção de

suporte. Uma forma, portanto, não exclui a outra. O mesmo destaca-se

por apresentar vantagens como:

poder ser baixado instantaneamente pelos usuários num “clique”

de mouse (por meio de download) em qualquer lugar do mundo,

a preços inferiores ao do livro em papel;

poder transportar para qualquer lugar uma enorme quantidade de

livros com comodidade;

fazer anotações ao longo do texto, recursos de pesquisa de

palavras, marcar páginas, sublinhar, ampliar o tamanho de letra

e ainda efetuar pesquisas;

proporcionar proteção ao meio ambiente, haja visto que milhares

de árvores não serão desmatadas;

poder ser lido no escuro;

apresentar grande benefício para algumas pessoas, como por

exemplo, os alérgicos, que terão no aparelho um grande aliado ao

evitar o manuseio de obras muito antigas e empoeiradas.

Em contrapartida, citaremos algumas desvantagens, tais

como:

o livro digital é um fenômeno recente, desta forma os

equipamentos que nos permitirão ler sem recurso de um

Page 68: Do livro impresso ao e book

68

computador ainda estão em fase de aperfeiçoamento, e o preço

ainda não é acessível, favorecendo apenas uma pequena parcela

da população;

a resolução, a dimensão e o reflexo da luz no monitor influência a

qualidade de leitura e torna mais cansativa a leitura num monitor

do que no papel, principalmente se o monitor for de tubos de

raios catódicos (CRT). Os monitores de cristal líquido (LCD) ainda

são muito caros, aproximadamente três vezes mais que os CRT;

os livros de papel não consomem energia, ao contrário dos livros

eletrônicos;

a pirataria inerente ao mundo informático, uma vez que o e-book

não passa de um conjunto de ficheiros eletrônicos, tornando fácil

a sua cópia e conseqüente violação dos direitos do autor;

a questão da dificuldade de uso, pois muitas pessoas têm sérios

problemas ao lidar com dispositivos eletrônicos;

a perda da sensação física do livro.

Por outro lado, Vergueiro (1997, p. 96), aponta alguns fatores

relevantes para a permanência das fontes de informação impressa em

geral, quais sejam:

adequabilidade do livro : o livro é extremamente adequado ao objetivo para o qual foi originalmente criado. [...] Pode ser utilizado das mais diversas formas, de acordo com os interesses e objetivos do indivíduo. [...] Possui, em geral, preço acessível para as camadas médias da população.

custo do livro : [...] livros de tiragem média começam a empatar, em termos de custo de produção, com aqueles

Page 69: Do livro impresso ao e book

69

necessários para a edição de materiais de informação em formato eletrônico.

contexto social: [...] diz respeito à confiabilidade da informação. Ainda não existem indicadores que garantam que o texto recebido via Internet em um computador pessoal é exatamente aquele produzido por seu autor.

O livro impresso tem na sua perenidade de registro da história

da humanidade uma das suas vantagens sobre o livro eletrônico, pois

os documentos produzidos em meio digital, ainda não garantem a

longevidade de sua utilização, bem como, a perda de dados nesse tipo

de mídia é muito maior que na mídia impressa.

Diante dessas realidades, ora antagônicas, ora sincrônicas,

hoje em dia, muitas pessoas vêem o livro e o e-book como

concorrentes. Questionam sobre a permanência do meio impresso e a

existência do meio digital. Acreditamos que a imprensa não vai morrer.

Poderá mudar de qualidade, mas sobreviverá. O livro, como parte do

processo de desenvolvimento do homem e da descoberta das

características de sua própria natureza também vai resistir ao avanço

da tecnologia. A esse respeito, Drabenstott e Burman (1997, p. 184)

ressaltam que

autores visualizam um futuro em que documentos impressos existam lado a lado com artefatos digitais, apontando que o princípio orientador é usar a tecnologia apropriada para cada propósito particular.

O livro irá continuar, pois como outras invenções essa não irá

sobrepor o impresso, e por isso não terá um fim. As realidades

Page 70: Do livro impresso ao e book

70

impressas, virtuais e digitais, deverão conviver simultaneamente, não

havendo um parâmetro de que essa ou aquela forma de acesso seja a

melhor ou pior. Existem facilidades, como também restrições, mas o

que realmente importa é o desempenho e a contribuição de cada um

desses formatos no desenvolvimento do conhecimento humano. De

acordo com Drabenstott e Burman (1997, p. 184),

livro e produções computadorizadas coexistirão por muito anos. Bibliotecas continuação a acrescentar novos processos tecnológicos, sem entretanto substituí-los completamente pelos existentes. O grande problema será o gerenciamento simultâneo dos formatos informacionais com os das novas tecnologias.

Teremos a convivência dos dois instrumentos de representação

do conhecimento humano por longos anos e a supremacia de um sobre

o outro caberá ao tempo determinar. Consideramos o livro como uma

das grandes invenções da humanidade, podendo conviver lado a lado o

tradicional e o futurístico, ou seja, o impresso e o digital. Para nós, por

mais que progridam e se aperfeiçoem os tipos de suportes eletrônicos,

eles nunca serão capazes de substituir o livro impresso. A exemplo dos

demais veículos de expressão da cultura, o livro impresso e o e-book

devem conviver harmoniosamente, ainda por muito tempo, como

opções diferentes e complementares na aquisição de informação e

conhecimento.

Page 71: Do livro impresso ao e book

71

4 METODOLOGIA DE PESQUISA

4.1 ABORDAGEM QUALITATIVA

A abordagem utilizada para a realização da pesquisa e a coleta

de dados consiste de uma abordagem qualitativa de caráter exploratório

uma vez que, não envolve manipulação de variáveis, nem tratamento

experimental, mais possibilita a análise de informações de cunho

qualitativo.

Para selecionarmos os sites que atendessem aos nossos

objetivos, utilizamos a técnica da observação não participante, que de

acordo com Richardson (1999, p. 260) “é uma técnica indicada para

estudos exploratórios, considerando que ela pode sugerir diferentes

metodologias de trabalho, bem como levantar novos problemas”.

Complementando, recorremos a um questionário composto de cinco

questões abertas, diante do qual os sujeitos participantes

(coordenadores dos sites) podem emitir opiniões de forma livre e sem

interferência externa. A primeira técnica utilizada possibilita

exploramos, virtualmente, todos os recursos e serviços oferecidos por

cada biblioteca eletrônica que compõe o nosso corpus, enquanto que o

instrumento, permite obtermos informações que não constam nos sites

pesquisados e são relevantes para a escolha da amostra a ser

analisada.

Page 72: Do livro impresso ao e book

72

Diante dessa abordagem exploratória qualitativa pudemos

selecionar e restringir nosso universo a uma amostra representativa

que permite a localização de e-books na área de literatura, escritos por

autores e/ou entidades brasileiras em língua portuguesa, podendo

apresentar uma versão original na forma impressa e serem passíveis de

download gratuito para futura impressão.

4.2 CORPUS PESQUISADO

O universo pesquisado figura-se num ambiente eletrônico, e

portanto virtual, composto por todos os sites brasileiros que

disponibilizam e-books através da Internet, recuperados na versão

brasileira do buscador Google (http://www.google.com.br).

Para a escolha do instrumento de pesquisa virtual,

consideramos que a enorme quantidade de informações na web requer

um excelente serviço de busca para tornar essa informação acessível e

útil, de modo que o Google destaca-se por oferecer uma das melhores

opções de busca na Internet fornecendo os resultados mais relevantes e

apresentando todos os termos pesquisados. Além disso, prioriza os

resultados de acordo com a proximidade dos termos pesquisados e isso

faz com que percamos menos tempo lendo resultados irrelevantes.

Atualmente, o Google é o desenvolvedor do maior mecanismo

de busca do mundo, com acesso a 1,3 bilhões de páginas, oferecendo

Page 73: Do livro impresso ao e book

73

um caminho mais rápido e fácil de recuperar informações na web e

responde a mais de 100 milhões de consultas por dia. O Google foi

escolhido por ser um buscador de destaque na comunidade científica e

por apresentar serviços que o diferenciam da maioria dos outros

buscadores brasileiros, dentre os quais destacamos: pesquisa de

imagem, tradução da página web, arquivos PDF, links em cachê,

páginas similares, outros links etc.

Assim, dentre as bibliotecas eletrônicas (sites) recuperadas

pelo buscador Google brasileiro, o universo atende aos seguintes

critérios:

• Ser uma biblioteca eletrônica brasileira;

• Possuir uma “estante digital4” organizada por área do

conhecimento;

• Disponibilizar para download e-books escritos por autores

e/ou entidades brasileiras em língua portuguesa na área de

literatura brasileira;

• Apresentar uma versão original na forma impressa ou/e

serem passíveis de download gratuito, para futura

impressão.

O estabelecimento desses critérios possibilita uma limitação

dentre os inúmeros sites encontrados no Google, de forma que é

4 Estante digital é o acervo de livros eletrônicos (e-books) disponível em um site.

Page 74: Do livro impresso ao e book

74

possível realizar uma seleção que atenda ao nosso objetivo geral que é

examinar bibliotecas eletrônicas que disponibilizam e-books gratuitos,

identificando a formação de acervos virtuais na área de literatura

brasileira.

Nesse sentido, o universo da pesquisa consta de 118 (cento e

dezoito) resultados recuperados pelo Google. Diante dessa expressiva

quantidade, fizemos uma análise dos mesmos, considerando os nossos

objetivos e selecionando aqueles mais significativos para a pesquisa

uma vez que, embora o Google seja um buscador que recupere a

informação pela palavra desejada, ainda não temos uma rede

organizada de maneira a recuperar a informação com precisão.

Diante desse universo, consideramos uma amostra de 5% ou

seja, 6 sites, entre os quais realizamos uma pesquisa exploratória e

identificamos os que atendiam a todos os critérios determinados

previamente em nosso estudo. Os sites selecionados foram:

Supervirtual (www.supervirtual.com.br);

Ebooksbrasil (www.ebooksbrasil.com);

Virtual Books (http://virtualbooks.terra.com.br);

EBookCult (www.ebookcult.com.br);

Parnanet (www.parnanet.com/livros/livros.asp);

Hotbook (www.hotbook.com.br).

Page 75: Do livro impresso ao e book

75

Pelas observações feitas nesses 6 (seis) sites, obtivemos uma

amostra de três bibliotecas eletrônicas: eBookCult, parnanet e hotbook,

por representarem os mais completos e estruturados sites que

disponibilizam e-books dentre os recuperados no buscador Google.

Assim, nossa pesquisa exploratória restringiu-se a essas três últimas

bibliotecas eletrônicas, representando uma amostra de 2,5% do total

dos resultados recuperados. Considerando que cada site disponibiliza

inúmeros livros eletrônicos, acreditamos que os mesmos representam

de forma significativa a categoria das bibliotecas eletrônicas que

oferecem esses e-books. Abaixo, apresentamos cada BE selecionada:

BE:

URL: http://www.ebookcult.com.br/

E-mail: [email protected]

Equipe: Alexandre Batistela (Design, Programação e Conteúdo) e por

Ednei dos Santos (Idealização, Coordenação e Conteúdo)

Acesso nos dias: 19, 21, 22, 28 e 29 de junho e 13, 19, 20, 26 e 27

de julho de 2003

Page 76: Do livro impresso ao e book

76

Figura 4 – Site EbookCult Fonte: Ebookcult (2003)

O eBookCult é uma Biblioteca Digital, e portanto eletrônica,

cujo projeto busca contribuir com o fortalecimento da educação e da

identidade cultural brasileira. Procura oferecer um alto nível de

qualidade e tecnologia nos serviços prestados à comunidade (escolas,

infocentros, faculdades, OSCIP’s, universidades, telecentros, ONGs,

bibliotecas, instituições sociais etc) (EBOOKCULT, 2003).

O site apresenta um vasto acervo de títulos para download

gratuito, disponibilizando para o usuário além dos livros e seus

resumos, os readers para os diversos formatos. De acordo com o site

EbookCult (2003), seus princípios orientadores são a universalização de

Page 77: Do livro impresso ao e book

77

acesso, o aprendizado digital e o exercício da cidadania. Sua missão

será alcançada por meio de:

• Conhecimento, informação, tecnologia, interação;

• Significativa quantidade de títulos eletrônicos (e-books)

disponíveis gratuitamente em acervo virtual;

• Incentivo ao hábito de leitura;

• Parcerias com provedores de acesso livre à cultura;

• Qualidade na prestação de serviços.

O alcance da missão pretende prover: educação e cidadania,

entretenimento e cultura, formação de novos leitores e ferramenta

de auxílio à alfabetização.

Nesses termos, ao explorarmos a “Estante Digital” do site

eBookCult, nos deparamos com inúmeros livros das mais diversas áreas

do conhecimento, assim representadas: animais de estimação,

antiguidades e coleções, arte, artes performáticas, artesanatos e

hobbies, atualidades, auto-ajuda, biografia, casa e lar, ciência, ciência

política, ciências sociais, coleções, comunicação, crítica literária,

culinária, direito, educação , esoterismo, esportes e lazer, ficção, ficção

infanto-juvenil, filosofia, história, humor, infanto-juvenil (não ficção),

informática, jogos, línguas estrangeiras, livros didáticos, livros raros,

medicina, música, negócios e economia, poesia, psicologia e psiquiatria,

Page 78: Do livro impresso ao e book

78

referência, relacionamentos e família, religião – crenças, saúde e beleza

e técnicos.

Diante desse panorama e considerando as áreas de literatura

apresentadas na estante digital do EbookCult, selecionamos: biografia,

coleções, crítica literária, ficção, ficção infanto-juvenil, infanto-juvenil

(não ficção), poesia. Assim, essas áreas são contempladas na formação

de nosso catálogo especializado em literatura brasileira.

BE:

URL: http://www.parnanet.com/livros

E-mails: [email protected], [email protected] e

[email protected]

Equipe: Renato (Webdesigner), Isaias Mulatinho (webdesigner),

Wallace Moura (WebMaster) e Rawlysson Diniz (marketing)

Acesso nos dias: 12, 13, 19, 20, 26 e 27 de julho de 2003

Page 79: Do livro impresso ao e book

79

Figura 5 – Site Parnanet Fonte: Parnanet (2003)

A parnanet, registrada em 04 de novembro de 2000, é a

primeira comunidade de desenvolvedores do Rio Grande do Norte,

sendo a biblioteca eletrônica que representa a região Nordeste nessa

pesquisa. É uma empresa especializada em marketing através da

Internet, reunindo profissionais de ambas as áreas.

Entre os serviços prestados por essa empresa consta:

construção de sites e manutenção, marketing e consultoria. A mesma

também promove patrocínios e convênios, sendo responsável pela única

Page 80: Do livro impresso ao e book

80

biblioteca particular de informática do Estado do Rio Grande do Norte

(PARNANET, 2003).

A parnanet tem hoje atualização semanal, com novas notícias,

enquetes e novidades da web. Suas seções dinâmicas, como os

classificados, permitem que o conteúdo seja automaticamente

renovado, fazendo com que o usuário tenha sempre novas informações

disponíveis. A BE também oferece a área de serviços sociais, com

empregos, e-mail e orientação sexual, cumprindo o objetivo de ser um

site realmente útil a sociedade.

As seções de Lazer oferecem jogos, cartões postais e livros

inteiramente grátis. Nessa seção encontramos o foco de nossa

pesquisa, pois nela é disponibilizada uma Biblioteca Digital contendo e-

books totalmente gratuitos, nacionais e internacionais, relacionados de

acordo com as seguintes categorias: técnicos, romance, religião,

regional, literatura, informática, infantil, importados, ficção, cursos,

clássicos e adulto.

Tendo em vista essas informações acerca da biblioteca

eletrônica Parnanet e considerando sua estante digital como campos de

pesquisa para a seleção dos e-books na área de literatura brasileira,

selecionamos para nossa pesquisa as seguintes áreas: romance,

literatura, infantil, ficção e clássico.

Page 81: Do livro impresso ao e book

81

BE:

URL: www.hotbook.com.br

E-mails: [email protected] e [email protected]

Equipe do site: Roberta Rizzo (Coordenadora)

Acesso nos dias: 12, 13, 19, 20, 26 e 27 de julho de 2003

Figura 6 – Site Hotbook Fonte: Hotbook (2003)

O Hotbook foi fundado em fevereiro de 2000 por um analista

de sistemas e uma escritora que já havia publicado um livro impresso

por uma editora convencional. A empresa desenvolveu-se graças ao

empreendedorismo de seus fundadores e ao entusiasmo de seus

Page 82: Do livro impresso ao e book

82

escritores, que acreditaram na literatura em forma digital, em soluções

modernas e inovadoras. Eles são pioneiros na publicação de e-books no

Brasil.

O Hotbook é um site que prima pela divulgação da tecnologia

de publicação digital, disponibilizando e-books de forma gratuita ou

pagas, visando proporcionar aos escritores um meio moderno, veloz e

eficiente para publicar suas obras, a um custo acessível e com suporte

personalizado. Sua meta consiste na inserção de autores no mercado

editorial, pela divulgação intensiva junto a mais de 3000 jornalistas,

além de editoras convencionais (HOTBOOK, 2003).

Os e-books estão relacionados de acordo com as seguintes

categorias: romance, poesia, contos, crônicas, auto-ajuda, reflexões,

esportes, infantil, espiritualidade, mistério, esoterismo, didáticos, ficção

científica, político filosófico, on line, religião, ecologia, ensaio, interativo,

roteiro, policial, monografia, infanto juvenil, vida real, folclore e técnico.

Diante desse panorama e ressaltando as áreas disseminadas

no Hotbook através da disponibilização de e-books, destacamos na área

de literatura: romance, poesia, contos, crônicas, infantil, ficção

científica, infanto juvenil. Essas sub-áreas, juntamente com as

sub-áreas das outras duas bibliotecas eletrônicas que compõem a nossa

pesquisa, totalizando 15 (quinze) sub-áreas permitindo a seleção entre

Page 83: Do livro impresso ao e book

83

um total de 730 (setecentos e trinta) e-books para a formação de um

catálogo especializado em literatura brasileira.

4.3 COLETA DE DADOS

Para fins de coleta e análise dos e-books na área de literatura

brasileira nas BE’s, selecionamos o Google como buscador padrão para

a nossa pesquisa exploratória. Esta foi realizada partindo da

recuperação do assunto desejado na caixa de diálogo apresentada pelo

Google, em que digitamos, entre aspas5, as palavras “e-books

gratuitos”, e selecionamos o tópico “pesquisar páginas em português”.

A pesquisa recuperou 118 (cento e dezoito) resultados, dentre

as quais foram selecionadas 6 (seis) BE e, finalmente, as 3 (três) que

representariam a amostra a ser estudada. Recuperou também 1.238

(mil duzentos e trinta e oito) e-books, dos quais 82 (oitenta e dois)

foram selecionados. Para conhecermos detalhes a cerca da estrutura e

ideologias dessas bibliotecas e de seu acervo digital, coletamos

informações a partir de um questionário enviando para os seus

responsáveis.

A coleta de dados foi desenvolvida nos seguintes períodos: 19

a 30 de junho e 1 a 27 de julho de 2003 para a exploração dos sites e;

de 1 a 15 de agosto de 2003 para o envio e recebimento dos 5 As aspas foram utilizadas no termo da pesquisa, com o objetivo de obter resultados mais precisos.

Page 84: Do livro impresso ao e book

84

questionários. O turno para a coleta6 foi o noturno, exceto nos finais de

semana, que eram diurno. O turno foi estabelecido em virtude da

utilização da rede Internet, que nesses horários tem o custo menos

elevado, uma vez que a pesquisa foi desenvolvida na residência da

pesquisadora.

Representando em tópicos o nosso percurso metodológico,

temos a seguinte seqüência:

1) Selecionar o buscador que oferece a melhor opção de busca na

Internet e os resultados mais relevantes;

2) Recuperar no buscador Google as BE’s que disponibilizam

“e-books gratuitos” na área de literatura brasileira;

3) Selecionar a amostra de BE’s que atendam aos critérios pré-

estabelecidos;

4) Coletar informações adicionais, por questionário, aos

responsáveis pelas bibliotecas selecionadas;

5) Analisar a amostra de BE’s;

6) Identificar nas BE’s as sub-áreas de literatura brasileira;

7) Selecionar nas BE’s os e-books que atendam aos critérios pré-

estabelecidos – bem como sua capa e resumo;

6 Este turno não se refere ao recebimento das respostas do questionário, uma vez que seu envio por e-mail possibilita o seu recebimento a qualquer hora, mesmo sem a pesquisadora estar conectada à Internet.

Page 85: Do livro impresso ao e book

85

8) Formar um catálogo de e-books com arquivos no formato HTML,

XML ou PDF, que sejam lidos nos aplicativos Adobe Acrobat Ebook

Reader, MS Reader e/ou eRocket.

Tendo em vista esses procedimentos metodológicos, passamos

a apresentar a seguir a análise dos resultados.

Page 86: Do livro impresso ao e book

86

5 ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS

5.1 BIBLIOTECAS ELETRÔNICAS: ESTRUTURAS E IDEOLOGIAS

A partir das 3 (três) bibliotecas eletrônicas pesquisadas –

ebookCult, parnanet e hotbook – e considerando as respostas obtidas

com o questionário enviado aos responsáveis pelas BE’s, passamos a

analisar e comentar as caracterizações dessas bibliotecas quanto a

relação entre o livro impresso e o digital, o(s) critérios(s) de seleção

para disponibilização dos e-books, questões sobre os direitos autorais e

o tipo de público que acessa/usa acervos virtuais, bem como os pontos

de vista dos coordenadores das BE’s quanto a possibilidade do livro

eletrônico substituir o livro impresso. Assim, complementamos as

informações obtidas com a observação dos sites e passamos a

compreender o funcionamento, a manutenção e a ideologia das BE’s na

Internet.

De acordo com informações obtidas através do questionário

constante no Apêndice A, emitidas por um dos responsáveis pela BE

ebookCult, nem todos os e-books disponibilizados no acervo eletrônico

estão disponíveis em papel. Segundo ele, esse fato é “simplesmente

impossível, uma vez que as editoras não imprimem literatura

Page 87: Do livro impresso ao e book

87

underground7 e alguns livros disponíveis serem tão antigos que não são

mais disponibilizados nem na Biblioteca Nacional”.

Segundo o WebMaster Wallace Moura, responsável pela

parnanet, fomos informados de que nessa BE também nem todos os

livros disponibilizados existem na forma impressa pois, “alguns títulos

foram escritos exclusivamente para a mídia digital”.

Por outro lado a coordenadora do site hotbook, Roberta Rizzo,

informou que “apenas alguns livros disponibilizados pelo site existem na

forma impressa”. Porém, “livros que existem apenas na forma digital,

estão sendo analisados por editoras convencionais, devido o sucesso

que estão tendo na Internet”.

Com relação aos critérios de seleção para a disponibilização de

e-books, fomos informados pelo ebookCult de que o critério

estabelecido é a “democratização da informação”, consistindo em

“dispor para o leitor o máximo de conhecimento possível”.

Segundo informações da biblioteca parnanet, a mesma procura

oferecer um acervo “o mais diversificado possível”. Não há

necessariamente eliminação de títulos, mas classificação “para que

atendam às diferentes necessidades dos internautas”. O objetivo é

“disponibilizar primeiramente autores e títulos mais procurados”, haja

7 Literatura alternativa

Page 88: Do livro impresso ao e book

88

visto que o site disponibiliza um “formulário em que o internauta pode

sugerir o título que deseja e não encontrou”.

Roberta Rizzo, da Hotbook, afirma que “é feita uma pré-

seleção de originais cujo critério único é o conteúdo do texto, visando

não publicar aqueles com conteúdo considerado impróprio para crianças

e adolescentes”. O site se reserva ao “direito de, eventualmente,

recusar alguma obra que contenha material moralmente condenável,

considerando os padrões do povo brasileiro”. Ao seu ver, essa atitude

reforça a idéia de respeito pelo leitor.

Questionados sobre direitos autorais, fomos informadas pelo

Ebookcult que os mesmos “são liberados pelo autor”, e que “a

comunidade de e-books no Brasil é muito responsável neste sentido”.

Já a Parnanet comenta que “grande parte dos livros são de

direito público. Outra parte é liberada pelo autor, após contato com o

mesmo”. Um dado interessante é o fato de que “alguns autores tomam

a iniciativa de disponibilizar a sua obra, enviando para a biblioteca seus

títulos com a liberação por escrito”.

A coordenadora do Hotbook tem um outro ponto de vista e

afirma que, “neste momento, o que a Internet traz de melhor para o

autor é a divulgação. Através da visibilidade ele forma o seu público.

Não basta apenas publicar”. De acordo com a mesma, é feito um

“trabalho de assessoria de imprensa para o autor e, com essa

Page 89: Do livro impresso ao e book

89

divulgação, ele vai se tornando conhecido”. O autor libera os direitos

autorais para poder “abranger o maior número de pessoas possível”

Segundo ela, “as obras são registradas na Biblioteca Nacional e no

Escritório de Direitos Autorais, para proteger a autoria, para em

seguida, o autor liberar para o leitor”.

Com relação ao tipo de público que acessa a BE, a ebookcult

definiu apenas como “leitores”, devido à inexistência de pesquisa nesse

sentido. Quanto a parnanet, não foi apresentado um específico, visto

que "além de e-books o site oferece diversos outros serviços gratuitos

para adultos e crianças. Por essa razão é disponibilizado também e-

books infantis”.

Já Roberta Rizzo lamenta afirmando que “não há dados

científicos para essa classificação, porque não há nenhum tipo de

pesquisa sobre o leitor”. Há apenas um “relatório que apresenta os

números de acessos às páginas e downloads das obras, ou seja, dados

quantitativos e não qualitativos”. No entanto, ressalta que “em breve

haverá uma pesquisa nesse sentido”. Apesar de demonstrar incerteza, a

coordenadora acredita que “não existe uma segmentação de público” e

classifica-os apenas como “leitores da rede e leitores do papel (ou seja)

um grupo que convive bem com a Internet e um grupo que reluta em

deixar a Internet fazer parte de suas vidas”.

Page 90: Do livro impresso ao e book

90

Quanto à polêmica questão da substituição do livro impresso

pelo eletrônico, a equipe responsável pelo Ebookcult, acredita que “o

processo de impressão em papel é capaz de acabar consigo próprio

porque não tem sustentabilidade nenhuma”. No entanto, são

veementes em afirmar que não querem competir com o papel.

Já para a Parnanet, a resposta foi negativa. Um dos fatores

que justificaram essa afirmativa foi a “baixa renda da população”.

Discorrendo sobre essa realidade, Wallace Moura afirma que “nem todos

podem adquirir computadores, e muito menos podem adquirir os palm

tops, sistema mais indicado à leitura de e-books, por sua mobilidade”.

Além do mais, segundo ele, “a leitura em tela desgasta mais a visão e

gera desconforto”. Devido a essas circunstâncias, conclui que, “os

tradicionais livros sempre estarão presentes em nossa sociedade”.

A coordenadora do Hotbook declara que,

à medida que crescem crianças da geração Internet, o livro tende a tornar-se peça de museu. [No entanto], durante um bom tempo, papel e mídia digital deverão conviver pacificamente, assim como o rádio e a TV. Um com mais recursos que o outro, mas sem necessariamente haver uma exclusão.

Ela defende a mídia digital, pois acredita que dessa forma

estará “fazendo um bem a humanidade, através da preservação do

verde”.

Esses pontos de vista nos fazem concluir que apesar das BE’s

estarem, ainda, se consolidando, urge a necessidade de padrões e

Page 91: Do livro impresso ao e book

91

critérios para a seleção, armazenamento e organização da informação

digital, com destaque para os e-books, bem como para os direitos

autorais e o estudo de usuários para definir perfil e identificar

necessidades. Para tanto, o bibliotecário, entre outros profissionais da

informação, precisa ocupar seu espaço de gateway e gatekeeper no

espaço virtual, enquanto gestor da informação.

Com relação a substituição do livro impresso pelo digital,

apesar de algumas afirmações, os representantes das BE’s pesquisadas

foram unânimes em desconsiderar, pelo menos a curto prazo, essa

possibilidade. Portanto, reafirmamos a convivência paralela de ambos

os suportes, assim como o reconhecimento dessa situação pelos

profissionais que atuam na Web com a informação digital.

5.2 E-BOOK: A FORMAÇÃO DO CATÁLOGO DE LITERATURA BRASILEIRA

Diante da observação da “estante digital” das 3 (três)

bibliotecas eletrônicas, obtemos um total de 1.238 (mil duzentos e

trinta e oito) e-books de diversas áreas do conhecimento, como mostra

o QUADRO 5 a seguir:

Page 92: Do livro impresso ao e book

92

CATÁLOGO GERAL DE E-BOOKS EXISTENTES NAS BIBLIOTECAS

ELETRÔNICAS PESQUISADAS Biblioteca Eletrônica/E-books Áreas do conhecimento

Total EBookCult Hotbook Parnanet Adulto 05 - - 05 Animais de estimação - Z - - Antiguidades e coleções 08 08 - - Arte 06 06 - - Artes performáticas 02 02 - - Artesanatos e hobbies 01 01 - - Atualidades 19 19 - - Auto-ajuda 25 18 07 - Biografia 03 03 - - Casa e lar 02 02 - - Ciência 11 11 - - Ciência política 44 44 - - Ciências Sociais 44 44 - - Clássicos 14 - - 14 Coleções 219 219 - - Comunicação 09 09 - - Contos 11 - 11 - Crítica literária - - - - Crônicas 38 33 05 - Culinária 01 01 - - Cursos - - - Z Didático - - (pago) - Direito 27 27 - - Ecologia - - Z - Educação 10 10 - - Ensaio - - Z - Esoterismo 11 11 Z Espiritualidade 04 - 04 - Esportes e Lazer 03 03 (pago) - Ficção 288 274 02 12 Ficção cientifica 02 - 02 - Ficção infanto-juvenil - - - - Filosofia 67 67 - - Folclore 01 - 01 - História 28 28 - - Humor 05 05 - - Importados (autores estrangeiros)

- - - Z

Infantil 15 - 02 13 Infanto-juvenil (não ficção) 11 10 01 - Informática 09 09 - Z Interativo 02 - 02 - Jogos 01 01 - -

QUADRO 5 - Catálogo geral de e-books existentes nas bibliotecas eletrônicas pesquisadas (Continua)

Page 93: Do livro impresso ao e book

93

CATÁLOGO GERAL DE E-BOOKS EXISTENTES NAS BIBLIOTECAS ELETRÔNICAS PESQUISADAS

Biblioteca Eletrônica/E-books Áreas do conhecimento Total EBookCult Hotbook Parnanet

Línguas estrangeiras 04 04 - - Literatura 15 - - 15 Livros didáticos 01 01 (pago) - Livros raros 06 06 - - Medicina 05 05 - - Mistério 01 - 01 - Monografia 01 - 01 - Música 04 04 - - Negócios e economia 14 14 - - On line 06 - 06 - Poesia 63 55 08 - Policial 06 - 06 - Político filosófico 02 - 02 - Psicologia e psiquiatria 03 03 - - Referência 11 11 - - Reflexões 01 - 01 - Regional - - - Z Relacionamentos e família 04 04 - - Religião 87 70 02 15 Romance 35 - 20 15 Roteiro - - Z - Saúde e beleza 02 02 - - Técnicos 23 06 02 15 Vida real - - Z - Total (e-books) .................. 1238 1050 84 104

QUADRO 5 - Catálogo geral de e-books existentes nas bibliotecas eletrônicas pesquisadas (Conclusão) Fonte: Pesquisa realizada em 2003 nos sites EbookCult, Hotbook e Parnanet Nota: Convencionamos utilizar o símbolo “Z” para representar o dado zero e o

símbolo “-” que o dado inexistente.

Observando o QUADRO 5, concluímos que enfrentaríamos

algumas dificuldades em formar um catálogo de caráter geral, dentre

essas a grande quantidade de áreas (66 (sessenta e seis))

apresentadas e os diversos e-books disponibilizados (1238 (mil

duzentos e trinta e oito)), sendo necessário uma grande disponibilidade

de tempo para selecioná-los de acordo com os critérios estabelecidos

nessa pesquisa, acarretando, provavelmente, o não cumprimento do

cronograma estabelecido. Diante destes fatos optamos pela formação

Page 94: Do livro impresso ao e book

94

de um catálogo especializado. A área escolhida foi a de Literatura, em

virtude da sua relevância e pensando em contribuirmos para o acesso a

várias obras literárias por meio do download gratuito. Desse modo,

agrupamos as áreas co-relatas e demos nomeação única.

Diante do exposto, das 66 (sessenta e seis) áreas disponíveis

nas três bibliotecas eletrônicas pesquisadas, nossa amostra perfaz um

total de 14 (quatorze) áreas a serem exploradas, conforme

demonstrado no QUADRO 6 abaixo:

SUB-ÁREAS DE LITERATURA QUE FORMAM O CATÁLOGO ESPECIALIZADO COM E-BOOKS EXISTENTES NAS BE’s PESQUISADAS

Biblioteca Eletrônica/E-books Áreas do conhecimento (Literatura) Total EBookCult Hotbook Parnanet

Biografia 03 03 - - Clássicos 14 - - 14 Coleções8 219 219 - - Contos 11 - 11 - Crítica Literária 34 34 - - Crônicas 05 - 05 - Ficção 286 274 - 12 Ficção científica 02 - 02 - Ficção infanto-juvenil 11 11 - - Infantil 15 - 02 13 Infanto-juvenil (não-ficção) 11 10 01 - Literatura 15 - - 15 Poesia 63 55 08 - Policial 06 - 06 - Romance 35 - 20 15 Total (e-books) .................. 730 606 55 69 QUADRO 6 - Sub-áreas de literatura que formam o catálogo especializado com e-books existentes nas BE’s pesquisadas Fonte: Pesquisa realizada em 2003 nos sites EbookCult, Hotbook e Parnanet Nota: Na formação do catálogo as áreas “ficção infanto-juvenil”, “infantil” e “infanto-

juvenil” foram agrupadas na área “literatura infanto-juvenil” e a área “literatura” foi distribuída entre as sub-áreas apresentadas no QUADRO 6.

8 A área Coleções contém uma subdivisão que inclui a área Clássicos. Em nosso catálogo, convencionamos utilizar Clássicos para se referir a ambas as áreas.

Page 95: Do livro impresso ao e book

95

Diante das etapas alcançadas em nossa pesquisa,

selecionamos nos sites eBookCult, Parnanet e Hotbook os e-books mais

representativos, disponíveis nos formatos MS Reader , Acrobat

eBook Reader e Rocket eBook , considerando a sua existência

na forma impressa e/ou a possibilidade de impressão após o download.

De cada sub-área de literatura correspondente, foram coletados os

e-books mais significativos, perfazendo um total de 82 (oitenta e dois)

e-books. A seguir, passamos a apresentar o “catálogo de e-books

brasileiros especializado na área de literatura”.

Page 96: Do livro impresso ao e book

96

CÁTALOGO DE E-BOOKS EM LITERATURA BRASILEIRA

Page 97: Do livro impresso ao e book

97

APRESENTAÇÃO

Estamos no tempo de grandes transformações na forma como

a informação é armazenada e transmitida. A inserção das NTIC’s tem

dado um novo sentido à biblioteca, acentuando ainda mais os seus

propósitos, tornando o conhecimento mais livre e eficientemente

acessível aos usuários, integrando múltiplas tecnologias disponíveis.

Nesse sentido a biblioteca eletrônica tem se destacado por favorecer a

democratização do conhecimento, disponibilizando informações no

formato digital.

Objetivando contribuir para a evolução dessa nova realidade

digital, desenvolvemos uma pesquisa em que examinamos bibliotecas

eletrônicas, identificando a formação de acervos virtuais na área de

literatura brasileira, a fim de formar um catálogo de e-books que

possam ser acessados e disponibilizados por outras bibliotecas. O

mesmo está organizado por ordem alfabética de acordo com as áreas

do conhecimento e os e-books inseridos em cada área, estão listados

em ordem alfabética de títulos. Ao final do catálogo, consta o Índice

Onomástico, apresentando em ordem alfabética, à relação dos autores

e as respectivas páginas onde constam suas obras.

Esse catálogo contribui para as bibliotecas eletrônicas e seus

respectivos usuários, facilitando o compartilhamento da informação

digital, bem como o acesso e uso da informação “gratuita”.

Page 98: Do livro impresso ao e book

98

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 97 Biografia .......................................................................... 99 Clássicos .......................................................................... 100 Contos ............................................................................. 107 Crítica Literária ................................................................. 108 Crônicas ........................................................................... 110 Ficção .............................................................................. 111 Literatura Infanto-juvenil ................................................... 115 Poesia .............................................................................. 119 Policial ............................................................................. 121 Romance .......................................................................... 123 ÍNDICE ONOMÁSTICO ........................................................ 126

Page 99: Do livro impresso ao e book

99

CATÁLOGO DE E-BOOKS DE LITERATURA BRASILEIRA

BIOGRAFIA

Biografia de Allan Kardec - Federação Espírita Brasileira (FEB)

Biografia que permite que o leitor conheça a vida do codificador da Doutrina Espírita.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: FEB - Federação Espírita Brasileira Tamanho: 100 Kb

Download para ler no Acrobat

Biografia de Papus - Sociedade das Ciências Antigas

Quem foi Papus? A obra descreve a história desse autor.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: S.C.A. - Sociedade das Ciências Antigas Tamanho: 127 Kb

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Traços Biográficos de Chico Xavier - Federação Espírita Brasileira (FEB)

Biografia de um dos maiores médiuns psicógrafos do mundo em todos os tempos, publicada anterior a data de seu desencarne.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: FEB - Federação Espírita Brasileira Tamanho: 80 Kb

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CLÁSSICOS

Figura não

disponível

A Dama das Camélias - Alexandre Dumas Filho

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: BibVirt Tamanho: 443 Kb

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A Luneta Mágica – Joaquim Manuel de Macedo

Simplício, homem míope, recebe de um Mago armênio, sucessivamente, três lunetas: a do Mal, a do Bem e, finalmente, a do bom senso.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 190 Kb

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Figura não

disponível

A Mão e a Luva - Machado de Assis

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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A Moreninha – Joaquim Manuel de Macedo

"O mundo de Filipe, de Augusto, da moreninha, é o mundo da festa, do lazer despreocupado com a sobrevivência, como se a maior propriedade destas pessoas fosse o tempo, sobre o qual derramam seus conflitos juvenis e suas ingenuidades de adolescentes”.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 161 Kb

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A Viuvinha – José de Alencar Um clássico da literatura romântica brasileira. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 66 Kb

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Casa de Pensão – Aluízio Azevedo

Romance realista.

Onde encontrar: parnanet; ebookcult Fonte digital: não disponível; eBooksBrasil Tamanho: não disponível; 356 Kb

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Cinco Minutos – José de Alencar Não apresenta resumo. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 58 Kb

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Dom Casmurro – Machado de Assis Dom Casmurro conta à história de Bento de Albuquerque Santiago, filho de uma família abastada do Brasil do século XIX. A história é contada por Bento adulto, quando já recebera o apelido de "dom casmurro", por viver de modo recluso, quase sem amigos. Bento conta a história a partir da sua infância, estabelecendo uma retrospectiva para entender acontecimentos importantes de sua vida. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 214 Kb

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Guerra dos Mascates – José de Alencar

História dos chapins que fala sobre os costumes dos reis de Portugal, o casamento da infanta D. Catarina em 1661 com Carlos II da Inglaterra e as possessões do ultramar tendo que fornecer à noiva aos chapins.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 302 Kb

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Iracema – José de Alencar

Iracema: prosa-poema de José de Alencar. Reedição

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 115 Kb

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103

Figura não

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Lucíola - José de Alencar

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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Marília de Dirceu – Tomás Antônio Gonzaga

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 92 Kb

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Figura não

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Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida

Lançado entre 27 de junho de 1852 e 31 de julho de 1853 em folhetim, no suplemento Pacotilha do jornal Correio Mercantil, o livro Memórias de Um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida é um retrato do Brasil dos tempos do Segundo Império.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 195 Kb

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Meu Sertão - Catulo da Paixão Cearense

Meu Sertão não é o sertanejo fotografado; é o sertão no que tem de poético, simples e selvagem, compreendido, sentido, evocado pela alma de seu filho, que se educou no Rio. É uma saudade posta em verso; saudade que se deleita em ir pintando as cenas mortas, refazendo gentes, vistas, costumes interessantes, usanças particulares, pondo em tudo certa nostalgia bem real, muito emotiva. (José Oiticica)

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 195 Kb

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Morte e Vida Severina – João Cabral de Melo Neto

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 25 Kb

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O Ateneu – Raul Pompéia Não apresenta resumo. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 237 Kb

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O Cortiço – Aluízio Azevedo

Este romance de um dos fundadores do realismo literário no Brasil retrata as condições de vida no Rio de Janeiro no começo do século XX.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 284 Kb

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105

O Crime do Padre Amaro - Eça de Queirós

Conta a história do Padre Amaro, um reverendo piedoso mas que comete um crime.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Ciberfil Tamanho: 223 Kb

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O Guarani – José de Alencar

Os amores de Peri e Ceci. Este romance foi utilizado como o libretto para a ópera de Carlos Gomes, Il Guarany.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 379 Kb

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O Navio Negreiro – Castro Alves

Um libelo poético de Castro Alves contra a escravidão no Brasil.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 26 Kb

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O Primo Basílio – Eça de Queiroz

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Ciberfil Tamanho: 432 Kb; 416 Kb

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106

Os Lusíadas - Luís de Camões

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Ciberfil Tamanho: 223 Kb

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Figura não

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Os Maias – Eça de Queiroz

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto

Nesta tragicomédia, escrita em 1915, Lima Barreto conta a história de um patriota ingênuo, empenhado em uma luta solitária para salvar seu país de políticos corruptos.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 230 Kb

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Ubirajara – José de Alencar

Romance com temática indígena.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 124 Kb

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107

CONTOS

Coletânea Fantasias - Renato Alonso Azevedo

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 549 Kb Lançamento: 15/10/2002

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Contos Sem Fim - Sinomar Ricardo

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: não disponível Lançamento: 09/05/2003

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Meu Mestre é Meu Mundo – Jerônimo Mendes

“Este livro representa uma parcela da minha vida, ao longo de trinta e poucos anos e cada vez me convenço mais de que há muito que se fazer neste mundo-cão. Não basta sermos bons e honestos durante a existência. É necessário transcender, atropelar a razão e a lógica, fazer acontecer e, ao mesmo tempo, não descuidar do que poderá ser feito de cada um de nós, após a vida na Terra”. (Jerônimo Mendes)

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 235 Kb Lançamento: 03/04/2000

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108

Um Gênio Adolescente - Elzymar Vieira Ricardo

Livro inspirado no conto "Aladim e a Lâmpada Mágica", escrita numa versão moderna e atual, com mais tecnologia, retratando problemas dos adolescentes dos dias de hoje.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 48 Kb Lançamento: 01/01/2003

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CRÍTICA LITERÁRIA

A Fala e o Rio - Priscilla Carla Silveira Menezes

Livro infantil, que estabelece uma analogia entre o rio e o movimento da linguagem e entre os troncos e as restrições da fala, a disfluência, desmistificando a dicotomia fluência x disfluência. Destinado a crianças de todas as idades, profissionais e estudantes de Fonoaudiologia e Letras, bem como ao público em geral.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 1.102 Kb; 690 KB

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Histórias Sem Pé Nem Cabeça - Mauro Gonçalves Rueda

"Era uma vez uma história sem pé nem cabeça. Não tinha início, meio ou fim”. E assim como a história, o escritor não sabia quem era, o que era, porque escrevia e o que iria escrever quando iniciou a história.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 116 Kb

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Natureza Morta – Floriano Martins e Hélio Rola

“O homem já se chamou eu, nós, nenhum. Perdeu-se entre si e os demais. Julgou sempre o outro. Qual nome terá agora? [...] A arte quando muito pintará a si mesma: uma natureza morta."

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil / Agulha Tamanho: 220 Kb

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O Eu-Inatingido - Mauro Gonçalves Rueda

O EU são “achados”, “retalhos”, “apanhados”, ao longo dos anos, em meio às gentes, na solidão das madrugadas. São pensamentos populares, mesclados e amalgamados por alguns conceitos do autor.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 133 Kb

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Porque Me Ufano do Meu País – Afonso Celso

Segundo Afonso Celso, os “maus elementos poderão retardar; nunca impedir a predestinação do Brasil a grandes cousas." É nessa perspectiva, que ele escreve essa critica literária sobre o Brasil.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 208 Kb

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CRÔNICAS

Crônicas da Vida - Sinomar Ricardo

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: não disponível Lançamento: 09/05/2003

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Crônicas da Vida de um Médico - Sinomar Ricardo

Não apresenta resumo.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 211 Kb Lançamento: 09/05/2003

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Histórias que a Vida nos Conta - Alfredo Ciuffi Neto

Apresenta pequenas histórias retratando fatos que aconteceram no cotidiano. São crônicas do dia-a-dia, coletadas da memória, transcritas com saudosismo pelo autor.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 435 Kb Lançamento: 25/01/2001

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Maré Vazante - Esther Tourinho

"São trinta e seis crônicas sobre os mais variados assuntos do cotidiano, em um verdadeiro convite à observação de fatos corriqueiros e ao mesmo tempo repletos de possibilidades, de contradições, de nuances que passam tantas vezes despercebidas.”

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 531 Kb Lançamento: 04/01/2002

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Muito Além do Cotidiano - Jerônimo Mendes

Coletânea de crônicas que foram história na vida do autor nos tempos de infância e adolescência. A grande maioria possui trechos de humor e a intenção é divertir o público com a desgraça alheia, ou seja, histórias reais transformadas em crônicas.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 99 Kb Lançamento: 23/03/2001

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FICÇÃO

A Cega Que "via" – Cleusa Sarzêdas

Livro de ficção que narra a história de uma cega que enxerga com os olhos da alma. A personagem dessa história acredita que “Para a alma não existem fronteiras. Cegos, são os olhos do meu corpo. E passe é energia transmitida. Os espíritos fizeram todo o serviço. Eu sou apenas o veículo”.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 102 Kb

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A Escrava Isaura – Bernardo Guimarães

Os sofrimentos e desventuras de Isaura, uma escrava branca, com bons sentimentos e bem educada em uma sociedade escravocrata.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 176 Kb

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Figura não

disponível

A Máscara do Tempo - Lira Vargas

Conta a história de um casal de velhinhos que em todos os sábados atravessavam a rua e iam para o bar da esquina.

Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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A Normalista – Adolfo Caminha

"O romance relata as muitas tristezas e poucas alegrias de uma jovem que é entregue por seu pai ao padrinho, para criá-la. Ela é uma menina normal, que estuda, que tem uma amiga confidente, um pretenso namorado de nível muito superior ao seu e, desgraçadamente, é engravidada pelo padrinho e acaba casando-se com um alferes da polícia. O pano de fundo é uma cidade provinciana do século passado, repleta de preconceitos e maledicências." (Cláudio Murilo Leal)

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 205 Kb

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Amor Assassino – L. P. Baçan

Juliet estava decidida a manter seu casamento, mesmo que isso lhe custasse a felicidade. Apaixonara-se pelo melhor amigo de seu marido e abdicaria desse amor para manter a promessa feita no altar. Uma fatalidade, no entanto, deu-lhe a chance de conhecer a verdadeira felicidade. A morte de seu marido libertava-a para entregar-se àquele que ela julgara ser o amor de sua vida. Ao invés do paraíso, no entanto, ela conheceu o inferno, ao descobrir que o homem gentil que ela julgava amar era, na verdade, um psicopata assassino.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Ciberfil Tamanho: 150 Kb

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Brida – Paulo Coelho

Brida é a história real de uma das mais jovens Mestras da Tradição das Feiticeiras. No estilo que o consagrou como um dos escritores mais vendidos do país, PAULO COELHO conta os primeiros passos da então menina de 21 anos que, decidiu que seu destino estava profundamente ligado aos mistérios da magia.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: www.paulocoelho.com.br Ano de Lançamento: 1990 Tamanho: 600 Kb

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Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei – Paulo Coelho

Narra uma história de amor entre Pilar e seu companheiro que, conheceram-se na infância, afastaram-se na adolescência, e - onze anos depois - tornam a se encontrar. Os dois estão unidos pela vontade de mudar, de seguir os próprios sonhos, de encontrar um caminho diferente. Para isto, é preciso vencer muitos obstáculos interiores: o medo da entrega, a culpa, os preconceitos. Pilar e seu companheiro resolvem viajar até uma pequena aldeia nas montanhas - e trilhar o difícil caminho de reencontro com a própria verdade.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: www.paulocoelho.com.br Ano de Lançamento: 1994 Tamanho: 365 Kb

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O Diário de Um Mago – Paulo Coelho

Sentado em um jardim de uma cidade no sul da França. Água mineral. Café. Temperatura de 27º C na tarde de 1 de junho de 2002. Pessoas que conversam, pessoas que caminham. Pessoas que também tomam seu café e sua água mineral. Nesse cenário Paulo Coelho apresenta sua obra.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: www.paulocoelho.com.br Ano de Lançamento: 1987 Tamanho: 600 Kb

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The Box Man - Josiel Vieira Há quanto tempo ele estava ali? Talvez uma eternidade. Porém, o mais importante: há quanto tempo tinha consciência disso? Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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Um Anjo Nas Nuvens - Lira Vargas “Conheci Orlando numa feira de automóveis, trabalhando como recepcionista, ficamos numa paquera gostosa por muito tempo”. Assim começa a histórica “Um anjo nas nuvens”. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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LITERATURA INFANTO JUVENIL

A Bruxa Adriana - Tarcisio Lage

Obra de ficção infanto-juvenil, discorre acerca de uma rebelião de crianças contra uma bruxa.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 152 Kb

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A Classe Média Agradece - André Diniz

Ficção infanto-juvenil que narra a história de Marcelo Cabeça, um poderoso traficante das favelas cariocas, pela visão muito particular de alguém que se envolveu com ele mais do que devia.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Nona Arte Tamanho: 2.952 Kb

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A Locomotiva na Era Virtual - Vera Carvalho Assumpção

Camila, a protagonista deste livro, gostava de ouvir as histórias que a avó contava sobre seus antepassados. Mais do que as palavras da avó, através do seu coração, ela captava a emoção das pessoas diante de acontecimentos fantásticos. Utilizando os recursos da realidade virtual, as duas viveram uma grande aventura, mergulharam no tempo.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 696 Kb Lançamento: 15/10/2001

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Fawcett – André Diniz e Flávio Colin História em quadrinho que fala sobre o coronel britânico Percy Harrison Fawcett, que em 1925 veio ao Brasil para encontrar a lendária cidade de Muribeca. Após penetrar nas matas do Mato Grosso, nunca mais foi visto. Veio desvendar um enigma e acabou se tornando um outro! Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Nona Arte Tamanho: 4.516 Kb

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Mafaldinha A Minhoca - Mauro Gonçalves Rueda

Conta a história de Mafaldinha e o gravetinho. "Mafaldinha a minhoca já não regulava bem paquerava um gravetinho que chamava de meu bem. Todo dia bem cedinho Mafaldinha na ilusão, saia de um buraquinho num canteiro de agrião”.

Onde encontrar: ebookcult; parnanet Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 129 Kb

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O Corpo Humano é Engraçado – Daniel Walker

O autor faz comparações hilárias, mas verdadeiras sobre o corpo humano. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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O Encontro das Estrelas - Jerônimo Mendes

Em sua estréia na literatura infantil, o escritor Jerônimo Mendes conta à história da estrelinha Pipoca, que vaga pelo Universo em busca de seus pais. O final é surpreendente. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 254 Kb Lançamento: 07/07/2003

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O Poeminha Camarada - Mauro Gonçalves Rueda

"Bem, acho que nosso poeminha camarada é de fato, um grande exemplo. Mas ai, haja energia para acompanhar o pique que ele tem! Eu já me sinto cansado embora admita: como é bom estudar, ler e aprender. A leitura, os bons livros são espelhos da sabedoria."

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 90 Kb

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O Reino Encantado - Mauro Gonçalves Rueda

"Às vezes, a própria natureza acaba cansando-se da intempérie. Não do tempo, mas sim, daquelas que lhes são impingidas pelo homem moderno. Um dia, quando todo o mundo já começava a sentir-se cansado dos comércios, intrigas, guerras, politicalhas, misérias e tristezas... quando até mesmo os animaizinhos sentiam-se inseguros, temerosos pela natureza cada vez mais depredada e debilitada, uma menininha, preocupada com tudo isso, teve um sonho..." (Mauro Gonçalves Rueda)

Onde encontrar: ebookcult; parnanet Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 101 Kb

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O Sumiço dos Gatos do Parque Trianon - Oriza Martins Pinto

No Parque Trianon, em São Paulo, alguns gatos moradores do local começam a desaparecer misteriosamente, deixando intrigado um grupo de jovens amigos, estudantes de uma escola próxima, que cuidam dos bichanos. A galera começa a investigar os misteriosos desaparecimentos, quando percebe que fatos estranhos ocorrem em um velho casarão vizinho da escola. A obra contém como substrato temático uma mensagem ecológica e de reflexão sobre a questão dos animais abandonados.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 353 Kb Lançamento: 12/01/2003

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Page 119: Do livro impresso ao e book

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Figura não

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Olha Só Quem Está Falando - Priscilla Carla Silveira Menezes

A autora conta a história de Ítalo, um garotinho que está começando a falar. São tantas palavrinhas que já conhece, que é normal se ele errar. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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Totó, o Maior Cão do Mundo - Cinthya Nunes Vieira da Silva

Um cão, uma menina, uma história real. Emocione-se com a trajetória dessa amizade. Conheça a vida de Totó, suas aventuras, seus amigos e principalmente o imenso amor que inspirou em sua dona. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 42 Kb Lançamento: 19/11/2000

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POESIA

A Torre de Babel – Mauro Gonçalves Rueda

Poemas inspirados e escritos após várias sessões do filme THE DOORS com as letras de Jim Morrison, entre suas lambadas metafóricas, a fragmentação das figuras de linguagem e todos os conceitos convencionais da época. O poeta utiliza uma vasta gama de recursos no seu fazer poético enriquecido por canções irreverentes e sombrias. Um longo passeio pelo tempo.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 55 Kb; 135 Kb

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Cantos da Solidão – Bernardo Guimarães

O primeiro livro de Guimarães, o autor de "A Escrava Isaura". Publicado pela primeira vez em 1852.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 59 Kb

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Crisálidas – Machado de Assis

O primeiro livro publicado pelo poeta Machado de Assis. A primeira edição foi em 1864. Até hoje, não foi reeditado em papel.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 71 Kb

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Espumas Flutuantes – Castro Alves

Poesias de Castro Alves.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 93 Kb

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Poesias – Cecília Meireles Não apresenta resumo. Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 28 Kb

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Obs.: Essa obra consta na área Clássicos do site Ebookcult.

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Sonetos – Luís de Camões

Sonetos de Camões.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: Phoenix-Library Tamanho: 202 Kb

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Obs.: Essa obra consta na área Clássicos do site Ebookcult.

Viagem - Cecília Meireles

Livro que consagrou Cecília Meireles como a grande poetisa da língua portuguesa.

Onde encontrar: ebookcult Fonte digital: eBooksBrasil Tamanho: 347 Kb

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POLICIAL

A Feiticeira Redescoberta - Vera Carvalho Assumpção

Roberto havia deixado um bilhete de despedida para a mãe e um vidro vazio de veneno na gaveta. Porém, dona Cacilda Costa Medeiros não acredita que seu filho único tenha se suicidado ingerindo cianureto. Um pressentimento contrário a todas as evidências impede-a de acreditar no óbvio. Ela contrata um detetive a fim de provar que o suicídio foi um assassinato.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 974 Kb Lançamento: 04/01/2002

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Enigma - Sinomar Ricardo

Uma história policial onde política, religião e crimes se mesclam para produzir um efeito único. O autor leva seus leitores a desejar parar a leitura somente ao final do livro, e, ao terminar, querer começar a ler tudo de novo.

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 510 Kb Lançamento: 09/05/2003

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Paisagens Noturnas - Vera Carvalho Assumpção

Paisagens Noturnas é um romance policial onde o detetive Alyrio Cobra se vê as voltas com um crime aparentemente solucionado pela polícia e que na realidade é só o fio de uma meada. Até chegar à outra ponta, ele vai ter de enveredar por muitas vidas aparentemente normais e outros assassinatos decorrentes da investigação. Numa coincidência fantástica, encontra um quadro de uma pintora sua amiga na casa da professora assassinada. E é ela quem retrata as paisagens noturnas!

Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 659 Kb Lançamento: 02/01/2003

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Virginia e seu Labirinto - Vera Carvalho Assumpção

Na época em que o Brasil saía da ditadura, em São Paulo, um casal de classe média alta é encontrado assassinado na própria cama. A família, os amigos, os filhos e a polícia se dirigem ao local do crime e criam um verdadeiro caos onde muitas provas se perdem. Com os escassos elementos que restaram, ainda há pessoas tentando camuflar as poucas evidências. Em meio às confusões de seu cotidiano de trabalho e vontade imbatível de vencer na vida, Virgínia, uma estilista dona de butique que também era amante do morto, irá enveredar pelos meandros do caso e acabará se deparando com a solução. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 1.069Kb Lançamento: 19/12/2002

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ROMANCE

A Flor do Desejo - Sílvia Marques

"Lorena, uma bela e bem-sucedida redatora, envolve-se com os homens apenas no âmbito sexual. Mas, se mantém enigmática e inatingível afetivamente. A explicação para sua atual conduta encontra-se em seu passado, numa pequena cidade do interior paulista, onde viveu um louco caso de amor que modificou toda a sua vida”. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 373 Kb Lançamento: 11/04/2002

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Diário Íntimo - Lima Barreto

Não apresenta resumo. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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Do Virtual ao Real - Lucinea Aparecida de Rezende A obra desperta o leitor para uma nova realidade dos tempos modernos, em que: Viver um grande amor é uma experiência única! Viver um romance que se inicia na Internet e através dela cria asas, é algo novo! Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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ELE Está no Meio de Nós - Silas Correia Leite

“Quem ler esse livro, vai pensar duas vezes antes de querer continuar sendo a mesma pessoa. É a história de um homem de poder, realizado financeiramente mas que não é feliz com todo o status que tem. Ao contrário, é infeliz e, secretamente busca um sentido para a vida, para a questão que cantou Caetano Veloso: "Existir, a quê será que se destina?” Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 1622 Kb Lançamento: 23/04/2001

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O Início do Fim - Mauro Gonçalves Rueda A vida vivida, sangrada, em faca afiada: — túnel sem saída —. Ferida que não cicatriza é ferida legada. Em meio ao romantismo de Mauro Gonçalves desenrola-se a história “O início do fim”. Onde encontrar: parnanet Fonte digital: não disponível Tamanho: não disponível

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O Amor na Era da Internet - Roberta Rizzo

Giulia e Felipe vivem longe dos grandes centros urbanos, na pacata cidade de Parati. Uma moderna estrutura de comunicação permite que não só trabalhem pela rede, mas também organizem sua vida utilizando as facilidades da Internet: compras on-line etc. Através desse casal, a autora discute temas como novas relações de trabalho (teletrabalho ou telecommuting), nova organização espacial, ensino à distância, vício na Internet, crianças, adolescentes e idosos na rede etc. Onde encontrar: hotbook Fonte digital: --- Tamanho: 329 Kb Lançamento: 25/02/2000

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ÍNDICE ONOMÁSTICO A-C Alencar, José de, 101,102, 103, 104, 106 Almeida, Manuel Antônio de, 103 Alves, Castro, 105, 120 Assis, Machado de, 100, 102, 103, 120 Assumpção, Vera Carvalho, 116, 121, 122, 123 Azevedo, Aluízio, 101, 104 Azevedo, Renato Alonso, 107 Baçan, L. P., 134 Barreto, Lima, 106, 124 Caminha, Adolfo, 112 Camões, Luís de, 106, 121 Cearense, Catulo da Paixão, 104 Celso, Afonso, 109 Ciuffi Neto, Alfredo, 110 Coelho, Paulo, 113, 114 Colin, Flávio, 116 D-F Diniz, André, 115, 116 Dumas Filho, Alexandre, 100 Federação Espírita Brasileira (FEB), 99 G-I Gonzaga, Tomás Antônio, 103 Guimarães, Bernardo, 112, 120 J-L Lage, Tarcisio, 115 Leite, Silas Correia, 124 M-O Macedo, Joaquim Manuel de, 100, 101 Marques, Silvia, 123 Martins, Floriano, 109

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Meireles, Cecília, 120, 121 Melo Neto, João Cabral de, 104 Mendes, Jerônimo, 107, 111, 117 Menezes, Priscilla Carla Silveira, 108, 119 P-R Pinto, Oriza Martins, 118 Pompéia, Raul, 104 Queirós, Eça de, 105, 106 Rezende, Lucinea Aparecida de, 124 Ricardo, Elzymar Vieira, 108 Ricardo, Sinomar, 107, 110, 121 Rizzo, Roberta, 125 Rola, Hélio, 109 Rueda, Mauro Gonçalves, 108, 109, 116, 117, 118, 119, 125 S-U Sarzêdas, Cleusa, 111 Silva, Cinthya Nunes Vieira da, 119 Sociedade das Ciências Antigas, 99 Tourinho, Esther, 111 V-Z Vargas, Lira, 112, 115 Vieira, Josiel, 114 Walker, Daniel, 117

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atuais tecnologias incorporaram uma nova forma de circular

e sistematizar informações. Vivemos atualmente uma transição tão

importante quanto a invenção da prensa de tipos móveis no Século XV,

que revolucionou a produção de livros. Nesse contexto, o e-book tem se

destacado como um surpreendente meio de informação possibilitando

democratizar o seu acesso a um nível ainda mais alto e de uma maneira

nunca antes pensada uma vez que, centenas de livros e documentos

estão podendo ser acessados com um simples “clique”. Essa facilidade

em conectar-se com a informação está cada vez mais rápida e

automática trazendo uma enorme contribuição para a educação,

fortalecendo a cultura, incentivando o ato de ler e gerando novos

paradigmas entre profissões e profissionais, principalmente os que

lidam diretamente com a tecnologia e com a informação.

No entanto, diante dessa realidade tecnológica e informacional,

o livro impresso tem na sua perenidade de registro da história da

humanidade uma das suas vantagens sobre o livro eletrônico, pois os

documentos produzidos em meio digital ainda não garantem a

longevidade de sua utilização, bem como a perda de dados nesse tipo

de mídia é muito maior que na mídia impressa. Sendo assim, podemos

perfeitamente vislumbrar um futuro para bibliotecas tradicionais e

eletrônicas, para documentos impressos e digitais.

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Temos por certo que o papel desempenhado pelos

bibliotecários em qualquer um desses ambientes será um só, o de

facilitador do acesso à informação. Dessa forma, o bibliotecário deve

estar atento às necessidades advindas em decorrência das NTIC’s para

que ele continue tendo um conhecimento privilegiado quanto ao

processamento e disseminação da informação. Diante da

explosão informacional e da aplicação da tecnologia nesse campo, o

mesmo precisa atuar como gestor de informação, administrando a

quantidade imensurável de dados disponíveis, a fim de transformá-las

em informações relevantes, que possam ser usadas para a produção de

um novo conhecimento.

Nesse panorama, a biblioteca eletrônica tem se destacado

como uma importante fonte de disseminação do conhecimento

contribuindo para a democratização da informação e disponibilizando

informações sem a necessidade de uma instalação física. No entanto,

sugerimos o uso do conceito de biblioteca híbrida pois dentre os

conceitos estudados, este é, a nosso ver, o que mais retrata a realidade

das bibliotecas atualmente, considerando a existência de materiais

impressos e digitais. Essa situação é uma conseqüência dos constantes

avanços tecnológicos e uma prova de que informações impressas e

digitais sempre existirão como formas de acesso à informação.

Essas questões ora discutidas são vislumbradas nesse estudo,

objetivando examinar bibliotecas eletrônicas, identificar a formação de

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130

acervos virtuais na área de literatura a fim de facilitar o

compartilhamento e uso da informação digital. Para tanto, temos como

universo as BE do o ambiente Web, no qual investigamos três

bibliotecas eletrônicas: ebookcult, hotbook e parnanet, através da

observação de seus sites e da análise de um questionário respondido

pelos seus responsáveis.

No estudo apresentado, chegamos a alguns resultados,

concernentes as bibliotecas eletrônicas e a seus respectivos acervos

digitais de e-books na área de literatura brasileira. A respeito das

bibliotecas eletrônicas verificamos que nem todos os livros

disponíveis em seus acervos eletrônicos estão disponíveis na forma

impressa, pelo fato de algumas obras serem escritas exclusivamente

para a forma digital. Quanto à seleção dos e-books, as bibliotecas

oferecem um acervo bastante diversificado e primam pela

democratização da informação. Um fato que nos chamou atenção foi a

questão dos direitos autorais. Todas as bibliotecas pesquisadas foram

unânimes em afirmar que os direitos autorais são liberados pelos

autores e que atualmente essa questão tem sido levada muito a sério.

Quanto ao tipo de público, as bibliotecas não apresentaram nenhuma

pesquisa nesse sentido. Algumas os classificam apenas como leitores,

enquanto outras como público indefinido. Esse fato em nada contribui

para o crescimento das bibliotecas eletrônicas apresentadas, pois o

desconhecimento do público impede que sejam oferecidos serviços de

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acordo com as suas necessidades e exigências. A questão da

substituição do livro impresso pelo eletrônico estabeleceu diferentes

hipóteses, tais como: o processo de impressão em papel não ter

sustentabilidade e por isso ser capaz de acabar consigo mesmo; o fato

da por outro lado, a baixa renda da população impedir que todos façam

parte do progresso tecnológico e; por fim, a convivência pacífica entre

papel e mídia.

Concomitante a essas discussões, com relação aos e-books

consideramos que os mesmos estão bem representados nas BE’s

estudadas, haja visto a sua disponibilidade em várias áreas do

conhecimento. No entanto, objetivando cumprir o cronograma

estabelecido para essa pesquisa e não disponibilizando de tempo

suficiente para a criação de um catálogo de caráter geral, delimitamos

no nosso catálogo a área de literatura brasileira por considerarmos uma

área de grande relevância para a cultura.

Considerando as discussões e os resultados enfocados, tivemos

a oportunidade de estudar e pesquisar sobre um tema atual e bastante

enfatizado em nossa área, qual seja as NTIC’s e suas vertentes,

biblioteca eletrônica e informação digital, possibilitando-nos uma maior

consciência da responsabilidade em trabalhar com a informação

enquanto bibliotecários. Portanto, concluímos que, as NTIC’s têm

proporcionado diversas mudanças, tais como: mudança no papel do

bibliotecário, exigindo dele um perfil inovador, com novas competências

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e qualificações técnicas; alteração no conceito de biblioteca, haja visto a

disponibilidade de acervos virtuais e; conseqüentemente, a convivência

de impresso e digital como opções diferentes e complementares na

aquisição de informação e conhecimento.

Com relação ao livro, o consideramos como uma das fontes

mais seguras de registro da cultura humana. Mesmo com tantas

discussões sobre o seu futuro, é inegável que o mesmo tem um papel

preponderante no desenvolvimento das facilidades do mundo

contemporâneo. Acreditamos que não existe uma competição com a sua

versão tradicional, mas sim, um complemento, onde múltiplas

tecnologias estão disponíveis, objetivando tornar acessível o acesso à

informação.

Sugerimos novas pesquisas, no sentido de estudar e organizar

a informação digital em catálogos impressos considerando as diversas

áreas do conhecimento, que, somados a esse estudo, poderão facilitar a

seleção, a organização, a disponibilização e o acesso da informação

digital à bibliotecas, bibliotecários e usuários.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – Questionário da pesquisa

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO

CURSO DE BIBLIOTECONOMIA

Para: Sr(a). responsável pelo site .......................

Estamos desenvolvendo uma pesquisa vinculada ao curso de

Biblioteconomia da Universidade Federal da Paraíba que visa explorar

sites que disponibilizam gratuitamente e-books na área de literatura,

escrito por autores e/ou entidades brasileiras. Nesse sentido, o site

.............. foi um dos selecionados em nossa pesquisa e, portanto,

requeremos vossa colaboração para esclarecer nossas dúvidas quanto

ao serviço oferecido.

Para atendermos ao cronograma da pesquisa, solicitamos, por

gentileza, o envio da resposta para o e-mail

[email protected], no prazo máximo de cinco dias após o

recebimento desse questionário.

Agradecemos a sua colaboração

Atenciosamente,

Alzira Karla Araújo da Silva (Orientadora)

Christine Dantas Benício (Orientanda)

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QUESTIONÁRIO

1) Todos os livros disponibilizados nesse site existem também na forma impressa?

2) Qual o critério de seleção para disponibilizar esses e-books?

3) Os direitos autorais são liberados pelo autor? Como funciona essa questão?

4) Que tipo de público acessa o site ..................?

5) Na sua opinião, o livro eletrônico irá substituir o livro impresso?

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